Apostila Power Bi
Apostila Power Bi
Apostila Power Bi
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | APRESENTAÇÃO 3
APRESENTAÇÃO
Esta apostila servirá como o seu guia, explicitando vários conceitos-chave
abordados em sala de aula, que você deve consultar sempre que precisar
lembrar de algum assunto específico. Nos preocupamos em detalhar, porém
sem sobrecarregar, assuntos essenciais que devem ser dominados por
desenvolvedores e usuários de Power BI.
Esta apostila não substitui as aulas presenciais, que são essenciais para o
pleno entendimento dos conceitos aqui abordados.
Você pode ler esta apostila por completo tendo um sólido resumo do que se
trata o Power BI e o que você pode fazer com ele. Entretanto, o pleno domínio
da ferramenta se dá de forma iterativa, com muita prática!
Aproveite!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | APRESENTAÇÃO 4
SUMÁRIO
BEM VINDO À INTELLIO .......................................................................................................................... 2
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 8
OS 5 VS DO BIG DATA............................................................................................................................ 10
Visão de dados.............................................................................................................................................. 29
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | APRESENTAÇÃO 5
1 – FONTES DE DADOS............................................................................................................................ 31
Arquivos ............................................................................................................................................................32
Transformações ............................................................................................................................................ 41
A. Limpeza........................................................................................................................................... 41
B. Formatação .................................................................................................................................. 42
Substituindo valores............................................................................................................................ 49
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | APRESENTAÇÃO 6
C. Agregações ....................................................................................................................................... 75
Relacionando tabelas........................................................................................................................... 81
Medidas............................................................................................................................................................ 90
Colunas calculadas...................................................................................................................................... 93
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | APRESENTAÇÃO 7
Em resumo... ...........................................................................................................................................138
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | INTRODUÇÃO 8
INTRODUÇÃO
Muitos concordam que o mundo atual passa por um processo de mudança com
aceleração nunca vista na história. Em questão de dias, ou até mesmo horas, paradigmas
são quebrados, panoramas mudam completamente. Antigamente, era comum as
pessoas se informarem por meio de livros, enciclopédias, etc. Hoje em dia, com um
simples clique, elas têm a capacidade de descobrir qualquer coisa, no lugar e momento
em que desejarem. Esta é a chamada ‘era da informação’, iniciada nos anos 90 e
potencializada nos dias atuais. No ambiente empresarial não é diferente, fazendo com
que a competitividade esteja cada vez mais acirrada e dando oportunidade para
inovação e geração de novos negócios.
A quantidade cada vez maior de dados públicos sendo gerados online desencadeia
mudanças no mercado, nas operações, no setor financeiro etc. Se tornou comum o uso
de termos como, Business Intelligence (Inteligência de Negócios), Analytics (Ciência de
análise), Internet of Things (Internet das coisas), e assim por diante. Atualmente é
comum a presença de bancos de dados contendo milhões de transações, exigindo
gigabytes, terabytes, ou mesmo petabytes de espaço de armazenamento. É
fundamental que os profissionais compreendam a relação estreita entre gestão e
tecnologia e o impacto direto da informação sobre as atividades e os resultados do
negócio.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | BIG DATA E A ERA DO CONHECIMENTO 9
Por trás desses números podemos citar como causa a disseminação do uso da internet
em dispositivos móveis, das redes sociais e do crescimento do comércio eletrônico.
Daí surge o conceito de Big Data como sendo um conjunto de dados tão grande e
complexo que se torna difícil de processar e analisar utilizando ferramentas de análise
de dados tradicionais.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | OS 5 VS DO BIG DATA 10
OS 5 VS DO BIG DATA
Atualmente, o Big Data possui cinco importantes características: dados em grande
volume, extraídos de uma grande variedade de fontes. Outra característica importante a
ser considerada é a velocidade com que os dados estão sendo gerados, requerendo
diferentes estratégias para análise, algumas vezes em tempo real (o chamado
streaming).
A análise dos dados muitas vezes envolve modelos estatísticos que representem com
veracidade o problema a ser resolvido. Veracidade é um grande desafio para o chamado
Big Data Analytics. Finalmente, lidar com Big Data só fará sentido se a organização
extrair valor dessa enorme quantidade e variedade de dados.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | ANÁLISE DE DADOS NOS DIAS ATUAIS 11
Estima-se que 85% dos dados disponíveis para análise não estão estruturados
adequadamente para tal, trazendo para os analistas de negócio complexidade na hora
de criar um relatório. Além disso, temos a necessidade cada vez maior de ter os números
atualizados para que os tomadores de decisão (diretores, gerentes, coordenadores,
supervisores, etc) possam reagir rapidamente às mudanças nos mercados e indústrias.
As empresas devem prever tendências a curto prazo para oferecer produtos e serviços
cada vez mais personalizados aos seus clientes.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO 12
Por dados, entende-se os fatos ou eventos que ocorreram e foram armazenados, como
uma transação financeira ou uma venda. Informação se trata de vários dados
organizados de forma contextualizada, como a quantidade de defeitos em um mês numa
frota de veículos. Por fim, conhecimento é o aprendizado sobre como um problema
funciona.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | INTRODUÇÃO AO BUSINESS INTELLIGENCE (BI) 13
Um ponto importante é que os dados podem ser extraídos de diversas fontes, tanto
internas – processos empresariais -, como externas – concorrência, fornecedores, clientes
e mercado. A capacidade de relacionar informações internas e externas é um dos fatores
que tornam BI tão importante. Em Business Intelligence os dados são extraídos da fonte
e depois são limpos, transformados e modelados até que possam ser apresentados
adequadamente em um relatório, que será analisado e compartilhado sob demanda.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | SELF SERVICE BUSINESS INTELLIGENCE (SSBI) 14
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | INDO ALÉM DO EXCEL 15
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | POWER PIVOT 16
POWER PIVOT
Esta funcionalidade foi um divisor de águas entre o Excel e BI, sendo considerada por
muitos uma das funções mais importantes em muitos anos da ferramenta. Abaixo
algumas das características do Power Pivot.
Para habilitar o Power Pivot no Excel 2016 acesse: Menu Arquivo> Opções>
Suplementos> Gerenciar: Suplementos COM > Ir> Habilitar Microsoft Power Pivot for
Excel> Ok
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | POWER QUERY 17
POWER QUERY
Esta funcionalidade, posteriormente incorporada nativamente ao Excel, permite
descobrir, conectar, combinar e refinar dados de diversas fontes. Em outras palavras, o
Power Query é responsável pela etapa de limpeza e transformação do processo de
Business Intelligence.
No Excel 2016 o Power Query corresponde ao grupo Obter e Transformar, na guia Dados
do Excel.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | POWER VIEW 18
POWER VIEW
Posteriormente, com o sucesso dos suplementos citados, a Microsoft lançou em 2013
mais uma funcionalidade chamada de Power View que permite ir além dos gráficos e
tabelas dinâmicas tradicionais. Este suplemento proporciona uma experiência interativa
em exploração, visualização e apresentação dos dados. Ideal para análises ad-hoc.
Para habilitar o Power View no Excel 2016 acesse: Menu Arquivo> Opções>
Suplementos> Gerenciar: Suplementos COM > Ir> Habilitar Microsoft Power View for
Excel> Ok
Se você já interagiu com uma ferramenta de BI é provável que tenha se deparado com
uma experiência interativa onde, ao clicar em uma parte de um gráfico, os dados são
‘inteligentemente’ filtrados para todo o restante do relatório. Isso permite a exploração
instantânea das informações sob diferentes perspectivas e, em outras palavras, temos
vários relatórios em um só. Em resumo, o Excel agora pode funcionar sob várias
camadas, como ilustrado na figura abaixo.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | EXCEL PRO X POWER USER 19
1. Quando temos várias fontes de dados que devem ser analisadas, o usuário geralmente
importa todas as bases (ou parte delas) para dentro do Excel. No exemplo temos uma
tabela de vendas com “Código da Venda”, “Cód. Cliente”, “Cód. do Produto” e “Cód. Da
Loja”.
2. Em seguida tenta estabelecer uma relação entre as tabelas, trazendo colunas que são
interessantes para a análise. No exemplo, como a tabela de vendas somente possui
informações por códigos, é necessário obter outros atributos, como o “Nome do cliente”,
“Endereço do cliente”, “Nome do produto”, “Nome da loja”, entre outros. Estes atributos
adicionais estão em outras tabelas auxiliares. No nosso exemplo, estão nas tabelas
“Produtos”, “Clientes,
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | EXCEL PRO X POWER USER 20
“Localidades”. Para tal, o usuário avançado pode utilizar algumas funções de pesquisa,
como PROCV, INDICE e CORRESP, entre outras.
3. Uma vez relacionadas as tabelas, teremos todas as informações necessárias para análise
em uma única tabela, que geralmente possui muitas colunas. Precisamos, então,
estabelecer os indicadores que queremos extrair, como:
Com isso o usuário de Excel irá utilizar funções matemáticas como SOMA, SOMASE, MÉDIA,
MÉDIASE, CONT, CONT.SE, entre outras. Outro poderia até mesmo utilizar tabelas e gráficos
dinâmicos e obter essas informações rapidamente.
Por último, se ele possui conhecimentos em VBA e macros, pode criar uma rotina para
automatizar este processo.
Não queremos dizer que esse não é um trabalho valioso! O profissional capaz de
estabelecer este tipo de análise pode agregar muito valor para o negócio. No entanto, com
a incorporação dos suplementos POWER ao Excel, todo esse processo de análise e
automatização foi elevado exponencialmente!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | EXCEL PRO X POWER USER 21
O POWER USER
O Power User já percebeu que o seu poder análise agora é consideravelmente maior do que
quando ele utilizava as funcionalidades tradicionais do Excel. As análises que levavam dias
para serem executadas no Excel agora são feitas em horas ou até mesmo minutos com os
suplementos Power.
1- O usuário Power agora importa dados de diversas fontes através de uma conexão direta
utilizando o Power Query. As possibilidades são muitas, como arquivos (Excel, csv, xml, txt,
pasta), bancos de dados (SQL Server, Access, Oracle, IBM DB2) ou direto de uma página da
WEB.
Após importar os dados de que necessita, o usuário Power fará limpezas e transformações
para adequação desses dados e, para isso, dentro do Power Query terá o chamado “Editor
de consultas” onde poderá limpar e transformar os dados. O editor de consultas
proporciona uma série de funcionalidades que substituem o uso de VBA. Iremos detalhar
este conceito posteriormente quando falarmos especificamente sobre o Power BI.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | EXCEL PRO X POWER USER 22
2- O usuário irá carregar esses dados já tratados para o suplemento Power Pivot, onde
poderá carregar milhões de linhas sem perda de performance. Adicionalmente poderá fazer
cálculos avançados e relacionar tabelas sem a necessidade de transforma-las em uma
grande tabela como o Excel Pro faria.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | EXCEL PRO X POWER USER 23
Finalmente o Power User irá criar visualizações dinâmicas com o Power View, muito mais
poderosas que os conhecidos gráficos dinâmicos.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | O QUE É O POWER BI? 24
A questão é que o Power BI surgiu em uma época onde já era necessário avaliar um grande
volume de dados por partes das organizações. Sendo assim, o Power BI corresponde à
junção das tecnologias Power oriundas do Excel em um único produto, conforme a figura
abaixo.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | O QUE É O POWER BI? 25
ARQUITETURA DO POWER BI
O Power BI consiste em um aplicativo para Windows chamado Power BI Desktop, um
serviço de SaaS (Software como Serviço) online chamado Power BI Service, e os aplicativos
móveis Power BI disponíveis em telefones e tablets Windows, bem como para dispositivos
iOS e Android.
