CP SBMFC Edital-24

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EDITAL SBMFC / TEMFC N.

º 24

EXAME DE SUFICIÊNCIA PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO DE ESPECIALISTA


EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

(TEMFC)
PROVA ESCRITA

NOME DO CANDIDATO NÚMERO DE INSCRIÇÃO

o VOCÊ RECEBEU SUA FOLHA DE RESPOSTAS E ESTE CADERNO CONTENDO 80 (OITENTA) QUESTÕES OBJETIVAS.
o VERIFIQUE SE O CONTEÚDO DESTE CADERNO ENCONTRA-SE COMPLETO E LEGÍVEL, HAVENDO DIVERGÊNCIA,
INFORME, IMEDIATAMENTE, AO FISCAL DA SALA. NÃO SERÃO ACEITAS RECLAMAÇÕES POSTERIORES.

o PREENCHA COM SEU NOME E NÚMERO DE INSCRIÇÃO OS ESPAÇOS RESERVADOS NA CAPA DESTE CADERNO.
o LEIA CUIDADOSAMENTE AS QUESTÕES E ESCOLHA A RESPOSTA QUE VOCÊ CONSIDERA CORRETA.
o RESPONDA A TODAS AS QUESTÕES.
o TRANSCREVA PARA A FOLHA DE RESPOSTAS, COM CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA.
o A DURAÇÃO DA PROVA É DE 5 (CINCO) HORAS.
o O CANDIDATO SOMENTE PODERÁ RETIRAR-SE DO LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PROVA LEVANDO O CADERNO DE
QUESTÕES, QUE É DE PREENCHIMENTO FACULTATIVO, APÓS DECORRIDA 1 (UMA) HORA DO INÍCIO DA PROVA.

o AO SAIR, VOCÊ ENTREGARÁ AO FISCAL A FOLHA DE RESPOSTAS.


o O GABARITO SERÁ DIVULGADO EM ATÉ 3 (TRÊS) DIAS ÚTEIS, APÓS A APLICAÇÃO DA PROVA, NA PÁGINA DA SBMFC
NA INTERNET.

É EXPRESSAMENTE PROIBIDO O USO DE CELULAR E OUTROS APARELHOS ELETRÔNICOS NAS


DEPENDÊNCIAS DO LOCAL DE PROVA.

AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES


APÓS A VISUALIZAÇÃO DO VÍDEO 1 (SENHOR COM soltar normalmente. Depois disso o Sr. repete mais uma vez esse
ASMA E USO DE BOMBINHA), RESPONDA ÀS mesmo processo. Deu para entender?
QUESTÕES DE 1 A 5.
P: Sim ... foi claro.
Diálogo – Vídeo 1
1. Considerando que o paciente tem feito uso frequente de
M: Médica.
salbutamol spray, cerca de 3 a 4 vezes por semana para os
P: Paciente. sintomas relatados no vídeo, em relação ao tratamento
medicamentoso, pode-se afirmar que o médico deve
(A) corrigir o uso incorreto de salbutamol, apenas.
P: Bom dia, doutora, eu vim aqui porque eu vou começar (B) associar um broncodilatador de longa duração.
academia e me pediram um atestado porque eu tenho asma. (C) associar corticoide inalatório.
(D) associar um corticoide oral.
M: Hummm ... e faz quanto tempo que o Sr. tem asma?
2. Assinale a alternativa que apresenta as recomendações
P: Ahhh. Muito tempo, desde criança. relacionadas ao tratamento não medicamentoso, controle
ambiental e outros fatores desencadeantes da asma que o
M: E como é que está passando?
médico poderia ter feito.
P: Ahhh ... bem, de vez em quando eu tenho falta de ar,
(A) Recomendar a retirada de travesseiros de penas e
umas 3 vezes por semana. objetos de pano da cama, pois são fatores
desencadeadores comuns de asma.
M: E o Sr. fuma?
(B) Recomendar limpeza habitual do domicílio com a
P: Não fumo. retirada de pó e mofo com aspiração e pano úmido.
(C) Recomendar participação em grupos de educação
M: Está usando algum remédio?
em saúde, que apesar de não haver redução de
P: Sim, eu uso essa bombinha aqui. sintomas, há melhora na adesão ao tratamento.
(D) Recomendar evitar o uso de determinados alimentos
M: Hummmm ... tá, salbutamol. Está precisando usar ela
que podem induzir crises, como o alho e a cebola.
quantas vezes por semana? 3. Assinale a alternativa que apresenta a melhor orientação e
P: 3 vezes por semana, às vezes eu esqueço. justificativa para o paciente iniciar atividade física.

M: Esquece ... Está usando algum outro remédio? (A) Esperar a asma ficar compensada para iniciar
atividade física.
P: Não, só essa bombinha. (B) Iniciar atividade física porque melhora a função
M: E como é que está sendo para dormir? pulmonar de repouso e reduz a sibilância.
(C) Usar o broncodilatador 15 minutos antes do exercício
P: Ahhh ... estou bem ...1 vez por semana que eu não durmo e orientar que os sintomas iniciam geralmente de 5 a
direito pela falta de ar. 10 minutos, após o início do exercício.
(D) Indicar prática de exercícios de condicionamento
M: E para caminhar? Fazer atividade física? cardiopulmonar e respiratórios como ioga, pois há
P: Está bem, mas depois de umas 4 quadras eu perco o possível benefício.
4. Assinale a alternativa que apresenta quais foram as micro-
fôlego. habilidades recomendadas e realizadas pelo médico, no
M: E o Sr. está como que idade? vídeo, durante a explicação sobre o uso de salbutamol no
processo de educação em saúde.
P: 45.
(A) Utilizar imagens e plano de ação por escrito.
M: Tem algum outro problema de saúde? (B) Realizar um resumo das informações.
P: Não. (C) Pedir para repetir as informações e confirmar
entendimento.
M: Então ... vamos ali na maca para poder te examinar? É. (D) Revisar a técnica inalatória.
O Sr. está com chiado no peito agora. 5. Em relação à orientação sobre o uso de dispositivos
inalatórios, é correto afirmar que
P: Esses gatos não largam de mim.
(A) as máscaras faciais auxiliam crianças e idosos com
M: E como é que o Sr. está usando a bombinha? dificuldade de coordenação. Para os demais
P: Ahhh ... assim ... dou uma sacudida. Eu faço isso 2 vezes. recomenda-se colocar a saída do bocal do spray
diretamente na boca.
M: Hurum ... tá bom ... Eu vou explicar para o senhor como
(B) recomendar sempre uso de espaçadores comerciais
é que o Sr. vai ter que usar ela, porque desse jeito que o Sr. está ou caseiros, pois reduzem a deposição do fármaco na
orofaringe em até 10 vezes.
fazendo, provavelmente o remédio não está indo direitinho para
(C) os dispositivos inalatórios têm mesmo efeito que as
o seu pulmão. Tá ...o ideal é que o Sr. use a bombinha junto com nebulizações domiciliares, que podem ser
isso daqui, que é um espaçador. O Sr. pega, coloca a bombinha recomendadas para uso rotineiro de crianças.
(D) espaçadores caseiros com garrafas plásticas
... aqui no espaçador, solta todo o ar do peito, esvazia o ar ... acoplados a máscaras comuns podem ser
aperta a bombinha, e ... enche o peito de ar. Conta até 10 e pode recomendados para todas as idades, devido ao baixo
custo.

Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24. 2
APÓS A VISUALIZAÇÃO DO VÍDEO 2 (SENHOR individual ...Tenta não misturar com bebida. Aliás, você poderia
USUÁRIO DE COCAÍNA E ÁLCOOL), RESPONDA ÀS
começar a pensar em parar de beber também, né? A gente pode
QUESTÕES DE 6 A 11.
até começar uma desintoxicação aqui. Eu posso já deixar
Diálogo – Vídeo 2
prescrito para você, o soro, a vitamina B.
M: Médica.
P: Tá. Vou pensar.
E: Enfermeira.
6. Sobre a abordagem da médica quanto ao uso de cocaína,
assinale a alternativa correta.
E: Com licença, doutora. Sabe o Júlio, aquele paciente que
(A) A médica usou abordagem conforme a política de
está sempre alcoolizado e que está quase todo dia na unidade? redução de danos.
M: Sei ... sei ... (B) A médica usou abordagem de intervenção breve.
(C) A médica usou abordagem motivacional.
E: Então, ele está na sala de espera. Nossa, eu não aguento (D) A médica usou abordagem ignorando os riscos
mais ele. advindos do uso da droga.
7. Considerando a fase de estágio de mudança de
M: Pode pôr ele na minha agenda. comportamento, a melhor abordagem da médica, no caso,
E: Obrigada. seria focar
(A) em estratégias para cessar o uso da cocaína.
M: Médica. (B) na abordagem da ambivalência.
(C) nas consequências negativas que a cocaína pode
P: Paciente. causar.
(D) na repetição da necessidade de mudança.
M: Bom dia, Júlio! 8. Caso o paciente aceite iniciar uma desintoxicação
ambulatorial para a dependência do álcool, assinale a
P: Bom dia doutora. Sei que a senhora não me aguenta alternativa que apresenta melhor conduta da médica.
mais nesse consultório, né ... (A) Evitar realizar desintoxicação ambulatorial na
Atenção Primária e encaminhar ao CAPS AD.
M: E qual que é o motivo da sua vinda hoje?
(B) Prescrever soro fisiológico, diazepam e tiamina e
P: É que me encontraram cheirando lá no escritório e me acompanhamento na Atenção Primária.
(C) Prescrever dissulfiram, amitriptilina e polivitamínico e
disseram que se eu não começar um tratamento vou perder o
acompanhamento na Atenção Primária.
emprego. (D) A médica não deveria ter oferecido desintoxicação
ambulatorial porque esse caso deve ser manejado na
M: Hummm ... que bom, então agora a gente vai começar
Atenção Terciária.
um tratamento? 9. Em relação às habilidades de comunicação na consulta, a
P: Não sei, doutora ... 3
médica
(A) demonstrou uma resposta verbal empática efetiva,
M: Faz quanto tempo que você usa cocaína? quando ele relata o falecimento da esposa.
P: 1 ano. (B) demonstrou escuta ativa, permitindo e facilitando a
expressão verbal e não verbal do paciente.
M: E ... aconteceu alguma coisa na sua vida nesse período? (C) demonstrou respeito à decisão do paciente de pensar
P: Que eu me lembre ... minha esposa morreu num acidente antes de decidir sobre o início do tratamento.
(D) realizou decisão compartilhada em relação ao
de carro. encaminhamento para psicologia.
M: Sinto muito por isso. Você não tem vontade de 10. Sobre a abordagem do luto, o
conversar? Fazer umas consultas com a nossa psicóloga aqui? (A) paciente demonstra estar em um processo de luto
normal, que pode levar até 2 anos.
P: Psicóloga? (B) paciente apresenta critérios para transtorno de luto
M: É ... ela atende aqui no centro de saúde mesmo 2 vezes prolongado ou luto complicado.
(C) foco na abordagem inicial do luto nas mortes súbitas
por semana. é no restabelecimento da resiliência.
P: É que eu não curto muito essa ideia de conversar com (D) luto prolongado acima de 1 ano é indicação para
iniciar medicamento antidepressivo e
psicóloga. acompanhamento com psicologia.
M: Mas você quer manter seu emprego ou não? 11. Em relação às possibilidades de abordagem de pacientes
P: Preciso do emprego. que procuram frequentemente por consulta na Atenção
Primária, como Júlio, a mais recomendada seria intervir
M: E você quer parar ou não quer? (A) no sistema de marcação, impedindo o retorno
P: Não sei se eu quero parar doutora. Eu vou pensar e te frequente na agenda.
(B) no paciente, responsabilizando a pessoa pela
digo essa semana. hiperfrequentação.
M: Tá bom. Pensa. E enquanto isso, essa semana ... Pelo (C) no profissional de saúde, aplicando o modelo
balintiano.
menos evita usar o dinheiro como canudinho, usa um canudinho (D) na organização do serviço, facilitando o acesso às
consultas.
3 Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24.
APÓS A VISUALIZAÇÃO DO VÍDEO 3 (CÓLICA RENAL), 13. Em relação à conduta terapêutica, recomendada para casa
RESPONDA ÀS QUESTÕES DE 12 A 15. pelo médico, após a melhora da dor, assinale a alternativa
correta.
Diálogo – Vídeo 3
(A) Está correta a prescrição de codeína associada ao
M: Médico. Ibuprofeno para alívio da dor.
(B) Está correta a recomendação de evitar refrigerante e
E: Enfermeira. hiper-hidratação como tratamento profilático.
(C) Está correta a recomendação de que não é preciso
E: Dr., tem uma emergência. A dona Olinda da ... fazenda encaminhamento ao urologista.
(D) A conduta não foi correta porque o médico deveria ter
Luz do Horizonte, chegou de novo com aquela cólica renal. Ela solicitado uma urografia excretora.
iniciou dor nas costas há 4 horas, e tomou um paracetamol de 14. Em relação à Medicina Rural, pode-se afirmar que
750 mg há 1 hora. (A) o conceito de “rural” está bem definido e se refere às
M: Como estão os sinais vitais dela? regiões das cidades pequenas do interior.
(B) o médico necessita de uma formação diferenciada
E: PA 14x9. Temperatura 36,4 °C. E ela diz ter urinado há 2 que contemple as necessidades locais e com suporte
horas atrás. continuado.
(C) o médico necessita de maior habilidade de
M: OK ... a gente pode ir adiantando. Faz uma hioscina, uma comunicação para convencer o paciente a seguir os
dipirona e uma metoclopramida endovenoso ... e pode pôr ela no tratamentos tradicionais.
(D) na Medicina Rural há uma transposição das práticas
soro que daqui a pouco chego para reavaliá-la. médicas urbanas para a área rural.
E: Tudo bem. 15. O médico fez o seguinte registro SOAP da consulta:
S. (Subjetivo): Há 3 meses com episódios de cólica
M: Médico. renal. Hoje iniciou há cerca de 4 horas. Fez uso de
Paracetamol 750 mg. Tem ultrassonografia recente
P: Paciente.
com cálculo de 12 mm e exames de urina sem
alterações. Relata preocupação com
M: E aí, Dona Olinda, está melhor? encaminhamento para Urologia.
P: Graças a Deus doutor, nossa ... estou bem melhor agora. O. (Objetivo): BEG, LOTE, corada, hidratada; Exame
físico sem alterações.
Mas eu estou com muito medo de ter essa dor de novo, já é a
A. (Avaliação): Lombalgia.
terceira vez nesse mês ... que eu tenho ela ... não aguento mais.
P. (Plano): Realizado SF0,9% EV com 1 amp de Hiosc.
Será que eu não preciso mesmo de um urologista? e Metoc. Prescrito para casa Ibup. + Cod e orientado
> líquidos. Cond expectante.
M: Para que urologista? Eu acho que a senhora não precisa.
Nós temos os exames de laboratório e de urina da senhora que Sobre o registro acima, pode-se afirmar que o

