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SUMÁRIO

SOBRE O AUTOR 5
ANTES DE COMEÇAR 9
Para quem é este livro 10
INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 11
Um breve histórico 13
Mantenedores 15
Como funciona um sistema web? 15
Ambiente de Programação 16
Configurando o ambiente 17
HTML 21
Introdução ao HTML 22
As tags HTML 25
A tag HEAD 26
A tag BODY 28
As tags H1, H2, ... 28
As tags P, BR e HR 29
As tags B, STRONG, I e U 32
As tags UL, OL e LI 33
A tag A 35
A tag IMG 37
As tags DIV e SPAN 39
As tags TABLE, TR e TD 40
Formulários HTML 42
A tag FORM 42
A tag LABEL 43
A tag INPUT 44
A tag TEXTAREA 50
As tags SELECT e OPTION 50
Outras tags 51
JAVASCRIPT BÁSICO 55
A tag SCRIPT 57
Declaração de Variáveis 59
Tipos de dados 64
Comentários 65
Operadores 66
Operadores Aritméticos 66
Operadores Relacionais 67
Operadores Lógicos 69
Operador de Atribuição 70
Functions 71
O tipo String 73
Estruturas de Controle de Fluxo 76
Estruturas de repetição 77
Estruturas de desvio de fluxo 87
Arrays 97
O tipo Object 103
JavaScript Client-Side 106
Document Object Model 107
Como usar 108
O objeto window 109
Popups 110
O objeto document 110
Eventos JavaScript 110
onclick 111
onchange 112
onmouseenter e onmouseleave 113
onfocus e onblur 113
onkeypress, onkeydown e onkeyup 114
Calculadora em HTML+JS 115
Manipulando o DOM 122
Seletores 122
Propriedades de Elemento 124
Funções de Elemento 125
Exercitando 127
Ajax 136
Ajax com fetch 137
Opções do Fetch 139
CSS 141
CSS Inline 142
Estilos de texto 143
Classes de Estilos em CSS Internal 144
Dicas e Truques 147
Arquivos CSS Externos 148
Estilos de Caixas 149
CSS e JavaScript 153
Exercitando 154
SEGUINDO EM FRENTE 164
SOBRE O AUTOR
Luiz Fernando Duarte Júnior é Bacharel em Ciência da Computação
pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, 2010) e Especialista
em Desenvolvimento de Aplicações para Dispositivos Móveis pela
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, 2013).

Carrega ainda um diploma de Reparador de Equipamentos Eletrônicos


(SENAI, 2005), nove certificações em Métodos Ágeis de desenvolvimento
de software por diferentes certificadoras (PSM-I, PSD-I, PACC-AIB, IPOF,
ISMF, IKMF, CLF, DEPC, SFPC) e três certificações de coach profissional
pelo IBC (Professional & Self Coach, Life Coach e Leader Coach).

Atuando na área de TI desde 2006, na maior parte do tempo como


desenvolvedor, é apaixonado por desenvolvimento de software desde
que teve o primeiro contato com a linguagem Assembly no curso
de eletrônica. De lá para cá teve oportunidade de utilizar diferentes
linguagens em em diferentes sistemas, mas principalmente com
tecnologias web, incluindo ASP.NET, JSP e, nos últimos tempos, Node.js.
Foi amor à primeira vista e a paixão continua a crescer!

Trabalhando com Node.js desenvolveu diversos projetos para empresas


de todos os tamanhos, desde grandes empresas como Softplan até
startups como Busca Acelerada e Só Famosos, além de ministrar
palestras e cursos de Node.js para alunos do curso superior de várias
universidades e eventos de tecnologia.

Um grande entusiasta da plataforma, espera que com esse livro possa


ajudar ainda mais pessoas a aprenderem a desenvolver softwares com
Node.js e aumentar a competitividade das empresas brasileiras e a
empregabilidade dos profissionais de TI.

Além de viciado em desenvolvimento, como


consultor em sua própria empresa, a DLZ
Tecnologia e é autor do blog www.luiztools.
com.br, onde escreve semanalmente sobre
métodos ágeis e desenvolvimento de software,
bem como mantenedor do canal LuizTools,
com o mesmo propósito.

Entre em contato, o autor está sempre disposto


a ouvir e ajudar seus leitores.

SOBRE O AUTOR 6
Conheça todos os meus cursos
ANTES DE COMEÇAR

“ Without requirements and design, programming is


the art of adding bugs to an empty text file.

- Louis Srygley
Antes de começarmos, é bom você ler esta seção para evitar surpresas e
até para saber se este livro é para você.

Para quem é este livro

Primeiramente, este ebook vai lhe ensinar as bases fundamentais


para construção de páginas web: o trio HTML+CSS+JS, mas não vai lhe
ensinar lógica básica e algoritmos, nem vai entrar em aspectos mais
avançados de frontend como frameworks e bibliotecas SPA.

Aliás, frontend (ou front-end) é a interface para o usuário, a cara da


aplicação ou do site, a camada que executa e aparece no navegador do
cliente, enquanto backend é o funcionamento no servidor, no banco de
dados.

Segundo, este livro exige que você já tenha conhecimento técnico


prévio sobre computadores, que ao menos saiba mexer em um e que
preferencialmente possua um.

Parto do pressuposto que você é ou já foi um estudante de Técnico


em informática, Ciência da Computação, Sistemas de Informação,
Análise e Desenvolvimento de Sistemas ou algum curso semelhante.
Usarei diversos termos técnicos ao longo do livro que são comumente
aprendidos nestes cursos e que não tenho o intuito de explicar aqui.

Ao término deste ebook você estará apto a atuar na construção ou


manutenção de páginas web simples, usando o mínimo e mais básico
que há de front-end, independente do caminho que seguir depois:
HTML, CSS e JavaScript.

Quer fazer um curso online de Node.js e MySQL com o autor deste livro?
Acesse https://www.luiztools.com.br/curso-fullstack

ANTES DE COMEÇAR 10
INTRODUÇÃO À
PROGRAMAÇÃO WEB

1 “ Good software, like wine, takes time.


- Joel Spolsky

A Internet é uma rede global de computadores interligados que
utilizam um conjunto de protocolos padrões para servir vários bilhões
de usuários no mundo inteiro. É uma rede de várias outras redes, que
consiste de milhões de empresas privadas, públicas, acadêmicas e de
governo, com alcance local e global e que está ligada por uma ampla
variedade de tecnologias de rede eletrônica, sem fio e ópticas.

A Internet é muito mais do que o que vemos em nossos navegadores (os


chamados browsers). Esta é a World Wide Web (ou simplesmente web
hoje em dia), e é apenas uma das muitas faces da Internet. Dentro da
Internet temos redes ponto-a-ponto, infraestrutura de apoio à e-mails
e muito mais do que apenas os sites públicos que costumamos acessar
todos os dias.

Programar para a Internet é um desafio muito maior do que criar


softwares que rodam apenas em uma máquina local ou até mesmo
em uma rede privada. Programar para Internet é ter de lidar com
dispositivos heterogêneos, larguras de banda variadas, distâncias
inimagináveis e diversas outras limitações. Mas ao mesmo tempo
programar para a Internet lhe dá um alcance, um poder, muito maior do
que visto nas disciplinas mais tradicionais de programação.

Em linhas gerais, esta disciplina irá trabalhar as competências e


tecnologias necessárias para se programar sistemas para Internet, mais
especificamente para a web, ou Internet comercial, essa que usamos
tradicionalmente em nossos computadores e celulares, mas focando
mais nos primeiros.

A tabela comparativa abaixo cita algumas vantagens e desvantagens em


relação à programação tradicional para uma máquina desktop, que foi
vista em disciplinas anteriores. Estes são fatos gerais, embora existam
casos em que podemos criar sistemas para a Internet arrastando e
soltando componentes, ou que podemos publicar um software desktop
de maneira remota. É apenas para termos alguma ideia das diferenças
gerais entre eles.

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 12


Programação Desktop Programação Web

Construção de interfaces arras- Linguagem de marcação específi-


tando e soltando ca para construir interfaces

Curva de aprendizagem menor Mais coisas para aprender

Publicação local, tem de estar em Publicação remota, feita através


frente à máquina do cliente da própria Internet

Pouca preocupação com seguran- Segurança é sempre preocupan-


ça no sistema (geralmente AD/ te pois o sistema está aberto ao
LDAP já dão conta de tudo) mundo

Consumo de recursos do desktop Consumo de recursos do servidor


não aumenta conforme o número aumenta conforme o número de
de usuários usuários

Somente acessa onde está instala- Acessa de qualquer navegador de


do, máquina local ou rede empre- qualquer dispositivo
sarial

Um breve histórico

O embrião da Internet nasceu de motivos militares para comunicação


entre as tropas, mas hoje seu uso é global e nada se assemelha ao que
era no passado. A seguir, uma breve timeline dos fatos mais marcantes
da história da Internet e da web para nós:

Década de 1960, Estados Unidos encomenda pesquisa para criar


tecnologia que permitisse conectar seus computadores visando
comunicação eficiente, rápida e barata entre longas distâncias.

Década de 1980, universidades de diversos países que possuíam


pesquisas com redes de computadores passam a se comunicar
corriqueiramente usando terminais de Internet, apenas em modo
texto (console). Aqui passou-se a investir muito dinheiro na aquisição
de backbones para comunicação entre as redes de computadores
internacionais.

1989 a 1991, Tim Berners-Lee criou um projeto hipertexto que permitia


documentos com informações “linkassem” uns aos outros através da
Internet, criando o embrião do que mais tarde se tornaria a World Wide

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 13


Web, ou WWW. Berners-Lee ainda montou a W3C em 1994, consórcio de
empresas e entidades que regulamentam os padrões da web mundial,
principalmente no quesito hipertexto.

1993: é lançado o Mosaic, primeiro navegador web que daria origem ao


famoso Netscape Navigator, e que mais tarde licenciado pela Microsoft
dando origem ao famoso Internet Explorer, que viria a “matar” seu
“irmão”.

Década de 1990, a venda comercial em larga escala de conexões à


Internet torna possível a não-militares e não-acadêmicos se conectarem
à rede mundial à partir de suas casas. A partir daqui a Internet passou a
afetar a cultura e comércio dos países de maneira drástica.

Anos 2000, o advento da banda-larga torna possível a transmissão


de grandes volumes de dados com uma velocidade sem precedência,

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 14


permitindo transferências de grandes arquivos e streaming. Com isso as
mídias tradicionais começam um processo drástico de reformulação.

2004: surge o Mozilla Firefox ameaçando o reinado do IE, criado nas


férias de verão por um adolescente americano que se juntou a outros
colegas do projeto Mozilla, que inclusive era financiado pela Netscape.

2008: surge o Google Chrome, browser que viria a tirar o reinado do IE e


que hoje representa mais de 50% dos navegadores conectados à Internet
mundialmente, seguido pelo IE com 22% e pelo Firefox com 19%.

2014: surge o Marco Civil da Internet no Brasil, onde pela primeira


vez na história do país passam a existir leis específicas de atuação
no ambiente digital da Internet, cuja legislação até então era vaga e
praticamente inexistente (geralmente interpretavam-se disputas legais
envolvendo a Internet com base em mídias como TV e rádio).

MANTENEDORES

Cada país possui suas próprias regras com relação ao uso e distribuição
da Internet, ou seja, a regulamentação da Internet cabe ao governo
de cada país. Entretanto, toda a parte de endereçamento da Internet
compete ao ICANN (nomes de domínio e DNS) e a parte técnica ao IETF
(protocolos e tecnologias), entidades globais sem fins lucrativos que
visam a padronização da Internet mundial.

Como falado anteriormente, também temos a W3C, que define os


padrões técnicos da web.

COMO FUNCIONA UM SISTEMA WEB?

Em linhas gerais temos o seguinte fluxo do lado do usuário:

- O usuário abre seu computador com um navegador de Internet e


uma conexão com um provedor de Internet (geralmente uma linha
telefônica).

- O usuário digita uma URL contendo o domínio de Internet (também


chamado de domínio público ou “endereço do site”) do sistema.

- Com este domínio em mãos, seu computador envia uma requisição

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 15


para o servidor DNS do seu provedor de Internet (ISP) visando que
ele lhe diga o endereço IP do servidor onde está aquele conteúdo. Os
domínios públicos são para facilitar e organizar o acesso à Internet, mas
na verdade, precisamos do endereço IP para acessar qualquer coisa na
Internet.

- Caso o ISP já saiba qual o IP associado àquele endereço ele lhe retorna
diretamente, caso contrário terá de perguntar a um servidor de DNS
“mais alto” na hierarquia, sendo que as extensões dos domínios
orientam os servidores DNS neste sentido.

- Com o IP em mãos, seu computador vai enviar uma requisição HTTP,


o protocolo de transferência de hipertexto dizendo, entre outras
informações, o endereço IP do servidor onde está o site e o arquivo que
deseja acessar naquele servidor (geralmente uma tela do sistema).

- Quando a requisição chega ao servidor será avaliada o tipo de


requisição realizado, pois podemos querer ler um arquivo, escrever
informações, excluir etc. Além disso, dependendo do arquivo
que estamos requisitando, pode ser necessário a presença de um
manipulador (handler) específico para tratar aquela requisição, como é
o caso de páginas Java e PHP, por exemplo. Este tratamento é feito pelos
servidores web, como Apache e IIS.

- Após decidir o que fazer com a requisição, o servidor retorna


uma resposta para o usuário. Aqui tem um ponto importante pois o
navegador do usuário somente entende respostas HTTP com conteúdo
em HTML (que veremos mais à frente). Ou seja, o servidor web terá que
traduzir a resposta do sistema, escrito em Java por exemplo, para essa
única linguagem que o browser entende.

- Aqui encerra-se o ciclo básico e genérico, com o usuário recebendo


uma resposta em seu navegador após ter realizado uma ação no sistema
web.

Ambiente de Programação

Falando de tecnologias, a linguagem de marcação básica para criação


de páginas web é o HTML, você precisará conhecê-la para construir as
interfaces gráficas do seu sistema.

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 16


Visando tornar o HTML mais dinâmico você também precisará conhecer
JavaScript, que já falamos bastante aqui anteriormente. Inicialmente a
função do JavaScript era somente tornar o HTML dinâmico, mais tarde
com o advento do Node.js, ele passou a desempenhar mais funções, mas
não vamos falar de Node.js neste livro, pois ele é uma tecnologia de
backend.

Visando tornar as interfaces HTML mais atraentes, você deverá


conhecer CSS, um conjunto de estilos personalizáveis aplicados sobre o
HTML.

Com esses três itens você tem o que chamamos de front-end ou


apresentação do sistema web. Entretanto, com apenas estes três itens
você não conseguirá fazer muito mais do que um site, embora caso você
tenha acesso a web APIs, seja possível levar o seu front-end a outro
nível. Mas aí começa a complicar a história, e ainda não é hora para
isso…

CONFIGURANDO O AMBIENTE

Para que seja possível criar páginas web usando HTML, CSS e JavaScript
não é necessário nenhuma configuração “especial”. Mas como tenho
certeza que alguns leitores podem estar começando exatamente
agora suas carreira sou então migrando de outra área completamente
alienígena ao desenvolvimento web, vale ressaltar alguns pontos.

Portanto, vamos começar do princípio, das ferramentas que eu


recomendo que você possua para seguir com este ebook.

Visual Studio Code


Para escrever TODOS os exemplos de código deste ebook você não
precisa mais do que um bloco de notas, mas é especialmente mais
produtivo usar um editor de código, como o Visual Studio Code, da
Microsoft.

Esta não é a única opção disponível, mas é uma opção bem interessante
e é a que uso, uma vez que reduz consideravelmente a curva de
aprendizado, os erros cometidos durante o aprendizado e possui
ferramentas de depuração muito boas, além de suporte a Git e linha de
comando integrada. Apesar de ser desenvolvido pela Microsoft (uma

SOBRE O AUTOR 17
empresa que desenvolve tradicionalmente softwares pagos), é um
projeto gratuito, de código-aberto, multi-plataforma e com extensões
para diversas linguagens e plataformas, como HTML, CSS e JavaScript, as
estrelas deste ebook.

E diferente da sua contraparte mais “parruda”, o Visual Studio original,


ele é bem leve e pequeno.

Outras excelentes ferramentas incluem Notepad++, Atom e o Sublime,


mas o Visual Studio Code deixa eles para trás. Minha opinião.

Para baixar e instalar o Visual Studio Code, acesse o seguinte link, no site
oficial da ferramenta:

https://code.visualstudio.com/

Você notará um botão grande e verde para baixar a ferramenta para


o seu sistema operacional. Apenas baixe e instale, não há qualquer
preocupação adicional.

Após a instalação, mande executar a ferramenta Visual Studio Code e


você verá a tela de boas vindas, que deve se parecer com essa abaixo,
dependendo da versão mais atual da ferramenta. Chamamos esta tela de
Boas Vindas (Welcome Screen).

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 18


Para fazer um rápido teste com esta ferramenta, vá no menu File > New
File, escreva qualquer coisa dentro dele e depois vá no menu File > Save
e dê o nome de index.html para o arquivo que será salvo.

Pronto, este é o modus operandi que você vai ter neste livro, o tempo
todo.

Google Chrome
Para testar as páginas web que vamos criar neste ebook, qualquer
navegador serve. No entanto, existem navegadores que seguem mais
os padrões da Internet e outros menos. O Google Chrome é um dos
melhores neste quesito.

O Google Chrome é um navegador de internet, desenvolvido pela


companhia Google com visual minimalista e compilado com base em
componentes de código licenciado e sua estrutura de desenvolvimento
de aplicações (framework).

Em 2 de setembro de 2008 foi lançado a primeira versão ao mercado,


sendo uma versão beta e em 11 de dezembro de 2008 foi lançada a
primeira versão estável ao público em geral. O navegador atualmente
está disponível, em mais de 51 idiomas, para as plataformas Windows,
Mac OS X, Android, iOS, Ubuntu, Debian, Fedora e openSUSE.

Atualmente, o Chrome é o navegador mais usado no mundo, com 49,18%


dos usuários de Desktop, contra 22,62% do Internet Explorer e 19,25% do
Mozilla Firefox, segundo a StatCounter. Além de desenvolver o Google
Chrome, o Google ainda patrocina o Mozilla Firefox, um navegador
desenvolvido pela Fundação Mozilla.

Durante muitos exemplos deste livro será necessária a utilização de


um navegador de Internet. Todos os exemplos foram criados e testados
usando o navegador Google Chrome, na versão mais recente disponível
à época que era a versão 85. Caso não possuam o Google Chrome na sua
máquina, baixe a versão mais recente no site oficial antes de avançar no
livro:

https://www.google.com.br/chrome/browser/desktop/index.html

Além de um excelente navegador, o Google Chrome ainda possui uma


série de ferramentas para desenvolvedor que são muito úteis como um

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 19


inspetor de código HTML da página, um depurador de JavaScript online,
métricas de performance da página e muito mais.

Para ver se está tudo ok para nossos exercícios, experimente navegar


no seu computador até chegar no arquivo index.html que você salvou
no teste do Visual Studio Code. Dê um duplo clique no arquivo e ele vai
abrir no Google Chrome, apresentando o texto que você escreveu.

Quer fazer um curso online de Desenvolvimento Web FullStack JS com o autor deste ebook?
Acesse https://www.luiztools.com.br/curso-fullstack

INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO WEB 20


HTML


A language that doesn’t affect the way you think about
programming is not worth knowing.
- Alan J. Perlis

Em Ciência da Computação, front-end e back-end são termos
generalizados que se referem às etapas inicial e final de um processo.
O front-end é responsável por coletar a entrada do usuário em várias
formas e processá-la para adequá-la a uma especificação em que o back-
end possa utilizar.

Resumindo, o front-end é a camada de apresentação, que o usuário


consegue ver e interage, muitas vezes sendo considerada a principal
camada para ele que não costuma distinguir o que vê do que é o
“sistema web de verdade”. Cabe ao profissional de front-end projetar a
experiência do usuário, a identidade visual do sistema e muitas vezes
acaba fazendo papel de web-designer e de programador ao mesmo
tempo.

Este não é um ebook de web design, de user experience, mas existem


uma série de conceitos básicos que todo programador web deve saber
(mesmo que ele se especialize no back-end mais tarde), e é isso que
exploraremos aqui.

