PPP ANA PAULA ANDRADE 2021 A

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I. V.

C I N S T I T U T O D E
VALORIZAÇÃO COMUNITÁRIA
CNPJ n° 08.899.246/0001-59 – Tel.: (11) 5921 5889
[email protected]

CEI ANA PAULA ANDRADE


PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
REDE PARCEIRA
2021

Se a criança é capaz de se entregar por inteiro ao mundo ao


seu redor em sua brincadeira , então em sua vida adulta
será capaz de se dedicar com confiança e força a serviço do mundo”
Rudolf Steiner

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RUA HENRY PALMER, 28 – JARDIM SÃO NORBERTO – 04884-150 – SÃO PAULO - SP
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SUMÁRIO

1- Identificação da Unidade

2 - Localização da Unidade

3 - Regime de Funcionamento

4 - Histórico da Unidade Educacional

5 - Estudo Diagnóstico da Comunidade e do Território da Unidade

6 - Concepções de Criança, Infância e de Educação Infantil.

7 - Concepções de Educação

8 - Finalidades e Objetivos.

9 - Plano de Gestão e Organização para Atendimento à Comunidade Educacional e


Efetivação da Gestão Democrática

10 - Organização da Unidade Educacional: Espaços/Ambientes, Materiais, Tempos


e Interações.

11 - Articulação da Gestão da Unidade Educacional com os Órgãos Auxiliares.

12 - Estratégias de Atendimento aos Educandos com Deficiências

13 - Parcerias da Unidade Educacional com as Famílias

14 - Proposta Curricular

15 - Avaliação de Aprendizagem

16-Formação Continuada

17 - Avaliação Institucional

18 - Articulação da Educação Infantil com a EMEI

19 - O Papel da Unidade na Educação no Enfrentamento à COVID -19

20- Anexos

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1 – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE
Nome da Entidade: Instituto de Valorização Comunitária (I.V. C).
Endereço: Rua Silvestre José Dantas, 66 casa 1 – Parque Tamari
CEP: 04891-030 / São Paulo – SP
Fone: (11) 5920 - 8680
Email: [email protected]

2 – LOCALIZAÇÃO DA UNIDADE
Nome da Unidade Educacional: CEI Ana Paula Andrade
Endereço: Rua Henry Palmer, 28 – Jardim São Norberto
CEP: 04884-150 - São Paulo – SP
Fone: (11) 5921 - 5889
Email: [email protected]

3- REGIME DE FUNCIONAMENTO

O CEI Ana Paula Andrade atende atualmente 137 bebes e crianças e de


acordo com a Instrução Normativa SME nº 22 de 11/12/2018, o regime de
funcionamento da instituição procura atender às necessidades da comunidade nas
seguintes condições de atendimento:
 O CEI atende num período de 10 (dez) horas diárias, de segunda à
sexta-feira, das 07:00 às 17:00 horas ininterruptamente em período integral,
conforme opções das famílias. As situações excepcionais ou não previstas nesta
Portaria, devidamente fundamentadas, ficarão sujeitas à autorização expressa da
Diretora Regional de Educação, ouvida a Supervisão Escolar;
 O CEI atende as crianças na seguinte conformidade:

Agrupament Sal
o Quantidade a Professor Responsável

BI A 07 04 Rosalina Martins Machado dos Santos

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BI B 07 04 Tamyres de Oliveira Rufino


BII A 09 05 Sandra Batista Nascimento Duda
BII B 09 05 Elimeiry Santos de Oliveira
MGI A 10 06 Fernanda Costa da Silva
MGI B 10 06 Rosangela Maria da Silva Oliveira
MGI C 09 07 Gizele da Conceição Rufino
MGI D 09 07 Caroline Santana Gonzales Cisterna
MGII A 25 01 Taiane Ribeiro de Araújo Vivaldo
MGII B 20 02 Angelica Francisco Vaz
MGII C 22 03 Ana Paula Souza Sales

 O CEI segue a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a


Educação no Brasil nas escolas e cumpre pelo menos 200 dias letivos anuais
obrigatórios, prevendo também o fechamento nos dias e períodos em que for
decretado ponto facultativo e suspensão de atividades nas repartições públicas e
feriados nacionais e estaduais. O atendimento é interrompido cumprindo legislação
municipal vigente, geralmente em dias de realizações de Reuniões Pedagógicas e
Jornadas Pedagógicas (dia de formação) com os funcionários, sendo duas dessas
reuniões compartilhadas com a Avaliação Institucional participativa com utilização
dos “Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana” e Discussão e
elaboração do Plano de Ação decorrente da aplicação dos “Indicadores de
Qualidade da Educação Infantil Paulistana”, realizado com a comunidade e
funcionários. Em casos de estado de emergência/pandemias/ peculiaridades locais
ou climáticas ou outros julgados necessários, o Calendário Anual Escolar poderá
sofrer alterações conforme medida provisória nº 934 de 2020, publicada em de 1º
abril de 2020.
Observação: Neste inicio do ano de 2021, o CEI Ana Paula Andrade segue
a Instrução Normativa da Secretaria de Educação (SME) - Nº 1 DE 28 de Janeiro de
2021 que estabelece o retorno às atividades presenciais observando o limite máximo

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de 35% de crianças e bebes presentes no espaço e os demais com ensino a


distância.

4- HISTÓRICO DA UNIDADE EDUCACIONAL

O Instituto de Valorização Comunitária foi fundado pelo Senhor Claudio da


Silva Ferreira em 22 de novembro de 2006, tendo como missão proporcionar uma
pedagogia libertadora, através da educação, cultura, esporte e lazer com o intuito de
que ocorra o desenvolvimento da criança em seus aspectos físicos, psicológicos,
intelectual e social, complementando as ações da família e da comunidade.
O CEI As Princesas, a primeira unidade do Instituto de Valorização
Comunitária, iniciou suas atividades em 01/09/2015 e em 01/12/2016 a instituição
conveniou a unidade CEI Nova América.
Em 01/12/2019 deu-se então a inserção do CEI Ana Paula Andrade ao
Instituto de Valorização Comunitária, agregando-se assim mais um espaço onde os
conceitos pedagógicos da instituição podem ser acrescidos.
O bairro Jardim São Norberto onde o CEI ANA PAULA ANDRADE se
encontra inserido está dentro do distrito de Parelheiros, localizado na Zona Sul,
capital da cidade de São Paulo. O território de Parelheiros, considerado patrimônio
ambiental, é estratégico para a vida da cidade, por sua riqueza em recursos
naturais. Abrange uma área de 353 km², representando 24% do município, com
ocupação urbana de 2,5% e dispersa de 7,7% (Censo SEADE 2001). Situado no
Extremo Sul do município, sua divisa está há cerca de 10 Km do mar. De um mirante
situado no Parque Estadual da Serra do Mar e é possível avistar Itanhaém.
A totalidade de seu território está situada em área de proteção aos
mananciais e a região compreende remanescentes importantes de Mata Atlântica,
mantendo grande parte de sua mata nativa, como biodiversidade preservada e área
de grande produção agrícola, sendo estratégico para a vida da cidade de São Paulo:
equilibra as correntes térmicas com as menores temperaturas e a maior precipitação
pluviométrica da cidade. Sua rede hídrica contempla três bacias hidrográficas:
Capivari, Guarapiranga e Billings. As duas represas fornecem água para cerca de

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25% da população da Região Metropolitana. Seguindo o atual processo de


urbanização, a população cresce de forma irregular, com baixa renda, aumentando
de forma inadequada o déficit de serviços de infraestrutura. Atualmente o número da
população é de aproximadamente 131.000.00

5 – ESTUDO DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE E DO TERRITÓRIO

5.1- Perfil das crianças atendidas no CEI


A problemática social da comunidade está calcada em questões complexas,
como a violência, as dificuldades no atendimento à saúde, o desemprego, as
enchentes, etc.
Essas questões não poderão ser resolvidas unicamente pela instituição, pois,
acredita-se que só uma ação conjunta entre os diversos recursos da comunidade
com as associações civis e os conselhos de direitos das crianças, as organizações
governamentais e não governamentais ligadas à saúde, à assistência, à cultura, etc.,
pode encaminhar soluções mais factíveis com a realidade de cada situação.
Em contrapartida, também faz parte da clientela famílias advindas de uma
realidade um pouco mais estável, com melhores recursos de saúde, emprego e de
moradia.
A comunidade escolar do CEI Ana Paula Andrade caracteriza-se por uma
clientela proveniente do próprio bairro e de regiões adjacentes. A clientela a ser
atendida é de faixa etária de zero a quatro anos, de ambos os sexos, com respeito
às diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, etc.
O CEI está adaptado também para atender crianças portadoras de deficiência
físico-motora, auditiva e intelectual, isso significa assegurar o atendimento às
necessidades básicas de desenvolvimento sócio afetivo, físico, psicológico e
intelectual e, ao mesmo tempo, garantir o avanço na construção do conhecimento,
mediante procedimentos didáticos e estratégias metodológicas adequadas às
necessidades de cada uma. Numa proposta inclusiva conforme assegurado no
Currículo da Cidade de São Paulo - EI (pág.31), o CEI garante a igualdade na
diversidade e respeita o direito de aprendizagem na individualidade.

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5.2 - Perfil sociocultural da equipe de profissionais do CEI


A unidade hoje conta com 21 funcionários, sendo que 30% possui faixa etária
entre 20 e 29 anos, 30% possui de 30 a 38 anos, 34% de 40 a 49 anos e 6% de 50 a
55 anos. Alguns residem no próprio bairro, os demais estão localizados nas
imediações próximas ao Cei.
Desse grupo de profissionais todos tem a escolaridade exigida de acordo com
os cargos que exercem e 5% possui pós-graduação, gestão e/ou especialização em
educação infantil.
A maior parte dos funcionários é casada e tem uma estrutura familiar
convencional, em média com 2 e 3 filhos e 100% dos funcionários tem acesso a
computador e internet fixa/móvel.
O grupo de funcionários da escola trabalha em harmonia e todos são
incentivadores de práticas pedagógicas, são abertos as novas perspectivas que
tragam benefícios às crianças, participam dos eventos/formações realizados pelo
Cei e tem oportunidade de dar sugestões de melhorias através de avaliações,
encontros pedagógicos, ou em situações cotidianas do dia-a-dia, com intuito de
melhorar a qualidade do atendimento pedagógico, a melhoria do espaço e a
dinâmica de convivência diária aumentando o grau de satisfação que nossos
colaboradores tem em suas funções exercidas.

5.3- Mapeamento da região

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No Bairro do Jardim São Norberto, encontramos a UBS Jardim São Norberto,


que atende as famílias do bairro e adjacências. A UBS é importante na região já que
a maios parte das famílias necessitam ser assistidas pelos serviços públicos de
saúde. A UBS acima citada faz parcerias com os Ceis da região para prestar
serviços de vacinação, acompanhamento odontológico, palestras e esclarecimentos
de dúvidas. No período de pandemia foi responsável por auxiliar nas orientações às
famílias, realizar testes em funcionários e famílias em casos suspeitos de COVIDE
19 e fazer o monitoramento dos casos positivos.
Nas imediações do bairro, temos uma agência dos correios, uma agência
bancária , um hospital municipal, uma casa lotérica, dois terminais de ônibus sendo
o Terminal Varginha e o Terminal Parelheiros, ambos de vital importância para o
aceso ao bairro), um Centro de Cidadania da Mulher – CCM ( onde atende
especialmente mulheres vítimas de violência), duas bibliotecas – uma no CEU
Parelheiros e um no CCM (Ponto de Leitura Carolina Maria de Jesus), seis
Telecentros: CEU Parelheiros, Associação Pró - Brasil, Centro de Cultura Afro
Brasileira AséYlê do Hozoouane e um localizado nas dependências da Prefeitura
Regional de Parelheiros, que também contempla a comunidade com um CAT –
Central de Apoio ao Trabalhador. Há também uma única organização conveniada
com a Secretaria Estadual de Educação que atende pessoas autistas, denominada
AMA – Associação de Amigos do Autista, que inclusive foi merecedora do Prêmio

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Direitos Humanos, pela categoria “Garantia dos direitos das pessoas com
deficiência”, criado em 1995 e concedido pelo governo federal por meio da
Secretaria de Direitos Humanos.
  Na região há também 02 aldeias indígenas: Pyau (Krucutu) e Tenondé Porá
(Morro da Saudade), de um subgrupo guarani, com cerca de 1.000 pessoas,
localizadas na Estrada da Barragem e que mantém vivas sua língua, cultura,
religião. Cada uma conta com escola específica para a educação infantil indígena e
o CECI – Centro de Educação e Cultura Indígena. As crianças passam o dia na
escola em contato direto com sua cultura, sob a guarda de suas mães e de
monitores guarani. A partir dos 7 anos, os meninos e meninas passam a frequentar
a EE Indígena Guarani Gwyrapepo.
A região conta, ainda, com serviços públicos:

5.4 Serviços públicos na área da Assistência Social:


Serviço Estatal – 01 Centro de Referência de Assistência Social –
CRAS/Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS.
Serviços conveniados com a SMADS/ Proteção Básica: 02 CJ - Centros para
Juventude, 02 NCI - Núcleos de Convivência para Idosos (Sendo um no Distrito de
Parelheiros e um no Distrito de Marsilac), 01 CEDESP - Centro de Desenvolvimento
Social e Produtivo, 03 SASF – Serviço de Assistência Social à Família e Proteção
Social Básica no domicilio, 09 CCA’s – Centro para Criança e Adolescente (sendo
um no próprio Jardim São Norberto); Proteção Especial: 02 SAICA – Serviço de
Acolhimento Institucional para Crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e 11 meses e
01 MSE/MA – Medida Sócio Educativa em Meio Aberto. O CREAS – Centro de
Referência Especializado de Assistência Social que referencia os serviços da
proteção social especial de Parelheiros está localizado no distrito de Capela do
Socorro, referenciando também este distrito.
5.5 - Serviços públicos na área da Saúde:
Há na região 01 Supervisão Técnica de Saúde, 01 Supervisão de Vigilância
em saúde, 01 hospital com Pronto Socorro, 01 AMA – Assistência Médica
Ambulatorial, sendo esta com atendimento 24 horas, 01 CAPS Adulto III - Centro de

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Atenção Psicossocial com 05 leitos, 01 CAPS infantil/adolescente/juvenil, 01 NIR -


Núcleo de Integração e Reabilitação contando com APD – Acompanhamento da
pessoa com deficiência, 14 Unidades Básica de Saúde – saúde da família, 01 UBS
de atenção à População Indígena, 03 UBS tradicionais, 01 Serviço de Residência
terapêutica, 01 Centro de Especialidade Odontológica – CEO.

5.6 - Serviços públicos na área da Educação:


No Distrito de Parelheiros há 01 CIEJA – Centro Integrado de Educação para
Jovens e Adultos, 01 Centro Educacional Unificado – CEU, 02 Centros de Educação
e Cultura Indígena CECI (Aldeia Temone Porã e Krukutu), 16 Escolas Municipais, 32
Escolas Estaduais e 27 escolas particulares conveniadas com o Município, entre
elas podemos contar com Educação infantil, Ensino Fundamental e Médio, bem
como Educação para Jovens e Adultos e algumas organizações que mantém
convênio com a Secretaria Municipal de Educação para o projeto MOVA –
Movimento de Alfabetização.
Na região não há poucos equipamentos específicos de cultura e lazer, tais
atividades são oferecidas pelo CEU e Prefeitura Regional de Parelheiros, bem como
pelos serviços da rede sócio assistencial conveniados com SMADS.
Há também algumas organizações que oferecem serviços de acolhimento a
idosos, dependentes químicos, oferta de leite através do Programa Viva Leite
(Coordenadoria de Abastecimento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo), diversas Associações de Bairros, uma rádio comunitária e
diversas igrejas.