vieram normais. E a ultrassom vem mostrando um cálculo de (A) S está incorreto.


(B) O está correto.
12 mm na pelve direita. Além do mais, o urologista mais próximo (C) A está incorreto porque não deve conter sinais e
daqui, fica a mais de 200 Km depois de Belo Monte. Acho que sintomas, apenas o diagnóstico.
(D) P está correto.
não precisa a Sra. ir lá agora.
APÓS A VISUALIZAÇÃO DO VÍDEO 4 (BEBÊ CHEGA
P: Ahhh não, doutor, mas já fazem 3 meses que estou CONVULSIONANDO), RESPONDA ÀS QUESTÕES DE
assim ... eu não estou melhorando ... e o Sr. já tinha falado isso 16 A 21.

antes pra mim ... eu quero ir para esse urologista. Diálogo – Vídeo 4
M: Tá ... vamos fazer assim. Eu vou deixar essa receita aqui
M: Médico.
com ibuprofeno e a codeína que vão te ajudar quando ... você
E: Enfermeira.
sentir muita dor. Além disso, é bem importante que tome bastante
líquido, pelo menos 2 litros por dia. E evite refrigerantes e bebidas E: Doutor, preciso que vá na sala de observação agora.
gaseificadas, tá? M: O que que houve, Laura?
E: Não sei. Um bebê chegou muito mal e a mãe está muito
12. Em relação à conduta do médico, sobre o manejo da dor
aguda do cálculo renal da Senhora Olinda, é uma conduta nervosa.
recomendável M: O que que aconteceu?
(A) prescrição de hidratação intravenosa. E: Eu não sei, eu preciso que o Sr. veja.
(B) prescrição de anti-inflamatório não esteroide.
(C) prescrição de hioscina. M: Vamos lá.
(D) encaminhamento para um pronto-atendimento. M: Laura, quais os sinais vitais da criança?

Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24. 4
E: Frequência cardíaca 120 bpm, temperatura 38,7 ºC e 18. Assinale a alternativa que apresenta quais orientações o
médico poderia dar para a mãe, se considerar o diagnóstico
saturação 98%.
de convulsão febril.
M: Por favor, aplique meia ampola de diazepam
(A) Explicar que o uso de antitérmicos é efetivo na
endovenoso agora. prevenção de novas crises.
E: Sim. (B) Explicar sobre a importância de iniciar
anticonvulsivante de uso contínuo para prevenção de
novas crises.
M: Médico. (C) Explicar que a criança pode apresentar uma segunda
MA: Mãe do bebê. crise e o caráter benigno de convulsões febris.
(D) Explicar que pode haver repercussões a longo prazo,
mas que não são graves.
MA: Doutor! Doutor! Como é que está meu filho? Eu preciso 19. Sobre a comunicação do médico, no vídeo, pode-se afirmar
saber alguma coisa sobre ele ... eu já estou sentada aqui há um que ele
tempão e ninguém vem me dar notícias ... é um absurdo ... vou (A) agiu, inicialmente, de maneira proativa à reclamação
da mãe.
chamar a televisão para essa porcaria de lugar.
(B) demonstrou falta de controle do ambiente
M: Se acalma, senhora. Está todo mundo aqui ocupado com assistencial.
(C) atuou, inicialmente, com contenção emocional.
seu filho, ninguém está sem fazer nada. A senhora está
(D) demonstrou comunicação não-verbal adequada.
pensando o quê? 20. Em relação às habilidades básicas para comunicar as
MA: Como é que eu vou me acalmar se ninguém me fala informações a respeito do paciente, é recomendável para
melhorar sua efetividade
absolutamente nada sobre ele ... ele já entrou faz um tempão!
(A) iniciar perguntando o que a pessoa já sabe.
M: Quando a senhora se acalmar eu converso com a (B) usar palavras de alto conteúdo emocional.
senhora. (C) detalhar as hipóteses diagnósticas.
(D) fornecer o máximo de informações possíveis.
MA: Tá bom.
21. Considerando que o médico está irritado porque apresenta
M: Melhor. Por favor, entre. síndrome de burnout, em relação à essa síndrome, pode-
se afirmar que
MA: Obrigada.
M: Seu filho está bem agora. Não se preocupe. (A) sentir preocupação quanto ao tempo de consulta e
irritabilidade na síndrome de burnout são sinais de
MA: Mas o que ele teve, doutor? aviso para uma defesa contra o envolvimento pessoal
M: Então ... veja bem ... com pacientes que tentam irritar o médico.
(B) a explosão interna e o distanciamento emocional que
Considere que a criança tem 6 meses e a mãe relatou que ocorrem na despersonalização são importantes para
iniciou, pela primeira vez, os sintomas apresentados no vídeo, que o profissional se sinta mais satisfeito no seu
trabalho.
que duraram aproximadamente 7 minutos, sem histórico de (C) a diminuição da realização pessoal na síndrome de
doenças ou déficit neuropsicomotor e que os sintomas cessaram burnout caracteriza-se pela frustração do médico, que
se sente incompetente, fracassado, irritado e sem
com os medicamentos prescritos pelo médico. perspectivas para o futuro.
(D) uma estratégia efetiva de enfrentamento e prevenção
16. Em relação ao provável diagnóstico e conduta do médico,
da síndrome de burnout é compartilhar os
assinale a alternativa correta.
sentimentos e angústias vivenciados pelo médico
(A) O tratamento correto deveria ser com fenobarbital ou durante experiências estressantes com colegas, nos
fenitoína, ao invés de Diazepam, por ter menos intervalos de trabalho.
efeitos adversos. APÓS A VISUALIZAÇÃO DO VÍDEO 5 (MATRICIAMENTO
(B) Convulsão febril não é o diagnóstico mais provável COM PSIQUIATRA), RESPONDA ÀS QUESTÕES DE 22
porque a convulsão está associada a temperaturas A 26.
acima de 39 °C.
(C) A indicação de usar medicamento nessa situação Diálogo – Vídeo 5
está correta, pois se a crise durar mais de 15 minutos
pode evoluir para estado de mal epilético.
(D) O mais adequado seria ter encaminhado a criança M: Médica.
imediatamente para um atendimento hospitalar. P: Psiquiatra.
17. Após os sintomas cessarem, ao examinar a criança, o
médico não encontrou alterações ao exame físico. O
médico diagnosticou como convulsão febril. Considerando P: Então, doutora Flávia. Primeiro matriciamento em
esse diagnóstico e o exame físico, assinale a alternativa psiquiatria, diga, o que você tem para me dizer?
que apresenta a melhor conduta.
M: Que bom ... Que bom que a gente conseguiu esse
(A) Indicar antibioticoterapia.
(B) Solicitar eletroencefalograma. horário para matriciamento.
(C) Solicitar exames radiológicos e de imagem. P: Que bom mesmo.
(D) Realizar punção lombar.
5 Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24.
M: Porque eu estou com um caso que está me deixando 23. Em relação ao apoio matricial em saúde mental, assinale a
alternativa correta.
com algumas dúvidas ... É uma gestante de 23 anos que trabalha
(A) Há uma troca de saberes, enquanto o profissional de
como diarista. E que desde que ela descobriu que está grávida e
saúde mental pode desenvolver abordagens
no trabalho dela descobriram ... ela tem sofrido assédio moral, psicoterápicas mais ágeis, focais e adequadas ao
contexto da atenção primária.
estão tratando ela mal ... meio que para forçar uma demissão. E
(B) O especialista tem grande envolvimento em planos
ela está tendo situações de ansiedade, está dormindo mal, está terapêuticos desenvolvidos conjuntamente com as
equipes de atenção primária e assumindo a
tendo perda da libido. É isso, assim ... é esse caso que eu queria
responsabilização pelo acompanhamento longitudinal
discutir com o Sr. da população.
(C) As discussões de casos e de projetos terapêuticos
P: E qual a sua dúvida?
são oportunidades de educação em que o objetivo é
M: Minha dúvida é se devo ou não começar algum o médico da atenção primária aprender com os
profissionais de saúde mental.
medicamento para ela.
(D) Há a ampliação e singularização da oferta de
P: Tá. Ela tem ideação suicida? intervenções e recursos terapêuticos com diluição da
responsabilidade dos casos.
M: Não.
24. Sobre a abordagem da saúde ocupacional da gestante, é
P: E como é essa ansiedade? correto afirmar que
M: Bom. Além dela não estar conseguindo dormir, e com (A) quem deve fornecer um atestado médico de
essa perda de libido ... ela tem umas situações com palpitação, afastamento é o psiquiatra.
(B) para caracterizar uma doença do trabalho, nesse
dores de cabeça, às vezes ela tem umas ... situações de falta de caso, não necessita de comprovação do nexo causal.
ar ... (C) a defesa de direitos das gestantes é um tema para
matriciamento com assistente social.
P: Tá ... parece mesmo um quadro de ansiedade (D) o caso deve ser encaminhado ao CAPS com
generalizada. Deves começar fluoxetina. urgência.
25. Assinale a alternativa correta em que não há
M: Mas ... bom ... essas situações acontecem sempre contraindicação para gestantes e que a médica poderia
quando ela está no trabalho ... É ... eu pensei se de repente se indicar com segurança para uso contínuo no tratamento da
insônia.
não dá pra gente tentar fazer alguma coisa antes ... de começar
(A) Valeriana officinalis.
o remédio. (B) Diazepam.
P: Doutora, ouve a voz da experiência, comece a fluoxetina (C) Amitriptilina.
(D) Nenhuma das opções.
já. 26. Sobre os conflitos no trabalho em equipe, assinale a
M: Será que a gente não podia, por exemplo, propor para alternativa correta.
ela começar a fazer os atendimentos com a psicóloga antes. (A) Os gestores devem ter papel de resolução de
conflitos e remanejamento de profissionais, assim
P: O atendimento psicológico é muito bom, mas não atrasa que perceberem qualquer problema.
o início da fluoxetina. (B) Um bom líder não deve permitir que as intrigas e
conflitos ocultos sejam verbalizados, pois isso tende
M: É ... eu ... na verdade achei que a gente fosse discutir a piorar o clima na equipe.
um pouco mais o caso. Não achei que o Sr. ia decidir tudo (C) A estratégia mais utilizada para desenvolver espírito
de equipe e mediação de conflitos na equipe tem sido
sozinho e que eu não iria poder opinar junto nisso. a gestão participativa.
(D) Os conflitos entre membros da equipe na Atenção
22. Considerando que a médica excluiu outras comorbidades Primária são previsíveis e por isso é recomendado
e/ou doenças orgânicas no caso, em relação ao diagnóstico trocar os membros da equipe periodicamente para
e abordagem terapêutica para transtorno de ansiedade, evitar conflitos.
assinale a alternativa correta.
APÓS A VISUALIZAÇÃO DO VÍDEO 6 (REUNIÃO DE
(A) O diagnóstico não está correto porque um dos EQUIPE DISCUTINDO UMA VISITA DOMICILIAR),
critérios do DSM IV é tempo de duração dos sintomas, RESPONDA ÀS QUESTÕES DE 27 A 30.
ocorrendo na maioria dos dias, por pelo menos, seis
meses. Diálogo – Vídeo 6
(B) O diagnóstico está correto porque a ansiedade
generalizada ocorre de modo preferencial em uma E: Enfermeira.
situação determinada. A: Agente Comunitária.
(C) O tratamento está incorreto porque deve ser iniciado
com terapia de resolução de problemas, que tem M: Médico.
efetividade superior à terapia farmacológica.
(D) O tratamento está correto porque os inibidores
seletivos de receptação da serotonina são a primeira E: Dr. Cleber, nós estamos voltando de uma visita domiciliar
linha no tratamento e seguros para uso no caso. lá da casa do Seu José, aquele idoso acamado por AVC, de 80

Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24. 6
anos, que mora sozinho com a esposa, ali naquela casa perto da 29. Assinale a alternativa em que a conduta médica e sua
justificativa em relação ao caso estão corretas.
praça. O Sr. lembra?
M: Não estou lembrando bem agora. (A) Não é necessário solicitar urocultura e antibiograma,
pois a ocorrência de disúria e urina fétida tem valor
E: Aquele que a família não cuida direito, que eles não preditivo positivo de 90% e pode-se iniciar tratamento
levam nas consultas que a gente agenda, que está sempre meio empírico.
(B) Solicitar, inicialmente, urocultura e investigação
sujo porque a esposa também é idosa e não consegue dar urológica para avaliar obstrução prostática do trato
banho ... urinário para adiantar o diagnóstico e tratamento.
(C) Solicitar urocultura e antibiograma e, se positivo,
M: Ah ... Sim. Que a esposa é a Dona Emília ... tratar com antibioticoterapia por 3 dias, pois esse
E: Isso. período é suficiente e tem menos efeitos adversos
que períodos mais longos.
M: E como ele está? (D) Se urocultura positiva, solicitar radiografia simples de
A: Então, doutor. A vizinha que pediu a visita. E ... sabe, né? abdome e ecografia de aparelho urinário porque a
maioria das infecções urinárias em homens é
Os vizinhos cuidam mais que os filhos ... que não estão nem aí complicada.
para os velhinhos. 30. A forma com que a equipe realizou a visita domiciliar, com
a enfermeira e a Agente Comunitária de Saúde (ACS),
E: Então ... a gente chegou lá e a casa estava num mau pode-se afirmar que está
cheiro terrível de urina. E ... a Dona Emília, ela falou que há uns
(A) inadequada, pois o médico não fez a visita junto com
dias atrás, ele começou a ficar com a urina com cheiro e com a a equipe e sua presença é indispensável.
(B) adequada, pois a enfermeira tem o papel de avaliar o
cor muito forte, e que ele está gemendo enquanto urina.
indivíduo e seu contexto e a ACS de identificar a rede
M: Hurum ... de apoio.
(C) inadequada, pois no caso relatado seria
A: Nossa, doutor. Temos que denuncia essa família por
indispensável a presença de um profissional do
maus tratos aos idosos ... eles não podem morar sozinhos, e ... serviço social.
(D) adequada, pois não há necessidade do médico estar
aquela casa fedida é um absurdo.
presente neste tipo de visitas domiciliares, sendo
M: Sim ... acho que a gente pode notificar sim o caso dele, papel do enfermeiro e da ACS.
acionar o serviço social ... e chamar a família também para A PARTIR DA QUESTÃO 31 NÃO SERÃO MAIS
EXIBIDOS VÍDEOS.
conversar.
31. Uma mulher de 52 anos chega ao Posto de Saúde para
27. Em relação à situação relatada pela equipe em que a consulta. Ela relata que está com dor na região da frente do
família não leva o idoso às consultas e exames agendados ombro direito há 2 semanas, que piora quando carrega
e problemas de higiene na casa, pode-se afirmar que o objetos com os cotovelos fletidos ou quando vai erguer
médico deve alguma coisa em casa. A paciente é destra e trabalha como
doméstica em casa de família há 12 anos, e desde que está
(A) encaminhar, imediatamente, um documento de sentindo a dor, está em casa, de repouso e fazendo
notificação de violência ao Ministério Público. compressa com gelo no local, aproximadamente, 3 vezes
(B) registrar no prontuário que há violência pela omissão ao dia, mas como teve pouca melhora, resolveu procurar
ou recusa de cuidados devidos e necessários ao uma consulta. Ela diz que não teve nenhum trauma no
idoso, por parte de familiares. ombro. Ao exame físico, o médico de família constata a dor
(C) expressar à família seu juízo de valor em relação aos na região anterior do ombro, ocasionada quando ele pede
maus-tratos e problemas de higiene de maneira para a paciente fletir o cotovelo contra sua mão. Ela não
cordial e empática. apresenta dor com a abdução do ombro, não tem rigidez
(D) confirmar e investir na prevenção da violência, que é articular ou diminuição significativa da amplitude de
a melhor abordagem da violência contra o idoso. movimento do ombro e não apresenta deformidades no
28. A equipe pretende realizar uma abordagem familiar. Sobre mesmo. Assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico
esta intervenção, por meio da entrevista familiar, assinale a mais provável nesse caso.
alternativa correta.
(A) Luxação da articulação acrômio-clavicular.
(A) Iniciar a discussão inicial concentrando-se em (B) Tendinite da cabeça longa do bíceps.
assuntos não relacionados com o motivo da consulta (C) Tendinopatia do manguito rotador.
para diminuir o constrangimento. (D) Capsulite adesiva.
(B) Convocar todos os membros da família e ouvir a 32. Um menino de 12 anos, em férias na fazenda, foi brincar
opinião de todos ao mesmo tempo. com alguns pneus velhos que se encontravam no quintal da
(C) Comunicar de maneira clara à família sobre o plano casa. De súbito, o menino sentiu uma dor muito forte na
terapêutico já definido pela equipe. mão e foi, aos prantos, chamar sua mãe. A mesma então
(D) Realizar genograma e ecomapa como instrumentos foi ao local do incidente e observou uma aranha alojada no
de aproximação e com foco psicoterápico. pneu que o filho estava brincando. Ela capturou o animal
para mostrar ao médico de família da Unidade de Saúde
rural em que levou o filho para atendimento. O médico
observou uma lesão avermelhada na mão do menino, que
apresentava muita dor no local, mas sem manifestações
7 Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24.
sistêmicas. A mãe mostrou ao médico uma aranha coberta Sobre o caso, a melhor conduta farmacológica para o caso
de pelos escuros, com patas grandes de quase 20 cm de é prescrever
comprimento. Considerando o tratamento para acidentes
com aracnídeos, assinale a alternativa que apresenta (A) nistatina.
conduta para esse caso. (B) cefalexina.
(C) albendazol.
(A) Prescrever corticoides tópicos e analgésicos orais. (D) dexametasona.
(B) Prescrever soro antiloxocélico e anti-histamínicos 35. Mãe traz a filha de 5 dias de vida, que está em
orais. amamentação exclusiva, para o Posto de Saúde, pois a
(C) Prescrever compressas mornas no local da picada e criança está “amarelinha” no corpo todo. A mãe se culpa,
soro antilatrodético. pois acha que isso pode ter sido ocasionado por ela não ter
(D) Prescrever soro antiaracnídico e realizar infiltração dado ainda nenhum banho de sol na criança. O médico de
local com lidocaína a 2%. família constata icterícia em todo o corpo da criança,
33. Um paciente de 72 anos, diabético, chega ao médico de acometendo até mãos e pés. Ele solicita exames e a
família apresentando o seguinte problema no pé: bilirrubina total está 29 mg/dL. Assinale a alternativa que
apresenta a conduta a ser tomada pelo MFC.
(A) Indicar banhos de sol diários.
(B) Aumentar a oferta de leite materno.
(C) Encaminhar para realizar fototerapia.
(D) Encaminhar para realizar exsanguineotransfusão.
36. Um paciente de 72 anos chega ao médico de família
queixando-se de que tem que acordar muitas vezes à noite
para urinar. Ele diz que isso acontece porque ele não
consegue esvaziar de maneira completa a bexiga e que
esse problema já o incomoda há pelo menos 6 meses. O
MFC realiza um toque retal e observa próstata aumentada.
Ele solicita um ultrassom e PSA total. O ultrassom
evidencia o aumento da próstata observado ao toque, com
peso de 40 g e o PSA é de 2,0 ng/mL. Sobre o caso, a
melhor conduta farmacológica para esse paciente é
prescrever
Sobre o caso, assinale a alternativa que apresenta o (A) finasterida.
diagnóstico e conduta a ser tomada pelo MFC. (B) doxazosina.
(C) oxibutinina.
(A) Unha encravada e realizar cantoplastia na Unidade (D) doxazosina e finasterida.
Básica de Saúde.
(B) Celulite e prescrever cefalexina oral por 10 dias. 37. Jonas, 19 anos, está namorando há 6 meses. Ele relata que
eles têm muitas afinidades e diz ter muito desejo por ela,
(C) Corpo estranho no subcutâneo e proceder com a
mas que não está conseguindo segurar a ejaculação por
retirada na Unidade Básica de Saúde.
(D) Onicomicose e prescrever fluconazol semanalmente muito tempo. Isso o deixa muito tenso ultimamente, pois ele
por 4 a 6 meses. não consegue ter o prazer que gostaria e a namorada
também não. Jonas diz não ter conseguido ter ereção por
34. Mãe traz seu bebê de 2 meses, pois ele apresenta “umas duas vezes, com medo que o problema acontecesse. Ele
bolinhas brancas na língua e na bochecha”. A mãe refere também tem receio de não dar prazer a ela que, com 24
que tentou tirar as “bolinhas” com cotonete, sem sucesso. anos, foi compreensível no começo, mas demonstrou
Ela pede que a médica prescreva uma medicação para seu insatisfação nas últimas vezes que tiveram relação, pois o
filho, pois está muito preocupada. A MFC examina a criança problema não melhora. Dentre as opções de tratamento
e percebe as seguintes lesões: farmacológico, assinale a alternativa que apresenta a
opção inicial nesse caso.
(A) Antidepressivo tricíclico.
(B) Inibidor da fosfodiesterase-5.
(C) Reposição hormonal com testosterona.
(D) Antidepressivo inibidor da recaptação da serotonina.
38. Mulher de 37 anos, gestante, com 10 semanas de
gestação, apresentou IgM (+) e IgG (-) para toxoplasmose
nos exames de pré-natal. Sua MFC pediu então o teste de
avidez para IgG, e o resultado mostrou uma baixa avidez
pela IgG. Além de encaminhar para o pré-natal de alto risco,
assinale a alternativa que apresenta a melhor conduta a ser
sugerida diante deste caso.
(A) Solicitar IgA e IgE.
(B) Prescrever espiramicina.
(C) Tranquilizar a mãe, pois a infecção é antiga.
(D) Prescrever pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico.

Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24. 8
39. Assinale a alternativa que representa o perfil sorológico 43. Joana, 44 anos, vem pela décima vez à consulta nesse ano.
esperado para um paciente que apresentou cura por Ingrid, sua médica de família, está com dificuldade de
infecção pelo vírus da hepatite B. manejar a busca recorrente da paciente pelo serviço de
saúde. Um dos modelos aplicados na abordagem destes
(A) HBsAg (+); Anti-HBc IgM(+); Anti-HBc IgG(-); Anti- pacientes é o modelo balintiano. Sobre o modelo balintiano,
HBs(-). assinale a alternativa correta.
(B) HBsAg (+); Anti-HBc IgM(+); Anti-HBc IgG(+); Anti-
HBs(-). (A) Reforça a importância de compreender o doente, o
(C) HBsAg (-); Anti-HBc IgM(-); Anti-HBc IgG(-); Anti- médico e a relação médico-doente como
HBs(+). instrumentos de diagnóstico e fatores terapêuticos
(D) HBsAg (-); Anti-HBc IgM(-); Anti-HBc IgG(+); Anti- essenciais.
HBs(+). (B) É centrado na pessoa e, ao mesmo tempo, dá valor
40. Uma gestante de 32 anos, com 34 semanas de idade ao médico, à equipe de saúde, à relação médico-
gestacional, teve anemia no início da gravidez, quando pessoa, aos aspectos organizativos do sistema de
apresentou hemoglobina de ____ mg/dL. Ela fez saúde e ao contexto em que tudo decorre.
tratamento por 5 meses na Unidade de Saúde com 2 (C) É um modo de ver, de investigar e de compreender
cápsulas de sulfato ferroso, até atingir a hemoglobina de as células, os tecidos, os órgãos, os aparelhos e
____ mg/dL, momento em que o MFC reduziu o sulfato sistemas, a pessoa, a família, o contexto comunitário
ferroso para 1 cápsula ao dia. e sociocultural, a sociedade, a região e o país como
um todo sistêmico e complexo.
Sobre os valores de hemoglobina, em mg/dL, assinale a (D) Atribui igual importância ao cumprimento do plano
alternativa que preenche corretamente as lacunas. médico tradicional e à compreensão do significado
que a doença tem para o doente.
(A) 7,8 / 9,0
(B) 8,2 / 10,0 44. Sônia, 53 anos, é acompanhada pelo seu médico de família
(C) 9,8 / 11,0 André. Há 1 ano ela perdeu dois filhos em acidente de
(D) 11,2 / 11,0 trânsito e desde então iniciou com sintomas de depressão.
Apesar das consultas frequentes e uso de medicamento, há
41. Júlio, médico de família e comunidade, foi aprovado em pouca melhora no quadro. André resolve então levar o caso
concurso para ser professor do curso de medicina na
para matriciamento com a equipe de referência. Sobre a
universidade. Esta universidade utiliza metodologias ativas prática do apoio matricial, assinale a alternativa correta.
de ensino e aprendizagem durante todo o curso. Sobre as
características das metodologias ativas de aprendizagem, (A) O contato entre equipe da atenção primária com
é correto afirmar que equipe matriciadora pode se dar de forma
programada e em situações urgentes ou imprevistas.
(A) têm foco no aprendizado cooperativo, o professor (B) O apoio matricial é uma proposta de construção de
como guia e facilitador do aprendizado e há ênfase no
agenda inteligente para os profissionais da equipe da
aprendizado com currículo integrador. atenção primária.
(B) o professor é especialista em dar o conhecimento e (C) A interconsulta é uma ferramenta muito utilizada no
controlar atividades, há perspectiva de aprendizado apoio matricial e trata-se do parecer do especialista
de longo prazo e a metodologia é geralmente
da equipe matriciadora sobre o caso atendido pela
inflexível. equipe da atenção primária.
(C) os alunos têm responsabilidade e papel ativo, o (D) O apoio matricial é uma das ferramentas da gestão
professor é especialista em dar o conhecimento e da clínica.
controlar as atividades e o aprendizado é individual e
competitivo. 45. Ao fazer o relatório do seu primeiro mês de atendimentos
(D) o foco é no aprendizado cooperativo e na motivação em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde, Dr. Roberto
intrínseca e há perspectiva de aprendizado de curto Maranhão percebeu que notificou pelo menos uma pessoa
prazo. com cada uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST) que tem obrigatoriedade de notificação. Assinale a
42. Melissa é médica de família e comunidade e está alternativa que apresenta somente grupos com ISTs de
ministrando aula para os alunos do primeiro ano da notificações compulsórias nacionalmente.
graduação em medicina. O tema da aula é “o que é ser
Médico de Família e Comunidade?”. Um dos alunos, (A) Sífilis e infecção por HIV durante a gestação.
durante a aula, interrompe e pergunta: o que diferencia o (B) Candidíase vaginal e Hepatite B.
MFC do clínico geral? Assinale a alternativa que responde (C) Lesão por Papiloma Vírus Humano e pessoas com
ao questionamento do aluno. HIV.
(D) Hepatite B e mulheres com tricomoníase.
(A) O MFC é um clínico qualificado, a atuação do MFC é
influenciada pela comunidade e a relação médico- 46. Dra. Yana, médica de uma Unidade de Atenção Primária à
pessoa é fundamental para o desempenho do MFC. Saúde de Juazeiro do Norte, está preocupada com uma de
(B) A relação médico-pessoa é fundamental para o suas pacientes que atende em visita domiciliar (VD). Nas
desempenho do MFC, o MFC atende exclusivamente últimas três VDs, a senhora Raimunda, 59 anos, queixa-se
consultas ambulatoriais e o MFC é um clínico de dor em membro inferior direito (precisamente no joelho
qualificado. direito), sem melhora ao uso de analgésicos. Já foram
(C) O MFC atua em problemas de saúde bem definidos, excluídas causas agudas e não há sinais de gravidade.
o foco da atuação do MFC é na doença e o MFC é Outras idosas que moram no bairro também estão com
recurso de uma população definida. queixas de dores osteomusculares. Nesse momento, Dra.
(D) O MFC é um clínico qualificado, o MFC atua em Yana reflete sobre como deveria proceder para melhorar a
problemas de saúde bem definidos e a atuação do qualidade de vida das suas pacientes.
MFC é influenciada pela comunidade.

9 Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24.
De acordo com o caso descrito, assinale a alternativa As repostas foram respectivamente “não, não e não”.
correta. Assinale a alternativa que apresenta a classificação
funcional deste paciente.
(A) Existe uma responsabilização exacerbada dos
profissionais na conservação da saúde das pessoas, (A) Classe 1.
portanto, a médica deve atender ao desejo da (B) Classe II.
paciente e encaminhá-la ao fisioterapeuta do NASF (C) Classe III.
com urgência. (D) Classe IV.
(B) Dentro do território do qual é responsável, a médica 50. Lucas, 78 anos, comparece à consulta de rotina na UBS
pode solicitar apoio ao NASF na implementação de acompanhado de sua esposa Maria, 76 anos. Lucas nega
conduta compartilhada para senhora Raimunda e qualquer doença crônica ou uso de medicamento diário.
outras pacientes com queixas similares. Ambos vivem juntos e têm a visita dos filhos aos finais de
(C) Dona Raimunda deve ser orientada a comparecer na semana e consideram que estes poderiam ajudá-los no
Unidade de Saúde para agendar diretamente com a caso de doença ou incapacidade. Lucas nunca usou óculos
fisioterapeuta do NASF, que pode oferecer e vem tendo dificuldade para dirigir e ver TV. Nunca
acompanhamento regular melhor para seu problema apresentou alteração de audição e responde bem ao teste
de saúde. do sussurro. É capaz de tocar a nuca com ambas as mãos
(D) Considerando que o médico está na porta de entrada e apanhar um lápis sobre a mesa e colocá-lo de volta. Nega
do sistema de saúde para uma comunidade ter sofrido queda em casa nos últimos 12 meses, nega
específica e que o NASF não tem ação no território, a alteração de humor e nega perda de peso e incontinência
médica deve estudar as queixas da paciente e urinária. Repete o nome de 3 objetos após 3 minutos.
prescrever e acompanhar a aplicação de exercícios
de reabilitação. A respeito da avaliação multidimensional do idoso e as
47. Paciente do sexo feminino, 48 anos, casada, costureira, intervenções necessárias no caso de Lucas, assinale a
procura a unidade de saúde mensalmente para renovação alternativa correta.
de receita de bromazepam 3 mg. Faz uso de meio (A) Ainda que Lucas tenha negado alteração de audição,
comprimido à noite desta medicação para dormir, há 10 o teste do susurro não pode ser considerado
anos e desde então vem apenas renovando as receitas. rastreamento e seria importante realizar uma
Após conversa com a paciente, assinale a alternativa que otoscopia para verificar a presença de cerúmen.
apresenta a conduta mais adequada feita pelo médico de (B) A dificuldade para dirigir e ver TV, acompanhada de
família e comunidade. teste de Snellen com incapacidade de ler além de
(A) Iniciar um plano de retirada gradual que não 20/40 confirmaria o rastreamento positivo e é
ultrapasse dois meses. indicação de encaminhamento para o oftalmologista.
(B) Iniciar plano de retirada gradual nos próximos 12 (C) Ainda que Lucas respondesse que sim para questões
meses. sobre a capacidade de sair da cama sem auxílio,
(C) Retirar imediatamente a medicação e observar vestir-se, fazer compras e preparar suas refeições o
presença de sinais e sintomas de abstinência. rastreamento ativo sobre as atividades diárias não faz
(D) Trocar por outro benzodiazepínico com menor meia parte da avaliação multidimenstional do idoso.
vida. (D) Na avaliação do estado mental, a capacidade de
48. Paciente do sexo masculino, 70 anos, aposentado, recebe repetir os 3 nomes após 3 minutos isoladamente não
visita domiciliar da equipe de saúde da família. Paciente indica rastreamento negativo e, mesmo em pacientes
apresentando tremor de mãos em repouso e assimétrico; sem queixas relacionadas, o minimental completo
rigidez do tipo “roda dentada” de membro superior direito e deve sempre ser realizado.
bradicinesia. Início dos sintomas há dois meses. Nega uso 51. Flávia, 28 anos, comparece para ver o resultado do
de medicamentos. Assinale a alternativa que apresenta a preventivo, que ela nunca havia coletado antes. Nega
conduta a ser realizada pelo médico de família. qualquer sintoma desde a coleta. Relata ter parceiro sexual
único, usa preservativo em todas as relações. Afirma,
(A) Iniciar dose baixa de levodopa / carbidopa e avaliar
ainda, que todas as relações são consentidas, sem dor ou
resposta ao tratamento.
sangramento. Faz uso de anticoncepcional trimestral
(B) Solicitar tomografia computadorizada de crânio para
injetável. Não tem história pessoal e nem familiar de
diagnóstico.
qualquer tipo de câncer. Sobre os possíveis resultados e
(C) Iniciar cinarizina em altas doses e avaliar resposta ao
seguimentos compatíveis no caso de Flávia, assinale a
tratamento.
alternativa correta.
(D) Iniciar propranolol e avaliar resposta ao tratamento.
49. Paciente do sexo masculino, 60 anos, acompanhado pela (A) No caso de a amostra não ser adequada, ainda que
equipe de saúde devido a insuficiência cardíaca congestiva venha como resultado ASC-H, deve-se repetir o
há 6 anos. Durante a anamnese o médico realizou preventivo em um intervalo de seis meses.
avaliação da capacidade funcional através das seguintes (B) No caso de amostra adequada com resultado
questões: mostrando ASC-US, como a paciente tem menos que
30 anos pode-se repetir o preventivo em 12 meses.
1. Você consegue, sem ter que parar por cansaço ou
(C) No caso de amostra adequada com resultado
falta de ar, subir um lance de 8 degraus carregando
evidenciando lesão intraepitelial de baixo grau, deve-
peso (10 Kg) ou caminhar rápido no plano?
se encaminhar paciente para colposcopia imediata.
2. Você consegue, sem ter que parar por cansaço ou
(D) No caso de amostra adequada com resultado de
falta de ar, caminhar devagar em terreno plano ou
células glandulares atípicas de significado
arrumar a casa?
indeterminado, a conduta deve ser repetir preventivo
3. Você tem cansaço ou falta de ar quando está
em 6 meses com citologia de canal.
comendo ou sentado?

Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24. 10
52. Mulher com 64 anos vem à consulta com queixa de 54. Homem, 26 anos, vem à consulta com queixa de ter iniciado
hematoquezia (pequena quantidade, em pelo menos com obstrução nasal, coriza hialina e tosse seca esporádica
metade das evacuações) e emagrecimento de 3 quilos (sic) há cerca de 12 dias. Há cerca de 5 dias, a tosse intensificou
nos últimos 3 meses. Questionada, referiu que está e passou a ser produtiva com expectoração purulenta. Há
levemente mais constipada. Apresentou história de 3 dias cursa com cefaleia frontal de leve intensidade
hemorroidas pós-parto, que não a incomoda há muitos quando baixa a cabeça, que alivia com paracetamol
anos. Nega febre ou quaisquer outras queixas. Ao exame: 750 mg. Veio pelo tempo de evolução, não está tão
PA: 130x70 mmHg, FC: 88 bpm, Peso: 60 Kg. Bom estado incomodado com os sintomas. Nega febre ou outras
geral, hidratada, hipocorada (+/4). Ausculta cardíaca e queixas. Nega comorbidades. Refere história de asma na
pulmonar normais. Abdôme: ruídos hidroaéreos positivos. adolescência – última crise há cerca de 10 anos. Ao exame:
Ausência de visceromegalia ou presença de massas. PA: 110x60 mmHg, FC: 80 bpm. Ausculta cardíaca e
Indolor à palpação. Anuscopia e toque retal: sem pulmonar sem alterações. Nasoscopia com hiperemia
alterações. História mórbida pregressa: hipertensão (em bilateral. Oroscopia: hiperemia em parede posterior de
uso de enalapril 10 mg/dia). Nega cirurgias prévias ou orofaringe, com presença de gotejamento pós-nasal com
outras comorbidades. Menopausa há cerca de 10 anos. aspecto purulento. Otoscopia: discreta hiperemia em
Histórico fisiológico e social: ex-tabagista (10 maços/ano). porção anterossuperior de membrana timpânica de ouvido
Nega uso de álcool ou outras drogas ilícitas. História esquerdo, sem sinais de abaulamento ou opacidade. Sobre
mórbida familiar: pai falecido por acidente de carro com 45 o quadro clínico, pode-se afirmar que
anos. Mãe viva com 85 anos, com HAS. Nega história de
câncer gastrintestinal. (A) se trata de um quadro de rinofaringite viral complicada
com otite média aguda. Sugere-se uso de antibiótico
Dado o quadro clínico, assinale a alternativa que apresenta (amoxicilina 1,0 g de 12 em 12 horas por 7 dias), além
a melhor conduta. de sintomáticos (lavagem nasal com solução
fisiológica, hidratação e analgesia conforme
(A) Solicitar hemograma e reavaliar o peso em 2 meses, necessidade).
uma vez que não há alteração no exame físico. (B) o uso de antibioticoterapia (levofloxacino 500 mg
(B) Solicitar pesquisa de sangue oculto. Se positivo, 1 comprimido a cada 24 horas por 5 dias) é
avaliar então necessidade de colonoscopia. mandatório neste caso dado o tempo de evolução e
(C) Solicitar hemograma e colonoscopia, para avaliar, risco de complicação como pneumonia.
entre outros diagnósticos, neoplasia de trato (C) se trata de um quadro de sinusite aguda. Caso o
gastrintestinal baixo. paciente esteja de acordo, é possível fazer o uso de
sintomáticos (lavagem nasal com solução salina,
(D) Solicitar hemograma, VHS e proteína C reativa com o
hidratação e analgesia conforme necessidade) e
fim de diagnosticar doença intestinal inflamatória,
orientar sobre tempo médio de evolução do quadro,
diagnóstico mais provável neste caso.
recomendando retorno caso necessário.
53. Mulher com 62 anos chega ao Centro de Saúde para tomar (D) caso disponível, a realização de radiografia de seios
vacina da febre amarela. Viajará em 15 dias para “área com da face está indicada visando fazer o diagnóstico
recomendação de vacinação” contra esta doença, onde diferencial de sinusite aguda com rinofaringite aguda.
ficará por 7 dias. Nega ter sido vacinada previamente. 55. Homem com 37 anos de idade vem ao Centro de Saúde
Questionada, nega quaisquer queixas no momento. com queixa de “olho vermelho” e “sensação de acordar com
Apresenta Diabetes mellitus controlada com uso de olho grudado pela manhã” há 2 dias. Questionado, refere
metformina 1 comprimido de 850 mg duas vezes ao dia lacrimejamento, obstrução nasal, secreção nasal com
(última hemoglobina glicada = 6,9%). Também refere ter coriza hialina, tosse seca (rara) também há 2 dias. Nega
realizado histerectomia total associada à radioterapia febre, prurido ocular, fotofobia, redução de acuidade visual
devido a câncer de endométrio há 11 anos. Refere que ou outras queixas. Nega conhecer contatos com os
acompanha até hoje com ginecologista que a operou, que mesmos sintomas. Não apresenta outras comorbidades.
disse que está “curada” (sic). Nega outras comorbidades ou Ao exame físico: olhos com conjuntiva hiperemiada
uso de outros medicamentos. bilateralmente e presença de secreção aquosa. Presença
Sobre o caso descrito, assinale a alternativa que apresenta de adenopatia pré-auricular bilateral. Oroscopia: hiperemia
a conduta a ser tomada. discreta em parede posterior de orofaringe, sem placas em
amígdalas. Dado o quadro clínico, assinale a alternativa
(A) Indicar a vacina, em dose única, uma vez que não há que apresenta o diagnóstico provável e a conduta
qualquer risco envolvido com a vacinação. apropriada.
(B) Contraindicar a vacina explicando que embora não (A) Conjuntivite alérgica → Compressa fria local
seja contraindicação absoluta, o diabetes mellitus + lavagem dos olhos com soro fisiológico 0,9% +
aumenta consideravelmente o risco de doença anti-histamínico oral (discutir com paciente o quanto
viscerotrópica. necessita, uma vez que sintomático).
(C) Orientar que a imunização só ocorrerá após 30 dias (B) Conjuntivite viral → Compressa fria local + lavagem
da vacinação e que a mesma não será efetiva durante ocular com soro fisiológico 0,9% + cuidado do
o período da viagem. paciente e contatos com higiene das mãos, soluções
(D) Indicar a vacina, em dose única, ponderando riscos e oftálmicas e toalhas.
benefícios associados à vacinação. (C) Conjuntivite bacteriana → Antibiótico tópico ocular por
7 dias + lavagem dos olhos com soro fisiológico
0,9% + cuidado do paciente e contatos com higiene
das mãos, soluções oftálmicas e toalhas.

11 Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24.
(D) Conjuntivite associada a quadro de rinite alérgica → Assinale a alternativa que apresenta a conduta mais
Anti-histamínico via oral + corticoide tópico nasal adequada que deve ser realizada pelo médico de família e
+ lavagem dos olhos com soro fisiológico 0,9% comunidade.
+ observar e evitar possíveis fatores
desencadeantes. (A) Indicar fototerapia como tratamento definitivo.
56. Homem com 32 anos vai à consulta acompanhado de sua (B) Indicar hidratantes tópicos durante os períodos de
esposa. Queixa-se de tristeza, anedonia e sensação de exacerbação, sendo suspenso nos períodos de
fraqueza que iniciaram e vêm se agravando ao longo dos remissão.
últimos 5 meses. Neste período, emagreceu 4 quilos, (C) Prescrever anti-histamínicos sistêmicos para controle
associado à redução de ingesta alimentar. Há cerca de 1 do prurido.
mês também refere insônia, sensação de culpa e (D) Prescrever corticoides tópicos de alta potência como
irritabilidade, agravada nos últimos três dias (não dormiu terapia de manutenção por duas semanas.
mais do que uma hora por dia). Refere ideação suicida, 59. Paciente do sexo masculino, 70 anos, tabagista há 20 anos,
embora não tenha planos. Há 1 dia contou para a esposa o com carga tabágica de 40 cigarros/dia, hipertenso há 30
que estava sentindo – até então tentava esconder anos, queixa-se de dor em panturrilha direita, constritiva,
sentimentos, ainda que esposa notasse que o mesmo não desencadeada por caminhada de 400 metros, piora na
estava bem. Não encontra razões para estar assim – nega subida e melhora com 15 minutos de repouso. Ao exame
problemas em casa ou no trabalho, embora seu rendimento físico apresenta extremidades de membros inferiores frias,
tenha piorado muito a ponto de ter sido chamado a atenção pálidas e acianóticas. A palpação dos pulsos inferiores
por seu superior na empresa em que trabalha. Refere evidenciou diminuição bilateral. Assinale a alternativa que
sempre ter sido mais “fechado”, com poucos amigos – apresenta a conduta mais adequada que deve ser realizada
embora se sentisse bem e isto não fosse um problema pelo médico de família e comunidade.
antes. Esposa confirma que ele nunca “foi de sorrir”.
História fisiológica e social: trabalha como contador. (A) Orientar a evitar caminhadas.
Casado há 5 anos, mora com esposa. Sem filhos. Nega (B) Prescrever cilostazol 100 mg a cada 12 horas.
fumo, álcool ou outras drogas ilícitas. História mórbida (C) Avaliar futuramente o estágio motivacional para
pregressa: nega comorbidades prévias. História mórbida interrupção do tabagismo.
familiar: apresenta tia com transtorno afetivo bipolar tipo 1. (D) Pedir ultrassonografia com doppler arterial dos
membros inferiores.
Em relação ao quadro clínico, assinale a alternativa correta. 60. “Um sistema de saúde com forte referencial na atenção
primária à saúde é mais efetivo, é mais satisfatório para a
(A) Transtorno afetivo bipolar é o diagnóstico mais
população, tem menores custos e é mais equitativo –
provável, ainda que fase de mania franca não tenha
mesmo em contextos de grande iniquidade social” (Barbara
ocorrido.
Starfield). O médico de uma unidade de saúde em uma
(B) É preciso descartar doença orgânica com glicemia de
cidade do interior está preparando uma apresentação sobre
jejum, TSH e hemograma e avaliar os resultados
Sistemas de Saúde e Atenção Primária à Saúde (APS) para
antes de iniciar qualquer terapia medicamentosa.
sua equipe e fica surpreso ao perceber que a maneira que
(C) Independente do diagnóstico, a terapia
o Brasil organiza o SUS a partir da orientação pela APS
medicamentosa inicial deve contar com um
difere em alguns pontos de outros países com sistemas
estabilizador de humor pela presença de irritabilidade
universais de saúde. Sobre tais diferenças, assinale a
importante.
alternativa correta.
(D) Depressão grave é o diagnóstico mais provável, ainda
que não haja plano de suicídio. (A) Há diferenças relacionadas aos valores, como direito
57. Paciente do sexo masculino, 80 anos, procura seu médico à saúde universal, equidade, participação social e
de família e comunidade com queixa de rash pruriginoso, integralidade.
composto por pápulas, vesículas e crostas no trajeto do (B) Há diferenças relacionadas aos atributos específicos
ramo mandibular do nervo trigêmeo. Queixa dor intensa em dos serviços de APS, como acesso, longitudinalidade,
queimação. Em relação ao caso acima, assinale a integralidade e coordenação do cuidado.
alternativa correta. (C) Há diferenças relacionadas aos atributos específicos
dos serviços de APS, como orientação familiar e
(A) A idade do paciente aumenta o risco da complicação comunitária, enfoque na pessoa e não na doença e
mais comum do caso. competência cultural.
(B) O médico deve prescrever corticoides tópicos de alta (D) Há diferenças relacionadas à organização/
potência. composição das equipes de APS, como a presença
(C) O diagnóstico será definido após exames de equipes multiprofissionais (médico, enfermeiro,
laboratoriais. técnico de enfermagem, ACS) e a adscrição de
(D) A prescrição de aciclovir é contraindicada em idade clientela organizada por território.
superior a 70 anos.
61. Um médico em uma unidade de saúde tem 3 equipes em
58. Adolescente, 16 anos, procura seu médico de família com determinada capital. Sua equipe é responsável por um
queixa de lesões eczematosas, pruriginosas em fossas território com aproximadamente 3.500 pessoas
cubitais e tornozelos. Refere recorrência das lesões e cadastradas, sendo que aproximadamente 80% deste é
associa à ingestão de certos alimentos e à exposição considerado área de vulnerabilidade social. Em reunião
prolongada ao sol. Refere possuir essas lesões desde semanal de equipe, o médico, a enfermeira, o técnico de
bebê, porém, quando criança, predominavam na face. enfermagem e as (os) ACS discutem sobre as planilhas de
Apresentava também pápulas hiperceratóticas foliculares vigilância de que a equipe dispõe no momento. Os
na face extensora dos membros superiores. profissionais avaliaram as listas dos pacientes HIV+,
diabéticos, hipertensos e dos pacientes com diagnóstico
recente de sífilis e tuberculose, que são as condições

