Icms RJ 2009

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PROFESSOR CLAUDIO ZORZO

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Concurso para SEFAZ/RJ –2009

Contabilidade Geral e de Custos

61. A Cia. Esmeralda apresenta os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:


Vendas brutas:................................................................................... $90.000
Impostos sobre operações financeiras:............................................... $10.000
Imposto predial da fábrica:................................................................... $5.000
Comissão de vendas:........................................................................... $4.000
Devolução de vendas:.......................................................................... $2.000
Devolução de compras:........................................................................ $6.000
IPI nas compras:................................................................................ $20.000
ICMS sobre vendas:........................................................................... $20.000
Ajuste a valor presente das Duplicatas a Receber de Clientes:............... $8.000
Ajuste a valor presente de Contas a Pagar:............................................ $1.000
Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é contribuinte dos
impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia. Esmeralda adota o CPC
12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que indique o valor da Receita Líquida
apurada em 2008.

(A) $ 70.000. (B) $ 56.000. (C) $ 68.000. (D) $ 64.000. (E) $ 60.000.

O CPC 12 trata do ajuste a valor presente.

O ajuste a valor presente é o valor referente aos juros e taxas embutidas no preço de uma
venda a prazo. Na DRE deverá ser reconhecido como dedução das vendas somente o ajuste
a valor presente de duplicatas a receber.

RBV = 90.000

(-) Dedução = (30.000)


2.000 – devolução de vendas
20.000 – Icms sobre vendas
8.000 – ajuste a valor presente

(=) RLV = 60.000

62. A Cia. Rubi efetuou as seguintes operações durante o


ano de 2009:
Vendas:............................................................................................$100.000
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Consumo de materiais adquiridos de terceiros:...................................$20.000


Receitas financeiras:............................................................................$8.000
Despesas de aluguel:...........................................................................$2.000
Receitas de aluguel:.............................................................................$1.000
Pagamento de salários:......................................................................$24.000
Despesa financeira:..............................................................................$5.000
Impostos pagos:..................................................................................$2.000
Juros sobre capital próprio:................................................................$10.000
Despesa de depreciação:.....................................................................$5.000
Dividendos:.........................................................................................$2.000
Despesa de seguros:............................................................................$4.000
Serviço de terceiros:..........................................................................$12.000
Provisão para créditos de liquidação duvidosa:.....................................$3.000

Em 31.12.2009, o valor adicionado a distribuir da Cia.Rubi será de:


(A) $ 65.000.
(B) $ 68.000.
(C) $ 63.000.
(D) $ 69.000.
(E) $ 72.000.

A DVA é uma demonstração que tem por objetivo apresentar a riqueza gerada pela
empresa, bem como esta riqueza foi distribuída para o governo, sócios, empregados e
financiadores.

Em regra a DVA e a DRE são complementares, pois tratam dos mesmos itens com enfoque
diferente.

1) Primeiro vou classificar as contas na DVA.

Vendas = riqueza gerada


Consumo de materiais adquiridos de terceiros = insumos
Receitas financeiras = riqueza recebida em transferência
Despesas de aluguel = riqueza distribuída aos financiadores
Receitas de aluguel = riqueza recebida em transferência
Pagamento de salários= riqueza distribuída aos funcionários
Despesa financeira = riqueza distribuída aos financiadores
Impostos pagos = riqueza distribuída ao governo
Juros sobre capital próprio= riqueza distribuída aos sócios
Despesa de depreciação = retenção de riqueza
Dividendos = riqueza distribuída aos sócios
Despesa de seguros = insumos
Serviço de terceiros = insumos
Provisão para créditos de liquidação duvidosa = redutora da riqueza gerada pela empresa
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2) elaborar a DVA

Riqueza gerada pela empresa = 97.000


Vendas = 100.000
(-) PDD = (3.000)

(-) Insumos = (36.000)


Consumo materiais = 20.000
Despesa de seguro = 4.000
Serviços de terceiros = 12.000

(=) Valor adicionado bruto = 61.000

(-) depreciação = (5.000)