Quando falamos de programação web, existem três principais


tecnologias que são utilizadas e que devemos aprender, acima de todas
as outras: HTML, CSS e JavaScript. Falamos de JavaScript de maneira
genérica anteriormente e voltaremos a abordar ele mais pra frente. CSS
também será visto mais adiante, enquanto neste capítulo falaremos de
HTML.
Introdução ao HTML

HTML (abreviação para a expressão inglesa HyperText Markup


Language, que significa Linguagem de Marcação de Hipertexto) é
uma linguagem de marcação utilizada para produzir páginas na Web.
Documentos HTML podem ser interpretados por navegadores, como o
Google Chrome, que pedi que você instalasse no capítulo 2.

Documentos HTML podem ser qualquer coisa que queiramos que seja
exibida no browser de nossos usuários: a timeline do Facebook, a tela de
pesquisa do Google ou a home-page da Microsoft. Todos são documentos
HTML. Com exceção de telas criadas através de plug-ins, como o
Flash (obsoleto), os documentos HTML são a cara da web e é de suma
importância que entendamos a sua estrutura básica antes de começar a
programar pra ela com Node.js.

HTML 22
Todo documento HTML é um arquivo de texto com a extensão .html
(ou .htm, tanto faz). Pode ser criado e editado em qualquer editor de
texto, desde que salvo com a extensão correta. Mas quando aberto no
navegador, é que vemos o que o documento representa de verdade.

Isso porque todo documento HTML é composto de informações e de


meta-informações. Estas últimas são organizadas em tags (rótulos)
e cada tag possui uma propriedade especial no documento, indo
desde alterar o tamanho ou cor de algo, até o seu posicionamento e
comportamento.

Vamos começar simples, abra um editor de texto qualquer (podendo


inclusive ser o VS Code) e digite o seguinte texto:

Depois salve com o nome index e a extensão ‘.html’. Agora dê um duplo-


clique neste arquivo ou mande abrir com o Google Chrome. Você verá o
seu arquivo de texto no browser.

DICA: No Windows, caso não consiga alterar a extensão (o notepad


teima em salvar como .txt por padrão) pode ser necessário alterar
a opção de ‘Extensões de nomes de arquivos no menu Exibir, do
Windows Explorer como abaixo.

HTML 23
Note que não haverá qualquer diferença em relação ao texto
originalmente escrito, talvez apenas a tipografia ligeiramente
diferente. Isso porque colocamos apenas informações, mas nenhuma
meta-informação no arquivo, que a partir de agora chamaremos
simplesmente de tags.

Cada tag é escrita usando colchetes angulares (<>), também chamados de


símbolo “menor-maior”. Dentro dos símbolos de menor e maior temos o
nome da tag. Ao escrever uma tag no documento HTML, temos de seguir
o seguinte formato abre-e-fecha:

Ou nesse outro formato auto-fecha:

Note que a barra ‘/’ serve para demonstrar o fechamento da tag. No


primeiro formato (abre-e-fecha) temos uma tag de container, que pode
ter conteúdo dentro do seu interior. Este conteúdo pode ser um texto, ou
uma outra tag por exemplo.

No segundo formato (auto-fecha), a tag não permite conteúdo, sendo


apenas uma marcação isolada, podendo definir que naquele local
do documento teremos a renderização de algo especial e não apenas
informação pura.

Veremos tags de ambos tipos com detalhes, mas vale salientar desde
já que toda tag que abre, tem de fechar. Ou ela fecha com uma tag de
mesmo nome precedida de barra ‘/’ (caso abre-fecha) ou ela fecha em si
mesmo, com uma barra ‘/’ antes de ‘>’

HTML 24
E por fim, algumas tags possuem atributos, ou seja, características
personalizáveis em seu interior.

Atenção: por questões de implementação de cada um dos browsers


de Internet, algumas tags podem ter seu efeito visual ligeiramente
diferente, o que é normal. Além disso, alguns browsers são mais
displicentes com relação à formação do documento HTML, ou seja,
alguns aceitam formatações errôneas como tags que não fecham
ou tags dentro de outras tags que não são containers. Isso não deve
ser usado como uma desculpa para escrever HTML errado. Sempre
que possível, siga os padrões de formatação de documentos HTML
para garantir o máximo de compatibilidade entre os browsers.
Todos estes padrões podem ser encontrados no site da W3C.

As tags HTML

A primeira e mais importante tag que você deve conhecer é a tag HTML.
Ela inicia e termina o documento HTML, ou seja, é a primeira e a última
presente em um documento, uma tag contâiner que engloba todas as
demais tags do documento, como segue:

Código 2.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Sendo uma tag contâiner, ela permite dentro dela tanto conteúdo textual
quanto outras tags, no entanto, como manda o padrão W3C, a tag HTML
deve conter em seu interior essencialmente apenas outras duas tags:
head e body, como veremos a seguir.

HTML 25
Além da tag HTML, sugere-se atualmente começar seu documento com
a tag DOCTYPE, indicando que usaremos HTML5, a especificação mais
recente da linguagem na data de escrita deste livro.
Código 2.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

A TAG HEAD

Todo documento HTML possui um cabeçalho, com informações e


propriedades gerais do documento e essa é a função da tag contâiner
HEAD. Ela deve vir imediatamente após a tag <html> e deve conter em
seu interior apenas algumas tags especiais mas nenhum conteúdo solto.
Como segue:

Nota: tabulações e quebras de linha não surtem qualquer efeito


na apresentação do seu documento HTML no browser do usuário,
então use-as para se organizar melhor, como faço abaixo quebrando
a linha entre as tags e tabulando as que estão dentro de outras.

Código 2.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 26
Dentro da tag HEAD podemos colocar, por exemplo, as tags TITLE,
SCRIPT e STYLE além de tags para ajudar os mecanismos de busca,
chamadas de meta-tags.

A tag TITLE denota o título deste documento e aparece na aba do seu


navegador, indicando o que o usuário está vendo no momento. Já as
tags SCRIPT e STYLE serão vistas mais pra frente para inserir Javascript
e CSS no documento, respectivamente. A tag TITLE é um contâiner que
permite colocar uma linha de texto entre seu abre-e-fecha com o título
da página, veja abaixo e compare com o resultado:
Código 2.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note na primeira imagem o código HTML e na segunda imagem o


resultado no navegador. Agora entendeu a diferença entre informação
e meta-informação (tag)? A tag HEAD define que o conteúdo em seu
interior é propriedade do documento, como seu título, que é colocado na
aba do navegador. Já o que está fora da HEAD é interpretado como texto
plano e é impresso diretamente na página.

Atenção: caso tenha problemas com acentos na sua página você


pode utilizar uma tag no HEAD para dizer ao navegador qual a
codificação de caracteres que está utilizando, da seguinte forma: <meta
charset=”UTF-8” /> neste caso, UTF-8. Outra codificação é ISSO-8859-1.

HTML 27
A TAG BODY
Assim como temos um cabeçalho no documento HTML, também
precisamos ter um corpo, função da tag BODY, que deve vir logo após a
tag HEAD, mas fechar antes da tag fecha-HTML como segue:
Código 2.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

A tag BODY é uma tag contâiner e aceita a maior parte das tags HTML
existentes, pois ela representa o documento em si, o que o usuário vê e
interage na tela. É dentro da tag body que construiremos as interfaces de
nossos sistemas web.

A tag BODY possui alguns atributos que permitem sua personalização. É


incentivado que procure conhecer estes atributos, embora desnecessário
no momento para o aprendizado de desenvolvimento de sistemas para
Internet. Entenda apenas que as tags apresentadas a seguir devem ser
inseridas dentro do BODY do documento HTML, mesmo que não seja
citado isso explicitamente.

AS TAGS H1, H2, ...

Um conjunto de tags iniciados com H são as tags de títulos e subtítulos


de textos, containers que recebem texto plano em seu interior. Não
confunda com a tag TITLE, que não aparece visivelmente na página web,
as tags H aparecem sim e de forma bem chamativa, sendo a H1 a maior
delas e quanto maior o número depois do H, menor seu tamanho, como
mostra a imagem abaixo:

HTML 28
Código 2.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que houve quebra de linha entre os testes. Isso NÃO é devido à
ter quebra de linha entre as tags H no HTML, mas sim porque as tags H
possuem comportamento de bloco, ou seja, não permitem elementos ao
seu lado, na mesma linha.

AS TAGS P, BR E HR

Eu falei anteriormente sobre o comportamento de bloco das tags H. Mas


não é só elas que “quebram linha” após seu conteúdo. Existem algumas

HTML 29
tags especiais que também permitem fazer isso de uma maneira,
digamos, mais controlada.

Sempre que queremos definir um parágrafo de texto em um documento


HTML, com espaçamento antes e depois do parágrafo, usamos a tag P,
que é um contâiner onde devemos colocar o texto a ser formatado em
seu interior.
Código 2.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que a tag P não influencia no estilo do texto, apenas dá uma


aparência de parágrafo, com espaçamentos antes e depois, para facilitar
a leitura.

HTML 30
Atenção: a tag P deve ser usada para definir blocos de texto e somente
texto. Para outros elementos veremos as tags DIV e SPAN mais à frente.

Já a tag BR apenas quebra a linha do documento exatamente naquele


ponto, sem praticamente qualquer espaçamento. Note também no
exemplo abaixo que a tag BR não é um contâiner, ou seja, ela não
aceita conteúdo em seu interior. O browser apenas entende que
quando encontrar uma tag BR ele deve mostrar um break-line no lugar
(o nosso \n das linguagens de programação desktop).

Talvez você fique na dúvida de quando usar P e quando usar BR. A


regra é simples: blocos de texto devem ser organizados usando tags P.
Caso dentro de um bloco de texto haja a necessidade de quebrar linha,
aí sim usamos a tag BR.

Atenção: a altura da quebra de linha feita com BR não é padronizado,


diferenças podem ocorrer entre os browsers e sistemas operacionais.
Código 2.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 31
E por fim, a tag HR é como se fosse uma BR, mas além de realizar a
quebra ainda coloca uma linha contínua naquele ponto, o que pode ser
útil em alguns casos.
Código 2.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

AS TAGS B, STRONG, I E U

Assim como a tag P que formata um bloco de texto, existem outras tags
que alteram a aparência do mesmo. As tags B e STRONG por exemplo,
tornam o texto negrito (bold), sendo a segunda mais utilizada quando
queremos dizer aos mecanismos de busca que essa palavra é importante
para nosso site.

Já as tags I e U fazem o mesmo para itálico (italic) e sublinhado


(underline), todas contâiners, que devem receber em seu interior o texto
a ser formatado, como segue:

HTML 32
Código 2.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que os textos ficara lado-a-lado. Isso porque as tags B, STRONG, I


e U não são blocos de texto, mas apenas estilizações. Afinal, você não ia
querer que no mesmo do seu texto a sua palavra sublinhada quebrasse
todo o parágrafo, certo?

AS TAGS UL, OL E LI

Quando queremos listar elementos, seja de texto ou de qualquer outra


coisa (imagens, por exemplo), usamos as tags de lista UL (unordered
list, lista desordenada) e OL (ordered list). Ambas listas são containers
que aceitam somente tags LI dentro do seu interior, estas por sua vez
também são containers que aceitam praticamente qualquer coisa no seu
interior.

A diferença principal entre a lista desordenada (UL) e a ordenada (OL)


não tem a ver com a ordem dos elementos, mas sim com o bullet, a
marcação que vai antes de cada item, que no primeiro caso é um ponto
preto e no segundo caso uma numeração crescente, como segue:

HTML 33
Código 2.6: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

No exemplo acima usei uma UL, note que dentro dela somente existem
tags LI, mas que dentro das tags LI coloquei uma combinação de texto
e tags de formatação. O mesmo exemplo trocando a tag UL por OL pode
ser visto abaixo, com seu efeito visível:

Código 2.7: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 34
Note também que cada LI (list item) é colocado em uma linha separada,
pois é um novo item da lista, o que nos leva a entender que as tags
UL, OL e LI são tags de bloco, ou seja, quebram linha e garantem
espaçamento automático antes e depois.

A TAG A

A tag A é o que chamamos de âncora (anchor no original), mais


conhecida popularmente como “link” (ligação), isso porque utilizamos
tags A quando queremos levar o usuário de um ponto da web a outro, o
que chamamos de hyperlink (em analogia ao hypertexto).

Falando de maneira prática, cada tag A é composta principalmente de


duas partes: a URL de destino e o conteúdo do link, que pode ser textual
ou gráfico. A URL deve ser colocada dentro do atributo href da âncora
(hyperreference), enquanto que o conteúdo deve ficar entre as tags de
abre-e-fecha da âncora (sim, ela é um contâiner). Como segue:
Código 2.8: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 35
Note que o conteúdo da tag A ( a frase “Clique aqui”) é o texto que
aparece na página, enquanto que o atributo href define para onde o
usuário será levado no caso dele clicar no link, o que neste caso é o site
do Google. Isto é o básico que você precisa saber sobre âncoras HTML.

Além do básico, existem ainda dois atributos que podem ser úteis às
suas âncoras: o atributo title, que define a dica da âncora (quando você
fica com o mouse parado sobre ela, a dica aparece) e o atributo target,
que permite a você definir se ao ser clicado o link levará o usuário
para outra aba ou permanecerá na mesma. Os valores possíveis para o
atributo target são: _blank e _self
Código 2.8: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

No exemplo acima, levemente modificado da versão anterior, colocamos


um title “Ir ao Google” e um target “_blank”, que fará com que uma nova
aba se abra no navegador com o endereço do Google quando o usuário
clicar neste link. Visualmente nenhum desses atributos mudará a
aparência da âncora original, que mantém-se com o texto “Clique aqui”
e a cor azul escuro sublinhado, denotando que é um hyperlink.

HTML 36
Embora o mais comum seja encontrarmos links textuais pela Internet,
sendo a tag A um contâiner, ela permite agregar outras tags em seu
interior, como tags de imagens, por exemplo, ou determinadas áreas do
site como DIVs (a seguir).

Atenção: o atributo href aceita links absolutos e links relativos. Links


absolutos são aqueles que começam com um protocolo (geralmente
http://) e geralmente levam a outros sites da Internet. Links relativos
começam com um nome de arquivo, pasta ou apenas uma ‘/’ e fazem
referência a um recurso existente no mesmo domínio/site. Ou seja, se
tivermos um href=”http://www.google.com” quer dizer que o link lhe
levará ao site do Google. Agora se tivermos um href=”index.html” o link
nos levará ao arquivo index.html no site atual.
Experimente criar uma segunda página chamada teste.html, colocar ela
na mesma pasta da sua index.html e mudar o href da âncora para teste.
html. Quando clicar no link, a outra página vai se abrir no navegador.

A TAG IMG

O nome IMG vem de IMAGE e denota a tag que representa uma imagem
na página web. Esta tag NÃO é um contâiner, ou seja, ela abre-e-fecha
a tag nela mesma, e representando uma imagem seu atributo mais
importante é o SRC (source, origem em inglês) que deve conter um
endereço (absoluto ou relativo) de um arquivo de imagem (geralmente
JPEG, GIF ou PNG).

Código 2.8: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 37
Por questões de organização costumamos guardar as imagens em
uma subpasta do projeto, para separá-las das páginas HTML e demais
arquivos do projeto. Nomes comuns para este subpasta incluem IMG
(tãããão criativo), imagens, images e content. Crie uma pasta com o
nome img ao lado do seu arquivo HTML e dentro coloque uma imagem
qualquer com o nome de imagem.jpg, que no meu exemplo abaixo, é um
carro.

Podemos também criar imagens com links. Para isso, basta colocar uma
tag IMG contendo a sua imagem dentro de uma tag A, com o endereço do
link. Assim, teremos uma imagem que quando clicada leva o usuário à
outra página web.

Código 2.9: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 38
Outros atributos da tag IMG incluem ALT, que é uma legenda para
a imagem (não visível), WIDTH (que representa sua largura, sendo
por padrão a largura original da imagem) e HEIGHT (que representa
sua altura. Caso apenas WIDTH seja especificado, a altura será
redimensionada proporcionalmente e vice-versa. Note que isso não afeta
o tamanho real da imagem, apenas o visual.

Atenção: procure usar caminhos absolutos apenas de imagens existentes


na Internet e ainda assim, considere a hipótese de salvar as imagens
localmente para poder utilizar caminhos relativos, mais confiáveis.

AS TAGS DIV E SPAN

As tags DIV e SPAN são tags contâiner (ou seja, permitem que sejam
colocadas outras tags em seu interior) utilizadas para organizar e
formatar as áreas da sua página HTML, sendo que a tag DIV organiza
uma área em bloco (in-block, ou seja, quebra a linha automaticamente)
e a tag SPAN organiza uma área em linha (in-line, ou seja, não quebra a
linha automaticamente). Por ora é o que precisamos saber.

Por exemplo, o seguinte layout abaixo, com 3 seções verticais: na


primeira temos um título e parágrafo de texto, na segunda uma imagem
e na terceira um rodapé.

Código 2.10: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 39
A especificação HTML diz que as tags SPAN e DIV somente devem
ser usadas quando nenhuma outra tag HTML possui a função que
desejamos.

AS TAGS TABLE, TR E TD

Vimos na seção anterior que usamos DIVs e SPANs para organizar as


seções da nossa página HTML. Entretanto, às vezes as informações de
uma seção está organizada em linhas e colunas, como uma tabela Excel,
de uma maneira que ficaria extremamente difícil (e trabalhoso) de fazer
tudo usando DIVs (imagine uma DIV por célula da tabela). Nestes casos
onde temos dados tabulares devemos usar a tag TABLE.

A tag TABLE é uma tag contâiner que somente aceita em seu interior
tags TR (table row ou linha da tabela). As tags TR, por sua vez, também
são contâiners, mas que aceitam somente tags TD (table data ou dado
da tabela, entenda como célula) em seu interior. Já as tags TD são
containers que aceitam qualquer coisa em seu interior.

Assim, seguindo esta hierarquia de containers, podemos recriar a


aparência de qualquer tabela que necessitarmos, como a abaixo:

HTML 40
Usando o código abaixo. Atente ao uso da tag B para tornar o texto do
cabeçalho negrito.

Código 2.11: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Atenção: apesar de parecer uma boa ideia, evite utilizar tabelas para
organizar as seções da sua página HTML, pois elas não foram criadas
com este propósito. O ideal é sempre utilizarmos DIVs e SPANs para essa
finalidade, deixando as tabelas para a apresentação de dados tabulares.

HTML 41
Formulários HTML

Quando falamos de programação para a web não temos como fugir da


criação de formulários, tal qual na programação tradicional (desktop).
A especificação HTML possui capítulos específicos para tratar disso e
abaixo você confere um resumo das regras de criação e tags específicas
de formulários HTML.

A TAG FORM
Quando queremos criar um formulário na nossa página HTML devemos
utilizar a tag FORM. A tag FORM é um contâiner que indica que todas
as demais tags e conteúdos no seu interior representam um único
formulário HTML, por exemplo, um formulário de cadastro, de contato
ou login.

Dentro de um form, além das tags HTML comuns, que ajustam a


aparência e organizam o conteúdo da página, usaremos as tags INPUT,
que serão vistas a seguir.

O atributo mais importante de um form é sua ACTION (ação) que é a


URL da página web para onde irão os dados preenchidos neste form,
sendo que geralmente esta página é escrita em uma linguagem de
programação como PHP e JAVA, ao invés de HTML, o que foge do escopo
deste ebook. Por isso você vai ver que nos meus exemplos vai ter apenas
“teste” escrito ali.

Além deste atributo temos o METHOD, que define o verbo HTTP que será
utilizado para transmissão dos dados (geralmente GET ou POST). HTTP é
o protocolo de transferência de hipertexto utilizado na Internet mundial.
Ele define os dados e metadados que devem ser transmitidos a cada
requisição e resposta web.

Usamos HTTP GET quando queremos obter dados de uma página.


Usamos HTTP POST quando queremos enviar dados para uma página.
Em ambos os casos, a informação a ser enviada é incluída junto à
requisição, em pares de chave-valor como verá a seguir.

Atenção: existem outros verbos HTTP como DELETE, PUT, HEAD e DEBUG,
sendo que GET e POST são os únicos suportados por HTML Forms e
também os mais utilizados no geral em qualquer contexto web.

HTML 42
Código 2.12: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Visualmente, o uso da tag FORM sozinha não renderiza nada no


navegador do usuário, então passaremos às demais tags.

A TAG LABEL

Uma tag que serve para criar um rótulo em seu FORM HTML geralmente
acompanhada de outro componente. A LABEL é uma tag contâiner que
permite texto ou um INPUT (veja a seguir) em seu interior. Geralmente
a LABEL possui o mesmo comportamento visual de um texto escrito
diretamente na página, e seu uso mais comum é como rótulo de campos
de texto, sendo que segundo a especificação os pares LABEL + INPUT
devem estar dentro de tags P (parágrafos) dentro do FORM.

