Calculo Tecnico
Calculo Tecnico
Calculo Tecnico
Mecânica
l Módulo Introdutório
l Módulos Básicos de Tecnologia
l Módulos Instrumentais
l Processos de Fabricação
l Materiais, Ensaios dos Materiais
l Elementos de Máquinas
l Tratamento Térmico
l Tratamento de Superfícies
conjunto de Módulos
O
Instrumentais
módulo Cálculo Técnico faz parte do
Instrumentais. Ele foi preparado para que você estude os
principais cálculos que um profissional da área de Mecânica tem de fazer no dia-
a-dia de sua profissão.
As lições que preparamos têm elementos que vão ajudar e facilitar seu
estudo. Elas estão organizadas em pequenos blocos de informações seguidos de
exercícios, escritos de uma forma bem clara, explicando tudo passo a passo. Os
blocos estão divididos da seguinte forma: O Problema
Problema, Nossa Aula e Exercícios
Exercícios.
O bloco chamado O Problema é a apresentação da lição e sempre tem uma
situação-problema comum na área da Mecânica e que só pode ser resolvida por
meio do cálculo que será ensinado.
No bloco Nossa AulaAula, o conteúdo da lição é apresentado em pequenas
partes. Isso ajuda a ir aprendendo um pouco de cada vez. E a cada pedacinho,
você vai fazendo exercícios reunidos nos blocos Tente você também e Teste
o que você aprendeu
aprendeu.
Além disso, as explicações são acompanhadas de Dicas e informações
importantes sobre coisas que você já devia saber mas, talvez, tenha esquecido.
Essas informações aparecem com o título de Recordar é Aprender
Aprender.
No fim da lição, há um teste que ajuda a avaliar seu progresso. Se você e
rrar, não tem importância. Volta para a lição, estuda de novo e tenta outra vez,
até que não sobre nenhuma dúvida. E, no fim do livro, você encontra tabelas para
consultar e todas os Gabaritos dos exercícios das lições.
Para ter o máximo aproveitamento possível em seu estudo, depois de
assistir ao programa na televisão, separe um caderno, um lápis, uma borracha
e uma calculadora, se você tiver. Folheie a lição do livro para conhecer previa-
mente os títulos, as informações em destaque, as ilustrações. Leia a lição com
cuidado. Tome notas e passe um traço embaixo das informações que você achar
importantes. Estude as anotações que você fez. Se necessário, leia a lição de novo.
Quando chegar aos exercícios, não comece a fazê-los imediatamente, por
mais fáceis que pareçam. Leia as instruções, tendo certeza de que compreendeu
muito bem todas elas. Só então comece os exercícios. Você mesmo vai avaliar seu
desempenho para descobrir se pode ir em frente. Não é uma coisa diferente de
tudo o que você já viu?
Finalmente, use sua experiência de vida para ajudar a integrar os novos
conhecimentos ao que você já tem.
E, pode crer, você sabe muito mais do que pensa saber!
AUTORIA
Antonio Scaramboni
Regina Célia Roland Novaes
A UA UL L AA
1
1
Usando unidades
de medida
Em Matemática, você já aprendeu que, para medir as coisas de modo que todos
entendam, é necessário adotar um padrão, ou seja, uma unidade de medida.
Em Mecânica, a unidade de medida mais comum é o milímetro,cuja abrevi-
ação é m m. Ela é tão comum que, em geral, nos desenhos técnicos, essa abreviação
(mm) nem aparece.
O milímetro é a milésima parte do metro, ou seja, é igual a uma parte do metro
que foi dividido em 1.000 partes iguais.Provavelmente, você deve estar pensando:
“Puxa! Que medida pequenininha! Imagine dividir o metro em 1.000 partes!”.
Pois, na Mecânica, essa unidade de medida é ainda considerada enorme,
quando se pensa no encaixe de precisão, como no caso de rolamentos, buchas,
eixos. E essa unidade é maior ainda para instrumentos de medição, como
calibradores ou blocos-padrão.
Assim, a Mecânica emprega medidas ainda menores que o milímetro, como A U L A
mostra a tabela a seguir.
É bom estudar os assuntos passo a passo, para não perder nenhuma Tente você
informação. Por isso, vamos propor um exercício bem fácil, para você fixar as também
informações que acabamos de lhe dar.
Exercício 1
Identifique as medidas, escrevendo 1, 2, 3 ou 4 nos parênteses.
(1) milímetros ( )0,5 mm
(2) décimos de milímetro ( )0,008 mm
(3) centésimos de milímetro ( )3 mm
(4) milésimos de milímetro ( )0,04 mm
( )0,6 mm
( )0,003 mm
A polegada
Você que estudou frações em Matemática já sabe que algumas das que estão
na escala mostrada acima podem ser simplificadas. Por exemplo:
2 ¸ 2 1"
=
16 ¸ 2 8
8 ¸ 8 1"
=
16 ¸ 8 2
Você deve estar pensando que entender o que é o milímetro e suas subdivi-
sões, bem como o que é a polegada e como ela está dividida, não é muito difícil.
Provavelmente o que você deve estar se perguntando agora é: “E se eu tiver uma
medida em polegadas e precisar saber quanto isso vale em milímetros e vice-versa?”.
Esse cálculo é necessário, por exemplo, quando um operador recebe mate-
riais cujas dimensões estão em polegadas e precisa construir uma peça ou
dispositivo cujo desenho apresenta as medidas em milímetros ou frações de
milímetros, o que é bastante comum na indústria mecânica.
Vamos começar pelo mais fácil, então. Para transformar uma medida dada
em polegadas para milímetros, basta apenas multiplicar a fração por 25,4 mm.
Veja como isso é fácil nos exemplos a seguir.
Tente você Para ver se você entendeu o que acabamos de explicar, faça os cálculos
também propostos no exercício seguinte.
Exercício 2
Na gaveta do ajustador mecânico existem chaves de boca, limas e brocas com
medidas em polegadas. Transforme as medidas em polegas para milímetros:
Chaves de boca de
1"
a)
2
1" 25,4
Solução: ´ 25,4 = =
2 2
7"
b)
16
7"
Solução: ´ 25, 4 =
16
3"
c)
4
3"
Solução: ´
4
7"
d)
8
Solução:
Limas de 8", 10" e 12" A U L A
a) 8" x 25,4 =
b) 10" x 1
c) 12"
1 " 1" 1 "
Brocas de , ,
16 8 4
1"
a) ´
16
1"
b)
8
1"
c)
4
Numerador da fração: 64
Denominador: 128
64
A fração resultante é:
128
4. Simplificação da fração.
64 ¸ 2 32 ¸ 2 16 ¸ 2 8 ¸ 2 4 ¸ 2 2 ¸ 2 1 "
= = = = = =
128 ¸ 2 64 ¸ 2 32 ¸ 2 16 ¸ 2 8 ¸ 2 4 ¸ 2 2
¸ 25,4 = ..............................
=
128
b) Solução: 5,159 ´
c) Solução: 1,588
d) Solução: 24,606
Vamos supor agora que o desenho que você recebeu tem as medidas em
polegadas fracionárias e o seu instrumento de medida está em polegada decimal.
Nesse caso, você vai ter de fazer a conversão das medidas. Para isso, basta apenas
dividir o numerador da fração por seu denominador.
Como exemplo, vamos converter 3/4" para polegada decimal. Efetuando-
se a divisão 3 ¸ 4 = 0,75. Esse resultado corresponde a 0,750".
1"
a)
16
Solução: 1 ¸ 16 =
13 "
b)
32
1"
c)
2
1"
d)
8
15 "
e)
32
Transformando polegada decimal em fracionária A U L A
1000 625
0,625 ´ =
1000 1000
5"
Simplificando a fração, você tem .
8
Faça o exercício a seguir. Tente você
também
Exercício 5
Converta as seguintes medidas para polegada fracionária:
a) 0,0625"
10000
Solução: 0, 0625'' ´ =
Simplificando: 10000
b) 0,125"
Solução: 0,125'' ´
Simplificando:
c) 0,40625"
d) 0,500"
e) 0,9375"
Agora que você já estudou as unidades de medida mais utilizadas na área da Teste o que
Mecânica e as possibilidades de transformação que elas oferecem, vamos fazer você aprendeu
mais alguns exercícios para que você fique ainda mais por dentro do assunto.
Lembre-se de que essas unidades de medida geralmente apresentam núme-
ros decimais, ou seja, com vírgula. Você não pode esquecer que, quando são
realizados cálculos com esse tipo de número, muito cuidado deve ser tomado
com relação à posição da vírgula.
Releia toda a lição e faça os exercícios a seguir. São problemas comuns do dia-
a-dia de uma empresa mecânica. As respostas de todos eles estão no final do
livro. Corrija você mesmo os exercícios e, após fazer uma revisão na lição, refaça
aqueles que você errou.
A U L A Exercício 6
O inspetor de qualidade precisava calcular o comprimento da peça abaixo.
Exercício 7
Qual é o diâmetro externo x da arruela desta figura?
Exercício 8
Qual é a medida da cota D no desenho abaixo?
Exercício 9 A U L A
Determine a cota x do seguinte desenho.
Exercício 10
Determine a distância A no desenho a seguir.
Exercício 11
Determine o número de peças que pode ser obtido de uma chapa de 3 m
de comprimento, sendo que cada peça deve ter 30 mm de comprimento e
que a distância entre as peças deve ser de 2,5 mm.
A U L A Exercício 12
Um mecânico precisava medir a distância x entre os centros dos furos da
Exercício 13
Converta para polegadas decimais os valores em polegadas fracionárias
dados a seguir.
a) 5/16"
b) 3/8"
c) 3/4"
Exercício 14
Converta para polegadas fracionárias os valores de polegadas decimais
dados a seguir.
a) 0,125"
b) 0,875"
c) 0,250"
A UU
A L AL A
2
2
Calculando a
dilatação térmica
encaixes com ajuste forçado, ou seja, encaixes em que a medida do furo é menor
do que a medida do eixo, como em sistemas de transmissão de movimento.
Vamos supor que você trabalhe em uma empresa como essa e que sua tarefa
seja montar conjuntos com esse tipo de ajuste. Como é possível conseguir um
encaixe forçado sem que as peças componentes do conjunto sejam danificadas?
Este é o problema que teremos de resolver nesta aula.
Dilatação térmica
Nossa aula
O encaixe forçado não é nenhum milagre. Ele é apenas o resultado da
aplicação de conhecimentos de dilatação térmica.
Dilatação térmica é a mudança de dimensão, isto é, de tamanho, que todos
os materiais apresentam quando submetidos ao aumento da temperatura.