(=) Valor adicionado líquido produzido pela empresa = 56.000

(+) Valor adicionado recebido em transferência = 9.000


Receitas financeiras = 8.000
Receitas de aluguel = 1.000

(=) Valor adicionado a distribuir = 65.000

63. A Cia. Turmalina apresentou os seguintes saldos em 2008:


Aquisição de Matérias Primas:..........................................................$57.000
Saldo Inicial do Inventario de Produtos Acabados:.............................$30.000
Consumo de Matérias Primas no período:.........................................$87.200
Saldo Inicial de Inventário de Produtos em Processo:........................$26.800
Mão de Obra Direta consumida no período:.......................................$73.200
Custos Indiretos de Fabricação:.........................................................$36.800
Despesas de Propaganda:.................................................................$25.000
Saldo Final do Inventário de Produtos Acabados:...............................$21.200
Saldo Final de Inventário de Produtos em Processo:..........................$14.400

Assinale a alternativa que indique o valor dos Custos dos Produtos Vendidos, que
deverá ser apresentado na Demonstração do Resultado de 2008.
(A) $ 108.400.
(B) $ 188.200.
(C) $ 218.400.
(D) $ 243.400.
(E) $ 213.200.

1) em primeiro devemos calcular o CPP – custo da produção do período;


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CPP = matéria prima + mão de obra direta + custos indiretos de fabricação

CPP = 87.200 + 73.200 + 36.800

CPP = 197.200

2) agora vamos calcular o CPA – custo da produção acabada

CPA = Estoque inicial de produtos em elaboração + CPP – estoque final de produtos em


elaboração

CPA = 26.800 + 197.200 – 14.400

CPA = 209.600

3) agora devemos calcular o CPV – custo dos produtos vendidos

CPV = estoque inicial de produtos acabados + CPA – estoque final de produtos acabados

CPV = 30.000 + 209.600 – 21.200

CPV = 218.400

64. A Cia. Topázio apresentou o seguinte Balanço em 31.12.2008:


ATIVO
Disponibilidades 180.000
Clientes 100.000
Seguros Antecipados 20.000
Investimentos – Cia. Alfa 100.000
Equipamentos 200.000
Total 600.000
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Financiamentos 310.000
Capital Social 290.000
Total 600.000

As seguintes operações ocorreram durante o ano de 2009:

I. a empresa auferiu receitas de vendas no valor de $ 600.000, integralmente


recebidas.
II. a empresa incorreu em despesas operacionais no valor de $ 250.000, que serão
pagas no período seguinte.
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III. os equipamentos são depreciados à taxa de 10% ao ano, sem considerar valor
residual.
IV. a Cia. Alfa, em que a Cia. Topázio tem 100% de participação, gerou um lucro de
$10.000.
V. metade do saldo inicial de caixa foi aplicada gerando um rendimento de 12%
durante o ano.
VI. do saldo de clientes, 90% foram integralmente recebidos.
VII. compra de um terreno por $ 40.000 à vista.
VIII. os financiamentos consumiram encargos de 10% sobre o saldo inicial, que foram
pagos no período.
IX. os seguros antecipados foram 100% apropriados ao resultado do período.

Dado que a empresa reconhece como operacionais as opções existentes no CPC 03,
aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que indique o valor do caixa gerado pela
atividade operacional da empresa durante o ano de 2009.

(A) $ 649.800.
(B) $ 669.800.
(C) $ 690.000.
(D) $ 849.800.
(E) $ 870.000.

O fluxo de caixa dividido por atividades operacionais, de financiamento e de investimento.

O fluxo de caixa operacional é aquele que apresenta as atividades rotineiras da empresa,


como recebimentos e pagamentos do dia a dia. Em regra são variações do ativo e passivo
circulante.

O caixa somente será alterado pela entrada e saída de dinheiro no disponível.

Explicação dos fatos:

I – altera para mais o fluxo operacional em 600.000


II – não altera o fluxo de caixa, pois as despesas não foram pagas.
III – não altera o fluxo de caixa, pois não houve saída de dinheiro.
IV – não altera o fluxo de caixa; houve um ganho na equivalência patrimonial, não
entrando dinheiro.
V – somente será alterado o caixa pelos juros recebidos – 12% de 90.000,00 a aplicação
financeira de liquidez imediata é considerada equivalente a caixa.
VI – o caixa será alterado para mais em 90.000,00
VII – altera para menos o caixa em 40.000,00, entretanto, a alteração foi no fluxo de
investimento. Esta operação não afeta as atividades operacionais.
VII – altera o caixa para menos no fluxo de caixa operacional, juros pagos de 31.000,00.
IX – não altera o fluxo de caixa.
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Como a questão esta solicitando somente o fluxo de caixa operacional as movimentações


foram:

Entradas = 710.800,00
(+) 600.000 – vendas a vista (I)
(+) 10.8000 – juros recebidos (V)
(+) 90.000 – recebimento de clientes (VI)

Saídas = 31.000
(-) 31.000 – pagamentos de juros
Variação das atividades operacionais = 669.800,00

65. No ano de 2008, a Cia. Cotia produziu 248 unidades do produto C a um custo total
de $ 124.000. Considerando o custo unitário variável de $ 420 e o preço de venda
unitário de $ 580, indique a quantidade do produto C que a empresa deve produzir e
vender por ano, antes do Imposto de Renda e Contribuição Social, para que seja
alcançado seu Ponto de Equilíbrio Contábil.

(A) 104 unidades. (B) 108 unidades. (C) 116 unidades. (D) 136 unidades. (E) 124
unidades.

O ponto de equilíbrio contábil é ponto onde o valor das receitas iguala-se ao das despesas.
É o quociente simples da divisão dos valores dos custos fixas pela margem de contribuição
unitária. Nesse aspecto, não haveria lucro e nem prejuízo contábil.

Custo total = 124.000,00


Unidades produzidas = 248
Custo total unitário = 500,00

Custo total unitário = custo fixo + custo variável


Custo fixo = 500,00 – 420,00
Custo fixo = 80,00

Margem de contribuição = preço de venda – custo variável


Margem de contribuição = 580,00 – 420,00
Margem de contribuição = 160,00

Ponto de equilíbrio = custo fixo total / margem de contribuição unitária


Ponto de equilíbrio = 80,00 x 248 unidades / 160,00
Ponto de equilíbrio = 19.840/ 160
Ponto de equilíbrio = 124 unidades
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66. A Cia. Ametista apresentou os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:


Vendas:........................................................................................$1.000.000
Custo das Mercadorias Vendidas:....................................................$520.000
Despesas Administrativas:.................................................................$90.000
Dividendos:......................................................................................$90.000
Devolução de Vendas:.......................................................................$60.000
Despesas Financeiras:....................................................................$250.000
Receitas Financeiras:......................................................................$120.000
Abatimentos sobre Vendas:...............................................................$50.000
Reserva de Contingências:................................................................$30.000
Reversão da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa:.............$40.000

Assinale a alternativa que indique o lucro líquido apresentado pela Cia. Ametista
relativo ao ano de 2008.
(A) $ 100.000.
(B) $ 110.000.
(C) $ 160.000.
(D) $ 190.000.
(E) $ 80.000.

Nesta questão basta elaborar a DRE. A reserva será formada no PL, a partir da conta lucros
acumulados.

RBV = 1.000.000

(-) DEDUÇÃO = (60.000 + 50.000)

(=) RLV = 890.000

(-) CMV = (20.000)

(=) LOB = 370.000

(-) DESP. OPERACIONAIS = ( 90.000 + 250.000)

(+) RECEITAS OPERACIONAIS = 120.000 + 40.000

(=) LOL = 190.000

67. Em 31/12/2008, a Cia. Itu tinha em seu estoque 8 unidades da mercadoria k, sendo
seu estoque avaliado por $ 640.
Durante o mês de janeiro de 2009, a Cia. Itu realizou as seguintes operações:
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I. Compra de 12 unidades de k pelo valor total de $ 1.020.


O frete de $ 200 é pago pelo fornecedor.
II. Compra de 15 unidades de k pelo valor total de $ 1.350.
O frete de $ 150 é pago pelo comprador.
III. Venda de 25 unidades de k por $100 cada.
IV. Compra de 10 unidades de k pelo valor total de $ 850.
O frete de $ 100 é pago pelo comprador.
V. Venda de 13 unidades de k por $ 110 cada.

Em 31/01/2009, os valores aproximados de estoque final, de acordo com os métodos


PEPS e Custo Médio Ponderado Móvel, foram respectivamente:
(A) $ 595 e $ 599. (B) $ 595 e $ 619. (C) $ 665 e $ 649. (D) $ 510 e $ 649.
(E) $ 510 e $ 619.