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clínicas, no momento, mais prevalentes na comunidade, 63. Paciente feminina, 36 anos, comparece à unidade de saúde
conforme últimos indicadores disponíveis. Ao avaliar as para mostrar exames, pois há 4 semanas iniciou com
listas, perceberam que a maioria dos pacientes HIV+ está aumento de linfonodos. Negou febre, tosse, sudorese
com a carga viral não detectável e em acompanhamento noturna ou perda de peso. Não apresenta quaisquer outras
regular. O mesmo foi observado sobre os hipertensos e queixas. Nega comorbidades ou uso crônico de
com sífilis, sendo que a maioria está com os exames em medicamentos. Não fuma e nega uso de álcool e outras
dia, realizou tratamento adequado e está com a hipertensão substâncias psicoativas. É casada, tem 2 filhos saudáveis,
compensada. Nenhum caso de tuberculose recente foi o marido está bem de saúde e sem queixas. Não viajou nas
identificado pela equipe. Sendo assim, vocês decidiram últimas semanas. Está tranquila em relação ao quadro, já
focar esforços em pensar abordagens/ intervenções, que os filhos frequentemente têm “ínguas” quando ficam
sobretudo para os pacientes com diabetes, que foi o grupo doentes e “logo passa”.
que apresentou maiores índices de doença não controlada Ao exame físico: linfonodos palpáveis nas cadeias inguinal,
e problemas de adesão. A equipe utilizou para chegar a axilar e cervical posterior, bilaterais, indolores, de
esse diagnóstico/conduta princípios de abordagem consistência fibroelástica, móveis, medindo,
aproximadamente, 1,5 cm (os maiores). Restante do exame
(A) comunitária. físico sem alterações.
(B) individual. Exames realizados (solicitados na 1ª consulta):
(C) de resolução de problemas. Hemograma, Anti-HIV, HbsAg, sorologias para
(D) focada na doença. toxoplasmose e citomegavírus, FAN, Radiografia de tórax
62. Paciente feminina, de 52 anos, assintomática, comparece e PPD: todos sem alterações.
à unidade de saúde para “check-up”. É comerciante, mora Assinale a alternativa que apresenta a melhor opção de
com marido e 2 filhos adolescentes, não fuma e consome manejo para o caso.
álcool ocasionalmente e em pouca quantidade. Sedentária
(A) Tranquilizar a paciente, já que todos os exames estão
e sem tempo para iniciar prática de atividade física no
normais. Combinar observação vigilante, utilizando o
momento. Nega doenças de base, medicamento em uso
princípio da demora permitida e da longitudinalidade
contínuo, alergias e internações ou cirurgias prévias. Sem
e pedir para que ela retorne em no máximo 2
histórico familiar de doenças significantes. Demonstrou
semanas se não houver remissão do quadro.
expectativa/preocupação em dosar colesterol, glicemia,
(B) Solicitar exames adicionais, como provas de atividade
fazer “todos os testes” de sangue como hemograma e
inflamatória (VHS/PCR), função renal,
“tireoide”, além de exames de urina e fezes, já que sempre
transaminases, TSH, glicemia em jejum e
ouviu que “prevenir é melhor que remediar”, mas parece
ultrassonografia para melhor avaliação do aspecto
aberta a conversar mais sobre o assunto. Sem outras
dos linfonodos.
demandas. Revisando os registros da paciente, o médico
(C) Combinar / explicar para a paciente que, apesar de
nota que ela coletou o exame de papanicolau há 2 anos
ela estar bem e não ter outros sintomas, o próximo
(normal, sempre teve exames normais, sendo os 2
passo deve ser o encaminhamento para um serviço
primeiros aos 25 e 26 anos) e não identifica outros exames
especializado onde a biópsia dos linfonodos deverá
recentes realizados.
ser avaliada/realizada.
Ao exame físico: IMC: 32, sem outras alterações
(D) Encaminhar a paciente para consulta com
significativas. PA: 110/65 mmHg.
hematologista para complementação da avaliação
Assinale a alternativa que apresenta a melhor condução
diagnóstica antes de indicar biópsia.
desse caso, baseado em uma abordagem centrada na
pessoa e nas melhores evidências disponíveis sobre 64. Mulher de 35 anos comparece ao Centro de Saúde para
rastreamento. renovação de prescrição de uso crônico. Ela tem
diagnóstico de asma brônquica desde a adolescência e
(A) Solicitar os exames demandados pela paciente, já atualmente sua prescrição consta de: salbutamol spray
que a mesma está preocupada, com o objetivo de 100 mcg – 4 a 6 jatos quando necessário e beclometasona
tranquilizá-la e aumentar o vínculo, além de spray 250 mcg – 2 jatos a cada 12 horas todos os dias (dose
mamografia e de exame de papanicolau. total diária: 1.000 mcg). A paciente relata sintomas diurnos
(B) Não solicitar os exames demandados pela paciente leves, como opressão torácica, tosse e sensação de
porque não há indicação clínica para os mesmos. dispneia, quase que diariamente, e uso médio de
Explicar sobre rastreamento e medicina baseada em medicamento de resgate de 4 a 5 vezes na semana. Não
evidências. Oferecer apenas mamografia, pois é o apresenta despertares noturnos, nem limitações
único exame de rastreamento indicado nesse importantes para atividades sociais ou laborais. A última
momento. espirometria há 6 meses apresentava VEF1 (pré-
(C) Explorar os medos, preocupações e ideias broncodilatador) de 82% do previsto. Nega ter usado outros
relacionadas à demanda por exames, trazendo medicamentos específicos para o tratamento da asma. Não
informações baseadas em evidências sobre fuma e a última exacerbação foi há aproximadamente 1
rastreamento. Solicitar exames para avaliação do ano. Não apresenta outras comorbidades ou uso crônico de
risco cardiovascular, mamografia e explicar que não medicamentos. Apresenta boa adesão ao regime
precisa coletar novo papanicolau esse ano. farmacológico prescrito, nega efeitos adversos, a técnica
(D) Explorar os medos, preocupações e ideias inalatória foi revisada e está correta e a paciente nega
relacionadas à demanda por exames. Conversar desencadeantes claros no seu dia a dia relacionados com
sobre rastreamento e medicina baseada em os sintomas descritos. Assinale a alternativa que apresenta
evidências. Deixar claro que não há indicação de a melhor opção de manejo para o caso.
fazer qualquer exame complementar nesse momento. (A) Manter a prescrição anterior, já que se trata de “asma
controlada”, parabenizar a paciente e combinar o
seguimento ambulatorial com retorno em 1 ano ou
antes se necessário.
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(B) Propor aumento na dose do corticoide inalatório, já (C) solicitar beta HCG sérico e ultrassonografia para
que se trata de “asma parcialmente controlada”, avaliação da idade gestacional, iniciar ácido fólico,
reforçar os cuidados locais após o uso do acionar a rede de apoio familiar, e discutir o caso com
medicamento (como higiene bucal) e combinar um o serviço social.
retorno em aproximadamente 3 meses para revisar a (D) solicitar beta HCG sérico, e informá-la, com cuidado,
resposta ao tratamento. que o abortamento é criminalizado nestes casos e
(C) Propor introdução de um beta-2 agonista de longa que o médico pode ser obrigado a quebrar o sigilo
duração, como formoterol, já que se trata de “asma médico caso ela prossiga com esse desejo.
parcialmente controlada”, manter a dose do corticoide 67. Francisco, 25 anos, chega muito desconcertado à consulta.
inalatório e combinar um retorno em Traz consigo um celular e mostra ao médico o conteúdo da
aproximadamente 3 meses para revisar a resposta ao mensagem que recebeu no grupo do trabalho. Nele consta
tratamento. uma mensagem enviada pela sua supervisora para o grupo,
(D) Propor aumento na dose do corticoide inalatório durante o horário de almoço, que diz: “não ligue para isso,
associado à introdução de um beta-2 agonista de o vagabundo do Francisco não dura até o fim do mês”.
longa duração, já que se trata de “asma não Francisco logo mostra outra mensagem privada da
controlada” e combinar um retorno em supervisora, enviada 2 minutos depois, na qual consta:
aproximadamente 3 meses para revisar a resposta ao “meu esposo pegou meu celular e fez essa brincadeira,
tratamento. hahaha. Espero que não leve a mal :)”. Refere que
65. Guilherme, 50 anos, fumante de cerca de três maços de novamente chegou cinco minutos atrasado ao trabalho por
cigarros desde os quinze anos de idade, vem à consulta ter que consolar o filho pequeno que está iniciando a
para um “check-up” completo. Teme, em especial, ter primeira série, e que ele e outros colegas têm notado que é
enfisema pulmonar, pois sabe que fuma demais e desde perseguido no trabalho por sua supervisora. Esta foi a gota
quando começou a fumar tem uma tosse chata que não o d’água. Ainda trêmulo, pede um atestado para o dia, pois
deixa. Sobre o diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva nem tem condições mentais para trabalhar hoje. Sobre os
Crônica (DPOC), indicações e interpretação da direitos do trabalhador e deveres do profissional de saúde,
espirometria, assinale a alternativa correta. assinale a alternativa que apresenta o manejo correto do
caso.
(A) Recomenda-se a detecção precoce do DPOC, pois
mesmo indivíduos com estágio I da classificação (A) Fornecer o atestado do dia, notificar como acidente
GOLD possuem risco aumentado de morbidade e de trabalho e orientar a abertura de Comunicação de
mortalidade por DPOC. Acidente do Trabalho (CAT).
(B) A classificação da GOLD diagnostica e classifica a (B) Fornecer o atestado do dia, notificar como acidente
gravidade da DPOC mesmo em indivíduos de trabalho e dizer que nesse caso não é necessária
assintomáticos. a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).
(C) O VEF1, obtido por espirometria, é o melhor critério (C) Fornecer o atestado do dia, não notificar como
para avaliar a progressão da doença por acidente de trabalho, pois não há perda de função, e
correlacionar-se com intensidade dos sintomas e a não orientar a abertura de Comunicação de Acidente
capacidade física. do Trabalho (CAT).
(D) O valor isolado da relação VEF1/CVF no diagnóstico (D) Não fornecer o atestado, nem notificar como acidente
de DPOC tende a provocar resultados falso-negativos de trabalho e/ou orientar a abertura de Comunicação
em idosos e falso-positivos em jovens. de Acidente do Trabalho (CAT).
66. Manuela, 26 anos, vai à consulta no acolhimento. Como o 68. Carla, 9 anos e 6 meses, comparece para primeira consulta
médico já a conhece há anos, nota que ela está bem com seu médico de família acompanhada dos pais.
ansiosa. Conta que fez um teste de farmácia e está mais Segundo a mãe, Carla é “menor que a irmã mais nova
uma vez grávida. Refere que, como o médico bem sabe, Mercedes e também é a menor da turma da escola”, fato
ela e o esposo estão desempregados, e já possuem mais que vem causando problemas em casa e recusa da pré-
três filhos, o mais novo com 2 anos de idade. Devido às adolescente de comparecer à escola. A mãe relata, ainda,
dificuldades financeiras, há tempos não tem mais desejo que Carla nasceu a termo, apresentou teste do pezinho
sexual, entretanto conta que o marido não a entende e isto normal, desenvolvimento neuropsicomotor adequado e
tem sido motivo de brigas constantes entre o casal, compatível com o da irmã, sempre comeu pouco, não
chegando a ter relações sexuais por medo de costuma adoecer com frequência, nunca ficou internada e
consequências maiores. Está decidida a interromper esta pratica atividades físicas na escola. Em casa, Carla tem
gestação e pede ajuda ao médico. Tendo em vista a bom relacionamento com os pais e a irmã, mas prefere ficar
vontade de Manuela, a legislação brasileira sobre o isolada estudando. Carla nega qualquer queixa
abortamento e o que versa o Conselho Federal de Medicina espontânea, nega sintomas cardiorrespiratórios, nega
sobre o sigilo médico, é correto afirmar que o médico deve alteração de hábito urinário ou intestinal e relata não ter tido
acolhê-la com empatia, menarca. No exame físico, pele discretamente pálida e
(A) solicitar beta HCG sérico, discutir o caso em equipe e seca, mucosas hidratadas, musculatura trófica com gordura
encaminhá-la para o serviço social e psicologia, uma subcutânea escassa. Exame cardíaco, pulmonar e
vez que o abortamento legal não é permitido nestes abdominal sem alterações. A curva de crescimento, que
casos. vinha se mantendo próxima à mediana da população de
(B) informar que ela pode ter direito por lei ao referência, no momento apresenta a relação
abortamento se considerar que as relações sexuais comprimento/idade baixa e IMC/idade classificado como
ocorreram sob coerção, orientar sobre as possíveis magreza (Escore – Z (DP) entre -2 e -3). Maturação sexual
implicações de sua decisão e, se ela desejar, M1P1. Assinale a alternativa que apresenta a conduta mais
encaminhar para avaliação no serviço de referência adequada nesse caso.
mais próximo.