Esses três elementos – o Desktop, o serviço e o Mobile – foram projetados para permitir
criar, compartilhar e consumir análises de negócios da maneira que serão mais proveitosas
para elas ou para sua função.
Algumas empresas ainda não estão preparadas para utilizar o serviço em nuvem da
Microsoft, seja por fatores de governança dos dados
• Conectar-se a dados;
• Transformar e limpar esses dados para criar um modelo de dados;
• Criar visuais, como gráficos, que fornecem representações visuais dos dados;
• Criar relatórios que são conjuntos de visuais em uma ou mais páginas;
• Compartilhar relatórios com outras pessoas usando o serviço do Power BI.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | PROCESSO DE BUSINESS INTELLIGENCE 26
É necessário realizar um mapeamento das fontes de dados que serão usadas no seu
projeto de BI, depois extrair esses dados de suas fontes e realizar algumas transformações
para adequação. Após transformados os dados, é feita a carga no modelo de dados, que é
um conjunto de tabelas que irão se conectar durante a fase de modelagem. Após a
modelagem os dados estão prontos para criação de gráficos e compartilhamento.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | PRIMEIRAS NOÇÕES COM O POWER BI 27
Ao abrir o Power BI Desktop temos esta primeira página que gostamos de ver em blocos:
1. Guias: Nesta primeira visão, temos as guias Arquivo, Página Inicial (com alguns
botões mais utilizados), Exibição, Modelagem e Ajuda. Guias adicionais podem ser
exibidas quando clicarmos em um gráfico ou elemento;
2. Visões: Podemos ver nossos dados pela Visão de Relatórios, Visão de Dados e Visão
de Relacionamentos. Cada uma dessas visões é importante para a etapa de
modelagem e visualização;
3. Visualizações: É onde iremos escolher o tipo de gráfico a ser exibido na Visão de
Relatórios;
4. Campos, Formatação e filtros: É onde iremos adicionar os campos para os gráficos ou
formatar a sua aparência. Além disso podemos adicionar filtros mais “escondidos”
que irão afetar um visual específico, uma página inteira ou o relatório inteiro.
5. Campos: É onde estarão disponíveis todos os campos para criação dos gráficos.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | PRIMEIRAS NOÇÕES COM O POWER BI 28
EDITOR DE CONSULTAS
O botão “Editar consultas” deve ser notado como um dos mais importantes, pois é nele que
iremos fazer o processo de ETL – Extração, Transformação e Carga. Visitaremos esse botão
sempre que quisermos nos conectar a uma nova fonte de dados e/ou realizar limpezas e
transformações nas nossas bases de dados. Iremos falar em mais detalhes sobre o editor
de consultas mais à frente.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | PRIMEIRAS NOÇÕES COM O POWER BI 29
VISÃO DE RELATÓRIOS
A visão de relatórios é onde iremos construir toda a parte gráfica no Power BI, arrastando e
soltando os campos para a área em branco chamada de “Canvas”. É aqui que faremos a
etapa de visualização do processo de Business Intelligence. Abordaremos com mais
detalhes esta etapa mais à frente.
VISÃO DE DADOS
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | PRIMEIRAS NOÇÕES COM O POWER BI 30
A visão de dados é onde teremos acesso aos dados em formato de tabela, registro a
registro, após terem sido feitas as transformações no Editor de Consultas. Nesta visão
temos os dados como eles “estão no momento”. É possível ver quantas linhas foram
importadas em cada tabela, bem como o número de valores distintos em uma coluna
específica etc.
VISÃO DE RELACIONAMENTOS
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 1 – FONTES DE DADOS 31
1 – FONTES DE DADOS
Uma fonte de dados é a localização ou a base dos dados que você importa em seu Data
Warehouse (Repositório de dados) ou Modelo de Dados – daremos preferência a essa
última terminologia. Geralmente os dados são provenientes de bases de dados OLTP
(Online Transactional Processing), que são projetadas para o processamento de grandes
volumes de dados, não sendo ideais para execução de cálculos e análise, papel do Data
Warehouse ou Modelo de Dados.
*Não se preocupe em memorizar todos esses exemplos. Ao longo do tempo você poderá
trabalhar com uma base ou outra, ou mesmo nunca utiliza-la.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 1 – FONTES DE DADOS 32
os dados gerados a partir desses serviços é importante para reunir uma imagem completa
da atividade em seus dados.
ARQUIVOS
Essa talvez seja a fonte de dados mais comum. A maioria das empresas possui dados em
planilhas e é provável que os dados estejam armazenados no formato XLSX (Excel) ou CSV.
JSON e XML são linguagens populares para trocar dados entre sistemas e devem ser
suportados pela sua solução de BI como fonte de dados. Além disso, os usuários comerciais
podem ter dados armazenados em formato de texto, o que exige a importação na solução
de BI.
CONECTORES DO POWER BI
O Power BI tem a capacidade de se conectar a uma gama de fontes de dados sem muito
esforço. Abaixo as fontes atualmente disponíveis.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 1 – FONTES DE DADOS 33
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 34
CONSULTAS (QUERIES)
Você usa consultas para extrair dados de seus dados fontes. Se você se conectou a um
banco de dados, as consultas especificam as tabelas e colunas que você quer exportar para
sua solução de BI. A sua solução de BI pode oferecer a escolha de importar tabelas inteiras
ou escrever uma consulta (em linguagem SQL) para especificar as colunas você quer.
Este código de consulta em linguagem SQL será executado toda vez que se desejar retornar
os dados atualizados, poupando tempo e esforço duplicado. Em adição, este código poderá
ser utilizado por outros colegas que fazem análises semelhantes às suas.
Como dito anteriormente, este tipo de consulta é feito para bancos de dados. No caso de
importação de dados direto de arquivos como Excel, você poderá realizar uma consulta a
todo o conteúdo, sem a necessidade de utilizar linguagem SQL.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 35
CONSULTAS NO POWER BI
Para começar a usar o Power BI Desktop, a primeira etapa é conectar-se aos dados,
correspondente à extração do ETL. Há muitos tipos diferentes de fontes de dados aos quais
você pode se conectar com o Power BI Desktop. Para se conectar a dados, basta seguir o
passo a passo:
A imagem a seguir mostra a janela Obter Dados exibindo as muitas categorias de fontes às
quais o Power BI Desktop pode se conectar.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 36
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 37
4- É gerada uma pré-visualização dos dados assim que conectamos à base de dados;
5- Você pode carregar os dados direto para o seu modelo, pulando a etapa de
transformação do ETL;
6- Ou você poderá editar esses dados e realizar transformações adicionais às suas
tabelas para adequação dos dados.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 38
Ao se conectar com dados no formato .xlsx do Excel com múltiplas planilhas e tabelas,
teremos a seguinte janela.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 39
Na figura abaixo, temos a janela exibida assim que iniciamos a conexão com um banco de
dados SQL Server.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 40
DICA!
Se você é usuário de negócio (não é da área de TI) e deseja conectar ao banco de dados da
sua empresa, peça a permissão e auxílio do profissional de TI responsável pela
administração do banco de dados. Ele irá tomar todos os procedimentos necessários
relativos à qualidade e segurança da informação, além de escrever as consultas em
linguagem SQL para acesso às tabelas necessárias.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 41
TRANSFORMAÇÕES
As transformações são, muitas vezes, os passos mais demorados num processo de BI. Os
dados que são extraídos do sistema fonte devem ser transformados no formato correto
para o carregamento no modelo de dados de destino e criação das visualizações. A base de
dados original permanece inalterada, pois é só a visão do Power BI que você está
ajustando.
A. LIMPEZA
Antes de aplicar quaisquer transformações aos seus dados, é uma boa ideia limpa-los
primeiro. Este processo corrige os dados sujos ou os remove para uma área de investigação
pois você quer que a qualidade dos seus dados seja tão alta quanto possível. As operações
típicas de limpeza podem incluir:
• Detecção de dados sujos e aplicação de uma transformação que pode ser limpeza ou
filtragem dos dados sujos em uma tabela separada para uma investigação mais
aprofundada sobre o motivo de estarem incorretos no sistema de origem;
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 42
B. FORMATAÇÃO
Após a limpeza dos dados, você pode aplicar a formatação para garantir que os dados de
origem sejam compatíveis com os dados de destino. As operações típicas de formatação
incluem:
• Substituir os valores abreviados por palavras completas para permitir uma melhor
filtragem. Por exemplo, você pode mudar M, F e D para Masculino, Feminino e
Desconhecido.
• Alterar maiúsculas e minúsculas dos valores de texto. Por exemplo, você pode querer
garantir que as siglas de país ou de estado sejam todas maiúsculas, e que os nomes
e o endereço de todos os clientes têm a primeira letra de cada palavra em maiúscula,
o resto em minúsculas etc.
• As datas podem precisar ser formatadas como data. O formato das datas geralmente
varia bastante entre os sistemas e localidades, sem consistência, então você precisa
estar ciente dos formatos e garantir que os valores de data e hora sejam convertidos
para o mesmo formato de acordo com a localidade.
for importante, então você deve garantir que os valores sejam carregados
corretamente no modelo de dados. Se os tomadores de decisão não estão
preocupados com a precisão e estão satisfeitos com um cenário aproximado, então
você tem mais liberdade para aplicar alguma formatação.
2. Editar Consultas
O intuito desta apostila não é falar sobre todos os tipos de transformação, mas oferecer
uma visão geral das transformações mais utilizadas.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 44
Nesta tabela, a primeira linha é uma informação de cabeçalho que se repete. Para remover
a primeira linha acesse página Inicial > grupo reduzir linhas > remover linhas > remover
linhas principais, como mostrado a seguir.
Selecione a quantidade de linhas a serem removidas. No nosso caso será somente 1 linha.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 45
Neste momento nossos dados já estão com os cabeçalhos e dados bem definidos, na
estrutura tabular que o Power BI exige para trabalhar melhor.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 46
Caso você tenha fechado este painel é só acessar exibição > config. consulta. Estas etapas
aplicadas funcionam como um algoritmo, um passo a passo, que será executado sempre
que atualizarmos os dados. É desta forma que automatizamos o processo de adequação
de uma base de dados, sem a necessidade de realizar a mesma tarefa todas as vezes. Isso
poderá te poupar dias de trabalho.
