A História Da DKW

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A História da DKW 

VEMAG
Por: Fernando EPTV - agosto 21, 2011 8:39 pm

O nome DKW apareceu em 1916 quando J.S. Rasmussen construiu um carro a vapor. Daí o nome
Dampf Kraft Wagen (DKW) ou Carro de Propulsão a Vapor. Quatro anos mais tarde, Rasmussen lançou
um motor de dois tempos com 1 CV de potência para bicicletas e então o nome passou a Der Knaben
Wunsch ou O Sonho da Garotada. Em 1932, o nosso inventor lançou um carro com tração dianteira,
motor dois tempos de 500cc que se chamou Das Kleine Wunder ou A Pequena Maravilha que foi o
ponto de partida para a divulgação mundial do nome. Notem que este carro com 500cc apenas,
alcançou 12 recordes de classe na década de 30.
Mas porque o DKW também tem no seu símbolo as quatro argolas como os AUDI modernos? Em 1932
as “sobras´´ da depressão dos Estados Unidos alcançaram a Europa e, mais fortemente, a Alemanha.
Tentando se salvar de sérios problemas financeiros, quatro das mais proeminentes fabricantes de
automóveis da época, se uniram formando a AUTO UNION. Estas empresas, DKW, AUDI, HORSH e
WANDERER, juntas, dispunham de 134 anos de experiência automobilística e escolheram como
símbolo desta união, as quatro argolas entrelaçadas onde cada uma representa uma das companhias
do grupo.
Voltando ao Brasil, a nossa história começa com a grande preocupação da evasão de divisas causada
pela aquisição de carros e caminhões fazendo com que Getúlio Vargas crie em 1950, a Comissão de
Desenvolvimento Nacional que, como resultado, tem o convênio firmado com a FNM e Alfa Romeo para
a produção de caminhões. Em 1952 a Distribuidora de automóveis Stubaker passa a denominar-se
VEMAG SA Veículos e Máquinas Agrícolas com capital inicial de 100 milhões de cruzeiros. Em 1955,
Juscelino Kubitscheck candidata-se e faz do carro nacional uma de suas metas. Promete que serão
produzidos 50 mil veículos até o fim de seu mandato. A Distribuidora VEMAG ingressa decisivamente
na fase de preparação para a produção dos veículos brasileiros. No ano de 1956, após ser empossado
em janeiro, Juscelino Kubitschek toma providências para facilitar leilões de divisas às montadoras e
estabelece etapas de nacionalização para fabricantes brasileiros. Em 16 de junho, Kubitscheck junto
com almirante Lucio Meira, assina o Decreto n° 142 que cria o Grupo Executivo da Indústria
Automobilística – GEIA. Esta foi a base definitiva para a fabricação de veículos automotores no país. O
GEIA na sua resolução n° 01, autoriza a VEMAG a fabricar o seu automóvel tipo caminhoneta DKW em
30 de julho de 1956. Em 19 de novembro deste mesmo ano, a VEMAG lança o DKW no Brasil com uma
nacionalização de 60% de seu peso final. Este foi realmente o primeiro automóvel de passeio fabricado
no Brasil.
Durante os anos seguintes, os veículos DKW foram sempre evoluindo passando de 900 cc para 1000cc
(981cc), para motores mais potentes mesmo que os da DKW alemã e construindo um marco da
indústria brasileira como o VEMAG FISSORE. O FISSORE foi desenhado pelos irmãos Fissore na Itália e
posteriormente fabricado no Brasil pela VEMAG. Devido às grandes dificuldades da época, o FISSORE
era construído praticamente à mão sendo os primeiros carros feitos 100% à mão por funileiros
especialistas em protótipos vindos da Itália. Tal tipo de construção exigia uma série de correções e
muito estanho na carroceria aumentando muito o peso do carro e comprometendo o seu desempenho.
Mesmo assim, as suas linhas são até hoje, uma das mais belas já produzidas neste país.
Cronologia da VEMAG:
1946 – Importação dos automóveis Studbaker.
1949 – Tratores e máquinas agrícolas Massey Harrys
1951 – Caminhões Scania Vabis
1955 – Estudo para fabricação dos autos SAAB
1956 – Fim da importação dos Studbaker e início da produção dos DKW F91 Universal 900cc
1958 – Produção do DKW F94 e do F91/4 (Mais tarde Candango)
1961 – Lançamento do Belcar e Vemaguete
1964 – Mudança das aberturas das portas e lançamento do Fissore no Salão do Automóvel
1965 – Introdução do Lubrimat para lubrificação do motor e lançamento do DKW Malzoni
1967 – Lançamento do Puma GT, remodelação estética da linha e fechamento da VEMAG.
Incluindo-se o GT Malzoni (35) e PUMA GT (135), foram produzidos 117.361 veículos DKW no Brasil.
Os DKW´s ficaram famosos no Brasil pelo motor dois tempos com odor e ruído característico mas
também pela confiabilidade, desempenho e grande sucesso nas pistas de corrida.
A história esportiva do DKW é muito rica no Brasil e no exterior. Sempre lutando contra o pequeno
orçamento da equipe oficial de competição, o responsável pela equipe Sr. Jorge Lettry, junto com seus
pilotos e mecânicos, conseguiram diversas vitórias importantes e um recorde Sul Americano de
velocidade em 1965 de 212,903 km/h, conforme regulamentação da FIA e homologada pela CBA. Este
recorde de categoria se mantém até a presente data. E isto foi há 33 anos!
Para os amantes da velocidade, não é possível esquecer os duelos emocionantes entre a Carreteira 18,
Alfas, Interlagos , Simca e Malzonis com estes últimos voando baixo em Interlagos na frente de todos
os outros, com os pequenos motores de 1080 cc com até 106 c.v. de potência.
Entre os pilotos que se destacaram no passado com carros DKW podemos citar Emerson Fittipaldi, Jim
Clark, Francisco Lameirão, Norman Casari, Mario Cesar Camargo Filho, Anísio Campos e muitos outros
não menos importantes.
Em 1967 com graves problemas financeiros, a VEMAG foi vendida para a Volkswagen que decidiu por
encerrar a fabricação dos veículos DKW.

