O Que A Bíblia Ensina Sobre Liderança

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O que a Bíblia ensina sobre liderança?

A Bíblia ensina que liderança é servir, não ser servido. Há muitos


diferentes tipos de líderes bons na Bíblia mas todos obedeciam a Deus.
Deus é o grande líder e deixou o melhor exemplo de liderança na pessoa
de Jesus.
O que Jesus disse sobre liderança?
Jesus disse que verdadeira liderança não é “mandar” nos outros, nem
ter um título especial (Mateus 23:10-11). O bom líder serve os outros. Boa
liderança exige humildade e respeito pelas pessoas. O verdadeiro líder não
é egoísta, procura o melhor para todos no seu grupo e guia o grupo para
atingir os objetivos. Liderança é responsabilidade e sacrifício.
Todo líder está sujeito a um líder maior. Até Jesus estava sujeito a Deus
e O obedecia (João 14:31). Liderança não é ter todo o poder para fazer
tudo que a gente quer. Todos somos responsáveis perante alguém e
teremos de prestar contas um dia.
Jesus também liderou por exemplo. Ele vivia aquilo que ensinava, não
era hipócrita. Ele não esperava que seus discípulos fizessem melhor do
que Ele. Sua vida era um exemplo de como pôr em prática seus ensinos
(João 13:14-15). Isso dava credibilidade à sua liderança.
Que tipos de líderes tem na Bíblia?
Líderes políticos – reis, como Davi, Salomão; Juízes, como Moisés e
Josué; governadores, como Hamã e Pilatos – tratavam do país, das leis e
da justiça.
Líderes de guerra – guerreiros, como Gideão, Sansão, Sísera e Joabe –
organizavam os exércitos para a guerra e traçavam os planos para vencer.
Líderes administrativos – como José, Esdras e Neemias – sabiam
organizar as funções de diferentes trabalhadores e gerir finanças e
recursos.
Líderes espirituais – como Jesus, Samuel, Isaías os levitas – ensinavam
e guiavam o povo para o arrependimento e a reconciliação com Deus;
ajudavam as pessoas a crescer espiritualmente.
Líderes de família – como Abraão, Jacó e Jó – tomavam conta de suas
famílias e protegiam-nas; tinham um papel importante na educação dos
filhos.
Muitas das pessoas na Bíblia eram líderes em mais que uma área. Por
exemplo, Davi foi um líder político, espiritual, de guerra e de família. Nem
todos foram bons exemplos em tudo mas podemos aprender muito sobre
liderança estudando suas vidas e as consequências de suas ações.
https://www.respostas.com.br/o-que-a-biblia-ensina-sobre-lideranca/

