Circuitos Neurais
Circuitos Neurais
Circuitos Neurais
1° Circuito neural
O primeiro circuito neural, embora sendo o mais primitivo e por isso mesmo o
mais poderoso, tem a característica de ser reimpresso várias vezes, assim como fazemos
o upgrade do Windows.
Como ele é estabelecido no momento em que a criança nasce e começa a
amamentar, faz com que ela identifique a pessoa que a acolhe e alimenta como sendo
sua mãe, passando assim a defendê-la.
Lembremos que o nascimento é uma situação solitária de tensão, stress,
expectativa, medo, onde a criança passa de um ambiente seguro pra outro inseguro e
desconhecido. Quando ela nasce, segue o impulso mamífero de procurar o colo
materno e mamar. É nessa exata hora que o primeiro circuito é impresso. Isso significa
que em toda situação na qual saímos de nosso conforto para nos depararmos com o
imprevisto estamos suscetíveis a uma nova impressão neural. Se houver algum tipo de
acolhimento que alivie essa situação com certeza isso ocorre, principalmente quando há
algum estímulo relacionado à alimentação. Empresas e religiões usam muito isso.
Imaginemos uma pessoa que por motivos religiosos, passe por certo tempo
confinada, preparando-se para determinado rito. No momento da entrada para o rito as
luzes são apagadas e ela vai ser conduzida a uma situação desconhecida. Ao acenderem
as luzes ela vai se deparar com determinado símbolo e vivenciar uma situação de
acolhimento. Depois disso, ela vai se submeter aos desígnios dessa religião.
Uma pessoa fica confinada num apartamento por algum tempo, depois é levada
num carro escuro e blindado onde ela não vê o mundo externo. Quando ela sai desse
carro é conduzida por um corredor e chega numa casa onde é recebida calorosamente
por um grupo de ex-confinados como ela. Ela vai lutar com todas as suas forças para
permanecer na casa e no grupo. (BBB)
Você está disposto a ser duro com seu chefe e pedir aumento. Primeiro ele te faz
esperar muito e depois te recebe com hostilidade. No auge da tensão ele te oferece um
cafezinho com bolachinha. Depois disso você vai sair da sala dele e não vai falar sobre
o aumento.
Quando uma pessoa entra numa prisão pela primeira vez, e acaba sendo acolhida
pelo “crime” nós já sabemos o que acontece com ela.
“Trotes” das escolas e dos militares, as esposas que apanham dos companheiros
e ainda os defendem, bolsa família, Santo Daime, tudo isso se encaixa nesse princípio.
2° Circuito neural
Ligado à territorialidade
Sede: Chacra Esplênico
Corpo: Vital
É impresso quando a criança começa a engatinhar e explorar o mundo. Está
ligado ao instinto de defesa em relação ao mundo exterior, pois vai ter que dividir
espaço com outros seres.
Quando a criança começa a engatinhar precisa aprender a identificar os perigos.
Ela explora as sensações, por exemplo, colocando tudo na boca. É ai que se formam os
conceitos de bom e ruim, bem e mal.
Constantemente estimulado.
O que alimenta ele são nossas necessidades básicas de defesa contra o meio
externo.
Alguns pensamentos típicos de segundo circuito:
- Tenho medo de ladrões.
- Preciso reforçar a segurança de minha casa...
- Preciso ser cauteloso com as pessoas para não ser ludibriado!
- Devo ser cauteloso no trabalho pra que ninguém me puxe o tapete.
- Muito cuidado com quem conta vantagem demais.
- Odeio pessoas que torcem para tal time.
- A vida é uma luta.
- Preciso conquistar meu lugar no mundo.
- Lá vem aquela pessoa cortar meu barato.
- Vamos ver quem beija mais na balada!
- Eu tenho que ser o melhor!
- Todo mal que sofro é culpa do demônio.
- Se estou do lado de Jesus nada me acontece!
- Eu era das sombras e agora sou da luz!
- Preciso dominar meu lado negro!
Para que o poder (3° Circuito) se mantenha ele precisa fazer duas coisas básicas.
A primeira seria manter maior número de pessoas possíveis rebaixadas nos
níveis 1 e 2.
