571

PROPAGAÇÃO DE JABUTICABEIRA POR

ENXERTIA E ALPORQUIA1

SIMONE APARECIDA ZOLET SASSO2, IDEMIR CITADIN3, MOESES ANDRIGO DANNER4

RESUMO – O objetivo deste trabalho foi investigar a eficiência das técnicas de enxertia e alporquia na
produção de mudas de jabuticabeira. Testou-se a pega de enxertia de três espécies de jabuticabeira (Plinia
cauliflora, P. trunciflora, P. jaboticaba) sobre porta-enxertos de P. cauliflora, em duas épocas (maio e agosto).
Avaliaram-se a brotação e o número e tamanho de brotos, após 90 dias da implantação do experimento. Para
alporquia, foram testados dois diâmetros de ramos (1,0-1,5 cm e 2,0-2,5 cm) e duas larguras do anelamento
(1,5 cm e 3,0 cm), na espécie P. cauliflora. Avaliaram-se o enraizamento e o número e tamanho de raízes,
após 180 dias da implantação do experimento. A enxertia e a alporquia são técnicas recomendáveis para a
propagação da jabuticabeira, pois proporcionam alto percentual de formação de mudas, de até 72,9% e 87,5%,
respectivamente. Houve pega de enxertia das três espécies enxertadas sobre P. cauliflora. A utilização de
garfos retirados de plantas em frutificação deve ser evitada, pois ocorre inibição da brotação dos enxertos. Na
alporquia, ramos de diâmetro de 2,0-2,5 cm proporcionam maior enraizamento e maior número e tamanho
de raízes, em relação a ramos de menor diâmetro (1,0 a 1,5 cm).
Termos para indexação: Plinia sp., produção de mudas, compatibilidade, enraizamento.

PROPAGATION OF JABUTICABA TREE FOR GRAFTING AND

AIR LAYERING TECHNIQUES

ABSTRACT – The objective of this work was to test the efficiency of grafting and air layering propagation
techniques for Jabuticaba tree. Compatibility of grafting of three species of jabuticaba tree (Plinia cauliflora,
P. trunciflora and P. jaboticaba) on rootstocks of P. cauliflora, and two periods (May and August) was tested.
The percentage of grafting, number and size of shoots, was evaluated 90 days after the experiment started.
Air layering was made in P. cauliflora using two diameters of branches (1.0-1.5 cm and 2.0-2.5 cm) and two
widths of girdling (1.5 cm and 3.0 cm). It was evaluated the rooting percentage, the number and the length of
roots, 180 days after the experiment started. Both, grafting and air layering are recommended for Jabuticaba
tree propagation, because these techniques provide high percentage of nursery plant formation, up to 72.9%
and 87.5%, respectively. There was grafting development of the three species grafted onto P. cauliflora
rootstocks. The utilization of grafts collected from plants in fructification should be avoided, because they
reduce the percentage of grafting development. In air layering, branches with diameter of 2.0-2.5 cm provide
higher percentage of rooting, number and size of roots, than branches with smaller diameter (1.0 to 1.5 cm).
Index terms: Plinia sp., plant propagation, compatibility, rooting.

1
(Trabalho 108-09). Recebido em: 04-05-2009. Aceito para publicação em: 10-02-2010.
2
Enga. Agra., MSc. UTFPR, Campus Pato Branco. [email protected]
3
Eng. Agr., Dr., Professor Titular, UTFPR, Campus Pato Branco. Via do conhecimento, km 01, Pato Branco-PR. 85503-390
[email protected] – autor para correspondência
4
Eng. Agr., MSc., Doutorando UFPR, Bolsista CAPES. Professor Substituto, UTFPR, Campus Pato Branco. [email protected]

Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 32, n. 2, p. 571-576, Junho 2010

