A Importância Da Ludicidade Na Educação Infantil

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ALUNO

PEDAGOGIA - LICENCIATURA – 4º SEMESTRE

Sara Lilian da Silva Paula

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Taparuba-MG
2021
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Curso de


Licenciatura em, como requisito parcial para a obtenção
de média semestral. Disciplinas: Aprendizagem da
matemática, fundamentos, organização e metodologia da
Educação Infantil e do Ensino Fundamental, Corpo e
movimento, Ludicidade e educação, Educação de
Jovens e Adultos, Letramento e Alfabetização, Práticas
Pedagógicas em pedagogia Condições de Aprendizagem
na Educação Infantil, Ed. Cultura Brasileira.

Tutor à Distância: Isabel Cristina Alves.

Orientadores: Mariana Passos Dias, Tatiane Mota


Santos Jardim, Eloise Werle de Almeida, Vilze Vidotte
Costa, Natalia da Silva Bugança.

Taparuba - MG
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2. DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
2.1 A criança, a Educação e o Lúdico.
2.2 O papel da ludicidade no desenvolvimento infantil.
2.3 Educação e Ludicidade.
2.4 O lúdico como processo educativo.
3CONCLUSÃO.............................................................................................................9
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
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1-INTRODUÇÃO

Na proposta de trabalho interdisciplinar para esse semestre, será


feita uma discussão teórica sobre “ A importância da ludicidade na Educação
Infantil. A temática é de total relevância para o desenvolvimento infantil e,
consequentemente, para as descobertas e aprendizagens vivenciadas nesta etapa.
Na Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, a
ludicidade torna – se ainda mais relevante, visto que as interações e as brincadeiras
são eixos estruturantes das práticas pedagógicas.
Jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança,
pois estão presentes na humanidade desde o seu início. O presente artigo trata do
resgate do lúdico como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar
ludicamente não se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a
serem apresentados à criança, pois as atividades lúdicas são indispensáveis para o
seu desenvolvimento sadio e para a apreensão dos conhecimentos, uma vez que
possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos
sentimentos. Por meio das atividades lúdicas, a criança comunica – se consigo
mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais,
constrói conhecimentos, desenvolvendo – se integralmente.
O trabalho aqui apresentado tem por objetivo oportunizar ao
educador a compreensão do significado e da importância das atividades lúdicas na
educação infantil, procurando provocá-lo, para que insira o brincar em seus projetos
educativos, tendo intencionalidade, objetivos e consciência clara de sua ação em
relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica.
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2.DESENVOLVIMENTO

2.1 A criança a Educação e o Lúdico.


A concepção de criança é uma noção historicamente construída e constantemente
vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea
nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. Assim é possível que,
por exemplo, em uma mesma cidade, existam diferentes maneiras de se considerar
as crianças, dependendo da classe social a qual pertencem, do grupo étnico do qual
fazem parte.
Boa parte das crianças brasileiras enfrentam um cotidiano bastante adverso que as
conduz desde muito cedo a precárias condições de vida, ao trabalho infantil, ao
abuso e exploração por parte de adultos. Outras crianças são protegidas de todas as
maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral cuidados
necessários ao seu desenvolvimento.
Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e
estarem no mundo devem ser o grande desafio da educação infantil. Embora os
conhecimentos derivados da psicologia, antropologia e sociologia possam ser de
grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas características
comuns de ser, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferenças.
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução dos
problemas que as rodeiam. A literatura especializada no crescimento e no
desenvolvimento infantil considera que o ato de brincar é mais que as simples
satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e
espaço próprios; um fazer que se constitui de experiências culturais, que são
universais, e próprio da saúde porque facilita o crescimento, conduz aos
relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo e
com os outros.
Cabe ressaltar, no entanto, que no mundo capitalista em que vivemos o Lúdico está
sendo extraído do universo infantil. As crianças estão brincando cada vez menos por
inúmeras razões: uma delas é o amadurecimento precoce, outra é a redução
violenta do espaço físico e do tempo de brincar, ou seja, o excesso de atividades
atribuídas, tais como escola, natação, inglês, computação, ginástica, dança, pintura,
etc. Tudo isso toma o tempo das crianças e, na hora de brincar, quando sobra
tempo, muitas vezes ficam horas em frente à televisão, divertindo-se com jogos
violentos e rodeadas de brinquedos eletrônicos, onde as interações sociais e a
liberdade de agir ficam determinadas pelo próprio brinquedo. Eles fazem quase tudo
pelas crianças, se movimentam e até falam, sobrando pouco espaço para o faz-de-
conta.
Entretanto, o mais grave de tudo, é que os pais estão esquecendo a importância do
brincar. Muitos acham que um bom presente é um tênis de grife ou uma roupa
porque é “ mais útil”. Brinquedo virou supérfluo. No desespero por fazer economia,
os pais estão cortando o brinquedo do orçamento familiar. Grande engano, com
consequências muito sérias se o erro não for reparado a tempo, pois as roupas e
acessórios em geral não vão desenvolver o raciocínio nem a afetividade. Pelo
contrário, vão transformar a criança em um mini-adulto que, desde já, precisa estar
“sempre ligado”. Mas e o resto? E a criatividade, a emoção, o desenvolvimento
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lógico e casual, a alegria de brincar? Tudo isso pode ser economizado?