6- CONCEPÇÕES DE CRIANÇA, INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL.

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  A maneira como a infância é vista atualmente é mostrado no Referencial


Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasília, 1998), que vem afirmar que
"as crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que
sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio". Sendo assim, durante o
processo de construção do conhecimento, "as crianças utilizam das mais diferentes
linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses
originais sobre aquilo que procuram desvendar". Este conhecimento constituído
pelas crianças "é fruto de um intenso trabalho de criação, significação e
ressignificação". Ainda convém salientar que compreender, conhecer e reconhecer o
jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da
educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos derivados da
psicologia, antropologia, sociologia, medicina, etc. possam ser de grande valia para
desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns de ser das
crianças, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferenças
(Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998, p.22).
No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9394, que ressaltou a importância da educação infantil. A educação é
dever da família e do estado inspiradas nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Compondo este cenário de direito característico de uma sociedade
democrática, a educação foi inserida como direito de todos, além disto, passa a ser
considerada como um campo de possibilidades aberta e propícia à construção do
conhecimento, segundo Craiy (apud ALMEIDA, et al, 2010, p.52)
Para Souza (2007, p.7), “a criança é um sujeito social, investigado, observado
e compreendido a partir de perspectivas investigativas e teóricas distintas” e, foram
essas perspectivas que segundo a autora, advindas de vários campos como a
psicologia, a sociologia, a educação que demarcaram as ideias que atualmente
legitimam sobre a criança e a infância. Segundo a autora, a “criança e infância” não

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são apenas o pano de fundo das representações sociais, pelo contrário, são
protagonistas das relações que estabelecem no dia a dia com pais, professores e
outros sujeitos responsáveis pela condução da infância. Faria e Salles (2007, p. 44)
corroboram com a concepção de Souza (2007) e afirmam que “considerar a criança
como sujeito é levar em conta, nas relações que com ela estabelecemos, que tem
desejos, ideias, opiniões, capacidades de decidir, de inventar, que se manifestam,
desde cedo, nos seus movimentos, nas suas expressões, no seu olhar, nas suas
vocalizações, na sua fala. É considerar, portanto, que essas relações não devem ser
unilaterais – do adulto para a criança -, mas relações dialógicas- entre adultos e
criança -, possibilitando a constituição da subjetividade da criança como também
contribuindo na contínua constituição do adulto como sujeito”.
As autoras Faria e Salles (2007) e Souza (2007), partem da premissa em que
considerar a criança como sujeito é enxergar sua natureza e especificidade,
aspectos que durante séculos não foram considerados nessa relação. As vontades,
os desejos, a capacidade de criar, opinar e decidir das crianças são elementos
novos que vêm compondo a forma como a sociedade distingue a criança hoje.
Atualmente entendemos que a criança, nesta etapa da vida, depende do outro
para sobreviver e aprender, mas esta condição de dependência não deve ser
entendida como fragilidade ou incapacidade, mas como fator estimulante para o
desenvolvimento infantil. Portanto, a criança é sujeito social, que aprende e
desenvolve no processo das interações sociais.
O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, considera suas diferenças
individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; o direito das
crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e
comunicação infantil; o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis,
ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à
comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; a socialização
das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas
práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma.
Desta forma, o campo da Educação Infantil vive um intenso processo de
revisão de concepções sobre educação de crianças em espaços coletivos, e de

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seleção e fortalecimento de práticas pedagógicas mediadoras de aprendizagens e


do desenvolvimento das crianças.
Em linhas gerais podemos afirmar na atualidade a concepção de criança e
infância está constituída de forma ampla sobre a pauta de processos na legislação:
Constituição Federal (Brasil, 1988), Estatuto da Criança e Adolescente (ECA, 1990),
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996), Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1998), Diretrizes Curriculares para a
Educação Infantil (DCNEI,2009), Base Nacional Comum Curricular para a Educação
Infantil ( BNCC- EI, 2018) e o e o Currículo da Cidade – EI (2019) em que a criança
passou a ser considerada e inserida na sociedade como pessoa cidadã de direitos e
que exerce sua cidadania na sociedade a qual está inserida.
As legislações e os documentos educacionais que definem a Educação
Infantil, entre eles, o Currículo Integrador da Infância Paulistana (SÃO PAULO,
2015a), o Currículo da Cidade do Município de São Paulo e os Indicadores de
Qualidade da Educação Infantil Paulistana (SÃO PAULO, 2016a), provocaram o
redimensionamento do papel da escola, dos bebês, das crianças e dos adultos. Eles
indicam a necessária recriação da Educação Infantil e reinvenção de seus
procedimentos pedagógicos, isto é, outra concepção de crianças comprometida com
a vida atual delas em relação aos princípios apresentados.
Para o Cei Ana Paula Andrade, a criança é um ser em formação que
necessita de cuidados diferenciados, de acordo com sua faixa etária para seu pleno
desenvolvimento. A criança possui natureza singular e única, que a caracteriza
como um ser que sente e pensa o mundo de um jeito próprio ao seu estágio de
desenvolvimento. A criança é um ser em desenvolvimento, um cidadão em
construção, inteligente, ativo, curioso, que interage com o meio, com outras
pessoas, consigo mesma, descobrindo, desenvolvendo-se, construindo o saber e
sua identidade pessoal e coletiva. É um ser pensante, que interpreta, que constrói e
se apropria do conhecimento
É através de suas interações com o mundo adulto que a criança revela seu
esforço para compreender o mundo em que vive as relações contraditórias que

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presencia e, por meio de brincadeiras, explicita as condições de vida a que está


submetida, bem como seus anseios e desejos.
Entender as diferenças entre cada faixa etária e os momentos de cada
criança faz parte dos postulados básicos da instituição, que visualiza a fase de
Educação Infantil como o alicerce para a formação do ser integral garantido os
direitos de aprendizagens e desenvolvimento a todos os bebes e crianças de nossa
Unidade Educacional.

7- CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO

‘Uma educação perfeita é para mim simbolizada por uma árvore


plantada perto de águas fertilizantes. Uma pequena semente que contém o germe
da árvore, sua forma e suas propriedades é colocada no solo. A árvore inteira é uma
cadeia ininterrupta de partes orgânicas, cujo plano existia na semente e na raiz. O
homem é como a árvore. Na criança recém-nascida estão ocultas as faculdades que
lhe hão de desdobrar-se durante a vida: os órgãos do seu ser gradualmente se
formam, em uníssono, e constroem a humanidade (Pestalozzi in Gadotti, 1997)”.

Pensando-se em desenvolvimento, entende-se que a aquisição de


conhecimento é uma construção permanente, através da qual a criança interage
consigo mesma, com objetos, com os outros do meio que a cerca, Sendo assim, os
momentos de interação devem ser oportunizados. Esse processo de construção
caracteriza a apropriação do conhecimento, pois a criança entrando em contato com
os objetos, pessoas e com o mundo, constrói o saber.
A criança, mesmo pequena, sabe muitas coisas: toma decisões, escolhe o
que quer fazer, interage com pessoas, expressa o que sabe fazer e mostra, em seus
gestos, em um olhar, uma palavra, como é capaz de compreender o mundo. Entre
as coisas de que a criança gosta está o brincar, que é um dos seus direitos. O
brincar é uma ação livre, que surge a qualquer hora, iniciada e conduzida pela
criança; dá prazer, não exige como condição um produto final; relaxa, envolve,

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ensina regras, linguagens, desenvolve habilidades e introduz a criança no mundo


imaginário.
Todo o período da educação infantil é importante para a introdução das
brincadeiras. Pela diversidade de formas de conceber o brincar, alguns tendem a
focalizá-lo como característico dos processos imitativos da criança, dando maior
destaque apenas ao período posterior aos dois anos de idade. O período anterior é
visto como preparatório para o aparecimento do lúdico. No entanto, temos clareza
de que a opção pelo brincar desde o início da educação infantil é o que garante a
cidadania da criança e ações pedagógicas de maior qualidade.
As interações e brincadeiras compõem nosso currículo através de propostas
de expressão, escuta, acolhimento, participação e atividades de vivências. Para a
criança, o brincar é a atividade principal do dia-a-dia. É importante porque dá a ela o
poder de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros
e o mundo, de repetir ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade
e identidade por meio de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os
movimentos, de solucionar problemas e criar. Ao brincar, a criança experimenta o
poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para
compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da
imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua
importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como
ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver.
  A pouca qualidade da educação infantil pode estar relacionada com a
oposição que alguns estabelecem entre o brincar livre e o dirigido. É preciso
desconstruir essa visão equivocada para pensar na criança inteira, que, em sua
subjetividade, aproveita a liberdade que tem para escolher um brinquedo para
brincar e a mediação do adulto ou de outra criança, para aprender novas
brincadeiras. A criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio
das interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com
objetos e brinquedos, certo formas de uso desses materiais. Observando outras
crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas

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regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras. Assim,
ela vai garantindo a circulação e preservação da cultura lúdica.
A educação infantil é o espaço onde a criança tem acesso a conhecimentos
formados historicamente ao mesmo tempo em que participa como sujeito histórico,
produtor dessa cultura. Por meio da interação da criança com o outro, ela descobre-
se, descobre o outro, descobre o mundo, experimentando, e criando novos
significados para sua intervenção nesse mundo. O processo educativo da criança é
marcado pela internalização de valores, crenças, normas e representações sociais
dominantes que contribuem com o processo de formação corporal, cultural,
psicológica e social, e assim, para a realização e envolvimento dos sujeitos em suas
futuras atividades produtivas e sociais. A Educação Infantil possui duas dimensões:
a de cuidar e a de educar sendo estas consideradas como essenciais e importantes
nas propostas pedagógicas voltadas para essa faixa etária, sendo necessário
ressaltar que o cuidar compreende os cuidados básicos com a alimentação, a
higiene e o vestuário. E além do cuidar é necessário o educar a criança, colocando-a
como indivíduo que possui o direito de se apropriar do conhecimento. Cabe salientar
que todos os espaços do CEI são ambientes pedagógicos, pois entendemos que a
educação também se dá nas situações de cuidados.
O currículo da escola moderna deve proporcionar em igual escala condições
para que todos se desenvolvam como cidadãos em potencial. Para Piaget, a escola
ativa deve fazer com que os infantes se interessem e queiram tudo o que façam, ou
seja, deve mobilizar a criança para a ação e não a manipular. Neste sentido, a
escola deve assumir valores, conforme aborda Miguel Zabalza (2002), que
estimulem a autonomia dos alunos; os oriente para o respeito a si mesmo e aos
demais; para a solidariedade e para o compromisso com os mais frágeis. Além
disso, que os prepare para respeitar a natureza; ser sensíveis ao multiculturalismo e
fazer o que estiver ao seu alcance para trabalhar pela paz e pela igualdade entre os
povos e as pessoas.
Mudando-se as práticas, muda-se também o papel da criança onde a
identidade social é produzida histórica e socialmente, e não apenas no interior da
escola, mas no contexto de processos pedagógicos e formativos mais amplos. Logo,

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desprende-se que o contexto social e cultural é pedagógico e passa-se a


compreender que isso é trabalhar um currículo crítico e auto desenvolvedor.
Ao propor as mudanças necessárias para um novo trabalho em sala de aula,
visando obter das crianças novos comportamentos e novos resultados em direção à
construção de suas competências fazem-se necessário também à formação de
profissionais competentes que atuem concomitantemente com esta nova proposta
de educação.
O educador infantil é o personagem que, além dos pais, é um espelho para a
criança. Assim, ele tem o papel de formar a criança e transformá-la no futuro em um
homem ou uma mulher que faça a diferença na sociedade. Esse profissional é
responsável por propiciar experiências que ajudem a criança a desenvolver suas
capacidades cognitivas (atenção, memória, raciocínio, entre outras). Trata-se de um
processo longo, desenvolvido de forma contínua e dinâmica a partir dos primeiros
anos de vida. Ele é o mediador entre a criança e o conhecimento. Assim sendo, é
extremamente necessário que esse profissional esteja em uma constante busca por
aprender sobre o desenvolvimento de crianças e a forma como elas veem e sentem
o mundo, criando oportunidades para elas manifestarem seus pensamentos,
linguagem, criatividade, reações, imaginação, ideias e relações sociais.
Para que as novas tarefas atinjam resultados esperados, é imprescindível
que os educadores, em sua formação, sejam preparados para construírem suas
próprias competências enquanto educadores, praticando com êxito essa nova
pedagogia em seu trabalho junto às crianças.
O professor, atuante nesta concepção de educação, deverá então ser capaz
de reinventar sua escola enquanto local de trabalho e reinventar a si próprios
enquanto pessoas e membros de uma profissão (THURLER, 2002 apud
PERRENOUD, 1999, p.90).
Com estas asserções, podemos dizer que se faz necessário que o professor
deixe de lado modelos pedagógicos pré-estabelecidos, adaptando-os às reais
necessidades de seus alunos, de forma com estes sejam atingidos e tornem-se
parceiros ativos, criativos e cooperativos na construção de seus conhecimentos.

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Faz- se imprescindível então, a equipe do Cei Ana Paula Andrade que como
profissionais da educação, libertemo-nos de manuais didáticos e deixemos de lado
formas convencionais de “transmissão de conhecimento” e despertemos em nossas
crianças as capacidades de construção e organização dos conhecimentos através
do brincar, aprendendo assim a compartilhá-los, pois, reinventando sua prática, o
professor torna-se reflexivo.
Através do brincar e a partir do sentimento que aflora em cada
brincadeira, a criança faz a leitura do mundo e aprende a lidar com ele, recria,
repensa, imita, desenvolvendo além de aspectos físicos e motores, aspectos
cognitivos, bem como valores sociais, morais, tornando-se cooperativo, sociável e
capaz de e papel do professor nessa perspectiva; é oportunizar escolha, que se
inicia com o brincar. A criança exercita a sua liberdade e assim se torna uma criança
mais observadora e crítica, não aceitando com facilidade que seja comandada.
Nesse processo, a participação de educadores torna-se muito importante para
alcançar os objetivos do currículo, dando seguimento as formações que consolidam
a escuta, o protagonismo e a autoria infantil.
Toda a equipe de funcionários, professores, gestão e apoio trabalham para
proporcionar autonomia e desenvolvimento pleno das crianças. As famílias são
incentivadas a frequentarem nosso espaço, conhecer nosso currículo e sempre que
possível participarem das atividades, pois acreditamos que a participação e apoio da
família é essencial para que a criança cresça confiante e plena.

8- FINALIDADE E OBJETIVOS.

A consolidação do pressuposto no Currículo da Cidade-Educação Infantil está


na recriação da Educação Infantil e reinvenção de seus procedimentos pedagógicos,
calcada no compromisso da materialização das concepções e princípios do
Currículo Integrador da Educação da Infância Paulistana, consolidando a escuta, a
visibilidade aos bebês e crianças, o protagonismo e a autoria infantil.

