Dicionário BDSM

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 28

Dicionário

BDSM

1
DICIONÁRIO BDSM
Abrasão -

Estimulação da superfície da pele por materiais abrasivos, tais


como: couro cru, lixa fina, escovas com cerdas metálicas ou não,
etc... com a intenção de provocar sensações intensas no(a)
submisso(a). Pode ou não deixar marcas temporárias.

Agulhas -

Prática que não é muito comum dentro do BDSM. Consiste no uso


de agulhas para se conseguir um efeito psicológico intenso no
parceiro(a). Os casos que temos conhecimento usam agulhas de
acupuntura com penetração subcutânea. Relatam-se casos de
uso de agulhas hipodérmicas também. Outra prática
potencialmente perigosa em função de doenças sexualmente
transmissíveis. Registramos que o adepto desta modalidade tem
seus conjuntos de agulhas individuais. Não são equipamentos que
possam ser emprestados. As agulhas descartáveis são quebradas
e jogadas no lixo depois de uma sessão. A regra adotada pelos
participantes é a mesma de outras práticas: cabeça e pescoço
são regiões proibidas para inserção de agulhas. As regiões
corpóreas mais freqüentemente utilizadas são: seios, coxas,
nádegas, pernas, pés e, em alguns casos, a região genital. As
agulhas são de um calibre muito pequeno, e são comumente
usadas para acupuntura. Acreditamos que o efeito é muito mais
psicológico do que o estímulo da dor física per si.

Algolagnia -

O ato de transformar a dor em prazer sexual. Um sinônimo para


sadomasoquismo.

2
Anal Play (Jogos Anais) -

Qualquer fetiche ou prática sexual concernente ao ânus e/ou


reto. Normalmente inclui: sexo anal, rimming, enema e fisting anal.

Anal Training (Treinamento Anal) -

Toda e qualquer atividade que vise a preparação do ânus para o


"Anal Play". Normalmente pode durar dias ou semanas, como, por
exemplo, um exercício de dilatação do ânus, preparando-o para
ser usado, o que demora pelo menos 2 semanas.

Anallingus -

Palavra de origem latina para exprimir o sexo oral anal. É o mesmo


que "rimming" para os americanos

Asfixia -

Prática de restrição de ar ou do fluxo sangüíneo amplificando a


sensação do orgasmo. Muito perigosa, podendo ocasionar a
morte.

Baunilha -

Termo usado para indicar o sexo convencional. Pessoas que não


estão envolvidas em
BDSM.

Barras de Imobilização -

São barras de metal ou madeira, de diversos comprimentos,


geralmente com um gancho no seu centro, são utilizadas para
manter braços e/ou pernas abertos e imobilizados. Podem vir com

3
tornozeleiras e/ou pulseiras nas extremidades ou não. Dificultam ou
impedem o submisso(a) de andar e dão acesso à área genital.
São utilizadas de diferentes maneiras quanto a sua fixação.

Bastinado -

De "bastão" (Do latim: "bastonis"," bastum") Ato de bater nas solas


dos pés. Acredita-se que o bastinado teve sua origem no mundo
árabe, onde até hoje é usado. Foi "importado" pelos europeus na
época das primeiras cruzadas. Também é referido a algumas
regiões da Ásia, como forma de castigo aplicada pelo marido à
mulher e aos filhos. A idéia do castigo do bastinado no mundo
árabe, além da dor física como forma de punição, é deixar o
castigado sem poder andar temporariamente, devido aos
ferimentos da punição, em uma clara posição de humilhação. O
Castigo consiste em imobilizar o(a) submisso(a), normalmente com
as solas dos pés para cima, e aplicar golpes com uma varinha de
"canning" somente nas solas dos pés. Deve-se observar que os pés
possuem um grande número de terminações nervosas e ossos
delicados e a possibilidade de um acidente é real. Não se aplica
o bastinado com objetos duros como pedaços de madeira ou
chibatas.

BDSM -

É a fusão de Bondage, Disciplina, Sadismo e Masoquismo (BDSM).

Bondage (Imobilização) -

O "B" do BDSM. Bondage na verdade conforma as práticas de


escravização. Popularmente usado para referir-se a atividades de
imobilização com cordas, lenços, algemas de couro ou metal,
tornozeleiras, "spread bars" (barras de alargamento que servem
para manter pernas e braços abertos visando à imobilização
do(a) parceiro(a)). Todas as "cenas" de Bondage remetem ao

4
tema básico: o cativeiro. Dentro dos grupos e comunidades de
BDSM existe uma regra básica de segurança, definindo que
imobilizações ou "amarrações" só são feitas do tórax para baixo.
Cabeça e pescoço são áreas proibidas devido à possibilidade de
asfixia. Dentro do S.S.C. há um limite de tempo para se deixar
alguém imobilizado, em decorrência da possibilidade de isquemia
tecidual, ou seja, da falta de irrigação sangüínea em uma área.
Algumas pessoas acham extremamente sensual a situação de
estarem imobilizadas, à mercê de outrem. Estar fisicamente
imobilizado dentro de um contexto de consensualidade dá a
possibilidade para os aficcionados de experienciar sua
sexualidade livremente, o que, talvez, de outro modo, estas
pessoas poderiam não ser capazes de se permitir em virtude de
questões morais ou de educação. Bondage pode ser também
visto como a transferência da responsabilidade para quem
coordena a ação.

