Fichamento - A Startup Enxuta - Eric Ries
Fichamento - A Startup Enxuta - Eric Ries
Fichamento - A Startup Enxuta - Eric Ries
Nem que todo mundo fala é realmente verdade, nem o que vai comprar realmente compra.
Nós identificamos o cliente e suas suposições e temos feedback constante em uma startup.
Numa startup utilizamos o conceito de construir-medir-aprender com um produto mínimo
viável (MVP). Ver se o mercado e enxerga valor na solução que você imagina é mais importante
dentro de uma startup, afinal é preciso que entenda os princípios de como funciona e não as
táticas ou técnicas específicas.
INTRODUÇÃO
Sem limites criam-se empresas do nada e desafiam os modelos tradicionais de negócios, esse é
sonho das startups, estar inventando o futuro. Como transformar insight em um novo produto
ou serviço em uma grande empresa? Não basta genialidade, determinação e timing. Essas são
as premissas que as mídias vendem. O começo de uma empresa é que leva ela para o sucesso
ou fracasso. A história moderna nos leva a crer que sair da pobreza para riqueza é algo mítico, a
grande ilusão que a mídia propaga sobre as startups. Para uma startup o seu sucesso é o
processo correto que ele pode ser aprendido e ensinado. Cometer vários erros antes de o
produto estar pronto é que tornam as startups diferentes, fazemos várias modificações durante
o processo e procuramos ter feedback dos clientes. Estamos mais propensos a realizar
experimentos com nossos clientes do que atender aos seus caprichos. O templo de ciclo rápido,
o foco no cliente, sem perguntar o que ele quer do produto. A mídia vê os fracassos das
empresas como problemas técnicos, falta de disciplina, melhor processo e desenvolvimento ou
faltou foco no produto. Essas métricas resultam em fracassos maiores. Quando se tenta abrir
uma startup a reação mais comum é: Isso não vai funcionar! Diferente de um negócio tradicional
eliminamos os desperdícios, ou produtos que ninguém queria, as pessoas estão sedentas por
ideias para construir novos modelos de negócios. As cinco premissas da startup enxuta são:
1. Empreendedores: Eles estão por toda a parte, uma startup é uma instituição humana
projetada para criar novas novos produtos e serviços sobre condições de incerteza.
2. Empreender é administrar: Um novo tipo de gestão no contexto de extrema incerteza
com inovação dependendo para seu crescimento futuro.
3. Aprendizado validado: Desenvolver um negócio sustentável através de experimentos
frequentes que permitam testar cada elemento da sua visão.
4. Construir-medir-aprender: É transformar ideias em produtos, como os clientes reagem.
Aprender se deve pivotar ou perseverar acelerando os ciclos através de feedback.
5. Contabilidade para inovação: O poder das responsabilidades aos inovadores devem
focar em assuntos menos interessantes como progresso, marcos e priorizar trabalho.
Deve ser desenvolvido para cada startup e os responsáveis por elas.
O fracasso é a fascinação associada a um bom plano, uma estratégia sólida, a uma pesquisa de
mercado completa. Isso pode ser indicação de um provável sucesso de uma empresa tradicional.
A startup não sabe quem são os seus clientes e como devem ser seus produtos. O mundo é cada
vez mais incerto e difícil para prever o futuro, portanto, tudo hoje é instável a administração
atual não está à altura, uma vez que algumas startups utilizam simplesmente “faça” (just do it)
se a gestão é o problema, o caos é a resposta. Parece ser difícil gerenciar um negócio desses,
levando mais ao caos do que o sucesso, mas os recursos são muito valiosos para poderem ser
desperdiçados.
COMO ESSE LIVRO É ORGANIZADO
A Visão, Direção e Aceleração. A Visão: É a administração e o progresso para alcançar a
aprendizagem para um negócio sustentável. A Direção: É o ciclo do feedback em construir-
medir-aprender, construindo o Produto Mínimo Viável (MVP) e testar sua suposição,
contabilizando e avaliando o rumo se deve mudar (pivotar) ou continuar (perseverar). A
Aceleração: É a expansão tão rápida quanto possível, que o produto seja escalável e tenha o
poder dos pequenos lotes com as grandes empresas.
SECULO II DA ADMINISTRAÇÃO
O conjunto comprovado de técnicas e melhores práticas de produtos e serviços não é aplicável
as startups. Esses novos problemas não estão ainda formalizados e estão apenas alvorecendo
um novo século na administração com ferramentas e invenções que ajudaram a mudar o
mundo.
PARTE I - VISÃO -
1. Começar
Desenvolver uma startup é necessariamente administração, muitos são receosos em falar de
administração devido as práticas gerenciais com medo de atrair a burocracia reprimindo a
criatividade. Essa consequência faz com que muitos adotem a atitude de “simplesmente faça”
com essa abordagem que conduz com frequência ao fracasso. Os princípios da administração
atual não sabem lidar com o caos e incertezas normalmente enfrentados. Nunca tivemos tantos
negócios como atualmente, com o novo cenário global. Estamos pondo nosso excesso de
capacidade com oportunidades que envolvem riscos. As startups badaladas na mídia são
esquecidas uns meses depois e seus produtos não são usados por ninguém. O que é doloroso
nesse processo é o desperdício gigantesco de recursos que são: as pessoas, o tempo e as
habilidades.
2. Definir
Como empreendedores podem ser visionários, eles conseguem vislumbrar o futuro dos seus
setores, e estão preparados para assumir riscos ousados, em busca de soluções novas e
inovadoras para problemas enfrentados por suas empresas. Ter os tais pré-requisitos para
empreendedorismo – estrutura de equipe apropriada, pessoal de qualidade, visão forte de
futuro e apetite por assumir riscos podem travar a inovação como uma “caixa preta”. Saber tudo
das teorias e coloca-las em prática podem matar definitivamente a inovação.
SE EU SOU UM EMPREENDEDOR, O QUE É UMA STARTUP?
A startup enxuta é um conjunto de práticas para ajudar aumentar as chances de desenvolver
negócios de sucesso. Uma startup é uma instituição humana projetada para criar produtos e
serviços sob condições de extrema incerteza. Ela não diz nada a respeito ao tamanho, atividade
ou setor. Qualquer pessoa que está criando um novo produto ou negócio sob condição de
extrema incerteza é um empreendedor, tanto faz se é governamental, capital de risco ou
organização sem fins lucrativos ou investidores. Uma instituição é uma coordenação de
atividades que geram resultados, podemos ver que uma startup não consiste num produto,
numa inovação tecnológica, ou até mesmo numa ideia brilhante. Ela é a soma das partes e
iniciativa intensamente humana. O fato do produto ou serviço na startup é sua inovação, que é
parte essencial da definição, criando uma nova fonte de valor para os clientes preocupada com
o impacto do seu produto sobre eles. A inovação está no conceito amplo, originando e
dependendo somente de execução. Os futuros imprevisíveis com os clientes criam ritmos de
mudanças constantes.
A HISTÓRIA DO SNAPTAX
Em 2009, a startup tentou algo audacioso, querendo livrar contribuintes dos contadores
mediante a automatização do processo de informações encontrados nos formulários de
declaração anual. Rapidamente tiveram dificuldades, mesmo que tivessem acesso a impressora
multifuncional em casa poucos sabiam utilizar esses aparelhos. Depois de conversa com
possíveis clientes decidiram ver se eles conseguiam tirar fotos do formulário pelo celular. Então
os clientes fizeram a pergunta inesperada: É possível preencher toda a declaração do imposto
de renda pelo celular? Isso não era tarefa fácil, aquilo exigia um monte de papelada para
conseguir preencher. A startup tentou ser original: decidiu disponibilizar uma versão inicial do
seu produto mesmo não sendo capaz de realizar o trabalho completo. A versão só funcionava
para pessoa física com renda muito simples e somente na Califórnia. Ao invés de a pessoa
preencher a pessoa tirava foto e compilava a informação e preenchia a maioria dos formulários,
foi uma experiência mágica e modesta. O SnapTax transformou-se em uma significativa história
em 2011 lançou nacionalmente com mais de 350 mil downloads nas primeiras três semanas.
Essa é o tipo de inovação que se espera de uma startup. Isso concorre com os próprios produtos
da Intuit desenvolvedor do SnapTax caindo no dilema do inovador de Clayton Christensen: eles
são muito bons na criação de melhorias incrementais em produtos já existentes, mas tem
dificuldades para criar novos produtos destrutivos – inovação radical – o que pode criar novas
fontes sustentáveis de crescimento. O SnapTax por acaso contratou empreendedores famosos
de fora da empresa? Ou eles formaram uma equipe nova, mesmo com a intromissão da alta
direção, que parece arruinar as equipes de inovação. Claro que não. Os seus patrocinadores
executivos criam uma ilha de liberdade para poderem experimentar o quanto for necessário.
Não tiveram uma grande equipe, nem um grande orçamento, e nem muito dinheiro para o
marketing. Eles fizeram com uma equipe de cinco pessoas. A inovação é algo que acontece de
baixo para cima, descentralizada e imprevisível, mas isto não significa que não pode ser
administrada.