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(A) Solicitação de relação LH/FSH, glicemia, (C) Considerar o diagnóstico de diabetes tipo 2, orientar
hemograma, exame e cultura de urina e atividade física e dieta, iniciar metformina e pedir
parasitológico de fezes. hemoglobina glicosilada.
(B) Solicitação de relação LH/FSH, radiografia de idade (D) Considerar o diagnóstico de diabetes tipo 1, orientar
óssea e radiografia de tórax. dieta e atividade física e solicitar glicosímetro para
(C) Solicitação de hemograma e exame parasitológico de iniciar insulina em dose plena.
fezes. 71. Joana, de 65 anos, levou exames para o MFC. Tem
(D) Solicitação de hemograma, exame e cultura de urina, hipertensão controlada em tratamento com
proteinas séricas, eletrólitos e parasitológico de fezes. hidroclorotiazida 25 mg pela manhã. Queixa-se de cansaço
69. Jorge, 57 anos, vai a uma consulta de retorno na unidade e sonolência durante o dia, apesar de dormir bem, há pouco
de saúde levando resultado de exames que lhe foram mais de 6 meses. Ela diz que acorda às 7 horas e toma um
pedidos previamente por queixa de fraqueza, sem outras comprimido de levotiroxina 100 mcg para hipotireoidismo já
queixas. Ele tem diabetes e faz tratamento com metformina há uns 10 anos. Depois de uns 20 minutos toma 1
850 mg 2 vezes ao dia. Negou tabagismo e etilismo. comprimido de carbonato de cálcio 500 mg + colecalciferol
PA 120/80 mmHg, estatura 1,78 m, peso 70 kg. Exames: 200 UI, pois lhe disseram que também seria interessante
TSH 2,3 mUI/L, creatinina 0,8 mg/dL, glicemia 135 mg/dL, tomar com estômago vazio. Depois toma outro comprimido
hemoglobina glicosilada 6,9%, hemácias 3,4 milhões/mm³, deste às 19 horas. Entrou na menopausa com 48 anos e
hematócrito 34,5%, hemoglobina 11,5 g/dL, VCM 110 fL, deram-lhe esse medicamento para prevenir a osteoporose
HCM 31,4 pg, CHCM 33,5 g/dL, RDW 13%, leucograma há cerca de 1 ano. Sua mãe tinha problema nos ossos, dizia
sem alterações, plaquetas 200.000. Diante desses que era artrose e faleceu com 73 anos de infarto agudo de
resultados, o médico solicita novos exames. Jorge retorna, miocárdio. Seu pai tinha hipertensão arterial e também
após 30 dias, com os resultados: Reticulócitos 1,5%, TGO morreu de infarto aos 58 anos. Joana mora com a filha e o
54 U/L, TGP 26 U/L, gama-GT 120 U/L, vitamina B12 300 genro, que têm uma menina de 4 anos. Não fuma, não bebe
pg/mL (180-914 pg/mL), ácido fólico 12 ng/mL e nunca teve fratura. Tem dieta saudável, com consumo de
(> 2,3 ng/mL). Diante desses resultados, assinale a leite e derivados, folhas verdes, carne e peixe. Caminha 2
alternativa que apresenta a hipótese diagnóstica mais vezes por semana. PA: 120/80 mmHg, 1,60 m, 62 kg.
provável. Exames: TSH: 11 µU/mL (valor de referência 0,4-4,2), T4
livre: 0,7 ng/dL (valor de referência 0,7-1,8); densitometria
(A) Anemia hemolítica. óssea com T-Score colo fêmur -1,5. Risco em 10 anos
(B) Abuso de álcool. segundo o FRAX de 3,3% para qualquer fratura por
(C) Síndrome mielodisplásica. osteoporose e de 0,6% para fratura de quadril. Além de
(D) Toxicidade por metformina. reforçar cuidados na dieta e a prática regular de exercícios
70. Senhor Juca, 52 anos, vai a uma consulta levar exames físicos, assinale a alternativa que apresenta a conduta mais
solicitados pelo reumatologista. Ele tem espondilite adequada para o caso.
ancilosante e estava em tratamento com metotrexato
20 mg/dia, sulfassalazina 3 g/dia e prednisona 5 mg/dia. (A) Aumentar a dose de levotiroxina para 125 mcg em
Recentemente realizou exames de imagem, que jejum, manter a suplementação de cálcio e vitamina
mostraram sacroileíte e tenossinovite no joelho direito. D e pedir TSH de controle.
Evoluiu há 2 semanas com dor, edema e calor nesse joelho, (B) Aumentar a dose de levotiroxina para 125 mcg em
sem melhora com anti-inflamatório não esteroide jejum, suspender a suplementação de cálcio e
(ibuprofeno 600 mg de 8 em 8 horas). Por isso, o vitamina D e pedir TSH de controle.
reumatologista aumentou a dose de prednisona para 40 mg (C) Manter a dose de levotiroxina de 100 mcg em jejum,
ao dia há 10 dias e encaminhou processo para substituir os suspender a suplementação de cálcio e vitamina D e
medicamentos em uso por adalimumabe, seguindo o pedir TSH de controle.
Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica do Ministério da (D) Aumentar a dose de levotiroxina para 112,5 mcg em
Saúde. Hoje ele permanece com dor e edema no joelho, jejum, manter a suplementação de cálcio e vitamina
mas em menor intensidade e não tem mais calor local. D e pedir TSH de controle.
Questionado, refere polidipsia e poliúria, mas que não tem 72. Júlio, 32 anos, chega à unidade de saúde no início da tarde.
prejudicado sua rotina diária. Não sabe especificar com Pouco antes do meio-dia ele começou com dor no flanco
clareza quando esses sintomas iniciaram. Nega polifagia, esquerdo de forte intensidade, tipo cólica, com irradiação
hálito cetônico, perda de peso, outros sintomas e história para região inguinal do mesmo lado, associada a náuseas
familiar de diabetes. Estatura 1,78 m, peso 79 kg. Exames: e um episódio de hematúria. Nega febre, perda de apetite,
VHS 50 mm, proteína C reativa 12 mg/L, exame qualitativo disúria e outras queixas urinárias ou gastrointestinais. Nega
de urina com glicosúria, TGO 37 U/L, TGP 41 U/L, episódio semelhante prévio. Ao exame, não apresenta dor
creatinina 1,0 mg/dL e hemograma normal. A última ou qualquer outra alteração a palpação abdominal. Tem dor
refeição dele foi o café da manhã há quase 3 horas. O a punho percussão lombar esquerda. Diante da suspeita
médico de família e comunidade realiza a glicemia capilar, clínica, caso Júlio preferisse não ir para o hospital, além de
que resulta 247 mg/dL. Revisando o prontuário, ele tinha orientá-lo a retornar caso surgisse algum sinal ou sintoma
uma glicemia de 105 no ano anterior. Assinale a alternativa de alerta, assinale a alternativa que apresenta a conduta
que apresenta a conduta mais adequada nesse caso. adequada para manejo do episódio agudo de cólica renal.
(A) Considerar a possibilidade de diabetes induzido por (A) Prescrever diclofenaco 75 mg por via intramuscular e,
fármacos, orientar dieta e atividade física e solicitar havendo alívio da dor, deixar para casa um anti-
hemoglobina glicosilada. inflamatório não esteroide de uso oral e doxazosina,
(B) Considerar a possibilidade de diabetes e solicitar orientando retorno caso não expulse a pedra
nova glicemia e hemoglobina glicosilada para espontaneamente em 2 a 3 semanas.
confirmar o diagnóstico. (B) Prescrever escopolamina 20 mg por via intravenosa
e, havendo alívio da dor, deixar para casa dipirona e
escopolamina para uso oral, solicitar uma
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ultrassonografia do aparelho urinário e encaminhar pulsos periféricos reduzidos, como ela não tem mais queixa
para urologia. de claudicação e tem sua mobilidade reduzida, ele
(C) Prescrever diclofenaco 75 mg por via intramuscular e, considera retirar o cilostazol. Também pondera a
havendo alívio da dor, deixar para casa um anti- suspensão de sinvastatina, visto que na idade dela o
inflamatório não esteroide de uso oral, orientar benefício é incerto, e de diazepam, já que ela tem dormido
ingesta hídrica abundante e solicitar uma bem e ele pode aumentar o risco de queda. Dona Maria se
ultrassonografia do aparelho urinário. mostra feliz com a ideia e diz que nunca gostou de tomar
(D) Prescrever dipirona 1 g por via intravenosa e, remédios. Assinale a alternativa que apresenta os próximos
havendo alívio da dor, deixar para casa dipirona para passos para realizar a desprescrição desses
uso oral, orientar ingesta hídrica abundante e retorno medicamentos no contexto da assistência domiciliar.
caso não expulse a pedra espontaneamente em 2 a 3
semanas. (A) Orientar os familiares que cuidam de Dona Maria
sobre seu desejo e respeitando sua autonomia
73. O Senhor Ernesto, 67 anos, vem sendo acompanhado pela
decisória, renovar a receita com enalapril, dipirona e
equipe de saúde da família devido a um glioblastoma.
ácido acetilsalicílico.
Realizou cirurgia e radioterapia, mas teve recidiva do tumor,
(B) Conversar com os cuidadores sobre a possibilidade
que não tem mais perspectiva de cura de acordo com
de suspender os medicamentos e, se eles
avaliação da oncologia e da neurocirurgia. Apresenta
concordarem, renovar a receita com enalapril,
hemiparesia direita, disfasia, alteração na marcha e
dipirona e ácido acetilsalicílico.
encontra-se acamado. Está em uso de morfina 5 mg a cada
(C) Orientar os familiares que cuidam de Dona Maria
6 horas. Vinha aceitando a alimentação, apesar de ter
sobre seu desejo e respeitando sua autonomia
perdido cerca de 20% do seu peso. Tinha diurese e
decisória, renovar os demais medicamentos,
evacuação mantidas, mas em uso de fralda geriátrica. Em
reduzindo a dose de cilostazol para 50 mg de 12 em
conversa prévia com ele e a família, ambos manifestaram
12 horas.
o desejo de ele permanecer em casa e não ir mais para o
(D) Conversar com os cuidadores sobre a possibilidade
hospital. O médico e a enfermeira da equipe foram realizar
de suspender os medicamentos e, se eles
uma visita domiciliar, pois a família disse que ele começou
concordarem, renovar os demais medicamentos,
a ficar sonolento, apesar de responder a estímulos verbais,
reduzindo a dose de cilostazol para 50 mg de 12 em
e está um pouco confuso (Glasgow 13). Queixa-se de piora
12 horas.
na cefaleia e está apresentando vômitos em jato e se
alimentando menos, mas ainda aceita alimentação via oral. 75. Mulher, de 46 anos, com diagnóstico de HIV há 3 anos, em
Além de considerar o aumento na dose de morfina, assinale uso regular de efavirenz, tenofovir e lamivudina. Sem
a alternativa que apresenta a melhor conduta para controle queixas. Levou resultado de exame recente de carga viral,
dos sintomas. cujo resultado foi abaixo do limite de detecção, assim como
os exames realizados nos últimos 2 anos. Questiona sobre
(A) Dimenidrinato 100 mg a cada 8 horas. a necessidade de outros exames de rotina. Utiliza DIU há 2
(B) Ondansetrona 8 mg a cada 8 horas. anos e meio. Não fuma, nem ingere bebidas alcoólicas ou
(C) Dexametasona 4 mg a cada 8 horas. outras drogas. Está sem parceiro sexual há 1 ano e meio.
(D) Metoclopramida 10 mg a cada 8 horas. Trabalha como secretária num escritório de contabilidade.
74. O médico de família e comunidade vai junto com a agente Nega outros problemas de saúde atuais e prévios. Exame
comunitária de saúde visitar a Dona Maria, de 101 anos. Ao físico é normal, com PA 110/60 mmHg, estatura de 1,63 m,
revisar o prontuário, ele identifica a lista de problemas: peso 59 kg. Ao revisar o prontuário, o médico verifica que
hipertensão arterial controlada (costuma se manter em ela é imune a hepatite B, hepatite A e toxoplasmose. Os
torno de 120-130 / 70-80 mmHg), insuficiência arterial demais exames de rotina, realizados há 1 ano e 3 meses,
periférica, gonartrose grave, imobilidade e dificuldade foram: colpocitologia oncótica com amostra satisfatória,
visual. Ela mora com um dos filhos, a nora e uma neta, que presença de células escamosas e glandulares e negativo
se revezam nos seus cuidados. Há uma filha e outro filho para malignidade; creatinina 0,8 mg/dL; exame qualitativo
que moram próximos e também ajudam. Ela utiliza os de urina normal; TGO 23 U/L; TGP 21 U/L; hemograma
seguintes medicamentos há muitos anos: enalapril 10 mg normal; glicemia 85 mg/dL; colesterol total 170 mg/dL; HDL
de manhã, ácido acetilsalicílico 100 mg no almoço, 54 mg/dL; triglicerídeos 130 mg/dL; teste não treponêmico
cilostazol 100 mg de 12 em 12 horas, sinvastatina 40 mg à não reagente; anti-HCV não reagente. Outros exames da
noite, dipirona 500 mg de 6 em 6 horas quando tem dor e época do diagnóstico: CD4 420; radiografia de tórax
diazepam 5 mg à noite. Na visita, o médico verifica que normal, PPD não reator, colpocitologia oncótica negativa
Dona Maria caminha com auxílio de um andador, mas para malignidade. Assinale a alternativa que apresenta
locomove-se somente dentro de casa, normalmente, entre quais exames devem ser solicitados.
seu quarto, a sala, que fica num mesmo ambiente junto da
cozinha, e o banheiro, ao lado de seu quarto. A casa tem (A) Creatinina, hemograma, transaminases, glicemia,
ainda outro quarto e outra sala menor. Ela se alimenta e colesterol total, HDL, triglicerídeos, PPD, radiografia
dorme bem, é bem lúcida e orientada, tem a memória de tórax.
preservada. Queixa-se de dor no joelho, que alivia quando (B) Creatinina, hemograma, transaminases, glicemia,
toma dipirona, e da sua dificuldade visual. Exceto pela dor colesterol total, HDL, triglicerídeos, PPD e
no joelho, nega dor na perna e claudicação intermitente ao colpocitologia oncótica.
deambular. A filha diz que ela reclamava antigamente, (C) Creatinina, hemograma, transaminases, glicemia,
quando era mais ativa e elas saiam para caminhar. Tinha colesterol total, HDL, triglicerídeos, teste não
indicação de cirurgia por catarata, mas não quis operar treponêmico e anti-HCV.
quando era mais nova. A casa é adaptada para evitar (D) Creatinina, hemograma, transaminases, glicemia,
quedas, com barras no banheiro e sem tapetes. O médico colesterol total, HDL, triglicerídeos e ultrassonografia
conversa com ela em separado e discute a possibilidade de transvaginal para controle do DIU.
reduzir alguns de seus medicamentos. Apesar de ter os