Por causa dela, as grandes estruturas de concreto, como prédios, pontes e
viadutos, são construídas com pequenos vãos, ou folgas, entre as lages, para que
elas possam se acomodar nos dias de muito calor.
Por que isso acontece? Porque, com o aumento da temperatura, os átomos
que formam a estrutura dos materiais começam a se agitar mais e, por isso,
ocupam mais espaço físico.
A U L A A dilatação térmica ocorre sempre em três dimensões: na direção do compri-
mento, da largura e da altura.
Mas você deve estar se perguntando: “Onde o encaixe forçado entra nisso?”
É muito simples: vamos usar o fato de que os materiais em geral, e o aço em
particular, mudam de dimensões quando aquecidos, para realizar o ajuste
forçado. Para isso, você aquece a peça fêmea, ou seja, a que possui o furo (por
exemplo, uma coroa), que se dilatará. Enquanto a peça ainda está quente, você
monta a coroa no eixo. Quando a coroa esfriar, o ajuste forçado estará pronto.
O que você vai ter de saber, para fazer isso corretamente, é qual a
temperatura adequada para obter a dilatação necessária para a montagem
do conjunto.
Recordar é aprender
Tente você Exercitar o que estudamos é essencial para o aprendizado. Leia novamente
também a aula, acompanhando a realização do cálculo passo a passo. Depois faça os
exercícios que propomos a seguir.
Exercício 1
Uma peça de aço de 250 mm de comprimento em temperatura ambiente
(25ºC) foi aquecida a 500ºC. Qual foi o aumento do comprimento da peça
após o aquecimento? Considere a variação de temperatura (Dt = 500 - 25).
Solução:
DL=?
a= 0,000012
Li=250
Dt=475
DL=0,000012 · 250 · 475
DL=
Exercício 2
Qual será o DL, em mm, de um eixo de aço de 2 m de comprimento, se ele
sofrer uma variação de temperatura (Dt) de 60°C?
Solução:
DL= ?
a= 0,000012
Li=2 m
Dt=60ºC
DL=
Teste o que Os exercícios a seguir têm a finalidade de desafiar você a mostrar que realmente
você aprendeu aprendeu o que acabamos de lhe ensinar. Faça-os com atenção e, em caso de
dúvida, volte aos exemplos da lição antes de prosseguir.
Exercício 3
A que temperatura foi aquecida uma peça de alumínio de 300 mm de
comprimento e que sofreu um aumento de comprimento (DL) de 0,5 mm?
Temperatura ambiente = 26ºC.
Exercício 4
Calcule quais serão as medidas indicadas no desenho abaixo, após o aque-
cimento (Dt = 34,5°C) da peça que será fabricada com alumínio.
A UU
A L AL A
3
Calculando o 3
comprimento de peças
dobradas ou curvadas
Recordar é aprender
Perímetro é a medida do contorno de uma figura geométrica plana.
B =5050 6
6
A C
C = 30
30
B
A U L A O que você viu na figura? Basicamente, são três segmentos de reta (A, B, C).
A e C são iguais e correspondem à altura da peça. B, por sua vez, é a base. O que
50 + 2 x 3 =
50 + 6 = 56 mm
27 + 56 + 27 = 110 mm
Vamos supor agora que, em vez de peças dobradas, a sua encomenda seja
para a produção de anéis de aço.
Mais uma vez, você terá de utilizar o perímetro. É preciso considerar,
também, a maneira como os materiais se comportam ao sofrer deformações.
Os anéis que você tem de fabricar serão curvados a partir de perfis planos.
Por isso, não é possível calcular a quantidade de material necessário nem pelo
diâmetro interno nem pelo diâmetro externo do anel. Você sabe por quê?
Se você pudesse pôr um pedaço de aço no microscópio, veria que ele é A U L A
formado de cristais arrumados de forma geométrica.
Quando esse tipo de material sofre qualquer deformação, como, por exem-
plo, quando são curvados, esses cristais mudam de forma, alongando-se ou 3
comprimindo-se. É mais ou menos o que acontece com a palma de sua mão se
você abri-la ou fechá-la. A pele se esticará ou se contrairá, dependendo do
movimento que você fizer.
No caso de anéis, por causa dessa deformação, o diâmetro interno não pode
ser usado como referência para o cálculo, porque a peça ficará menor do que
o tamanho especificado.
Pelo mesmo motivo, o diâmetro externo também não poderá ser usado,
uma vez que a peça ficará maior do que o especificado.
O que se usa, para fins de cálculo, é o que chamamos de linha neutra, que
não sofre deformação quando a peça é curvada. A figura a seguir dá a idéia
do que é essa linha neutra.
estrutura que
sofreu compress‹o
Linha neutra
estrutura que
sofreu alongamento
80
100
A U L A Com as medidas do diâmetro interno e do diâmetro externo do desenho,
você faz a soma:
3 100 + 80 = 180 mm
O resultado obtido, você divide por 2:
180 ¸: 2 = 90 mm
O diâmetro médio é, portanto, de 90 mm.
Esse valor (90 mm) corresponde aproximadamente ao diâmetro da circun-
ferência formada pela linha neutra, do qual você precisa para calcular a
matéria-prima necessária. Como o comprimento do material para a fabricação
do anel corresponde mais ou menos ao perímetro da circunferência formada
pela linha média, o que você tem de fazer agora é achar o valor desse
perímetro.
Recordar é aprender
A fórmula para calcular o perímetro da circunferência é P = D . p, em
que D é o diâmetro da circunferência e p é a constante igual a 3,14.
P = 90 x 3,14
P = 282,6 mm
Dica tecnológica
Quando se trabalha com uma chapa de até 1 mm de espessura, não há
necessidade de correção nessa medida, porque, neste caso, a linha
neutra do material está bem próxima do diâmetro médio do anel.
Tente você Vamos a mais um exercício para reforçar o que foi explicado
também
Exercício 2
Calcule o comprimento do material necessário para construir o anel
correspondente ao seguinte desenho:
1
30
m•dio 31
Você deve estar se perguntando o que deve fazer se as peças não apresen-
tarem a circunferência completa. Por exemplo, como seria o cálculo para 3
descobrir o comprimento do material para a peça que está no desenho a seguir?
Linha m•dia
10
30
10
R
10
R
30
Como você tem a medida do raio dessa circunferência, basta calcular o seu
perímetro e somar com o valor dos dois segmentos de reta.
Recordar é aprender
Como estamos trabalhando com a medida do raio, lembre-se de que,
para o cálculo do perímetro, você terá de usar a fórmula P = 2 p R.
Vamos ao cálculo:
P=2pR
Substituindo os valores:
P = 2 x 3,14 x 10
P = 6, 28 x 10
P = 62,8 mm
A U L A Por enquanto, temos apenas o valor das duas semicircunferências. Precisa-
mos adicionar o valor dos dois segmentos de reta.
3 62,8 + 30 + 30 = 122,8 mm
Solução:
Linha média: 6 :¸ 2 =
Raio: 10 + 3 =
2p
pR
Perímetro da semicircunferência: p ×R = 3,14 ´
=p
2
P=
Comprimento: 20 + 20 + ......... =
Outro exemplo.
Será que esgotamos todas as possibilidades desse tipo de cálculo? Prova-
velmente, não. Observe esta figura.
12
0û
34
6
50
Exercício 4
Calcule o comprimento do material necessário à fabricação da seguinte
peça.
330û R12
6
30
Solução:
Linha média: 6 ¸ .......... =
Raio: 12 + .......... =
Perímetro =
............ ¸ 360º =
............ ´: ............ =
............ + ............ +............ =
Teste
A Uo Lque
A Se você estudou a lição com cuidado e fez os exercícios com atenção, não vai
você aprendeu ter dificuldade para resolver o desafio que preparamos para você.
3 Exercício 5
Calcule o material necessário para a fabricação das seguintes peças dobra-
das.
a)
b)
c)
Exercício 6
Calcule o comprimento do material necessário para fabricar as seguintes
peças.
a)
b)
AUU
A L AL A
44
Descobrindo medidas
desconhecidas (I)
V
ocê é torneiro em uma empresa mecânica.
Na rotina de seu trabalho, você recebe ordens de serviço acompanhadas dos
O problema
desenhos das peças que você tem de tornear.
Vamos supor que você receba a seguinte ordem de serviço com seu respec-
tivo desenho.
O desenho indica que você terá de tornear um tarugo cilíndrico para que o
fresador possa produzir uma peça cuja extremidade seja um perfil quadrado.
Porém, o desenho apresenta apenas a medida do lado do quadrado. O que
você tem de descobrir é a medida do diâmetro do cilindro que, ao ser desbastado
pelo fresador, fornecerá a peça desejada.
Como você resolve esse problema?
Nossa
A U aula
L A Aplicando o Teorema de Pitágoras
Recordar é aprender
Triângulo retângulo é aquele que tem um ângulo reto, ou seja, igual a
90º. Nesse tipo de triângulo, o lado maior chama-se hipotenusa . Os
outros dois lados são chamados de catetos .
a Hipotenusa
Cateto
b
Cateto
Recordar é aprender
Diagonal é o segmento de reta que une dois vértices não consecutivos
de um polígono, ou seja, de uma figura geométrica plana que tenha mais
de três lados.
Vértice
Diagonais
Para que você entenda melhor o que acabamos de explicar, vamos mostrar A U L A
o desenho ao qual acrescentamos a diagonal.
Observe bem esse novo desenho. O que antes era um quadrado transfor-
mou-se em dois triângulos retângulos .
a² = b² +c²
a² = 30² + 30²
a² = 900 + 900
a² = 1800
a² = 1800
a @ 42,42 mm
Dica
Para realizar os cálculos, tanto do quadrado quanto da raiz quadrada,
use uma calculadora.
A hipotenusa a = 2r
O cateto menor c = r 4
Aplicando o teorema (a² = b² + c²) e substituindo os valores, temos:
(2r)² = 26² + r²
Resolvendo, temos:
4r² = 676 + r2
a = 2 x 15,01 = 30,02 mm
Para ser o melhor, o esportista treina, o músico ensaia e quem quer aprender Tente você
faz muitos exercícios. também
Se você quer mesmo aprender, leia novamente esta aula com calma e
prestando muita atenção. Depois, faça os exercícios que preparamos para você.
Exercício 1
Qual é a medida da diagonal no desenho da porca quadrada mostrado a seguir?
A U L A Exercício 2
É preciso fazer um quadrado em um tarugo de 40 mm de diâmetro. Qual
Exercício 3
Calcule o comprimento da cota x da peça abaixo.
Exercício 4
De acordo com o desenho abaixo, qual deve ser o diâmetro de um tarugo
para fresar uma peça de extremidade quadrada?
Exercício 5
Calcule na placa abaixo a distância entre os centros dos furos A e B.