3. Aprender
Nada atormenta mais um empreendedor do que saber se a sua empresa está fazendo negócios
bem sucedidos. Com os anos comecei a me preocupar em como medir o progresso do trabalho,
a relevância de fazer no prazo e de acordo com orçamento, a única certeza no fim do dia era
que tinha mantido as pessoas ocupadas e gasto dinheiro. Esperava esforços da minha equipe
para aproximar do nosso objetivo, se desse errado eu tinha que me consolar que no mínimo
aprendemos algo importante. Infelizmente “aprender” é a desculpa mais antiga para dizer que
foi malsucedido. As pessoas são bastante criativas para demonstrar o que aprenderam, mas é
um consolo sem graça para os funcionários, investidores, rumo ao desconhecido para
sobreviver. A aprendizagem não se pode levar ao banco, gastar e nem investi-las, muito menos
ofertar aos clientes e entregar aos parceiros, como aprendizagem tem má reputação no meio
administrativo? No entanto o objetivo fundamental é envolver-se na construção da organização
de extrema incerteza sua função essencial é a aprendizagem. Temos que aprender elementos
de nossa estratégia para concretizar nossa visão, quem são os clientes de fato, o que eles
querem e o que achamos que devam querer, ou descobrir o caminho de um negócio sustentável.
Na startup enxuta a aprendizagem é um conceito de validação, é um método rigoroso para
demonstrar progresso para que cresçam as startups. A aprendizagem validada é demonstrada
empiricamente sobre verdades valiosas acerca das perspectivas de negócios presentes e
futuros, criando prognósticos de mercado para que não execute com sucesso um plano que não
leva a lugar nenhum.
Estratégica Brilhante
Decidimos ingressar de mensagens instantâneas (MI), em 2004 o mercado tinha consumidores
ativos por todo o mundo, mas a maioria que usava o MI não pagava pelo uso. Os grandes portais
e a mídia como AOL, Microsoft e Yahoo! Operavam com prejuízo ganhavam dinheiro com
propaganda. O serviço é uma rede poderosa, quanto mais pessoas na rede mais valiosa ela é.
Em 2004 o mercado de MI era um número pequeno de empresas, em que uma delas controlava
80% do mercado e ingressar em uma nova rede era praticamente impossível além de investir
pesado em marketing. Para trocar de uma rede para outra os clientes tem que convencer amigos
e colegas a trocarem com eles criando uma barreira de entrada no mercado; os consumidores
estavam travados já num produto estabelecido. Decidimos na IMVU a estratégica de massa com
receita de cliente de videogames 3D e mundos virtuais. Como era impossível criar uma nova
rede, criamos um produto complementar ao serviço de Mensagens Instantâneas nas redes
existentes. Os clientes poderiam adotar as mensagens através de avatares da IMVU sem ter de
trocar de provedor e trazer amigos com eles. Para o produto funcionar teriam que convidar os
amigos através de mensagens. O produto viralizou e o mais importante é que funcionasse no
máximo de redes e em todos os tipos de computadores. O produto era tão complexo que tinha
intermináveis bugs (defeitos de programação) tínhamos receio que a baixa qualidade do
produto manchasse a reputação da empresa, achando que as pessoas pensariam que não
sabíamos construir um produto de qualidade. Afinal cobraríamos das pessoas um produto que
não funcionava bem. Com o dia do lançamento o medo crescia, alguns adiam o lançamento,
mesmo tensos e com desculpas engatilhas apresentamos o produto ao público.
Lançamento
Nada aconteceu, nosso temos foram infundados, ninguém ao menos testou o produto. Senti
certo alívio ao menos que ninguém descobriu que o produto era ruim, depois veio a frustação.
Depois de horas de trabalho nossa de valor ficou distante dos clientes, eles nem sabiam quão
ruim era nosso projeto, ninguém fez download no nosso produto. Vieram meses e trabalhamos
para melhorar o produto conseguimos ter um fluxo de clientes constantes com relatórios
informando nosso desempenho. Fazíamos correções de bugs todos os dias para uma quantidade
patética de pessoas que compraram nosso produto. Muitos amigos e colegas foram suplicadas
a comprar o produto. Conforme a receita crescia o esforço aumentava, os amigos acabaram e a
frustação aumentou. Na realidade eu fui o último a admitir o problema, toda a estratégia estava
errada, eles não podiam nos dizer que queriam afinal nunca tinham ouvida em falar de avatares
3D antes. A verdade veio por inação, enquanto nos esforçávamos para melhorar o produto.
A ousadia do zero
Apesar do sucesso inicial da IMVU, os números ainda eram pequenos. A ironia que é mais fácil
conseguir dinheiro quando você não tem nenhuma receita do que tiver um pequeno montante.
O zero incita a imaginação, números pequenos incitam perguntas de quanto se materializarão e
são um balde de água fria nas expectativas. Tivemos alguns investidores e consultores que
recomendaram que tirássemos o produto do mercado, felizmente depois de pivotar e
experimentar aprendemos a desenvolver o produto as iniciativas de marketing e os números
começaram a melhorar, mas não o suficiente, embora gráficos promissores não cobriram nosso
insucesso inicial. Podemos mitigar o desperdício que acontece devido a ousadia do zero com
aprendizagem validada. O que precisávamos no início era sair do “teatro do sucesso” com a
tentação de métricas, podíamos ter feito muita coisa, mas seria ilusão passageira, teríamos
desperdiçados recursos preciosos em ações teatrais sem progresso e se enfiado em coisa pior.
Seu legado é foi a maneira totalmente nova de avaliar o progresso de startups.
Lições além da IMVU
Apresentei essa história até para School of Business de Standford; Havard Business School, onde
atuo como inúmeros seminários, palestras e conferencias. Todos os alunos sentem uma
tentação de focar em protótipos de baixa qualidade, cobrar os clientes desde o primeiro dia, e
utilizar pequenas metas de receita para orientar a contabilidade. Mas não essa moral da história.
Há muitas exceções. Nem todo cliente aceita um protótipo de baixa qualidade. A startup enxuta
não é um conjunto de táticas individuais, mas uma abordagem de princípios de desenvolvimento
de novos produtos, compreendendo as subjacências e recomendações que as fazem funcionar.
O caminho a seguir e aprender a enxergar cada qual como um grande experimento. Esse produto
pode ser desenvolvido? Na atual economia moderna qualquer coisa possa ser imaginada e
desenvolvida, mas as perguntas pertinentes são: O produto deve ser desenvolvido? Posso
desenvolver um negócio sustentável em torno desse conjunto de produtos e serviços?
Precisamos de um método para decompor sistematicamente um plano de negócios nas partes
e testar cada uma delas de forma empírica. Um método cientifico que cada produto,
funcionalidade, campanha de marketing são entendidos como experimento projetado a
alcançar a aprendizagem validada.
4. Experimentar
As startups estão se esforçando para responder as seguintes perguntas:
o Que opinião do cliente devemos escutar, e se é que devemos escutar alguma?
o Como devemos priorizar as diversas funcionalidade que podemos desenvolver?
o Que recursos são essenciais para o sucesso do produto e quais são os secundários?
o O que pode ser modificado com segurança e o que pode irritar os clientes?
o O que pode agradar os clientes de hoje à custa dos de amanhã?
o No que devemos trabalhar a seguir?
Elas se esforçam para responder o plano “vamos apenas lançar o produto e ver o que acontece”.
Essa é a escola do empreendedorismo: “simplesmente faça” (just to it). Se o plano for “ver o que
acontece” a garantia de ter sucesso é que não vai ter adquirido uma aprendizagem validada. É
uma das lições mais importantes no método cientifico, se você não puder fracassar, não poderá
aprender.
Decomponha o projeto
O primeiro passo é decompor a visão em partes, as duas suposições mais importantes que os
empreendedores fazem que é: valor e crescimento. O valor é formulado para testar se o produto
ou serviço de fato fornece valor aos clientes. Os funcionários estão doando seu valioso tempo.
A maioria teria dificuldade de avaliar os seus sentimentos de modo objetivo, portanto, o
experimento fornece um indicador exato. O que poderia ser um indicador em tempo real para
saber qual o valor do voluntariado? Achar um pequeno número de funcionários que prestasse
os serviços voluntários e em seguida observar a taxa de retenção. Quantos concordam em
prestar serviço voluntario de novo? Quando o funcionário investe seu tempo e atenção no
serviço social então indica que ele considerou que ele tem valor. Para o crescimento é formulado
para descobrir um produto ou serviço. Logo que estiver funcionando o programa de que forma
ele difundirá os funcionários adotantes e os de massa em toda a empresa? Uma maneira
provável é expandir ele por meio de crescimento viral. Em caso afirmativo, o mais importante é
avaliar o comportamento: os primeiros participantes espalhariam a notícia ou outros
funcionários de modo efetivo? Um experimento simples uma meia dúzia talvez de funcionários
mais antigos poderia proporcionar uma oportunidade excepcional de voluntariado. Como
hipótese de Caroline os funcionários seriam motivos pelo desejo de pôr em prática o
compromisso histórico da HP com serviço comunitário, desconectando das rotinas diárias mas
mantendo os valores da empresa. A intenção não é achar o cliente comum, mas adotantes
iniciais: os que sentem necessidade de um produto de modo aguçado. Depois de utilizar a
técnica que intitulo Produto Mínimo Viável (MVP) certificando com os primeiros participantes a
experiência se era tão boa quanto possível alinhada à sua visão. O objetivo era medir se os
clientes realmente fizeram suas atribuições, quantos prestaram serviços comunitários uma
segunda vez? Quem está disposto a recrutar colegas? Experimentos adicionam base de feedback
para aprendizagem inicial. Um modelo de crescimento requer uma porcentagem de
participantes compartilhem suas experiências e estimule sua participação, o grau que isso
acontece é testado mesmo com uma pequena amostra de pessoas. Por exemplo, se os dez
iniciados se negassem a prestar de novo o resultado seria muito negativo. Então os
experimentos não foram promissores, e há um problema com a estratégia. Não significa que o
momento de desistir; ao contrário que é momento de obter algum feedback qualitativo
imediato como melhorar o programa. Esse é tipo de experimento que apresenta vantagem em
relação à pesquisa de mercado tradicional. Não precisamos contratar uma sondagem e achar
novas pessoas para entrevistar, já temos o grupo para conversar e saber a respeito do
comportamento real delas: os participantes do experimento inicial. Tudo é feito em questão de
semanas, além de correr em paralelo com planejamento estratégico, embora ainda em
formulação. Quando o resultado for negativo e influenciam a estratégia? Por exemplo: Se não
puder encontrar um voluntário que tenha vivenciado um conflito de valores dentro da
organização, suposição importante no plano de negócios? Em caso positivo, congratulações é o
momento de pivotar.
