Tempo de Partilha

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TEMPO DE PARTILHA

“Se dirigimos todas as coisas a Deus, tudo será oração” (S. Inácio)

O método dos Exercícios Espirituais se apoia em 2 eixos:

• A oração: seguindo as orientações para cada tempo de oração pessoal

• A partilha: com o acompanhante ou “aquele que dá os Exercícios”

O que significa a partilha no contexto dos EE (exercícios espirituais)

É o momento que o exercitante se encontra com seu acompanhante espiritual e fala a respeito dos
movimentos que ocorreram em seu interior durante o período de oração. É um diálogo entre o exercitante
e acompanhante, iluminados pelo Espirito Santo. O esforço de verbalizar algo para outro (acompanhante)
ajuda a apropriar-se da experiência vivida e a perceber o “fio de ouro” que vai perpassando todo o processo
dos Exercícios, ao mesmo tempo em que ajuda a pessoa a concretizar e a sintetizar a experiência, isto é, ir
direto ao essencial. A partilha faz com que percebamos que o caminho de acesso a Deus não é individual
senão comunitário, precisamos ter presente o outro.

O que não é abordado na partilha?


• Não é tempo para falar da história de sua vida, nem dos problemas de sua comunidade, do seu
trabalho ou da sua família.
• Não se trata de uma discussão sobre os textos bíblicos (teologia)

O que se aborda na partilha?


• Os pontos mais importantes vividos na oração.
Não se trata de descrever todas as orações feitas nos seus mínimos detalhes, mas destacar o essencial.
Aos poucos se vai compreendendo o que são as “moções”, “consolação”, “desolação” que dão
formas ao diálogo espiritual e o caminho a ser perseguido.
Para isto “empalavrar” os sentimentos (dar nome) ocorridos durante a oração é fundamental para o
processo de crescimento na oração.
A folha de revisão da oração ajuda a verificar os pontos que devemos prestar atenção quando registrar os
frutos da oração no diário espiritual.

• Na verbalização da experiência, o exercitante entra num processo interior de escuta e atenção ao


que o Espírito escreve no coração. Esta escrita, estes toques, estas moções do Espírito vão sendo percebidas
com crescente facilidade, ou seja, o exercitante vai tornando-se progressivamente sensível ao Espírito e
registrando suas “marcas”.

Como se preparar para uma partilha?

• Prepare a partilha, não improvise.


• Dê um título que expresse, em três ou quatro palavras, todo o conteúdo vivido
• Sobre a oração:

. Como foi? De que maneira você as fez?


. Releia as anotações da semana que passou destacando os pontos relevantes, os frutos da oração, as
dificuldades, como sentiu Deus atuando em sua vida.
. Moções ou vivências mais fortes experimentadas na oração: sentimentos que brotaram do coração e que
revelam a percepção de uma inclinação, de um desejo, de um apelo.
. Perceba se as diversas vivências ou moções convergem, tem algum denominador comum, uma constante
. Dê nome às resistências, medos que surgem durante a oração
. Se parecer oportuno leia alguns fragmentos do que você escreveu durante a avaliação da oração
(brevemente).
. Observe se você nota que progrediu no caminho do Senhor durante a semana que passou.

Qual é o papel do acompanhante?

• O acompanhante é um aliado de Deus; ajuda a discernir, motiva o exercitante que


faça uma “leitura” dos seus estados de ânimo interior e que se comprometa de fato com os “apelos, luzes,
inspirações...” que o Espirito inspira.
• O acompanhante ajuda a personalizar a experiência de Deus e a tomar consciência de como é essa
experiência. Acompanha a ação do Espírito no interior do exercitante.
• O acompanhante ajuda o exercitante a perceber o momento vivido agindo de forma que o mesmo
permaneça persistente na oração.
• O acompanhante não é um ouvinte passivo: há um eco, recomendações, ponderações, chamadas de
atenção para tal ou tal aspectos aos quais o exercitante não tenha percebido ou dado atenção.

Material construído por Adna Haddad, Maria Angela Bragatto, Regina Console e Vera Cristina Munhoz.
Texto construído pela junção de textos de Pe.Adroaldo Palaoro e folhas diversas de acompanhantes de EE de Itaici.

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