Você poderá adicionar, deletar ou reordenar os passos. Além disso poderá editar os passos
que possuírem um ícone de engrenagem do lado direito.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 47
Cada etapa aplicada gera um código na linguagem M, utilizada internamente pelo Power BI
para transformar e combinar dados. Para acessar o código gerado acesse página inicial >
grupo consulta > editor avançado.
Uma janela como a mostrada abaixo será exibida, com todo o código na linguagem M. Se
você tiver experiência com linguagem M você poderá editar ou adicionar linhas de código
diretamente no editor avançado.
DICA!
Identifique aqueles processos repetitivos que você já executa no Excel e tente automatizar
no Power BI!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 48
O Power BI automaticamente faz uma estimativa do tipo de dados baseado nas primeiras
linhas, entretanto, é interessante checar se todos os tipos de dados estão corretos.
Para alterar o tipo de dados basta clicar no ícone na parte esquerda do cabeçalho da coluna,
como mostrado a seguir.
DICA!
Sempre verifique se colunas com números decimais estão formatadas corretamente.
Formata-las como número inteiro poderá trazer erros de cálculos, uma vez que despreza a
parte decimal do número!
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SUBSTITUINDO VALORES
Muitas vezes os seus dados podem vir com valores incorretos. Para isso o Power BI possui
o recurso de substituir valores.
No exemplo a seguir, identificamos que o texto “fogao” deveria ser escrito como “fogão”.
Para substituir valores basta selecionar a coluna que se deseja alterar e acessar página
inicial > grupo transformar > substituir valores. Uma janela como abaixo será exibida.
Após aplicada a alteração, todas as linhas com o valor “fogao” serão transformadas em
“fogão”.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 50
DICA!
Este recurso é útil também para remover excesso de espaços, que podem ser um problema,
já que o Power BI entenderá que nomes com espaços a mais em uma das extremidades
são valores diferentes de nomes sem espaços.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 51
É necessário informar os delimitadores de fim e de início. Neste caso, ambos são underline
“_”. O resultado é mostrado abaixo.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 52
Primeiro iremos selecionar a opção de cortar, acessando transformar > grupo coluna de
texto > formato > cortar. Esta operação remove espaços nas extremidades. O resultado é
mostrado a seguir.
Depois iremos selecionar a opção limpar, acessando transformar > grupo coluna de texto >
formato > limpar. Esta operação remove os caracteres em branco no meio das palavras. O
resultado é mostrado a seguir.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 53
Devido ao excesso de espaços, algumas palavras ainda contêm espaços entre palavras.
Estes serão removidos com a operação “substituir valores”.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 2 - ETL (Extração, transformação e carregamento) 55
A coluna categoria contém valores que foram mesclados e só aparecem na primeira célula.
Precisamos repetir os valores das categorias para todas as células vazias adjacentes. Para
isso utilizaremos o recurso preencher para baixo acessando guia transformar >
preenchimento > para baixo.
Perceba que o Power BI entende células vazias como “null”. Só assim é possível fazer a
operação e obter o resultado a seguir.
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REMOVENDO COLUNAS
Você sempre deve remover os dados que não são necessários. O seu modelo de dados deve
ser o mais sucinto possível, dessa forma você não terá dados redundantes e complexidade
desnecessária. Se você tiver um grande conjunto de dados, remova tudo que não é
necessário para torná-lo o menor possível e para melhorar o desempenho do tratamento
dos dados em Power BI.
Para remover colunas basta selecionar a coluna em questão e clicar no botão delete.
RENOMEANDO COLUNAS
Suas colunas devem ter nomes que facilitem o trabalho ao criar os gráficos. Cada nome de
coluna deve fornecer aos dados dessa coluna uma descrição adequada. Isto é
particularmente relevante quando se trabalha com modelos de dados contendo várias
tabelas e colunas - isso facilita para encontrar os campos certos e adicionar aos gráficos.
Para renomear colunas basta clicar duas vezes sobre o cabeçalho da coluna em questão e
o texto se tornará editável.
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Para dividir a coluna acesse página inicial > grupo transformar > dividir coluna > por
delimitador.
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Note que o nome no cabeçalho da coluna é preservado e adicionado um índice (1, 2 e 3).
É possível escolher um separador personalizado que irá separar o conteúdo das colunas. O
separador escolhido foi o espaço e o resultado é mostrado a seguir.
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Uma tabela é uma coleção de informações sobre um assunto, coisa ou entidade, organizada
em linhas verticais e colunas horizontais.
Se você respondeu localização, está errado! Esta tabela é uma tabela de assunto cliente,
onde o Estado, a Cidade e o CEP são atributos de cada cliente. Algumas regras importantes:
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Se você falou que sim, está ligeiramente enganado, pois não é possível definir um assunto
específico para a representação acima. Seria uma tabela de cliente? Seria uma tabela de
produto? Muitos respondem que é uma tabela de vendas, o que faz sentido!
No entanto, não temos uma coluna que defina, em cada linha, uma entidade (nesse caso
uma venda) diferente. Talvez uma coluna combinando Nome do Cliente e Produto seria o
indicativo de que passamos de uma venda para outra, no entanto não é possível
determinar.
Responda. Agora é uma tabela? Se sua resposta foi sim, está correta! Agora é possível
determinar o assunto (venda), determinado pela coluna Cod Venda, onde cada linha
representa uma venda diferente! Muitas vezes é necessário criar colunas auxiliares de
índice que forneçam a informação relativa ao assunto da tabela. Observe o exemplo a
seguir.
Observe agora que a coluna Cod Venda tem valores que se repetem, mas ainda assim é
possível distinguir uma venda de outra, onde os clientes são os mesmos, mas os produtos
são diferentes. Daí a importância de ter a coluna Cod Venda, pois nenhuma outra sozinha
seria capaz de mostrar quando passamos de uma venda para outra. Observe a figura a
seguir.
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É uma tabela?
Se você respondeu que não, está correto! Este é um formato de matriz, muito utilizado para
facilitar a leitura. Perceba que temos o mesmo atributo em 3 colunas, que é o valor/ano.
Uma das regras que discutimos anteriormente é que cada coluna deve ter um atributo ou
característica diferente. O que não acontece neste exemplo. O correto seria ter uma coluna
para o ano e outra coluna para o valor, como segue na figura abaixo.
Valor
Perceba que essa nova configuração não é de fácil leitura, daí o motivo de se organizar
informações no formato de matriz. Entretanto, você precisará transformar seus dados para
o formato de tabela para trabalhar no Power BI. Ele ajuda a fazer isso com muita facilidade,
conforme veremos a seguir.
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Em resumo, para criar uma estrutura de tabela devemos seguir algumas regras básicas:
Observe que temos o mesmo atributo ano/valor em 3 colunas separadas. Para reverter isso
selecionamos as colunas que desejamos transformar em linhas (em amarelo) e acessamos
transformar > grupo qualquer coluna > transformar colunas em linhas.
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Agora temos uma estrutura no formato tabular que facilita a organização e criação de
gráficos no Power BI.
FILTRANDO DADOS
Você pode importar a sua base completa e ainda assim querer analisar somente uma parte
dela. O editor de consultas nos permite filtrar os dados que serão carregados para o modelo
de dados. Dependendo do tipo de dados da coluna em questão, alguns filtros inteligentes
são habilitados.
Para filtrar os dados de uma coluna basta clicar na seta à direita do cabeçalho da coluna,
como no exemplo abaixo.
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Imediatamente uma janela irá aparecer. Este exemplo vale para uma coluna do tipo texto.
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Podemos aplicar filtros inteligentes para datas. Ao selecionarmos a opção de filtros em uma
coluna de datas e uma janela aparecerá, como ilustrado abaixo.
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ACRESCENTANDO CONSULTAS
É possível acrescentar as linhas de uma tabela a outra, desde que tenham a mesma
estrutura. É possível também mesclar as colunas de uma tabela a outra. Estes dois
conceitos são bastante interessantes quando se deseja combinar informações de
diferentes fontes.
No Power BI, o grupo “combinar” merece bastante atenção, pois com ele é possível
automatizar algumas transformações complexas.
Imagine que você tenha duas tabelas que registram as movimentações no estoque. Abaixo
estão ilustradas essas tabelas.
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Para facilitar a análise e criação de gráficos seria interessante que você juntasse essas duas
tabelas, uma embaixo da outra. Para isso, selecione o ícone de uma das tabelas na área de
consultas e acesse página inicial > acrescentar consultas > acrescentar consultas como
novas.
Você poderá acrescentar duas ou mais tabelas. Neste caso são duas tabelas e devemos
informar a tabela primária (por padrão é aquela que foi selecionada no momento em que
executamos o comando) e a tabela secundária a ser acrescentada.
O resultado é uma terceira tabela com as informações de ambas, como podemos ver ao
filtrar a coluna de data (que agora contém as duas datas).
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DICA!
Perceba que para acrescentar corretamente uma tabela à outra, as colunas a serem
acrescentadas devem ter o mesmo nome e ser do mesmo tipo!
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MESCLANDO CONSULTAS
Você poderá trazer colunas adicionais de outra tabela, com base numa coluna em comum
ou com base em uma combinação de colunas em comum. A função mesclar consultas
funciona como uma espécie de PROCV, porém muito mais poderosa, pois conseguimos
retornar uma tabela inteira de uma única vez, caso necessário. Observe a figura a seguir.
De um lado, temos uma tabela de vendas com o produto, mês de venda e o valor.
Do outro, temos uma tabela com o cadastro de todos os produtos da empresa, bem como
seu código, fornecedor e cor.
Você pode querer puxar informações da tabela de produto para sua tabela de vendas, como
fornecedor e cor, por exemplo.
Para fazer isso acesse página inicial > grupo combinar > mesclar consultas > mesclar
consultas como novas.
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1 – Por padrão, a tabela que você havia selecionado aparecerá no primeiro campo;
4 – Selecione a coluna em comum entre as duas tabelas (essa coluna deve ter as mesmas
informações ou valores para que haja uma correspondência nas duas tabelas);
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Uma vez que as linhas das duas tabelas corresponderam, você poderá trazer quantas
colunas da outra tabela você precisar, apenas clicando no ícone do canto superior direito da
coluna criada (função expandir).
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TIPOS DE JUNÇÃO
Ao selecionar o tipo de junção tenha em mente o seguinte.
Vamos supor que desejamos mesclar as duas tabelas a seguir com base na coluna “cliente”
que é comum entre elas.
Perceba que só temos dois valores correspondentes, o cliente Sidney e o cliente Diego.
Agora iremos testar os tipos de junção possíveis.
1. Junção Interna
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Este é o tipo de junção mais utilizado, padrão do Power BI. Todos os campos da tabela “à
esquerda” (ou selecionada no momento) serão preservados, trazendo os valores
correspondentes da tabela da direita e descartando os que não corresponderem.
Neste tipo de junção os dados de ambas as tabelas são preservados, ficando as linhas
correspondentes lado a lado e criando linhas nulas para as que não corresponderem.
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C. AGREGAÇÕES
Com conjuntos de dados muito grandes, é comum que as agregações sejam realizadas na
área de edição e carregadas no modelo de dados.