Um experimento é um produto
No modelo da startup enxuta, um experimento é apenas uma pesquisa teórica e é o primeiro
produto, se for um experimento bem-sucedido permitirá atrair adotantes, adicionando
funcionários para cada novo experimento ou iteração começando a construir um produto.
Quando o produto estiver pronto para ser distribuído já terá estabelecido clientes, solucionando
problemas reais que precisam ser desenvolvidos. Um exemplo é a Kodak que era uma grande
empresa tradicional em que o sistema linear de informação funcionava assim:
1. Os consumidores reconhecem que tem problema no que estamos tentando solucionar?
2. Se houvesse uma solução, eles comprariam?
3. Comprariam de nós?
4. Conseguimos desenvolver uma solução para esse problema?
A tendência comum era o pessoal de desenvolvimento pular direto para a quarta pergunta e
desenvolver a solução antes de confirmar o problema. Muitos trabalhos foram feitos de trás
para frente, antes de gastar tempo com a engenharia deveríamos ter descoberto como vender
e fazer o produto. Depois de aprender com experiência adotou uma abordagem diferente testou
suposições de modo experimental desenvolvendo um protótipo simples, desprovido de diversos
recursos, isso ajudou a equipe refutar hipóteses. Embora resultados negativos desmoralizavam
a equipe os problemas de usabilidade frustraram os membros e os clientes, para Cook o projeto
não era um fracasso. O ponto inicial com defeito e tudo mais confirmou que os usuários
desejavam que foi uma informação valiosa. Isso indicava que estavam no caminho certo. Assim
tiveram certeza que algumas funcionalidades eram importantes. A equipe fez uma descoberta
importante: que as pessoas queriam compartilhar sua experiência, mesmo sabendo que não
estavam prontos para o lançamento, mandou iniciar a campanha de marketing, numa época
que as datas de lançamento eram fixadas, depois de solucionarem os problemas com os
produtos, isso era uma ruptura com o passado. Isso representou uma mudança radical para a
Kodak Gallery, divisão de sites onde os funcionários estavam acostumados a ter seu progresso
avaliado na conclusão das tarefas. “O sucesso não e entregar uma funcionalidade, mas aprender
a solucionar os problemas dos clientes” – afirma Cook.
A Village Laudry Service
Na Índia, 7% das pessoas possuem uma máquina de lavar roupa devido ao custo. Normalmente
a lavadeira leva as roupas para o rio mais próximo e lava nas pedras e deixa secar ao relento. O
resultado? As roupas eram devolvidas depois de uns dez dias, sem garantia que estejam tão
limpas. Akshay Mehra trabalhava na Procter & Gamble (P&G) em Cingapura, há oito anos
quando percebeu a oportunidade. O gerente das marcas Tide e Pantene achou que poderia
disponibilizar serviços de lavanderia para pessoas que não podiam arcar com as despesas e
Akshay associou-se à Village Laudry Service (VLS) empresa criada pela Innosight Ventures.
Começou seu experimento, com uma máquina de lavar roupa na traseira de uma caminhonete
em Bangalore. O experimento custou menos de 8 mil dólares e tinha um simples objetivo
demonstrar que as pessoas que elas deixariam as suas roupas lá e pagariam que fossem lavadas.
A caminhonete servia como marketing promocional eles levavam as roupas para outro lugar
para que fossem limpas e traziam aos clientes ao fim do dia. Prosseguiu semanas tentando
descobrir como estimular as pessoas a se aproximarem da caminhonete e ver qual era a
preocupação dos clientes, eles perceberam que eles deixavam de bom grado, porém
desconfiavam da máquina de lavar montada na traseira da caminhonete, preocupados que
desaparecessem com a roupa suja. Com isso criaram um carrinho móvel mais robusto que
parecia um quiosque estacionando perto de pequenos mercados, descobrindo que as pessoas
estavam mais interessadas no preço, e também queriam as roupas passadas dispostos a pagar
o dobro do preço para ter suas roupas de volta em 4 horas em vez de 24 horas. Como resultado
fizeram um quiosque que incluía uma máquina de lavar e uma secadora de roupas. Desde então
a Village Laudry Service cresceu consideravelmente com 14 quiosques em Bangalore, e quase
60% do negócio está vindo dos clientes existentes que já passaram dos 10 mil clientes ano.
PARTE II - DIREÇÃO
Como a visão leva a direção
No cerne é catalisar ideias que transformar em produtos. A medida que os clientes interagem
com o produto é gerado feedback e dados. O feedback é tanto qualitativo (exemplo: gosta ou
não gosta) como quantitativo (exemplo: quantas pessoas utilizam o produto e considera que ele
tem valor). O que a startup desenvolve são experimentos: a aprendizagem de desenvolver uma
empresa sustentável e os resultados desse experimento. Essas informações são muito mais
importantes que dólares, prêmios ou citações na imprensa, elas influenciam e reformulam o
próximo conjunto de ideias. Podemos visualizar o processo de três etapas no diagrama:
Este ciclo de Feedback é o centro do modelo de startup enxuta. Muitas profissões enfatizam
esse ciclo como na engenharia para aprender construir com máxima eficiência ou gerentes para
formular estratégicas. O empreendedor concentra energia para ter a melhor ideia de produto,
na verdade o que precisamos é concentrar nossa energia no tempo total gasto no ciclo
concentrando nossa energia para aprendizagem validada evitando desperdícios que nos
assolam, essa aprendizagem quando investida resulta em economia de tempo e dinheiro. Para
aplicar um método cientifico a uma startup, precisamos identificar hipóteses e testar porque é
a parte mais arriscada e tudo depende das duas suposições de hipótese: valor e crescimento.
Cada iteração é uma tentativa de ver se vai funcionar e se o processo se repete, então
desenvolver o mais rápido o possível um Produto Mínimo Viável (MVP, em inglês) é que
permitirá dar a volta completa no ciclo Construir-Medir-Aprender, com o mínimo de esforço e
tempo, mas para criar um MVP requer trabalho extra sendo capaz de medir seu impacto. Um
exemplo: não é adequado construir um protótipo que seja avaliado por engenheiros e designers
apenas pela função interna, deve ser colocado diante de possíveis clientes para avaliar a reação
deles. Pode até ser preciso tentar vender o protótipo para eles como veremos. Quando se está
na fase de Medir, o desafio é determinar esforços para desenvolver o produto para um
progresso real, se fizermos algo que ninguém quer não terá importância em realizar fora do
prazo e do orçamento, isso é a contabilidade para a inovação, uma abordagem quantitativa que
permite observar se os esforços estão dando resultados possibilitando criar marcos de
aprendizagem sendo úteis para avaliar o progresso de maneira precisa e objetiva e para
investidores nos quais empreendedores reportam. Mas nem todas as métricas são criadas de
modo igual, existe o perigo das métricas da vaidade ao contrário das de utilidade prática que
ajudam analisar comportamento a respaldar a contabilidade para inovação. O mais importante,
o término do ciclo Construir-Medir-Aprender encaramos a decisão de pivotar a estratégia
original ou perseverar. Se descobrimos que nossas hipóteses são falsas é momento de realizar
uma mudança importante, rumo a uma nova hipótese estratégica criando assim empresas
eficazes em termos de capital, permitindo reconhecer mais cedo o momento de pivotar,
gerando menos desperdício de tempo e dinheiro. No ciclo aprendemos que na realidade ele
funciona de forma inversa, pois precisamos aprender utilizando a contabilidade associada a
inovação para definir o que precisamos medir a fim de saber se estamos obtendo aprendizagem
validada e descobrimos que o produto desenvolve-se para executar aquele experimento e
obtém-se a medição. Toda a técnica é projetada para minimizar o tempo total do ciclo.