É preciso respeitar o tempo da criança ser criança, sua maneira absolutamente
original de ser e estar no mundo, de vivê-lo, de descobri-lo, de conhecê-lo, tudo
simultaneamente. É preciso quebrar alguns paradigmas que foram sendo criados.
Brinquedos não é só um presente, um agrado que se faz a criança: é investimentos
em crianças sadias do ponto de vista psicossocial. Ele é a estrada que a criança
percorre para chegar ao coração das coisas, para desvelar os segredos que lhe
esconde um olhar surpreso ou acolhedor, para desfazer temores, explorando o
desconhecido.

2.2 O papel da ludicidade no desenvolvimento infantil.


Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do
pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado
cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma
relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.
A criança, por meio da brincadeira, reproduz o discurso externo e o internaliza,
construindo seu próprio pensamento. A linguagem, segundo Vygotsky (1984), tem
importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistematiza
suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento.
De acordo com Vygotsky (1984).
Por meio das atividades lúdicas, a criança reproduz muitas situações vividas em seu
cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz-de-conta, são reelaboradas. Esta
representação do cotidiano se dá por meio da combinação entre experiências
passadas e novas possibilidades de interpretações e reproduções do real, de acordo
com suas afeições, necessidades, desejos e paixões. Estas ações são fundamentais
para a atividade criadora do homem.
Tanto para Vygotsky (1984) como para Piaget (1975), o desenvolvimento não é
linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a imaginação se desenvolve. Uma vez que a
criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento,
ela dificilmente perde está capacidade. É com a formação de conceitos que se dá a
verdadeira aprendizagem e é no brincar que está um dos maiores espaços para a
formação de conceitos.Negrine sustenta que as contribuições das atividades lúdicas
no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no
desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente
vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são
inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a
progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança.
Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para
pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento,
estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve
habilidades, conhecimentos e criatividade. As interações que o brincar e o jogo
oportunizam favorecem a superação do egocentrismo, desenvolvimento a
solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de
jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo.