Fonte: www.V8ecia.com.br

Fabrica da DKW no Ipiranga São Paulo

Vista aérea da fábrica, em seu auge.


O lema da Vemag era: “BRASILEIROS PRODUZINDO VEÍCULOS PARA O BRASIL”. A frase entrou para a
história da indústria automotiva nacional, pois em 19 de novembro de 1956 era apresentada ao povo
brasileiro a camioneta (ou perua) DKW-Vemag Universal, uma cópia do modelo fabricado pela Auto-
Union, na Alemanha. Foi o primeiro veículo genuinamente nacional pelos parâmetros do GEIA, que não
incluiu o Romi-Isetta, pois para ser considerado um carro de passeio o carro teria que possuir o
mínimo de duas portas e quatro lugares

Em 1958 foram lançados o Jipe DKW-Vemag, posteriormente chamado Candango, o carro de passeio,
posteriormente chamado Belcar e uma nova versão da camioneta DKW-Vemag, posteriormente
chamada Vemaguet. Em 1964, a DKW Vemag faz uma grande inovação: lança um modelo diferenciado
e avançado para sua época. O DKW-Vemag Fissore, usando a base mecânica do Belcar mas com
carroceria desenhada e desenvolvida na Itália. Seu design inspirou os BMWs do início da década de 70.

Leia Mais São Paulo Antiga

Um dos primeiros automóveis brasileiros, apresentado em 1958, o “Decavê” Belcar era bastante
peculiar. O motor de dois tempos tinha apenas sete peças móveis: virabrequim, três bielas e três
pistões. Cada cilindro tinha seu próprio sistema de ignição e o terceiro cilindro ainda acionava a bomba
de combustível. O design era típico dos carros anteriores a Segunda Guerra Mundial, com as portas
dianteiras de abertura “suicida” (para trás). Em 1965 era lançada a versão Rio, em homenagem aos
400 anos da cidade. A partir desse ano, ganhava o Lubrimat, uma bomba que misturava óleo
lubrificante com a gasolina, eliminando a necessidade de colocar óleo no tanque. Em 1967, os
Belcar/Vemaguet eram reestilizados, perdendo as portas “suicidas” e ganhando grade maior e quatro
faróis redondos.

DKW 1967
Em seu último ano de atividade, a linha DKW era reestilizada, ganhando nova frente com quatro faróis
e ausência das portas dianteiras “suicidas” (que se abriam no sentido inverso). O motor de 60 cv era
original do Fissore e vinha com sistema Lubrimat, que misturava automaticamente o óleo com a
gasolina.

Jipe Candango

Projetado em 1954 para o Exército alemão, o Munga (Mehrzweck Universal Geländewagen mit
Allradantrieb, “veículo de uso múltiplo universal para uso fora-de-estrada com tração em todas as
rodas” em alemão) passou a ser fabricado em 1958 no Brasil pela Vemag como Candango,
homenagem àqueles que construíram Brasília. Vinha com uma capota de lona com janelas de plástico
de enrolar (capota de aço só sob encomenda), uma única lanterna traseira (os primeiros anos), tração
integral permanente com reduzida acionada em movimento e capacidade de atravessar riachos com
meio metro de profundidade. Havia também a versão com tração dianteira, conhecida como Candango
2. Devido ao alto preço dos componentes importados da transmissão, o Candango deixou de ser
competitivo e sua fabricação foi encerrada em 1963, com total de 6.171 unidades produzidas.