Nesta questão basta conhecer um pouco dos métodos de controle de estoque e saber que o
frete pago pelo comprador é custo da mercadoria comprada, ou seja, será somado ao valor
da compra.

PEPS – primeira mercadoria que entra é a primeira a sair. O estoque final neste método é
formado pelas últimas compras.

Basta verificar o número de unidades que restou no estoque e ver quanto foi o valor da
compra.
Estoque Inicial = 8 unidades
Compra = 12 unidades
Compra = 15 unidades
Venda = 25 unidades
Compra = 10 unidades
Venda = 13 unidades

Estoque final = 7 unidades

A última compra foi de 10 unidades a $ 950,00 , então o valor unitário é de $ 95,00 o


estoque final pelo método PEPS é de 7 unidades a $95,00 cada, totalizando $ 665,00.
09 (PROVA 02.08.2009) CADERNO DE PROVA TIPO 02
CONCURSO PÚBLICO PARA FISCAL DE RENDAS PÁGINA – 17
68. A Cia. Turfa efetuou as seguintes operações em 2008:
Receitas operacionais:....................................................................$ 500.000
Despesas de salários (totalmente dedutíveis):.................................$ 100.000
Despesas administrativas (totalmente dedutíveis):...........................$ 200.000

Do total das Receitas, 15% são auferidas de instituições governamentais e ainda não
foram recebidas. Além das despesas de salários e administrativas, foram
provisionadas contingências trabalhistas no valor de $ 40.000. Desse montante foi
efetuado um depósito judicial de $ 20.000.
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Considerando que a alíquota do Imposto de Renda e da Contribuição Social


(somadas) é de 34%, assinale a alternativa que indique, respectivamente, os saldos
ativos e passivos do Imposto de Renda e da Contribuição Social diferidos.

Obs.: A empresa reconhece de forma plena o efeito sobre variações temporárias.

(A) zero e $ 42.500. (B) $ 6.800 e zero. (C) $ 11.900 e zero. (D) $ 13.600 e $ 25.500.
(E) $ 6.800 e $ 25.500.

Prezados amigos, esta questão fica por conta do pessoal da FGV e seu eterno
preciosismo. Deve ter sido tema de uma monografia orientada por alguém da FGV.

Nesta questão devemos entender o que imposto de renda diferido, segundo a deliberação
CVM 273 de 1998.

Obrigações Fiscais Diferidas são os valores do imposto de renda e da contribuição social a


pagar em períodos futuros, com relação a diferenças temporárias tributáveis.

Ativos Fiscais Diferidos são os valores do imposto de renda e da contribuição social a


recuperar em períodos futuros, com relação a:

a) diferenças temporárias dedutíveis;


b) compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados.

DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS TRIBUTÁVEIS

Algumas diferenças temporárias surgem quando se inclui receita ou despesa no resultado


contábil em um período, e no resultado tributável em período diferente. A seguir,
apresentam-se exemplos de diferenças desse tipo que são diferenças temporárias tributáveis
e, portanto, resultam em obrigações fiscais diferidas:

a) a depreciação considerada na determinação do resultado tributável pode ser diferente


daquela que é considerada na determinação do resultado contábil.
Surge, então, uma diferença entre o valor líquido contábil do ativo e sua base fiscal, que é o
custo do ativo menos as correspondentes depreciações acumuladas, permitidas pela
legislação fiscal. Se essa diferença reverter-se ao longo do tempo, teremos uma diferença
temporária. Uma aceleração da depreciação para fins fiscais resulta em uma obrigação
fiscal diferida. Por outro lado, uma aceleração da depreciação para fins contábeis resulta em
um ativo fiscal diferido;

b) receita contabilizada, mas ainda não recebida, relativa a contratos de longo prazo de
construção por empreitada ou de fornecimento de bens ou serviços, quando celebrados com
o governo ou entidades do governo;
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c) ganhos de capital registrados contabilmente e decorrentes de vendas de bens do ativo


imobilizado, cujo recebimento e tributação dar-se-ão a longo prazo.

DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS DEDUTÍVEIS

A seguir são dados exemplos de diferenças temporárias dedutíveis que resultam em ativo
fiscal diferido:

a) provisão para garantia de produtos, registrada na contabilidade no período de sua venda,


mas dedutível para fins fiscais somente quando realizada;
b) provisão para gastos com manutenção e reparo de equipamentos, deduzida, para fins
fiscais, apenas quando estes forem efetivamente realizados;
c) provisão para riscos fiscais e outros passivos contingentes;
d) provisões contabilizadas acima dos limites permitidos pela legislação fiscal, cujos
excessos sejam recuperáveis fiscalmente no futuro, tal como a provisão para créditos
duvidosos ou em liquidação;
e) provisão para perdas permanentes em investimentos;
f) receitas tributadas em determinado período, que somente serão reconhecidas
contabilmente em período ou períodos futuros, para atender ao Princípio da Competência;
g) amortização contábil de ágio que somente será dedutível por ocasião de sua realização
por alienação ou baixa;
h) certos ativos podem ser reavaliados, sem que se faça um ajuste equivalente para fins
tributários. A diferença temporária dedutível surge se a base fiscal do ativo exceder seu
valor contábil ajustado ao valor de mercado (reavaliação negativa), ou valor de
recuperação.

No balanço patrimonial, o ativo e o passivo fiscais devem ser apresentados separadamente


de outros ativos e passivos, e o ativo e o passivo fiscais diferidos devem distinguir-se dos
correntes. O passivo fiscal corrente deve ser classificado no passivo circulante. O ativo ou
passivo fiscal diferido deve ser classificado destacadamente no realizável ou exigível a
longo prazo e transferido para o circulante no momento apropriado, mas sempre
evidenciando tratar-se de item fiscal diferido.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são atribuíveis às diferenças


temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil. O
registro dos créditos fiscais está baseado na expectativa de geração de lucros tributáveis
futuros e os débitos fiscais nos pagamentos posteriores, quando a receita se realizar
financeiramente.

Em regra o Imposto de renda diferido é um ajuste entre o lucro contábil e o lucro fiscal,
pois, pelo princípio da competência, as receitas e despesas deverão ser registradas quando
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ocorreram, independentemente do recebimento ou do pagamento; entretanto o fisco, aceita


a postergação do pagamento ou do direito a recuperar do imposto de renda em alguns casos.

Na questão devemos atentar para a informação de que 15% das receitas foram ganhas e não
recebidas de instituições governamentais, ou seja, 75.000,00 das receitas não deverá sofrer
tributação neste momento, mesmo que já tenha sido reconhecida como receita na DRE.

75.000, x 34% = 25.500

Este valor deverá ser reconhecido com PIR diferido no passivo, e será pago na medida em
que a empresa tenha recebido o valor financeiramente.

O registro contábil é:

D – imposto de renda a pagar – 25.500


C – imposto de renda diferido – PC ou PNC – 25.500

O ativo fiscal diferido decorrente de prejuízos fiscais de imposto de renda e bases negativas
de contribuição social deve ser reconhecido, total ou parcialmente, desde que a entidade
tenha histórico de rentabilidade, acompanhado da expectativa fundamentada dessa
rentabilidade por prazo que considere o limite máximo de compensação permitido pela
legislação.

A provisão para contingência é uma obrigação que surgiu do registro de uma despesa com
contingências, atendendo o princípio da prudência e competência.
D – despesas com contingências
C – provisão para contingências – 40.000

Destes 40.000,00, segundo as informações acima, a empresa poderá registrar um ativo


fiscal diferido de 34%.

40.000,00 x 34 % = 13.600

69. A Cia. Três Corações abriu seu capital em 2008, por meio de emissão de títulos
patrimoniais, autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários.
A empresa incorreu em $ 2.000.000 de custos de transação diretamente atribuíveis à
emissão efetuada. De acordo com o CPC 08, aprovado pelo CFC, esse valor deve ser
reconhecido como:
(A) Despesa Financeira.
(B) Ativo Intangível.
(C) Ativo Diferido.
(D) Redutor do Patrimônio Líquido.
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(E) Despesa Antecipada.

O CPC 08 trata do custo da transação de títulos no mercado.

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às atividades


necessárias exclusivamente à consecução das transações de títulos da empresa. São, por
natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados se essas
transações não ocorressem. Exemplos de custos de transação são:
a) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
b) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores,
consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretores etc.);
c) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows);
d taxas e comissões;
e) custos de transferência;
f) custos de registro.

