Aula 9 - Testes de Auditoria

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHO E MUCURI

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E JURÍDICAS


CON022 – AUDITORIA CONTÁBIL

Testes de Auditoria

Prof. João Paulo de Oliveira Louzano


Plano de aula

1. Introdução

2. Tipos de testes de Auditoria

3. Testes de Superavaliação e Subavaliação

4. Amostragem estatística

5. Exemplos de aplicação dos Testes

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Testes em Auditoria - Conceito
• Os Testes em Auditoria constituem o processo pelo qual o
auditor reúne elementos comprobatórios.
• Pode-se aplicar os testes a todas as transações ou a uma
amostra representativa adequada.
• É o procedimento por meio do qual o auditor consegue
examinar uma quantidade menor que o total de um conjunto
de dados, a fim de emitir uma conclusão sobre o mesmo.

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Testes em Auditoria
• Assim, o problema fundamental do auditor é como determinar a
natureza e a extensão da verificação necessária:
• Até onde se deve chegar?
• Quanto é necessário investigar?
• Quais são as variáveis a considerar?

• Para se ter a certeza de que as condições testadas referem-se também


às que não foram e, com isso, formar uma opinião definitiva sobre as
áreas auditadas.

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Procedimentos de Auditoria
• São o conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter
evidencias ou provas suficientes e adequadas para fundamentar
sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e
abrangem testes de observância e testes substantivos.
• Cabe ao auditor aplicar os procedimentos adequados para cada
caso até a obtenção de provas suficientes, obedecido o seguinte:
O simples registro contábil sem outras comprovações não
constitui elemento de prova.
Na ausência de comprovantes idôneos, corroboram para a
validade dos registros contábeis, sua correlação com outros
registros ou elementos extra contábeis.
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Classificação das evidências
• Evidencia de auditoria compreende as informações utilizadas
pelo auditor para chegar as conclusões que fundamentam sua
opinião.
• Durante todo o processo de formação de uma opinião
independente, o auditor vai recolhendo evidencias acerca da
fidedignidade das demonstrações contábeis tomadas em
conjunto.
Para melhor conhecer os diferentes tipos de evidencias, os
auditores classificam-nas inicialmente em:
• Evidencias quanto à finalidade
• Evidencias quanto à natureza.
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Classificação das evidências
Evidencias quanto à finalidade
Em razão da finalidade para qual a evidencia é escolhida, esta pode ser
de três categorias:
• Evidencias sobre a continuidade
• Evidencias Sobre o sistema contábil e de controles internos
• Evidencias Básicas
As evidencias básicas representam uma comprovação real das
afirmações contidas nas demonstrações contábeis
Ao auditor cabe julgar a veracidade das informações, como essência de
seu trabalho.
Existem, dessa forma, duas questões capitais, assegurar-se:
• De que todas as transações realizadas foram, de fato, registradas
conforme os princípios fundamentais de contabilidade
• e de que essas transações são legitimas.
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Classificação das evidências
Evidencias quanto à natureza (tipos de provas)
• Existência Física;
• Declaração de fontes consultadas;
• Documentação comprobatória;
• Repetição de cálculos;
• Correlação de dados;
• Procedimentos de controle e acontecimentos posteriores.

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Técnicas de auditoria
São o conjunto de investigações empregadas pelo auditor para
reunir as evidências.
As técnicas não são provas em si, mas devem proporcionar a
obtenção das provas necessárias para emitir o parecer
fundamentado.

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Técnicas de auditoria
As técnicas mais usuais são as seguintes:
Exame e contagem física
Este procedimento é utilizado para as contas do ativo e consiste
em identificar fisicamente o bem.
O exame físico deve conter as seguintes características básicas:
quantidade, existência física, identificação, autenticidade e
qualidade.

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Técnicas de auditoria
As técnicas mais usuais são as seguintes:
Circularização
É o procedimento substantivo de auditoria realizado junto a fontes
independentes externas à empresa auditada, como por exemplo,
clientes, fornecedores, bancos, advogados etc., cujas informações e ou
resultados geralmente consubstanciam em evidência corroborativa no
trabalho do auditor externo.
Positiva – é aquela em que o auditor sempre espera receber uma
resposta, confirmando, ou não, o saldo ou posição demonstrada
Negativa – somente prevê resposta em caso de discordância da fonte
externa em relação ao saldo ou posição informada