HTML 43
Código 2.12: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note no exemplo acima o uso da tag BR para quebrar a linha após o


primeiro texto. Isso porque a tag LABEL tem comportamento inline
(em-linha) ou seja, não quebra linha automaticamente. Essa seria outra
alternativa em relação ao uso da tag P.

A TAG INPUT

Na verdade INPUT não representa uma única coisa dentro de FORMs


HTML, mas uma família de componentes utilizados para criação de
formulários. A tag INPUT pode ou não ser um contâiner, dependendo de
seu tipo, definido no atributo TYPE.

Além do TYPE, as tags INPUT costumam ter o atributo VALUE, que


representa o seu valor, e o atributo NAME, que representa o seu nome

HTML 44
(invisível ao usuário final). Também temos o atributo DISABLED, que
quando definido como TRUE torna o INPUT desabilitado, o que pode ser
útil em algumas situações.

Os principais valores para o atributo TYPE e seus respectivos usos são:

TYPE=”TEXT” e TYPE=”PASSWORD”
Utilizados para criar campos de texto e de senha, respectivamente,
semelhantes ao JTextField do Java Swing e TextBox do ASP.NET. O
atributo NAME define o nome do seu campo (não confundir com seu
rótulo) e o atributo VALUE define o seu conteúdo. Este INPUT TYPE não
aceita outros elementos em seu interior e seu comportamento visual é
inline (ou seja, não quebra linha automaticamente).

Código 2.13: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Nota: repare como coloquei o input dentro da tag label. Isso está
perfeitamente correta e ajuda a dizer ao browser que “essa label é daquele
input”e inclusive se você clicar no texto da label no navegador verá que o
input fica selecionado pois o browser entende que deseja preenchê-lo.

Resultado do código acima (note a diferença entre o text e o password,


além do fato de que o atributo NAME não aparece ao usuário):

HTML 45
TYPE=”RADIO”
Em algumas ocasiões queremos que o usuário apenas uma dentre um
número pequeno de opções. Assim, podemos definir estas opções como
sendo botões de rádio HTML, os INPUT TYPE=”RADIO”, em analogia aos
JRadioButtons e RadioButtons de outras linguagens.

Cada INPUT TYPE=”RADIO” deve ser sucedido por um texto plano (pois
ele não possui conteúdo próprio) e deve conter dois atributos: VALUE,
que indica po valor da opção selecionada (não visível), e NAME, que
indica o nome deste grupo de botões de rádio. Ou seja, todos os botões de
rádio com o mesmo name representam o mesmo grupo de informação,
e com isso o usuário poderá selecionar apenas um deles (bem mais fácil
que o JButtonGroup do Java Swing!).

Código 2.13: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 46
Abaixo temos o resultado.

Note que o fato de ambos INPUT TYPE=”RADIO” possuírem o mesmo


valor de atributo NAME fará com que o usuário apenas possa selecionar
um, bem como quando este formulário for submetido ao servidor,
somente um deles será enviado sob a variável “sexo”.

Note também que o atributo VALUE não é mostrado ao usuário, ele


somente será conhecido quando o FORM for enviado ao servidor (e
somente o VALUE do RADIO selecionado).

E por fim, note que foi utilizado um terceiro atributo, chamado


CHECKED no RADIO masculino, mostrando que o mesmo deve vir
selecionado por padrão. Este atributo não possui qualquer valor, a sua
presença por si só no interior de uma tag INPUT RADIO já indica que o
mesmo está selecionado.

INPUT TYPE=”CHECKBOX”
Vimos antes que o INPUT RADIO serve para o usuário selecionar uma
dentre algumas opções. Mas e quando ele pode selecionar mais de uma
opção? Neste caso podemos usar o INPUT CHECKBOX.

Neste INPUT nós temos o atributo NAME para definir o nome da variável
que será enviado ao servidor e fora do INPUT (ele não é um contâiner)
temos o texto descritivo para o usuário entender do que se trata o
controle, como mostra a última linha de INPUT do código abaixo.

HTML 47
Código 2.13: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Como resultado temos:

Note que poderíamos ter definido o atributo CHECKED neste INPUT


CHECKBOX caso quiséssemos que ele viesse marcado por padrão, assim
como fizemos com o INPUT RADIO anteriormente.

INPUT TYPE=”SUBMIT” e TYPE=”BUTTON”


Estes últimos INPUTs são tipos diferentes de botões. Ambos são
representados visualmente da mesma forma, como botões com um
texto dentro, definido pelo atributo VALUE desse input. Entretanto, suas
funcionalidades variam: o INPUT BUTTON dispara um código Javascript
quando clicado (que não veremos agora) e o INPUT SUBMIT submete
todos os dados do formulário para o servidor, sendo este último o mais
importante a ser estudado no momento.

HTML 48
Anteriormente, quando vimos a tag FORM foi falado que ela tinha dois
atributos: ACTION e METHOD, sendo este último opcional. Quando
um INPUT SUBMIT é clicado, o navegador coleta todas as informações
contida nos campos do FORM e envia eles para o endereço fornecido
no atributo ACTION, no formato NAME1=VALUE1&NAME2=VALUE2, ou
seja, ele pega o name de cada componente HTML e seu valor e junta-os
usando sinais de ‘=’, e depois junta todos os pares de chave-valor usando
sinais de ‘&’. Se o atributo METHOD não for definido, será enviado para
o servidor via HTTP GET, caso contrário será enviado usando o verbo
HTTP definido neste atributo (o que é irrelevante no momento).

Assim, quando esta informação chega em nosso backend, o nosso código


programado em alguma linguagem de servidor irá dar cabo da mesma
fazendo o que for necessário, como salvar dados no banco, por exemplo,
inclusive retornando uma mensagem de sucesso ou fracasso na maioria
das vezes.

Código 2.13: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 49
Como resultado, temos a imagem abaixo. Note que se clicarmos no
INPUT SUBMIT seremos enviados para a página /teste que não existe,
exibindo um erro no navegador. Isso é normal, uma vez que ainda não
vimos como fazer a programação desta página em Node.js.

Outros TYPEs: não existem somente os TYPEs mostrados acima. Existem


muitos outros principalmente a partir da especificação 5 da linguagem
HTML. Alguns TYPEs especialmente interessantes vêm para substituir
o INPUT TEXT quando queremos limitar o tipo de dados que pode
ser informado pelo usuário, como o INPUT NUMBER (para somente
números). Veja a lista completa em http://www.w3schools.com/tags/tag_
input.asp

A TAG TEXTAREA

Funciona de maneira idêntica ao INPUT TYPE=”TEXT” porém permitindo


múltiplas linhas, como em um JTextArea do Java Swing. O atributo
VALUE do TEXTAREA define o seu conteúdo textual e seu NAME o nome
da variável a ser enviada ao servidor.

AS TAGS SELECT E OPTION

Quando queremos listar diversas opções ao usuário sem poluir demais


o visual da tela podemos usar a tag SELECT, que é o equivalente ao
JComboBox e DropDownList de outras linguagens. A tag SELECT é um
contâiner que aceita tags OPTION em seu interior e possui um atributo
name para representá-la quando o FORM é submetido para o servidor.

Já as tags OPTION por sua vez possuem um conteúdo textual (são


containers que aceitam somente texto plano em seu interior) e um
conteúdo oculto, seu atributo VALUE, que pode ser utilizado para
guardar o código correspondente ao texto escolhido pelo usuário.

HTML 50
Quando o FORM é submetido ao servidor, é enviado uma variável com o
NAME do SELECT e o VALUE do OPTION selecionado pelo usuário.

Código 2.14: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Visualmente temos (onde o primeiro OPTION se torna o valor


selecionado por padrão):

OUTRAS TAGS

Estas não são as únicas tags existentes. Além disso, a descrição de cada
tag vista aqui é um resumo bem superficial e o estudo mais aprofundado
é vital para todo profissional que deseje trabalhar com programação
web.

HTML 51
Mais informações podem ser obtidas no site oficial da W3.org.

Recomendo que você exercite bastante esta primeira etapa antes de


avançar pois certamente tem coisas muito mais poderosas que você
pode fazer com HTML do que apenas o que eu mostrei aqui. Por
exemplo, como você poderia construir a imagem abaixo em HTML?

Abaixo, uma das possíveis soluções (note que usei um atributo STYLE
que ainda não estudamos):

Código 2.15: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 52
Note que a última âncora da página está apontando seu href para novo.
html. Que tal criarmos esta página para conseguir navegar de uma para
outra?

A imagem abaixo lhe dá um exemplo de como essa novo.html poderia


ser (salve na mesma pasta da anterior).

Se estiver com problemas no HTML, pode usar o código abaixo.

Código 2.16: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

HTML 53
Note que de uma página você pode navegar para outra e vice-versa, mas
que nenhum cadastro acontece de verdade.

Deixe este projeto salvo, continuaremos ele mais adiante neste ebook.

Quer fazer um curso online de Desenvolvimento Web FullStack JS com o autor


deste ebook?
Acesse https://www.luiztools.com.br/curso-fullstack

HTML 54
JAVASCRIPT BÁSICO

3 “
Not all roots are buried down in the
ground some are at the top of the tree.
- Jinvirle

O objetivo deste capítulo é lhe dar a base de programação em
JavaScript. Ele é especialmente útil se você estiver começando agora
com programação, mas também pode ser útil para quem possa estar
migrando de uma linguagem para JS.

JavaScript foi originalmente desenvolvido por Brendan Eich quando


trabalhou na Netscape sob o nome de Mocha, posteriormente teve seu
nome mudado para LiveScript e por fim JavaScript. LiveScript foi o
nome oficial da linguagem quando foi lançada pela primeira vez na
versão beta do navegador Netscape 2.0 em setembro de 1995, mas teve
seu nome mudado em um anúncio conjunto com a Sun Microsystems
em dezembro de 1995 quando foi implementado no navegador Netscape
versão 2.0B3.

A mudança de nome de LiveScript para JavaScript coincidiu com a


época em que a Netscape adicionou suporte à tecnologia Java em seu
navegador (Applets). A escolha final do nome causou confusão dando
a impressão de que a linguagem foi baseada em java, sendo que tal
escolha foi caracterizada por muitos como uma estratégia de marketing
da Netscape para aproveitar a popularidade do recém-lançado Java.

JavaScript rapidamente adquiriu ampla aceitação como linguagem


de script client-side de páginas web. JScript, um dialeto compatível e
intercambiável criado pela Microsoft foi incluído no Internet Explorer
3.0, liberado em Agosto de 1996.

Em novembro de 1996 a Netscape anunciou que tinha submetido


JavaScript para Ecma International como candidato a padrão industrial
e o trabalho subsequente resultou na versão padronizada chamada
ECMAScript.

JavaScript hoje é a linguagem de programação mais popular da web.


Inicialmente, no entanto, muitos profissionais denegriram a linguagem
pois ela tinha como alvo principal o público leigo. Com o advento do
Ajax durante o boom da Web 2.0, JavaScript teve sua popularidade de
volta e recebeu mais atenção profissional. O resultado foi a proliferação
de frameworks e bibliotecas, práticas de programação melhoradas e o
aumento no uso do JavaScript fora do ambiente de navegadores, bem
como o uso de plataformas de JavaScript server-side.

JAVASCRIPT BÁSICO 56
A tag SCRIPT

Utiliza-se a tag HTML SCRIPT para criar blocos de código Javascript em


uma página HTML ou para carregar um arquivo com extensão .JS que
exista em alguma pasta ou na Internet. Ambos exemplos são mostrados
abaixo

No exemplo acima a tag script é usada em formato container. Tudo que


for colocado dentro dela será interpretado como código Javascript. Para
realizar os exercícios iniciais, recomendo esta abordagem, a de criar
uma página HTML e colocar um bloco script dentro, como abaixo.

Código 3.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que deixei um código console.log dentro do bloco script. Para testar
esta página, faça do mesmo jeito que vem fazendo, abrindo o arquivo
HTML no seu navegador, mas agora use o botão direito do mouse e
escolha a opção de inspecionar a página.

JAVASCRIPT BÁSICO 57
Vai se abrir uma aba cheia de opções na parte inferior do seu Google
Chrome. Escolha a opção Console e você verá algo como abaixo.

console.log é um comando JavaScript para enviar mensagens para este


“painel” do navegador, onde podemos ver as mensagens.

É através deste console que você vai verificar como os nossos exercícios
com JavaScript estão funcionando, então deixe-o aberto e, entre um
código e outro, salve o arquivo e apenas dê um refresh no navegador
(F5).

Outra forma de fazer os testes, mais avançada, é criando um arquivo


.JS separado e referenciando-o no bloco script, ao invés de colocar os
códigos diretamente. Não recomendo este formato se estiver começando
agora com front-end.

No exemplo acima a tag SCRIPT fecha em si mesma e usa o atributo SRC


para apontar para um arquivo com extensão .JS presente no próprio
projeto ou na internet (neste caso deve referenciar a URL absoluta do
arquivo).

JAVASCRIPT BÁSICO 58
Nota: ro carregamento de scripts JS na página HTML possui
comportamento bloqueante na requisição. Ou seja, até que o script termine
de ser carregado o browser não carrega mais nada. Assim, caso seu script
seja grande (algumas dezenas de KB por exemplo), é sempre indicado
referenciá-lo apenas no final do documento HTML, o mais próximo possível
da tag </BODY> (fecha-body) para evitar que o usuário tenha de esperar
demais pelo carregamento para começar a usar a página.

A seguir apresentarei a sintaxe da linguagem JavaScript, abordando as


estruturas de dados existentes, as regras para declaração de variáveis, as
recomendações gerais para nomenclatura, os operadores e as estruturas
de controle disponíveis.

Como será notado por quem já é programador de outras linguagens, a


sintaxe da linguagem JavaScript é muito semelhante àquela usada pela
linguagem C, porém muito mais dinâmica.

Declaração de Variáveis

Uma variável é um nome definido pelo programador ao qual pode ser


associado um valor pertencente a um certo tipo de dados.

Para que muitas coisas aconteçam em nossos sistemas, nós precisaremos


de variáveis, tal qual operações aritméticas, armazenamento de dados e
mensagens para o usuário, só para citar alguns exemplos comuns.

Em outras palavras, uma variável é como uma memória, capaz de


armazenar um valor de um certo tipo, para a qual se dá um nome que
usualmente descreve seu significado ou propósito. Desta forma toda
variável possui um nome, um tipo e um conteúdo.

O nome de uma variável em JavaScript pode ser uma sequência de um


ou mais caracteres alfabéticos e numéricos, iniciados por uma letra ou
ainda pelo caractere ‘_’ (underscore).

Os nomes não podem conter outros símbolos gráficos, operadores ou


espaços em branco. É importante ressaltar que as letras minúsculas
são consideradas diferentes das letras maiúsculas, ou seja, a linguagem
JavaScript é sensível ao caixa empregado (case sensitive), assim temos

JAVASCRIPT BÁSICO 59
a total x2

idade _especial TOT

Maximo
ExpData meuNumero

como exemplos válidos: Segundo as mesmas regras temos abaixo


exemplos inválidos de nomes de variáveis:
»» 1x
»» Total geral
»» numero-minimo
»» function

A razão destes nomes serem inválidos é simples: o primeiro começa


com um algarismo numérico, o segundo possui um espaço em branco,
o terceiro contém o operador menos, mas por que o quarto nome é
inválido?

Porque além das regras de formação do nome em si, uma variável não
pode utilizar como nome uma palavra reservada da linguagem.

Mas o que é uma palavra reservada?

As palavras reservadas são os comandos, especificadores e


modificadores pertencentes a sintaxe de uma linguagem.

As palavras reservadas da linguagem JavaScript, que portanto não


podem ser utilizadas

abstract arguments await

boolean break byte

case catch char

class const continue


debugger default delete

JAVASCRIPT BÁSICO 60
do double else

enum eval export

extends false final

finally float for

function goto if

implements import in

instanceof int interface

let long native


new null package

private protected public


return short static

super switch synchronized

this throw throws

transient true try

typeof var void

volatile while with

yield

como nome de variáveis ou outros elementos, são:


Algumas destas palavras não são mais reservadas em versões recentes
do JavaScript, mas ainda assim não são utilizadas em nomes de variáveis
por boa prática. Muitas dessas palavras são reservadas do JavaScript
mas não são utilizadas de fato e existem ainda uma série de outras
palavras que são nomes de funções ou objetos globais existentes em

JAVASCRIPT BÁSICO 61
diferentes ambientes como no navegador, por exemplo.

Desta forma para declararmos uma variável temos as seguintes opções:

»» nomeDaVariavel
»» var nomeDaVariavel
»» const nomeDaVariavel
»» let nomeDaVariavel

Na primeira opção, apenas escrevendo o nome da variável, declaramos


a mesma como global na nossa aplicação. Isso não é exatamente
verdade em Node.js, que possui algumas regras diferentes do JavaScript
tradicional, e não é nem um pouco recomendado, mas existe.

Na segunda opção, a mais clássica, declaramos uma variável no seu


sentido mais tradicional em JavaScript. Note que nós não declaramos o
tipo da variável, ‘var’ simplesmente significa ‘variable’. Em JavaScript
a tipagem é fraca e dinâmica, o que quer dizer que ela a princípio é
inferida a partir do valor do dado que guardarmos na variável, mas que
o tipo pode ser alterado durante a execução do programa.

Sendo assim, quando declaramos (este trecho deve estar dentro de um


bloco script no seu HTML e o resultado deve ser observado no console
do navegador):

Código 3.2: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

a variável x passa a ser do tipo número inteiro, automaticamente.

Agora se declararmos na linha:

Código 3.2: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 62
a variável x passa a ser do tipo string (texto).

Já os modificadores let e const foram criados nas versões mais recentes


do JavaScript para termos mais controle sobre o que acontece com
nossas variáveis.

Quando declaramos uma variável com ‘const’ na frente, estamos


dizendo que ela é uma constante, e que seu valor somente poderá ser
atribuído uma vez, caso contrário incorrerá em erro. Curiosamente,
por causa da tipagem dinâmica do JavaScript, recomenda-se declarar as
variáveis sempre como const e, conforme a necessidade, muda-se para
let (a seguir) ou var. Essa abordagem diminui a chance de mudanças de
tipo que podem estragar a sua aplicação.

Já quando declaramos uma variável com ‘let’ na frente, queremos dizer


que ela existe apenas no escopo atual. Ao contrário do var, que após sua
declaração faz com que a variável exista para todo o código seguinte,
‘let’ garante um controle maior da memória e um ciclo de vida mais
curto para as variáveis.

Boa prática: tente declarar suas variáveis como const. Se não puder, pois
elas precisam ser alteradas, tente usar let. Se não puder usar let, porque a
variável precisa ser usada fora do seu escopo (o que não é recomendado),
use var.

Por escopo entende-se o bloco (conjunto de comandos da linguagem)


onde ocorreu a declaração da variável (geralmente delimitado por
chaves).

Em JavaScript recomenda-se que a declaração de variáveis utilize nomes


iniciados com letras minúsculas. Caso o nome seja composto de mais de
uma palavras, as demais deveriam ser iniciadas com letras maiúsculas
tal como nos exemplos:
»» contador
»» total
»» sinal
»» posicaoAbsoluta
»» valorMinimoDesejado
»» mediaGrupoTarefa2

JAVASCRIPT BÁSICO 63
E também é possível declarar mais de uma variável por vez:

Código 3.2: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

ou mesmo já atribuindo o seu valor, usando o operador de atribuição


(sinal de igualdade):

Código 3.2: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Tipos de dados

Ok, falei anteriormente que JavaScript possui tipagem dinâmica, certo?


Ainda assim, existe tipagem, mesmo que fraca e inferida. Os tipos
existentes em JavaScript são:

»» Numbers: podem ser com ou sem casas decimais, usando o ponto


como separador. Ex: let x = 10.1
»» Strings: podem ser definidas com aspas simples ou duplas. Ex: let
nome = ‘Luiz’
»» Booleans: podem ter os valores literais true ou false,
representando verdadeiro ou falso
»» Arrays: podem ter vários valores em seu interior
»» Objects: veremos mais pra frente, são tipos complexos que
podem ter variáveis e funções em seu interior
»» Functions: veremos mais pra frente, são tipos complexos que
recebem parâmetros, executam instruções e geram saídas

Não existem diferenças entre tipos primitivos e derivados em JavaScript,


como existem em outras linguagens de programação. Todas variáveis
são objetos, incluindo até mesmo funções e booleanos. O impacto disso
será conhecido mais tarde, mas dois efeitos colaterais é que isso torna a

JAVASCRIPT BÁSICO 64
linguagem mais fácil de aprender e mais difícil de executar (mais lenta),
em linhas gerais.

