Artistas
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Perspectiva
Definição
Técnica de representação do espaço tridimensional numa superfície plana, de modo que a ima
gem obtida se aproxime daquela que se apresenta à visão.
Na história da arte, o termo é empregado de modo geral para designar os mais variado
s tipos de representação da profundidade espacial.
Os desenvolvimentos da ótica acompanham a Antigüidade e a Idade Média, ainda que eles
não se apliquem, nesses contextos, à representação artística.
É no renascimento que a pesquisa científica da visão dá lugar a uma ciência da representaçã
alterando de modo radical o desenho, a pintura e
a arquitetura. As conquistas da geometria e da ótica ensinam a projetar objetos em
profundidade pela convergência de linhas aparentemente paralelas
em um único ponto de fuga.
A perspectiva, matematicamente fundamentada, desenvolve-se na Itália dos séculos XV
e XVI, a partir das investigações de Filippo Brunelleschi (1377-1446),
arquiteto e escultor florentino - pioneiro no uso da técnica - e descrita pelo mai
s importante teórico da Renascença, o pintor, escultor e arquiteto Leon Battista Alb
erti (1404-1472).
Escrito originalmente em latim - De Pictura -, o tratado Della Pittura (1435) de
Alberti é a primeira descrição sistemática de construção da perspectiva.
A partir daí a nova ciência da perspectiva é colocada em prática por uma série de artistas
. Masaccio (1401-1428) é considerado exímio na aplicação das conquistas científicas à arte
a representação.
A primeira obra a ele atribuída, o tríptico de San Giovenale (Uffizi, Florença, 1422),
é exemplar de como conseguir criar um sentido coerente de terceira dimensão sobre a
superfície bidimensional.
Além dele, outros artistas importantes da época exercitam as potencialidades da nova
técnica, dentro e fora da Itália: Piero della Francesca (ca.1415-1492), Leonardo da
Vinci (1452-1519),
Albrecht Dürer (1471-1528) etc. A perspectiva, magistralmente praticada pelos arti
stas do Renascimento, torna-se um dos fundamentos mais importantes da pintura eu
ropéia até meados do século XIX.
A arte moderna - cujo trajeto no século XIX acompanha a curva definida pelo romant
ismo, realismo e impressionismo - se caracteriza por uma atitude crítica em relação às c
onvenções artísticas, entre elas,
a perspectiva. O emprego livre de cores vivas, as pinceladas expressivas e a nov
a concepção da luz recusam as normas da arte acadêmica, o que já se observa em artistas
românticos como
Eugène Delacroix (1798-1863). O questionamento com os temas clássicos, defendidos pe
las academias de arte, vem acompanhado na arte moderna pelo abandono das tentati
vas de representar
ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A consciência da
tela plana, de seus limites e possibilidades, inaugura o espaço moderno na pintur
a, o que se
verifica decisivamente na obra de Éduard Manet (1832-1883). É com o impressionismo q
ue a crise da perspectiva anunciada anteriormente se agudiza.
Pietro Cavallini (1250 1330)
Giotto di Bondone (1266 - 1337)
A Idade Média que iniciou com a planimetria aos poucos começa a trabalhar com projeções.
Com o Trezento, Giotto e Cavallini tinham outra linguagem, com tentativa de luz
e sombra,
desenho mais realista, buscando soluções de projeções tentando uma convergência.
Introduzem paisagem entre a figura humana e o céu, porém tudo tem o mesmo tratamento
de cor
e textura, dando apenas um recuo aparente, ou profundidade rasa .