Segunda, seria criar uma imagem de desestímulo aos circuitos superiores,
tratando-os como coisas de pessoas fracassadas, desequilibradas, etc. (mais tarde
veremos isso).
Estimular uma sociedade competitiva (2° circuito) mostrou-se o método mais
eficaz de manter o rebaixamento. A história ensinou que manter as pessoas presas aos
níveis de submissão (1°circuito) é temeroso, já que elas tendem a ficar perigosas quando
não tem mais nada a perder.
A primeira coisa que surge para isso é a implantação de uma idéia de polaridade
que tanto pode ser religiosa, política, econômica, social.
Nesse tipo de sociedade as idéias de competição e vingança predominam o
tempo todo, e são constantemente estimuladas.
Compete-se o tempo todo em todos os agrupamentos.
Quem tem corpo mais sarado, quem beija mais na balada, quem tem mais
sapatos, quem ganha mais, quem consome mais, quem tem mais seguidores no face
book, etc. Nos grupos religiosos a questão fica focada em quem conhece mais as
escrituras sagradas, ou quem tem mais acesso à “revelações” que tornariam essas
pessoas mais queridinhas aos olhos de Deus.
A mídia constantemente estimula nas pessoas os padrões de bem e de mal e
exibem-se constantemente filmes de enredo óbvio onde o conflito entre estas
polaridades faz a idéia de vingança parecer algo natural. Novelas fazem o mesmo.
Empresas são exemplos claros do que é uma escravização de segundo circuito e,
quer coisa mais competitiva do que campeonato de futebol? E o exército então?
Meu convívio com grupos de animais, principalmente mamíferos, observou o
quanto nossa sociedade carrega dessa parte instintiva, o que chega a ser engraçado.
Um exemplo básico é em relação ao alimento.
Na hora de comer eles se comportam exatamente como pessoas numa festa de
casamento disputando o “garçom” para ser servido primeiro. Eles estabelecem uma
hierarquia de importância em relação a isso, sendo que os mais fracos comem por
último. Por falar em ser servido primeiro, e os banquetes onde os convivas só comem
após o Chefe de estado (3° circuito) dar a primeira garfada?
Cada vez que saio, os cães sentem necessidade de latir e vão à frente correndo e
fazendo barulho como se fossem batedores num desfile presidencial.
Interessante é o modo como eles disputam nossa proximidade, ficando
preferencialmente aos nossos pés. Principalmente nas visitas dos líderes religiosos, esse
tipo de prostração e submissão fica mais evidente. Também existe aquele tipo que nas
empresas é conhecido como “cachorrinho do patrão”.
Com relação ao alimento, os animais agem exatamente do mesmo modo como
os homens fazem em relação ao dinheiro. Uns guardam seus pratos ferozmente, outros
avançam nos pratos dos outros. Alguns comem rapidamente e depois vão intimidar os
mais mansos. Tem também aqueles que escondem comida pra mais tarde.
Porém existe um fato interessante: a sacralidade se manifesta entre eles no
momento da manifestação da vida e diante da morte. (Falaremos mais tarde, porque ai
está a passagem para subida de nível).
Mas porque caímos nisso?
Simples. A natureza sempre fala mais alto e nosso primeiro impulso mecânico é
de obedecer. Pessoas submetidas a estímulos repetitivos tendem a funcionar somente na
parte mecânica do cérebro, por isso o sistema não nos permite tempo para parar e
pensar.
Se estivermos presos a um padrão cerebral coletivo, o fato de não aceitar mais
isso seria uma espécie de rebelião divina?
A Implantação e conquista da Consciência neste nosso plano, nada mais é do
que uma batalha onde de um lado está nossa parte divina latente e do outro nossa
programação neural implantada.
Mas o que existe que nos impede de superar esse terceiro estágio?
Existe um medo instintivo diante do 4° Circuito que nos impele a voltar atrás,
pois este é o Circuito da Morte.
Por isso é tão difícil.