Ao agregar as linhas com base em alguma (s) coluna (s) específica (s) você poderá reduzir
o número de linhas sem prejudicar a análise.
Por exemplo, o seu banco de dados fornece registros numa base hora de coleta. Entretanto,
para sua análise só é interessante ter esses dados, no máximo, diariamente. Ao agregar as
linhas que estavam de hora em hora numa visão diária seu modelo de dados
invariavelmente ficará mais leve!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 76
3 – MODELAGEM DE DADOS
Modelagem de dados é a criação de uma visão consistente dos elementos de dados
(tabelas) e suas relações na organização ou processo. Os dados podem ser importados de
diferentes fontes, portanto, durante a etapa de modelagem, é interessante criar padrões
como nome de colunas, e conteúdo das tabelas. O processo de modelagem pode ser
encontrado em bancos de dados bem normalizados, em repositório de dados e em modelos
semânticos.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 77
FATOS E DIMENSÕES
Para entender melhor o funcionamento de um modelo de dados se faz necessário
esclarecer alguns conceitos, tais como fatos e dimensões.
Fatos representam os eventos ocorridos nos processos de negócio que queremos analisar
(venda, compra, movimentação de material). Cada fato corresponde a um registro, uma
ação que pode ser medida e é registrada na base de dados da empresa numa ‘tabela fato’.
Uma venda pode ser considerada um fato dentro de um processo de venda.
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No exemplo abaixo temos o chamado ‘Esquema Estrela’, onde uma tabela que contém os
fatos ou registros é cercada por tabelas dimensão.
Perceba que na tabela fato de vendas (fVendas) temos a maioria dos campos em códigos
(ID-Produto, ID-Vendedor etc), além do campo ‘Valor’ que será o campo que iremos construir
agregações (soma, média, máximo etc.) e entender como está o processo de vendas.
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DICA!
Tente identificar, no processo que você irá analisar, quais são as tabelas fato – que contém
o registro dos acontecimentos , e quais são as tabelas dimensão – que contém as
perspectivas adicionais pelas quais podemos ver os eventos acontecidos.
Perceba que estas tabelas provavelmente contêm informações que podemos fazer
agregações (soma, média, máximo, mínimo), como total de material que saiu do estoque,
total de vendas ocorridas, total de defeitos, média de demissões etc.
Perceba que estas tabelas devem conter informações sob as quais poderemos enxergar os
fatos. Podemos ver o total de materiais movimentados num estoque pela dimensão
fornecedor, pela dimensão fabricante, etc.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 80
várias vendas com o mesmo produto que são registradas na tabela de vendas, entretanto,
se tivermos uma tabela só para os produtos, não precisaremos repetir todas as
características do produto a cada venda na tabela de vendas (como fabricante, fornecedor,
dimensões, origem etc). Basta que identifiquemos cada produto por meio de um
código(chave) que será o mesmo da tabela de produto relacionada.
Uma vez identificadas e importadas as tabelas fato e dimensão, precisamos fazer com que
elas se relacionem entre si. Para tal, utilizaremos os relacionamentos entre
colunas/campos, principalmente dos tipos (cardinalidade) a seguir:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 81
Já o lado “muitos” simbolizado pelo asterisco (*) vem da tabela fVendas. Isto significa
que os valores presentes na coluna ID_Vendedor desta tabela podem se repetir, uma
vez que um vendedor poderá realizar várias vendas!
2. Relacionamento um-para-um (1:1): Em um relacionamento um-para-um, as duas
tabelas que participam do relacionamento têm valores que não se repetem. Em
bancos de dados relacionais, relacionamentos um-para-um não são tão comuns
quanto muitos-para-um, e um de seus usos podem ser para dividir tabelas muito
grandes. Por exemplo, se você tiver uma tabela Funcionários com uma coluna
ID_Funcionário e outras colunas com o nome do funcionário, endereço, data de
nascimento, número de telefone e salário. Esses dados são frequentemente usados
pelo departamento de Recursos Humanos. Você tem outra tabela chamada Detalhes
do Funcionário, com uma linha para cada funcionário, e uma coluna ID_Funcionario.
A tabela Detalhes do Funcionário contém campos menos usados, como parentes
próximos, número de dependentes, informações de treinamento e qualificações. Isso
seria um para uma relação um-para-um.
3. Relacionamento muitos-para-muitos (*:*): Este tipo é o menos utilizado e, até pouco
tempo, nem era suportado no Power BI, por gerar ambiguidades. Evite o uso de
relacionamentos do tipo muitos-para-muitos.
RELACIONANDO TABELAS
Uma vez que você já carregou suas tabelas para o modelo de dados e definiu quem são
suas dimensões e quem são seus fatos, você já deve estar pronto para relacionar suas
tabelas.
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Uma vez que você já visualizou suas tabelas, relacione os campos correspondentes entre
elas, segurando com o botão esquerdo do mouse o campo desejado e arrastando até o
campo correspondente na outra tabela, como mostrado a seguir.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 83
DICA!
Você poderá ser surpreendido com uma mensagem de erro ao fazer o relacionamento.
Verifique se o lado “1” da relação tem valores repetidos, nulos ou em branco. Isso pode estar
causando o problema.
DICA!
Construindo uma estrutura de tabelas relacionadas, como no esquema estrela onde temos
uma ou mais tabelas fato cercadas de tabelas dimensão, temos a capacidade de construir
gráficos utilizando campos de qualquer tabela. Isto cria uma coesão no modelo e funciona
como uma grande tabela única consolidada, porém que você não precisou construir
manualmente. Não foi necessário utilizar PROCVs, copiar ou colar valores.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 84
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 85
Nosso gráfico agora nos mostra a soma do campo Valor por Cliente. Perceba que, por
padrão, o Power BI faz uma soma para campos com valores numéricos, como é o caso do
campo Valor (perceba o símbolo ∑ ao lado do nome do campo). Nós poderíamos alterar o
tipo de agregação feita pelo Power BI, clicando na seta ao lado do campo valor, na área de
campos, como demonstrado a seguir.
Podemos alterar o tipo de agregação padrão para média, mínimo, máximo, contagem,
desvio padrão etc. Entretanto, perceba que esses cálculos são limitados e você poderá
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 86
querer ver cálculos um pouco mais sofisticados. Para isso, falaremos mais à frente sobre o
conceito de medidas e colunas calculadas.
MÉTRICAS DE NEGÓCIO
Outro ponto da etapa de modelagem é a criação das métricas de negócio. Toda empresa
possui métricas próprias, indicadores de desempenho que devem ser monitorados de
perto, visando atingir seus objetivos estratégicos.
Os cálculos das métricas precisam ser entendidos por todos, principalmente por você que
irá criar informações gerenciais! Você deve ser capaz de traduzir as regras de negócio em
métricas no Power BI.
Para realizar cálculos no Power BI fazemos uso da linguagem DAX, que abordaremos mais
a fundo nos próximos tópicos.
O QUE É DAX?
Data Analysis Expressions (DAX) é uma linguagem de fórmulas que compreende uma
biblioteca de mais de 200 funções, constantes e operadores. Você usa DAX em uma
fórmula ou expressão para calcular e retornar um único valor ou uma tabela/coluna de
valores. DAX não é algo novo - você pode ter usado no Power Pivot para Excel ou no SQL
Server Analysis Services (SSAS). Se você utiliza as fórmulas do Excel, você perceberá
algumas semelhanças. No entanto, as funções do DAX são especificamente projetadas
para trabalhar com dados relacionais, que é como se trabalha em modelos de dados do
Power BI. A linguagem DAX é comumente usada em colunas calculadas e medidas, as
quais abordaremos mais à frente.
comparar as vendas acumuladas até o momento com o mesmo período do ano passado.
Se o mês atual é maio, você só quer comparar essa parte do ano anterior. As funções DAX
fornecem uma saída para isso, conforme mostrado no código a seguir. Isso não é algo que
é fácil de fazer sem o DAX!
DICA!
A chave para entender e usar DAX é aprender os conceitos da sintaxe para estruturar as
fórmulas, conhecer as funções que você pode usar para fazer cálculos e entender sobre
contexto de avaliação. Esses conceitos são abordados em detalhe nos próximos tópicos.
SINTAXE DAX
Sintaxe diz respeito à forma como você escreve. No português, a forma correta de escrever
aquilo que escrevemos num papel e enviamos para outra pessoa é “bilhete” e não “bilete”.
As fórmulas DAX que você escreve devem estar sintaticamente corretas, caso contrário, o
Power BI fornece uma mensagem de erro de sintaxe. Portanto, é importante entender como
estruturar suas expressões. O código a seguir mostra um exemplo de uma típica fórmula
que você pode usar no Power BI para criar um a medida:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 88
Em resumo, temos uma medida de nome “Receita Total” que faz a soma de todos os valores
da coluna “Valor” da tabela “fVendas”.
Uma expressão DAX retorna sempre uma tabela ou um valor escalar. Uma tabela pode
conter uma ou mais colunas, como resultado de uma expressão DAX. Um valor escalar pode
ser considerado como um valor cheio, um valor único, resultado de uma expressão DAX.
Você pode escrever expressões DAX para definir colunas calculadas e medidas.
OPERADORES DAX
A linguagem DAX usa operadores para criar expressões que comparam valores, realizam
cálculos aritméticos ou trabalham com strings (texto). Esta seção descreve o uso de cada
operador.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 89
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 90
MEDIDAS
Uma medida é uma expressão DAX que é avaliada em um contexto feito por um conjunto
de linhas (registros) de tabelas do modelo de dados. As medidas são formas de mostrar
valores em um gráfico. Quando você arrasta um campo/coluna qualquer para um gráfico
(como no nosso exemplo de criação de gráfico), o Power BI faz o que chamamos de medida
implícita que, por padrão, para colunas numéricas, será uma soma. Já para colunas de texto
será uma contagem. Este cálculo automático é chamado de medida implícita pois você não
especificou que tipo de cálculo deveria ser feito.
As funções DAX nos fornecem a possibilidade de criar medidas explícitas, com cálculos
personalizados específicos, que daqui pra frente chamaremos somente de medidas.
DICA!
Dê preferência ao uso de medidas sempre que desejar expor valores num gráfico.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 91
CRIANDO MEDIDAS
Para criar uma nova medida no Power BI acesse página inicial > grupo cálculo > nova
medida, como mostrado a seguir.
Perceba que o Power BI cria a medida no contexto da tabela que estiver selecionada no
momento. Por exemplo, se você estiver com a tabela fVendas selecionada no momento e
criar uma nova medida chamada “Total de Receita”, esta será criada e associada à tabela
fVendas, como demonstrado a seguir.
Entretanto, medidas não precisam pertencer a nenhuma tabela em específico. Você poderá
alterar a localização selecionando a medida que deseja mover e acessando modelagem >
tabela inicial > [tabela para qual deseja mover]. Perceba que este procedimento não muda
em nada o valor do resultado da sua fórmula!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 92
DICA!