Bottom -

(Do inglês: "bottom": fundo, inferior, nádegas) Termo em inglês


para se referir ao submisso(a)

Branding -

Queimadura na pele. Normalmente com ferros aquecidos ao


rubro, para produzir escarificação. O Branding pode ser parte de
uma cena, de um ritual ou modificação do corpo. Os desenhos
geralmente consistem em linhas e curvas não conectadas, feitas
individualmente e cada uma separada da outra por uma porção
de pele não alterada. A razão para as linhas não conectadas é
garantir que os elementos que formam o "design" da figura não
cicatrizem em uma figura disforme. A pele humana cicatriza de
maneira diferente da pele do gado. É o uso de um ferro em brasa,
com uma letra ou símbolo para marcar definitivamente alguém.
Deve ser sempre são, seguro e consensual. Historicamente, o

5
branding é relacionado como símbolo de criminalidade ou
escravidão. Marcas eram colocadas em criminosos na Idade
Média, e em escravos. Encontrado na comunidade BDSM em
relacionamentos estáveis e duradouros, onde o(a) submisso(a)
consente em levar uma pequena marca de "propriedade". Os
locais mais comuns para o branding são os seios, a parte interna
dos braços, a região lombar, nádegas e parte interna da coxa.
Como, ao cicatrizar, o branding aumenta de tamanho, atingindo
de 2 a 3 vezes o diâmetro original, especialistas em branding usam
pequenos "moldes" para esta prática. É uma atividade bastante
controversa dentro da comunidade BDSM. Mesmo feito com todos
os cuidados é extremamente doloroso, traumático, agressivo ao
corpo e permanente. E os relacionamentos humanos no mundo
de hoje são mutáveis. Como dizia o poeta Vinícius de Morais, "Que
seja eterno enquanto dure...".

Breast Bondage -

Ato de amarrar os seios femininos com corda, cadarço,


bandagens, etc. Como parte de um jogo erótico BDSM. Pode
incluir "nipple bondage", onde se amarram os mamilos dos seios.
Deve-se tomar cuidado com a amarração dos mamilos para não
se provocar uma isquemia tecidual.

Body Modification -

Qualquer atividade de modificação ou ornamentação do corpo


como ritual erótico, decorativo ou de fetiche. Comumente
incluem tatuagem, piercing, branding e cortes superficiais.

Butt Plug -

Objeto em forma de pênis, mas com um estreitamento na base,


próprio para ser inserido no ânus. Normalmente de látex ou

6
borracha. Alguns podem vibrar ou expelir líquidos. Podem ser
usados para treinamento anal.

Cage -

(Do inglês: gaiola) Podem ser de metal ou madeira, mas devem


ser grandes o suficiente para acomodar uma pessoa.

Cane -

Uma vara de bambu ou rattan, que geralmente tem entre 30 e 60


centímetros de comprimento. Muito utilizada pelos ingleses
durante sua permanência na Índia, como instrumento de
disciplina.

Canga-

(Do chinês: "Kang-kia") Instrumento de tortura que consiste em


duas tábuas articuladas que se abrem no sentido longitudinal.
Possue três ou cinco recortes simétricos por onde se encaixa e se
prende a cabeça e os punhos ou, a cabeça, os punhos e os
tornozelos do escravo(a). As tábuas são fechadas e o escravo(a)
é impedido de sair. Pode ter várias alturas diferentes aumentando
o suplício do escravo(a);

Cateter -

(Do grego "katheter"). Sonda cirúrgica. Instrumento tubular feito de


materiais diversos, o qual é introduzido no corpo
com o objetivo de retirar ou inserir
líquidos e efetuar exames. No BDSM é
utilizado para controle das
necessidades fisiológicas do
submisso(a).

7
Cateter de Foley -

Tipo de cateter onde um balão pode ser inflado com uma solução
estéril em uma das extremidades.

Cat o' Nine Tail -

(Do inglês: gato de nove caudas) Termo originalmente usado para


se referir a um chicote usado pela marinha britânica em punições
à bordo de seus navios de guerra. Atualmente usado para referir-
se a chicotes com muitas pontas.

Cavalete -

Peça com quatro pés, revestida de espuma ou não na parte


superior, podendo conter argolas para fixação dos punhos e
tornozelos. Dentro do BDSM o cavalete é amplamente utilizado
para a prática do spanking ou canning. O escravo(a) debruça-se
no cavalete e é atado nas argolas do mesmo. O cavalete deixa o
escravo(a) exposto ao dominador(a), pela posição assumida.

