Sistemas de Radioenlaces Digitais

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SISTEMAS DE RADIOENLACES DIGITAIS

Geraldo Gil Ramundo Gomes

SRD-0V2011PG
SISTEMAS DE RADIOENLACES DIGITAIS
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SRD-0V2011PG - Geraldo G. R. Gomes ii


SISTEMAS DE RADIOENLACES DIGITAIS
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APRESENTAÇÃO

A
principal motivação para a preparação deste material origina-se na necessidade de
atender às ementas de alguns cursos cujos principais objetivos são a análise de
desempenho e o dimensionamento de sistemas de radiocomunicação. Geralmente, o
perfil deste tipo curso envolve o conhecimento de uma boa quantidade e variedade de
fundamentos e de normas específicas. Isso torna um tanto quanto árdua a tarefa de buscar, nas
mais diversas publicações, os fundamentos necessários para que os objetivos do curso sejam
atingidos. Isso não significa que não existam boas publicações sobre o assunto, no entanto,
publicações específicas com a abordagem e abrangências adequadas para um curso
introdutório são raras. Desta forma, os conteúdos apresentados nos capítulos que compõem
esse material este material constituem uma base conceitual diversificada para o entendimento
dos sistemas de radioenlaces digitais em termos de seu desempenho e do seu
dimensionamento. Com este propósito, os mais diversos temas abordados ao longo do texto
não procuram esgotá-los, mas apenas apresentá-los de forma objetiva para dar suporte à
análise de desempenho e ao dimensionamento de sistemas de radioenlaces digitais. Para um
melhor detalhamento destes temas é apresentada, ao final de cada capítulo, uma lista de
publicações capazes de complementar os conceitos apresentados em cada capítulo.

Um sistema de radioenlaces digitais pode apresentar diversas topologias bem como uma
ampla gama de aplicações para curtas, médias e longas distâncias. A Figura 1 apresenta um
sistema de radienlace digital terrestre integrando outros sistemas de comunicações digitais.

Figura 1 - Sistemas de radioenlaces digitais (figura obtida de brochura da NEC).

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Tendo em vista o objetivo de facilitar o entendimento dos sistemas de comunicação por


radiofreqüência e, em particular, os sistemas de radioenlaces digitais ponto-a-ponto, este texto
está organizado de acordo com o modelo apresentado a seguir.

2 1 3 2

Meio de
Antena Propagação
Antena

Duplex e Linha de 5

Duplex e Linha de
Mux Tx Rx Demux
Transmissão

Transmissão
Info Info

Demux Rx Tx Mux
4 4
1 1

Figura 1. Modelo de referência para sistemas ponto-a-ponto.

O sistema apresentado na Figura 1 está dividido em cinco partes, correspondentes aos


capítulos que compõem este texto. A seguir são apresentados os resumos dos conteúdos de
cada um dos oito capítulos.

1. ORGANIZAÇÃO DO ESPECTRO PARA RADIOENLACES PONTO-A-PONTO

Princípios de multiplexação, taxas de transmissão, planejamento de freqüências e


aspectos regulatórios.

2. ANTENAS PARA RADIOENLACES PONTO-A-PONTO

Conceitos básicos sobre antenas: campo próximo e campo distante, circuito equivalente
da antena. Características básicas das antenas: impedância, eficiência, largua de faixa,
diagrama de irradiação, largura de feixe, diretividade, ganho, relação frente costa,
polarização. Principais antenas para radioenlaces ponto-a-ponto: antena Yagi-Uda, antena
com refletor de canto, antena helicoidal, antena corneta e antena com refletor parabólico.
Considerações sobre o decibel: dB, dBm, dBW, dBi.

3. TÓPICOS SOBRE PROPAGAÇÃO PARA RADIOENLACE PONTO-A-PONTO

Propagação no espaço livre, difração e zonas de Fresnell. Propagação na atmosfera a


partir de UHF: características da troposfera, o papel para o traçado de perfis, condições
anômalas de propagação, faixa de variação do gradiente de refratividade,
desvanecimentos. Atenuação devido a chuva.

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4. CABOS COAXIAIS, GUIAS DE ONDAS, CIRCULADORES E DERIVADORES


Cabos coaxiais: geometria, propagação no cabo coaxial, impedância (relação de onda
estacionária e perda de retorno), perdas, freqüências de utilização. Guias de ondas:
geometria, propagação em guias de ondas, freqüências de utilização. Dispositivos de
acoplamento: isoladores, circuladores, duplexadores. Configurações dos sistemas de
transmissão: duplex (1+0), hot standby e twin path (1+1), sistema n+1, sistema n+1 com
polarização cruzada. Estimativa de perdas em derivadores.

5. ANÁLISE DE DESEMPENHO E DIMENSIONAMENTO DE RADIOENLACES TERRESTRES

Análise e dimensionamento de sistemas de Radioenlaces Digitais em Microondas


segundo a Rec. ITU-R P.530-13.

Sta. Rita do Sapucaí, 05 de agosto de 2011.

G.G.R.G.