Como dito anteriormente, campos numéricos são calculados automaticamente quando
se arrasta para um gráfico. Entretanto, você dará preferência ao uso de medidas, uma vez
que você poderá usar medidas dentro de outras medidas, poupando muito tempo na
hora de escrever suas fórmulas DAX. Observe o exemplo a seguir.
Seja uma medida que calcula a “Receita Total” avaliando a expressão “Quantidade * Preço
Unitário” linha a linha da tabela fVendas e somando tudo no final. (iremos ver mais sobre
funções iteradoras nos próximos tópicos):
Seja uma medida que calcula o “Custo Total” fazendo a expressão “Quantidade * Custo
Unitário” linha a linha da tabela fVendas e somando tudo no final:
Agora você deseja calcular o “Lucro Bruto Total” (que seria a receita subtraída dos custos)
e para isso irá criar uma nova medida. Você poderá utilizar as medidas já criadas ou
mesmo reescrever as expressões e subtrair. Qual você prefere?
A partir desse momento fica clara a vantagem de se fazer cálculos com medidas. Sempre
utilize medidas para alcançar o potencial máximo que as fórmulas DAX podem
proporcionar!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 93
COLUNAS CALCULADAS
Uma coluna calculada funciona como uma coluna qualquer no seu modelo, onde você
poderá arrastar para um gráfico e fazer um cálculo automático (não recomendado, dê
preferência à criação de medidas), apresentar num eixo de um gráfico (uso recomendado
para colunas), fazer um cálculo linha a linha de uma tabela (uso frequente e ok!), ou mesmo
para definir um relacionamento, caso necessário.
Colunas calculadas são úteis quando a tabela fonte não contém os dados que deverão ser
apresentados da maneira como você deseja. Você poderá concatenar textos, multiplicar
números linha a linha de uma tabela, combinar dados de qualquer lugar do modelo etc.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 94
No exemplo abaixo temos uma coluna calculada que utiliza uma fórmula DAX que
concatena as informações das colunas de ano e mês, linha a linha.
Neste outro exemplo temos uma coluna calculada que utiliza uma fórmula DAX que
multiplica, linha a linha da tabela fVendas, a Quantidade e o Valor, para calcular a Receita
de cada venda.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 95
DICA!
Ao criar uma coluna calculada, é interessante que você acesse a visão de dados pois você
visualiza o resultado da coluna rapidamente, coisa que não acontece com uma medida,
até que você adicione a um gráfico.
CONTEXTO DE AVALIAÇÃO
Este conceito é fundamental para o pleno entendimento das expressões DAX e, apesar de
parecer simples à primeira vista, causa bastante confusão à medida que vamos realizando
cálculos. Entender o contexto e usar o contexto de forma eficaz é essencial para criar
análises dinâmicas de alto desempenho e para solucionar problemas em fórmulas.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 96
Você já sabe que esta fórmula computa “Receita Total” fazendo o cálculo “Quantidade *
Preço Unitário” (receita de cada venda) linha a linha da tabela fVendas e somando tudo no
final.
Você pode jogar esta medida em uma matriz e ver o resultado, conforme a seguir:
Esse número por si só não é nada interessante. Entretanto, se você pensar com cuidado, a
fórmula calcula exatamente o que deve computar: a soma de todo as receitas de vendas,
que é um número grande e sem significado interessante. Essa matriz se torna mais
interessante assim que usamos alguns campos/colunas para dividir o total geral e começar
a investigá-lo.
Por exemplo, você pode adicionar o campo produto para as linhas da matriz e revelar alguns
insights mais interessantes, como mostrado a seguir.
O total geral ainda está lá, mas agora é a soma de valores menores e cada valor, junto com
todos os outros, tem um significado. No entanto, se você pensar com cuidado novamente,
você deve notar que algo estranho está acontecendo aqui: a fórmula não está computando
o que pedimos!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 97
Supomos que a fórmula significasse "a soma de todas as receitas das vendas". Mas dentro
de cada ‘célula’ da tabela matriz, a fórmula não está computando a soma de TODAS as
vendas, está computando apenas a soma das vendas de produtos de um tipo específico.
No entanto, nunca especificamos que o cálculo teria que funcionar em uma parte do modelo
de dados. Em outras palavras, a fórmula não especifica que ele pode trabalhar em
subconjuntos de dados.
Por que a fórmula está computando valores diferentes em células diferentes? A resposta é
muito fácil: por causa do contexto de avaliação sob o qual o DAX calcula a fórmula. Você
pode pensar no contexto de avaliação de uma fórmula como a ÁREA AO REDOR da célula
em que o DAX avalia a fórmula.
Como o nome do produto está em linhas, cada linha da matriz pode ver, a partir do modelo
de dados inteiro, APENAS O SUBCONJUNTO de dados de produtos desse nome específico.
Essa é a área ao redor da fórmula, ou seja, um conjunto de FILTROS aplicado ao modelo de
dados antes da avaliação da fórmula. Quando a fórmula calcula a soma de todo o valor de
vendas, ela não é computada em todo o banco de dados, porque não tem a opção de
examinar todas as linhas.
Por exemplo, quando o DAX calcula a fórmula na linha com o valor Camiseta (destacado em
vermelho), é gerado um filtro implícito onde somente os produtos Camiseta são visíveis e,
por isso, considera apenas as linhas da tabela de vendas pertinentes aos produtos
Camiseta. Portanto, a soma de todo o valor de receita das vendas, quando computada para
uma linha da matriz que mostra apenas produtos Camiseta, se torna a soma de todas as
receitas de vendas de produtos Camiseta.
Qualquer fórmula DAX especifica um cálculo, mas a fórmula avalia esse cálculo em um
contexto, que define o valor final calculado. A fórmula é sempre a mesma, mas o valor é
diferente porque o DAX o avalia em diferentes partes do modelo de dados.
O único caso em que a fórmula se comporta da maneira como foi definida é o total geral.
Nesse nível, porque nenhuma filtragem acontece, o modelo de dados inteiro está visível.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 98
Agora iremos arrastar o campo “Vendedor” para colunas e teremos um resultado ainda
mais interessante.
As regras do jogo devem estar claras neste ponto: cada célula agora tem um valor diferente,
mesmo que a fórmula seja sempre a mesma, porque as linhas e colunas da matriz definem
o contexto.
Em resumo, vemos que os campos que adicionamos a uma matriz ou gráfico (nesse quesito,
funcionam da mesma maneira) são fontes de contextos/filtros.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 99
Neste caso, foi adicionado um segmentador de dados (no canto direito da imagem) com o
campo Cliente. O segmentador funciona como um filtro e adiciona contexto a todos os
visuais (nesse caso uma matriz) que fizerem parte da página em questão no Power BI.
Produto = Chapéu, Vendedor = Rex e Cliente = Ponto Frio. Onde a soma das receitas de
venda totaliza R$ 5.971,73.
Outra fonte de contexto/filtro que pode ser usada no Power BI é através da área de filtros,
que fica fora do Canvas.
Perceba que adicionamos à área de filtros o campo ano e selecionamos o ano de 2018.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 100
Produto = Bermuda, Vendedor = Woody, Cliente = Ponto Frio e Ano = 2018. Onde a soma
das receitas para esse subconjunto de dados totaliza R$ 85.574,41.
DICA!
Lembre-se que este mesmo raciocínio vale para outros tipos de gráficos. Vamos pegar o
exemplo de um gráfico de colunas agrupadas.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 101
CONTEXTO DE FILTRO
Até este ponto, deve estar claro que os valores calculados em cada célula têm um contexto
definido pelas linhas, colunas, eixos, segmentações de dados e filtros. Todos esses filtros
contribuem na definição de um contexto que o DAX aplica ao modelo de dados antes da
avaliação da fórmula.
Agora que você aprendeu o que é contexto de filtro, sabe que a seguinte expressão DAX
deve ser lida como "a soma de todas receitas de vendas visíveis no contexto do filtro atual".
Iremos abordar nos próximos tópicos como ler, modificar e ignorar o contexto do filtro. A
partir de agora, é suficiente ter uma sólida compreensão do fato de que o contexto do filtro
está sempre presente para qualquer célula de uma matriz ou qualquer outro valor em seus
gráficos. Você sempre precisa levar em consideração o contexto do filtro para entender
como o DAX avalia uma fórmula.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 102
CONTEXTO DE LINHA
Desta vez, usamos uma fórmula diferente para nossas considerações:
É provável que você escreva essa expressão em uma coluna calculada, para calcular a
receita de cada venda.
Quando você definiu a coluna calculada, a sua fórmula DAX iniciou uma iteração na primeira
linha da tabela; ela criou um contexto de linha contendo essa linha completa e avaliou a
expressão “Valor * Quantidade”. Em seguida, passou para a segunda linha e avaliou a
expressão novamente. Isso acontece para todas as linhas da tabela e, se você tiver um
milhão de linhas, pode pensar que o DAX criou um milhão de contextos de linha para avaliar
a fórmula um milhão de vezes.
Um contexto de linha é um contexto que sempre contém uma única linha (o contexto de
filtro contém várias linhas, ou um subconjunto de uma tabela) que a sua fórmula DAX define
automaticamente durante a criação de colunas calculadas. Sendo assim, cada resultado
dependerá do seu contexto de linha atual. Você pode criar um contexto de linha usando
outras técnicas, que serão discutidas mais adiante, mas a maneira mais fácil de explicar o
contexto de linha é observar as colunas calculadas, em que o mecanismo sempre cria
automaticamente.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 103
DICA!
Sempre que precisar realizar um cálculo, se pergunte se você precisará avaliar uma
expressão para cada linha de uma tabela inteira, nesse caso utilizando um contexto de linha
através da criação de colunas calculadas. Ou mesmo se poderá realizar o cálculo agregando
diretamente suas colunas através de medidas.
Uma medida não pode referenciar o valor de uma única linha de maneira direta. Uma
referência a uma coluna sempre deve ser incluída junto a uma função de agregação (SUM,
COUNT e assim por diante) ou usando uma função de iteração (FILTER, SUMX e assim por
diante).
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 104
Mesmo que pareçam semelhantes, há uma grande diferença entre medidas e colunas
calculadas. O valor de uma coluna calculada é calculado usando a linha atual como um
contexto (contexto de linhas); não depende da interação do usuário no relatório. Uma
medida opera em agregações de dados (várias linhas juntas) definidos pelo contexto de
filtro atual aplicado no relatório - como seleção segmentação de dados, linhas e colunas em
uma matriz ou eixos e filtros aplicados a um gráfico.
Neste ponto, você pode estar se perguntando quando usar colunas calculadas em vez de
medidas. Às vezes, você poderá utilizar uma ou outra, mas na maioria das situações, suas
necessidades irão determinar sua escolha.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 105
Você precisa definir uma coluna calculada sempre que quiser fazer o seguinte:
No entanto, você deve criar uma medida sempre que quiser exibir valores de cálculo
resultantes que reflitam as seleções do usuário e vê-los na área de valores de uma matriz
ou na área de plotagem de um gráfico - por exemplo:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 106
FUNÇÕES DAX
Funções são fórmulas predefinidas que executam cálculos em um ou mais argumentos.