2.3 Educação e Ludicidade.


A educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos que se dedicam a
sua causa. Muito já se pesquisou, escreveu e discutiu sobre a educação, mas o
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tema é sempre atual e indispensável, pois seu foco principal é o ser humano. Então,
pensar em educação é pensar no ser humano, em sua totalidade, em seu corpo, em
seu meio ambiente, nas suas preferências, nos seus gostos, nos seus prazeres,
enfim, em suas relações vivenciadas.
Alunos querendo mais aprendizagem, não tendo vontade de sair da aula após seu
término; alunos querendo voltar à escola porque lá é um lugar bom para se passar o
dia. Essa é uma realidade desejada por muitos educadores. O que será que os
educadores estão fazendo para proporcionar este prazer de aprender nos alunos ?
A escola está proporcionado um ambiente para concretizar esta ideia?
A maioria das escolas de hoje está preparando seus alunos para um mundo que já
não existe. Ações como dar aulas deverão ser substituídas por orientar a
aprendizagem do aluno na construção do seu próprio conhecer, como preconiza o
construtivismo, o sociointeracionismo, porque , afinal, ou aluno e professor estão
mobilizados e engajados no processo, ou não há ensino possível. O homem
informa-se . Ninguém ensina a quem não quer aprender, pois Ausebel, citado por
Barreto (1998), alerta para o fato de que a verdadeira aprendizagem é sempre
significativa.
Na realidade, no contexto atual, já não há mais espaço para o professor informador
e para o aluno ouvinte. Há muito chegou o tempo da convivência com a
Autoaprendizagem, expressão autêntica da construção do conhecimento que força o
professor a tornar-se um agilizador do processo ensino-aprendizagem, e o aluno, um
verdadeiro pesquisador.
Se entendermos o conhecimento como uma representação mental, devemos saber
que ensinar é um convite à exploração, à descoberta, e não uma pobre transmissão
de informações e técnicas desprovidas de significado.
Aprender a pensar sobre diferentes assuntos é muito mais importante do que
memorizar fatos e dados a respeito dos assuntos. A própria criança nos aponta o
caminho no momento em que não utiliza nem precisa utilizar as energias vãs
despendidas pela escola, sacrificadas e coroadas pelo descrédito, porque
desprepara seus alunos.
O homem é um ser em constante mudança; logo, não é uma realidade acabada. Por
esse motivo, a educação não pode arvorar-se do direito de reproduzir modelo e,
muito menos, de colocar freios às possibilidades criativas do ser humano original por
natureza.
Sneyders (1996) comenta que a pedagogia, ao invés de manter-se como sinônimo
de teoria de como ensinar e de como aprender, deveria transformar a educação em
desafio, em que a missão do mestre é propor situações que estimulem a atividade
reequilibradora do aluno, construtor do seu próprio conhecimento.
A escola deve compreender que, por determinado tempo da história pedagógica, foi
um dos instrumentos da imobilização da vida, e que esse tempo já terminou. A
evolução do próprio conceito de aprendizagem sugere que educar passe a ser
facilitar a criatividade, no sentido de repor o ser humano em sua evolução histórica e
abandonando de vez a ideia de que aprender significa a mesma coisa que acumular
conhecimentos sobre fatos, dados e informações isoladas numa autêntica
sobrecarga da memória.
A ideia de estudo com prazer provém da época de Platão e Aristóteles e foi se
adaptando às várias concepções de criança e aos interesses e necessidades da
sociedade vigente. Desta forma, a brincadeira exerceu papel e funções específicas
de acordo com cada momento histórico. Teve funções e papéis irrelevantes, esteve
vinculada à educação de forma descontextualizada com o objetivo de facilitar a
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transmissão de conhecimentos, ajudou na educação dos filhos, principalmente das


mães operárias e, atualmente, tem um papel relevante, pois é um dos maiores
espaços que a criança tem para formar seus conceitos, seus conhecimentos,
conhecer o mundo e integrar-se a ele.
Entender-se que educar ludicamente não é jogar lições empacotadas para o
educando consumir passivamente. Educar é um ato consciente e planejado, é tornar
o indivíduo consciente, engajado e feliz no mundo. É seduzir os seres humanos para
o prazer de conhecer. É resgatar o verdadeiro sentido da palavra “escola”, local de
alegria, prazer intelectual, satisfação e desenvolvimento.
Para atingir esse fim, é preciso que os educadores repensem o conteúdo e a sua
prática pedagógica, substituindo a rigidez e a passividade pela vida, pela alegria,
pelo entusiasmo de aprender, pela maneira de ver, pensar, compreender e
reconstruir o conhecimento.
A escola necessita repensar quem ela está educando, considerando a vivência, o
repertório e a individualidade do mesmo, pois se não considerar, dificilmente estará
contribuindo para mudança e produtividade de seus alunos. A negação do lúdico
pode ser entendida como uma perspectiva geral e, desse ponto de vista, está
diretamente relacionada com a negação que a escola faz da criança, com o seu
desrespeito, ou ainda, o desrespeito à sua cultura.