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Técnicas de auditoria
As técnicas mais usuais são as seguintes:
Conferencia de cálculos:
revisão das memórias de cálculos ou a confirmação de valores por
meio da comparação de elementos numéricos correlacionados, de
modo a constatar a adequação dos cálculos apresentados.
Cálculo de valores de estoques;
Cálculos de amortização de despesas antecipadas;
Cálculos de depreciações dos bens do ativo imobilizado;
Cálculos dos juros provisionados.
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Técnicas de auditoria
As técnicas mais usuais são as seguintes:
Inspeção dos documentos:
exame de processos, atos formalizados e documentos avulsos.
O auditor deve ter sempre em mente o seguinte:
- autenticidade: verificar se os documentos examinados são autênticos
e têm fé;
- normalidade: se a transação efetuada está em conformidade com as
atividades fim da empresa;
- aprovação: atestar se os documentos foram aprovados por pessoas
autorizadas;
- registro: verificar se os registros estão nas contas apropriadas.

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Técnicas de auditoria
As técnicas mais usuais são as seguintes:
• Exame da escrituração:
Basicamente é a técnica de auditoria utilizada para atestar a
veracidade das informações ou registros contábeis.
Podemos citar como exemplos do exame da escrituração:
• análise do contas a receber;
• análise das PDD (provisão para devedores duvidosos);
• análise das despesas de viagem.

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Técnicas de auditoria
As técnicas mais usuais são as seguintes:
Investigação minuciosa:
É o exame em profundidade da matéria auditada, que pode ser um
documento, uma análise, uma informação obtida, entre outras. Esta
técnica tem por objetivo certificar que o objeto auditado realmente é
fidedigno, devendo o auditor, para tanto ter os conhecimentos
necessários para detectar a existência de anomalias.
Podemos citar como exemplos da investigação minuciosa:
• - exame minucioso da possibilidade de ganho nas causas trabalhistas;
• - exame minucioso dos relatórios e despesas de viagem;
• - exame minucioso das comissões pagas.
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Testes de Auditoria - tipos
Testes de Observância
(Cumprimento de normas internas dos controles chaves).
São os procedimentos empregados, a fim de determinar se
cumprem corretamente certos procedimentos de controle
interno, estabelecidos pelo sistema da empresa.
Para entender o funcionamento do sistema de controles internos
o auditor entrevista os funcionários, colhendo informações acerca
de como as transações são processadas.

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Testes de Auditoria - tipos
Testes de Observância
Após esse entendimento, é necessário:
Verificar se o sistema funciona consistentemente conforme
descrito pelos funcionários da empresa; e
Determinar a natureza e a quantidade de erros que possam ter
ocorrido na aplicação dos procedimentos de controle previsto no
sistema.

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Testes de Auditoria - tipos
Testes Substantivos
(comprobatórios de transações)
São aqueles empregados com a finalidade de obter provas
suficientes e convincentes sobre as transações, saldo e
divulgações nas demonstrações financeiras, que proporcionem
fundamentação razoável para emissão do relatório.

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Testes de Auditoria - tipos
O Objetivo é certificar-se da correção de um ou mais dos seguintes
pontos:
Existência: Se o componente patrimonial existe em certa data;
Direitos e Obrigações: Se efetivamente existentes em certa data;
Ocorrência: Se a transação de fato ocorreu.
Abrangência: Se todas as transações estão registradas; e
Mensuração, apresentação e divulgação: Se os itens estão
avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os
princípios fundamentais de contabilidade e as normas brasileiras
de contabilidade.
Em síntese os testes substantivos tem por finalidade validar os
saldos apresentados nas DCs
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Testes de Auditoria - tipos
Teste Substantivos
Subdividem-se em:
Testes Substantivos Globais (das transações e saldos)
Em alguns casos, o auditor pode convencer-se de que o saldo é
razoável, sem serem necessários testes detalhados

Exemplo: Dados relativos ao ativo imobilizado, Lucros de títulos de


renda fixa, folha de pagamento de uma organização pequena

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Testes de Auditoria - tipos
Teste Substantivos
Subdividem-se em:
Testes Substantivos de Procedimentos de revisão Analítica
Modalidade de testes substantivos de elementos econômico-
financeiros por meio de analise e comparação do relacionamento
entre eles.
É o procedimento de auditoria de verificação do comportamento
de valores relevantes , mediantes índices, quocientes e outros
meios, visando identificar situações anormais.
Poderá indicar a necessidade de procedimentos adicionais ou,
contrariamente, a extensão a que outros poderão ser reduzidos.
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Aplicação dos procedimentos de auditoria
Deve ser realizada, em razão da complexidade e volume das
operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens.
Cabendo ao auditor, com base na analise de riscos de auditoria
e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude
dos exames necessários á obtenção dos elementos de convicção
que sejam validos para o todo