Você poderá informar uma coluna como um argumento, e você também pode usar outras
funções, expressões, fórmulas, constantes, números, texto e valores VERDADEIROS ou
FALSOS. A biblioteca de funções DAX possui mais de 200 funções, operadores e
construções, e está segmentada nas 10 seguintes categorias:
Nesta apostila não iremos abordar todas as funções DAX, e sim algumas das funções mais
utilizadas em alguns casos específicos. Para um guia completo das funções DAX acesse:
https://docs.microsoft.com/pt-br/dax/dax-function-reference.
As fórmulas DAX são muito semelhantes às fórmulas que você digita nas tabelas do Excel,
mas existem algumas diferenças importantes. No Microsoft Excel você pode fazer
referência a células individuais ou intervalos. No Power BI você irá referenciar apenas
tabelas completas ou colunas de dados. No entanto, se você precisa trabalhar com apenas
parte de uma coluna, ou com valores únicos de uma coluna, você pode alcançar um
comportamento semelhante usando funções DAX que filtram a coluna ou retornam valores
específicos.
Para fins didáticos, não iremos abordar as funções na mesma ordem definida pelas
categorias de funções.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 107
EXPRESSÕES CONDICIONAIS
Assim como no Excel, a linguagem DAX possui funções que permitem realizar condições,
ou funções lógicas.
FUNÇÃO IF
A primeira e talvez mais utilizada é a condição “se”, obtida em DAX por meio da função IF.
Ela verifica se uma condição fornecida como o primeiro argumento é atendida. Retorna um
valor se a condição é VERDADEIRO e retorna outro valor se a condição for FALSO.
Parâmetro Definição
A seguir você pode ver um exemplo de expressão usando a função IF especificando uma
condição que traz como resultado “Classe A” caso o preço de venda seja >=30 ou “Classe B”,
caso contrário.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 108
No exemplo a seguir, desejamos criar uma condição que traga “Classe C” para produtos com
preço de venda <= 20, “Classe B” para produtos com preço de venda >20 E <=30, e “Classe
A” para o restante.
Para isso, é necessário realizar várias condições com a função IF, de modo agrupado.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 109
Observe que, quando temos mais de dois resultados possíveis, o nível de complexidade
da expressão vai se elevando. Para isso temos uma função muito útil chamada SWITCH,
que proporciona um resultado de mais fácil leitura e construção.
FUNÇÃO SWITCH
A função SWITCH avalia uma expressão em relação a uma lista de valores e retorna um dos
vários possíveis resultados da expressão.
Sintaxe =SWITCH(<expressão>;<valor>;<resultado>[valor];[resultado]…[else])
Parâmetro Definição
expressão Qualquer expressão DAX que retorna um valor escalar único em que a
expressão deve ser avaliada várias vezes (para cada linha / contexto).
Pode ser utilizado também um valor TRUE /FALSE
valor Um valor constante a ser correspondido com os resultados da expressão.
resultado Qualquer expressão escalar a ser retornado se os resultados da
expressão corresponderem ao valor.
else Qualquer expressão escalar a ser avaliada se o resultado da expressão
não corresponder a nenhum dos argumentos de valor.
Uma forma de reescrever a expressão, que acima realizamos com a função IF, seria:
Utilizando SWITCH + TRUE, para cada argumento “valor” que for igual a TRUE, a função
SWITCH trará o resultado correspondente. Por exemplo, se o preço de venda <=20 for
verdadeiro (ou TRUE), será retornado o resultado “Classe C”. Se o preço da venda for > 20 E
<=30 (ou TRUE), será retornado o resultado “Classe B”.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 110
Você também poderá utilizar a função SWITCH para corresponder o argumento “valor” ao
argumento “expressão”, da seguinte maneira.
Na fórmula acima, a <expressão> país será avaliada em pares. Primeiro, a função SWITCH
verifica se o valor de país é “Brasil”. Caso verdadeiro, retornará “Grupo A”. O mesmo
acontece com “México” e “Dinamarca”. Perceba que o argumento [else] foi omitido, trazendo
branco para todos os países que não forem nem México nem Brasil ou Dinarmaca. O
resultado é dado a seguir.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 111
Dessa forma, a expressão é avaliada somente uma vez e facilita a leitura e organização da
fórmula.
DICA!
Utilize as funções condicionais também para checar se resultados estão em branco, em
conjunto com a função ISBLANK, se contém erros com a função ISERROR, retornando um
valor alternativo para esses casos.
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EXPRESSÕES DE AGREGAÇÃO
Quase todo modelo de dados precisa operar em dados agregados. A linguagem DAX
fornece várias funções que agregam conjuntos de linhas de uma tabela, retornando um
único valor. Essas funções operam de acordo com o contexto do filtro, abordado
anteriormente. As funções de agregação mais simples aplicam uma agregação em uma
única coluna numérica de uma tabela, que é o único argumento das seguintes funções:
DICA!
Os nomes de funções que incluem o sufixo A só existem para manter a sintaxe do Excel,
mesmo que no Power BI elas funcionem apenas em colunas numéricas, enquanto no Excel
essas funções podem ser usadas para colunas que contenham texto. A única diferença é
que, se aplicado a uma coluna não numérica, as funções com o sufixo A retornarão 0 em
vez de um erro! Sob uma perspectiva prática, você poderá ignorar todas as funções com
sufixo A.
Você pode informar apenas uma coluna como argumento. Se você precisar agregar os
resultados de uma expressão (cálculo) mais complexa, será necessário usar uma das
funções de iteração X, que usa a seguinte sintaxe:
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agregação (soma, média, máximo etc) usada. A expressão se comporta como uma coluna
calculada temporária durante sua avaliação. Todas as regras de sintaxe válidas para
colunas calculadas também se aplicam a esse argumento.
A maioria (mas não todas) das funções da agregação simples tem uma correspondente X
correspondente:
• SUMX;
• AVERAGEX;
• MAXX;
• MINX;
• STDEVX.S, STDEVX.P
• VARX.S, VARX.P
Você pode reescrever cada agregação simples usando a função iterativa correspondente.
Por exemplo, em vez de escrever a seguinte expressão:
Você poderá escrever a expressão abaixo com sua respectiva função X e obter o mesmo
resultado:
Mas se você quiser usar uma expressão mais complexa, você TEM que usar a função
SUMX:
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EXPRESSÕES DE CONTAGEM
As funções que abordamos anteriormente são úteis para realizar a agregação de valores.
Às vezes, você não está interessado em agregar valores, mas apenas em contá-los. Assim,
o DAX oferece um conjunto de funções que são úteis para contar linhas ou valores.
Se você quiser contar o número de linhas em uma tabela ou número de valores distintos
em uma coluna, use as seguintes funções:
ou
DICA!
A função COUNTA pode ser usada para contar quantas linhas de uma coluna possuem um
valor não nulo, independentemente de seu tipo de dados, enquanto COUNT faz o mesmo,
mas funciona apenas em colunas numéricas. De um ponto de vista prático, você pode
considerar sempre usar COUNTA em vez de COUNT.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 115
EXPRESSÕES DE FILTRO
Qualquer expressão DAX é avaliada sob o contexto de filtro atual, incluindo as funções de
agregação. Por exemplo, a expressão a seguir retorna a soma da coluna “Valor” na tabela
“fVendas”, considerando um subconjunto de apenas as linhas ativas da tabela fVendas no
contexto do filtro atual (ver o tópico sobre contexto de avaliação) quando a SUMX é
chamada:
Em vez de uma tabela real, como no primeiro parâmetro da função SUMX acima, você pode
usar qualquer expressão DAX que retorne uma tabela. Usando o nome de uma tabela, você
inclui todas as linhas ativas no contexto de filtro atual. Você pode informar um conjunto
diferente de linhas usando uma função que retorna uma tabela.
A função FILTER, por exemplo, recebe uma tabela como primeiro argumento e retorna todas
as linhas que satisfazem a condição lógica informada no segundo argumento, que é
avaliado para cada linha da tabela que recebe. Por exemplo, se você quiser calcular a soma
de “Valor” somente para as linhas com um valor maior que 10, use a expressão a seguir:
FUNÇÃO FILTER
Retorna uma tabela que representa um subconjunto de outra tabela com base em uma
expressão.
Parâmetro Definição
tabela A tabela a ser filtrada. A tabela também pode ser uma expressão que
resulta em uma tabela.
filtro Uma expressão booleana que deve ser avaliada para cada linha da
tabela. Por exemplo, [Valor]> 10 ou [País] = "Brasil".
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 116
FUNÇÃO CALCULATE
Esta é a função mais importante da linguagem DAX! Ela combinada a outras funções,
permite uma infinidade de cálculos com modificação do contexto de filtro atual.
Para manipular o contexto de filtro atual e executar cálculos com base em filtros diferentes
(por exemplo, o total de vendas da categoria à qual um produto pertence ou o total do ano
atual), você pode usar a função CALCULATE.
A função CALCULATE avalia uma expressão (ou seja, realiza um cálculo) em um contexto
que é modificado pelos filtros especificados dentro da função.
Sintaxe: CALCULATE(<expressão>;[filtro1];[filtro2]…)
Parâmetro Definição
• Uma expressão lógica de filtro contendo apenas uma única referência de coluna:
nesse caso, qualquer filtro existente sobre essa coluna será substituído pela nova
condição de filtro.
• Uma expressão de tabela que retorna uma ou mais colunas: nesse caso, todos os
filtros nas colunas retornados pela expressão de tabela são substituídos pelas novas
condições de filtro.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 117
Ao adicionar a Receita Total a uma matriz com produtos em linhas temos o seguinte
resultado:
Conforme já dito, o valor de uma medida sempre irá depender do contexto de filtro atual
aplicado. No valor em destaque temos um contexto onde produto = “Meias”, retornando
somente um subconjunto de linhas da tabela fVendas onde o produto é Meias e a soma da
coluna Valor totaliza R$ 925.606,05.
Podemos manipular o contexto de filtro aplicado a essa matriz com uso da função
CALCULATE. Considere a seguinte expressão:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 118
Perceba que a medida “Receita Total Calca” traz o mesmo valor para todas as linhas da
matriz, que é igual ao valor da medida “Receita Total” no contexto de filtro de produto igual
a “Calça”, que também totaliza R$ 934.083,06. O que a função CALCULATE fez foi modificar
o contexto em todas as células, conforme especificamos no segundo argumento,
informando que gostaríamos de retornar um subconjunto da tabela Produto onde o
Produto é igual a “Calça” (perceba que estamos aplicando um filtro à tabela Produto que,
por sua vez, se propaga para a tabela fVendas pois elas estão relacionadas e funcionam
como uma só tabela). Em cada linha da matriz, “forçamos” uma modificação no contexto de
filtro atual durante o cálculo da medida.
