Agravo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO

GRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

EDUARDO DA SILVA, brasileiro, casado, portador da Cédula


Identidade RG nº. 25.573.525-X inscrito no CPF/MF sob n. 169.986.228-54 e

TAIANA PAIVA DE ARAUJO DA SILVA, brasileira, casada,


portadora da Cédula Identidade RG nº. 32.776.491-0 inscrita no CPF/MF sob n.
277.410.758-02, ambos residente e domiciliados na Rua Maria Tereza
Rodrigues, nº. 83 – PQ. Continental, Guarulhos- SP, CEP 07.085-400, São
Paulo - SP.

Ora Intermediados por suas Mandatárias:

DENISE RODRIGUES ROCHA, brasileira, casada, advogada,


inscrita na OAB/SP sob o nº 226.426 inscrita no CPF/MF sob nº 268.852.288-42
e

MARIA APARECIDA SOUZA DA TRINDADE, brasileira,


divorciada, advogada, inscrita na OAB/SP sob o nº 366.953 inscrita no CPF/MF
sob nº 151.013.738-69, ambas com escritório na Rua Albion, 229 – Conjunto 65,
Lapa, nesta Capital, CEP 05077-130, telefone: (11) 3294-7170, Endereço
Eletrônico: [email protected], o qual indicam para as
intimações que se fizerem necessárias, em obediência a diretriz fixada no art. 77
INC. V, do CPC.
Ao Final Firmado Instrumento Procuratório acostado.
Com o mais Profundo Respeito a Vossa Excelência, demostrar
seu inconformismo com a R. Decisão Interlocutória de Fls. 92, proferida na
Execução de Sentença de número: 0006246-08.2020.8.26.0003, corrente na
2ª. Vara Cível do Foro Regional III – Jabaquara, Comarca de São Paulo - SP,
por essa razão, vem Interpor o presente Recurso de:

AGRAVO DE INSTRUMENTO
COM
EFEITO SUSPENSIVO

Com guarida no Art. 49-A, CC, Art. 1.015, parágrafo único CPC,
em razão das justificativas evidenciadas.

Dos Patronos:

O Agravante informa os nomes e endereços dos advogados


habilitados na querela, aptos a serem intimados dos atos processuais com fulcro
no art. 1.016, inc.IV:

DOS AGRAVANTES:

DENISE RODRIGUES ROCHA, brasileira, casada, advogada,


inscrita na OAB/SP sob o nº 226.426 inscrita no CPF/MF sob nº 268.852.288-42
e,
MARIA APARECIDA SOUZA DA TRINDADE, brasileira,
divorciada, advogada, inscrita na OAB/SP sob o nº 366.953 inscrita no CPF/MF
sob nº 151.013.738-69, ambas com escritório na Rua Albion, 229 – Conjunto 65,
Lapa, nesta Capital, CEP 05077-130, telefone: (11) 3294-7170, Endereço
Eletrônico: [email protected];

DOS AGRAVAOS:

MARSAIOLI E MARSAIOLI ADVOGADOS ASSOSSIADOS,


inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, com escritório profissional sito na
Praça Belmiro Ribeiro nº. 05 Conj. 11 Vl. Mathias, Santos/SP
Da tempestividade

O recurso deve ser considerado como tempestivo. O


patrono da parte Agravante fora intimado da decisão atacada na data de30 de
JUNHO de 2021, consoante se vê da certidão acostada.

Dessarte, fora intimado em 01 de JULHO de 2021, por


meio do Diário da Justiça, em consonância aos arts. 231, inc. VII c/c 1.003, § 2º
ambos do CPC. Igualmente, visto que o lapso de tempo do recurso em espécie
é quinzenal, art. 1.003, § 5º CPC e, por isso, atesta-se que o prazo processual
fora devidamente obedecido.

Formação do instrumento

a) Preparo

Os Recorrentes acostam o comprovante do recolhimento do


preparo devidamente saldado,

b) Peças obrigatórias e facultativas

Tramita os Autos do Processo em meio Eletrônico. Em razão


disso, informa que o presente Agravo de Instrumento não esta acompanhado
pelas peças Colacionadas nos Inc. I e II do art. 1.017., à Ilustrar o Relatado,
instrui o presente com:

· Procuração outorgado ao advogado do Agravante;


· Decisão que determina a Desconsideração da Persona Jurídica;

· Petição de Exceção de Pre-Executividade (negada);


· Decisão Interlocutória Recorrida;

Diante disso, pleiteia-se o processamento do recurso, sendo


esse distribuído a uma das Câmaras de Direito Privado deste Egrégio Tribunal
de Justiça, a luz do art. 1.016 caput CPC, para que seja, inicialmente, e com
urgência, submetido para análise do pedido de tutela recursal, art. 1.019, inc. I
CPC.