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Aplicação dos procedimentos de auditoria
Na pratica os testes de observância e substantivos o auditor deve
considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos:
a) Inspeção – Exame dos registros, documentos e de ativos tangíveis
b) Observação – acompanhamento de processo ou procedimento
quando de sua execução.
c) Investigação e confirmação – obtenção de informações junto a
pessoa ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da
entidade;
d) Cálculo – conferencia da exatidão aritmética de documentos
comprobatórios, registro e demonstrações e outras circunstancias
e) Revisão Analítica – verificação do comportamento de valores
significativos, mediantes índices, quocientes, quantidades absolutas
ou outros meios, com vistas á identificação de situação ou
tendências atípicas.
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Combinação de testes de Observância e
Substantivos
O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes depende de
diversos fatores e circunstancias, sendo:
Se os controles internos são fortes, a combinação dos
procedimentos normalmente deve favorecer os testes de
observância e os testes substantivos analíticos;
Se os controles são fracos, a combinação dos procedimentos
deve normalmente favorecer os testes substantivos mais
extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;

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Testes de Superavaliação e Subavaliação
Direção dos Testes

O saldo de uma conta de balanço patrimonial ou de

demonstração do resultado do exercício pode estar errado para

mais (superavaliado) ou para menos (subavaliado). Devido a esse

risco, as contas da contabilidade devem ser testadas para

superavaliação e para subavaliação

2
6
Teses de Superavaliação e Subavaliação

2
7
Teses de Superavaliação e Subavaliação
Devido ao método das partidas dobradas, quando se testam
as contas devedoras para superavaliação, as contas
credoras também são testadas indiretamente nessa mesma
direção. Da mesma forma acontece quando se testam as
contas credoras para subavaliação

2
8
Teste para Superavaliação
No teste de superavaliação, parte-se do valor registrado no
razão geral para o documento suporte da transação.
O registro final representa o último registro contábil antes do
razão geral. O registro inicial é elaborado com base no
documento e representa o 1º registro contábil em função de
uma operação.
ATIVOS E DESPESAS
Razão geral  Registro final Registro intermediário Registro
inicial  documento.
Teste para Subavaliação
No teste para subavaliação, o auditor parte do
documento para o razão geral, agindo de forma contraria ao teste
de superavaliação

Documento  Registro inicial  Registro intermediário  Registro


final Razão geral.

PASSIVOS E RECEITAS
Visão geral dos Testes para Super/Subavaliação

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Área críticas para aplicação dos testes

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Exemplo de procedimento – Caixa e bancos

Desenvolver a contagem simultânea de todos os


caixas e valores mobiliários.

O cutoff de cheque é feito com o


objetivo de se certificar de que os
cheques estão sendo registrados no
período de sua competência e que as
conciliações bancárias não contêm
item errôneo ou se compensando com
outro item.

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Clientes
Contas a receber representam os direitos adquiridos por vendas a prazo de bens e serviços.

 Confirmação de contas a receber de clientes (circularização)


Uma listagem de todos os títulos a receber serve como base para
obtenção de confirmação direta do devedor.

Os principais pontos Testes de avaliação das contas a receber


que o auditor deve
Avaliação do valor líquido realizável de cada recebível – inspeção
cobrir são existência,
para comparação com os anos anteriores dos mapas de idades e
avaliação e indices de recebimento.
classificação.
- Constituição de Estimativas de Perdas (conhecidas e estimadas)

 Testes de duplicatas descontadas


Identificação das duplicatas descontadas por meio de confirmação
bancária.
Estoques
Estoques são bens destinados à venda ou à fabricação, relacionados com os objetivos e atividades da empresa.

 Verificação da existência física


O objetivo do auditor
Inspeçôes físicas acompanhadas de contagens para assegurar a
é verificar se:
real existência dos estoques
-Os estoques existem
-Existem ônus sobre Acompanhamento do Inventário Físico
os estoques
Acompanhamento da contagem física dos bens e confronto dos
-Há obsolência, resultados com os registros contábeis
defeitos e má
conservação  Cortes
-Os critérios de Definição do momento em que os registros contábeis refletem o
avaliação são inventário (definir uma data-limite para interromper a
adequados contabilização de novas transações)

 Testes de avaliação dos estoques


Revisão do sistema de alocação de custos aos estoques e
conferência dos cálculos
Investimentos
Os investimentos da empresa são constituídos por participação no capital social de outras empresas e outros
investimentos.