A função CALCULATE permite ainda informar mais de uma expressão booleana no mesmo
argumento de filtro, desde que referencie a mesma coluna. Veja o exemplo:
Neste exemplo utilizamos uma lógica OU com o uso do operador “||”. Neste caso, estamos
retornando um subconjunto de dados onde os produtos são “Calça” ou “Cinto”. O resultado
é dado a seguir:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 119
Perceba que agora, assim como no exemplo anterior, a medida retorna o mesmo valor para
todas a matriz. Entretanto, desta vez seu valor corresponde à soma da Receita Total dos
produtos Calça (R$ 934.083,06) e Cinto (R$ 884.415,30), totalizando R$ 1.818.498,47. Isso
se dá pelo fato de que em cada célula temos um subconjunto da dados onde produto =
“Calça” ou “Cinto”, conforme especificado na função CALCULATE.
FUNÇÃO ALL
Internamente, a função “Receita Total Calca” é escrita da seguinte maneira:
Com base no exemplo da medida “Receita Total Calca”, se quiséssemos retornar somente
os valores correspondentes a calça poderíamos utilizar a seguinte expressão:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 120
A função ALL ignora todos os filtros do contexto de filtro atual, retornando todos os valores
de uma coluna ou de uma tabela.
Parâmetro Definição
O argumento para a função ALL deve ser uma tabela ou uma coluna. Você não pode usar
expressões de tabela ou expressões de coluna com as funções ALL.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 121
Conforme descrito na tabela a seguir, você pode usar as funções ALL em diferentes
cenários.
Nesta fórmula estamos utilizando a função CALCULATE especificando o cálculo a ser feito
no argumento <expressão>, que é o cálculo da Receita Total. Em seguida estamos
especificando a modificação no contexto que desejamos realizar. Dessa vez, desejamos
ignorar qualquer filtro que esteja aplicado no contexto da tabela de produtos. O resultado
é dado a seguir:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 122
Perceba que em cada linha desta matriz temos um contexto diferente sendo aplicado na
tabela produto no campo/coluna “produto”. Na segunda linha desta matriz, por exemplo, o
contexto de filtro é produto igual a “Boné” e, portanto, somente um subconjunto da tabela
produto relativo a “Boné” é retornado e baseado para o cálculo da medida “Receita Total”.
Já na medida “Receita Total ALL Produto” especificamos que desejamos ignorar todos os
filtros aplicados no contexto da tabela “Produto”. Sendo assim, são retornadas todas as
linhas da tabela produto, nos mostrando sempre o valor total de receita.
DICA!
Perceba que se relacionarmos estas duas medidas por meio de uma divisão simples,
teremos quanto a receita de cada produto representa da receita total.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 123
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 124
Por exemplo, o cálculo da “Receita Total Acumulado Mês” faz o mesmo cálculo da medida
“Receita Total” do início do mês até o dia selecionado. Como você pode ver acima, a medida
de acumulado reinicia sua soma incremental a cada primeiro dia do mês em que ocorre
vendas. No dia 31 do mês janeiro o acumulado era de R$ 490.389,14. A partir do dia 9 de
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 125
fevereiro foi reiniciada a conta, sendo o valor do “acumulado” igual ao valor de receita total,
totalizando R$ 265.395,57.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 126
Parâmetro Definição
expressão Uma expressão que retorna um valor escalar. Pode ser uma medida.
datas Uma coluna que contém datas contínuas.
filtro Uma expressão que especifica um filtro a ser aplicado no contexto
atual (opcional)
*Na função TOTALYTD temos um quarto argumento, onde podemos informar a data de
término do ano fiscal.
A versão com CALCULATE é mais flexível, porque você pode adicionar outros filtros na
função CALCULATE. Também torna mais evidente o comportamento interno das funções de
agregação relacionadas ao tempo. A seguir, as correspondentes com a função CALCULATE:
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 127
As funções DATESYTD, DATEQTD e DATESYTD trazem ao contexto de filtro atual uma tabela
que contém uma coluna de datas acumuladas no ano, trimestre e dia, respectivamente.
Parâmetro Definição
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 128
Em “Total de Receita -1 Mês”, cada mês tem o valor do mês anterior (e BLANK no caso de
não haver vendas no mês anterior). Os totais trimestrais representam a soma dos meses
deslocados. Em “Total de Receita -1 Trimestre”, os valores são deslocados em um trimestre.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 129
FUNÇÃO DATEADD
Retorna uma tabela que contém uma coluna de datas, deslocada para frente ou para trás
no tempo, pelo número especificado de intervalos das datas, no contexto atual.
Parâmetro Definição
FUNÇÃO SAMEPERIODLASTYEAR
Você pode obter o valor do ano anterior de uma maneira alternativa e mais legível usando
a função SAMEPERIODLASTYEAR, que é uma versão especializada da função DATEADD.
Internamente, a mesma chamada DATEADD é feita, usando -1 e YEAR como segundo e
terceiro argumentos. Por exemplo, você pode definir a mesma medida “Total de Receita -1
Ano” desta maneira:
Sintaxe = SAMEPERIODLASTYEAR(<datas>)
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 130
Parâmetro Definição
DICA!
A função DATEADD retorna uma tabela feita por uma coluna e o número de linhas que
depende do número de dias ativos no contexto do filtro atual. Por exemplo, quando a matriz
mostra uma célula com vendas por um mês, o filtro atual inclui todos os dias do mês. Se
você voltar a um mês diferente, o número de dias pode ser diferente. Essa detecção
funciona automaticamente, observando os dias ativos no filtro. Por exemplo, se o filtro
contiver todos os 30 dias de setembro, o resultado incluirá todos os 31 dias de agosto. No
entanto, se houver apenas 29 dias em setembro, porque um dia não está ativo no filtro,
apenas 29 dias correspondentes em agosto serão devolvidos, não incluindo o dia faltante
traduzido em agosto e 31 de agosto.
FUNÇÃO PARALLELPERIOD
Se você precisar do valor de um período inteiro traduzido no tempo, também poderá usar a
função PARALLELPERIOD, que é semelhante a DATEADD, mas retorna o período completo
especificado no terceiro parâmetro, em vez do período parcial retornado por DATEADD.
Você pode definir a medida “Total de Receita -1 Ano” também da seguinte forma:
Com essa base de funções de inteligência de tempo você agora é capaz de fazer
comparações, encontrar desvios absolutos e em percentual, diferença de acumulados etc.
Use sua criatividade e entenda as regras do seu negócio!
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 131
Para criar uma tabela calculada acesse a visão de dados > guia modelagem > grupo cálculo
> nova tabela. Ao inserir a fórmula acima, temos um resultado parecido com este.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 132
DICA!
Perceba que no exemplo acima tivemos de especificar as datas de início e de fim, o que
pode ser um problema, já que nossas tabelas fato estão sempre crescendo com o passar
dos dias e poderão contemplar datas que não estarão a nossa tabela de Dimensão
Tempo.
Lembrando que todos os gráficos que iremos construir daqui pra frente que incluem
datas deverão vir de colunas da tabela Dimensão Tempo. Sendo assim, se na nossa
tabela fato de vendas (por exemplo) tivermos vendas do ano de 2018, tais vendas não
serão mostradas no nosso gráfico, pois o período vai somente até 31/12/2017!
Podemos, então, automatizar o processo de geração das datas, referenciando as datas
da tabela de vendas, como no exemplo abaixo.
A fórmula acima traz, no primeiro argumento da função CALENDAR a data de início como
sendo a menor data da tabela fVendas com uso da função MIN. Já no segundo
argumento temos a maior data da tabela fVendas como sendo a data de fim com uso da
função MAX. Desta forma, a tabela calendário sempre terá todas as datas contempladas
na tabela de vendas e os gráficos irão contemplar todas as vendas possíveis!
DICA!
Observe também que você poderá ter duas tabelas fato: uma com as vendas realizadas e
uma com os orçamentos/previsões de vendas, por exemplo. Nesta segunda você
provavelmente terá uma coluna de datas até o final do ano corrente, ou seja, com o
orçamento/previsão até o mês de dezembro. Sendo assim, referenciar na sua função
CALENDAR somente as datas da tabela de vendas realizadas poderia limitar a criação de
gráficos para os orçamentos. Neste caso, considere na função CALENDAR a data de início
vindo da tabela de vendas realizadas e a data de fim vindo da tabela de
orçamentos/previsões.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 133
FUNÇÃO CALENDARAUTO
Retorna uma tabela com uma única coluna chamada "Date" contendo uma lista contínua de
datas. O intervalo de datas é calculado automaticamente com base nos dados do modelo.
Parâmetro Definição
FIQUE CIENTE!
O intervalo de datas é calculado da seguinte forma:
• A data mais antiga (menor) no modelo, que não está em uma coluna calculada ou em
uma tabela calculada, é tomado como a data de início.
• A data mais recente (maior) no modelo, que não está em uma coluna calculada ou em
uma tabela calculada, é tomado como a data de fim.
O intervalo de datas retornado será as datas entre o início do ano associado à data mais
antiga e o final do ano associado à data mais recente.
Um erro será retornado se o modelo não contiver nenhum valor de data e hora que não
é proveniente de colunas calculadas ou tabelas calculadas.
Neste exemplo, a data mais antiga e a data mais recente no modelo de dados são 1 de
janeiro de 2015 e 15 de março de 2017, respectivamente.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 134
Ao criar uma nova tabela calculada e inserir a fórmula acima, temos um resultado parecido
com este:
...
CALENDARAUTO () retornou todas as datas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de
2017.
...
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 135
DICA!
Na dúvida, é recomendável checar, por meio do botão de filtro, todo o intervalo de datas
obtido.
FUNÇÃO DATE
Retorna a data especificada no formato datetime
Sintaxe = DATE(<ano>;<mês>;<dia>)
DICA!
Esta função pode ser útil dentro de outras funções que exigem que uma data seja
especificada, como na função CALENDAR, conforme vimos anteriormente.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 136
FUNÇÃO DATEDIFF
Retorna a contagem dos intervalos entre duas datas. Por exemplo, você poderá contar o
número de dias, semanas, meses e anos entre duas datas.
A formula a seguir retorna o número de meses decorridos entre as duas datas, linha a linha
(coluna calculada) da tabela dCalendario.
Assim como calculamos o número de meses, de acordo com o último argumento da função
(MONTH), poderíamos ter calculado o número de dias, horas, minutos, segundos, anos,
semestres.
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 137
FUNÇÃO DATEVALUE
Converte uma data na forma de texto para uma data no formato datetime.
A formula a seguir retorna a data 04 de agosto de 2018. Lembre-se de que valores de texto
sempre estão entre aspas (“”)
FUNÇÃO TODAY
Retorna a data atual.
Sintaxe = TODAY( )
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 138
EM RESUMO...
Vimos algumas funções DAX que irão permitem com que você realize boa parte dos cálculos
que você já realiza no Excel, como muito mais integridade e de forma automatizada.
Podemos também traçar um paralelo entre algumas funções que funcionam no Excel da
mesma forma que funcionam no Power BI com a linguagem DAX.