A tipagem dinâmica do JavaScript permite que você mude os tipos das


variáveis em tempo de execução, embora isso não seja recomendado.

Comentários

Comentários são trechos de texto, usualmente explicativos, inseridos


dentro do programa de forma que não sejam considerados como parte
do código, ou seja, são informações deixadas juntamente com o código
para informação de quem programa.

O JavaScript aceita dois tipos de comentários: de uma linha e de


múltiplas linhas. O primeiro de uma linha utiliza duas barras (//) para
marcar seu início:
Código 3.2: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

O segundo usa a combinação /* e */ para delimitar uma ou mais linhas


de comentários:
Código 3.2: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Mas porque estou falando de comentários agora, logo após falar de


declaração de variáveis?

Porque uma excelente maneira de melhorar os seus estudos é, a cada


trecho de código escrito, comentar do que se trata a respectiva linha de
código!

JAVASCRIPT BÁSICO 65
Conforme você for avançando e pegando experiência com JavaScript,
não precisará usar mais tantos comentários, provavelmente apenas
em blocos de código complexos, como forma de documentação para
uso futuro. Por ora, comente tudo o que achar conveniente para seus
estudos.

Operadores

A linguagem JavaScript oferece um conjunto bastante amplo de


operadores destinados a realização de operações aritméticas, lógicas,
relacionais e de atribuição.

OPERADORES ARITMÉTICOS

Como na maioria das linguagens de programação, o JavaScript possui


vários operadores aritméticos. Considere nos exemplos que a e b são
variáveis numéricas.

Operador Significado Exemplo


+ Adição, soma dois valores a+b

- Subtração, subtrai um valor de outro a-b

* Multiplicação, multiplica dois valores a*b


/ Divisão, divide um valor pelo outro e
a/b
retorna o resultado da divisão

% Módulo, divide um valor pelo outro e a%b


retorna o resto da divisão
++ Incremento unário, aumenta o valor
a++ ou ++a
em 1

-- Decremento unário, diminui o valor a-- ou --a


em 1

+=, -=, *=, /= Auto-adição, auto-subtração, etc. a += b (soma a e b e


Calcula o valor atual com o valor à guarda o resultado em a,
direita e armazena o resultado em si equivalente a ‘a = a + b’)
mesmo.

JAVASCRIPT BÁSICO 66
Estes operadores aritméticos podem ser combinados para formar
expressões, fazendo uso de parênteses para determinar a ordem
específica de avaliação de cada expressão.

A seguir um exemplo de aplicação que declara algumas variáveis,


atribui valores iniciais e efetua algumas operações imprimindo os
resultados obtidos.

Código 3.3: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Executando o código fornecido (basta apertar F5 no VS Code ou Debug >


Start Debugging) teremos os resultados 5, 2, 7, 3, 10, 2.5, 1, 5, 1, 6 e 1.

OPERADORES RELACIONAIS

Além dos operadores aritméticos o JavaScript possui operadores


relacionais, isto é, operadores que permitem comparar valores literais,
variáveis ou o resultado de expressões retornando um resultado do
tipo lógico, ou seja, um resultado falso ou verdadeiro. Os operadores
relacionais disponíveis são:

JAVASCRIPT BÁSICO 67
Operador Significado Exemplo

Similaridade, retorna true se os valores


== a == b
forem iguais, independente do seu tipo

Não similaridade, retorna true se os


!= valores não forem iguais, independente a != b
do seu tipo

=== Igualdade, retorna true se os valores e


a === b
tipos forem iguais

Desigualdade, retorna true se os valores


!== a !== b
ou os tipos forem diferentes

> Maior que, retorna true se o valor da


a>b
esquerda for maior que o da direita

>= Maior ou igual que, retorna true se o


valor da esquerda for maior ou igual ao a >= b
da direita

< Menor que, retorna true se o valor da


a<b
esquerda for menor que o da direita

Menor ou igual que, retorna true se o va-


lor da esquerda for menor ou igual que o a <= b
<=
da direita

Note que temos diferentes usos para o sinal de igualdade (=). Se usarmos
ele em duplas (==), comparamos valores de variáveis, independente do
seu tipo. Assim ‘1’ == 1 é verdadeiro, pois ambos são o número 1. Por
causa dessa interpretação do JavaScript, recomenda-se sempre utilizar
a igualdade em trios (===), que além de comparar o valor entre as
variáveis, também compara o seu tipo, para ver se coincidem. Em ambos
os casos, não confunda com o uso isolado do sinal de igualdade (=), que
é o operador de atribuição, que falarei mais tarde. Esse erro é um dos
mais comuns por programadores JS desatentos.

Boa prática: use sempre === e !== para comparações. Diminui a chance
de ‘falsos positivos’ e se tem um pequeno ganho de performance entre
algumas comparações.

O operador de desigualdade é semelhante ao existente na linguagem C,


ou seja, é representado por “!=” ou “!==” na versão mais ‘completa’. Os
demais são idênticos a grande maioria das linguagens de programação
em uso.

JAVASCRIPT BÁSICO 68
É importante ressaltar também que os operadores relacionais duplos,
isto é, aqueles definidos através de dois caracteres (>= por exemplo), não
podem conter espaços em branco.

A seguir um outro exemplo simples de aplicação envolvendo os


operadores relacionais.

Código 3.4: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

OPERADORES LÓGICOS
Como seria esperado o JavaScript também possui operadores lógicos,
isto é, operadores que permitem conectar logicamente o resultado de
diferentes expressões aritméticas ou relacionais construindo assim
uma expressão resultante composta de várias partes e portanto mais
complexa.

Nos exemplos abaixo, a e b não são necessariamente variáveis, mas sim


condições booleanas (true ou false), ou seja, podem ser qualquer tipo de
expressões que retornem true ou false, incluindo variáveis booleanas
simples.

JAVASCRIPT BÁSICO 69
Operador Significado Exemplo

E lógico (AND), retorna true se ambas


&& a && b
expressões retornarem true

|| Ou lógico (OR), retorna true se ao menos a || b


uma expressão retornar true

! Negação lógica (NOT), retorna o valor


oposto ao da expressãouma expressão !a
retornar true

Os operadores lógicos duplos, isto é, definidos por dois caracteres,


também não podem conter espaços em branco.

OPERADOR DE ATRIBUIÇÃO

Atribuição é a operação que permite definir o valor de uma variável


através de um literal ou através do resultado de uma expressão
envolvendo operações diversas. Geralmente lemos a expressão ‘a = b’
como ‘a recebe b’ e ‘a = 1’ como ‘a recebe 1’. Note que isto é diferente de
‘a == b’ e ‘a == 1’, que lemos como ‘a é igual a b’ e ‘a é igual a 1’ (o mesmo
para a === b e a === 1 como vimos anteriormente).

Exemplos de atribuições válidas são mostradas no trecho de código


abaixo.

Código 3.5: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Note como podemos fazer uma atribuição no momento que declaramos


a variável, para inicializá-la com algum valor. Também podemos
atribuir valores mais tarde, com valores literais ou como resultado
de expressões. No entanto, se apenas declaramos uma variável e
não assumimos um valor à ela, ela será considerada undefined (não
definida) pelo interpretador JS. Que tal exercitar o aprendizado de

JAVASCRIPT BÁSICO 70
Boa prática: sempre inicialize suas variáveis no momento da declaração,
o que costuma melhorar a performance dos otimizadores de código JS
presentes no V8, que é o motor de JS usado pelo Node.js e também evita
erros futuros por usar variáveis não inicializadas.

operadores? Modifique os valores abaixo à vontade:

Código 3.6: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Realize testes ao menos uma vez com cada operador, para entender na
prática como eles funcionam. Se não conseguir realizar testes com os
operadores lógicos, não tem problema, revisitaremos eles em breve.

Functions

Outro tipo de variável existente em JavaScript são as functions ou


funções. São objetos especiais que, quando invocados, executam uma
série de comandos a partir de parâmetros, produzindo saídas. Functions
são extremamente úteis para reaproveitamento de código e organização
de projetos. Se uma mesma lógica de programação precisa ser usada
em mais de um ponto do seu código, ao invés de repetir os mesmos
comandos JavaScript, você pode criar uma função com eles e chamar a
função as duas vezes.

A própria linguagem JavaScript possui diversas funções globais que


estão à disposição do programador, bem como outras funções que
estão atreladas a tipos específicos de dados como Strings e Arrays, que
veremos mais adiante.

Em JS as funções são tratadas como objetos de primeiro nível,


diferentemente de outras linguagens. Uma vez definidas em um arquivo,
esta função torna-se pública para aquele arquivo e pode-se com as
configurações adequadas torná-la disponível em outros arquivos. Sendo
o JS uma linguagem procedural, uma function somente existe depois

JAVASCRIPT BÁSICO 71
que o interpretador JS leu ela em algum arquivo ou bloco de código.
Chamar uma função JS que ainda não foi carregada para a memória do
navegador retornará undefined.

A sintaxe não é muito complicada: basicamente temos a palavra


reservada function que define que o trecho de código a seguir refere-se
à uma função. Damos um nome à função (seguindo as mesmas regras de
nomenclatura de variáveis) e depois definimos os seus parâmetros entre
parênteses, sendo que precisamos apenas dos nomes dos mesmos. Como
abaixo:

Código 3.7: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Note que neste exemplo usamos a instrução return para retornar o


valor da soma dos dois números, mas isso é opcional. Funções JS não
necessariamente precisam retornar algum valor, assim como também
não precisam ter parâmetros.

Functions JS são tratadas como objetos, assim como as variáveis. Dessa


forma, podemos guardar functions em variáveis para serem usadas
depois ou até mesmo passá-las por parâmetro. Como abaixo:
Código 3.7: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Mais tarde, no mesmo arquivo, podemos usar esta função chamando:


Código 3.7: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 72
Ou passá-la por parâmetro como abaixo:
Código 3.7: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Em versões mais recentes de JavaScript, adicionou-se a notação “arrow


functions”, que permitem escrever as mesmas funções mas de maneira
mais sucinta e direta, como no método somar abaixo:
Código 3.7: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

É bem útil para agilizar a leitura e a escrita de funções pequenas,


principalmente quando precisamos definir elas de maneira anônima na
passagem de parâmetro para outras funções.

Diferente, não?!

Note que nos exemplos que declarei a function como uma variável, eu
usei const na declaração. Isso porque essa function não será alterada, é
uma constante.

O tipo String

Existem alguns tipos de dados em JavaScript que são mais complexos


que outros. Na curva de aprendizado, logo após os numéricos e
booleanos temos as Strings. O tipo String é um dos mais utilizados, isso
porque ele é utilizado para criar variáveis que guardam texto dentro de
si, algo muito recorrente em desenvolvimento de software.

O tipo String permite armazenar um número virtualmente infinito


de caracteres, formando palavras, frases, textos, etc. Apesar de todo
esse “poder”, sua declaração é tão simples quanto a de qualquer outra
variável:

JAVASCRIPT BÁSICO 73
Código 3.8: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Note que a palavra ‘Luiz’ está entre aspas (simples) e que poderia
estar entre aspas-duplas, sem qualquer diferença. No entanto, se você
começou a string com aspas simples, deve terminar da mesma forma e
vice-versa.

O ideal é sempre inicializarmos nossas Strings, nem que seja com aspas
vazias (‘’) para não corrermos o risco de termos erros de execução mais
pra frente, pois por padrão o conteúdo das variáveis é ‘undefined’.

Assim como vimos anteriormente na prática, quando usamos o operador


‘+’ com textos (que agora chamaremos de Strings), ele não soma os seus
valores, mas sim concatena (junta) eles. Isso vale tanto para Strings
literais (textos entre aspas) quanto para variáveis Strings.
Código 3.8: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

O código acima, se executado pelo terminal interativo ou dentro de um


index.js deve imprimir o texto Prof. LuizDuarte na janela do console.
Isso porque ele concatenou (juntou) a String literal “Prof. ” com as
variáveis nome e sobrenome, resultando em uma nova String, maior e
mais completa “Prof. LuizDuarte”, que foi impressa pelo console.log.

Outra característica muito interessante das Strings é que qualquer


variável que a gente concatene com uma String, acaba gerando outra
String, como abaixo.

JAVASCRIPT BÁSICO 74
Código 3.8: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Isso vai imprimir o texto “Prof. Luiz tem 32 anos!”, copiando o valor da
variável idade pra dentro da nova String completa. Note que isso não
altera o tipo da variável idade ou seu valor, apenas faz uma cópia dela
em forma de texto, automaticamente.

Legal, não é mesmo?!

Mas as Strings são bem mais complexas e interessantes que isso,


existindo uma série de características e funções que podemos chamar
a partir delas para obter variados efeitos, como nos exemplos abaixo
(considere str uma variável inicializada com uma String):

»» str.length: retorna a quantidade de caracteres da String


»» str.toUpperCase(): retorna a String toda em maiúsculas
»» str.toLowerCase(): retorna a String toda em minúsculas
»» str.endsWith(‘x’): retorna true se a String termina com o caracter (ou palavra)
passado por parâmetro
»» str.startsWith(‘x’): retorna true se a String começa com o caracter (ou
palavra) passado por parâmetro
»» str.replace(‘x’, ‘y’): retorna uma String cópia da original, mas com os
caracteres x substituídos por y
»» str.trim(): retorna uma String cópia da original, mas sem espaços no início e
no fim
»» str.concat(str2): faz a fusão dos caracteres de str2 no final de str
»» parseInt(str): retorna um número a partir da String (se for possível)
»» parseFloat(str): retorna um número decimal a partir da String (se for
possível)
»» x.toString(): retorna uma String criada a partir de outra variável qualquer (x)

JAVASCRIPT BÁSICO 75
Note que nenhuma dessas funções muda a String em si, todas retornam
um valor a partir dela. Strings são imutáveis na maioria das linguagens
de programação, e JavaScript não é exceção. Quando colocamos um
texto dentro de uma variável que já possuía um texto, não mudamos o
texto original, mas criamos um novo.

Para exemplificar estes conceitos, escreva e execute o código abaixo:


Código 3.8: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

E as Strings possuem muitas outras características incríveis devido à


sua natureza textual, que é interpretada internamente como um array
(vetor) de caracteres. Exploraremos essas características mais pra frente,
quando entrarmos em estruturas de dados mais complexas.

Está começando a ficar mais interessante!

Estruturas de Controle de Fluxo

Um programa de computador é uma sequência de instruções


organizadas de forma tal a produzir a solução de um determinado
problema. Naturalmente tais instruções são executadas em sequência,
o que se denomina fluxo sequencial de execução. Em inúmeras
circunstâncias é necessário executar as instruções de um programa em
uma ordem diferente da estritamente sequencial. Tais situações são
caracterizadas pela necessidade da repetição de instruções individuais
ou de grupos de instruções e também pelo desvio do fluxo de execução.

As linguagens de programação tipicamente possuem diversas estruturas


de programação destinadas ao controle do fluxo de execução, isto é,
estruturas que permitem a repetição e o desvio do fluxo de execução.

JAVASCRIPT BÁSICO 76
Geralmente as estruturas de controle de execução são divididas em:

Estruturas de repetição: destinadas a repetição de um ou mais


comandos, criando o que se denomina laços. O número de repetições é
definido por uma condição, que pode ser simples como uma comparação
numérica, ou complicado como uma expressão lógica. No JavaScript
dispõe-se das diretivas for, while e do/while.

Estruturas de desvio de fluxo: destinadas a desviar a execução do


programa para uma outra parte, quebrando o fluxo sequencial de
execução. O desvio do fluxo pode ocorrer condicionalmente, quando
associado a avaliação de uma expressão, ou incondicionalmente. No
JavaScript dispomos das diretivas if/else e switch/case.

A imagem abaixo ilustra os três tipos possíveis de fluxos de execução em


um software: o sequencial, que seria o fluxo padrão; um fluxo repetitivo,
onde temos um laço de repetição em determinado momento; e um fluxo
com desvio, cuja “direção” é decidida com base em uma condição lógica.

Agora vamos estudar cada um dos tipos de estruturas de controle


básicas que possuímos no JavaScript.

JAVASCRIPT BÁSICO 77
ESTRUTURAS DE REPETIÇÃO

Estas estruturas podem ser divididas entre simples e condicionais.


Independente da classificação, elas repetem um ou mais comandos
JavaScript durante um número de vezes definido na sua declaração ou
baseado em uma expressão lógica, como veremos a seguir.

Como repetição simples consideramos um trecho de código, isto é, um


conjunto de diretivas que deve ser repetido um número conhecido e fixo
de vezes. A repetição é uma das tarefas mais comuns da programação
utilizada para efetuarmos contagens, para obtenção de dados, para
impressão etc. Em JavaScript dispomos da diretiva for cuja sintaxe é
dada a seguir:

O for (PARA) possui três campos ou seções, delimitados por um par


de parênteses que efetuam o controle de repetição de uma diretiva
individual ou de um bloco de diretivas (neste caso, circundado por
chaves). Cada campo é separado do outro por um ponto e vírgula.

O primeiro campo é usado para dar valor inicial a uma variável de


controle (um contador). Nele declaramos nossa variável de controle,
geralmente um inteiro, e inicializamos ele, geralmente com 0, como no
exemplo abaixo.

O segundo campo é uma expressão lógica que determina a execução da


diretiva associada ao for, geralmente utilizando a variável de controle
e outros valores. Resumindo: o segundo campo vai determinar quantas
vezes a diretiva do for será executada. Atente ao exemplo abaixo:

JAVASCRIPT BÁSICO 78
O que você consegue abstrair a partir do segundo campo do for?

Considerando que i é a nossa variável de controle, usamos ela em


uma expressão lógica para determinar quantas vezes a diretiva irá ser
executada. Neste caso, enquanto i for menor que 10, executaremos a
diretiva (um comando JavaScript qualquer).

Mas se i = 0, quando que ele será maior ou igual à 10 para o for encerrar
a repetição?

Aí que entra o terceiro campo do for: o incremento/decremento. Neste


último campo nós mudamos o valor da variável de comando, para mais
ou para menos. Esse incremento/decremento acontece uma vez a cada
repetição do laço, logo após a execução da diretiva e antes da condição
(segundo campo do for) ser analisada novamente. Isto faz com que,
em determinado momento, o laço pare de se repetir, como no exemplo
abaixo.

Neste caso, a diretiva será executada 10 vezes e sequência, uma vez que
a cada execução o valor de i aumentará em uma unidade até alcançar
o valor 10, o que fará com que a condição ‘i < 10’ se torne falsa e o for
acabe sua execução.

Não acredita? Copie o código abaixo, onde substituí a diretiva por


um comando de impressão do JavaScript e execute no VS Code (ou no
terminal interativo):

JAVASCRIPT BÁSICO 79
Código 3.9: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

A saída esperada é uma sequência de impressões iniciadas em ‘i=0’ e


terminando em ‘i=9’, pois quando o i for igual a 10, o for será encerrado.

A tradução literal do for é PARA, e lemos o código anterior como “para


uma dada variável i, inicializada com 0, até ela se tornar 10, imprima o
valor de i e incremente-o logo após”.

Caso quiséssemos executar mais de uma instrução dentro do for,


repetidas vezes, basta apenas circundarmos elas com chaves, como no
exemplo abaixo:
Código 3.9: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Podemos resumir o funcionamento da estrutura for através do


fluxograma abaixo:

JAVASCRIPT BÁSICO 80
Mas e as estruturas de repetição mais complexas, baseadas em
condições?

As estruturas de repetição condicionais são estruturas de repetição cujo


controle de execução é feito pela avaliação de expressões condicionais.
Estas estruturas são adequadas para permitir a execução repetida de
um conjunto de diretivas por um número indeterminado de vezes, isto
é, um número que não é conhecido durante a fase de programação mas
que pode ser determinado durante a execução do programa tal como
um valor a ser fornecido pelo usuário, obtido de um arquivo ou ainda
de cálculos realizados com dados alimentados pelo usuário ou lido de
arquivos.

Existem duas estruturas de repetição condicionais: while e do/while.

O while (ENQUANTO) é o que chamamos de laço condicional, isto é, um


conjunto de instruções que é repetido enquanto o resultado de uma
expressão lógica (uma condição) é avaliado como verdadeiro. Abaixo
segue a sintaxe desta diretiva:

Note que a diretiva while avalia o resultado da expressão antes de


executar a diretiva associada, assim é possível que a diretiva nunca seja
executada caso a condição seja inicialmente falsa.