 Exame documental de títulos de investimento


Verificar os documentos comprobatórios da existência dos investimentos, como
cautela de ações, certificados e contratos sociais.
Verificação da contabilização do investimento
O objetivo do exame
nessa área é verificar o Conferir cálculos, levando em consideração as aquisições e variações dos
comportamento dos investimentos, confrontando com os registros contábeis e com a carta de
investimentos responsabilidade da administração.
realizados pela  Avaliação dos investimentos em controladas e coligadas
empresa auditada.
Avaliar a aplicação do Método da Equivalência Patrimonial – MEP, verificando:
-Descrição dos investimentos (companhia, natureza da ação,
participação etc.
- Aquisições e baixas de ações/quotas no período
- Ajustes de equivalência patrimonial (ágios, deságios etc)

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Imobilizado
Os bens do imobilizado representam, geralmente, uma parcela significativa dos ativos da empresa.

Os objetivos básicos  Verificação da existência física do bem


do exame do Inspeção física para avaliar se os bens realmente existem e o seu
imobilizado são estado de conservação.
constatar:
-Existência, posse e Verificação da propriedade e da existência de ônus
propriedade dos bens Exame documental dos certificados de propriedade de veículos e
-Existência de ônus certidões atualizadas dos registros de imóveis.
-Possível
superavaliação dos  Testes das despesas de manutenção e reparo
bens Averiguar se estão sendo tratadas como despesas do ano.
-Possível
superavaliação da
 Testes das depreciações
depreciação
Exames documentais e de registros contábeis, bem como
conferência dos cálculos, com o intuito de verificar a vida útil dos
bens e as taxas de depreciação utilizadas.
Fornecedores
As aquisições de bens e serviços são contabilizadas no grupo de fornecedores a pagar.

 Listagem de Fornecedores
Identificar os fornecedores por meio de uma listagem analítica de
todos os passivos da empresa em determinada data.
O auditor tem como
objetivo assegurar-se Verificação dos valores de contas a pagar
de que as obrigações
Conferências de cálculos e exames documentais para conciliar as
passivas relativas aos notas/faturas com as contas contábeis.
Fornecedores, estão
contabilizadas e são
 Confirmação direta com fornecedores
realmente devidas.
A circularização dos passivos sempre se revela mais eficiente que a
circularização dos ativos e mostra o meio mais adequado para
detectar passivos ocultos.
Seguros e Folha de Pagamento
 Exame das apólices vigentes
Seguros
Entrevistas com funcionários da empresa e exame documental das
O objetivo principal
apólices para identificar quais ativos estão segurados.
nessa área é constatar
qual a cobertura Circularização com seguradoras
existente para os ativos
da empresa. Confirmar com seguradoras a validade das apólices, bem como
valores de prêmios e seguros a pagar.

Folha de Pagamento  Conciliações contábeis com as folhas de pagamento

Os testes devem ser Confronto das folhas de pagamento de diferentes períodos com os
orientados para registros contábeis
verificar a
razoabilidade no saldo
final a pagar.
Direção dos Testes
Amostragem Estatística (NBC TA 530)
• Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método
de seleção de itens a testar, o auditor pode empregar técnicas de
amostragem.
• Amostragem é a utilização de um processo para obtenção de
dados aplicáveis a um conjunto, denominado universo ou
população, por meio do exame de uma parte deste conjunto
denominada amostra.
• Amostragem estatística é aquela em que a amostra é
selecionada cientificamente, de modo que os resultados obtidos
possam ser estendidos a população de acordo com a teoria da
probabilidade ou as regras estatísticas.

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Amostragem Estatística
• Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve
levar em consideração os seguintes aspectos:

• Os objetivos específicos da auditoria;


• A população da qual o auditor deseja extrair a amostra;
• A estratificação da população;
• O tamanho da amostra;
• O risco da amostragem;
• O erro tolerável e esperado.