5. SALTAR
Em 2004, três alunos do Vale do Silício tinham recém criado sua rede social universitária. Era
uma rede limitada para universitários existiam no mercado redes sociais similares antes, com
150 mil usuários eles tinham pouca receita e conseguiram seus primeiros 500 mil dólares de
capital de risco. Menos de um ano levantaram 12,7 milhões de dólares. Esses caras eram os
criadores do Facebook, hoje sua história é mundialmente conhecida. O que mais impressionou
os investidores foram dois fatos a respeito do crescimento inicial do Facebook. O primeiro foi a
quantidade de tempo dos usuários ativos e a frequência, eles voltavam todos os dias, esse é o
exemplo que pode validar a hipótese de valor no produto. O segundo fato foi respeito a atração
inicial com taxa que dominou os campi universitários, eles lançaram em 04/02/2004 e no fim do
mês 75% dos alunos de Havard estavam usando, sem ter sido gasto um único dólar em
marketing ou propagand, assim conseguiram validar sua hipótese e de crescimento esse é o
salto de fé enfrentada porá qualquer startup. Na época os investidores foram muito criticados
afirmando que a rede social não tinha nenhum modelo de negócios para ser avaliada por
investidores, enxergando um retorno em excesso como na época da bolha na era ponto.com. O
fracasso das ponto.com foi em atrair a atenção dos clientes e em seguida revender a outros. O
Facebook considerava a atenção e o envolvimento dos usuários e o site não paga nada pela
aquisição dos clientes não tinha dúvida que ela era diferente. Muitos empreendedores querem
ser o próximo Facebook, mas quando são aplicadas as histórias de sucesso ficam confusos?
Então a lição com o Facebook é que não devemos cobra dinheiro dos clientes no primeiro
momento? Ou nunca devemos gastar com marketing? Existem muitas perguntas não podem ser
respondidas de modo abstrato, em vez disso é preciso realizar experimentos e técnicas que
ajudaram a descobrir as perguntas certas e responder dentro da estratégia.
Análogo e antianálogo
Não há nada de errado em basear a estratégia nas comparações com outras empresas e
atividade. Essa abordagem pode ajudar a descobrir saltos de fé verdadeiro. O conceito análogo
e anti-análogo usando o iPod como exemplo: Se tivesse procurando análogos teria que
considerar o walkman. Solucionou uma pergunta importante que que Steve Jobs nunca teve que
fazer as pessoas se elas escutam música em local público com fones de ouvido. A pergunta é
fundamental, quando a Sony formulou a pergunta não tinha a resposta. Jobs já tinha a resposta
na versão análoga, e enfrentou o fato que embora as pessoas tivessem dispostas a fazer
download de música não queriam pagar por isso. O Napster era um anti-análogo. Assim surgem
saltos de fé que favorecem ou prejudicam um negócio. No caso do iPod as pessoas estavam
dispostas a pagar pelas músicas.
Valor e crescimento
Como vimos com o Facebook, os dois saltos de fé ficaram acima dos outros. O primeiro passo é
descobrir se o seu produto ele cria ou destrói valor. Existem organizações que são lucrativas a
curto prazo, mas acabam destruindo valor, como os esquemas de pirâmides, correntes ou
fraudulentas. O valor é fundamental que os empreendedores entendam os motivos por trás do
crescimento de uma startup. Por exemplo um negócio que cresce contínuo captando
investimentos com muita propaganda paga mas não desenvolve um produto que cria valor, e
existem diversos tipos de destruição de valor referentes ao crescimento que devem ser evitados.
Um dos objetivos da contabilidade para inovação é referente diferenciar falsas startups, como
a Amazon.com que acumulou perdas no caminho para chegar ao grande sucesso. Esse modelo
quantitativo financeiro é utilizado para avaliar progresso com rigor. Nos primeiros dias de uma
startup não dá para fazer um parecer apensas são orientados por modelos de pressentimento e
intuição, e isso é uma coisa boa. Devem converter seus instintos para a frase de Steve Blank:
“saia do prédio” e comece a aprender.
GENCHI BEMBUTSU
A importância de basear decisões estratégicas na compreensão direta dos clientes vem do
Sistema de Produção Toyota. Isso recebe o nome de Genchi Gembutsu em inglês é utilizada
como: “go and see for yourself” (vá e veja por si mesmo). Você não pode entender qualquer
parte de um problema empresarial se não for ver por si mesmo. Eles fizeram uma abordagem
com o Sienna vendo em loco seu mercado principal na América do Norte, conversando e
testando produto concorrentes e a respeito que os consumidores queriam. Yokoya descobriu
que isso não era verdade com seus clientes, em que a venda diretamente com eles seria mais
fácil do que empresas, percebeu que quem mandam são as crianças, pois elas ocupam dois
terços traseiros do veículo. Isso ajudou a orientar o desenvolvimento do carro, gastando uma
quantia incomum em conforto interno que foi decisivo para que famílias comprassem para viajar
longas distâncias. Os resultados foi que o modelo 2004 teve 60% de aumento do que em 2003.
Os empreendedores devem utilizar o genchi gembutsu para descobrir o que os clientes querem
o contato inicial com possíveis clientes meramente revelam que suposições requerem o teste
mais urgente.
SAIA DO PRÉDIO
As métricas também são pessoas, não importa quantos intermediários existe entre a empresa e
cliente, no fim do dia elas respiram, pensam e compra coisas pessoais. Todos os negócios são
constituídos de indivíduos dependem da visão monolítica das organizações nas pessoas que as
constituem. O primeiro passo é ver se suas questões de salto de fé se baseiam na realidade, e o
cliente possui um problema importante cuja solução vale a pena. Quando a Intuit em 1982 teve
a visão radical na época que os consumidores utilizariam computadores pessoais para pagar
contas acompanhar despesas. Telefonando ao acaso para algumas pessoas para saber a respeito
da maneira como gerenciavam suas finanças e fez uma pergunta associa ao salto de fé: as
pessoas achavam frustrante pagar as contas a mão? Revelou a sua confirmação de que ele
precisava buscar a solução. As conversas não se aprofundaram nos atributos do produto e sem
numa possível solução, teria sido tola perguntar as pessoas naquela época de computadores
pessoais as possibilidades de utilizar de uma nova maneira, que no final responderam que uma
percepção essencial era achar uma maneira de solucionar o problema e que haveria uma
audiência convencional para desenvolver um negócio significativo.
PARALISIA DA ANÁLISE
Existem dois perigos para empreendedores quando realizam pesquisas de mercado e conversas
com clientes. Os da escola “vá em frente” são impacientes e não se dedicam a estratégia,
desenvolvendo de imediato, após poucas conversas superficiais e infelizmente se iludem
achando que estão no caminho certo. O outro tipo pode ser vítima da paralisia da análise,
refinando seus planos interminavelmente. No caso conversas com os clientes, relatórios,
pesquisas, formula estratégica, são todas atividades inúteis. O problema com os planos são que
eles seguem princípios sólidos baseando em fatos errados, pois análise depende da interação
sutil entre produtos e clientes. Se muita análise é perigosa e nenhuma leva ao fracasso como
então parar de analisar e começar a desenvolver? O conceito é denominado é o Produto Mínimo
Viável (MVP).
6. TESTAR
O Groupon com uma ideia engenhosa gerou toda uma indústria de imitadores de comércio
social, porém no início a empresa não foi das mais auspiciosas, sua primeira oferta foi para um
grupo de vinte pessoas que adquiriram o direito de comer duas pizzas pelo preço de uma no
prédio onde ficava a empresa em Chicago, estava longe de ser um evento de mudar o mundo.
A ideia é era qwue se tornasse uma plataforma de ativismo coletivo, o seu objetivo era reunir
pessoas para solucionar problemas que elas não eram capazes de resolver por conta própria. Os
primeiros resultados foram decepcionantes e tentaram no final de 2008 algo novo.
Desenvolveram um produto mínimo viável. Fizeram em um blog do WordPress às pressas e
enviavam os cupons dos produtos em PDF todos feitos a mão, sendo o suficiente para
transformar o Groupon num grande sucesso, e está para se tornar a empresa mais rápida da
história a alcançar 1 bilhão de dólares em vendas, revolucionando a maneira de ofertas e
consumidores. Um produto mínimo viável (MVP) ajuda empreendedores a começar o processo
de aprendizagem mais rápido possível. No entanto não é necessariamente o menor produto
imaginável, trata-se de a maneira mais rápida de percorrer o ciclo construir-medir-aprender de
feedback com menor esforço possível. Diferente do modo tradicional envolve um período de
incubação longo e ponderado e aspira a perfeição do produto, objetivo do MVP é começar o
processo de aprendizagem, não terminá-lo, é projetado não só para responder a perguntas
técnicas ou design do produto o seu objetivo é testar hipóteses fundamentais para o negócio.
7. MEDIR
No começo é a ideia da startup fica longe de onde ela chega. A tarefa da startup é medir
rigorosamente onde ela está naquele momento (baseline) confrontando as duas verdades
reveladas pela avaliação (valor e crescimento), em seguida cria experiências para descobrir
como mover os números reais mais perto do ideal do plano de negócios. Mesmo que produtos
fracassem eles nunca ficam no zero, sempre tem alguns clientes e resultados positivos. Devemos
ser otimistas por natureza acreditando que vai dar certo mesmo tanto na cara que não, o mito
da perseverança é perigoso para todos, alguns pareciam incrivelmente sombrios e conseguiram
a vitória, mas muitos perseveram muito tempo para a falência.