CBT - Cock and Ball Torture -

(Do inglês: Tortura de Bola e Pau) Prática de tortura específica do


submisso masculino. Consiste em se aplicar jogos de tortura na
região genital masculina. Basicamente se usam "clamps", cintos de
castidade para pênis, pesos, etc..

Chibata -

Peça composta de um cabo e uma haste semi-flexível,


normalmente utilizada para montaria. Consegue-se bastante
precisão no spanking.

8
Chicote -

Composto de um cabo, uma única longa tira de couro, podendo


ter na ponta um pedaço triangular de couro. É o instrumento
usado pelos domadores de feras nos circos.

Cinto de Castidade -

Aparelho fechado por cadeado ou outro dispositivo que outrora


as mulheres usavam, principalmente na idade média, com a
finalidade de impedir as relações sexuais. Dentro do BDSM os
cintos de castidade tem aplicações temporárias, por horas ou
dias, e normalmente são de couro ou um metal não oxidante.
Visam impedir o contato sexual. Para os
submissos homens existe um aparelho que
envolve o pênis e torna a ereção
extremamente dolorosa.

Chuva Dourada -

Ver: "Golden Shower"

Chuva Marrom -

Ato de defecar no submisso(a) Deve-se notar que as fezes contem


inúmeras bactérias e germes nocivos á saúde.

Clamp -

Prendedores usados em mamilos, lábios vaginais, escroto, etc.


Acessório comum em uma cena de SM. Pode ter mola para
aumentar ou diminuir a pressão, pode ter ganchos para se
pendurar pesos ou correntes. Normalmente fabricados de plástico
ou metal.

9
Coleira -

Um símbolo de entrega usada por um(a) submisso(a). Uma coleira


é posta ou dada em um relacionamento como um profundo
símbolo de entrega. Um(a) submissa(o) encoleirada(o) é
considerado como propriedade ou parceira(o) de um(a)
dominador(a). Pode ser usado também como equipamento em
uma imobilização.

Consensual -

Atividades ou comportamentos acordados e de conhecimento de


todos os que estão envolvidos. A consensualidade verdadeira
exige que todos os participantes envolvidos em uma prática
BDSM, sejam dominadores(as) ou submissos (as), tenham um
mínimo de conhecimento do que vai ser feito e como vai ser feito,
e tenham conhecimento dos possíveis riscos. No Brasil, a
consensualidade ainda é algo pouco difundido e menos ainda
praticada em seu sentido mais profundo. Não basta dizer, por
exemplo, "vou te amarrar". Tem de existir tanto por parte do
submisso como por parte do dominador o conhecimento de
como fazê-lo, controlando os possíveis riscos e controlando todos
os aspectos envolvidos. Sejam técnicos, teóricos, práticos ou
psicológicos.

Contrato -

Um acordo escrito e formal entre as partes (dom e sub) definindo


direito e obrigações de cada um. Estes contratos não têm
qualquer valor jurídico, mas algumas vezes são utilizados para
definir relacionamentos.

10
Crossdressing -

Ato de se vestir um homem de mulher ou mulher de homem. Mais


comum entre homens submissos, do que em mulheres submissas,
talvez por causas sociológicas. Em alguns grupos o homem
submisso assume verdadeiramente o papel de mulher, inclusive
servindo sexualmente. Uma espécie de travestismo.

Cruz em "X" ou Cruz de Santo André -

Cruz em forma de X, com argolas em todas as extremidades.


Utilizada dentro do BDSM para imobilizar o escravo(a).

Disciplina -

O "D" do BDSM. Pode ser: punição, disciplina estruturada visando


treinar o submisso(a), componentes de jogos de
castigo/recompensa. A definição de Disciplina dentro do BDSM é
muito ampla e será tratada em trabalho à parte.

Dogwoman -

(Do inglês: "dogwoman" - mulher cachorro) Ato do submisso(a)


atuar e comportar-se como um cachorro ou cadela. Dentro do
BDSM, deve comer em uma terrina, dormir aos pés da cama do
dono(a), assumir posições previamente treinadas, etc...A prática
de dogwoman requer adestramento como um cachorro/cadela.

Dorei -

(Do japonês: "Dorei". Tradução aproximada: escrava). Nome dado


á mulher submetida ao Shibari (Ver: Shibari)

11
DST -

Doença Sexualmente Transmissível. Doenças que são transmitidas


devido ao contato com fluídos corporais de outra pessoa.

Eletrodo -

Condutor metálico de vários formatos, por onde uma corrente


elétrica entra no sistema ou sai dele. O eletrodo dentro do BDSM é
usado para aplicação de impulsos elétricos no corpo humano.
(Ver: "eletro-estimulação") Pode ter várias formas e tamanhos.