Exercício 6 A U L A
Qual é a distância entre os centros das polias A e B?
Depois do treino vem o jogo. Vamos ver se você ganha este. Teste o que
você aprendeu
Exercício 7
Calcule o diâmetro do rebaixo onde será encaixado um parafuso de cabeça
quadrada, conforme o desenho. Considere 6 mm de folga. Depois de obter
o valor da diagonal do quadrado, acrescente a medida da folga.
Exercício 8
Qual é a distância entre os centros dos furos A e B? Dê a resposta em
milímetros.
B
1 3/4"
2 1/2"
Exercício 9
Calcule a distância entre os centros dos furos igualmente espaçados da
peça abaixo.
A U L A Exercício 10
Calcule o valor de x no desenho:
Exercício 11
Calcule o valor de x nos desenhos:
a)
b)
Exercício 12
Calcule a distância entre dois chanfros opostos do bloco representado
abaixo.
A UU
A L AL A
5
5
Descobrindo medidas
desconhecidas (II)
As pessoas que mantêm esse tipo de atividade precisam ter muito conheci-
mento e muita criatividade para resolver os problemas que envolvem um
trabalho como esse.
Na maioria dos casos, as máquinas apresentam falta de peças, não possuem
esquemas nem desenhos, têm parte de seus conjuntos mecânicos tão gastos que
não é possível repará-los e eles precisam ser substituídos.
O maior desafio é o fato de as máquinas serem bem antigas e não haver
como repor componentes danificados, porque as peças de reposição há muito
tempo deixaram de ser fabricadas e não há como comprá-las no mercado. A tarefa
do mecânico, nesses casos, é, além de fazer adaptações de peças e dispositivos,
modernizar a máquina para que ela seja usada com mais eficiência.
Isso é um verdadeiro trabalho de detetive, e um dos problemas que o
profissional tem de resolver é calcular o comprimento das correias faltantes.
Vamos supor, então, que você trabalhe em uma dessas empresas. Como você
é novato e o cálculo é fácil, seu chefe mandou que você calculasse o comprimento
de todas as correias das máquinas que estão sendo reformadas no momento.
Você sabe como resolver esse problema?
cm
20
20
c = 40 cm
A U L A Dica tecnológica
Nos conjuntos mecânicos, você pode ter várias combinações de polias e
d
c
c
R
c
Agora, você analisa o desenho. O comprimento da correia corresponde ao A U L A
perímetro da figura que você desenhou, certo?
O raciocínio que você tem de seguir é mais ou menos o mesmo que foi
seguido para resolver o problema do comprimento do material para fabricar 5
peças curvadas. Analisando a figura, vemos que a área de contato da correia com
a polia está localizada nas duas semicircunferências.
Para fins de resolução matemática, consideraremos as duas semi-
circunferências como se fossem uma circunferência. Portanto, o comprimento
das partes curvas será o perímetro da circunferência.
Assim, calculamos o perímetro da circunferência e depois somamos os dois
segmentos de reta correspondentes à distância entre os centros dos eixos.
Matematicamente, isso pode ser colocado em uma fórmula:
L= p ·d+2·c
Esse cálculo não é difícil. Releia esta parte da aula e faça os exercícios a seguir. Tente você
também
Exercício 1
Calcule o comprimento da correia aberta que liga duas polias iguais com
30 cm de diâmetro e com distância entre eixos de 70 cm.
Solução:
L = p ·d+2·c
L = 3,14 × 30 + 2 × 70
L=
Exercício 2
Calcule o comprimento da correia aberta necessária para movimentar
duas polias iguais, com 26 cm de diâmetro e com distância entre eixos de
60 cm.
A U L A Polias de diâmetros diferentes
Voltemos à tarefa que o chefe lhe passou: a segunda máquina que você
25
cm 10
cm
c = 45 cm
Mais uma vez, você tem de encontrar o perímetro dessa figura. Quais as
medidas que temos? Temos o raio da polia maior (25 cm), o raio da polia menor
(10 cm) e a distância entre os centros dos eixos (45 cm).
Para esse cálculo, que é aproximado, você precisa calcular o comprimento
das semicircunferências e somá-lo ao comprimento c multiplicado por 2.
Dica
Esse cálculo é aproximado, porque a região de contato da polia com a
correia não é exatamente correspondente a uma semicircunferência.
25
cm 10
cm
c
b
a
c = 45 cm
L = p ´ (R + r)+ 2 ´ c2 + (R - r)2
Substituindo os valores, você tem: 5
L = 3,14 ´ (25 +10) + 2 ´ 452 + (25 - 10)2
L = 3,14 ´ 35 + 2 ´ 2025 + (15)2
L = 3,14 ´ 35 + 2 ´ 2025 + 225
L = 3,14 ´ 35 + 2 ´ 2250
L = 3,14 ´ 35 + 2 ´ 47,43
L = 109,9 + 94,86
L = 204,76 cm
Estude novamente a parte da aula referente às correias abertas ligando Tente você
polias com diâmetros diferentes e faça os exercícios a seguir. também
Exercício 3
Calcule o comprimento de uma correia aberta que deverá ligar duas
polias de diâmetros diferentes (Ø 15 cm e Ø20 cm) e com distância entre
eixos de 40 cm.
Solução:
R = 20 ÷ 2 =
r = 15 ÷ 2 =
L = p ´ (R + r)+ 2 ´ c2 + (R - r)2
L = 3,14 ´
Exercício 4
Calcule o comprimento de uma correia aberta que deverá ligar duas polias
de diâmetros diferentes (Ø 30 cm e Ø 80 cm) e com distância entre eixos de
100 cm.
Correias cruzadas
L = p ´ d+ 2 ´ c 2 + d2
L = p ´ (R + r)+ 2 ´ c2 + (R + r)2
Tente
A Uvocê
L A Agora você vai fazer exercícios aplicando as duas fórmulas para o cálculo do
também comprimento de correias cruzadas.
5 Exercício 5
Calcule o comprimento de uma correia cruzada que liga duas polias iguais,
com 35 cm de diâmetro e distância entre eixos de 60 cm.
Solução:
L = p ´ d+ 2 ´ c 2 + d2
L = 3,14 ´ 35 + 2 ´
Exercício 6
Calcule o comprimento de uma correia cruzada que deverá ligar duas polias
de diâmetros diferentes (Ø 15 cm e Ø 20 cm) e com distância entre eixos de
40 cm.
2 2
L = p ´ (R + r)+ 2 ´ c + (R + r)
Dica Tecnológica
A s correias cruzadas são bem pouco utilizadas atualmente, por-
que o atrito gerado no sistema provoca o desgaste muito rápido
das correias.
Teste o que Lembre-se de que para resolver esse tipo de problema você tem de aprender
você aprendeu a enxergar o triângulo retângulo nos desenhos. Este é o desafio que lançamos
para você.
Exercício 7
Calcule o comprimento das correias mostradas nos seguintes desenhos.
a) b)
18 10
cm cm
cm
cm
8
c = 15 cm
c = 50 cm
c) d)
50 40
cm
cm 30 20
cm
cm
c = 100 cm
c = 100 cm
A
A UU
L AL A
6
6
Descobrindo medidas
desconhecidas (III)
5
R7
1"
1010
furos,
furos, Æ
1/2 "
2
Você sabe resolver esse problema? Não? Então vamos lhe ensinar o caminho.
Nossa
A U aula
L A Relação seno
Seu problema é encontrar a distância entre os furos. Você já sabe que, para
6 achar medidas desconhecidas, pode usar o triângulo retângulo, porque o que lhe
dará a resposta é a análise da relação entre as partes desse tipo de triângulo.
Na aplicação do Teorema de Pitágoras, você analisa a relação entre os catetos
e a hipotenusa.
Porém, existem casos nos quais as relações compreendem também o uso dos
ângulos agudos dos triângulos retângulos. Essas relações são estabelecidas pela
Trigonometria.
Recordar é aprender
Ângulo agudo é aquele que é menor que 90º.
Trigonometria é a parte da Matemática que estuda as relações entre os
ângulos agudos do triângulo retângulo e seus lados.
R75
A ß
R75
A ß D
Recordar é aprender
Triângulo isósceles é aquele que possui dois lados iguais. A altura
desse tipo de triângulo, quando traçada em relação ao lado desigual,
forma dois triângulos retângulos.
Como os dois triângulos retângulos são iguais, vamos analisar as medidas A U L A
disponíveis de apenas um deles: a hipotenusa , que é igual ao valor do raio da
circunferência que passa pelo centro dos furos (75 mm) e o ângulo a, que é a
metade do ângulo b. 6
Primeiro, calculamos b, dividindo 360º por 10, porque temos 10 furos
igualmente distribuídos na peça, que é circular:
b = 360º ¸ 10 = 36º
Depois, calculamos:
a = b ¸ 2 = 36 ¸ 2 = 18º
Recordar é aprender
Lembre-se de que, para aplicar o Teorema de Pitágoras no cálculo da
medida de um lado do triângulo retângulo, você precisa da medida de
dois dos três lados.
Recordar é aprender
Em um triângulo retângulo, seno de um ângulo é a relação entre a me-
dida do cateto oposto (co) a esse ângulo e a medida da hipotenusa (hip).
B
hip co
A D
Dica
Os valores de seno são tabelados e se encontram no fim deste livro.
co = 0,3090 x 75
co = 23,175 mm
A U L A O primeiro triângulo que você desenhou foi dividido em dois. O resultado
obtido (co = 23,175) corresponde à metade da distância entre os furos. Por isso,
Tente você Imagine que você tem de se preparar para um teste em uma empresa. Faça
também os exercícios a seguir e treine os cálculos que acabou de aprender.
Exercício 1
Calcule a altura dos blocos-padrão necessários para que a mesa de seno fique
inclinada 9º 30'. Mesa de Seno
DESEMPENO
co
Solução: sen a = hip
sen a = (9º 30') =
hip = 300
co = ?
co
.....=
300
co =
Exercício 2
Calcule a cota x deste desenho.
ø 40
R
X
90˚
30
Solução: x = 30 + hip + R
x = 30 + ? + 20
co
Cálculo da hipotenusa: sen a = hip
20
sen 45º= hip
hip =
x=
Exercício 3
A U L A
Calcule a cota x do seguinte desenho.
ø 80
35˚
X
Relação co-seno
Vamos supor agora que o teste que você está fazendo apresente como
problema encontrar a cota x de uma peça semelhante ao desenho mostrado
a seguir.
60˚
x
20
20
Tente você Releia a aula e aplique o que você estudou nos exercícios a seguir. Lembre-
também se de que, quanto mais você fizer, mais aprenderá.
