Apontamentospara 1899 Alfr

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PARA O

DICCIONIRKI diOliKlPHIIlO DO BMZIl

RIO DE JAN EIRO


IMPRENSA NAGIONAI
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3796—95
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.1
mo ÔIÍS

Graças infinitas Vos doii^ Senhor^ por não me


Urdes desamparado dando=me coragem e resignação
para ultimar este trabalho.

Quantas vezes o desanimo de mim não se apode^


rotij em meio das dificuldades que me salteavam !
Mas Vós, misericordioso como sois, m.e dáveis
coragem para prosegtnr.
Cheguei ao termo, e isso só devido d Vossa
vontade.
Almejo pelo momento em que, desencarnado,

possa ajoelhar=me humildemente deante de Vós, e

beijar, com o fervor de um crente sincero, Vossas


divinas mãos.
Obrigado I meu (Deus !
OBRAS DO MESMO AUTOR

Diccionario Geographico do Brazil — 3 vols.


Santos (iínpressÕ3S de viagem ).

Campinas (impressões de viagem).


Noções de Historia Universal alaptadas ao programma de 1894, 3* edição, 1 vol. ene»

Cliorograptiia do Brazil, illustrada com 23 cartas, 6» eJição.

líoções de Geograph.ia Geral, 4* edição, correcta e augmentada, 1 vol. com illustraçõesv

Bpitome da Historia do Brazil, 8* edição.

Rudimentos de ciiorograpliia do Brazil, para as escolas primarias, 1 vol. com illusf roções.

Curso d 3 Geographia Geral.

ESQUIROS

Processo do Tiradentes (esgotada).

Processo de Racticlif.
Antonio José ou O Poeta e A Inquisição (esgotada).

ERASMO
A Festa Macarronica (esgotada).

O Fiasco da Festa Macarronica (esgotada).

AMERICANO
A Viagem Imperial e o Ventre Livre (esgotada).
Consulte-se a ultima parte deste trabalho intitulada (( Accrescimos
e Correcções»
. .

ABREVIATURAS

Aff., Affluente.
Bibi. Nac Bibliotheca Nacional.
Com Comarca.
Conf Confluente.
Dir Direita
Dist Districto.

Eag Engenheiro.
Ent Entrancia.
Escli. publ Eschola publica.
E. Santo. Espirito Santo.
- Esq Esquerda.
E. de F Estrada de Ferro.
Habs Habitantes.
Indig Indígena.
Inf. loc Informação recebida da localidade
Inst. prim Instrueção primaria.
Lei Prov Lei Provincial.
* Log Logarejo.
Mun Municipio.
Pop População.
Poy Povoação
Prov Província.
Quest Questionário.
Relat Relatório.
Res Resolução.
R. G. do Norte. Rio Grande do Norte.
R. G. do Sul... Rio Grande do Sul.
Trib Tributário.
(Lotuecei a escrever este trabalho ao

8 de "janeiro àe 1867 :e terminei =o a 18

julKo de -1899. :
PARA O

DICCIONARIO GEOGRAPHICO DO BRAZIL

P explorados. Tem quatro cachoeiras. E' navegável por barcos


a vapor em uma extensão de 20 léguas, desde a foz até o re-
manso, pouco abaixo da primeira cachoeira. Neste i-emanso
ficam as canoas quando sobem p\ra os castanhaes, dahi por
PABUSSÚ. Rio do Estado do E. Santo, afllueiits do Be-
deante só é navegável em pequenas canoas. »
nevente.
PABUS3Ú. Lagja do Estado do Ceará, no termo de Soure.
PACAJA. Rio do Estado do Pará, aff. da margem esq. do
Xingu, (luf. loc).
PACA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no ponto em
que a estrada que parte dos Campos Elysios, em Rezende, en-
PACAJA. Rio do Estado do P?.rá, na ilha Cavianna.
tronca com a do Passa Vinte. Fica na freg. de S. Vicente PAOAJÁ-HY. Rio do Estado do Pará, aff da margem esq.
Ferrer. do rio Xingii.
PACA. Lago do Estado do Amazonas, na freg. de N. S. PACAJA-HY. Furo do Estado do Pará, sahe pela margem
de Guadalupe da Fonte Boa, na margem esq. do rio Juniá. S. da bahia de Anapú. formada pelo rio deste nome, e com-
munica as aguas do Anapú com as do Pacajá, formando a
PACA. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff. do Ubà, que grande ilha Pacajá-hy, cuja extensão é calculada em cerca de
o é do Parahyba do Sul. 72 kilometros.
PACA. Ribsirão do Estado de Santa Catbarina, aíT. do PACAJAS. índios do Brazil; são de cor clara e excessiva-
Limeira, que o é do Itajahy-mirim. mente indolentes. Vide Mainainazes.
PACAEN. Log. do Estado do Pará, no Arapisuna, com
rio
PACAJÁS. Log. do Estado do Pará, ao N. de Cametá, na
wma, esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 842 distancia de tres kils. Foi aldeia dos Índios daquelle nome ir.is-
de 19 de abril de 1872. sionada pjlus jesuítas. Existe ha mais de dous séculos. Pos-
PACAENBÚ. Rio do Estado de S. Paulo, rega o mun. da suo actualmente uma egreja, um cemitério, uma esch. e uma
capital e desagua na margem esq. do Tietê. import:inte casa commercial. Tom varias casas, algumas de
telha, e uma iwp. de 600 almas na pov. e arredores.
PACAHÁS NOVOS. Ribeirão do Estado de Matto Grosso,
aff. dir. do Mamorc. Nasce em um espigão norte occidental PACAJUDEOS. Uma das hordas em que dividia-se a nação
da cordilheira dos Parecys, e faz barra uns 15 kils. acima da Guaycurú, no Estado de Matto Grosso. (Barão do Melgaço),
cachoeira do Guajará Mirim. E' junto a elle o ponto termi- Ayres de Casal escreve Pacachoãios. Waposus faz menção dos
nal da estrada de ferro projectada do Madeira ao Mamoré. Pagao7ioléos,
Será essa pala\ra corruptela de Pacovás, nome dos índios qtie
ahi habitavam ?
PACAMUREMA. Log. do Estado do Pará, no mun. de
Curuçá. Também escrevem Pacamorena.
PACAJA. Aldeamento do Estado do Pará, no mun, do
PACAMUREMA. Rio do Estado do Pará, no mun. de
Está em grande decadência. Sua
^

Portel, sobre o rio Pacajá.


Curuçá (Itif. loc.)
pop. constava somente de uma familia indígena, composta de
pae, mãe e lilba, restos da tribu Anàmbé, que formava o al- PACAO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. do Pa-
deam;nto de Santa Agueia, hoje extiucto, rahyba do Sul, na estrada que desta cidade vai a Monte Serrate.
PACAJA. Rio do Estado do Pará, composto de dous con-
Ha ahi uma ponte.
flupntes, o Pacajá Grande e o Cururuhy, ambos com cachoei- PACAO. Bairro do mun, de S. Bento do Sapucahy e Es-
ras. Caminha ao principio; por entre terras altas, no rumo tado de S* Paulo.
geral de S. a N.; mas ao encontrar o P;i,cajahy volta-se para PACAO. Estação da E. de F. do Sapucahy, no Estado da
E., recebe o Camaraipe e, fazendo uma pequena evolução para Minas Geraes, no alto da serra da Mantiqueira. Foi inaugu-
o N., entra na bahia de Portel, onde reune-se com as aguas rada a 30 de dezembro de 1895.
do Anapú, entre a ilha Pacajahy e a ponta Manarijó, em
cuja face oriental está a villa de Portel. Reunidos assim, o PACAQUARA. Rio do Estado do Pará, na ilha Marajó,
Pacajá e o Anapú, e engrossados ainda pelos rios Acutypi- banha o mun. de Ponta de Pedras e desagua na margem esq.
rera, Arapiuna, Tajapurú-assú e Tajapurú-rairim, vão sahir do rio Marajó-assú (Inf. loc.).
por onze bocas na bahia dos Bocas, de onde seguem até en-
contrar o Tocantins, tomando dahi por deante o nome do rio
PACAS. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de Muricy.
Pará até o Oceano, inteiramente independente de rio Amazo- PACAS. Log. do Estado de Minas Geraes, desmembrado c'o
nas. «O Pacajá, escrevem-nos de Portel, corre sobre um dist. de S. Miguel do Piracicaba pelo arl. II da Lei Prov.
leito de ouro, ferro e outros raineraes, que ainda não foram n. 1.744 de 8 de outubro de 1870, que incorporou-o ao dist. do
DTCC. OEOG. i
. .

l'AC
—2— PAC

vil a pela de n 981 de


Santa B:u-bar.u Orago reiro de 1835 e elevada á categoria de
S. Gonciilo lio Ri ) Abaixo cio in.m. de 2 de maio de 1874, sendo inslallada
em 17 de j ilno de 18i7.
Santa Uita. Tem uma eích. p ibl. de inst.
pnmana. do correio. O
Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Agencia de
PACAS Pont;'na C03ta do Kílado de Santa Catharina,
no mun. do lado do N. é montanhoso; a E. e S. compo3-se
O. de planícies e
lado ..ri-ntal da ilha deste noroe, entre a ponta
Grossa e a extensas várzeas arenosas e alagadiças; e a
quaes as denominadas
Fradi'í, coliinas Possue diversas ilhas, entre as
e por diversos
Flòr Funil e Cajueiro. E' regado pelo rio Poxins
(lo-!

Pará. na foz do Amazonas, pró-


PACAS lllia do l':st'id:) ilo
Cavjanna; no tribs. deste. A lavoura consiste na cultura da canna de as-
xima das ilhaí Paquiuija, Jurupary, Marrecas e sucar mandioca, algodão, mamona, tabaco, milho,
arroz e
miin. do AlVuá. ^ feijão' .-V industria fibril consiste em assucar, aguardente,
PACAS. Ilha do Estado do Maranhão, á margem do rio
farinha de mandioca, fumo, obras de olaria. Dista 130 kils.
abun- da capital do Estado, 33 da Villa Nova de Santo Antonio, 66
de
Aurá. Possiie uma grande lag-C>a quo nunca s-;cca e a

dante em píixe do agua doce. Japaratuba e de Proijriá. Tem pouco mais de D.OOO habs. 1 em
quatro estradas: uma que vae para Japaratuba, Cotinguiba
e
PACAS. IVquono rio do E^ado do Maranhão, no mun. de capital- outra para Propriá, outra para Villa Nova:
outra
Santo iL-naoio do Pinheiro. finalmente para a costa do mar e d'ahi para a capital. Com-
PACAS. Riaclio do lOslado do Parahyba do Norte, aíF. do prehende os logares denominados: .Jaboatao, Ladeiras. .Maga-
Ilaiianidias. mar Lagòa do Matto, Posim, Estiva Funda, Estiva de João
PACAS. Riaclio do Estado de Pernambuco, aff. do rio Paes ou 'Anhumas, Portado Teixeira, onãi existe um deposito
llapissnma para recolher assucar e outros géneros, assim como uma fa-
brica de distillação.
PACAS. Riaoho do Estado de Pei'nambuco, banha o mun.
do Bom Conselho o desagua no Bálsamo, aff. do rio Parahyba PACATUBA. Estacão da E. de F. de Baturité, no Estado
(Inf. loc). do Ceará, na cidade de Pacatuba, no sopé da serra da Ara-
desagua na tanha. Exporta abundantes productos, como sejam café, al-
PACAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul;
godão, assucar, aguardente, fructas, lenha e material de con-
cxtreniid-ide N. d.i lagòa do Forno. Permitte a navegação ate strucção. Fica entre as estações de Guayuba e Monguba, aos
o morro chamado Tamanduá. 3» 56'07" de lat. S. e 40o 57'26" de long. O. de Pariz.
PACAS. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do S.uita Bar" PACATUBA. Sírra do Estado de Sergipe, a .30 kih. ao S.
Rega a freg. de S. Gonçalo do Rio Abaixo.
liara,
do rio S. Francisco. Estende-se na direcção da costa e serve-
PACAS. Lagòa do Estado das Alagòas, no mu.i. de S. Mi- de guia aos viajantes.
guel, ao N. da lagòa do Timbó e ao S. do rio S. Miguel. Tem PACA VIRA. Logs. do Estado das Alagòas,'',em Santa Iphi-
secundo o Dr. Espiíiilola, pouco mais ou monos l.OOJ braças de genia, Victoria e Cururipe.
c(imprim>n(o e oOJ de largura.
PACAVIRA. Ilha do Estado das Alagoas, formada pelo
PAC.\S NOVAS. Rio ti-ib. do Maraoré. Diz o Dr. S. da canal dos Remédios a O. e a do Espinhaço a E.
Fonseca ser melhor escrever P.icahás-novos do nome da tribu,
que ahi habitou, si é que não habit ainda. i PACAVIRA. Ponta no Estado das Alagôás, na lagôa do
Norte, próxima das pontas denominadas Frechai, Grossa e
PACATEUA. Waloja de Índios, lioje missão de N. S. da
Cadoz.
Assum|],;ão, no Estado do Pará
PACAVIRA. Pequeno rio do Estado de Pernambuco, banha
PACATEUA de pacas). Igarapé do Estado do
(abundante o mun. de Bom Conselho e desagua no Buracão, aff. do Geni-
Pará desagua no rio Capim pela margem dir. entre os iga-
; papo, que o é do Riachão.
rapés Bacury e Vau.iroca-assú.
PACÉ-TAPERA. Ilha do Estado 'do Amazonas, no rio
PACATUBA. Cidade e mun. do Estado do Ceará, na com. Solimões. entre as ilhas denominadas Caturiá e Praia Grande,
de seu nomo, ex-lermo da cora. de Maranguape, ao pé da serra abaixo de S. Paulo de Olivença.
de Aratnuha. Orago N. S. da Conceição e diocese do Ceará.
Foi areada parochia pela Lei Prov. n. 1.305 de õ de novembro PACHECO. Log. do Estado de Pernambuco, no dist. do
de 18;V."), elevada á categoria de villa pela de n. 1.284 de 8 de Peres.
outubro do mesmo anno e á de cidade pelo art. 2" da de PACHECO. Rio-do Estado do Ceará, banha o mun. de
n. 2.167 de 17 de agosto de 1839. A lavoura dominante do mun. SanfAnna e desagua na margem esq. do Acárahú.
c o calV, que se cultiva em grande escala. A industria saccha-
PACHECO. Córrego do Estado de Pernambuco, banha o
rina torna esse logar um dos mais importantes e florescentes do mun. do Bom Conselho e desagua no rio Parahyba (Inf. loc).
Estado. .\ Lei Prov. n. 1.81-1 de 22 de janeiro de 1879 estatuiu,
em seii avt. I í; X, que o termo de Pacatuba cora o mun. de PACHECO. Córrego do Estado de Minas Geraes, na freg..
Acarape formariam uma com., cuja séde seria em Pacatuba :
do Cuielé; desagua no rio deste nome (Inf. loc.)
lendo sido inaugurada a 22 de agosto de 1S81. Tem duas eschs. PACHECO. Lagôa do Estado do R. G. do Sul, no mun.,
jnibls. de ii\s'. prim., creadas pjlas Leis Provs. n. 616 de 31 de Santa Victoria do Palmar.
de janeiro de 18j:5 e 8iõ de 9 de agosto de 1858. Agencia
do correio. Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 1.284 de 8 de PACHECO NUNES. Igarapé do Estado do Pará, no mun.
outubro de 1SG9, n. 1.343 de 27 de outubro de 1870, n. 1.630 de de Collares,
r> de setembro de 1874, n. 1.873 de 25 de outuljro do 1879; PACHECOS. Log, do Estado do P>,io de Janeiro, na freg>
n. 1.910 de 6 de solfmbro de 1880, n. 2.015 de 12 de setembro de S. João Baptista do mijn. de Itaborahy.
de 1882, n. 335 de 10 de setembro de 1SÍ6. Esse mun. res'ituiu
ú liberdade a lodos os seus escravos no dia 2 de fevereiro de
PACHECOS. Log. do Estado do Rio dá Janeiro, no mun..
de Nyterõi.
1883. A pop. dl. parochia, em 1872, era de 7.067 habs. Com-
prjhende osiiv.s. Giiayuba, Pavunn. Gajazeiras e Agua Verde. PACHECOS. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun.
Cultura de café, canna e ccreaes. A cidade é ligada á capital da Bagagem, sobre o rio deste nome.
do Estado, ás ciilailes de Maranguapa, Redempjao, Balurité e PACHECOS. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg.
Qulxadá (lela E. da F. de Baturité, que conta no mun. cinco de Serranos e mun. de Ayuruoca.
estações: Monguba, Pacaiiilia, Guayu))i, Bahu e Agua Verde.
A cidade dista 31 Icils. da Fortaleza, 16 de Marangiiaps e 26 da PACHECOS. Ribeivão do Estado de Minas Geraes, na
Redempção. Tem duas egrejas, a matriz e a capella de N. S. iVeg. de Serranos do mun. de Ayuruoca. Nasce na serra de
do Carmo. Matto Bom desagua na margem esq. do rio Turvo Grande.
e

PACATUBA. Villa e mun. do Estado de Sergipe, na com. PACHYDERMA. Lagòa do Estado das Alagàas, no centro
d*- Propriá, assont'> em um monte á margem dir. do rio do mun. do Pão de Assucar.
S. Francisco, em distancia de 18 kils. Suas ruas são largas e PACIA. Rio trib. da margem dir. do Purús, abaixo do
reclas e as casas tei-roas, havendo, porém. (1888) tres sobrados pov. da Labrea. Suas aguis são pretas como as dos lagos
de um só andar. Orago S. Felix e diocese archiepiscopal de que o cercam. Denominava-se primitivaments Pary-an (logar
S. Salvador. Foi croada parochia pela Lei Prov. de 6 de feve- de muita garça branca no dialecto Catauixi).
PACIÊNCIA. Los;, do E-itado de Pernambuco, no mim. PACIÊNCIA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, afl'.

do Bom Jardim. da margem esq. do rio Urucuia. Em


algumas Cartas íigura
correndo em território Goyano. (Vide Planta da Commissão
PACIÊNCIA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de
de estudos da nova capital da União pelo Dr. Cruls. 1896).
Piassabussú.
PACIÊNCIA. Rio do Estado de Goyaz, aff. da margem
PACIÊNCIA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na ívsg.
dir. do rio Vermelho «Nasce o Paciência no Bom Bocado, a
de Itaipii. mun. de"" Nyterui, com uma escli. publ. de inst.
lombada de 3 léguas de comprimento
N. E. da capital, na
pi'im., cre:'.'la pela Lei Prov. n. 1.853 de 1873. depois da qual começa o lado septentrional do morro Granda
PACIÊNCIA.. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na freg. ou serra do Ouro Fino, e cuja extremidade meridional esbarra
de Macabii e mun. de Campos; com uma esch. publ de inst. na serra Dourada, de que é uma ramificação ou contraforte.
prim.. croada pela Lei Prov. n. 2.688 de 16 de setembro Corre o Paciência parallelo ao rio Vermelho até darem barra
de 1884. um no outro a uma légua dejta cidade.» (O Far-TTcsc do
Brazil.) Recebe os córregos das Lagis e Fundo.
PACIÊNCIA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist.
de Bemposta e mun. do Parahyba do Sul. .PACIÊNCIA. Lagòa do Estado de Minas Geraes, na freg.
de Serranos e mun. de Ayuruoca.
PACIÊNCIA. Log. do Estado de S. Paulo no mun. de
Batataes. PACIÊNCIA. Porto na foz do rio Maoacú, no Estado do Rio
de Janeiro.
PACIE'lSICIA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg.
de S5n'a'ios e mun. de Ayuruoca. PACIFICO. Córrego do Estado de Minas Gerais, ptf. do
ribeirão dos Monos, trib. do Pomba.
PACIÊNCIA. Uma da^> estações daE. de F. Barão de
Araruama, no Estado do Rio de Janeiro, entre Quissaraan e PACIRA. Serra bastante elevada, na com. do Limoeiro e
Conceição, 23S!'612 distante de Nyterõi e 14i'3J0 de Quissaman. Estado de Pernambuco. E' fértil e bem cultivada de algodão
e cereaes.
PACIÊNCIA. Serra do Districto Federal, entre o curato PACO. Lagòa do R. G. do Norte, no mun. de
do Estado
de Santa Cruz ea freg. de Campo Grande, á margem da E.
deF. Ceniral do Brazil. Apody, á nome.
dir. do rio deste

PACIÊNCIA. Morro do Estado


de S. Paulo, na ponta PAÇO. Rio do Estado de Peraamliuoo desagua na margem
:

segue para SO. até os esq. do rio Formoso a 3 Ivils. do mar. Jiif. loc.)
central da enseada da Bertioga. D'ahi
promontórios Manduba e Ponta Grossa, que servem de vigia á PAÇOCA. Ilha do Estado do Pará, no distr. de Abaeté.
Barra Grande de Santos. Ao sopé do morro da Paciência PACOPAHIBA. Parochia do Esjado do Rio de Janeiro, no
existia até lia bem pouco tempo, eni ruinas, a armação de
mun. de Magé, ã l)eira-mar. Orago N. S. da Guia e diocese
balèas da Bertioga.
de Campos. A respeito de sua fundação Iè-S2 em Mons.
PACIÊNCIA. Serra do Estado de Minas Geraes; no mun. Pizarro, Mcm. Ilist. Tomo III pag. 64, o seguinte: « A Igreja
da Christina. Della nasce o rio Lambary, aft'. do Verde. Matriz de N. Senhora da Guia, erecta no recinto de Pacóba-
iba, aclii-se fundada em um monte pouco elevado, mas sobran-
PACIÊNCIA. Serra do Estado de Minas Geraes, no termo ceiro ao mar dó ceio do Rio Fluminense. Paliando delia o
de Queluz, entre as fregs. deste nome e de Sant'Anna. Santuário Mariano no T, 10. Liv. I. tit. 20 disse: Distante—
PACIÊNCIA. Estado do Amazonas, no rio So-
IHia do 2 léguas mais ou menos (tratava antecedentemente da Capella
limões, pouco acima da foz do rio Negro, na freg. de N. S. de N. Senhora do Carmo, sita na fazenda de F. Passacavallos,
dos Remédios e mun. da capital. de que ho actual possuidora a Religião Carraelitana) está o
Saniuario de N. Senhora da Guia, que antigamente havia
PACIÊNCIA. Ilha do Estado do R. G. do Sul, no rio sido dedicado á Santa Margarida por um devoto e autorisado
Jacuby, entre a foz daste rio e a viUa do Triumpho.
Clérigo, chamado Gaspar da Costa, por satisfazer a sua devoção,
PACIÊNCIA. Ponta no littoral do Estado do Rio de Ja- e por contemplação de huma irmã, chamada Margarida de
neiro, na entrada da enseada de Mangaratiba, próxima da Lima. Junto a este sitio estava humi engenho com huma ermida
ponta da Cruz. dedicada a N. Senhora da Guia: e desfabrioada esta, os mora-
PACIÊNCIA. Rio do Estado do Pará, banha a parochia dores daquelle districto se resolveram a reedifical-a de pedra
e cal, e nella coilocaram no seu altar-mór a Senhora da Guia,
do Affuá e desagua na margem dir. do Anajás.
e a Santa (Margarida) lhe deram um logar em huma das Ca-
PACIÊNCIA. Igarapj do Estado do Pará, entre Terra pellas collateraes. —
Confirmou esta noticia o Dr. Araujo, na
Santa e Oriximina, informação de sua visita ordinária em 1737, dizendo: Esta —
PACIÊNCIA. Igarapé do Estado do Pará. Banha o terri- Freg. foi erecta com o titulo de Santa Margarida, lia mais de
tório da freg. Uruá-tapera. 80 a 90 annos: dizem que pelo Padre Ignacio Ferr-?ira arrui- :

nada a primeira capella da invocação de Santa ídargarida, se


PACIÊNCIA, Rio do Estado de S. Paulo, no mun. de erigiu a q ie existe com a invocação de N. Senhora da Guia.
Batataes. Desagua no Sapucahy. O Liv, I dos assentos porochiaes parece persuadir o estabele-
PACIENOIA. Córrego do Estado de S. Paulo, aff. do ri- cimento desta Parochia em agost) de 16>3, por principiar
beirão Pederneiras, qae o é do Tietê. então o seu uso; mas, pelos motivos ponderados na memoria
da margem esq. da seguinte Fr.g. de S. Nicoláo deSururú-y, não tem logar que
PACIÊNCIA. Rio aff. do Iguassu entre
se presuma creada nessa era, constando com firmeza, que a
a foz do rio Negro e a do Timbó. capella de Santa Margarida fura das primeiras do Recôncavo
PACIÊNCIA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no elevadas a Curatos, e a vista da informação referida do
mun. de Baependy. Dr. Araijo, em conformidade da tradição ahi conservada
entre os haljs. e fregiiezes antigos. Donde me inclino a lirmar
PACIÊNCIA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha
o começo da parochiação no "anno de 1617. Suppist que o
a paroch.ia do Desterro do Mello e desagua no rio Ghopotó,
)

citado Santuário tratasse esta Parochia sob o titulo de N. S.


cabeceira do rio Doce.
da Guia, escrevendo no anno anterior ao de 1714, ainda no de
PACIÊNCIA. Morro e r.bairão do Estado de Minas Ge- 1722 se conhecia, e era tratada com a denominação dí Santa
raes. O ribJÍrão banha a freg de Serranos do mun de Ayuruoca Margarida, como referiu o assento do casamento de José de
e corre para o rio deste norne. Andrade (soldado que estava de presidio na Villa da I.'ha
PACIÊNCIA. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, Grande) celebrado a 8 de junho do mesmo anno, cujo termo se
banha o mun, do Pomba e cnrre para o rio deste nome. acha a folha 54 do livro competente, onde o Parocho Padre
Luiíí Nogueira Travassos, declarando a naturalidade do con-
PACIÊNCIA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha trahido, disse ser da frcrjuezia dc Santa W.argaridit dc Pa-
o mun. do Murialié e corre pora o rio deste nome. coba-iba. . O .Mvará de 14 de dezembro de 1755 deu-llie natu-
.

PACIiíNCI V. Rio do Esiado de Minas Geraes; desagua na reza de perpetua: e foi seu 1» Parocho próprio o .Padre .Vntonio
margem flir. de um trib. do S, João, aff. do rio Pará (Cbro- Ferreira. Apresentado a 15 do mesmo mez e anno, e c nlir-
ckatt de Sá. Mappa, do Estado de Minas Geraes). mado a 21 de abril do anno Si?giint3. .. Tem por liliaes as ca-
. . . ,

PAC —4— PAD

erecta em Mauii com PACUHY. Rio do Estado de Minas Geraes, alll. da margeai
i» de N. S;nhora dos Remédios, do ríoS. Francisco. Atravessa as estradas de Contendas

nellas
de seu fundador dir.
Provi?ko deôdea-osto de 1740 á requerimento a Diamantina e do Coração de Jesus para Montes Claros.
Francisco que João da
Antonio Vidai de Castilhos; 2^ de Banha o mun. deste ultimo nome e rícabe os córregos do Mur-
Silva Mello, levantou em Cnrará com
Provisão de 28 de agosto
edifício semelhante zello, da Pederneira e rio Boa Sorte.
de 174.'> suijstituin lo a demoliíão de outro
em aitio longe da Matriz uma iegua, e próximo ao Cruara mar: .i^, a PACUHY. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. da margem
por Verde Grande, que é trib. do S. Francisco.
de São Lourenço, construída na Praia Grarde
de dir. do
iemcuias
Manoel Antunes Ferreira, correndo o anno de 17u!).« PAOUHY-ASSÚ. Pov. do Estado do Pará, no mun. de
creada peia Loi
PSciH. nubls. de instr. prim. uma das quaes Ourem, banhada pelo igarapé do seu nome, assente sobre uma
Pr.v n 833 de 25 de oul'ii)ro de 1855. O território da íreg-.
e
mandioca e fructas.
coUina de terra arenosa. Dahi parti um caminho que vae ter
montanhoso, muito adaptado d lavoura de a Irituia. (Inf. loc).
Sua popula-ão é de 2.5)0 habitantes.
PACUHY-ASSÚ. Igarapé do Estado do Pará, banha o
PACOQUARA. Igarapé do Estado do Pará,Pacuquara. no mun. da
mun. de Ourem e desagua na margem esq. do rio Guamá.
Capital. K' um l.raço do rio Inhangapy, Vide (Inf, loc).
S. da
PACOTES. Penedia na diivc.^ão da foz do Jucú, ao nome. PACUHY-MIRIM. Log. do Estado do Pará, no mun. de
entrada da bahia do E?pirito-Santo, no Estado deste Ourem, com umaesch, publica.
Seu dorso é morada de aves aquáticas.
PACUHY-MIRIM. Igarapé do Estado do Pará, banha o
PACOTUBA. Assim denomina-S3 a parochia da Conceição mun. de Ourem e desagua na margem esq. do rio Guamá.
do Cercado, no Estado do Paraná. (Inf. Ice).
PACOTY. Villa e ninn. do Estado do C9ará. Foi elevada PACUHYBA. Praia no mun. de Villa Balia do Estado de
a es-ia categoria pelo Dec, n. 53 de 2 de setembro de 1890.
S. Paulo.
Denominava-s3 antigamente Pendência. Sobre suas divisas
vide o Dec. n. GS de 13 de setembro e o de n. 93 de 7 de PACUJÁ. Pov. no termo do Sobral do Estado do Ceará.
novembro de 189J. A villa é situada na planície da serra de Ahi a L?i Prov. n. 2.0õ4de 29 de novembro de 18?3 creou um
Baturité. sendo o mun. em sua totalidLub montanhoso. K' díst. de paz. F^oi transferido do termo de S. Benedicto pelo
atravessado pjlo rio Acarape, hoje Pacoty. Lavoura de café, Dec. n. 57 de U de junho de 1892.
cauna lie assacar, mandioca, arroz, milho, feijão, etc. Dista 6 PACÚ JONCAM. Log. no rio Araginya. celebre pelos p3-
kils. de O laramiranga. 2i de Baturité, 42 da Redempção e 96
nhascos que ahi existem e que diminuindo a largura do
de G-inindé. Compreííende os povs. Campo Bello e SanfAnm. thahveg augmenta muito a velocidade das aguas do rio e as
Tem eschs, piibls. e agencia do correio. tornam de difficil transito.
PACOTY. Igarapé do Estado do Amazonas: desag la na PACUJUTÁ. Rio do Estado do Pará, na freg. de S. João
margem dir. do rio Solimões, abaixo da foz do igarapé Maca- Baptista do Curralinho.
puanó, acima da ilha Maracanat iba
PACOTY. Rio do Estado do Ceará: nasce na extremidade PACUNA. Nação indígena do Estado do Amazonas, no
rio Icapó, da qual provém a pop. de Fonte Bòa (Araujo Ama-
meridional da serra dô Baturité, passa pilo Acarape e ao
zonas)
occident; de Aquiraz e lança-se no Oosano, após um curso de
.

150 kils. de 80. a NE. Suas margens são mui férteis e pró- PACUPIXLGRANDE. Lago do Estado do Pará, na
prias para cultura de canna. margem dir. do rio Curuá (de Alemquer). Na margem esq.
do mesmo rio ha um outro lago denominado Pacupixi-
PACOTYARA. Rio do Estado do Piauhy ; entre S. João
pequeno.
do Piauhy e S. Raymundo Nonnato.
mun. da União. PACUQUARA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. da
PACOVA. Log. do Estado das Alagoas, no capital. Era outr'ora denominado Taiassuquara. E' um braço-
PACOVA. Rio affl. da margem dir. do Caiiuman, trib. do do rio Apehú. Outros o mencionam como aff. do rio Inhanga-
Amazonas. (J. E. Wappcous). py. Haverá dous igarapés co.m o mesmo nome?
PACOVAL. Log. do Estado do Amazonas, á margem esq. PACURY. Nação indigena do Estado do Amazonas delia ;

do paraná Ayucurucaua, mun. e dist. de Urucurituba. provém a pop. de Saracá. (Araujo Amazonas).
PACOVAL. Ilha situada no lago Arary. Mede cerca de 200 PACURY. Lago do Estado do Pará; desagua na parte do
braças de comprimento sobre uma de largura. Foi toda como rio Curuá conhecida pelo nome de igarapé de Alemquer.
que edificada a braç s pelos antigos aborígenes, conservando PACÚS. Log. do Estado de Pernambuco, cerca de tres kils.
ainda sepultados innumeros vasos e utensílios, quasi todos em distante do termo de Flores.
fragmentos que revelam a existência de um povo bastante adi-
antado na industria cerâmica. Fica na ilha Marajó e Estado do PADAUIRY. Rio do Estado do Amazonas, nasce na cor-
Pará dilheira Parimádesagua na margem septentrional do rio
e
Negro. Suas aguas são brancas até á foz do rio Preto, tornan-
PACOVAL. Igarapé no Estado do Pará, corre próximo á
do-se desse ponto para baixo pretas. Além desse rio recebe
cidade de Gurupá.
pela margem dir. o Juruparú, Marary, Tarihyra, Ucari, Sara-
PACOVAL. Igarapé do Eslado do Pará, do mun. de Soure. pú, Itauarana, Garaná, Ipaua, Suoti, Padauiry-quera, Teyú,
Roga 03 campos de Magoary, lança-se perto do cabo deste Gueyú, Marará, Inamíoú, Tiririca, Cur.irú, Cunuri, Arapary,
nome. Maçarandiua, Arnbayua, Sumaúma, Puraquè, Cambira, Mocura,
Tapiraiurau, Castanho, Surubim, Uouquè, Qiatié, Tarihyra,
PACOVAL. Lago do Estado do Pará, desagua na margem
Urubú, Carvão, Jacundá, Maritiriquetá, Andirá, Macubinay,
dir. do rio Curuá (de .Vlemquer).
Ipay, Quatiay, Bacury, Turisapana e Tuinanhy ; e pela margem
PACÚ. Riacho do Estado de Minas Geraes, aíll . do rio Pa- esq., o Pixuna, Inaiá, Gapeno, Araujo, Caranatahy, Julafay,
racatii, qu2 é Iríb. do S. Franrisoo. Ambayua, Ucuqui, Araná, Paraná-pitima, Morumurú, Sururu,
PACÚ. Rio do Estado de Matto Grosso, aff. da margem dir. Sarapú, Mocura, Tarihyra, Preto, Gambirá, Paraná-pisuna
do 8. Manoel Uacuquay, Marajatyua, Mayapity, Machiapity, Cabiutyua, Ina-
já, Pirera, Mirity, Umassaly, Tucuman, Mocura, Assuhy, Ta-
PACÚ. Cachoeira no rio Uaupés e Estado do Amazonas. rihyratanga, Miripir.ina, Matauratá, hvima, Matuty, Vichy e-
(NVnllace).
Seringatyua. Apresenta em seu curso as seguintes cachoeiras:
PaCÚ. Corredeira no rio Paranapanema, afl'. do Paraná. Boiassú, Tarihyra, Tauhaiia, Arapary, Inajá, Uayanari, que é
PACUHY. Pov. do Estulo de Minas Geraes,
enorme e perigosa, e Alamai. « O Padauiry, diz o cónego
no mur,. de
Montes Claros, com eschola. André, em su is «Noticias Gaographicas da Capitania do Rio
Negro », é comraunicavel com o Orinoco pelo rio Umaòça, que
PACUHY. Igarapé que com o Camainateua forma o Can- desagja na margem dir. do ramo do dito Orinoco, a que sahe
dirú-agsú, principal aíll. do Guamá : no Estado do Pará. o canal Caxiquiri, não porque o Umaòça chegue a unir-se ao Pa-
(B. Rodrigues). dauiry, mas porque na parte superior deste e daquelle só me-
.

PAD —5— PAD

deia um isthmo que se vença com joraada de meio dia ». rio Grande, junto á estrada de Cuyabá, entra pela aberiura de
« Desemboca pela margem esq- entre as povs. de Moríira e dous morros, e se estende pelo inlarior da terra, não se sabendo
Thomar, Pelas suas vertentes passa-sJ por terra ao rio Casta- até onde, porque se não tem examinado. Nelle residem muitos
nho cm Venezuela, deste ao Idapa e ao Cassiquiari. R' de monstros aquáticos como Jacarés e Minhocões de extraordinária
curso muito longo, de navegação desembaraçada em grande gL'andeza, que tragam um cavallo ou um boi, e ainda á pouco
parte, mas de correntes muiio velozes, ás quaes sa ajuntam tempo devoraram duas bestas e um passageiro. »
algumas cachoeiras de certa extjnsão em diante. Nelle se lan- PADRE BORGES. Rio do Estado do Rio de Janeiro ; des-
çam as aguas de alguns lagos explorados p?los que se entregam agua na lagòa de Cabo Frio.
á industria extractiva. As suas communioações com Venez leja
se fazem pelo seu aft'. o Marari e dão-lhe peso na demarcação PADRE DOUTOR. Log. do Estado de S. Paulo, no mun.
de nossos limites com a Republica. » (João Ribeiro da Silva do Paranapanema, de cuja séde dista uns 33 kilometros.
Júnior. Obr. cit.). PADRE DOUTOR. Morro do Estado de Santa Catharina,
PADAUIRY-QUERA, Igarapé do Estado doAmizonas, no raun. da ca[iiLal e de N. S. da Conceição da Lagôa.
treg.
aff. da margem dir. do rio Padauirj', trib. do Negi-o. Sua foz PADRE DOUTOR. E' assim também denominado o ribeirão
fica entre a dos igarapés Slicú e Teyú. da Invernada, aff. do rio Apiahy-mirim no Estado de São;

PADILHA. Rio do Estado do R. G. do Sul nasce na ;


Paulo.
Serra Geral no m'in. de Santo Antonio da Pjtri^a, atravessa PADRE DOUTOR. Arroio do Estado do R. G. do Sul;
o de S. Leopoldo e desagua no rio da Ilha pjla margem desagua na margem Occidental do rio S. Gonçalo.
direita.
PADRE ETERNO. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
PADRÃO. Era o nome de uma ponta, hoje denominada mun, de S. Leopoldo: com uma esch. pub, creada pela Lei
Itaquarussá ou Itacurassá, na costa do Estado de S. Paulo. Prov. n. 1.899 de 31 de julho de 1889.
« Segtindo o exame que ahi fizemos pessoalment;, em janeiro
do 1811, diz o Sr. Warnhagen, esse padrão ou padrõís (pois PADRE ETERNO. Pequena capella sobre a margem dir.
existím tres ignaes) foram ahi postos por Martini Affbnso de do rio Cny ibá, lô léguas distante da cidade : no Estado de
Souza, cuja armada, segundo Pero Lopes, demorou-se 44 dias Matto Grosso (B. de Melgaço).
no visinho porto de Cananéa. » Em frente dessa ponta fica a PADRE ETERNO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, na
ilha do Abrigo, denominada ilha Branca no Roteiro do Brazil, freg. de N, S. da Piedade do mun. de S. Leopoldo.
de Gabriel Soare?.
PADRE ETERNO (Cachoeira do). Vide Theotonio.
PADRE. Serra do Estado do Parahyba do Norte, entre
PADRE FARIA. Córrego do Estado de Minas Geraes, aft".
Souza e Cajaz^iras.
do ribeirão do Carmo.
PADRE. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
PADRE FAUSTINO. Log. do Estado de Minas Geraes, no
Paraty, entre as ilhas João Araujo e Pico (Mouchez).
mun. de S. João d'El-Rei.
PADRE. Ilha do Estado de iMatto Grosso, no rio Madeira, PADRE GASPAR. Pov. na freg. da cidade de Tiradentes
junto ao Caldeirão do Inferno. di?tante seis kils., no Estado de Minas Geraes, com uma esch.
PADRE. Igarapé do Estado do Pará, na freg. de Barca- publ. deinst. prim. creada jela Lei Prov. n. 3.217 de 11 de
rena, mun. da capital, na ilha das Onças. E' assim denomi- outubro de 18S4 e uma capella.
nado porque nelle outr'ora t3ve casa o Arcipreste João Baptista
Gonçalves Campos.
PADRE GONDOLLO. Córrego do Estado de Minas Geraes,
banha a freg. de Cuieté o desagua na margem dir. do rio
PADRE. Riacho do Estado do Piauhy, banha o mun. de Doce (Inf. loc).
Barras e desagua no rio Parnahyba. PADRE JOÃO. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de
PADRE. Rio do Estado do Ceará, aff. da margem esq. do Paulo Affonso.
Choró. PADRE JOÃO DE ALMEIDA. Log. do Estado da Bahia,
PADRE, Riacho do Estado da Bahia desagua na margem
;
no rio Camorogipa
dir. do rioS. Francisco, logo acima da fóz do rio Xingó. PADRE JOAQUIM. Ilha do Estado das Alagoas, no rio
PADRE. Ribeirão do Estado do Paraná, no mun. do Pirahy. S. Francisco, fronteira a Penedo, com um engenho de assucar.
Pertenci á bacia do rio da Cinza. PADRE JOSÉ CARLOS. Baixio na parte do rio Jacuhy,
PADRE. Lagoa do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de comprehendido entre Santo Amaro e Rio Parto, no Estado do
Maricá. E' ligada á lagòa desta ultimo nome pelo canal do R. G. do Sul.
Caldeirinho. PADRE LEMOS. Nome dado por Balthazar Lisboa e Frey-
PADRE ABEL. Log. no mun. de Campinas do Estado de cinet á ilha do Tavares, situada na bahia de Guanabara. Vide
S. Paulo. Tavares.
PADRE ALBUQUERQUE. Vide Boa Vista. PADRE LOPES. Um dos nomes porque também designam
o rio Itaraiamy no, Estado de Matto Grosso. Provém esse nome
PADRE AMARO. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro,
do da um aventureiro que por elle andou em 1815, em busca
aff. da margem dir. do- rio Piabanha. A E. de P. do Grão das minas dos Martyrios.
Pará atravessa-o sobre uma ponte de nove metros de vão.
PADRE LUIZ ANTONIO. Cachoeira no rio Coxim, trib.
PADRE ANDRE. Serra do Estado de Minas Geraes, na da margem esq. do Taquary, aff.do Paraguay. E' citada nas
freg. da Conceição da Barra e mun. de S. João de El-Rei. Noticias da Capitania de S. Paulo, escriptas em 1792 por
PADRE ANDRÉ. Ribeirão do Estido de S. Paulo, aff. da Francisco de Oliveira Barbosa.
margem esq. do Jacupiranga. E' navegável por espaço de 22,2 PADRE MALTA. Nome pelo qual é também conhecida a
kils. Corre entre os muns. do Xiririca e Iguapé. matia de Igarapina, no Estado da Bahia. Fica próxima da
villa de Santarém.
PADRE ANGELO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes ,

desagua na margem esq. do rio Manhuassu, entre a fóz dos PADRE MANOEL. Log. do Estado do Minas Geraes, sobre
riosBueno e Alvarenga. o rio Bagagem, na estrada do Rufino.
PADRE ANTONIO. Morro do E-.tado do Paraná, entre PADRE NOSSO. Log. do Estado das Alagòes, em Santa
Porto de Cima e Morrates. Luzia do Norte.
PADRE ANTUNES. Morro do Estado deS. Paulo, no mun. PADRE NOSSO. Riacho do Estado das Alagoas, banha o
de Guaratinguetá, á margem do rio Parahyba. mun. de Santa Luzia do Norte e desagua na lagôa do Norte.
PADRE ARANDA. O padre
Silva e Souza em sua v Memo- PADRE PAULO. Serra do Espado do Rio de Janeiro, na
ria sjbre o descobrimento da capitania ãc Goya: diz « O >> : freç. de N. S. da Conceição do Paquequer (Sumidouro). Vista
lago das Ortigas ou do Padre Aranda, situado na margem do de longe asaeraelha-se a um cavallo pampa de pé.
.

PAG —6— PAI

Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, Astronómico (cit.) é essa ilha mencionada com os nomes de
PADRE PAULO. Pagãos ou Saraima.
afl". do rio Fufraiidos, de Piabaiiha e este do Paraliyba.
fiue o é

PADRE PEDRO. Se;Ta do Estado de Minas Geraes, na PAGÉ. Furo que communica o rio Marapanim com o Caju-
tuba, no Estado do Pará. Quasi toda a navegação de cabota-
freg. do Pai-aiiaa c niun. da Conceição.
gem, desde Vizeu até Belém, é feita por ôste furo.
PADRE PEQUEiSrO. Mjppo do Estado de Minas Geraes,
na !>?. de Santo An:onio do lUo Acima, á margem dir. do
no PAGÉ. Riacho do Estado do Ceará, aff. da margsm esq. do
rio Aracaty-assú.
das y.dlias.
PADRE PHILIPPE. Co/repro do Estado de Minas Geraes, PAGÉ. E' o nome de um rochedo pírigoso situado no rio
na estrada do Gi-âo-Mogoi a Diamantina.
Xingú pouco abaixo do salto do Tijuoaooara.
PADfxE PIABA. Serra do Estado do Parahyba do Nort'% PAGÉS, São os sacerdotes e ao mesmo tempo os médicos dos
de S. João. indígenas do Brazil. « Piagé, piache. piaye ou piaga, diz
no innn .

Gonçalves Dias, era ao mesmo tempo o sacerdote e o medica, o


PADRES. Serra do Estado das Alagòas, entre as serras do augure e o cantor dos indígenas do Brazil e de outras partes
Olho a'.V','"a e a de Criinaú. da America». Hans Staden escreve —
paygé —o padre V?s-
PADRES. .Se:-ra do Estado da Baliia, no mun. de Santo concellos — payé — :e Damião de Góes —
pagé
;


« Fugindo
.

Antoni) da Gloria do Curral dos Bois. dessa tal qual sociedade que tinham, diz ainda Gonçalves
Dias, rotiravam-se a cabanas afastadas e obscuras, ao ôco das
PADRES. Ilha do Estado de S. Paulo, em frente e aoSoN.é arvores, á lapa dos rochedos, ou ás cavernas tenebrosas, onde
largo.
de Sanios. Tem -HO'" do comprido sobre 220 de nenhum guerreiro entrava e de cuja visita se abstinham alL
ilbana alta das marés. E' hoje denominada Barnabé ou Ber-
:

impondo-se privações, padecendo tormentos da necê.çsidade, em


nabé.
um viver austero e mysterioso, o durante longas noites passadas
PADRES. Uib3Írão do Estado de G^iyaz, na estrada da. ca- no silencio apenas interrompido pelo borborinho confuso das
pital a 1'yrinopolis, mattas, dados a meditação, á maceração, ao jejum, tornavam-se
PADRES. Porto do Estado do Espirito Santo. Era antiga- os — pagés —excessivamente nervoscs de uma sensibilidade
menle denominado —
Porto de Roças Velhas Em IGiO, os — esquisita. O respeito que inspiravam aos demais faziam com
hollando/.-3 alii chegaram com uma esquadra de onze
navios que ainda mais se respei'ass3m, e a consideração em que eram
rechaçados pelo capitão-mór go- tidos. re:lobrava aquella em q'ie se tinham a si próprios. Os
e ao dosjmbarcnrem foram
s»gre:los que possuíam, oblidos pala observação e experiência,
vernador João Dias Guedes.
ou herdados do seus antepassados eram como o sei lo de sua
PADRE SANTO. Log. do Estado da Bahia, no dist. de austeridade e o característico de seu valimento para com Deus.
.Mapendiíie e termo de Valença. Estranhava-3e a sua vida, o seu isolamento, a austeridade de
PADRE SOUZA. Rio do Estado de Goyaz, nas divisas de Seus cosluir.es, e quanto empregavam para grangear prestigio.
Jaraf'u;'i, com Pyrinopoli-; Nasce na serra de Santa Rita e de-
. Suppunha-se delles, como na edade média tios que se clausu-
sagua no rio das Almas, aíl'. do rio Maranhão. ravam, que um guerreiro não deixava as suas tabas, o seu
modo de vida, as suas festas, os seus jogos, as suas guerras,
PÁDUA. Estacão da E. de F. Santo Antonio de Pádua, no sínão por uma vocação forte, por um chamado providencial.
Estado do Rio de Janeiro, entre Balthazar e Paraokena,
Eram portanto reputados entes superiores, e em falta de amor,
394k.53t distante de Nyterõi e9k.621. de Balthazar. inspiravam um respeito csgo e um temor incrível. Conhecendo
PADUARI. Vide Paãauiri. particularmente a toxicologia americana, o menos incompleto
PAES L3ME. Lagoa do Estado de Santa Catharina. atra- dos seus conhecimentos, a virtude de certas plantas e raizeso
vessada peli E. de F. D. Thereza Christina (kil. 3.750'") faeil lhos era produzir a morte, a loucura ou provocar uma,
sobre uma ponte tle 3 vãos do 10 metros. Ahi desagua um rio enfermidadeartificial.com a i-espeitação que tinham não lhes
eora o mosmo nome. era também mui díffioil attribuirem-se todos os acontecimen-
tos favoráveis ou desfavoráveis sobrevindos a um guerreiro ou
PAETUNDA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de a uma tribu, conforme lhes fosse amigo ou inimigo. Tal era
Monto Alegre. o seu prestigio que julgava-se serem elles os que inspiravam
PAGÃO. Log. do Estado de Minas Geraes, na parochia do j aos guerreiros o espirito de força e que delles dependia o bom
Brejo di3 .Vimas. !, exíío das empre/,as, pelo que eram seguidos os seus conselhos,
respeitadas as suas ordens e infalliveis os seus anathemas. Si
PAGÃO. Riacho do Estado de Pernambuco, trib. do rio
r

vaticinavam a morte a alguém, nenhuma salvação havia para


Ipojui-a.No Dicc. de C. Honorato vem mencionado um rio
com o-!tc nomo ali. do Pirapama. este que, levado pela imaginação e preconceitos, deíxava-se
vencer pelo desanimo, de modo que o terror e a convicção da
PAGÃO. Riacho do Estado da Bahia, no mun. de S. Fran- fatalidade imminente paralysava-lhe o giro do sangue e o curso
cisco. Atravessa a estradado Paramirim. da vida. Pelo contrario também, conhecendo elles q ião grande
PAGÃOS. No Dixrio -Ulronomico que escreveram os oíBoiaes era a influencia do moral sobre o physico, bastava que com al-
mandados em 1731 (Cónego B\ B. de Souza.
engonlieiros, gumas ceremonias grotescas assegurassem a vida a qualquer
Commissão do Madeira parto pag. 12G) faz-se menção de enfermo para que este em certos casos se restabelecesse».
uma ilha desse nome ou S-íroima, entre as ilhas de Santo PAGY. Riacho do Estado de Pernambuco, no mun de Na-
Antonio e dos Periquitos. O Dr. S. Coutinho denomina-a zareth, na estrada do Limoeiro.
Pagé.
PAGÃOS. Riacho do Estado do Matto Grosso, aff. da
PAHY. Igarapé do Estado do Pará, aff. da margem dir.
do rio Capim, onde entra ao N. da confluência do igarapé
margom dir. do Jauni, logo acima da foz do Aguapehy. Corta Tachy-teua
o cainiiih i
das salinas do .launi e Matto Grosso.
PAI. Ilha na entrada da bahia de Guanabara, próxima da
PAGARA. iMorro do Estado de Santa Catharina, nos limi-
ilha denominada Mãi.
tei da freg. de Santo Antonio do Cubatão.
PAGA-TEMPO. Mjnte no mun. do Monte Alto, no Estado
PAI ACÁCIO. Ilha do mun. de Chique-chique ; Estado da
da Bahia (Inf. loc).
Bahia ; no rio S. Francisco.

PAGE. S. m. (Pará) feiticeiro. Etym. E' voe. oriundo PAIACUS. Antiga missão de Índios Paiacús, fundada pelos
tanto do dialecto tupy como do guarany, e com o qual desi-
jesuítas no valle do rio Choró ;no Estado do Ceará.
gnavam os selvagens a'|uelle3 que exerciam um certo sacer- PAI AGOSTINHO. Cachoeira no rio S. Francisco, nove
dócio, lendo tambjm a missão de curar as enfermidades. kils. acima da barra do rio Pará. « De 1.600 metros abaixo da
PAGE. (óz do rio Pará em diante, o S. Francisco fica completamente
S.»rrota do Estridu do Ceará, na freg. de Itapipoca.
Junto dflla acha-se uma fontí tbermal mui abundante. obstruído por 16 cachoeiras comprehendidas entre a cachoeira
do Pai Agos'inho e a do Bugio, que o obstruem em uma ex-
PAGE. Ilha no rio Madeira, aff. do Amazonas, entre as de tensão de õ) kils., sendo essas cachoeiras seguidas pouco depois
Sanl) Antonio c dos Periquitos (Dr. S. Coutinho). No Diari pela ilha dos Passarinhos, perto da qual está o rio completa-
.