Líder segundo a Bíblia


Aonde a maioria das pessoas aprenderá sobre liderança? A resposta a
esta questão, hoje, é que elas buscam em muitos lugares. Alguns
examinam o mundo da política. Outros buscam modelos na indústria do
entretenimento. Muitos olham para o mundo dos negócios. Muitas
pessoas parecem buscar executivos de sucesso, consultores ou
especialistas altamente graduados para aprender a respeito de liderança.
Mas a verdade é que a melhor fonte de ensino sobre liderança, hoje, é a
mesma há milhares de anos. Se você quer aprender sobre liderança,
busque no maior Livro sobre liderança que já foi escrito: a Bíblia.
Você tem em suas mãos uma ferramenta com o potencial para mudar a
sua vida e o curso de seu desenvolvimento como um líder espiritual.
A maior necessidade da igreja hoje é a liderança
O problema mais crítico que a igreja enfrenta atualmente é o vácuo de
liderança que cresceu durante o século XX. O especialista em igrejas e
estatístico George Barna afirma: “A liderança continua a ser uma
necessidade evidente da igreja. As pessoas, com frequência, desejam
seguir a visão de Deus, mas também com frequência, não tem uma
exposição da visão ou da verdadeira liderança.” Há alguns anos atrás,
Barna escreveu algumas conclusões sóbrias a partir de suas pesquisas:
“Após quinze anos de estudo no mundo ao meu redor, cheguei a várias
conclusões a respeito do futuro da igreja cristã na América. A conclusão
principal é que a igreja americana está morrendo por falta de uma
liderança firme. Nessa época de oportunidades sem precedentes e
abundância de recursos, a igreja, na verdade, está perdendo influência. A
primeira razão é a falta de liderança. Nada é mais importante do que
liderança”.
Cristo deixou a sua igreja na terra para fazer uma obra que tem impacto
eterno. Se a igreja local não estiver bem liderada, então a noiva de Cristo
sofre e não será capaz de cumprir a sua missão para essa geração.
O próprio Deus nos chama à liderança
Deus é o líder supremo e ele chama cada cristão para liderar outros. Ele
podia ter organizado a sua criação de diversas maneiras. Ele escolheu criar
o ser humano, que possui espírito e capacidade de se relacionar com ele,
embora não sejam forçados a isso. Quando o ser humano caiu em pecado,
Deus poderia facilmente ter executado um plano de redenção que não
incluísse pessoas pecadores no processo. Mas, ele nos chamou para
participar e liderar outros, assim como nós o seguimos. Ele deixa isso claro
desde o início: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; tenha ele domínio…” Gn 1.16
Eu sinceramente acredito que tudo começa e termina na liderança.
Com isso, quero dizer que, mais do que qualquer outra coisa, a liderança
de qualquer grupo ou organização determinará seu sucesso ou seu
fracasso. Você pode ver o impacto da liderança com freqüência na Bíblia.
No Israel antigo, quando o povo de Deus tinha um rei bom, tudo ia bem
com a nação. Quando o povo tinha um rei mau, as coisas iam mal para
todos. É por isso que as Escrituras ensinam que, sem uma visão, o povo
perece (ver Pv 29.18).
O chamado à liderança é um padrão constante na Bíblia. Quando Deus
decidiu erguer uma nação para si, ele não chamou as massas. Ele chamou
um líder: Abraão. Quando quis libertar o seu povo do Egito, ele não o
guiou como um grupo. Ele levantou um líder pra fazer isso: Moisés.
Quando chegou a hora de entrar na Terra Prometida, o povo seguiu um
homem: Josué. Sempre que Deus desejou fazer algo grandioso, ele
chamou um líder para tomar a frente. Ainda hoje ele chama líderes para
conduzir a execução da cada grande obra.
Os cristãos muitas vezes entenderam errada a verdadeira natureza da
liderança.
Em algum lugar ao longo do caminho, muitos cristãos se convenceram
de que, se queriam seguir a Cristo, deveriam tornar-se tímidos, quietos e
fechados em si mesmos. O problema é que eles confundiram submissão
com fraqueza. Como cristãos, reconhecemos a nossa própria fraqueza,
mas é aí que o poder de Deus é aperfeiçoado em nós (ver 2Co 12.9). O que
Deus deseja é que reflitamos a força e a coragem que ele nos dá.
Um seguidor de Deus deveria ser um líder do povo. Isso é mais do que
ser apenas “chefe” ou ter uma posição de liderança. E isso, com certeza,
não significa se impor ou estar no controle. Jesus ensinou que isso
significa servir os outros (ver Mt 20.25-28). Enquanto houver um dom da
liderança (ver Rm 12.8), você precisa ter esse dom para exercer influência
à semelhança de Cristo. Liderança é influência – nada mais, nada menos.
Se você estiver sendo sal e luz, como Jesus ordenou, então você já
começou a obedecer ao chamado à liderança.
Todos os cristãos podem promover o seu potencial com liderança
Uma das mais importantes lições sobre liderança que eu ensino é a Lei
da Tampa, que afirma: “A capacidade de liderança determina o nível e
eficácia de uma pessoa”. Isso é fundamental quando se trabalha com
outras pessoas. Mais do que recursos, talentos, dinheiro ou inteligência, a
liderança faz a diferença quando vem para causar impacto. Em
consequência, meu objetivo é que você seja capacitado através da Bíblia e
que possas levantar a “tampa” da sua própria eficácia. Quero que você
alcance seu potencial em Cristo! Para tornar-se mais à semelhança de
Cristo, você precisa pensar e agir mais como um líder. Você deve se tornar
uma pessoa de influência.
Boa liderança é a melhor forma de deixar um legado duradouro
Vivemos numa época de tolerância, em que proteger sentimentos é
muito mais valorizado do que proclamar a verdade. As pessoas olham com
desconfiança para qualquer um que deseje influenciar outros a adotar
suas crenças. Eu quero encorajar você a se opor contra a opinião popular.
Como Thomas Jefferson proclamou: “Em assuntos de moda, nade a favor
da corrente. Em questões de consciência, fique firme como uma rocha.”
Quero desafiar você a se tornar um dedicado estudante de liderança –
se você ainda não for. Tornar-se um bom líder talvez não garanta que você
poderá deixar um legado espiritual para as gerações futuras, mas, com
certeza oferece a você a maior oportunidade de fazer isso.
A Lei do Legado afirma: “O sucesso verdadeiro é medido pela
sucessão”. Um legado que não inclui pessoas não tem valor eterno. É por
isso que a liderança é crítica. Faça com que seu alvo seja a liderança
transformacional, onde a vida das pessoas é mudada de dentro para fora.
Esse tipo de liderança se baseia no caráter, convicção e semelhança de
Cristo. Em outras palavras, a liderança transformacional segue o padrão
estabelecido nas Escrituras.
A necessidade do momento é grande.
Minha oração é que você seja transformado ao dedicar tempo com
homens e mulheres que Deus tem usado como líderes para mudar o
mundo por milênios. E se você, como líder, for transformado, então não
poderá deixar de influencia o seu mundo.