Estabelecer a baseline
Exemplo, se uma startup criar um protótipo completo do seu produto e se proporá vender aos
clientes reais por meio do seu principal canal de marketing. Esse único MVP testaria a maioria
das suposições de uma startup, ao mesmo tempo estabeleceria métricas de base para cada
suposição. Ou então prefira construir MVPs distintos para obter feedback a respeito de uma
suposição de cada vez. Antes de construir um protótipo a empresa talvez teste rapidamente seu
material de marketing, é uma oportunidade de pedir com antecedência um produto que nem
foi desenvolvido, medindo se os clientes estão interessados em julgar o produto. Assim permite
obter marcos de aprendizagem, com um MVP permite ter dados reais para a baseline do modelo
de crescimento, servindo como valioso alicerce para as reações do produto, mesmo se começar
com notícias ruins. Faz sentido testar as suposições mais arriscadas por primeiro. Se não
conseguir mitigar para uma direção ideal o negócio será insustentável.
Ajustando o motor
Depois que estabelecer a baseline, pode trabalhar na direção do segundo marco que é: regular
o motor. São os esforços para a melhoria do modelo de crescimento. Por exemplo: Uma
empresa dependa tempo melhorando o design do produto para facilitar aos clientes. Isso
pressupõem que a taxa de ativação de novos clientes é a força motora do crescimento do seu
ponto de partida está menor que a empresa gostaria. As mudanças de design devem melhorar
ativação de novos clientes. Caso contrário o design foi um fracasso. Essa regra é importante: um
bom design é o que melhora o comportamento do cliente. Como uma startup está fazendo um
trabalho eficaz e alcançando resultados duradouros?
Pivotar ou perseverar
Se não estivermos movendo forças motoras do nosso modelo de negócios não estamos fazendo
progresso Isso é um sinal claro do momento de pivotar.
Scrum
São práticas de gestão acompanhadas de desenvolvimento de software. É dividida em iterações
curtas conhecidas como sprints tipicamente de duas semanas. Objetivo é priorizar uma lista
conhecida como “Product Backlog”, que são as principais histórias selecionadas durante uma
reunião conhecida como Sprint planning. As daily meeting – reuniões diárias – visam a eficiência
da comunicação durando no máximo 15 minutos em pé mesmo. Ao final do Sprint as
funcionalidades são apresentadas durante o “Sprint review” uma reunião retrospectiva do que
foi feito e melhorado no processo guiado pelo time.
Kanban
Inspirada no sistema puxado de produção da Toyota, é limitar a quantidade de trabalho em
andamento (estoque necessário). O método Kanban é aplicado em desenvolvimento de
software com uma abordagem de processo e não metodologia, baseando no trabalho de
execução (Work In Progress, ou WIP) através de quadros, do que está fazendo e do que foi
concluído, evitando gargalos de trabalho, melhorando de forma contínua os processos.
Coortes e testes comparativos
Grockit mudou as métricas para avaliar o sucesso de duas maneiras. Adotando a métrica
baseada em coortes, procurando a relação de causa e efeito. Uma experiência de teste
comparativo conhecido como testa A/B ou multivariado (dependendo das variáveis) onde
versões de um produto são oferecidos ao mesmo tempo, observando mudanças dos
comportamentos dos grupos é possível fazer inferências para acertar no impacto das variações.
Com frequência o teste comparativo revela coisas surpreendentes, diversos recursos que
tornam melhor o produto pelo engenheiro ou designer não causam impacto de comportamento
do consumidor, o teste elimina trabalho que não tem importância para os clientes, refinando o
que os clientes querem ou não. Grockit adicionava novas maneiras de os clientes interagir com
o produto, pondo em xeque suas crenças. Sem disciplina do teste comparativo, a empresa talvez
não tivesse a compreensão e ficou claro que a chave para o compromisso dos alunos era oferta
combinada de recursos sociais e individuais tendo alternativas de como estudar.
Kanban
Seguindo o princípio de Kanban, Grockit mudou o processo de priorização do produto. As
histórias dos usuários eram completas e alcançavam a aprendizagem validada, podiam ser
catalogadas e um dos quatro estados de desenvolvimento: no backlog de produto, em
desenvolvimento, concluída (recurso completo do ponto de vista tecnológico), ou no processo
de ser validada. Validada significa uma validação se a ideia era boa vinha em forma de testes
comparativos, mudança de comportamento do cliente, entrevistas. O kanban permite poucas
histórias, assim que elas fluem ela enche o cesto, só poderá ser removida do quadro se uma
história tiver sido validada, se a validação fracassar contata-se que é uma má ideia e o recurso
pertinente ser removido do produto. Foi frustrante quando implementei com diversas equipes
sendo que as equipes não estão acostumadas a avaliar sua produtividade. A única maneira é
investigar as histórias concluídas mas que não foram validadas, isso requer iniciativas de não
engenharia, como para que construir um novo recurso que não é parte de um experimento de
teste de comparação? Poupar tempo no curto prazo, leva mais tempo depois para testar. A
engenharia não entende. Em uma cultura saudável, as ideias são avaliadas pelo mérito e não
cargo, as equipes nesse sistema começam a medir sua produtividade conforme aprendizagem
validada e não em termo de produção de novos recursos.
Acessível
A maioria das empresas não reage a complexidade de trabalhar em conjunto com uma equipe
de banco de dados para simplificar relatórios e para que possam entender melhor. Os setores
gastam energia aprendendo como utilizar os dados para obterem o que querem em vez de usar
como feedback autentico para orientar suas ações futuras. Os relatórios devem ser elaborados
de forma simples para que todos entendam. Utilize unidades tangíveis, concretas. O que é um
site? Na realidade ninguém tem certeza, mas todos imaginam uma pessoa sentada diante do
computador. Os relatórios baseados em coortes são padrão-ouro na métrica de aprendizagem:
converte ações complexa em relatório baseados em pessoas. Cada análise de coorte afirma que
as pessoas utilizam um produto neste período e quantas delas exibem comportamentos que
interessam. Ele trata de pessoas e suas ações, que é muito útil do que uma pilha de pontos
dados. Outra maneira de tornar relatórios e os experimentos acessíveis é disponibilizar pela
internet. Podendo acessar de qualquer lugar. Quando as pessoas precisam de evidencias para
sustentar o que haviam aprendido, traziam documento impresso para a reunião pertinente, para
que todos compreendessem seu significado.
Aditável
Devemos assegurar que os dados sejam confiáveis para os funcionários. A maioria dos relatórios
não é feito para responder os desafios com sucesso. A maioria dos relatórios não é desenvolvida
por equipes de desenvolvimento de produto, e não há uma maneira de testar os dados são
compatíveis com a realidade. Lembremos que as métricas também são pessoas. Precisamos ser
capazes de testar os dados pessoalmente, é a única maneira de conseguirmos verificar se
contem fatos verdadeiros, proporcionando um benefício que é auditoria, dando oportunidade
de obter insights porque os clientes estão se comportando de forma indicada pelos dados.
Apenas 5% dos empreendedores tem uma grande ideia. Os outros 95% são trabalho resoluto,
medido pela contabilidade para inovação, decidindo que os clientes visam ou escutam, tem
coragem de sujeitar uma grande visão a testes de feedbacks constantes. Uma decisão é como a
mais difícil, a mais demorada, e a maior fonte de desperdício para a maioria das startups, que é
a decidir quando pivotar e quando perseverar.
8. PIVOTAR OU PERSEVERAR
Todo empreendedor tem um desafio no desenvolvimento de um produto bem-sucedido:
decidir pivotar e quando perseverar. Estamos fazendo progresso suficiente para acreditar na
hipótese original ou precisamos fazer uma grande mudança? Não é raro há um entendimento
errôneo que ela oferece uma fórmula rígida para tomar a decisão de pivotar ou perseverar.
Não é verdade porque não há maneira de remover o elemento humano – visão, intuição,
julgamento da prática do empreendedorismo e nem isso é desejável. O objetivo é canalizar
a criatividade humana para sua forma mais produtiva, uma empresa não consegue pivotar
para uma nova direção com base no feedback do mercado podem ficar presas nem crescendo
o suficiente ou nem morrendo, consumindo os recursos e a dedicação dos funcionários sem
avançar. Somos capazes de aprender, criativos por natureza, e temos capacidade notável de
perceber o sinal de ruído. O método científico é compreensão que embora o julgamento
humano possa ser falho, podemos melhorar nosso julgamento de teorias e testes frequentes.
O pivô bem-sucedido coloca no caminho do desenvolvimento de u negócio sustentável.
A PISTA DE DECOLAGEM DE UMA STARUP É O NÚMERO DE PIVÔS QUE ELA AINDA PODE FAZER
É a quantidade de tempo que uma startup tem restante para ver se consegue decolar ou não.
Isso é definido pelo dinheiro restante no banco dividido pela taxa de “queima) de capital mensal.
Por exemplo uma startup com 1 milhão no banco, está gastando 100 mil por mês, possui uma
pista de decolagem planejada de 10 meses. Quando a pista ficar curta, pode estender de duas
maneiras: cortando gastos, ou levantando recursos financeiros adicionais. Quando os cortes são
indiscriminados cortando o ciclo de feedback construir-medir-aprender, além dos desperdícios.
Quando o corte resulta em ciclo mais desacelerado, só ajudará a falir mais devagar. Tem que
medir a pista por meio dos pivôs e não do tempo, assim cada pivô mais rápido estende a pista e
acha maneira de alcançar aprendizagem validada a custo menor em menos tempo.