PAI PAI

mente obstruiJo pelo Pai-eclão, banco cie i-ochedos que o atra- PAINAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
vessa completamente. Eita região não pôde ser percorrida nem S. João, que o é do rio Grande.
por canoas carregadas. Algumas canoas de Pilangiiy, apesar PAINEIRAS. Log. no mun. de Itapemirim do Estado da
disso, descem com grande perigo por abi, vasias ou com pouca
E. Santo.
carga, completaudo-se em Pavaop^ba. »
PAI AMARO. Rio do Estado do Piauhy, aff. da margem
PAINEIRAS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
do Parahyba do Sul.
dir. do Guaribas.
PAI ANTONIO. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de
PAINEIRAS. Log. do Districto Federal, na subida para o
Corcovado. E' encantador e percorrido pela E. de F. do Cor-
Alem q lie !. covado.
PAI ANTONIO. Lago do Estado do Pará; desagua na PAINEIRAS. Colónia do mun. do Bananal do Estado de
margem psq. do rio Curuá (de Alemqiier). S. Paulo, com uma esch. publ. creada pela Lei Prov. u. 129 de
PAI BíNTO. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. 16 de maio de 1889.
de Santa Luzia com unia esch. mixia, creada pela Lei n. 106
;
PAINEIRAS. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. do
de 2i di julbo de 1894. Cunha
PAI CHICO. Córrego do Estado de Pernambuco, banha o PAINEIRAS. Bairro do mun. de S. Luiz do Parahytinga,
mun. do Bom Conselho e desagna no Arabary Novo, aíT. do no Estado de S. Paulo, com uma esch. publ. creada pela
Bálsamo, que o é do rio Pcirahyba. (Inf. loc).
Lei n. 241 de 4 de setembro de 1893.
PAI CHICO. Coi-rego do Estado de Goyaz, aff. da margem
PAINEIRAS. Rio do Estado do Rio de Janeiro, banha o
esq. do ribeirão Alagado, trib, do rio Corumbá. (Inf. loo.).
mun. de Paraty e desagua na margem esq. do Barra Grande,
PAI CHICO. Lagõa do Estado de Pernambuco, no mun. do
Bom Conselho. (Inf. loc). PAINEIRAS. Rio do Estado de Goyaz, aff. da margem dir.
do S. Marcos.
PAI DOMINGOS. Corrsgo do Estado do R. G. do Norte,
no mun. de S. José. PAINEL. Dist. do Estado de Santa Catharina, no mun. de
Lages, com 2.500 habs. Drago S. Sebastião. Foi creado dist. em
PAI DOS POBRES. Serra do Estado do Ceará, na pov. de 27 de março de 1890.
Santa R,osa, pe.-to do rio Jaguaribe.
PAINS. Dist. no mun. da Formigi, no Estado de Minas
PAI GRANDE. Igarapé de aguas brancas do Estado do Geraes. Foi creado dist. p?la Lei Prov. n. 979 de 2 de junho
Amazonas, logo acima da villa de Barcellos, a quem serve de de 1859, desmembrado em parte da freg. dos Arcos e incor-
limits. No tempo da cheia, as agias do rio Negro separam as porado á freg. da Formiga p?lo art. II da de n. 1.322 de 5 de
deste igarapé, vendo-se perfeitamente a separação das duas novembro de 1863 supprimido pela de n. 1,675 de 21 de se-
;
aguas de còres differentes. tembro de 1870: restaurado pela de n. 1,854 de 12 de outubro
PAI IGNACIO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha de 1871. Parochia pela de n. 3,221 de 11 de outubro de 18S4.
o dist. de Santa Rita do Gloria du termo de S. Paulo do Sobre suas divisas vide Lei Prov. n. 1.203 de 9 de agosto de
:

Muriahé, e desagua na margem dir. do rio Gloria próximo á 18G4, art. IV da de n. 1.890 de 15 de julho de 1872. Gompre-
fóz do Alegre. hende o pov. Card 'zos. Orago N. S. do Carmo. Disla cerca
de 30 kils. da cidade da Formiga, 18 de Arcos, 24 do Porto
PAI JOÃO. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, na enseada Real do S. Francisco, 42 do Piumhy e 24 da Pimenta. Coliocado
de Paraty, entre as illias dos Dous Irmãos e das B?sigas.
em logar de matta, suas terras são da melhor cultura. Em
(Carta da Prov. do Ilio de Janeiro de Bellegarde e Conrado suas mattas encontranl-se aroeira, bálsamo, jacarandá, cedro
:

Niemeyer). e a excellente madeira chamada violeta, óptima para con-


PAI JOAQUIM. Porto do rio das Velhas, mun. do Sacra- strucções, bellissima pava todo o género de mobilia, mas infe-
mento e Estado de Minas Geraes. lizmente muito sujeita á acção do fogo, inflammando-so mesmo
PAI 'JOSi]. Morro situado na costa do Estado do Ceará, na quando verde ao contacto de qualquer faisoa. Possue grandes
pedreiras de cal. As aguas, em geral, teem pouca correnteza,
parte comprehendida entre as pontas do Tapagé e de Jericoa-
por ser pouco inclinado o terreno, e são todas cãlcareas, de
coara. Tem uma pequena malha que o distingue como também
gosto desagradável, enão só não embranquecem, mas encardem
alguns grupos d« coqueiros á beira mar.
as roupas que uellas se lavam. A principal industria é a da
PAI JOSE. Mórro do Estado de Sergipe, á margem do rio criação. A pov. é margea'da pelo pequeno rio S. Miguel.
S. Francisco,acima da pov. do Curralinho Novo e abaixo do Chama-se Pains de uma antiga familia, primeira moradora
riacho da Lagòa. (Inf. loc). nesse logar.
P.Al JOSÉ. Ilha do Estado do R. G. do Sul, no rio Taquary, PAIOL, s. m. (S. Paulo, Paraná, Minas Geraes) nome que
e mun. deste nome. dão os lavradores ao compartimento ou dependência da casa
de habitação, onde arrecadam o milho em casei. Em S. Paulo
PAI J03S. Córrego do Estado d? Goyaz, aff. do rio Fidalgo. também chamam Paiol á casa que o fazendeiro faz longe de sua
PAI LEME. Lagòa do Estado de Santa Catharina, no tra- residência como ponto de arrecadação dos géneros alli colhidos.
çado da ferro-via D. Christina. Corresponde ao Retiro das fazendas de crear (B. Homem de
PAIM. Log. no mun. do Serro do Estado de Minas Geraes, Mello). Nos Estados do N. o Paiol é a casa em que se arrecadam
sobre o rio Vermelho, que ahi tem uma ponte. quaesquer prodiictos da grande lavoura algodão, milho, fa-
:

rinha, etc. (Meira). Eti/in. E' vocábulo portuguez, significando


PAIM. Morro do Districto Federal, na freg. do Engenho tanto em Portugal como no Brazil, divisões internas de um
Novo, á margem da E. de F. Central do Brazil. navio onde se arrecadam diversos artigos. Ha Paiol de pólvora,
PAI MANE. Log. do Estado de Sergipe, próximo ao san- de bombas, de mantimentos, do panno, das amarras (Vice.
gradouro da Lagoa Grande, nos limites da í'reg. deN. S. das Mar. Braz.) Em Portug.U e assim também no Brazil, dá-ae
Dores. Ha ahi um rio com o masmo nome que serve de divisa o nome de Paiol da pohora á casa em que se arrecada esse
entre Dores e Capdla. género tanto nas fortilicações, como fóra delias.
PAI MATHEUS. Praia no mua. de Guarapary do Estado PAIOL. Arraial do Estado da Bahia, na freg. de Sincorá,
do E. Santo. com uma esch. pabl. ds inst. prim. creada pela Lei Prov.
n. 1.091 de 9 de agosto de 187G.
PAI MIGUEL. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem
dir. do ribeirão Palmital, tril). do Santa Maria, que o é do PAIOL. Lo'jr. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de Dores-
rio Corumbá (Inf. loc). do Pirahy.
PAINA. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. da margem esq. PAIOL. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. de S. Bento
do Lambary, que é trib. do rio Maranhão. do Sap icahy, com escholas.
PAI NABA. Igarapé do Es'ado do Pará, no mun. da PAIOL. Log. do Estado de S. Paulo, no termo de S. João
capital. da Bôa Vista.
. . .

PAI 8 — PAI

PAIOLINHO. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, na com.


PAIOL. Pov. do Estado de S. Paulo, no raun. de Silveiras.
e termo de Valença.
PAIOL. Log. do Estado de S. Paulo, no m in. de Guara- PAIOLINHO. Córrego do Estado de S. Paulo, banha o
linjjiielii.
mun. de Araraquara e desagua no ribeirão das Cruzes, aff.
PAIOL. BaÍTi-o do raun. dò Araçariguama do Estado da do rio Jacaré-guassú.
Puulo.
.S.
PAIOLINHO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. da
PAIOL. Log. do Estado de Minas Geraes. 21 kils. distante margem esq. do rio Angú, trib. do Parahyba do Sul.
da cidade de Paracaiú com uma escb. imbl. cfeada pela Lai
;

n. 10(5 de 21 do julho de 1804.


PAIOLINHO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff.
da margem esq. do rio Verde. doSapucahy.
trib.
PAIOL. Pov. do Estado de Minas Geraes; na iVeg. e mun.
dl Sela Lagòas.
PAIOL QUEIMADO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes
desagua no ribeirão do Mathias, trib. do Parahybuna.
PAIOL. Log. do Estado ds Minas Gn-aes, no dist. de Theo-
l>hilo Oiloni. PAIOL QUEIMADO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes,
aff'. do rio do Peixe, que o é do Santo Antonio (Inf. loc.)
PAIOL. Log. do Estado dc Minas Geraes, no dist, da Bo-
caina e raun. de Ayuruoca. PAIOL VELHO. Corre,^o do Estado de aff. da
Goyaz,
margem Garapa, trib. do ribeirão SanfAnna, que o é
dir. do
PAIOL. Serrado Estado de S. Paulo, no mun. de S. João
do rio S. Barlholomeu (Inf. loc.)
da Bòa Msta.
Estido de Minas Geraes, no mun. de
PAI PASSO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. da
PAIOL. Sj;Ta do margem esq. do rio Ibirapuitan, trib. do Ibicuhy. Nasce na
S. Gonzalo do Sapucaliy. Cultura de café. coxilha de SanfAnna.
PAIOL. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de PAI PASSO. Coxilha no Estado do R. G. do Sul, ramifi-
Ayur loca. cação da coxilha de Sant'Anna, entre os rios Uruguay o Qua-
PAIOL. Ilio do Estado do Rio de Janeiro, aff. da margem rahim.
dir. do Iguassu. E' atravessado pela E. de P. Rio do Ouro. PAI PASSO. Passo no rio Quarahim; aos 30° 16' 30" de
PAIOL. Ril eiro do Estado de Minas Geraes, t^anha o mun. lat. S. e 14' 11' 31" da long. O. do Rio de Janeiro; no Estado
de Sete Lagôas e desagua no rio Jequitibá, att'. do rio das do R. G. do Sul.
Velhas. PAI PAULO. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de
Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o mun. Guaratuba e desagua no rio S. João (Inf. loc.)
PAIOL.
doC'irvellof desagua na margem dir. do rio das Velhas. PAI PAULO. Córrego do Estado de Goyaz, banha o nmn.
de Santa L izia e desagua na margem dir. do ribeirão Jacobina,
PAIOL.
Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
aff. do rio Corumbá (Inf., loc.)
Gamarra, um dos formadores do Baèpendy; no mun. desta
nome. PAIQUERE. Campos no Estado do Paraná. Por.im outr'ora
na avidamente procurados p^r exploradores que acreditavam
PAIOL. Corrt^go do Estado de jMinas Geraes, desagia
existir aliigrandes riquezas. Ao espirito de empreza e explo-
raar^rem esq. do rio Abaeté, próximo da barra dests rio no
rações que dominou constantemente os antigos Paulistas, e os
S. Francisco.
levou a transpor obstáculos quasi invencíveis, atravessando
PAIOL. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff, do rio sertõesainda não trilhados, até penetrarem em Matto Grosso,
Pirando Goyaz, Espirito Santo, Minas e outros logares do Brazil, dc-
PAIOL. Ribeirã) do Estado de Minas Geraes, baiilia o mun. ve-se seguramsnta a fundada tradição á cerca dos famosos e
de S. João Baptista e desagua no S. João, aff. do Aras.íuahy quasi encantados campos do Paiqneré, onde era crença exis-
(Inf. loc.) tirem muitas hordas indígenas, grandes estabelecimentos dos
extinctos jesuítas, restos de pov. regular com o nome dij Villa
PAIOL, (['orto do). No rio Mariricú e Estado do E. Rica, minas de cobre, excellenfces te.-ras de agricultura e ópti-
Santo. mas pastagens. L?vados desse espirito empreliendedor, que do-
PAIOL DE MILHO. Rio do Estado de Matto Grosso, aff. minara seus avoongos, impellidos do natural desejo de apro-
do Saliará, trib. do Galera, quí o é do G.iaporé. veitar tão preco:iisadas vantagens, alguns indivíduos da
prov. da S. Paulo fizeram varias explorações á custa de sa-
PAIOL DE TELHA. Montanha parto da serra Corcunda crilicios particulares, sendo infructifero o resultado de suas
cu ja fralda beira a estrada do Diamantino, qsiasi no parallelo investigações, talvez porque mesquinhas forças individuaes não
de 1()» no listado de Matto Grosso.
;
fossem sufficientes para emprezas que demandam gastos mais
PAIOL FINO. Ribeirão do Estado d^ S. Paulo, banha o subidos e pessoal mais numeroso. Em 1843, o presidente de
mun. d3 Nazareth e deiagua no rio Atibaia. S. Paulo, informinJo, por ordem do Governo Imperial, o re-
querimentj de Joaquim Francisco Lopes, que solicitava au-
PAIOL GRANDE. Bairro do mun. da Redempção e Estado xilies officiaes para o descobrimento dos Campos de Paiqneré,
do S. Paulo.
dizia: «Quando, porém, seja exaggerada, fabulosa mesmo a
PAIOL GRANDE. Bairro do mun. de S. Baa'o do Sapu- tradição sobre a existência de grandes estabelecimentos e
cahy-nurlm, no Estado de S. Paulo, cora eschola oatras importantes minuciosidades nesses Campos do Paiqueré,
PAIOL GRANDE. Bairro do mun. do Jambeiro ao menos é certo que nas margens do Ubahy observam-se
e Estado
do S. Paulo. claros signaes da antigas lavras de metal, e no sertão das
margans desse rio e do Paraná, que ainda não foram c'esco-
PAIOL GRANDí. Ribeirão do Estado d.j S. Paulo, atra- berfcas, encontram-so arvores frucliferas não espontâneas, como
vessa a ci.lade d.i ,S. Bento dc E. a O. e desagua na margem larangeiras, bananeiras, etc. ; plantações do milho feijão,
dir. do Sap;icahy-mirim algodão, mandioca, fumo, aboljoras, morangis, etc; bem como
PAIOLINHO. Amiga parochia do mun. de Taubaté, no vè-se roças derrubadas com instrumentos cortantes, sendo
Estado do S. Paulo, distante da Capital a NE. cerca de 166,0 achados alguns objectos da ferro e aço, uma espingarda de
kiU. Orago Santa Cruz e diocsse de S. Paulo. Foi craada pà,- infanleria, já corrompida e differentes outros objectos. Esses
rochia po!a Lei Prov. n. OõJ de 24 da raar^;o de 1830 e elevada vestígios não equívocos, bem clara e formalmente revelam ter
á categoria da villa c -m o nomo de Rcdoiiprio pela de n. 33 de em alg'im tempo peneirado a civilisação no interior desses
8 de maio de 1877. Seus limites com Ta!il)altí foram fixados sertõeí, hoje desconhacidos, pois só a presença do homem ci-
pela L-i Prov. n. 7 de 7 de abril d^ isOt. « Neste me^mo log ir, vilisado poderia ter arrastado o indolente indígena a explorar
diz o Sr. Azevedo Marques, ou em sins immediações existia minas, a lavrar a terra com regularidade, a plantar arvores
ainda no começo do preáeiíte soculo (XIX) uma capella sob a não espontâneas, a possuirá onservar objaetos por ella não
invocação do Sant'.\niia, fundada no século XVllI por Fran- conhecidos.»
cisco Ferr.TZ de Araujo e sua mulher D. Maria Galvão
França. Vide Iledcwpião,
de PAIQUICS (Senhor de faca). Cabilda de sylvicolas do Es-
tado do Pará. Vid. Pau-qxeioé.
33.917
. .

PAI —9— PAL

PAI SIMÃO. Pov. do Estado de Maranhão, á mai-gem do PAIXEXY. Rio do Estado de Matto Grosso, aíS. dir. do
i-ioItap^ciu-ú, na com. do Rosario com uma esch. publ. de
; Aquidauana, entre o de João Dias e o da Paixão.
inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 1.226 de 2 de maio PAIXIGA. Iparapé do Estado do Pará, no mun. de Mel-
de 1881 gaço. Vai para o rio Jacundá.
PAI SIMÃO. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha PAIXIGÚ. Igarapé o mun. de
do Estado do Pará, banha
o mun. de Sabarti. e faz barra no córrego do Engenlio Secco. Macapá e desagua no Amazonas. (Inf. loc.)
rio
PAI THOMÉ. Serra do Estado de Sergipa, no mun. de
PAIZANO. Serra do Estado de Minas Gerae?, nos limites
Itabaianinha de Cuieté, próxima do rio Doce.
PAI THOMÉ. Igarapi do Estado do Pará. no mun. de
PAJAGÁ. Nação indígena que deu o nome ao rio Pajacá ;
Mazagão. no Estado do Amazonas. Eram excessivamente alvos, sendo
PAITUNA. Serra do Estado dj Pará, no mun. de Monte isso devido a não andarem espostos aos raios do sol e muito
Alegre. indolentes.
PAITUNA. Rio do Estado do Pará; desagua a seis ou PAJATUÁ. Serra do Estado das Alagoas, ao NE. da
oito milh"is de Monte Alegre na margem oriental do Guru- Preaca.
paliiba. cima de sua embocadura é conhecido pelo nome de
igarapé do Ereré. O Paituna é -muito sinuoso, de largura ex-
PAJEHÚ. Log. do Estado de Minas Gjraes, no dist. do
tremamente variável na fóz mede 2i0 metros (H. Smith).
Bonito e mun. da Boa Vista do Tremedal.
;

PAIVA. Pov. do Estado de Pernambuco, no termo do PAJEHU. Serra do Estado de Pernambucs, no mun. de
Flores.
Cabo, a E. e na distancia de 15 kils. mais ou menos da cidade
desse nome, próxima ao litíoral. Tem uma capella com a invo- PAJEHU. Riacho do Estado do Ceará, corta a cidade da
cação de S José. . Fortaleza e desagua no mar. Antigamente tinha a denomina-
ção de Telha i Ipojiíea. Em sua margem esq. tiveram assento
PAIVA. Log. do Estado de S. Paulo, no dist. de S. Se- as primeiras edificações {caças de palha) do aldeamento dos'
bastião do Tijuco Preto.
Índios.
PAIVA. Pontal na costa do Estado das Alagoas, cerca de
PAJEHÚ. Rio do Estado de Pernambuco nasce no declive
tres kils. distinte da ponta do Taturé, com a qual forma uma
pequena enseada. A meio dessas pontas fica a pov. de S. Mi-
meridional da serra Borburema, no logar, denominado Serra
;


guel (los Milagres. Do pontal do Paiva, á distancia de seis
do Teixeira —
onde separa o Estado de Pernambuco do do
,

Parahyba do Norte, corre de E. a O. até á treg. da Serra


kils., fica a ponta da Estancia.
Talhada, abi muda de direcção obliquando para o S. e alar-
PAIVA. Ilha do Estado do Amazonas, no mun. da capital, gando mais S3U leito com diversos aílls., qneo vão engrossando,
na margem dir. do rio daquelle nome. vai desaguar no rio S. Francisco, no logar chamado Tucu-
PAIVA. Ilha do Estado do R. G^ do Sul, defronte da ca- ribá. Recebe diversos tribs., entre os quaes os rios d'Agua
pital. Ha abi um deposito de munições bellicas, . Branca, dos Navios e S. Domingos pela margem esq.; e os
riachos Piedade, Cachoeira Grande, Canudo, Santo Antonio de
PAIVA. Ribeiro do Estado deS. Paulo, trib. da margem Lima, Grossos, Vara, Cedro, Riachão, riacho da Velha, S. Je-
dir. do Paranapanema. ronymo, S. João, Carnahuba, Poço Redondo, Várzea do Tiro,
PAIVA. Rio do Estado de Minas Geraes, aíT. da ma /gem Preces e muitos outros. Rega os muns. de Ingazurá, Flores,
dir. do Prata, que o é do Piracicaba. Villa Bella e Eloresta. Avaliam o seu curso em cerca de 350
kils. Corre só durante o inverno, não sendo navegável attenta
PAIVA. Córrego do Estado de Goyaz, aíT. do rio Santa á sua pjuca profundidade.
Maria, também chamado ribeirão do inferno, que é trib. do
Corumbá (Cunha Mattos Itinerário) Do mun. de Santa Luzia
.
PAJEHU. Rio do Estado de Minas Geraes, no mun. de
nos informam. « O ribeirão Paiva ou Quebra-Cangalha, conflu- Boa Vista do Tremedal. Desagua no rio Jaeuhipe. Recebe os
ente do Santa Maria, nascanoplatò do Gama e recíbs á dir. riachos Quente e Cannabrava. Também escrevem Pajahú.
os córregos Bom Tempo, Barreiro, Mandiocal, Mamoeiro, Lou- (Inf. loc).
renço, Barreirinho, Vargem e Rocinha». Em uma Carta da PAJEHU. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o
Commissão de estudos da nova capital da União vem mencio- território da freg. de S. Miguel do Jequitinhonha e desagiiá no
nado o ribeirão dos Paivas desaguando na margem dir. do rio ribeirão S. Francisco, affl. do rio Jequitinhonha, (Inf. loc),
Santa Maria e recebendo os córregos Mamoneiro e Barreiro.
PAJEHU. Lagoa no mun. do Bom Conselho do Estado de
PAIVA. Cachoeira no rio Cuyabá, entre a do Soares e a da Pernambuco. (Inf. loc).
Tenda, no Estado de Matto Grosso.
PAJEHU. Lagoa do Estado da Bahia, no mun. do Riacho
PAIVA. Enseada no Estado de Pernambuco, formada pelas de Sant'Anna.
pontas de Pedras Pretas e de Simão Pinto, próxima á barra
das Jangadas, onde lançam-s3 os rios Pirapama e Jaboatão. PAJEHÚ DE FLORES. Vide Flores.
Existe também abi um pontal com o mesmo nome. PAJUSSARA. Log. do Estado do Ceará, em Pacatuba.
PAIVAS. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de PAJUSSARA. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. da
S. Sebastião do Curral, mun. de Itapecerica, capital. Com uma capella de N. S. da Conceição e uma esch.
PAIVAS. Serra do Estado de Minas Geraes, nas divisas da ptibl. de inst. prim,, creada pela Lei Prov. n. 863 de 16 de
freg. do Cajuru do termo do Pará, próxima das serras denomi- junho de 1882.
.nadas Sumaré, Jacuba, Domingão, Tres Barras e Francisca. PAJUSSARA. Enseada do Estado das Alagoas, pouco dis-
PAIVAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, aíf. do ri- tante do promontório denominado —
Ponta Verde—. E' abri-
beirão das Sete Lagoas. gada dos ventos exclusivamente de ancoradouro
S. e O. Serve
a barcaças e jangadas.
PAI VICTORIO. Praia no mun. de Gua;apary do Estado
do E. Santo. PALACIO. Serra do Estado da Bahia, era frente á villa da
Gamelleira do Assuruá. Paz parte da cordilheira deste ultimo
PAIXÃO. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun, de nome.
Angra dos Reis.
PALACIO. Ribeirão do Estado de S. Paxilo, banha o mun.
PAIXÃO. Riacho do Estado da Bahia, banha o mun, do do Paranapanema e desagua na margem dir. do rio das Al-
Prado e desagua no oceano. mas, aff. cio rio daquelle nome (Inf. Ice).
PAIXÃO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aíll. da margem PALAME. Parochia do Estado da Bahia, no mun. do
esq. do rio Cahy. Nasce na serra da colónia Nova Petrópolis. Conde. Drago SantWnna diocese archiepiscopal de S. Sal-
e
PAIXÃO. Pequeno rio do Kstado de Matto Grosso, aííl. dc vador. Tornou-se séde da freg. do Assú da Torre peia lei
Aqnidauana pela margem dir,, entre os rios Paixexy e da prov. n. 1.138 de 4 de abril de 1871. Foi elevada a categoria
Garrafa Quebrada. de parochia pela de n. 2.359 de 1 de agosto do 1882. Ficai
DICC. CÍOG. 2
. . —

PAL — 10 — PAL

inargcin dc Inlianiljiiiie. a G kiU. da fo/.. Po35ue óptimos ter- PALHETA. Ilha do Estado do Amazonas, no rio SolinKÕes.
Tem dnas eschs. publs. de DelVont3 delia sahe do Solimões um furo denominado Camadú.
renos para canna de assacar.
pela Lsi Pi-ov. ii. ^.UJi que vae terminar abaixo do canal Maiácoapani, ou Mocuapani.
inst. prinnria. iiina das quaes cr.\'.da
iic 10 de agosto de ISSO. Agência do
correio. PALHETA. Iliia do Estado do Pará, no mun. de Muaná.
luf. loc.)
PALANQUE, s. wí. (R. Gr. doS.) mourão de dous metros, na
(

mais ou me.ios, de altura, lincado no meio do curral, ou PALHETA, Rio do Estado do Pará, desagua no Capim,
cavallo bravo, dir. entre os igarapés Jary o Caquila.
rn'iUe delia c ao fpial se prende o potro ou pela margem
para arreal-o (Coruja). Com diversa accspçao, o termo PALHETA. Furo no mun, de Muaná e Estado do Pará.
lanmc é portugiiez signilica cadafalso com degraos da qus
:

SD cercam os corros, para os espectadores


verem os touros, PALHOÇA. Parochia do Estado de Santa Catharina, regada
s- ni periu'0 (Moraes).
ao N. pelo rio Imaruby, ao S. pelo rio Cubalão e a E, pelo-
Oceano. Orago N. S. de Nizareth. Foi creada parochia pela
PALANQUETA. Log. do Estado das Alagoas, no .Jaculiype.
Lei Prov. n. 949 de S de novembro de 18S2. Tem uma esch.
PALANQUETA. Lagôa do Estado das Alagoas, no mun. publ. de instr. prim. para o sexo feminino, creada pela lei
da Paliii.Mra dos Índios. prov. n. 8,59 de 4 de fevereiro de 1881). além de uma outra
PALATINATO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no para o sexo masculino. Agencia do correio.
mun. df! Petropoli'!. PALHOÇA. Morro do Estado de Matto Grosso, no dist. de-
PALEME. l'uv. do Estado do Santa Catliarina, no mun. da Santo Antonio do Rio Abaixo e mun. da capit-.il,
Lapuna. (Inf. loj.). PALMA. Cidade e mun. do Estado de Minas Goraes, ex-
parochia do mun. de Cataguazes á margem esq. do rio Capi-
PALERMO. Log. do Estado das Alagòas, no mun. do
vara, termo da com, do seu nome. Or.-igo S, Francisco de
Passo do Cimaiajibs.
Assis. Foi com o nome de Capivar.i, em principio, um curato
PALESTINA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de do mun. do Presidio, elevado a distr. pelo art. I § III da Lei
A tila ia. Prov. n. 533 de 10 de outubro de 1851, que em seu art-, IX
PALiCSTIiSrA. Log. do Estado de S. Panlo, no mun. da § V desmembrou-o daquelle mun. e incorporou -o ao de Mar
Krani-i. d'Hespanha, Incorporado á parochia de Sinta Rita do Meia
Pataca pela de n. 531 de 10 outubro de 1851 reincorporado ao
PALESTINA. Era assim denominada uma fazenda de cul-
;

mun. do Presidio pelo art. V da de n. 623 de 30 maio de 1853


tura com de terras, situada no mun. da Ital)ira
110 l! irtii'e3
;

annexado ao mun. da Leopoldina pela de n. 06G de 27 de abril


do Estado de .\liaa=; lieraes. Foi comprada pelo governo pro-
de 1854 elevado á categoria de parochia pela de n. 1.239 de2>
vincial por 7:'.>0ái para a escliola agrícola de Piracicaba, con-
;

de agosto de 18G4 incorporada ao mun. de S. Paulo do Mu-


forme a autorisação da Lei n. 2.1Gd do 20 de novembro de
:

riahé pelo art. V da de n. 1,817 de 12 de outubro de 1371 e ao :


1S7.J.
de Catag lazes pslo art. I da de n 2.180 de 25 de novembro de
,

PALHA. Ai'caial do Estado das Alagoas, no mun, da Vi- 1875. Elevada á villa pelo D^c. n. 297 de 23 de dezembro de
ctoria .
1890 e a cidade pela Lei n, 23 de 24 de maio de 1592. Tem.
PALHA. DiiV. da cidade da Diamantina, no Estado de 5.000 habs. A Lei Prov. n. 2.452 de 19 de outubro de 1878
Minas OetMes. autorisou a coustrucção de uma E. de F. que, partindo da
estação do Recreio, na E. de F. Leopoldina, toq le em São
PALHA. G irgan*a de um contraforte da serra do Mar que Francisco de Assis do Capivara e termine emS, Francisco
so|):u-aas bacias do? rios Tijucas e Inferninho, no Estado de da Gloria, no mun. de S. Paulo do Muriahé. Tem duas eschs.
.Ssnia Catliarina.
pnbls. de instr. primaria. Perdeu o nome de Capivara pelo
PALHA. Igarapé que atravessa a ilha Grande e desagua de Palma pelo Dec. n. 441 A de 23 de março de 1891. O
na niargr>m esq. do rio Iguarassú (braço do rio Parnaliyba). mun., além da parochia da cidade, comprehende mais a
de N. S. da Conceição do Laranjal e o dist. da AUiança. Foi
PALHA. Pviacho do Estado do Ceará, na cidade de Quise-
classificada com. de 2-' entr. por Acto 22 de fevereiro de 1892,.
ra mobim.
E' servida pela via-ferrea Leopoldina. Lavoura de café, canna
PALHA. Riacho do Estado de Pernambuco, na com. de e cereas.
Garanhuns.
PALMA. Cidade e mun. do Estado de Goyaz, na com. de
PALHA BRANCA. Córrego do Estado de Minas Geraes, no seu nome, a 752 kils. da capital e a 119 da Conceição, á margem
mun. de Mauhuassú. do rio da Palma. Orago S. João e diocese de Goyaz. Foi creada
PALHAÇO. Morro no mun. de Santa Branca, no Estado de parochia pelo art. I da Lei Prov. n. 14 de 23 de julho de 1835 ;

villa pelo Alvará de 25 de fevereiro de 1814 (ou janeiro), in-


S. Paulo, (Inf, ioc).
stallada em 27 de julho de 1815; cidade pela Lei Prov. n. 3 de
PALHAL. Log. na freg. de N. S. das Dores de Macabú 5 de outubro de Í8õ7. E' cora. de primeira entr. creada pelo
do Esta.do do Rio de Janeiro. art. IV da Lei Prov. n. 3 de 14 de outuljro de 1.854 e classi-
PALHAL. Pv,io do Estado do Pará. liga o Iago do siu nome ficada pelos Decs. ns. 1.522 de 5 de janeiro de 1855 e 4.973 de-
ao rij Trombetas, 29 de maio de 1872. Cunha Mattos, que não esteve na Palma,
diz todavia no seu Itinerário o seguinte a respeito dessa cidade:
PALHAL. Riacho do Estido da Bahia, aff. do Itanliem. « Estive no arraial da Natividade no dia de hoje ( 6 de julho-
PALHAL. Pof(Ufiio lago do
Estado do Pará, na margem de 1824), fazendo preparai ivo-s para ir á villa da Palma. Os
dir. (lo rio Trombetas como qual tsm communicação. Deve seu principaes habts. deste arraial esforearam-se em aconselhar-
n(jme á grando quani idade de palmeiras do género aitaléa,— me a que não vá áquella villa por ser muito insalubre. .A ini-
qu.? ahi crescem mizade dos .moradores dos dous legares é procedida de quere-
PALHAN Palvan?)- Nome dado por João Leme do
rem os da Natividade que o seu arraial seja cabeija da com., e
('11
os da villa insistirem a ficar os negócios como até agora. Com-
Prado eni na sua exploração do rio Miranda, a um dos
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eíleito, a villa da Palma é logar que assusta aos mais intrépi-
coutrafurtes da serra do Anhanvahy, próximo ao Aquidauana,
dos, acliando-se aliás assentada em o angulo formado pela
cõii forni- o seu costume de dar nomes lusitanos ás localidades
confluência de dous rios navegáveis, mas está cercada de lagoas
p5i' onde passavaru, (Dr. S. da Fonseca. Sica. oit.)
e pantanaes junto ás portas das casas.» O Sr. Dr. Virgilio M.
PALHANO. Dist. do termo de Ai-acaty, no Estado do de Aiello Franco, juiz direito da com. da Palma, escreveu em-
Ceará. Foi desmembrado do termo da União pelo Dec n 52 1876 um folheto com o titulo Viagem, á Comarca da Palma na
de il de junho de 1802. Prov. de Goyaz, no qual lè-se o seguinte: « A cidade da Palma
PALHANO, Ilio do Estado do Ceará, nasce na serra Azul tem actualmente 155 casas, habitadas por uma pupulaçãode 400
c desagua no rio J.iguaribe pela margem esq. perto de indivíduos de ambos os sjxos, livres e escravos. Suas ruas são
Aracaty perfeitamente alinhadas, principalmente a que parle do lado da
egreja e fraldeia a margem dir. do Paranan. Seu cDinmer.;io
PALHÃO. ,Vrraial do Estado das Alagoas, no mun. de torna-se mais activo dejaneiro por deanta, quando o povo cir-
Sant';\.nna do Panema. cumvisinho para alli afllue para comprar s.il e fazendas, a
,

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troco de couros, que descem aos botes para se venderem no PALMA. Serro do Estado do R. G. do Sul, na ni irgem
Pará. Esses botes são pequenas embarcaçõss cobertas ou des- esq. do rio Jaguarão, a 2.O0O braças da barra do arroio Divisa,
troncadas, que carregam de 300 a 3.0J0 arrobas de carga. Il3, contadas na direcção Norte. Fica na Lat. S. de 32'> 14' e long.
além destas, as igarités o as montarias, que são pequenas O de 10' 32*29" do meridiano do Rio de Janeiro.
lanclias, para as menores viagens. —
Não ha edifícios impor- PALMA. Serro do Estado R. G. do Sul, no mun. de Ca-
tantes: a casa da camará 6 um casebre arruinado servindo de cimbinhas, nas proximidades do Passo doGandiota. E' notável
aposento á raça caprina, que alli deixa, com o cisco e lixo da por ter sido theatro de combates na revolução de 1835.
rua, fétidas esteL'queiras. Com tudo não ha outro commodo para
as sessões do jury. —
A egreja parochial á a matriz, que está PALMA. Serra do Estado de Minas Geraes; estende-se pela
sendo construída a esforços quasi exclusivos do digno vigário margem esq. do rio das Velhas, trib, do S. ÍFrancisco.
Moysés Antonio de Araujo. Esta egreja foi capella-niór de -um PALMA. Ilha do Estado da Bahia, no rio S. Francisco,
templo que uS jesuítas erigiram no século XVII, consagrado a próxima da foz do rio das Rans e das ilhas Batalha e Bebe-
S. Felix de Cantalicio. A Palma foi creada villa por Alvará
. . douro (1-íalfeld.) ,
de 25 de janeiro de iSll, principiada no mesmo logar em que
está, isto é, no vértice interno do angulo de terra formado
PALMA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, desagua na
pela confluência dos rios Palma e Paranan, os quaes, assim
margem esq. do rio Ibicuhy, acima da foz do Ibirapuitan.
unidos por espaço de dez a onzé léguas, vão entrar na margem PALMA. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da
dir. do riu Maranhão. A parochia de S. João da Palma esta- margem dir. do rio das Velhas.
beleceu-se antigamente na Conceição, porque, em um domingo, PALMA. Rio da Estado de Goyaz, rega o mun. do seu
estando o povo a ouvir missa, os índios Canoeiros o surprende- nome e desagua na margem dir. do rio Paranan. Nasce na
ram e assassinaram ateiando fogo nas casas... A pov. da Serra Geral, que serve de divisa entre esse Estado com o da
Palma foi elevada á villa em obsequio a El-Rei D. João VI, e Bahia. Recebe o Taguatinga, Ilha, Jacaré ou Quilombo, Mos-
mais tarde deu-se o titulo de marquez de S. João da Palma ao quito, Palmeira e diversos outros. E' navegável pov embar-
gorernador e capitão-general D. Francisco de Assis IMascare- cações pequenas no espaço de mais de 200 kils. Cunha ]\íattos
nhas. A egreja parochial perdeu o nome de S. Felix de Canta- diz que os rios da Palma e Paranan reunidos, formam o Pa-
licio para tomar a invocação de S. João Baptista. O calor da
ranatinga, o que é contestado pelo Dr. VirgLiio de Mello
Palma é, sem duvida, muito mais intenso do que em outros Franco, no seu folheto .1 comarca ã:v Palma.
logares do Vão. Observei que em fins de setembro e princípios
de outubro, quando a temperatura no Rio variava de 19' a PALMA. Ribeirão do Estado de Goyaz, aft'. da margem
24" c, conforme as observações do imperial observatório as- esq. do rio da Salina que é trib. do rio Maranhão, entre For-
tronómico publicadas nos jornaes daquella data, na Palma o mosa e Santa Luzia.
-thermometro na sombra variava de 30° a 33" c. ». O mun., além PALMA. Cachoeira no rio Grande e Estado' de Minas Ge-
da parochia da cidade, compreliende mais a do Divino Espirito raes. E' a quinta a contar da foz.
Santo do Peixe. A cidade tem duas esclis. pubs., de instr. prini.
uma para cada sexo. Agencia do correio. Sobre suas divisas PALMA DE BATURITÍ. (N. S. da.) Parochia do mu-
vide, entre outras, as Leis Provs. n. 16 de 1 de setembro de 1836 nicipio de Baturité, no Estado do Ceará. Vide Baturité.
..( art. n. 9 de 1 de agosto de 18i2 ( art. II) ; n. 5 de 20 de
I ) : PALMAR. Cidade e mun. do Estado do R. G. do Sul,
junho de Í8i6 n. 8 de 30 de julho de 1852 ( art. I )
; n. 760 de ;
séde da com. do seu nome, do lado oriental da lagoa Mirim.
16 de outubro de 18S6. Orago Santa Victoria e diocese de S. Pedro. Foi, no principio,
PALMA. Villa e mun. do Estado dy Ceará, á margem dir. uma capella, creada no distr. do Tahim e mun. da cidade
do rio Coriahú, na com. de seu nome. Seu mun. a E. e a O. é do Rio Grande pelo art. I da Lei Prov. n. 176 de 19 de
montanhoso e coberto de mattas ao S. e N. é plano quasi julho de 1849. Elevada á categoria de parochia pelo art. 1°
:

geralmente, tendo apenas duas serrotas, uma para cada lado. da de n. 419 de 6 de dezembro de 1858, e á de villa pelo
E' percorrido pelas .serras do Meruoea, do Slotta, Grande, Ibia- art. I da de n. 808 de 30 de outubro de 1872, sendo incorpo-
paba, S. Simão, Penanduba, Carnotim, Ipoeírá, e regado pelos rada á com. do Rio Grande. Inslallado o seu mun. em 7 de
rios Coriahú e Joazeiro, além de outros. Cultura de cereaes, setembro de 1374. Creada com. pelo art. I da Lei Prov.
algodão, tabaco e canna. A villa dista cerca de 360 kils. da n. 1.144 de 7 de maio de 1878 e classificada de primeira entr.
capital, 60 do Sobral, 72 de SanfAnna e da Granja. A pop, pelo Decr. n. 7.008 de 24 de agosto de 1878. Foi elevada ó
é avaliada em 9,000 habs. Orago N. da Piedade e diocese cidade pela Lei Prov. n. '1.736 de 24 de dezembro de 1888. A
do Ceará. Foi em principio uma pov. creada em 1853 por José pop. da cidade é calculada em 3.50) habs. Tem duas eschs.
Gomes Damasceno, Alexandre Rodrigues Moreira e irmãos, e publs. de instr. prim. Agencia do correio. Sobre suas divisas
pelo capitão Antonio Felix da Cunha, que edificaram em suas vide:Acto presidencial n. 50 de 7 de fevereiro de 1860;Lei Prov.
terras uma capella com a invocação de ,N. S. da Piedade da n. 945 de 15 de maio de 1874. A cidade está assente em um
Várzea Grande. Em 1867 o art. I da Lei Prov. n. 1.206 de 10 ponto extremo do Estado, sendo separada do Estado Oriental
de agosto creou na pov. da Várzea Grande uma freg. desmem- pelos arroios Chuy e S. Miguel. E' importante e rica pelo seu
brada da da Granja com aquella invocação. A Lei Prov. n. 1.316 commercio e pela sua pop. em geral abastada, e por estar, col-
de 24 de setembro de 1870 elevou-a á categoria de villa com o locada em um ponto da lagòa Mirim que olFerece um magni-
fico e esplendoroso espectáculo ás pessoas que por ali tran-
nome de Palma. Ha na freg. duas capellas filiaes a de Santo
Antonio, no pov. do mesmo nome, e a de Pedrinhas. Tem sitam, e ainda mais mais por ser uma guarda avançada da
agencia do correio e duas eschs. pubs. de instr. prim. Foi nossa fronteira. Foi primitivamente uma pov. creada pelo
creada com. por Dec^ n. 21 de 7 de junho de 1890 e classificada tenente-coronel Manoel Corrêa Mirapalhete, que edificou uma
de primeira entrancia pelo Dec. n. 473 do mesmo dia, .mez e capella, que é hoje a matriz. Lavoura de millio, feijão e le-
anno. gumes; criação de gado. Dista 693 kils. <Xa. capital pela viagem
fluvial.
PALMA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Bom PALMAR. Rio do Estado do R. G. do Sul, nasce no ba-
Jardim
nhado de Bernardo Pinto, na extrema dos muns. da Con-
PALMA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. do Pão de ceição do Arroio e de Porto Alegre; separa o primeiro destes
Assucar. muns. do de S. José do Norte, e, correndo sempre para o
PALMA. Capella do termo de Jaguaripe, no Estado da S. desagua na lagòa dos Patos, junto ao sangradouro que
Bahia. Orago N. S. da Conceição e diocese archi-episcopal de communica esta lagòa com a de Capivary. Di/,-nos um cava-
S. Salvador. Tem uma esch. publ. de instr. prim., creada lheiro residente na Conceição de Arroio formar-se este rio das
pela Lei Prov. n. 2.228 de 6 de agosto de 1881. aguas do banhado grande denominado Peixoto e Fructuoso.
Também escrevem Palmares.
PALMA. Bairro no mun. de Barery e Estado de S. Paulo.
PALMARES. Cidade e mun. do Estado de Pernambuco,
PALMA. Pov. do Estado de Jlinas Geraes, na freg. de Jabo- na com. de seu nome; á margem esq. do rio Una, ligada á
ticatubas, com uma capellinha em começo. cidade do Recife por uma estrada de ferro, a 120'" acima do
PALMA. Morro do Estado do Ceará, no mun. da Palma. nivel do mar. Orago N. S. da Conceição dos Montes e diocese
de Olinda. O art. I da Lei Prov. n. 814 de 28 de maio de
PALMA. Morro do Estado do E. Santo, na freg. de CariacIca. 1868 creou uma freg. na pov. de Montes o art. IH da de
;

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n. 1.093 lie 24 de maio de 1373 Irausfei-iu para essa freg.,


que PALMAS. Ponta na costa do Estado de Santa Catharina,--
então foi elevada á villa, e sede do mun. de Agua Preta. Junto áella ha uma pequena ilha da mesma denominação.
Cidade pela Lei Prov. n. 1.45S de 9 de junho de 1879. K' com. PALMAS. Ilha do Estado do E. Santo, ne rio Doce, entre^
de 8'>gunda ontr. eivada pela Lei Prov. n. 520 de 13 de maio a pov. de Linhares e o porto do Tatú.
de 18.32 e classilicada pelos Decrs. ns. 2.963 de 3 de setembro
de IXhi ( 5. 139 de 13 de novembro de 1872. Tem uma elegante
PALMAS. Ilha fronteira á matriz da ilha do Governador,
capellinha da invocação de Santo Chrislo no cemitério. Cora-
na bahia de Guanabara. Barral dá egiial nome á uma das Ju-
pieliende o pov. Campos Frios. O Decr. n. 6.121 de 16
rubahybas.
da fevereiro de 1876 concedeu o estabílecimento de uin engenho PALMAS. Ilha do Districto Federal, entre a ilha Rasix ea
central nessa cidade com g.irmtia de 2-5 annos. A lavoura de ponta da Pi^aia do Mello, defronte da lagôa Crumarim e pró-
canna é a mais importante do municipio. Sobre suas divisas xima á ilha das Peças.
vide: art. I da Lei Prov. n. 1.165 de 26 de abril do 1875; PALMAS. Ilha situada defronte da enseada do sê\i nome,
art. III da de n, 1 40.5 de 12^íle maio de 1879. que fica no do Estado do Rio dc Janeiro (60"").
littoral
PALMARES. Vide. Atalaia.
PALMAS. Ilha do Estado de S. Paulo, próxima da ilha
PALMARES. Dist. criado no mun. da Conceição do Arroio dos Porcos Grande, na costa do mun. de (Jbattiba.
por .\clO Presidencial n. 33 do 7 de outubro de 1858; no Estado
do R. O. do ^u!. Tem umaesch. publ. de instr. prim. cread i, PALMAS. Ilha do Estado de S. Paulo, no mun. de Santos.
pelo art. I da lei prov. n. 992 de 1 de maio de 1875. Foi elevada E' baixa, de 0,5 kils. da extensão o 0,8 de largura. Fica na
á parooliia pjla Lei Prov. n. 1.52J de 4 de dezembro de 1835. barra grande de Santos, junto á praia do Góes.
PALMARES Pov. do Eslado de PernambuoD, no mun. de PALMAS. Pequena ilha do Estado do Paraná, na bahia do
Iguarassú. Paranaguá.
PALMARES. Log. na freg. de Campi Grande do Districto PALMAS. Ilha do Estado de Santa Catharina, em frente
Federal, A Portaria de 16 d? abril de 1834 creou uma agencia de Porto Bello, afastada da praia uma milha mais ou menos.
do correio. Defende o porto das ventanias do quadrante N. Entre ella e o
PALMARES. Grupo de serras do Estado de Sergipe: si- porto de Gai'oupas íica a notivel bacia denominada Caixa
tuadas entre Campos e Simão Dias. Representam tres faces: rr.íço com fundo de umas quatro braças, na qual podem entrar
uma ao N., outra a E. e outra ao S. formando no cimo uma navios de alto bordo, encontrando-se ali, além da grande van-
planicie de agreste denominada Curral dos Bois —
Esta tagem do mcUior abrigo possível, inalterável tranquillidade
planície está coljerta ao redor de mattas que servem de abrigo d'agua. E' habitada e cultivada. Também a denominam ilha
ao gado no tempo de verão: as serras prestam-se ao plantio do Cunha.
de cereaes. Esse terreno pertence ao convento do Çarmo do PALMAS. Lagòa do Estado do E. Santo, perto da margem
Estado da Bahia, e.íistindo nelle varias fazendas e uma esq. do rio Doce. Sangra na lagòa das Palminhas.
egreja com um pequeno hospício de Carmelitas, denominado —
Egreja Velha (Informação enviada do Estado.) PALMAS. Rio da Estado do E. Santo, desagua na lagòa
do seu dome.
PALMARES. Rio do Estado de Matto Grosso, aíll esq. .

do Miranda, entre os ribeirões da Ariranha e do Bom Jardim. PALMAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, desagua na
lagòa Mirim pelo lado do O.
PALMAS. Mun. do Estado" do Paraná. Vide: Campo dc
Palmas. A Republica de Curityba,, p:iblicou a seguinte noti- PALMAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha a
ticia: Essa localidade, que se acha situada no centro do terri- colónia do seu nome e desagua na margem dir. do rio das
tório das Missões, séde do municipio do mesmo nome, foi fun- Antas.
dada por divor.503 brazileiros, principalmente paulistas, e PALMAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. da
contóm uma egreja que está por acabar, estação telegraphica, margem dir. do Iruliy. Rega o mun. da Encruzilhada.
escol. prim. e 87 casas. Apop. do mun., conforme a estatís-
tica feiía em 1890, subdividia-se da seguinte fórma; Palmas, PALMAS. Arroio do Estado do R.G. do Sul; nasce na coxilha
550 habs.; Boa Vista, 310; Chopim,289; Campo Eré, 271; entre de Santa Tecla, junto á estancia do Matheus Brazil e depois
Campo Eré e Boa Visla, 127, e nos acampamentos de Índios, de um curso de mais de 36 kils., lança-se no rio Camaquan
100. Esse numero tem aiigmentado consideravelmente, sendo 24 kils. acima do passo dos Enforcados. E' muito despraiado
considerados hoje em 12.0'JO os habs. daquella zona, quasi e pouco pi'ofundo. Depois de grandes chuvas é preciso no má-
todos brazileiros. A propriedade rural era representada naquella ximo dous dias para voltar ao nivel ordinário. Nunca offerece
época, 1890, por 3S.UO0 animaes vaoouns, 5.100, cavallos, 560 obstáculos á passagem. Recebe o Trahiras.
mulas, 650 animaes lanígeros e caprinos e 3.0)0 suinos. A PALMAS. Rio do Estido de Goyaz, aff, do rio do Somno,
zona cultivada era calculada em 90) hectares. A exportação trib. do Tocantins.
prijicipal é de gado vaccum, cavallar e muar. tendo o seu
principal mercado em Curityba. O mun. está sit iado entre os PALMAS. Enseada a NE. da Ilha Grande pertencente ao
2.50, 3.r ;v e 27° 9' e 37" de latitude sul, e 52" 5' 13" e 50» S'
mun. de Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro. Neila vae
1" d! longitude ao O. de Greenwich. A superfície comprehen- desaguar o rio do Mangue.
dida neste polygono enc?rra approximadamantc 31.00) iúls. PALMAS, Bahia no Estado dô S. Paulo, na costa N. da
quadrados ou c.;rca de 1.240 léguas: tomando, porém, o Chopini ilha dos Porcos Grande. Tem perto de uma milha de extensão,
como limite oriental, essa cifra se reduzirá a 22.003 kils. A sobre 3/4 de milha de profundidade, onde se pôde ancorar por
falta de boas communioações tem sido sóraente a ciusa do 7™, 3 d'ag:ia, fundo vasa E' essa bahia abrig.ida de todos os
retardamento do progresso <le tão importante região com que o ventos excepto dos de NE. aE. um quarto NE.; é um excellen-
justo laudo Clevelancl acaba de firmar o nosso direito. » Foi te logar paro reparar ura navio.
elevada á cidade pela Lei n. 233 de 18 de dezembro de 1896.
PALMAS DE BAIXO. Dist. do termo de Palmas, no Es-
PALMAS. Pov. no mun. de Angra dos Pi,eis e Estado do tado do Paraná. A Lei Prov. n. 789 de 16 de outubro de 1884
Rio dc Janeiro. crjcu ahi uma pai-ochia da invocação de N. S. da Luz da
PALMAS. Pov. no mun. d.^ Igiiassú do Estado do Rio de Bôa Vista.
Janeiro, com umafisch. p ibl. de instr. primaria. PALMATÓRIA. Log. do Estado do Ceará, no mun. de Ba-
PALMAS. Log. no i'> dist. da cidade de S. Gabriel e turité, com uma capslla dedicada a S. Felix.
hatado do R. G. do Sul.
PALMATÓRIA. Pico elevado de uma collina, em cujo-
PALMAS. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun. de sopé esiá assente a villa do Collegio, no Estado das Alagoas.
Santa Isabel, com uma esch. p iljl. creada psla L^i Prov
lov. Nesse pico fica a colónia de S. Francisco, installada em 23 de
v í
n. 1.89J de 31 de julho de 1889. maio de 1873.
PALMAS. Estação da E. de F. Leoiíoldinn, no Estado da PALMEIRA. Villa e mun. do Estado do Paraná, termo
Minas Geraoí. no ramal do Alta Muriahé, entre as estaco s de
da com. de Ponta Grossa, uma estrada á Palmas.
lio-ada por
Cysneiro (Tapirussú) e Banco Verd?. Foi inaugurada em
9 dé Orago N. S. da Conceição de Curytiba. Sobre a eri-
e diocese
junho de 1883. Denominava-se antigamente Capjrara. ge ai deste pov. existe um documento que reza assim: No —

í
.

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principio do século pasScado Antonio Luiz Tigre fez doação a N. PALMEIRA. Log. do Estado das Alagoas, nos muns, do
S. do Carmo, de raeia légua de terra e ediPicou uma capella, Triumpho, Piassabussú e S. í,uiz de Quitunde.
a que se deu o nome de Tamanduá ; com o andar dos tempos PALMEIRA. Dist. do termo de S. Felix, no Estado da
foi ella tomando incremento até que cliegou ao maior gráo de Bahia.
seu esplendor, e por Alvará de 20 de março de 1813 foi desmem-
brada da freg. desta cidade e elevada á freg. collada. Começou PALMEIRA. Log. do Disíricto Federal, na freg. de Gua-
depois a declinar quando o vigário delia, Antonio Duarte dos rá ti ba.
Passos, sempre em luta com o prior ou guardião do Carmo, sa PALMEIRA. Log. ua freg. de S. Sin.ão do Estado de
resolveu a estabelecer a egrej i em outro logar e obteve de Ma- Minas Geraeí.
noel José de Araujo a doação do terreno em que está assentada
hoje a matriz da Palmeira. A primeira situação dessa fr.^g.
PALMEIRA. Log. do' Estado de Matto Grosso, no mun.
de Miranda.
era tal que, comprehendida entre dous riachos com GO) braças
de diâmetro, pouco mais eu menos, cercada por todos os lados PALMEIRA. Serrota do Estado do Ceará, na freg. de Ma-
com portões e propriedades particulares, não ofterecia servidão ranguape, entre ella e Baturité.
alguma publica faltava-lhe o rocio ou Ingradouro o não ti-
;
PALMEIRA. Pequeno rio do Estado do Ceará, nasce na
nham oi habs. donde lirar lenlia, nem campo onde pastarem ssrrota do seu nome
e desagua no rio Pacoty.
auimaes. Desanimados os parochianos da estreiteza de terreno
da freg., já lançavam os olhos para a cap?lla doTamand iá, PALMEIRA. Riacho do Estado do Parahyba do Norte,
donde o padre Antonio Duart?, para s ibtrahir-se ás qusstões rega a freg. de N. S. do Bom Conselho.
com os carmelitas, sahira em demanda de repouso na Palmei- PALMEIRA. Riacho do Estado de Pernambuco; nasce da
ra. Esses inconvenientes foram, porém, bem dspressa removi- serra do
Cavalleiro e faz barra no logar denominado Poço
dos graças á generosidade da viuva D. Josipha Joaquina de Comprido, do lado N. do rio Una.
França que cedeu gratuiiamente para rocio da freg. o rincão
que lhe era contíguo, com a clausula de ficar desde logo á dis- PALMEIRA. Ribeirão do Estado da Bahia, rega o mun,
posição do povo o matio nelle existente e o campo só depois de de Areia
desagua no Jequiriçá.
e

sua morte ; e do estancieiro José Cuetano de Oliveira que PALMEIRA. Ribeiro do Estado da Bahia, rega o. mun. ds
comprou um campo contíguo ao rincão supra mencionado e fez Alcobaça e desagua no rio Itanhem oultanhaem.
delle doação á freg. sem restric-ão alg:ima. Augmentada assim PALMEIRA. Rio do Estado da Bahia, banha o território
a extensão territorial da parochia, loi ella crescendo em pop. da freg. das D.ias Barras, roune-s; com o Cachoeiras e juntos
de modo que em 18G9 a Lei Prov. n. 184 de 3 de maio elevou-a vão desaguar no rio Verde Pequeno.
á categoria de villa, sendo installado o mun. em 15 di feve-
reiro de 1870. Foi desligada da com. da Lapa e annexada á
PALMEIRA. Córrego do Estado de S. Paulo, aíf. da mar-
gem dir. do córrego de Alleluia, trib. do rio Guarapó.
de Campo Largo pelo art. Ill da Lei Prov. n. 439 de 11 de
maio de 1875 e á de Ponta Grossa pelo art. I da de n. 717 da PALMEIRA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o
9 de dezembro de 1882. Foi creada com pela Lei Prov. n. 952
,
mun. de .\raraquara e procura o Jacaré-guassti, aff. do
de 23 de outubro de 1889 supprimida por Dec. n. 2 de 15 de Tietê.
;

junho de 1891 e reslaurada por Lei n. 15 de 21 de maio de 1892. PALMEIRA. Rio do Estado do Paraná, aíF. da margem
A pop. é estimada em 4 a 5.000 habs. O mun. em 1832 contava esq. do rio Iguassii.
seis eschs. pubs. de inst. prim., sendo duas na parochia da PALMEIRA. Arroio do Estado do Paraná, banha o mun.
Palmeira; duas em S. João do Triumpho e duas cm Papagaios do seu nome, reune-se ao rio Puga e juntos vão desaguar no
Novos, destas ultimas uma era subvencionada. Agancia do cor- Tibngy,
reio. O Relat. do Ministro da Agricultura (1880) accusa nesse
mun. a existência da colónia Sinimbu com seis dists.; Mar- PALMEIRA. Arroio do Estado do R. G. do Sul. aíT. da
condes, Harthman, Alegrete, Santa Quitéria, Papagaios Novos margem, dir. do Ijuhy Grande, que é trib. do rio Úruguay.
e Lago, todos com 122 fogos e 519 habs. Sobre suas divisas E' a principal cabsceira daquelle rio e sej^ara em grande parte
vide art. II da Lei Prov. n. 767 de 33 de novembro de 1883. a, o mun. de Cruz Alta do da Palmeira.
912 de 23 de acosto de 1883. PALMEIRA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, desce
PALMEIRA. Villa e mun. do Estado do R. G. do Sul, na da serra do Chrispim ou Mombaça, banha a cidade de Bae-
com. da Cruz Alta. Orago Santo Antonio e diocese de S. Pe- pendy e desagua na margem esq. do rio deste ultimo nome,
dro. Foi creada freg. pelo art. I da Lei Prov. n. 335 de 14
que é trib. do Verde.
de janeiro de 1857 e elevada á categoria de villa pelo art. I PALMEIRA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aíf. da
da de n. 928 de 6 de maio de 1.874. Installada em 7 de abril margem dir. do ribeirão dos Santos, trib. do rio Verde. Re-
de 1875. Creada con. pela Lei Prov. n 1.454 de 26 de abril sulta da juncção do Paracatú e do Maranhão.
de 1884 e extincta pela de u. 1.556 de 13 de abril de 1885. O PALMEIRA. Rio do Estado de Minas Geraes, nasce na
mun. comprehende os povs. denominados Potreiro Bonito,
: serra da Mantiqueira no Passa Quatro e desagua no rio Verde,
Herval Secco e Campo Novo. Foi lermo da com. de Santo An-
gelo, da qual o art. 111 da L i Prov. n. 1.238 de 3 de junho
PALMEIRA. Pequeno rio do Eslíído de Minas Geraes ;
reune-se ao Alberto Dias, que vai desaguar no rio das Mortes..
de 1830 desmembrou para incorporar á com. da Cruz Alta.
Sobre suas divisas vide art. IV da Lei Prov. n. 335 de 14 de PALMEIRA. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, aíT..
janeiro de 1857, ar. H da de n. 923 de 6 de maio de 1874, do S. Simão, que o é do Manhuassu.
art. I da de n. 964 de 29 d; marco de 1875, art. I da de PALMEIRA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem
n, 1.05S de 23 de maio de 1876, art. í da de n. 1.091 de 2 de esq. do rio S. Bartholomeu. (Inf. loc.)
maio de 1S77. Tem eschs. pubs. e agencia do correio. PALMEIRA. Vide ribeirão Fundo, aff. do Cachoeirinha^
PALMEIRA. Log. no termo do Rosario do Estado do Ma- no Estado de Matto Grosso.
ranhão. PALMEIRA ALTA. Pov. do Estado das Alagoas, no mun..
do Penedo.
PALMEIRA. Po7. do Estado do C?ãrá, no mun. de Ma-
ranguape, com uma esoh. mixta publ. de instr. prim., creada PALMEIRA DE FÓRA. Pov. do Estado das Alagoas, no
pelo art. Ill da Lei Prov. n. 2.005 de 6 de setembro de 1832. mun. de Palmeira dos índios, á margem do rio S. Francisco,
cerca de tres kilometros acima daquella cidade, e próxima de
PALMEIRA. Log. do Estado do Ceará, 'no lermo de Cas- Papacaça (Pernamb ico), para cujo mun. faz convergir os seus
cavel. productos. Tem duas e'iclis. publs. de inst. prim., creadas
PALMEIRA. Log. do Estado do Parahyba do Norte, na pelas Leis Provs. ns. 493 de 26 de novembro de 1868 e 839
freg. de N . S. do Bom Conselho. de 8 de junho de 1880. Tem tamisem uma capella da Divina
Pastora
PALMEIRA. Pqv. do Estado de Pernambuco, na com. de
Canhotinho: no centro do uma vasta região agrícola. Neila PALMEIRA DOS ÍNDIOS. Cidade e mun. do Estado das
faz-se uma feira semanal mui concorrida. A Lei Prov. de 11 Alagoas, sede da com. do sju nome. Passa por uma das
de junho de 1877, que' não foi sanccionada, desmembrava esse situações mais salubres desse Estado, rivalisando neste ponto
distr. e o de Correntes para formarem uma parochia. com o mun. de Atalaia. Certas moléstias, como a hydro-
.