2.4 O lúdico como processo educativo.


Marcellino (1990) defende a reintrodução das atividades lúdicas na escola.
Entende-seque esse direito ao respeito não significa a aceitação de que a criança
habite um mundo autônomo do adulto, tampouco que deva ser deixada entregue aos
seus iguais, recusando-se, assim, a interferência do adulto no processo de
educação. Os estudos da psicanálise demonstram, entre outros caracteres não
muito nobres, o autoritarismo que impera entre as crianças. Mas a invenção do
adulto não precisa ser necessariamente desrespeitada. É preciso que, ao intervir, o
adulto respeite os direitos da criança.
A proposta do autor nos remete a pensar numa ação educativa que considere as
relações entre a escola, o lazer e o processo educativo como um dos caminhos a
serem trilhados em busca de um futuro diferente. Por isso, vê-se como positiva q
presença de jogos, do brinquedo, das atividades lúdicas nas escolas, nós horários
de aulas, como técnicas educativas e como processo pedagógico na apresentação
dos conteúdos. As vivências cotidianas, aliadas ao pensamento de alguns teóricos,
como Marcellino, Sneyders, Piaget e Vygotsky, permitem-nos aprofundar as
reflexões e fazer alguns questionamentos: O conhecimento construído por meio da
ludicidade implica uma escola mais autônoma e democrática? Das condições para a
ocorrência da alegria, da festa, dentro dos limites da escola, e até mesmo nós
horários de aula, e propiciar assim a evasão do real, não seria contribuir para a
alienação?
O jogo e a brincadeira são experiências vivenciais prazerosas. Assim também a
experiência da aprendizagem tende a se constituir em um processo vivenciado
prazerosamente. A escola, ao valorizar as atividades lúdicas, ajuda a criança a
formar um bom conceito de mundo, em que a afetividade é acolhida, a sociabilidade
vivenciada, a criatividade estimulada e os direitos da criança respeitados.
Enquanto a aprendizagem é vista como apropriação e internalização de signos e
instrumentos num contexto sociointeracionista, o brincar é a apropriação ativa na
realidade por meio da representação. Desta forma, brincar é análogo a aprender.
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Distante dos avanços em todos os campos e das mudanças tão rápidas em todos os
setores, é preciso buscar novos caminhos para enfrentar os desafios do novo
milênio e, neste cenário que se antevê, será inevitável o resgate do prazer no
trabalho, na educação, na vida, visto pela ótica da competência, da criatividade e do
comprometimento.
Assim, o trabalho a partir da ludicidade abre caminhos para envolver todos numa
proposta interacionista, oportunizando o resgate de cada potencial. A partir daí, cada
um pode desencadear estratégias lúdicas para dinamizar seu trabalho que,
certamente, será mais produtivo, prazeroso e significativo, conforme afirma
Marcellino: “ É só do prazer que surge a disciplina e a vontade de aprender”.
É por intermédio da atividade lúdica que a criança se prepara pra vida, assimilando a
cultura do meio em que vive, a ela se integrando, adaptando-se às condições que o
mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com seus semelhantes e
conviver como um ser social. Além de proporcionar prazer e diversão, o jogo, o
brinquedo e a brincadeira podem representar um desafio e provocar o pensamento
reflexivo da criança. Assim, uma atitude lúdica efetivamente oferece aos alunos
experiências concretas, necessárias e indispensáveis às abstrações e operações
cognitivas.
Pode-se dizer que as atividades lúdicas, os jogos, permitem liberdade de ação,
pulsão interior, naturalidade e, consequentemente, prazer que raramente são
encontrados em outras atividades escolares. Por isso necessitam ser estudados por
educadores para poderem utilizá-los pedagogicamente como uma alternativa a mais
a serviço do desenvolvimento integral da criança.
O lúdico é essencial para uma escola que se proponha não somente ao sucesso
pedagógico, mas também a formação do cidadão, porque a consequência imediata
dessa ação educativa é a aprendizagem em todas as dimensões: social, cognitiva,
relacional e pessoal.
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CONCLUSÃO

