Ae Bio10 228 4 A

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FICHA DE AVALIAÇÃO SUMATIVA 4A

AVALIAÇÃO BioGeoFOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESSOR
COTAÇÃO

Grupo I

No solo, o movimento da água faz-se, essencialmente, por fluxo em massa. No entanto, assim que a
água entra em contacto com a rizoderme (epiderme da raiz) o seu movimento torna-se mais complexo
(Figura 1). Nas plantas sujeitas a um regime hídrico adequado ao seu bom desenvolvimento, o
movimento da água da rizoderme até à endoderme pode ocorrer segundo várias vias, sendo duas delas
as vias apoplástica e simplástica.

A via apoplástica abrange os espaços externos às membranas plasmáticas celulares, ou seja, os


espaços existentes entre as paredes de células adjacentes. Nesta via, a solução aquosa de nutrientes
não atravessa nenhuma membrana, move-se de forma contínua, sem gasto de energia. Contrariamente,
a via simplástica encontra-se associada ao conteúdo intracelular. Neste caso, a água e os sais minerais
movimentam-se pelo interior das células, através dos plasmodesmos, perfurações que permitem o
contato direto entre os citoplasmas de células contíguas. À medida que a água e os sais minerais se
movem pela via apoplástica em direção ao cilindro central veem a sua passagem interrompida pelas
células da endoderme. Essas células encontram-se intensamente ligadas entre si pelas bandas de
Caspary, que vedam os espaços extracelulares. Desta forma, para atingirem os feixes xilémicos, a água e
os sais minerais têm de atravessar a membrana plasmática e o citoplasma das células endodérmicas, o
que ocorre pela via simplástica.

Figura 1 – Movimento de água pela raiz (vias apoplástica e simplástica).

Baseado em https://www.infoescola.com/plantas/apoplasto-e-simplasto//

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8 1. A absorção de água e sais minerais pela planta é dificultada
(A) pelo excesso de água existente entre as partículas do solo.
(B) pelo arejamento do solo.
(C) pela existência de prolongamentos da epiderme radicular.
(D) pela ocorrência de transpiração foliar.
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2. O movimento de água pela via simplástica
(A) implica que haja um elevado potencial hídrico ao nível do cilindro central.
(B) não requer dispêndio de energia por parte das células.
(C) implica a passagem da água pelos interstícios das células do córtex.
(D) requer a existência de diferenças de pressão osmótica.

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3. A água e os sais minerais provenientes do solo, ao ultrapassarem a endoderme, dirigem-se para as
células ________ do ________.
(A) vivas ... xilema
(B) mortas ... xilema
(C) vivas ... floema
(D) mortas ... floema
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4. A transpiração foliar é favorecida por uma ________ humidade atmosférica, correspondendo a um
mecanismo fundamental na teoria da ________.
(A) reduzida ... tensão-coesão-adesão
(B) elevada ... pressão radicular
(C) reduzida ... pressão radicular
(D) elevada ... tensão-coesão-adesão
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5. Identifique as únicas células da epiderme das folhas que possuem cloroplastos.
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6. Ordene as frases identificadas de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos,
segundo uma relação causa-efeito, relativos à entrada de substâncias inorgânicas numa planta de
pequeno porte, graças à existência de pressão radicular.
A – Elevada produção de energia ao nível das células da raiz.
B – Entrada de água por osmose para as células da raiz.
C – Ascensão de água pelo xilema caulinar.
D – Acumulação de água no xilema radicular.
E – Contínua acumulação de iões no interior da raiz.
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7. As bandas de Caspary encontram-se impregnadas por uma substância denominada suberina.

Classifique a suberina quanto ao seu caráter hidrofóbico ou hidrofílico. Sustente a sua resposta em
dados apresentados.

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Grupo II

O tabagismo continua a ser um dos principais problemas de saúde pública, sendo a nicotina um dos
compostos mais ativos e tóxicos de um cigarro. Uma vez no interior do organismo, a nicotina é distribuída
por todos os sistemas, conduzindo, por exemplo, ao aumento da frequência cardíaca, ao aumento da
pressão arterial e à diminuição da prostaciclina, substância que impede a aglutinação de plaquetas na
corrente sanguínea.

O tabagismo contribui para a alteração dos níveis lipídicos, como os triglicéridos e o colesterol, cuja
regulação é essencial ao bom funcionamento do organismo. O colesterol é transportado, do fígado até às
células, por lipoproteínas do tipo LDL. Por outro lado, as lipoproteínas do tipo HDL são capazes de
absorver as partículas de colesterol depositadas nas artérias, permitindo o seu retorno ao fígado, onde
estas são transformadas para posterior eliminação.

Com o objetivo de aferir o grau de interferência do tabaco no organismo, no que respeita aos níveis de
triglicéridos e de colesterol, procedeu-se a um estudo comparativo em torno de resultados oriundos de
exames laboratoriais de indivíduos fumadores e não fumadores. Os resultados obtidos, no que concerne
ao valor médio do perfil lipídico, estão representados no Gráfico 1. Os valores lipídicos considerados de
referência para a população, em geral, são os apresentados na Tabela 1.