Termos em que,
Pede, Espera Deferimento
São Paulo, 20 de julho de 2021.

DENISE RODRIGUES ROCHA MARIA APARECIDA SOUZA TRINDADE


OAB/SP 226.426 OAB/SP 366.953
RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravante: EDUARDO DA SILVA, e TAIANA P. DE A. DA


SILVA

Agravado: MAIA LOGISTICA LTDA

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

PRECLARO DESEMBARGADOR

Dos fatos e do direito

Considerações do processado

Em ação de Execução de Sentença, foram os Agravantes,


chamados aos Autos do Processo a modalidade de Chamamento de Terceiros,
por meio de Desconsideração de Persona Jurídica qual eram Sócios.
Porem tal Desconsideração não observará os Preceitos
Jurídicos, cabíveis ao destinto feito, não foram observados quaisquer ato
Jurídico previsto no ordenamento.
Não foram observador princípios básicos, como Ampla
Defesa e o Direito ao Contraditório, tão pouco fora observado o princípio da
Devido Processo Legal.
O Nobre Judicium a quo, legislará a própria razão,
entendendo ser mera Sucessão Processual, e não a Desconsideração de
Persona Jurídica, dando ao fato uma nova forma de se requerer a
Desconsideração de Persona Jurídica, deixando claro que a forma prescrita no
Ordenamento Jurídico não Importa, que a preocupação (brilhante) do Legislador
à dar segurança Jurídica aos Contratos Mercantis é mero capricho deste,
Não cabe ao D. Julgador usar da Hermenêutica Jurídica a
interpretar o concilio da lei a criar forma inexistente de fazer algo que ultrapasse
o Devido Processo Legal.
O exequente fora Chamado aos Autos à usar de seu direito ao
Contraditório ante a Exceção de Pre-Executividade, e se silenciará, ante ao claro
erro jurídico.
Ei, pois, a razão do presente recurso.

Da decisão interlocutória

Por ser a decisão rechaçada conduta antijurídica


evidenciada, de pronto, merece desta Relatoria uma decisão justa pautada no
direito e boa pratica processual.
Decidiu o senhor magistrado a quo, em seu último ato
processual, ora hostilizado, in verbis:

“No casp a sociedade encerrou suas atividade


voluntariamente em 10.07.2017, seguindo-se com a
liquidação e pagamento de haveres dos sócios na
proporção de suas quotas (fls.37/38),
responsabilizando os excipientes pelo passivo
porventura superveniente na proporção de suas
quotas, tratando-se de substituição processual
prevista no artigo 110 do PCP e não Incidente de
Desconsideração da Personalidade Jurídica. Desse
modo, afasto a Exceção oposta e determino o
prosseguimento do cumprimento de sentença...”

Eis, pois, a decisão interlocutória guerreada, a qual, sem


sombra de dúvidas, permissa venia, merece ser reformada.

É entendível e aceito pelos tribunais pais a fora o cabimento


do referido artigo nas sucessões dos Sócios nas ações que trazer em seus polos
primários a Pessoa Jurídica de sua Responsabilidade, porem a direitos a serem
respeitas e regas primarias a serem observados, não se pode o Magistrado por
pura deliberação entender pelo chamamento dos sócios à demanda.

Na decisão hora atacada não fora observadas as formas de


extinção da Persona Jurídica, não há menção se quer do distrato social, qual
determinou qual seria o Sócio responsável pela extinção da sociedade, da
guarda Jurídica dos atos da baixa, ou mesmo qual seria o Socio responsável
pelos dividendos, ativos e ou passivos.

Não há que se dizer que o ato Jurídico praticado pelo a quo, é


ato Jurídico inexistente, contudo é ato eivado de erro, por não observar os
pressupostos processuais legais.

Error in judicando

A Inobservância do Devido Processo Legal


A decisão, hostilizada, não apontou o desenvolvimento
do processo a luz dos prumos do CDC, no que concerne aos atos da
Desconsideração da Persona Jurídica.

De mais a mais, pacífico o entendimento do Superior


Tribunal de Justiça, no sentido de ser cabível a Substituição Processual De
Empresas Irregularmente Encerradas, o que não é este o Fato.