Dr. John C. Maxwell


https://vivos.com.br/lider-segundo-a-biblia/

Jesus, líder por excelência


Estudaremos sobre o tema Jesus, líder por excelência. Liderar é levar as
pessoas a agir com esforço e dedicação para atingir os objetivos
desejados. A Palavra de DEUS está repleta de exemplos, isto porque,
DEUS, no decorrer do tempo, sempre escolheu homens para dirigir Sua
história. Cada um com sua personalidade.
Ler: MATEUS 11:29
Homens comuns, das classes laboriosas, sem qualquer treinamento
profissional. Eram impulsivos, temperamentais, que se ofendiam
facilmente. Leia: Atos 4:13. Muitos falharam, porém, aprenderam com
seus fracassos e arrependeram-se, puderam realizar a missão de forma
mais viva e poderosa – ex. apóstolo Pedro.
O principal exemplo que destacamos, como não podia deixar de ser, é
nosso Senhor JESUS CRISTO. No texto em referência ELE diz: “aprendei de
mim”. JESUS é:

1. O Líder por excelência, é o referencial, é o espelho para todos nós. É


e será o maior Líder que a história já conheceu, ele mudou o curso da
história. Existem dois períodos: a.C e d.C.

2. O Líder perfeito. Leia: Hebreus 7:28.

3. O Líder que nunca Se preocupou em ser o primeiro, em ser servido,


mas em ser aquele que está disposto a servir. Leia: Marcos 10:42-44.
Nosso Líder JESUS, preocupou-Se com as pessoas, em como atender suas
necessidades. Ex. João 13:4,5,13-15.

4. O Líder que mesmo possuindo todo poder no Céu e na terra (Mateus


28:18), não foi um exercício de poder. JESUS poderia ter abusado do
poder, porém, não o fez. Em cada situação de conflito entre Seus
discípulos na qual poderia tirar proveito próprio, ELE estava pronto a
passar ensinamento para o grupo. Leia: Mateus 26:52,53.

5. O Líder que centrava Sua liderança no indivíduo. Cada pessoa que O


procurava recebia uma palavra pessoal de carinho e atenção. Ex.
Nicodemos – João 3:1-15; O moço rico – Marcos 10:17-22; O leproso –
Marcos 1:40-45.

6. Lucas 22:24-26 – JESUS aproveita esta oportunidade e mostra aos


Seus discípulos que Sua liderança não era autoritária. Os discípulos
lutavam entre si para ver quem era o maior deles. Como isso é comum
hoje, em todos os poderes, infelizmente até no meio eclesiástico!
JESUS poderia fazer prevalecer naquele instante a Sua autoridade
mandando-os calar, mas não o fez. Ele teve controle da situação, sem
entretanto, Se exceder para o autoritarismo.
Mas, dirá alguém, Ele é DEUS! Não podemos aplicar tudo isso a nós,
humanos.

