Didática Geral
Didática Geral
Didática Geral
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João José Saraiva da Fonseca
DIDÁTICA
1ª Edição
Sobral/2017
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Sumário
Apresentação do Professor
Sobre o Autor
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Bibliografia
Bibliografia da Web
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Apresentação do professor
Caríssimos estudantes,
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Biografia do autor
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DIDÁTICA
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Introdução
Anote!
A Didática é um elemento exclusivo da Pedagogia e se refere ao conteúdo
do ensino e aos processos próprios para a construção do conhecimento.
A Pedagogia é conceituada como a ciência e a arte da educação,
enquanto que a Didática é definida como a ciência e a arte do ensino.
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Resumindo
Objeto de estudo
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A quarta concepção parte do pensar as ações educativas, criando
conceitos fecundos na relação teoria-prática e produzindo conjuntos
instrumentais ancorados em uma reflexão sobre suas utilizações e suas
finalidades, em contextos complexamente considerados. Esta posição
expressa a ideia de que o conhecimento em educação nasce da prática e com
a prática deve a ela retornar. Sem o retorno à prática e sem a passagem pela
axiologia, o conhecimento se arrisca a ser apenas um “simulacro.” Nesta
vertente a pesquisa é concebida, sobretudo como pesquisa-ação, em variadas
possibilidades, procurando assegurar uma inter-relação entre a pesquisa formal
e os procedimentos da investigação na ação, porém, criando teorizações e
fundamentando-as.
PARA SABER MAIS: Sugiro a leitura do livro Didática do autor José Carlos Libâneo.
Pedagogia Liberal
Educador Educando
Quem educa; São educados;
Quem sabe; Não sabem;
Que pensa; Os pensados;
Quem fala; Só escutam;
Quem disciplina; Os disciplinados;
Opta e prescreve sua opção; Seguem a prescrição;
Quem atua; Têm a ilusão que atuam;
Escolhe o conteúdo Programático; Jamais ouvidos nesta escolha;
Autoridade do saber; Devem adaptar-se as determinações;
Sujeito do processo; Meros objetos;
a) Em nível individual:
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Falta de conhecimento da própria realidade;
Inadaptação cultural, com adoção de padrões de pensamento e
comportamento estrangeiros;
Aceitação passiva de processos de exclusão e divisão social.
b) Em nível social:
Prevalência da memorização;
Passividade e falta de atitude crítica;
Acrítica sobre as fontes de informação;
Preferência pela especulação teórica e consequente distância com a
prática;
Não problematização da realidade.
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procurando adaptar permanentemente as suas ações às características
individuais dos discentes.
John Dewey
O- processo de ensino-aprendizagem
Uma compreensão para
de que o saber é Dewey seria
constituído subsidiado em:
por conhecimentos e
vivências que se interligam de forma dinâmica, afastada da previsibilidade das
ideias passadas;
- Estudantes e professores com experiências próprias anteriores e cujas
competências são incorporadas no processo. O professor possui uma perspectiva
sintética dos conteúdos, os estudantes uma perspectiva sincrética, o que
transforma a experiência em um ponto nuclear na formação do conhecimento, bem
Willian Kilpatrick
mais do que os conteúdos formais. (ZACHARIAS, 2005).
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Willian Kilpatrick é o idealizador da pedagogia de
projetos, baseada na importância do espaço escolar, o
estudante realiza projetos a partir de propósitos pessoais.
Isto porque unicamente uma atividade aceita e projetada
pelos alunos pode fazer da vida escolar uma vida que eles
sintam que vale a pena viver. (KILPATRICK, 1974).
Ovide Decroly
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alfabetização) e os centros de interesse.
Maria Montessori
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condições para que possam desenvolver competências. O professor deve para
isso motivar os estudantes, despertando neles a busca pelo conhecimento e o
alcance das metas pessoais e de aprendizagem. (LIBÂNEO, 1986).
1 - Nível individual
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2 - Nível social
Pedagogia Progressista
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capaz de atuar no sentido de busca pela sua emancipação econômica, política,
social e cultural.