FRACASSO EM PIVOTAR
A decisão é tão difícil que diversas empresas fracassam em colocar em prática. A maioria das
vezes não percebemos a necessidade de pivotar mesmo quando ela encara de frente. Afinal não
se pode discutir com o sucesso, as métricas da vaidade começam a enforcar. Ignorar os sinais
porque a empresa continuava a crescer a monetização não. Em pouco tempo o crescimento
mingua enquanto o motor engasga. Ai demora para perceber que é preciso fazer mudanças
necessárias para corrigir. Às vezes pivotar parece uma segunda fundação da empresa. No
entanto o novo projeto pode ser pior ou melhor que o antigo, melhorar é manter o futuro do
crescimento, as vezes poderíamos ter desfrutado do sucesso antes se tivéssemos pivotado mais
cedo.
UM CATÁLOGO DE PIVÔS
Zoom-in
Um recurso isolado num produto torna-se o produto todo. Esse tipo de pivô aproxima de um
simples produto de contato.
Zoom-out
Situação inversa, as vezes o único recurso é insuficiente para suportar o produto completo. Esse
tipo de pivô o que era considerado produto completo torna-se um recurso isolado num produto
maior.
Segmento de clientes
Nesse pivô a empresa percebe que o produto construído soluciona um problema real para
clientes reais, mas eles não os clientes que a empresa quer atender.
Necessidade do cliente
Às vezes se torna claro que o problema que estamos tentando solucionar para eles não é muito
importante, não raro descobrimos outros problemas afins que são importantes exigindo mais
um pouco de reposicionamento do produto existente. Pode exigir também um produto novo.
Plataforma
Pivô de plataforma é uma mudança de aplicativo ou plataforma. Às vezes uma plataforma mata
um aplicativo ou aplicativo mata uma plataforma executando pivôs diversas vezes.
Arquitetura de negócios
Alta margem e baixo volume ou baixa margem e alto volume, a primeira é B2B volume de
vendas, a segunda é consumidores. Mudanças de mercado originam isso como mercado de
massa requer ciclos de vendas longos e onerosos.
Captura de valor
Há diversas maneiras de capturar valor criado pela empresa, referidos comumente como
modelos de monetização ou receita. O valor é parte intrínseco da hipótese do produto, com
frequência as mudanças pela qual a captura valor podem ser consequência a longo prazo.
Motor de crescimento
No Capítulo 10 há três principais motores de crescimento que acionam startups: o crescimento
viral, recorrente, e pago, mas o motor de crescimento requer mudanças para capturar valor.
Canal
Mecanismo pela qual a empresa fornece seu produto aos clientes, no canal de vendas ou
distribuição. Os requisitos do canal definem preço, recursos e cenário de competição do
produto. Um efeito de ruptura é que a Internet tem tido uma influência tão radical nos setores
que antes requeriam canais de venda e distribuição complexos como jornais, revista e livros.
Tecnologia
As vezes descobre-se de alcançar a mesma solução com tecnologia completamente diferente. A
inovação de sustentação atrai e retém clientes, sendo a segmentação de clientes a mesma. O
problema do cliente é o mesmo, o modelo de capturar valor é o mesmo, os parceiros do canal
o mesmo, a questão é que a nova tecnologia pode proporcionar preço /e ou desempenho
superior a existente.
A maioria das decisões enfrentadas não são bem definidas, o tempo e energia das empresas
devem ser investidos em infraestrutura e planejamento, porém se for muito é desperdiçado um
tempo precioso que poderia ser gasto com aprendizagem. Se for pouco, fracassa em tirar
proveito do sucesso inicial e ceder liderança de mercado para um seguidor rápido. As startups
precisam de estruturas organizacionais que combatam a extrema incerteza sua principal
inimiga. A primeira questão crítica para qualquer transformação enxuta é: atividades criam valor
e qual são as formas de desperdício? Eliminando desperdício e aumentando eficiência cria-se
valor, que não é a criação de coisas, mas aprendizagem validada acerca de desenvolver um
negócio sustentável. Agora veremos técnicas que permitem startups enxutas cresçam sem
sacrificar a velocidade e a agilidade, crescendo de forma enxuta, orientadas a cultura de
inovação mesmo quando se expandem, tirando proveito do poder dos pequenos lotes. Da
mesma forma que a manufatura buscou uma abordagem just-in-time para produzir produtos,
elas utilizam para praticar a escalabilidade just-in-time realizando experimentos com produtos
sem fazer grandes investimentos logo de saída em planejamento e design. Também
investigaremos as métricas que devem utilizar para entender seu crescimento conforme
adicionam novos clientes e descobrem novos mercados (Capítulo 10). No Capítulo 12
fecharemos o círculo quando as startups se convertem em empresas estabelecidas e enfrentam
pressões para encontrar novas maneiras de investir na inovação radical, mantendo seu DNA
empreendedor mesmo depois de amadurecer. As empresas precisam se destacar em fazer
diversos tipos de trabalho em paralelo, investigaremos as métricas para incubar equipes de
inovação dentro do contexto de uma empresa estabelecida.
9. AGRUPAR EM LOTES
No livro A mentalidade enxuta nas empresas (Lean Thinkign) relata a história que ele precisava
envelopar cartas com ajudas das filhas, ele fazia uma a uma até que uma de suas filhas indagou
ele dizento que deveriam dividir as etapas: primeiro dobrar todas as cartas, depois fechar os
envelopes e por fim colar os selos. Porém o pai fazia de forma contra intuitiva terminar um
envelope de cada vez. Com a maioria de nós achamos que seria mais trabalhoso e ineficiente.
Ele e as filhas competiram para ver quem terminava antes. O pai ganhou a corrida não só porque
ele é adulto, é porque abordagem de um envelope por vez é a maneira mais rápida de executar
o serviço, ainda que pareça ineficiente. Isso já foi confirmando em diversos estudos. Isso se
chama fluxo de peça única, na manufatura enxuta. Funciona pelo poder surpreendente dos
pequenos lotes. Quando realizamos um trabalho que avança em etapas o tamanho do lote
refere-se a quanto trabalho se move por vez de uma etapa seguinte. Por exemplo se tivéssemos
cem envelopes, a maneira intuitiva de fazer isso é dobrando cem cartas por vez, teria um lote
de cem unidades. O fluxo de peça única é chamado assim porque tem tamanho de lote de uma
unidade. Para encher um envelope por vez permite que o trabalho seja feito de modo mais
rápido, ainda que pareça mais lento? Porque nossa intuição não leva em consideração o tempo
extra requerido para classificar, empilhar e deslocar as grandes pilhas semi-incompletas. Parece
eficiente repetir a mesma tarefa muitas vezes esperando executar melhor a tarefa simples
quanto mais fizermos, porém num trabalho orientado o processo como esse o desempenho
individual não é tão importante quanto o desempenho geral do sistema. Em pequenos lotes
descobrimos de imediato problemas que evitem fazer o retrabalho, e isso tem consequências
reais e muito maior no trabalho. A abordagem de lote pequeno produz um produto acabado a
cada poucos segundos, enquanto abordagem do lote grande entrega os produtos de uma vez
no final. Veja isso no final do dia, se o cliente decidir não querer mais o produto? Que processo
permitiria uma empresa descobrir o fato mais cedo? Esses benefícios da manufatura enxuta vêm
desde a Segunda Guerra Mundial, os japoneses na época sabiam que não conseguiam competir
em escala com os americanos. Foi assim que o sistema Toyota otimizou a produção em massa
fazendo maneiras de produzir em lotes pequenos em todo o processo, criando o conceito SMED
(Single-Minute-Exchange of Die) a troca rápida de ferramenta que permitiu o trabalho de lote,
e a Toyota foi capaz de produzir uma maior diversidade de produtos. Não era necessário que
cada produto fosse exatamente o mesmo para ganhar economia de escala que alimenta a
produção em massa, atendendo melhor mercados menores e fragmentados movendo para se
tornar a maior fabricante de carros do mundo em 2008. A maior vantagem de pequenos lotes é
que os problemas de qualidade podem ser identificados muito antes, que permite que seja
corrigido em imeditado.
10.CRESCER
Recentemente duas empresas diferentes me procuraram para resolver um mesmo problema.
As duas tinham clientes e receitas promissoras, validaram e invalidaram diversas hipóteses em
seus modelos de negócios e estavam proporcionando um mix de feedback positivo de melhorias,
além de utilizarem o sucesso inicial para arrecadar dinheiro com investidores externos, porém
nenhuma delas estava crescendo. Os dois CEOs apresentaram gráficos parecidos mostrando que
o crescimento inicial tinha parado. Eles não conseguiam entender o motivo. Estavam
conscientes da necessidade de mostrar progresso para funcionários e investidores. Procuravam
conselho para revitalizar o crescimento das empresas. Deveriam investir mais em marketing ou
propaganda? Concentrar na qualidade do produto ou novos recursos? Ou melhorar as taxas de
conversão e precificação? Portanto, uma confusão similar a respeito do que fazer.