Novamente precisamos voltar ao nosso texto em referência, às palavras


de JESUS “aprendei de mim”. JESUS não nos pede coisas fáceis, mas
também não nos pede nada impossível.
DEUS nos chama para pastorear a Sua Igreja, a qual ELE comprou com o
Seu sangue. Nesta Igreja temos ovelhas enfermas, fracas, problemáticas.
Tanto estas, como as “sadias” precisam do nosso exemplo. Os discípulos
aprenderam a lição e eram homens como nós, sujeitos às mesmas
fraquezas que nos assediam. Leia: I Pedro 5:1-4.

Igreja do Senhor JESUS CRISTO! Ovelhas do Senhor! Orem por seus


líderes. Olhem para eles e os vejam como homens chamados por DEUS.
Respeite-os! Ajude-os. Tratem-nos como líderes. Homens que deixam a
prioridade de suas famílias para cuidar do rebanho como um todo.
Damos graças a DEUS pela liderança da igreja. Pelo potencial dos líderes
em exercício e pelos que podem assumir essas funções.
Louvado seja Deus!

Alípio Cândido de Lima


https://ejesus.com.br/jesus-lider-por-excelencia/

EXEMPLOS POSITIVOS E NEGATIVOS DE LÍDERES CRISTÃOS


O alerta quanto ao desejo de primazia
Texto Básico: 3 João 1-15

Para ler e meditar durante a semana


D – At 13.22 – A integridade de Davi;
S – 1Sm 13.13-14 – A infidelidade de Saul;
T – 1Sm 3.11-14 – A fraqueza de Eli;
Q – 2Cr 17.3-6 – A coragem de Josafá;
Q – Gn 41.37-38; 45.4-8 – A submissão e sabedoria de José;
S – 2Cr 21.20 – A maldade de Jeorão;
S – 2Cr 33.1-13 – Deus transformando maus líderes

INTRODUÇÃO

A história do povo de Deus é marcada pela presença de bons e maus


líderes. Muitos foram tementes ao Senhor obedecendo à sua Palavra e
sendo um exemplo para seus liderados. No entanto, mesmo os fiéis, como
Noé, Abraão, Moisés e Davi, por exemplo, cometeram deslizes, mas
posteriormente se arrependeram, recebendo o perdão de Deus, embora
sofrendo as consequências pelos seus erros.

Por outro lado, alguns começaram bem, mas depois seguiram pelo
caminho da desobediência, como Saul e Salomão. Outros começaram mal
e terminaram bem, como Manassés, que após uma vida de impiedade se
arrependeu e foi ajudado pelo Senhor. Sem falar nos inconstantes, como
Sansão, ou ainda naqueles que nunca abandonaram sua vida de maldade,
como a maioria dos reis de Israel.
Nosso objetivo é analisar as orientações do apóstolo João, na sua
terceira carta, na qual contrasta a liderança amorosa de Gaio com a
liderança egoísta de Diótrefes.

I. DISTINGUINDO ENTRE LÍDERES E LÍDERES

A terceira carta escrita por João é a mais pessoal de suas epístolas e foi
escrita para um líder cristão de nome Gaio (3Jo 1-4). Nada sabemos sobre
ele além do que é extraído da própria epístola, nem sabemos com certeza
que função ocupava na igreja, ou mesmo em que localidade ela se
encontrava. Possivelmente, Gaio era um presbítero e João escreveu com o
objetivo de felicitá-lo por seu amoroso testemunho cristão e informá-lo
sobre os transtornos que Diótrefes estava causando ao recusar receber os
emissários apostólicos, o que denunciava a impiedade de seu caráter, que
não deveria ser imitado.