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pelos çado aoi 12 de pinho daquelle mesmo aano, verifica-se que


uesia e a tísica pulmonai', s:lo apsiias alU conhecidas freguezia o sacerdote Julião Leite da
então era paroiho fia
enfermos fiiie, dollas allectaJns em outros Jogares, para
la se já
Cunha. Da combinação, pois, do taes datas chega-se nalural-
removem em busca do melhoras, que ordinariamente coiise- mente á inducção de que por esse mesmo anno de 17pí seria
restabelícimento
"u^m e não raras vezes a eira e completo o arraial dos indios da Palmeira erigido canonicamente em
no? amios
í)urante a estação calmosa, e issj mesmo s^meiita
alli lebres de parochia sob o padroado de Nossa Senhora do Amparo. Cres-
de s"cca mais prnlimgada, é que apparecem
vai sendo cendo a população e desenvolvendo-se progressivamente as
caracter b>nignõ.— liaíl mte animado e desenvolvido
ra'ações commerciaes, foi a povoação elevada á categoria de
o'còmmercio°nos diversos povoados do mun., especialmeate na
onde se villa pela Lei Prov. n. 10 de 10 de abril de 1835, sendo pela
cidade e na povoação dos Olhos d' Agua do Accioli,
Res. n. 27 de 12 de março de 1838 declarada valida sua instaU
contam diversos e importantes estabelecimentos de tazendas, Dessa graduação foi
Quanto lação e a posse da respectiva camará.
seccos e molhado-, e onde ha tViras cone .Tridissimas.
que privada por disposição da Lsi n. 43 de 4 de maio de 1816,
á industria, resente-se o mun. da mesma falta e atrazo
geralmente se noti em quasi todos os outi'03 do listado, con- sendo restaurada mais tarde pela Res. n. 209 de 23 de junho
do algodão e preparo de 1853 e elevada á categoria de oomarca, desmembrada da de
sistindo nesse apenas no descaroçamento
para o ensaccamento nas bolandeiras e prensas ; na cal extra-
Anadia em 1872 pela Lei n. 621 de 16 de março, anuexando-
se-lhe o termo de Quebrangulo (hoje Victoria) que até então
hida de pediviras caloareas do rio Coi-uripe; no sal extrahido
toscos e mal perlencera á jurisdicção do de Assembléa (hoje yilla Vi-
lio leito do rin Traipii, quando secco, e em vasos
çosa). Em 18SÓ, por dispsição da Lei n. 1.107 de 20 da agosto,
acabados, fabricados em olarias existentes á margem do mesmo

i-io. Podia ser mais abundante a producção agrícola^, pois lhe foram outorgados os fóro3 de cidade. Foi clajsi ficada
com. de primeira entr. pelos Decs. ns. 4.941 de 30 de abril de
que para isso possue o mun. terrenos feracissimos .
Kntre-
tanto produz o mun. muito algodão que fórma a sua principal 1872 e 5.079 de 4 de setembro do mesmo anno. A pop. do mun.
fonte de riqueza agrícola. Engenhos de fabrico dé assiicar já deve orçar por 24.000 almas.
existem alguns, além de engenhocas em que se fazem rapa- PALMEIRA DOS PRETOS. Log. do Es-tado das Alagoas,
duras que, por bom preço e em grande quantidade, se vendem nas divisas da freg. de João da Egreja Nova.
nas feiras [)ara o sertão. Grande incremento tem tomado a
criação do gado vaccum e outros nas serras e catingas que
PALMEIRAL. Log. do Estado das Alagoas, no Pilar, em
para este mister são apropriadas. —Além das estradas antj- Santo .-intonio da Boa Vista e era S. João do Bolão.
gas que ligam o muu. aos circumvisinhos, que, em geral, nao PALMEIRAL. Log. do Estado da Bahia, no termo do
são más, por terem sido aproveitados para este íim. os tabo- Mundo Novo.
leiros, as várzeas e as paragens menos accidentadas,, não
«xistem outras via; de communicação no mun. —Borda o raan. PALMEIRAS. Villa e mun. do Estado de S. Paulo,
es-parochia do mun. da Casa Branca na com. do seu nome
em primeirj logar a cordileira da Palmeira dos índios, da Orago Santa Cruz e diocese deS. Paulo. Foi creada parochia
qual se destacam as serras dos Olhos d'.'Vgua, Verde, Coité e
pela Lei Prov. n. 146 de 10 de agosto de 1881 e elevada á villa
Lunga. O Traipú e o Coruripe sao os principaes rios que
pela de n. 48 de 20 de março de 1885. Sobre suas divisas vide:
atravessam o mun. mas que, infelizmente, seccara pelo verão.
,

Gallinhas, do Lei Prov. n. 26 de 10 de abril de 186õ n. 51 de 10 de abril


Depois delles contam-se os seguintes riachos :
;

de 1872, ar(. II da da n. 146 de 10 de agosto de 1881, n. 75


Sertão, Capueira, Salgado, Imbé, Doce, Macacão, Lunga,
Riachão, Riacho d'Aguv, Japão o de 6 de abril de 1885. Tem duaseschs. publs. de inst. prim.
Coròa, Paiiellas, Jacaré,
outros, que egualmento perdem suas aguas na estação calmosa.
Acha-se ligada pelo ramal de Santa Veridiana da E. de.F.
Quanto á lagoas, crescido é o numero das que alli existem, Paulista a Pirassununga Foi desmembrada da com. de Casa
.

cujas aguas, apanhadas durantí o inverno, nellas se conser-


Branca e annexada á de Pirassununga pela Lei a, 91 de 12 de
vam por algum tempo no verão, e servem de bebedouro para setembro de 1892. Creada com. pela Lei n. 306 de 20 de julho
o gado. Mencionaremos, enlre outras, as seguintes : lagôa dos de 1894. O mun. confina ao N. e a E.' com o de Casa Branca
Calde irões, Gavião, Gravata Amarello, Junça Comprida, En- pelo ribeiro Tubarana e rio dos Coeaes ao S, com o de Pi- ;

cantada de Cima, Coité, Areia, Riachão, Curral, Cabaços, rassununga e a O. com o de Santa Rita do Passa Quatro.
;


Pedra, Palanquoti, Melancias e Tatú. Templos. .\ egreja Os terrenos do mun. podem ser classificados eiii dous grupos;
1" terras baixas, campos ou cerrados geralinent? planos 2"
matriz, sob a invocação de Nossa Senhora do Amparo, tendo :

sido construída pelos annos de 1778 a 1780, tendo apenas de terras altas, pouco accidentadas, cobertas; de vigorosa vegetação
alvenaria a capella-mór, foi reparada em 1862, sendo em 1864 ostentando frondosas mattas nas partes ainda incultas. O mun.
demolida, encetando-se nesse anno a obra da reconstrucção é regado pelos rios Jaguary, das Pedras, Cocaes, Sant'Anna,
sob mais sólidos fundamentos, maiores dimensões,? mais bella Tubarana e Palmeira?, e perc irrido pela serra do Agudo.
apparencia. Mede eUe templo llõ palmos de comprimento A villa acha-se edificada em um planalto circumdado de campos
sobre 60 de largura, e apresenla agradável perspectiva, dez e mattas. Lavoura de café, cereaes, canna de assucar. Dista
arcadas no pavimento térreo entre o corpj da egreja e os oor- 300 kiJs. da capital do Estado, 19 de Casa Branca, 27 de Pi- '

radores lateraes, o é ornado de galerias ou tribunas no andar rassununga e 30 de Santa Rita do Passa Quatro. Aeha-se a
Superior. Possue ainda o mun., cujo território constítue uma seis kils. da estação da Lage, da E. de P. Mogyana.
só parochia, as siguinles capellas liliaes de Nossa Senhora
:
PALMEIRAS. Parochia do Estado do Rio de Janeiro, no
do Rosario, na cidade; de Nossa Senhora da Saúde, na po- mun. de Iguassú, regada pslo correio do seu nome e rio
voação (los Olhos d' Agua do Accioli/; da Divina Pastora, na SanfAnna. Orago Sant'Anna diocese de Campos. Foi creada
Palmeira dc Fora; de Nossa Senhora das Dores, no Riacho pela Lei Prov. n. 813 de 6 de outubro de 1855, que a constituío
Fundo dc^ Ciiiix; de Nossa Senhora do Rosario e S.. Felix, na com parte do território das fregs. do Paty do Alferes e de
Canna Fistula; de Nossa Senhora das Brotas, no povoado Sacra Família do Tinguá, do mun, de Vassouras. Segundo
Santa Cruz, e do Martyr S. S.-bastião, no Bonifacio. Além o Relat. do Visconde de Prados occupa essa parochia uma su-
destas, contam-se ainda as seguintes capellas particulaves : p?rrici3 de 437,80 kils. quadrados e tinha uma população livre
de Sant'.\.nna, no sitio Poço da Abelha, e a de Jesus, Maria e de 1.151 habs. Sobre suas divisas consulte-se a Portaria de 4
José, no cemitério da Serra Bonificio. — Antigo alde amento de outubro de 1850. Temeschs, publs. e agencia do correio.
dos Índios C/iucin-ih, que pelo meiado do século XVII alli se
estabeleceram desta circumstancia e da abundância de pal-
;
PALMEIRAS. Pov. do Estado do Maranhão, a uma légua
meiras que então havia em seus campos, tomou essa situação da villa de S. Bento dos Perizes. Teve uma capella.
o nome que aintla lii.je conserva Tendo o seu território feito
.

parte ila fregupzia d- Atalaia, não designam as cbronicas


PALMEIRAS. Pov, do Estado da Bahia, no termo do
Brejo Grande, com uma escli, mixta, creada pela Lei Prov.
antigas a data em que lhe foi conferido o predicamento de
n. 2.298 de 7 de junho de 1882.
parochia, constando apenas que de 1778 a 1780 fôra alli con-
struído um templo pn* frei Domingos de José. consagrado ao PALMEIRAS. Importante pov. da com. de Lavras Diaman-
Senhor Bom Jesus da Boa Morte, para o que obtivera"de tinas, no Estado da Bahia. Possue bom clima, minas de
D. Maria Pereira Goaçalvei e seus herdeiros a doação de meia diamantes e bons terreno» para lavoura. Foi elevada á dbst.
légua de terra para património, que até ao presente ainda não pela Lei n. 2.651 de 14 de maio de 1889 e á villa por Dec. de
foi legitimado. Consta ainda que em 179á foi reconhecida pelo 23 de dezembro de 1890.
poder competente a necessidade da creação de uma parochia PALMEIRAS. Log. do Estado da Bahia ,no dist. do Sururii
nessa aldeia; e do um assento no livro de casamentos, lan- e mun. da Conceição do Almeida,
. . .

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PALMEIRAS. Lindíssima e saluberrima localidade do PALMEIRAS. Rio do Eslado de Minas Gerais, trib. do
Estado do Ilio de Janeiro, no alio da serra do IMar, atravessada rio Abaeté pela margem dir., no mun. deste nome.
pela K. de F. Central do Brazil, que ahi tem uma estação,
situada entre as denominadas Serra e Rodeio, a 82's04S da
P.VLMEÍRAS. Córrego do Estado de Minas Geraes. desa-
gua no rio do Salitxv, aff. do Santo Antonio, que o é do
Capital Federal e a 326,'"I40 sobre o nivel do nlar. Entre •

Qujbra Anzol.
Belém e Palmeiras passa aquella ferro-via por oito t ineis,
sendo menor o 4 A, e entre Palmeiras e Rodeio por tres sendo PALMEIRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff.
maior 11. E' esse logar, pela sua elevaç<ão, excellencia de do rio SanfAnna, que o é do S. João; no mun. de Passos.
seu clima e purez i de suas aguas bastante procurado pelos PALMEIRAS. Córrego do Estado de Minas
doentes. O panorama que alii se desdobra deante do obser- Geraes. aff.
da margem dir. do rio Cai-andahy.
vador é talvez o mais bello de todos os que apresenta essa im-
portmte ferro-via. 11a ahi uma agíncia do correio. PALMEIRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha
o mun. de Lavras e desagua na margem dir. do rio Grande.
PALMEIRAS. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. di
PALMEIRAS.
Itap;cerica. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da
margem esq. do rio Santo Antonio, trib. do Somno, que o é do
PALMEIRAS. Bairro do mun. de Mogj'-mirim, no Estado Paracatú
de S Paulo
.

PALMEIRAS. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. da mar-


P.lLMEIRAS. Bairro do muii. do Cruzeiro, no Estado de gem esq. do rio Maranhão, acima do rio da Contagem. Em
S. Paulo, com eschoLis. suas cabeceiras é «lie denominado Tabocas, e mais abaixo, ao
PALMEIRAS. Bairro no mun. da capital do Estado de passar pelo pequeno arraial dos Monjollos, toma também esta
com ultima denominação.
S. Paulo, cscliolas.
PALMEIRAS. B.iirro do mun . do Paraliybuna, no Estado PALMEIRAS. Rio do Estado de Goyaz; nasce na Serra
de S. Paulo, com ascholas. Geral e deíaguv no rio da Palma.
PALMEIRAS. Log. do E^ítado de Santa Catharina, no PALMEIRAS. Rio do Estado de 'Matto Grosso, aff. dir.
mun. do Tubarão. do rio da Yaccaria, entre os ribeirões das Larangeiras e do
Matto.
PALMEIRAS. Bairro na cidade do Bom Succosso e Els-
PALMEIRA TORTA. Colónia dj Eslado do Maranhão,
tado de Minas Geraes. elevada a essa categoria pela Portaria presidencial de 15 de fe-
PALMEIRAS. Peqi eno pov, do Estado de Minas Geraes, vereiro de 1871. Acba-se no território da freg. da N. S. de
na freíf. de E^urquim e mun. de Marianna, com uma capella e Nazareth, mun. do Mearira. Estende-se descíe os primeiros
escholas. morros do rio Grajahú, seguindo por este acima, de um e outro
lado até o logar Pedra Preta. A séde da colónia, que fica na
PALMEIRAS. Log. do Estado de .Minas Geraes, no dist. margem esq. do mesmo rio, é feriil de peixe e caça. Plantação
de Santa Rita da Extrema e mun. deJaguary.
de inundioca e legumes. E' povoada por índios da iribu
PALMEIRAS. Praia no Districto Federal, entre as praias Guajajaras em numero de 150.
denominadas Formosa c S. Ciiristovão. Fica-Ilie defronte a
PALMSIRINHA. Log. do Estado do Ceará, no termo do
ilha dos Melões.
Craio.
PALMEIRAS. Ponla no Estado do Maranhão, á esquerda PALMEIRINHA. Arraial do Estado das Alagoas, no
(de quem entra) da bahia de S. Josá. mun. de S. Miguel dos Campos.
PALMEIRAS. Ponta na Ilha Grande situada no littoral PALMEIRINHA. Pov. do Estado da Bahia, no mun da
do Estado do Rio de Janeiro, na entrada da bahia de Lopo Jacobina.
Mendes.
PALMEIRINHA. Bairro do mun. de Tatahy, no Estado
PALMEIRAS. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de S. Paulo.
de Paraty.
PALMEIRINHA. Log. do Estado do Paraná, no mun. da
PALMEIRAS. Serra do Eslado de Pernambuco, na com, Campina Grande.
do Bom Conselho.
PALMEIRINHA. Pov. "do Estado de MinasGernes.no
PALMEIRAS. Riacho do Estado do Maranhão, corre para mun. de Tres Pontas, com uma esch. publ. de inst. prim.,
o rio Preguiças creada pelo art. 1" § 1" da Lei Prov. u. 2.395 de 13 de o.itubra
PALMEIRAS. Rio do Estado do Piauhy, trib. do Pa- de 1877.
rahim, alf. do Gurgueia, que o é do Parnaliyba. PALMEIRINHA. Morro no mun. de Goitá do Estado de
Pernambuco.
PALMEIRAS. Riacho do Eslado da Bahia, aff. do Ri-
PALMEIRINHA. Serrado Estado da Bahia, no mun. da
beirão, que é do rio Cocho,
Barra do Rio de Contas.
PALMEIRAS. do Estado do Rio de Janeiro,
Pequeno rio
PALMEIRINHA. Pequeno rio do Estado de Sergipe, ba-
rega a freg. do seu nome e desagua no SanfAnna pela mar-
gem esquerda. nha o mun. de Santa Luzia do Rio Real e desagua no rio
Guararema (Inf. Lic).
PALMEIRAS. Rio do Eslado de S.Paulo, aff. do Cooáes,
PALMEIRINHA. Rio do Estado do Paraná, banha o mun.
que o é do Jaguary.
de Campina Grande e desagua no Capivary Grande. Recebe
PALMEIRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, rega a os córregos Berrante e Capão Queimado (Inf. loc).
parochia do Bairro Allo e desagua no rio Parahyba.
PALMEIRINHA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da
PALMEIRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o margem esq, do rio S. Bartholomeu (Inf. loc).
mun. do Ribeirão Preto e desagua no ribeirão deste nome. PALMEIRINHAS. Pov. do Estado da Bahia, no Riachão
Nasce no morro do Cipó. da Jacobina: com uma esch. publ. de inst. prim.
PALMEIRAS. Rio do Estado de S. Paulo, aff. da mar- PALMELLA. Log. do Estado do Piauhy, no mun. de
gem esq. do Pardo, trib. do Paranapanema.
S. João do Piauhy.
PALMEIRAS. Rio do Estado do Paraná, aff. do rio
PALMELLA. Nome dado em 1763 ao Destacamento das
Guarakessava. Pedras Negras no Estado de Matto Grosso.
PALMEIRAS. Rio do Eslado do Paraná, banha o mun. de PALMELLA. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
Guaratuba e desagua na bahia deste nome (Inf. loc.^ Verde, que o é do Sapucahy. Recebe os ribeirões do Theodoro,
PALMEIRAS. do Estado de Santa Catharina, rega o
Pv,io da Serra, do Barreto, os córregos do Bacalháo e dos Panellei-
território da ex-coloniaAzambuja e desagua na margem esq. ros. Nasce na serra do Campo Grande, ramilicação da da.?-
do rio do Armazém, aff. do Raposa, que o é do Tubarão. Agrias Vin iosas.
PAL — 16 — PAL

rio do Estado de Goyaz, da cique, fado pouco commum nas nações selvagens e mesmo nas
I PALMELLA. Pequeno aff.
este do civilisadas. Teem por ella mais'que respeito, veneram-a e aca-
inar"em dir. do rio Pilões, r|iie o é do rio Claro e
lam-a como um ente superior. E' ella o arbitro, a regula-
Orande^O'1 Araguaya (Ciinlia Mattos. Itinerário.)
dora dos assumptos da tribu e a dispínsadora imparcial da
PALMELLA DOS COELHOS. Log. do Estado de Minas justiça. Divide o trabalho, recolhe e dispõe das colheitas, quer
Ge.-a'>s. n iiiiui.
) da Campíuiha, na sabida da cidade.com da cultura, quer da caça ou pesca, tirando parte para os ve-
lima ponte. lhos, meninos e doentes, parte para si, e entregando o resto
PALMELLAS. Lo,u'. do Estado de Matto Grosso, á margem ao trabalhador. Calcula-se seu numero em umas quatrocentas
dir. do rio .Madeira, p'roximo do salto do
Giráo. almas mas, segundo elles, já foram um povo considerável
;
;

PALMELLAS. K' nas vizinhanças do destacamento das Pe- fallando ainda com terror de uma moléstia cruel (talvez a va-
ríola de 1867), que os dizimou ha alguns annos, aterrorisando
dras Negras, aos 12oõt'S., que enconlra-se, hoj\ essa
tribii..

FJs'livera''in nas inarg.Mis do Baiires, tendo vindo de regiões que tanto o povo, que muitos fugiram e dispersaram- se em varias
vindo es- direcções. São de caracter dócil, pacíficos e trabalhadores, o
n.ão saljem c.vplicar. Ualii é que subiram o Guaporé,
fibeiecer-se no contraforte da cordillieira dos Parecys, a umas que de alguma sorte explica a doçura da sua linguagem. (Dr.
não deve ser S. da Fonseca),
seteou oitj léguas do destacamento. Tal noticia
inveridica, e com cerleza esse êxodo não vai mais
longe
PALMELLO. Igarapé do Estado do Pará, no mun. da ca-
de oiíeiUa annos, visto que delles nao faliam nem os diversos pital. Vai para o rio llapeourii,
navegadores do rio. n.nn ainda os que, romo .João Leuie do
Prado, em 1772, exploraram a ooriliUieir.i em Jjiisca de uni ca-
PALMER. Estreito ou canal na lagòa de Araruama do
Estado do Rio de Janeiro. E' artificial e parallelo ao do
n:i'nho por terra que ligass,- a capital com o forte do
Príncipe
da Beira. Ha poucos ann s appareceram à murgera do Gua-
Baixo.
poré, e entraram em relação com o pessoal do destaoamen'o e PALMERIM. Ri® do Estado das Alagoas, banha o mun.
com os n.ivegantes. Ssu idioma dilfere completamente dos fal- do Penedodesigna no rio S. Francisco.
e
ladoí pelas outras nações ribeirinhas teem m'iitos vocábulos
:

semelhantes aos dos Pacai^u iz-s, Mocetenes e Juracaréz po- — PALMINHAS. Lagòa do Estado do E. Santo desagua na ;

voi andinos e —
dos Acanás, Arecunas, Guayamure^ e outros margem esq. do rio Doce.

da nação Galibi ; entretanto, inclino-rne a crer que descendem PALMINHAS. Ribeirão do Estado do E. Santo, afl'. do rio
da grande familia dos Woxos, que d'Orbigny filia á raça das Doce, no mun. de Linhares.
nações Pampas. Mesmo em sua linguagem enconiram-se al-
PALMITAL. Pov. no mun. de Saquarema do Estado do
"uns termos port lez^s e muitos hespanhóes, recebidos sem
Pvio de Janeiro com escholas.
ciuvi la nas iuissih s. Sia phonetica é suave e qiiasi melodiosa,
;

dúctil e lirreiraiiicnte aspirada; assim, úhno, olhos, e ohúna, PALMITAL. Log. na freg. de Jaoarepaguá pertencente ao
nariz, tanto podcm-S3 traduzir na escripta com o h como sem Dist:icto Federal.
elle, tão branda é a aspiração da syllaba inicial. Os sons
que
PALMITAL. Dist. do mun. de Bragança, no Estado de
exprimimos com a letlra v, ora faz'^m-o com ella, ora com n, S. Paulo: com uma esch. publ., creada pela Lei Prov. n. 72
nu. ou Iiu exemplo, andar lig:iro, que dizem, cm, iita. igua
;
de 17 de j mho de 1881.
oxi ihna. O »% como na generalidade dos dialectos
americanos,
('sempre brando. Os Palmellas são agricultores e quasi que PALMITAL. Bairro do mun. de Lorena, no Estado de
vivem exclusivamenie d.^s vep:etaes que plantam, milho, man- S. Paulo; com uma esch. creada pela Lei n. 373 de 3 de se-
dioca, carás, inhames, abóboras, melões, laranjas, cannas, tembro de 1895.
mendubis, etc, sendo digno de nota que elles, os selvagens, PALMITAL. Bairro do disí. do Espirito Santo da Bôa
poasueni e cultivam espécies, como o mendubi, o melão e as Vi>ta, no Estado de S. Paulo; com uma esch. publ. creada
abóboras, que os civilisados, seus vizinhos, não t^em, nem bus- pela Lei n. 246 de 4 de setembro de 1S93.
cam ter. 'Criam gallinhas e patos, estes domesticados por el'es.
Por um descuido inexplicável e imperdoável, deixei de per-
PALiMITAL. Bairro do mun. da Bocaina, no Estado de
"untar-lhes o nome da sua nação. Serão os Herisoboconas, do S. Paulo com uma esch. publ. de inst. primaria.
;

Baures, ou provirão dos Mocetenes ou dos Taoanas, lá das PALMITAL. Bairro no mun. de Itapetininga do Estado de
escarpas occidentaes dos Andes ? O que é verdade é que tornam- S. Paulo: com uma esch. publ. de inst. primaria.
se dislinctcs pela coloração mais branda, quasi clara, de seu
epidemia. E' esse um dos característicos das nações Antisia-
PALMITAL. Bairro no mun. de S. Carlos do Pinhal, no
Estado de S. Paulo.
nas e Moxas. enconlrando-se a mesma particularidade^ em
outras Iribus mui afastadas do Brazil, taes como os Cauénas, -. PALMITAL. Aldeamento junto ao rio das Cinzas : no Es-
do rio Içá, os Tucunapebas e Araras, do Baixo Xingú, os tado do Paraná.
Aymorés, os Pomekrans, os Pamas citados pelo Dr. Alexandre PALMITAL.
Ridrigiies Ferreira, os Cranagés, por Gonçalves Dias, os Pa-
Pov. no mun. da Campanha do Estado de
Minas Geraes com uma esch. publ. de inst. primaria.
cajás c outros do Araguaya, pelo jesuíta João Daniel, que, no
;

seu Tlicsouro descoberto no rio Amazonas, diz se.em tão alvos PALMITAL. Log. do Estado de Minas Geraes, na freg. da
que só dideroni dos europeus em andarem nús e os Apiacás,
; cidade de Itabira com uma esch. publ. de inst. prim., creada
;

que o autor da Memoria da nova navegaçã} do rio jlrinos pela Lei Prov. n. 3.491 de 4 de outubro de 1887.
ati' à rillrj de Santarém, no Pará (Revista do Insfc. Hist. t. PALMITAL. Log. na freg. do Itambé do termo da Con-
XIX ), descrevi- como gente mui limla, e que, si se vestissem em
ceição do Serro, no Estado de Minas Geraes com uma esch.
vez de pintarem-se, pouco dilleririam dos brancos, SMido bem
;

publ. de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 3.116 de 6 de


alvos,, seu cabello Uno e macio, o nariz afilado, os olhos
outubro de 1883.
grandt'S, os dentes bonitos e bjni arranjados, etc. Entre os
Palmellas ha alguns nessas condições, verdadeiramente bran- PALMITAL. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. da
cos, (dlios garços ou azues, cabellos vermelhos como os dos Ta- Onça e mun. de Pitanguy.
canas, q'ie devem o nome a essa singularidade. São governa- PALMITAL. Pov. no dist. do B irity do termo de Sete
dos por uma mulher, que designam unicamiMite pelo qualifica- Lagòas, no Estado de Minas Geraes. A Lei Prov. n 3.162 de 18
tivo de H-nhora. iSão sabsra dizer sua idade, mas é de
.

de outubro de 1883 creou ahi uma esch. publ. de inst. prim.


pres iniir que regule dos quaronta aos sessenta annos. E' alia,
para o sexo masculino.
de cabellos que já foram castanhos, finos e sedosos, olhos
a/.ti^-s. Di-^lingutí-se ihis outras companheiras por um certo PALMITAL. Serra do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
que esp-cial nos modos e costumes, que revel.i os toques de do Rio Bonito.
uma tal ou qual civilisaçâo. Entretanto dizem queé n useida na PALMITAL. Rio do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
tribu e nunca dahi sahiu. Seu pii era hespanhol. Chama-
;
Mangaraliba.
va-se Ignacio, e fui quem os alleou e governou jior muitos
annoi, ao buscar.wn estas regiões, o esclhiu por companlirira PALMITAL. Rio do Estado do Rio de Janeiro, nasce na
uma das índias mais formosas, de queju houv.? essa filha. nome ou do Castelhano, recebe o Covanca e o Qui-
serra do sen
Morto, continuaram os Índios a respeitar na filha a autori- lombo, toma o nome de Maribondo, ao passar pelo logar do
dade do pai converteram-a em seu verdadeiro chefe ou ca-
: mesmo nome (no mun. de Araruama) e desagua no Regamé.
31.171
TAL - 17 — PAM

Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o Lava-pás, Falcão, Buracão, Caforlngue, Casa de Telha, Lage e
PALMITAL. Taveira. » Umoutro informante menciona essa ribeirão como
mun. do Ribeirão Preto e desng ia no ribeirão da Onça, ali. do aíf. do rio Santa Maria, trib. do Alagado, que o é
do Corumbá.
Mogy-guassú.
da margem PALMITAL. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem
PALMITAL. Córrego do Estado de S. Paulo, aff.
esq do rio Corumbá, trib. do Paranahyba. Nasce na matta
esq. do rio Mogy-guassú. abaixo
da Giboia, tem um curso superior a 30 kils. e desagua
PALMITAL. Ribeirão do Estado de S. Panlo, aff. do rio do porto de D. Eulália.
Taquary, que do Paranapanema.
o è
na PALMITAL. Cachoeira no Estado do Rio de Janeiro. Vai
PALMITAL. Córrego do Estado de S. Paulo desagua ;
para o rio Mantiquera.
margem esq. do rio Tietê, no espaço que medeia entre a cidade Lagoa no mun. de Santo Antonio da Pa-
de Lençóes e o salto de Avanhandava, próximo do no da Ba- PALMITAR.
trulha e Estado do R. G. do Sul. Communica com
elle um
a lagôa
talha e do rio do Butura. Affirmam-nos haver junto a Morro
outro do mesmo nome, tendo ambos uns 2™ de largo. da Pinguella por um estreito formado entre a ponta do
Alto e a costa opposta.
PALMITAL. Rio do Estado de S. Paulo nasce do morro ;

PALMITAR. Rio do Estado do Paraná, na estrada da


Ribeira de
do Ouro em Apiahy e desagua na margem esq. do
Iguapé. Graciosa.
PALMITAL. Córrego do Estado de &. Paulo, no mun. da PALMITAR. Rio do Estado de Santa Catharina, aff. do
Bocaina. Cubatão, do S. Francisco (Inf. loc.) Outros o men-
ciue o é
cionam do S. Francisco.
como aff.
PALMITAL. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha a villa
da Redempção e desagua no rio Parahytinga. Recebe o Pa- PALMITO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. da
moná. cidade do Araguary.
PALMITAL. Estado de S. Paulo, banha o
Ribeirão do PALMITO. Ribeirão do Estado do Paraná, aff. do rio Ne-
mun. do Cunha desagua no Parahybuna.
e gro; entre Lapa e S. José dos Pinhaes.
margem
PALMITAL. Rio do Estado do Paraná, desagua nanome PALMITOS. Morro do Estado de Minas Geraes, no mun.
de
dir. do Irahy, que depois de recebel-o toma o do Patrocínio.
Iguassu. PALMITOS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, atravessa a
PALMITAL. Rio do Estado do Paraná, no mun. de Gua- estrada de Lorena aSilveií-as,
rapuava. Recebe os lageados da Campina e do Avençar. Des- PALMITOS. Córrego do- Estado de Minas Geraes, aff. do
agua na margem dir. do Iguassu. rio S. Domingos, que o é do rio José Pedro.
PALMITAL. Ribeirão do Estado de Minas Geraès, no mun. PALMITOS. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o
de S. Miguel de Guanhães. Vai para o Corrente. dafreg. de Dores de Areado e desagua noLageado,
território
PALMITAL. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha aíf. do ribeirão "do Chumbo (Inf. loc.)
o mun. do Curvello e desagua na margem dir. do
no das
PALMYRA. Cidade e mun, do Estado da Minas Geraes,
Velhas. (Vigário Almeida Rolira). mun. de Barbacena, na com. de seu nome.
ex-parochia do
Simples dist.
PALMITAL. Pvio do Estado de Minas Geraes, aíf. do rio Oraeo S. Mi"-uel e Almas e diocese deMarianna. nome
do Peixe, que o é do Parahybuna no mun. de Juiz de Fóra_
:
do mun. de Santo Antonio do Parahybuna,
foi coin o
ao mun. de Barbacena
PALMITAL. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, entre de João Gomes incorporada essa poy
da Lei Prov. n. b6o de 27 de abril de lbo4,
i" § 2"
Varginha e Ti-es Corações. Reune-se ao ribeirão dos Tachos. nelo art
desmembrada da freg. de Chapáo dJUvas e incorpojacU
PALMITAL. Riacho do Estado de Minas G;raes, alll. do cidade de Barbacena pelo art. 2» §
2» da de n. 1.20o do 19 de
rio Canastra, que o é do Arassuahy no mun. de Diamanlina. parochia pela de
;
dezembro de 18(35. elevada á categoria de
de villa com o nome
(Inf. loc). n 1 458 de 31 de dezembro de 1867, e á
1; PalmTrapela de n. 3.712
de 27 de ulho de 1889. Sobro
PALMITAL. Ribeirão do Estado de Minas Geraes: nasce art. 2o da Lei Prov, ji. 1.729 de 5 de
ou ubro
nas terras altas que formam o divisor de aguas do rio
Grande i as divisai vide:
art. o" da de n 1.907
e é engrossado ^elas aguas que descem de
Nazareth e da fa- de 1870 n. 2 281 de 10 de* ulho de 1876:
085 de 24^ de dezem-
zenda cios Forros costeia as faldas da
;
serra do coronel Re- t 9 de i;iho del872; ar!. 3". da de n 2
de ISbO n- .>.272 de o)
rende, depois de passar pela fazenda da Cachoeira,
recebendo bro de 1874; n. 2.590 de 3 de .laneiro :

setembro de 18S7 Es açao


zntes alguns pequenos mananciaes entra na margem esq. do
; de outubro do 1884 n. 3.442 de 28 de Dua^ esui..
correio
aio das Mortes perto da estação de Nazareth. E' também
de- da E. de F. e telegraphica. Agencia do pela paroehia da
nominado Cachoeira. nubls de insis. prim. O mun. é constituído
Fui installada vil a a
cidade e pela de Dores do Parahybuna.
PALMITAL. Pvibeirão do Estado de Minas Geraes, nasce ?5 de fevereiro de 1890. Foi
creada com. por Acto de 20 de
,

na fazenda do Amargoso com o nome de Pinta-páe c desagua novembro de 1889 e declarada de 1^ «'itranc.a
pelo Dec^ n 218.

no Piranga, (tnf. loc). de 2 de maio de 1801 e Acto de 22


de fevereiro de 18J2. t oi
de 1800. Gomprehende
PALMITAL. Ribeirão do Estado de Minas Cieraes, aff. do elevada á Cdade pela Lei n. 25 de 4 março
rio Preto, que o é do Parahybuna. o pov. Pinho.
Colónia do Estado do Paraná, no mun.
de
PALMITAL. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, trib. PALMYRA.
do ribeirão d'Agua Limpa, que o é do Piau. S. João do Triumpho.
largo dos
PALMITAL. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, aff. PALMYRA. Ilha na lagòa de Araruama, no
Janeiro. E' a antiga ilha do
da margem dir. do Andrequicé, trib. do Parauna. (Inf. loc.)) Pitos- no Esi ado do Rio de pelohnadoengenhe.ro
foi dado
PALMITAL. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha Cy priàno. O nome de Palmyra
ribeirão S. Paulo, Dr. Julio Teixeira de Macedo.
o mun. de Theophilo Ottoni e desagua no
aíF. do rio Todos-os-Santos. PALOMBAS. Serra do Estado do R. G. do Sul, nas ca-
beceiras do arroio Ibicuhy-mirim.
PALMITAL. Córrego do Estado de Minas Geraes, aíT. do no
S. Miguel no mun. de" Theojjhilo Ottoni.
: PALPUM.Á. Nação indígena do Espado do Amazonas,
rio Juruá. (Araujo Amazonas).
PALMITAL. Ribeirão do Eslado de Goya/,, aif. do rio das
Pedras, que » ó do dos Ijugrcs e este do Uruhú. PAMARYS Selvagens quo actualmente habitam o médio
li nientaudo-se
especialmente
P.írás Vn-em nus ri^s,. I;,uns.
PALMITAL. Vlib.Mifio do Estudo de Goya/., alf. do Santa(> i;es ò t' rfUM,Ka .. Sn:w r:.lM.:,ssão
feitas nos lagOft cm
Maria, que o é do Corumbá (Cunha Mattos. J me farto)
Ir
As montarias de
Sr Josepli de Mello Muraes, em uma inf. com (|ue nos ob?.'-
l
.

ni; ; ^ oui:S Sao d.si,.,. ...aadoros,


ubás, sao por clles perte
-
ue se servem, e que t^m o nome de
quiou a respfito do mun. de Santa Luzia, assim descreve esse Estrahem productoa naturaos que psi-
ribeirão « Nasce na clitipada do Aterro e recebe á dir.
:

córregos Capitão do Matto, Quinta, José Esteves, Pai


os
Miguel, mS
timente trabalhadas.
poiMTiercadowas e bebidas! especialmente pela
cachaça.

DICC. OEOG. 3
. . .

PAN — 18 — PAN

PANAL, Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun. de


Aauellos que estão mais .-m contacto com a ri'ente civilisada
S. José do Norte.
andam vosluloB, voUando, porém, para as selvas retomara o
de queda a prumo, no
pelas muiesUas PANAMÁ. 10 metros rio
estado de nudez. São asquerosos e repellenles Salto de
piniados de bi-anco. Amazonas (Creveaus).
d- pellc de .iu-> sollrem. São manchados ou Pará, tril). do
Tomem muiio as iribus guerreiras e quasi nunca se batem. PANAÚBA. Ilha do Estado do Pará, fórma a ponta
PAMBÚ. Parochia do listado da Bahia, noraun. de Capim oriental da barra do Tocantins. Ahi existe um pharol fixo, 6»,
substituiu a 2õ' 40" O.
Grosso. O Uec. n. 3.017 do 30 de janeiro de 1863 diopirico, alcança sete milhas, a 1» 44' 30" S. e 51»
denominação de Pambú pela do Capim Grosso. Vide Cajjun dePariz. Foi acceso em outubro de 1860.
Oros.<'j
PANAÚBA. Rio do Estado do Pará, trib. do Jacundá, que
PAMBÚ. donominada uma das corredeiras do rio
E' assim desagua na bahia dos Boccas, no mun. do Bagre.
S. Krancisco. Kica próxima ás cachoeiras denominas Fougí e
Pambusiiiho.
PANCADA. Log. do Estado da Bahia, no mun. da Barra
do Rio de Contas.
PAMMA. Nação indígena da Mundurucania, no rio Ma-
deira (.Vraujo Amazonas).
PANCADA. Um dos saltos mais notáveis do rio Jary. Vide
Jarij.
PAMONÁ. Rio e morro do Estado de S. Paulo. O rio banha
o mun. da Redempção e desagua no Palmital, aft. do Para-
PANCADA ALTA. Cachoeira no rio Grdngogy, mun. da
Barra do Rio de Contas e Estado da Bahia. Dão-lhe 50 metros
hjtinga.
de altura.
PAMPA (1»), s. f. nome que na America Meridional de PANCADA GRANDE. Terceira cachoeira do rio Branco,
origem hespanhola, dão ás vastas campinas que servem de
pastagem a gados e animaes silvestres. A esses accidentes no Estado do Amazonas (Araujo Amazonas).
naturaes damos no Brazil o nome de campo: e só nos servimos PANCARAHY. Ilha no rio S. Francisco, próxima da de
do lormo Pampa quando nos referimos aos paizes em que é Santa Luzia, abaixo do Joazeiro e acima da cachoeira das
clle ns\ial A pampa argi^niina a pampa do Sacramento, ete.,
: ; Pedrinhas.
Elijm. K' voe. quicliua"(Zorob. Rodriguez), pampa (2"), adj.
inrovs. (nerid.) nome que dão ao cavallo que tem orelhas de
PANCARAHYBA. Ilha na bahia de Guanabara, nas pro-
ximidades da ilha de Paquetá.
cOres diflerentes, ou que tem um lado do corpo de cor diversa
do omro. ou o corpo de uma cor e a cabeça de outra, ou PANCAS. Ilha do Estado do Espirito Santo, no rio Doce,
qualquer parte notável do corpo de uma cor e o resto de outra : defronte da foz do rio do seu nome.
mas este ultimo melhor se pôde chamar bragado ou oveiro, se- PANCAS. Rio do Estado do Espirito Santo, nasce na serra
gundo a posição das manchas (Coruja). (B. Rohan. Dioc. cit.) Geral desagua na margem esq. do rio Doce, 15 kils. dis-
e
PAMPAN. Rio do Estado de Minas Geraes, aíí'. do Mu- tante da foz do rio Santa Joanna. O nome de Pancas foi-lhe
cury pela margem esquerda. dado em 1800 por obsequio ao conde de Linhares, que era
PAMPAS. Coròa na barra do rio S. Francisco, Estado de senhor de Pancas, em Portugal.
Sanla Calharina. Ahi collocou-se, ha tempos, na ponta mais PANDEIRO. Morro a NO. da pov. da Aldeia Velha ; no
saliente da coroa, para o lado do canal, logo ao entrar da mun. de Guarapary e Estado do E. Santo.
barra, uma boia de ferro pintada de encarnado, demorando a PANDEIRO. Riacho aff. do rio Pavnahyba. Desagua
ponta do Sumidouro por 50» NE., o pontal por 23» NE., a abaixo de Santa Philomena, entre os riachos Sucurujú e Je-
fortaleza por 42" NB. e a ponta do Arsenal por -IS" SO. Ao
nipapo.
NO. e 4-1'» distante da boia, encontra-se seis palmos de agua,
areia fina. PANDEIROS. Rio do Estado de Minas Geraes ; bahha o
termo da Januaria e desagua no rio Pardo.
PAMPEIRO, m. nome de um vento violento de SO.,
s.
cm parle da costa do Brazil e Rio da Prata. Etym. E' assim PANDEIROS. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. da
chamado porque sopra do lado da pampa meridional da Re- margem esq. do rio S. Francisco, na estrada de S. Romão
publica Argentina. p)ara Januaria, no mun. deste ultimo nome. « Tem, termo
médio, 36 palmos de largura, por elle sobem canoas 6 léguas
PAMPLONA. Ribeirão formador do Papagaio, trib. do
distante da sua barra.» (Halfeld).
Piranga, no Estado de Minas Geraes. ,

PAMPLONA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem


PANELLA. Morro do Districto Federal, na freg. de Jaca-
répaguá, no caminho cue vae para a lagôa. E' assim denomi-
esq. do i'ioS. Bartholoineu. (inf. loc).
nado pela fórma que tem.
PAMPULHA. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no num.
PANELLa. Riacho do Estado do Ceará, banha o mun, de
do Para hyli i do Sul
Santa Quitéria, e desagua na margem esq. do rio Jacurutú.
PAMPULHA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. PANELLA. Recife na costa do Estado da Bahia. No canal
do f^urral d'EI-Uei, hoje Bello Horizonte.
entre esse recife e o forte de S. Marcello ha um baixo de areia
PAMPULHA. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, aff coroado de pedras, no qual se encontram seis e meio metros
do rio Fagundes, que o ó doPiabanha, oeste do Parahyba. na baixa-mar das grandes marés. Demora esse banco, em
PAMPULHA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no relação ao pharolete de S. Marcello ou do Mar, por 44° NO. SB.
mun . dl' Sabará. na distancia de 1.200 metros ao de Santa Maria por 11° NE.
;

SO., e ao de Montserrat por 10° NE. SO. rumos verdadeiros.


PANA. Ilha do Estado do Amo.zonas, no rio Japurá, a O.
A 5 de abril de 1884 foi collocada no centro deste baixo uma
da ilha Meruim-Cucuhy boia pintada de prelo e encarnado em fachas horisontaes. De-
PANA._Ilha do Estado do Par/i, no rio Tocantins, na «ir- vem os navegantes delia passarem na distancia de 60 a 90
OUmscri]icão de Alcobaça e com. de Baião, próxima das ilhas metros de qualquer dos lados.
dos Sanios c Arcos. PANELLA DO DOURADO. Cachoeira no rio S. Fran-
PANACÚ. Ilha do Estado do Pará, no mun. do Giirralinho. cisco, próxima das cachoeiras denominadas Ferrete e Rio Em-
PANACU. Lago do Estado do Pará, desagua na margem pedrado.
esq. do rio Mancurú (II. Smith). PANELLAS. Villa e mun. do Estado de Pernambuco,
PANACUERA. Log. do Eslado
termo da com. de seu nome. Orago Senhor Bom Jesus e
do Pará, no mun. de
Igarapii-miry, com \ima osch. diocese de Olinda. Foi creada parochia pelo art. 1" da Lei
jiubl. oreada iiela Lei n. '.'(> de
18 dl! maivo do l,SO:i. Prov. n, 157 de 31 de março de 1840. Incorporada á com. do
lionilo polo art. .3° da Lei Prov. n. 212, do 16 de agosto de 1848.
PANACUERA. Pharolete do Estado do Pará. na lat. de Foi rebaixada de parochia pela Lei Prov. n. 274 de 7 de abril
1" 11' .3(1" do
.5» r,8' 25" O.
e luiig. Dioptrico, do ordem, luz de 1851. Desmembrada da freg. do Altinho c incorporada á
fixa, alcanço l:i Kils. Pretendia-se romovel-o para de Quipapá pelo art. 1° da Lei Prov. n. 508 de 29 dc maio de
a ilhota do
furo das Jararacas. 1861, que, eni sou art. 2", Iraiisferio a sede da freg. de Qui-
. . .

PAN — 19 — PAN
papá pai'a Panellas. Incorporada como séde da fregj de Qui- PANEMA. Ilha do Estado do Pará, na íoz do Amazonas.
papá ao termo do Bonito pelo art. 2» da Lei Prov. n. 61G de 9
de maio de 1865, Reduzida a diet. passou a constituir com
PANEMA.. Ilha do Esfcade do Rio de Janeiro, no mun. de
Paraty
Alagòa dos Gatos uma freg., cuja matriz foi a freg. de Qui-
papá, pelo art, 2<' da Lei Prov. n. 701 de 2 de junlio de 186ô, PANEMA. Igarapé no mun. de Monte Alegre do E,stado do
que.em seu art. 1" determinou que Quipapá tivesse como matriz Pará.
aquella que era em 1861. Continuaram, pois, a existir as fregs.,
de Quipapá e Panellas, a primeira com a matriz qu?. possuia
PANEMA. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. de
Vizeu e desagua no rio Gurupy.
antes da Lei Peov. n. 508, a segunda com a matriz que em vir-
tude dessa Lei tornou-se séde da freg. d? Quipapá. Foi com PANEMA. Igarapé do Estado do Pará: desagua no rio
a freg. Quipapá desmembrada da com. do Bonito e incorpo- Capim pela margem dir. aoS. do igarapé Carrapatinho.
rada ao termo e com. do Caruarii pelo art. 1° da Lei Prov. PANEMA. Igarapé do Estado do Pará, na ilha Marajó e
n. 720 de 20 de maio de 1867. Foi elevada á categoria de mun. de Monsarás desagua na margem esq. do rio Camará.
;
villa pelo art. 2° da Lei Prov. n. 919 de 18 de maio de 1870, E' mencionado na Carta levantada por José Velloso Barreto.
que consiituio o seu mun. com as fregs. de Panellas e Qui- Em uma informação que nos foi enviada de Monsarás lê-se
papá installada em 14 de novembro de 1872. Desmembrada da Capanema .
com. do Caruaru e elevada á categoria de com. p?lo § 4" art.l"
da Lei Prov. n. 1.093 de 24 de'maio de 1873 classificada de
;
PANEMA. Igarapé do Estado do Pará, na ilha Marajó;
primeira ent. pelo Dec. n. 3.635 de 16 de maio de 1874. Perdeu banha o mu.", da Ponta de Pedra e desagua no rio iMarajó-
a parocliia de Quipspá, que foi elevada á villa pela Lei Prov, assú.
n. 1,402 de 12 de maio de 1879. Tem eschs. publs. e agencia PANEMA. Pv,io dos Estados de Pernambuco e Alagòas, nasce
do correio. no primeiro e desagua no segundo no rio S. Francisco. Vide
PANELLAS. Ipanema.
Pov. novae florescente, situàrla á 90 kils. da
cidade do Natal, capital do Estado do R. G. do Norte. E' im- PANEMA.* Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. da
portante por sua lavoura de algodão, sendo seus habitantes Conceição de Itanhaem e desagua no rio Preto. (Inf. loc).
laboriosos. Durante a secca de 1877 foi victima de grande in- PANEMA DO NORTE. Rio do Estado do Paraná, no mun.
fortúnio. Tem uma esch. publi. de inst. prim. restaurada
* de Guarakessava desagua no rio deste nome.
pela Lei Prov. n. 935 de 21 de março de 1885. ;

PANELLAS. Pov. do Estado do R. G. do Norte, no mun.


PANEMA DO SUL. Rio. do Estado do Paraná, no mun.
de Guarakessava, desagua no rio Serra Negra.
de Curraes Novos. Ha um outro pov. do mesmo nome no mun.
de Macahyba. PANEMA GRANDE, Igarapé do Estado do Amazonas, no
dist. de Taruman e mun. da capital.
PANELLAS. Pov. do Estado do Paraliyba do Norte, no
mun. de Sant'Anna do Mattos, sobre a serra deSant'Anna. PANEMINHA. Log. do Estado do R. G. do Norte, no
mun. deMossoró. (Inf. loc).
PANELLAS. Pov. do Estado das Alagoas, no mun, da Pal-
PANENUAS. Sylvicolas que habitavam o rio Negro, no
meira dos índios
Estado do Amazonas. (Noticias Geographicas da Capitania do
PANELLAS. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. de Ga- Rio Negro pelo cónego André Fernandes de Souza).
raríi.
PANGA. Rio do Estado de iMinas Geraes, entre Monte
PANELLAS (Serra das). E' assim tradicionalmente conhe- Alegre e Santa Maria. No tempo das chuvas obsta completa-
cido um morro alto, situado umas cinco ou seis milhas ao NO. mente o transito. Atravessa a estradá de Uberaba a Monto
de Piratiny no Estado do R. O. do Sul. E" um dos mais altos
; Alegre.
daquellas redondezas e compõe-se de gneiss e granito. Dá
origem a diversos arroios. PANGAMONHA. Pov. do Estado das Alagòas, na Barra
do S. Miguel.
PANELLAS. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Soli-
PANGARE. Bairro do mun. da Lapa do Estado do Paraná.
mões, próxima e acima da foz do rio Tonantins. Ha ahi um
baixio. PANGARÉ. Rio do Estado do Paraná, afíi. do rio da Vár-
zea entre Lapa e S. José dos Pinhaes.
PANELLAS. Riacho do Estado das Alagoas; nasce no ;

termo do Bom Conselho (Pernambuco) e desagua na margem PANGARITO (Pico do). Na freg, de S. Sebastião da Matta,
dir. do rio Coruripe. mun. do Muriahé e Estado de Minas Geraes. (Inl'. loc).

PANELLAS. Córrego do Estado da Bahia, afT. da margem PANGAUHA. Serra do Estado de Pernambuco, no mun.
esq. do rio Pardo, que é trib. do Oceano. do Limoeiro, (Inf. loc).
PANELLAS. Córrego do Estado do Ricde Janeiro, b:inha PANNO GROSSO. Serra do Estado do Maranhão, no mun.
o mun. de Capivary e desagua no rio S. João. de Vianna.
PANELLAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, afT. do rio PÁNO.Nação indígena do Estado do Amazonas, no rio Ja-
Ribeira. Amazonas).
vary. (Araujo
PANELLAS. Cachoeira no rio Jequitinhonha Eslado de ; PANORAMA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do
Minas Geraes, entre as do Angolim e Labirintho. Deve ahi Bom Jardim
terminar a E. de F. do Jequitinhonha, contractada em 24 de PANORÉ. (S. Jeronymo de). Aldeamento do Estado do
abril de 1881.
Amazonas, no XJaupés. Era, em 1884, habitado por 330
rio
PANELLAS. Corredeira no rio Parnahyba, entre as cidades Índios da nação Tariana. (Relat. do Dr. Th. Souto).
de Tlieresina e Amarante. PANORÉ. Cachoeira no rio Waupés, afll. do Negro, a
PANELLAS (Cachoeira das). Vide Guajará-mirim. 276'S200 metros distante da foz.
PANELLEIROS. Log. do Estado de Minas Geraes, na freg. PANTA. Riachão do Estado do Ceará, entre Baturité e
de Santa Maria e termo deltabira, Redempção.
PANELLEIROS. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. PANTALEÃO. Paraná do Estado do Amazonas, no rio
da margem esq. do ribeirão Palmella, trib. do rio Verde. Autá-assú.
PANELLEIROS. Lagòa na freg. da Venda Nova e mun. de PANTANAL. Estação da E. de F. do Norte, no Rio de
Sabará ; no Estado de Minas Geraes. Janeiro, entre as estações de Sarapuhy e S. Bento.
PANELLINHA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, p issa PANTANAL. Córrego do Estado de Goyaz, afl', do rio
palo uum. da Cruz Alta e desagua no arroio Conceição, trib. Vermellio, que o ó do S. Bartholomeu,
do Ijuhy Grande. PANTANALZINHO. Ribeirão do Estado do Matto Grosso,
PANEMA. Serra do Estado do Pará, no mun. de Santarém. air. do rio Novo, que o ó do Arinos,

i

PAN — 20 -= PÃO

termo de Cas- PANTOJA. Ilhota situada a O. da ilha Maraoassumé ; na


PANTANO. Log. do listado do Coará, no
costa do Estado do Maranhão.
cavel .

Simão, no Estado de PANTOJO. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. de


PANTANO. nairr.T do num. de S.
S. Roque.
S. Paulo, om oscliolas.