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Tendência Progressista Libertária
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repressão procurando desse modo favorecer o desenvolvimento de indivíduos
mais livres. Ressalta-se o conhecimento que resulta das experiências vividas
pelo grupo, especialmente a vivência de mecanismos de participação crítica,
que permitam a cada um de seus membros, o atendimento de suas aspirações
e necessidades. Particularmente relevante para o desenvolvimento das ideias
da Tendência Progressista Libertária foi o trabalho de Celestin Freinet.
(LIBÂNEO, 1986).
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A Tendência Progressista "Crítico-Social dos Conteúdos" apresenta uma
vincada preocupação com a importância do domínio dos conteúdos científicos
(por parte dos professores e estudantes), enquanto condição para uma
participação efetiva nas lutas sociais. Esses conteúdos não deverão ser
abstratos, mas concretos e indissociavelmente legados à realidade social. Os
conteúdos ensinados devem estar ligados de forma inseparável à sua
significação humana e social. Para que isto ocorra, constitui tarefa do professor
selecionar os conteúdos mais significativos para o estudante, os quais passam
a contribuir na sua formação profissional. Porém, não é suficiente que os
conteúdos sejam bem ministrados, e sim que apresentem uma significação
humana e social. Procura-se desse modo a inserção do estudante no contexto
social e em suas contradições, oportunizando um instrumental para garantir
sua participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
RELAÇÃO PROFESSOR-
TENDÊNCIAS CONTEÚDO DO ENSINO MÉTODO
ALUNO
Expositivo: Preparação
O professor: postura autoritária,
do conteúdo,
ele é o transmissor do
Prioriza conhecimentos apresentação,
conhecimento.
TRADICIONAL herdados e transmitidos associação,
O estudante: mero ouvinte,
pela geração adulta. generalização e
onde a relação é centrada no
aplicação em exercícios
professor.
e atividades.
A importância recai sobre
as experiências Ativo. Deve-se aprender
vivenciadas, os desafios fazendo. Pesquisar,
cognitivos e as situações trabalhar em grupo, Relação democrática: o
RENOVADA
problema. O processo de resolver problemas, professor é um facilitador da
PROGRESSISTA
aquisição de propor soluções, estudar aprendizagem do aluno.
conhecimentos é menos o meio ecológico e
relevante que a social, etc.
metodologia aplicada.
Terapêutico: o papel do
A ênfase é dada no professor é o de
desenvolvimento das facilitador da
Relação humana: o professor
relações e das aprendizagem. Uso de
RENOVADA não deve dirigir o aluno no que
comunicações. Incentivo técnicas de
NÃO-DIRETIVA tange as atividades. A relação é
aos alunos para que sensibilização é ênfase
centrada no aluno.
busquem por si mesmos, na melhoria do
seu próprio conhecimento. relacionamento
interpessoal.
Método científico de Técnica-diretiva: relações
Voltada para a preparação
Spencer: metodologia estruturadas-objetiva, com
técnica a fim de que o
tecnicista e abordagem papeis bem definidos.
aluno possa responder
TECNICISTA sistêmica. Uso de Professor: administrador, Aluno:
adequadamente ao sistema
instrução programada, ser que responde. A relação é
social, global e ao mercado
planejamento, recursos centrada no controle das
de trabalho.
audiovisuais, etc. condições.
Não-diretividade; Os alunos são
Tem um caráter político, eu
sujeitos ao ato do
incorpora a realidade
Dialogicidade: trabalho conhecimento. Professor
vivencial do aluno como
LIBERTADORA em grupo de discussão e favorece a aproximação da
ponto de partida para a
conscientização. consciência. A relação é
seleção dos conteúdos da
centrada nas relações
ação educativa
interpessoais.
Autogestão da
experiência do grupo:
Não-diretiva: o professor é o
O Conteúdo emerge dos formas de participação e
orientador e catalisador do
LIBERTÁRIA interesses dos alunos, não de expressão pela
processo, junto ao grupo gera
é pré-determinado. palavra, mediante
reflexões. Não há centralidade.
organização e execução
do trabalho.