Eletroestimulação -

Práticas de eletroestimulação não são freqüentes dentro da


comunidade BDSM. Talvez pelo perigo que potencialmente
representam para a vida das pessoas envolvidas. Um ponto
bastante reforçado por pessoas da comunidade é que
eletroestimulação não é aplicação de choques elétricos e sim a
possibilidade de dar ao parceiro(a) estímulos externos
completamente diferentes e atuando profundamente no corpo.
Esta prática requer conhecimentos de anatomia e eletricidade
para se alcançar todo o potencial existente. Podese, segundo
depoimentos de aficcionados, conseguir a estimulação
involuntária de nervos e músculos no corpo, gerando desde uma
simples sensação de "formigamento" até seguidos orgasmos.
Existem aparelhos específicos para esta prática que limitam a
corrente utilizada e advertem claramente em seu manual de
instruções que toda e qualquer atividade com eletroestimulação
deve ser feita da cintura para baixo. Esta prática é proibida aos
portadores de marca-passo, cardiopatas e pessoas que sofrem de
epilepsia. Também é desaconselhada para pessoas que têm
"piercings" no corpo.

12
Endorfinas -

(Beta-Endorfinas) - Componente químico produzido naturalmente


pelo organismo humano que está envolvido na percepção
cerebral da dor. O nome é derivado de "endo" que significa
interno e de "morfina". As endorfinas são quimicamente
semelhantes aos opiáceos. A grande euforia descrita por alguns
submissos(as) após sessões de BDSM onde a dor atinge níveis altos,
em parte pode ser associada á liberação de endorfinas pelo
corpo humano.

Enema -

Ato de se inserir no ânus e reto determinada quantidade de


líquido, visando a humilhação, quebra de resistência psicológica
ou preparo para o sexo anal. Também existe a palavra pouco
utilizada "clister", em português, ou "klistier", em alemão, para
designar enemas.

Escarificação -

A escarificação é o ato de provocar pequenas cicatrizes na pele


com instrumentos cortantes, lixas, ou materiais abrasivos. Prática
pouco freqüente na comunidade BDSM. Usada em situações de
SM, e quase nunca encontrada em situações de BD e DS. Os
cortes são superficiais e podem ter formas geométricas, letras, etc.
Como há sangramento, o risco de transmissão de doenças é
grande. É mais comum a auto-escarificação e existem sites na
Internet dedicados a esta modalidade, que está pouco associada
ao BDSM e vem ganhando espaço entre culturas alternativas.
Socialmente encontrada em tribos africanas, algumas culturas da
Polinésia e Oceania, são símbolos ritualísticos de passagem ou, na
África, denotam o status marital de uma mulher.

13
Espéculo Vaginal -

Instrumento médico usado para se examinar a vagina, dilatando-a


mecânicamente. Usado em práticas de exposição e jogos
médicos. São feitos de plástico e descartáveis. Requer uma certa
técnica a introdução de um espéculo na vagina.

Fang Chung Chu -

(Artes da Câmara Interior) É o coletivo para as práticas sexuais


chinesas taoistas, praticadas para se conseguir a unidade com o
Tao ou a imortalidade. São relatados casos de estados alterados de
consciência ao se fazer uso desta prática. A muito grosso modo é
o equivalente chinês ao Kama Sutra Indiano. Algumas práticas
BDSM utilizam-se da técnica do Fang Chung Chu.

Fist Fucking -

Do inglês: Fist: punho + Fucking (meter, na gíria) . Uma das mais


intensas práticas dentro do BDSM. Consiste na introdução da mão
(punho) na vagina ou ânus. Tem mais adeptos dentro da
comunidade gay, mas não está associada á práticas
homossexuais dentro da comunidade BDSM. Inicialmente, o
dominador(a) introduz vagarosamente os dedos, até conseguir
um relaxamento muscular do parceiro(a). Deve existir uma grande
cumplicidade entre o dominador(a) e o submisso(a) para esta
atividade. Fisting requer tempo, atenção, cuidado e carinho. Com
a lubrificação adequada, fisting não é necessariamente uma
experiência dolorosa. De qualquer maneira, é consenso dentro da
comunidade BDSM que a prática do fisting não é utilizada para
causar dor e sim prazer no(a) parceiro(a) como uma forma intensa
de penetração. Praticantes de Fist Fucking dizem que esta é uma
atividade sensorialmente profunda, tanto para quem está
recebendo como para quem está conduzindo. O fisting tem
inúmeros componentes psicológicos: Pode remeter à uma
14
sensação de violação, humilhação ou abandono. O punho é um
símbolo de poder, literalmente. A introdução do punho dentro do
corpo de um ser humano tem um enorme impacto tanto
emocional quanto sexual, pois diferente de objetos artificiais
(vibradores, butt plugs, etc.) a destreza e o movimento da mão
provoca uma sensação única. Lembramos que a introdução de
qualquer coisa no ânus/reto é uma atividade de alto risco, que
pode resultar em hemorragia.

Fisting -

Inserção completa da mão na vagina (fisting vaginal) ou ânus


(fisting anal). Esta prática requer tempo, conhecimento mútuo,
relaxamento e paciência.