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O que se pretende não é escolarizar os bebês e crianças, mas ser um espaço de


vivências de infâncias, de interações sociais e culturais, de aprendizagens e
desenvolvimento.
O educar é visto como uma ação de oferta de situações e constituição de
propostas vinculadas às necessidades autênticas dos pequenos, tecendo
configurações entre as culturas da vida e da escola.
Com base nas DCNEI temos como compromisso, exercer uma tripla função na
sociedade, social, política e pedagógica. Isto se dá através do acolhimento, cuidado
e educação das crianças e bebês, da promoção de igualdade de oportunidades
educacionais e da ampliação e diversificação dos repertórios dos bebês e crianças.
Considerando-se a educação ser um processo social, cremos numa educação
para a equidade, a inclusão e a integralidade a qual garante a igualdade de
oportunidades com base numa construção de uma sociedade justa e democrática
como sujeito, cidadão e aprendente assegurada. Porém, se faz necessário que os
sistemas educacionais trabalhem com justiça de forma a referendar a nossa
proposta. Para além disso, a educação inclusiva visa a contribuir para a redução de
discriminações e preconceitos culturais, econômicos, étnico-raciais, de gênero,
linguísticas, religiosas e biopsicossociais. Nossos pressupostos estão contemplados
no decorrer deste documento. Com relação à educação com integralidade,
entendemos um currículo comprometido que integre os bebês e as crianças se
condiciona à compreensão de vida das crianças, de suas condições de existência,
dos territórios que habitam e dos desafios para oferecer uma infância plena na
escola.
O CEI tem a preocupação de ampliar e diversificar os tempos e espaços
curriculares com profissionais da educação dispostos a inventar e construir a escola
de qualidade social, com responsabilidade compartilhada com as demais
autoridades que respondem pela gestão dos órgãos do poder público, na busca de
parcerias possíveis e necessárias, entendendo que educar é responsabilidade da
família, do Estado e da sociedade.
À nossa proposta pedagógica incorporam às necessidades, os direitos, as
características e as potencialidades infantis, levando-se em consideração o ritmo, os

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medos, os sentimentos, as manias, enfim, as capacidades infantis, valorizando as


interações, a brincadeira, a cooperação, o diálogo, o estreitamento de laços com as
famílias, e a participação da criança na construção do saber priorizando assim, a
democratização do acesso, a inclusão, a permanência e o sucesso das crianças na
instituição educacional.
A função sociopolítica e pedagógica do nosso trabalho está caracterizada
pela responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das
crianças com as famílias.
Temos como objetivo garantir à criança o acesso a processos de apropriação,
renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes
linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao
respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras
crianças. Tal garantia se dá pela acessibilidade de espaços, materiais, objetos,
brinquedos e instruções para as crianças com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades; apropriação pelas crianças das contribuições
histórico-culturais dos povos indígenas, afrodescendentes, asiáticos, europeus e de
outros países da América; o reconhecimento, a valorização, o respeito e a interação
das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o
combate ao racismo e à discriminação; a dignidade da criança como pessoa
humana e a proteção contra qualquer forma de violência – física ou simbólica – e
negligência no interior da instituição ou praticadas pela família, prevendo os
encaminhamentos de violações para instâncias competentes.
Partindo das concepções acima apresentadas, este CEI se operacionaliza
numa ação pedagógica, caracterizando seu currículo, que também está em
permanente construção, decorrente dos interesses das características, da
necessidade, da curiosidade e da linguagem cultural das crianças. Desta forma,
pensamos num currículo que acolha a diversidade, que explicite e trabalhe as
diferenças, garantindo a todos o seu lugar e a valorização de suas especificidades,
ao mesmo tempo em que aproveita o contato com essas diferenças para questionar
o seu próprio modo de ser.

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Cabe citar que o currículo se dá a partir das relações entre todos os


envolvidos direta ou indiretamente com este centro de educação infantil e se
concretiza a partir da transformação que promove no sujeito. Ele ganha concretude
quando as ações da unidade educacional são incorporadas, investidas e acreditadas
por todos e transforma as relações de exclusão e de invisibilidade dos sujeitos.
Considerando serem as crianças de zero a 04 anos de idade os destinatários
principais de nossa proposta pedagógica, planejamos um currículo com a prioridade
de favorecer áreas como: a estimulação sensório-motora, a descoberta de si
mesmo, a exploração do meio físico e social e a experiência com as diversas
linguagens.
Para que ocorra a aprendizagem, devem-se proporcionar às crianças
experiências significativas, oferecimento de interação para que elas aprendam umas
com as outras, com os jogos e as brincadeiras, enfim, criar situações ideais de
aprendizagem com atividades agradáveis.
O trabalho com a criança para a promoção do ensino-aprendizagem deve
levar em consideração as relações específicas com os níveis de desenvolvimento
das crianças em cada grupo e faixa etária, respeitando-se e propiciando a amplitude
das mais diversas experiências defendida pelo Referencial Curricular Nacional de
Educação Infantil, Pela Base Nacional Curricular Comum e pelo Currículo da
Cidade.
Entendemos que a função social do CEI é propiciar a compreensão do mundo
em que vivemos a fim de que haja uma interação consciente. Para que isso
aconteça, é necessário socializar o conhecimento cultural acumulado historicamente
pela humanidade, resultante da ação coletiva e transformadora dos homens sobre a
realidade cultural.
Para a construção de aprendizagens significativas pelas crianças, são
necessárias atividades contextualizadas através das quais elas possam estabelecer
relações entre novos conteúdos e os conhecimentos prévios. Esse processo
promoverá o aprimoramento de seu conhecimento, ampliando-os ou diferenciando-
os a partir de novas informações, sofisticando, desta forma, o seu referencial de

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conhecimento, tornando-se capazes de realizar novas aprendizagens significativas


para elas.
Para que ocorra o processo ensino-aprendizagem, devemos considerar os
conhecimentos prévios das crianças, provenientes de suas experiências sociais,
afetivas e cognitivas através de uma observação acurada para a detecção desses
conhecimentos prévios com base no respeito pelo educando, na conquista da
autonomia e no diálogo enquanto princípios metodológicos.
Partindo do estudo da realidade (necessidade do educando) e da organização
de dados através da observação do educador, surgem os projetos didáticos,
extraídos da prática de vida das próprias crianças e a partir daí, a problematização
das discussões para que opiniões e relatos surjam, e, consequentemente, a busca
da superação capaz de transformar o contexto vivido.
Os conteúdos de ensino surgem da dialética entre cada pessoa ou grupo
envolvido na ação pedagógica do CEI. O importante não é transmitir conteúdos
específicos, mas despertar uma nova forma de relação à experiência vivida. A
transmissão de conteúdos fora do contexto social do educando é considerada “
invasão social” porque não emerge do saber popular. Portanto, o conteúdo a ser
trabalhado surgirá após o conhecimento da criança e do contexto social em que está
inserida. Sendo assim, o trabalho a ser desenvolvido por esta unidade tem como
princípio a politicidade do ato educativo.  Este deve ser sempre um ato de recriação,
de ressignificação de significados.
O professor tem então o papel de mediador e de facilitador, com a função de
criar condições, oferecer caminhos para que a apropriação do conhecimento ocorra.
A relação pedagógica necessita ser, acima de tudo, uma relação dialógica, para que
a educação promova a ampliação da visão de mundo, através do diálogo.
Uma vez que estamos lidando com turmas do primeiro ciclo da educação
infantil, compete-nos garantir situações que privilegiem a construção da identidade e
a conquista de uma autonomia progressiva. Tal aprendizado será realizado
mediante intervenções de estímulo ao cuidar de si mesmo e relacionar-se com seus
pares e adultos de forma positiva e saudável. Quanto a esse último, importa realçar
que ele será construído, exercitando e praticando no dia-a-dia um relacionamento

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respeitoso, com o incentivo das professoras que deverão se apresentar como


modelos, ao serem observadas pelas crianças em suas atitudes cotidianas de
interação com o outro. Com a pretensão de fortalecer ainda mais um convívio
harmonioso, haverá situações planejadas de trabalho com os valores (solidariedade,
amizade, amor, respeito etc.) que devem pautar as relações entre os sujeitos.
No nosso espaço educativo, também terão lugar práticas de cultura, dentre
elas as vinculadas à música, ao movimento, ao nosso código escrito, à brincadeira,
às artes plásticas etc.
Uma atenção ao desenvolvimento da oralidade precisa ser insistente e
constante já que os pequenos estão num processo de aquisição da fala e ampliação
de vocabulário. A prática do falar e do escutar está calcada em conversas,
brincadeiras, comunicação e expressão de desejos, necessidades, opiniões, ideias,
preferências e no relato de vivências nas diversas situações de interação. A
elaboração de perguntas e respostas, a participação em situações que envolvam a
necessidade de explicações, o relato de experiências vividas, o reconto de histórias
e o conhecimento e reprodução de jogos verbais e músicas também são práticas do
falar e do escutar reconhecidas pelo grupo. Além de nos centrarmos no incentivo à
comunicação por meio de palavras, investiremos também na aprendizagem de
hábitos de cuidado com o próprio corpo, abrangendo principalmente a higiene
pessoal e a alimentação.
Diante da constatação da importância da linguagem corporal para a atuação
da infância nesse mundo e na expressão de suas particularidades, projetaremos
diversificadas experiências motoras com vistas ao aperfeiçoamento das capacidades
de deslocamento do corpo, das habilidades manipulativas e da comunicação dos
mais variados desejos e estados de ânimo através de gestos e imitações.  
A brincadeira terá um espaço considerável e significativo no cotidiano de
nossa unidade em razão de entendê-la como uma linguagem muito especial para a
criança que propicia trocas ricas e múltiplas aprendizagens. O ato de brincar
caracterizado por elementos fantasiosos e recriação de fatos da realidade conduz os
pequenos a apresentarem um comportamento superior, em termos evolutivos, ao
seu modo de ser real, em outras palavras, na brincadeira, eles agem como se

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fossem mais velhos e providos de um entendimento mais amplo de mundo. Não


menos relevante é a consideração de que brincando a criança está exercitando
competências orais, corporais, de relacionamento, de domínio do mundo natural e
social etc.
A aproximação ao código escrito será assegurada pelas práticas de leitura
incluindo a participação em situações em que as crianças e as professoras leem
textos de diferentes gêneros, como contos, poemas, notícias de jornal, informativos,
ainda que as primeiras não o façam de maneira convencional e no reconhecimento
do próprio nome dentro do conjunto de nomes do grupo. Observar e manusear
materiais impressos contribui para a valorização da leitura como hábito prazeroso e
de entretenimento.
Objetivando valorizar as relações família, escola e comunidade o Dia da
Família na Escola ocorrerá em dois dias (conforme calendário de atividades) e
promoverá momentos de reflexão, descontração, informação, discussão de assuntos
de interesse social, educacional e familiar.
A nossa proposta pedagógica respeita os seguintes fundamentos
norteadores:
 Princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e
Princípios do respeito ao bem comum;
 Princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania e do respeito à
ordem democrática;
  Princípios estéticos da sensibilidade da criatividade, da ludicidade e da
diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Portanto, este CEI oferece às crianças oportunidades para que elas
desenvolvam a autonomia, a responsabilidade, a solidariedade, o respeito ao bem
comum, conscientizando-as que são detentoras de direitos e deveres, sujeitas às
leis e regras que organizam a vida em sociedade.
Educar para o desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 abrange a
dimensão ambiental, social e econômica garantindo a uma melhor qualidade de vida
para todos, agora e no futuro.

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O trabalho com o tema Meio Ambiente se faz necessário visando contribuir


para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na
realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem estar
de cada um e da sociedade, local e do planeta.
Para isso é preciso que o CEI se proponha a trabalhar com atitudes, com
formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e
procedimentos. Comportamentos “ambientalmente corretos” serão apropriados na
prática do dia a dia no CEI: gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e
dos diversos ambientes.
Acreditamos que a consciência ambiental e a conservação da natureza
devem ser exercitadas não só pela sociedade, pelos outros, mas sim, e
principalmente, por cada um de nós em nosso cotidiano.
Este ano, ainda estamos voltados ao estudo da pandemia do coronavírus que
tem assolado nosso país, trabalhos relacionados à higiene e prevenção consta em
nosso currículo, assim como ações junto às crianças, famílias e colaboradores do
Cei que contribuem para evitar a disseminação do vírus.

9- Plano de gestão e organização para atendimento a comunidade


educacional e efetivação da gestão democrática

Em um movimento democrático, participativo, comunicativo e de escuta


baseados nos conceitos fundamentais de uma educação pela equidade, o trabalho
realizado no espaço tem como estudo bibliográfico as Leis de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBN), as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
Infantil (DCNEI), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Currículo da Cidade-
EI e os Indicadores de Qualidade na Educação Infantil Paulistana (INDIQUE- EI), em
consonância com outros estudos bibliográficos. Dentro desses o plano de gestão do
Cei Ana Paula Andrade se compromete a:
• Oferecer a todos os alunos atendimento em período integral, possibilitando o
desenvolvimento das potencialidades e capacidades da criança por meio de um

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elenco diversificado de atividades lúdicas, criativas e construtivas nos âmbitos


coletivos e individuais.
• Oferecer as refeições diariamente, proporcionando cardápio nutricional
equilibrado e variado, contribuindo para uma educação alimentar, de acordo com a
publicação oficial.
• Oferecer atendimento às famílias, que requererem a participação na
Unidade promovendo a interação e acolhimento eliminando as dúvidas que
surgirem.
• Oferecer palestras e oficinas as famílias para orientações pertinentes ao
cuidado com a criança ou a seu próprio.
• Realizar das Reuniões Pedagógicas durante o ano letivo conforme
calendário, proporcionando a formação continuada de todos os profissionais da
Unidade.
• Realizar as Reuniões de Pais durante o ano letivo, conforme calendário,
envolvendo as famílias no processo educativo, buscando momentos de convivência
produtiva.

10 - Organização da Unidade Educacional: Espaços/Ambientes, Materiais,


Tempos e Interações.

A organização dos ambientes, os usos dos tempos, a seleção e oferta de


materiais articulados às experiências de aprendizagens propostas aos bebês e
crianças refletem concepções de educação e cuidado presentes no cotidiano das
Unidades Educacionais. Os ambientes traduzem a compreensão que se tem da
infância, do papel da educação e do educador revelada nas experiências e nas
relações que se dão num ambiente de liberdade e de respeito às potencialidades
infantis. Considerando o brincar e as interações como eixos norteadores do
Currículo da Educação Infantil, conforme preveem as Diretrizes Curriculares
Nacional da Educação Infantil, espaços e ambientes, como importantes elementos
curriculares, devem ser organizados de modo a apoiar diferentes tipos de

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brincadeiras e experiências apreciadas pelos bebês e crianças. (Indicadores na


Qualidade da Educação Infantil Paulistana, dimensão 5, pág.48)
De forma que educação pode ser entendida como um processo social é dever
do estado ofertar a bebês e crianças educação pública, laica e de qualidade.
Procurando reduzir as desigualdades de oportunidades e acesso que
impedem direitos fundamentais, a equidade é uma estratégia fundamental e
indispensável para atingir a igualdade a partir do reconhecimento da diversidade.
Pensando nessa prática educativa onde se faz necessário contemplar os
direitos de bebês e crianças com suas especificidades a unidade realizou algumas
adequações e manutenções sob orientação da supervisão escolar que veio a
garantir um atendimento de qualidade tornando o ambiente mais educativo e
acolhedor a todos.
Nosso espaço físico vem sendo organizado de forma a garantir diferentes
espaços educativos para nossos bebês e crianças ao:
 Organizar a ocupação dos espaços internos e externos da
unidade para garantir aos bebês e crianças movimentos, brincadeiras e
deslocamentos que permitem a exploração dos ambientes.
 Organizar os ambientes com materiais que favoreçam o trabalho
com as múltiplas linguagens como tecidos, papelão, madeira, fios, elementos da
natureza, tintas, pincéis, barro, argila, massinha, espelhos, fantasias e
instrumentos sonoros, etc.
 Permitir e incentivar que a decoração, os materiais e os
brinquedos presentes nos ambientes respeitem e representem a diversidade
humana e cultural, a autoria e expressão dos bebês e das crianças.
 Planejar e organizar os momentos de transição das atividades,
respeitando o tempo da criança e evitando longos períodos de espera,
respeitando também seus ritmos biológicos como sono, alimentação, banheiro e
higiene.
 Organizando as refeições como práticas educativas como
citadas na Orientação Normativa de Educação Alimentar e Nutricional para
Educação Infantil de 18/04/2020, que garante interações entre os bebes e as

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crianças e sua autonomia na escolha dos utensílios e dos alimentos de sua


preferência.
 Planejar para que os bebes e crianças usem com regularidade
os espaços coletivos do Cei de forma intencional e criativa.