PANTANO. Pov. do Kstado de Minas Garaes, no mim. de


PANTOJO. Morro do Estado de S. Paulo; é uma das
Antonio do Monte. eminências mais notáveis da grande cordilheira que atravessa
Inhaiinia. aiit. Sinto
o O. do Estado.
PANTANO. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. da PANTOJO. Pequeno rio do Estado de S. Paulo, banha o
CoMc.'i',-ão da Estiva c mun. de Pouso Alegre.
mun. de S. Roque e vae desaguar no Guaynumby, mais tarde
PANTANO. Estação do ramal 1'erreo Desíalvadense no ;
Potribú.
Estado de S. Paulo.
PÃO D' AGUA. Ilha situada no rio Parnahyba, próxima
PANTANO. Estação da E. de F. Leopoldina, em Minas ás ilhas denominadas Poções e Macambo.
Oeraoi, entre S. José e Volta Grande. Uma estrada de rodagem
Jiga-a ao Porto Velho do Cimlia. No_ Estado pronunciam PÃO DE ANGÚ. Serra do Estado de Minas Geraes, no
Pantano. Tem agencia do correio e estacão telegraphica. mun. de Lima Duarte.
PANTANO. Morro no mun. do Ribeirão Preto do Estado PÃO DE ASSUCAR. Cidade e mun. do Estado das Ala-
de S. Paulo. goas, Eède da com. do seu nome, situada sobro um sólo
plano e muito arenoso, á margem esq. do rio S. Francisso,
PANTANO. Serra do Estado de S. Paulo, entre o mun. abaixo do morro do Cavallete, sobre a várzea, entre as lagoas
de liragança e o do Amparo. E' muito fértil e própria para
café.
do Porto e do Pão de Assucar. —
Consiste o movimento com-
mercial da cidade na importanção de mercadorias e géneros
PANTANO, Serra no mun. de Caldas do Estado de Minas de procedência estrangeira e do outros Estados do paiz, de
Geraes. que os negociantes looaes se abastecera nas praças do Penedo
PANTANO. Ilibeirão do Estado de S. Paulo; desagua no e da Bahia, e os revendem em suas casas de negocio, para o
rioMogy-Guassú próximo da Ponte do Amaral. Banha o centro do mun. e de outros limitrophes. Ha também a expor-
mun. de Belém do Descalvado. tação em escala já bem considerável para as ditas praças, de
algodão em rama, paina ou lã de barriguda, feijão, milho,
PANTANO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, alT. do rio
arroz, mamona, couros, sóla e palies miúdas cortidas e em
da Onça. Cabello. Quanto a industria, limita-se aos cortumes de pelles
PANTANO. Córrego do Estado de S. Paulo, aíf. do rio da existentes em diversas localidades do mun. aos diílerentes
Batalha. maohinismos para o descaroçamento do algodão e fabricas de
PANTANO. Correfo do Estado de Minas Geraes, aff. do extracção de oleo de rícino. A —
uberdade do sólo nos togares
Parahyba ; no mun. da Leopoldina. próximos das serras otferece margem para o cultivo do algo-
doeiro e de toda a espécie do gramíneas e legumes, do que sa
PANTANO. KibMrão do Estado de Minas Geraes, no mun. fazem avultadas colheitas e constituem, especialmente o algo-
de Pouso Alegre. Nasce no bairro dos Lopes, attravessaa freg. dão, a maior fonte de riqueza agrícola no mun. Nas várzeas
da Conceição da Estiva e desagua no rio Mandú. e lagòas, que são inundadas pelas enchentes periódicas do rio,
PANTANO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o cultíva-se o arroz que produz abundantemente, e delle se faz
mun. do Caldas e desagua no rio Jaguary. crescida exportação. Na serra do Pão de Assucar, onde a
vegetação ó de uma fecundidade luxuriosa, a canna de assucar
PANTANO. Nome iom que nasce o rio Piranhas, aff. do rebenta e desenvolve-se com um viço admirável. A maior
Cayaposinho; no Estado de Goyaz. (Baggi, O Far-IVest do parte desta serra ó coberta por vastos pinheiraes, que, espon-
JJrazU.)
taneamente e sem cultivo, brotão do sólo 6 produzem, na esta-
PANTANO. Rio do Estado de Goyaz, nasce na serra Ne- ção própria, saborosíssimas pinhas que se vendem por preço
gra o desiigua no rio Piranhas. Tem nas cabeceiras o nome insignificante na cidade, e são remettidas em grande quaniidade
do Bom .Tardim. Recebe pela dir. os ribeirões da Serra Ne- para o Penedo. Com relação á pecuária, possue o mun. im-
gra c Cervo (Baggi, O Far-Wcst do Brazil.) portantes fazendas de gado vaccum, lanígero o caprino, das
PANTANO. quaes se exportam em grandes boiadas para o abastecimento
Rio do Estado de Goyaz, aff. da margem
esq. d(] rio S. Marcos, trib, do Paranahyba, de diversos mercados do Estado, inclusive o da capital. Pre-
parão alli muito bem excellente e saborosíssima carne secca
PANTANO. Ribeirão do listado de Matto Grosso, aíf. dir. que se exporta semanalmente para as feiras de Propriá
do
acima do
l'rtraná, entro o de
salto de
S;mla Quitearia e o do Bebedouro,
Urubupungá.
(Estado de Sergipe) e para Penedo. — Em
alguns lagos e
várzeas próximas da cidade acham-so soterrados, em pequena
PANTANO. Rio do Estado de Matto Grosso, trib. do rio de profundidade, enorme profusão de ossos fósseis de pachyder-
Parcilão, Atravessa a estrada para Goyaz, entre os do Piçarrão mes antedíluvianos de formatos e tamanhos colossaes. Grande
e dos Mutuns, distantes cada um
dous kils. (Dr. S. da Fonseca. quantidade de taes fósseis foram remettidus ha muitos annos
Diec. cit.) para o Museu Nacional no Rio de Janeiro, onde toem sido
aualysados por naturalistas, inclusive o sábio Agassis, que
PANTANO. Riljoirão do Estado de Matto Grosso. E' uma fez remontar a existência destes mastodontes ha mais de cinco
das cabocoirus do Tíiquary.
mil annos. — Não faltando Jios péssimos o escabrosos cami-
^
PANTANO. Corredeira no rio INIogy-Guassú do Estado de nhos vicinaes de communicação por terra com os muns. limi-
S, l';uil(i, dclronto da foz do ribeirão do seu nome. Tem 460 trophes, s. única via do communicação larga e franca, exis-
moiros de comprimento o dista kils. da corredeira do Ga- tente é a que se faz por agua em canoas, lanchas e nos vapo-
viãosniho. res fluviaes que tocam no porto da cidade, quer na ida quer
PANTANO DO SUL. Log. do Estado de Santa Catha- na volta de suas viagens semanaes do Penedo até Piranhas.
rina, na freg. do Ribeirão; com iima esch. publ. de inst. Além de S. Francisco, a cuja margem ostenta-se a cidado, e
prim. para o sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. Sõ9 que banha o mun. servindo-lhe de extrema em um percurso
do 4 de fevereiro de iSSO. de cerca de nove léguas, .os poucos rios qur existem, correm
apenas alguns dias no anno, durante as enxurradas do in-
PANTANO GR,ANDE. Locr. no mun. do Rio Pardo do Es- verno e trovoadas, depois secoam absolutamente. Diversos la-
tado do II. C. (lo S il. gus existem quasi todos próximos á margem do grande rio,
1'ANTANOSO. Log. do mun. de Cangussíi do Estado do jnas de pequena extensão e insignificante profundidade. Os
R. G. do Sul ; com uma esch. pub. do inst. prim., creada principaes são :lagóa do Curral do Fóra, do Limoeiri>, do
I.ela l,pi Prov. n. 1.4(51 de 30 do abril do 1884. Santiago, Espinhos, Lagòa Grande, Redonda, da Porta, Tra-
PANTANOSO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha
hirase da ilha do Ferro. —
A penedia de Paulo -Afíonso que
desce da caolioeira do mesmo nome até á cidade do Penedo,
o mim (lo Cangussú e desagua no rio Gamaquan, trib. da atravessa do poente para o nascente todo o mun. do Pão
lagoa doa Patos,
do Assucar, ao longo da margem do rio S. Francisco. E' for-

PÃO — 21 -= PAP

mada por montes pedregosos, áridos e completamente estéreis. tencente ao systema de Anhanvahy, que por ahi se estende
A duas léguas da cidade, levanta-se alterosa a grande serra num trecho de 12 kils. e com uma ilha montanhosa a meio
do Peão de Assacar, que mede cerca de duas léguas de esten- rio e outro morro em frente, na margem, dir., formando a
Scão, em cujas proximidades e nella mesmo se encontram paragem denominada Fecho dos Morros. O nome do Pão de
terrenos feracissimos e muito cultivados. Co.ntam-se também Assucar foi dado pelo engenheiro Ricardo Franco, em 1786.
depois desta as serras da Gamelleira, João Leite, Xeséo, Ta- PÃO DE ASSUCAR. Lagoa do Estado das Alagoas, no
borda, Ouricury, Agreste, Chitroá, Aguasinha e Morruá. mun. de seu nome.
A população do mun. orça por 14 a 15 mil almas. Tem quatro
eschs. publs. de instrucção primaria e agencia do correio. PÃO-DE-DOT. Morro do Estado do Paraná, na estrada da
No mun. ficam a parochia de N. S. da Saúde de Piranhas Graciosa, próximo dos morros denominados da '^Bóa Vista e
e os povs. do Limoeiro, com uma capella de Jesus Maria José; Emendados.
do Campo Alegre, com unia capella de N. S. da Luz de Santo ;
PÃO DOCE. Lagôa do Estado do E. Santo, na margem
Antonio do Jacaré, de Ipoeiras e Jacarezinho. Orago Santís- dir. do rio Doce, com quem coramunica por um pequeno rio ;
simo Coração de Jesus, e diocese de Olinda, Foi creada paro- entre as lagoas do Pau Gigante e do Limão. algumas Em
chia pela Lei Prov. n. 227 de 11 de junho de 1853. Villa cartas figura com o nome de Anadia.
pela Je n, 233 de 3 de março de 1854 installada em 7 de
;

agosto do mesmo anno. Cidade pela de n, 756 de 18 de junho PAPA. São assim denominadas duas ilhas situadas no rio
de 1877. Creada com. pelas de, ns.681 de 24 de abril de 1875, Parnahyba, pouco abaixo da cachoeira do Tronco.
e 737 de 7 de julho de 1876, e classificada de primeira entr. PAPA-ARUA. Igarapé do Estado do Pará; desagua no
pelo Dec. n. 6.329 de 20 de setembro de 1876. Deve o Pão de rio Cap)im pela margem dir., entre os igarapés Arumanduba
A ssucar á denominação que, desde o começo de seu pov. e Caranadeua.
adoptaram os respectivos habitantes, ao facto de achar-se
muito próximo do morro do Cavallete, cujo aspecto e configu- PAPACAÇA. Parochia do Estado de Pernambuco, no mun,
ração asemelha-se perfeitamente a uma forma das que ordina- de Bom Conselho. Orago Jesus, Maria, José e diocese de Olin-
riamente se empregam para purgar e clarificar o assucar. da. Foi creada parochia pelo art. II da Lei Prov. n. 45 de
12 de junho de 1837. Passou a ser séde do mun. de Corrente
PÃO DE ASSUCAR. Log. do Estado do Ceará, no termo pelo art. II da Lei Prov. n. 204 de 26 de julho de 1848 essa ;

de S. Francisco. disposição foi, porém, revogada pelo art. IV da de n. 239 de


PÃO DE ASSUCAR. Pov. do Estado de Pernambuco, na 30 de maio de 1849, que extinguiu omun.de Corrente e trans-
com. de Cimbres, de cuja villa dista cerca de 24 kils. e feriu para Papacaça a séde da freg. de Corrente. Foi elevada
30 da cidade de Pesqueira. Está situada entre as serras á categoria de villa com a denominação de Bom Conselho pela
de Ororobá e Acahy, junto á margem do rio Ipojuca. Tem Lei Prov. n. 476 de 30 de abril de 1860. Y ide Bom Conselho.
uma capellinha, e umas 20 casas de habitação. PAPACAÇA. Serra do Estado de Pernambuco, distante
PÃO DE ASSUCAR. Morro na cidade de Ipú do Estado tres kils. da Bom Conselho. Tem 12 Kils. de compri-
villa do'
do Ceará, á dir. do riacho Ipuçaba (Inf. loc.) mento, estende-se de E. jDara O. e produz milho, feijão, man-
dioca, algodão, etc.
PÃO DE ASSUCAR. Pico elevado da cordilheira qu?
atravessa o mun. de Maragogipe no Estado da Bahia; ^ PAPACACINHA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
margem dir. do rio Paraguassú, defronte da Cabeça de Negr° de Bom Conselho.
«Parece que a natureza previdentemente ali o collocou para PAPACACINHA. Córrego do Estado de Pernambuco,
indicar a existência daquelle recife ». banha o mun. de Bom Conselho e desagua no rio Parahyba,
PÃO DE ASSUCAR. Morro de forma cónica, na margem na Barra do Brejo. B' formado pelas aguas dos riachos Pery-
meridional da bahia do'Espirito Santo, no Estado deste nome pery ou S. Romão, Ortiga e riacho Secco. Recebe o Arabary,
Fica defronte do forte S. João. Baixa da Lama, Lava-pés e Pires (Inf. loc).

PÃO DE ASSUCAR. Serra do Estado do Rio de Janeiro' PAPA-CAPIM. Rio do Estado das Alagoas, afF. do rio
no mun. de Macabú. Mundahú.
PÃO DE ASSUCAR. Penhasco enorme que se ergue na PAPA-COBRAS. Log. do Estado dc Minas Geraes, no
entrada da bahia de Guanabara. Está a 385 metros acima do ramal férreo de Ouro Preto. E' um dos pontos mais bellos
nivel do maç. A roeho que o fórraa é de gnéis porphyroide, dessa estrada, pelo esplenxlido panorama que de toda a parta
tsndo porem chrystaes de feldspatlio rosa muitas vezes e ou- goza-se, e também um dos mais frios.
tras trigueiro. Esse giganta de pedra, como o denominou o PAPA-COBRAS. Serra do Estado de Minas Geraes, na
poeta lyrico Gonçalves Dias, tem excitado a admiração de freg. da Cachoeira do Campo.
todos quantos o contemplam. Visto da praia de Botafogo se-
melha a cabeça de um animal de enormes proporções, cujo PAPADUÇA. Riacho do Estado de Pernambuco, no mun.
dorso é formado pela Urca, Goncalves Dias, no seu Gigante do Cabo.
de Pedra, consagra-lhe os seguintes versos : PAPAFIjSTA. Log. do Estado das Alagoas no mun. da
Victoria.
Co os braços no peito, crusaclos, nervosos.
Mais alto quo as nuvens, os ceus a encarar PAPAGAIO. Antigo dis. da freg. do Curvello, no Estado
Seu corpo se estende por montes fragosos de Minas Geraes. Annexado á parochia da Immaculada Con-
Seus pés sobranceiros se elevam do mar! ceição do Morro da Garça pela Lei Prov. n. 1.272 de 2 da
janeiro de 1866 ; desta desmembrado e incorporado ao dist. da
E o céo, e as estrellas e os astros fulgentes
então villa do Curvello pela de n. 1.526 de 20 de julho de 1868.
São velas, são tochas, são vivos brandões
E o branco sudário são névoas algentes Tornou-se séde da freg. do Morro da Garça pelo art. IV § II da
E o crepe que o cobre são negros vulcões. Lei Prov. n. 1.635 de 15 de setembro de 1870. Constiiuida pa-
rochia pela Lei ultima flcou-lhe pertencendo o dist. do Morro
E na montanha, deitado, dormindo
lá da Garça até 1873, anno em que o art. VII da Lei Prov.
Campeia o gigante —
nem pode acordar! n. 2.002 de 15 de novembro, tirou-lbe esss dist. que foi in-
Crusados os peitos de ferro fundido corporado á parochia do Curvello. Na categoria de parochia
A fronte nas nuvens, os pés sobre & mar
coaservou-se até que em 1875 a Lei Prov. u. 2.107 de 7 de ja-
neiro, revogando a Lei n. 1.635 transferio para o dist. do
PÃO DE ASSUCAR. Serro pertencente ao grupo da serra Morro da Garça, que foi desmembrado da freg. do Curvello, a
dos Tap?s, na lat. de 30» S. no Estado do R. G. do Sul.
;
séde da parochia de N. S. do Livromento do Papagaio que
passou a denominar-se freg. da Immaculada Conceição do
PÃO DE ASSUCAR. Serra do Estado de Minas Geraes, Morro da Garça. Rebasada de parochia, continuou como sim-
nas freg. do Abre Campo.
ples dist. até 1882, anuo em que o art. I § IV da Lei Prov.
PÃO DE ASSUCAR. (Morro do). Montanha de forma n. 2.995 de 23 de setembro elevou-a a parochia com a invoca-
cónica, alta de 412™, tres kils. distante da mai'gem esq. do ção de N. S. do Livramento e incorporou-lhe o dist. do Pilar.
rio Paraguay e a mais notável num grupo de montanhas per- Tem duas eschs. publs. de inst. primaria., creadas pelos
. . '

PAP — 22 — PAP

da Lei Prov. n. 2.478, cie 9 de novembro de 1878.


e II
PAPAGAIO. Ilha do Estado do Maranhão, é estreita ainda
arls. I
que com sete kils. de extensão. Fica ao N. das ilhas de Igoro-
Agencia d» correio. nhon e Caeira, e ao S. da ilha grande do Paulino, que íica-
PAPAGAIO. Pov. no mun. de Sanla Helena do Estado do Ihe muito mais pjroxima, posto que delia separada por um
Maran hão. largo igarapé.
PAPAGAIO. Log. no mun. da capital do Estado do Rio PAPAGAIO. Ilha do Estado do E. Santo, no rio Doce,
Grande do Norte. entre a pov. de Linhares o porto do Tatii.
PAPAGAIO. Log. no termo de Serinliaem do Estado de PAPAGAIO. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, na freg.
Pernambuco. da Ribeira e mun. de Angra dos Reis.
PAPAGAIO. Log. do Estado das Alajôas, Maragogy. era
PAPAGAIO. Rio do Estado do Ceará, banha o mun. de
PAPAGAIO. Log. do Estado da Bahia, no mun. da Barra Ipueiras e desagua no Jatobá.
do Rio de Contas. PAPAGAIO. Riacho do Estado do Ceará, banha o mun.
PAPAGAIO. Log. do Districto Federal, na freg. de Jaea- de S. Francisco edesagua no Caxitoré, trib. do Curú.
repaguíi
PAPAGAIO, Riacho do Estado de Pernambuco, aíf. do rio
PAPAGAIO. Log. da freg. de Maravilhas do Estado de Ipojuca, no mun. da Escada.
Minas Geracs, cour uma esch. puhl. de inst. prim. creada
'

PAPAGAIO. Riacho do Estado da Bahia, no mun. de


pela Loi Prov. n. 2.597 de 3 de janeiro de 1880.
Santo Amaro.
PAPAGAIO. Log. no mun. de Carangola do Estado de PAPAGAIO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do
Minas Gi^raes.
rio SanfAnna, trib. do rio Casca.
PAPAGAIO. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun.de
Santo Anionio do Machado ( Inl'. loc.) PAPAGAIO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aíf. do
rio Machado.
PAPAGAIO. Serra do Estado do Piauhy, no mun. de Santo
Antonio de Oilbués. PAPAGAIO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes; nasce
na serra das Taipas, e após 24 kils. de curso desagua no rio
PAPAGAIO. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Santa Piranguinha.
Quitéria.
PAPAGAIO. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. da mar-
PAPAGAIO. Serra do Estado de Pernambuco, próxima da gem esq, do Carangola.
margem esq. do rio S. Francisco e da pov. dos Mandantes,
a .500"' acima do nivel do mar. Tem o seu rumo do rio para PAPAGAIO. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. do rio
o oriente e compõe-se de grés. «Nas immediaoões delia, diz Jacú, que o é do rio Crixá-mirim.
Halfeld, em direcção ao sitio da Egrejinha, achei interessantes PAPAGAIO. Ribeirão do Estado de Mat^o Grosso, aff. do
e preciosas amostras de onix».
rio Verde. Recebe o córrego do Tucano.
PAPAGAIO, Pico da serra da Tijuca, no Districto Fe-
PAPAGAIOS. Log. do Estado do Amazonas, no dist. das
deral .
Abelhas, no rio Purús.
PAPAGAIO. Serra no mun. de Ubatuba do Estado de
PAPAGAIOS, Ilhas do Estado do Pará, no lago grande
S. Paulo.
do Amapá,
PAPAGAIO. Sárra do Estado de Minas Geraes, ao S. de
PAPAGAIOS, Ilha do Estado do I^ará, dentro da enseada
Ayuruosa, jiiucto ás margens do rio deste nome. «O Papagaio,
diz o l)r. Franklin Massena, prolongando-se para O. bifurca-
denominada Manamaná, no rio Nhamundá.
se para SC, dando origem ao Gamarra, cuja cadèa despren- PAPAGAIOS. Ilha do Estado do Pará, no mun. da Vigia'
do-se do Itatiaya em um raio de 5 % léguas em linha recta. na foz do rio Tauá.
.Taz o Papaicaio na lat. de 22" 28' S. em uma altitude de
7.000 sobre o nivel do Oceano e a 2.466 pés sobre as margens PAPAGAIOS. Ilha do Estado da Bahia, no littoral, entre
do Ayuruoca. Corapõe-se de enormes massas de granilo que a de Garapeba e a dos Porcos.
constituem 10 montes prinoipaes de E. para O. e um elevado PAPAGAIOS. Ilha do Estado do E. Santo, -defronte do
campo ao S, do rochedos que constituem o ponto mais alto morro Jabituruna, que fica-lhe ao S.
destes logai-es. A lurmalina negra, granada roxa e rubim se
observam nas camadas auriferas que foram rolladas do Papa- PAPAGAIOS. Ilhas do Estado do Rio de Janeiro, defronte
gaio, formando em sua baso uma zona dequartz hialino, silex da costa do mun. de Cabo Frio. Mouchez diz » Deante da :

granítico, hial aiito, hialoturmalito. O peróxido de ferro, e o costa de que acabamos de tratar existe uma serie de ilhas di-
peroxiilo do manganez com o tilan bordam as fraldas do Pa- rigindo-se exactamente em linha recta aoN. 55° E, para a
pairaio. Esta serra é distincfa por três cascatas soberbas talvez ilha Ancora, quasi parallelamente á costa e formando um ca-
que bi!m notáveis cm nosso Império. Primeira Cascata de nal profundo, onde póde-se encontrar bons ancoradouros...
agua preta ao S. da serra. E' formada por uma immensa molle AÍIirmaram-me os pilotos que não existia nas proximidades
de agua, que, se del)rucaiul'i solire os rocliedos e formando o delias nenhum outro escolho além do recife Caravellas. Vista»
mais bello panoram do vi^la, dá um salto de 60 metros. Duas
i do largo, todas essas ilhas projectam-se sobre a terra e se
cascatas do Gamarra ao PofMite da serra que deslisam-se no confund 'm com os pequenos morros que se avistam ao longo
Santo .Vntonio attingindo a 2.000 palmos de altura mais ou da costa». Na Carta da Província, de Bellegarde, figura ape-
menos e correm sobre o rnesmo rumo do monte em direcção nas uma ilha e não diversas como diz Mouchez.
parallela e na distancia de 200 braças. O Papagaio produz uma
açucena escarlate, poejo aromático e junco sylvestre de que se PAPAGAIOS. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no porto
faz elegantes bengalas, uma cousa muito notável.»
dc Irabetiba, distante do littoral 7 kils. e 830 metros. Pro-
jecta-se a construcção de um quobra-mar que ligue essa ilha
PAPAGAIO. Serra do Estado de Minas Geraes, perto da ao littoral.
cidade do Carangola,
PAPAGAIOS. Ilha do Estado do Paraná, na entrada da
PAPAGAIO. Morro do Estado de Minas Geraes, na freg. barra da bahia de Paranaguá. Serve de baliza aos navegantes
da Lagòa Santa, no logar denominado Lagoinha (Inf. loc), que demandam a barra do sul.
PAPAGAIO. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Negro '
PAPAGAIOS. Ilha do Estado do Paraná, na bahia de Gua-
entre as pivs. de Thomar e Castanheiro. ratuba. (Saint-Hilaire).
PAPAGAIO. Ilha no rio Urubii, alf. do Amazonas, entre PAPAGAIOS. São assim denominadas duas ilhas que ficara
o Paraná Ilapenyma o o logar Pedra assentada (A M mui próximas da ilha da Conceição no Esiado de Santa Ca-
Shaw). tharina.
;

PAPAGAIO. Ilha do Estado do Pará, no meio da bahia PAPAGAIOS. Ilha do Estado do Matto Groso, no rio Ma-
do Sol deira, acima do ribeirão do Jacaré.
.

PAP — 23 PAQ

PAPAGAIOS. Rio do Estado do Paraná, aff. da margem d'ahi sahe para a Pituba a encantrar-se na estrada geral de
dir. do Igiiassú. Recebe, entre outros o ribeirão da ladia, o Pernambuco, e por ella em seguimento até o rio Urucará, que
das Pombas e os rios Tamanduá e S. Luiz. divide a freguezia da viUà de Arez, e pelo mesmo rio abaixo,
até lindar, ficando pertencendo á freguezia de Nossa Senhora
PAPAGAIOS. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de
do O' de Papary t ido quanio fica dentro dos limites marcados
Tibasy o desagua no rio deste nome. (Inf, loc).
para a parte do léste, inclusive Cururú e o mais que fica
:

PAPAGAIOS. (Cachoeira dos). Vide Pau Grande. pela divisão dos termos competindo ao mun. da villa ile São
PAPAGAIOS NOVOS. Núcleo colonial do Estado do Pa- José, por ficar pertencendo á freg. da villa de S, José tudo
raná, no mun. da Palmeira. quanto fica a oeste dos sobre mencionados limites. Fica limi-
tando a freg. de Papary, pelo norte, com a desta cidade pelo
PAPA-GALLINH A . Morro do Estado de Minas Geraes, na sul, com as fregs. de Arez e Goyaninha, pelo leste com o
freg. de Ubá
mun. de Marianna.
e
oceano e pelo oeste com a villa de S. José; cuja divisão foi
PAPAICU' Lagoa do Estado do R. G. do Norte, no mun. approvada, e se resolveu que fosse communicada á camará
do Assú. E' pequena e só tem agua durante o inverno. municipal da dita villa, para fazer constar aos parochos das
PAPANAZES. Selvagens que habitavam o littoral do duas fregs ».

Brazil, tntre Porto Seguro e Espirito Santo. PAPARY. Lagoa do Estado do R. G. do Norte, no mun.
PAPANDUVA. Log. do Estado do Paraná, no mun. do Rio do seu nome. Recebe o rio Trahiry. E' a mais vasta e mais
bel la das lagoas do Estado. Desagua no oceano pelas barras
Negro. Existem ahi terrenos devolutos entre os rios Negro e
Iguassii, nosquaes projeota-se estabelecer uma colónia. E' do Estevam, Ribeiro e Camoropim. Suas. aguas confundem-se
também denominada Rancho G-randc. com as da lagôa Groahyras. Dizem nascer no logar Morena e
tar uma extensão de 18 kils. pouco mais ou menos sobre 8 ou
PAPANDUVA. Log. do Estado do Paraná, no mun. de 10 de largura. E abundantíssima em peixe. « Essa lagòa escre-
Campina Grande. vem-nos do Estado, formada abaixo do valle do Capió pelas
PAPANDUVA. Córrego do Estado do Paraná, banha o enchentes do rio Trahiry, constitue uma fonte de riqueza para
mun. de Campina Grande e desagua no rio Capivary. (Inf. o mun. pela abundância da pesca que proporciona a seus habs.
loc). Suas aguas, reunidas ás das lagoas Papeba e Groahyras, vasam
PAPANDUVA. Ribeirão aff. da margem dir. do Ca- no oceano pelos canaes do Tibau e Camoropim, sangradouros
noinhas, que é trib. do rio Negro, este do Iguassu e este do ainda insufficientes, por occasião das grandes cheias.»
Paraná PAPA TERRA DO SALGADINHO. Log. do Estado das
PAPANDUVA. Ribeirão do Estado do Paraná, aff. do Alagoas, em Agua Branca.
rio Ivahy, trib, do Paraná. PAPA-TERRAL. E' assim também denominada a enseada
.do Miranda, no Estado do Parahyba do Norte. Vide Mi-
PAPA-ONÇA. Riacho do Estado de Pernambuco, no mun.
randa.
do -Cabo.
PAPARA. Açude do Estado do Ceará, em Maranguape.
PAPA VENTO. Serra do Estado de Sergipe, no mun. de
S. Christovão.
PAPARU. Formidável cachoeira no rio Uraricoera, no
PAPEBINHA. Lagôa do Estado do R. G. do Norte, dous
Estado do Amazonas. Fica próxima das cachoeiras denomi-
kils.ao N. da villa do Papary. E' pequena e muito profunda
nadas Carinanaesapon e Tupuren. Defronte desemboca na
e communica-se com a lagôa de Papary. Alguns escrevem
mai-gem esq. um pequeoo rio do meanio nome.
Papeba.
PAPARY. Villa e mun. do Estado do
II. G. do Norte,
PAPEL, Log. do Estado de Sergipe, no mun. do Aqui-
na com, de S. José de Mipibú, situada a meio declive entre
os taboleiros que formam uma zona parallela á praia, e o valle
dabau.
do Capió, que se estende ao S:; a 43 kils. da capital, cinco da PAPERACUNA. Log. do mun. de S. Benedicto, no Estado
cidade de S. .fosé, 18 de Arez, 30 de Goyaninha e 24 da pov. de do Ceará.
Pirangy. Ao N. da villa estendem-se taboleiros poucos fér- PAPIRANGA. Lago do Estado do Pará, desagua na margem
teis nos annos seccos, onde abunda a mangabeira, de que se esq. do rio Curuá (de Alemquer).
extrahe leite para fabrico de borracha; a E. estendem-se
campos de planiação e grandes sitios de arvores fructiferas, PAPIRANGA. Lagôa do Estado do R. G. do Norte, no
entri as quaes a mangueira, a jaqueira, a bananeira e a la-
mun. de Canguaretama.
rangeira, occupam o primeiro logar. O mun. é regado por PAPUAN. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de
diversos rios, entre os quaes o Trahiry, Araraby, Baldum, Quitunde.
Pihum e Mipibú; nelle ficam as lagoas: Papary, Bom Fim ou PAPUAN (Arraial de). Foi assim antigamente denominada
Poxy, Maria Ferreira, Escura, Urubii, Carcará, Secca, Boa a actual cidade do Pilar no Estado de Goyaz. Papuan é uma
Agua, Boassica e Papebinha. O terreno fertilissimo, principal- espécie de herva muito abundante nessa pov. e excellente para
mente no valle do Capió, presta-se a quasi todas as culturas.
a alimentação do gado.
Lavoura de canna de assucar, mandioca, milho, feijão, arroz,
fumo e algodão. E' atravessado pela E. de F. do Natal a PAPUCAIA. Uma das estações da B. de P. de Cantagallo.
Nova Cruz e servida por diversas estradas, entre as quaes as no Estado do Rio de Janeiro, entre as estações denominadas
que vão a S. José de Mipibú e Natal. A pop. da villa é de Escurial e Jaguary.
pouco mais de 800 habs. e a do mun.de 7.000. Orago Nossa PAPUCAIA. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aíf. do
Senhora do O'. Foi desmembrada da villa de S. José de Mi- Macacú. E' atravessado pela E. de F. de Cantagallo.
pibú e elevada á categoria de parochia pelo Decr. n, 44 de 29
de agosto de 1833. Villa com a denominação de Imperial pela PAPUDA. Córrego do Estado de Goyaz, aff". do rio Crixá-
L«i Prov. n. 242 de 18 de fevereiro de 1852. Installada em 7 de mirim.
junoiro de 1853. Tem duas eschs. publs. de instr. prim. PAPUDA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem dir.
Agencia do correio. No mun. ficam os povs. denominados: do rio S. Bartholomeu.
Pirangy, Campo de SanfAnna, Gurraes, Marinhos, Floresta,
Oitiseiro, Boassica, Timbó, Barra do Camoropim, Busios, PAPUDINHA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. do Crixá-
Alcaçuz, Zumby, Sapé e Sertãoslnho. Sobre suas divisas vide a mirim.
Lei Prov. n. 712 de 3 de setembro de 1874. Damos em seguida PAPUDOS. Pov. do Estado de Minas Geraes, na frèg. dc
os limitas da freg. de Papary com a então vilia de S. José do S, Sebastião do Areado. (Inf. loc).
Mipibú constantes da Acta do estincto Conselho da prov. rea-
lisada em 10 de março de 1834. « Pegará d,i margem do rio
PAPUTINGA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. do
Passo do Caniaragibe,
Cajupiranga, pela parte do sul, e estrada geral que vae desta
cidade para Goyaninha, até o marco do Puxi, e d'ahi, pro- PAQUEQUER. Estação da E. de F. Leopoldina, no ramal
curando a nascença do rio Mipibú (que fica para leste) e por do Sumidouro e Estado do Rio de Janeiro, eniro ns estacões dc
elle abaixo, até á passagem da estrada que vae da villa de Bacellar e Mello Barreto, 207i«.078 distante de Nyterõi,'9i=.076
S. José para Papary; da mesma estrada seguirá pela que de Bacellar o li^.OOO de Mello Barreto.
PAQ - 24 —
PAQUEQUER (N. S. da Conceição do). Vide Samidouro. com elogio á formosura de saus panoramas e delles citaremos
De Pascual, que, na Leitura 9'"^ dosíu Ensaio Critico, exclama
PAQUEQUER. Vido Tlieresopolis. enthusiasmado :« CoUocai-vos em uma. eminencia da ilha de
PAQUEQUER João do). Antiga fazenda nacional, em
(S. Paquetá, e dizei-me si ha na terra um espsotacdo, que, de
Theivsopolis e tístado do Rio de Janeiro. muito longe possa sn- comparado com o que tendes ante os
PAQUEQUER. Sorra do Estado do Rio de Janeiro, x-amifl- olhos. » No Tomo I do Aroliivo do Retiro TÂkterario Portuc/iiez,
cacão da cordillieira dos Órgãos. Dá origem ao rio do seu nome. do Rio de Janeiro, ha umx bella poesia do Sr. Manoel J. Gon-
PAQUEQUER. Rio do Estado do Rio de Janeiro, nasce na çalves Júnior, que começa do seguinte modo :

serra dos Órgãos, banlia o mun. dc >Santo Antonio de Tiíere- Sui'gindo d'agua á íiôr, coberta de verdura,
sopolis o reuiiiilo ao .Sebastianna desagua no rio Preto. Recebe O mar em torao d'ella, assim brando murmura :

o Gouvèas, Graças, .\raras, Principe, Quebra Frasco, Pimen- — « Tu és de Guanabara a mais formosa íillia,
teiras, Frio, Tres Córregos e diversos outros. « Nenliuma como tu, no seu regaço brilha
« Tão bella e tão gentil, ó Paquetá saudosa
PAQUEQUER. Rio do Estado do Rio de Janeiro, nasce na « Eu mesmo, nos vaivéns da luta porfiosa,
!

serra no seu nome, banlia o mun. do Carmo e desagua na « Ao ver o solo teu coberto de verdura,
margem dir. do Parah3'ba do Sul. Recebe o S. Lourenço, « Em ti penso beijar a ilha dos Amores! »
S. Francisco. «No logar denominado Sumidouro do Paque-
quer, este rio some-so deixando o logar do seu leito vazio, e D. José F. Guido, secretario do general Guido (Revista Litte-
vai surgir a uns 300 metros mais ou menos em terras da fa- raria da Buenos Ayres, julho de 1874j) compara-a â ilha de
zenda de D. Anna Leopoldina de Faria Oliveira, despontando Calypso, parecendo brotada do seio do mar pelos encantos de
as aguas como fervendo, cerca de uns 1.500 metros da séde da uma nova Armida, e n'ella julga-se transportado aos templos
freg. Este mesmo rio Paquequer, além de outras quedas de bíblicos e aos paizes onde se convida o estrangeiro com tâ-
agua no mun., tem a cascata Conde d'Eu, situada nas vertentes maras e se adorna o leito com folhas de palmeira. O Dr. Joa-
do Sumidouro, c\ija cascata tem uma só quéda, perpendicular- quim Manoel de Macedo tornou ainda mais popular essa ilha
mente, com allura pouco mais ou menos de 100 metros, for- fazendo delia o theatro das mais bellas scenas do seu mimoso
mando grande bacia em terras do tenente-coronel João de Souza romance Moreninha A principal industria de seus habi-
Vieira. » tantes consiste na fabricação de cal, e ha alguns annos ten-
PAQUETÁ. Bairro do E^stado de S. Paulo, no mun. de tou -se a exploração do Kaolim. que ha em abundância no
Jtapotininga, sobre o ribeirão do seu nome com duas esohs. ;
morro da Cruz, a SO. da ilha, do qual nos diz o sábio bispo
publs. de inst. primaria. d'Elvas no Ensaio Económico, o illustre chimico brazileiro
João Manso fez o apparelho de fina porcellana, egual á da
PAQUETÁ. Bellissimo arrabalde no mun. de Santos do Es- China, olferecido a el-rei D. João VI, e ultimamente o Dec. de
tado de S. Paulo, á entrada do porto. Além do edifício da Socie-
31 de julho de 1877 concedeu privilegio a Bouliecli & Vianna
dade Portugueza de Beneficência, possue uma fabrica de cal.
pai-a explorarem esse artigo durante dous annos. Além disso,
PAQUETÁ. Quarteirão do dist. do Piraliy, no Estado do esporta-se também para o mercado da capital muita lenha,
Paraná. friictas, peixes e hortaliças. A face de SB. da ilha
PAQUETÁ. Bairro da cidade de Guanbães; no Estado de apresenta muito fundo e dá fácil desembarque e em todas
;

Minas Geraes. as outras o aocesso ó diffieultado por grande numero de pe-


PAQUETÁ. liba na costa do Estado do Pará, ao S. da ilha dras isoladas ou em gi-upos, algumas designadas por nomes
Coi.ijuha,na parto da costa comprehendida entre as pontas do especiaes, que dão as israias o mais pittoresco aspecto. »
Maraliii o do Cliapéo Virado. N'ella notam-se as seguintes praias Grossa, da Guarda, do
:

Estaleiro, da Pedreira, Comprida, dos Frades, da Covanoa, do


PAQUETÁ. Ilha do Estado do Pará, na circumscripção da Catimbáo, da Ribeira, do Sacco, do Lameirão e de S. Roque.
Joroca e com. de Cometa.
— —
O Sanatarium de Paquetá bellezas naturaes da ilha. Suas
PAQUETÁ.
Angra dos Reis,
Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de escellentes condições de salubridade —
Poucos paizes no mundo
terão sido tão profuzamente galardoados pela natureza como o
PAQUETÁ. Aprazível e encantadora ilha situada na bahia nosso. Eis lima verdade sediça, por demais repelida, e á qual
de tiuanabara e séde da freg. do Senhor Bom Jesus do Monte não deixou ainda de prestar adhesão um só dos viajantes e
dependente do Dislricto Federal. Tem 2,5 kils. de comprimentOj naturalistas que teem vindo ao Brazil. Todos apregoam e enal-
sobre largiira mui variável, dista cerca de 18 kils. da Capital tecem .unisonos as grandezas e esplendores desta natureza tro-
Federal. Pert<'nceii, em principio ao mun. de iMagê, sendo pical, onde se pôde encontrar com pequeno dispêndio de loco-
annexada ao Município da Còrtc pelo Dec. de 23 de março de moção os mais bellos e variados panoramas, assim como as
1833. Na época da fundação da cidade foi doada em partes condições próprias a climas mui djfferentes. E é talvez devido
oguaes a Fernão Bildoz Ignacio de IBulhues. O Dr. Fausto a essa mesma profusão de bellezas naturaes, que temos sido
de Snu/a eni seu Intm-essanio traballio A Bahia do Rio dc um tanto negligentes no esame cuidadoso das condições pe-
Janeiro diz :« A belleza pnivorbiol dessa ilha. a saluljridade culiares a certas localidades, qua pareciam destinadas a ser-
e fertilidaile do seu solo, a imbdo p n iiici, de sons habitantes vir de verdadeiros sanatarium. Muito perto da cajhtal, pnr
e a commiinicição diária a vap(ji- com a Corte, fazem dolla sobre o dorso da alterosa cordilheira dos Órgãos, estão IV"
uma deliciosa vivenda para a([iielles que procuram a saúde e a tropolis, Friburgn, Theresopolis, onde se encontram todos os
tranquilidade. Foi o retiro do venerando Jose Bonifacio desde benehcios e vantagens dos climas de montanha. A elevação
1832 ii l8'i.S, e do illustre Evaristo Veiga, o que explica as se- de algumas centenas de metros acima do nivel do mar, a pu-
guintes linhas das Brazilianas : reza das aguas, e a abundância luxuosa de uma vegetação
vigorosa, qual se não vê em parte alguma do mundo, são at-
Vns tti, ó lii-:i/,ilr>ii'n , etitro sssas ilhas tractivos que hão de, no futuro, dar a essas localidades um
Qiio parecr ailai- n'uiii iiiai' rle azimfjuo valor inestimável, e que actualmente já fazem seniir o grande
Pela hiz |H-ati'aíli>, rdli n'uni giaipo,
valor delias. Ninguém cuidou ainda, parem, seriamente nas
Cmiio rainlia curtojarja. a illia
Dos .-xiTioros cliaiiiada pelos vates condições de um clima insular, onde com pequeno sacrifício
Coijio Uii) llorido oásis na onna, I.vhia,
;
de tempo e de dinheiro, o habitante do Rio de Janeiro pode
Deveríeis roiluado, n dc csp.^iani-as ? ir buscar garantias para a sua saúde, ou linitivo para os seus
A liiula Paíjuetá, deli. ia, niunllio males. Nuitos leem ouvido (aliar, outros' teem mesmo sentido
Do tua capita), do iiiazil I.mI.j !
com os seus olhos as agradáveis impressõ-s ip"' experimenta
Onde o nun) ICvaristn n eí,M.'í;io Andr.ada,
i'

Foram ao pisar as praias da piltorosca ilha de l'ai|uei:i_ Jlnilo pou-


lii.as IViur de aniemi pousu,
HefociUar a mente cos, poi-cui, ao que parece., teem uma noção exacta das con-
.atoniieulada
Polo moto voloz (• inconse(|uenti! dições de salulindade, que olíerece aquella insula. Escusado é
n.a versátil politica. dizer qiu; não lemos outro lira, traçando estas linhas, sinão
altrahir attenção geral para essa joia ignorada. Ha cerca
Além de hospedes illuslres que vão buscar allivio a sg\i3 pa- de alguns nio/.cs, cm via,n-eiii áquella, illia, oonvinvsava eu
decinie.itos, Pai(uolá é apreciada por innumeros amadores que com um estrangeiro ipie alli foi esíacionar, c que grande
concorrem annualmente ás romarias de S. Roque e do Senhor admiração mostrava pelas liellezas naturaes do Brazil, "Dizia-
Uoni Jcsua do JJonte; muitos escríptores e viajantes referem-se me elle : — Adnaira~me que não se dè aqui valor a tão attra-
34.45G
PAQ 25 PAR

hente localidade. Na Europa ella seria um ponto de reunião de admirar. Na cordilheira dos Órgãos os recortes da serra
dos tojtristcs, e um refugio para os que buscam allivio a certos a profundidade dos valles illuminam-se e, por phenomeno
males. Quejii assim se exprimia, conhecia bem o valor que óptico, se avisinhara tanto do espectador, que elle pôde mer-
teem para o estrangt>iro algumas formoias ilhas do Meditei-- gulhar a vista em todas as anfractuosidades do grande mas-
raneo, onde se vai gosar das impressões da beira-mar. A ce- síço. Mais de uma vez lícamos estáticos diante desse esplen-
lebrada Chypre, tão procurada pelos inglezes, e a infortunada dido panorama. Entre os mais antigos habitantes da ilha
Ischia, ainda ha pouco subvertida pelas commoções de um contam-se muitos sexagenários, o que depõe em favor da
terremoto, não teem, entretanto, estou certo, os attractivos e salubridade do logar. Jamais por informações que tenho
as bellezas da nossa insula tropical. CoUocada quasi no centro obtido, e pelo que eu mesmo hei observado, desenvolveram-se
do golpho a que chamam bahia do Rio de Janeiro, distan- alli febres ou outras moléstias epidemícas e contagiosas. Os
ciada da cidade cerca de 9 milhas e da costa baixa que beira germens morbígenos para lá transportados não acham condi-
as abas da serra dos Órgãos cerca de 5 milhas, a saperlicie ções favoráveis para a sua multiplicação e disseminação. Ha
da ilha de Paquetá é batida pelos ventos era todos os sentidos dous annos um individuo infeccionado na cidade foi alli
ficando assim defendida contra os eíleitos deletereos das atmos- morrer de febre amarella. A moléstia ficou restricta a esse
pheras estagnadas. As praias que a rodeiam são límpidas, individuo e não se propngou. Por outro lado conhecemos
arenosas, de declive suave, sem detritos vegetaes, ainda mesmo pessoas asthmaticas, outras suejítas a ataques repetídoso de
na maré vasante, A impulsão ,das aguas durante o fluxo e o lymphatiles, ou a congestões amiudadas do fígado, que alli
refluxo da maré não tem ali, como é natural, a mesma energia encontraram allivio aos seus sofTriraentos e crearara residência
que se noia nas praias vizinhas á barra. A s\iperíicie da ilha permanente. A ilha de Paquetá cora as suas excepcionaes
é, ora plana, ora montuosa, sendo o terreno nos logares planos condições de salubridade presta-se não só a ser uma excellente
quasi todo calcareo silicoso, e nos logares elevados constituído estação de banhos, mas ainda um sanatorium para as orga-
por argila decomposta e massiços de kaolin. Em parta alguma nisações debilitadas, doentias ou desequilibradas, que carecem
delia se vêem aguas represadas ou estagnadas. Também é o de viver algum tempo em solo secoo e respirar um ar puro e
solo dotado de tal permeabilidade, que as aguas desapparecem fortificante. Os lymphaticos e escrophulosos não encontrarão
rapidamente da superíicie e uma hora depois de uma cliuva tor- facilmente em outra parte condições tão apropriadas a corregir
rencial se pode percorrer toda ilha a pé enxuto. Bordando as esses^vicios orgânicos. Na França, em certa época do anno,
as praias e estendendo-se para o interior da ilha até a encosta transportam-se as crianças escrophulosas a Boulognc sur mer.
da parte montanhosa, encontram-se arvores corpulentas, reve- Entre nós Paquetá podia bem tornar-se outra Boiãogm sur
lando no verde-escuro da folhagem e na robustez do tronco mer. — Dl-. J. 11. de Lacerda. Paquetá 15 de novembro de 1885.
uma immensa força vegetativa que ellas tiram á fecunilidade PAQUETÁ. Pequeno rio do Estado do íilaranhão, no mun,
do solo. Innumeros coqueiros esguios e alterosos, ora esparsos, de Guimarães. {Inf. loc).
ora agrupados, se erguem acima das copadas mangueiras, agi-
tando os leques ao sopro da aragem vespertina. Espalhados, PAQUETÁ. P^íbeirão do Estado de S. Paulo, banha o mun.
como a esmo, pelas praias, ás vezes encravados mesmo no solo de Itapetíninga e atravessa a estrada que desta cidade vai a
Faxina.
da ilha, veem-se gigantescos penedos, com as arestas corroídas
pela acção do tempo, alguns ja de todo lisos e arredondados, PAQUETE, Log. do Estado do R, G. do Sul, no mun. de
outros fendidos ou abertos ao meio, inclinados ou erectos, si- S. Sebastião do Cahy.
mulando pelo seu aspecto e pela posição que occupam os blocos PAQUETE. Ilha no mun. de Angra dos Reis do Estado
erráticos que as geleiras semeáram pelos valles alpinos. Além do Rio de Janeiro.
da benéfica impressão psychologica que sobre o espirito do PAQUEVIRA. Dist, do termo do Canhotinho, no Estado
homem exerce esse conjuncto de bellezas naturaes, ha ainda a de Pernambuco. Ha outro log. do mesmo nome no mun. de
considerar a influição sobre o corpo pelas condições do meio,
Canhotinho.
A atmosphera marítima sempre renovada e purificada por uma
vegetação luxuosa, solo enxuto, mui permeável, portanto sem as PAQUEVIRA. Log. do Estado das Alagoas, em S. José
condições para entreter a vida dos agentes infectuosos, taes são da Lagena Victoria.
e
os principaes elementos garantidores da salubridade da ilha. PAQUI. Rio do Estado de Minas Geraes, no mun. de Boa
A' agua potável é tirada de poços com a profundidade de 7 a Vista do Tremedal. Desagua no Gorutuba recebe o ribeirão;

8 metros, ou em minas cavadas na aba dos morros. Em alguns da Gamelleira.


pontos da ilha a agua de poço tem um gosto salobro assaz FAQUINHA. Ilha do Estado do Pará, próxima das ilhas
pronunciado ; a agua de mina, porém, é inteiramente pura, Caviana, das Pacas e Marrecas.
límpida e potável. Todavia, é fácil reconhecer que ella con-
tém princípios calcareos. Em todo caso a quantidade de FAQUINHA. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, aff.
cal alli existente de nenhum_ modo pôde prejudicar a saúde, e
da cachoeira do Gericinó.
disso dão testemunho numerosos indivíduos que dessa agua —
FARÁ. Estado do Brazil. Situação: E' o Estado do Pará
usam ha longos annos. Espalhadas em toda ilha encontram-se o mais septentrional dos Estados Unidos do Brazil e occupa a
muitas fabricas de cal, que constituem a verdadeira industria vasta região da Republica comprehendida entre os 4" 22' de
da localidade. Ha quem tenha presumido que as emanações Lat. N, e 9" 15' de Lat. S. e os 3^ 11' e 15° 20' de Long. O,
provenientes da combustão da cal, durante o tempo que tra- do Rio de Janeiro. Limites —
Limíta-se ao N, com o oceano
balham essas fabricas, venham a exercer influencia maléfica Atlântico e as Guyanas Franceza, Hollandeza e In^leza a E, ;

sobre a saúde. Quanto a mira semelhante presumpção não com os Estados do Maranhão e de Goyaz ao S. com os Esta-
:

tem fundamento. Acredito mesmo, ao envez disso, que os dos de Goyaz e Matto Grosso e a O. com o Kslado do Ama-
;

productos gazosos dessa combustão, diffundidos no ar de tem- zonas. Servem-lhe de divisas: com as Guyanas o rio Oyapoc
pos a tempos, são antes úteis que nocivos. Durante os mezes e as serras de Tumuc-Humac e Acaraliy com os Estados do;

mais cálidos no verão, os dias são alli muito quentes, como Maranhão e de Goyaz os rios Gurupy e Araguaya, aíl'. du To-
succede em lodo- o clima insular. A viração, porém, vem á cantins com o Estado de Matto Grosso os montes Gradaús, o
;

tarde refrescar a atmosphera e a difíerença se torna assaz o Xingu e seus affs. Fresco e Carahy e o rio das Três Barras
sensível entre a temperatura da noite na ilha e a tempera- ou Paranatinga, aCf. do Tapajoz e cora o Estado do Amazo-
;

tura da noite na cidade. Para as pessoas que não estacionam nas o rio Nhamundá e uma recta que vai da serra de Parin-
na ilha, mas vão frequentes vezes á côrte, ha, demais, a van- tins á margem esq. do rio Tapajoz em frente á foz do rio Tres
tagem da travessia do mar. A viagem faz-se pela manhã cedo IBarras. Em 3 de dezembro de 1615 conquistou Francisco Cal-
e dura pouco mais de uma hora. Respira-se então o ar rae- deira Castello Branco o território desse Estado, outr'ora capi-
ritimo do largo, ao mesmo tempo que se goza de todas as tania, começando gozar desse predicado em 1G52, por Dec.
cj,

agradáveis emoções de uma viagem na bahía, atravessando de 25 de fevereiro, mas dependendo do governo da do Mara-
por entre ilhas pittorescas e agglomerações de penedos, de nhão. Com a separação do governo das duas capitanias, ein
cujas abertas brotara os gravatas e levantam-se em revoada virtude dos Decs. de 20 do agosto de 1772 e de 3 de maio de
bandos de aves aquáticas. Elm viagem de regresso, nos mezes 1774 e Provisão de 9 de julho do mesmo anno, o limite respe-
de agosto e setembro, quando o sol descamba no poente, rubro ctivo foi fixado no rio Turyassú, divisa que foi removida poios
como um disco de íogo, e as nuvens tocadas para o Occidenie Decs. n. G39 de 12 de junho de 1852 o n, 778 de 23 de agosto
interferem-lhe os raios oblíquos, descortinam-se ás vezes espe- de 1854, ficando o rio Gurupy como fronteira entre os dous
ctáculos sorprendentes, que os olhos do viajante não se cansam Estados e seguindo uma recta pelo seu galho mais septentrio-
DlC. GEOG. 4
a

l'AR — 26 PAR

nal alé o rio Tocantins, no ponto onde este conflue com o Ara- mado Yapoco c que por terra vinham, passando de aldeia em
aldeia, pelos Índios, seus compadres mandando o dito cabo
guaya. Com o listado do Goyaz não existe lei alguma fixando
;

os respectivos limites. As pretenções do Estado de Goyaz neste que logo despejassem e se recolhessem ás suas terras, ou que
os traria prezós, e retirando-se, declararam algtins Índios que
assumpto vão até o rio Tacayunas. aíl'. do Tocantins. A Provisão
elles andavam resgatando escravos e tudo o que achavam, fa-
do Conselho Ultramarino de 24 de agosto de 1748 mandou
fazer a demarcação de taes limites; infelizmente nada se fez vorecendo e amparando ao rebelde Guaymã, cabeça dos Aruans,
e que os incitaram a faltarem á obediência a S. M. que Deus
atoo presente. Com o Kstado de Matto Grosso, nada ha tam-
bém de assentado, por isso acceitamos os limites que os geo- guarde e a assaltarem a aldeia de Moribira, junto a esta ci-
graphos teein estabelecido, e que parecem naturaes. Com o dade; e que os ditos francezes oocultavam o dito rebelde ; e
Estado do Amazonas rege o Dec. n. 582 de 5 de setembro seguindo com effeito o regimem qu-e lhe dei passando perigos,
de 1850 Os limites com a Guyana Franceza ainda nao se trabalhos e descommodos, entrou com effeito no verdadeiro rio
acham delinitivamente regulados, posto que tenhamos em de Vicente Pinzou, e fazendo diligencia na bocca delle e den-
nosso favor o art. 8" do tratado de Utrecht de 1713 e o avt. tro desta parte por descobrir os ditos marcos, os não achou,
107 do Congresso de Vienna, inserto no tratado de 1815. nem terra firme em que pudesse estar, e vendo que se descobria
« Foi ainda no tempo de Carlos V que primeiramente assigna- da outra parte alguma terra alta, fez toda a diligencia e poz
lou-se o limite septenirional desse Estado ou do Brazil pelo todo o cuidado em descobrir os ditos marcos até que teve,
marco que aquelle soberano, para divisa entre o domínio fortuna de lograr o effeito de seu trabalho e diligencia, subin-
liespanhol e o portuguez, mandou levantar á margem do rio do a tira monte quasi talhado a pique até a meio ou com
que' de Vicente Pirizon tomara o nome. No intuito de fazer pouca escarpa, e subindo pegados a raizes com trabalho, acha-
cumprir o contracto celebrado e defender as terras portu- ram do meio para cima mais faoil a sabida e chegando ao
guezas, mandou a corõa verificar os marcos que deviam ter sido cume do tal monte — acharam uma pedra e rocha natural e
coUooados, separando os domínios das ditas terras das perten- nesta talhado um quasi quadro dí largura e comprimento de
centes á coròa de França ; e foi nesta averiguação que, pelo pouco mais de tres palmos, cortado pelas bandas e fóra da
capitão .João Paes do Amaral, cabo da guarda-costa, e pelos terra pouco mais de palmo, e noUe acharam esculpidas umas
soldados de sua comitiva, foi encontrado o marco primitivo a armas que parecem ser de uma parte as de Portugal, vendo-
que se referiram nos depoimentos prestados perante o ouvidor sê ainda as cinco chagas ou reaes quinas, e de outra, uns cas-
geral, conforme se vò nos autos registrados no Archivo Pu- tellos com um leão e á roda desta pedra se achavam outras
blico da cidade de Belém o do termo e relatório que passamos levantadas como testemunhas ou guardas do mesmo marco, e
a iranscrever e que não permittem duvida sobre os limites das uma das que ficavam para a parte das quinas de Portugal, mos-
terras brazileiras: « Anno do Nascimento de N. S. J. C, de trava uma cruz com o habito de Christo, o que parece justificar
1723, aos lU dias do mez de julho do dito anno, nesta cidade infallivelmente ser ahi o marco da divisão dos domínios de
de Belém do Gram-Pará, em pousada do Dr. José Borges Val- Portugal e de CasteUa, ou fosse posto no anno de.... pelo
lerino, do desembarga de S. M. que Deus guarde, e ouvidor imperador Carlos V, como dizem as historias, ou no anno de
geral com alçada e juiz das justificações nesta capitania e seus 1637 por Felippo quando doou a capitania a Bento Maciel Pa-
annexos, ahi por elle me foi dada uma ordem do governador i-ente; e por ser necessário e conveniente ao serviço de S. M.
capitão geral deste Estado .João de Maya da Gama, era vii-tu- e á conservação dos seus domínios e para se evitar as conten-
de da qual sa perguntaram testemunhas pelo conteúdo delln, de das que podem haver da coroa de França e de Portugal e jus-
cujos ditos se fez sunimario, que se juntou á mesma ordem. —
tificar-se o referido ordeno ao Dr. Ouvidor geral tire todas
E'' tudo. Eu, escrivão do mandato do dito Dr. ouvidor geral as testemunhas que viram e encontraram os ditos francezes,
autoei, juntei e li o que se segue adiante junto. Diogo Leitão declarando o logar em que os acharam e o que ouviram aos
de Almeida, o esci'evi», — « llavendo visio nas ordens de S. Índios ; outro sim, a entrada do rio de Vicente Pinzon e subi-
M. que Deus guarde, sobre as terras do cabo do Norte em que da do referido monte e marca, e signaes que nelle acharem, e
se recommendou a meu antecessor informasse, se soubesse si da parte do rio em que Uca, pelo dito'marco, pois se prova ser
se tinha feito os marcos que dividiam os domínios das ditas toda a bocca do rio Vicente Pinzon da coròa Portugueza e per-
terras dos da coròa de França e se os vassallos delia, contra tencer aos domidios de S. M. que Deus guarde ; e justificado
o tratado ajustado em Utrecht passaram os ditos marcos e en- me dará por tres vias a cópia da justificação, ficando esta em
traram pelas nossas terras: —
E vendo que sobre esta matéria boa arrecadação e registrando-se nos livros da Fazenda Real
respondeu menos considerado do que pedia matéria tão grave e Senado da Camara, e ainda nos da Ouvidoria geral, por ser
e a orilem que sobre sua resposta trouxe comsigo a qual res- assim conveniente ao real serviço. Belém do Pará, 12 de julho
pondo cora verdade, a noticia necessária da qual esperava de 1723 ». — Forte, Portugal na consciência de seu direito,
nestes navios a ultima resolução, me pareceu para execução soube niostrar-se intransigente em defendel-o, repellincto as
delia fazer uma exacta averiguação desta matéria, pondo nella tentativas feitas pela França para transpor os limites quer por
lodo o ciidado ; não achei noticia de ter havido pessoa antiga meio de postos militares, quer de missões estabelecidas no
oa moderna que visse os ditos marcos, nem que soubesse si se iMayacarè, no Goanani e no Carapaporis de modo que o tra-
;