Os custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores
mobiliários, encargos financeiros, custos internos administrativos ou custos de
carregamento.

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de


títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de
patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem
ser reconhecidos em conta de reserva de capital.

70. A Cia. Turquesa realizou as seguintes operações em 2009:


I. Compra de estoques a prazo: $ 100.000, tributada pelo ICMS em 18%;
II. Venda de 80% das unidades compradas. A receita de vendas somou $ 150.000, a
prazo.

Em 31.12.2009, o lucro líquido e o ICMS a recolher serão, respectivamente:


Obs.: considere a alíquota do ICMS em 18% e ignore o IR.
(A) $ 57.400 e $ 9.000.
(B) $ 23.000 e $ 18.000.
(C) $ 41.000 e $ 27.000.
(D) $ 57.400 e $ 18.000.
(E) $ 23.000 e $ 27.000.

Na compra o ICMS é um direito (ICMS a recuperar) e na venda é uma dedução (ICMS


sobre vendas) que vai aumentar o passivo ( ICMS a recolher). No fim do mês deve ser feita
a compensação entre o ICMS a recuperar e o ICMS a recolher.
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Compra =
D – mercadoria = 82.000
D – ICMS a recuperar = 18.000
C – fornecedores = 100.000

Venda =
D – clientes = 150.000
D – ICMS sobre vendas = 27.000
D – CMV = 65.600
C – mercadorias = 65.600
C – ICMS a recolher – 27.000
C – Vendas = 150.000

DRE
RBV = 150.000

(-) dedução = (27.000)


icms sobre vendas =27.000

(=) RLV = 123.000

(-) CMV = (65.600)

(=) lucro bruto= 57.400

Compensação do ICMS

D – ICMS a recolher – 18.000


C – ICMS a recuperar – 18.000

Com este lançamento ficará de ICMS a recolher a diferença de $ 9.000.

71. Em 01.04.2009, a Cia. Platina adquiriu um equipamento para ser utilizado em sua
fábrica no valor de $ 113.000. Os seguintes custos adicionais são diretamente
relacionados
ao ativo:
Frete:..................................................................................................$5.000;
Seguro do transporte:..........................................................................$2.000;
Seguro anual:....................................................................................$12.000.

O equipamento tem vida útil estimada em 12 anos. Após esse período, o valor residual
é estimado em zero.
Para atendimento do CPC 01, aprovado pelo CFC, deve ser efetuada em 31.12.2009 a
avaliação do valor recuperável do ativo.
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As informações obtidas nesta data são as seguintes:


Valor líquido de venda:......................................................................$90.000;
Valor presente dos benefícios futuros em uso:.................................$140.000.

Em 31.12.2009, o valor líquido do equipamento que deve ser apresentado no Balanço


Patrimonial da Cia. Platina será:

(A) $ 120.063. (B) $ 112.500. (C) $ 111.500. (D) $ 140.000. (E) $ 90.000.

Esta questão trata da recuperabilidade de um ativo.

1) Em primeiro para aplicar o teste de recuperabilidade devemos apurar o valor contábil do


Bem.
Custo = 113.000
(+) frete = 5.000
(+) seguro de transporte = 2.000
Custo total = 120.000

O seguro anual é despesa operacional e não entra no custo do Bem.

Calculo da depreciação =
bem / vida útil
120.000/12 anos = $10.000 ao ano

Como o bem foi comprado em abril de 2009, no ano irá depreciar somente $ 7.500.

Apuração do valor contábil do bem =

Bem = 120.000
(-) DA = (7.500)
(=) valor contábil = 112.500

2) aplicar o teste de recuperabilidade

Para verificar o valor que o bem deverá ser apresentado no BP, devemos apurar o valor de
realização em dinheiro, pela venda e o valor de realização econômica, pelo uso, dos dois o
maior valor, é o recuperável. Entretanto o valor recuperável não pode ser maior que o valor
contábil.

Como o valor de venda é de 90.000 e o valor de uso é de 140.000, o maior dos dois é o
valor de uso, que neste caso não poderá ser registrado; assim o valor do bem é o seu valor
contábil.

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