Mas que tipo de expressão lógica usamos geralmente como condição do


while?

Abaixo temos um exemplo bem simples:

JAVASCRIPT BÁSICO 81
Neste exemplo inicializamos uma variável chave como true (verdadeiro)
e depois usamos a própria variável como condição de parada do while.
Enquanto chave for true, o while continuará sendo executado (i.e. a
diretiva será executada). No entanto, note que um problema típico
relacionado a avaliação da condição da diretiva while é o seguinte: se a
condição nunca se tornar falsa o laço será repetido indefinidamente.

Para que isso não aconteça, devemos nos certificar de que exista algo na
diretiva que, em dado momento, modifique o valor da condição, como
no exemplo abaixo:

Código 3.9: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Nesse caso, o while executará apenas uma vez e depois será encerrado,
pois na segunda vez que a condição for analisada, a variável chave terá
valor false e ele não executará sua diretiva novamente.

Lemos o trecho de código anterior como “enquanto a variável chave for


verdadeira, troque o valor dela para false”.

Claro, esse é um exemplo pouco útil, uma vez que a única instrução
existente é para encerrar o while. O que acontece geralmente é que o
while possua mais de uma diretiva e, assim como for, elas devem ser
circundadas por chaves:

Código 3.9: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 82
É possível ainda, usar o while de maneira semelhante ao for, definindo
como condição uma comparação lógico-aritmética:
Código 3.9: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Nesse caso, o texto “Imprime!” será impresso 10 vezes, assim como seria
possível fazer com um for.
O funcionamento do while pode ser resumido através do fluxograma abaixo:

O do/while também é um laço condicional, isto é, tal como o while é


um conjunto de instruções que são repetidas enquanto o resultado da
condição é avaliada como verdadeira mas, diferentemente do while, a
diretiva associada é executada antes da avaliação da expressão lógica e
assim temos que esta diretiva é executada pelo menos uma vez.

Por exemplo:

JAVASCRIPT BÁSICO 83
Código 3.10: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Note que a variável chave foi declarada como false logo na sua
inicialização, ou seja, quando ela for comparada na condição do while
ela ainda será false e consequentemente sairá do while. Porém, como
o bloco do é executado primeiro, teremos a impressão da palavra
“Imprime!” na saída do console.

Lemos o código anterior como: “faça (DO) a impressão da palavra


imprime, enquanto (WHILE) a variável chave for verdadeira”.

Basicamente esta é a única diferença entre os laços while e do/while.


O do/while sempre executa o laço ao menos uma vez, antes de fazer a
comparação, como ilustrado pelo fluxograma abaixo:

JAVASCRIPT BÁSICO 84
Um exercício que você pode fazer para testar o for, o while e o do/while
é o seguinte: antes de conhecer os laços de repetição, como você faria
para declarar uma variável e imprimi-la de 0 a 9?

O código abaixo exemplifica como você poderia fazer:

Código 3.10: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Copie e cole o código acima dentro de um index.js, execute e você verá,


que graças ao operador de incremento unário a variável x vai do valor 0
ao 9, sendo impressa durante o processo.

Repetitivo, não?!

Seria tão bom se tivéssemos uma maneira de repetir comandos


JavaScript sem repetir código...É nessas horas, quando você precisa
repetir comandos, que os laços de repetição são úteis!

Pare um minuto e pense como esse mesmo exercício (imprimir um


número de 0 a 9) poderia ser feito usando laços de repetição...

Aqui vai uma solução, agora usando um laço for:

JAVASCRIPT BÁSICO 85
Código 3.10: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Copie e cole esse código e verá que o resultado no console é o mesmo.

Muito menor, não?!

Como é uma tarefa repetitiva cuja condição de parada é numérica e


os valores vão incrementando unitariamente, o for é a melhor opção.
Mesmo assim, a título de exercício, vou mostrar implementações usando
while:
Código 3.10: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

E outra usando do/while:


Código 3.10: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Ambos exemplos fazem exatamente a mesma coisa. Estudar algoritmos


de programação é exatamente isso: entender que diversos caminhos
levam à mesma solução. Cabe ao programador identificar qual o melhor,
neste caso, o for.

JAVASCRIPT BÁSICO 86
Um último ponto digno de nota é a forma como usei o incremento
unário nestes exemplos. Note que incrementei o valor de x dentro de
um console.log e dentro de uma estrutura while. Isso é perfeitamente
possível e lhe permite estratégias interessantes em seus algoritmos.
Temos dois operadores de incremento unário, o ++x e o x++. O primeiro
aumenta o valor de x em 1 e depois retorna o valor do mesmo, enquanto
que o segundo retorna o valor de x e depois o aumenta em 1. Pode
parecer uma pequena diferença, mas analise esse código:
Código 3.11: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

O que será impresso?

A resposta é 0.

Já neste exemplo…
Código 3.11: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

A resposta é 1. Capicce?

Então vamos passar à próxima estrutura, temos muito pra ver ainda
dentro do básico de JavaScript!

ESTRUTURAS DE DESVIO DE FLUXO

Existem várias estruturas de desvio de fluxo que podem provocar a


modificação da maneira com que as diretivas de um programa são
executadas conforme a avaliação de uma condição. O JavaScript dispõe
de duas destas estruturas: if/else e switch/case.

JAVASCRIPT BÁSICO 87
O if/else é uma estrutura simples de desvio de fluxo de execução, isto é,
é uma diretiva que permite a seleção entre dois caminhos distintos para
execução dependendo do resultado falso ou verdadeiro resultante de
uma expressão lógica.

Vamos começar do if básico:

A tradução literal de um if é SE. SE a expressão entre parênteses for


verdade (true), então a diretiva1 será executada. Caso contrário, ela é
ignorada. Exemplo:

Código 3.12: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

O que acontece quando executamos esse código?

E se alterarmos o valor inicial de x (na primeira linha), fazendo ele


receber 1 ao invés de 0?

A frase “X é zero” somente será impressa se a variável x for zero. Em


qualquer outra circunstância, não.

Note que, assim como acontece nos laços de repetição, se vamos


executar mais de uma diretiva, devemos agrupá-las dentro de chaves,
como no exemplo abaixo, levemente modificado do anterior.

JAVASCRIPT BÁSICO 88
Código 3.12: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Neste exemplo, como queremos executar dois comandos no caso do x


ser zero, devemos circundar os comandos com chaves. Podemos ler esta
estrutura como “se a variável x for igual a zero, imprimimos que X é
zero e depois incrementamos o mesmo”.

Note também que a expressão lógica que vai dentro dos parênteses
do if aceitam qualquer expressão que retorne true ou false, usando os
operadores lógicos (<, >, <=, >=, ==, != e !). Sendo assim, podemos fazer
coisas muito mais complexas com um if do que apenas uma comparação
de igualdade, como no exemplo abaixo, onde vemos se um número é
PAR (isto é, divisível por 2):
Código 3.12: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Você conhece o operador de módulo (%)?

Falamos dele brevemente no tópico sobre operadores, mas só agora


que estou mostrando uma utilidade dele: descobrir se um número
é par ou não. O funcionamento do mod (apelido popular do % entre
programadores) é fazer a divisão de um número pelo outro, mas ao
invés de retornar o resultado, ele retorna o resto.

Ora, se dividirmos um número por 2 (x / 2) e o resto for zero, é porquê


foi uma divisão exata e ele é PAR, certo?

JAVASCRIPT BÁSICO 89
E agora, unindo o conceito do if e do for, como você faria para imprimir
todos os números pares de 1 a 20?

Tente fazer, e depois compare a sua solução com a apresentada abaixo:

Código 3.12: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Este for que criei no exemplo anterior está ligeiramente diferente.


Primeiro, eu inicializei a variável de controle com 1 ao invés do 0
tradicional. Além disso, coloquei na expressão de controle o operador
‘menor ou igual que’, comparando com o número 20, para que o 20 em si
seja impresso também. Já o if eu aproveitei do exemplo anterior, então
nenhuma novidade aqui.

Copie e cole este código e veja como ele imprime corretamente somente
os números pares de 1 a 20.

Mas e se quiséssemos imprimir a mensagem “é ÍMPAR” para os demais


números?

Como você faria?


Código 3.12: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 90
Essa talvez tenha sido uma solução pensada por você, mas está errada.
Execute ela dentro de um arquivo index.js e notará que ela sempre
imprime que todos os números são ÍMPARES, além de imprimir quando
algum é PAR também.

Porquê?

O if é um desvio de execução, mas ao término da execução da sua


diretiva, ele volta ao fluxo tradicional, como o fluxograma abaixo nos
mostra.

Uma vez que a impressão de que o número é ÍMPAR está no fluxo


normal, ela sempre será executada após o if.

Mas então, como resolvemos isso?

Com a segunda parte da construção if/else, o else.

A tradução literal de else é SENÃO, e ele define basicamente o caminho


alternativo que seu programa tomará caso a condição do if não seja
verdadeira, como abaixo.

JAVASCRIPT BÁSICO 91
Lemos essa estrutura como: “se a expressão lógica for verdadeira,
executamos a diretiva 1, senão, executamos a diretiva 2”.

Dessa forma, conseguimos modificar nosso programa anterior para


imprimir que o número é ÍMPAR, quando ele não entrar no if que diz
que ele é PAR, como abaixo, usando else.

Código 3.13: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Lemos o trecho mais interno do algoritmo acima como: “se i for divisível
por 2, então imprima que ele é PAR, senão, imprime que ele é ímpar”.

O fluxograma que melhor define o comportamento de uma estrutura if/


else como essa é visto abaixo.

Neste modelo simples de if/else e no anterior, com apenas if,


consideramos que há sempre um ou no máximo dois caminhos
alternativos para um dado fluxo de execução. No entanto, existem fluxos
ainda mais complexos, em que podemos precisar de um encadeamento
de execuções. Como no caso abaixo, em que queremos que a palavra
“FUNCIONOU” seja impressa somente quando o número estiver entre 5 e 7.

JAVASCRIPT BÁSICO 92
Código 3.13: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Alguns problemas lógicos como esse são facilmente resolvidos apenas


estudando e combinando os operadores lógico e relacionais, como
no caso abaixo, que faz exatamente a mesma coisa que o algoritmo
anterior, mas de maneira mais eficiente.
Código 3.13: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Ou seja, somente entrará no if se ambas condições forem verdadeiras,


uma vez que usei o operador AND (E lógico). O estudo dos operadores
lhe abre um leque enorme de opções para otimizar o seu código e
conseguir ‘mais’ com ‘menos’.

Para finalizar o estudo do if/else, cabe ressaltar que muitas vezes


também precisamos que nossos else’s também possuam condições, que
o algoritmo não entre dentro do else simplesmente porque não atendeu
à condição do if. Neste caso, podemos adicionar um if ao else, o que
chamamos de else if.

JAVASCRIPT BÁSICO 93
Lemos esta estrutura como: “se x é igual a 1, executamos a diretiva 1,
senão, se x for igual a 2, executamos a diretiva 2”.

Neste caso, se o x for igual a 1, executaremos a primeira diretiva. Senão,


caso o x seja igual a 2, executaremos a segunda diretiva. Agora, se x não
for 1 ou 2, ele passará ‘reto’ pelo if, apenas usando o fluxo principal da
execução.

Podemos ainda criar um fluxo default (padrão), colocando um (e apenas


um) else no final da cadeia de ifs e else ifs.

Neste caso, se o x não for 1, nem 2, executaremos a diretiva3.

A construção if/else é muito poderosa e permite múltiplos fluxos de


execução alternativos, uma vez que podemos combinar inúmeras
condições diferentes.

Boa prática: tentar manipular variáveis ‘undefined’ provoca erros em tempo


de execução. Sempre que quiser saber se uma variável está undefined ou
não, basta fazer um if sobre ela, pois variáveis undefined retorna false em
ifs. Como no exemplo a seguir:
if (!x) { console.log(‘x is undefined’) }

JAVASCRIPT BÁSICO 94
No entanto, se suas comparações são sempre de uma variável em
relação a um valor, existe uma estrutura mais eficiente para isso: a
switch/case.

O switch/case é uma diretiva de desvio múltiplo de fluxo, isto é, baseado


na avaliação de uma variável é escolhido um caminho de execução
dentre vários possíveis. O switch/case equivale logicamente a um
conjunto de diretivas if encadeadas, embora seja usualmente mais
eficiente durante a execução.

A sintaxe desta diretiva é a seguinte:

As diretivas encontradas a partir do caso (case) escolhido são


executadas até o final da diretiva switch ou até uma diretiva break
que encerra o switch/case. Se o valor resultante não possuir um caso
específico, é executado a diretiva default colocada, opcionalmente, ao
final da diretiva switch/case.

O mesmo efeito obtido pela construção switch/case mostrada antes


também pode ser realizado (para fins didáticos) apenas com ifs e elses:

JAVASCRIPT BÁSICO 95
Em um fluxograma, temos a estrutura switch/case representada da
seguinte maneira:

Note que o ponto de início de execução é um caso (case) cujo valor é


aquele da variável avaliada. Após iniciada a execução do conjunto de
diretivas identificadas por um certo caso, tais ações só são interrompidas
com a execução de uma diretiva break ou com o final da diretiva switch.

A seguir temos uma aplicação simples que exemplifica a utilização das


diretivas switch/case e break. Como de costume, sugiro criar um novo
arquivo index.js dentro de uma pasta ExemploSwitch e abri-la no VS
Code para trabalhar melhor:

Código 3.13: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 96
Note que neste exemplo eu usei ‘;’ (ponto-e-vírgula) logo após a
impressão no console. Isso porque eu quis usar outra diretiva na
mesma linha, a break, o que não seria permitido caso eu não usasse
o ‘;’. A quebra de linha automaticamente é entendida como uma nova
instrução, porém nos casos em que queremos colocar mais de uma
instrução na mesma linha, devemos usar o ‘;’, sem limite de instruções
que eu poderia colocar na mesma linha.

Troque o valor da variável letra e veja os resultados no console. A


saída esperada depende do valor que você colocar na variável ‘letra’,
declarada logo no início do algoritmo.

Podemos ler a estrutura switch/case anterior da seguinte forma:


“considerando a variável letra, caso seja A, imprima ‘Vogal A’, caso seja
B, imprima ‘Vogal B’...etc”.

Arrays

Aprendemos nos tópicos anteriores como declarar variáveis e manipular


os valores delas, certo?

Mas e quando o que precisamos armazenar em memória não é apenas


um valor, mas diversos deles?

E se eu lhe pedir para guardar 10 números, como você faria?

Seguindo uma lógica recente que utilizamos, você declararia 10


variáveis, certo?

Mas e se começássemos com 10 números e esse valor tivesse de


aumentar em tempo de execução? Como faria neste caso?

É aí que entram os arrays!

Um array (também chamado de vetor em algumas linguagens de


programação) é um tipo especial de objeto que permite que a gente
armazene diversos valores dentro dele, cada um em uma posição
indexada dentro do array. Declarar um array é muito simples, basta
inicializarmos uma variável qualquer como um par de colchetes:

JAVASCRIPT BÁSICO 97
Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Aqui declaramos uma variável que é na verdade um array,


demonstrado pelo uso de colchetes ([]). Essa declaração não indica qual
o tipo de dado que armazenaremos nesse array, embora recomende-se
que você armazene sempre dados de mesmo tipo em um mesmo array.
Ao contrário de outras linguagens de programação, em JS os arrays não
possuem tamanho fixo e nem mesmo precisam ser pré-dimensionados.

Calma, eu vou explicar.

Cada elemento que quisermos guardar em nosso array deve ficar em


uma posição, começando na posição 0, depois 1, 2 e assim por diante.
Sendo assim, se quisermos guardar o número 5 na primeira posição (0)
faremos:

Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Agora se quisermos guardar o número 3 na segunda posição (1),


fazemos:
Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 98
Se por algum motivo quisermos substituir o valor contido em alguma
das posições, basta definirmos o novo valor sobre ela, como neste caso,
em que estamos substituindo o valor guardado na posição 1 do array por
um novo valor:

Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Os elementos do array são numerados iniciando com zero (zero-based),


e índices válidos variam de zero ao número de elementos menos um. O
elemento do array com índice 1, por exemplo, é o segundo elemento no
array. O número de elementos em um array é seu comprimento (length).

Resumindo: para guardar valores dentro do array, usamos o nome que


demos a ele, seguido de colchetes e o número da posição onde queremos
guardar o valor, como abaixo:
Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Aqui temos um array de comprimento 3, onde guardamos valores nas


posições 0 (a primeira), 1 (a segunda) e 2 (a terceira e última).

Agora outro exemplo, onde crio um array e populo com nomes de


pessoas:

JAVASCRIPT BÁSICO 99
Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Atenção: note que apesar de declarar a variável inventores com


‘const’ (constante) eu consigo adicionar elementos nela. Isso porque
os elementos não são a variável inventores em si, mas estão sendo
referenciados por ela. Sem entrar em muitos detalhes de baixo nível aqui
(baixo nível = nível de máquina), basta entender que adicionar um item no
array não muda o que o array é e por isso podemos declará-lo como const
sem problemas. O que geraria um erro? Tentar reinicializar inventores com
um novo valor, pois daí estaríamos mudando quem/o quê ele é.

Mais tarde, quando quisermos acessar os elementos do array, basta


utilizarmos a sua posição (índice) para retornarmos o valor contido
dentro dela:
Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Considerando os exemplos anteriores de código, o que o trecho acima irá


imprimir no console quando executado?

Da Vinci! Pois esse foi o nome do inventor armazenado na quarta


posição do array (índice 3).

Os Arrays possuem algumas características e funções especiais que


podemos utilizar para manipulá-los mais facilmente, como as abaixo
(considere que arr é um variável Array):

JAVASCRIPT BÁSICO 100


»» arr.length: retorna a quantidade atual de elementos do array
»» arr.push(x): adiciona o valor x ao final do Array
»» arr.splice(i): remove o elemento na posição i do array
»» arr.splice(i, y): remove y elementos a partir da posição i do
array
»» arr.concat(arr2): faz a fusão dos elementos de arr2 (outro array)
no final de arr
»» arr.indexOf(x): retorna a posição do elemento x dentro de arr,
ou -1 caso ele não exista dentro de arr
»» arr.forEach(function(x){}): percorre todas as posições do array,
da primeira à última, e à cada iteração executa a função passada
por parâmetro onde x representa o item da iteração atual.

Mas voltando ao desafio inicial deste tópico, como faríamos para


armazenar um número arbitrário de valores?

Você lembra dos laços de repetição?

Uma maneira muito inteligente de popular arrays é com laços de


repetição, como um for, por exemplo.
Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Note que usamos a própria variável de controle ‘i’ par acessar a posição
do array de números onde queremos guardar os valores.

Um código equivalente, mas usando a função ‘push’ seria:

Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 101


Atenção: reparou que usei let para a variável de controle do for? Isso
porque não posso usar const, uma vez que o valor dela altera a cada
iteração. Podem parecer coisas bobas e você até pode se sentir tentado a
só usar var, mas recomendo fazer o esforço de usar corretamente const/
let/var nessa ordem pois vale a pena a longo prazo.

Notou algo estranho? Sim, eu guardei o número 1 em todas posições do


array.

Não acredita?

Use o seguinte código para imprimir todas posições do array:

Código 3.14: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Note que aqui eu usei a propriedade length acessada a partir do array


de números. Eu citei ela nas características e funções úteis do array
e essa é a mesma propriedade existente no tipo String que vimos
anteriormente. Hmmm, por que você acha que Strings e Arrays possuem
uma propriedade length em comum?

Porque ambos são Arrays!

Sim, a diferença é que Strings apenas guardam caracteres dentro de si,


mas ambos possuem muitas características em comum, muito mais do
que o length em si. Ou seja, considerando que str é uma variável String:

»» str.length: retorna a quantidade atual de caracteres da String


»» str.split(‘x’): retorna um array de Strings quebrando a original
pelo caracter (ou palavra) informado na função;
»» str.charAt(i): retorna o caracter na posição informada na String
(zero-based)

JAVASCRIPT BÁSICO 102


»» str.slice(start,end): retorna uma substring da original
começando na posição start e terminando na posição end
»» str.indexOf(‘x’): retorna a posição do caracter (ou palavra) x
dentro de str, ou -1 caso ele não exista dentro de str

Muito legal, não?!

O tipo Object

Tudo é tratado como objeto em JavaScript, mesmo os números e


textos literais. Além disso, os objetos em JavaScript são extremamente
dinâmicos como você já deve ter percebido, podendo alterar o seu
conteúdo livremente.