A Referida empresa fora regularmente Encerrada, bem


como em toda a sua existência não houve qualquer dos fatos controversos a
Empresas, ou seja, não houve Confusão Patrimonial, Irregularidade
Administrativas ou seu Desvio de Finalidade, menos ainda fora a referida
empresa baixada de forma Irregular, tendo todo seu ato Desconstitutivo
registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo,

Cabe ao Feito, a empresa não ter Infringindo o


Ordenamento Jurídico e ser a Divida Superveniente a Liquidação da Sociedade,
não fazendo assim jus ao cabimento do art. 110 do CPC.

É também entendimento dos Tribunais, ser plenamente


cabível o dito artigo por analogia aos causídicos que encerraram a Sociedade de
forma escusa, irregular ou que o fizeram à se esquivar de dívidas contraídas
anteriormente.

É o entendimento cabível:

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL.


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROFERIDA CONTRA
SOCIEDADE LIMITADA. 1. DISTRATO DA PESSOA
JURÍDICA.
EQUIPARAÇÃO À MORTE DA PESSOA NATURAL.
SUCESSÃO DOS SÓCIOS.
INTELIGÊNCIA DO ART. 43 DO CPC/1973.
TEMPERAMENTOS CONFORME TIPO SOCIETÁRIO. 2.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA. FORMA INADEQUADA. PROCEDIMENTO
DE HABILITAÇÃO. INOBSERVÂNCIA. 3. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO. 1. Debate-se a sucessão material
e processual de parte, viabilizada por meio da
desconsideração da pessoa jurídica, para responsabilizar
os sócios e seu patrimônio pessoal por débito
remanescente de titularidade de sociedade extinta pelo
distrato. 2.
A extinção da pessoa jurídica se equipara à morte da
pessoa natural, prevista no art. 43 do CPC/1973 (art. 110
do CPC/2015), atraindo a sucessão material e processual
com os temperamentos próprios do tipo societário e da
gradação da responsabilidade pessoal dos sócios.
3. Em sociedades de responsabilidade limitada, após
integralizado o capital social, os sócios não respondem
com seu patrimônio pessoal pelas dívidas titularizadas
pela sociedade, de modo que o deferimento da sucessão
dependerá intrinsecamente da demonstração de
existência de patrimônio líquido positivo e de sua efetiva
distribuição entre seus sócios.
4. A demonstração da existência de fundamento jurídico
para a sucessão da empresa extinta pelos seus sócios
poderá ser objeto de controvérsia a ser apurada no
procedimento de habilitação (art.
1.055 do CPC/1973 e 687 do CPC/2015), aplicável por
analogia à extinção de empresas no curso de processo
judicial.
5. A desconsideração da personalidade jurídica não é,
portanto, via cabível para promover a inclusão dos sócios
em demanda judicial, da qual a sociedade era parte
legítima, sendo medida excepcional para os casos em que
verificada a utilização abusiva da pessoa jurídica.
6. Recurso especial provido.
(REsp 1784032/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/04/2019,
DJe 04/04/2019).

SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL – AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL –
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA – SUBSTITUIÇÃO
PROCESSUAL - INCLUSÃO DOS SÓCIOS NO PÓLO
PASSIVO DA AÇÃO – ART. 110, CPC – CABIMENTO
– PRECEDENTES - DECISÃO REFORMADA –
RECURSO PROVIDO.

(TJ-SP - AI: 22165648020168260000 SP 2216564-


80.2016.8.26.0000, Relator: Paulo Roberto de Santana,
Data de Julgamento: 26/04/2017, 23ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 26/04/2017)

Entende-se do não cabimento do referido artigo no caso


em tela, por não ser observado os Pressupostos Processual atinentes.
Aclara ao fato da Empresa ter sua Extinção em todos os
órgãos atinentes de forma regular, não deixara ativos e passivos, tão pouco em
seu ato desconstitutivo a repatriação de grande soma eraria aos sócios, tão
pouco se observou o montante das cotas em capital social destinadas a cada
socio.
É claro o cabimento do referido artigo à trazer os Ex-sócios
da demandada ao polo passivo da demanda, porem esta deve seguir os
pressupostos Jurídicos Básicos, oque não houve ao caso em tela.

A inobservância básicas dos atos processuais trás aos


terceiros chamados ao processo grandes danos, danos matérias e morais
Irreparáveis, em consequência a desconsideração houve a penhora e constrição
dos bens (lê-se, penhora em conta bancaria) de titularidade de um dos
chamados, conta este que não há valores em demasia, há apenas o necessário
para a subsistência deste e de sua família.