572 PROPAGAÇÃO DE JABUTICABEIRA POR ENXERTIA E ALPORQUIA

Tendo em vista a morosidade para a entrada

INTRODUÇÃO em produção, que oscila de oito a quinze anos após
A jabuticabeira (Plinia sp.) é originária do o plantio da muda oriunda de sementes (MATTOS,
centro/sul/sudeste do Brasil, pertence à família 1983), o uso de técnicas de propagação que anteci-
Myrtaceae e são conhecidas nove espécies. Dentre pem o período reprodutivo poderá contribuir para
elas, destacam-se P. trunciflora Berg, conhecida a exploração econômica da jabuticabeira. Além
como jabuticaba de cabinho; P. cauliflora (DC) Berg, disso, a propagação proporciona a manutenção das
conhecida como jabuticaba paulista ou jabuticaba- características da planta-matriz nos descendentes,
açu; e P. jaboticaba (Vell.) Berg, conhecida como assegurando a formação de pomares homogêneos,
jabuticaba-Sabará, sendo esta a espécie mais conhe- facilitando os tratos culturais.
cida e comercializada no Brasil (MATTOS, 1983). Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi
O potencial de comercialização da jabuticaba investigar a eficiência das técnicas de enxertia e
é grande em função de suas características organolép- alporquia na formação de mudas de jabuticabeira.
ticas (MAGALHÃES et al., 1996), sendo apreciada
tanto para consumo in natura como para a fabrica- MATERIAL E MÉTODOS
ção de geleia, suco, sorvete, bebidas fermentadas e
licores. Em 2008 foram comercializados 1.849.735 Foram realizados dois experimentos, um
kg de jabuticaba, na Companhia de Entrepostos e utilizando a técnica de enxertia e outro utilizando a
Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), sendo técnica de alporquia em jabuticabeira.
95,6% oriundo do próprio Estado, principalmente
dos municípios de Casa Branca e Avaí. O preço Experimento 1: Propagação de jabutica-
variou de R$ 4,50 a 5,00 por kg, em setembro de beira por enxertia
2008. Setembro e outubro concentraram aproxima- Foi testada a pega de enxertia de três espécies
damente 60% da produção e comercialização anual. de jabuticabeira (P. cauliflora, P. trunciflora, P. jabo-
A comercialização de jabuticaba nas Centrais de ticaba) sobre porta-enxertos de P. cauliflora, que é a
Abastecimento S.A. (CEASA) de outros estados espécie de ocorrência natural em alguns municípios
totalizou 488.972 kg, sendo mais expressivo em da região sudoeste do Paraná.
Vitória-ES, com 170.166 kg, em Belo Horizonte-MG, O delineamento experimental adotado foi em
126.126 kg e em Curitiba-PR, 108.609 kg (Fanale, blocos ao acaso, com quatro repetições, no esquema
2008*). Segundo Demattê (1997), a jabuticabeira fatorial 3 x 2, constituindo-se de três espécies de en-
também é muito apreciada para utilização como xertos e duas épocas de implantação (maio e agosto
planta ornamental, por apresentar aspecto atraente, de 2008). A unidade experimental foi constituída por
principalmente durante a floração. Além disso, a oito enxertos.
casca da jabuticaba apresenta elevados teores de Como porta-enxertos, utilizaram-se plantas
antocianinas e flavonoides (DANNER et al., 2008; de jabuticabeiras nativas da região sudoeste do
TEIXEIRA et al., 2008). Estes compostos apresen- Paraná (P. cauliflora), com 18 e 21 meses de idade,
tam atividades anticarcinogênicas (HAGIWARA et para a época de maio e de agosto, respectivamente.
al., 2001; KAPADIA et al., 1997) e antioxidantes Os garfos foram retirados de ramos apicais de plantas
(PIETTA, 2000; WANG et al., 2000), o que pode adultas (35 a 40 anos) das espécies P. cauliflora, P.
representar um forte apelo comercial para aumentar trunciflora e P. jaboticaba, localizadas no município
o consumo in natura desta fruta e sua utilização pela de Itapejara D`Oeste-PR.
indústria alimentícia, de cosméticos e farmacêutica. Em casa de vegetação, foi procedida a en-
Porém, um dos maiores problemas enfren- xertia de garfagem de topo em fenda cheia. O porta-
tados para a expansão do cultivo de jabuticabeira enxerto foi podado entre 15 e 20 cm de altura. Os
é o alto custo das mudas, devido principalmente à garfos foram preparados com aproximadamente 10
dificuldade de multiplicá-las vegetativamente. Desta cm de comprimento, retirando-se todas as folhas. A
forma, o principal método de produção de mudas de porção apical do garfo foi recoberta com parafina der-
jabuticabeira ainda é por sementes, principalmente retida, para evitar desidratação. Imediatamente após
por ser difícil o enraizamento de estacas, conforme a realização da enxertia, efetuou-se o amarrio com
verificado por vários autores (LEONEL et al., 1991; fita parafinada tipo “Bud type”. As folhas existentes
DUARTE et al., 1997; SCARPARE FILHO et al., no porta-enxerto, abaixo do ponto de enxertia, foram
1999; CASAGRANDE Jr. et al., 2000; SCARPARE mantidas para não paralisar a atividade fotossintética
et al., 2002; PEREIRA et al., 2005). da planta e facilitar a pega.
*FANALE, C. I. (Técnico de Mercado do CEAGESP Palestra Workshop-Jaboticaba: da produção ao consumidor, 24 out. 2008, USP-
São Paulo)- Comunicação pessoal, 2008.
Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 32, n. 2, p. 571-576, Junho 2010
 S. A. Z. SASSO et al. 573