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Amostragem Estatística
População A população é a totalidade dos dados da qual o auditor
deseja tirar a amostra para chegar a uma conclusão.
Estratificação é o processo de dividir uma população em
subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de
amostragem com características homogêneas ou similares.
Tamanho da amostra para que a conclusão a que chegou um
auditor, utilizando uma amostra, seja corretamente planejada a
aplicação à população é necessário Que a amostra seja
representativa da população e que todos os itens tenham
oportunidade idêntica de serem selecionados.

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Amostragem Estatística
• O risco da amostragem surge da possibilidade de que a
conclusão do auditor, com base em uma amostra, possa ser
diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população
estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.

• O auditor está sujeito ao risco de amostragem nos testes de


observância e testes substantivos, sendo:

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Amostragem Estatística
Testes de Observância:
Risco de subavaliação da confiabilidade: é o risco de que, embora
o resultado da aplicação de procedimentos sobre a amostra não
seja satisfatório, o restante da população possua menor nível de
erro do que aquele detectado na amostra
Risco de superavaliação da confiabilidade: é o risco de que,
embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria
sobre a amostra seja satisfatório, o restante da população possua
maior nível de erro do que aquele detectado na amostra.

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Amostragem Estatística
Testes Substantivos:
Risco de rejeição incorreta: é o risco de que, embora o resultado
da aplicação de procedimentos sobre a amostra leve à conclusão
de que o saldo de uma conta, transação registrada está,
relativamente, distorcido, mas, efetivamente, não está
Risco de aceitação incorreta: é o risco de que, embora o resultado
da aplicação de procedimentos sobre a amostra leve à conclusão
de que o saldo de uma conta, transação registrada não está,
relativamente, distorcido, mas, efetivamente, está

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Diagrama esquemático dos Testes

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Direção dos Testes

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Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 1 – Teste principal (TP) para superavaliação de uma conta do

ativo e teste secundário (TS) para superavaliação de outra conta do

passivo

Na época da auditoria de conta de matéria-prima (AC), o auditor

observou que uma compra realizada em jan/2014 foi contabilizada

erroneamente em dez/2013.

Consequentemente, a conta de matéria-prima (TP) e a conta de

fornecedores a pagar (TS) estavam superavaliadas.

49
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 2 – Teste principal para superavaliação de uma conta do ativo e

teste secundário para subavaliação de despesa

Na auditoria de contas do ativo, o auditor observou que foram

capitalizadas (debitadas no ativo) peças de reposição, que, de acordo

com os princípios contábeis, deveriam ser registradas como

despesas do período.

Portanto, a conta de máquinas e equipamentos (TP) estava

superavaliada e o grupo de despesas (TS) subavaliado.

50
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 3 – Teste principal para superavaliação de uma conta do ativo e

teste secundário para superavaliação de receita

Na auditoria de conta de duplicatas a receber (AC), o auditor

constatou que uma venda realizada em 2014 foi contabilizada em

2013.

Como consequência, a conta de duplicatas a receber (teste principal)

e a conta de receita na venda de bem (testes secundários) estavam

superavaliados.

51
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 4 – Teste principal para subavaliação do passivo e teste
secundário para subavaliação do ativo

Na auditoria de conta de fornecedores a pagar (PC), o auditor notou

que uma nota fiscal de competência de 2013 foi registrada somente

por ocasião de seu efetivo pagamento em 2014.

Como consequência, a conta de fornecedores a pagar (teste principal) e a

conta de veículos do ativo imobilizado (testes secundários) estavam

subavaliados.

52
Exemplos de aplicação dos Testes
• Situação 5 – Teste principal para subavaliação do do passivo e teste
secundário para superavaliação de outra conta do passivo

No exame da conta de empréstimos a pagar, foi constado que um

financiamento foi registrado por erro na conta de fornecedores a pagar.

Esse problema foi detectado por ocasião do confronto dos contratos de

financiamentos com os valores efetivamente contabilizados na conta de

empréstimos a pagar. Então, a conta de empréstimos a pagar (TP)

estava subavaliada e a conta de fornecedores a pagar (TS) estava

superavaliada.
53
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 6 – Teste principal para subavaliação do passivo e teste

secundário para subavaliação de despesa

O auditor observou, por ocasião da inspeção dos contratos de

empréstimos, que os juros devidos e não pagos, até a data de

encerramento do exercício social, não foram provisionados. Como

conseqüência, a conta de juros a pagar (TP) e a conta de despesa de

juros (TS) estavam subavaliadas.

