A Importancia Da Plantation Açucareira No Brasil Colonial
A Importancia Da Plantation Açucareira No Brasil Colonial
A Importancia Da Plantation Açucareira No Brasil Colonial
Abstract: This paper aims to show the importance of sugar plantation in colonial
Brazil, describing all its structure, both physical and cultural, since its origin, all its
implantation process in Portuguese America, its economic advance, its influence on
world trade during the 16th century to the 17th century, and the reasons that led to its
decline. One of the reasons that led to the establishment of sugar production in
Brazil, was the need for settlement of the territory, since the crown feared invasions
by its European rivals, with the division of this territory to grantees with good
purchasing power, they aimed at making a profit quickly, and sugar cultivation was
seen as a solution, as it takes on average two years from planting to harvesting. But
it was not as successful at first as expected. For the elaboration of this theme, it was
used as source, books articles produced by specialists in colonial period, with the
objective of enriching the created content.
Keywords: Sugar Plantation; Brazil; Colonial.
6
1. INTRODUÇÃO
A agricultura é e sempre foi essencial para a economia brasileira, e durante o
período colonial do Brasil, dentre os vários ciclos econômicos que ocorreram, a
maioria foi fruto do trabalho agrícola. Uma das produções mais marcantes deste
período foi à produção da cana de açúcar, que teve seu auge no inicio do século XVI
e seu declínio durante a metade do século XVII, tendo deste modo, quase cem anos
de domínio. Influenciando fortemente na organização da estrutura social, formação
cultural e marcando presença forte na economia, como aponta Ferreira (2015), a
plantation açucareira foi predominante no Nordeste brasileiro durante a colônia.
Tendo grande destaque no contexto histórico, a indústria de açúcar na principal
colônia portuguesa gera bastante interesse dos historiadores, sendo bastante
conhecida pela área, mas poucas pessoas realmente sabem como era produzido o
açúcar exportado, principalmente para o continente europeu, assim como para outras
regiões do planeta. Contudo, ao se estudar sobre o tema, fica claro que a nossa
agricultura colonial era muito forte, e que esta era motivada pela coroa portuguesa
cujo intuito era suprir o mercado internacional, e que sem a mão de obra escrava seria
improvável que ela atingisse aquele patamar. Porém, muitos se esquecem de
enaltecer os trabalhadores que tanto contribuíram para essa economia, os escravos, e
de destacar como era o modo de produção açucareira. Sendo assim, o presente
trabalho visa responder: quais as formas de trabalho da plantation açucareira no Brasil
colonial?
Para se chegar à resposta dessa questão será necessário analisar como
funcionavam os processos para a produção do açúcar no Brasil, tendo-se como
objetivos específicos: apresentar as peculiaridades da plantation açucareira, apontar
as dificuldades enfrentadas pela mão de obra no processo de produção do açúcar e
ilustrar as técnicas utilizadas para sua produção.
Tendo sua base de surgimento na Europa, como plantations escravistas em
conjunto com a casa grande, esse sistema foi adotado nas colônias europeias no
atlântico, na américa portuguesa isso ocorreu no início com as capitanias hereditárias,
onde foi fundamental para o nosso desenvolvimento agrícola, essa cultura importada
da Europa era dominante no sistema açucareiro na américa portuguesa, para a
implantação desse sistema, segundo Marquese (2006), era preciso ter uma um
espaço territorial em grande escala para que houvesse grande produção, a
exploração dessas terras ocorria somente em um produto especifico, produzido por
escravos, e quando se tornava pronto para consumo, exportava-se para os grandes
centros econômicos do mundo naquele período.
A tecnologia utilizada para a execução deste trabalho era fundamental para que
a mão de obra funcionasse bem, muito se fala sobre a importância econômica do
cultivo da cana na época em que pertencíamos a Portugal, mas pouco se conhece
sobre o processo, as tecnologias, os conhecimentos, que na maior parte os negros
faziam com competência, demonstrando sua grande intelectualidade desvalorizada
pelo sistema cultural dos séculos passados. Esse sistema de produção agrícola,
movimentava a economia do Brasil colonial, Europa, e África, onde os traficantes
africanos lucravam com vendas de homens que chegavam nos navios negreiros e
eram comprados por latifundiários para serem usados em suas fazendas.
Diante de uma sociedade pós-moderna e globalizada na qual vivemos, é
necessário refletir sobre a pratica adotada pela produção da plantation açucareira,
explorando assim as diferenças com a produção atual, visando expandir o
conhecimento, contextualizando seus avanços e suas modernidades existentes, com
o passado, onde com grandes problemas, houve um expansivo comercio.
7
A composição étnica dos escravos africanos trazidos para cá, era muito
diversa, mas diferentemente dos índios, a mão de obra era qualificada, já que eles
conheciam todos os processos, a cultura capitalista de produção para comercializar
seus produtos visando a obtenção de lucros era comum nas tribos africanas,
diferentemente do que ocorria no novo mundo antes da chegada dos europeus. A
produção de subsistência era vista como o necessário pelos índios, já os africanos,
por terem sido colonizados por Portugal alguns anos antes, já tinha essa visão
econômica.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Referencial Teórico
2.1.1. O surgimento da lavoura açucareira no Brasil Colonial
A plantação açucareira foi a principal atividade econômica no Brasil, durante os
séculos XVI ao XVIII, criando toda uma sociedade em torno da produção do açúcar.
Com seu deslocamento em direção ao Oeste, é natural que chegasse essa produção
nas colônias europeias na América, sendo que, um dos principais fatores que
incentivaram a produção do açúcar no Brasil durante aquele período, foi o fato de que
nas colônias portuguesas, como Açores, Canárias, Cabo Verde, São Tomé e Madeira
já praticavam esse cultivo do açúcar e tinha obtido muito sucesso, tanto em qualidade
do açúcar, como lucro financeiro para Portugal, sendo assim, através das capitanias,
a coroa esperava que acontecesse o mesmo no Brasil.