Figura 1 – Perfil lipídico de indivíduos fumadores e não fumadores.

Tabela 1

Triglicéridos Colesterol total LDL HDL


(mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL)
< 160 Desejável < 200 Ótimo < 100 Mulheres Homens
Aceitável 200-239 Limiar ótimo 100-129
Desejável > 65 Desejável > 55
Elevado > 240 Limiar elevado 130-159
Médio risco < 45-65 Médio risco < 35-55
Elevado 160-189
Alto risco < 45 Alto risco < 35
Muito elevado ≥ 190

Baseado em www.cff.org.br

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8 1. No estudo descrito, a variável independente corresponde ao
(A) valor médio de colesterol total.
(B) valor médio de LDL.
(C) diferente grau de dependência em relação à nicotina.
(D) consumo ou não de tabaco.
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2. A nicotina é rapidamente absorvida pelos pulmões, atingindo o cérebro em 10 segundos. No trajeto
entre os dois órgãos, o sangue passa sequencialmente por
(A) artérias pulmonares – válvula auriculoventricular – ventrículo direito – veia cava superior.
(B) veias pulmonares – válvula auriculoventricular – ventrículo esquerdo – artéria aorta.
(C) artérias pulmonares – aurícula esquerda – válvula auriculoventricular – artéria aorta.
(D) veias pulmonares – aurícula direita – válvula auriculoventricular – veia cava superior.
8

3. Atendendo aos dados apresentados, um fumador apresenta um nível de


(A) LDL no limiar ótimo.
(B) HDL dentro do padrão desejável.
(C) colesterol total elevado.
(D) triglicéridos acima do valor normal.
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4. A respiração aeróbia é um processo, globalmente, ________, em que o ________ é o último acetor
de eletrões e protões.
(A) anabólico … oxigénio
(B) catabólico … oxigénio
(C) exoenergético … dióxido de carbono
(D) endoenergético … dióxido de carbono
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5. Explique, atendendo às alterações do valor médio do perfil lipídico, por que razão os fumadores
apresentam maior predisposição para sofrerem acidentes vasculares cerebrais do que os não
fumadores.

Grupo III

A classe Amphibia é uma classe de vertebrados incrivelmente diversa e que existe há mais de 230
milhões de anos, sendo composta pelos descendentes diretos dos primeiros vertebrados a conquistar o
meio terrestre. Apesar de não serem capazes de produzir calor corporal e de possuírem ciclos de vida
complexos, os anfíbios conseguiram conquistar o meio terrestre, colonizando todos os continentes à
exceção da Antártida. Uma vez que não despendem energia a manter a temperatura corporal, têm
menores necessidades alimentares, o que lhes permite sobreviver em habitats muito pobres e passar por
grandes períodos de inatividade.

A rã-dos-bosques (Rana sylvatica) consegue sobreviver aos rigorosos invernos do Canadá e do


Alasca, enterrando-se na manta morta e deixando congelar até 65% da água corporal. O sucesso desta
estratégia deve-se à produção de glicose que atua como anticongelante, não permitindo a formação de
cristais que danificariam os seus tecidos. Na primavera, quando as temperaturas começam a subir, as
rãs-dos-bosques saem da hibernação – descongelam – e reproduzem-se. Por sua vez, os sapos do
género Cyclorana habitam algumas das regiões mais áridas do continente australiano, em esconderijos
por si criados, onde podem permanecer inativos durante anos. Têm a capacidade de armazenar grandes
quantidades de água na bexiga e de produzirem um “casulo” que reduz as perdas de água. Estes apenas
emergem do subsolo quando ocorrem chuvadas intensas para se alimentarem e para se reproduzirem.
Baseado em http://amphibiaweb.org/

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8 1. Nos vertebrados, como a rã-dos-bosques, o sistema circulatório é ________ e a
existência de ________ assegura a circulação num só sentido.
(A) aberto … válvulas
(B) fechado … vasos
(C) fechado … válvulas
(D) aberto … vasos
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2. Em comparação com os sapos do género Cyclorana, a circulação
(A) dupla nos mamíferos conduz a uma chegada mais lenta dos nutrientes aos tecidos.
(B) dupla nos mamíferos conduz a uma menor oxigenação dos tecidos.
(C) completa nos mamíferos permite-lhes regular a temperatura corporal.
(D) completa nos mamíferos justifica o seu reduzido metabolismo corporal.
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3. Em Rana sylvatica, tal como nos répteis,
(A) não existe uma superfície especializada de trocas gasosas.
(B) verifica-se a constante renovação do fluido intersticial.
(C) o sangue flui nas artérias sob baixa pressão e velocidade.
(D) a digestão dos prótidos ocorre num tubo digestivo incompleto.
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4. Identifique o número de cavidades cardíacas presentes no coração dos anfíbios.
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5. Faça corresponder a cada uma das afirmações relacionadas com o intercâmbio de gases nos
animais e processos de obtenção de energia, expressas na coluna A, o respetivo conceito, que
consta da coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) Os gases respiratórios difundem-se para as células através da


1 – Difusão direta
superfície respiratória, sem intervenção de um fluido de transporte.
2 – Leucócitos
(b) Via catabólica de degradação de nutrientes que origina produtos
3 – Fermentação
ricos em energia potencial.
4 – Hematose branquial
(c) Processo que garante a transformação do sangue venoso em
5 – Respiração aeróbia
sangue arterial em evaginações da superfície do corpo.
6 – Capilares
(d) Vasos com reduzida área de secção que asseguram o
7 – Veias
intercâmbio de substâncias.
8 – Eritrócitos
(e) Elementos celulares anucleados com grande afinidade para o
oxigénio.