Espaços e Ambientes do Cei Ana Paula Andrade

Espaço reservado para receber pais e crianças. A recepção conta com


um porta livros infantil, com livros de qualidade literária, que são
Recepção utilizados enquanto há a espera do atendimento. Também possui um
painel na parede onde são colocados bilhetes e fotos com depoimento
das famílias.

A sala da direção está em construção para se tornar um espaço


acolhedor para receber famílias e funcionários. Na sala da direção
Sala da Direção
encontra-se livros pedagógicos que auxiliam no enriquecimento
pedagógico. As cadeiras são confortáveis e a decoração é realizada para
criar um ambiente acolhedor.

A Sala da coordenação é um ambiente pratico e acolhedor. Nesse


ambiente, a equipe docente encontra livros infantis para serem usados
com as crianças e pedagógicos para enriquecimento literário próprio,
Sala da Coordenação
além da disponibilidade do computador para pesquisas realizadas pela
internet. Encontram-se também registros para consulta que podem ser
usados como inspiração para elaboração de atividades e planejamentos

A Sala de matérias conta com uma grande variedade de materiais


pedagógicos como artigos de papelaria e escritório, brinquedos, materiais
heurísticos, tecidos e outros artigos que auxiliem os profissionais,
Sala de Materiais crianças e bebes a desenvolverem seu potencial pedagógico. Também
conta com uma gama de materiais de limpeza e higiene que auxilia na
manutenção do espaço para que ele esteja sempre limpo e adequado
para utilização das crianças, famílias e funcionários.

Sala de Vivências

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CNPJ n° 08.899.246/0001-59 – Tel.: (11) 5921 5889
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As salas de atividades são especialmente preparadas e adequadas para


receber bebes e crianças. Essas salas possuem armários adequados que
são utilizados para guardar matériais pedagógicos, higiene e de uso
pessoal das crianças como copos e jarras de água que são
disponibilizados à vontade no decorrer do dia. Nesse ambiente também
contamos com um espaço de leitura preparado pelos educadores, onde
livros de qualidade estão disponíveis diariamente às crianças. As salas
são decoradas com os trabalhos realizados pelos pequenos. Dentro da
sala o professor tem papel fundamental em relação ao brincar, não
somente valorizando as brincadeiras mas tendo olhar atento e motivador,
sendo sua principal função usar a escuta para melhorar a qualidade do
que é ofertado aos bebes e crianças.
Também encontramos nas salas colchões, cobertores e lençóis que são
individuais de casa criança e higienizados com frequência, garantindo um
sono tranquilo e renovador. Na sala do BI encontra-se bebes confortos e
itens que auxiliam no cuidado e conforto dos bebes. Também há ganchos
adequados para as mochilas das crianças buscando conforto e
organização das salas. Todas as salas possuem vidros transparentes,
permitindo a visualização do que acontece no ambiente mesmo estando
do lado de fora. Para as salas de vivência estamos preparando
instalações de espelhos que auxiliarão ainda mais as crianças nesta fase
de descobertas de si próprio.

O refeitório superior destina-se aos bebes do Berçário I e II e foi equipado


e preparado adequadamente para a faixa etária das crianças que lá
frequentam. Possui mesas com encosto para os bebês maiores e
cadeirão para os menores que são auxiliados pelos professores,
Refeitório Superior professores volantes e auxiliar de cozinha nos momentos das refeições.
O refeitório superior também possui uma pequena pia para auxiliar na
higienização dos bebes. Fora dos momentos das refeições esse espaço
pode ser utilizado para vivências diárias, dando à criança outras
oportunidades de exploração e descobertas de espaços.

Refeitório Inferior
Assim como no refeitório superior, o refeitório inferior está equipado
adequadamente para a faixa etária lá atendida ( MGI e MGII) , as mesas
estão na altura adequada e as crianças tem a opção de sentar em
bancos ou cadeiras. Há bancos encostados na parede, identificado por

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sala onde a criança pode deixar seu material pessoal de higiene


enquanto está se alimentando. No refeitório há um passa-prato onde a
criança é incentivada a buscar seu própria alimento e baldes onde o
descarte do mesmo é feito, auxiliando a criança no desenvolvimento da
autonomia. No horário das refeições as crianças são assistidas e
auxiliadas pelos professores de sala, professores volantes e funcionários
da cozinha, que os incentiva a experimentar novos alimentos e que estão
sempre atentos às necessidades das crianças. Fora dos momentos das
refeições esse espaço pode ser utilizado para vivências diárias, dando à
criança outras oportunidades de exploração e descobertas de espaços.

O Cei Ana Paula Andrade está equipados com 03 fraldários e 01


Trocador. Os fraldários são que a higiene dos bebes ocorram de forma
adequada e segura. Dentro desse espaço também temos o trocador junto
à ducha com colchão de fácil higienização que são limpos e higienizados
Fraldários
a cada uso. Os professores são incentivados tornarem o momento da
troca em um momento de carinho e afeto. Conversas são incentivadas
entre bebes e professoras, fazendo com que a troca seja agradável ao
bebe.

Tanto o lactário, quanto a cozinha são equipados adequadamente e


estão de acordo com as normas vigentes para o funcionamento do Cei. O
ambiente é organizado e as crianças sempre estão passando por lá para
conversar com a equipe de cozinha. A equipe de cozinha é incentivada a
manter um bom relacionamento com os bebes e crianças, facilitando
assim a inserção de novos alimentos nas refeições. Há também uma
Lactário e Cozinha
grande preocupação com a higiene do espaço, portanto, os funcionários
da cozinha seguem o POP ( Procedimentos Operacionais Padrão)
publicados pela Coordenadoria de Defesa Civil  do Município de São
Paulo. As novas famílias que chegam ao Cei são incentivados a conhecer
a cozinha/lactário e os processos que nela ocorre, ajudando as famílias a
sentirem-se mais seguras quanto à alimentação dos bebes e crianças.

Solário
Espaço preparado para os bebes, com piso de fácil higienização e
acessível de forma que a atividade se constitua, não sendo necessário

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impor o que fazer, mas oferecendo possibilidade de escolha às crianças.


No solário encontramos brinquedos para auxiliar no estímulo e
desenvolvimento dos bebes, além dos brinquedos os professores trazem
materiais como cestos de tesouros, tintas, materiais não-estruturados e
água onde os bebes podem brincar e descobrir o mundo ao redor com
segurança

Assim como o solário e outros espaços utilizados no Cei, o espaço está


preparado para receber as crianças maiores (MGI e MGII), o que não
impede que as crianças menores frequentem o parque e vice-versa. No
parque há brinquedos que auxiliam no desenvolvimento motor das
crianças, incentivam a coletividade e a boa convivência em grupo.
Atividades livres e dirigidas ocorrem durante todo o dia no espaço. Em
Parque
dias quentes um banho de mangueira é bem vindo lá. O espaço está
sendo preparado para que se torna mais aconchegante e divertido, além
de dar a oportunidade de maior exploração das crianças. Está previsto
uma troca de piso para um piso amortizante, a construção de um jardim
onde os pequenos poderão ter mais contato com a natureza e a
construção de um espaço com materiais não estruturados que incentivará
mais a autonomia e investigação de descobertas nas crianças.

O banheiro infantil está equipado com equipamentos adequados à idade


dos bebes e crianças. No espaço superior os banheiros infantis estão
alocados dentro dos fraldários, dando mais autonomia aos bebes e
auxiliando o trabalho realizado pelos educadores. No andar inferior temos
um banheiro coletivo onde as crianças maiores podem além de usá-los
Banheiro Infantil para suas necessidades básicas, tomar banho quando necessário, pois
possui chuveiro elétrico para facilitar a higienização. Os porta papéis,
torneiras, sabão liquido estão sempre disponíveis e de fácil acesso as
crianças. Os professores estão sempre orientando as crianças maiores
quanto as formas corretas de higienização.

Banheiro Adulto
O espaço conta com banheiros, sendo dois banheiros no andar superior
(um deles adequado a portadores de deficiências físicas) e outros 2 no
andar inferior. Os banheiros possuem material adequando para

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higienização, além de espelhos e está sendo preparado para que se


torne um lugar mais agradável com flores e aromatizantes

O espaço é adequado para as necessidades do Cei, possui máquina de


lavar que são usadas para lavagem dos lençóis e cobertores dos bebes e
crianças, além de outros itens necessários para o funcionamento do Cei.
Nesse espaço também possui produtos de limpeza em higiene que é
Lavanderia e Área de Serviço
utilizado no prédio. O espaço está sempre limpo e organizado, possui
portão se segurança que impede a entrada de bebes e crianças, sendo
seguro para guardar todos os equipamentos destinados à limpeza do
espaço.

ROTI NA
Segundo Oliveira (2002) a rotina diária é para as crianças o que as paredes
são para uma casa, dando limites, fronteiras e dimensão à vida. A rotina dá uma
sensação de segurança. A rotina estabelecida dá um sentido de ordem do qual
nasce a liberdade.Dessa forma se estabelece a diferença que há entre rotina e
hábito. A rotina, que pode desaparecer, é um costume pessoal estabelecida por
conveniência e que não permite modificação, isto é, é inflexível; por exemplo,
guardar a mochila e o material no lugar adequado ao chegar à classe.
O hábito, no entanto, é um mecanismo estável que cria habilidades e que
ademais podem se usar para diferentes situações. Tanto as rotinas como os
hábitos oferecem um componente importantíssimo de constância e regularidade e,
por isso, são fundamentais tanto para a vida familiar como a escolar.
A elaboração desta rotina resultou da participação e do conhecimento de
todos os servidores envolvidos direta ou indiretamente nas diferentes atividades e
em consonância com as famílias usuárias. Desta forma, a rotina é compreendida,
valorizada e assumida por todos os envolvidos.
Cabe citar que a rotina possibilita e favorece a participação ativa das crianças,
assim como contribui para sua independência e autonomia mediante as situações de
cuidados pessoais com o acompanhamento e orientação do adulto, sendo assim,

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oferecidos às crianças oportunidades de escolha de opção e decisão sobre as


diversas atividades do CEI.

Acolhida às famílias e aos bebês e crianças. São recebidas com cantos temáticos,
canções e cabanas. Com espaços organizados a fim de propor experiências e
preferências sempre com segurança para os bebês e crianças para que possam
adquirir autonomia.
Entrada

Os bebês são direcionados para o lactário para receber sua primeira refeição. As
crianças vão para o refeitório aprendendo modo de ser, a gostar das coisas,
Café da manhã
percebem os outros e a si mesmas, aprendendo modos de se relacionar com o
ambiente e com os outros.

O momento de troca dos bebês é muito importante para que eles criem vínculo com
Higiene dos bebês e seus educadores e sintam se protegidas. Para as crianças maiores desenvolvem
das crianças
autonomia, aspectos emocionais, cognitivos.

Onde as potencialidades de bebês e crianças se expressam através da brincadeira, o


parque e o solário ée um local onde todos podem brincar, cada um com suas
Parque e solário
potencialidades e potencialidades, pois não há um produto único ou correto na
brincadeira. Bebês e crianças interagem de forma significativa.

Suco/Hidratação Momento em que bebês e crianças descobrem novos sabores, cheiros, cores,
texturas e tem possibilidades de escolhas e seletividade.

O professor tem papel fundamental em relação ao brincar, pois não somente


Vivências
valorizam as brincadeiras, é necessário ter o olhar atento buscando motivar a brincar,
planejando e organizando de modo que sejam convidativas atendendo as
necessidades de bebês e crianças.

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O momento de refeição faz com que bebês e crianças dividem o mesmo espaço
Almoço e Refeição estabelecendo parcerias. As vezes e modo não tanto tranquilo aparecendo conflitos, e
da Tarde
a disputa por um lugar específico a mesa ou certo objetos. O processo de negociação
que reforça o aprendizado

O momento do sono é importante para solidificar os seus aprendizados, também é


fundamental e essencial como regeneração de células e ativação do hormônio do
crescimento devem operar nessas condições.
Descaso
Os bebês e crianças não tem como obrigação dormir nesse momento podendo assim
fazer algo prazeroso como ler um livro, ficar sentado observando os colegas ou até
mesmo realizando uma atividade de sua preferência.

Com intuito de evitar longos tempos de espera em que bebês e crianças ficam sem ter
o que explorar pois o tempo não pode ser fragmentado, promovemos atividades
Saída
autônomas. Com espaços organizados tanto na altura quanto de fácil acesso dos
bebês e crianças

Observação: Embora o Cei tenha uma forma de organização própria, desde


o ano passado temos seguido os protocolos de limpeza e higiene da prefeitura de
São Paulo e a partir do dia 15/03/2021 o CEI segue o plano de retorno de volta às
aulas da prefeitura de São Paulo, garantido a higiene e o distanciamento físico para
evitar a disseminação do vírus. Os professores também fazem uso do protocolo
usando máscaras e face shield para garantir sua segurança e dos demais em seu
entorno.

11– Articulação da gestão da Unidade Educacional com os órgãos auxiliares.

A gestão democrática do CEI Ana Paula Andrade, é baseada na participação


ampla e efetiva da comunidade escolar, está voltada para o exercício responsável
da autonomia buscando, com o benefício do pluralismo de ideias e concepções
pedagógicas, obter sempre uma melhora na qualidade de ensino.

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A gestão não se resume na ideia de gerenciamento de condições pessoais,


materiais ou legais pois, a educação democrática é pensada numa educação feita
para e com todos, promovendo a igualdade de condições, observando as
diversidades culturais, étnicas, sociais, políticas e econômicas. A clareza de que a
criança é o centro, caracteriza a gestão da unidade que está sempre em articulação
com o trabalho pedagógico desenvolvido junto aos bebês e crianças. É importante
lembrar que a tríade gestora (direção, coordenação pedagógica e supervisão) deve
estar integrada e interagida.
A gestão administrativa desta unidade está norteada na postura democrática
viabilizando a participação da comunidade escolar e familiar, entendendo que todos
têm direitos e obrigações democráticas.
Também temos como princípios o compromisso com o público atendido de
modo a atender a demanda de vagas, estreitar relações com as famílias e suporte
administrativo/pedagógico com a unidade educacional. Para isso, o uso da
transparência é fundamental, bem como a eficiência e a eficácia em ações gerais.
Partindo desta premissa, a direção do CEI tem como compromisso viabilizar a
expressão das pessoas, a escuta ativa, a investigação para o entendimento, a ação
e o esclarecimento da comunicação.
A gestão democrática do CEI é expressa no projeto político pedagógico,
compreendendo:
I – Participação de todos os profissionais do CEI na elaboração da Proposta
Pedagógica;
II – Participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar (equipe de
direção, professores, pais, funcionários);
III – Autonomia na gestão pedagógica, administrativa e financeira respeitando
as diretrizes e normas vigentes;
IV – Transparência nos procedimentos pedagógicos, administrativos e
financeiros, se garantido a responsabilidade e o zelo comum na manutenção e
otimização do uso, aplicação e distribuição adequada dos recursos públicos;
V – Valorização do CEI como espaço privilegiado na Educação Infantil.