Exercício 4
Calcule a cota x na peça abaixo.
48
40˚
Exercício 5
Calcule a cota x da peça a seguir.
x
15˚
50
Exercício 6 A U L A
Calcule o ângulo a do chanfro da peça abaixo.
Exercício 7
Calcule a cota x da peça chanfrada mostrada a seguir.
x
ß
20
Esta parte da lição foi criada para você pôr à prova seu esforço e seu empenho Teste o que
no estudo do assunto da aula. Releia a aula e estude os exemplos com você aprendeu
atenção. Depois faça os seguintes exercícios.
Exercício 8
Calcule a distância entre furos da flange com 12 furos igualmente espaçados,
cujo raio da circunferência que passa pelo centro dos furos é de 150 mm.
Exercício 9
Calcule a altura dos blocos-padrão para que a mesa de seno fique inclinada
18°. A distância entre o centro dos roletes de apoio da mesa é de 300 mm.
Exercício 10
Calcule a cota h da peça abaixo.
Exercício 11
Calcule a cota x da seguinte peça.
x
5˚
80
A UA UL L AA
77
Descobrindo medidas
desconhecidas (IV)
Quais os cálculos que você terá de fazer para descobrir o ângulo de inclina-
ção do carro do torno?
Isso é o que vamos ensinar a você nesta aula.
C
D-d
2
Nessa figura, a medida que você precisa encontrar é o ângulo a. Para A U L A
encontrá-lo, você tem de analisar, em seguida, quais as medidas que o desenho
está fornecendo.
Observando a figura anterior, você pode localizar: a medida c, o diâmetro 7
maior e o diâmetro menor da parte cônica. Vamos pensar um pouco em como
essas medidas podem nos auxiliar no cálculo que precisamos fazer.
A medida c nos dá o cateto maior, ou adjacente do triângulo retângulo
(c = 100 mm).
A diferença entre o diâmetro maior (50 mm) e o diâmetro menor (20 mm),
dividido por 2, dá o cateto oposto ao ângulo a.
A relação entre o cateto oposto e o cateto adjacente nos dá o que em
Trigonometria chamamos de tangente do ângulo a. .
Essa relação é representada matematicamente pela fórmula:
cat.oposto co
tga = ou
cat.adjacente ca
Dica
Da mesma forma como o seno e o co-seno são dados tabelados, a tangente
também é dada em uma tabela que você encontra no fim deste livro.
Quando o valor exato não é encontrado, usa-se o valor mais próximo.
D-d
tga =
2c
Dica
Para o torneamento de peças cônicas com a inclinação do carro superior,
a fórmula a ser usada é sempre
D-d
tga =
2c
Assim, substituindo os valores na fórmula, temos:
50 - 20
tga =
2 ´ 100
30
tga =
200
tga = 0,15
Para encontrar o ângulo a, o valor 0,15 deve ser procurado na tabela de
valores de tangente. Então, temos:
a @ 8º 30'
Então, o ângulo de inclinação do carro superior para tornear a peça dada é
de aproximadamente 8°30'.
Tente
A Uvocê
L A Exercitar o que estudamos é muito importante para fixar a aprendizagem.
também Leia novamente a explicação do cálculo que acabamos de apresentar e faça os
7 seguintes exercícios.
Exercício 1
Calcule o ângulo de inclinação do carro superior do torno para tornear a
seguinte peça. Não se esqueça de que você tem de usar a fórmula:
D-d
tga =
2c
D = 40
d = 10
c = 50
a =?
Exercício 2
Qual é o ângulo de inclinação do carro superior do torno para que se possa
tornear a peça mostrada a seguir.
5
ø15
ø30
20
Como exemplo, imagine que você tenha de calcular a cota x da peça cujo
desenho mostramos a seguir.
x
60˚
6
ø1
100
Dica
As duas circunferências dentro do desenho não fazem parte da peça. São
roletes para o controle da medida x da peça e vão auxiliar no desenvol-
vimento dos cálculos.
60˚
6
ø1
co
ca
100
7 x = 100 - 2 ´ ca - 2 ´ R
O valor de R já é conhecido:
R = 16 ¸ 2 = 8
x = 100 - 2 ´ 13,85 - 16
x = 100 - 27,70 - 16
x = 72,30 - 16
x = 56,30 mm
15
5
32˚
Solução:
co
tg a =
ca
a = 32º ¸ 2 =
tg a =
co =
x = 2 ´ co + 5
x=
Exercício 4
Calcule a cota x do eixo com extremidade cônica.
30˚
ø12
x
Teste
A Uo Lque
A Leia novamente a lição, prestando bastante atenção nos exemplos. Em seguida
você aprendeu faça os seguintes exercícios.
7 Exercício 5
Calcule os ângulos desconhecidos das peças a seguir.
a)
a =?
b =?
b)
c)
Exercício 6
Calcule a cota desconhecida de cada peça mostrada a seguir.
a)
b) c)
Exercício 7 A U L A
Calcule as cotas desconhecidas dos rasgos em “v” nos desenhos a seguir.
a) b) c)
7
Exercício 8
Calcule as medidas desconhecidas nas figuras que seguem.
a) b)
c)
Exercício 9
Calcule as cotas desconhecidas nas figuras abaixo.
a)
b)
c)
d)
A UA UL L AA
8
8
Calculando RPM
A velocidade dos motores é dada em rpm. Esta sigla quer dizer rotação
por minuto .Como o nome já diz, a rpm é o número de voltas completas que um
eixo, ou uma polia, ou uma engrenagem dá em um minuto.
Dica
O termo correto para indicar a grandeza medida em rpm é freqüência .
Todavia, como a palavra velocidade é comumente empregada pelos
profissionais da área de Mecânica, essa é a palavra que empregaremos
nesta aula.
A velocidade fornecida por um conjunto transmissor depende da relação A U L A
entre os diâmetros das polias. Polias de diâmetros iguais transmitem para a
máquina a mesma velocidade (mesma rpm) fornecida pelo motor.
8
mesma rpm
maior rpm
menor rpm
n1 D 2
=
n 2 D1
mesma rpm
maior rpm
menor rpm
n1 Z 2
=
n 2 Z1
ø60
ø200
A
ø100 ø150
B
ø140 ø100
C
ø200 ø60
D
motor
600
rpm rpm
Os dados que você tem são: a velocidade do motor e os diâmetros das polias
motoras e movidas.
Como as polias motoras são de tamanho diferente das polias movidas, a
velocidade das polias movidas será sempre diferente da velocidade das polias
motoras. É isso o que teremos de calcular.
Vamos então aplicar para a polia movida do conjunto A a relação matemá-
tica já vista nesta aula:
n1 D 2
=
n 2 D1
n1 = 600 rpm
n2 = ?
D 2 = 200 rpm
D1 = 60
600 200
=
n2 6
600 ´ 60
n2 =
200
36000
n2 =
200
n 2 = 180 rpm
A U L A Vamos fazer o cálculo para a polia movida do conjunto B:
8 n1 D 2
=
n 2 D1
n1 = 600
n2 = ?
D 2 = 150 mm
D 1 = 100 mm
600 150
=
n 2 100
600 ´ 100
n2 =
150
60.000
n2 =
150
n 2 = 400 rpm
Tente você O processo para encontrar o número de rpm é sempre o mesmo. Faça o
também exercício a seguir para ver se você entendeu.
Exercício 1
Calcule a rpm dos conjuntos C e D.
Conjunto C:
n1 D 2
=
n 2 D1
n1 = 600
n2 = ?
D 2 = 100
D1 = 140
Substituindo os valores:
600 100
=
n 2 140
n2 =
Conjunto D:
n1 = 600
n2 = ?
D 2 = 60
D 1 =200
Dica A U L A
n1 D 2
A fórmula =
n 2 D1
também pode ser usada para descobrir o diâmetro de polias que faltam. 8
Por exemplo: se tivéssemos de descobrir o diâmetro da polia movida do
conjunto A, teríamos:
n1 = 600
n2 = 180
D 1 = 60
D 2 =?
n1 D 2 600 D2
= = =
n 2 D1 180 60
600 ´ 60 36000
D2 = = = 200 mm
180 180
8 n2 =
1000 ´ 60
150
60000
n2 =
150
n 2 = 400
No segundo estágio, a polia motora está acoplada à polia movida do
primeiro estágio. Assim, n2 da polia movida do primeiro estágio é n1 da polia
motora do segundo estágio (à qual ela está acoplada), ou seja, n2 = n1. Portanto,
o valor de n1 do segundo estágio é 400.
n1 = 400
n2 = ?
D 2 = 200
D 1 = 50
400 ´ 50
n2 =
200
20000
n2 =
200
n 2 = 100 rpm
Portanto, a velocidade final do conjunto é 100 rpm
rpm.
Tente você Chegou a hora de exercitar a aplicação dessa fórmula. Faça com atenção os
também exercícios a seguir.
Exercício 2
Um motor que possui uma polia de 160 mm de diâmetro desenvolve 900 rpm
e move um eixo de transmissão cuja polia tem 300 mm de diâmetro. Calcule
a rotação do eixo.
n1 D 2
=
n 2 D1
n1 = 900
n2 = ?
D 2 = 300
D1 = 160
Exercício 3
Uma polia motora tem 10 cm de diâmetro. Sabendo que a polia movida tem
30 cm de diâmetro e desenvolve 1200 rpm, calcule o número de rpm que a
polia motora desenvolve.
n1 = ?
n 2 = 1200
D 2 = 30
D1 = 10
n ´ D2
n1 = 2
D1
Exercício 4 A U L A
Se a polia motora gira a 240 rpm e tem 50 cm de diâmetro, que diâmetro
deverá ter a polia movida para desenvolver 600 rpm?
8
Exercício 5
No sistema de transmissão por quatro polias representado abaixo, o eixo
motor desenvolve 1000 rpm. Os diâmetros das polias medem: D1 = 150 mm,
D 2 = 300 mm, D3 = 80 mm e D4 = 400 mm. Determine a rpm final do sistema.
D4 D3
D1
n2=n3
n4
D2
n1
n1 Z 2
=
n 2 Z1
n1 ´ Z1
n2 =
Z2
200 ´ 20
n2 =
40
4000
n2 =
40
n 2 = 100 rpm
A U L A Se você tiver um conjunto com várias engrenagens, a fórmula a ser usada
será a mesma.
n1=300
Primeiro estágio:
n1 = 300
n2 = ?
Z 2 = 60
Z 1 = 30
300 ´ 30
n2 =
60
9000
n2 =
60
n 2 = 150 rpm
Dica
Assim como é possível calcular o diâmetro da polia usando a mesma
fórmula para o cálculo de rpm, pode-se calcular também o número de
dentes de uma engrenagem:
n1 Z 2
=
n 2 Z1
n1 = 300
n2 = 150
Z 2 =?