Gag, Gag Ball -

Instrumentos que são inseridos na boca para evitar que um


submisso(a) possa falar. Podem ter a forma de bola, freio; podem
ser rígidas ou moles. Não se deve usar as Gag balls que possuem
balão de inflar, pois podem induzir a um sufocamento. Deve-se
também, ao se usar gag balls, convencionar uma "safe word" que
possa ser entendida pelo dominador(a), como, por exemplo:
batidas com as mãos ou pés, movimento de cabeça, ou algo
similar, visando preservar a segurança da situação.

"Gatilhos Emocionais" -

Associações de palavras, gestos, ações, comportamentos ou


situações que provocam e desencadeiam reações emocionais.
Um bom dominador(a) deve possuir tato para perceber quais são
os gatilhos que desencadeiam reações positivas e negativas em
seus submissos(as). E deve ter responsabilidade para usá-los ou
evitá-los também.

15
Golden Shower -

Técnica de humilhação, onde o dominador(a) urina no corpo do


submisso(a)

Gor, Goreano -

Estilo de BDSM baseado nos livros de John Norman. Pouco


adotado em virtude de uma visão machista e desprovida do
S.C.C. Seus maiores seguidores estão nos E.U.A.

Hojojutsu -

(Do japonês: "hojoju-tsu")


Também referido como Kinbaku
Técnica tradicional de encarceramento e tortura usada no Japão
feudal pelos samurais e pela polícia, com 4 leis fundamentais:

1- Impedir o prisioneiro de escapar


2- Não causar nenhum dano físico ou mental ao
prisioneiro
3- Não divulgar a técnica de hojojutsu a
ninguém que não pertença ao clã
4- Ter uma concepção artística ao executar
o hojojutsu

Do Hojojutsu originou-se o Shibari


O hojojutsu foi aplicado até meados de
1900 pela polícia local japonesa.

16
Kaviar -

Gíria na língua alemã para designar fezes entre os apreciadores


de coprofagia.

Kimbaku -

(Do japonês "kimbaku"). Palavra usada no Japão para designar o


Shibari. (Ver: Shibari)

Limites -

As fronteiras das atividades no BDSM acordadas e conversadas


entre dominador(a) e submissa(o), definindo o que e até onde
uma prática, uma cena ou um relacionamento podem ir. Limites
devem ser obrigatoriamente respeitados. O limite se aplica às
regras, cenas, práticas, níveis de dominação e submissão,
duração das cenas, etc.

Masoquismo -

O gosto erótico pela dor, humilhação em ser dominado(a).


Algumas vezes o termo é usado para designar a pessoa que gosta
de dor mais intensa, ou que tem prazer em atividades que causem
maior nível de dor.

Mentor -

Um conselheiro, alguém em quem se possa confiar plenamente, e


que tenha um certo conhecimento de técnicas BDSM. É um amigo
e instrutor, tanto para a parte técnica como para a parte
conceitual do BDSM

17
Mumificação -

Prática de se imobilizar o submisso(a), enrolando o corpo deste


com ataduras, plástico, filme de PVC transparente (Magipack), ou
congênere, impossibilitando qualquer movimento. Cuidado
especial deve ser tomado para se evitar asfixia. Algumas vezes a
prática de mumificação induz o(a) submisso(a) a um estado
eroticamente alterado de consciência, provocando um mergulho
no interior de si mesmo.

Medical Play -

Consiste nas práticas com alguns objetos de uso médico. Os mais


difundidos são: espéculos vaginais, espéculos retais, e ânsucópios.
Enemas, cateteres, agulhas e fist fucking podem entrar em sessões
de Medical Play. Luvas cirúrgicas descartáveis são comumente
utilizadas. Existe aqui uma boa dose de exposição da região
genital e, em função disso, pode-se pensar em estímulos sensuais
subseqüentes decorrentes de exibicionismo e do prazer advindo
da sensação de estar envergonhado, que se somam aos estímulos
principais, provenientes da relação de "dominação/submissão".

Palmatória -

Pedaço de madeira ou borracha, pesada, as vezes furada, similar


á uma raquete de pingpong, mas ligeiramente afilada, utilizada
para spanking.

Pelourinho -

Coluna de pedra ou madeira com argolas na parte superior para


fixação de cordas ou algemas. Existem alguns modelos com
argolas para fixação de tornozeleiras. Inicialmente usado para

18
castigar escravos, dentro do BDSM é utilizado para imobilização
de escravos(as).