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12- Estratégias de atendimento aos educandos com deficiências

O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os


cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de
qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da
escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das
diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que
fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de
aprender e de construir. Segundo as políticas educacionais, descreve-se uma escola
que se prepara para enfrentar o desafio de oferecer uma educação inclusiva e de
qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa sala de
aula apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que
os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos
de aprendizagem, o desafio e as expectativas da escola hoje é trabalhar com essas
diversidades na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino-
aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter excludente, de modo que
sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
Este novo olhar da escola implica na busca de alternativas que garantam o
acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu interior. Assim,
o que se deseja é a construção de uma sociedade inclusiva compromissada com as
minorias, cujo grupo inclui os portadores de necessidades educacionais especiais. O
espaço escolar, hoje, tem de ser visto como espaço de todos e para todos. Sendo
assim buscamos garantir as seguintes estratégias:

12.1 - Preparação dos professores


Se educar uma criança que apresenta um desenvolvimento dentro do padrão
já apresenta alguns desafios, a inclusão dos pequenos com alguma deficiência pode
ser um problema para a escola que não se prepara para a situação.
Por esse motivo, cabe ao gestor da escola cobrar o aperfeiçoamento
profissional de seus professores e oferecer cursos de capacitação com esse foco.
Eles precisam aprender práticas pedagógicas diferenciadas para que possam

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atender as especificidades de cada aluno especial. O professor precisa


compreender as características de cada deficiência, para que saiba identificá-las e
criar um programa adequado de aprendizagem.

12.2- Foco nas potencialidades do aluno


A gestão escolar precisa estar preparada para direcionar a atenção aos
potenciais de aprendizado da criança especial. Por esse motivo, é importante
promover encontros entre os professores para que eles possam trocar experiências
e ampliar o conhecimento sobre o assunto. O educador deve compreender que a
inclusão escolar se baseia em entender as dificuldades do educando e ajustar as
atividades para que ele possa apresentar o melhor desempenho possível em sala de
aula. Também faz parte desse processo a aproximação da escola com os pais. É
por meio dessa relação que todos poderão identificar as formas de aprendizagem
que funcionam melhor para a criança e como a convivência em grupo pode
beneficiar o desenvolvimento do aluno. Muitas vezes, é necessário adequar o
planejamento a cada mês, de acordo com o desenvolvimento apresentado pela
criança.

12.3 - Espaços adequados


A escola de educação infantil precisa estar preparada em todos os aspectos
para receber o aluno especial. Sendo assim, o gestor deve ficar atento à
regulamentação sobre acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Mas
essa compreensão vai além. As salas de aula devem estar preparadas para receber
os alunos especiais, bem como o gestor precisa criar espaços diferenciados para
que o educador possa realizar aulas complementares com as crianças. A educação
é um direito de todos e a escola tem o dever de estar preparada para receber bem
as crianças e promover a inclusão.

12.4 - Parceria entre pais e educadores


Quando a criança apresenta necessidades especiais, a comunicação eficaz
entre a escola e os pais se torna ainda mais importante. Os professores podem

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compartilhar as experiências em sala de aula e orientar a família sobre as atividades


que podem ser desenvolvidas em casa para ampliar o aprendizado dos pequenos.
Os pais, por sua vez, podem identificar alguns exercícios que apresentam mais
resultados com os seus filhos e repassar esse conhecimento para os educadores.
Desse modo, a parceria contribuirá para o desenvolvimento das habilidades da
criança e sua inclusão na sociedade.
A educação inclusiva é uma oportunidade da escola, em conjunto com a
comunidade, de contribuir para que os pequenos se tornem cidadãos solidários e
conscientes sobre o valor das diferenças. A inclusão escolar é uma oportunidade de
fazer diferente e propiciar que crianças e professores compreendem a importância
da integração.

13 - PARCERIA DA UNIDADE EDUCACIONAL COM AS FAMÍLIAS

O conceito de família mudou com o tempo. São consideradas famílias os


grupos formados não só pelo casamento civil ou religioso, mas também pela união
estável ou por comunidade dirigida somente por um homem ou por uma mulher.
 Partindo-se do pressuposto que a família deve ter acesso e participação na
organização e funcionamento da unidade, propõe-se a conscientização da família de
seus direitos, deveres e responsabilidades para com a criança em casa e em
relação ao CEI.
 Tal conscientização está relacionada ao desenvolvimento de um trabalho de
esclarecimento quanto à concepção de criança em todos os seus aspectos, à
relação pais e filhos (entraves e viabilidades), aos cuidados e zelos para com a
criança oportunizando seu pleno desenvolvimento.
Esta proposta poderá ser atingida através de reuniões de pais, cartazes
informativos, contato diário, solicitação do maior envolvimento e participação da
família em eventos em geral do CEI, projetos pedagógicos e boletins informativos.
O CEI deve servir de apoio real e efetivo à família, respondendo às suas
necessidades.

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A comunicação da unidade com a família e vice-versa deverá ocorrer de


forma planejada e periódica, ou quando emergencial, a qual já faz parte do cotidiano
deste CEI.
O acolhimento dos pais com suas dúvidas e necessidade e o oferecimento do
apoio, confiança e tranquilidade também fazem parte da proposta.
Desta forma, o envolvimento da família está sujeita às múltiplas possibilidades
de participação de modo a atender necessidades e interesses mais variados.
A relação do CEI com as famílias merece ser contemplada no referido projeto,
já que a unidade complementa a ação da família, onde lhe é atribuído o direito à
participação e contribuição no cotidiano do CEI. Compete a este e é de direito da
família fornecer informações da rotina, das intercorrências, das atividades realizadas
para que a família conheça o trabalho desenvolvido pela instituição, facilitando o
conhecimento de todos os funcionários, aprimorando a cada contato, a sua relação
com o CEI, estabelecendo assim, vínculos de confiança e respeito mútuo.
Portanto, a relação do CEI com as famílias deverá ter um teor cada vez mais
participativo e democrático.
Esta unidade deverá procurar sempre que possível atender a demanda de
forma a contribuir e facilitar a condição de vida da comunidade para que esta possa
ter uma vida mais digna e a conquista da cidadania.
Tal oferta está norteada na concepção de oferecer à comunidade a
oportunidade de conquista de direitos e não de receber a assistência do CEI como
favor, mas facilitar à comunidade o acesso ao serviço de Educação Infantil o que lhe
é de direito, cabendo à família a cobrança de resultados e de uma educação de
qualidade.
A função social do Cei Ana Paula Andrade está pautada numa maior abertura
de espaços na participação da família através da revisão das funções da unidade
em relação ao trabalho com os pais.
Portanto, nossa proposta para esse ano 2021 será criar vínculos cada vez
maiores com a comunidade trazendo-os para o CEI. Desenvolvendo um projeto com
pais para que juntos possamos abordar diversos aspectos pontuados no INDIQUE.

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De acordo com a nova proposta decorrente deste ano, tivemos que readequar
nossa proposta pedagógica, se fazendo alcançar professores, equipe,
familiares/responsáveis, bebês e crianças, de forma que todos fossem
beneficamente inclusos.
Iniciamos o ano já com a realização de atividades adaptadas para as redes
sociais. Já tínhamos uma página criada anteriormente na rede para que as famílias
pudessem acompanhar o dia a dia das suas crianças no espaço. Essa página
ajudou-nos desde o ano anterior a manter contato com as famílias. Além das
páginas na rede social mantemos contato com as famílias via aplicativo de voz como
o Whatsapp, o que auxilia na resposta rápida a dúvidas e observações das famílias
principalmente ao Classroom que foi nosso maior desafio no ano anterior, mas que,
neste começo de ano, tem fluido de forma mais amena.
As famílias são orientadas a manusear a plataforma e participam enviando
muitas fotos, relatos, sugestões e perguntas a respeito das atividades.

14 - PROPOSTA CURRICULAR

Diante das mudanças ocorridas na Educação Infantil durante os últimos anos


e diante do conceito de criança, do processo de desenvolvimento e aprendizagem,
das tendências pedagógicas e da função social de uma instituição educacional,
compreendemos que a escola é um lugar privilegiado para que as crianças tenham
acesso a oportunidades de compartilhar saberes, de reorganizar e recriar suas
experiências, de favorecer vivências provocativas, inovar e criar a cultura de ter
contato e incorporar os bens culturais produzidos pela humanidade. Nesse sentido,
acreditamos ser nossa missão: criar, planejar, orientar, produzir e organizar um
espaço saudável e situações educativas, baseadas nas interações sociais e na
escuta sensível e amorosa das crianças e de suas famílias. Tal missão visa propiciar
às crianças condições básicas para que elas possam ser o que são e que se
desenvolvam de acordo com suas possibilidades, respeitando cada sujeito em suas
etapas de desenvolvimento, sua história, cultura e contexto social.

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O CEI Ana Paula Andrade, entende ainda que sua missão está fundamentada
nos seguintes valores, essenciais à práxis docente: respeito às diversidades
socioculturais e às fases do desenvolvimento infantil, as quais, no nosso ponto de
vista jamais poderão ser padronizadas.
Nosso trabalho pedagógico é pautado nesses valores para que todas as
crianças possam desenvolver um vínculo positivo com o conhecimento e o gosto
pela descoberta. Atuamos para que as vivências, os jogos e as brincadeiras
desenvolvam a habilidade de descobrir em cada informação, um significado no
contexto da educação infantil que depende da garantia de uma educação em que o
cuidar, educar, brincar e o interagir sejam princípios orientadores da nossa prática
pedagógica.
Dessa forma o CEI visa proporcionar às crianças a experiência do cuidado e
do respeito consigo e com o outro, assegurar o direito e dar oportunidade para
brincarem livremente e de forma dirigida, sempre com uma intencionalidade que as
leve a interagir, compartilhar, criar, explorar espaços, respeitando-se mutuamente,
garantindo um ritmo saudável de contração e expansão que seja flexível ao tempo e
às necessidades individuais de cada criança.
Desta forma, afirmamos o compromisso ético, estético e político em atuar a
partir do constante estudo e reflexão, para que as crianças dessa instituição
possam, de acordo com a BNCC (BRASIL, 2017):
 Conviver democraticamente com outras crianças e adultos,
relacionando-se e partilhando distintas situações de modo a utilizar diferentes
linguagens, ampliar o conhecimento de si e do outro, bem como o respeito em
relação à natureza, à cultura e às diferenças entre as pessoas;
 Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e
tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando
seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, imaginação, criatividade,
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e
relacionais;
 Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do
planejamento da gestão da instituição que oferta Educação Infantil quanto das

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atividades da vida cotidiana: escolha das brincadeiras, materiais e ambientes, por


meio do desenvolvimento das diferentes linguagens, elaboração de conhecimentos e
do desenvolvimento próprio;
 Explorar movimentos, gestos, sons, palavras, emoções,
transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na
instituição de educação infantil e fora dela, ampliando seus saberes, linguagens e
conhecimentos;
 Expressar por meio de diferentes linguagens, como sujeito dialógico,
criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses,
descobertas, opiniões, questionamentos, registros de conhecimentos elaborados a
partir de diferentes experiências que envolvam a produção de linguagens e a fruição
das artes nas suas diversas manifestações.
O construtivismo Piagetiano baseia-se na teoria de que o sujeito é o
construtor de seu próprio desenvolvimento e conhecimento, interagindo com o
mundo dos objetos, das ideias e das pessoas. “A lógica da criança em especial não
advém da experiência dos objetos, mas sim das ações exercidas sobre os objetos.”
(PIAGET, 1976, pg 37). A atividade da criança torna-se, assim, fundamental na
construção do conhecimento e da sua própria inteligência; a criança “entrega-se a
uma experiência física e abstrai a sua descoberta dos próprios objetos...” (PIAGET,
1977, pg 43).
O CEI Ana Paula Andrade baseado na proposta do Currículo da Cidade do
Município de São Paulo, no Currículo Integrador da Infância Paulistana e das
Diretrizes Curriculares e em atitudes pedagógicas adequadas ao desenvolvimento
infantil, que envolve a expressão, linguagem, psicomotricidade, conhecimento lógico
matemático e a integração social visa desta forma que a criança poderá
experimentar o mundo de forma direta, concreta, espontânea e lúcida.
Podemos concluir que oferecer uma educação infantil de qualidade é um
grande compromisso, uma vez que a oportunidade de aprendizagem oferecida às
crianças desta faixa etária lhes favorecem um futuro mais digno e sua inserção
social. Temos acima de tudo o compromisso com a criança, com a sua cidadania e
sua cultura.

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No contexto do planejamento contínuo, é importante que o professor escolha


um instrumento para registrar esse planejamento.
Na unidade do CEI Ana Paula Andrade, no ano de 2020 iniciamos com o
diário de bordo como instrumento de registro, pois permite que o professor
materialize o movimento de progettazione seu e de sua turma, nesse processo vão
aparecendo pistas de desdobramento didático e pedagógico do que pode/ deve ser
realizado junto aos bebês e crianças. O processo investigativo pode ser mais
adequadamente vivenciado se for dialógico.
O diário de bordo, quando bem estruturado e produzido, é um raio-x, uma fotografia
da turma e também de cada criança.
Levando em consideração um dos principais motivos do diário de bordo seria
a explicitação do saber-fazer docente. Além disso, os registros contidos neles
auxiliam a escrita dos relatórios individuais de bebês e crianças, uma vez que a
preocupação de trazer as falas e as observações infantis diariamente, fornecendo
materiais contextualizados e significativos para os professores compor esses
relatórios.
Reconhecemos que as crianças e os bebês aprendem em todas as situações
e momentos da rotina, mas queremos ir além de conteúdos culturais de interesse
para a turma. Os compromissos assumidos pelo CEI com a integralidade dos
sujeitos exigem políticas curriculares específicas e estar atento e comprometidos
com esse sujeito e os grupos sociais, visando romper com as discriminações, do
racismo, os preconceitos, e propiciar para todos variados modos de convivência.
Os bebês e as crianças, desde seu nascimento, fazem parte ativa do seu
próprio processo de crescimento. A unidade educacional irá promover interações
com seu grupo e com outros grupos tanto da unidade quanto de outros grupos,
acolhendo crianças e bebês e suas histórias, emoções, desejos e interesses,
cuidando e educando como sujeitos ativos e potentes que são.
O tempo não pode ser fragmentado, é necessário ofertar tempo de forma
acolhedora, ouvindo, encorajando, apoiando no sentido de desenvolver o pensar e
agir, de cuidar da escola, de si e do outro, para as crianças viverem e realizarem
suas brincadeiras e construções para desenvolver suas múltiplas linguagens. Pois é