Z 1 = 30
300 ´ 30
Z2 =
150
9000
Z2 =
150
Z2 = 60 dentes
Você não terá nenhuma dificuldade no exercício que vem agora. Veja Tente
A U L você
A
como é fácil! também
Exercício 6
Seguindo o modelo do exemplo, faça o cálculo do segundo estágio.
8
Segundo estágio:
n1 = 150
n2 = ?
Z 2 = 90
Z 1 = 30
Releia a lição com especial cuidado em relação aos exemplos. Em seguida, teste Teste o que
seus conhecimentos com os exercícios a seguir. você aprendeu
Exercício 7
Uma polia motora tem 10 cm de diâmetro. Sabendo-se que a polia movida
tem 30 cm de diâmetro e desenvolve 1200 rpm, calcule o número de rpm da
polia motora.
Exercício 8
Se uma polia motora gira a 240 rpm e tem 50 cm de diâmetro, qual será o
diâmetro da polia movida para que ela apresente uma velocidade de 600 rpm?
Exercício 9
Uma engrenagem motora tem 20 dentes e a outra, 30. Qual é a rpm da
engrenagem maior, se a menor gira a 150 rpm?
Exercício 10
Qual o número de dentes necessários à engrenagem A (motora) para que A
e B girem respectivamente a 100 e 300 rpm?
Exercício 11
Na figura abaixo, qual é a rpm da engrenagem B, sabendo que a engrenagem
A gira a 400 rpm? Observe que as engrenagens intermediárias T1 e T2 têm
a função de ligar duas engrenagens que estão distantes uma da outra e não
têm influência no cálculo.
A U L A Exercício 12
Calcular a rpm da engrenagem B, sabendo que A é motora e gira a 260 rpm.
8
A UU
A L AL A
9
Calculando o
9
desalinhamento da
contraponta
Analisando o desenho, você percebe que a superfície cônica da peça tem uma
medida relativamente grande (100 mm). Por outro lado, o seu torno tem um
carro superior com curso máximo de apenas 60 mm.
Por causa dessa incompatibilidade de medidas, você terá de empregar a
técnica do desalinhamento da contraponta. Seu problema é, então, descobrir
qual a medida desse desalinhamento.
Você saberia como resolver esse problema? Não? Então leia esta aula com
atenção e veja como é fácil.
Nossa
A U aula
L A Calculando a medida do desalinhamento
co
tga =
ca
M
tga =
L
M=
αD - dφ×L
2 ×c
Os dados disponíveis são:
D = 30
d = 26
L = 180
c = 100
M=?
Substituindo os valores do desenho, temos: A U L A
α30 - 26φ×180
M=
2 ×100
4 ×180
9
M=
200
720
M=
200
M = 3, 6 mm
Dica
Quando todo o comprimento da peça for cônico e, por isso, L = c, calcula-se
o desalinhamento da contraponta pela fórmula: M = D - d .
2
Por ser uma atividade bastante rotineira na indústria, vale a pena exercitar Tente você
o conhecimento que você acabou de adquirir. também
Exercício 1
Calcule o deslocamento da contraponta para tornear a seguinte peça:
Solução:
D = 80
d = 77
c = 80
L = 250
M=?
M=
αD - dφ×L
2 ×c
M=
A U L A Exercício 2
Calcule o deslocamento da contraponta para tornear a seguinte peça cônica.
Solução:
D = 40
d = 38
L = c = 120
M=?
D-d
M=
2
M=
Conicidade percentual
Vamos supor que você receba o seguinte desenho de peça para tornear:
5
5% = = 0, 05 = vd
100
Por que fizemos isso? Porque, para calcular M, basta apenas multiplicar esse
valor pelo comprimento da peça, pois isso dará a variação de diâmetro. O
resultado é dividido por dois. Matematicamente, isso é representado por:
vd ×L
M=
2
Analisando os dados da figura anterior, temos: A U L A
M=?
vd = 0,05
L = 150 9
Substituindo os valores na fórmula:
0, 05 ×150
M=
2
7, 5
M=
2
M = 3,75 mm
Ninguém aprende a jogar futebol apenas olhando. Estes exercícios são para Tente você
você ficar “craque” na resolução de problemas como o que acabamos de também
exemplificar.
Exercício 3
Calcule o deslocamento da contraponta para tornear a seguinte peça com 4%
de conicidade.
Solução:
4
vd = 4% = =
100
L = 140
M=?
vd.L
M=
2
M=
A U L A Exercício 4
Calcule o deslocamento da contraponta necessário para tornear a
9 seguinte peça.
Conicidade proporcional
Da mesma forma que você pode obter a conicidade pela variação percentual
do diâmetro da peça, esta também pode ser fornecida por proporção.
Como exemplo, vamos supor que você tenha de tornear uma peça que
apresente os dados mostrados no desenho a seguir.
M=
0, 02 ×200
4
2 9
M=
2
M = 2 mm
O cálculo da conicidade proporcional é muito fácil. Mesmo assim, vamos Tente você
treinar um pouco. também
Exercício 5
Calcule o deslocamento da contraponta necessário para tornear a seguinte
peça com conicidade proporcional de 1:20.
vd.L
Solução: M=
2
1
vd = = 0, 05
20
L = 120
M=?
Exercício 6
Quantos milímetros a contraponta deverá ser deslocada para fornecer uma
conicidade proporcional de 1:100 na peça mostrada a seguir?
Teste
A Uo Lque
A Releia toda a lição e estude os exemplos com atenção. Depois, vamos ao
você aprendeu nosso desafio: faça os próximos exercícios como se fossem um teste para
Exercício 7
Calcule o deslocamento da contraponta necessário para o torneamento da
peça mostrada a seguir.
Exercício 8
Qual será o deslocamento em milímetros da contraponta para que a peça a
seguir apresente uma conicidade percentual de 3%?
Exercício 9
A peça a seguir precisa ter uma conicidade proporcional de 1:40. Calcule o
deslocamento da contraponta para se obter essa conicidade.
A UU
A L AL A
10
Calculando a
10
aproximação do
anel graduado
é
fuso
A U L A Para um operador de máquina, o problema a ser resolvido é descobrir
quantas divisões do anel graduado devem ser avançadas para se obter um
Para esse cálculo, precisamos apenas de dois dados: o passo do fuso (pf) e o
número de divisões do anel (nº div.). Isso porque, como já dissemos, as divisões
do anel são proporcionais ao passo do fuso.
Assim, para calcular o deslocamento, usamos:
pf
A=
nºdiv.
Em que A é a aproximação do anel graduado, ou o deslocamento para cada
divisão do anel.
Vamos supor, então, que sua fresadora tenha o passo do fuso de 5 mm e 250
divisões no anel graduado. Para calcular A, temos:
Passo do fuso = 5 mm
Número de divisões = 250
A=?
pf
A=
nºdiv.
5
A=
250
A = 0,02 mm por divisão
21 5
21 4
O que fazer com o resto da divisão (1), se necessitamos de um desloca- A U L A
mento preciso?
Para obter precisão no deslocamento, esse resto deve ser dividido pelo valor
de uma divisão do anel (0,02) para se saber quantas divisões (x) avançar para se 10
chegar à medida desejada.
x = 1 ¸ 0,02 = 50 divisões.
Assim, para obter um deslocamento de 21 mm, você deve dar 4 voltas no anel
e avançar mais 50 divisões.
Apesar de fácil, esse cálculo é um dos mais importantes para o operador de Tente você
máquinas. Se você quer ser um bom profissional, faça com muita atenção os também
exercícios a seguir.
Exercício 1
Calcule o número de divisões (x) para avançar em um anel graduado de 200
divisões, para aplainar 1,5 mm de profundidade em uma barra de aço,
sabendo que o passo do fuso é de 4 mm.
pf
A=
nºdiv.
A=?
pf = 4 mm
nºdiv = 200
A=
1, 5
x=
A
x=
Exercício 2
Calcule quantas divisões (x) devem ser avançadas em um anel graduado de
200 divisões para se tornear uma superfície cilíndrica de diâmetro 50 mm,
para deixá-la com 43 mm, sabendo que o passo do fuso é de 5 mm. Para
calcular a penetração da ferramenta use
D-d
pn =
2
a) Cálculo de penetração:
D = 50
d = 43
D - d 50 - 43
pn = =
2 2
pn =
b) cálculo de A
c) cálculo de x
Teste
A Uo Lque
A Treinar é fácil. A dificuldade está na hora do jogo. Vamos ver se o treino
você aprendeu valeu? Os exercícios a seguir são o seu desafio.
10 Exercício 3
Calcule quantas divisões (x) devem ser avançadas em um anel graduado de
100 divisões, para se desbastar 7,5 mm de profundidade de um material,
considerando que o passo do fuso é de 5 mm.
Exercício 4
Calcule quantas divisões (x) devem ser avançadas em um anel gra-
duado de 250 divisões, para se reduzir de 1/2" (0,500") para 7/16"
(0,4375") a espessura de uma barra, sabendo que o passo do fuso é de
1/8" (0,125").
Exercício 5
Quantas divisões (x) você deve avançar o anel graduado de 200 divisões,
para retificar um eixo de diâmetro 50 mm para 49,6 mm, sabendo
que o passo do fuso é de 5 mm?
A UU
A L AL A
11
Calculando a rpm e o
11
gpm a partir da
velocidade de corte
adequada.
Na indústria mecânica, as fresadoras, os tornos, as furadeiras, as retificadoras
e as plainas são máquinas operatrizes que produzem peças por meio de corte do
metal. Esse processo se chama usinagem.
Para que a usinagem seja realizada com máquina de movimento circular, é
necessário calcular a rpm da peça ou da ferramenta que está realizando o
trabalho.
Quando se trata de plainas, o movimento é linear alternado e é necessário
calcular o gpm (golpes por minuto).
O problema do operador, neste caso, é justamente realizar esses cálculos.
Vamos supor que você seja um torneiro e precise tornear com uma fer-
ramenta de aço rápido um tarugo de aço 1020 com diâmetro de 80 mm. Qual será
a rpm do torno para que você possa fazer esse trabalho adequadamente?
Para calcular a rpm, seja da peça no torno, seja da fresa ou da broca, usamos
um dado chamado velocidade de corte .
Velocidade de corte é o espaço que a ferramenta percorre, cortando um
material, dentro de um determinado tempo.
A velocidade de corte depende de uma série de fatores, como:
Dica
Como o diâmetro das peças é dado em milímetros e a velocidade de corte
é dada em metros por minuto, é necessário transformar a unidade de
medida dada em metros para milímetros. Daí a utilização do fator 1.000
na fórmula de cálculo da rpm.