haviam posto, nem onde íicava o rio de S. Vicente Pinzon, tado de Utrecht não podia deixar de ser considerado em pleno
chamado nos mappas francezes Oyapoc e pelos gentios da terra vigor, até 10 de agosto de 1797, quando aquella Republica
Vaiapoco querendo averiguar matéria tão importante, mandei
; procurou confundir os limites reconhecidos, impondo a Por-
ao capitão João Paes do Amaral, cabo de todo o valor, pru- tugal a seguinte estipulação : « Os limites entre as duas
dência o zelo do real serviço por entender ser absolutamente o Gnyanas frauceza e portugueza serão determinados pelo rio
mai-i capaz da dita em|)reza de dar conta de tudo que lhe en- chamado pelos portuguezes Calsoene e pelos francezes Vicente
treguei, o partindo com eíIVito coin 3 oanóas armadas em Pinzon, que se lança no Occeano acima do Cabo Norte, cerca
guerr.i, guarnecidas de inlaiiteria, passou a ponta de Macapá de dous e meio gráos de Latitude septeiitrional. » E logo em
que pelos ignorantes era chamada rabo do Norte. Segundo as seguida veio o tratado de Badajoz celebrado em 6 de junho
inslrucçues (|ue lhe dei se expoz a passar o verdadeiro cabo do de 1801, com mediação da Hespanha. fazer recuar até o Ara-
Norte com grandi-simo trabalho e evidente perigo de sua vida, guary as fronteiras portuguezas, estendendo a Guyana franceza
vendo-so por tr.'S ou quatro vezes completamente alagado e abaixo do cabo do Norte nos seguintes termos « Art. 4." Os
:

perdido com as soberbas ondas da iiororóea e força das cor- limites entre as duas Gnyanas serão determinados, no futuro,
rentes, que por todos aquclles baixos e ctinties se encontravam pelo rio Arawary que se lança no Oceano abaixo do cabo do
e se não fòra o seu animo e constância não tivera eileito a Norte próximo da ilha Nova e da ilha da Penitencia, a um gráo
tliligenoia a que era mandado ;mas vencendo todas as diin- a meio, pouco mais ou menos, de Latitude septentrional. Estes
culdadeg chegou ao rio chamado Coanany, entendendo ser limites seguirão o dito rio Arawary desde a sua embocadura a

o rio de ViciMile Pinzou, pelo que dizia" um dos guias, teve mais distante do cabo do Norte até á sua nascente, e depois
neste rio pratica com um gentio da terra, o quai lhe deu a uma linha recta tirada desta nascente até o rio Branco para O.».
nova que em uui rio menor que lhe lionva atraz chamado Com estes limites, porém, não se achava ainda a P'rança asse-
Vaiapoco Ihi' ficavam uns poucos de francezes; e voltando a nhoreada das margens do rio Amazonas mais um golpe con-
;
buscal-os lhes perguntou o que faziam ou o qiie vinham bus- vinha ser vibrado para a completa demolição do tratado de
car ái torras de S. M. que De s guarde e dos seus domínios, Utrecht. O art. 4" do tratado ajustado em Madrid em 29 de
a que responderam que vinham r-sgatar papagaios e bichos e setembro de 1801, entre Luciano Bonaparte e Cypriano Ribeiro
quo não vinham pelos m.ares e costa que pertenciam á coròa Freire veio satisfazer o grande empenho « Art. 4.o Gs li-
:
porUigueza, e sim entraram pelo rio de Vicente Pinzon cha- mites entre as duas Guyanas, franceza e portugueza, serão
PAR — 27 — PAR

determinados no futuro pelo rio Carapanatuba, que se lança Cayenna :« Art. 1.° Sua Magestade Fidelíssima, animada
no Amazonas cerca de um terço de gráo do Equador, latitude do desej(j de dar execução ao artigo cento e sete do Acto do
septentrional, acima do forte Macapá. Estes limites seguirão Congresso de Vienna, se obriga a eniregar a Sua Magestade
o c:ir30 do rio até á nascente, donde elles estjnder-se-hão Christianissima dentro do tres mezes ou antes, se fòr possível,
até a a grande ca leia ile montanhas, que faz a divisão das a Guyana lí'ranc°za até o rio Oyapoc, cuja embocad ira está
aguas, seguindo as inflexões desta cadeia até o ponto em situada entre o quarto e o quíoto gráos de lat. septentriiinii 1 e
que ella se approxiui.i mais do rio Branco, junio do 2° até 3i2 gráos de long. a L. da ilha de Ferro, pelo parallelo
gráo e um terço N. do Equador ». A guerra contra a BVança de 2" 24' de lat. septentrional. Art. 2." Proceder-se-lia im-
em ISOS forneceu a Portugal o ensejo para a reivindicação de mediatamente de amlias as partes á nomeação e expedição dos
lodos os seus direitos. A tomada de Cayenna em 14 de janeiro commíssarios para fixarem definitivamente os limites das
de 1808 pelo corpo de voluntários paraenses, sob o comraando Guyanas Portugp.eza e Franceza, conforme o sentido exacto do
do fcenente-coronel Ivlanoel Marques, foi o acto pelo qual de artigo oitavo do Tratado de Utrecht e as estipulações do Acto
uma só vez ficaram destruídas as estipulações que mais e mais do Congresso de Vienna os ditos commissarios deverão ter-
:

faziam recuar a fi-ontMra brazileira. Não obstante isso, o minar o seu trabalho no praso de um anno, ao mais tardar,
tratado de paz celebrado em Paris' em 20 de maio de 1814 contando desde o dia de sua reunião na Guyana. Si, á expiração
restabelece a confusão promovida pela iírança, acceitando as deste termo de um anno, os commissarios respectivos não con-
estipulações anteriores a 1792. « Art. 10.- S. A. Real o príncipe seguirem concordar entre si. as duas Altas Partes contractan-
regente de Portugal e dos AlgajL'ves, em consequência dos ar- tes procederão amigavelmente a outro arranjo sob a mediação
ranjamentos feitos com seus aliados e para execução do art 8" da Gran-Bretanha e sempre conforme o sentido exacto do
se obriga a restituii- a S. M. Christianissima, dentro do prazo arligo oitavo do Tratado de Utrecht concluído soba garantia
adiante estipulado, a Guyana franceza tal qual existia em 1 desta potencia. » O adiamento da realisação do ajuste deter-
de janeiro do 1792. Fazendo o effeito desta estipulação reviver minado por este art. 2", tem sido a causa das contestações que
a contestação existente naquella época a respeito dos limites, uma e outra vez se levantam sobre as terras situadas entre o
fica convencionado que esta contestação será terminada por rio Araguary 3 o cabo de Orange. Não obstante, a própria
um arranjamento amigável entre as duas cortes, debaixo da França tem por diversas vezes oíticíalraente reconhecido o
mediação de S. M. Britannica ». O príncipe regente de Por- direito que assiste ao Brazil sobre aquelle vasto território. Os
tugal nega-se á ratificação deste tratado, e a Inglaterra, sua avisos de seus ministros dos estrangeiros ao ministro do Brazil
alliada, propóe em janeiro de 1815 uma pequena modificação em 5 de julho de 1841 relativamente ao posto do Mapá. estabe-
que Portugal considera ainda vexatória. A entrega immediata lecido desde 1835, e ao ministro brazileíro em Paris, em agosto
de Cayenna, exigida neste artigo addicional, antes de firmados de 1859 sobre a tentativa de um novo posto na mesma situação
os limites dos domínios porluguezes, é recusada com altivez ,
feita em dezembro de 1849, attestam claramente que o governo
e Portugal que tantas vezes vira restringidos os seus domínios, francez, apesar que querer considerar litigioso o território do
exige uma solução completa, capaz de evitar ambíguas inter- cabo do Norte, não deixa de reconhecer as estipulações vigen-
pretações futuras. Dabi a convenção celebrada em 11 de maio tes, que garantem os direitos do Brazil, como tem-n'o exhube-
de 1815 com a França e que serviu de base para a estipulação rante'inente demonstrado Antonio Nicolau Monteiro Baena, em
do Congresso de Vienna em 9 de junho do mesmo anno : 184G, Joaquim Caetano da Silva, era 1851 e 1861 : o Barão de
«Art. I da Convenção. S. A. R. o príncipe regente de Portu- Marajó e o Dr. Tito Franco de Almeida, em 1884, e tantos
gal e do Brazil, e S. M. el-rei de França e de Navarra, que- outros que teem apreciado a questão. » A fronteira do Brazil
rendo remover as difíiculdades que foram oppostas por parle de com a Guyana Ingleza ainda não está determinada ;
deve,
S. A. Real á ratificação do tratado assignado em 30 de maio porém, como limite natural, começara O. da serra Pacaraima,
de 1814 entre Portugal e a França, declaram nulla e de ne- onde tem principio o território inglez, e seguir para L. pelo
nhum effeito a estipulação contida no art. X do dito tratado e prolongamento daquella serra, até encontrar a nascente mais
todas aqiiellas que lhe possam dizer respeito, substítuíndo-lhe, septentrional do rio Mahii, no qual desagua o rio Pirara, e por
de accordo com as mais potencias signatárias, as estipulnções sua vez afflue no Tacutii. Desta nascente irá ao rio Rupunury
expressas no artigo seguinte do presente tratado, as quaes se- até encontrar C(jm a margem esq. deste rio no ponto mais pró-
rão só reputadas validas. Mediante esta substituição as ditas ximo do monte Anahi em 3", 56' do lat. N. e 15", 53' 45" O.
altas partes contraotantes se obrigam a considercãr como vali- do observatório do Rio de Janeiro, de sorte que fiquem per-
das e nmtuamente obrigatórias todas as demais estipulações do tencendo ao Brazil todos os terrenos com as aguas que verterem
sobredito tratado de Paris. — Art. II. Querendo S. A. Real para os tríbs. do Amazonas, e á Gran-Bretanha os terrenos
manifestar do modo mais evidente a sua consideração para com as aguas que verterem. para o rio Essequibo e seus afts.,
com S. M. Luiz XVIII, se obriga a restituir e declara que e para isso deverá a linha divisória acompanhar todas as
restítue á sua dita Magestade a Guyana fránceza até o rio Oya- sinuosidades que a situação e direcção das vertentes das aguas
poc, cuja embocadura está entre o 4" e o 5^ gráos de latitude exigirem. Do ponto onde a linha encontrar a margem esq. do
N., limite que Portugal sampre considerou ser o que havia Rupunury, seguirá para o S., subindo este rio até a lat. 2" N.;
fixado pelo tratado de Utrecht. A época para a entrega desta proseguinclo dahi para L. por outra linha parallela ao equador,
colónia a S. M. Christianissima será determinada logo que as nessa mesma lat. N., e irá para O. até onde se estender o
circumstancias o permittirem, por uma convenção particular domínio da Inglaterra. Esta è a fronteira que o Brazil tem
entre as duas cortes. Proceder- se-ha amigavelmente logo que sempre sustentado, não só pelo direito de descobridor, como
se possa, á fixação definitiva das Guyanas portugueza e fran- pelo do sua posse desde 1752 :o que está assígnalado pelo forte
ceza, na conformidade do sentido preciso das estipulações do S. Joaquim alli construído e, como é sabido, pelas rondas que
art. VIII do tratado de Utrecht ». « Art. OVlI do Acto do' manteve em vários pontos dessas paragens, além de commissões
Congresso de Vienna — S. A. Real o príncipe regente de Por- scientificas que, em diversas épocas mandou reconhecer e
tugal e do Brazii, para manifestar de maneira incontestável a levantar plantas topographicas desse território, sera que nunca
sua consideração particular a S. M. Christianissima, se obriga lhe fosse contestado seu direito. Accresce que dos antigos
a restituir á sua dita magestade a Guyana franceza até o rio tratados de 13 de janeiro de 1750 e 1 de outubro de 1777. cele-
Oyapoc, cuja embocadura está situada entre o 4» e 5" gráos de brados entre Portugal e Plespanha, que foram as primeiras
latitude septentrional, limite que Portugal considerou sempre nações que tomaram posse dos terrenos da Guyana, resulta a
como o que fora fixado pelo tratado de Utrecht. A época da evidencia dos direitos do Brazil e de que se deve observar os
entrega desta colónia a S. M. Christianissima será determi- príncipios que adoptaram aquelles dous Estados, para extre-
nada assim que as circumstancias o permittirem por uma mar as suas fronteiras por linhas naturaes sempre que fòr
convenção particular entre as duas cortes, e proceder-se-ha isto possível, afim de eviiarem futuras contestações. Nos
amigavelmente com a maior In-evidade á fixação definitiva arts. 9° do primeiro daquelles tratados e 12 do segundo, assi-
dos limites das G^uyanas portugueza e franceza conforme o gnala-se o ponto de partida para determinar onde deve come-
art. 8» do tratado áe Utrecht ». Dependente como flcára çar a linha divisória do território actual da Gran-Bretanba.
por este artigo a entrega da colónia da convenção parti- Serve de fronteira entra o Brazil e a Guyana IloUandeza a
cular entre as duas cortes, não quiz Portugal al)rir mão oerra de Tumuc-humac nada ha por esse lado que deslindar.
da posse em que se achava, antes de ser ella levada a Superflcie — ;

Calcula-se o seu território em 1.149.712 kils. qs.


eíleito, apezar da insistência com que a Franc a reclamava 15' o terceiro Estado da Republica em extensão. Noticia his-
a restituição. A convenção celebrada em Paris á 28 de agosto tórica — Orellana, aventureiro hespanhol, que seguira a Gon-
de 1817, permittia entrar novamente a França na posse de çalo Pizarro em suaexpedição ao Paiz da Canella, abandonara
i

PAR — 28 — PAR

03 companheiros c dísceii pelo rio Xapo ao Amazonas, cerca de era explorado pelas correrias que os bandeirlstas paulistas
ali faziam, em procura de ouro. Andavam por esse tempo os
15í)0 ; (leu a noticia qiiasi laljulosa do rio-mar, dizendo ter alli
visto uma nação de mullieres guerreiras —
as Amazonas — francezes avesados em conquistar a margem esq. da fóz do
(do onde veio o nome do rio) ; contribuiu para a lenda da exis- Amazonas, o que realmente lizeram, tomando Macapá, em 1691,
tência de um lago — iCl-Dourado, —
onde as areias e margens sob o cominando do governador de Cayenna, Marquez de Ferrol,
eram do laminas de ouro e cujo paradeiro foi por mais de nm e foram de lá expulsos em poucos mezes pelo capitão portuguez

século procurado por avenl'ireiros de diversas nações. Aa Fundão. No fim do século XVII começou emiim no Pará a ter
ultimas terras do Brazil , colonisadas pelos portuguezes, foram vida o municipalisaio, protegendo o Norte contra a invasão
as do Norte, de onde saliiram os Estados do Maranhão, Pará e hollandeza e chegando até mesmo a formar governo. O Pará
Amazonas. Inglezes, francezes e hoUandezes os haviam pre- dava dous deputados que iam ao Maranhão represental-o, os
cedido, estabelecendo feitsorias nas margens do grande rio, quaes logo que entenderam que aquelle Estado pretendia absor-
Dcsdo 1600 que os amliiciosos mercadores de Flessinga (Hol- ver (oda a actividade da nova capitania, negaram-se a lá
landa), em expedições successivas, cuidaram de crear planta- comparecer, apesar das maiores ameaças. Com a entrada do
ções no Amazonas e levantaram em um dos braços do grande século XVll, começou verdadeiramente a formar-se a sociedade
rio os fortes de Orange e Nassau. Os inglezes e francezes paraense: acabaram-se as dissenções, a administração se
tiveram outras foriiíicações, que foram tomadas e arrazadas tornou estável e a lei se fez mais executada ; fundaram-se
pelos portuguezes. W. Raleigh, navegador inglez, em uma quasi todas as villas e cidades do Pará, que novamente for-
viagem ao Orenoco, em l.õ95, deu a noticia de que os francezes mava nos fins do século XVll com o do Maranhão um só go-
— que andavam á cata de ouro, estavam fazendo o descobri- verno. Estabelecidos os tratados que determinavam os limites
ment) destas terras. De todos estes exploradores esquecidos, do Brazil no Pará com as possessões visinhas, cessaram os
só La Ravardiérc deixou o nome ligado á descoberta do Pará. receios de evasões estrangeiras e augmt-ntou a producção do
Em 1605, voltava elle á Europa da sua primeira expedição á Estado; colheu-se o cacáo, a baunilha, o anil ;
plantou-se o
Guyana e em 1612, sahiu pala terceira vez da França e partiu café, do qual se tornou então o Pará o primeiro mercado no
para o Maranhão, que já era colonisado por francezes, e no Brazil e augmentou-se o numero das viagens jmra Portugal. Em
anno seguinte seguia para o Pará, com soldados e Índios, no 1702, começou a criação de gado na ilha de Marajó, da qual
intuito de tomar posse definitiva daquella região para o seu se occuparam em grande parte os frades mercenários, fundando
soberau'). Trataram, entretanto, os portuguezes de conquistar grandes fazendas, que passaram depois para o domínio da
o que lhes pertenciam por direitos de tratados. B'rancisco Nação e hoje pertencem a 3 Estado. Em 20 annos teve o Pará
Caldeira Castello Branco que sob as ordens de Jeronyrao de gado para o consumo e em 50 annos havia em Marajó mais de
Albuquerque, fura em 1614 partilhar a guerra contra os fran- 40.000 rezes. Creou-se também por esse tempo a milícia do
cezes no Maranhão, fundou em 1616, por ordem de Alexandre Estado, formando-se alguns corpos com os naturaes do paiz.
de Moura, a cidade de N. S. de Bjlém, sobre a bahia de Gua- Fez-se correr a moeda metallica, pois até então serviam os
jará, e a capitania do Pará, da q ial levara o titulo de capitão- novellos de algodão e em algumas partes a fructa cacáo para
mór. O Pará era enl.'^o habitado por diversas nações de índios, as permutas commerciaes. Fortificou-se a entrada do porto
que se guerreavam uns aos outros e contavam milhares de da capital e diversos pontos da fronteira e, em 1721, orga-
nabs. ; só os Nheengahibas, tribu valorosa e industrial que nisou-so a Mesa da Alfandega do E«tado e a Directoria da
dominava a ilha Marajó e cujos desenhos de igaçabas lembram Saúde Publica, tornando-se então notável o governador Fran-
os traços de povos antigos, eram em numero de 40.000 Índios. cisco Berredo, que escreveu um livro sobre finanças e outro
Os primeiros annos de colonisação passaram-se sem importân- sobre a chronologia do Pará. Creou-se em 1723 o bispado ca-
cia, entre deposições de governadores e intrigas entro colonos, tholico do Estado, cuja religião prestou relevantes serviço^,
missionários e o governo da metrópole. O próprio Castello sobretudo á instriicção indígena. Os jesuítas crearam uma
Branco foi deposto, preso e remattido para Lisbòa. Dos homens língua geral para ser ensinada a todas as tribus, e nm delles,
que lhe succederam, resalla apenas a ligura sympathica de o padre Malagrida, fundou em 1745 o Seminário do Pará,
Pedro Teixeira que, em 1637, 1'oi o chefe da primeira expedição onde se tem instruído grande parte da mocidade paraense.
portugucza que subio o Amazonas até Quito e cravou nas Tres annos depois, lançaram-se os alicerces da famosa Cathe-
margens do i^lapo os marcos limitrophes das possessões portu- dral de Belém que, depois das reformas ultimamente feitas
guezas do Brazil. Dessa viagem, que durou dous annos, sahi- pelo bispo Macedo Costa, tornou-se o mais sumptuoso templo
rara para a Europa as primeiras notas scientilicas do gránde citholíco do Brazil. A Companhia de Jesus, por ultimo,
rio o uma carta geographica da região. Em 1640, tomou elle ajudou as intrigai administrativas, fez estorvos á delimitação
conla do governo, onde pouco mais de um anno demorou-so. das fronteiras, protelou as decisões régias e deu motivos ao seu
Começou por esse tempo nas terras da Amazónia a escravisação próprio anniquilamento no Estado. Èm1741, o sábio La Gon-
dos Índios, a que .se chamou resgate. Os jesuítas, a quem damine chegou ao Pará com uma commíssão de astrónomos
devemos os primeiros lampejos de civilisação, foram, ao prin- francezes e hespanhóes, com o íim de organisar oliservaçôes
cipio, escravisadores e d qiois apóstolos da abolição o padre : geodésicas para determinar a verdadeira lórma da terra.
Antonio Vieira se fez o principal pregador dessa cruzada até Este homem escreveu sérios estudos sobre a região e fez ana-
que foram mandadas executar as determinações da Bulla Pon- lyses scientificas, dando conhecimento á Europa dos seus
lific.i, do áO (lo dezembro de 1741, por nm decreto referendado principaes productos naturaes, entre os quaes a borracha, que
pelo Marquez do Pombal, em que declarava que bodos os índios até então era ali ignorada. Gaspar de Lima descobriu no
er.im livres o pKliam gosar das honras, privilégios e libn-dadei paiz a quina e fez-se explorações de ouro no rio Tapajó s :

de que gopavam os demais vassallos portuguezes. Até 1641 João de Azevedo desceu de Matto Grosso por aquelle rio o
esteve o Pará debaixo do governo do Maranhão sob a admi-
; certificou ser possível uma communícação por ali com aquelle
nistração de Pedro Maciel, tornou-se governo independente, o Estado. Só agora, poréin, é que se faz estudos para uma es-
que valeu-lhc ser no anno seguinte conquistado, quasi sem trada de ferro naquella direcção. Tomou conla do governo do
esforço, pelos hollandezes, que, dentro de um anno, abandona- Pará, em 1751, Mendonça Furtado, irmão do Marquez de
ram voluntariamente a sua conquista. Voltou o Pará nova- Pombal, ministro do Reino. Foi uma administração fértil :

mente ;i.dependência do Mannbáo, até que em 1652 a metró- ampliou a instrucção aos naturaes e orgauisou o poder judi-
pole nome.iu um homem adcn nlmlo, Ignacio do Rego Barreio, ciário. Fez experimentar no Pará o systema de colonisação
para primeiro governador. l';iii Ihl',', ini (-rcndn em Portnijal à militar, mandou buscar da Europa regimentos de soldados, a
Companhia Geral do Commor. in iln que sii fni oxl'incla mõr parte lavradores e deu-lhes terras para cullivarem_, de
cm maior llon\sci iiu;n d no Nui-le ella leve o
17?0 e leve o seu : parceria com os índios, a quem ensinavam, pagando salários.
monopólio do commercio com a coudiruo do transportar as Daitun desse tempo as colónias militares do Araguaya e Ara-
autoridades para o Brazil e defender o territ-M-io cmlra as guary. Como a importação augmentava, creou-se a Compa-
invasões estrangeiras, para o que tinha uma armada de 31 nhia Geral do (joniinercio do Maranhão, que, ao lado de alguns
navios armados c equipados por sua coma. Ksta companhia a , melhorameutos, introduzio 3.1)00 escravos africanos no Pará
quem poucos melhoramentos devemos, commelteu abusos que lhe e bumilliando a lavoura, deu origem a que a colonisação por-
grangenram geral aiitipathia e motivaram insurreições, das fuguív.a se dedicasse quasi exclusivamente ao commercio. tísla
quaes a mais séria loj a do Beckman em liisl. Os divfrsos Conipanliia cessou o seii movimento em 1778. Consfcruiu-se
sertões do Pará começaram a ser catechisados pelos missio- por cssn tompo o monumental Palacio do Governo, primeiro
narifís calholicos, lornando-se notável no .\lto Tapajós o padre
do Brazil, di^ddo ao plano do engenheiro Lande. Desseca-
Antonio do Villela, quando por outro lado o Alto Tocantins- ram-30 os pântanos que cobriam grande parle da capital, por
PAR — 29 — PAR

um plano do engenheiro Gronfeliz, abrindo ísangradouros e da prov., teve a pusilanimidade de se deiíar depor; o incêndio,
valias e lazendo convei-g-ir as aguas paludosaí para os rios o roubo e a selvageria invadiram cidades e villas, só esca-
Guamá, Guajará, e igarapé do Reducto. Levan taram-se depois pando poucas, das quaes a mais importante foi Cametá que
os primeiros estaljelecimentos industriaes do Estado. Em ITlU sob a chefia do padre Pnidencio se fez a capital da legalidade.
estal)elecea-se um estaleiro para as graades construcções Coube ao general Andréa em 13 de maio de 1836, tomar Belém
navaes, o qual deu começo ao actual Arsenal de Marinha. Foi aos anarchistas e pacificar a prov. A imprensa que tinha
também creado nesse anuo o hospital militar na praça da Sé, assanhado os ânimos, tornou-se o apostolo da lei a ella de- :

onde está hoje o arsenal de guerra e junto do local onde, mais vemos grande parte do nosso progresso. O Pará tinha então
tarde, o bispo frei Caetano Brandão ergueu o hospital da Santa dous jornaes e hoje tem mais de 20. Começou para a prov. a
Casa da Misericórdia, cuja irmandade cathoiica está hoje paz e a prosperidade, augmentando a sua receita em 1838 era
:

secularisada, e fez construir um vasto hospital na praça de ella de 231:000$, em 1888 de 3.205:000$ e hoje passa de
Santa Luzia. Terminou o século XVIII por uma série de trar 6.0ÚO:000.'5. Neste computo só incluímos a renda do Estado,
balhos de limites por commissões mistas de liespanhóes e independente da municipal e da geral. Multiplicaram-se os
portuguezes que discriminaram as fronteiras com o Perú, escla- estabelecimentos índustriaes e de lavoura. Algum tempo depois,
recendo o tratado de 1777 em que a coroa portugiieza foi espo- foram esses estabelecimentos sendo abandonados e o povo se
liada de grande parte do seu território e o tratado de Utrecht entregou, quasi exclusivamente, á colheita dos productos na-
em que se marcou o Oyapoclc como o novo limite com as turaes borracha, oacáo, cumaru, etc, por lhe dar maiores
:

Guyanas. Dessas explorações. e estudos publicarara-se obras, lucros. Ao passo que o commercio alargava-se mais, os navios,
das quaes a mais seria é a Chorographia do engenheiro Braun. nacionaes eram poucos para transportar todos os productos da
Com a mudança da còrie de D. João VI para o Brazil, tudo Amazónia, por isso o Governo abriu em 1867 o Rio Amazonas
melhorou. O Pará foi elevado á prov. do Reino Unido de ás embarcações de todas as nações. Franqueada assim a explo-
Portugal, Brazil e Algarves : regulamentou-se os impostos, ração do grande rio a todos os paizes, desenvolveu-se o Pará
cobrou-se a decima urbana e augmentou-se o funccionalismo. e cresceu o seu rendimento. Já em 1852 tinha começado a na-
Como um desforço á invasão de Bonaparte em Portugal, mandou vegação a vapor no curso do Amazonas, o que tem dado resul-
o rei em 1809 que uma divisão de soldados paraenses fosse tados até nunca vistos em outros paizes fluviaes. O paraense
occupar Cayenna, o que com valentia fizeram e só a restituí- João Augusto Corrêa creou para nós o mercado dos Estados
ram em 1817. Em remuneração destes serviços foram conce- Unidos e foi o primeiro proponente á navegação a vapor do
didas as primeiras sesmarias de terras na província. Refor- Amazonas. Em 1865 o Brazil declarou a guerra ao Guverno
mou-se a rnesa da alfandega e amplíou-se o commercio com do Paraguay os paraenses organsíaram tropas patrióticas dè
;

as nações estrangeiras. Desse progresso surgiram os primeiros voluntários e arregimentados que correram a defender a Patria.
impulsos da indspendeneia. A principio o Pará temia ficar su- Para glorificar estes martyres, a prov. mandou erigir na praça
jeito ao centro do Brazil e nesse sentido se manifestou a insur- do Palacio uma estatua ao general Gurjão valorosamente
reição de 1821 em favor da Carta Portugueza, que teve como ferido de morte no combate de Itororó. A índole pacifica do
Victoria a acclamação de uma junta governativa e a mensagem povo paraense entrou em largo período de prosperidade.
de uma deputação á Europa,' assegurando fidelidade ao Rei, Appareceram homens como Angelo Custodio, Jeronymo Coelho,
da qual fez parte o estudante Felippe Patroni, um agitador Marquez de Santa Cruz e Souza Franco, e a esse período de-
irrellectido, que se pronunciou quasi logo contra essa mesma vemos muitas instituições e edificios públicos o Jury, o Tri-
:

metrópole e acabou como republicano. Foi elle quem publicou bunal de Relação, o Lyceu Paraense, o CoUegio do Amparo,
o primeiro jornal nesta terra O Paraense, d'onde sahiram a Escola Normal, o Instituto de Educandos, o Theatro da Paz,
os germens do republicanismo no Pará. Já o Brazil se tinha o primeiro do Brazil, o Museu, o Palacete Municipal, a aBer-
tornado indensndente de Portugal desde 1822, quando a 1 de tura de muilas ruas e o calçamento de algumas delias por
março do 18z3 os patriotas paraenses tentaram adherir áquelle parallelipipedos de granito, etc, etc. No meio de todo este
movimento esta revolução abortou e os seus implicados foram
; desenvolvimento, o espirito publico procurou sempre um esti-
deportados para a Europa. O cónego Baptista Campos, outro mulante para os seus ideaes, A abolição da escravatura foi
agitador popular, figurava como chefe do Partido Nacional. pregada por clubs e jornaes, l\ermesses e abnegações, e coube
Finalmente, em 15 de agosto de 1823 á intimação de um brigue ao Pará a gloria de marcar o dia 13 de maio de 18SS, anni-
de guerra Imperial, commandado por John Greenfell, a Junta versario da volta da Legalidade de 1836, para a abolição com-
Governativa acclamada em 1821, capitulou, acceitando a pleta da escravidão no paiz. Já nesse tempo a ídéa republicana
Independência do Brazil e o governo de D. Pedro I. Estes começava a crear vulto alguns moços completamente descrentes
:

homens retrógrados continuaram nas posições oíficiaes o que dos homens e dos partidos militantes começaram ostensiva-
exasperou os patriotas da Independência e deu causa a insur- mente a congregar-se, organisando conferencias, meetings e
reições seguidas, das quaes a mais trágica foi a de 16 de ou- dando publicidade ao seu jornal .1 Itcpuhlica, Outros jornaes
tubro desse anno que teve como epilogo a morte por asphyxia acceitaram com sympathia a propaganda que chegou a invadir
de 250 patriotas, no portão do navio Palliaço. A indignação o recinto dos velhos políticos. Debalde o Conde d'Eu, em uma
lançou a revolução e a discórdia no interior da prov. O des- viagem que fez ao Amazonas em começo da 1889, procurou
contentamento era geral e o desalento deu vida ao espirito grangear sympathias para o throno a Republica ia avassal-
;

republicano, que era pregado pela única imprensa do Estado lando as intelligencias e foi quasi uma consequência do espirito
e adoptado como bamleira do Partido Nacional. Já estava até publico esclarecido. Proclamada em 15 de novembro de
marcado o dia 1° de maio de 1824 para a explosão de uma re- 1889 no Rio de Janeiro, ella foi acceíta no Pará no dia se-
volução que levasse o Pará a ligar-se ás demais provs. do N. guinte, sendo acclamada uma junta governativa e declarado
formando a celebre Confederação do Equador, quando no dia o Para Estado autónomo federativo. Esta junta governativa foi
anSerior chegou a Belém o primeiro presidente nomeado por composta do Dr. Justo Chermont, coronel Bento Fernandes e
Carta Imperial, Dr. José de Araujo Roso. O Governo do Rio capitão de fragata José do Nascimento. Chermont foi nomeado
para satisfazer os ideaes de autonomismo que manifestavam-se em dezembro de 1889 governador até janeiro de 1891, sendo
aqui, deu aos primeiros presidentes a maior somma de attri- chamado ao Rio para occupar a pasta de ministro do estran-
buiçues que foraia sendo absorvidas, á medida que a prov. se geiro, lluet Bacellar tomou conta do governo do Estado eiu
desenvolveu, até que a Republica as trouxe em maior escala março do 1891 até á definitiva constituição do Estailo. Pro-
em 1889. Roso enlregou-se á mesma camarilha que governava mulgada a Constituição do Estado a 22 de junho de 1891 foi no dia
e os seus antagonistas, sem recursos e esperanças, íizovnm-so seguinte eleito pelo Poder Legislativo para primeiro governador
demagogos. Houve revoltas em diversos pontos do inl.n-ior o o 1)r. V,anro Sndi^é, ([\\f ainiln, lioj.^ (1896) dirige os destinos do
emquanto a autoridade atropellava-se nos arbítrios, a anarchia Estado. —
Aspecto. — O território do Estado do Pará conipòe-.se
invadia todos os espíritos o, ajudada pelo fanatismo religioso, do terras baixas no delta á margem do Amazonas, e terras
íez explosão em 1835 com a Revolução da Calianagem, que altas :i margem esq. deste rio, a começar dos montes de
encheu de sangue e de liorror ioda a prov. e assignaluu uma Almeirim e Velha Pobre que são contrafortes da cadeia de
época de terror dirigida por Edu;irtlo Angeliui e pelos ddus montanhas que limita o Estado ao N. com as Guyanas, a.?
Vinagres (Antonio e Francisco), dos quaes o ultimo e j\.ngf|íni
se fizeram acclamar presidentes. Os anarchistas começaram
assassinando as autoridades legaes e acabaram matando
Malcher, o primeiro chefe por elles escolhido. O marechal
Manoel Jorge, nomeado pelo Governo do Rio para tomar conta * Ou Velha Povoa como clianioiíi oiitrin.
PAR — 30 — PAR

cebido as delles. Esta rède complicada aclia-se desenhada,


terras altas do Capim, Acará e Xiiigú e em
geral de todos os
baixas, como nas ilhas cavada nas camadas antigas anteriormente assignaladas ». O
rios a alrnms kils. da foz. Nas terr.is
professor Hartt também se manifesta com opinião idêntica á
dodplta e om toda a facha de recente Ibimaçao, a margem
do
de Agassiz. « O valle do Amazonas, diz elle, ao principio appa-
\m:izonas, pe lominam campos coljei'tos de gordas e
alnin-
gradualmente, ate receu como um largo canal entr.' duas ilhas ou grupos de
ilant->s naHa.'ons, planicies que se elevam
iliias, das qiiaes uma constituiu a base e o núcleo do planalto
•,s t.-rras altas; ámargem, porém, doí grandes aíTs. -vicejam
iltura do cicao, camia de brazileiro, e a outra ao N. a do planalto da Guyana. Estas
llorostas .-m terras próprias para c
r.ropicul, povoadas ae ilhas appareceram no principio da eJade silurmua ou um
assiic.ir e todos os cereaes da 7.'<n; uii,
l'ara melhor pouco depois delia. Naquella época os Andes nao existiam.
nrvor.'sde syphonia elástica, de cavanhaes, eW.
'

transcre- Antes da apparição dos Andes, o valle do Amazonas consistia


aiiiizar-sc da configuração que oílerece esta região,
simplesmente em dous golfos unidos por um canal. Os
vemos aa palavras dos grandes sábios Agassiz e Hartt, que
profundamente estudaram o grande valle do Amazonas, de Andes irromperam na entrada do golfo de O., convertendo-o
valle amazonico, diz Agassiz, não é
«O um em uma verdadeira bacia, posto que com sahidas, tanto ao N.
que cila faz parto.
valle no sentido ordinário da palavra : elle não se acha
en- como ao S. Todo o continente foi depois deprimido de modo
tal que as aguas cobriram amplamente os planaltos da Guyana
caixado entre altas paredes encerrando as aguas que se escoam,
uma \asta planície de 1.200 kils. de largura, e do I5razil, e as camadas terciárias foram ahl depositadas,
pelo contrario c
mais ou menos, sobre 4.000 de comprimento com um declive variando em espessura e cons trucfcura, conforme as condições
em que foram formadas. E' do suppor que estas camadas se
Ião fr.ico que a média não e.Kcede de 19 centímetros por myria-
raetro. Entre Óbidos e a beira-mar, a distancia é de
cerca tivessem adaptado, em nivel, com o fundo sobre que tenham
de 1.,3'00 kils. e a queda não ê senão de 13 metros e 70 centí- sido depositadas, conservando-se mais altas nas mais baixas
metros. De Tabatinga ao Oceano ha, em linha recta, rnais de margens da bacia e immergindo das margens para o centro.
.'i.200 kils. e a dillerença de nivel regula 60 metros.
A impressão Quando o continente surgiu outra vez sobre as aguas, primei-
á simples vista, é uma planície perfeita e o escoa-
pois a de ramente levantaram-se os planaltos nivellados por. sua nova
mento da agua que torna-se apenas perceptível em
é tão lento acquisição de depósitos : porém, logo depois, os actuaes di-
muitos pontos do rio. Todavia este ultimo tem uma marcha visores das aguas, ligando os grandes planaltos com os Andes,
lenta, mas incessante para L. e deslisa ao longo da immensa vieram acima da agua, e o valle do Amazonas tornou-se em
planície, inclinula docemente dos Andes para o mar, ajudado mediterrâneo, ooromunicando-se a L. com o Atlântico por um
pelo fluxo intermittente dos tribs. das duas margens, que apertado canal ». «Esta exposição, diz o celebre Dr. Orville
impelle a massa da agua para o N. durante os mezes do nosso Derby, explica claramente a formação da várzea, das planicies
inverno, e a recalca para o S. na época de nosso verão. O baixas do Pará e das planicies altas do interior da prov.
etleito destas alternativas é que o fundo do valle se desloca Resta dizer que os terrenos aocidenlados são devidos ao appa-
constantemente: dahi a tendência para a formação de canaes recimento, em virtude da desnudação das camadas terciárias,
que vão do grande leito para os seus tribs., como vimos que das camadas inclinadas das formações mais antigas do que a
existe éntre o Solimões e o rio Negro e como Humboldt men- terciária, incluindo a cretácea, 'a paleozóica e a archeana.
ciona entre o Hyapurá e o Amazonas. De facto todos esses rios As rochas das antigas ilhas, primeiras terras emergidas do
são ligados entre si por uma rède de canaes formando um Oceano que occupava a área em que o continente se formava,
labyrintho de vias de communicação que, em grande parte, teem sido profundamente metaraorphoseadas, sendo convertidas
tornarão sempre inúteis as vias terrestres... O valle do im- em granito, gneiss, quartzito e sohisto metamorpliico por :

menso rio foi primeiramente esboçado pelo levantamento de isto podemos facilmente determinar approximadamente a ex-
dous pedaços de continente, isto é, o planalto da Guyana ao N. tensão daquellas ilhas, estando a distriljuição das rochas me-
e o planalto central do Brazíl ao S. É' provável que, na época tamorphicas. » E a verdade dessa theoria não pôde deixar de
em que estes dous planaltos se elevaram ácima da superfície ser acceita para quem observa o curso livre do grande rio, e a
do Oceano, os Andes ainda não existissem .. Na origem, um . profundidade do seu leito, em relação ao Tapajoz, ao Xingu,
levantamento plulonico, despedaçando a superfície, produzio ao Tocantins e aos outros geralmente enoachoeirados e de
a grande planura elevada da Bolívia, cujo caracter foi Hum- profundidade diminuta em muitas secções em certa época do
boldt quem primeiro e oabalmente reconheceu depois formou- ; anno. E para não deixar duvida, ahi se ostenta a grande ilha de
ao a planura elevada do território brazileiro, e lanto esta como Marajó e todas as outras circum jacentes, occupando a fauce
aquella acham-se inclinadas em sentido inverso, uma para o enorme por onde invadia o Oceano, hoje repellido pela corrente
lado do N. e outra para o lado do S. O primeiro limite da poderosa das aguas amazonicas. Fazendo a apreciação do ca-
futura bacia, achou-se assim traçado mas a própria ainda
: racter geológico da formação do grande valle diz ainda Agassiz:
não existia. O quo resultou desse grande córte foi um estreito « Nada ou quasi nada se sabe sobre os mais antigos depósitos
(pie occupou o vão existente entre os dous fragmentos. Um stralificados que repousam sobre as massas crystallinas que
estreito, pois, punha em communicação os dous oceanos. Um primeiras se elevaram ao longo das bordas do valle. Não ha
dia appareceram os Andes, que, éstendendo-se do N. ao S., aqui. como na America do Norte, successão de terrenos azoico.
('ormaram um dique gigantesco, cujos declives S5 inclinaram siluriano, devoniano, e carbonífero, emergindo um após outro
para lí. e o valle foi traçado, senão circuniscripto em seus pelo gradual levantamento do continente. Cá e lá, entretanto,
limites actuaos. Em todos os sentidos vemos os effeitos da é facto fora de duvida, os terrenos mais antigos da época pa-
formação do rio e do assentamento da sua bacia com unia leozóica e da época secundaria formam a base das formações
tríplice inclinação de que resultam a direcção e o curso dos posteriores. O primeiro capitulo da historia do valle, sobre o
alTs. Disto rcsiUtou também a díHerença que se nota entre o qual possuímos dados authenticos, encadeando-se uns aos
Amazonas e os ouiros grandes rios. O leito principal não tem outros, é o do período cretáceo. Parece c?rto que, no fim da
uma bacia claramente circuniserípta. Não é um canal único, edade secundaria, toda a bacia do Amazonas cobri u-se de um
é intia rède do canaes lantn mais complicada, q lanto )iiais cau- deposito cretáceo cuja parte marginal se mostra em diversas
dalosos são os afis. As a n.isl iiiiinsi'S enti-.; a.s di Iferentes cor- localidades nas bordas do valle. Observou-se este deposito, se-
ront.pí da agua são extromaiuente fi'equoiites. Assim o Madeira guindo 03 limites meridionaes da bacia, em sous confins occi-
estcnile na direcção do Nascente um braço que, depois de ter dentaes ao longo dos Andes, na Venezuela sobra a cadeia
recebido diversos ramos inferiores, só se ajunta á artéria prin- costeira, e também em algumas localidades próximas de seus
cipal em Villa Hella. Esla artéria principal, também por sua limites do lado do Oriente... O complexo desses depósitos (os
voz, quasi não pôde ser distinguida e não se sabe se essas amazonícos) acha-se acima do nixel do mar, posto que em um
múltiplas anastomoses são ou não antigos leitos abandonados plano pouco elevado. As camadas mais baixas são visíveis por
pelo Amazonas propriamente dito. E estas anastomoses não toda a parte, desde o Huallaga até Marajó. Formaram-se
existem só nas proximidades dos confluentes o Solimões ; com um leve declive na direcção de O. para E. Sempre e por
ajunta-se ao Madeira e ao Amazonas; mais além o Japurá toda a parte apresentam um tríplice caracter. No fundo são
estondo ramificações que vão até o rio Negro. De maneira que mornas, argillas tão finas, de tal modo trituradas que é quasi
o .'Vmazonas despoja aguas nos sous tribs., antes de ler re- impossível distinguír-se-lhes os grãos. Formam ellas uma
massa al)Solutamente uniforme e homogénea. Depois appa-
rece uma mistura do argílla e areia, e finalmente uma areia
cada vez mais grossa. Assim — 1." Uma areia grossa misturada
com pedras roladas; 2." Uma areia fina depositada era
Dvlos ost:itiitico3 o iiil'onn,iC')i'.i para os imiuigraiites. l'ar;l, ISS .(?amadas regulares e delgadas', 3." Bancos ou lameiras de
PAR — 31 — PAR

argilla em camadas tão finas que são as vezes delgadas como affirmação na importante obra —Tha naturalist ou Thé River
uma folha de papel eis na ordem de superposição o primeiro
: Amazons —
comas seguintes palavras: «Embora esteja (a
sysliema observado em toda a parte. A camada que termina cidade do Pará) perto do Equador, o clima não é excessiva-
o deposito e lhe fórma a superfície, é uma espécie de verniz, mente quente. Durante tres annos a temperatura sómente uma
de crosta uniformemente lisa, sem erosão e que mostra que vez chegou a 95" Fahrenheit (3õo c). O maior calor do dia,
as argillas não foram denudadas antes da formação dessa depois de duas horas é geralmente entre 89» 6 94° Fahrenheit;
mesma camada. Por cima deste primeiro systema apparece de outro lado, porém, o ar nunca é mais frio de 73", de modo
outro deposito de um grés composto de saibro, de grãos de que existe uma temperatura uniformemente alta e a média do
rochas deseguaes, de um grés grosseiro, emfim, producto de anno e 81o Fharenheit (27° c). Os norte americanos aqui resi-
materiaes diversos, mas precipitado também em camadas dentes, dizem que o calor não é tão suffbcaníe como em New-
parallelas e sem discordância de stratillcação, isto é, pre- York e Philadolphia no verão... Sorprendeu-nos agradavel-
cipitado na mesma bacia de aguas tranquillas onde se formou mente não achar perigo algum na exposição ao ar da noite ou
o deposito do primeiro systema. Nesta segunda ordem de na residência nas terras baixas pantanosas. Alguns habitantes
camadas ha duas cousas a notar : i.a A diversidade na na- inglezes, gue estão aqui estabelecidos ha 20 ou 30 annos, teem
tureza do grés, mistura de areia grossa, de silica, de calcai-eo, um» quasi tão bello aspecto como se nunca houvessem deixado
de oxido de ferro o mais das vezes ; é um grés, as vezes durís- o seu paiz natal... A temperatura igual, a perpetua verdura,
simo, em alguns pontos tão cheio de ferro, que assemelha-se a frescura da estação secca, quando o calor do sol é temperado
á este metal ao sahir da mina: sempre um grés grosseiro : pelas fortes brisas marítimas e a moderação das chuvas pe-
2.* E'que ás vezes descobre-se o vestígio de uma violenta riódicas, tornam o clima um dos mais agradáveis da superfície
acção dos aguas. Este systema, o mais considerável, tem ás da terra ». Henri Morize divide o Brasil em tres zonas ther-
vezes oitenta, cem e até mesmo mil pés de espessura em alguns maes a tropical, a sub-tropical e a temperada. A primeira
:

sitios, e por to 'a a parte se apresenta com o mesmo paral- zona, também chamada tórrida ou equatorial, comprehende
lelismo. O terceiro deposito, assentado sobre os dois primeiros, toda a parte do Brazil, cuja temperatura excede de 25». A linha
resulta da conglomeração de argillas areentas mui finas, que limita esta zona, isto é, a isothermica de 25°, passa ao
semelhantes ás que se acham nos arredores do Rio de Janeiro sul de Pernambuco, talvez por Alagoas ou Sergipe : corta uma
e que mal api'e9entam vestígios de stratiflcação. As parle de Goyaz e Matto-Grosso, passando abaixo de Cuyabá.
camadas deste deposito são indistinctas, o seu todo parece Ficam, portanto, situados nesia zona os Estados de Pernam-
homogéneo. » — Clima, temperatura e salubridade. — Pro- buco, Parahyba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauhy, Mara-
fundo era o preconceito vulgarísado contra o clima desta nhão, Pará e Amazonas, (cit. de SanfAnna Nery —
«Le Brésil
região, por muitos considerada o fóco das febres palustres. eu 1889 »). Porque razão devem o Pará e o Amazonas ser
Hoje, felizmente, se acha sufPicientemenie reformado tal considerados os mais quentes de todos os Estados comprehen-
juizo, e para isso teemcontribuido mais do que tudo, as didos na zona tropical ? Por se acharem, dizem logo sem o
insuspeitas opiniões dos estrangeiros illustresque tem-na per- menor exame, na parto septentrional dessa zona e por conse-
corrido, mesmo atravez das paragens as mais inhospitas. Nas quência mais próximos do Equador thermal. No entanto, o
terras altas, pôde-se aííirmar, o clima ó temperado ; é quente Equador thermal (32° c. ou 90o Par.) passa ao norte da Ama-
e húmido nas terras baixas e alagadiças. O gráo de regulari- zónia, pelas Antillas, a 15 ou 16 gráos na sua maior distancia
dade de variação da temperatura é de tal ordem que torna-se do Equador geographioo. Como o Pará se acha todo na zona
admirável a perfeição e symetria do respectivo diagramma nos tropical é elle jub^ado desfavoravelmente por aquelles que
instrumentos registradores. A temperatura varia dentro dos pensam que toda a região intertropical é perniciosa, como
limites estreitos de 210 a 32" de um modo uniforme que em ainda pelos que ignorando as causas modificadoras do clima
poucos logares é dado observar. Os alizios que sopram con- attribuem-lhe injustamente condições climatéricas idênticas ás
stantemente de Este e Nordeste, e as chuvas que cabem ordi- dos paizes sujeitos aos verões e seccas desoladores. Para quem
nariamente á tarde, suavisam o clima, produzindo noites ame- observa, porém, a frequência das chuvas quasi quotidianas, a
nas como as dos climas temperados. Herbert H. Smith refe- constância nos ventos modificando a acção solar, e as florestas
rindo-se ao clima do Pará em sua obra narrativa The Amazon gigantescas purificando com seus eífluvíos o ar que por ellas
and tha Coast, assim se exprime : —
«Tanto na estação das perpassa, e a infinidade de rios que corta o immenso valle e
chuvas como na secca, a temperatura é a mesmíssima em iertílisa o sòlo de modo prodigioso, a esses é extremamente
todo o valle, e de nenhum modo um calor equatorial abrazador, opposio o juizo a formar sobre a climatologia da Amazónia.
como podereis imaginar. E' verdade que no Pará o povo Entre as cluas únicas estações que conhecemos —
a estação das
queixa-se dos dias suííbcantes, porém em New-York durante clnnas e a estação secca ou estação do calor —
a difterença é
o mez de agosto haveis de ver uma dúzia de dias meis suflb- mínima e só accentua-se pela maior ou menor frequência das
cantss do que aquelles : 90" Fahrenheit é mais ou menos a chuvas. O professor M. F. Draenert que observou por muitos
temperatura a mais alta nas horas do sol da tarde, e as noites annos a distribuição das chuvas no Brazil, calculou para diversas
são deliciosamente frescas ». Wallace que, como Smith, per- localidades a quantidade de chuva annual, e eis o resultado a
correu durante quatro annos o valle do Amazonas e os melhores que chenou a capital do Pará: Janeiro 165,4 míllímetros feve- ;

esclarecimentos preston sobre esta região no seu importante reiro 269,9 março 294,1 abril, 307,3 maio, 256,4 junho, 133,9 ;
: : :

livro— Narrativa of traveis on tlie Amazon and Rio Negro :


;

julho, 82,9 agosto, 77,6 setembro, 52,3 outubro, 17,8; novem-


; ;

— emitte a sua opidião nos seguintes termos: «O clima do bro, 72,3 dezembro, 58,6. Os resultados observados na Repartição
;

valle do Amazonas é notável pela unifoi-mídade da tempera- de Obras Publicas, Terras e Colonisação do Pará, em 1892, a
tura e por uma provisão regular de humidade. Em muitas partir de maio, relativamente á chuva e á evaporação, foram :
partes delle, ha seis mezes de estação secca e seis mezes de
estação chuvosa, nenhuma delias tão rigorosa como em alguns Chuva EvaporaQão
outros paizes tropicaes... Ha, comtudo, notáveis desvios a esta Maio 153mm 9lmm
Junho 249 84
regra geral. . . O Pará é um desses logares excepcionaes. São
jRllio 828 1Í9
aqui as estações tão modificadas, que tornam o eeu clima um Agosto 91 109
dos mais agradáveis do globo. Houvesse eu julgado simples- Setembro 186 lOS
mente o clima do Pará pela minha primeira residência de um
anno, poderia pensar ter sido impressionado pela novidade do E' bem conhecida a opinião de iMaury sobre o clima da região
clima tropical: porém, á minha volta, após um estádio de três amazonica « Em todas as regiões intertropicaes do globo, na
:

annos no Alto Amazonas e no rio Negro, foi igualmente im- índia, na Polynesia, na Africa Occidental e na Nova Hollanda,
pressionada com a maravilhosa frescura e brilho da atmos- imperam as ciuas estações. Durante a secca pouca ou nenhuma
phera, com a balsâmica doçura das tardes, que certamente chuva cáe exhaurem-se as fontes, perece o gado e os corpos
;

não teem iguaes em outra parte por mim visitada. A maior mortos contaminam o ar, succede então desen volver-se na-
variação em uin dia não è, penso eu, nunca de mais de 20o quellas regiões o terrível mal da peste. No valle amazonico
Fahrenheit e em quatro annos as mais baixas e as mais altas não succede a mesma cousa as chuvas ainda que copiosas,
;

temperaturas dão somente um extremo de variação de 25o. pro- não cahern no espaço de poucos mezes, nem são acompanhadas
vavelmente não existe no mundo clima mais igual, » São estas pelos terríveis tufões que apparecem nas mudanças de estações
opiniões imparciaes e de viajantes illustrados que devem me- na índia. Na America, brandas e fertilisadoras chuvas cabem
recer todo o acatamento, e corraborando-as vem ainda Battes, em todos os mezes do anno e não são frequentes os tufões.
que esteve mais de dez annos na Amazónia, prestar a sua Muitos suppõem que por estar esta região dentro dos trópicos,
;

PAR — 32 PAR

análogo ao dos demaia paizes tropicaes, como a as cachoeiras. Certos rios, também, são saudáveis durante alguns
tem clima
razões expostas e por não haver monções ou
maí? pelas annos, mas insalubres em outras occasiões ; isto achei eu no
Ilidia
Tocantids, no Xingú e em outros tributários. » Chandless, es-
;

outras causas que produzam o abrazamento do va)le do Ama- —


em uma eslação, ou ser iunundada pelas crevendo do Purús em 1865, diz : « Agora está muiio sau-
zonas pela secca
dável, mas ha alguns oito annos atraz, as febres prevaleceram
cbuvas em outra, ba tanta semelhança entre os climas da índia nma
de tal modo e severas em eslação que no anno se-
e do Amazonas, corno entre os de Roma e Boston. E assim
tão
guinte, sómente quatro ou cinco homens aventuraram-se a subir
como commeiieria um t^rave erro quem julgasse idênticos os
climas de Boston e de Roma por se acharem soba mesma lati- o i'io. Percoriú quatro annos o Amazonas e nunca tive uni ac-
tude, também em igual erro incorreria quem julgasse idêntico cesso de. sezão ; em tres dias no Chio, apanheia-a immediata-
ao da índia o clima da região amazonica, por serem ambos mente.» Do mesmo modo Creveax, Charles Wiener e tantos outros
paizes intertropicaes. Qual deve ser a condição de um paiz intrepitos viajantes do Amazonas não soílroram de febres inter-
intortropical que tom o seu sólo regado por frequentes chuvas mittentes, nem das outras suppostas moléstias do nosso clima.
e onde não so verilicam soccas abrazadoras durante séculos de
Orton disse que « sem as epidemias importadas, seria o Pará o
perpetno verão ? Era um tal clima dá-se o phenomeno de uma jiaraizo dos inválidos. Antes que attribuir as moléstias e em
extraordinária fertilidade, porque tudo nasce e desenvolve-se geral as febres palustres á influencia do clima, deve-se attribuir
rapidamente. A rápida producção e a constante decomposição com Agassis aos hábitos da população residente nessas regiões,
« á falta absoluta de hygiene, ou. melhor, á violação systema-
de matérias vegeiaes durante milhares de annos, devem neces-
sariamente haver enriquecido a superfície do território com tica dos seus poeceitos. » « Esta bella provinda (o Pará), será
bastas camadas de terra ves-elal. A vegetação está em continua certamente um dia a mais rica da America do Sul », já excla-
actividade, sem inter^allo de repouso, porque, logo que cahe mava em 1838 Francis de Castelnau. E não menos cheia de
uma follia e começa a decomposição vão nascendo outras que entliusiasmo é a seguinta exclamação de Herbert Smith : «. . Uma .

absorvem-lhe os gazes. Taes condições fazem com que o clima cidade é esta (Belém) com um destino manifesto :uma cidade do
do .\mazonas seja um dos mais saudáveis e delicioso do mundo» futuro que ainda ha de enriquecer o mundo com o seu com-
(The Ama:07i and tha Atlantic Coast of South America). O mercio. Quem sabe se alguma vez não virá ella a ser a verda-
impaludismo é outra versão corrente contra a salubridade deira metrópole do Brazil. Assim posso eu suppôr. Rio de
desta região, e que bastante tem contribuído para im):)edir o Janeiro está muito affa>stado do mundo commercial, algumas
seu povoamento; noomtanto é quasi tão destituído de funda- boas cinco mil milhas de New- York, e ainda mais longe da
mento este preconceito qua nto ao qi;e se refere ao clima abra- Europa. O Pará está mais perto de quasi a metade daquella
zador, O distincto paraense, o Sr. José Veríssimo, já refutou distancia si não tem o ancoradouro do Rio, tem o que falta a
;

de maneira brilhante esta idea nos artigos que sobre A Ama- cidade do sul magnificas communicações por agua atravez dõ

;

zónia publicou nas coluranas do Jornal do Braz-il da Capital coração do contiuente e isto valle, si o povo soubesse
; é a
!