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SUMÁRIO

1 - ORGANIZAÇÃO DO ESPECTRO PARA RADIOENLACES PONTO-A-PONTO


1.1. Introdução 1.1
1.2. Hierarquia PDH (Plesiochronous Digital Hierarchy) 1.1
1.3. Hierarquia SDH (Sinchronous Digital Hierarchy) 1.2
1.4. Organização do Espectro Raioelétrico 1.3
Anexo 1.1 - Canalização para Enlaces terrestres Ponto-a-Ponto 1.8
Referências Bibliográficas 1.22

2 - ANTENAS PARA RADIOENLACES PONTO-A-PONTO


2.1. Introdução 2.1
2.2 Características Básicas das Antenas 2.1
2.2.1. Impedância 2.3
2.2.2. Eficiência 2.5
2.2.3. Largura de Faixa 2.5
2.2.4. Diagrama de Irradiação 2.6
2.2.5. Largura de Feixe 2.8
2.2.6. Diretividade 2.8
2.2.7. Ganho 2.9
2.2.8. Relação Frente/Costa 2.9
2.2.9. Polarização 2.10
2.3 Principais Antenas para Radioenlace Ponto-a-Ponto 2.10
2.3.1. Yagi-Uda 2.10
2.3.2. Dipolo com Refletor de Canto 2.12
2.3.3. Antena Helicoidal 2.13
2.3.4. Antenas Cornetas 2.16
2.3.5. Antenas Parabólicas 2.16
2.3.6. Resumo das Principais Características de Algumas Antenas 2.22
Anexo 2.1 - O Decibel como Unidade de Medida 2.23
Anexo 2.2 - Ganhos de Antenas Parabólicas Comerciais 2.27
Exercícios 2.30
Referências Bibliográficas 2.31

3 - TÓPICOS SOBRE PROPAGAÇÃO PARA RADIOENLACES PONTO-A-PONTO


3.1. Introdução 3.1
3.2. Propagação no Espaço Livre 3.1
3.3. Difração e Zonas de Fresnel 3.3
3.4. Propagação na Atmosfera a partir de UHF 3.7
3.4.1. Características da Troposfera 3.7
3.4.2. O Papel para o Traçado de Perfis 3.10
3.4.3. Critério para Radiovisibilidade 3.11
3.4.4. Condições Anômalas de Propagação 3.11

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3.4.4. Faixa de Variação do Gradiente de Refratividade 3.12


3.4.5. Desvanecimentos 3.13
3.5. Modelo de Referência para Análise de Desempenho 3.16
3.6. Atenuação Devido à Chuva (Rec. ITU-R P.838-3) 3.20
Anexo 3.1 - Programa para o traçado do perfil topográfico, linha de visada e 3.24
primeira zona de Fresnel
Exercícios 3.26
Referências Bibliográficas 3.27

4 - CABOS COAXIAIS, GUIAS DE ONDAS, CIRCULADORES E DERIVADORES


4.1. Introdução 4.1
4.2. Cabos Coaxiais 4.2
4.3. Guias de Onda 4.6
4.4. Isoladores e Circuladores 4.10
4.5. Duplexadores, Derivadores e Suas Configurações 4.11
4.4.1. Sistema Duplex (1+0) 4.11
4.4.2. Sistema (1+1) Hot Standby e (1+1) Twin Path 4.12
4.4.3. Sistema (N+1) 4.14
4.4.4. Sistema (N+1) com Polarização Cruzada 4.15
4.5. Perdas em Derivadores 4.16
Anexo 4.1 - Características de Alguns Cabos Coaxiais CF, LCF e HF 4.17
Anexo 4.2 - Cabos Coaxiais para Microondas até 2,7 GHz 4.17
Anexo 4.3 - Atenuação em Guias de Ondas Elípticos Flexwell 2,7 - 10 GHz 4.18
Anexo 4.4 - Caracteríscas de Filtros para a Faixa de 1,4 - 6 GHz 4.18
Anexo 4.5 - Características de Circuladores para a Faixa de 1,4 - 6 GHz 4.19
Exercícios 4.20
Referências Bibliográficas 4.21

5 - ANÁLISE DE DESEMPENHO E DIMENSIONAMENTO DE RADIOENLACES TERRESTRES


5.1. Introdução 5.1
5.2. Balanço de Potência em Radioenlaces 5.2
5.3. Margem de Desvanecimento 5.3
5.4. Área de Assinatura 5.4
5.5. Inoperância pelo Método da Rec. ITU-R P.530-11 5.12
5.5.1. Determinação do Fator de Ocorrência de Propagação por 5.14
Múltiplos percursos
5.5.2. Determinação da Probabilidade de Inoperância devido aos 5.16
Desvanecimentos Não-seletivos
5.5.3. Determinação da Probabilidade de Inoperância devido aos 5.17
Desvanecimentos Seletivos
5.5.4. Determinação da Probabilidade de Inoperância devido aos 5.19
Desvanecimentos Seletivos e Não-seletivos
5.5.5. Probabilidade de Inoperância para Múltiplos Enlaces 5.19
5.5.6. Confiabilidade 5.20

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5.6. Inoperância por outros métodos conhecidos 5.24


5.6.1. Probabilidade de Inoperância devido ao Desvanecimento Não- 5.24
seletivo de Barnett-Vigants
5.6.2. Probabilidade de Inoperância devido ao Desvanecimento Seletivo 5.24
por meio da Margem de Desvanecimento Dispersivo
5.6.3. Probabilidade de Inoperância devido ao Desvanecimento Seletivo 5.25
e não Seletivo
5.7. Técnicas de Diversidade 5.25
5.7.1. Melhorias Obtidas com o Uso da Diversidade em Espaço 5.26
5.8. Probabilidade de Inoperância Devido à Chuva (Rec. ITU-R P.838) 5.33
Anexo 5.1 - Valores de dN1 em Função das Coordenadas Geográficas 5.35
Anexo 5.2 - Fluxograma para Análise e Dimensionamento de um 5.37
Radioenlace Digital
Anexo 5.3 - Expressões utilizadas no Fluxograma do Anexo 5.2 5.39
Anexo 5.4 - Taxa de Chuva que excede em 0,01% a Média do Ano 5.41
Exercícios 5.42
Referências Bibliográficas 5.44

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