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através de vivências de situações de forma integral que bebês e crianças aprendem,


ampliam suas potencialidades, sabendo que podemos ampliar seus repertórios
culturais, contribuir com o aprofundamento de suas pesquisas.
Devemos levar e consideração pontos específicos no momento de
observação. O olhar para o coletivo; quantos se envolveram de fato nas atividades
propostas; quanto tempo durou; quais as dificuldades surgiram no grupo. Olhar para
o individual onde se é esperado que cada criança seja observada e tenha seu
desenvolvimento registrado para alimentar uma reflexão a respeito de seu
aprendizado, pensando em qual criança será observada durante a atividade; o que
será registrado; quais as informações foram levantadas; quais as dificuldades e
conquistas identificadas, para um amadurecimento subsidiando seu relatório tanto
para a coordenação quanto para as famílias.
Olhar para o uso dos espaços e dos materiais que foram utilizados; como foi o
aproveitamento e participação das crianças neles; quais materiais foram utilizados;
que despertaram maiores desafios e foram mais explorados; como foram percebidos
os espaços e materiais com relação a segurança das crianças e bebês. Olhar para
os interesses, pesquisas e contribuições dos bebês e crianças que podem ser
aprofundadas; interesses compartilhados e quais vem sendo repetido.
Um registro é considerado de qualidade quando se agrada, traz prazer a
quem faz e tem utilidade, não tem como padronizar os registros uma vez que, cada
pessoa que é movida pelas possibilidades criativas que o registro pode oferecer,
utilizando em murais, painéis, paredes e muros, as cores, figuras, desenhos,
anotações colagens e muito mais. Tudo isso é válido contanto que conte uma
história, apresente um olhar e seja passível de submeter às memórias a uma
reflexão que sirva como suporte para comunicação entre diferentes sujeitos da
comunidade educativa: entre as crianças e bebês do mesmo grupo, crianças e
outros grupos, familiares, docentes, gestores, demais funcionários e comunidade
local.
A ação pedagógica do CEI está focada na crença de que o cuidado das
crianças compreende no atendimento às suas necessidades físicas através da oferta
de adequadas condições de conforto em relação ao sono, à fome, à sede, à higiene

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e à dor, bem como a acolhida e a garantia de segurança e nutrição da curiosidade e


expressividade infantis. A educação e o cuidado oferecem às crianças condições de
exploração do ambiente e sua constituição enquanto sujeitos.
Desta forma, o educar e o cuidar implicam no acolhimento, na garantia de
experiências bem sucedidas de aprendizagem, na aquisição da autonomia e
identidade. O professor que cuida e educa, trabalha pela eliminação de
preconceitos, fortalecendo a autoestima e os vínculos afetivos, amplia as
possibilidades de aprendizado e de compreensão de mundo e de si próprio trazidas
por diferentes tradições culturais e “promove a educação pela paz, pela liberdade,
pelo respeito à vida, pela formação de vínculos entre as pessoas e entre elas e os
outros seres vivos”.
A alimentação de crianças que frequentam o CEI precisa ser encarada sob a
ótica do cuidado humano. É sabido que práticas alimentares saudáveis nos
primeiros anos de vida favorecem a aquisição de hábitos alimentares adequados.
Este tema é de importância crucial, pois práticas alimentares incorretas podem
determinar desnutrição proteica calórica, desnutrição oculta (na qual ocorre a falta
de micronutrientes), além de obesidade. Os educadores acompanham as crianças
durante as cinco refeições diárias oferecidas, e as estimula a ingerir os alimentos,
até os de menor aceitação e se hidrate nos intervalos das refeições. A frequência da
criança a um CEI é benéfica, pois esta reproduz um ambiente de relações, com
pares da mesma idade, o que estimula a alimentação. O CEI é um ambiente
sóciopositivo, pois, propicia o oferecimento de alimentos que são tidos como menos
palatáveis, como frutas, verduras e legumes em condições de estimulação, de
alegria e bem-estar. Não faz parte de nosso cardápio alimentos gordurosos,
açucarados e frituras. A alimentação balanceada deve incluir sossego, harmonia e
alegria à mesa.
O trabalho com a higiene é cotidiano. Incentivar as crianças a lavarem as
mãos antes da alimentação, depois de brincar no parque, a auto higiene após o uso
do banheiro, a escovação dos dentes após o almoço e jantar são práticas diárias.
Fica evidente a preocupação e o compromisso com o bem estar das crianças,
na promoção de ações e medidas com o intuito de prevenir e manter a saúde dos

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educandos. Com atitudes como estas o CEI conscientiza a criança sobre um direito
não só seu, mas a prepara para reivindicar melhorias na qualidade de vida para si
própria e para sua família. Dentro do cotidiano do CEI a equipe escolar realiza
dentro de sua rotina de trabalho, o acolhimento visando atingir o bem estar e saúde
das crianças.
O CEI Ana Paula Andrade planeja suas ações garantindo experiências
diversificadas com as múltiplas linguagens, decorrente de tudo o que é exposto em
paredes, portões muros, pois o espaço de entrada são porta voz de uma história
vivida e encontrada por todos diariamente, a entrada da unidade pode ser
considerada um cartão de visita da instituição dando visibilidade a cultura local e as
concepções materializadas nos registros expostos.
Conforme Strozzi, “a documentação cobre as paredes da escola como uma
segunda pele. Convida a sentir-se ou tornar-se parte, com os outros, das
experiências, das histórias. Sugere a possibilidade de ver valorizado o que vai ser
vivido. Uma documentação que dá forma aos valores da memória e da narração
como direito e qualidade vital do espaço educativo. ( ATROZZI, 2014, p.64)
Quanto mais rico e criativo for o brincar, mais fortes serão as aprendizagens
através das diferentes linguagens verbais ou não verbais, e incluem movimentos,
literatura, teatro, música, colagem, construção, cultura, desenho, cinema, entre
outros.
Temos que privilegiar o brincar coletivo, com objetivo de inserir a todos os
bebês e crianças nos jogos e brincadeiras, fazer com que duas ou mais pessoas
diferentes se relacione para que uma aprenda com a outra.
A proposta do CEI Ana Paula Andrade é ofertar, disponibilizar uma ampla
gama de materialidades para que bebês e crianças possam experimentar, investigar,
imaginar, criar e se expressar, tanto coisas sobre si, como sua relação com o
entorno, com o mundo e com a cultura. Uma seleção de brinquedos e materiais
exige do professor um minucioso trabalho de observação, de coleta e de pesquisa
sobre o que é e onde colocá-los. Com alguns critérios como:
 Atender as especificidades das diferentes faixas etárias, uma vez que nem
todos os brinquedos são adequados a todos bebês e crianças.

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 Garantir um número suficiente de brinquedos e materiais oferecendo uma


possibilidade de descobertas individuais.
 Seleção de brinquedos e materiais que respondam a ação da criança, de
múltiplas formas.
 Criar ambientes, espaços de faz de conta com objetos que suscitam e
ampliem os enredos imaginados pelas crianças.
 Ofertar e espaços que acolham e promovam o protagonismo infantil, onde os
limites jamais se limitem a sala de aula como referência. Todas as
dependências do CEI tanto internas quanto externas podem propiciar ricas e
diversificadas oportunidades. Fator primordial para a construção das
propostas mediante a pandemia, envolvemos as crianças num espaço de
experimentação transformando seu meio em campo investigativo.

Antes a pandemia as crianças realizavam


suas descobertas e associações partindo
de materialidades externas ao seu meio.

Com a pandemia as crianças


passaram a transformar seu meio em
espaço educativo e realizar
descobertas e associações com
materialidades do cotidiano.

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14.1 O lúdico e o papel do educador na atividade lúdica


O brincar se torna fundamental para o desenvolvimento dos bebês e crianças.
Pensar o brincar é pensar a construção de um sujeito humano que vai organizar sua
relação com os objetos através da relação com outro. A interação entre adulto e
bebê é fundamental, pois dá origem a uma relação especial e única, para toda a
vida, como o primeiro e mais forte objeto das futuras construções e relações.
Se pensarmos no período entre 0 e 24 meses (sensório-motor) o brincar é
fundamental, pois o jogo será a própria atividade da criança pequena. Bondioli e
Mantovani (1998) nos ajudam a refletir sobre a atuação do educador e as
peculiaridades dos relacionamentos com bebês e crianças pequenas. Elucidam
sobre o envolvimento da criança pequena em rituais comunicativos, tais como oferta
de objetos, imitação, vocalização frente a frente, sincronismo de gestos. O educador
é convocado a estabelecer mediações na relação da criança com o mundo,
possibilitando o vínculo positivo dela com o processo de exploração do que a cerca.
Dialogando com as crianças, respondendo seus sinais, evocando suas
respostas, tocando-as e sendo tocado, o adulto facilita a apropriação por parte das
crianças do funcionamento social.
Sabemos que as crianças aprendem através do papel da exploração e do
brincar, para tanto, é necessário considerar aspectos importantes que podem
garantir a qualidade das brincadeiras e dos atos adaptados
à situação instaurada:

a) A organização do material, que pode seguir os seguintes critérios:


• Disposição lógica do mobiliário lúdico;
• Escolha de brinquedos adequados ao nível de desenvolvimento e interesse
da criança;
• Diversificação dos objetos e dos papéis sugeridos pelo material disponível;
• Presença de um material completo para os roteiros planejados;
• Organização de “cantinhos”, possibilitando a autonomia das crianças, que
podem circular pela sala e escolher em que canto brincar e com quem;

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• Intencionalidades educativas na disposição dos materiais, que não devem


ser escolhas casuais e sim fazer parte da intervenção das educadoras.

b) As interações que se estabelecem nesse contexto:


• Responder aos primeiros sinais infantis (choro, vocalizações, mímicas
faciais) e atribuir a estes um significado, inserindo-os no diálogo a dois; no jogo;
• Observar a interação das crianças que conduz a variações do próprio
comportamento em relação aos adultos e aos objetos;
• Criar situações de prazer e ter habilidade ao dirigir a atenção da criança
sobre elementos do mundo externo, estimulando comportamentos de exploração e
manipulação de objetos;
• Introduzir ritmos e regularidades nas atividades compartilhadas (rotina), para
torná-las compreensíveis e previsíveis para a criança permitindo sua participação
ativa;
• Introduzir propostas novas estimulando a resolução de problemas;
• Demonstrar atenção por todas as manifestações do comportamento infantil,
confirmando-as, estendendo-as, recuperando-as, dando-lhes significado e
organização;
• Ter atenção na progressão evolutiva da criança com quem brinca, para
saber reconhecer não somente as atividades lúdicas imediatamente satisfatórias
para a criança, mas perceber quando a criança está pronta para um salto de
qualidade, intervindo com “propostas novas ou mais complexas”;
• Ser um companheiro dócil, capaz de adaptar-se aos papéis e às situações
propostas pelas crianças, e um aliado capaz de inventar novas brincadeiras;
• Ampliar as possibilidades de brincadeiras em ambientes diferentes, com a
interação entre crianças de diferentes faixas etárias.

c) A escolha de brinquedos pensando em:


• Interesse: o brinquedo que convida a brincar, que desafia seu pensamento.
• Adequação: deve atender a etapa de desenvolvimento em que a criança se
encontra e suas necessidades emocionais, socioculturais, físicas e intelectuais.

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• Apelo à imaginação: deve estimular a criatividade e não limitá-la.


•Versatilidade: o brinquedo pode ser usado de diferentes formas, explorando
a inventividade.
• Composição: as crianças gostam de saber como o brinquedo é por dentro.
• Cores e formas: o colorido, texturas e formas diferentes a estimulam
sensorialmente.
• Tamanho: deve ser compatível com sua motricidade, (quanto menor a
criança, maiores serão as peças do brinquedo).
•Durabilidade: brinquedos muito frágeis causam frustração não somente por
que se quebram, mas também porque não dão à criança tempo suficiente para
estabelecer uma relação com eles.
• Segurança: este é um dos mais importantes itens na escolha de um
brinquedo. Deve ser feito de tinta atóxica, sem pontas e arestas, nem peças que
possam se soltar.
A brincadeira é uma linguagem natural da criança, é importante que esteja
presente na escola para que o aluno possa se colocar e se expressar através de
atividades lúdicas, considerando como lúdico, brincadeiras, jogos, artes, música,
expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das
crianças. Esse brincar, ora inventado, ora transmitido de geração em geração,
permite que eles conheçam o mundo e passem a fazer parte dele.
Com a pandemia de Covid a proposta curricular exige uma grande
contribuição das famílias para que seja em parte atingida. Os pais são orientados via
tele aulas, redes sociais e materiais impressos como as vivências com as crianças
podem auxiliar no desenvolvimento intelectual e fortalecer o vínculo familiar.

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15-Avaliação de aprendizagem

A avaliação será sempre da criança em relação a si mesma e não


comparativamente com as outras crianças. O olhar que busca captar o
desenvolvimento, as expressões, a construção do pensamento e do
conhecimento (etc.) deve identificar, também, seus potenciais, interesses,
necessidades, pois, esses elementos serão cruciais para a professora planejar
atividades ajustadas ao momento que a criança vive. A avaliação
ocorre permanentemente e nunca como ato formal de teste, comprovação,
atribuição de notas e atitudes que sinalizem punição."
"Educação Infantil: Subsídios para a construção de uma sistemática de avaliação, pg.14)

As Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação Infantil já apontavam,


desde 2010, a necessidade de criar procedimentos para acompanhar o trabalho
pedagógico e avaliar o desenvolvimento das crianças. A partir da Instrução
Normativa SME Nº 02, DE 06/02/2019 que dispõe sobre os registros na Educação
Infantil verificou-se que há diferentes maneiras de registrar essa avaliação; e como
elas são importantes é necessário compreender a avaliação como norteadora de
caminhos no processo de aprendizagem das crianças.
Avaliar é acompanhar essa trajetória, levando em conta suas mudanças e
transformações. Segundo Vygotsky, precisamos levar em conta também as
potencialidades cognitivas das crianças. Para isso, é preciso oportunizar práticas
que sejam desafiadoras e provocativas aos pequenos.
A avaliação se embasa na observação crítica e contínua e se concretiza na
verificação de que a criança está sofisticando seu próprio referencial e bagagem, no
sentido de vencer a fase de desenvolvimento a que se encontra.
O processo de acompanhamento do desenvolvimento integral da criança se
dá a partir de observações, registro e portfólio. Por meio deles, registram-se os
processos de aprendizagem das crianças, a qualidade das interações estabelecidas
entre elas, funcionários e, acompanhando-se os processos de desenvolvimento
obtendo-se informações sobre as experiências dos pequenos no CEI.

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Estes instrumentos fornecem aos educadores uma visão integral das crianças, ao
mesmo tempo em que revelam suas particularidades.
O registro das observações, impressões, ideias e as produções das crianças
ocorrerão diariamente através do diário de bordo, compondo-se num rico material de
reflexão e ajuda para o planejamento socioeducativo.
O professor, na condição de avaliador, terá então, como objetivos:
a) manter uma atitude curiosa e investigativa sobre as reações e
manifestações das crianças no dia a dia da instituição;
b) valorizar a diversidade de interesses e possibilidades de exploração do
mundo pelas crianças, respeitando sua identidade sociocultural;
c) proporcionar-lhes um ambiente interativo, acolhedor e alegre, rico em
materiais e situações a serem vivenciadas;
d) agir como mediador de suas conquistas, no sentido de apoiá-las,
acompanhá-las e lhes favorecer desafios adequados aos seus interesses e
possibilidades;
e) fazer anotações diárias sobre aspectos individuais observados, de forma a
reunir dados significativos que embasem o seu planejamento e a reorganização do
ambiente educativo."
Através da avaliação o professor poderá refletir sobre as condições de
aprendizagem oferecidas ajustando sua prática às necessidades colocadas pelas
crianças. Para tanto, haverá reuniões periódicas, em horários coletivos e individuais
com o coordenador pedagógico acompanhando o processo de aprendizagem
definindo critérios para o planejamento das atividades e criando situações que
promovam a aprendizagem.
A avaliação deverá permitir às crianças o acompanhamento de suas
conquistas, avanços e suas superações das dificuldades.
A instituição como um todo se instrumentalizará da avaliação em reuniões
para o estabelecimento de suas prioridades para o trabalho educativo, identificando
pontos que necessitam maior atenção, reconstruindo a prática, definindo o que
avaliar, como e quando com relação aos seus princípios educativos.