Federal. O « impaludismo, diz elle, é o principal e nmis vulgar parte mais rica da America do Sul. A cidade do Pará tem o
capitulo de accusação c ntra o rio Amazonas e regiões que elle seu titulo de nobreza pela sua situação, ella é a rainha do Ama-
:

banha; pois bem eu vou de certo surprehender o leitor, affir-


; zonas »
! — Orographia. —
O simples exame da formação da bacia
mando, sem o minimo receio de contestação, que em toda a do Amazonas faz ver desde logo que no limite septentrional
margem do Amazonas propriamente dito, do Oceano a Manáos correspondente ao planalto das Guyauas, e no meridional dado
as febres palustres, si não são desconhecidas, são apenas Ião pelo planalto central do Brazil, devem preponderar as fortes
frequentes como nos melhores e mais bem reputados climas. accidentações do solo do Estado. Com effeito é naquelle planalto
Taes febres é nas cabeceiras dos rios affluentes, na parte su- que se encontra a grande cadèa do systema Parima, formado
perior do seu curso, que reinam. Mesmo os mais assolados pelo pela serra de Tumuc-Humac que separa a Guyana Brazileira da
impaludismo, como o Madeira e Tocantins, teem o seu curso HoUandeza e da Franceza, e pela Acarahy entre a mesma Guyana
médio e inferior livre delias. De muitas regiões também hão e a Ingieza ; e no ul timo se -acha a serra dos Gradahús. Toda-
quasi desapparecido. Assim Macapá, que depois de haver sido via, as convulsões telluricas não devendo concentrar-se nesses
um doa pontos mais saudáveis do Estado do Pará, tornou-se pontos extremos, do mesmo modo que hiam rasgando os sulcos
era virtude de pântanos abertos pelas escavações feitas para a que seriam mais tarde os leitos dos grandes rios, os quaes rami-
construcção da sua celebre fortaleza e dos fossos e outras obras ficando-se deviam cortar assombrosamente a região, também
incompletas quo a rodeiam, um fóco de impaludismo, voltou a produziam outras elevações secundarias espalhadas aqui e alli e
sor hoje logar saudável e onde rareiam de dia a dia os casos sempre em escala descendente de gradação da altitude. E assim
dessa infecção. O mesmo dá-se com o mun. de Camelá, onde póde-se apontar também as serras do Parú, de Almeirim e da
teem sensivelmente diminuído nos últimos annos as febres pa- Velha Pobi-e no mun. de Almeirim, a de Jutaliy e Paraná-
lustre.i. Cumpre ainda advertir que rarissimamente aíTecta o quara no da Prainha, a do Tauajury, Ereré e Paytima em
impaludismo amazonico outra fórma que não a das febres in- Monte Alegre, a da Escama, Curumú, Sapucuá e Valha-me
termiltentes ou sezões, sendo que as pernicisas e typhicas são Deus em (Jbidos, e a de Parintins em Juruty, além de outras
Ião pouco vulgares, que em muitas partes da região sao des- menos importantes, muitas delias simples coílinas e serrotes,
conhecidas. Certo o impaludismo do Alto-Madeira é terrível quaes sejam as das Mongubas, Curumiry e Laranjal em Ma-
:

allecta os centros nervosos, mala ou inutilisa por muito tempo capá, a do Dedal em Faro, as de Piraquara, Aracury e Axicará
R perdura por longos annos, resistindo muitas vezes aos mais em Villa Franca, a serra Piroca e a do Curuá em Santarém, a
bom dirigidos o enérgicos tratamentos. O mesmo dá-se com as do Trocará no Tocantins e a do Priá cm Vizeu. —
Potamogra-
do Juruá. do Mojú, do Cairary e de oirtros locaes mas são ex-; phia.— Si a prosperidade de qualquer paiz depende, como é
cepções. Si são endémicas as febres intermittentes na região já hoje verdade reconhecida, de maior clesenvolvimento nas vias de
descripta, das Ilhas, no curso superior do Tocantins e do Ta- communicação que o cruzam, a todos sorprehenderá o grandioso
Iiaiõfl, no Xingú, em jiarte do Trombetas, no Alto-Madeira, no destino para que foi talhado esse Estado pelo seu systema hy-
Jur\iá, no Alto Rio Negro e fm mais alguns rios, raro appa- drograi)hico. Sem numero são os rios que atravessam o terri-
receni, e isso com Ijenigna endemia, na majinifica região Occi- tório n'um enredilhamento magestoso ; incalculáveis os igarapés
dental onde é excellente o clima dos muns. de Monto Alegre, que de toda parte arrastam a massa d'agua prodigiosa que em
de Óbidos, de Santarém c de Alemquer nas comarcas de Pariu-
; cada millesimo de segundo se despeja no oceano ; de uma gran-
tius c de Itacoatiára e mesmo na de Manáos. Na própria região diosidade sublime os canaes e pai-anás-mirys que ligam entre si
da borracha, em geral a mais sujeita ao impaludismo, no rio esses mesmos rios e esses mesmos igarapés! Mencionando os
Punis, não ha febres, e o cur.so médio e sui)erior do Madeira, princijjaes dentre elles, compete o primeiro logar ao Amazonas,
graças ao progresso da civilisação ahi, melhores habitações e
já descripto, que recebe nesse Estado, o," seguintes tribs. pela :

mais respeito aos preceitos hygienicos, está quasi livre deílas». margem dir. o Tapajoz, Uruará, Jurupary e Xingú; e pela esq.
B' idêntica a opinião externada por Ilerlsert Smith na mesma o Trombetas, Curuá, Parú, Jary e Anauraiiucú. O Tapajoz ' tem
obra a que já nos referimos «... Agora, quanto á salubridade
:

do vallo lio rio, isto é questão a ser apreciada sob duas faces.
Eu posso levar-vo8 do Pará até oa Andes, ao longo da artéria
principal, e nunca tereis ao menos uma dòr de cabeça; podeis 1 Tapajoz vem de Tapayuna ou Tapayuparana (rio preto), isto é,
subir alguns de seus tributários, e em nma semana estareis tre- rio dos Topayunas, cjue era o nome dos índios que posteriormente
mendo com a sezão. ICm geral, pôde dizer-se que a região do foram appeili<lados Tapajoz. «Ainda hoje, escrove-nos o Sr. Ba. Ro-
Amazonas é muito saudável as excepções são nas florestas pan- drigues, os vBlhos descendentes delles dizem Tapayunas, como muitas
:
vezes ouvi quando estive no rio Tapajoz. »
tanosas das terras baixas, e nos rios affluentes, ao longe, entre Muitos habs, desso rio ainda o designam pelo nome de rio Preto.
34.466
PAR — 33 — PAR

snas fontes no Estado de Matto Grosso, onde é Ibrmadi pelos O Xingú, dobra-se, por assim dizer, sobre si mesmo voltando
rios Arinos e Juvuena, depois de cuja juncção alarga-se muito, para Sueste : aqui forma um lago, tão amplo que o príncipe
seguindo na direcção de N. e NNB. que conserva a é desaguar. Ad\lb;rto o comparou ao mar d'ahi mucla-se o curso para N.
;

Possúe em seu leito 23 caolioeiras que embaraçam umas mais e O., até que attinge mais ou menos a longitude orig-inal, em
do que outras a navegação. Dividem-se ellas em duas secções ; que continua o seu curso para o Amazonas. N'esta immensa
cachoeiras de cima e cachoeiras de baixo. As primeiras são curva estão as principae» cachoeiras, sendo a principal d'en;re
em numero de 22 e começam
a apparecer da foz do rio S. João ellas, a de itamaracá, que nenhuma embarcação pôde trans-
da Barra até um pouco abaixo do .salto S. Simão; as ultimas por. A agua arremessa-se por um plano escarpado, inclinado
apparecem abaixo do Igarapé-assú. D'aqui até á embocadura duas ou tres milhas, e depois precipita-se em massa tumul-
do Tres Barras, o Tapajoz não oflerece obstáculo sério á na- tuosa de sobre uma muralha de rocha vertical, formando o
vegação. A 33 Idls. acima de Itaituha, o Tapajoz toma uma Salto de Itamaracá. Felizmente para os canoeiros, antes de
largura considerável, que varia entre 16 e 20 kils. até perto da chegar ao plano inclinado, o rio tem-se dividido : o braço
cidade de Santarém, onde o rio se estreita, ficando com 2590 menor, chamado l^apayuna tem também muitas cachoeiras pe-
metros, mais ou menos. O Tapajoz tem muitas ilhas, e sua rigosas, porém são todas passáveis por pequenas canoas em
extensão é de 1305 kils., dos quaes 330 navegáveis. N'este certas estações. Abaixo do Itamaracá ha outras cachoeiras,
numero não fica coniprehendida a extensão do Arinos e do porém pequenas, que pode-se passar durante as enchentes.
Juruena, seus formadores. Das 'cachoeiras de cima são impor- Abaixo desta ha arrecifes e ilhas, até que o rio finalmente
tantes as seguintes: Salto Augusto, a mais notável, com cerca assume o seu curso NO. que conserva até Porto de Moz. Na lat.
de 20 metros de altura e a lOl kils. abaixo da barra do Ju- de 3" Ij., ha numerosas ilhas de alluviãó, e aqui tem o rio já
ruena, Tocarizal, Furnas, Salsa, Rebojo, Banquinho, S. Lucas, tres ou quatro milhas de largo ; abaixo delia o canal é livre.
Dobração, S. Gabriel, S. Raphael, Santa Iria, Canal do In- A maior largura entre Pombal e Veiros é de quatro ou cinco
ferno, Labyrintho, Salto de S. Simão, Todos os Santos, etc. milhas, d'ahi o rio estreita sradualmente até Porto de Moz,
Das cachoeiras de baixo são importantes as seguintes: Apuhy, onde teni menos de uma milha de largura (cit. de Herbert-
Coatá ou Quatá, Furnas, Bacaba, Tamanduá, Curimatá, Una, Smith.) O Xingú, 'diz o mesmo explorador, é mais curto e
Boburé, Maranhão Grande e Maranhãosinho. A margem dir. menor que o Tapajoz, porém a sua navegabilidade, excepto nas
da foz do rio Tapajoz está situada a cidade de Santarém e ao cachoeiras da Grande Curva, é superior. O Tapajoz é em todo
longo do rio ficam as villas de Aveiro e Itaituba c as povs. de o seu curso médio obstruído por cachoeiras e quedas d'agua
Villa Franca, Bom-Gosto, Alter do Chão, Boim, Pinhel, Santa que só por terra podem ser vencidas: mas o Xingú na porção
Cruz, Uxituba, Cury, e Brazilia Legal. São seus principaes correspondente, é inteiramente livre. Nas cabeceiras ha nume-
aíTs.: o Arapiuns, Mipiry, Cury, Bom Jardim, Oupary, Lre- rosas cachoeiras, mas podem todas ser passadas em ubás e
pory, o rio das Tropas, o d'AgnasBòase o de S. Manoel ou das outras pequenas canôas. »Além do referido Salto de Itamaracá,
Tres Barras, que serve de limite ao Estado. O Xingú, ultima- as suas cachoeiras mais importantes são as de Tayuna e Ja-
mente explorado pelo Dr. Carlos von den Sleinen (de Berlim), raquá. Em sua margem dir. acham-s9 situadas: a cidade de
Glhon Cbuiss{ de Nnremberg) e Guilherme von deu Steinen Porto de Moz, a villa de Souzel, e as povoaçõ?s de Carrazedo,
( de DusseldnrfT ), nasce na serra Azul no parallelo do 12' sendo Villarinho do Monte, Tapará, Bòa Vista, Veiros e Pombal.
formado pela reunião dos rios Bntovy ( l^amitatoala dos Ba- O Batovy tem 112 cachoeiras, 20 corredeiras, 15 affs. da margem
cairis ), Ronuro ( formado pelo Jatobá e Bugio ), Kuluene e dir. e 18 da esqtierda. O Trombetas (Oríximina des indígenas)
Coliseu '. Desagua no Amazonas nalat. de 1» 42' e na long. nasce nas vertentes meridionaes da serra Tumuc-Humac e é
de 325° 31', segundo Ricardo Franco. Recebe por ambas as formado pelos rios Maliú ou Apiniau, vindo de SE e o Capú
margens diversos tribs,, entre os quaes o Fresco, limite entre vindo de SO. E' um rio notável pela extensão do seu curso,
Matto Grosso e Pará, o Jema, Bacajá, Pacará, Garahy cu Cai- pelo volume de suas aguas límpidas, pela fertilidade de suas
rary, também limite entre os dous Estados, o Guiriry ou Iriry,_o terras e pelo esplendido soenario de suas margens. Recebe
Matary, Hyabú, Itatá, Anibê, Paranámucii, Juraúa, Tamanduá, entre outros tribs. o Nhamunilá ou Jamundá ou Yamnndá,
Gmará, Arapary, Coroatá ou Curauatá, Maxiacá, Juá, Tticuruhy, Turumú, Cachorro, Caspacuro, Faro e Cuminá. Estre outras
Tabarapary, Caearapy e Marituba. Em 1841 o príncipe Adalberto cachoeiras existentes nesse rio, notam-se a da Fumaça, cujn
da Prússia, acompanhado pelos condes de Bismarck e de Oriolla, nome foi tirado dos vapores d'agua que se elevam a grande
.subiu por esse rio cerca de42l kils., e em 1865 o negociante João altura e as do Inferno e Jascury. Foi o rio Ctiminá pela pri-
Torquato Galvão Vinhas subiu acima das ditas principaes ca- meira vez explorado até ás_suas nascentes pelo padre Nicolino
choeiras, que descreveu minuciosamente. De Porto de Moz até e ultimamente pelo engenheiro Tocantins, um e outro maravi-
Souzel, a largura do Xingti varia de 4.800 a 8.000 metros, apre- lhados pela explendida zona que elle atravessa. O Jamundá,
sentando antes o aspecto de mar do que de um rio. Em toda segundo Barbosa Rodrigues, tem esse nome da confluência do rio
essa extensão não ha ilha alguma, sendo por isso soberbo o aspe- Pratucú para cima, do rio de Faro dessa confluência para baixo
cto do rio. Tem o Xingii muitas ilhas c é mais encachoeirado do até o logar denominado «Repartimento», onde o rio divide-sa
que o Tapajoz, denominando-se Taiuná uma das suas maiores em dous braços, um dos quaes com o nome de Igarapé do Bom
cachoeiras. Da freg. de Pombal para cima, nao é sensível o Jardim vae ao Amazonas e o\itro com o de Igarapé Sapucu.á
fluxo da maré, e da nascente á parte superior da curva que elle vae ao Trombetas. O Sr. Ferreira Penna diz que o Jamundá
fórma aos 4" da lafc. S. só pôde ssr navegado por canôas, que não é trib. do Amazonas, mas do Trombetas, onde entra de-
muitaa vezes passam puxadas á .sirga por cima das pedras. fronte da ponta Uruatapera com 100 metros de largura, ficando
E' nessa cuava que axislem as cachoeiras e mais dous saltos, ao N. de sua fóz a ilha Jacitara. Recebe pela margem esq. o
Itamaracá e Juruquá, este mais considerável do que as cacho- Uainchá, Yauary-teua, Piracuara e peia dir. o Pratucú, Ja-
;

eiras do rio acima e aquelle abaixo. Por ahi, portanto, nao tuarana, Macauary, além de diversos outros. B^erreira Pennna,
podem andar vapores. Do ponto extremo da parte superior da que melhor estudou a região do Baixo Amazonas, que elle per-
curva ás ilhas de Souzel, já podem navegar pequenos vapores, c corre, assim o descreve: « Este rio devê vir da região central
de Souzel para baixo, a navegação ó livre. Ferreira Penna, con.prehendida no espaço entre o alto Trombetas no N. e o
descrevendo os tributários do Amazonas, exprime-se do seguinte Uatuman ao Sul. Descendo d'ahi o Jamundá, ao principio
modo sobre o Xingú: «O Xingú nesce a 15» de lat. S. O seu corre provavelmente a E. S. E. por entre montes; recebe
principal aíf. ou confl, ( pois todas as narrações o fazem egual pequenos affs., dirige-se depois a SE. atravessando pequenas
ao próprio Xingú) é o Iriry. O rio corre de S. para N. em cachoeiras e entra em uma planície ou valle espaçoso densa-
seu curso superior e médio, alarga-se muitas vezes semelhando mente arvorejado, mas ás vezes alagadiço. Acompanhando a
um lago, com grande numero de ilhas arborisadas. E' tão largo essa planície eraitte de sua margem esq. um braço que. com
que em todo o percurso, sempre se desdobram vastos horizontes. seu nome, a atravessa para lançar-se no Trombetas exacta-
Só depois de receber o Iriry é que o rio muda rapidamente o mente no ponto em que est' rio, saltando a ultima cachoeira,
seu curso e forma a grande curva. No principio desta curva. entra também na planície. Emquanto atravessa esta região,
plana, o Jamundá é quasi obstruído por uma inlinidad!- de
ilhas, que o accompanham em suas sinuosidades ale perc.' da
confl\iencia do Pratucú, não excedendo a sua largura do 250
metros que, no verão, reduzem-se ainda a 150 e mesmo a lOP,
o Coliseu é apenas tributário 4a mar-
i Segundo U.F, P. Ehrenreich,
CUuyas, conforme a maior ou menor duração da estação secca. Antes. íe
gem r;o maior, o Kuluene. E' denojniuado pelos
um
esq. de
Trumãilij
1 encontrar o Pratucú, deixa a planície e então as suas margens
Trumahy— micú) isto á, rio dos s.

Dico. (Jeoq. 5
PAR — 34 — PAR

montuosns. O Pratucú, que é um rica Austral pelo Oceano, pelo Amazonas, pelo Parú e Maroni,
tornain-sft alias eás vezes
parallelo por algum tompo
menos cc qui nous préoisément intcrdit par la traité àlUtrcoht,
est
ramo menor, corre mais ou
escreve Mr. Le Serrec aconselhando o governo a procurar
ao Jatapii (tril)ulario do Uatiiman), spgue a E. e rouiíe-se ao para um novo tratado com os brazileircs,
bises especiaes (sic)
Jaiiiundú, cerca de 35 milhas acima de Favo. Seu curso é bas-
acoommodants, non pas trois fois mais trois cents fois bons,
tante sinuoso c por entre montes ou serras pouco altas, como
./cas

qiiaíi lodos as desta rogião, e cm sua barra no JamunJá,


divi- de cuja ignorância e simplicidade seria fácil obtír a annul-
permeio duas lação do tratado de Utrecht. Recebe o Acarapi ou Uacarapi.
de-se cm tres brados deseguaes por ter ahi de
ilhas. No ponto de juiicção dos dous rios. as aguasse dilatam O illmtre explorador Domingos Soares Ferreira Penna, escre-
considera volnienlo, formando uma vasta bahia, quasi toda ro- vendo a H. Smith sobre o Parú, assim se exprime: «Conheço-o
deada de terras altas e montes um pouco abaixo está a extensa
;
só até á primeira cachoeira ponto a que subi em lancha a
ilha Capixauaramonha toda composta de terrenos pedregosos, vapor. D'aqui para a bocca, o rio corre mais ou menos 70
mas cobertos de ai'vores. Uous serros se erguem na margem milhas, atravéz de um valle que varia gradualmente em largura,
dir. defronte das duas pontas dessa iUia: o do Dedal fronteiro algumas vezes as collinas ou serrotes quasi alcançam a. mar-
á (lonla superior e o do Copo em frente da ponta inferior: este gem, e logo depois, especialmente no curso inferior, veem os
ultimo é um alto rochi^do que fica quasi a pique sobre o rio. igarapés. Nesta parte infírior o rio divide-se em dous canaes
Deixando a lialiia, o .Jiimundá dirige-seaE. em estirão consi- desiguaes, que reunem-se novamente 20 milhas abaixo ; 10 ou
derável, lazendo apenas ligeiras flexões depois de 18 a 2) 12 milhas abaixo desta juncção, o rio passa junto á serra do
— —
;

milhas neste rumn, descreve um vasto S inverso, no fim Almeirim, e corre para o Amazonas pelo Paraná-niirim d'Al-
do qual enlra com rumo de E. no Iago de Faro, deixando a merim. O curso geral ó deESE., variando nm pouco para
Villa desti! nome na ponta N. de sua entrada. Desde a confluência SE. O rio é navegável por lanchas a vapor ; o canal sinuoso
do Pratucú, o -lamundá é nm rio vasto e magnifico, de um ê mais ou menos da largura do Maycurú em Monte Alegre
azul profundo, correndo quasi sempre por entri montes reves- (300 jardas). Dizem que ha muitas cachoeiras no. curso supe-
tidos de unia vcjetação vigorosa, recortado de pontas e ensea- rior,' todas, excepto uma, passáveis por pequenas canoas : entre
das e bordado de i)raias de arêa alvíssima, —
accideutes con- ellas, ha muitas horas de navegação desobstruída » O Jary,
stantes que o aconijianham até o lago de Faro. Aqui terminam que corre mais ou menos parallelamente com o Parú, nesce
as serras ou collinas que o acompanham aqui desappareceir.
;
na Serra de Tumuc-Humac, na Guyana Brazileira, e seguindo
as praias de arèa e a vegclação brilhante aqui acabam os
;
de N. a S., lança-se no Amazonas. E' mais extenso que o
terrenos accidentados e começa a planície quasi nivellida do Parú. Dos 600 kils. de seu curso são navegáveis cerca de 250
Amazonas aqui está em fim a verdadeira foz do Jannmdá.
;
da fúz até á primeira cachoeira, formoso trecho do rio que se
Com elleito, apenas se fecha o lago ao lado oriental, e o Ja- despenha quasi perpendicularmente de 50 pés de altura, por
mundá recolhe-se a um leito pjuco largo, entra ahi logo na entre penhascos matizados pela luxuriante vegetação dessa
margem dir. o Cabury, o primeiro br.iço ou Paraná-miry que zona. Segundo Crevaux, o curso desse rio é obstruído por sal-
o .\mazonas lhe envia. O rio perdeu o seu aspecto soberbo ; tos e corredeiras, sendo mais notáveis os da Pancada, da Es-
seu leito é acanhado, sua marcha torna-se vaoillante, sua côr cada Grande e do Desespero. Seu aff. mais notável é o Apa-
mesmo desbolou-se uni pouco com o pequeno conlingenle de nani, vindo de NO., também muito encachoeirado, mas que é
aguas esbranquiçadas do Cabury a vegetação perdeu todo o
: navegável por igarapés. O Çarapanat iba é quasi desconhecido.
explendor, e apenas as margens são orladas por uma estreita Consta que tem a nasceste na falda meridional da serra de
zona de arvores medíocres alternando com as gramineas, Tumuo-Hu.mac, seguindo o rumo de NO. a SE., até ás cacho-
cyperaceas c outras plantas herbáceas que cobrem a vasta eiras que ainda presentemente são ignoradas. O Urubuquara
siiperíicie do liilorul. O rio toma, não o rumo de N. a S., é um dos affs. do Amazonas pela margem esq. A 38 kils. da
como se tem pretendido, mas o rumo geral de ENE. até o foz difunde-se formando vários lagos que no inverno se con-
Paraná-miry do Caldeirão. Nesta secção é acompanhado, pro- vertem era um, ficando este com grapde fundo e de ura ta-
ximamente á margem, de uma serie de lagos, ou consideráveis manho considerável. D'ahi segue até lançar-se no Amazonas.
como o Carauary, Algodoal e Arakiçaua, ou raediocres como O Gurupatuba sahe do lago Monte Alegre por duas correntes
o Maracaná, Ubim, Abaucú, ele, em cujas praias apparecem que se reúnem em uma como nome de Cururuhy. Mais abaixo
numerosos sitios com pequenas plantações, corao nas várzeas, recebe pela Apara, de onde toma o nome de
esq. o igarapé
muitas choupanas de vaqueiros e capatazes das fazendas de Gurupatuba e a direcção de N., com a largura de 300 a 400
gado. A partir do lago AraUiçaua, que é o ultimo desta secção, metros. Perto da serra de Monte Alegre, tendo já recebido
o rio alarga-se até 3U0 metros, volta-se para o N., passando ainda pela esq. o Ereré e o Paytuna, se encaminha para E. e
pelo logar denominado «Repartiniento», onde recebe na margem tornando-S6 estreito passa pelo porto da cidade. Depois de
dir., que agora é oriental o Paraná-miry do Caldeirão que
, recel-er o paraná-mirim do Amazonas, curva-se para NNE.,
vem do Amazonas. Plácido, largo e ainda cryslallino, o Ja- depois para ESE. e finalmente para ENE., rumo com que
mundá, rocebondo este contingente do Amazonas, muda total- entra no Amazonas. O Anapú tem suas nascentes quasi ao
mente do physionomia simi leito estreita-se e profunda-se
; S. do Estado do Pará e toma o rumo de S. a N. até á ilha
mnilo a marcha é arrebatada, suas aguas tomam uma còr
; Jacitara, de onde alarga-se em direcção de SE. a NO., for-
amarello-olivat ica pírdendo logo toda a sua transparência.
, mando a sua primeira bahia, chamada Pracupy, na qual èntra
D'aríui em deante o seu rumo geral até perdcr-se no Trombetas o rio do mesmo nome. Dispois reúne as suas aguas em um es-
é NE., f.izendo, porém, numerosas flexões, ora para N., treito denominado do Castanhal, abrindo-se mais adiante em
ora para E., e raras vezes para NNO. .\s margens continuam uma vasta bahia, a de Camuhy. A partir desta segue o rio com
bordadas de uma estreita franja de arvores, atraz da qual se o rumo de O. a E. O Anapú commnnica-se com o Pacajaz ou
Vi* sómenio planlas herbaceis c vários lagos. Nesse trajecto Pajacá pelo fnro Pacajahy, e formando de novo um estreito,
deixa á Cíq. o furo da Paciência que dá entrada para o lago fundo e longo, vai desemboccar na extremidade NO. da bahia
Piraruacá o dc Carauá, iMariapixy e Sapucuá que vêem dos
. de Portel. Esse rio é o mais extenso e considerável de quantos,
lagos de iguaes nomes. Xa marj;em dir. ou oriental, vè-se se acham jentre o Tocantins e o Xingú tem diversas cachoeiras,
;

também algims furos insignificantes que veem dos pequenos muitos aíls. e é navegável desde sua barra até á confluência do
pântanos que o acojn|)anliam Enlra no Trombetas defronte da
. Taueré, cerca de 140 kils. As margens do Anapú são altas e vis-
iionia Urná-tapéra com iOO metros de largura, licando ao N. tosas na parte inferior e montanhosas na superior. O Pacajaz ou
de sua í<>7. a ilha .lacitara. A extensão do curso do Jamundá Pacajá desce no mesmo rumo do antecedente, corrrendo por uma
nas planicios nãoé menor de 2X léguas, sendo 14 na !-> secção, região montanhosa. Quando encontra o Pacajahy volta-se de
de Faro ao Repartiniento, e 14 na 2" secção, do llepartimento repente para E.. recebe logo o Camaraipy e, voltando-se para
ao Trombetas. Vè so que o .lamundá, ao contrario do que se o N., entra na bahia de Portel. E' navegável em grande ex-
tom pretendido, é actu.tlmonlc um tributário do Trombetas e tensão, inas apenas até ás primeiras cachoeiras. O Araticú é
níio do .Vmazonas.» O Paril nasce nas serras do Parii ;é ge- o rio mais importante qua succede ao Pacajá, acima do To-
ralmente pouco profundo, tem muitos saltos e corredeiras sendo cantins, a (piem acompanha mais ou inenós parallelamente'
roais notável o salto Panamá. Presta-se, segundo Crevaux, Torna-se notável este rio pela communicação que, por meio de
í navegação apenas em uma parle mui limitada de seu um braço, o qual vae ter ao lago do Ouro. estabelece com o
cuvso, quena parte inferior tem bastantes ilhas. E' o Parú Paranamucú, que desemboca no Tocantins, em frente á grande
um dos rios qno a ambição dos francezes aponta como ne- ilha do Juruty, acima da cidade de Baião. Em sua margem esq.
cessários para arredondar as possessões da França na Ame- I
e quasi á foz, está situada a villa de Oeiras. O Jacundá nasce
PAR — 35 — PAR

de um gfande miicruará (terras alagadas) na extensa raatta que de pequena importância. O curso geral do Tocantins é em
fica a O. da cidade de Cametá e a SE. da villa de Melgaço; rumo de N., cora modificações sobre O. Da psnta
ligeiras
communica com o Tocantins pelo furo Ipaú e desagua na bahia do Jiipatitubi ni foz do Tocantins até S. João do Araguaya,
dos Bocas por dous canaes: o do Jacundá e o do furo Taquary. sito á margem esq. da fuz deste aft'., a distancia é de 2õS mi-
Nos primeiros 66 kils. contados da foz, a sua larg-ura varia lhas, ficando a 133 milhas a primeira cachoeira «Guaribas».
entre 200 e 600 metros, com fundo sufUciente para navegação Entre Alcobaça e a foz do Arag'uaya, contam-;e 27 cachoeiras,
a vapor. As margens do Jacundá são bai.^cas na secção inferior das quaes a principal é a da Itabooa. Escrevendo sobre a re-
do rio e altas na superior. O Curuá do Norte ou Curuá Pa- gião do baixo Tocantins, diz Ferreira Penna: «Para se ter
nema é o extenso, mas estreito rio, que dos campos altos da uma idéa exacta da região do baixo Tocantins, não basta ver
Guyana Brazile.ira, ao N. do território de Alemquer, corre uma vez as margens deste rio é preciso percorrel-as em di-
:

em rumo de S., com algumas sinuosidades sobra SO. e di- versas estações, estudar as suas formas durante a enchente e
versos braços secundários, alravez de uma zona de fertilidade durante a secca e procurar conhecer e examinar as transfor-
notável, em que superabundam o caroarú, a castanha e as mações porque passa esta região nessas duas quadras do anno.
drogas vegetaes. Infelizmente, em parte de seu curso as terras Nenhum rio, comeffeito, ofterece um aspecto diverso no verão
baixas são em certos tempos insalubres e dahi o ultimo nome e no inverno e é essa dupla physionomia que ha induzido
;

que também applicam ao rio. Sempre naquella direcção de seu uns a encliergar nas niirgens do Tocantins um paraiso e
c;irso, vem o rio encontrar o lago Curuá, bifurcando-se, um outrjs uma terra inhospita. .» . —
O Tocantins, desde a ca-
choeira das Guaribas até á bahia á^ Marajó, onde recebe as
ramo a perder-se no Paraná-mirim de Alemquer atravez de
successivos e numerosos pequenos lagos, o o outro indo c3m- aguas do Anapú e Pacajá, misturadas já com um pequeno
municar-se com o igarapé do Itacavará que banha a cidade de contingente do immundo Amazonas, tem uma extensão de
Ale.mquer. A pov, do Curuá é a situação mais importante em 150 milhas, correndo o rumo geral de S.S.O. a N.N.E. Asua
sua margem. Acompanhando a margem esq. do rio está em largura varia muito om
a natureza e alt ira das terras mar-
construcção a futurosa estrada de rodagem que, partindo da ginaes. Assim, quando estas são pedregosas, ou se elevam
cidade de Alemquer, é destinada a estabelecer a communi- como barreiras, o rio contrahe-se, ganhando em profundidade
cação dos referidos campos com a mesma cidade. Curuá do o que perde em largura pelo contrario, quando ellas são
;

Sul ou Curuá de Santarém — é chamado o rio que banha a baixas ou formam várzeas, o rio dispersa suas aguas divi-
parte oriental do mun. de Santarém, indo desembocar á dindo-se em braços mais ou menos volumosos. Abaixo da ci-
margem dir, do Amazonas, para distinguil-o do Curuá de dade de Baião, que se acha em frente de varias ilhas formadas
Alemquer, no mun. deste nome. E' formado p^r dous ramos assim pelos braços do rio, reúne este todas as suas aguas e
principaes: o Curuá e o Una. O primeiro, mais extenso, c:)rre passa por um estreito entre a ponta da margem oriental e a
no meio de campinas ao rumo de N. O. e conflue com o Una barreira das Mangabeiras, única que em toda esta secção flu-
que corre por entre serras, acampanhando um pouco o Tapajoz, vial apparece na outra margem. Passado o estreito, divi-
e interrompido por diversas cachoeiras. Na Ponta do Pacoval, dindo-se de novo em vários braços, abre-se progressivamente
cerca de 15 milhas do Amazonas, o Curuá torna a bif ircar, até entrar na bahia de Marajó, tendo em sua embocadura cerca
recebendo, o ramo direito o Tamucury a o Igarapé Grande e de 10 milhas de largura. Entre as suas ilhas mais notáveis,
sahindo do Amazonas com o nome de Cuçary, já em território conta-se a do Jutahy, formada pelo furo Cashoeirinha que
de Monte-Alegrê; e o ramo esq. segue o runiio geralde N. e communica o Tocantins com o Matracurá, seu aft'., e a do
sahe no Amazonas em frente da ilha das Barreiras. Entre este Bacury, formada por um braço do rio que pissa ao pé da
rio e o Tapajoz vê-se os furos de Ituki e Mahicá, simplesmente cidade de Baião, começando defronte da barra do Matracurá e
dous defluentes do Amazonas que percorrem as várzeas dessa terminando pouco acima do estreito .das Mangabeiras a ella
:

margem dir. e terminam em uma única bocca. O Tocantins ficam annexas o itras ilhas entre as quaes figura a do Uayrai,
nasce em Goyaz: formam-no os rios Maranhão, que sahe da do Cego, das Flores, Jutahy, Assahysal, Angelo, Onças Ma-
lagôa Formosa, e Paranan 'corre por este ultimo Estado,
;
chado, Tuj icuna, Itapepooú, Paná, Santos, Inglez, S. Miguel,
recebendo diversos tribs., entre os qtiaes o Araguaya, que di- Areião, Bandeira, Tocantins, Meio, Faro, Gorgulho, Fre-
vide Goyaz do Pará e Matto Grosso, o Tacayunas e vai pereo?r cheiras. Bagagem, Alexandre, Praia-Alta, Republica, Jacaré,
no Oceano com o nome de rio Pará. «E' navegável n'uma João Vaz, Novilhas, Saudades, Mineiros e diversas outras.
extensão de 140 milhas de sua foz á ilha dos Santos, pouco Depois das ilhas do Jutahy e Bacury, as mais extensas são as
abaixo das corredeiras de Tapayuna-quara» (Ferreira Penna). de SanfAnna, Ingapijó e Tauaré. As pequenas ilhas da Gua-
Os vapores da empreza de navegação desse rio vão somente riba e do Bóto, no centro da cachoeira do primeiro destes
até a enseada dos Patos, que fica a 130 kils. de Baião e a nomes, as do Arapapá, Pacas, Arcse Tauajury, aljaixo dsssa
17;) de Cametá, tocando em Carmo do Tocantins, Mocajiiba e cachoeira, são quasi que exclusivamente formadas de grandes
Baião. E', na opinião de James Orton (Thi Anãis and thz massas de rochas vulcânicas, coroadas de uma vegetação rachi-
Amazons) o esplendido rio que rega a região do mais delicioso tica, que contrasta com o luxo e opulência di que orna as
clima do Brazil, correndo sobre o leito de diamantes, rubis, margens altas do rio. Essj, vegetação se reduz ainda apenas a
saphiras, topázios, opalas, ouro, prata e petróleo. Dos grandes certas espécies de Psidium nos grupos de rochas que se en-
rios do Pará é certamente este o mais explorado. Nasce tam- contram aos lados e abaixo daiuella cachoeira, e na linha de
bém no divo''tium aquarum nas vertentes dos rios Paraná, pedras que acompanha a margem dir. desde alli até á ilha dos
Paraguay, Guaporé e Tapajoz. E' questão, porém, ainda por Arcos, formando centenares de ilhotas á flòr d'agua. A mar-
decidir saber a qual dos rios caba a honra da nascente do gem dir. é em geral, muito mais alta do que a esq. Uma
Tocantins, se ao Uruhú, que nasce na falda meridional da linha de barreiras, cuja maior altura não toca senão de 10 a
serra Dourada, se ao das Almas, que tem origem nos montes 12 braças, estende-se desde a ponta do Simão (abaixo de Baião)
Pyrineos, ou se ao Maranhão, cuja cabeceira existe na Lagôa até á cachoeira das Guaribas, desapparecendo porém, em um
Formosa; o que é certo é que todos três contribuem para a ou outro ponto da margem para o interior. O morro de Ar-
formação do graade rio, vindo o Uruhú confundir-se com o royos que toca a altura de 35 braças é o ponto mais elevado
das Almas e este, assim engrossado, reunir-se ao Maranhão que se encontra em toda esta secção fluvial. O Tocantins nao
cujo nome predomina. Mais adiante, encontra pela dir. o tem tribs. notáveis: o' Ipaú, único que poderia entrar nessa
Paranan e póde-se dizer que é da junsção destes dois rios classe, e que tem o seu curso parallelo ao Pacfijá, divide as
que é formado o Tocantins. Dahi por dimte, o maior aff. que suas aguas em dois braços, vindo um destes lançar-se no
recebe o Tocantins é o Araguaya, que limita o Pará com o mesmo Tocantins por tres boccas com os nomes de Itacuruá e
Estado de Goyaz. Ladisláo Baena dá 26 affs. ao Tocantins Capuioca em frente da grande ilha do Jutahy, e a do Carará
pela margem dir. e 25 pela esq. Abaixo do Araguaya, porém, abaixo da barra do Matracurá. O outro braço vai com vários
a não sor o Tacayunas e o Paranámucú ou Ipahú, são todos igarapés formar o rio Jacundá que tem sua barra no fundo
da bahia dos Boccas. Nas margens do Tocantins ficam as
cidades de Cametá de Mocajuba o Baião alem das povs. do
Tocantins, Limoeiro, Janua Cosli, Cametá-tapera, Pacajá,
Cupijó, Parijós, Carapajó, Caripy, S. Joaquim, Pederneiras,
1 Segundo Cunha Mattos, no Estado de Goyaz, dão o nome de Patos, Alcobaça, Arção e S. João d' Araguaya. A estrada de
Paranatinga ao Paranan depois d» reunir-se coin o rio da l-^alma. O ferro, em estudos, que deve ligar Alcobaça á praia da
Dr. Virgilio de Mello Franco, em sua Viagem á comarca da Palma,
assevera que o nome Paranatinga é totalmente desconhecido pelos Rainha, acima de S. João de Araguaya, vencendo a sicção
habitantes. encachoeirada do rio, e pondo em communicação o Alto Ara,-
— 36 — PAR

com o Baixo Tocaatins, sará, co.m a nay«gação a vapor O curso do Mojú é menos extenso. Tem as mesmas nasoentes
,'uaya
nos dons rios, a coriíínts jioderosa que ligará os Kslados de que o Acará, mas a direcção do seu curso é oppoeta. Segue
Goya/, e Uo Pará, e elemonto fecundo do prosperidade ha de
primeiramente para N.O. até encontrar o Caijary e d'ahi di-
i.jrre-so ])ara N. E. a juntar-se com o Acará. Em sua margem
trazer á região tio Tocantins. Tratamlo da (luestão para inuilos
ainda couiroversa : —
salier se o Toi-anlins o ou não trih. do íica, a villa de Mojú. Um canal, que vae ter ao logar denomi-
Amazonas— lisse o m lito illustr-í Ur. Francisco^ da Silva aado Entre Ilhas, faz communicar as aguas do Mojú com as do
Castro « Unia simples vista irolhos sobre as posições liydro-
:
Tocantins e do Abaeté. Na região denominada tio Salgado, e
grapliicas do Amazonas e Tocantins, síparados um do outro c^ue se estentle da ponta da Tijoca até á foz do Gurupy- di-
por uma zona de terra d', mais de 40 léguas de largura, faz versos rios veem desaguar no oceano. Qualquer delles, porém, é
reconli^ecer que mui errados t?em andado os geograplios que de pec|ueno cui-so e de largura pouco considerável, a suas ver-
suppõnnser o Tocantins um alf. do Amazonas; e não admira, tentes confuntlem-se geralmente com as dos aífs. do Guamá,
porque todos elles, não tendo visitado o paiz e attraliidos pelo c^ue correm sobi-e a encosta contraria. Os principaes são o Mo-
enthusiasmo que lhes excita a magestosa corpulência do grande juim ou Salgailo, cjue temem sua margem a cidade de S. Cae-
rio, não hesitam em rendor-lhe cultos, empi-estando-lhe uma tano ; o Mavapanim, em cuja foz se acha a villa de igual
bocca de (iO legnas de largura, desde a ponta da Tijoca até ao nome o Maracanã ou o rio de Cintra, assim chamado por
;

cal)o do Norte, e sacriíicando-lhe por vassalo o Tocantins, so- causa da cidade que ahi se acha o Quatipurú, c^ue atravessa
;

mente p)rque este rio tave a audácia de arrojar suas aguas ná os campos a tiue tleu o nome ; o Caeté, C|ue, tlepois de passar
mesma região assombrada pelo Amazonas. Não... as aguas do pela pov. tle Tentúgal, vem banhar acidado tle Bragança;
To:-antins Ci)ri'em separadamente pala orla meridional da e o Piriá. Os tres primeiros correm mais ou menos em di-
grande illia de Joannes ou Marajó e as do Amazonas banham recção de N.N.O. e os últimos inclinam-se sobre o N. A
a orla septentrional da mesma ilha, sem jamais se confun- região que atravessam é geralmente fértil e onde se acha mais
direm. E, S3 por air. de um rio, se entende aqnelle outro que tlesenvolvida a agricultura tio Estado. Rio Pará. Assim se de-
com suas aguas vai engrossar as do primeiro, é antes o Ama- nomina a secção fluvial ao S. e E. da ilha Marajó desde a
zonas q ie se deve considerar att'. do Tocantins, porque pelos bahia do Goiabal até a ponta da Tijoca e o cabo Maguary no
dous canaes de Tajipurú e Breves, elle envia uma porção de oceano, e que serve de desaguadouro ás aguas do Tocantins
suas aguas ás bailias de Melgaço e de Breves, prolongamento (em cuja direcção segue, inclinada para N.E.) ás tios difterentes
da de Marajó, pir onde se deslisam as aguas do Tocantins. Si rios e igarapés a elle parallelos e c^ue tem a sua foz nas bahias
menlalmente se faz abstracção da ilha de Maraji), ter-se-ha uma tle Portel, Melgaço, dos Boccas e outras, ás aguas do Mojú,
larga e profunda enleada, cuja bocca ou corda tirada ptjla Acará, Guamá, Capim e Guajará e todos os que se escoam
ponta da Tijoca e pelo cabó do Norie terá proximamente pulas bahias deste nome, de Santo Antonio, do Sol e de Ma-
60 léguas do ext'^nsão. Pelo ramal septentrional da curva en- rajó ; e bem assim ;'s aguas do Amazonas que limitam occiden-
seatic I. isto é, pela costa de Macapá ao cabo do Norte, ciesp^ja taimente aquella ilha através do laljyrintho de canaes a que
o .Vmazonas suas aguas em direcção a banhar esta mesma chamam Tajipurú, Macacos, Jaburú, Furo da Companhia, etc ,

costa; e pelo ramal meridional, isto é pela costa da capital e que tlão causa a estender o estuai"io do Amazonas até á i)onta
até a Tijoca, despule o Tocantins as suas em direcção quasi da Tijoca e á opinião pjr muitos acceita de ser o Tocantins
parallela á do Amazonas, pois que o Tocantins, correndo S. ao N. att'. do grantle rio. O Gxtrupy, tj^ue separa o Pará do Maranhão

inclina-se para NO., desde a cidade de Cametá até á sua e cuja origem, aeguntlo uns, é o Tucumandiua, e segundo
foz, em uma extensão de 40 milhas, ficando os leitos dos outros, o Cajuapara, recebe no Pará diversos tribs., taes como
dons rios distantes um do outro mais de 40 léguas na mais o Branco, Tucumandiua, Uruaim, Guarimandiua, Pimental,
curta distancia. A ilha de Marajó, collocando-se precisamente Panema, Coroacy-paraná, Itapuritiua, Jarai'aca, Tucunaréquara,
entre os dous rins neste espaço de 4') leg'uas, e prolongando-se Gurupy-una, Araparatiua, Assitiua, Gurupy-mirim, Surubiju,
até a corda ou bocca da enseada, completou a separação, ve- Porunga, Apuhy, Apara e outros. Apezar de estreito, pois a
dando até a permixtão das duas aguas mesmo no oceano.» O sua largura não vae além de 400 mejiros, é este rio de consi-
Guamá e o Capim são os dous rios de cuja c<jnfluencia íbrma-se derável importância pelo, ritjueza do território fértil que atra-
o Guajará, que desemboca a S.E. da cainlal e abaixo de 3^ de vessa e tle tal rnodo aurífero, ([iie em seu leito as areias veem
Lat. S. o se ramilicam da serra da Desordem edo Piracambii do constantemente misturadas com palhetas de ouro que os naturaes
Estado (lo Maranhão; o G\iamá corre em rumo de N. até acima exploram, ainda que rotineiramente. A' margem esq. deste rio
da viUa de Ourem, voltando-se rapidamente ))ara O. até en- íicam a pov. de Gurupy e a cidade do Vizeu a 16 kils. da foz no
contrar o Cai)im. Navegável até aliaixo daquella villa, recebo oceano. O Abaeté t^ue recebe o Pixuna, Camutins, Curuperé, Casta-
do ambas as margens diversos alís., sendo o jirincijial delles a nhal, Jacaréquara, Acaraqui e Arapapú. O Araguary nasce nas
Iriluia, ri(i estreito e multo sinuoso em cuja margem se acha serras do Tumuc-Humac, aos tlous gráos, mais ou menos tle lat. N.,
situaila a villa ilo nii>?mo nome. Em frente á villa de Ourem e correndo em rumo tle E. e de SE., recebe as aguas do
fica a 2" cachoi-ira ilo rio que impede a sua navegação, achan- Tracuátuba e do Mapary e percorre um território geralmente
do-se a i)rinieira. passavel à maré cheia, defronte da cidade de elevado até á ultima cachoeira, a das Mongubas, perto da serra
S.. ivliguel, abaixo da foz do Irituia. O Capim desce da serrados deste nome, onde o rio volta para NE. e seguintio em marcha
Coroados, toma o nome de Capim depois da confluência dos rios sinuosa, depois de 488 kils. de curso vae desaguar 35 milhas
Surutjijú e Ararandeua, recebe numerosos tribs., entre os quaes abaixo do cabo do Norte, tendo antes recebido pela sua mar-
o Candirú-assú, Jutuba, tlauichy, Maracaynichy e Pirajauara e gem esq. o seu principal aílluente o Aporema. Abaixo da
vai reunir-se ao Guamá, que desagua na bahia de Guajará. cachoeira, que lica a 130 milhas da fóz, ó baixo e alagadiço o
Justatncnte no angulo formado jiela reunião dos dous rios fica tei'reno das margens do rio, e perto delia íicam a colónia mi-
a villa de S. Domingos da Boa Vista. O Guajará é como fica litar Pedro II á max'gem esq., fundada em 1840 e a colónia
:

dito, a continuação do Guamá engrossado pelas aguas do Capim. P^erreira Gomes á margem dir., fundada em 1890. O Amapá,
;\. sua largura regula mediamente meia milha, não oílerecendo o Mayacaré, o Calsoene. e o Coanani, —
que tlesaguam já
comtndo franca navegação a grandes vapores em virtude dos acima do cabo do Norte, no Oceano Atlântico, apezar de
baixios que mais ou menos obstruem a sua foz. A direcção do pouco explorados são outros tantos rios importantes e quê
Guajará ó geralmente de E. a O., descrevendo abaixo do rio especial menção teem tido nos debates sobre a questão dos li-
Bujarú até defronte da fazenda Pernambuco, uma curva rápida mites da Guyana Franceza. O Cassiporé, tem como estes
em forma de ferradura. Os seus jirinciiiaes alTs., todos rios últimos as suas nascentes na serra do Tumuc-Humac. e segue
estreitos, são o referido rio Bujarú, o Inhangapy e o Caraparú. em rumo de NB. para o Oceano onde desagua a 4" 15' de la-
O Acará e o Mojú são outros dous rios importantes que veem titude norte, formando o cabo de Cassiporé, E' o seu princi-
desaguar na bahia do Guajará. Teem ambos as suas nascentes pal aílluente pela margem esq. o Juisa e, segundo a relação
;

nas terras baixas entre o Tocantins e o Capim. O Acará ó for- de indígenas conhecedores da região, um grande braço se es-
mado da reunião de dous ramos distinctos, um o Rio Pequeno, tende para o Sul, estabelecendo a ligação do rio com o Ara-
que acompanha em rumo de N. o curs do Capim, descrevendo
i
guary. Oyapoo. — E' o grande rio cuja disposição geogra-
curvas bastante sinuosas, e o outro— oAcará propriamente dito, phica parece realmente destinada ao fim que lhe é dado —
q\i(!vae do S.S.lí. jiara N.N.O. até reunir-se ao primeiro. continuar até o Oceano a separação das terras brasileiras,
Logo abaixo da confluência, e á margem es([. está a villa do desde aa suas vertentes feitas pelas montanhas do systema
Acará. D"ahi volta o rio para N.O. e depois de encontrar o Parima. Nasce das encostas da extremidade oriental da serra
Mojú jicrde-se na grande bahia. Bem que numerosos sejam os do Tumuc-Humac e em rumo de SO. a NE. dirige-se para o
igarapés seus affs., são todavia todos de pequena imporijancia. Oceano onde tem a sua foz entre o Monte d'Argent a o cabo
PAR 37 ~ PAR
d'Orange aos 4o tZ' de latitude noi-fce. Diversos afflusntes
. cotH o Tartarugas, eem marcha sinuosa segue a dirècção de
conta o Oyapoc, fcaes como o Camopi, o Memoria e o Cueri- SE. Pouco abaixo do lago recebe pela margem dir. as agua.s
court, »endo o principal o Uassú que, pela margem dir., af- do Anajáz-mirim, e mais abaixo, já em metade de seu curso e
flue próximo a íbz do rio. E' o Oyapoc o celebre rio de Vicente acima da villa da Cachoeira, que elle banha, recebe as aguas
Pinson, de;erminado pelo tratado de Utreclit para servir de do Goyapy. Dessa villa para baixo o rio vae se tornando es-
limite ás terras do Brazil, e a que já nos referimos acima. Na treito mas depois que chega ao Baixo do Moiíim, muda o
;

ilba Marajó notam-se os rios Arary, Anajaz, Caruru, Arapixi, seu curso para Leste, tomando então maior largura, até desem-
Tartarugas, Ganhoão, Paracauary, Camará, Atuá, Pra- bocar com o rumo de E. N. E, na bahia de Marajó, deixando
cuúba, Quanaticú ou Canaticú, Mapuá, além de outros. O á dir. a ilha de Sant'Annado Arary. Durante o verão a in-
Arary é o mais extenso o o mais importante de todos : ó for- fluencia da maré se manifesta no Arary somente até um pouco
mado pelo Genipapucú e pelo Apeliy que entram quasi juntos acima da Cachoeira, e durante o inverno o fluxo é pouco sen-
no lago Arary. Partindo da ponta S. do lago, o rio Arary sível além do Moirim. Um facto singular succede no começo
segu; um curso muito sinuoso, banha a villa da Cachoeira e desta ultima estação, é o de correrem as aguas de Arary em
desagua na bahiade Marajó. Recebe a dir. o Anajaz-mirim e e duas direcções oppostas as da metade inferior se dirigem
:

esq. o Goyapy. O Anajaz forma-se do Auajaz próprio e do para a foz e as da metade superior encamtnham-ae para o lago
Mocoões, E' navegável a vapor atéápov. de seu nome eoá daquelle nome, de onda retrocedem quando elle se acha um
ainda cerca de 30 milhas em qualquer dos seus dous ramos. pouco cheio. O Anajaz é o rio de maior curso e o mais volu-
Seu curso é mui sinuoso, tornando-se por isso morosa a nave- moso da ilha de Marajó. Nasce nas campinas centraes, nas
gação. O Cururú vai da extremidade oocidental dos Mondon- mesmas baixas em que o Anajaz-mirim e o Anabijú tèm suas
gos para O., recebendo á dir. o Jurupucú e o Jurara, incli- nascentes, e vae em rumo de O. e de NO. despejar as aguas
na-se deste confluente para S. e entra no canal do Estuário, no Amazonas, na bahia denominada dos Vieiras por — —
ou como diz o povo, no Anajaz. E' imbem livremente nave-
fc grande numero de canaes. Dois importantes aíiluentes recebe
gável a vapor até perto dos campos, mesmo em pleno verão, elle na margem dir.; o Mocoões que tem origem nas baixas
tendo a vantagem de ser menos sinuoso que o Anajaz. O Ai-a- do Aoapú e vmi em rumo de SO. reunir-se-lhe em frente á
pixi sahe dos Mondongos com o nome de igarapé Fundo, recebe cidade do Anajaz ;e o Cururú que partindo da extremidade Oc-
á dir. o igarapé dos Cajueiros e o da Mandioca e á esq. o cidental dos Aloudongos dirige-se para O. recebendo as aguas
Santa Maria e já, á vista de sua barra no Amazonas, recebe do Jurupucú e do Jurará-paraná e aqui volta-se para o S. a
o Santo Antonio, engrossado pelo doEgypto. O Atuá formado juntar-se ao Anajaz abaixo da ilha do Breu. O Araraã não é
pelo Atuá próprio e pelo Anabijú é o maior e mais importante senão repartimento meridional do Anajaz, ao chegar este á
dos rios que vêm da ilha ao rio Pará. E' navegável por vapo- ilha do Breu. A sua direcção geral é a de O.S.O.,e o seu
res em grande extensão. Desemboca no rio Pará (costa de Ma- principal aíHuente é o Mapuá. O Mooajuba. que desagua no
rajó) defronte da barra do Tocantins. Recebe o S. Miguel, mar e recebe o Tijoca. Canaes.— E' indescriptivel a série de
Tauá, Jaburú, Anabijú, Acaputuba, Paraizo, Tumacahi, Jaca- canaes por onde defluem os rios do Pará. Os rios e igarapés
requarae outros. O Muaná banha a cidade de seu nome e com- cortam-se, iuterrompem-se, bifurcam-se, muitas vezes em um
munica com o Atuá pelo furo Muaná. Recebe o Tatuoca, cruzamento de tal modo complicado, que constituem verda-
Frechai Grande, Muaná-assú, Gomes, Veado, Santo Antonio, deiro labyrintho, cujo importante papel em relação á hydro-
Piramujarú, .Garça, Jauarité, etc.O Quanaticú vem dos igapós graphiada região é faoil de avaliar. Os paraná-miris e furos
(mattos alagadiços) que ficam ao S. do Anajáz e desagua no mais notáveis são furo Caldeirão e Paraná-mirim do Bom
:

rio Pará, pouco abaixo da cidade do Curralinho. E' de lon^o Jardim que ligam o Jamundá ao Amazonas o Cachoeiry,que ;

curso e navegável a vapor em grande extensão. O Cajuuba, bem estabelece communicação deste com o Trombetas o furo do :

povoado e de corrente veloz, recebe o Mariahy. O Inamarú, Salé, que, partindo do Amazonas, fronteiro á ilha de Santa
que nasce nos campos do Paritá, corra de O. a E. e desagua Rita do jiiui. da Óbidos, liga-se á série de lagos do districto
na bacia do Tocantins, é bem povoado e liga-se ao Cajuuba por da Villa Franca e abre communicação até defronte da ilha do
dous grandes furos. Chiqueiro e Pau Grande, ambos navegá- Arapiry, pertencente a Alemquer; os paranás-mirins de Óbidos,
veis. Recebe o Purupurú, Frechai Grande e Pequeno além de Alemquer e Monte Alegre, simples derivações do próprio Ama-
outros. «Das terras baixas da ilha Marajó ii-radia também um zonas 03 furos de Ituki e Mahicá em Santarém
;
os furos do ;

systema numeroso de canaes naturaes apropriados ao dessec- Aquiqui e do Urucuricaia que dão. passagem do Amaxonas ao
camento da mesma ilha. Para oN. dirigem-se o Tartarugas, Xingu; os furos do Vieira, Vieirinha, Mututy e Ituquara entre
Ganhoão e Arapisi, nascidos nos ilondongos do centro da as ilhas da foz do Amazonas o Tajapurú, furo da Companhia
; ,

ilha, e o Cajú-una que, por tres bocas acima de (Chaves, de- Jaburú, Macacos, Aturiá, -furo de Melgaço, rio los Breves e
sagua no Amazonas, passando pela cidade do Affuá '» Para o BoiossúaO. da ilha Marajó; o furo Pacajahy, que liga o
S. da ilha correm o Anabijú, o Atuá, oParacuúba, o Canaticú rio Anapxí ao Pacajá; o furo das Campinas, que communica a
e oPiria. O Atuá tem suas nascentes nas mattas e o Anabijú bahia de Melgaço com a dos Boccas o canal do Anapú, que ;

nos campos, confundindo-se com as nascentes do Anajaz, e liga o Mojú com o Tocantins o furo do Arrozal ao S. da
;

seguindo o primeiro para SE. e o ultimo para o S., approxi- ilha do Carnapijó; o furo da Laur.i, que fórma a ilha de Col-
mam-sa e ligam-se finalmente, indo despejar as suas aguas na lares e em cuja margem estão a povoação de Porto Salvo e a
bahia do Goiabal. Da confluência dos dous rios sahe um outro cidade da Vigia e o furo do Pagé entre Curuçá e Marapanim;
;

braço a que denominam «Furo do Atuá» em cuja margem Entre as ilhas Caviana e Mexiana corra o canal Perigoso, e o
existe a cidadã de Muaná, o qual também desemboca na mesma de Carapaporis ou de Maracá na costa das terras do cabo do
bahia. O Praouúba nasce nas mattas ao S. das cabeceiras do Norte, limitando occidentalmente a ilha de Maracá. Neso-
Atuá e o Canaticú e Piriá nas mattas alagadiças onda tem graphia. —
A mais importante das ilhas desse Estado é a de
também sua nascente o Mapuá. Destes è de maior curso o Ca- Marajó entre a cidade de Macapá e a ponta Tijioca ou
naticú, que em grande extensão é navegável por vapores, e é o Tijoca, na foz do Amazonas, que por ella é dividida em duas
mais importante. Entre a foz dD Piriá e a do Canaticú está porções deseguaes. Tem, segundo o Dr. Coutinho 260 kils. de
situada a florescente cidade do Curralinho. Os rios que seguem comprimento e 160 de largtira Contém o lago Arary e os
para as faces oriental e ocoidenlal da ilha são de maicr rios acima citados. A criação do gado ahi é abundantíssima.
curso e mesmo de importância superior os primeiros, da faca
: Em seu perímetro tem as cidades de Breves, Soure, Chaves,
oriental, atravessam a parte da ilha em que predomina a in- Muaná, Curralinho, Anajaz e Affuá e as villas de S. Se-
dustria pastoril, e os últimos, aquella onde a industria extra- bastião da Boa Vista, Monsarás, Cachoeira, Ponta de
tiva da gomma elástica mais desenvolvida se acha e onde na Pedras, além das povoações de Salvaterra, Montfort, Condeixa
estação própria accumula-se uma população numerosa occu- e Trovão. Essa ilha foi doada em 1665 a Antonio de Souza
pada em tal mister. Entre aquelles são os principaes o Para- Macedo, barão de Joannes. Em 19 de abril de 1754 D. José a
cauary ou igarapé Grande, em cuja margem assenta a bella reuniu novamente aos domínios da corôa. Antigamente era
cidade de Soure; o Camará e o Arary. Este rio nasce do denominada dos Nheengaibas por serem de linguas differentes
grande lago do Arary que, peb Genipapucú se communica