Piercing -

Embora o piercing não esteja envolvido diretamente em práticas


dentro do BDSM, hoje é amplamente usado dentro de um
conceito estético. Reportamos casos de submissos(as) que usam
piercings como forma de exteriorizar simbolicamente a entrega ao
seu dominador(a). Registramos duas modalidades diferentes de
piercings dentro do BDSM: as práticas temporárias, e o piercing
como símbolo. Nas práticas temporárias são utilizadas agulhas ou
piercings de calibres pequenos, e são mais comumente inseridos
nos pequenos lábios vaginais na mulher, no escroto no homem, ou
nos mamilos em ambos os sexos. Os piercings no escroto que
reportamos foram feitos subcutâneos, não penetrando
profundamente. Nos mamilos, ao invés do piercing em forma de
argola, reportamos para os casos temporários, o uso de agulhas
que transfixavam os mamilos onde eram pendurados pequenos
pesos. Ao término da sessão eram retirados. Piercings definitivos
são usados dentro do BDSM nos mamilos e região genital. Podem
ser dispostos em formas simétricas na vagina ou escroto e ligados
por pequenas correntes, dentro de jogos de imobilização.
Piercings precisam ser feitos sob condições específicas que
certamente não são as de uma sessão BDSM: Os instrumentos
usados devem ser estéreis. O diâmetro do cateter guia (usado
para fazer o furo) depende da densidade do tecido a ser
perfurado. A pele é presa com uma pinça e aplicam-se agentes
bactericidas no local. O cateter é inserido e o furo é feito. Retira-se
o cateter e coloca-se o piercing, que deve ser de material
hipoalergêncio. (ouro, platina, nióbio ou aço inoxidável cirúrgico).
Piercings requerem de seis a oito semanas para cicatrização. Se
for aplicado na região genital, a abstinência sexual durante este
período é obrigatória. Lembramos que piercings podem causar
hemorragia, necrose de tecido e danos a nervos. Técnicas

19
diferentes aplicam-se a áreas diferentes do corpo. A escolha do
calibre apropriado do cateter e do piercing é crucial.

Ponyboy -

Submisso treinado para agir e se comportar como um pony, ou


cavalo.
É um pouco incomum dentro do BDSM o fetiche por ponyboys

Ponygirl -

Submissa treinada para agir e se comportar como um


pony, ou cavalo. Existem roupas e acessórios para
ponygirls.

Privação Sexual -

Ato de impedir física ou mentalmente que o(a) submisso(a) tenha


prazer. Pode ser aplicado tanto por voz de comando, caso haja
um condicionamento para tal, como por meio de aparelhos para
impedir as sensações físicas.

Proibição de Orgasmo -

Ato de proibir, apenas pela ordem verbal a obtenção de orgasmo


por parte do submisso(a). É comum o(a) dominador(a) ordenar ao
submisso(a) que não goze, a não ser que ordenado pelo
dominador(a). Requer uma grande dose de concentração e
auto-controle.

Restrições -

Uma variante da imobilização, onde se priva o(a) submisso(a) de


alguns dos sentidos: a visão, a audição, a fala, etc. Na

20
comunidade BDSM é comum o uso de vendas, mordaças ou gag-
balls, tampões de ouvido, etc. visando gerar no(a) submisso(a)
uma expectativa, uma tensão do que está por acontecer. Em
formas mais pesadas de práticas BDSM se tem conhecimento do
uso de sondas uretrais para controle das necessidades fisiológicas
do submisso(a) e uso de cinto de castidade por tempo
determinado, tanto em homens quanto em mulheres, impedindo o
ato sexual tanto anal quanto vaginal. Outra atividade bastante
popular é a "proibição" do gozo por parte do submisso(a), onde
este deve aguardar a permissão de seu mestre ou dominador(a)
para tal. Nota-se aqui o componente erótico que sempre está
presente. O que se busca é prazer mútuo dentro do São, do
Seguro e do Consensual.

Rimming -

É o sexo oral no ânus. Ato de lamber ou beijar o ânus.

Sexo Anal -

Embora largamente praticado fora do contexto BDSM, é utilizado


como forma simbólica de posse e dominação ou de entrega e
submissão. Alguns cuidados básicos devem ser tomados para o
sexo anal: As doenças sexualmente transmissíveis, em especial a
AIDS; a penetração vaginal logo após a penetração anal é outro
descuido freqüente e serve de porta de entrada na vagina para
bactérias que estão no ânus e reto, propiciando uma série de
problemas para a mulher. A "perda das pregas" é um folclore.
Ninguém perde pregas por praticar sexo anal. Exploram-se
também as várias possibilidades do uso do ânus dentro do BDSM.
Enemas, Fisting, butt-plugs para relaxamento dos esfíncteres, etc.
Mas, basicamente, todos têm a mesma função: servir como
veículo de prazer e simbolizar a entrega para outro(a) de algo que
não é comum e, portanto, especial.

21
Shibari -

(Do Japonês: "Shibari" - amarrar)


Termo genérico utilizado atualmente para designar o bondage
japonês.
Técnica de bondage extremamente estética, derivada do
"Hojojutsu" (ver:- hojojutsu) e originária no Japão feudal, com
profundas raízes na cultura Japonesa. Cada clã medieval japonês
possuía sua própria técnica que era zelosamente guardada.
Inicialmente era utilizada como forma de imobilização, castigo e
punição aos prisioneiros.