25· 1000· 60
n=
300· 3,14
1500000
n=
942
n = 1592, 3
n @ 1592 rpm
Portanto, o rebolo deve girar a aproximadamente 1592 rpm.
Tente você Leia mais uma vez o que ensinamos sobre cálculo de rpm para retificação e
também faça o exercício a seguir.
Exercício 3
Calcule a rpm do rebolo de 250 mm de diâmetro para retificar um eixo de aço
de 60 mm de diâmetro, sabendo que a velocidade de corte é de 30 m/seg.
Solução: vc = 30 m/seg (tabela)
d = 250 mm
n=?
Cálculo: n=
vc· 1000
Substituindo os dados na fórmula gpm = , temos:
2· c
12· 1000
gpm =
2· 160
12.000
gpm =
320
gpm = 37, 5
gpm @ 38
Leia novamente todas as informações, estude com atenção os exemplos e Tente você
faça os exercícios a seguir. também
Exercício 4
Calcule o gpm para aplainar uma peça de 120 mm de comprimento conside-
rando a folga de entrada e de saída da ferramenta de 40 mm, sabendo que a
velocidade de corte é de 10 m/min.
vc = 10 m/min
c = 120 +40 =
gpm = ?
vc· 1000
gpm =
2· c
gpm =
Chegou a hora de pôr à prova sua atenção e sua dedicação pessoal no estudo Teste o que
desta lição. Leia novamente todas as informações, estude com atenção os você aprendeu
exemplos e faça os exercícios a seguir.
Exercício 5
Quantas rotações por minuto devem ser empregadas para desbastar no
torno um tarugo de aço 1045 de 50 mm de diâmetro, se uma ferramenta de
aço rápido for usada? Use vc = 20 m/min.
A U L A Exercício 6
Sabendo que a velocidade de corte indicada é de 15 m/min, qual é o número
Exercício 7
Calcule o número de rotações por minuto para desbastar no torno uma
peça de ferro fundido duro de 200 mm de diâmetro com ferramenta de
metal duro. A velocidade indicada na tabela para ferramenta de aço rápido
é de 18 m/min.
Exercício 8
Qual a rpm para furar uma peça de aço 1020 com uma broca de aço rápido
com 12 mm de diâmetro, se a velocidade da tabela é de 25 m/min?
Exercício 9
Calcule a rpm do rebolo de 240 mm de diâmetro para retificar uma peça de aço
de 100 mm de diâmetro, sabendo que a velocidade de corte é de 27 m/seg.
Exercício 10
Calcule o gpm para aplainar uma peça de 200 mm de comprimento, consi-
derando a folga de entrada e saída da ferramenta de 40 mm, sabendo que a
velocidade de corte é de 8 m/min
A UU
A L AL A
12
Calculando
12
engrenagens cilíndricas
12 l
l
diâmetro externo (de)
módulo (m)
l diâmetro primitivo (dp)
l diâmetro interno (di)
l altura do dente (h)
l altura da cabeça (a)
l altura do pé do dente (b)
l passo (p)
Cálculo do módulo
Dica
Os elementos dessa fórmula podem ser usados também para calcular o
diâmetro primitivo da engrenagem dp = m · Z. dp
Servem igualmente para calcular o número de dentes: Z = .
m
de = dp + 2 · m
de = m · Z + 2 · m
12 de dentes retos.
Vamos aprender isso tudo, fazendo os exercícios a seguir.
Exercício 1
Calcular o diâmetro primitivo de uma engrenagem cilíndrica de dentes
retos, sabendo que m = 3 e Z = 90.
Solução:
Dados: m=3
Z = 90
dp = ?
dp = m · Z
dp = 3 · 90
dp =
Exercício 2
Calcule o número de dentes da engrenagem que tenha um diâmetro primi-
tivo (dp) de 240 mm e um módulo igual a 4.
Solução:
Dados: dp = 240 mm
m=4
dp
Z=
m
240
Z=
4
Z=
Exercício 3
Calcular o módulo de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos cujo
diâmetro externo (de) é igual a 45 mm e o número de dentes (Z) é 28.
Solução:
Dados: de = 45
Z = 28
m=?
de = m (Z + 2)
45 = m (28 + 2)
45 =
m=
Exercício 4
Qual é o diâmetro externo de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos
cujo módulo (m) é igual a 3,5 e o número de dentes (Z) é igual a 42.
Solução:
Dados disponíveis: m = 3,5
Z = 42
de = ?
de = m (Z + 2)
de =
Cálculo da altura total do dente A U L A
h = 2,166 · m
h = 2,166 · 2
h = 4,33 mm
Dica
A altura total do dente da engrenagem é, também, a soma da altura
da cabeça do dente (a) mais a altura do pé do dente (b), ou seja,
h=a+b b.
Tente
A Uvocê
L A Para ver como esse cálculo é simples, faça os exercícios que preparamos
também para você.
12 Exercício 5
Calcule a altura total (h) dos dentes de uma engrenagem cujo módulo é 1,75.
Solução:
h = 2,166 × m
h=
Exercício 6
Calcule o módulo de uma engrenagem cuja altura total (h) do dente é
4,33 mm.
Solução:
h
m=
2,166
m=
b = 1,166 · m
b = 1,166 · 2
b = 2,332 mm
Portanto:
di = dp - 2,33 · m
Reescrevendo, temos:
di = m (Z - 2,33)
Cálculo do passo
dp · p
p=
Z
Como dp = m · Z, podemos escrever:
m· Z· p
p=
Z
Z
Como = 1 , teremos: A U L A
Z
p=m·p
12
Assim, para calcular o passo, empregamos a fórmula p = m · p. Com ela,
vamos calcular o passo da engrenagem que você tem de construir:
p = 2 · 3,14
p = 6,28 mm
O passo é um dado muito importante entre as medidas de uma engrenagem. Tente você
Exercite esse cálculo com atenção. também
Exercício 12
Calcule o passo de uma engrenagem cujo módulo é 3.
Exercício 13
Sabendo que o passo de uma engrenagem é 12,56 mm, calcule seu módulo.
Η 2 Κ
segunda engrenagem Φ Γ
dp2Ι.
ϑ
Η2 Κ
d=
120 + 60
2
180
d=
2
d = 90 mm
Dica
Duas engrenagens acopladas sempre têm o mesmo módulo.
Solução: dp1 = m· Z
dp1 =
dp2 =
dp1 + dp2
d=
2
d=
Teste o que Como você pôde perceber no decorrer da lição, os cálculos de todas as
você aprendeu medidas de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos estão relacionados entre
si. Assim, quando você precisa calcular uma medida, geralmente é necessário
também calcular alguma outra a ela relacionada.
Leia novamente esta aula, estudando os exemplos com atenção, e refaça os
exercícios. Depois disso, encare os exercícios a seguir como um teste e verifique
o que você conseguiu reter.
Se errar alguma coisa, não desanime. Releia o trecho em que está a informa-
ção de que você precisa e retorne ao exercício. O aprendizado só acontece com
muita disciplina e persistência.
Exercício 15
Calcule dp, de, di, h, a, b e p de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos
com 45 dentes e módulo 4.
Exercício 16
Sabendo que o diâmetro externo de uma engrenagem cilíndrica é de
88 mm e que ela tem 20 dentes, calcule m, dp, di, h, a, b e p.
Exercício 17
Calcule a distância entre centros das duas engrenagens dos exercícios
15 e 16.
A UU
A L AL A
13
13
Realizando cálculos
para o aparelho
divisor (I)
V ocê já estudou como fazer os cálculos para
encontrar as principais medidas para a confecção de uma engrenagem cilíndrica
O problema
de dentes retos.
Vamos supor, então, que sua próxima missão seja justamente fresar uma
engrenagem igualzinha àquela quebrada, cujas medidas acabamos de calcu-
lar juntos.
Para isso, você sabe que precisa usar um aparelho divisor e que é necessário
fazer também alguns cálculos para descobrir o número de voltas da manivela
para obter cada divisão da engrenagem.
Você saberia realizar esses cálculos? Se você acha que não, chegou a hora
de aprender.
13 você pode ter de dar mais de uma volta e também frações de volta para obter
o número desejado de dentes.
Por exemplo, se queremos fresar uma engrenagem com 20 dentes , o material
1
deverá ser girado 20 de volta, para a fresagem de cada dente. Então, se o aparelho
divisor tem uma coroa de 40 dentes, em vez de dar 40 voltas na manivela, será
necessário dar 40 de voltas. Isso significa 2 voltas na manivela para cada dente
20
a ser fresado.
40
Vm =
10
Vm = 4
Esse resultado, Vm = 4, significa que você precisa dar 4 voltas completas na
manivela para fresar cada ranhura.
Tente você Para ajudar você a treinar esse cálculo, preparamos este exercício.
também
Exercício 1
Quantas voltas na manivela você precisará dar para fresar uma engrenagem
com 40 dentes, se a coroa do divisor também tem 40 dentes?
Solução:
C = 40
N = 40
Vm = ?
Vm =
Disco divisor A U L A
Nem sempre o número de voltas é exato. Nesse caso, você tem de dar uma
fração de volta na manivela e o que ajuda nessa operação é o disco divisor
divisor. 13
O disco divisor é um disco com uma série de furos que permitem a obtenção
de fração de voltas.
Em geral, um aparelho divisor tem três discos com quantidades diferentes
de furos igualmente espaçados entre si. Basicamente, as quantidades de furos
existentes em cada disco são as mostradas na tabela a seguir.
DISCOS FUROS
1 15 16 17 18 19 20
2 21 23 27 29 31 33
3 37 39 41 43 47 49
C
Vm =
N
C 40 40 27
Vm = = ou
N 27 13 1
A U L A A divisão, como você viu, não foi exata. Você tem como resultado 1,
que é a quantidade de voltas necessárias à realização do trabalho. O que
40 40 13
Vm = ou
13 41 3
Esse resultado significa 3 voltas completas na manivela e o avanço de um
furo no disco de 13 furos. Mas, existe um disco com 13 furos? Pela tabela já
mostrada, podemos perceber que não. Como fazer?
Com o resto da divisão (1) e o número de dentes da engrenagem que você tem
1
de fresar (13), você constrói a fração 13 .
Para descobrir qual o disco correspondente, você multiplica o numerador e
o denominador dessa fração por um certo número, de tal modo que no denomi-
nador dessa fração apareça um número de furos que seja de um disco que
realmente esteja na tabela.
Assim, se você multiplicar o numerador e o denominador dessa fração por
3, terá a fração equivalente 3βfurosγ . Ela significa que você deve avançar 3 furos
39βdiscos γ
no disco de 39 furos.