O coração da epístola está no contraste que João faz entre a vida,


testemunho e serviço de Gaio e Diótrefes. Ambos eram líderes de igreja,
mas enquanto Gaio recebeu a admiração e respeito do apóstolo, Diótrefes
era o exemplo de um homem orgulhoso e infiel com pouco zelo pela
verdade. Além disso, era insubmisso, rejeitava as instruções de João e se
recusava a receber seus enviados. Ao que tudo indica, as orientações
apostólicas foram entendidas por Diótrefes como um insulto à sua posição
e uma desnecessária intervenção apostólica.

II. GAIO – O LÍDER FIEL E AMOROSO

Gaio foi um líder qualificado como fiel e amoroso. O apóstolo o admirou


porque viveu a verdade do evangelho e liderou por meio de seu exemplo.
Seu testemunho pessoal ao acolher os mestres cristãos itinerantes era
prova do seu valoroso caráter cristão.
A. Admiração de outros líderes cristãos

A carta se inicia com uma felicitação amorosa do apóstolo João a Gaio,


a quem chama de “amado”, termo usado outras três vezes para reforçar
seu apreço (versos 2,5,11). Além disso, o apóstolo afirma de forma
enfática que seu amor era na “verdade”. Mas qual a causa de tal
admiração? A palavra “verdade” usada por João nos ajuda a entender a
razão do seu amor. Verdade aqui significa o conteúdo geral do evangelho,
conforme ensinado por Jesus e os apóstolos, e sua repetição na epístola
mostra que a base da admiração de João por Gaio se devia ao fato de que
era um líder apegado à verdade do evangelho (Jo 8.31-32; 17.17; 1Jo 4.6).

A linguagem de João é como a de um pai feliz que vê seus filhos


andando no caminho correto e se alegra com isso (3Jo 4). O tom de alegria
com a fidelidade de Gaio e pelo seu testemunho cristão, de acordo com as
notícias recebidas dos enviados apostólicos, forma uma melodia
harmônica na carta que reverbera a felicidade paternal do apóstolo com a
vida exemplar daquele líder cristão.

Da mesma maneira que Gaio recebeu a admiração de outros líderes


cristãos na época, um verdadeiro líder cristão de nosso tempo, que ama o
evangelho e prega a sua mensagem, é admirado por outros líderes. A
admiração ocorre porque os que estão à sua volta, tanto os companheiros
de ministério como a igreja em geral, percebem na vida dele a marca
fundamental de um ministério bem-sucedido — um profundo amor pela
Palavra do Senhor e uma integridade prática em viver o evangelho.

B. Vida piedosa – alma próspera

Após sua inicial declaração amorosa, o apóstolo faz votos pela saúde
física do seu amigo e reconhece o estado sadio de sua vida espiritual. A
frase “eu faço votos”, no grego, “eu oro”, indica o ardente desejo do
amigo apóstolo com o bem-estar físico de Gaio. João usa aqui duas
palavras gregas que quando combinadas mostravam o progresso e o vigor
físico de alguém. A primeira é a palavra “prosperidade”, cujo significado
literal no grego era “ter uma boa viagem”, no entanto, está sendo usada
em seu sentido metafórico para indicar “ter saúde” ou “prosperar”. A
segunda, “saúde”, em um sentido físico. O entendimento dessas duas
palavras fica mais claro com a frase seguinte, em que João reconhece a
prosperidade da alma de Gaio (“é próspera a tua alma”), ou seja, o estado
saudável de sua vida espiritual. Gaio estava prosperando espiritualmente
e a preocupação do apóstolo era que seu bem-estar físico acompanhasse
o progresso da sua alma, já que sua presença naquela igreja estava sendo
muito importante.

A frase “como é próspera tua alma” aponta para o profundo


relacionamento que Gaio tinha com Jesus e seu evangelho. A verdade
estava nele (“tua verdade”, v. 3) e era evidenciada pela presença do
genuíno amor cristão (“do teu amor”, v. 6) em sua vida. Os que
conviveram com ele podiam testemunhar sobre sua vida espiritual (“seu
testemunho”; “deram testemunho”) e de como seu exemplo estava sendo
importante na igreja e entre os demais cristãos. Doutrina correta
acompanhada de prática amorosa eram evidências da robustez espiritual
do líder Gaio.