O Shibari ou hojojutsu era aplicado pela polícia local e pelos


samurais com dois objetivos principais: imobilizar a vítima e coloca-
la em uma postura de submissão e humilhação.
O Shibari teve uma revalorização erótica á partir de 1960. No
japão é formalmente conhecida como "Kinbaku-bi" e existem
teatros especializados onde se pode, mediante pagamento de
ingresso, assistir a um espetáculo de shibari. Os mestres de Shibari
japonês são muito respeitados.
A mulher japonesa que é submetida ao shibari recebe o nome de
"Dorei" - (Ver:- Dorei)

Spanking -

Nome utilizado dentro da comunidade BDSM para o ato de bater,


notadamente na região das nádegas. Não se pode confundir o
spanking dentro do BDSM e do S.S.C. com o ato da violência física.
São situações diametralmente opostas. Nenhum dominador(a) ou
submisso(a) corrobora ou aceita a idéia de que para entregar-se
deve apanhar ou tomar uma surra. O spanking visa o prazer mútuo
e é uma forma de se potencializar o desejo. Necessário fazer uma
ressalva aqui, que em algumas culturas orientais, o ato de bater
para estimular sensualmente é amplamente aceito e difundido,

22
basta consultar o Kama Sutra No Brasil spanking engloba o ato de
bater com as mãos, chicote, vara, chinelo ou palmatória.
Nos Estados unidos e Europa, há uma distinção entre o Spanking,
Whipping e "Canning". "Whipping" é qualquer atividade que
envolva chicotes e Canning, que envolva varas. (bambu, rattan,
etc.). No BDSM pratica-se o spanking de várias formas. Com a
mão, aplicando-se palmadas, onde não é a força que importa,
mas sim o ritmo e a constância; e com chicotes dos mais variados
tipos, chibatas, chinelos, etc. Mas não com varas. Canning não é
spanking. A prática de se bater com uma vara é extremamente
perigosa e pode provocar sérias lesões internas. Raramente
utilizada dentro do BDSM como forma de castigo severo. É
consenso que o rosto e pescoço são áreas proibidas para
spanking em virtude da quantidade de tecidos e órgãos que
podem ser facilmente lesados. (ex: olhos, nariz, boca, cabeça). A
maior parte das pessoas "SM" que gostam de punições corporais
incluem o spanking em suas atividades. Uma cena de spanking
começa com um "jogo" real ou imaginário de punição por alguma
falta ou ato cometido pelo submisso(a) No contexto BDSM
spanking é associado para aumentar a sensação de
vulnerabilidade física do parceiro. Muitos fatores, entretanto, são
comuns na figura do dominador(a): autoridade, coerção erótica,
humilhação e representação da figura paterna, que podem
despertar mecanismos de prazer no submisso(a). Havelock Ellis e,
posteriormente, Wilhelm Stekel abordaram aspectos psicológicos
das atividades de spanking que indicamos para quem quiser se
aprofundar neste tema sob outra óptica.

Spread Bar -

Barras longas, usualmente de metal madeira com argolas e/ou


furos em cada ponta, usadas em situações de imobilização para
manter os braços ou pernas do submisso(a) afastadas.

23
Subspace -

Um estado físico e mental ocasionado pela liberação de


endorfinas. As endorfinas podem ser liberadas devido ao "stress" ou
á uma prática intensa e m uma sessão BDSM. Não é um
acontecimento comum.

Sucção -

Sucção da pele ou de órgãos genitais, realizado com o auxílio de


bomba de vácuo manual ou eletro-mecânica. Pequenos copos
de vidro ou plástico, conectados por tubos plásticos e aplicados
aos seios, genitais femininos ou masculinos.
Pela diferença de pressão, provoca-se o "inchaço" da região onde
é aplicado. Se utilizado com muita pressão, deixa marcas
circulares roxas.
A medicina chinesa utiliza uma técnica similar.

Switcher -

Do inglês "switch" (trocar) - Pessoa que tem prazer em atuar como


dominador(a) e submisso(a).

Suspensão -

Técnica de imobilização onde o peso do(a) submisso(a) é


totalmente ou parcialmente suspenso por algemas e tornozeleiras
especiais. Não se faz suspensão só com
cordas ou algemas ou tornozeleiras
comuns. Esta prática requer cuidados
especiais com o equipamento, fixação,
tempo de permanência em suspensão e
posição.

24
Sete por Vinte e Quatro (7/24) -

(De: 7 dias por semana, 24 horas por dia.) Filosofia dentro do BDSM
onde, analisando de um modo simplista, as pessoas envolvidas se
propõem a viver um relacionamento de Dominação/Submissão 24
horas por dia. Este tópico também é muito abrangente e
merecerá estudo à parte.

Tickling -

Pratica aparentemente inocente, mas utilizada milenarmente


pelos chineses como tortura menor. O tickling é o ato de se aplicar
cócegas e beliscões em alguém. Psicologicamente perturbador,
depois de um tempo transforma-se em uma poderosa forma de
estímulo sensual. Existe um componente psicológico muito forte
nas cócegas, talvez por remeter às "couraças musculares" tão
bem tratadas por Reich . Normalmente o tickling é feito com o
submisso(a) imobilizado para evitar fugas ou movimentos
involuntários bruscos. O dominador(a) pode usar as mãos, penas,
pequenos "rastelos", ou qualquer coisa que provoque cócegas. Se
aplicado por muito tempo pode ocasionar incontinência urinária,
o popular "urinar nas calças de tanto rir". Excluindo-se o nervosismo
inicial, uma sessão de tickling libera uma quantidade considerável
de endorfinas no cérebro. É comum o submisso sentir uma mistura
de sensações de bem estar e esgotamento físico depois de uma
sessão de tickling. O dominador(a) deve observar que uma sessão
prolongada de cócegas pode ser extremamente perigosa.