FUNÇÕES DE INFORMAÇÃO
Excel Power BI - DAX
ÉCEL.VAZIA ISBLANK
ÉERROS ISERROR
ÉLÓGICO ISLOGICAL
É.NÃO.TEXTO ISNONTEXT
ÉNÚM ISNUMBER
ÉTEXTO ISTEXT
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 139
FUNÇÕES DE TEXTO
Excel Power BI - DAX
CONCATENAR CONCATENATE
EXATO EXACT
PROCURAR FIND
FIXO FIXED
ESQUERDA LEFT
DIREITA RIGHT
NÚM.CARACT LEN
MINÚSCULA LOWER
MAIÚSCULA UPPER
MUDAR REPLACE
REPT REPT
PESQUISAR SEARCH
SUBSTITUIR SUBSTITUTE
ARRUMAR TRIM
VALOR VALUE
TEXTO FORMAT
FUNÇÕES LÓGICAS
Excel Power BI - DAX
E AND
SE IF
SEERRO IFERROR
NÃO NOT
OU OR
FALSO FALSE
VERDADEIRO TRUE
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 3 – MODELAGEM DE DADOS 140
LOG10 LOG10
MOD MOD
MARRED MROUND
PI PI
POTÊNCIA POWER
QUOCIENTE QUOTIENT
ALEATÓRIO RAND
ALEATÓRIOENTRE RANDBETWEEN
ARRED ROUND
ARRENDONDAR.PARA.BAIXO ROUNDDOWN
ARRENDONDAR.PARA.CIMA ROUNDUP
SINAL SIGN
RAIZ SQRT
SOMA SUM
SOMAQUAD SUMQ
TRUNC TRUNC
FUNÇÕES ESTATÍSTICAS
Excel Power BI - DAX
MÉDIA AVERAGE
MÉDIAA AVERAGEA
CONT.NÚM COUNT
CONT.VALORES COUNTA
CONTAR.VAZIO COUNTBLANK
MÁXIMO MAX
MÁXIMOA MAXA
MÍN MIN
MÍNIMOA MINA
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Masterclass Power BI – Apostila do aluno | 4 – VISUALIZAÇÃO GRÁFICA 141
4 – VISUALIZAÇÃO GRÁFICA
Uma vez que ultrapassamos a etapa de modelagem, temos nosso modelo de dados bem
estruturado e nossas métricas prontas para ser utilizadas (você também pode criar suas
métricas à medida que vai construindo seus gráficos).
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FORMATANDO GRÁFICOS
Já abordamos como criar um gráfico na área de relatórios, basta arrastar ou clicar nos
campos na área de campos, como mostrado a seguir.
Prontamente, um gráfico será criado, dependendo do tipo de medida ou campo que você
arrastar, como mostrado a seguir:
Perceba que o tipo de gráfico criado é realçado na área de gráficos, como mostrado abaixo:
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O Power BI possui tipos de gráfico padrão, bastante utilizados, e você poderá dar
preferência a um ou outro de acordo com a necessidade.
Cada gráfico possui uma lista de campos que poderá ser adicionada, como mostrado abaixo
na área de campos:
As áreas da lista de campos podem variar de um gráfico para o outro, mas, no geral, você
terá as áreas:
• Eixo – dependendo do tipo de gráfico poderá ser um eixo X (gráfico de colunas, por
ex.) ou Y (gráficos de barras);
• Legenda – divide em padrões de cores alguma categoria de interesse ;
• Valor – é o campo que irá ser quantificado no gráfico. A altura da coluna num
gráfico de colunas. O comprimento da barra num gráfico de barras. O tamanho da
bolha num gráfico de bolhas;
• Dica de ferramentas – é a informação que aparece quando deslizamos o cursor do
mouse pela área do gráfico;
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Abaixo da área de campos está a área de filtros, onde você poderá adicionar diversos tipos
de filtros ao seu relatório. A área de filtros é mostrada a seguir.
Arraste e solte campos para a área de filtros e faça uma filtragem nos seus dados com
bases em campos específicos. Poderão ser adicionados filtros a nível de visual, que
somente afetará os visuais (gráficos) que estiverem selecionados no momento. Outro tipo
de filtro que poderá ser feito é o filtro a nível de página que afetará a página de relatório
que estiver sendo acessada no momento. Por fim, podemos alocar filtros a nível de relatório
que afetará de maneira global todos os gráficos do seu relatório no Power BI (ou seja, todas
as páginas).
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Para formatar mudar a aparência dos seus gráficos você sempre irá acessar a área formato,
com o visual em questão selecionado. A área de formato é mostrada abaixo.
Os grupos dessa área poderão variar de acordo com o tipo de gráfico em questão, mas,
em geral, você poderá:
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Para fazer isso você deverá ter noção de como usar os diferentes tipos de visualizações
gráficas disponíveis em uma ferramenta de Inteligência de Negócios. Listamos algumas
boas práticas pra te ajudar a escolher o melhor tipo de gráfico para determinada ocasião!
Mas lembre-se, não existe “receita de bolo”, o seu bom senso sempre prevalecerá sobre as
regras.
A escolha do gráfico depende do tipo de dados que você deseja mostrar, então listamos
algumas necessidades recorrentes.
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Os gráficos de rosca e pizza são muito similares e devem usados com cuidado quando
temos muitas categorias (fatias) e os valores são muito próximos. Lembre-se que queremos
enxergar padrões com facilidade e a finalidade de um gráfico é, com o passar dos olhos,
chegar a alguma conclusão.
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ENXERGANDO COMPARAÇÕES
Gráficos de barras e colunas agrupadas são excelentes na hora de rankear informações e
comparar informações de categorias lado a lado, como produtos e clientes. Abaixo estão
listados alguns gráficos para considerar.
De acordo com a altura das colunas ou barras, identificamos padrões, extremos, pontos
fora da curva etc.
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IDENTIFICANDO CORRELAÇÕES
Gráficos de dispersão e de bolhas são ideais para identificar correlações entre duas ou mais
variáveis.
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A lista inclui 29 tipos de gráficos disponíveis até o momento que poderão se expandir em
versões futuras. Abaixo uma breve descrição de cada gráfico:
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Use este gráfico quando quiser comparar diferentes valores da mesma medida, de maneira
empilhada, ou quando você precisar exibir diferentes medidas que fazem parte do mesmo
todo. Pense em cada barra como um gráfico de pizza, pois mostra a composição. Sendo
assim, os gráficos empilhados têm o mesmo problema que os gráficos de pizza quando os
valores são muito próximos. As barras são linhas orientadas horizontalmente.
Perceba o uso do campo legenda, que separa cada categoria de acordo com uma coloração
diferente.
Você poderá adicionar duas ou mais medidas, cujos valores serão empilhados, ou utilizar o
campo de legenda. Nunca os dois!
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A sua lista de campos é idêntica ao gráfico de barras empilhado, porém o eixo aparecerá
na horizontal.
DICA!
Dê preferência ao uso de gráficos de barras (horizontal) em vez de colunas (vertical)
quando:
• há uma lista maior de valores para mostrar nos eixos;
• os nomes das categorias no eixo são muito grandes. O gráfico de barras possui
mais espaço para mostrar nomes de vários caracteres.
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A lista de campos é idêntica aos dos gráficos anteriores, porém, desta vez, utilizamos duas
medidas no campo valor em vez do campo legenda, como mostrado a seguir.
DICA!
Dê preferência ao uso de gráficos agrupados em vez de empilhados quando:
• temos menos categorias ou medidas para serem comparadas, pois várias barras
lado a lado causa confusão excessiva;
• quando a visualização lado a lado é mais interessante pois os valores são muito
próximos.
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A lista de campos é idêntica e daremos preferência aos gráficos de colunas pelos mesmos
motivos vistos anteriormente.
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Este é mais parecido ainda com vários gráficos de pizza em um só, uma vez que mostram
a composição de forma percentual.
DICA!
Dê preferência aos gráficos 100% empilhados quando quiser mostrar a
composição de uma métrica que varia, ao longo do tempo, por exemplo. E
também quando não importar enxergar os valores absolutos, somente os
percentuais do total.
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A lista de campos é idêntica e você dará preferência à colunas em vez de barras pelos
mesmos motivos já citados.
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GRÁFICO DE LINHAS
Use este gráfico para exibir a tendência de algumas medidas ao longo do tempo.
Perceba que a lista é idêntica aos gráficos já vistos e que estamos utilizando praticamente
os mesmo campos. A diferença fundamental é a intenção dos gráficos, o que eles se
prepõem a mostrar.
GRÁFICO DE ÁREA
Semelhante ao gráfico de linhas, use este gráfico quando quiser exibir dados cumulativos,
em vez de sequencias de pontos. Ele se parece com um gráfico de linhas em que as áreas
são preenchidas com camadas de cores.
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Você dará preferência ao gráfico agrupado em vez do empilhado pelos mesmos motivos já
citados.
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GRÁFICO EM CASCATA
Use este gráfico para exibir dados cumulativos, realçando para cada categoria seu valor
positivo ou valor negativo e mostrando os maiores “ofensores” para os desvios.
GRÁFICO DE DISPERSÃO
Use este gráfico quando quiser mostrar possíveis correlações entre duas medidas.
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Este é um gráfico muito poderoso, pois podemos ver nossos dados sob várias
perspectivas.
GRÁFICO DE PIZZA
Use este gráfico para exibir a distribuição de valores de uma ou mais medidas. Os valores
aparecem como pedaços da pizza, com os valores maiores ocupando fatias maiores. No
entanto, usar gráficos de pizza não é uma prática recomendada quando temos dados de
valores próximos.
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GRÁFICO DE ROSCA
Semelhante ao gráfico de pizza, mas com uma representação gráfica de rosca ou
semelhante a um pneu. No entanto, usar gráficos de rosca não é uma prática recomendada
pelo mesmo motivo do gráfico de pizza.
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TREEMAP
Semelhante a um gráfico de pizza, mas usando uma representação gráfica bastante
diferente, em que os valores são representados por retângulos coloridos em uma página.
Pode ser uma alternativa para o gráfico de pizza, mas é igualmente ilegível quando você
tem muitos elementos nele.
MAPA
Use para exibir dados geográficos com bolhas de tamanho variável nos mapas do Bing.
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TABELA
Use este visual para exibir dados em uma forma textual como uma tabela simples, onde
cada atributo e cada medida é uma única coluna no resultado.
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MATRIZ
Ela estende as possibilidades da tabela, possibilitando agrupar as medidas por linhas e
colunas. Funciona semelhante à tabela dinâmica do Excel.
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MAPA COROPLÉTICO
Semelhante ao mapa, mas os dados são representados por áreas coloridas.
FUNIL
Semelhante ao gráfico de barras empilhadas, mas com uma única medida e um gráfico de
diferente representação, em que as linhas são empilhadas em ordem crescente, o que faz
com que o gráfico pareça um funil.
INDICADOR
Use isso para exibir uma única medida em relação a uma meta. Este gráfico se parece com
o estilo de medidor comum nos carros.
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CARTÃO
Use para exibir um único valor numérico de uma medida textualmente.
KPI
Use para exibir um único valor com um gráfico de linhas de tendência em segundo plano,
destacando o desempenho com cores.
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SEGMENTAÇÃO DE DADOS
Use isso para filtrar um ou mais gráficos, selecionando valores de um atributo.
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