Salienta-se que os sócios não enceraram as atividades da


demandada por esta já ter cumprido seu papel, ou seja, trazes grande soma de
capital aos sócios, e sim por esta não trazer os frutos adequados aos seus
Sócios.

Emerge inegável hipossuficiente técnico-econômica dos


Agravantes.

Há sim o Error in judicando quando o “a quo” não observa os


pressupostos processuais legais à trazer os ex-sócios à lide, mesmo ao
cabimento análogo do artigo 110, cabe ao magistrado a observância do devido
Processo Legal, dando aos chamados ao feito o direito a Ampla defesa e ao
Contraditório, o que de fato não fora feito, determinando em consequência a
penhora On-Line das contas dos sócios.

Logo não há de hora feita se não a Revisão da Decisão


debatida, o desbloqueio imediato das contas bancarias dos Sócios Chamados.

Tutela antecipada recursal

Preenchimento dos Pressupostos

As questões destacadas no presente Agravo de


Instrumento comprovam a imperiosa necessidade da intervenção Estatal. Desse
modo, reclama, sem sombra de dúvidas, a concessão da tutela antecipada
recursal, no sentido da concessão do Efeito Suspensivo da Decisão.

Concernente aos pressupostos à concessão da tutela


antecipada recursal ou de efeito suspensivo ensina: Luiz Guilherme Marinoni,

“Não pode o Estado tapar seus olhos ante o


eminente risco ao Jurídico do Pleiteante, é
deste a Tutela do direito posto devendo este
zelar de imediato o risco.”
É de fundamental importância o recebimento deste e sua
aplicação de Efeito Suspensivo a barrar os efeitos imediatos da Decisão
proferida, ante a Execução suscitada, ante o risco de dano ao resultado útil
deste.

“II. Concessão de efeito suspensivo e/ou


antecipação dos efeitos da tutela recursal. O
agravo de instrumento, como regra, não tem
efeito suspensivo (cf. regra geral prevista no art.
995 do CPC/2015). Pode o relator, no entanto,
conceder efeito suspensivo ao recurso, ou
antecipar efeitos da tutela recursal, se presentes
os requisitos previstos no parágrafo único do art.
995 do CPC/2015” (Novo Código de Processo Civil
Comentado, 2ª edição ebook, baseada na 3ª edição
impressa da mesma obra, Ed. RT, 2015, p. 923).

É de fundamental importância o recebimento deste e sua


aplicação de Efeito Suspensivo a barrar os efeitos imediatos da Decisão
proferida, ante a Execução.

É mister que seu não acolhimento trará a Agravante, sérios


danos a subsistência destes, a penhora ofertada ao feito já descapitalizou os
Agravantes, e sua continuidade trará aos Agravantes a falência cível aos
mesmos.

Demostra-se o cabimento do efeito suspensivo da Decisão


a barras ainda que temporariamente a penhora dos bens dos Agravantes e ao
fim o julgamento pela extinção da execução em face dos Agravantes.

Dos pedidos.

Ante o exposto, requer a Agravante:

a) Seja recebido, Processado e deferido em termos Suspensivos da Decisão


Prolatada.
b) Seja revista a R. Decisão Recorrida, no sentido de retirar do Rol Passivo
da demanda os Agravantes.
c) Sejam todas as intimações de atos processuais realizadas na pessoa dos
Patronos subscrito, nos termos do que dispõe a norma invocada no item
anterior, indicando como endereço para intimação, na Rua Albion, 229 –
Conjunto 65, Lapa, nesta Capital, CEP 05077-130, telefone: (11) 3294-
7170, Endereço Eletrônico: [email protected];

d) Sejam intimados os agravados na pessoa de seus Patronos, para,


querendo, oferecer contrarrazões ao presente recurso nos termos e no
prazo legal;

e) Seja, no mérito, e após a manifestação das partes agravadas, provido o


agravo de instrumento para reformar a decisão agravada no sentido de
ser concedido o efeito suspensivo;

f) Retirar do polo passivo da demanda os Agravantes;

g) A extinção da ação Execução por Erro in judicando,


h) A extinção da Penhora sobre as contas correntes e quais quer outros bens
quais possam recair sobre os Agravantes.

Termos em que,
Pede, Espera Deferimento
São Paulo, 20 de julho de 2021.

DENISE RODRIGUES ROCHA MARIA APARECIDA SOUZA TRINDADE


OAB/SP 226.426 OAB/SP 366.953

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