Top -

Homem ou mulher que está na posição de dominação. (Do inglês:


"top" em cima, acima)

25
Tortura Genital -

O princípio básico da tortura genital é provocar sensações


profundas e intensas diretamente nas zonas erógenas do corpo. A
intensidade e as atividades variam de pessoa para pessoa e de
prática para prática. Reportamos um grande cuidado dos
praticantes para que não se ultrapasse o ponto onde a dor deixa
de estar associada ao prazer. A área genital e os mamilos estão
sujeitos a danos irreversíveis mesmo sob "castigos" moderados e os
praticantes são muito cautelosos neste tipo de atividade. Pode-se
usar gelo, velas (parafina), "imobilização", prendedores, pesos e
uma infinidade de equipamentos para se praticar tortura genital.
Esta prática está na maioria das vezes inserida em um contexto
mais amplo. É muito raro uma sessão só de tortura genital,
entretanto muitos homens e mulheres são particularmente sensíveis
a castigos genitais, estimulando o(a) Dominador(a) a gastar mais
tempo nesta modalidade. A tortura genital no homem submisso é
conhecida como CBT (Cock and Ball Torture) e compreende toda
e qualquer prática visando a impossibilidade de ereção, dor e/ou
castigo físico no pênis, bolsa escrotal e púbis.

Trampling -

É o ato de ser pisado(a) pelo dominador(a) estando este(a)


descalço(a) ou com sapatos. Mais comumente observado no
fetiche por pés. O risco do trampling é a pressão exercida por
saltos altos muito finos, concentrando o peso do corpo do
dominador(a) em uma área muito pequena. Novamente,
cabeça, pescoço, plexo solar, e região genital são proibidos
segundo relatos dos praticantes do BDSM. Admite-se o trampling
na região genital, desde que feito sem sapatos, e dentro da tríade
do S.S.C., o conceito de segurança é duplamente observado. Um
trampling na região genital masculina pode causar sérias lesões e,

26
até mesmo, a perda das gônadas. Trampling no pescoço
invariavelmente conduz a morte.

TT (Tit Toture) -

Do inglês, tortura nos seios.

Velas - Cera -

Prática dentro do BDSM onde a parafina de uma vela é gotejada


no corpo do submisso(a). Deve-se evitar derramar parafina muito
de perto, bem como não se utilizar velas coloridas, porque o
corante da parafina aumenta o ponto de liquefação da mesma.
Velas coloridas, aromatizadas e similares, podem ocasionar
queimaduras sérias.

Water Sports -

Na sexualidade humana, os mais profundos tabus são contra-


balanceados pelo desejo de transgredir a fronteira tênue entre o
permitido e o proibido. Neste tópico, abordaremos as atividades
mais comuns associadas a Water Sports: enemas e golden shower
(urina). Talvez, o desconforto que este assunto provoca explique a
escassez de trabalhos e estudos sérios a respeito de Water sports
como manifestação erótica. Mas o que é afinal Water Sports? É
interesse erótico na eliminação, tanto natural como induzida
(enemas) de fezes e urina. Clinicamente, os atos e práticas a ela
associados são classificados como parafilias. Assim, Clismafilia é a
erotização com enemas, Urofilia é o estímulo erótico por ver, entrar
em contato, receber no corpo urina, ou urinar em alguém.
Coprofilia é similar a Urofilia, mas envolve fezes, Cateterofilia é o
estímulo erótico em usar ou aplicar em alguém um cateter, para
controlar ou expelir urina. De todas estas práticas, os golden
showers (ato de urinar ou receber urina no corpo do parceiro(a) e
os enemas ( introdução de água no ânus, através de um irrigador)

27
são as mais comuns). Toda e qualquer atividade de Water Sports
tem um grau de risco. Um enema feito de uma maneira
inadequada, por exemplo, pode ter conseqüências fatais. Urina,
mesmo sendo um ambiente hostil para vírus e bactérias não está
acima de infecções. Um cuidado muito grande durante as
atividades foi observado em todas as descrições e relatos dos
praticantes de Water Sports. Dentro do BDSM enemas e golden
showers são formas utilizadas para simbolizar submissão e posse e
também são utilizados como instrumentos em dominação mental,
pois associam a sensação de uma profunda "entrega" (o cólon e
reto dilatados por uma certa quantidade de água) à atividade de
evacuar que o ser humano faz em absoluto isolamento. É uma
experiência psicológica profunda receber um enema de um
dominador(a), ter de reter este enema por uns 15 minutos, e
depois ir ao banheiro sem poder fechar a porta para expelir o
enema.

28

Você também pode gostar