No entanto, existe uma forma de criar seus próprios objetos em


Javascript, embora ela não seja uma linguagem orientada à objetos da
mesma forma que Java e C#, por exemplo. Objetos JS são declarados
como qualquer outra variável (embora exista a possibilidade de criá-
los a partir de classes), os atributos e métodos podem ser definidos no
mesmo momento em que são lidos e/ou escritos.

Sendo assim, para criar um objeto considere a seguinte declaração de


variável:

Código 3.15: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Nada de especial, certo? Mas o que acontece se na linha seguinte


fizermos o seguinte:
Código 3.15: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

JAVASCRIPT BÁSICO 103


No Java e outras linguagens compiladas e tipadas isso daria errado,
certo?
Mas no JS não.

Simplesmente será criado um atributo nome dentro do objeto cliente


contendo o valor da string ‘Luiz’. Prático, não?! Quando digo que
cliente recebe as chaves, estou dizendo que cliente é um object (objeto
complexo), e poderei colocar dentro dele atributos e funções. Note que
se eu mandasse imprimir no console o nome deste cliente, antes do
mesmo ser definido, o atributo nome não existiria e com isso teríamos
undefined como resultado.

Assim como definimos atributos conforme vamos precisando deles,


também o fazemos com funções. Assim, podemos ter instruções
“estranhas” como esta:
Código 3.15: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Ou seja, a partir da linha seguinte podemos chamar cliente.


exibirMensagem(‘teste’) que irá disparar um console.log com a
mensagem teste dentro.

Quando queremos criar um objeto já com seus atributos e funções


pré-definidos podemos utilizar a notação JSON. JSON é uma sigla para
JavaScript Object Notation e registra um padrão de escrita e leitura
de objetos. Um objeto cliente pode ser definido em JSON da seguinte
maneira:

JAVASCRIPT BÁSICO 104


Código 3.15: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Assim, a partir da linha seguinte à este trecho JS, se mandarmos um


console.log com cliente.saldo, irá aparecer o valor ‘100.0’ no navegador.

E para criar arrays de objects (algo perfeitamente possível), podemos


fazer como segue:

Código 3.15: disponível em http://www.luiztools.com.br/ebook-frontend

Nota: o padrão JSON (http://json.org) define que o nome do atributos


deve estar entre aspas duplas. Entretanto, o JS entende os atributos que
não possuam aspas, desde que os mesmos não possuam espaços ou
caracteres especiais.

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ebook? Acesse https://www.luiztools.com.br/curso-fullstack

JAVASCRIPT BÁSICO 105


JAVASCRIPT CLIENT-SIDE

“ Everyone knows that debugging is twice as hard


as writing a program in the first place. So if you’re as clever as
you can be when you write it, how will you ever debug it?
- Brian W. Kernighan

JavaScript é uma linguagem de programação interpretada originalmente
implementada como parte dos navegadores web para que scripts
pudessem ser executados do lado do cliente e interagissem com o
usuário sem a necessidade deste script passar pelo servidor, controlando
o navegador, realizando comunicação assíncrona e alterando o conteúdo
do documento exibido.

É atualmente a principal linguagem para programação client-side em


navegadores web e foi concebida para ser uma linguagem script com
orientação a objetos baseada em protótipos, tipagem fraca e dinâmica
e funções de primeira classe. Possui suporte à programação funcional e
apresenta recursos como clojures e funções de alta ordem comumente
indisponíveis em linguagens populares como Java e C++.

Atualmente considera-se o JavaScript como sendo a linguagem de


programação mais utilizada no mundo, sendo padronizada pela Ecma
International sob o nome de ECMAScript, nas especificações ECMA-262 e
ISO/IEC 16262.

Em capítulo anterior aprendemos o básico da sintaxe do JavaScript, bem


como aprendemos a fazer uma série de provas de conceito usando o
console do Google Chrome. Neste capítulo aprenderemos como utilizar
o JavaScript como linguagem client-side para tornar as nossas páginas
HTML mais dinâmicas.

Como client-side entenda do lado do cliente, ou seja, no front-end, na


interface do navegador que está rodando na máquina do seu usuário. O
oposto disso seria server-side, ou no lado do servidor, código que roda
no datacenter, longe da máquina do cliente.

Document Object Model

O Document Object Model (DOM) é uma interface de programação


para os documentos HTML e XML. Representa a página de forma que
os programas possam alterar a estrutura do documento, alterar o estilo
e conteúdo. O DOM representa o documento com nós e objetos, dessa
forma, as linguagens de programação podem se conectar à página.

Uma página da Web é um documento. Este documento pode ser


exibido na janela do navegador ou como a fonte HTML. Mas é o mesmo

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 107


documento nos dois casos. O DOM (Document Object Model) representa
o mesmo documento para que possa ser manipulado. O DOM é uma
representação orientada a objetos da página da web, que pode ser
modificada com uma linguagem de script como JavaScript.

O DOM não é uma linguagem de programação, mas sem ela, a linguagem


JavaScript não teria nenhum modelo ou noção de páginas da web,
documentos HTML, documentos XML e suas partes componentes (por
exemplo, elementos). Cada elemento de um documento - o documento
como um todo, o cabeçalho, as tabelas do documento, os cabeçalhos da
tabela, o texto nas células da tabela - faz parte do modelo de objeto do
documento desse documento, para que todos possam ser acessados e
manipulados usando o método DOM e uma linguagem de script como
JavaScript.

Os padrões W3C DOM e WHATWG DOM são implementados na


maioria dos navegadores modernos. Muitos navegadores estendem
o padrão; portanto, é necessário ter cuidado ao usá-los na Web, onde
os documentos podem ser acessados por vários navegadores com
diferentes DOMs.

COMO USAR

Você não precisa fazer nada de especial para começar a usar o DOM.
Navegadores diferentes têm implementações diferentes do DOM, e essas
implementações exibem graus variados de conformidade com o padrão
DOM real (um assunto que tentamos evitar nesta documentação), mas
todo navegador usa um modelo de objeto de documento para tornar as
páginas da web acessíveis via JavaScript.

Quando você cria um script - seja embutido em um elemento(tag)


<script> ou incluído na página da web por meio de uma instrução de
carregamento de script - você pode começar imediatamente a usar a API
para o document, visando manipular o próprio documento ou obter os
filhos desse documento, que são os vários elementos na página da web.
Sua programação DOM pode ser algo tão simples quanto o exemplo
seguinte, que exibe uma mensagem de alerta usando a função alert() da
função window ou pode usar métodos DOM mais sofisticados para criar
realmente novo conteúdo, como nos comando que você verá a seguir.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 108


Nota: sugiro criar uma página HTML, colocar uma tag SCRIPT nela e testar
cada um dos recursos abaixo para entender realmente o que eles fazem.
Mais para frente teremos um exercício, assim como já vínhamos fazendo
no capítulo anterior.

O OBJETO WINDOW

O objeto window é o contâiner por fora do DOM, contém informações e


funções que afetam a janela atual do navegador:

window.location.href
Pega a URL atual do navegador ou faz com que o navegador acesse a
URL especificada. Experimente usar um console.log(window.location.
href).

window.location.search
Pega a querystring atual do navegador. Experimente usar um console.
log(window.location.search).

window.location.reload()
Atualiza a página atual (F5).

window.history
Acessa o objeto de histórico do navegador, permite inclusive voltar para
a página anterior.

setTimeout(function, delay)
Função nativa do objeto window que atrasa o disparo de uma função JS
em um tempo definido em milissegundos.

setInterval(function, interval)
Semelhante ao setTimeout, mas dispara a mesma function a cada x
milissegundos. Como retorno à chamada deste método é passado o ID do
timer, que pode ser cancelado usando a função clearInterval(id).

setImmediate(function)
Executa a function exatamente agora, mas por uma thread em
background. Muito útil para processamento não-bloqueante.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 109


POPUPS

Popups são aquelas janelinhas, muitas vezes irritantes, que saltam


no navegador e são fornecidas pela API DOM da janela do navegador
(window). Se bem utilizadas podem ser muito úteis para exibir
informações ao usuário, por exemplo.

alert(message)
Exibe um popup com uma mensagem dentro e um botão de ok. É um
atalho para window.alert(message).

confirm(message)
Exibe um popup com uma mensagem dentro (geralmente um
questionamento) e dois botões: ok e cancelar. Caso o usuário clique em
ok, esta função irá retornar true, caso contrário false. É um atalho para
window.confirm(message).

O OBJETO DOCUMENT

O objeto document contém informações e funções que afetam a página


HTML atual que está sendo exibida na janela (window) navegador.

document.getElementById(id)
Busca no documento HTML o objeto com o atributo Id passado por
parâmetro (string). Este objeto resultante tem os mesmos atributos e
funções do objeto original. Note que o atributo Id não é a mesma coisa
que o atributo name. O id serve justamente para diferenciar os objetos
HTML entre si (não temos dois objetos com mesmo id), enquanto que o
name serve para definir o nome dos valores a serem passados dentro de
um FORM (ou seja, não possui sentido em tags que não sejam INPUTs e
derivados).

Mais à frente ver mais sobre o document, assim que exercitarmos o que
acabamos de ver.

EVENTOS JAVASCRIPT

É possível associar funções JS à eventos que possam ocorrer com seus


elementos HTML. Assim, quando um botão clicar ou quando digitarmos
sobre um campo de texto, algo interessante pode ser executado.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 110


Para configurar um evento em um elemento HTML basta fazer o mesmo
que fazíamos com os atributos dos elementos: dentro da tag em que
queremos configurar o evento, adicionamos o nome do evento seguido
do sinal de igualdade e entre aspas colocamos a chamada à função JS
que deve existir em nossa página (incluindo parâmetros, se houverem).
Isso ficará mais claro no detalhamento à seguir.

Nota: uma dica de como testar os seus códigos JS rapidamente é usando


o site http://jsfiddle.net que permite criar código HTML, JS e CSS e testá-lo
diretamente no navegador.

ONCLICK

O evento onclick pode ser configurado em qualquer elemento HTML que


possa ser clicado. Quando o click do mouse ocorrer sobre o elemento, a
função JS configurada será disparada. Veja o exemplo à seguir de uma
função JS que apenas exibe uma mensagem (essa função deve estar em
um arquivo):

Código 4.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Agora veja um botão HTML com o evento onclick configurado para a


função acima:
Código 4.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 111


Assim, quando este botão for clicado, a mensagem ‘Funcionou!’ irá
aparecer no navegador do cliente. Note que usamos um TYPE=”BUTTON”
ao invés de um SUBMIT. Isso porque botões do tipo SUBMIT iriam
submeter o FORM HTML ao invés de simplesmente exibir a mensagem,
estragando nosso teste. Entretanto, não pense que o onclick funciona
apenas com botões, ele funciona com qualquer elemento visível que
possa ser clicado com o mouse.

Analogamente, temos o evento ondblclick que é quando o elemento


HTML recebe um clique-duplo do mouse.

ONCHANGE

O evento onchange pode ser configurado em qualquer elemento HTML


que possa ter uma opção selecionada. Quando o usuário escolhe uma
nova opção em um SELECT, esse evento é disparado, por exemplo.

Abaixo, a função JS que você deve colocar no bloco script e o codigo


HTML que deve ir na página.
Código 4.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que esta função JS é ligeiramente diferente da anterior, ela recebe


um parâmetro UF, que é o texto que será exibido no alert. Quando
configuramos qualquer evento podemos passar parâmetros para a
função JS que será chamada e neste caso optei por passar o atributo
value do próprio elemento HTML. Com isso, ao selecionar a opção ‘Santa
Catarina’, a uf ‘SC’ irá aparecer na mensagem.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 112


ONMOUSEENTER E ONMOUSELEAVE

Quando queremos mapear os eventos do ponteiro do mouse sobre


nossos elementos HTML podemos usar os eventos onmouseenter e
onmouseleave. O primeiro é disparado quando o ponteiro do mouse
entra na área do elemento, e o segundo quando o ponteiro do mouse sai
da área do elemento.
Código 4.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

No exemplo acima, quando o usuário passar o mouse sobre a DIV a


mensagem exibida será ‘entrou’ e quando o ponteiro do mouse sair da
área da DIV aparecerá ‘saiu’. Note que aqui usamos apenas uma função
JS mapeada em dois eventos diferentes, apenas mudando a string literal
que passamos por parâmetro. Note também que usamos aspas simples
para passar o parâmetro string, isso porque já havíamos usado aspas
duplas na definição dos eventos.

ONFOCUS E ONBLUR

Quando queremos mapear os eventos de ganho de foco e perda de foco


em um elemento HTML, usamos os eventos onfocus, que ocorre quando
um elemento ganha o foco do usuário, e onblur, quando o elemento
HTML perde o foco do usuário. Por ‘ganhar’ e ‘perder’ o foco entenda
que o elemento recebe o foco quando o cursor para sobre ele, seja com o
uso do mouse ou do teclado (usando TAB).

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 113


Código 4.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

No exemplo acima nosso campo de texto exibirá o alert ‘entrou’


quando ganhar o foco e a mensagem ‘saiu’ quando ele perder o foco.
Experimente no seu navegador usando a tecla TAB e usando o mouse
para ver como o comportamento é o mesmo.

ONKEYPRESS, ONKEYDOWN E ONKEYUP

Também podemos mapear os eventos do teclado quando o foco está


sobre nosso elemento HTML. O evento onkeydown é disparado quando
uma tecla está atualmente sendo pressionada no teclado, o onkeyup
quando uma tecla está atualmente sendo solta no teclado e o onkeypress
corresponde à ação completa de pressionar e soltar uma tecla.

Estes eventos são especialmente úteis em campos de texto, para verificar


em tempo real o que fazer com as informações que o usuário está
digitando. Com isso é possível criarmos validações e máscaras em nosso
campo. Estes eventos disparam funções JS comuns, porém através do
objeto event podemos saber qual a tecla pressionada e opcionalmente
alterar o conteúdo do campo de texto ou até invalidar a última tecla
digitada, como abaixo.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 114


Código 4.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

A função validarNumeros retorna false quando a tecla digitada não é


um número. Como o evento onkeypress está mapeado para retornar o
resultado de validarNumeros, se a função retornar false a tecla digitada
não irá aparecer no campo de texto, isso porque o onkeypress acontece
antes da tecla realmente aparecer no campo.

Note também que passamos o objeto event por parâmetro na função,


que possui informações sobre o evento em si, incluindo o caracter
digitado ou o código da tecla, de acordo com o que foi digitado.

Existem muitos outros eventos JS que você pode mapear, como


o arrastar e soltar do mouse (onmousedrag e onmousedrop), o
redimensionar (onresize) de elementos, o carregar/descarregar (onload
e onunload) do body HTML e muitos outros.

Vamos exercitar o que vimos até aqui?

CALCULADORA EM HTML+JS

O que acha de fazermos uma calculadora que roda no navegador?

Crie uma página HTML contendo um INPUT de texto para o display,


botões para os número de 0 a 9 e para as operações elementares.
Também inclua um botão para a igualdade e um de limpar. Ela deve
se comportar exatamente como uma calculadora digital que estamos
acostumados a usar.

Em termos de aparência, tente construir da seguinte forma:

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 115


Não se preocupe tanto com a beleza da interface. Veremos estilização de
HTML mais à frente para dar uma aparência mais profissional às nossas
aplicações web.

Se não conseguir construir por si próprio este layout HTML, use os


fontes abaixo:
Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 116


Agora vamos aos comportamentos. Cada vez que um botão numérico
for pressionado, o número do botão deve ser adicionado à direita do
input/display. Note que coloquei o id display no input, para podermos
manipulá-lo via JavaScript e também coloquei o atributo disabled nele,
para que não seja permitido digitar diretamente nele (o usuário terá de
usar os botões).

Para fazer isso, abra uma tag SCRIPT antes de </body> e vamos criar
uma função de atualização do display nele:
Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

O que fazemos aqui: a função recebe um objeto btn que representa


um botão por parâmetro. Daí usamos document.getElementById para
carregar o input display em uma variável local. Com essa variável local
display podemos ler e escrever no value do display, alterando o seu
texto.

Ao invés de editar o texto diretamente, coloquei uma verificação para


impedir que sejam digitados mais de 9 números e também fiz uma
lógica para que caso o display esteja zerado, que o primeiro número
vai substituir esse zero. Por fim, faço com que o value do botão seja
adicionado ao value do display.

Mas como fazer para que essa função seja adicionada a todos os botões
numéricos?

Basta usar o atributo onclick dos botões que permite dizer qual a função
JS será disparada toda vez que o botão for clicado. O uso de ‘this’ no
parâmetro faz com que o próprio botão seja passado por parâmetro,
como no exemplo abaixo do botão 7 (você deve replicar para todos os
numéricos):

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 117


Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Para testar é muito simples, abra a sua calculadora.html no navegador e


pressione os botões numéricos, verá que já estão funcionando.

Para fazer o botão de limpar (C de Clear) é bem simples, basta criar uma
função que zera o display novamente (coloque essa função no mesmo
bloco SCRIPT da outra função):
Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

E depois referenciar esta função no atributo onclick do botão C:

Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Teste e verá que funciona perfeitamente.

Agora é a hora de fazer as operações funcionarem. Para isso, vamos


criar uma função para o click dos botões de operação, bem como
algumas variáveis:

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 118


Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Aqui guardamos a operação que foi digitada em uma variável, bem


como o valor numérico que estava no display no momento que o
operador foi pressionado. Vincule esta função aos quatro botões de
operação, como neste exemplo com o botão de multiplicação:
Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Visualmente isso não tem efeito algum, exceto zerar o display e


permitir que você digite outro número enquanto que o primeiro ficou
armazenado em memória. Para fazer com que as operações funcionem,
vamos criar mais uma função, que usaremos para o botão de igualdade:
Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 119


Essa função merece uma atenção especial!

Primeiro, carregamos o input de display e lemos o número atualmente


nele (já convertendo para numérico). Depois, usamos a função
eval do JS (que interpreta uma string como sendo código JS) para
calcular a equação matemática composta pelo valor1 (que guardamos
anteriormente), o operador matemático e o valor2 (que acabamos
de ler). Guardamos o resultado eval no valor1 caso o usuário queira
encadear operações e por fim limpamos a variável operador.

Para fazer o botão de igualdade funcionar, vamos vincular esta última


função no onclick dele:

Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

E com isso você terá uma calculadora web perfeitamente funcional!

Nota: o HTML não armazena estado, logo, a cada refresh do seu navegador
ou troca de página você perderá os dados que tinha em memória. Isso é
normal da web.

Vamos colocar uma perfumaria? É muito chato não poder usar o teclado
do computador para usar a calculadora, certo?

Então vamos criar uma última função no bloco SCRIPT da nossa


calculadora.html que vai pegar as teclas digitadas do teclado e decidir se
elas vão ou não aparecer no display:

Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 120


event é um objeto que representa o evento JS que acabou de ser
disparado. Do jeito que está não dá pra entender direito o que event vai
representar mas confie em mim. Já event.key é um atributo que existe
apenas quando o evento é de teclas pressionadas.

O que fiz ali no if é uma expressão regular. Existem livros apenas sobre
a construção e uso de expressões regulares como o fantástico Expressões
Regulares: Uma Abordagem Divertida, de Aurélio Marinho Jargas, mas
basta entender por ora que uma expresão regular é um padrão de texto
sobre o qual testamos para ver se outro texto está de acordo.

Quando uso barras no JavaScript ele entende que vou definir uma
expressão regular entre as barras. Aqui no caso usei [0-9] que é uma
expressão regular bem comum para validar se um texto é um número
de 0-9. O teste é feito usando a função test, passando por parâmetro o
texto que queremos validar. No nosso caso, somente entrará no if se a
tecla que foi pressionada é um número.

Para que essa função passe a valer em nossa calculadora, devemos


colocar ela no atributo onkeypress do body da sua página. Sim, isso
mesmo, no body. Estamos definido no body, essa função irá manipular
TODOS os pressionamentos de teclado do usuário para ver se algum dele
é um número que possa ser colocado no display:

Código 4.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Teste agora e verá que, com exceção da aparência, nossa calculadora


ficou bem legal.

O JavaScript client-side é muito poderoso e mesmo antes da invenção do


Node.js ele já era uma linguagem muito utilizada mundialmente, uma
vez que a tecnologia padrão para o client-side dos browsers.

Agora vamos aprender como fazer alguns truques bem interessantes


usando recursos de manipulação do DOM. Sim, eu vou explicar o que é
DOM também...

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 121


Manipulando o DOM

Vimos o básico do DOM anteriormente e entendemos do que se trata,


agora chegou a hora de extrair mais poderes dele usando JavaScript.

