Anemia Na Prova de Residência Médica
Anemia Na Prova de Residência Médica
Anemia Na Prova de Residência Médica
na prova de
Residência Médica
Meta de estudos
ANEMIA
Índice NA PROVA DE RESIDÊNCIA MÉDICA
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
O que é Anemia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
Tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
Questão aberta sobre Anemia Falciforme comentada pelo Dr. Guilherme Perini . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Capítulo 1
Introdução
A anemia é um problema de saúde pública, que atinge aproximadamente 25% da população
mundial e provoca um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Pensando na
importância e recorrência do tema, separamos alguns casos clínicos sobre os vários tipos de
anemia e como costumam aparecer essas questões na sua prova de Residência Médica.
O que é Anemia?
A anemia é uma doença que atinge cerca de 25% da população no mundo, mas embora ela
tenha esse impacto global, a prevalência de anemia pode variar entre as diferentes comunida-
des, sendo mais intensa em países em desenvolvimento. De acordo com estimativas da Orga-
nização Mundial de Saúde (OMS), na maioria dos países africanos, asiáticos e sul-americanos,
incluindo o Brasil, a anemia representa um problema de saúde pública moderado.
CLASSIFICAÇÃO
CAUSAS DIAGNÓSTICO
QUADRO CLÍNICO
ANEMIA
Hb < 10g%
Ht < 30%
No geral, podemos citar como sintomas: fraqueza, fadiga, sonolência, angina, síncope e
dispnéia ao esforço. Em alguns pacientes podem ocorrer vertigem, dores de cabeça, zumbido
e até queixas gastrintestinais.
• Se a anemia teve aparecimento recente (causa adquirida) ou se a anemia tem causa hereditá-
ria, para pacientes com histórico familiar (hemoglobinopatias, esferocitose, talassemia)
• Nutrição do paciente: muito importante para identificação de dieta pobre em ferro, vitamina
B12 e ácido fólico.
• História recente de perda do apetite, emagrecimento, febre e/ou sudorese noturna, que possa
indicar presença de infecção ou malignidade;
A avaliação laboratorial começa com o hemo- O médico deve pedir um exame físico com-
grama completo. A contagem de reticulócitos pleto. Lembrando que os sinais próprios de
mostra como a medula óssea reage à anemia. anemia não são específicos e nem sensíveis.
Testes subsequentes são selecionados com No exame físico o indício mais característico
bases nesses resultados e na apresentação é a palidez mucocutânea.
clínica.
Fezes heme-positivas apontam um sangra-
A investigação laboratorial inicial consiste na mento gastrointestinal. Choque hemorrágico
realização dos seguintes exames: Hemató- pode resultar de sangramento agudo. Icterícia
crito, hemoglobina e contagem de eritrócitos pode indicar hemólise. Esplenomegalia pode
para avaliar o grau de anemia. Índices hemati- ocorrer com hemólise, hemoglobinopatia,
métricos (VCM, HCM e CHCM) para determinar doença do tecido conjuntivo, distúrbio mielo-
se os eritrócitos são, em média, normocíticos, proliferativo, infecção ou câncer. A deficiência
microcíticos (VCM > 100) ou microcíticos (VCM de vitamina B12 pode estar associada à neu-
< 80) e se são hipocrômicos. ropatia periférica, por exemplo.
Tratamento
Ao tratamento vai variar de acordo com o tipo de Anemia. O principal ponto é fazer o diagnós-
tico correto e tratar conforme a causa base da anemia.
Por exemplo, se for Anemia ferropriva, deve-se prescrever sulfato ferroso. Já para a Anemia
Megaloblástica, que geralmente é causada por déficit de vitamina B12 ou de ácido fólico, reco-
menda-se Vit B12 (1000 mcg, por 4 semanas, seguido de injeções mensais) e ácido fólico (1mg/
dia, durante 1 mês). Na Anemia Falciforme, recomenda-se Hidroxiureia para prevenção das cri-
ses dolorosas ou mesmo transplante de medula óssea, que é o único tratamento curativo nes-
te caso e com alta morbimortalidade. Cada caso deve ser avaliado individualmente e analisar
sempre o risco benefício do tratamento.
Deficiência de vitamina B12 Macrócitos ovais B12 sérica < 180 pg/mL (< 130
pmol/L)
Anisocitose
Frequente envolvimento
Reticulocitopenia gastrointestinal e do SNC
Leucócitos hipersegmentados Bilirrubina sérica elevada
Medula megaloblástica Aumento de LDH
Trombose
Leucocitose
Trombocitose
Perda crônica de sangue Microcítica, com anisocitose e Possível acloridria; língua lisa e
poiquilocitose unhas baqueteadas
Hemoglobinúria em casos
fulminantes
Hemossiderinúria
Questões da prova
comentadas
Neste tópico, separamos algumas questões de prova para análise e colocamos os comentários
dos professores da Medcel com explicações.
FUNDHACRE | 2017
Beatriz, de 4 anos, dá entrada na Unidade Básica de Saúde com importante palidez, mas
hemodinamicamente estável. O hemograma evidencia hemoglobina = 5g/dL, com impor-
tantes microcitose e hipocromia. Qual é a melhor conduta?
B. Fazer hemotransfusão
II. A reserva de ferro adequada não garante suprimento de ferro à medula óssea.
III. A hepcidina, que é sintetizada pelo fígado, atua aumentando a absorção de ferro na ten-
tativa de corrigir a condição.
A. I apenas
B. II apenas
C. III apenas
D. II e III
Então a resposta certa seria apenas a número 2. Letra B.” (Dr. Guilherme Perini)
VÍDEO AQUI
Questão aberta sobre Anemia Falciforme comentada pelo Dr. Guilherme Perini
“Quando falamos em Anemia Falciforme, a gente tem que pensar que o me-
nor dos problemas é a anemia. Então, temos que pensar em uma vasculo-
patia, pois toda vez que essa hemácia falciza, ela faz uma lesão endotelial e
isso, constantemente, vai lesando o vaso, os capilares, e com isso a gente tem
grande incidência de vasculopatias. Então a hipótese diagnóstica mais prová-
vel de uma criança com falciforme, que tem uma hemiparesia, é um acidente
vascular encefálico.
A isquemia crônica vai levar à uma vasodilatação dos vasos para tentar com-
pensar isso, e temos o que a gente chama de Síndrome de Moyamoya.
E qual exame deve-se fazer? Temos duas respostas que estão certas: uma to-
mografia ou ressonância. São dois exames de imagem que a gente lança mão
para fazer esse diagnóstico. O ultrassom doppler é para ver os pacientes, mas
não é para a fase aguda, é para ver os pacientes com risco de desenvolver, ok?
EXPERIMENTE GRÁTIS!