11. ADAPTAR
Quando era CEO da IMVU achava que realizava um bom trabalho na maior parte do tempo. No
entanto alguma ocasião percebia repentinamente que falhava na minha tarefa. Isso era
frustrante. Pior de tudo você não recebe um memorando com algo assim:
Prezado Eric, Saudações! A tarefa que você costumava fazer nessa empresa não está mais
disponível. No entanto você foi transferido para uma nova tarefa na empresa. Na realidade não
é mais a mesma empresa, ainda que o nome e muita das mesmas pessoas. Embora a função
tenha o mesmo título, você costumava ser bom na sua tarefa antiga, você já está falhando na
sua nova. Sua transferência está em vigor a partir de seis meses atrás. Dessa maneira esse
memorando é para alertá-lo de que já está falhando nela por quase o mesmo tempo. Boa Sorte!
Toda vez que isso aconteceu esforcei-me para descobrir o que fazer. Sabia que com o
crescimento da empresa precisaríamos de processos e sistemas adicionais projetados para
coordenar as operações da empresa em tamanho cada vez maior. No entanto diversas empresas
se tornaram burocratizadas com o resultado do desejo inapropriado de se tornarem
profissionais. Há muitas maneiras para uma startup fracassar. Já passei por fracassos e tentativas
de impedir os diversos tipos de problemas que podem ocorrer. Vi empresas falharem de outra
maneira do assim chamado efeito Friendster, que é falha tanto ostensiva quanto atribuível a
uma função ou departamento único: o seu. Não só a empresa fracassará mas também será sua
falha. A maior parte dos conselhos que escutei pregava soluções intermediárias (algo como: faça
um pouco de planejamento, mas não muito) essa abordagem vacilante é difícil para qualquer
fundamento lógico de antecipar problemas específicos, ignorando outro. Isso alimenta a
sensação comum de que as decisões da administração ocultam um motivo velado. Escapar dessa
armadilha requer mudança significativa no pensamento.
Repetir os porquês desse jeito pode revelar o problema original e corrigi-lo. Se não for feito
esse procedimento simplesmente alguém poderá trocar o fusível ou eixo da bomba em vez de
fazer a manutenção no filtro. Essa abordagem foi desenvolvida na prática e evolução dessa
abordagem cientifica, problemas escondidos em sintomas óbvios. Observe no mesmo exemplo
a causa básica se afasta de uma falha técnica (um fusível queimado) se aproxima de um erro
humano (alguém esqueceu de fixar o filtro). Isso é típico na maioria dos problemas enfrentados
todos os dias, não importa o setor. O que começa com uma falha puramente técnica com rapidez
revela ser um problema gerencial bastante humano.
Faça um investimento proporcional
Como utilizar a análise dos Cinco Porquês para criar uma organização adaptativa: faça um modo
consistente um investimento proporcional em cada um dos cinco níveis de hierarquia. O
investimento deve ser menor quando o sintoma é mais suave e maior quando o sintoma é
doloroso. Não fazemos investimentos em prevenção a menos que esteja enfrentando grandes
problemas. Eis o por que a abordagem é tão importante. Se o problema surgir e for secundário
investimos um modesto conserto do problema, mas o problema voltar pergunte os Cinco Por
quês e exigirá progredir nisso. Se o problema não voltar uma hora não será uma grande perda.
Essa análise revela os problemas que estavam reduzindo a velocidade do desenvolvimento na
IMVU, por exemplo. Essas mudanças ao longo do tempo se capitalizam liberando tempo e
energia que antes eram perdidos para gerenciar crises e conflitos.
Dando a partida
Algumas sugestões para começar usar os Cinco Porquês, baseadas na minha experiência de
introduzir essa técnica em diversas empresas. Para que funcione requer um ambiente de
confiança e delegação de poder, sem isso pode ser opressivo. Isso permite concentrar na análise
da causa-raiz, adotando das equipes a regra simples: 1. Ser tolerantes em relação a todos os
erros na primeira vez. 2. Nunca permitir que o mesmo erro seja cometido duas vezes. A primeira
regra estimula as pessoas a se acostumar e ser compassiva a erro dos outros, pois a maioria dos
erros é provocado por sistemas imperfeitos, não por pessoas más. A segunda regra motiva a
pessoa a fazer investimentos proporcionais em prevenção. Esse sistema simplificado funciona
muito bem e efetivo a longo prazo, isso foi de fato o que me impulsionou a estudar a produção
enxuta.
Em geral gastávamos de três a quatro meses de cada ciclo anual elaborando estratégicas e
planejamento sem criação de novas funcionalidades. Assim que o plano e seus marcos
estabelecidos passava seis a nove meses desenvolvendo o produto. Culminando no lançamento
até obter o primeiro feedback se tinha atendido com sucesso. As necessidades dos clientes era
somente o fim do processo.
Essa metodologia-padrão em cascata durou anos. Era um sistema linear em lote grande,
dependiam de previsão e planejamento corretos e bem-sucedido. É completamente mal
adaptado para atual ambiente empresarial em rápida mudança. Ano 1: Alcançando o fracasso
– Em 2009 a QuickBooks entrou em colapso, lançando um sistema novo para serviços bancários
on-line onde os recursos eram o mais importante. A equipe fez diversos testes, usabilidade,
modelos, protótipos não funcionais, testes beta e no lançamento tudo parecia bem. As
avaliações com os clientes porém foram negativas, porque não tínhamos como saber de que
forma o feedback se traduziria no comportamento real dos clientes no mercado. Quando o
produto foi lançado os resultados foram terríveis. Os clientes levavam de quatro a cinco vezes
mais para fazer transação bancaria do que do modo antigo. Falhamos em fazer a necessidade
do cliente porque o novo processo passava em cascata e levou nove meses para a correção. Esse
é o caso clássico de alcançar o fracasso. Naquele ano a QuickBooks caiu 20 pontos de satisfação
ao cliente tendo perda consideráveis para Intuit, porém o chefe de contabilidade reconheceu a
necessidade de mudança, alcançando a velocidade de uma startup para o desenvolvimento a
implementação do QuickBooks. Ano 2: memória muscular – O próximo capítulo dessa história
ilustra como é difícil desenvolver uma organização adaptativa. Foram utilizados quatro
princípios: 1. Equipes menores, tornam-se totalmente engajadas, cujos membros assumem
diferentes papéis. 2. Conseguir tempos de ciclo menores. 3. Feedback mais rápido dos clientes,
testando tanto se o produto trava os computadores dos clientes, como o desempenho dos novos
recursos a experiência do usuário. 4. Habilitar e autorizar as equipes a tomar decisões rápidas e
corajosas. No início isso não foi um sucesso notável. Foi decretado marcos de lançamento
semestral, cortando o tempo do ciclo pela metade, porém isso não teve sucesso. Mas os
problemas que afligem o desenvolvimento de grandes lotes ainda estavam presentes,
apresentando apenas melhorias ao sistema anterior, não produzindo resultados melhores que
procuravam. As organizações possuem memória muscular, sendo difícil desaprender hábitos
antigos, um sistema de mudanças individuais com alteração de data em modo arbitrário não era
páreo para o sistema. Ano 3: a explosão – Frustrado com o progresso do ano anterior, associou-
se a Himanshu Baxi, líder de desenvolvimento de produtos e juntos descartaram os processos
antigos, criando novos processos afim de que não voltassem para o modo antigo. Foi investido
em produto, processos, tecnologia, lotes menores, inovações técnicas ajudaram a obter o
produto para os clientes mais rápido para o feedback. Eles começaram com as sessões chamada
de ideia/codificação/solução, reunindo engenheiros, gerentes de produto e clientes para criar
um fluxo de ideias, este ano atípico sem lista definida do que seria contemplado como
lançamento. No terceiro ano as equipes se envolveram na criação de novas tecnologias,
processos e sistemas. As equipes multifuncionais foram formadas em torno de grandes novas
ideias e os clientes foram envolvidos desde a primeira concepção do conceito de cada recurso.
A antiga abordagem não carecia de feedback do cliente, no espírito Genchi Gembutsu os
gerentes de produto identificavam problemas e solucionavam a próxima versão, eram
responsáveis por toda a pesquisa dos clientes. As mudanças de equipe tiveram que enfrentar o
ceticismo porque alguns gerentes de produto achavam que perda de tempo engenheiros
lidando diretamente com os clientes, considerando que era trabalho deles entender os clientes
e definir o que era preciso ser desenvolvido. Alguns engenheiros, porém queriam apenas que
lhes fosse dito o que fazer, eles não queria conversar com os clientes. Os dois grupos estavam
dispostos a sacrificar a capacidade de equipe de aprender a fim de trabalhar de modo mais
eficiente. A comunicação foi decisiva dos líderes, o ceticismo foi enfrentado colocando exemplos
concretos que funcionaram no passado, explicando com clareza o sucesso. Embora as mudanças
adaptativas numa organização estejam na mentalidade dos funcionários, mudar a cultura não é
suficiente. A administração enxuta requer trabalho como um sistema que lida com tamanho do
lote e tempo de ciclo de todo o processo. Portanto, investir em mudanças de ferramentas,
processos e sistemas, ou plataforma permite um modo de trabalho novo e mais rápido.