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76. O residente de medicina de família e comunidade vai ao 78. O Senhor Alberto, 61 anos, chega à unidade de saúde junto
MFC discutir um caso que está atendendo. Trata-se de um com sua irmã. Ele costuma ser acompanhado pela equipe
senhor de 56 anos, hígido, sem queixas, que foi solicitar em visita domiciliar. Há 6 anos teve um acidente vascular
uma colonoscopia para rastreamento de câncer de cólon. encefálico cardioembólico, ficando com sequela de
Ele não possui história familiar de câncer de cólon, mas hemiparesia direita, utilizando uma bengala para
está preocupado, porque recentemente um amigo teve deambular. Tem hipertensão controlada. Ecocardiograma
esse diagnóstico. O residente comenta que pesquisou no realizado na época mostrou hipocinesia ventricular
site do US Preventive Services Task Force, que recomenda esquerda, com trombo cardíaco, sugerindo um infarto do
o rastreamento com colonoscopia com nível de evidência miocárdio silencioso prévio. Faz uso de enalapril 20 mg/dia,
A. De acordo com as recomendações do Ministério da hidroclorotiazida 25 mg/dia, atenolol 50 mg/dia, sinvastatina
Saúde, a conduta correta nesse caso é o médico 40 mg/dia e varfarina 5 mg/dia. A irmã o trouxe, porque ele
saiu para caminhar de manhã cedo e teve uma queda na
(A) parabenizar a iniciativa de pesquisa do residente, calçada com trauma cranioencefálico, sem perda de
concordar com a solicitação da colonoscopia e consciência. No momento queixa-se apenas de cefaleia de
recomendar repetir o exame a cada 5 anos. intensidade moderada e fez uso de paracetamol a uns 30
(B) ponderar que, devido à dificuldade de acesso à minutos. Está lúcido, consciente (escala de Glasgow 15).
colonoscopia no Brasil, deve-se primeiro solicitar a PA 130/80 mmHg. Pupilas isocóricas e fotorreagentes.
pesquisa de sangue oculto nas fezes. Demais exames neurológicos normais, exceto pela
hemiparesia prévia. Apresenta escoriações leves na
(C) propor um toque retal e, se não mostrar nenhuma cabeça. Assinale a alternativa que apresenta a conduta
alteração, desaconselhar o rastreamento para câncer mais adequada nesse caso.
de cólon.
(D) não recomendar o rastreio, porque o paciente não (A) Orientar a evitar o uso de paracetamol, prescrever
tem história familiar de câncer de cólon, e orientar ibuprofeno 600 mg e liberar para casa.
sobre os sintomas da doença.
(B) Encaminhá-lo para um hospital apropriado para
77. O médico de família e comunidade acabou de chegar às 8 melhor avaliação de potencial lesão cerebral.
horas da manhã, e está no consultório se preparando para
(C) Mantê-lo em observação durante o dia na unidade e
começar os atendimentos numa unidade de saúde do
avaliar a melhora da cefaleia com paracetamol.
interior, em uma comunidade rural. A enfermeira entra na
sala relatando que neste final de semana teve festa na (D) Liberar e orientar que a família observe a ocorrência
comunidade e um jovem de 17 anos se envolveu numa de sinais e sintomas de alerta nas próximas 48 horas.
briga por volta das 5:30h da manhã e teve a extremidade 79. Analise os tópicos abaixo.
distal do segundo dedo da mão esquerda amputada com
uma arma branca. A família do jovem veio junto com ele e I. Elaborando um Projeto Comum de Manejo.
um policial, que quer levá-lo para delegacia para II. Incorporando a Prevenção e promoção da Saúde.
depoimento. Eles colocaram a extremidade do dedo num III. Sendo Realista.
recipiente com gelo. O jovem não tem nenhum problema de
saúde e no prontuário consta registro de dose de reforço É correto afirmar que são componentes do método
contra o tétano aos 14 anos. Assinale a alternativa que
apresenta a conduta mais adequada no momento. (A) ASSIST.
(B) P.R.A.C.T.I.C.E.
(A) Manter o dedo no recipiente com gelo, colocá-lo numa (C) clínico centrado na pessoa.
caixa térmica, recomendar dose de reforço da vacina (D) abordagem breve com cinco passos (5 As).
contra o tétano, realizar analgesia e curativo oclusivo
estéril e encaminhá-lo para um serviço de emergência Leia o caso abaixo para responder à questão 80.
especializado que fique no máximo a umas 4 horas
da unidade. Consulta por hérnia inguinal, nada mais. Havia consultado
(B) Retirar o dedo e colocá-lo num recipiente com soro no início do ano, e estava por dentro das orientações sobre
fisiológico 0,9% e este dentro de uma caixa térmica
qualidade de vida, repensou o cigarro, agora quer parar de fumar.
com gelo, recomendar reforço da antitetânica, realizar
analgesia e curativo oclusivo estéril e encaminhá-lo Consulta encerrando, pergunta ao médico se pode tirar uma
para um serviço de emergência especializado que
dúvida.
fique no máximo a umas 4 horas da unidade.
(C) Retirar o dedo e colocá-lo num recipiente com soro “Sim?”
fisiológico 0,9% e este dentro de uma caixa térmica “Todo mundo fala que câncer a gente tem que ver cedo, né?
com gelo, realizar analgesia e curativo oclusivo estéril
e encaminhá-lo para um serviço de emergência Que não pode marcar bobeira, que se pega antes, é mais fácil de
especializado que fique no máximo a umas 3 horas tratar, né?”
da unidade.
(D) Manter o dedo no recipiente com gelo, colocá-lo numa “É … geralmente, é”.
caixa térmica, realizar analgesia e curativo oclusivo “Mas também falam que câncer não dá sintoma, que é
estéril, encaminhá-lo para um serviço de emergência
especializado que fique no máximo a umas 3 horas silencioso”.
da unidade e sugerir que o policial colete o “Sim, no início costuma não dar sintoma mesmo”.
depoimento depois.
“E tem algum exame que pega seu sangue e te diz que você
não tem nenhum câncer? Ou sei lá, alguma máquina que você

17 Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – SBMFC – TEMFC – Edital n.º 24.
entra e ela te libera de qualquer tipo de câncer? Porque você vê,
só o cigarro pode dar um monte de câncer”.
“Não … tem alguns exames que é recomendado fazer pra
procurar câncer, mas nenhum no seu caso … e nenhum que te
libere de todos os tipos de câncer que existe”.
“Pois é! Então bem que podiam parar de azucrinar a nossa
cabeça com esse monstro de câncer, né? Só dá perturbação, não
ajuda em nada!”
“Concordo plenamente com o senhor …”.

80. No texto observa-se, claramente, o conceito da

(A) integralidade.
(B) longitudinalidade.
(C) prevenção quaternária.
(D) demora permitida.

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