As plantas enxertadas foram mantidas em casa presença de frutos nesta espécie. Portanto, não é in-
de vegetação com temperatura controlada (mínima dicada a realização de enxertia com garfos retirados
de 15°C e máxima de 28°C), com sistema de aque- de plantas-matrizes em frutificação. Salienta-se que
cimento e de resfriamento, e com cobertura e laterais as plantas das outras duas espécies (P. cauliflora e
em placas de policarbonato transparente. P. trunciflora), para as quais a brotação dos enxer-
As avaliações de percentual de brotação dos tos foi superior em agosto, ainda não estavam em
enxertos e do número e tamanho de brotos foram re- florescimento na data de coleta dos garfos. Nesse
alizadas 90 dias após a implantação do experimento. sentido, DeVier e Geneve (1997) observaram influ-
Os dados foram submetidos à análise de variância ência negativa do florescimento no enraizamento
(P≤0,05) e ao teste de Tukey (P≤0,05), pelo programa de estacas de crisântemo, o que parece ser devido à
computacional ‘Genes’ (CRUZ, 2006). competição direta por carboidratos, entre as flores e
o desenvolvimento de raízes.
Experimento 2: Propagação de jabutica- Para o número de brotos, a interação entre os
beira por alporquia fatores estudados também foi significativa. Destaca-
Foram utilizadas plantas adultas de jabutica- se que P. trunciflora obteve maior número de brotos
beira (Plinia cauliflora), com aproximadamente 20 em agosto, em comparação a maio, inclusive com
anos de idade, localizadas no município de Vitorino- maior número em relação às outras duas espécies.
PR. O experimento foi instalado em dezembro de Para o comprimento de brotos, não houve interação
2007. significativa entre espécies de enxertos e épocas
O delineamento experimental adotado foi o de do ano. Porém, houve diferença significativa entre
blocos ao acaso, com oito repetições (representadas espécies, pois P. jaboticaba apresentou maior com-
por plantas de jabuticabeira), no esquema fatorial 2 primento de brotos que P. trunciflora (Tabela 1).
x 2, constituindo-se de dois diâmetros de ramo (1,0- Em experimento semelhante ao atual, Men-
1,5 cm e 2,0-2,5 cm) e duas larguras do anelamento donça (2000) observou média de 85% de brotação,
(1,5 cm e 3,0 cm). não diferindo entre as espécies P. cauliflora, P.
Nas plantas, foram escolhidos ramos com jaboticaba e P. trunciflora, enxertadas sobre porta-
boa sanidade, vigor e com diâmetro desejado para enxertos de dois anos de P. jaboticaba ‘Sabará’,
realizar-se a alporquia. Procedeu-se a retirada da pela garfagem de topo em fenda cheia, realizada
casca em forma de anel, na largura correspondente ao em agosto. Além disso, Sampaio (1984) observou
tratamento, a qual foi recoberta com fina camada de que a enxertia por garfagem, realizada no verão, de
algodão e embebido na solução de AIB de 4.000 mg L-1 P. jaboticaba sobre porta-enxertos de P. cauliflora,
(DANNER et al., 2006). Em seguida, colocou-se 1,5 resultou em 30,5% de brotação, enquanto, utilizando
a 2 L de substrato Plantmax® Hortaliças umedecido e a enxertia por encostia durante outono-inverno, de P.
retido por pacote plástico, amarrado nas extremida- cauliflora sobre porta-enxertos da mesma espécie,
des. Mensalmente, os alporques foram umedecidos obteve 80% de brotação.
com 60 mL de água, utilizando-se de seringa plástica. Dessa forma, o trabalho atual também
A avaliação do percentual de enraizamento demonstra que a enxertia proporciona elevada efi-
foi realizada 180 dias após a implantação do experi- ciência na produção de mudas de jabuticabeira, e
mento. Os dados foram transformados em . que há desenvolvimento de brotações das espécies
Efetuou-se também a avaliação do número e do P. cauliflora, P. trunciflora e P. jaboticaba enxerta-
comprimento de raízes formadas. Os dados foram das sobre P. cauliflora. Porém, testes histológicos
submetidos à análise de variância (P≤0,05), pelo ou acompanhamento por um longo período destas
programa computacional ‘Genes’ (CRUZ, 2006). plantas em campo são necessários para que seja, de
fato, constatada a compatibilidade. Além disso, ainda
é necessário verificar a evolução do crescimento no
RESULTADOS E DISCUSSÃO
campo e o tempo transcorrido da enxertia até o início
Experimento 1: Propagação de da frutificação da muda enxertada.
jabuticabeira por enxertia
Considerando o percentual de brotação dos Experimento 2: Propagação de jabutica-
enxertos, houve interação significativa entre as beira por alporquia
espécies enxertadas e as épocas de realização da Para o percentual de enraizamento, não hou-
enxertia (Tabela 1). Houve menor percentual de ve efeito significativo da interação entre os fatores
brotação de enxertos de P. jaboticaba realizados em (diâmetro do ramo x largura do anelamento). Para os
agosto (15,6%), o que parece ter sido causado pela fatores considerados isoladamente, houve efeito sig-

Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 32, n. 2, p. 571-576, Junho 2010

574 PROPAGAÇÃO DE JABUTICABEIRA POR ENXERTIA E ALPORQUIA

nificativo para diâmetro do ramo. O maior diâmetro Observou-se também que as raízes adventícias
(2,0-2,5 cm) proporcionou 87,5% de enraizamento, foram formadas acima e abaixo da região do anela-
enquanto no menor (1,0-1,5 cm) obtiveram-se mento. Não ocorreu a formação de raízes diretamente
50,0%. Para o número e comprimento de raízes, os do calo, fato também observado em alporques de
efeitos dos fatores foram similares ao percentual de videira muscadínia por Pacheco et al. (1998).
enraizamento, destacando-se que, em média, o maior Na literatura, são poucos os trabalhos utilizan-
diâmetro de ramo proporcionou 42,3 raízes com 4,15 do alporquia em jabuticabeira. Recentemente, Danner
cm, enquanto, com ramos de menor diâmetro, foram et al. (2006) obtiveram sucesso com a utilização desta
obtidas 5,9 raízes com 1,95 cm (Tabela 2). técnica, que proporcionou até 100% de enraizamento
Como relatado, ramos com maior diâmetro de ramos de jabuticabeira, sendo que, quando a alpor-
(2,0-2,5 cm) apresentaram maior percentual de en- quia foi realizada em dezembro, não houve influência
raizamento, maior número e comprimento de raízes. significativa do uso de AIB.
Este fato pode estar relacionado à maior quantidade Os resultados obtidos neste experimento indi-
de carboidratos presentes nos ramos de maior diâ- cam que a alporquia proporciona elevado percentual
metro, em relação aos de menor diâmetro, pois os de formação de mudas. No entanto, ainda é necessário
carboidratos são fontes de energia, intensamente mo- verificar o desenvolvimento das mudas transplantadas
bilizados para o local em que ocorre o enraizamento e o intervalo de tempo entre seu plantio no campo e
(WIESMAN; LAVEE, 1995; HUSEN; PAL, 2007). o início da produção de frutos.

TABELA 1 – Brotação, número e comprimento de brotos de enxertos de três espécies de jabuticabeira (Plinia
cauliflora, P. trunciflora, P. jaboticaba) enxertadas sobre P. cauliflora em duas épocas (maio
e agosto). UTFPR, Câmpus de Pato Branco, 2009.
Brotação (%)
Época Plinia cauliflora Plinia trunciflora Plinia jaboticaba Média
Maio 50,8 aA* 67,9 aA 72,9 aA 63,9
Agosto 69,2 aA 48,6 aA 15,6 bB 44,5
Média 60,0 58,3 44,3 CV(%) = 13,7
Número de brotos
Maio 2,2 aA* 1,7 bA 1,6 aA 1,8
Agosto 2,3 aB 3,7 aA 1,9 aB 2,6
Média 2,25 2,7 1,75 CV(%) = 14,9
Comprimento (cm) de brotos
Maio 8,9 7,3 9,1 8,4NS
Agosto 6,7 4,3 9,3 6,8
Média 7,8 AB 5,8 B 9,2 A CV(%) = 22,0
*Médias seguidas de letras distintas, maiúsculas na horizontal e minúsculas na vertical, diferem entre si, pelo teste de Tukey (P≤0,05).
NS
: Não significativo pelo teste F (P≤0,05).