Interação diretiva: troca entre
professores e alunos.
Há conteúdos
Professor: mediador e
determinados que são Participativo e
CRÍTICO- intervencionista. Aluno:
escolhidos a partir de bens fundamentado no saber
SOCIAL DOS confronta sua experiências com
culturais da humanidade, universal: vínculo teoria e
CONTEÚDOS os conhecimentos selecionados
com funções formativas e prática.
pelo professor. A relação é
instrumentais.
centrada nos conteúdos de
ensino.
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Avance com foco no seu aprendizado
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METODOLOGIAS DE
ENSINO
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A Metodologia
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docente e a intenção dos docentes ao escolherem os métodos que serão
empregados na sua atuação docente.
Atividade de Aprendizagem:
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Existem variadas maneiras de classificar os métodos de ensino e por
sua vez, cada método tem técnicas que lhes são mais ajustadas. No sentido de
procurar uma correlação entre algumas técnicas e métodos de ensino,
apresenta-se uma sistematização da classificação dos métodos adaptada de
Carvalho (1973). Como se pode verificar nas próximas unidades de estudo.
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Métodos Socializados de Ensino
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proponham alternativas de solução. Facilita a construção do conhecimento,
permite a troca de ideias e informações de seus princípios.
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Métodos Socioindividualizados de ensino
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Resumindo:
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Avance com foco no seu aprendizado
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PLANEJAMENTO
PEDAGÓGICO
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Introdução
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Portanto, o planejamento pedagógico na escola prevê o processo de
racionalização, organização e coordenação da ação docente, em articulação à
atividade docente e o contexto social.Vale advertir, que tudo que ocorre no
cenário escolar está recheado de influencias econômicas, políticas e culturais,
isto quer dizer que os elementos que constituem a escola são influenciados
diretamente pela sociedade. Assim, o planejamento não se trata apenas de
preencher formulários para o acompanhamento do coordenador pedagógico da
escola. O planejamento escolar tem a função de explicitar princípios, diretrizes
e procedimentos que assegurem a conexão entre as atividades da escola e as
exigências da sociedade atual que exige participação democrática.
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Partes integrantes de um planejamento de ensino.
Fase de Aperfeiçoamento
Feedback ou Seleção e Organização
Retroalimentação dos Procedimentos de
Ensino
Fase de Preparação
Seleção dos
Plano em Ação Estruturação do
Instrumentos de
Plano de Ensino
Avaliação
Fase de Desenvolvimento
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Ao passo da estruturação do plano de ensino, o professor especifica e
prevê a sua operacionalização, apresentando as ações e procedimentos que
irá realizar na sala de aula e os materiais que se pretende usar.
Tipos de planejamento
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• Atribuir às atividades, tempo que permita o desenvolvimento e
aprendizagem dos conteúdos, em seus diversos níveis de
complexidade.
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O primeiro passo na definição de objetivos consiste na relação de uma
lista dos objetivos gerais, que apesar de possibilitar uma ideia concreta dos
resultados da aprendizagem a serem atingidos, não indica os pormenores
específicos que se desejam. Os objetivos gerais são amplos e devem ser
formulados em termos de metas de ensino. Por isso há necessidade de
elaborar objetivos específicos que se apresentam, em listas de
comportamentos observáveis, que no seu todo constituem a comprovação de
que o objetivo geral foi atingido. O número dos objetivos a incluir na lista, deve
possibilitar que ela seja praticável.
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Taxonomia de Bloom Avaliação Tomar decisões e suportar
pontos de vista
Combinar a informação num
único produto
Síntese
Identificar os componentes de
Análise uma situação.
Usar informação num único
produto Aplicação
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Exemplo de verbos utilizados para definir os objetivos em cada uma das
categorias:
IMITAÇÃO O estudante perante uma ação observada esboça uma imitação dessa ação.