O líder de vida piedosa é aquele que é impactado diariamente pela


Palavra de Deus. Ele ama a verdade do evangelho e essa verdade o afeta
constantemente. Ele vive em comunhão com Deus, meditando nas
verdades que ensina e procurando ser exemplo dos fiéis “na palavra, no
procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1Tm 4.12). Além disso, procura
aliar seu progresso espiritual ao seu bem-estar físico, entendendo que
limitações dessa ordem podem de alguma forma afetar o desempenho de
seu ministério.

C. Testemunho cristão amoroso


João havia recebido informações que mostravam que a fé de Gaio era
verdadeira, mas agora se dedica a falar do seu amor e testemunho cristão
em relação aos demais crentes (3Jo 5-8). Seu testemunho amoroso era
constante e se manifestava em generosidade e hospitalidade aos
pregadores itinerantes da Palavra, que eram comuns naquela época. Essa
provavelmente era uma das razões principais de João ter escrito a carta.
Seu propósito era encorajar Gaio a não desanimar com a oposição de
Diótrefes na igreja, que demonstrava contínua hostilidade para com João
e seus emissários apostólicos (3Jo 10-11). Esses pregadores sofreram
entres os gentios por causa do “Nome”, uma antiga referência ao título de
cristão (At 4.12), e deviam ser acolhidos e encaminhados em sua jornada a
outras cidades.

Esses missionários falaram a João a respeito da fé genuína de Gaio (“seu


testemunho de tua verdade”), seu amor verdadeiro (“deram testemunho
do teu amor”) e sua hospitalidade, mesmo quando os cristãos eram
estrangeiros. Todas essas características provavam que Gaio era um
homem de Deus (3Jo 11). Além disso, sua vida de testemunho amoroso
motiva João a recomendar seu contínuo empenho na obra do Senhor
como cooperador, ajudando outros missionários (3Jo 8), como por
exemplo a Demétrio, alguém cujo testemunho era semelhante ao dele
(3Jo 12).

O exemplo de Gaio ensina que o maior desafio para um líder cristão é


ter uma fé coerente corroborada pelo seu testemunho amoroso. O bom
testemunho cristão não é originado quando um líder fala bem de si
mesmo e do seu ministério, mas quando outros testemunham. Esse
testemunho amoroso é aliado a um ardor evangelístico e um apoio
àqueles que pregam sua mensagem.

III. DIÓTREFES – O LÍDER INFIEL E ORGULHOSO

João agora move seu argumento expondo a Gaio a parte mais incômoda
da sua carta, o péssimo exemplo de Diótrefes e suas motivações malignas
que estavam influenciando negativamente o rebanho. Não sabemos se
Gaio pertencia à mesma igreja local de Diótrefes, ou se pertencia a outra
igreja doméstica próxima, ou ainda a uma igreja rural que era extensão da
mesma igreja, mas certamente eles se conheciam. Talvez seja melhor
entender que pertenciam à mesma igreja (cf. o termo singular “à igreja”)
ou grupo local de crentes e o objetivo de João é informar a todos sobre o
que estava realmente acontecendo (3Jo 9). Havia três problemas na
conduta de Diótrefes que indicavam seu desastroso comportamento como
líder cristão: seu desejo de primazia, sua insubmissão para com uma
autoridade apostólica e a ausência de piedade e amor fraternal.

A. Desejo de primazia

O apóstolo João escreveu para Gaio porque estava preocupado com a


situação da igreja, principalmente devido às ações de Diótrefes. Ele havia
escrito uma carta à igreja, mas Diótrefes impediu sua leitura e não deu
acolhida aos emissários apostólicos. A carta devia conter alguma
apresentação dos emissários apostólicos e talvez uma recomendação
sobre erros doutrinários. Mas por que Diótrefes agiu como um ferrenho
antagonista a João e seus emissários? Segundo o apóstolo, uma das
principais razões era o seu desejo de “exercer a primazia”. O termo grego
é “philoprôteuon” e se refere ao ato de alguém “gostar ou amar ser o
primeiro em posição ou ranque”. Ele amava ser líder e exercer autoridade
sobre os outros e sua atitude de rejeitar os emissários apostólicos
revelava sua preocupação em não compartilhar com ninguém, inclusive
com o apóstolo João, a liderança da igreja (3Jo 9).