TABELA 2 – Enraizamento, número e comprimento de raízes de alporques de jabuticabeira (Plinia cau-

liflora) em função da largura do anelamento e do diâmetro do ramo. UTFPR, Campus Pato
Branco, 2009.
Enraizamento (%)
Largura do anelamento (cm)
Diâmetro do ramo (cm) 1,5 3,0 Média
1,0-1,5 25,0 75,0 50,0 b*
2,0-2,5 87,5 87,5 87,5 a
Média 56,25NS 81,25 CV(%) = 54,0
Número de raízes
1,0-1,5 5,6 6,1 5,9 b*
2,0-2,5 24,0 60,6 42,3 a
Média 14,8NS 33,4 CV(%) = 134,3
Comprimento (cm) de raízes
1,0-1,5 1,1 2,8 1,95 b*
2,0-2,5 4,2 4,1 4,15 a
Média 2,65NS 3,45 CV(%) = 65,5
NS
e *: Não significativo e significativo pelo teste F (P≤0,05), respectivamente.

Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 32, n. 2, p. 571-576, Junho 2010

 S. A. Z. SASSO et al. 575

DUARTE, O.R.; HUETE, M.; LÜDDER, S.P. Pro-

CONCLUSÃO
pagation of jabuticaba (Myrciaria cauliflora (Mart.)
Berg.) by terminal leafy cuttings. Acta Horticul-
Nas condições em que este trabalho foi turae, Wageningen, n.452, p.123-128, 1997.
desenvolvido, pode-se concluir que:
1-A enxertia pode ser utilizada para propaga- HAGIWARA, A.; MIYASHITA, K.; NAKANI-
ção de jabuticabeira. SHI, T.; SANO, M.; TAMANO, S.; KADOTA, T.;
2-Houve pega de enxertia de Plinia cauliflo- KODA, T.; NAKAMURA, M.; IMAIDA, K.; ITO,
ra, P. trunciflora e P. jaboticaba enxertadas sobre P. N.; SHIRAI, T. Pronounced inhibition by a natural
cauliflora. anthocyanin, purple corn color, of 2-amino-16-
3-A alporquia é uma técnica viável para a phenylimidazol (4,5-b) pyridine (PhIP)-associated
propagação da jabuticabeira e deve ser realizada em colorectal carcinogenesis in male F344 rats pre-
ramos de diâmetro de 2,0-2,5 cm. treated with 1,2- dimethylhydrazine. Cancer Let-
ters, Oxford, v.171, n.1, p.17-25, 2001.
REFERÊNCIAS HUSEN, A.; PAL, M. Metabolic changes during ad-
ventitious root primordium development in Tectona
CASAGRANDE JÚNIOR, J.G.; DUTRA, L.F.; grandis Linn. f. (teak) cuttings as affected by age of
TONIETTO, A.; NACHTIGAL, J.C.; STRELOW, donor plants and auxin (IBA and NAA) treatment.
E. Efeito do estiolamento de ramos e do AIB no New Forests, Sydney, v.33, n.3, p.309-323, 2007.
enraizamento de estacas herbáceas de jabuticabeira.
Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v.6, n.1, KAPADIA, G.J.; BALASUBRAMANIAN, V.;
p.24-26, 2000. TOKUDA, H.I.; WASHINA, A.; NISHINO, H.
Inhibition of 12-O-tetradecanoylphorbol-13-acetate
CRUZ, C.D. Programa genes: Estatística experi- induced Epstein virus early antigen activation by
mental e matrizes. Viçosa: UFV, 2006. 285p. natural colorants. Cancer Letters, Oxford, v.115,
n.2, p.173-178, 1997.
DANNER, M.A.; CITADIN, I.; JUNIOR, A.A.F.;
ASSMAN, A.P.; MAZARO, S.M.; DONAZZOLO, LEONEL, S.; VARASQUIM, L.T.; RODRIGUES,
J.; SASSO, S.A.Z. Enraizamento de jabuticabeira J.D.; CEREDA, E. Efeito da aplicação de fitorregu-
(Plinia trunciflora) por mergulhia aérea. Revista ladores e ácido bórico em estacas de jabuticabeira
Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.28, n.3, (Myrciaria cauliflora Berg.). Revista Brasileira
p.530-532, 2006. de Fruticultura, Jaboticabal, v.13, n.3, p.219- 222,
1991.
DANNER, M.A.; SASSO, S.A.Z.; CITADIN, I.;
AMBROSIO, R.; SACHET, M.R.; MAZARO, S.M. MAGALHÃES, M.M.; BARROS, R.S.; FINGER,
Variabilidade da qualidade de frutos de jabuticabeiras F.L. Changes in non-structural carbohydrates in
de diferentes sítios de ocorrência da região sudoeste developing fruit of Myrciaria jaboticaba. Scentia
do Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE Horticulturae, Amsterdam, v.66, n.1-2, p.17-22,
FRUTICULTURA, 20., Vitória, 2008. Anais... Vi- 1996.
tória: Sociedade Brasileira de Fruticultura, 2008. 1
CD-ROM. MATTOS, J.L.R. Fruteiras nativas do Brasil: jabo-
ticabeiras. Porto Alegre: Nobel, 1983. 92p.
DEMATTÊ, M.E.S.P. Ornamental use of Brazilian
Myrtaceae. Acta Horticulturae, Wageningen, n.452, MENDONÇA, R.M.N. Maturação, secagem e
p.143-179, 1997. armazenamento de sementes e propagação vege-
tativa de jabuticabeiras (Myrciaria sp.). 2000. 136
DeVIER, C.L.; GENEVE, R.L. Flowering influences f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Universidade
adventitious root formation in chrysanthemum cut- Federal de Viçosa, Viçosa, 2000.
tings. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v.70,
p.309-318, 1997.

Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 32, n. 2, p. 571-576, Junho 2010

576 PROPAGAÇÃO DE JABUTICABEIRA POR ENXERTIA E ALPORQUIA

PACHECO, A.C.; CASTRO, P.R.C.; APPEZZETO- SCARPARE F.V.; KLUGE, R.A.; SCARPARE FI-
DA-GLÓRIA, B. Aspectos anatômicos do enrai- LHO, J.A.; BORBA, M.R.C. Propagação da jabuti-
zamento da videira muscadínia (Vitis rotundifolia cabeira ‘Sabará’ (Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg.)
Michx.) através de alporquia. Scientia Agrícola, através de estacas caulinares. In: CONGRESSO
Piracicaba, v.55, n.2, p.210-217, 1998. BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17., 2002,
Belém. Anais... Belém: Sociedade Brasileira de
PEREIRA, M.; OLIVEIRA, A.L.; GONÇALVES, Fruticultura, 2002.
A.N.; ALMEIDA, M. Efeitos de substratos, valores
de pH e concentrações de AIB no enraizamento de TEIXEIRA, L.N.; STRINGHETA, P.C.; OLIVEIRA,
estacas apicais de jabuticabeira [Myrciaria jabotica- F.A. Comparação de métodos para quantificação de
ba (Vell) O. Berg.]. Scientia Florestalis, Piracicaba, antocianinas. Ceres, Viçosa, v.55, n.4, p.297-304,
n.69, p.84-92, 2005. 2008.

PIETTA, P. Flavonoids as antioxidants. Journal of WANG, C.J.; WANG, J.M.; LIN, W.L.; CHU, C.Y.;
Natural Products, Cincinnati, v.63, n.7, p.1035- CHOU, F.P.; TSENG, T.H. Protective effect of Hibis-
1042, 2000. cus anthocyanins against tert-butyl hidroperoxidein-
duced hepatic toxicity in rats. Food and Chemical
SAMPAIO, V.R. Propagação por enxertia do Saba- Toxicology, Oxford, v.38, n.5, p.411-416, 2000.
razeiro. Anais da ESALQ, Piracicaba, v.41, n.1,
p.135-140, 1984. WIESMAN, Z.; LAVEE, S. Relationship of carbo-
hydrate sources and indole-3-butyric acid in olive
SCARPARE FILHO, J.A.; NETO, J.T.; COSTA, cuttings. Australian Journal of Plant Physiology,
J.W.H.; KLUGE, R.A. Efeito do ácido indolbutírico Melbourne, v.22, n.5, p.811-816, 1995.
no enraizamento de estacas herbáceas de jabuticabei-
ra Sabará (Myrciaria jabuticaba), em condições de
nebulização. Revista Brasileira de Fruticultura,
Jaboticabal, v.21, n.2, p.146-149, 1999.

Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 32, n. 2, p. 571-576, Junho 2010