SELETORES

O primeiro e mais fundamental conceito de manipulação do DOM é o


de seletores. Isso porque, quando vamos manipular algo, a primeira
coisa que devemos aprender é como encontrar o elemento que vamos
manipular.

Para fazer isso, geralmente os programadores têm de definir um id no


elemento e depois carregá-lo usando document.getElementById, como já
citei antes.

Considere o seguinte trecho HTML:

Código 4.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Para então exercitar os comandos abaixo.

document.getElementById(id)
Busca no documento HTML o objeto com o atributo Id passado
por parâmetro (string). Este objeto resultante tem os mesmos
atributos e funções do objeto original. Experimente usar document.
getElementById(“txtNome”) no console do navegador com esta página
aberta e verá ser retornada a respectiva tag input.

Mas além desta função, temos:

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 122


document.getElementsByName(name)
Busca no documento HTML todos os objetos com o name referenciado.
Experimente usar document.getElementByName(“nome”) no console
do navegador com esta página aberta e verá ser retornada ambas tags
input, pois elas possuem o mesmo nome.

document.getElementsByTagName(name)
Quando queremos trazer todos os elementos do HTML que sejam
de uma mesma tag, usamos este seletor. Experimente trazer todos
inputs ou algum outro elemento à sua escolha, como em document.
getElementsByTagName(“input”).

document.getElementsByClassName(name)
Ainda não vimos CSS, mas existe outro atributo chamado class, que
também pode ser usado como seletor do DOM.

E por último, temos a função mais poderosa...

document.querySelector(filtro) e document.querySelectorAll(filtro)
Tudo o que fizemos com as demais funções e coisas ainda mais
poderosas podem ser feitas com as funções acima, sendo que a primeira
sempre retorna apenas um elemento e a segunda pode retornar vários.
Em ambas, devemos passar por parâmetro o filtro a ser utilizado. Este
filtro pode ser (usando o HTML acima como exemplo):

»» um id, prefixado com sustenido: (“#txtNome”);


»» tipo de tag, sem prefixo algum: (“input”);
»» um atributo definido após a tag, entre colchetes:
(“input[name=’nome’]”);
»» começo de um valor de atributo, usando circunflexo:
(“input[name^=’nom’]”);
»» final de um valor de atributo, usando cifrão:
(“input[name$=’ome’]”) ;
»» contendo um valor de atributo, usando asterisco:
(“input[name*=’om’]”);
»» um elemento dentro de outro elemento: (“body > input”);
»» mais de um elemento ao mesmo tempo: (“head,body”);

Todos os seletores exemplificados acima carregam o elemento input


presente no HTML de exemplo.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 123


O uso da função de seleção irá retornar um objeto JS contendo o
elemento HTML e todas suas propriedades e funções. Além disso, a
busca é feita em todo o documento, logo, se mais de um elemento
atender ao filtro, todos serão retornados, motivo pelo qual devemos
sempre buscar utilizar filtros específicos, como por id, por exemplo.

Uma vez que selecionamos o elemento que queremos, podemos


manipulá-lo usando os atributos e funções nativos do JS ou nativas do
DOM Element, como as funções a seguir.

PROPRIEDADES DE ELEMENTO

Todo elemento HTML/DOM possui uma lista de propriedades que é


muito grande para eu referenciar aqui. No próprio console do Google
Chrome, quando você manipula o DOM e obtém um elemento, ele tem
um recurso de autocomplete que lhe mostra todas as possibilidades
daquele elemento.

Ainda assim, tentando trazer as propriedades mais comuns e úteis,


temos:

element.value
Esta propriedade, existente em inputs, define ou retorna o conteúdo do
atributo value dele. Em alguns inputs, o value é o texto no seu interior.
Em outros, é o item selecionado.

element.getAttribute(attributeName) e setAttribute(attributeName,
newValue)
Esta propriedade retorna o conteúdo de um atributo da tag HTML, como
por exemplo o src de uma imagem ou o href de uma âncora.

O oposto de getAttribute é o setAttribute, que espera o nome do atributo


e o seu novo valor como parâmetros.

element.style
Esta propriedade define tudo relacionado à aparência do elemento.
Qualquer subpropriedade de estilo que você quiser aplicar pode ser feito
através de element.style.propriedade, como abaixo (exercite escrevendo
código JavaScript):

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 124


»» element.style.display: retorna a visibilidade atual do elemento;
»» element.style.display = “none”: esconde o elemento em questão;
»» element.style.display = “block”: exibe o elemento em questão;

element.innerHTML
Esta propriedade define o conteúdo HTML de uma tag, útil para ler ou
alterar sua aparência também:

»» element.innerHTML: retorna o conteúdo HTML do componente;


»» element.innerHTML = “<p>teste</p>”: insere um parágrafo
dentro do componente;

element.innerText
Esta propriedade define o conteúdo texto de uma tag, útil para ler ou
alterar sua aparência também.

FUNÇÕES DE ELEMENTO

Para usar as funções abaixo, você deve primeiro carregar o elemento (ou
documento) ao qual deseja disparar a função. Algumas funções esperam
outras funções por parâmetro, o que indica que elas irão disparar a sua
função em algum momento futuro, quando algo acontecer, como sendo
um evento.

A primeira coisa que você tem de entender é que o exemplo acima é


beeem básico e que algumas páginas podem ser tão complexas que o
navegador pode demorar um pouco até carregá-las. Se você quiser saber
o exato momento em que o DOM de uma página está 100% carregado, o
código abaixo pode lhe dizer isso.

Código 4.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 125


Neste caso, a função passada como segundo parâmetro será disparado
uma única vez, assim que o DOM terminar de ser carregado.

Talvez vá demorar algum tempo até você precisar usar um código como
o acima, mas tenha em mente que todas as funções de manipulação de
DOM que eu mostrei nesta seção, dependem que o DOM da página já
esteja carregando, ok?

element.onclick = funcao
Define uma função JavaScript que será disparado quando este element
for clicado. Mesmo efeito do atributo onclick no HTML. Opcionalmente,
você pode disparar este evento como qualquer outra função, para forçar
o clique do elemento.

element.onchange = funcao
Define uma função que será disparada quando este element for alterado
(selects principalmente). Mesmo efeito do atributo onchange.

element.onfocus e element.onblur
Define uma função para quando o usuário coloca ou tira o foco de um
elemento, respectivamente.

element.onkeypress, onkeydown e onkeyup


Define funções para manipulação de teclas pressionados quando o
foco está sobre o elemento em questão. Mesmo efeito dos atributos
onkeypress, onkeydown e onkeyup.

element.onmouseenter, onmouseleave
Adiciona um gatilho no elemento que irá disparar uma função toda vez
que o mouse entrar ou sair do elemento respectivamente (passando por
cima, sem clicar).

element.onsubmit = funcao
Com esta propriedade você pode definir uma função JS que vai ser
disparada toda vez que um formulário HTML for submetido, ou seja, que
seu input[type=submit] for pressionado.

element.addEventListener(eventName, callback)
Esta função é a genérica para definir qualquer gatilho existente nos
elementos. O primeiro parâmetro é o evento a ser mapeado e o segundo
é a função que vai ser disparada quando esse evento acontecer.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 126


EXERCITANDO

Vamos exercitar o que vimos até aqui de manipulação de DOM criando


um exercício que mais tarde evoluiremos com outra tecnologia
importantíssima chamada Ajax.

Crie um arquivo HTML padrão chamado index.html, com HEAD e BODY,


como abaixo:

Código 4.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Agora coloque duas DIVs no BODY deste HTML, uma com id


‘divCadastro’ e outra com id ‘divListagem’. A ideia aqui é construir um
único HTML que contenha tanto um formulário de cadastro quanto a
listagem dos clientes cadastrados. Tornaremos essa tela dinâmica apenas
usando JavaScript e nossos conhecimentos de DOM, sem qualquer tipo
de backend ou banco de dados.

Código 4.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 127


Note que se você abrir este arquivo HTML no seu navegador verá as
duas DIVs visíveis, mas não é o que queremos, certo? De alguma forma
temos que garantir que apenas uma delas esteja visível de cada vez.

Para fazer isso, vamos adicionar botões de navegação em ambas DIVs,


como abaixo, visando ocultar/exibir as DIVs de acordo com cada botão
pressionado:

Código 4.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Mas e como podemos programar esses botões? Com JavaScript, é claro!

Para não ficarmos escrevendo JavaScript no meio do HTML, o que é


considerado uma má prática, crie um arquivo scripts.js em uma pasta js
ao lado do seu index.html e referencie-o na index.html:

Código 4.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Nota: a tag SCRIPT exige que ela seja fechada com uma /SCRIPT, jamais
fechada nela mesma. Se você não respeitar essa regra, sua página não irá
funcionar.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 128


Agora abra seu scripts.js e vamos definir o evento DOMContentLoaded,
que é disparado assim que os componentes do documento estão todos
prontos para serem manipulados:

Código 4.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

O que vamos fazer aqui?

Primeiro, esconder a divListagem, pois queremos que o HTML inicie


exibindo somente a divCadastro. Fazemos isso facilmente em JS
selecionando o elemento que queremos esconder e depois alterando o
estilo de display dele como none, que serve para esconder elementos
HTML:
Código 4.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Implementando este código você notará que quando abrir seu arquivo
index.html no navegador, ele exibirá somente uma das DIVs, mas que o
botão dela não funciona ainda.

Para fazê-lo funcionar é simples, precisamos manipular o evento click


deles! Ainda dentro do evento DOMContentLoaded do seu scripts.js,
inclua os seguintes eventos nos botões (note que sempre começamos
selecionando o componente que vamos manipular):

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 129


Código 4.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Teste agora e verá que é perfeitamente possível manipular a exibição


das divs usando os botões.

Com esses conceitos e conhecimentos dominados, podemos avançar


no nosso exercícios. Agora vamos criar um formulário de cadastro de
cliente (nome, idade e UF) na primeira div e uma tabela de clientes na
segunda. Sim, já fizemos algo parecido antes, você pode aproveitar a
‘base’, mas será ligeiramente diferente desta vez.

Dentro da divCadastro, segue o formulário:

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 130


Código 4.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Tomei a liberdade de trocar o btnListar de lugar, colocando-o dentro do


form também. Note que este form não possui action nem method, pois
não vamos enviá-lo ao servidor, vamos fazer coisas bem mais legais. :)

Já a divListagem, segue o HTML também:

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 131


Código 4.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Como ainda não vimos como estilizar nossas páginas HTML, ignore os
atributos style que usei e não se importe se a aparência de tudo ficar
muito feia, como nas imagens abaixo:

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 132


E nessa outra aqui:

Agora vamos programar o nosso formulário usando JavaScript!

Como não temos back-end nesse exercício, quando o FORM for


submetido, vamos capturar os dados enviados usando javaScript
e usá-los para preencher a tabela com a lista de clientes. Claro,
esse armazenamento dos cadastros será efêmero, e toda vez que
atualizarmos essa página no navegador ela virá zerada.

No entanto, servirá para nosso intuito de exercitar o que vimos de


JavaScript. Como já estamos fazendo, aliás!

Para programar a submissão do form, vamos novamente abrir nosso


scripts.js e inserir novos códigos dentro do evento DOMContentLoad do
document (logo abaixo daqueles scripts de clique dos botões das divs).

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 133


Código 4.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Esse código ficou extenso, mas vou explicar.

Primeiro, o evento submit do form é disparado toda vez que o form


é submetido, o que no nosso caso acontece apenas quando o input de
submit é pressionado. Para evitar o refresh na página, comportamento
natural de submissões de formulário, coloquei um evt.preventDefault()
ao final da função, para cancelar a “submissão de verdade”.

Para pegar os dados que foram submetidos temos duas opções: usando
formdata (que foi o que eu fiz, que retorna uma coleção de chave-valor
) ou pegando campo a campo.

Usei um for na coleção formData para construir uma string html de


uma linha que precisa ser inserida na tabela. Mas antes de inserir, fiz
um teste para ver quantas TDs (células) existiam dentro da tr de tbody.
Se existir só uma, é porque é aquela default (não existem cadastros…) e
devemos removê-la apagando o innerHTML do tbody.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 134


Para finalizar, coloquei nossa linha HTML em conjunto com o restante
de HTML que já existia no tbody, para que a tabela seja atualizada e
troquei a visibilidade das divs para que seja possível ver o cliente recém
cadastrado. Note que em um momento usei um seletor com o formato
‘element > child’, onde consigo descer níveis dentro da hierarquia de
elementos HTML.

Se você testar agora, verá que funciona perfeitamente.

Mas...e aquele botão de exclusão que eu coloquei na última coluna da TD


e que não funciona ainda?

Adicione um último código dentro da function de submit, uma linha


antes do evt.preventDefault() que fará com que todos os botões de
exclusão da tabela removam a própria linha onde estão (adicionei uma
confirmação JavaScript também, só pra evitar cliques acidentais):
Código 4.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Basicamente seleciono todos os botões com “X” e aqueles que ainda não
possuem uma função de click, eu adiciono a nossa de remover a tr mais
próxima com as funções closest (busca um elemento determinado mais
próximo) e remove (remove o elemento em questão).

Bem simples.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 135


O funcionamento é muito legal na minha opinião. Uma aplicação
simples e dinâmica para o usuário, muito rápida e eficiente, sem aqueles
refreshs de tela, redirecionamentos, etc.

Mas como podemos manter esse mesmo nível de experiência agradável


tendo um back-end com banco de dados e tudo mais? Ou carregando de
uma web API da Internet?

Com Ajax.

Ajax

AJAX (acrônimo em inglês de Asynchronous JavaScript and XML , em


português “JavaScript e XML Assíncrono”) é o uso metodológico de
tecnologias como Javascript e XML, providas por navegadores, para
tornar páginas Web mais interativas com o usuário, utilizando-se de
solicitações assíncronas de informações. Foi inicialmente desenvolvida
pelo estudioso Jessé James Garret e mais tarde encabeçada por diversas
associações. Apesar do nome, a utilização de XML não é obrigatória
(JSON é frequentemente utilizado) e as solicitações também não
necessitam ser assíncronas obrigatoriamente.

Quando submetemos um formulário ao servidor, seja via GET ou


via POST, acabamos enviando junto muito mais informações do que
gostaríamos (geralmente a página inteira é enviada), bem como
direcionando a resposta do usuário para longe da página atual. Muitas
vezes gostaríamos de consumir conteúdo do servidor sem ter de
trocar de página e mesmo que nossa tecnologia de back-end permita
redirecionar o fluxo novamente para a mesma tela, temos aquelas
‘piscadas’ inconvenientes no navegador que fazem com que todos os
dados que estavam na página se percam.

Essa é a motivação por trás do Ajax: economia de dados trafegados e


melhor experiência para o usuário.

A ideia por trás da tecnologia é que quando for necessário enviar


alguma informação para o servidor, que somente a própria informação
seja enviada. Que quando queremos obter alguma informação do
servidor, que somente esta informação seja obtida. Em ambos os
casos, que isso ocorra sem que haja um carregamento de toda a página

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 136


atual, mas sim somente das partes que devem sofrer mudanças após a
requisição assíncrona tiver sido concluída.

AJAX COM FETCH

Ajax é uma tecnologia embutida na linguagem de scripting Javascript,


através do objeto XMLHttpRequest (XHR), que permite ao navegador
fazer chamadas assíncronas a recursos em outro endereço do servidor.

Atualmente, com JavaScript moderno (suportado pelos navegadores


mais modernos também), é extremamente simples de fazer requisições
AJAX usando a função fetch.

Esta função pode ser usada apenas passando a URL que se deseja
requisitar de maneira assíncrona. Nesse caso, será feito um HTTP GET na
URL e o fluxo de execução seguirá normalmente. Quando a requisição
retornar com uma resposta (o que pode ser praticamente instantâneo
ou demorar minutos), devemos executar a função de retorno usando um
conceito chamado Promises do JavaScript.

Usaremos neste primeiro exemplo uma web API aberta e gratuita


existente na Internet chamada IPStack. Ela permite que você informe
um endereço IP e ela vai lhe responder com a geolocalização daquele IP.

Acesse https://ipstack.com e crie uma conta free/gratuita para obter uma


API Key, que é uma forma de segurança bem popular na Internet. É bem
rápido.

Vamos criar uma página HTML simples, para que um usuário possa
inserir um endereço IP em um input e, pressionando um botão,
descobrir de onde ele é.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 137


Código 4.6: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Nenhuma novidade aqui, mas note que o botão está esperando uma
função buscarIP que ainda não criamos. Assim, crie um bloco script no
final desta página HTML com o código do nosso fetch e incluindo a sua
API Key como abaixo.

Código 4.6: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Neste bloco, além das primeiras linhas que não devem ser novidade
para você, está o fetch. O primeiro parâmetro dele é a string com a URL
de acesso à web API. Aqui, eu monto ela usando um conceito chamado
Template Literals que permite juntar variáveis com texto de forma mais
organizada do que usando +.

A novidade aqui fica por conta do then e do catch.

Como eu mencionei antes, o fetch é assíncrono, ou seja, ele vai buscar


a sua informação e libera sua página para fazer outra coisa. Mas como
saber quando ele voltou com a resposta que eu queria?

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 138


Através do then. O then só é executado quando a resposta retorna com
sucesso. Se der erro, vai ser executado o catch, logo abaixo.

Mas por que eu coloquei dois thens?

O fetch é uma função bem “crua”, serve para fazer requisições


de qualquer coisa. Como essa API retorna dados no formato JSON
(experimente acessar aquela URL do fetch no navegador, para ver ela
por completo), precisamos do primeiro then para converter a resposta
para JSON (por padrão ela vem em bytes). Essa conversão também é
assíncrona e cairá a resposta para o segundo then, que aí sim exibe a
informação que queremos na tela (o nome do país).

O resultado você confere na imagem abaixo.

OPÇÕES DO FETCH

Como eu mencionei antes, o fetch tem um segundo parâmetro opcional


que são as opções ou configurações da requisição. Isso porque nem
sempre você vai querer um HTTP GET e muitas vezes você vai precisar
enviar dados no corpo da requisição. Isso tudo são opções do fetch,
sendo que abaixo listo algumas delas que devem ser enviadas em um
único objeto JSON como segundo parâmetro do fetch.

method: string com GET, POST, etc


headers: um objeto do tipo Headers;
mode: usado para cors, por exemplo (conceito avançado);
body: o conteúdo da sua requisição (deve coincidir com o header);

Um exemplo de requisição hipotética, com opções, pode ser visto abaixo.

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 139


Note duas coisas aqui: primeiro, em headers eu passei um objeto.
Isso porque a propriedade headers do fetch espera um objeto do tipo
Headers, como este que criei abaixo.

E segundo, que no body eu passei um objeto também, que na verdade


deve ser uma string. Se o que eu quiser enviar for um objeto JavaScript,
eu posso serializá-lo usando JSON.stringify, como abaixo.

Infelizmente não conheço nenhuma API pública na Internet que permita


POST para testarmos essas possibilidades de uso do fetch. Mas se você
souber desenvolver para back-end, pode facilmente criar uma API e usar
com este exemplo.

Quer fazer um curso online de Desenvolvimento Web FullStack JS com o autor deste
ebook? Acesse https://www.luiztools.com.br/curso-fullstack

JAVASCRIPT CLIENT-SIDE 140


CSS

5
“ Everyone knows that debugging is twice as hard as writing a
program in the first place. So if you’re as clever as you can be
when you write it, how will you ever debug it?
- Brian W. Kernighan

Outra tecnologia muito comum quando o assunto é front-end é o CSS.
CSS significa Cascading Style Sheets, ou Folhas de Estilo em Cascata.
Enquanto que HTML é o esqueleto da página, o CSS são os órgãos e
principalmente, a pele, o que dá a aparência, o estilo.

Estilos podem ser adicionados de três maneiras nos elementos HTML:

»» Inline: usando o atributo style


»» Internal: usando a tag STYLE
»» External: usando arquivos CSS externos

A forma mais comum de ser utilizado CSS é a terceira, principalmente


por ser a mais organizada, em analogia ao que fazemos com JavaScript
também. Ainda assim, veremos as três formas neste capítulo.

CSS Inline

Todo elemento HTML possui um estilo padrão. A cor dos textos é preta,
e a cor do plano de fundo é branca, só para citar dois exemplos. Alterar
o estilo de um elemento HTML pode ser feito usando o atributo style,
presente em todos elementos.

O exemplo a seguir mostra como alterar a cor do plano de fundo de


branco (default) para cinza claro.