Esse amor cego por poder (“E, não satisfeito com essas coisas…”) o
levou a tomar quatro atitudes repreensíveis: (1) iniciou uma campanha
difamatória contra João e seus emissários; (2) recusou hospitalidade aos
emissários; (3) proibiu os que na igreja queriam acolhê-los; (4)
excomungou da igreja os que discordaram dele (3Jo 9-10). Ao que tudo
indica, o problema de Diótrefes não era nem tanto doutrinário; pois não
há nenhuma denúncia do apóstolo quanto a isso, o que certamente o
apóstolo apontaria, como nas demais epístolas. O problema era de ordem
prática e moral. Ele era um líder prepotente e fraudulento, cujas obras
provavam isso.

A história e comportamento de Diótrefes não parecem diferentes de


muitos líderes hoje. Eles amam o poder e fazem tudo para derrubar
outros quando se sentem ameaçados. Para manter sua posição, difamam
outros e, embora até preguem doutrinas bíblicas, seus motivos são
pecaminosos, e sua prática ministerial, reprovável. O problema de homens
como esses é que o fundamento para seus ministérios são eles mesmos.

B. Desunião com outros líderes cristãos

O comportamento hostil de Diótrefes contra João e seus emissários não


ficaria sem resposta. João espera ir até a igreja para lidar com o problema,
mas como exatamente o fará não é claro. Algo é certo, ele espera trazer à
memória da igreja suas obras ímpias (“as obras que ele pratica”). Seu
comportamento controlador seria exposto, bem como sua atitude
anticristã de disseminar contendas na igreja, privando-a da comunhão
com outros crentes fiéis (3Jo 10).

Ao agir dessa forma Diótrefes mostrava pouca preocupação com a


comunhão e o amor cristãos e reproduzia um tipo de liderança
completamente diferente daquilo que Jesus tinha ensinado. O próprio
apóstolo tinha presenciado e depois escrito as palavras do Senhor Jesus
aos apóstolos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se
tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35). Esse evangelho de contradição,
que separava doutrina de prática, liderança de companheirismo e amor de
comunhão e hospitalidade deveria ser rejeitado por Gaio e por toda a
igreja.

Hoje existem muitos imitadores de Diótrefes que, para defender a


primazia, rompem com os demais líderes cristãos que são companheiros e
cooperadores do evangelho. Muitas vezes o rompimento não se dá por
questões doutrinárias, o que em alguns casos graves poderia até ser
justificado, mas por simples orgulho e prepotência. Líderes que não têm
comunhão com outros não podem liderar, pois nunca aprenderão o
exercício do perdão, o caminho da humildade e a prática do genuíno
amor, que são imprescindíveis no ministério.

C. Ausência de piedade e amor fraternal

João fez um imperativo apelo para que Gaio não seguisse o exemplo de
Diótrefes (“não imites o que é mau”), mas procurasse se espelhar em
melhores modelos de vida cristã, como Demétrio, por exemplo, um
possível emissário apostólico (3Jo 11-12). A injunção apostólica é
acompanhada de uma declaração reveladora da razão do comportamento
de Diótrefes. Por que ele age assim? Qual a razão para esse líder cristão
não demonstrar vida piedosa e amor? Diótrefes era um ímpio, pelo menos
suas obras revelavam isso.

As palavras de João são muito reveladoras no contexto e é impossível


imaginar que não estejam se referindo a Diótrefes, cujo proceder estava
em total dissonância com a verdade cristã. A razão do seu procedimento
podia ser explicada em virtude do fato de que “aquele que pratica o mal
jamais viu a Deus” (3Jo 11). No caso de Diótrefes, suas ações mostravam
uma digressão maligna de comportamento. A ambição inicial se
transformou em arrogância, depois acusação a homens piedosos e
finalmente em ação: primeiro recusa receber os irmãos, depois tenta
parar os que querem fazê-lo e, por último, expulsa-os da igreja. Seu
proceder é revelador e aponta para a falta de uma genuína experiência
cristã de conversão, sendo, portanto, impossível manifestar piedade e
amor fraternal autênticos em sua vida. Como João afirmou em sua
primeira epístola: “… aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4.20).