Os resultados do terceiro ano foram promissores. A versão do QuickBooks lançado teve
avaliação positiva de satisfação dos clientes e vendeu mais unidades. Ainda estava em
investigando como reduzir o tamanho do lote e o tempo do ciclo, são possibilidade além das
soluções técnicas. A medida que as startups enxutas crescem, utilizam técnicas adaptativas para
desenvolver processos mais complexos sem abrir mão de sua vantagem básica: mover-se com
velocidade através do ciclo de feedback construir-medir-aprender. Derivado da manufatura
enxuta, as startups crescem com o sucesso e se convertem em empresas estabelecidas, mas
esse não é o fim da história, o trabalho está longe e nunca estará acabado porque as empresas
estabelecidas devem esforçar para achar novas fontes de crescimento por meio da inovação
radical. Em dias atuais as empresas líderes enfrentam pressão imediata de novos concorrentes,
adotantes iniciais e startups beligerantes, não faz sentido pensar em uma startup como uma
metamorfose passando de lagarta para borboleta. As empresas devem aprender a manipular
diversos tipos de trabalho ao mesmo tempo, perseguindo a excelência operacional e a inovação
radical. Isso requer um novo tipo de pensamento de portfólio, assunto do Capítulo 12.
12. INOVAR
A sabedoria convencional sustenta que quando as empresas ficam maiores perdem a
capacidade de inovação, criatividade e crescimento. Acredito que isso está errado. A medida
que as startups crescem podem construir e equilibrar as necessidades com desafios de achar
novos clientes explorando novos modelos de negócios: tudo ao mesmo tempo. Se estiverem
dispostas a mudar sua filosofia administrativa, podem fazer mudanças pra o que denomino
pensamento de portfólio.
Medos racionais
No entanto o cerne da rixa departamental havia um medo racional. A empresa atendia clientes
tipo: B2B e consumidor, vendiam grandes volume de produtos para outras empresas enquanto
no seguimento para o consumidor era orientada para compra isolada individual. A receita vinha
das vendas B2B, mas o crescimento estava desacelerando. Havia um imenso potencial no
segmento do consumidor, mas pouco tinha se materializado. Parte do motivo era a precificação,
pois os concorrentes colocavam os preços altos e depois davam grandes descontos para clientes
corporativos que compram em quantidades. Naturalmente todo vendedor era estimulado a
fazer todos os clientes favorecidos. Isso fez o valor ficar muito alto para o segmento do
consumidor. Eles fizeram experimentos para uma estrutura de preço menor, mas a equipe do
segmento B2B receou canibalizar ou fragilizar o relacionamento com os clientes existentes. Se
eles descobrissem que os outros clientes estavam pagando um preço menor do que eles?
Qualquer um que já esteve num negócio multifacetado sabe reconhecer diversas soluções
possíveis para esse problema, como criação de conjuntos de recursos em camadas (ou níveis)
para diferentes clientes que sejam capazes de comprar diferentes níveis de produto, ou sob
marcas distintas. No entanto eles estavam tendo dificuldade para implementar qualquer uma
dessas soluções. Por quê? O medo como resultado fez pôr em risco o negócio corrente, sendo o
experimento proposto, retardado, sabotado e ofuscado. O medo é bem fundamentado cujo
território esteja sendo ameaçado, mas empresa não é uma startup minúscula, então tem muito
a perder. Não é algo a ser encarado com desdém.
Empreendedor é um cargo
A saída do dilema é administrar os quatro tipos de trabalho distintos, permitindo desenvolver
em fases e poder transferir tarefa e trabalhar em algo novo. Nenhuma escolha é certa ou errada;
depende do temperamento e habilidades da pessoa em questão. Algumas pessoas são
inventores natos e preferem trabalhar sem pressão e expectativas de fases. Outras são
ambiciosas e consideram a inovação um caminho rumo a alta direção da empresa. Outros são
versados no gerenciamento maximização da eficiência na redução de custos. As pessoas têm
que achar os tipos de tarefa ao quais se adaptem melhor. O empreendedorismo deveria ser
considerado plano de carreira viável para inovadores dentro das organizações. Quando
incubado um produto na área restrita de inovação deve ser reintegrado a organização
controladora. Assim é um processo positivo que dá aos inovadores a oportunidade de treinar
novos membros de equipe no novo estilo de trabalho que eles dominaram na área restrita
original, que crescerá ao longo do tempo e ampliar o escopo da área restrita. Trabalhar na área
restrita de inovação é como desenvolver músculos para startup. No início a equipe será capaz
de assumir experimentos modestos, que podem não conseguir produzir muita aprendizagem e
não levar ao sucesso escalável. Ao longo do tempo é quase garantido que equipes apresentem
melhorias durante o processo, naturalmente o sistema de inovação acaba se tornando vítima
do próprio sucesso. Com a expansão da área restrita o aumento da receita da empresa em
virtude das inovações faz o ciclo recomeçar. Os ex-inovadores se tornarão guardiões do status
quo. Quando o produto constitui toda área restrita, inevitavelmente sobrecarregará com regras
e controles adicionais e as novas equipes precisarão de uma nova área para trabalhar.
Frederick Winslow Taylor escreveu em 1911, algo assim: Que podemos observar o
desaparecimento de florestas, o desperdício de energia hidráulica, a erosão do solo, a eminente
esgotamento das minas de ferro e carvão. No entanto os desperdícios maiores do esforço
humano acontecem todos os dias por atos ineficientes que são menos visíveis e tangíveis e
vagamente avaliados. Podemos ver e sentir o desperdício das coisas materiais, mas as ações
desastradas, ineficientes ou mal orientadas dos homens deixam indícios visíveis e tangíveis. Sua
apreciação exige esforço de memória e imaginação e o prejuízo diário resultado decorrente de
desperdício das coisas materiais abala profundamente aqueles que nos comove apenas o modo
superficial.
SUPERPODERES ORGANIZACIONAIS
“O conhecimento dos princípios da startup enxuta me permite achar que tenho superpoderes”.
Com perguntas simples e rapidez ajudo a perceber como os projetos se baseiam e as hipóteses
fundamentais testadas. Consigo esquematizar um plano para seguir e validar cientificamente os
planos antes que seja tarde. Sempre me dizem: Uau, você é brilhante! Essa inteligência não são
insights a respeito de planos imperfeitos mas a teoria que permite predizer o que acontecerá,
muitos ficam frustrados porque eles apresentam suas ideias, mas não enxergam o sistema. O
segredo do sucesso é achar pessoas brilhantes para empregar elas na equipe, e não vem as
oportunidades de alcançar melhores resultados de modo sistemático mudando crenças sobre
como a inovação acontece.
Priorizando o sistema: alguns perigos
Como Taylor, o desafio é persuadir os gerentes das corporações moderadas a priorizar o
sistema. Infelizmente a insistência de Taylor não pode descobrir e promover os melhores
indivíduos. O sistema empresarial se gerou problemas quando se tornaram excessivamente
rígidos, e assim não conseguem tirar proveito da adaptabilidade, criatividade e sabedoria dos
trabalhadores individuais, uma ênfase excessiva no planejamento, prevenção e procedimento
permitindo alcançar resultados num mundo estático. No chão de fábrica os problemas foram
enfrentados pela manufatura enxuta, disseminando lições as corporações modernas. Mas o
empreendedorismo e o trabalho de inovação em geral estamos usando um arcabouço já
superado. Estamos começando a descobrir as regras que governam o empreendedorismo que
aborda as melhores chances de forma inovadora. De alguma forma isso diminui as virtudes
empreendedoras como a primazia da visão e a disposição de assumir riscos e coragem
desmedida para adversidades opressoras. Nossa sociedade precisa da criatividade e da visão dos
empreendedores porque estes recursos tão preciosos não podemos que sejam desperdiçados.
EM CONCLUSÃO
O movimento startup enxuta é evitar doutrinas e ideologias rígidas, evitando estereótipos de
que ciência significa fórmula ou falta de humanidade no trabalho. A ciência é uma das atividades
mais criativas da humanidade e aplicar ao empreendedorismo libertará um imenso estoque de
potencial humano. Com seria aparência de organização dotadas de superpoderes de startup?
Todos insistiriam que suas suposições fossem apresentadas de modo explícito e testando com
rigor, não como tática de protelação ou pré-forma, mas como resultado desejado e genuíno de
descobrir a verdade subjacente a visão de cada projeto. Reconhecemos que a velocidade e a
qualidade são aliadas na busca do benefício a longo prazo para o cliente. Correríamos a testar
nossa visão para não abandoná-la. Eliminaríamos desperdícios não para construir castelos de
qualidade nas alturas, mas serviços de agilidade e dos resultados comerciais radicais. Reagimos
aso fracasso com honestidade e aprendizagem sem recriminar e nem culpas. Evitamos os
impulsos de desacelerar aumentando o lote e ceder o feitiço a prevenção. Ao contrário,
alcançaríamos velocidade evitando o trabalho em excesso que não leva a aprendizagem.
Dedicaríamos a criação de novas instituições com a missão a longo prazo de construir valor
sustentável e mudar o mundo para melhor. Sobre tudo, deixaríamos de desperdiçar o tempo
das pessoas.
lean-startup.meetup.com
leanstartupcircle.com
sllconf.com
theleanstartup-brasil.com.br
LEITURA OBRIGATÓRIA
http://ericri.es/FourSteps
http://www.startuplessonslearned.com/2008/11what-is-custumer-development.html
http://steveblank.com
http://custdev.com
www.startuplessonlearned.com/2010/07/entrepreneurs-guide-to-custumer.html
http://businessmodelgeneration.com
http://businessmodelgeneration.com/toolbox
http://500hats.typepad.com
http://500.co/blog
Entre outros....