Código 5.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Nota: sugiro abrir uma página HTML e testar todos os exemplos de estilos
CSS vendo como eles se comportam no navegador. Pode inclusive usar a
index.html que criamos no capítulo anterior.

CSS 142
O atributo style possui a seguinte sintaxe:

Sendo property uma propriedade CSS e value um valor CSS.


Entenderemos melhor do que se trata CSS mais tarde neste mesmo
material. Por enquanto, vamos ver como podemos mudar o estilo de
nossos textos.

ESTILOS DE TEXTO

Para alterar a cor do texto usamos a propriedade color.

Nota: todas os valores de cores CSS aceitam literais em Inglês (blue, red,
Código 5.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes
black, etc) e valores hexadecimais iniciados com # (como #CCCCCC para
cinza claro e #FFFFFF para branco, por exemplo).

Para alterar a tipografia, usamos a propriedade font-family.

CSS 143
Nota: todas as fontes são aceitas pelo CSS, no entanto, uma vez que os
estilos são interpretados client-side, você não deve utilizar fonts que não
existam por padrão nos navegadores e/ou sistemas operacionais de uso
comum. Caso a font que você definiu não exista na máquina do usuário, o
browser irá renderizar como um fonte comum, provavelmente estragando
seu layout.

Código 5.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes


O tamanho do texto pode ser definido pela propriedade font-size.

Nota: o tamanho pode ser definido em porcentagem, pontos e pixels,


Código 5.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes
conforme a sua preferência.

Enquanto que o alinhamento é definido pela propriedade text-align.

Código 5.1: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Classes de Estilos em CSS Internal

Muitas vezes temos o mesmo estilo aplicado a diversos elementos em


nossas páginas HTML. Da mesma forma, às vezes queremos que um
determinado estilo se aplique a todas ocorrências de um elemento HTML
no documento. Em todas essas ocasiões em que teríamos atributos style

CSS 144
com propriedades e valores repetidos devemos utilizar classes de estilo,
mais comumente chamadas classes CSS.
Existe uma tag que ainda não utilizamos em nossas lições que é a tag
STYLE. A tag STYLE define um bloco no seu documento HTML onde você
poderá definir os estilos-base da sua página bem como as suas classes
de estilo. A sua utilização é bem semelhante à da tag SCRIPT, ou seja, a
tag STYLE é um contâiner que conterá dentro dela estilos aplicados aos
elementos desta página HTML em específico.

Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

A tag STYLE pode ir em qualquer ponto do HTML, mas preferivelmente


dentro da tag HEAD da página, para que seja carregado antes dos
elementos HTML, para que quando eles sejam renderizados, já o sejam
na maneira correta (com o novo estilo ao invés do padrão).

Dentro da tag STYLE podemos definir um estilo que se aplica a todos


elementos de uma tag HTML específica, como abaixo, onde definimos
que a cor dos textos dentro de todos parágrafos será verde (usei o nome
da cor, mas você também pode usar valores hexadecimais).
Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

A sintaxe é bem simples: definimos a tag à qual vamos aplicar o estilo


e abrimos chaves para colocar o estilo dentro. A sintaxe para definição
do estilo é a mesma que vimos no atributo style anteriormente, com

CSS 145
propriedades e valores CSS.
Note que esse estilo será aplicado automaticamente sobre todas tags P
(os parágrafos), sem exceção. Muitas vezes não queremos isso, queremos
que um determinado estilo seja aplicado a todos os parágrafos que
iniciam um novo capítulo, por exemplo. Neste caso, devemos criar uma
classe de estilo, como abaixo.
Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que as classes começam com um ponto, ao invés de simplesmente


conterem o nome de uma tag. Além disso, sua nomenclatura é a mesma
de variáveis Java e JavaScript (Camel Case) sem espaços, acentos ou
caracteres especiais, raramente usando _ (underline) ou – (hífen). O
estilo da classe .paragrafoInicial será aplicado em todos os parágrafos
que nós definirmos explicitamente através do uso do atributo CLASS,
presente em todos elementos HTML, da seguinte maneira.
Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

CSS 146
Note que o atributo class dispensa o ponto do início da classe, colocamos
apenas o nome dela em todos os elementos HTML que quisermos aplicar
seu estilo.

Vale ressaltar também que os estilos funcionam em cascata, ou seja,


podemos definir um estilo global para todos parágrafos, mais um estilo
específico apenas para os parágrafos iniciais. Por exemplo:

Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Assim, todos os parágrafos da aplicação terão a fonte Arial, mas somente


os parágrafos com o atributo class definido como paragrafoInicial é que
terão a cor da fonte verde.

DICAS E TRUQUES

Existem diversos truques que podemos utilizar para aumentar ainda


mais o poder dos estilos. Podemos definir estilos específicos para tags
específicas dentro da hierarquia HTML de uma página, como abaixo,
onde definimos que somente a cor dos textos dos parágrafos dentro de
tabelas é que será verde, os demais manterão a cor normal (preta).
Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

CSS 147
Também podemos definir que um elemento possua mais de uma classe
de estilo, apenas separando o nome das nossas classes por espaços:
Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Assim o parágrafo receberá ambos estilos.

E por fim, quando queremos que somente um elemento receba


determinado estilo, mas ao mesmo tempo não queremos usar o atributo
style nele (pois é um estilo complexo, por exemplo), podemos criar um
estilo baseado no atributo id do elemento, como abaixo.
Código 5.2: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Assim, o elemento HTML cujo atributo id for ‘paragrafoLegal’ receberá


automaticamente o estilo determinado na tag STYLE acima.

Nota: JavaScript usa essa mesma notação em seus seletores, usando o


nome literal das tags, classes CSS iniciadas em ‘.’ e ids de componentes
iniciados com ‘#’.

ARQUIVOS CSS EXTERNOS

O uso de arquivos CSS externos (que nada mais são do que arquivos
de texto com a extensão .CSS), geralmente em uma pasta chamada
‘styles’ ou ‘css’, é preferível uma vez que provavelmente você irá
querer aproveitar os estilos entre mais de uma página HTML da mesma
aplicação web. Com o uso correto de arquivos CSS você pode alterar
a aparência inteira de um website ou sistema web apenas mexendo

CSS 148
em um arquivo, da mesma forma que com arquivos JS alteramos o
comportamento sem mexer no HTML manualmente.

Para definir um arquivo CSS à um documento HTML devemos


referenciá-lo usando a tag LINK dentro do HEAD da página, como
abaixo.
Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Neste exemplo estamos referenciando um arquivo estilos.css que está na


mesma pasta do arquivo HTML, caso contrário nosso href seria maior,
indicando o caminho até o mesmo.

Imagine cada arquivo CSS como um bloco STYLE. Escreva quantos


estilos quiser e sinta-se livre para usar identação, quebras de linha e
comentários para tornar seu CSS mais legível.

Para conseguirmos construir estilos que façam sentido para nossos


componentes, não basta apenas conhecermos o nome das propriedades.
Temos de entender o conceito de ‘Styling Boxes’ do CSS.

ESTILOS DE CAIXAS

Imagine que todo elemento HTML está dentro de uma caixa. Existem
diversos estilos que podemos aplicar à essa caixa imaginária e vamos
ver alguns logo abaixo.

Exibição

Quando queremos alterar a exibição da nossa caixa usamos a


propriedade display, com os valores none ou block, seja para esconder
ou exibir, respectivamente.

CSS 149
Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Nota: esse é exatamente o comportamento da função hide() do


JQuery (e inversamente o efeito da show())

Plano de Fundo

Também podemos alterar o plano de fundo das nossas caixas, usando as


propriedades background-color e background-image:
Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

No exemplo acima definimos a cor do plano de fundo de todos nossos


parágrafos para um valor hexadecimal com a propriedade background-
color. Também definimos que todos nossos parágrafos terão como
imagem de fundo a imagem cuja url deverá estar entre as aspas dentro
dos parênteses, com as mesmas regras do atributo src da tag IMG, isso
tudo com a propriedade background-image. E por fim, apenas dissemos
que a imagem de fundo não se repetirá, caso a caixa seja maior que a
imagem em si.

Nota: e por padrão, caso a caixa seja maior que a imagem, a


imagem se repetirá tanto na horizontal quando na vertical, o que
muitas vezes não é um comportamento interessante pois fica feio.

CSS 150
Largura e Altura

Caso queiramos definir uma altura e largura fixa para nossa caixa,
usamos as propriedades width e height, que permitem definir
porcentagens ou tamanho fixo em pixels.

Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Caso queiramos definir largura ou altura máxima ou mínima, neste caso


utilizamos as variantes das propriedades width e height: max-width/
max-height e min-width/min-height.

Borda, espaçamento e margem

Para definir uma borda ao redor do nosso elemento HTML usamos a


propriedade CSS border, onde definimos a espessura, o tipo de borda e
sua cor, sendo os três valores separados por espaço.

Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Aqui, todos os parágrafos terão uma borda de 1px preta e sólida ao seu
redor.

Ainda pensando em nossos parágrafos-caixas (embora o conceito de box


se aplique a qualquer elemento), que tal colocarmos um espaçamento do
texto do parágrafo (seu conteúdo) em relação às suas bordas? Fazemos
isso com padding (margem interna).

CSS 151
Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Agora todos os parágrafos manterão seus textos 10px distantes das


quatro bordas da caixa imaginária (top, bottom, left e right).

No exemplo abaixo, além do espaçamento interno, definiremos uma


margem (externa) de 30px de cada um dos nossos parágrafos em relação
à qualquer elemento à sua volta.

Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Nota: todos esses estilos de caixa aplicam-se às 4 bordas da


caixa: top (topo), bottom (rodapé), left (esquerda) e right (direita).
Assim, caso queira aplicar um estilo de caixa à somente uma borda
específica, use a propriedade correspondente seguida de um traço e
o nome da borda, como abaixo, onde definimo que somente a margin
do rodapé será de 15px.

Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

CSS 152
Para uma referência completa de todas propriedades CSS e como utilizá-
las, acesse: http://www.w3schools.com/cssref/default.asp

CSS e JavaScript

Podemos definir estilos em nossos elementos HTML utilizando


JavaScript também, de maneira dinâmica. Já falei disso no capítulo
anterior, onde mostrei como fazer usando a propriedade element.style.
propriedade. Para reforçar, aqui pegamos um parágrafo com id ‘myP’ e
trocamos a cor do seu texto dinamicamente.

Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

A propriedade style está presente em todos elementos HTML e possui


como sub-propriedades as mesmas características disponíveis no
CSS, com a única atenção é que estilos CSS com hífen mudam de
nomenclatura, pois o padrão do JS é camel case.

»» background-color no CSS vira backgroundColor no JS;


»» border-left no CSS vira borderLeft no JS;

E assim por diante.

Além disso, podemos adicionar e remover classes CSS a um elemento


usando a propriedade classList do element, como abaixo.
Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Outra questão importante é que quando vimos o capítulo de JavaScript


client-side aprendemos a utilizar seus seletores. Pois bem, um poderoso
seletor que está disponível no JS é o seletor por classe, como abaixo.

CSS 153
Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Aqui selecionamos todos os elementos HTML que possuam a classe


paragrafoInicial definida em seu atributo class. Simples assim. Essa
é uma maneira extremamente útil de, com uso de laços de repetição,
executar operações sobre grupo de elementos, como esconder todos...
Código 5.3: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que com o exemplo acima já é possível abrir a sua cabeça para as
possibilidades de manipulação de elementos em lote.

Repare também como usei o for com uma construção ligeiramente


diferente. Isso porque o retorno do getElements (ByClassName,
ByTagName, etc) é um Iterator e não um array comum. Assim sendo,
aquela construção de for ali em cima, que chamaos de for-each
percorrerá todos os elementos do Iterator independente da quantidade,
ordem, etc.

Exercitando
Vamos fazer um exercício bem rápido e simples com CSS, apenas para
ver se você conseguiu entender como CSS funciona. Vamos usar aqui
o mesmo HTML final do capítulo anterior, aquele com o formulário de
cadastro e tabela de listagem.

Primeiro, vamos entender onde queremos chegar:

CSS 154
Nenhuma obra-prima, mas bem mais agradável que o layout anterior na
minha opinião.

E a tabela de clientes:

Nota: não investirei pesado em CSS aqui pois este não é exatamente
um livro de design, algo que requer habilidades além da minha
capacidade enquanto programador. :P
Para avançar mais rapidamente com estilos, sugiro dar uma olhada em
Bootstrap

CSS 155
Você acha que consegue sozinho? Tente!

Comece criando uma pasta css na raiz do seu projeto e dentro dela um
arquivo estilos.css vazio, referenciando-o no HEAD do seu index.html:

Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Agora dê uma olhada no HTML antigo desse projeto. Notará que algumas
vezes usei o atributo STYLE em algumas tags. Embora isso funcione
perfeitamente, o ideal é não utilizar estilo inline, ou seja, estilos ao
longo do HTML. O mais elegante e correto é colocar todos os estilos em
arquivos CSS, referenciados no HTML, assim como estamos fazendo com
nossos JavaScripts.

Nota: a regra geral diz que HTML é a forma, CSS o estilo e JS o


comportamento e que cada um desses três elementos que formam a
base do front-end moderno deve estar em seus respectivos arquivos.

Primeiro, note o uso do atributo STYLE da nossa table de listagem. Ele


está indicando que a table deve ocupar no máximo metade da largura
do contâiner mais externo à ela (a DIV).

Código 4.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Remova esse atributo style e vamos colocar esse estilo de tabela em


nosso arquivo estilos.css:

CSS 156
Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Agora, repare no style da TR que fica no THEAD da table. Ele diz que
a cor de fundo desta TR deve ser cinza claro (#CCC é um tom de cinza
claro).
Código 4.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Remova este estilo e vamos colocá-lo via arquivo estilos.css:

Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Note que aqui eu tive de dizer toda a hierarquia até chegar no


componente que desejo alterar. Experimente colocar apenas tr { ... } e
verá que TODAS as TRs da página ficarão com fundo cinza e não é o que
queremos.

Agora, repare no estilo das colunas dessa TR. A primeira é maior que as
outras, ocupando 50% do tamanho total da tabela. As demais estão com
15% cada, sendo que a última terá o restante que é 20%.

CSS 157
Código 4.5: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Como removemos esses estilos individuais mantendo a diferença de


tamanho entre eles?

Uma ideia é criando classes CSS para as duas variações que temos (sendo
que a última célula recebe o que sobrar). No entanto, isso fica um tanto
verboso demais no HTML e podemos fazer algo mais elegante usando
alguns recursos do CSS. Remova os estilos daquelas TDs e coloque o
seguinte no seu estilos.css:

Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Aqui usei os modificadores first-child e last-child para dizer que a


primeira e última células da linha (tr) da thead possuem tamanho fixado
em 50% e 20%, respectivamente, sobrando outros 15% para cada uma
das células intermediárias.

Essa é uma notação mais profissional e caso você tenha resolvido com
classes, não há problema.

Com esse último ajuste conseguimos eliminar todos os estilos que


haviam sido escritos diretamente no HTML. Agora é a hora de fazer
novos estilos para adequar nosso HTML atual à imagem do início desse
exercício.

CSS 158
Primeiro, não é exatamente um estilo mas incomoda: use o atributo
cellspacing da table para remover os espaços entre as células:
Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Agora, vamos começar adicionando uma margem interna lateral


pois tudo está muito “grudado” na esquerda da página. Fazemos isso
definindo um estilo para a tag body no estilos.css:
Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Já que a primeira coisa que vemos é o formulário de cadastro, vamos


começar por ele, estilizando o form:

Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Dei uma largura máxima de 50% e alinhei-o à direita, pois isso deixará o
alinhamento de labels e campos mais interessante.

Agora para deixar todos os nossos inputs mais agradáveis visualmente,


crie um estilo global para todos eles, deixando-os mais arredondados
(border-radius) e com mais espaçamento interno (padding):

CSS 159
Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Você vai notar que isso não afeta o select, uma vez que ele não é um
input. Mesmo que você coloque essas mesmas propriedades CSS em
um estilo para o select não vai adiantar pois os navegadores possuem
aparências próprias pra ele. Para conseguir estilizar o select você precisa
primeiro remover o estilo atual dele, como abaixo:
Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

As propriedades iniciadas com ‘-’ são exclusivas de alguns browsers


como Firefox (moz) e Chrome (webkit). Assim conseguiremos que inputs
e selects fiquem mais parecidos visualmente.

Opa, mas a largura deles está diferente, não? Isso porque o select está
com um width de 53% da largura do contâiner externo. Vamos criar
estilos para a largura dos inputs do formulário também:
Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

CSS 160
Aqui usei um truque de CSS para aplicar um estilo a dois tipos de
componentes diferentes, separados por vírgulas. Assim, todos os textos
(como o campo de nome) e os números (como o campo de idade) terão a
mesma largura, que apesar de ser 3% menor que o select, é visualmente
idêntica.

Mas e os botões? Se você olhar a imagem verá que eles são do mesmo
tamanho. Sendo assim, vamos criar um estilo idêntico para os dois:
Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Como o btnListar tem id, usamos ele. Já o outro botão tratei como um
submit genérico, visto que é o único na página.

Pra completar nossa página, vamos apenas alinhar o título de maneira


mais adequada ao formulário, definindo o seguinte estilo:

Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Se eu colocasse apenas um text-align para direita, ele ia grudar no lado


direito da tela. Então resolvi colocar um padding de 50% na direita para
empurrá-lo de volta mais para o centro. Note que isso é completamente
diferente de usar um “text-align: center”, teste no seu navegador verá a
diferença.

E agora a nossa tabela!

CSS 161
Vamos começar botando um padding para todas as informações das
células ficarem menos coladas em relação às bordas, bem como vamos
centralizar essas informações:

Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

Eu particularmente não gosto do nome centralizado pois ele é muito


comprido, então vou adicionar outro estilo apenas para a primeira
célula da tabela, usando o recurso ‘:first-child’ novamente:

Código 5.4: disponível em https://www.luiztools.com.br/ebook-frontend-fontes

E por fim, a cereja do bolo, vamos colocar um efeito CSS que vai trocar a
cor do fundo de uma linha da tabela quando o mouse estiver passando
por cima dela:
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CSS 162
Isso é particularmente útil em tabelas muito grandes, para facilitar a
leitura. Obtemos este efeito de sobreposição graças ao efeito ‘:hover’ que
aplicamos em todas as TRs, definindo uma nova cor de fundo.

E com isso terminamos mais este capítulo de front-end!

Quer fazer um curso online de Desenvolvimento Web FullStack JS com o autor deste
ebook? Acesse https://www.luiztools.com.br/curso-fullstack

CSS 163
SEGUINDO EM FRENTE


A code is like love, it has created with clear intentions
at the beginning, but it can get complicated.
- Gerry Geek

Este livro termina aqui.

Pois é, certamente você está agora com uma vontade louca de aprender
mais, criar aplicações web incríveis com front-ends maneiras e de
quebra que o deixem cheio de dinheiro na conta bancária, não é
mesmo?

Pois é, eu também! :)

Este livro é pequeno se comparado com o universo de possibilidades


que a web nos traz. Como professor, costumo dividir o aprendizado
de alguma tecnologia em duas grandes etapas: aprender o básico e
executar o que foi aprendido no mercado, para alcançar os níveis
intermediários e avançados. Acho que este guia atende bem ao primeiro
requisito, mas o segundo só depende de você.

De nada adianta saber muita teoria se você não aplicar ela. Então agora
que terminou de ler este livro e já conhece uma série de formas de
criar páginas web com estas fantásticas tecnologias, inicie hoje mesmo
(não importa se for tarde) um projeto que as use. Caso não tenha
nenhuma ideia, cadastre-se agora mesmo em alguma plataforma de
freelancing. Mesmo que não ganhe muito dinheiro em seus primeiros
projetos, somente chegarão os projetos grandes, bem pagos e realmente
interessantes depois que você tiver experiência.

Me despeço de você leitor com uma sensação de dever cumprido. Caso


acredite que está pronto para ainda mais tutoriais bacanas, sugiro dar
uma olhada em meu blog https://www.luiztools.com.br.

Outras fontes excelentes de conhecimentos sobre HTML, CSS e


JavaScript é o site da https://developer.mozilla.org/pt-BR/, lá possui
tudo que você pode precisar!

Caso tenha gostado do material, envie esse ebook a um amigo que


também deseja aprender a programar para web. Não tenha medo da
concorrência e abrace a ideia de ter um sócio que possa lhe ajudar nos
projetos.

Caso não tenha gostado tanto assim, envie suas dúvidas, críticas e
sugestões para [email protected] que estou sempre disposto a
melhorar.

Um abraço e até a próxima!


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