1 Vida sobre essa ilha o Relatório de D. S. Ferreira Penna, 1S7(5.


» Ferreira Penna dá 164 da N. a S. e 804 de E. a O.
Uil.s.
1 Dr. K. A. de Santa Rosa.
PAR — 38 — PAR

indígenas quenella habitavam. Foi Arapiry, Marimarituba, ilha do Priutes, CapsUa, Santa Rita,
e dilfiouUosas os m-iitos
depois subslitiiida esta denominação por — Gi-anle ilha ilhas Maracauassúe Juruty. Ns Tapajós também se encontram
de Joannea — ató que veio prevalecer a de Marajó, primsi- grande numero de ilhas, tolas porém, de diniensões acanha-
ramente privativa da sua parte meridional. « A ilha de das e a maior parta no curso suparior. AilhaGopary, em
iMarajó aclia-se nat-iralmentí dividida em duas secções dis- frente á povoação de Aveiros é a mais próxima da foz. Cabos:
tinctas, uma a dos campos ao N. e a li. e outra a da matta
— O de Orange, extremidade septentrion il do Estado, Cassi-
I

poré, do Norie, Raso, Magoary, além de diversas pontas como


a S.O., de modo que, su|)p3ndo uma linha imaginaria, que
partindo da foz do Cajú-una termine na foz do ACuá, estabe- a da Pedreira, ao N. da cidadí di Macapá, a de SantMnna,
lece-so assim, mais ou menos, a separação das duas secções, c-ctremo oocidentil da ilha Mexiana, a da Caridade, extremo
meridional da ilha Gaviana a da Tijoca na ilha do mesmo
a primeira applicada á criação do gado e onde existem parto ;

nome. No mun. de Vizeu ha os cabos Gurupy, Caripy, Su-


de 300 fazendas, e a outra á extração da borracha». «Fer- :

reira Penna descreve do seguinte modo as costas da ilha maca, Cupecaia, Apehu, Emboranunga. Bahias e portos. —
Par-
jMarajó : « As costas da ilha difíerera entre si conforme as tindo da foz do Gurupy e acompanhando a costa do continente
aguas que as banham e assim, na costa ou margens de O., sõ até a ponta da Tijóca, grande é o numero de bahias que se
80 encontram terrenos baixos, argillosos e lamacentos e a
;
encontram, a saber : Gurupy, Piriá-una, Piriá-tinga, Gopu-
mesma cosia N., lavada pelos ventos geraes não apresenta ambaba, Genamboca, Punga, Caeté, Marauafubá, Quatipurú,
senão uma areia avermelhada que se endurece cimentada pela Japirica, Pirabas, Inajá, ,'Vrapepó, Salinas, Maracanã, Marapa-
argilla, forman^lo largos esparceis, sobra os quaes rolam e nim, Piracaimbaua e Cajúfcuba. -Quasi todas ellas são o desa-
se espedaçam as ondas do rio. Ambas essas costas são banlia- guadouro de outros tantos rios do mesmo nome, distinguindo-so
dag pelo Amazonas. A costa austral e oriental, pelo contrario,, a do Caeté como a maior dentre todas oíTerecendo algumas excel-
;

mormente da barra do Tocantins para b.iixo, se disiingue lentes ancoradouros. Entre a ilha GoUares, a das Pombas, a do
pela frequente presença de pedras (grés grossos e ferrugino- Mosqueiro e o continente, fica a bahia do Sol e entre esta
:

sos) e de bellas praias de areia branca : mas o que sobretudo ultima ilha, a das Barreiras e a de Tatuóca está a
caracterisa a difierença notada ô que a costa oriental, numa bailia de Santo Antonio. Em
frente a capital estende-se, com
facha longitudinal, que não excede de 3 milhas em sua maior 12 kils. de b)cca, a bahia do Guajará formada pela junoção
largura, basêa-se sobre os recifes, elevando-se, com algumas do Guajará, Acará e Mojú. Formada pelo rio Pará, estende-se
interrupções, a uma altura sup;rior ao nivel geral da ilha, com uma largura e extensão cDusideravel a formosa bahia de
não sondo todavia tão imporiante essa elevação que chegue a Marajó entre a costa oriental da ilha deste nome eo continente.
tomar o caracter de uma collina ». A Gaviana e a Mexiana Acima delia acham -se as bahias do Pracuúba e a dos Boccas,
são as duas grandes ilhas que ao N. da precedente 33 acham qus termina na garganta do furo Paranaú. Na entrada do
na foz do Amazonas, cortadas pela linha equinoxial, a pri- Tocantins acha-se a larga bahia do Marapatá. Formadas pelo
meira ao S. e a ouíra ao N., e onde também se estendem rio Anapú eucontram-se: as bahias do Pracupy, onde desem-
grandes campos da criação de gado, a cuja industria são ap- bocca o rio deste nome, e em sua continuação a do Castanhal,
plicadas. A Gaviana mede 47 milhas em sua maior extensão a do Caouajó, Gaxiúni e Camuhy; e pelas aguas do Pacajá e
de E. a O. , e 30 de N. a S. ; e a iVIaxiana 27 milhas de K. a Camaraipy engrossadas pelo Acutipirera e Mocajatuba, acha-se
O., e 24 de N. a S. Um canal de 7 kils. de largura, a que a bahia de Portel com 49 kils. de comprimento e largura que
denominam canal Perigoso, separa entre si as duas ilhas. A varia entre dous èsete, em frente á villa de egual nome, rece-
Grande de Gurupá é a mais extsnsa das ilhas situadas no bendo mais abaixo o nome de bahia de Melgaço, quando fron-
estuário do Amazonas, começando na altura da barra do teira á outra villa assim chamada. Ao occidente da ilha de
Xingú e vindo até perto de Mazagão, fronteira á barra do rio Marajó estende-se a bahia dos Vieiras, onde desaguam o
Maracá, com o desenvolvimento de 78 milhas de SO. a Nf5. Anajaz e a Gharapucú e em frente da cidade de Macapá a
;

e 2'J (te E. a O. Esta iíha divide a foz do Amazonas em dous bahia de Macapá. Na com. de Santarém, a O. N. O desta ci-
grandes ramos occidental que vai acompanhando o conti-
: dade ostenta-se á margem esq. do Tapajoz a bahia de Villa
nente e o oriental que recebe as aguas do Xingú e vem banhar Franca, com bellas enseadas na s.ia margem septentrional,
acosta da ilha Marajó. Ao N. e E. da ilha de Gurupá é con-
siderável o numero de ilhas adjacentes, todas ellas de summa
formada por aquelle rio e pelo Arapium. Lagos. Bem poucos—
são os lagos importantes que se podem apontar no Estado;
importância pela grande riqueza dos seringaes que ahi se todavia na região occidental correspondente ás coms. de Monte
encontram. Convém notar entre ellas as dos Porcos, a da Alegre, Alemquer, Santarém e Óbidos, e nas terras denomi-
Pará, a da Gonceição, a dos Cavallos, Maracujá, Galdeirão, nadas do Gabo do Norte, ha delles uma successão numerosa ;
Pracuulia, Praouubinha, Mututy, Roberta, Aranahy, Baquiá, a mór parte, porém, de pequenas dimensões e que desappa-
Urutahy e Gurupá. A ilha de SanfAnna, ao N., na foz do rio recem em grande estio. Entre os primeiros distinguem-se o —
Matapy, é celebre na historia paraense paio importants papel Lago grande de Monte Alegre, situado nas campinas ao S. O.
que representou, sendo lheatro de grandes combates entre os dl cidade deste nome, ao S. e um pouco afastada das serras do
l)0rtuguezes e hollandezes, quando se disputavam mutuamente Ereré, Maxirá e Monie Grande, com 26 milhas de extensão e
a posse da opulenta região. Na costa do Amazonas notam-se tres a cinco de largura; e como suas dependências o Piracaba
as ilhas doCuraúá, Brigue, Bailique e outras inenores ; e mais a O. da barrado rio Maycurú, e o Jácaré-Capá a S. do pre-
adiante, acima do cabo do Norte, acha-se a ilha de Maracá cedente, com o qual sa communica,, e o UxiacáaSO. deste ul-
com 2t> milhas de extensão de N. a S. e 20 de E. a O. Sem
numero são as ilhas situadas a O. de Marajó; dentre ellas

timo ; o Paracary a SE. de Alemquer e acompanhando o rio
do Tapará em grande extensão, a tres milhas de distancia da
mencionaremos as do Anajaz, a do Jacaré, Curumú, Taja-
puni, Mutumquara, Aramá, Jaburú, ilhas da Gompanhia,
margem. —O Curumú, atrás da cidade de Alemquer, o Curuá e
Botos, que se confundem em um só perto da margem esq. do
Aluriá, o Pracachy e logo adiante, acima da bahia de Portel
;
Amazonas e abaixo do reparfciraento do rio Curuá; o do Tostão,
a ilha do Pacajaliy com 2:i milhas de extensão e 9 de largura a SO. deste ultimo, que acompanha o Parana-miry de Óbidos e
de N. a S. Em frente á cipital-estende-se a ilha das Onças, pelos furos do Arraia e do Suisso communica-se com o Amazo-
que limita a Oahia de Guajará, e depois delia seguem-se a do nas; o Mucurá a NO. do dos Botos, já quasi junto ás terras
Arapiranga, a do Garnapijó, a Gotejul)a e a Tatuoca, que du-
rante a revolução de 1835, foi a séde da presidência do Pará.
Acompanhando a costa até á foz do Gurupy notam-se a ilha
;

das Barreiras, a do Mosqueiro, onde hoje se vê uma flores-


cente povoação, a das Pombas, Coitares em que assenta a
,
1 A verdadeira ort.igraphia dessa palavra pareoe-nos ser Tièoca
Villa deste nome, a Tijoca, Gnjutuba, Marapanim, Taquiry, (casa da vasante. Tyê-oca). O Dr. S.Coutinho escreva Tioca, talvez
Maiandeua, Praia Grande, Caeté, ilha do Norte, Punga, porque o indio faltando rapidamente, assim pronuncia essa palavra.
Alguns querem que essa palavre provenha de Tyeaoa, (ponta da va-
Preatinga e Manegiuiba. No Tocantins merecem menção as sante). Frei Frnncisco dos Prazeres Maranhão (Collecção de etymo-
ilhas do Araraim, Paquelá, .Juaba, Marariá, Bacury, Jutahy, loKias brazilicas.Kev. do Inst. 1846) diz que Tigioca ou Tijoca é
queé a maior delias, a das Guaribas, onde está a primeira ca- du-ivado de Tyjuoca, (casa ou sitio da esçuuia) Braz da Oost:> Kubiin
choeira, .Vreião, \'alentim e illia da Rainha. Na (bz do Xingú, (ttev. do Inst. 18S2), diz
: « Tigioca ou Tijoca, do guarany aytyuog,
oncontram-se a Gaj mba, Urucurycaia, Ma'cacos, Tapará e (espumar)». «Tioca, escreve-nos o dr. B. Rodrigues, e a ortographia
Aquiqui. B dalii p6r diante ao longo do .Amazonas são dignas mais approxiuiada ú pronuncia indígena. O i de Tioca ouTigíoca á o
y
naso-guttural que tem o som qu vsi imperceptível de ig, A esorever-se
do nota as ilhas de Gomandahy. .Jurupary, Paranáquara,
com o som de ig, deve ser á pjrtugueza Tigeoca a não Tijíoca que á
Uriiará, Itanduba, Frechai, Barreiras, Ituki, ilhas do Tapará, erro.
;

PAR — 39 — PAR

altas e como continuação do furo Mamaurú; o Mamaurú absolutamente, ou só existem em quantidade tão diminuta que
junto á fóz deste furo e igarapé Curuçambaua o Lago
do ; não podem offerecer vantagens: taes são os de Bragança,
Grande da VillaFrança, o Poção Grande, o do Salé e o Guamá, e em grande parte os de Óbidos, Alemquer, Vigia e
Gurumucury na margem esq. do Amazonas, nas campinas Gametá. Ella subsiste, mas já muito enfraquecida e arruinada
do dist. da Villa Franca, próximos ás serras do Asi- pela concurrenoia da borracha, nos muns. de Portel, Igarapé-
cará, Araciiry, Piraquara e Gurumucury, todos entre si miry, Capital, Muaná, Santarém, Macapá, Oeiras e Mazagão.
ligados e communicando-se com o Amazonas pelos furos do Nos muns. de Gurupá, Porto de Moz, Melgaço, Curralinho,
Gurumuc/iry, Irateuae Muiratuba através de uma floresta gi- Boa Vista e Breves não existe cultura alguma e não ha outra

gantesca de cinco a oito milhas. Ulago do Salgado á margem industria e occupação além do fabrico da borracha. Os muns.
dorioGuminã; Jamary, Mura, Xiriri, Parauácú e
o Arapeoú, de Chaves, Soure, Cachoeira, parte do de Muaná, na ilha Ma-
muitos outros nas margens do Trombetas o lago do Sapucuá
; rajó, e a maior parte do de Monte Alegre, são exclusivamente
junto da serra do Sapucuá e em cujas margens consta habi- criadores de gado vaccum, sendo esta industria também exer-
tava a celebre tribu guerreira das Amazonas Mariapixi, Uru-
;
cida em pequena escala no mun. de Bragança e em todos os
paná, Algodoal e Uruaná, todos na mai*gem do Jamundá; o muns. banhados pelo Amazonas, desde Faro até Macapá.» A
lago de Fáro, qus banha a cidade deste nome, e o Capixauara- divisão da ag^ricultura ezn grande epequena cultura nãoé bem
monha na falda das serras do Dedal e do Copo, formado pelo discriminada neste Estado. Póde-se todavia distinguil-a do
encontro do rio Pratucú com o "Jamundá. Nas terras do Cabo modo seguinte: Grande cultura, a canna de assucar; grande e
do Norte os lagos prinoipaes são: o Novo, semeado de ilhas pequena cultura, o cacáo, tabacOfurucú e fructas diversas; pe-
ao N. da foz do Araguary: o Piratuba, perto do cabo do Norte quena cultura, mandioca, arroz, café, milho e feijão. A canna
e donde nasce o rio do mesmo nome, que desagua no Oceano ;
de assucar, em que a pequena cultura apenas accidentalmente
o lago da Jaca ao S. da enseada do Maracá;e os lagos Com- toma parte, é o género mais cultivado nas coms. da capiíal,
prido, Pracuúba, Culluxá e Mapá, formados pelos rios Tarta- Bragança, Santarém e, em grande escala, na de Igarapé-miry,
rugas, Frechai e igarapé da Serra, que aííluem para o rio nas quaes acham-se montados muitos engenhos movidos a va-
Amapá, e cujas margens tem procurado a França occupar, por, alguns com turbinas para o fabrico do assucar, e todos
estabelecendo postos militares, ou missões de catechese. No com apparelhos para obter-se o mel e a distillação da aguar-
centro da ilha do Maracá existe um lago do mesmo nome que dente, seguindo-se em escala descendente como cultivadores
especial menção merece pelas suas excellentes qualidades pis- desse género os muns. de Muaná, Macapá e parte do da Ca-
cosas. A ilha de Marajó os possue também diversos, entre os choeira. O território do Estado, em geral, é tão próprio para

quaes Arary, o das Tartaçugas, o Santa Cruz, o Alçapão, o a cultura da canna que podia ser o maior productor da America,
Aruans, o Guajará, os do Socó e Jacaré são os mais impor- si a falta de braços e a aifluencia de trabalhadores para a
tantea. O Arary é o principal delles, e tem 18 kils. de com- industria extractiva a não privassem dos meios essenciaes ao
primento de N. a S. e quatro de largura; com uma ilha rasa seu desenvolvimento. Essa producção, entretanto, não chega
denominada Mãi Joaquina, na sua ponta septentrional. A pro- para o consumo, que é provido pelos Estados do Maranhão e
fundidade do lago do Arary, que no verão varia de um a dous e Pernambuco, em grande escala, O cacáo produz com abun-
meio metros, no inverno sobe de cinco a sete, sendo as aguas dância em todo o Estado, menos nas coms, marítimas. A com.
nesta estação muito crystallinas, côr de zinco no verão. Pha- de Cametá é aquella em que está mais desenvolvida a cultura
róes. —
O de Salinas na ponta da Atalaya aos O» 35' O de lat. ' do cacáo, que constituea sua principal producção; seguem-se-
S. e 4» 12' 24" de long. O. do Rio de Janeiro, dioptrico de 3' Ihe as de Santarém, Monte Alegre e Óbidos. Escreveram
ordem, de lampejo alcance de 31.500 metros, com apparelho
; pessoas conhecedo ras do assumpto, que as colheitas do cacáo
lenticular do systema Fresnel e Arago, e luz clara e egual du- nas margens do Amazonas chegaram a ser tão abundantes, a
rante 70 segundos: o pharol de Bragança, fluctuante, próximo iião poderem sor totalmente transportadas nas frotas, que
aos baixos desse nome, em fundo de 14 braças, oafcoptrioo, íixo, desciam o rio e ficavam em terra, com grandes perdas, em-
com alcance de 14.800 metros e luz espellida por oito lâmpadas barcadas no anno seguinte. Paragens havia tão ricas desse
com reflectores dispostos em circulo aos O» 25" 30" S. eiJo 55' 10'' producto, que o governo as reservava para com o valor das
Long. O. de Green; e os pharoletes dioptricos de 6^ ordem, do colheitas occorrer ás despezas do fardamento da milicia. Si
Chapéo Virado a 1" 18' 35" de lat. S. e 5° 19' 51" long. O.; ode Col- não existe hoje mais essa quantidade prodigiosa de cacoeiros,
lares a O» 53' 30" lat. S. e 5° 7' 48" long. O.; o do Forte da Barra ó cerlo que o aproveitamento do cacáo tem sido muico maior,
a l» 20' 30" lat. S. e 5'^ 20 e 48" long. O. o da Cotijuba a 1» 13'
; e os preços teem crescido de fórma a compensar largamente os
15" lat. S. e 5° 26' O" long. O. o de Soure a O» 40' 42" lat. S. e 5»
; trabalhos e despezas de sua" colheita. Podendo ser cultivado em
19' 45" long. O.; o da Ilha do Capim a 1° 35' lat. S. e 5» 42' todo o Estado, é nas margens dos rios Amazonas e Tocantins
44" long. O.; o da Ilha doGoiabal a 1" 39' 33" lat. S. e 6» O' que mais abundam os cacoeiros. A sua plantação é fácil o :

08" long. O. o de Jutahy a 1" 51' 15" lat. S. e 6» 40' O" long.
; cacoeiro dá o seu primeiro fructo tres annos depois de plan-
O. : e finalmente o Marianno a 1» 47' 30' lat. S. e 7» 8' 30" tado e produz mais de 50 ou 60 annos, bastando conserval-o
long. O. do Rio de Janeiro, todos de luz fixa com alcance de limpo, e dá duas colheitas regulares, sendo maior a de maio
13 kils. Agricultura e industria. —O illustrado es-presidente a julho. A exportação de cacáo no decurso de 1780 a 1789 foi
do Pará, Dr. Pedro Vicente de Azevedo, em seu minucioso Rd. de 9.102.813 kilogs'. e no de 1790 a 1800 foi de 11.911.960.
escreveu o seguinte: « Em geral póde-se asseverar que a agri- Em 1851 expor taram-se 2. 963. 152 kilogs. no valor de 243:471$212
cultura da prov. succumbiu sob a influencia fasoinadora do fa- em 1861 a exportação subiu a 3.480.401 kilogs. no valor de
brico da borracha ou gomma elástica. Raros são hoje com 1.47õ:799|029; em 1871 foi de 4.191.222 kilogs. no valor de
effeito os muns. em que esta industria não lenha dominado de 1. 523: 208^700
: no decennio de 1881 a 1891 foi de 48.265.509
um modo extraordinário, monopolisando os braços que outr'ora kilogs. no valor de 26,321 :927§740. « A cultura do cacáo, o
se empregavam na lavoura. Ainda ha 20 annos passados cul- delicioso theobroma, de que se conhece seis principacs varie-
tivava-se, em escala relativamente grande, cacáo, canua de dades, augmenta extraordinariamente. A delicadeza de sabor
assucar, arroz, algodão, mandioca, café, etc, e exportava-se do amazonense, sem superior em nenhum de outra qualquer
o seu producto em bruto ou manufacturado, em grande quan- procedência, é o actual objecto da attenção dos oiltivadores,
tidade. A pop. tinha em abundância os genei"0s alimentícios. que pela elevada cotação dos productos esmerados buscam me-
Fabricava-se a farinha de rnandioca e tapioca, o chocolate, o lhorar constantemente os processos de preparo. Antigamente
assucar; tecia-se o algodão grosso, extrahiam-se muitos pro- obtido no geral pela industria extractiva, a superioridade de
ductos e exporlava-se grande quantidade de tudo isso, junta- preço do de origem cultivada animou as primeiras plantações-
mente com o cacáo, arroz, algodão, tabaco e até o café, sem regulares, cujo desenvolvimento sempre progressivo promette
prejudicar as necessidades do consumo interno. Hoje succede o não descontinuar. Estendendo-se cada vez mais a exploração
inverso. O Pará suppre-se das outras provs. do que lhe é mais desta tão fácil quanto rendosa lavoura, a ella se applicam re-
necessário. Compra carne secca do S., café do Rio de Janeiro giões inteiras em Óbidos, Sanlarém, Monte Alegre, Alemquer,
e Ceará, charutos da Bahia, algodão e assucar de Pernambuco, Parintins, Maués, Cametá e diversas outras localidades. For-
arroz e farinha do Maranhão e a tanto tem chegado a incúria, necendo uma bebida nutritiva e delicadíssima, cujo uso diaria-
que uma Lei Prov. autorisa a presidência a comprar gado mente cresce, fórma o cacáo uma das maiores exportações da
vaccum de outras provs. para abastecimento de carnes verdes Amazónia ». O algodão era também um género muito cultivado
no mercado da capital. Ga únicos muns. em que a agricultura no Estado ;delle teciam-se rèdes, toalhas, lençóes e camisas
ainda subsiste com profusão, ou melhor, como recurso dos grosseiras, sendo mèsmo exportado cm grande quantidade ;

habs. , são precisamente aquelles em que as seringueiras faltam hoje, infelizmente, é esse género importado de Pernambuco em

PAR — 40 — PAR

hruto, dos Estados Unidos era fio. O tabaco é cultivado e em balhador prefere entrogar-se a «s.m industria, que lhe dá com
diílerentes escalas. Nas margens do Tapajós está sendo culti- menos labor o necessário para supprir-se de todas as necessi-
vada ura.i espécie conliecida pelo nome de barury, que se reputa dades, do que trabalhar na agricultura que, si o provê de
superior ao de Havana e Manillia. Não obstante essa planta certos géneros, não lhe dá tudo quant) elle precisa e exige
aclimar-se perfeitamente em toda a vasta região Amazonica, delle maior somma de trabalho ? A castanha é o segundo pro-
poucos são os togares dos do is Estados em que o tabaco é de ducto natural desse Estado. E' esse producto a amêndoa extra-
primeira qualidade, havendo muito delle que só difficilmente —
hida do fructo da arvore colossal Bertholecia excelsa, conhe- —
pode ser fumado. Não provém isto, porém, tanto da má escollia cida vulgarmente por castanheiro. Esla arvore cresce esponta-
(tos terrenos eni que é plantado, mas principalmente do modo neamente em quasi todos os terrenos seccos do Estado, mas só
de uultival-o e preparal-o. « A cultura do tabaco, por motivos em certos muns. apparece com abundância e a sua colheita se
transitórios, estacionaria cm alguns pontos, t^m no geral to- torna uma industria lucrativa. A salsa nasce expontaneamente
mado grande impulso, constantemente augmenlando sua pro- nas florestas do Amazonas, Tapajós e outros aíís. do grande
cura nos mercados. No do Rio de Janeiro, abastecido pelas rio, mas hoje a sua colheita é insignificante, apezar de vendida
melhores procedências de Minas, Goyaz, S. Paulo e Bahia, o por bom preço. O cravo, producto constituído pela casca da
fumo paraansc é cotado enire os dem.iis subido preço, custando —
arvore Dicypellium caryopnylatum, — da família das laurineas,
'
habitualmente ao consumidor 50S o kilog., valor que indica conhecida pelo nome vulgar de cravo, nasce expontaneamente
sua inexcedivel bondade de paladar e de aroma. Irituia, Bra- em diversos muns. do Estado. A sua producção, que já foi
gança, rios Trombetas, Guamá, Acará e Urariá são os prin- considerável, é hoje diminuta, pela devastação que soífreu dos
cipaes centros productores da victoriosa solanea.» O urucii primeiros exploradores, que a fizeram quasi desapparecer das

bixa Orellana é um género de cultura quasi exclusivo do florestas, onde era abundantíssima. O cumaru é a amêndoa ex-
mun. de Igarapé-miry, donde vem ao mercado da capital para trahida da fava da arvore —
Dipterix odorata —
sua colheita
:

consumo e exportação. O guaraná é um producto também es- faz-se juntando debaixo das arvores as favas cabidas, partin-
pecial e exclusivo das pjvs. de Itaituba e Villa Franca, sendo do-as, tirando-se as amêndoas e expondo-as ao sol até llcarem
geralmente cultivado pelos Mundurucús, « Admirável tem sido quasi pretas. —
A estoupa é a casca tirada do castanheiro, da

a expansão do guar^má a paullinia sorbilis. —
Adquirido da sa.pucaia (Lecythis ollaria e Lecythis sapucaia) e de algumas
induslriosi agricultura das tribus Mundurucús, Maués e outras arvores, mas sobretudo do castanheiro. —
O guaraná, que
Apiacás, do rio Tapajós, seu uso propagado com rapidez na é bastante cultivado pelos indios e pelas populações civilisadas em
Amazónia, em Matto Grosso e na Bolivia, fez destas ultiinas alguns affs. do Amazonas, na zona comprehendida entre Tapajóz
regiões seus prinoipaes mercados, obtendo nelles espécimens e o Madeira, ó fabrica,do do fructo da. trepadeira silvestre. Pau- —
escolhidos, cotações realmente fabulosas. Para a Europa, Norte lina sorbíllis —da familiadas pindaceas.
, — O marfim vegetal é o
America, e no geral para o Atlântico, a procura augmentando nome que se dá ao caroço da fructa da belllssima palmeii'a Mau- —
constantemente, as e; portações teem também crescido, orçando ri tia vínifera conhecida pela denominação de mirity ou burity.
nos últimos annos na média de .32.000 Ivilogs. Cultivado prin- Além do oleo do copahyba, ou occuliuba, do azeite de andiroba,
cipalmoiUe cm Maués, Juruty, e nos rios 'Úapajós, Madeira e tem o Estado muitos outros fructos de que podem ser exfcrahidos
Punis, dellese preparauma bebida refrigerantee rica do cafeina.» óleos, que tem diversas apidicações. E' riquíssima, abundante e
Seguindo o guaraná, começa a despontar a cultura de um pro- variada a flora de toda a Amazónia. Numerosissíjuas são as
ducto reoentissimo, muito embora de longa data usado pelos plantas de que a industria nesta região pôde tii'ar filjras, madeiras,

Ticunas e Omáguas do .Japurá, o ypadii,— crí/í/iroj;í/?ítm coca, resinas, óleos, tintas e medicamentos preciosos. —
Industria da
— aromático e delicioso tónico cultivado para uso particular em pesca e pastoril. —
As costas, rios e lagos desse Estado são abun-
diversos si tios da Amazónia e já conhecido em Matto Grosso. dantíssimos de pescado tão excellente quão variado, sendo tão
Martius, Tschudi e Wallis citam-lhe os admiráveis effeitos, e conhecido o das costas como o dos rios e lagos, sendo ambos muito
pela excellencia de suas qualidade? proprjem-no como bebida
. apreciados. Depois dq piraructí, que é lim dos mais importantes
habitual. A mandioca é culiivada principalmente no mun. de productos do Estado, os peixes salgados que mais concorrem para
Bragança, onde, transformada em farinha, é exportada em o commercio são: a gurijuba e a tainha. Existem em todo o Es-
grande porção para a capital. Nos outros muns. é ella cul- tado cerca de 600 fazendas de criação de gado vaccum, sendo a
tivada, mas em pequena escala, e insufRciente até para o con- illia de Marajó o maior empório dessa industria em todo o Estado.
sumo dos babs. O milho produz com vantagem em todo este Apezar da grande quantidade de gado que contém esta vastíssima
Estado não é, porém, cultivado regularmente, de modo que
; ilha e não pequena quantidade das numerosas fazendas existentes,
fj^uasi a totalidade do consumido ó importado dos Estados do principalmente nas comarcas de Monte Alegre, Santarém e
Sul. O feij.ao produz om todo o território do Estado em con- Óbidos, é a carne fresca vendida na capital por um preço elevado,
dições favoráveis, com desenvolvimento e abundância extraor- sendo em geral mais cara nas cidades e villaS do interior. O
dinária; não se cultiva, porém, liastante para o consumo da mesmo acontece com as outras espécies de gado. Isto prova que a
pop., apezar de se poderem fazer duas colheitas por anno. E' ofiferta está ainda muito longe de corresponder á procura, o que
isso notável, tanto mais quanto a cultura do feijão demanda vale a dizer que a indtistria pastoril é uma das mais vantajosas
insignificante trabalho e constitue um dos alimentos mais vul-
gares da pop. O arroz, que ha 20 annos, era muito cultivado em
do Estado. — Colónias militares. Possúe tres : a de Pedro II si-
tuada a margem esq. do Araguqay; a de S. João do Araguaya,
certos dists. do Estado, sendo até exportado para a Europa, á margem esq. do rio Tocantins, próximo da confl. deste "rio
hoje está quasi abandonado e o que é produzido está longe de com o Araguaya ; e a de Ferreira Gomes á margem dir. do Ara-
bastar»para o consumo da pop. que se suppre do arroz da
.
, guary c fundacla em 1890. Finanças.— A renda estadoal, que no
índia, cnnli.Tido |)nr arroz in^loz, a|iezar de ser o do Estado exercício financeiro de 1838 a 1839, o primeiro regido por um orça-
muito superior .iquelle. Variad issi mas são as fructas domestii^as
n selvagens do l';ir;j,. fintre as primeirns figuram: o abricó a
nientii legal apóz a luctuosa revolução politica da Cabanagem, —
; foi do 230:799!Íí;.j34, tendo sido a despeza de 133;783|489, elevou-se
laranja; a sainHilha o aJjacale; o mamão: a banana ou pa-
; no anno de Í851, anterior á desannexação do Rio Negro, que
cova, de quo ha diversas variedades, todas exccllentes, mas passou a constituir a província do Amazonas, a 273:3291980 e a
entre as quaes são mais apreciadas as chamadas pacovas com- despeza a 244:42iíJ037. Apezar, porém, não só dessa desannexação,
pridas de que ha quatro variedades e as chamadas pacovas mas ainda do desmemljramento do território que constituía o
maçãs e inajás; o caju; o copuassii, que dá excellontes doces e terjuo de Tury-assú, a renda subiu em 1852 a 295:20ipi9; au-
reíreseos deliciosos, a acta ou pinha; a friicta conde o côco a ; ; gmentando, de então para cá com muito maior desenvolvimento, *
uva, etc.^ As mais importantes das fructas silvestres são: o devido certamente aos innumeros benefícios, que trouxe a nave-
bacury, fructa saborosíssima e de um aroma delicioso, muito gação a vapor, iniciada no rio Amazonas e seus aílluentes, e hoje
abundante om todo o Estado, mas princi)}alnionte em Marajó; estendida a quasi todos os rios navegáveis. Os primeiros períodos
0^piquiá;a, mangaJ)a a surva,; a baoaba. ete. Variadíssimos
;
financeiros iiosteriores ao inicio da navegação fluvial a vapor,
são os productos nat'ir,ips dessa fertilissinia região; aquidb>, foram de rude provação ))ara o Pará, flagellado |iolo rbolera, e
porém, que maisavuii r.i,lir iodos é a borracha', que é incon-
i

subsequenle desanimo eni lodos os ramos de ((innnercio e


testavelmente a princip loiíle de
-
riquo/.a do Estado, e cuja
I
ind\istria; ainda assim, porém, as rendas publicas cresceram
extracção remunera ,L:cnernsamenle ao tra ba hador agrícola, já
1
sempre, attingindo a, receita em 18(31 á .579:807!5;891 e a despeza a
dissemos que á medida que a in.lusiria extractiva da borracha 5t)7 288!jí0ri8, mio oljstante esta.rem bem frouxas as relações com-
:

se desenvolve, delinhanãosó a agricultiira como outra.s


in- merciaes entre o Pará e os Estados Unidos da America do Norte,
dustrias o sobem do preço lodos os productos agrícolas e todos
que já naquella éjioca eram o iirincipal mercado consumidor dc
03 géneros do commercio. Mas como não ser assim, si o tra-
sua borracha. E' digna de nota, a progressão que apresenta o
PAR — 41 — PAR

desenvolvimento das rendas do Pará. Pelos balanços do Thesoiiro poder avaliar a pop. de todo o Estado em perto de 700.000
se verifica: lira 1801, 579:807|S9i em 1871, ; i.GÍ2:323§731 ; em habs. lastrucção,— O ensino publico do Estado do Pará com-
isSl, 2.477: 55i>j53 em 1891, 3.954:913|6i39,
; não incluindo neste prehende: ensino pi-im. ensino normal, ensino secundário,
iiltijuoanno a renda proveniente dos imi)oslos pertencentes até ensino profissional e technico. O ensino prim. é dado: nas
julho ao Governo Geral, e que passaram desde 6 e 12 desse mez a eschs. elementares, nas eschs. prims., no coUegio do Amparo,
constituir renda estadoal, de a.ccôrdo com a nova organisação do no Iiistit ito Paraense de Educandos Artífices e nos estabeleci-
paiz. A receita arrecadada e a despeza eíTectuada no ultimo de- mentos que, por sua natureza e categoria, distribuem o ensino
cennio foram: assim denominado. O ensino secundário é dado no Lyceu
Paraense em um curso de sciencías e lettras, exigido para
Receita Despeza a matricula dos cursos superiores da Republica. O ensino
normal é ministrado na respectiva Escola Normal, para a
1881-1882 2.913;2olS183 3.'iS0:308$O:)3
18S2-1S83 3.107:6333464 2.572:005.S5ôi
formação de professores primários de ambos os sexos. O ensino
2" semestre 1883. 1.974 :S50S,>92 1.254 :Õ99.JS47 pfofissional e technico é dado no Instituto de Educandos Ar-
1884 2.239: lOS.íSOi 2.929:337S8õl tífices em dous cirsos: ode agrimensura e ocommercíal, an-
ISSõ 2.807:929S820 2.904:0148222 nexos ao Lyceu Paraense e no Lyceu Benjamin Constant que
1886 3.181:247$599 3.1S7:90J.$249 é um externato nocturno, mantido por uma associação parti-
1887 3.9jO:63OÃ000 3.700: 511$169
cular, auxiliado pelo Governo do Estado. Cada um dos citados
1888 3.205;030.'i494 3. )22; 202.^5511)
1889 2.800:074.1734 3.0S9:09i$701 estabelecimentos, com excepção dos de ensino prim., se rege
1890 3.140:ia2§lí4 3.313:083S722 por um Regulamento especial, de accordo com as disposições
189 i 5.038:1Õ4|S1S 5.772;0i4|9)4 e princípios do Regulamento Geral. Todos os estabelecimentos
citados estão sujeitos á Directoria Geral do ensino do Estado.
incluindo na receita a importância de 1.983:24l.$149, cobrada dos O ensino é leigo, e o primário gratuito e não sbrigatorio.
novos impostos estadoaes ; e na despeza a de 1.172:633§747, dis- Representação fi^ederal. — Dá 3 senadores e 7 deputados. Di-
pendida com os novos encargos contraliidos pelo Estado nos termos visão Judiciaria.— O Estado dividia-se em 25 comarcas. Go- —
da Constituição Federal; sendo conveniente observar, que o Estado vernador do Estado. — Dr. Paes de Carvalho. A constituição foi
entregou ao Conselho Municipal de Belém a renda/i^roveniente da promulgada a 22 de junho de 4891. Capital. —
Belém, na margem
decima urbana que em 1891 attingiu a 298:830í;955. Para a arre- oriental da bahia de Guajará, que é separada dó rio Pará
cadação de tão importantes sommas, contribiu a Recebedoria do (Tocantins) por diversas ilhas, entre as quaes as denominadas:
Estado: Em 1861, 449:415^425 em 1871. 1.236:135í220 em 18S1,
; ; Onças, Arapiranga, Tatuoca e Cotijuba, a 4o 27' 2" de Lat. S.
2.046:073§304 em 4891", '5.529: li0$424. A legislação concernente
; e 5" 20' 15" de Long. O. do Rio de Janeiro; a 138 kils. do
ao regimen fiscal está sendo toda reorganisada, e o Governo estuda oceano. Segundo os mais prováveis cálculos, pode-se estimar
a descfiminação completa das rendas e encargos, que devem per- sua pop, em 80.000 habs. E' uma das mais bellas e impor-
tencer ao Estado e aos muns. autónomos, na fórma da Consti- tantes cidades do norte do Bi-azil, de um aspecto agradável,
tuição Paraense. Os Decs. ns. 415 de 26 e 418 de 28 de outubro séde do governo estadoal, da diocese episcopal e da assembléa
de 4891, ijue promulgaram novos regulamentos e novas taxas para estadoal porlo do commercio de todo o Estado
: com diversos
;

cobrança dos impostos de exportação e industrias e profissões, mo- ediftcios públicos, estabelecimentos bancários, difterentes com-
dificaram sensivelmente o processo fiscal, e diminuirara direitos, panhias e associações mercantis, sociedades de beneficência,
que irão pouco a pouco desapparecendo, conforme o permittirem o de soccorros mutues e de recreio ; bibliotheca pubi., lyceu
desenvolvimento de outras rendas. E' intenção do Governo, con- Benjamim Constant, Orphelinato Paraense, inaugurado a 15
seguir o mais breve possível a substituição dos impostos de de agosto de 1893; coUegio do Amparo; asylo de Santo Antonio,
exportação pelo imposto territorial, serviço importante, custoso e creado pelo bispo D. Antonio; seminários, esch. normal, col-
demorado, que precisa ser cuidadosamente estudado e preparado, legio de educandos artífices, jardim botânico, museu, arsenal
para dar começo á organisação da planta cadastral, base para o de marinha, quartéis, casa da alfandega eto. Entre seus arra-
orçamento deste imposto. No dia da proclamação da Republica no baldes nota-s3 o de Nazarèth, onde ergue-se a ermida dessa
Pará, o estado da divida publica era o seguinte: a divida fluctuante invocação, celebre nos annaes paraenses pelas festividades que
subia a 4.432;463|563 divida consolidada, consistente em apólices
; ahi se celebram no mez de outubro. Entre as ruas largas
ao juros de 8o/o, 4. 164:200$; em apólices ao juro de ô»/» 2.245:400?; desse arrabalde notam-se: a de S. José com uma bella ala-
Somma: 4.812:063$563. O penúltimo presidente da província, em meda e o passeio publico a de Nazareth, a de S. Jeronymo,
;

seu Relatório apresentado em 17 de seteml)ro de 4889, á assembléa assim denominada era lionra de Jeronymo Francisco Coelho,
provincial, relerece ás deploráveis condições financeiras da pro- O palácio do Governo, que -dizem ter sido mandado edificar
víncia, condições que elle attribuia á imprudência que presidira pelo Marquez de Pombal, é Construído com solidez e elegância,
á organisação do orçamento, cujo delicit elle calculava em quantia no gosto da architectura dominante na segunda metade do
superior a dous mil contos e aos pesados encargos contrahidos com século XVIII. Contíguo a esseedilicío acha-se o Palacio Novo,
uma continua serie de contractos onerosos. « A impossibilidade de onde funccionam a Assembléa, a Intendência Municipal e va-
serem satisfeitas, diz elle, as obrigações que desses contractos de- rias outras repartições publicas. O theatro da Paz, situado
correm para a província, traz a consequente depeciação de seus no antigo Campo da I-^olvora, é o mais vasto e sumptuoso de
títulos, provocada pelos justos clamores de credores que reclamam toda a Republica. Tem duas estatuas: a do general Gurjão e
pela pontualidade de seus pagamentos.» Actualmente o listado a do Dr. Malcher, esta na praça Mauá (antiga praça das
não tem divida fluctuante. A sua divida consolidada é de Mercês) e aquella na praça da Republica. A cathedral, dizem
6.895:800-?, Assim distrilmida Apólices de 5 o/,, 407:400,§. Apó-
: ser a primeira do Brazil e ter sido egualmente construída por
lices de 6 °/o 772:400$ Resto do empréstimo de 6.500:000$ feito
; ordem do Marquez de Pombal. A egreja do Carmo, antiga-
ao juro de 5 '>c ao Ijanco Lavoura e Commercio pagável no praso mente pertencente á Ordem Carmelitana e hoje transformada
de 30 annos, 6.066:000.$. Somma:6.895:800§. No dia 1" de setemljro em seminário menor, tendo sido anteriormente um recolhi-
de 1892 o balanço do Thesouro accusava ura saldo em caixa de mento de meninas orphãs. O convento antigo dos jesuítas,
4.299: 512§0.50 pertencendo: A' caixa effectiva 3.463:589$? 28. A' uma partô do qual é occapada pelo seminário maior e a outra
caixa de deposito, 835:922,$322. A despeza a pagar até o fim do pelo palácio episcopal. A egreja de SanfAnna, notável pelo seu
anno, não devendo exceder a 1.800;000$, e esperando-se uma zimbório, a de S. João, de fórraa octogonal; a da Trindade e
arrecadação de 3.400:000$, é provável fechar-se o anno de 4892 cora outras. A alfandega, que funcciona no antigo convento das
um saldo em cofre superior a 4.800:000$ na caixa elfectiva; Mercês. Os arsenaes de guei-ra e de marinha, situados á margem
sendo, portanto, possível, nos termos da lei orçamentaria do Guajará, l^ossue boas es'radas, como a do Arsenal e das
era vigor, applicar na amortisação da divida mais de Mongubas, toda cercada de mongubeiras de gi-ande elevação, e
3.000:000$. Esirada de Ferro. —
A de Bragança com 68 kils. a de S. José, orlada de elegantes palmeiras. Na cidade, no-
de extensão e bitola de um metro, é hoje propriedade do tam-se ainda o novo hospital de Caridade, edificado no pilto-
governo estadoal, que a comprou por 1.500 :080$0Ú0. O pro- resco bairro do Umarizal em espaçosa praça; o hospital de
longamento d'essa estrada do Apehú ao Castanhal tem a ex- alienados no Marco da Légua, lado direito da E. de F. de f-ira-
tensão de 7 kils. e foi inaugurado a 2 de maio de 4883. Ini- gança; o Largo da Pólvora, com suas explendidas avenidas,
ciado o ramal para Salinas, que começa no Caslanlial, acham-se èleganlemenle arborísadas e illuminadas, com dous idiafarizes
entregues ao trafego 46.341 metros. População.— A julg^ar e o parque em constriicção. No Marco d:i Légua, perto do
pelas informações que recebemos de todos os rauns. desse Es- hospital, está construído o bosque municipal. Industria ani-
tado para o Diccionario Geographico do Brazil, acreditamos mada, commercio activo e importante manleutlo relações com
DICO. UIÍOG. ij
PAR — 42 — PAR

as Republicas visinlias com os Estados da Republica e com basílica consagrada por tres bispos. Mas, como Moysés, que não
as principaes praças da America e da Europa. Foi fundada pôde entrar na terra promettida, nao assistio a essa imponente so-
em IGIO |)or Francisco Caldeira Caslello Branco. cathedral, A lemnidade. A consagração realizou-se no dia 1 de maio de 1892j
um (los iirimeiros templos do Brazil é também um dos mais sendo feita pelo então successor de D. Antonio, D. Jeronymo Thomé
aiitifíos e importantes monumentos da capital de Belém do Pará. da Silva, acliual arcebispo da Bahia, e pelos bispos' T). Joaquim
A sua coustrucçào data do século passado, 1748, e jjrima pelas e 1). Alvarenga, aquelle bispo do Ceará e este do Maranhão,
suas collossaes e no mesmo tempo elegantes proporções. As ele- E' ainda nesta grande nave que vè-se cinco altareí de cada lado
vadas torres que desaliam o perpassar do tempo permanecem em cada um delles grandes telas, com a imagem dos respectivos
intactas, tal é sua massiça construcção. sem que no emtanto patronos : Santa Familia, SanfAnna, N. S. do Rosario, S. Je-
perca o aspecto airoso dos monumentos architectados com arte e ronymo, Santa Barbara e do lado opposto S. Sebastião, Santa
gosto. Assim, quando Belém começa a descortinar-se no hori- Barbara, S. Domingos, Santo Antonio e S. Miguel. A' excepção
zonte aos olhos dos que buscam o seu porto, emergindo, por assim dos quatfros de Santa Maria Magdalena e S. Sebastião, que são
dizer, da.s caudalosas aguas da formosa baUia do Guajará, a modernos, os demais datam da fundação da egreja e são apre-
cathedral com suas elevadas torres destaca-se logo entre os ciados como obras pi-imas. Nos dous braços do Cruzeiro, que
demais edilicios, qual gigante domando uma multidão de separa esses altares da capella-mór, ha também dous bonitos
pygnieus. Calculamos que tenham as duas torres a altura de 66 altares de mármore, um dos quaes, onde está uma linda imagem
a"70 metros. Com a ref(n'ma do interior do temiilo não passaram do Sagrado Coração, encerra o tabernáculo e o OTitro é consagrado
por modilicação alguma e por isso conservam o cunho de austera a N. S. de Belém, patrona da egreja. As archi-voltas desses
vetustez, motivo de reparo para alguns que desejariam ver a altares são sustentadas por delgadas c reluzentes columnas de
fachada externa retocada de novo, como o interior do templo. mármore e a graciosa pintura de ambas as capellas põem em
A melhor sorpresa, porém, |iara os que teem occasião de visitar saliente relevo" os mesmos altares, graças á harmonia esthetiea
a opulenta capital do Pará é o primor da bellissima pintura alli que preside o plano, engenhosameule desenhado. Ha ainda um
esboçada com tanta elegância e com a qual o magesfcoso templo trabalho de subido valor na grandiosa perspectiva formada pela
ostenta-.se adornado no interior depois da sua restauração, pro- extensa nave e abobada do magestoso templo. E' o bem trabalhado
movida pelo zelo de D. Antonio di' Macedo Costa,. As duas naves mosaico que adorna a base de uma espécie de ciraalha, a qual
do corpo da egreja e <la caiiclla-môr desde o limiar até o altar-mór ao sopé das janellas das tribunas as põe em vistosa saliência.
não medem menos de 66 metros de extensão em uma largura de Nessa mui ext-nsa faixa estão reproduzidas em letras maisculas,
13 metros com IQ de a.ltniva da abobada, no pavimento. São estas em mosaico, as palavras dos dous hymuos latinos em hcnra da
proporções dispostas com a mais irrepreliensivel simetria, que Virgem Santíssima Magnificat e Tota piilchra. Não podia ser
:

oHerecem aos olhos do espectador, alisorto na contemplação das mais feliz a escolha desse precioso trabalho, não somente sob o
bellezas da esthetiea. No fundo, como já dissemos, salienta-se o ponto de vista da arte como da tradição religiosa. Não é menos
primoroso altar-mór de lino mármore, como bem poucos existem digno de admiração no vestíbulo, ao entrar da porta principal,
neste género em nossa pátria. porquanto esses mármores foram
; o artístico desenho de fantásticos relevos, eítéito unicamente do
um precioso o generoso premente de Pio iX a D. Antonio de jogo da luz. Não pôde ser mais completa a illusão que assim
Macedo Costa, qiiando os luspos estiveram rennidos em Roma desafia a observação da vista mais perspicaz. Todas estas par-
em 1870, ]iara, o Concilio do Vaticano. Nas margens do Tibre ticularidades servem para mostrar que o principal artista que
havia sido descoberto nessa occasião um antigo empório de már- planeou a ornamentação e mais oljras de arte da egreja cathecLral
more dos tempos antigos soterrado com o andar dos tempos. era eximio na sua pi'olissão. E' geral, por isso, a boa impressão
Eram bellissimos blocos da mais lina qualidade. Pio IX. sabendo que todos experimentam quando teem a occasião de apreciar o
então que D. Antonio rle Macedo Costa havia emprehendido a artístico trabalho vistj em seu conjuncto. E' uma perspectiva
restauração e aformoseamento da cathedral de sua diocese, ames graciosa do que aiistera mas está longe de ser uma pintura
;

ollif-receu-llie todo o mármore preciso para o altar principal. vulgar. Assim, em gei-al, os que a visitam dizem quasi sempi"e :

D. Antonio, acceitando o precioso presente, conti'atou sem é mais do que me diziam, opinião emitfida até por estrangeiros
demora em l{oma com um dos melhores architectos a construcção acostumados a ver na velha Europa monumentos notáveis pela
do dito altar, que ile lá veio prompto. E' assim que explica-se a riqueza de suas bellezas artísticas. O ladrilho, todo de marjuoro,
variedade! c a riqueza dos mármores que ornam essa primorosa no vasto recinto das duas naves da capella-mór e do corpo da
peça, planeada com gosto e inexcedivel elegância. .Vs duas prin- egreja, dá egualmente ao sumptuoso edilicio um aspecto ;le
cipaes columnas que sustentam a archivolla e os rcta IjuIos sào duas nobreza condigno do fira a que é deslinado — o culto publico
peças importantes pela allui'a que medem, e a sua lina qualidade. calbolico. Parallelas á capella-mór, mas inteiramente separadas
Embora d maliz luzidio, jiao oiriisc.nn no emtanto a visla,
1^
delia, notam-.se ainda duas vastas capellas, amlias ladrilhadas
porquanio o azul claro é a s\ )ii]ia tbica còr que nellas soliresalie, de mármore, uma chamada dos pontilicaes e a outra do cabido,
E' na parto sujierioi' dessa archi-volta e nas suas duas bases cm Aquclla, salíenta-se, sobreludo, pelo traballio arlislico de impo-
extremidades que estão collocadas as tres imagens de Jesus : nente e graciosa pintura, E' o recinto onde o ponlilice diocesano
Christo no centro, de S. Paulo e 8. I'e(lro nos lados. J'hn plano reveste-se dos paramentos sagrados nos dias de grande
ainila, superior vè-se rica tela, representaiulo o ])resepe, ejii Beléjn, solemuidade. A do cabido, embora não seja tão adornada, é
do Salvador do mundo. jVbaixo utn pouco das releridus imagens bastante bella. O estylo da egreja cathedral é o romano,
tcrna-se digna de admiração uma outra tela com a imagem da mantido em todo o seu rigor. Cidades principaes. — Aleraquer,
Virgem Santíssima, verdadeiro primor de arte. Quatro delgadas na margem orii"nlal de uma pequena enseada formada junto
columnas artisticamente torneadas, de um maliz quasi amarello, á fiiz do igarapé Itacarará, que alli entra do norte no pa-
fiustontam a referida arcada, ([ue fórma unui espécie ile docel rana-mirim, também chamado rio de Alemquer ; seu mun.
sobre o mesmo quadro. O todo, belln, perspectiva. As clevailas tem l.j a íiO.OOO almas. Bragança oulr'ora villa de Souza,
paredes da eapella-mór, revestidas de alto a luixo de uilida na margem esq. do rio Caeté, não longe da embocadura
escariole e nas quaes abrem-se elevadas janellas, dão a esta |)arte deste no oceano; é uma das princípaes cidades do Estado,
(lo magestoso templo lielliasimo realce. .Vhi estendem-se as lian-
cadas talhadas ile ina.deira,. que nas graniles aolemiiHl,idi'S são
de agricultura progressiva, com 10.000 habs. — l!reves,
na ilba de Marajó, margem norte do furo Parauaii, lõÓ
.-i

oecupad;i,s pelos cónegos do cabido. Na a tioliada, no esparo cor-


respondente á mesma capella-mór, além de vistosos medalhões
milhas a O. da capital e —
da barra do Tocantins. Cametá,
á margem esq. do Tocantins, cerca de 76 kils. acima de sua
attrahem a vista as bellissimas imagens da Esperança e da Fé,
en\ deseidu) tão correcto que parecem traçailas sobre lina léla,
fóz, com 3.500 íiabs. —
Cintra, antiga aldeia de Maracanan,
á margem e;q. do rio deste nome, a 142 kils. da capital; a"
A extensa abr]l)a,da da nave do eoriio da, magestosa egreja nao cidade tem 300 habs. o o mun. 7.008. —Gurupá, á margem
flestòa fia. elegância e simplicidade dos graciosos ilesenbos da, dir. do ramo meridional do Amazonas, defronte da ilha de
primeira. E" no centro desta nave, um píuico além do centro da Gurupá e cerca de 74 kils. aljaixo da foz do Xingii: foi ou(r'ora
abobada. t[ue o pintor consagrou magestoso painel á memoria
de 1.». Antonio de Macedo (,'osta. Um
canto do granilioso quadro
aldeia de Mariocay. —
ftiacapá, em terreno relativamenlo alto,
á margem esq. do Amazonas, á Lat. N. de 2' e Long. de 7" 49'
reprpseiila as fronilosas arvores da illia IVouteira a Belém um 40" O. do Rio de Janeiro. Sua origem c toda militar como a
;

pouco além deslaca-se o grupo de i'es bispos o do lado opposlo


I
de Óbidos. Dominando por sua posição o ramo septentrional do
um outro bi.spo no púlpito na altituile ib' pregar; a imagem da Amazonas, sempre ameaçada e muitas vezes invadida por con-
Virgem Santíssima cercada do anjos, pairando entre nuvens, quistadores estrangeiros, o governo portuguez- aproveiton-a fa-
fecha o contorno esllielico da, feliz' inspiração do eximio [lintor.' zendo construir uma Ibrtalezíi quasi iuexpugavel para o seu
D. Antonio havia mostrado o desejo de ver um dia a Guiuptuosa tempo'. Em 1752 foi construída a fortaleza e á sombra delia