Ao contrário do que esperavam os colonizadores, poucas foram às capitanias
que obtiveram sucesso, além da terra não ser necessariamente a mais benéfica para
o cultivo da atividade açucareira, os conflitos com os indígenas que habitavam essas
regiões ajudaram nesse insucesso. Já as terras menos propensas e apropriadas para
8
esse cultivo e onde os conflitos com tribos indígenas não prejudicaram os engenhos, o
sucesso aconteceu, como nas regiões de Pernambuco, São Vicente, Sergipe.
Segundo Schwartz (1988, p. 31) “as poucas regiões que obtiveram certo êxito devem-
no a uma feliz combinação de atividade açucareira a um relacionamento
razoavelmente pacifico com as tribos indígenas locais”.
Durante a formação da indústria açucareira no Brasil colonial ocorreu à
tentativa de usar os índios como escravos pelos colonizadores, mas não deu certo,
pelo fato de algumas tribos serem muito agressivas, e por definitivamente não fazer
parte da cultura indígena esse sistema de trabalho para a obtenção de lucro, já que
eles praticavam uma agricultura de subsistência. Vários engenhos foram destruídos
pelas tribos mais agressivas, já os indígenas escravizados não conseguiam produzir
de acordo com as necessidades da indústria açucareira, e a influência da Igreja
Católica também foi decisiva para isso. Gerando assim uma troca de indígenas por
escravos africanos, estes que já estavam acostumados a esse sistema capitalista.
Mesmo com a utilização negra para a plantation, não podemos considerar isso
como padrão para toda a américa portuguesa, já que no sul esse processo ocorreu de
maneira diferente devido ao clima, onde ocorria o cultivo de gado, suíno, e a
escravização era vista de maneira diferente das plantations nas regiões como
Nordeste e Sudeste.
No Sul, o escravismo não foi igual e não jogou o mesmo papel que
nas regiões das plantations de café e de açúcar. Uma série de
causas impediu a construção de uma sociedade escravista nos
moldes em que ela chegou a se sedimentar nas regiões do leste e do
nordeste do Brasil. As causas mais importantes parecem guardar
relação com uma fronteira tardiamente definida e sempre envolvida
em guerras; com o tipo de firma escravista, seus concorrentes e o
seu mercado específico; por fim, com a fraqueza relativa da classe
dominante da região face às suas congêneres no País.
(Targa, 1991, p. 446).
Além da mão de obra que era essencial para que iniciasse todo esse projeto
agrícola, não podemos deixar de citar a estrutura que os alimentava, além da
plantation, a agricultura de subsistência era fundamental para alimentar seus
senhores, que comiam uma mesa farta, e seus escravos, que apesar de numerosos,
se alimentavam com o de mais barato fosse possível.
durante algumas décadas do século XVI e XVII não era tão valorizado como deveria,
especificamente o trabalho escravo, onde sem essa farta produção dos africanos
nos campos e engenhos, a produção açucareira não seria a mesma no Brasil
colonial.
O período da plantation açucareira no Brasil é tão grande na história do Brasil,
que a sociedade atual ainda se baseia naquele sistema, que teve seu auge durante
o final do século XVI e XVII. Claro que a indústria nos dias atuais tem uma
tecnologia baseada no eletrônico, a exportação do açúcar ocorre de forma mais
dinâmica, e o mercado interno, também é um grande consumidor. Mas a estrutura, é
claramente induzida aquele período em que os portugueses colonizaram o Brasil.
Geralmente o cultivo de cana ocorre em grandes fazendas, o latifundiário, por sua
maioria é o homem branco, obviamente, a escravidão foi abolida, hoje temos leis
trabalhistas, porém, devido à falta de fiscalização, e a influência de grandes
fazendeiros no trabalho dos fiscais, ainda vemos maus tratos a mão de obra que
tanto o enriquece como descreve Novaes (2007,p.167-68):
Por mas que com o passar dos anos a relação de quem exerce o trabalho
braçal na plantação do açúcar, e seu beneficiário, tenha mudado, porém, não
podemos perder nosso olhar critico sobre essa situação, pois toda essa estrutura
social existente no Brasil, favoreceu a exploração de pessoas, mesmo que nos dias
atuais ele ocorra de maneiras diferentes do período de colonização.
2.2. Metodologia
Para a descrição da Plantation açucareira no Brasil Colonial e seus modos de
trabalho foi necessário explicar todo o meio social em que a produção da cana do
açúcar estava inserida, sendo muito relevante para a história econômica do Brasil,
ressaltando sua importância, especialmente na região do Nordeste. Para Schwartz
(1988) a indústria açucareira no Brasil foi essencialmente importante para definir o
estilo de vida de uma sociedade, principalmente as elites, influenciando em toas as
áreas, politicamente e economicamente. Pois era o principal gerador de riquezas da
região durante os séculos XVI e XVII.
Todo o traçado da pesquisa feita de forma qualitativa teve como base fontes
bibliográfico como principal, tendo livros e artigos acadêmicos de diferentes
historiadores lidos e utilizados como base. Criando uma interação entra as ideias
dos autores, procurando fazer uma analise das diferentes visões obre o tema
abordado.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para finalizar, apresenta-se as considerações finais a respeito da plantation
açucareira no Brasil colonial, descrevendo sua importância para a sociedade
brasileira, onde podemos adquirir mais conhecimento sobre o nosso passado, o
14
4. REFERÊNCIAS
FREYRE. Gilberto. Casa grande & senzala. Rio de Janeirov.1. 14. ed. Rio de
Janeiro, José Olympio, 1969.