3° Circuito neural
Ligado à autoridade
Sede: Chacra Umbilical
Corpo: Emocional
As regras
4° Circuito neural
A morte
Sede: Chacra Cardíaco ( e Vibhuti)
Corpo: Mental Concreto
Não se atinge esse circuito de outro modo que não seja o inconformismo que
gera crises existenciais profundas.
Um dia o homem desperta do sonho que é o jogo do poder e descobre sua
insignificância perante os fatos. Começa a questionar a vida e morte. Quando ele chega
a este ponto, onde constata que não faz sentido algum viver submerso nos conflitos
insolúveis dos circuitos anteriores, descobre que a única saída é mudar-se a si mesmo. É
o circuito onde nossa Essência Divina entra em conflito com nossa instintividade
humana. É a descida ao inferno para depois subir ao céu.
É o princípio da morte do Ego.
Quando esse mecanismo é disparado, começa a haver mais ativação do lado
direito de nosso cérebro. Em conseqüência disso, ocorre também uma alteração em
nossos centros de força que acabam por interferir em nossos processos glandulares.
No centro cardíaco, principalmente, ocorre uma sensação de aperto, de
desconforto, falta de ar, palpitações, sudorese. O Ego temeroso por sua morte aciona
todos os mecanismos de sobrevivência de nossos corpos, então ocorre um aumento
considerável na adrenalina e esse homem passa a sentir-se preso num eterno estado de
expectativa. Diante disso, a idéia da morte não o abandonará até o final do processo.
Faz-se necessário abrir um rápido comentário sobre o chacra cardíaco para que
possamos melhor entender esse processo.
O Chacra cardíaco possui 12 pétalas onde estão gravadas todas as nossas
experiências evolutivas, ou de vidas passadas, como queiram. Tanto nossas tendências
negativas como positivas estão ali registradas como num mapa astral. Aquilo que temos
a trabalhar conceituamos de Nidhanas e nosso potencial espiritual para concretizarmos
isso chamamos de Skandhas.
As tendências negativas ou nidhanas são os resíduos de nosso passado que
devem ser transmutados para que continuemos nossa jornada evolutiva, e as tendências
positivas são pontes para nossa comunicação com nosso Eu superior.
Em baixo de nosso chacra cardíaco existe outro chacra pendurado como se fosse um
pêndulo de relógio, e este se chama Vibhuti. Enquanto o cardíaco é visto na coloração
dourada, o Vibhuti possui coloração azul índigo.
Terminado o processo de interação entre os dois mundos (divino e terreno) que
ocorre no cardíaco o resultado disso é transferido ao Vibhuti que vai acionar um
processo alquímico de transformação orgânica e estabelecer a comunicação direta com
nossa tríade superior.
Essa comunicação deve abrir nossa percepção e nos fazer entrar em contato com
planos mais intuitivos através de símbolos, sonhos, etc.
O Quarto circuito é um circuito de isolamento e por isso mesmo pode levar a
estados depressivos.
As pessoas dos circuitos inferiores, o consideram como o circuito da derrota ou
dos fracos, devido ao abatimento que essa profunda crise existencial de auto-análise nos
causa.
Somos uma mistura que em cada momento manifesta uma faceta, embora
tenhamos predominância de uma delas. Dentro disso vejo este como 4°-5°.
Os circuitos também têm suas bandas, o que quer dizer que o 4° traz em si um
pouco do 3°, na banda inferior e do 5° na superior
Isso fica claro quando no mundo ai fora acabamos nos tornando líderes naturais,
portanto o 3° é nossa sombra.
Quando o ego nos assalta (lembrem-se que ele não morreu totalmente e está
atento a qualquer possibilidade de sobrevivência) essa sombra prevalece e nos arrasta
pro 2° circuito. Essa é nossa armadilha. É o que acontece com freqüência nos Colégios
Iniciáticos, grupos espirituais, etc. quando neles iniciam-se as disputas por cargos,
funções e conhecimentos.
5°Circuito Neural
A Rebeldia
Sede: Chacra Laríngeo
Corpo: Mental Abstrato (Manas)
6° Circuito Neural
A Renúncia
Morte definitiva do Ego.
Sede: Chacra Frontal
Corpo: Mental Intuitivo (Budhi)