É assustador pensar que possam existir líderes cristãos ímpios, mas eles
existem. Obviamente nem todo comportamento errado de um líder
aponta para sua falta de conversão. Porém, uma atitude obstinada e um
proceder pecaminoso constante, sem arrependimento e mudança,
indicam que esse líder jamais conheceu o evangelho que ensina. Por outro
lado, líderes verdadeiros podem se perder em sua caminhada e
desenvolver atitudes mundanas. Assim, todo líder deve examinar seu
coração lembrando que o Senhor “não vê como vê o homem. O homem
vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1Sm 16.7b).

CONCLUSÃO

Os exemplos de Gaio e Diótrefes ensinam que pode haver líderes


cristãos muito distintos na igreja. Algumas pessoas amam o poder e aos
poucos sua hipocrisia e astúcia os levam à liderança. Sua atuação será
sempre desastrosa para a igreja, tanto para os outros líderes com quem
convivem, como para os demais crentes. Por outro lado, há aqueles que
fielmente servem ao Senhor Jesus e sua igreja. Eles não são perfeitos, mas
sua fidelidade à Palavra de Deus, vida de oração, humildade e amor serão
testemunhos vivos do poder transformador do evangelho. Vale a pena
aprender com eles, na medida em que são verdadeiros imitadores de
Cristo.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO EM GRUPO

1. Como podemos aprender com o exemplo de líderes bons e maus


registrados nas Escrituras?

2. Como podemos aprender com a liderança fiel e amorosa de Gaio?

3. Qual a importância de o líder ter uma doutrina e prática sadias? Qual


o perigo quando essas duas coisas não estão em harmonia?
4. Qual a principal razão de Diótrefes não ser um bom líder? Ao mesmo
tempo, por que é importante um líder examinar constantemente seu
coração?

5. O que a igreja deve fazer ao perceber em seu meio os Diótrefes


modernos?

>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série


Expressão, na revista Liderança Segundo o NT. Usado com permissão

Primeiramente uma reflexão


Pastores, quem são?
O pastor é alguém que se dedica a domesticar,
alimentar e guardar animais como ovelhas,
cabras e outros. Mas, sobretudo, a função do
pastor é cuidar de seus animais, garantindo a
saúde, a segurança e o bem-estar de cada um
deles. A domesticação de animais começou no
período neolítico, sendo possível encontrar
variados registros que nos remetem aos
primeiros pastores.
Muito mais do que os cuidados básicos, o pastor
é completamente conectado ao seu rebanho. Ele
sempre sabe se algo errado está acontecendo e
procura manter todos saudáveis tanto fisicamente, quanto mentalmente e
longe de predadores. Porém, ele não faz isso sozinho! Com a ajuda de seu
fiel cão pastor, normalmente um Border Collie, ele consegue agrupar os
animais mais facilmente e evita estresse, facilitando o dia a dia de suas
amadas ovelhas.
A função de pastor exige uma grande dedicação e muito amor, mas é
um trabalho belo e cheio de recompensas, onde o homem não se torna
dono do animal, mas sim seu parceiro e fiel protetor.
Fonte: https://casadaovelha.com.br/blog/a-funcao-do-pastor
“Qual pastor ele pastoreará a sua própria grei. Com o seu braço reunirá
os cordeiros; e os carregará ao colo.” — ISAÍAS 40:11.
Bons pastores eram diligentes, confiáveis e corajosos. Eles até mesmo
arriscavam a vida para proteger o rebanho. — 1 Samuel 17:34-36.
Portanto, não é de admirar que Jesus e seus discípulos tenham usado a
figura do pastor como modelo para os anciãos cristãos seguirem. (João
21:15-17; Atos 20:28) Assim como um bom pastor nos tempos bíblicos, os
anciãos congregacionais hoje se esforçam para ‘pastorear o rebanho de
Deus, que está aos seus cuidados, não sob compulsão, mas
espontaneamente; nem por amor de ganho desonesto, mas com anelo’.
— 1 Pedro 5:2.
Fonte: https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2012812#h=10
Com esta visão podemos continuar a nossa palestra.

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