O discente é capaz de realizar uma ação de acordo com instruções e não apenas
MANIPULAÇÃO com base na observação. Começa a demonstrar habilidade para manipular
instrumentos selecionados.
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Veja:
NATURALIZAÇÃO
ARTICULAÇÃO
PRECISÃO
MANIPULAÇÃO
IMITAÇÃO
RECEPÇÃO O aluno se apercebe da existência de um dado valor apresentado. Dirige a sua atenção
para ele de modo seletivo e intencional. Todavia os alunos assumem uma postura passiva
em relação a ele.
RESPOSTA
Presume uma ação por parte do estudante considerando um determinado valor ensinado.
Esta ação vai desde a simples obediência a determinações explícitas, até à iniciativa na
qual se possa observar alguma expressão de satisfação por parte do estudante.
VALORIZAÇÃO
O valor ensinado foi internalizado pelo aprendiz. Distingue-se do nível de resposta, pela
consistência (não são esporádicos), persistência (prolongam-se para além do período em
que são ensinados) e pela persuação (o aluno procura convencer outras pessoas da
importância do valor).
ORGANIZAÇÃO
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O estudante reinterpreta o valor ensinado à luz de outros valores análogos ou antagónicos,
ao valor original. Analisa de diferentes ângulos, compara-o a valores concorrentes.
CARACTERIZAÇÃO
DE UM VALOR O processo de internalização atinge o ponto em que o estudante passa a ser identificado
pela sua comunidade como um símbolo ou representante do valor que ele incorporou.
COMPLEXO
Veja:
VALORES
COMPLEXOS
ORGANIZAÇÃO
VALORIZAÇÃO
RESPOSTA
RECEPÇÃO
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A seleção de estratégias de ensino
Atividade de Aprendizagem:
Leia a Entrevista de Philippe Perrenoud concedida a Revista Nova Escola,
em seguida responda: Será que a didática é só técnica de ensino?
Acesse:
http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_
31.html
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS ESTRATÉGIA (LINHA ORIENTADORA)
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O quadro para uma unidade de ensino inclui todos os objetivos gerais,
objetivos específicos, as estratégias e o tipo de técnicas de avaliação.
Esse quadro possibilita ter uma visão geral que assegure mais
facilmente a definição para cada objetivo, estratégia e técnica de avaliação
adequada, servindo assim de orientação.
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Uma vez especificado o conteúdo “compreender conceitos”, é
necessário definir a estratégia de forma mais específica, indicando atividades
concretas. O quadro abaixo procura tornar clara esta ideia.
* Conceito de solo
Fatos:
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a curiosidade científica, a convivência com os
colegas, a criatividade, a integração de
conhecimentos. O trabalho em equipe, a comunicação,
a corresponsabilidade pela aprendizagem, a
capacidade crítica.
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1997.
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Avance com foco no seu aprendizado
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AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
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Introdução
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correção das atividades e até a própria avaliação institucional do curso.
Quando a escola e o professor não consideram o processo, ocorre uma quebra
na descontextualização do processo avaliativo e perde-se o olhar sobre o
retorno que a prática pedagógica tem produzido nos estudantes. Exige-se hoje
que o ato de avaliar ocorra no processo e não apenas ao final de um
resultado.
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começar pela sua própria subjetividade. Nesse sentido, o professor deverá
assumir uma atitude criteriosa, tirando conclusões apenas quando observar os
estudantes em situações diversificadas, de modo a conseguir avaliar de
maneira fundamentada e não apenas uma opinião superficial sobre o aluno.
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O portfólio como instrumento de avaliação
Atividade de Aprendizagem:
Fique atento!
Atividade de Aprendizagem:
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Avance com foco no seu aprendizado
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Bibliografia
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna,
2002.
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CASARA, Marques. A arte de planejar. In Nova Escola, São Paulo: Abril, n.
138, p. 20-32, DEZ/2000.
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_____________. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências
educacionais e profissão docente. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2004. 104 p.
_____________. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013. 288 p.
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD,
1997.
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Bibliografia da Web
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