Caiçara ou Pracinha o modelo despojado da Vemaguete

Vemaguete
A Vemaguet é um automóvel brasileiro produzido pela Vemag, sob licença da fábrica alemã DKW,
entre 1958 e 1967, que teve dois derivados populares, a Caiçara e a Pracinha, produzidos
respectivamente entre 1963 e 1965 e entre 1965 e 1966. Ao total, foram produzidas 55692
unidades [1] (47769 unidades da Vemaguet, 1173 unidades da Caiçara e 6750 unidades da Pracinha).

DKW-Vemag Fissore

Com um sedã, uma perua e um jipe no portfólio, o que mais a Vemag poderia querer naquele início
dos anos 1960? Resposta: um carro mais luxuoso, que sensibilizasse o público mais sofisticado – e que
se encaixasse no chassi já existente. O desafio foi passado à Carrozzeria Fissore, estúdio fundado em
1920 em Savigliano, cidade próxima de Turim. A plataforma DKW foi enviada à Itália para que fosse
“vestida” em estilo de alta-costura.

Em 1962, o carro já rodava nos arredores de São Paulo e de São Miguel Arcanjo (SP). Nessa localidade
foi montada uma base secreta da Vemag. No fim daquele ano, o Fissore foi apresentado no Salão.
Mas somente quase dois anos após a mostra ele seria lançado ao público. O DKW de luxo chegou às
lojas em 28 de junho de 1964, ao preço de quase 7 milhões de cruzeiros, quase 25% a mais que um
sedã Belcar.

Painel do Belcar

Painel da Vemaguete
Vemaguete – Visão traseira

Motor de uma vemaguete

Anúncio da época

O Belcar era muito usado para taxi devido as suas quatro portas
Vemag doado ao ao presidente Juscelino Kubitschek.

 A Vemag doou, em 1958, um Grande DKW-Vemag (esse era o nome do Belcar antes de 1961) ao
presidente Juscelino Kubitschek. E outro ao ministro Lucio Meira, que criou o GEIA (o grupo de
implantação da indústria automobilística no Brasil; a Vemag foi a primeira fábrica nacional). A entrega
foi feita no Copacabana Palace, quando do lançamento do sedã e do jipe, que mais tarde passaria a ser
chamado de Candango.

Referencias

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/dkw-vemag-fissore/

http://antigosbrasileiros.blogspot.com/2011/01/classico-do-mes.html

http://essevaleumafoto.blogspot.com/2011/06/dkw-belcar-taxi-1966.html

http://estiloantigo.blogspot.com/2010/05/taxi-do-passado-dkw-belcar-1966.html

http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/tag/belcar/

www.V8ecia.com.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/DKW-Vemag_Vemaguet

Tags:Automoveis

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NEM VÁLVULAS, NEM CAMES
Motor: DKW "F 91", três cilindros em linha,  974 cc, dois tempos, com distribuição por meio de luzes no cilindro e
admissão controlada pelo pistão. Diâmetro e curso 74 x 76 mm, taxa de compressão 7,25:1, torque máximo 8 mkg a
3.000 giros por minuto. Alimentação com carburador, ignição por meio de bobinas e platinados.
Transmissão: cambio com quatro marchas avante e uma a ré ("primeira" não sincronizada). Redutor de velocidade
com duas relações, 1:1 para as marchas normais e 1,604:1 para as marchas reduzidas. Tração integral permanente
sem terceiro diferencial.
Chassi: de longarinas e travessas, com suspensão independente e molas semi-elípticas transversais,
amortecedores hidráulicos telescópicos. Freios hidráulicos sobre todas as rodas.
Corpo veículo: carroceria aberta, quatro lugares, dimensões 3,45 x 1,73 x 1,81 m, peso vazio 1.085 kg.
Aceleração: partindo parado, em ordem de marcha, com 2 pessoas a bordo:
- Base 400m: 24"8/10
- Base 1000m: 47"9/10
Consumo: (lx100km)
- Na estrada: 13,3
- Fora-de-estrada: 25
- Uso médio: 17,1
Velocidade: (km/h)
- Mínima (em 1a reduzida no regime de torque máximo, 3000 RPM):  3
- Máxima (veículo coberto, com pneus 6:00x16:  94,8
Retomada: de 40 km/h na marcha mais alta, com 2 pessoas a bordo:
- Base 400m: 25"3/10
- Base 1000m: 48"2/10
Pesos: (kg)
- Vazio, em ordem de marcha: 1085
- Carregamento máximo permitido: 365
- Total a plena carga:  1450

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