Recordar é aprender
Frações equivalentes são aquelas que representam a mesma parte de um
inteiro. Por exemplo:
1 2 4
= =
2 4 8
Dica
A fração equivalente pode ser encontrada por meio da divisão ou da
multiplicação do numerador e do denominador por um mesmo
número inteiro.
É, parece que a coisa está ficando um pouquinho mais complicada. Vamos, Tente
A U L você
A
então, fazer alguns exercícios para ter mais segurança nesse tipo de cálculo. Em também
caso de dúvida, volte aos exemplos e às dicas. Eles mostrarão o caminho da
solução do exercício. 13
Exercício 2
Para fresar uma engrenagem de 18 dentes, qual o disco, o número de voltas
e o número de furos a avançar, se o aparelho divisor da máquina tem uma
coroa com 40 dentes?
Solução: C = 40
N= 18
disco = ?
Vm = ?
furos a avançar = ?
Exercício 3
Se o aparelho divisor de sua máquina tem uma coroa de 40 dentes, qual é o
número de voltas na manivela que você terá de dar para fresar uma
engrenagem de 47 dentes?
Solução: C = 40
N = 47
Vm =
Exercício 4
Calcule o número de voltas na manivela para fresar uma engrenagem com
32 dentes, sabendo que a coroa do divisor tem 40 dentes.
Solução: C = 40
N = 32
Vm = 40
32
40 32
Vamos supor que você tenha de fazer dois rasgos equidistantes 20° em uma
peça. Quantas voltas você precisará dar na manivela para obter o ângulo
indicado, uma vez que a coroa tem 40 dentes?
Substituindo os valores na fórmula:
40· 20
Vm =
360
800
Vm =
360
800 360
880 2
Por esse resultado, já sabemos que você terá de dar duas voltas completas
na manivela.
Mas, o que você faz com o resto?
80
Com o resto (80) e o divisor (360) construimos a fração 360 que significa que
devemos girar 80 furos em um disco de 360 furos. O problema é que não existe
um disco de 360 furos. Por isso, precisamos simplificar essa fração até obter um
número no seu denominador que exista naquela tabela de discos que já vimos
nesta aula:
80 ¸ 10 8¸2 4 α
furos φ
360 ¸ 10 36 ¸ 2 18 α discos φ
= =
Exercício 5
Em uma peça circular, desejamos fazer 5 furos distantes 15° um do outro. Se
o divisor tem uma coroa com 40 dentes, quantas voltas é preciso dar na
manivela para fazer esse trabalho?
Solução:
C· a
Vm =
360
C = 40
a = 15
Vm = ?
40· 15
Vm =
360
Vm =
Depois de estudar a lição e fazer exercícios, chegou a hora de testar sua Teste
A U LoAque
dedicação ao estudo. Veja os desafios que preparamos para você. você aprendeu
Exercício 6 13
Qual o número de voltas necessárias para usinar uma peça com 60 divisões
em uma fresadora cujo aparelho divisor tem uma coroa com 40 dentes?
Exercício 7
Quantas voltas deveriam ser dadas na manivela do aparelho divisor para
usinar um sextavado, sabendo que a coroa tem 60 dentes.
Exercício 8
Calcule quantas voltas são necessárias para executar uma peça com 42
divisões, se a coroa do divisor tem 60 dentes?
Exercício 9
Quantas voltas um operador deve dar na manivela para fresar uma
engrenagem de 45 dentes em um divisor cuja coroa tenha 40 dentes?
Exercício 10
Para fazer três rasgos equidistantes 37° em uma peça circular, calcule
quantas voltas devem ser dadas na manivela, sabendo que a coroa tem 40
dentes.
A UA UL L AA
14
14
Realizando cálculos
para o aparelho
divisor (II)
O problema N a aula anterior você aprendeu a fazer vá-
rios cálculos para o aparelho divisor. Mas, o assunto ainda não está esgotado.
Há casos em que não existe um disco divisor que possua o número de furos
que você precisa. Além disso, talvez você tenha uma fração que não pode ser
simplificada. Como fazer nesses casos?
Esse é o problema que tentaremos resolver nesta aula. Estude-a com
atenção, porque, se você quiser ser um bom fresador ou um ferramenteiro, terá
de saber resolver esse problema muito bem.
Recordar é aprender
14
Número primo é o número inteiro que só pode ser dividido por si
mesmo e pela unidade.
Dica
A escolha do número é realmente arbitrária, ou seja, não depende de
nenhuma regra. Por isso, pode ser que o número escolhido “não dê
certo” e seja necessário escolher outro e refazer os cálculos.
C 40
Vm = =
N' 100
Simplificando:
40 ¸: 10 4·. 2 8 f
Vm = = =
100 ¸: 10 10·. 2 20 D
Com esse passo, temos o seguinte resultado: para fresar cada dente, é
necessário avançar 8 furos no disco divisor de 20 furos.
O problema é que se o cálculo parar por aqui, a engrenagem terá 100
dentes e não 97. Por isso, temos de realizar mais algumas etapas.
Essa operação nos dará o N (lê-se “delta ene”), que será usado no
cálculo das engrenagens
100 - 97 = 3 ( N)
14 Zmot C. D N
Zmov
=
N'
Zmot 40.3
=
Zmov 100
Zmot 120
=
Zmov 100
Dica
Geralmente, as fresadoras são acompanhadas de um jogo de
engrenagens auxiliares com os seguintes números de dentes:
24 (2 engrenagens), 28, 32, 36, 40, 44, 48, 56, 64, 72, 80, 84, 86, 96 e 100.
Mais uma vez, você verifica que não existe engrenagem com 120 dentes no
jogo. Então você passa para o próximo passo.
120
6. Trabalhar a fração 100 , dividindo-a ou multiplicando-a por números intei-
ros, até encontrar um resultado que corresponda a duas das engrenagens
existentes no jogo.
120 ¸: 10 12
=
100 ¸: 10 10
12 . 8
= 96 (motora ou Z1 )
10 . 8 80 (movida ou Z2 )
Z1
Z2
disco
manivela
Porém, nem sempre são usadas apenas duas engrenagens para a correção.
Conforme o caso, a fração é desmembrada em duas e você terá de calcular
4 engrenagens.
Como exemplo, vamos imaginar que você já aplicou a fórmula Zmot ,
Zmov
simplificou a fração até obter o resultado 12 .
7
Como você faz o desmembramento dessa fração? Na realidade, o método
é o da tentativa e erro até encontrar os números que correspondem aos das
engrenagens que você tem no jogo auxiliar. Para a fração 12 , você pode fazer:
12 4· 3 7
7
=
7· 1
. Então, você desmembra e tem:
Zmot 4·. 8 32 Z1
= = =
Zmov 7 ·. 8 56 Z2
Zmot 3·. 24 72 Z3
= = =
Zmov 1·. 24 24 Z4
Observe que as frações tiveram seus numeradores e denominadores mul-
tiplicados por um mesmo número e, como resultado, você obteve Z1 = 32, Z2 =
56, Z3 = 72, Z4 = 24, que são números de dentes das engrenagens existentes no
jogo da fresadora.
coroa
eixo árvore
Z1
Z3 Z2
rosca sem-fim
eixo do disco
divisor
Z4
disco
manivela
Tente
A Uvocê
L A Para que você não se perca no meio de tantas informações, vamos dar uma
também paradinha para alguns exercícios.
14 Exercício 1
Calcule o número de voltas da manivela e as engrenagens para fresar uma
engrenagem com 51 dentes em um divisor com coroa de 40 dentes.
Solução:
Dados disponíveis: N = 51
C = 40
N’ = arbitrário (vamos escolher 50)
D N = N - N'
C
Fórmula para o cálculo do número de voltas da manivela: Vm =
40 N'
Vm = =
Zmot C· D N
Fórmula para o cálculo das engrenagens: =
Zmov N'
Zmot 40 ·1
= =
Zmov
Exercício 2
Calcule o número de voltas da manivela e as engrenagens auxiliares para
fresar uma engrenagem com 131 dentes em um divisor com coroa de 40
dentes. Faça o cálculo para 4 engrenagens.
Solução:
Dados:
N = 131
N’ = 128 (arbitrário)
C = 40
D N = N - N'
C 40
Vm = = =
N 128
Zmot C· D N 40· 3
= = =
Zmov N' 128
Determinação das engrenagens intermediárias A U L A
Você pensa que já está tudo pronto? Não está, não! Você deve selembrar
que no começo da lição, calculamos o valor de duas engrenagens e obtivemos 14
Z1= 96 e Z2= 80.
Como essas duas novas engrenagens que foram montadas estão distantes
uma da outra, é preciso colocar uma ou duas engrenagens intermediárias, que
serão responsáveis pela transmissão do movimento.
O que você precisa notar, entretanto, é que quando uma ou duas engrena-
gens intermediárias são montadas no aparelho divisor, isso pode alterar o
sentido de giro do disco.
Assim, se o disco girar no mesmo sentido da manivela, será maior cada
divisão do material com o qual se fresará a engrenagem .
Isso significa que você terá menos dentes que o número arbitrário (N’)
escolhido para o cálculo. No nosso exemplo, N’ = 100.
Essa redução corresponde justamente ao valor DN = 3. Então, teremos, na
verdade, 100 - 3 = 97 que é o valor desejado para a solução do problema.
Neste caso, é preciso usar apenas uma engrenagem intermediária.
Mas você deve estar se perguntando: “E se eu colocasse duas engrenagens
intermediárias? O que aconteceria?”.
A colocação de duas engrenagens intermediárias resultaria em um sentido
de giro do disco contrário ao sentido da manivela.
A U L A Com isso, cada divisão no material a ser fresado seria menor e, por causa
disso, você teria mais dentes do que o número arbitrário (N’ = 100).
2 maior que N 1
2 menor que N 2
4 maior que N —-
4 menor que N 1
Tente você Agora queremos que você treine esse cálculo que acabamos de ensinar.
também
Exercício 3
Determine a quantidade de engrenagens intermediárias, sabendo que o
cálculo foi feito para duas engrenagens e que N’ é 120 e N é 123.
Exercício 4
Quantas engrenagens intermediárias serão necessárias para transmitir
movimento para o disco do divisor, sabendo que o cálculo foi feito para 4
engrenagens e que N’ é igual a 130 e que N é igual a 127.
Vamos agora testar o quanto você realmente se esforçou para aprender este
Teste o que cálculo. Leia novamente a lição. Se precisar, refaça os exercícios. Gaste quanto
você aprendeu tempo for necessário para aprender tudo com segurança.
Só depois faça os exercícios a seguir. Mas... sem olhar, viu?