No transcorrer do trabalho procuramos nós remeter a reflexões sobre a importância


das atividades lúdicas na educação infantil, tendo sido possível desvelar que a
ludicidade é de extrema relevância para o desenvolvimento integral da criança, pois
para ela brincar é viver.
É relevante mencionar que o brincar nesses espaços educativos precisa estar num
constante quadro de inquietações e reflexões dos educadores que o compõe.
Também é importante ressaltar que só é possível reconhecer uma criança se nela o
educador reconhecer um pouco da criança que foi e que, de certa forma, ainda
existe em si. Assim, será possível ao educador redescobrir e reconstruir em si
mesmo o gosto pelo fazer lúdico, buscando em suas experiências, remotas ou não,
brincadeiras de infância e de adolescência que possam contribuir para uma
aprendizagem lúdica, prazerosa e significativa.
É competência da educação infantil proporcionar aos seus educandos um ambiente
rico em atividades lúdicas, já que a maioria das crianças de hoje passam grande
parte do seu tempo em instituições que atendem a criança de 0 a 6 anos de idade,
permiti do assim que elas vivam, sonhe, criem e aprendam a ser crianças.
O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo uma
tendência instintiva da criança. Ao brincar, a criança aumenta a independência,
estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura popular, desenvolve
habilidades motoras, diminui a agressividade, exercita a imaginação e a criatividade,
aprimora a inteligência emocional, aumenta a integração, promovendo, assim, o
desenvolvimento sadio, o crescimento mental e adaptação social.
O estudo permitiu compreender que o lúdico é significativo para a criança poder
conhecer, compreender e construir seus conhecimentos, tornar-se cidadã deste
mundo, ser capaz de exercer sua cidadania com dignidade e competência. Sua
contribuição também atenta para a formação de cidadãos autônomos, capazes de
pensar por conta própria, sabendo resolver problemas e compreendendo um mundo
que exige diferentes conhecimentos e habilidades.
É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que conseguiremos uma
educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e
necessidades da criança. Cabe ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a
somatória de atividades; é, antes de tudo, uma maneira de ser, de estar, de pensar e
de encarar a escola, bem como de relacionar-se com os alunos. É preciso saber
entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo e , a partir daí, jogar com
ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa,
autônoma e afetiva ela será.
Propomos, entretanto, aos educadores infantis, transformar o brincar em trabalho
pedagógico para que experimentem, como mediadores, o verdadeiro significado da
aprendizagem com desejo e prazer. As atividades lúdicas estão gravemente
ameaçadas em nossa sociedade pelos interesses e ideologias de classes
dominantes. Portanto, cabe à escola e a nós, educadores, recuperarmos a
ludicidade infantil de nossos alunos, ajudando-os a encontrar um sentido para as
vidas. Ao brincar, não se aprendem somente conteúdos escolares; aprende-se algo
sobre a vida e a constante peleja que nela travamos. É preciso que o professor
assuma o papel de artífice de um currículo que privilegie as condições facilitadoras
de aprendizagem que a ludicidade contém nos seus diversos domínios, retirando-a
da clandestinidade e da subversão, explicitando – a como meta da escola.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São
Paulo: Loyola, 1995.

CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987.

NEGRINE, Airton.Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil,


1994.
VYGOTSKY, L. S.A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
WAJSHOP, Gisela. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 1995. INNICOTT,
D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

file:///C:/Users/Cliente/Downloads/a%20importancia%20da%20ludicidade%20(2).pdf
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