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Ao decidirmos por esta forma de organização do processo avaliativo,


buscamos priorizar o aprofundamento de alguns focos, discutindo-os de forma
consciente, embasada, e que possam resultar em transformações e
encaminhamentos produtivos e fruto de decisões coletivas e que responsabiliza e
mobiliza a todos.
“O processo cooperativo que ajuda professores a escutar as crianças com
quem trabalham, possibilitando assim, a partir da documentação, a construção de
experiências significativas com elas” (Gadini e Goldhaber 2002, p. 150).
O CEI realizará reuniões bimestrais com os pais/responsáveis de forma a
outorgar à família o direito ao conhecimento e acompanhamento do
desenvolvimento integral da criança.

16-FORMAÇÃO CONTINUADA

Reconhecendo a importância do papel do educador de primeira infância e


reconhecendo que suas vivências é a base de sua prática educativa, é indispensável
que ele tenha consciência que ele é um modelo a ser imitado por seus alunos. O
CEI então tem como objetivo promover encontros sistemáticos, palestras com
mediadores durante as paradas pedagógicas, congressos educativos, visitas em
lugares educativos, que possam ajudar a aprimorar a visão, garantindo a formação
contínua da equipe, gestora, professores e apoio. Respeitando o calendário anual e
promovendo formações nas paradas Pedagógicas, formações do INDIQUE
avaliação.
As reuniões pedagógicas nos trazem um novo olhar para as práticas da
unidade, o objetivo é fazer com que as ações priorizem o educando em seu
desenvolvimento e potencialidades. O plano de formação para professores tem
como base o Currículo da Cidade – Educação Infantil e a Orientação normativa
02/19.

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A formação continuada é constituída por refletir sobre a prática, trata-se da


reflexão que incide sobre a experiência de cada um. Só conseguimos alterar nossa
prática e as teorias que a sustentam através da ação-reflexão-ação que podem
acontecer pelas trocas entre os pares, durante os horários de estudos coletivos.
Está vinculada a realidade vivida, dando voz aos professores, valorizando os
saberes, construindo outros sempre que necessário, ampliando olhares e
compreensões sobre as crianças, suas especificidades na faixa etária atendida,
desvelando situações limites, acompanhando avanços, as conquistas, os entraves,
buscando soluções, alternativas, mantendo constantemente o diálogo.
Um trabalho desenvolvido com base da teoria na prática, procurando criar um
clima de confiança e solidariedade, que muitas vezes não é tão simples e fácil de ser
gerado, pois algumas práticas já instaladas e que os professores acreditam, nem
sempre tem facilidade e disposição em alterá-las ou desconstruí-las. Os conflitos
são necessários para promover a escuta, a discussão, a crítica construtiva, exigindo
a busca de novos horizontes, novos conhecimentos, teorias, promovendo avanços e
novas conquistas.
A Formação Continuada é desenvolvida em horários coletivos, reuniões
pedagógicas, palestras que a equipe escolar promove, cursos que são de livre
inscrição ou instituições particulares e sindicais, como também, outros momentos
organizados pela unidade a partir de sugestões e interesses do grupo.
Em relação às Reuniões Pedagógicas, as mesmas são realizadas ora
internamente com temas específicos e, algumas vezes, com formadores convidados
e ora externamente, através de visitas em instituições ou organizações da sociedade
civil ou espaços públicos, previamente discutido e sugerido.
Os temas serão abordados conforme as necessidades de
aperfeiçoamento das práticas pedagógicas cotidianas, a fim de garantir o
protagonismo da criança e do professor. O objetivo do CEI Ana Paula Andrade com
a formação continuada de professores é um processo permanente de
aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade docente, realizado ao longo
da vida profissional, com objetivo de assegurar uma ação docente efetiva que
promova aprendizagens significativas.

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A formação continuada realizada no CEI, tem por base os documentos oficiais


que fazem parte do currículo da Educação Infantil como o Currículo da Cidade que
especialmente tem sido estudado e discutido com ênfase em nossa unidade,
visando a melhoria do trabalho pedagógico.
A equipe de apoio também recebe formações continuadas para melhoria do
trabalho realizado, em especial a cozinha que tem como base de estudo o POP
(Procedimentos Operacionais Padrão).
Em 2020 e, com a pandemia, as nossas formações ocorreram de forma
virtual, via meet. Umas das propostas foi a leitura completa do Currículo da Cidade
pela equipe pedagógica, que foi atingido com sucesso. A equipe teve durante as
formações oportunidades de enriquecer sua bagagem pedagógica e literária. Parte
da equipe recebeu formações do Instituto Olinto, houve também formações pela
DIPED e NAAPA que auxiliou a equipe a encontrar maneiras de enfrentar a
pandemia dentro do espaço pedagógico.

PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA 2021*

O cotidiano na Educação Infantil 


MARÇO
Objetivo: Proporcionar à criança segurança e facilidade de organização
.  

Indicadores de qualidade na Educação Infantil 


ABRIL Objetivo: Estimular a gestão democrática e promover um percurso
qualitativo. 

Alimentação na prática cotidiana 


MAIO Objetivo: Oportunizar a oferta de alimentos e nutrientes para o
desenvolvimento de bebês e crianças, oferecendo cuidado e afeto. 

Documentação pedagógica 
JUNHO Objetivo: Possibilitar a construção de memória, reflexão do processo
percorrido e realizar registros em diferentes suportes.

A poética do espaço 
JULHO Objetivo: Organizar espaços para o desenvolvimento das crianças,
potencializar as habilidades.  

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O brincar com a natureza 


AGOSTO Objetivo: Proporcionar vivências, explorações e descobertas com
elementos naturais explorando seu imaginário e sensibilidade. 

Quintais da infância  
SETEMBRO Objetivo: Promover a convivência com seus pares, partilha e experiências
por meio de jogos, brinquedos e faz de conta. 

O viver coletivo 
OUTUBRO Objetivo: Potencializar a troca de experiências, o reconhecimento de si
por meio do outro. 

Múltiplas linguagens de bebês e crianças 


NOVEMBRO Objetivo: Formular conhecimentos por meio de suas expressões,
manifestações de desejos. 

Projeto: Investigações e hipótese 


DEZEMBRO Objetivo: Revelar vozes infantis, tornando as crianças agentes de seu
desenvolvimento. 
 
*O Plano de Formação Continuada poderá sofrer alterações conforme necessidade

17 – AVALIAÇÃO INTITUCIONAL.

O plano de avaliação da instituição contemplará o levantamento dos pontos


positivos, das dificuldades, das metas e sugestões por todos os funcionários da
unidade e pelas famílias usuárias.
Para tanto, os itens a serem abordados neste documento consideram a
programação psicopedagógico, a programação da saúde, a inserção das pessoas
portadoras de deficiências e a programação social quanto às famílias, à comunidade
e aos recursos da área.
Também fará parte deste plano, a avaliação dos recursos humanos, a
integração do CEI entre setor e geral, a área administrativa, o espaço físico, o fluxo
de trabalho com a supervisão e com outras equipes a que este CEI está abarcado.
A avaliação da instituição estará articulada à função social e educativa do
trabalho do CEI, no levantamento de propostas junto às famílias e comunidade
através de reuniões sendo ouvidos funcionários e pais com sugestão de

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aprimoramento e acolhimento das ações assertivas. O documento que servirá como


instrumento avaliativo da instituição será os “Indicadores da Qualidade da Educação
Infantil Paulistana”.
Prioritariamente a avaliação institucional está fundamentada no atendimento
ao objetivo da unidade que visa proporcionar condições adequadas para a
promoção do bem-estar e o desenvolvimento das crianças em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual, linguístico, moral e social, mediante a ampliação de suas
experiências e o estímulo ao interesse pelo conhecimento do ser humano, da
natureza e da sociedade, considerando as possibilidades de aprendizagens que
apresentam nas diferentes faixas etárias. A crença e compromisso de garantir aos
pequenos, situações acolhedoras, seguras, agradáveis e desafiadoras possibilitando
a apropriação das diferentes linguagens e saberes também são critérios para a
avaliação.
A avaliação abre possibilidades, cria desafios, sugere hipóteses a serem
testadas, propõe uma melhor observação, requer assumir formas de avaliar o que
está bem e o que precisa ser corrigido.
No final do ano letivo também será organizado uma avaliação institucional
com os funcionários e as famílias, a fim de diagnosticar o trabalho, em todos os
âmbitos e setores. Apreciar sobre aspectos que vemos o que fazemos o que
ouvimos o que nos interessa e o que nos desagrada, para então aperfeiçoar os
pontos positivos e melhorar os negativos.
E com o mesmo olhar mencionado acima no ato da matrícula a família
responderá um questionário, mas no âmbito de suas expectativas e assim será feita
toda uma junção deste material para nortear nosso trabalho durante o decorrer do
ano.
Devido a pandemia de Covid 19, no ano anterior o Indicadores de Qualidade
não foram aplicados.

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18- ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL COM A EMEI

A passagem da Educação Infantil para a EMEI representa um marco


significativo para a criança podendo criar ansiedades e inseguranças. O professor
da educação infantil deve considerar esse fato desde o início do ano, estando
disponível e atento para as questões e atitudes que as crianças possam manifestar.
Tais preocupações podem ser aproveitadas para a realização de projetos que
envolvam visitas a escolas; entrevistas com professores e alunos; programar um dia
de permanência na nova escola. É interessante fazer um ritual de despedida,
marcando para as crianças este momento de passagem com um evento
significativo. Essas ações ajudam a desenvolver uma disposição positiva frente às
futuras mudanças demonstrando que, apesar das perdas, há também crescimento.
A articulação da Educação Infantil se dá de forma direta, ou seja, toda criança
matriculada no CEI tem vaga garantida na EMEI. O cadastro é encaminhado à
Diretoria da Educação que faz a distribuição nas escolas da região e informa aos
pais das escolas onde será efetuada a matrícula da criança. Também reunimos os
pais para conversar sobre esta passagem, orientando para que acompanhem,
incentive seus filhos neste novo desafio e tirem as dúvidas que ocorrem a respeito
desta passagem.
A unidade procurará, dentro de suas possibilidades legais, favorecer a
inserção da criança a partir de 4 anos nas EMEIs da região assim como
promover ações que envolvam a socialização entre as Unidades.

15. O PAPEL DA UNIDADE EDUCATIVA NO ENFRETAMENTO À PANDEMIA


DA COVID-19

A Educação a distância foi aparecendo aos poucos e começou a ganhar força


e visibilidade nos anos 90, no Brasil, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 1996 e o desenvolvimento tecnológico e virtual, facilitando a
comunicação entre as pessoas; no caso da educação à distância, entre o aluno e o

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professor. O aluno participa das aulas ao vivo ou adequa em seu tempo, podendo
ser admitido na instituição de ensino desejada mesmo a quilômetros de distância.
Com a pandemia da COVID-19 instalada no Brasil no ano passado, os
professores entraram em teletrabalho a fim de dar continuidade às intenções
pedagógicas do início do ano letivo. A sala de aula foi substituída pela plataforma do
Google Classroom, onde os professores receberam seus alunos de forma virtual,
organizados em suas respectivas turmas e professor regente.
Ao se trabalhar o plano de ação escolar para retomada das aulas por meio
digital, a equipe pedagógica identificou uma forte diferença no que se refere ao
acesso das famílias aos meios digitais. Apesar da maioria das famílias manifestarem
o desejo de aulas virtuais para as crianças, relatando possuir celular smartphone ou
computador, enfatizaram que não poderiam disponibilizar estes para o uso das
crianças devido a circunstâncias do trabalho pessoal e /ou teletrabalho. Também
houve o problema das famílias que não possuem celular o que impossibilita a
participação da criança em aulas mediadas e teleaulas. Essa desigualdade digital foi
identificada e vivenciada na prática pela gestão escolar, a qual observou a
dificuldade das famílias em manipular as ferramentas digitais (meet, classroom e
outros), evidenciando que a acessibilidade aos meios digitais continuará a um
desafio neste momento.
Vale acrescentar que muitas famílias se enquadram na situação de
analfabetismo funcional, não dominando a linguagem escrita, não conseguindo,
portanto, acessar os meios digitais. Nesse sentido, a gestão sempre auxilia as
famílias na criação dos e-mails e acesso ao Classroom, envia áudios para as
famílias contendo os mesmos informes que são disponibilizados via escrita, numa
tentativa de facilitar o acesso à informação a todos os membros da comunidade
escolar. O acesso à internet pelas famílias constitui um fator de muita preocupação
para o corpo docente, pois apesar da maioria da comunidade afirmar ter acesso a
internet, foi observado que esse acesso é limitado, pois na maior parte dos casos o
plano contempla apenas o aplicativo Whatsapp, não suportando baixar documentos
e vídeos, nem suportando transmitir aulas virtuais.

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Essa preocupação se torna emergente na medida em que as aulas virtuais se


iniciam sem um suporte midiático efetivo. Logo, planos de ações estão sendo
construídos junto à equipe pedagógica e gestão para tentar contemplar a todas as
crianças tanto na semana de acolhimento quanto nas demais, bem como as
estratégias de organização do trabalho pedagógico para esse momento peculiar.
Aqueles que não conseguem acesso ao Classroom nos acompanhavam pela
página do Facebook ou pelo nosso canal do YouTube, tendo contato com as
propostas pedagógicas e produções literárias com nossos vídeos de histórias.
Também é possível para as famílias que não possuem acesso a internet a entrega
das atividades impressas
Para favorecer o trabalho coletivo e estreitar laços neste momento delicado,
os professores foram divididos por módulos (Berçários I e II, MGI e MGII) para
contribuir com o desenvolvimento conforme faixa etária, desta forma os subgrupos
realizavam encontros virtuais via Google Meet para debates com futuras
contribuições de amplificação das crianças.
Os professores levantavam pontos em que supostamente as crianças do
módulo estariam a desenvolver, por exemplo, crianças do MGI estão criando noção
corporal, logo eram desenvolvidas propostas para atingir este objetivo como: mímica
dos bichos, onde o principal recurso é o corpo para realizar a imitação de um bicho
escolhido. O livro Trilas de Aprendizagem auxiliou nessa fase.
No Google Classroom alunos e professores tiveram a oportunidade de
estarem próximos mesmo à distância, pois as propostas eram em forma de vídeo
aula a fim de facilitar a execução e aproximação ao ver a imagem do professor. A
troca era mútua, pois com as devolutivas das crianças se fazia possível uma
pequena avaliação de acompanhamento individual de cada criança.
O processo é árduo, porém satisfatório ao depararmos com as reinvenções e
descobertas tecnológicas que por vezes nos coloca frente às dificuldades para
execução das ferramentas, além do nosso entorno social que esteve presente com
seus ruídos quando necessitávamos de silêncio.