Exercício 5
Calcule o número de voltas na manivela e as engrenagens auxiliares e
intermediárias necessárias para fresar uma engrenagem com 71 dentes em
um divisor com coroa de 40 dentes.
Exercício 6
Quantas voltas na manivela será necessário dar e quais serão as engrena-
gens auxiliares e intermediárias necessárias para fresar uma engrenagem
com 137 dentes, sabendo que você terá de usar um divisor com coroa de 40
dentes?
Exercício 7
Para fresar uma engrenagem com 93 dentes, quantas voltas de manivela
serão necessárias e quais serão as engrenagens auxiliares e intermediárias,
sabendo que o divisor tem uma coroa com 60 dentes?
A
A UU
L AL A
15
15
Realizando cálculos
para o aparelho
divisor(III)
A fresagem helicoidal é empregada na
fresagem de ranhuras de peças como brocas, alargadores, machos e engrena-
O problema
gens helicoidais.
Vamos supor, então, que você vai concorrer a uma vaga de fresador. No teste,
pede-se que você calcule as engrenagens auxiliares para montar o aparelho
divisor a fim de fresar uma ranhura helicoidal.
Você estaria preparado para concorrer a essa vaga? Se não estiver, estude
com atenção esta aula. Nós vamos lhe mostrar o “pulo do gato”.
15 desenho a seguir.
d
Ph
Para saber que engrenagens auxiliares você vai usar, a primeira coisa a fazer
é calcular o passo da hélice (Ph).
Voltando ao problema do nosso teste, vamos apresentar os dados. Como
você deve se lembrar, no seu teste você vai ter de calcular as engrenagens
auxiliares a serem montadas no aparelho divisor. Você precisará fazer isso para
fresar uma peça cilíndrica com 35,84 mm de diâmetro e com uma ranhura
helicoidal cujo ângulo de inclinação da hélice é de 15° .
Nós já estudamos que, para encontrar medidas desconhecidas, você usa as A U L A
relações entre as medidas disponíveis de um triângulo retângulo. Assim, sua
primeira tarefa é construir um triângulo retângulo no desenho.
15
C
Ph
B
A
dxπ
A análise das medidas disponíveis nos dará o tipo de relação que servirá
para descobrir a medida desconhecida. Nesta figura, você tem o ângulo de
inclinação da hélice (b = 15° ) e o cateto adjacente, que pode ser calculado.
Essa pista nos leva à relação trigonométrica tangente, ou seja:
co
tgb =
ca
tgb = d . p
Ph
Assim, Ph = d . p
tgb
Substituindo os valores:
Ph = 35,84 . 3,14
tg 15°
Ph = 112,53
0,2679(tabela)
Ph @ 420 mm
Portanto, o passo da hélice desta peça é @ 420 mm
Dica
Para a construção de uma engrenagem de dentes helicoidais, o diâmetro
usado para o cálculo do passo da hélice é o diâmetro primitivo
dessa engrenagem.
Tente
A Uvocê
L A O cálculo do passo da hélice é imprescindível para a execução do cálculo
também que vamos aprender nesta aula. Portanto, antes de começar, vamos treinar um
Exercício 1
Calcule o passo da hélice para fresar uma engrenagem cilíndrica de dentes
helicoidais cujo diâmetro primitivo é 60 mm e o ângulo de inclinação da
hélice é de 20° .
Solução:
Dados: dp = 60
b = 20°
Ph = ?
dp . p
Ph =
tgb
Ph = 60 . 3,14
tg20°
Ph =
Exercício 2
Calcule o passo da hélice para fresar uma ranhura helicoidal cujo diâmetro
do cilindro é 65 mm e o ângulo de inclinação da hélice é de 45° .
Solução:
Dados: d = 65
b = 45°
Ph = ?
dp . p
Ph =
tgb
Ph =
Zmot 6· 40
=
Zmov 420
Zmot 240
=
Zmov 420
Recordar é aprender
Veja novamente os números de dentes do jogo de engrenagens auxilia-
res da nossa fresadora: 24 (2 engrenagens), 28, 32, 36, 40, 44, 48, 56, 64, 72,
80, 84, 86, 96 e 100.
Mais uma vez, por tentativa e erro, você terá de trabalhar a fração até con-
seguir números de dentes que existam no conjunto de engrenagens auxiliares.
Zmot 240 ¸
: 10 24 ¸: 2 12
= = =
Zmov 420 ¸: 10 42 ¸
: 2 21
Desmembrando:
12 = 2 . 6
21 3.7
Z1
Z3 Z2
eixo do disco
divisor
Z4
Dica
Dependendo do sentido da hélice, é necessário colocar uma engrena-
gem intermediária com um número qualquer de dentes.
Tente você Enfim, agora você vai realmente treinar o cálculo para o seu teste. Releia a
também aula, detendo-se nos exemplos e faça os exercícios a seguir.
Exercício 3
Determine as engrenagens auxiliares para fresar uma ranhura helicoidal em
uma peça cilíndrica com 40 mm de diâmetro e ângulo de inclinação da
hélice de 20° , sabendo que o aparelho divisor tem uma coroa com 40 dentes
e que o fuso da mesa da fresadora tem 6 mm de passo.
Solução:
Exercício 4
Calcule as engrenagens auxiliares para fresar uma ranhura helicoidal de
uma peça cilíndrica com 30 mm de diâmetro e ângulo de inclinação da
hélice de 40° , sabendo que o aparelho divisor tem uma coroa de 60 dentes
e que o fuso da mesa da fresadora tem um passo de 5 mm.
Solução:
Agora chegou a hora da verdade. Você vai fazer de conta que está mesmo Teste o que
fazendo o teste para fresador e vai fazer com bastate cuidado os exercícios a você aprendeu
seguir.
Exercício 5
Calcule as engrenagens auxiliares para fresar uma engrenagem helicoidal
cujo diâmetro primitivo é de 80 mm, o ângulo de inclinação da hélice é de
45° , sabendo que a coroa do divisor tem 40 dentes e o passo do fuso da mesa
da fresadora é de 6 mm.
Exercício 6
Determine as engrenagens auxiliares para fresar uma ranhura helicoidal
em um cilindro com 70 mm de diâmetro, com um ângulo de inclinação da
hélice de 30°, usando um divisor cuja coroa tem 60 dentes e que o passo
do fuso é de 6 mm.
Gabaritos das aulas
1 a 15
3"
c) = 19,05mm
4
7"
d) = 22,225mm
8
Limas de:
a) 8"= 203,2 mm
b) 10"= 254 mm
c) 12" = 304,8 mm
Brocas de:
"
a) 1 = 1,587 mm
16
"
b) 1 = 3,175mm
8
"
c) 1 = 6,35mm
4
3"
3. a) 19,05 mm =
4
13 "
b) 5,159 mm =
64
1"
c) 1,588 mm =
16
31"
d) 24,606 mm =
32
"
4. a) 1 = 0,0625"
16
"
b) 13 = 0,40625"
32
"
c) 1 = 0,5"
2
"
d) 1 = 0,125"
8
"
e) 15 = 0,46875"
32
1"
5. a) 0,0625" =
16
1"
b) 0,125" =
8
13 "
c) 0,40625" =
32
1"
d) 0,500" =
2
15"
e) 0,9375" =
16
6. X = 97,17 mm
7. X = 14,75 mm
8. D = 98,11 mm
9. X = 37,28 mm
10. A = 43,7 mm
11. 92 peças
12. X = 80 mm
"
13. a) 5 = 0,3125"
16
"
b) 3 = 0,375"
8
"
c) 3 = 0,750"
4
1"
14. a) 0,125" =
8
7"
b) 0,875" =
8
1"
c) 0,250" =
4
Aula 2 - Calculando a dilatação térmica
1. 1,425 mm
2. 1,44 mm
3. 95,4ºC
4. 25,02 mm
75,062 mm
4. Ph @ 112 mm
Zmot 100 36
= ·
Zmov 56 24
5. Ph @ 252 mm
Zmot 40 48
= ·
Zmov 56 36
6. Ph @ 380 mm
Será necessário conseguir uma engrenagem com 38 dentes ou aproximar o
ph para 384 mm
p/ph = 384 mm
Zmot 40 72
= ·
Zmov 48 64
Tabelas
Para suas anotações
TABELA DE CONVERSÃO
DE POLEGADA EM MILÍMETRO E VICE-VERSA
− Aço inoxidável − 5 20
− Ligas de alumínio −
Latão duro 60 350
− Cobre − 26 100
FERRAMENTAS DE FERRAMENTAS DE
AÇO RÁPIDO CARBONETO - METÁLICO
MATERIAIS
ROSCAR
DESBASTE ACABAMENTO DESBASTE ACABAMENTO
RECARTILHAR
AÇO 9 a 12 12 a 15 18 a 24
AÇO TEMPERADO 12 15 a 18 24 a 33
AÇO-LIGA 9 9 a 12 24 a 30
FERRO FUNDIDO 15 a 18 15 a 18 36
LATÃO E BRONZE 18 a 21 18 a 21 42
ALUMÍNIO 18 a 21 18 a 21 48
VELOCIDADE DE CORTE NA FRESADORA
( EM METROS POR MINUTO )
NOTA 1 − VELOCIDADES DE CORTE RECOMENDADAS , SEGUNDO O MATERIAL E O TIPO DA FRESA .
NOTA 2 − PARA FRESAS DE CARBONETO , A VELOCIDADE DE CORTE DEVE SER 3 ( TRÊS) VEZES MAIOR .
FRESAS DE DISCO
AÇO DURO 008 010 010 014
AÇO SEMIDURO 010 018 014 018
AÇO DOCE 012 014 018 022
FERRO FUNDIDO 010 012 014 018
METAIS LEVES 150 200 200 300
BRONZE 030 040 040 060
FRESAS - SERRA
AÇO DURO 015 020 025 030
AÇO SEMIDURO 025 030 035 040
AÇO DOCE 035 040 045 050
FERRO FUNDIDO 020 030 030 040
METAIS LEVES 200 300 300 400
BRONZE 040 060 030 040
VELOCIDADE E AVANÇO PARA BROCAS DE AÇO RÁPIDO
FERRO FUNDIDO
FERRO FUNDIDO
( MEIO - MACIO )
MATERIAL
ALUMÍNIO
( MACIO )
( DURO )
COBRE
LATÃO
( MEIO -
VELOCIDADE-CORTE
(m/min) 35 25 22 18 32 50 65 100
∅ DA
AVANÇO
BROCA ROTAÇÕES POR MINUTO (rpm)
(mm/V)
(mm)
SENAI-SP. SMO
SMO; fresador Mecânico. São Paulo, 1990.
SENAI-SP. SMO
SMO; torneiro Mecânico. 2ª edição. São Paulo, 1988.