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6. Ordene as frases identificadas de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos
relacionados com o trajeto da glicose, desde o fígado até às células da rã-dos-bosques, durante os
invernos rigorosos do Canadá e do Alasca.
A – Transporte mediado de glicose para a corrente sanguínea.
B – Aumento da pressão osmótica sanguínea.
C – Despolimerização de um polissacarídeo de reserva animal.
D – Aumento da concentração de glicose nas células.

E – Manutenção da integridade celular.

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Grupo IV

O aparelho respiratório dos golfinhos amazónicos é semelhante ao de outros grupos de mamíferos


aquáticos, incluindo outros cetáceos. O artigo «Posterior respiratory apparatus of Inia geoffrensis and
Sotalia fluviatilis: structure and ultrastructure», publicado recentemente no «Internacional Journal of
Morphology», dá a conhecer as características do sistema respiratório de duas espécies de golfinhos-de-
rio: o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) e o tucuxi (Sotalia fluviatilis).

Para o desenvolvimento da pesquisa foram recolhidos cadáveres de golfinhos no Lago Tefé e na


Reserva Mamirauá, no Amazonas. O sistema respiratório das duas espécies de golfinhos foi analisado,
utilizando técnicas macroscópicas e microscópicas. O estudo identificou a existência de traqueia,
brônquio principal, brônquio traqueal e pulmão no aparelho respiratório dos golfinhos. Os botos e os
tucuxis, diferem do ser humano, pois possuem brônquio traqueal. Essa estrutura auxilia na entrada e
saída de ar nos pulmões e faz com que estes acumulem uma maior quantidade de oxigénio, não exigindo
muito tempo de exposição à superfície da água para a ventilação. A análise revelou ainda, pela primeira
vez em golfinhos de rio, a presença de esfíncteres mioelásticos, que se consideram fundamentais para o
armazenamento de mais oxigénio.
Baseado em https://amazonia.org.br/2018/02/estudo-caracteriza-sistema-respiratorio-de-golfinhos-de-rio/

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1. A superfície respiratória dos golfinhos-de-rio possui uma localização ________, adaptação,
geralmente, característica do ambiente ________.
(A) interna ... aquático
(B) interna ... terrestre
(C) periférica ... aquático
(D) periférica ... terrestre
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2. A hematose pulmonar que se verifica nos golfinhos-de-rio exige
(A) a difusão direta de oxigénio para os tecidos.
(B) a difusão facilitada de dióxido de carbono para o sangue.
(C) uma maior pressão parcial de dióxido de carbono nos alvéolos pulmonares.
(D) uma maior pressão parcial de oxigénio nos alvéolos pulmonares.
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3. Contrariamente à maioria dos mamíferos, as aves apresentam ________, estruturas que lhes
conferem uma ________ densidade, facilitadora do voo.
(A) pulmões ... maior
(B) pulmões ... menor
(C) sacos aéreos ... maior
(D) sacos aéreos ... menor
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4. De entre as afirmações relativas às características de todas as superfícies respiratórias, selecione
as corretas, transcrevendo para a sua folha de respostas os números romanos correspondentes.
I. São altamente vascularizadas para permitir a difusão direta de gases respiratórios.
II. Devem ser formadas apenas por uma única camada de células.
III. Os gases respiratórios difundem-se para o meio aquoso, o que requer a humidade permanente
das superfícies.
IV. A elevada área de contacto com o meio externo facilita a ocorrência das trocas gasosas.
V. A hematose traqueal é típica dos insetos.

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10 5. Associe a cada superfície respiratória, apresentada na Coluna I, as afirmações da
Coluna II, que lhes podem corresponder. Cada um dos números deve ser associado apenas a uma
letra e todos os números devem ser utilizados.

Coluna A Coluna B

1 – Invaginação da superfície corporal.


2 – Coincide com a superfície corporal.
3 – Realiza apenas difusão direta.
(a)Tegumento 4 – Pode realizar difusão direta ou indireta.
(b) Sistema de 5 – Termina diretamente nas células, com estruturas em
traqueias forma de fundo de saco.

(c)Brânquias 6 – Superfície respiratória da planária.


7 – Presente em anfíbios jovens.
8 – Evaginações da superfície corporal.
9 – Realiza apenas difusão indireta.

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6. Explique de que forma a presença de brônquio traqueal e de esfíncteres mioelásticos contribui para a
capacidade de sobrevivência dos golfinhos de rio no meio onde estes vivem.

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