Eric Williams - Capitalismo e Escravidão (Fichamento)
Eric Williams - Capitalismo e Escravidão (Fichamento)
Eric Williams - Capitalismo e Escravidão (Fichamento)
“Com a população reduzida da Europa no século XVI, não haveria como prover a
quantidade necessária de trabalhadores livres para uma produção em grande escala
de cana de açúcar, tabaco e algodão no Novo Mundo. Por isso foi necessária a
escravidão; e, para conseguir escravos os europeus recorreram primeiro aos
aborígenes e depois à África”. P. 33
“ O trabalho escravo é mais caro que o livre, sempre que exista uma abundância de
trabalho livre”. P. 33
Engajados: “calcula-se que, durante o período colonial, mais de 250 mil pessoas
pertenciam a essa categoria”. P. 39
“A condição dos engajados foi piorando nas colônias de agricultura para exportação.
A prestação de serviços, que originalmente era uma relação pessoal livre baseada
num contrato voluntário por prazo determinado, em troca do transporte e do
sustento, tendia a se converter numa relação de prioridade que acabava por exercer
um controle de extensão variável sobre o corpo e os direitos da pessoa durante o
prazo do contrato, como se ela fosse um objeto”. P. 46.
“Defoe declarou sumariamente que o engajado branco era um escravo. Não era. A
privação da liberdade do engajado era por tempo limitado, o negro era escravo por
toda vida”. P. 48.
Tinha passado do índio para o branco, e do branco para o negro. Agora, privado do
negro, voltava ao branco e do branco ao índio, dessa vez o indiano das Índias
Orientais. A Índiia substituiu a África; entre 1833 e 1917, Trinidad importou 145
mim trabalhadores das Índias Orientais, e a Guiana Inglesa, 238 mil. P. 61.
“ As Índias Ocidentais, assim, iam se tornando cada vez mais insignificantes para o
capitalismo britânico, e isso foi de profunda importância para uma época em que a
doutrina da maior rentabilidade se implantava no conjunto do pensamento
econômico” (...) “Além disso, em 1825, as Leis de Navegação tinham sofrido
alterações, e as colônias receberam autorização de comerciar diretamente com
qualquer parte do mundo”. P 189.