54
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 7 – Teste principal para subavaliação do passivo e teste

secundário para superavaliação de receita

Na auditoria das contas de fretes a pagar, o auditor notou que fretes

incorridos e ainda não pagos foram creditados indevidamente na conta

de receita. Portanto, a conta de fretes a pagar (TP) estava subavaliada e

a conta de receita (TS) estava superavaliada.

55
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 8 – Teste principal de despesa para superavaliação e teste

secundário do ativo para subavaliação

O auditor observou, na auditoria da conta de despesa de manutenção,

que uma máquina foi debitada nessa conta. Conseqüentemente, a

conta de despesa de manutenção (TP) estava superavaliada e a conta

de máquina do ativo imobilizado (TS) subavaliada.

56
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 9 – Teste principal para superavaliação de despesa e teste

secundário para superavaliação do passivo

Durante o exame dos comprovantes da conta de despesa com

escritórios de advocacia, o auditor constatou que uma nota fiscal foi

provisionada a maior. Como consequência, a conta de despesa de

advogados (TP) e a conta de serviços prestados a pagar (TS) estavam

superavaliadas.

20
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 10 – Teste principal para superavaliação de despesa e teste

secundário para subavaliação de outra conta de despesa

Durante o exame da conta de despesa de encargos sociais, o auditor

verificou que juros sobre empréstimos foram classificados

indevidamente nessa conta. Por conseguinte, a conta de despesa de

encargos sociais (TP) estava superavaliada e a conta de despesas

financeiras (TS) subavaliada.

58
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 11 – Teste principal para superavaliação de despesa e teste

secundário para superavaliação de receita

O auditor constatou, durante o exame da conta de despesas não

operacionais, que uma devolução de vendas foi contabilizada

indevidamente nessa conta. Logo, a conta de despesas não

operacionais (TP) estava superavaliada e a conta de receita (TS)

superavaliada.

59
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 12 – Teste principal de receita para subavaliação e teste

secundário de ativo para subavaliação

No exame de conta de receita na venda de bens o auditor comprovou

que algumas faturas não foram registradas. Portanto, a conta de receita

na venda de bens (TP) e a conta de faturas a receber (TS) estavam

subavaliadas.

60
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 13 – Teste principal para subavaliação de receita e teste

secundário para superavaliação do passivo

No exame de conta de receitas financeiras, o auditor notou que juros

ganhos em aplicações financeiras foram classificados erroneamente

na conta de juros a pagar.

Consequentemente, a conta de receitas financeiras (TP) estava

subavaliadas e a conta de juros a pagar (TS) superavaliada.

61
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 14 – Teste principal para subavaliação de receita e teste

secundário para subavaliação de despesa

Na revisão da conta de receita na prestação de serviços, o auditor

observou que uma fatura, emitida pela empresa auditada, foi

contabilizada incorretamente como dedução da conta de despesas

administrativas. Logo, a conta de receita na prestação de serviços (TP)

e a conta de despesas administrativas (TS) estavam subavaliadas.

62
Exemplos de aplicação dos Testes
Situação 15 – Teste principal para subavaliação de uma conta de receita e

teste secundário para superavaliação de outra conta de receita

No exame da conta de receitas não operacionais, o auditor verificou

que a receita na venda de um veículo do ativo imobilizado foi

classificada erroneamente na conta de receita operacional. Então, a

conta de receitas não operacionais (TP) estava subavaliada e a conta

de receita operacional (TS) estava superavaliada.

63
Aplicação de Testes

30
Aplicação de Testes
Pede-se:
a) Prepare um demonstrativo e mostre o valor
que o tesoureiro apropriou indevidamente

b) Como ele tentou esconder o roubo?


c) Utilizando as informações do caso indique
aspectos do controle interno que,
aparentemente, não estavam sendo seguidos.

65
Aplicação de Testes

66
Aplicação de Testes

67
Aplicação de Testes
Valor real dos Cheques não descontados R$ 1.062,29
(-) valor apresentado.................................R$ 442,79
(=) Diferença a menor .............................R$ 619,50

(+) Créditos não contabilizados...............R$ 100,00


(=) Diferença a menor ...........................R$ 100.00

68
Aplicação de Testes

69
Referências

KHATIB, Ahmed Sameer. Auditoria. Disponível em:


http://essenciasobreaforma.com.br/uploads_materiais/auditoria_por_ahm
ed_sameer.pdf
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 10 ed.
São Paulo: Atlas, 2016.
BOYNTON, William C. JOHNSON; Raymond N. KELL; Walter G. Auditoria.
São Paulo: Atlas, 2002.

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