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A observação e a escuta se tornaram ativas para com o meio, pois


aprendemos olhar as miudezas que por vezes passavam despercebidas com a
rotina acelerada.
Foram realizados plantões de atendimento á comunidade, dando
oportunidades para aqueles que não dispõem de redes tecnológicas aproximar-se
do CEI, além de criarmos encontros pedagógicos comemorativos para
estreitamentos de laços afetivos entre escola/comunidade, como o Drive Thru
realizado na Semana das Crianças e o de Natal onde tivemos a distribuição de
brinquedos para as crianças.
No lado social a unidade tem contribuído eficazmente nas atualizações dos
cadastros para o recebimento dos cartões alimentação e cestas básicas. Também
houve o esforço da unidade para entregar todos os cartões que chegam ao
CEI/DRE. Devido à dificuldade de sinal de celular na região, a equipe tem
montado uma força tarefa para encontrar as famílias que necessitam desses
benefícios. A entidade mantededora do CEI por diversas vezes distribuiu alimentos
às famílias da comunidade, fazendo seu papel social.

Referências Bibliográficas:

São Paulo, SP – SME. Coordenadoria Pedagógica – Currículo da Cidade, São Paulo: SME/ COPED
2019

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação


infantil.

Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 1998. v. 1 e 3.

Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Câmara de Educação Básica do


Conselho Nacional de Educação. Brasília: 1998.
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de
Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.

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VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.) Projeto político pedagógico da escola: Uma construção
Possível.Campinas, SP: Papirus, 27ª ed. 2010.

Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. Campina, SP: Papirus, 17ª ed. 1998.

 BARDIN, Laurence.(2000). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

 BRASIL. Lei n.9394, Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do


Brasil.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular


nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998.

CRAIDY, Carmem Maria.(2001). Educação Infantil e as Novas Definições da


Legislação. In: CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E. (orgs.). Educação
Infantil pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed.

 KRAMER, Sônia.(2003). Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular para a educação
infantil. SP: Ática.

 KRAMER, Sônia; LEITE, Maria Isabel.(1996). Infância: Fios e Desafios da Pesquisa. SP: Papirus.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. (1995). Emílio ou Da educação. São Paulo: Martins Fontes.

SAMPAIO, Rosa Maria W. F.( 1989). Freinet: evolução histórica e atualidades. São Paulo: Scipione.

Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas – Educação


Infantil. SME – 2007.

Currículo Integrador da Infância Paulistana. SME – 2015.

Orientação Normativa nº 01/13, Avaliação na Educação Infantil:Aprimorando os olhares. SME –


2014.

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – Conhecimento de Mundo. MEC – 1998.

Base Nacional Comum Curricular - A Etapa da Educação Infantil.  MEC – 2017.

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20 – ANEXOS

Recursos Humanos
Composição do grupo interno de Controle da Dengue
Composição da comissão de Mediação de Conflitos
Cartas de Intenções
Calendário de atividades
Plano de Retorno às Atividades Presenciais

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RECURSOS HUMANOS
NOME RG FUNÇÃO FORMAÇÃO
Ana Paula Santos Rossetto 34.094.012-8 Diretora Pedagoga
Daiana Chagas Silva 48.189.109-2 Coord. Pedagógica Pedagoga
Ana Paula Souza Sales 30.001.546-x Professor Pedagoga
Angelica Francisco Vaz 34.093.818-3 Professor Pedagoga
Caroline Santana Gonzales Cisterna 41.441.607-7 Professor Pedagoga
Alexandra Martins dos Santos Pereira 42.401.906-7 Professor Pedagoga
Edite Lorensato 200.260.285 Cozinheira Ensino Médio
Elimeiry Santos de Oliveira 30.197.487-1 Professor Pedagoga
Elisangela de Souza Silva ( licença
maternidade) 45.178.737-7 Aux. Cozinha Ensino Médio
Evelin Tavares dos Santos Alves 54.114.865-5 Aux. Cozinha Ensino Médio
Fernanda Costa da Silva 35.011.218-6 Professor Pedagoga
Gizele da Conceição Rufino 37.115.183-1 Professor Pedagoga
Jady Carvalho Costa Zelinda 28.115.310-3 Aux. Limpeza Ensino Médio
Neide de Souza Fernandes 34.301.094-x Aux. Cozinha Ensino Médio
Rosalina Martins Machado dos Santos 25.547.513-5 Professor Pedagoga
Rosangela Maria da Silva Oliveira 24.595.056-4 Professor Pedagoga
Sandra Batista Nascimento Duda 25.661.792-2 Professor Pedagoga
Taiane Ribeiro de Araújo Vivaldo 48.334.523-4 Professor Pedagoga
Tatiane Silva do Amaral 49.473.002-x Professor Pedagoga
Vilma Lima Gonçalves 17.686.0228-8 Aux. Limpeza Ensino Médio

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COMPOSIÇÃO DO GRUPO INTERNO DO CONTROLE DA DENGUE

Membros do Grupo:
NOME CARGO
Shirlei dos Santos Fernandes de Assis Auxilar Administrativo
Jady Carvalho Costa Zelinda Auxiliar de Limpeza
Angelica Francisco Vaz Professor

Com base no disposto no Pacto da Educação Brasileira contra o Zika, no


Comunicado nº 94 de 18/02/16 e no contido no Decreto nº 56.669/15, que institui
Grupos Internos de Controle da Dengue nos órgãos e entidades da Administração
Municipal Direta e Indireta, estamos envolvido no intensivo  combate ao mosquito
Aedes Aegypti. Tal envolvimento se dará com a programação de ações sistemáticas
para o efetivo combate ao mosquito para prevenir a Dengue, Chikungunya e o Zika.
Nosso papel está na orientação de educandos, pais e comunidade para a
erradicação do mosquito Aedes Aegypti evitando a sua proliferação e o risco de
doenças por ele transmitidas. Para tanto, faremos parte da formação dos
multiplicadores e de um Grupo Interno de Controle da Dengue, estando subsidiados
por material informativo enviado pela S.M.E. As ações a seguir serão fundamentais
para o cumprimento deste compromisso a ser realizado pelo Grupo Interno de
Controle da Dengue: vistoriar regularmente as áreas externas e internas da
edificação para verificar a presença de recipientes que possam servir de criadouros
para o Aedes Aegypti e, neste caso, adotar ou providenciar de imediato, práticas
capazes de impedir a procriação do mosquito, como a proteção, destruição,
destinação adequada ou a inviabilização dos recipientes; distribuir e afixar folhetos
informativos nos quadros de avisos do prédio; orientar os servidores da unidade
sobre as providências para a prevenção e eliminação dos criadouros; adotar todas
as providências necessárias para a eliminação definitiva dos criadouros encontrados
como a limpeza de calhas, condutores, telhados e lajes, bem como o
desentupimento de ralos e pontos de saída de água, garantindo o seu rápido e total
escoamento; o acondicionamento de todo o lixo e a sua colocação na área externa;
a manutenção de tampas ou coberturas em tela nos ralos internos, com a aplicação

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semanal de meio copo de água sanitária; a que permitam o acúmulo de água em


canaletas ou ralos de água pluvial e de pontos com acúmulo de água em lajes e
marquises.

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COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO MEDIADORA DE CONFLITOS

Membros do Grupo:
NOME RG CARGO
Ana Paula Santos Rossetto 34.094.012-8 Diretora
Daiana Chagas Silva 48.189.109-2 Coordenadora
Rosalina Martins Machado dos 25.547.513-5 Professora
Santos
Tatiane Silva do Amaral 49.473.002-x Professora
Jady Carvalho Costa ZelindaV 28.115.310-3 Apoio
Tamyres de Oliveira Rufini 37.062.032-X Responsável Familiar
Neide de Souza Fernandes 28.115.310-3 Responsável Familiar

Com base na Portaria Nº 2.974/2016 na Instrução Normativa Nº 3 de 11 de


Fevereiro de 2021, foi criando no Cei a Comissão de Mediação de Conflitos visando
instituir na unidade a cultura da mediação, integrada ao currículo e ao
Projeto Político-Pedagógico do mesmo.
Visando que a mediação de conflitos constituir-se-á no processo imparcial de
resolução do conflito em que os próprios envolvidos cheguem a uma solução para
suas demandas com auxílio dos mediadores, os conflitos escolares serão tratados
de forma interdependente e complementar com ações desenvolvidas pela própria
comissão.
A mediação de conflitos observará os seguintes princípios, dentre outros
aplicáveis à matéria: voluntariedade das partes, imparcialidade dos mediadores,
isonomia entre as partes, busca do consenso e confidencialidade do procedimento.
A Comissão de Mediação de Conflitos terá as seguintes atribuições: mediar
conflitos ocorridos que envolvam os educandos e outros funcionários do CEI;
orientar a comunidade escolar por meio da mediação independente e imparcial,
sugerindo medidas para a resolução dos conflitos, identificar as causas das
diferentes formas de violência no âmbito escolar; identificar as áreas que
apresentem risco de violência na unidade e apresentar soluções e

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encaminhamentos à equipe gestora para equacionamento dos problemas


enfrentados.
Compreendemos e valorizamos a importância da comissão e faremos
esforços para que seja de grande contribuição em nosso meio, auxiliando na
redução de conflitos e ampliação da melhoria da qualidade do ambiente escolar.

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CARTAS DE INTENÇÕES

Aos Parceiros do CEI Ana Paula Andrade,

Nós da equipe Gestora e Professores apresentamos por meio desta carta de


intenção nossa proposta a ser trabalhada no ano de 2021.
Somos uma escola acolhedora que acolhe diariamente 137 pequenos
cidadãos livres e pensantes! Acreditamos e investimos nessa identidade, cuidando a
cada ano de fatores importantes para a melhoria E é nesse clima comprometido,
acolhedor e sustentável que continuaremos o trabalho em 2021. Nosso foco sempre
será a criança em sua integralidade.
Nossas intenções para este ano, junto com toda a Equipe e em parceria com
as famílias, é a continuidade na defesa dos diretos das crianças. Direito de viverem
e aprenderem imersas em um mundo de relações saudáveis entre as pessoas,
consigo mesmas, com o meio ambiente e com os seres materiais e inanimados de
forma leve, alegre e prazerosa. Essa leveza é a do equilíbrio e da harmonia,
identificando e escolhendo caminhos seguros para todos e tudo, bons o suficiente
para cada momento, perseguindo o comprometimento e a responsabilidade e tendo
em nossas atitudes a magia e impulsividade da infância e a sensibilidade da
maturidade idealizando uma sociedade mais justa e sustentável.
Entendemos que um dos principais objetivos enquanto educadores é impactar
positivamente a vida de nossas crianças, suas famílias e de nossa
comunidade.  Para isso, uma ferramenta poderosa é o acolhimento mantendo
diálogos vivos, reuniões formativas e parceria com os responsáveis, sempre visando
envolver todos nas decisões, proporcionando condições para que partilhem
responsabilidades em consonância com os princípios da pedagogia da infância.
Articulamos, também círculos de trabalho por setores da unidade e grupos
comunicativos de whatsapp com vários segmentos envolvidos com a escola,
instrumentos essenciais para uma gestão compartilhada.
Buscaremos trabalhar o desenvolvimento da autonomia para atividades
corriqueiras (alimentação, cuidado consigo e com o outro, promover a interação
entre as diversas faixas etárias atendidas pelo CEI não limitando as oportunidades

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de aprendizagens e experiências, tornar as brincadeiras e atividades livres ou


dirigidas significativas.), propiciar um vinculo significativo entre família e escola,
mantendo um diálogo respeitoso, explorar os diversos espaços da unidade
promovendo o contato com a natureza tendo em vista a exploração dos recursos
proporcionados por ela, favorecer o seu desenvolvimento psíquico, físico, motor,
cognitivo e emocional.
Nessa lente, ações planejadas e conjuntamente construídas, contribuirão não
somente com a mudança do espaço como transformação das áreas externas para
ambientes mais naturais,   e a implantação de um parque sonoro, mas também com
a formação diferenciada de todos, das crianças e adultos direta ou indiretamente.
Assim, o cuidado e atenção vão além da saúde da escola e dos processos de
aprendizagem, mas também da saúde e da qualidade dos relacionamentos e com a
educação emocional.
Sendo a comunicação um fator importante nas relações, continuaremos
promovendo  e estimulando a comunicação não violenta, a transparência, a
coerência, o acesso e a constância de informações, intensões e decisões por todas
as educadoras da unidade, nas ações, nas conversas e mediações com as famílias
e com as crianças, nas publicações e informes dos painéis, murais, bilhetes e redes
sociais.
As famílias são bem vindas e tem um território ganho dentro da
escola.  Continuaremos incentivando e promovendo a participação ativa não só nas
reuniões, mas também no cotidiano.
Acreditamos que a escola é capaz de contribuir com mudanças nas pessoas,
em suas vidas pessoais, na cultura e na sociedade.  Nosso papel é realmente
necessário e importante.
Continuaremos fazendo nosso papel social frente à pandemia, auxiliando para
evitar a disseminação do vírus, cumprindo os protocolos estabelecidos, auxiliando
no monitoramento das famílias mais necessitadas junto a UBS e DRE e fazendo
frente junto a entrega de benefícios entregues pela prefeitura
Que nossa relação em 2021 seja de muito acolhimento, aprendizado e amor.

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CARTA DE INTENÇÃO DA COORDENADORA

Cara comunidade escolar,


Venho por meio desta, apresentar minhas intenções para este ano de 2021.
Acredito que em 2020 enchemos nossas bagagens de conhecimentos obtidos nas
documentações que regem a Educação Infantil, tendo como base principal o
Currículo da cidade-Educação Infantil e Orientação Normativa de Registro 02/19.
É hora de fazermos a junção da teoria com a prática em nosso cotidiano, para
isto mediarei os saberes já existentes com as ações.
Iniciaremos com a transformação dos espaços para ambientes educativos,
para que assim as crianças tenham múltiplas escolhas de exploração e descobertas
dentro e fora de sala. Criando cenários para os brinquedos e construindo valorização
ao uso, possibilitando também as manifestações artísticas, o faz de conta com os
mini ateliês instalados nos espaços.
Faremos formações e encontros durante a rotina para dialogarmos sobre as
necessidades das crianças a fim de traçar o melhor percurso para alcançá-las.
Iniciando pelo acolhimento das crianças e famílias, respeitando as subjetividades,
cultura e tempo de cada um.
Exemplificarei ações de apropriação de territórios para que todos do CEI Ana
Paula Andrade se identifique como ser pertencente deste espaço e sintam-se
seguros e confiantes para exercer um papel de protagonista em suas práticas.
Com as experiências adquiridas no tele trabalho devido a pandemia da
COVID-19 , daremos ênfase ao Ensino Híbrido. As crianças serão investigadoras do
seu meio social e os professores mediadores de descobertas, utilizando recursos do
ambiente em que se encontram instalados, podendo desenvolver as propostas
presencialmente e pela plataforma do Google Classroom simultaneamente em seus
lares. Garantindo o auxílio a todas as famílias de nosso CEI, no contato presencial
diário ou por canais digitais a fim de estreitar laços e contribuir para o
desenvolvimento das crianças.
A comunicação com a comunidade escolar potencializa nosso princípio como
gestão democrática, pressupondo a participação efetiva de todos. Realizando

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RUA HENRY PALMER, 28 – JARDIM SÃO NORBERTO – 04884-150 – SÃO PAULO - SP
I. V.C I N S T I T U T O D E
VALORIZAÇÃO COMUNITÁRIA
CNPJ n° 08.899.246/0001-59 – Tel.: (11) 5921 5889
[email protected]

ajustes em nossas propostas por meio das devolutivas no Classroom, ampliando os


meios de comunicação para atender aqueles que não dispõem de meios
tecnológicos, atendendo presencialmente e fornecendo materiais impressos.
O diálogo será nossa ferramenta principal a fim de garantir reinvenções e
melhorias em nossa prática de forma mútua. Replanejarei sempre partindo da
escuta e observação para com a comunidade escolar, atendendo suas
necessidades e individualidades.
Daiana Chagas

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