— —

PAR — 43 — PAR

levaatou-se a pov. que foi erecta oin villa ein 1753 e era cidade oriental da ilha Marajó, ao pi e ao N. da foz do rio Camará a
em 1856. li' a cidade mais saptentrional da Republica. O mun. foi outr'ora aldeia de Cayá, habitada por ia lios da famili;
tem 5.000 liabs. —
Mazagào, antiga Reíjeneraç.ão, á margem —
Aruan. Oeiras, antiga aldeia do Araticii, á margem esq. dó
Occidental do rio Mutuacá, creada em 1770 pelo governo por- rio deáte nome, a 9 kils. de sua foz. —
Oriximina, no rio
tugaez, especialmente para residência doi valentes soldados Trombetas, antiga povoação de Urua-Tapera. Ourem, á mar- —
que frustaram por longo tempo o cerco e os assaltos dos Mouros gem dir. do Guamá.— Ponta de Pedras, á margem esq. do
contra a praça africana de Mazagão, em que se encerraram e rio Pororoca ou Marajó-assú, tres kils. mais ou menos dis-
que não aboiídonaram sinão em virtude de ordem régia, foi tante da foz. —
Portel, outr'ora aldeia de Arucará, na costa
elevada á cidade em 1888.— Monte Alegre, situada na coUina meridional da bahia do seu nome, junto á ponta Manarijó
do mesmo nome, mui próxima da margem esq. do rio Guru- que guarnece do lado oriental a bahia do rio Pacajá. Prai- —
patuba, na altura de 303™ acima do uivei do mar, importante nha, á margem esq. do Amazonas, duas mflhas abaixo da foz
por sua tempjratiira menos elevada do que em qu ilquer o itro- do Urubuquára e defronte da foz do Uruará. Quatipurii, á
margem esq. do rio de seu nome, na distancia de 16 kils. de

ponto do Amazonas, e por ísua salubridade, concorrendo para
isso um plienoraeno raro nas margens do grande rio. —
sua foz no Atlântico. Salinas, ã margem orieutal da bahia
Óbidos, oulr'ora aldeia dos Pauxis, sobre a encosta de uma —
do mesmo nome. Souzel, na margem dir. do rio Xingú.

coUina, á margem esq. do Amazona^, cerca de 12kils. abuso Santarem-Novo, á margem dir. do rio tMaracanan. Bagre — '

do rio Trombetas, de aspecto aprazível e pittoresco. Sua situação —


Limoeiro, B)im. —
Johannes. —
Brazilea. Matapy-quara.—
sobre a face oriental da collina' e os ventos quasi constantes Pinheiro.— Mosqueiro —
S. Benedicto, á margem dir. do
que, vindos de leste, modificam os effeitos de s'ia elevada tem- Tocantins.— Porto Salvo. —
Constituição do Estado.— Titulo
peratura, dão-lbe condições vantajosas de salubridade, de que primeiro — Da organisaço do Estado —
Art. 1.° A antiga
nas margens do Amazonas não encontra-se outro exemplo sinão prov. do Pará, cjm o seu território e respectivos limi-
em Monte Alegre. Seu principal edifício é o forte de Óbidos, tes, fica constituída em Estado fazendo parte da Republica
situado a 1" 5o' 23" de Lat. S. e 12» 21' 21" de Long. O. do Rio dos Estados Unidos do Brazil. Art. 2.° Como Estado exerço
de Janeiro, A. pop. da cidade é de l.OOO hab5. e a do mim. de todos os poderes indispensáveis á sua autonomia, e o governe
10.000. Em Óbidos fabrica-se o escellente chocolate denominado da União não poderá iutsrvir nos seus negócios internos, fóra
de Pauxis. — Santarém, antiga aldeia dos Tapajós, á margem dos casos previstos no art. VI da Constituição Federal, que
dir. do rio deste nome, cerca de 4 kils, de sua confluência são: para repellir invasão estrangeira ou de outro Estado da
com o Amazonas. Foi edificada sobre uma grande planície com União no território do Estado do Pará para manter a fórma
;

ligeiro declive de S. a N.,e nas condições de prospsrar porque republicana federativa para restabelecer a o'rdem e a tran-
;

é a chave do grande trib do Amazonas, que banlia seu littoral quillidade no Estado, á requisição do govê'rno deste; para
com franca navegação até á primeira cachoeira.— Vigia, antiga assegurar a execução das leis e o cumprimento das sentenças
aldeia de Uruitá, a 60 kils. da capital, na casta oriental do federaes. Art. 3." Os poderes do Estado são: o legislativo,
rio Pará ou Tocantins, á margem dir. do furo Gnaiará-mirim o executivo e o judiciário. Titulo II Do poder legislativo
que vai da bahia do Sol á barra da Vigia, com importante Capitulo I —Do congresso —
Art. 4.' O poder legislativo é
industria de pesca. —
Soure, outr'ora aldeia dos Maráuonás, á delegado pelo pavo ao Congresso, que o exercerá com sancção
margem esq. do Igarapé-Grande, cerca de duas milhas acima do Governador a compor-se-ha de duas camarás: a de De-
da foz deste rio, que lança-se na costa oriental da ilha Marajó putados e a de Senadores. Art. 5." O Congresso reunir-se-ha
é muito procurada para banhos. —
Porto de Moz, antiga aldeia
;

na capital do Estado, no prijneiro dia util de fevereiro de


Maturú. á margem dir. do rio Xingu, a 420 kils. da capital, cada anno ou eni outro qualquer, por elle designado, inde-
defronte do canal de Aquiqui. —
Chaves, outr'ora aldeia dos pendente de convocação, e funccionará dous mezes, contados
Aruans, na costa N. de Marajó, sobre uma extensa e pouco da data de sua installação, podendo ser prorogado ou convo-
alta ribanceira. —
Curuçá. á margem esq. do rio Curuçá-mirim cado extraordinariamente. Em hypothe^e alguma poderá ser

a 500 ms. da sua foz. Faro, na extremidade occ. de um bello dissolvido. Cada legislatura durará tres annos. Art. 6.» Os
lago onde o Nliamundá desagna, á margem esq. desse rio, com membros do Congresso não podem receber do Poder Executivo
clima quent-i teve ^/-'deCei ..çni uma aldeia de Índios Uaboys
; do Estado emprego ou commissão ramunerada, excepto se
ou Nhamun'!áS: snl->.t.>'-ráiiuux;ucia-i<!-o Pr..a-tiie4-GWH-aqttri5a- Jprem commissões militares ou cargos de accesso ou promo-
rio. Foi máis tarde transferida para o logar actual; éapov. —
ção~~tê"^v llurante as sessões cessa o exercício de qual-

mais Occidental do Estado. Vizeu, á margem esq. do Gu- quer outra peiísãv)-. ^jkrt- 7.° São condições de elegibilidade

vupy; a 27 kils. da foz desse rio no Oceano. Curralinho, na para o Congresso do E^stãcfó^rèsta^nf- POsse dos direitos de
margem dir. da Ijahia do seu nome, na parte meridional da eleitor e ser domiciliado no' Eslado tef^j^iLde cinco annos
;

ilha Marajó, com campos próprios para criação de gado. de cidadão brazileiro ter pelo manos 21 annos parS-vdeputado
;

Abaóté, com 1..000 habs. perto da foz do rio de seu nome, na e 30 para senador não se achar incurso em qualquer c'?"?"-
:


margem dir. do Maratauyra. Mocajuba, á margem dir. do de incompatibilidade, que for estabelecido por lei. Capitulo II —
Tocantins. — Mnrapanim, á margem esq. do rio do mesmo — Da Camara dos Deputados —
Art. 8." A camará compõe-se

nome e a 12 kils. da sua foz no Atlântico. Muaná, na ilha de deputados eleitos na proporção de um por vinte cinco mil
Marajó, á margem dir. do Muaná, com extracção de gomma habitantes, e é eleita por sulfragio directo, garantida a repre-
elástica e cultiira de cmna de assucar. —
Auajaz, importante sentação da minoria. Art. 9." O mandato de deputado durará
pôr seus seringaes, na margem esq. do rio do seu nome, quasi tres annos. Art. 10. Compete á camará a iniciativa de todas
defronte do ponto de juncção dí-ste rio com o Mocoões. Odi- — as leis de impostos, a fixação da força publica, a discussão dos
vellas, aa margem esq. do Mojuim, ali kils. de sua foz no projectos ofTerecidos pelo Poder Executivo e a declaração da
oceano, abaixo da ponta do Taipú. —
Baião, á margem dir. procedência ou improcedência da accusação contra o Gover-
do Tocantins.— Afl'uá, á margem dir. do rio do seu nome. nador do Estado.— Capitulo III —
Do senado Art. 11. O —
Guamá, em terreno elevado, a margem dir. do rio do seu senado coinpõe-se dos cidadãos elegíveis na proporção de 1 por
nome, deíVonle de uma pequena cachoeira. — Igarapé-miry, á 50.000 habitnates eleitos pelo mesmo modo por que o forem

margem dir. do rio Mocajutuba. Villas principaes. Acará, — os Deputados. Art. 12. O mandato de Senador durará nove
na margem esq. do rio do seu nome, quasi defronte da juncção annos, renovando-se o Senado pelo terço triennalmente. O
do rio JMiritipitanga com o Acará-mirim ou rio Pequeno. mandato de Senador eleito cm substituição de outro durará o
Aveiros, á margem dir. do Tapajoz. —
Cachoeira, na ilha tempo que restar ao substituído. Art. 13. O vice-governador
Marajó, á margem esq. do rio Arary e na dir, da foz do Estado será Presidente do Senado onde só terá o voto de.
oriental do Amazonas, em frente da ponta oriental da qualidade, e será substituído nas ausências e impedimentos
ilha Caviana, da qual dista seta milhas. — CoUares, outr'ora pelo vice-presidente da mesma camará: Art. 14. Compete
aldeia dos Tupinambás, na costa occ. da ilha do mesmo privativamenie ao Senado processar e julgar o Governador do
nome, que fica próxima da margem dir. do rio Pará, Estado nos crimes de responsabilidade, e decidir definitiva-
entre a barra da Vigia e a bahia do Sol. a 49 kils. mente osconflictos de atiribuiçóes entre autoridades do Estado,
da capital. —Itaituba, a margem esq. do Tapajós. Juruty, — § i« O Senado, quando deliberar como Tribunal de Justiça,
á margem dir. do Amazonas, defronte da ilha Maracáuassii,
na com. da Óbidos; foi aldeia de Índios Mundurucús.
Melgaço, na margem esq. da bahia de Uarycurú, em terras
altas da ilha de Melgaço; foi aldeia de Aricurú.— Mojú,
á margem dir, do rio deste nome. — Monsarás, na costa 1 Foram extinctas as villas denomiiiadas Irituia e Vill.i-Francs,

PAU — 44 — PAR

será. presidido peloPresidente do Triljunal Superior de S\ih-- O governador e o vice-governador não poderão sahir do terri»
tiça ; â 2" Não proferirá sentença condemnatoria sinão por (orio do Estado sem licença do Congresso, sob pena dé perde-
dous terços dos membros presentes § 3" Não poderá impòr
;
ram o. cargo. Art. 19. O governador do Estado, nos crimes
oiitraii pen;is, além da perda do cargo e da incapacidade para communs, será processado e julgado pelo Tribunal Superior de
«xercer qualquer outro, sem prejuízo da acção da justiça. Justiça, e nos de responsabilidade pelo Senado, como deter-
Capitulo IV —
Das attrtbuições do Congresso Art. 15. Com- — mina o art. 21; em ambos os casos, depois que a Camara
pete ao Congresso I Apurar as authenticas da eleição do Go-
: declarar procedente a accusação. Decretada a procedência da
vernador e do Vice-Governador II eleger o Governador e ;
accusação, ficará o governador suspenso ás suas funcções.
Vice-Governador, no caso previsto no § III do art. 32 ; III Art. 2Õ. São crimes de responsabilidade os actos do gover-
orçar a receita e fixar a despeza do Estado annualinenfce, e nador que attentarem contra I a existência politica da União;
:

decretar todos os impostos, que pela Constituição Federal não II a Constituição Federal e a do Estado Ili o livre exercício
;

pertençam privativamente á Qnião; IV conceder a indispon- dos poderes políticos IV o goso e o exercício legal dos direitos
:

aavel autorisação para contrahir empiestimos e outras opera- políticos ou individuaes; V a segurança interna do Estado ; VI
ções de credito; V regular a arrecadação e distribuição das a probidade da adminisl;ração a guarda e emprego constitucio-
;

rondas ; o commercio com os outros Estados e com o Districto nal dos dinheiros públicos. Paragrapho único. Uma lei votada
Federal as condições e o proijesso da eleição para os cargos p?lo primeiro Congresso definirá estes delictos e regulará a

;

do mesmo Estado VI resolver sobre os limites do município, accusação, o processo e julgamento perante o Senado. Capi-
;

e sobre os tratados e convenções com os Estados da União ;


tulo II —
Das attribuições do poder executivo Art. 21. Com- —
VII decretar a accusação do Governador, as leis e resohiçôes pele privativamente ao governador do Estado I sanccionar, :

necessárias ao exercício dos poderes do Estado e as leis orgâ- promulgar e fazev publicar as leis e resoluções do Congresso ;
nicas para a execução completa da Constituição ; VIII desi- II expedir decretos, instrucções e regulamentos para a sua fiel
gnar a capital do Estado IX conceder s ibsidio aos municí-
; execução; III prover os cargos públicos, civis e militares, na
pios ; X lixar annualmente a força publica regulando a sua fórma da lei; IV enviar ao Congresso, no princípio de cada
composição; X[ crear o supprimir empregos públicos, fixar-lhes sessão legislativa, uma mensagem em qiie dará eonta dos nego-
as attribuições e eslipular-lhes os vencimentos; XII commutar gocios dos Estado e indicará as providencias reclamadas pelo
e perdoar as penas impnstas por crime de responsabidade aos serviço publico'; V prorogar as sessões do Congresso e convo-
funccionarios XIII approvar os ajustes e convenções feitos
; cal-as extraordinariamente, caso em que só se poderá tratar
pelo Governador; XIV annuUar as resoluções das intendên- do ass'impto que tiver dado logar á convocação; VI nomear
cias municipaes -quÈ, infrinjam as leis federaes e do Estado, 03 magistrados vitalícios, na fórma da respectiva lei VII dis- ;

ou oOendam direitos de outros municípios; XV reclamar por da força publica do Estado, niobilisando-a conforme o exi-
cumulativamente com o Governador a intervenção do governo girem a manutenção da ordem e urgente defesa da integridade
da União para restabahcer á ordem e tranquillidade no Es- do território, do que dará conta ao Congres.so; VIII celebrar
tado; XVI dar posse ao Governador e vice-governador, e conoe- com outros Estados ajustes e convenções sem caracter politico,
der-lhes o i negar-lhes licença para ausentarem-se do Estado ; sujeitando-o3 á approvação do Congresso IX reclamar a inter-;

XVII legislar, sobre a divida publica e estabelecer os meios pata venção do governo da União na fórma da Constituição Fede-
seu pagameuto, sobre a navegação dos rios que correm pelos ral, dando ao Congresso sciencia do seu acto; X representar
território do Estado; sobre terras e minas da propriedade do o Estado perante os poderes federais e dos outros Estados ;
Estado; sobre a instracção publica ; sobre o regimen munici- XI apresentar a qualquer das camarás do Congresso proposta
pal, sem quebra da autonomia do município; sobre locação de lei, quando julgar conveniente; XII suspender as resoluções
de serviços sobre desapropriação porutilidade publicado Estado
; dai intendências municipaes, quando ellas infringirem as
a do município sobre obras publicas, estradas canaes e nave-
, leis federaes e do Estado, o i ollenderem direitos de outro
gação, no interior dó Estado, que não pertençam á adminis- município; XIII mandar proceder 'ás eleições dos membros
tração federal sobre coustrucção de casas de prisão e seu
; do Congresso, e dos demais funccionarios elegíveis XIV ;

regimen; sobre civilisação dos indios; sobre divisão politica, fazer applicação das rendas publicas aos serviços de-
administrativa e judiciaria do Estado sobre organisação ; tóKViV.âác?.- pelo- -CaE;g-':i3;Eo; XV le-^^ntar . forças- irílUtares
judiciaria e sobre o direito processual da justiçando, no Estado, nos casos de invasão estrangeira ou commoção
'liã^au,/-
sobre incorporação de outro Kstado ao do ParV e sobre a interna ou perigo tão immínente que não admitta demora,
divisão deste, nos lermos da
CrAÍ^^AtúCao FÍderal ;' sobre privi'- communicando logo ao Governo Federal e ao Congresso do
legio, por tompo^limil.;^i(;;
^ inventores o primeiros introdu- Estado, em sua primeira reunião XVI dissolver a força do
;
ciores ae i!H-;",l,^.,;[s'
novas, som prejuízo .as attribuições dos Estado, no caso de necessidade, dando conta ao Congresso em
Ç,?/Lí?g:-!"íèderae8; sol ire o desenvolvimento das sciencias, das sua primeira reunião XVII decidir os conflictos. de juris-
;

tetras, das artes, das industrias, da agriculjura e da immi- dicção administrativa e provisoriamente os de attribuições
gração, e sobra outras matérias que Ibe são facultadas pela entre auctoridades do Estado. Título IV Do poder judiciá- —
Constituição Federal; sobre hygiene publica. Titulo III Do — rio —
Art. 22. —
O poder judiciário do Estado terá por orgao :

poder executivo Capitulo I — —


Do governador e vice-gover- I, um Tribunal Superior de Justiça, com séde na capital, com-
nador —
Art. 16. O poder executivo ó confiado exclusivamente posto de sete membros, que terão o tratamento de Desembar-
ao Governador do Estado. § 1'^ substituí o governador em gadores II, juizes de direito e substitutos destes nas comar-
;

seus impedimentos e succede-lhe no ciso de falta o vice-gover- cas III, jurados, que decidirão de facto era
;
matéria crimi-
nador, eleito simultaneamente com elle. § 2» No impedimento nal IV, Tríbunaes correccionaes, como fòr determinado em
;

ou falta do vice-governador, assumirá o governo o vice-presi-


dente do Senado; o jiresldente da camará dos deputatlos o
: lei ordinária. Art. 23. —
Para representar os interesses do
; Estado, da justiça, dos menores, dos interdictos, dos ausentes
presidente do Tribunal Superior de Justiça. § 3" São condi- e das massas fallidas, perante os juizes e tríbunaes, líca
ções de elegibilidade para os cargos de governador e vice-go- creado o Ministério Publico, que se comporá I, de um Pro- :

vernador ; ser paraenses estar no exercício dos direitos polí-


; curador Geral do Estado II, de;
Promotorc^s públicos, cura-
ticos ter pelo menos 30 annos ih: edade
; sei' domiciliado no
; dores geraes dos orphãos, interdictos, ausentes, das massas
Estado durante os cinco annos que precederem á eleição. § 4o fallidas e de Promotores de resíduos. Art. 24. O Procurador —
São intdegiveis para os cargos de governador e vice-governa- geral do Estado será o chefe do Ministério publico, § i° Será
dor parentes consaguíneos e a aílíns entre si, no primeiro e
: nomeado pelo Governador de entre os magistrados, que tive-
segundo gráo e bem assim os do governador ou vice-governa- rem os requisitos necessários para serem membros do Tri-
dor que se acbar em exercício na época da eleição ou o tenha bunal Superior, ou de entre advogados com eílectivo exer-
deixado pelo menos seis mozes antes. Art. 17. O governador cício da profissão por espaço de oito annos, e que sejam
exercerá o cargo por (piatro annos, não podendo ser rt-eleito notoriamente probos e illustrados; § 2." Terá a mesma cate-
para o quatriennio seguinte. O quatrÍ Minio começará no pri- goria, fòro e vencimentos dos membros do Tribunal Superior
meiro dia util de fevereiro § 1" O vice-governado.i que exer-
: de Justiça. § 3." Além das attribuições que lhe serão confe-
cer o governo no ultimo ann.) do quatriennio não poder/i ser ridas em lei conipete-lhe especialmente I, dirigir o Ministério
;

eleito governador para o quatriennio seguinte. § 2" O gover- publico com attribuições de d.^u- instrucções, applicar penas
nador deixará o exercido de suas funcções no mesmo dia em correccionaes, propor a nomeação, remoção e demissão dos
que terminar o quatríeuno, s iccedendo-lbe immediatamente o membros inferiores da mesma iiisLituição II, suscitar e sus-;
recom-oleito. § 3" Si este achar-se impedido ou faltar, a sub- tentar os conflictos de jurisdiccão judiciaria de que tiver noticia ;
etiluição far-se-lia nos termos do artigo antecedente. Art. 18. III,promover e sustentar a accusação dos delinquentes que res.->
PáÍí — 45 — PAR

ponderem perante o Triljunal Superior de Justiça ou perante o indispensaváis á roalísação de obras de máxima importanciai
tribunal misto de que trata o art. 50, como parte principal, devendo a matéria tributai e o limite dos empréstimos ser
mesmo que haja acousador parlicular. —
§4." A nomeação de definidos em lei II, resolver em caso
;
de necessidade ou de
Promotor i-ecabirá sempre em cidadão graduado em direito, e o alto interesse, a alienação, ipoca ou hypotheca de immoveis,
mesmo acontecerá com os curadores que tenham de servir na determinando a lei a aplicação que deve ter o producto dos
comarca da capital ; só na falta de cidadãos em taes condições bens alienados; e quando convenha á sua conservação,
servirão provisoriamente cidadãos hahilitados e de boa con- aforal-os ;
adquirir a título gratuito ou oneroso os immoveis,
ducta. As condições de sua nomeação e independência bem que forem de utilidade; III, proceder nos termos da lei á
como as dos demais membros do Ministério publico, serão desapropriação, no caso de utilidade municipal IV, regular
estabelecidas em Jei. Art. 25. .Os —
membros do Trib inal
;

as posturas municipaes, definindo a qualidade das penas,


Superior de Justiça, o Procurador Geral e os juizes de direito c ijo máximo será estabelecido em lei do Congresso, bem
serão vitalicios, só podende perder o cargo em virtude de como o processo que deverá ser observado no caso de infra-
sentença passada em julgado. Art. 26. —
Todos elles, assim cção V,
: apurar as eleições de seus membros e do Intendente
como os ofliciaes de justiça, os membros do ministério publico, e julgar da validade delias ;VI. organisar um corpo de guar-
e quaesquer outros funccionarios da ordem judiciaria, são das municipaes para o serviço de sua policia, e segurança
responsáveis pelos abusos que, commetterem no exercício de publica no território do mim. ; VII, crear os empregos muni-
seus cai"gos. Art. 27. —
Em matéria criminal será mantida por cipaes que forem reclamados pela necessidade do serviço,
via de regra a competência do jury, para o julgamenio dos delinindo as attribuições e marcando os vencimentos dos
crimes : salvo, todavia, os de responsabilidade, bancarrota, serveatuarios respectivos ;
VIII, representar ao Congresso
moeda falsa, contrabando e o
de inferior importância, c\ijo ácerca de qualquer projecto de desmembramento ou suppressão
julgamento será feito nos termos que a lei indicar. Ajt. 28. de mun. ou da mudança de sua sede; IX, fomentar a instr.
— Em matéria criminal não será o cidadão pronunciado ou dentro do mun., creando as eschls. que seus recursos permit-
condemnado sinão por auotoridade competente, com os recursos tirem, sujeitas á» leis e programmas da instr. publ. do Es-
determinados em lei. Art. 29. —
As comarcas do Estado são tado ; X, associar-se a oulros conselhos, afim de realisar
todas de um só typo e categoria, ces.sando a classiíicação de alguma obra, estabelecimento ou outras medidas de utilidade
entrancias. Art. 30. —
Os membros do Tribunal Superior de commum. Art. 38. — Todas as resoluções do conselho sobre
Justiça e Procurador Geral do Estado, nos crimes communs augmento ou creação de impostos, contractos, empréstimos,
8 de responsabilidade, responderão jjerante um tribunal raixto, acquisição a titulo oneroso, alienação e hypotheca de im-
composto de dous desembargadores desimpedidos, tirados á moveis, regulamentos de polícia e economia municipal,
sorte, e de dous senadores sorteados pela respectiva camará, dependerão, para a sua execução, da opprovação da maioria
todos sob a direcção do presidente do Tribunal Superior. absoluta do conselho. Capitulo ÍI, das attribuições do intendente
Paragraplio único. No caso de não achar-se reunido o Senado, Art. 39. — Ao intendente, chefe executivo do mun., com-
o presidente deste fará a devida convocação, e de entre os pele: I, presidir as sessões do conselho, e discutir qualquer
que comparecerem sorteará dous. Art. 3J. —
Ao Tribunal assumpto da competência do mesmo, só podendo votar no
Superior do Justiça compete I, processar e julgar o Gover-
. caso de empate ; II, executar todos as resoluções do conselho ;
nador do Estado nos crimes communs e os juizes de direito III, superintender os estabelecimentos e serviços do mun. e
nos crimes communs e nos de responsabilidade ; II, conceder fazer arrecadar a sua renda ; IV, nomear, demittir e sus-
habeas-cor^ms ;
III, julgar os conflictos de jurisdicção judi- pender os empregados municipaes, mediante as condições
ciaria IV dicidir, em ultima instancia, as causas julgadas
; que forem estabelecidas em lei; V, apresentar ao Conselho,
em primeira pelos juizes de direito. Art. 32. —
Aos Juizes ao abrir-se a ultima sessão annual, o projecto do orçamento
de direito compete em geral I, processar e julgar em pri-
: para o anno seguinte VI, prestar contas da administração do
;

meira instancia as causos de qualquer natureza, exceptua- anno findo na primeira sessão annual, apresentando rela-
das as de pequeno valor, que decidirá em segunda instancia, tório minucioso do estado dos differentes ramos da adminis-
na fórma que a {kl deierminar ; II, conceder haheas -corpus. iração VII, representar o conselho em suas relações externas,
;

Art, 33. — Ao juiz substituto, cuja jurisdicção é -1'estric ta fi- ..jjxeroer em seu nome o direito de petição, assignar contra-
cada um dos districtos judiciários, em que fôr dividida a ctosT Icceií;;!" legados e doações e figurar em juizo em todas
'

comarca, competirá : I, processar e julgar em primeira in- as acções em que õ conselho tenha de ser parte interessada.
stancia as demandas de pequeno valor 11, auxiliar os juizes
;
Par,igra]-iho único. O cargi)''ae arrt£r.dente é incompatível cora
de direito e substituil-os em suas faltas e impedimentos, nos outro'' qualquer cargo remunerado de noTrí^3v3:?vtlQ_Governador.
termos que a lei determinar. Paragrapho unioo. A mesma Titulo V, das garantias dos direitos do cidadãoTATi^ 40.—
lei estabelecerá as condições de sua nomeação, exercício e A Constituição assegura aos brazileiros e estrangeiros residen-
permanência. Titulo V. Do mun. Art. 3-t.—^ O t-erritorio do tes no Estado a inviolabilidade dos direitos concernentes á
Estado continuará dividido em mun., podendo estes ser sub- liberdade, á segurança individual e á propriedade, nos ter-
divididos em districtos. Art. 35. O po~der mun. será exer- mos seguintes § 1." Ninguém pôde ser obrigado a fazer ou
:

,cido por um conselho de auctoridade simplesmente delibera- deixar de fazer alguma cousa, sinão em virtude de lei. § 2."
tiva, e por um intendente, que será o presidente do conselho Todos são iguaes perante a lei o Estado não adraitte privi-
;

e executor de todas as suas resoluções. § 1.» O conselho legio de nascimento e desconhece fóros de nobreza ; não cria
mun. se comporá de quatro a oito vogaes, numero que a lei titulo de fidalguia, nem condecorações. § 3.° Todos os indiví-
determinará, segundo a pop. de cada mun., e será eleito por duos e confissões religiosas podem exercer publica e livremente
seis annos, renovado no lim do terceiro anno pela metade. o seu culto, associando-se para esse fim, e adquirindo bens,
§ 2.» O intendente será eleito ao mesmo tempo que o Con- observadas as disposições do direito commum. § 4.'^ O Estado
selho e exercerá o mandato por espaço de tres annos. § 3." só reconhece o casamento civil. § 5." Os cemitérios terão ca-
O Conselho Municipal e Intendente serão eleitos por suíu-agio racter secular, serão administrados pela auctoridade inuni-
directo ficando garantida para o conselho a representação da cipal, ficando livres a todos os cultos religiosos e a seus
minoria. § 4.0 O cargo de vogal será gratuito; o Intendente crentes, desde que não ofíendam a moral publ. e as leis.
os vencimentos que o Conselho determinar, não podendo perce- § 6.° Será leigo o ensino minisirado nos estabelecimentos
berá alteral-os em quanto durar o mandato do Intendente. § 5.° publs. § 7.0 Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção
O Intendente será substituído pelo vogal mais votado, e os oflâcial, nem terá relações de dependência ou aHiança com
vogaes pelos immediatos em votos, que e.-:ercerão o mandato o Governo do Estado. § 8." A todos é licito assocciarem-se e
pelo resto de tempo dos substituídos, preferindo o mais velho reunirem-se livremente e sem armas, não podendo intervir a

em caso de empate. Art. 36. O Conselho Municipal reunir- força publ. sinão para manter a ordem. § 9." E" permittido a
se-ha ao menos uma vez por trimestre e funccionará o (empo a quem quer que seja representar mediante petição aos po-
marcado pelo mesmo conselho, podendo ser convocado extraor- deres publs. denunciar abusos ilas auctoridades e promover
dinariamente pelo intendente ou a requerimento de metade a responsabilidade dos culpados. § 10. Em tempo do paz,
de seus membros. Capitulei, das atribuições do Con=elho qualquer pôde entrar e sahir, com a sua fortuna e bens,
Municipal. Art. 37. —
Ao Conselho Mnnicípaí, alem de outras quando e como lhe convenha, do território do Estado, e
attribuições que constarão de lei ordinária, compete I, fi-
: independente de passaporte. § 11. A casa é o asylo inviolável
xar a receita e despeza do mun. ; crear imjxtstos, applicando do cidadão; ninguém pôde ahi penetrar de noite sem consen-
o seu producto como convier ás necessidades do serviço, con- timento do morador, sinão para acudir a victiinas de crimes
trahir empréstimos, recorrer a outras operaçõss de credito ou desastres, nem de dia, senão nos casos e peia fórma pre-
——

PAR — 46 — PAR

scriptoi? na lei. g 12. E' Jivra a manifestação das opiniões — Governadores generaes
e capitães —
Reinado de S. o
em qualquer assumpto, pola impi'eiisa ou pela tribuna, sem Sr. D. João IV —
Mestre de campo de infantaria André Vidal
dependência de censura, respondendo cada um pelos abusos de Negreiros. Tomou posse em 11 de maio de 1655, e serviu
que commef.er, nos casos forma que a lei determinar.
e peia até 19 de setembro de 1658. (1) —Reinado de S. M. o Senhor
Não é perraitlido o anonymalo.
§ 13. A' excepção do flagrante D. AíTonso VI —D. Pedro de iMello. Tomou posse era 19 de
delicto, a prisão não poderá ter logar sinão depois da pronun- setembro de 1653 e serviu até 20 de março de 1662. Ruy Vaz de
cia do indiciado, salvos os casos determinados em lei, e Siqueira. Tomou posse em 26 de março de 1662 e serviu até
medianta ordem escripta da auctoridade competente. § 14. 22 de julho de 1667. Antonio de Albuquerque Coelho de Car-
Ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa formada, valho. Tomou posse em 22 de julho de 1667, e serviu até 9 de
•salvas as excepções estatuídas por lei, nem levado á prisão junho de 1671. Mestre de campo, Pedre Cesar de Menezes.
ou nolla detido, se prestar fiança idónea, nos casos em que a Tomou posse em 9 de junho de 1671 e serviu até 17 de feve-
lei adniittir. §. 15. Ninguém será senlenciado sinão pala reiro de 1678. Capitão cie cavallaria, Ignacio Coelho da Silva.
auoloridaile competente, era virtude de lei anterior e nas Tomou posse em 17 de fevereiro de 1678 e serviu até 27 de
formas por ella reguladas. § 1(). Aos accusados se assegurará maio de 1682. Francisco de Sá Menezes. Tomou posse em 27
na lei a mais plena defesa, com todos os recursos e meios de maio de 1682 e serviu até 17 de maio de 1685. Reinado dé
essenciaes a ella, desde a nota de culpa, entregue em 24 S. M. o Sr. D. Pedro II —Tenente general de cavallaria,
horas ao preso e assignada pela auctoridade competente, Gomes Freire de Andrade. Tomou posse em 17 de maio de
com os nomes do acousador e das testemunhas. § 17. O di- 1685 e serviu até 14 de junho de 1687. Capitão de cavallaria,
reito de pi-ojuúedade mamten-se em toda a sua plenitude, Arthur de Sá Menezes. Tomou posse em 14 de junho de 1687 e
salvo a desapropriação por necessidade ou utilidade publica, serviu até 17 de maio de 1690. Gapitão-mór, Antonio d' Albu-
do Estado ou do mun., mediante indemnisação previa. § 18. querque Coelho de Carvalho. Tomou posse em 17 de maio de
E' inviolável o sigillo da corresponnencia. § 19. Nenhuma 1690 e serviu alé 30 dejirnho de 1701. Ferrão Carrilho. Tomou
penna )inssará da pessoa do delinquente. § 20. Terá logar o posse era 30 de junho de 1701 e serviu até 8 de julho de 1702.
haàeas-corpxs sempi^e que o individuo soflrer violência ou D. Manoel Rolim de Moura. Tomou posse em 8 de julho de
coação, por illegalidade ou aluiso de poder, ou se sentir 1702 e serviu até 14 de janeiro de 1707. Mestre de campo,
Christovão da Costa Freire. Tomou posse em 14 de janeiro de
'

vexado )iela ijundnencia evidente desse perigo. § 21. A' ex-


cepção das causas que, por sua natureza poderá ser cobrado 1707 e serviu até 18 de junho de 1719. Reinado de S. M. o
sinão em virtude de lei que auctorise. § 23. Além das Sr. D. João V —
Capitão de cavallaria Bernardo Pereira de
garantias mencionadas neste artigo ])ara os direitos indivi- Berredo. Tomou p isse em 18 de junho de 1719 e serviu até 20
duaes, os cidadãos deste Estado gosarão das que se acham de julho de 1722. João da Maia da Gama. Tomou posse era 20
consignadas nos §§ 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 31 do art. 72 de julho de 1722 e serviu até 14 de abril de 1728; Mestre de
da constituição Federal. Titulo Vil, disposições geraes Art. 41, campo de Milícias, Alexandre de Souza Freire. Tomou posse
São eleitos os cidadãos brazileiros natos ou naturalisados, em 14 de abril de 1728 e serviu até 16 de julho de 1732, Chefe
maiores de 21 anní)S. que se alistarem na forma da lei. Não de esquadra, José da Serra. Tomou possa em 16 de julho de
podem alistar-se eleitores os mendigos, os analpliabetos, as
: 1732 e serviu ate 17 de setembro de 1736. Capitão-mór, Antonio
]ii'aças de pret. Art. 42. — A
constituição garante, aos em- Duarte de Barros. Tomou posse em 47 de setembro de 1736 e
pregados do Estado as condições de estabilidade compatíveis serviu até 18 de outubro de 1737. João de Abreu Castello
com o regimen democrático, e todos os direitos adquiridos Branco. Tomou posse era 18 de outubro de 1737 e serviu até
na vida puld., relativamente á antiguidade e aos serviços 14 da agosto de 1747. Francisco Pedro Gurjão. Tomou posse
prestados g 1." Os funcionários pidjls. são estrictamente res-
; em 14 de agosto de 1747 e serviu até 24 de setembro de 1751.
ponsáveis jielos abusos e omissões que commetterem no exer- Reinado de S. M. o Sr. D. José í —
Capitão-tenento Francisco
cício de seus cargos. Todos obrigár-se-hão por compromisso Xavier de Mendonça Furtado. Tomou posse em 24 deselembro
formal, no aclo da posse, ao curaiaãmento de seus deveres de 1751 e serviu aié 2 de, juarço de 1759. Coronel Manoel Ber-
legaes § 2.^ A constituição não reconhece direito de aposen-
;
nardino de Mello Castro. Tomou posse em 2 de março de 1759
tadoria garante
;

o, toilavia, em caso de invalidez no serviço e serviu até 14 de setembro^ cl^ 1763. "Çõronel Fernando de
do l<]st;ido aos actuaes funccionarios effectivos, que ytox siiâ; "Tiastro Atliãyde Teive. "Tomou posse em 14 de setembro de 1763
antiuniidadi' e i)elo tempo de serviço, l'econheí^i4o~éííir^ virtude e serviu atè 21 de novembro de 1772. Coronel "João Pereira
de resoluções legaes. já tiuhMn_dijx^ na forma Caldas. Tomou posse em 21 de novembro de 1772 e serviu até
da legislação emj;2£oi>^3.o (jina lei ordinária creará um 4 de março de 1780. Reinado de S. M. a Senhora D. Maria 1
rn ou le^^viK>^i^.|
p^ra todos os funccionarios do Estado.
tório Tenente de cavallaria José de Nápoles Telles de Menezes.
;lrTi 43. —
Poiler-se-ha declarar em estado de sitio qualquer Tomou posse era 4 de -março de 1780 e serviu até 25 de outubro
parte do terribuúo do listado, suspendendo-se por tempo de 1783. Coronel Martinho de Souza Albuquerque. Tomou
determinado as garantias constitucionaes, nos casos de com- posse em 25 de outubro de 1783 e serviu até 15 de junho de
moção interna. Paragrapho único. Na ausência do Congresso, 1790. Capitão de fragata, D. Francisco de Souza Coutinho.
havendo perigo eminente, o Governador exercerá as attribuições Tomou posse em 15 de junho de 1790 e serviu até 22 de outubro
de.ite artigo, limitando-se, porém, ás seguintes medidas de de 1803. Regência de S. A. o Príncipe D. João. — Capitão de
rejiressão contras as pessoas I. Detenção: em logar não des- cavallaria D. Marcos de Noronha, Conde dos Arcos. Tomou
tinado aos réos de crimes communs II. Desterro para outros
; posse em 22 de outubro de 1803 e serviu até 10 de março de
logares do território do Estado O Governad<jr dará de tudo 1806. General José Narciso Magalhães dó Menezes. Tomou

;

conta ao Congresso em sua primeira i-euníão. Art. 44. posse em 10 de março de 1806 e serviu até 30 de dezembro de
A fusão da» camarás dar-se-ha I. Para o processo de
:
1810. Governo de successão, na forma do Alvará de 12 de dezem-
apuração de eleição do Governador e Vice-Governador ; II. bro de 1770. Presidente, Bispo D. Manoel de Almeida Car-
Para dar passe ao Governador e Vice-governador ; III.
— valho. —
Vogaes Brigadeiro, Manoel Marques.
: — Ouvidor,
Para a abei^tura e em^aTaniiMiU) do Congresso. Art. 45. Joaquim Clemente da Silva Pombo. Serviu de 20 de dezembro
Eííta Consti tuii-ão s) juMlrrà refornuu-la, mediante inicia- de 1810 a 19 de outubro de 1817. (2) Reinado de S. M. El-rei
tiva do Congresso ou representação da maioria das munici-
— D. João VI —
Brigadeiro, Antonio José de Souza, Manoel de
jialídades. Art. 46. Considerar-se-ha iniciada a reforma Menezes Severino de Noronha, conde de Villa Flòr. (3) Tomou
da Constituição, quado o projecto for assignado por uma posse em 19, de outubro de 1817 e serviu até 1 de julho de
quarta i)arte, pelo menos; dos membros de qualquer das 1820. Governo de sucecessão: Presidente, Arcediago Antonio
camarás, e adoptou em tres discussões por dous terços de
votos em uma e outra camará. Essa proposta dar-se-ha
approvada se no anno seguinte o fòr, medianto tres
(1) Seguiu para Pernambuco para tomar o coinmanclo das forças
discussões, por maioria de votos nas duas camarás. contra os hollandezes.
A proposta approvada publicar-.se-ha com as assígna- (2) Esta junta foi constituída em consequência do fallecimento do
luras dos presidentes e secretários das duas camarás, Reneral José Nai'CÍso lAIa^alhães de Menezes, Succedeu ao brigadeiro
índice clironologico dos governadores e capitães generaes, Manoel Marques, que seguiu a tomar conta do governo de ayana o
presidentes e vioe-presidentes que tem administrado o Estado Brigadeiro graduado Francisco I^ereira Vidigal a este o Brigadeiro
;

Joaquim Manoel Pereira Pinto, e por fallecimento deste, o coronel


do Pará nos diflerentes reinados desde a restauração de Por- d'Engenheiro Pedro Ale,vandrino Pinho de Souza. Por este governo
tugal (1640), em que desligada do iVIaranhão, foi com o Rio foi acclamado El-Rei o Sr, D. J'oão YI em 13 de março de 1817.
Negro, constituída capitania independente, até o anno de 1896. (S) Depois Duque da Terceira.
——

PAR — 47 — PAR

da Cunha —
Vogaes Coronel Joaquim Felippe doi Reis.
: doso, 2" conselheiro da província. Assumiu á presidência em
Ouvidor, Desembargador Antonio Maria Carneiro e Sá serviu 7 de agosto de 1831. Deixou o exercício em 27 de fevereiro de
de i" de julho de 1820 a 1 de janeiro de 1821. (4) Junta Pro- 1832. Presidente, tenente-coronel José Joaquim Machado de
visória: Presidente, Vigário Capitular Cónego Romualdo An- Oliveira. Nomeado por carta imperial de 16 de novembro de
tonio de Seixas, (5) Secretario Coronel Geraldo José de /ihreu 1831, prestou juramento e tomou posse em 27 de fevereiro de
Vogaes: —
Juix de Fóra, Joaquim P^'eira de Macedo, coronel 1832 e serviu até 4 de dezembro de 1833. Presidente, des-
João Pereira Villaea, coronel Francisco José Roiz Barata, embargador José Mariani. Nomeado por carta imperial de
tenente-coronel Francisco José de Farias, capitão João da 12 de dezembro de 1832. Chegou á esta província em 6 de
Fonseca Freitas, Francisco Gonçalves Lima, José Rodrigues abril de 1833, foi impedido de desembarcar, e regressou para
de Castro Góes. Serviu de 1" de janeiro de 1821 a 12 de março a Còrte em 19 do mesmo mez. " Presidente, bacharel Ber-
de 1822. (6) Junta provisória Presidente, Dr. Antonio Corrêa
:
nardo Lobo de Souza. Nomeado por carta imperial de o de
de Lacerda. —
Secretario, capitão João Pereira da Cunha setembro de 1833, prestou juramento e tomou posse em 4 de
Queiroz. —
Vogaes, Cónego Joaquim Pedro de Aloraes Bitten- dezembro. Foi assassinado em 7 de janeiro de 1835. Pre-
court, capitão de fragata José Joaciuim da Silva, tenente- sidente, tenente-coronel Felix Antonio Clemente Malcher. Foi
coronel José Rodrigues Lima, major Balihasar Alves Pestana, acclamado pela revolução de 7 de janeiro, tomou posse perante
capitão Manoel Gomes Pinto. Serviu de 12 de março de 1822 a a Camara, em 12 de janeiro e morto pela de 21 de fevereiro
i de março de 1823. (7) Junta, provisória^: Presidente, Arce- de 1835. Presidente, tenente da Guarda Nacional, Nraucisco
diago Romualdo .-Vntonio de Seixas. —
Secretario, coronel Ge- Pedro Vinagre. Elevado á presidência pela revolução de 21 de
rardo José de Aljreu. —
Vogaes. Joaquim Antonio da Siiva, fevereiro, em 2 de março prestou juramento perante a Camara
Francisco Custodio Corrêa, João Baptista Ledo, Juiz de Fóra. Municipal e serviu até 26 de lunho de 1835. Presidente ma-
Manoel Joaquim de Paiva, coronel Theodosio Constantino de rechal de campo Manoel Jorge Rodrigues. Nomeado por carta
Chermont. Serviu de 1 de março a 18 de agosto de 1823. (8) imperial de 1 de abril, prestou juramento e tomou posse em
Indepedencia do império —
Reinado de S. M. o Imperador o 26 de junho de 1835. Serviu até il de abril de 1836. Edu-
Sr. D. Pedro I —
Junta provisória Presidente, coronel Ge-
:
ardo Francisco Nogueira Angelim. Acclamado pela revolução
raldo José de Abreu, —
Secretario, José Ril)eiro Guimarães. denominada «Cabanagem » em 24 de agosto de 1835, esteve
Vogaes, cónego João Baptista Gonçalves Campos. Felix Antonio de posse da capital até 12 de maio de 1836. '* Presidente,
Clemente Maloher, João Henriques de Mattos. Serviu de 18 de brigadeiro Francisco José de Souza Soares de Andréas. No-
agosto de 1823 a 30 de abril de 1824. Jtmta provisória Pre- meado por carta imperial de 4 de novembro de 1835, prestou
:

sidente, Dr. Antonio Corrêa de Lacerda. —


Vogaes, Pedro juramento e tomou posse em 11 de abril de 1836. Serviu até
de abril de 1839. Presidente, bacharel Bernardo de
Rodrigues Henriques, cónego Joaquim Pedro de Moraes Bitten- 8 '

court, major João Roberto Ayres Carneiro, coronel Bento Souza Franco. Nomeado por carta imperial de Ide mai-ço de
Garcia Galvão d'Haro Farinha, João Baptista de Figueiredo 1839, prestou juramento e tomou posse em 8 de abril e serviu
Tenreiro Aranlia. Serviu de 30 de abril a 2 de maio de 1824. até 20 de fevereiro de 1810. Presidente, bacharel João Antonio
(9) Presidentes e vice-presidentes —
Pi-esidente, coronel, Joséde de Miranda. Nomeado por carta imperial de 18 de dezembro
de 1839, prestou juramento e tomou posse em 20 de fevereiro
Araujo Roso. Nomeado por cat ta imperial de 25 de novembro de
1823, prestou juramento e tomou posse em 2 de maio de .1824 e de 1840 e serviu ;'.té 4 de novembro. Reinado de S. M. o —
serviu até 28 de maio de 1825. Presidente, tenente coronel imperador o Sr. D. Pedro II, Presidente, vice-almiranie
José Felix Pereira de Burgos. Nomeado por carta imperial Tristão Pio dos Santos. Nomeado por carta imperial de 20 de
de 26 de janeiro de 1825, prestou juramento e tomou posse agosto de 1840, prestou juramento e tomou posse em 4 de no-
em 28 de maio do mesmo anno, e serviu até 14 dè abril de vembro do mesmo anno. Falleceu em 24 de fevereiro de 1844.
1828. Presidente, Barão de Bagé, Paulo José da Silva Gama. 1» vice-presidente, bacharel Bernardo de Souza Franco. As-
Nomeado por carta imperial de 7 de abril de 1827, prestou sumiu a presidência em 24 de fevereiro de 1841. Deixou o
juramento e tomou posse em 14 de abril de 1858 e serviu exercício em 30 de abril de 1842. Presidente, desembargador
até 14 de de julho de 1830. Presidente, Barão de Itapi- Rodrigo de Souza da Silva Pontes. Nomeado por carta impe-
curú-miry, tenente coronel José B'elix Pereira de Burgos. rial de 12 de janeiro de 1842, prestou juramento e tomou
Nomeado por carta imperial de _ 20 de novembro de 1829,
prestou juramento e tca^-hovembro, prestou julili- LSoD e
serviu até 19 de julho de,vo de 1882. Deixou o exerciJiV. em 24 .^i6, n. 2.1k _
S. M. o Sr. D. Pedro H.— ^g-presidento hs«<rVrí«<!.i.T,ovíòyanna,
J i^ívxwaa.a^nÇgxho^iVK' das Alraás, Hia 'kili:, em 5 de abril de
lS'3'i, trazendo o deseuioarg\iUL.r' .josé Maruun," p- nomeado '
'
'

desembargador Bernardo Joía-c nu-uama. Nomeado por carta


om substituição ao tenente-coronel Machado de Oliveira, e o teuSTiS^
imperial de 17 de maio de 1831, prestou juramento e tomou coronel Ignacio Corrêa de Vasconcellos, nomeado commandante das
posse em 19 de julho. Deixou o exercício em 7 de agosto do armas, o Conselho Presidencial, a quem foi presente as representações
mesmo anno. Vice-presidente, Dr. Marcellino José Car- dirigidas á presidência por intermédio dos juizes de paz da capital,
ouvido o commandante das armas tenente-coronel Antonio Corrêa
Seara, a Camara Municipal e mais autoridades, assim como a muitos
cidadãos distinctos, para esse fim convocados, resolveu negar a posse
a essas autoridades o impedir-lhes o ilesembari|ue. Dahi o conflicto
{'•) Kste governo foi constitnido coin a retirada do Conde de Villa provocado pelo brazileiro adoptn" Joaquim Alfonso Jalcs, de que foi
Flor para o Rio de Janeiro. elle vicúma e Manoel José Vieira Coutudio e outros. No dia I'.), as
(") Depois Arcebispo da lialiia, Jlaivpiez 'le Santa Cen/.. autoridade nomeadas, depois de lavrarem o com|i6tente protesto, se-
(i']) Ksta junta fni constituida pela suljiev.-vão da tropa ijue depoz a guiram para a Còrle. Continuaram na presidência o tenente-coronel
jniUa, de 1 de julho e proclaniou a Constitiiiriio 1'oi tuyueiia em 1 de RIacliado de Oliveira, e no commando das armas o tenente-coronel
janeiro de 1S21. Seara. cMolins Politicos, vol. 2».)
(7) Foi eleita em virtude do Deoieto de 29 de setembro de 1S21, que 1^ Este presidente foi assassignado pelos revoltosos do T de janeiro
mandou desanexar o govei^no militar do civil. de 1835, sendo também victimas o chefe da força de mar, o comman-
(S) ]Soi eleita pela revolução da l de niarr-o do 1823, rpio depoz a dante das armas e diversos oíBciaes do exercito.
jnnta do 12 de março e a camará municipal. Tendo o Arcediago Uo- " Assaltada a capital ero 14 de agosto de 1835 por uma força su-
inualdo Antonio de Seixas seguido para Lislíoa eiii MO de junho, como perior a 5.0U0 homens denouunados cabanos, o general Manoel Jorge,
conselheiro de estado, foi suijstituido pelo Bispo D. Uonnmhlo de Souza depois do resistir a fogo vivo por espaço do 10 dias o tendo perdido
Coelho, froclaniou a independência de Império em 15 de agosto de 1S23. em combate seu Dlho a ajudante de ordens o capitão Jeronymo Her-
(U) Esta junta l'oi eleita por influencia dos partidários da chamada culano Rodrigues, retirou se na madrugada ile 2i para bordo da
Coulbderaçilo do Equador, que depoz a junta de 18 de agosto, sendo esquadr.a e l'oi estacionar na bahia de Santo Antonio em frente a ilha
preso e recolliido a foi'tale/a d;i liarra o seu presidente coronel de TatuifCi onde permaneceu até a chegada rle seu successor.
>

(Jeraldo José de Abreu e outros cidadãos. 1» Dj p )sse da capital, os cabanos, que haviam perdido eiu combata
No dia 7 de agosto de 1881, foi o visconde derroyanno intimado no largo das Mercês o sou jirinoipal chefe, Antonio Vinagro foi por
a deixar o governo da provinda por u',nn. deputação por parto do elles acela mado in esidente Lídiíanlo Francisco Nogueira Angelim.
povo e da trupa, representada por uin ollioial de cada coriio com o Clie!,'ndo a esí;i |ir''\"mcin, o general Francisco .Tosé do Souza
coniinandante das armas coronel Jiisi'; Waria da Silva líittciicnnrt a Soai'osfle A iid r(';is ,
|trcsl:oii juramento e toninn |iuss-> dn adMiini-<traçâo
frente, e pelos juizes de paz da Sé ode SanfAniia. 1{ etir:\ ndo-se o da provuiria em 11 il.> ,;lu-il ile fs:i'.l ua ilha dr f iln hm. per.iule a Ca-
presidente para horiio da fragata Camiii>t.a e tionio sido pr-eso pelos mara MuMÍci|tal, e (leseiiiliareou na c.'ii)italem bl de iiiaii». encontrando
revoltosos e recolhido a borilo do brigue de j."Uon-a :i de Maio, o ar- quasi deserta, [lela retirada de Angelim, com a pouca força que lho
cipreste liaptista Cr, Campos, a quem coiM[>('tta .a presidência
J'>ã(.) restava, paro. o iulorior, tanto que teve noticia da chegada da forç.a.
co)iio 1° conselheiro da província, assumiu o 2' conselheiro Dr. Mar» legal e de sua ap|a'oximaçâo da capital. Kni mais tarde preso no en-
cellixo José Cardoso. genho Torii no rio Mirity-pitanga, districto do Acará.
PAR — 48 — PAR

po.íse cm 30 de serviu até 20 do Junho de 1843. Seguiu


abi-il c
exercido em 27 de outubro de 1857. Em 24 de maio de 1858
nar;i a CòrtJ geral. 2" vice-presidente, cónego
como deputado passou a administração, seguindo para a Còrte como deputado
Manoel Theodoro Teixeira. Assumiu á pre- geral. 1.° Vice-presidente, bacharel Ambrozio Leilão da
vicário capitular
flidoncia om 20 de junho e deixou o exercício em 7 de agosto
Cunha. Assumiu a administração da provinda eni 24 de
maio e' permaneceu até 8 de de/embro de 1858. Presidente,
de I.S13. Prcsidotilè, coronel José Tliomaz Henriques. No-
meado por cari imperial de L de maio de 1813, p-estou jura-
i
major Manoel de Frias e Vaseoncellos. Nomeado por carta
mento e tomou posso era 7 de agnsio. Deixo o exercício por
i
imperial de 20 de out ibw, prestou juramento e tomou posse
moléstia em 20 de maio de 1844. 2° vice-presidente, vigário em 8 de dezembro de 1853. Serviu até 23 de outubro de 1859.
capiial:>r Manoel Theodoro Teixeira. Administrou a província Presidente, bacharel Antonio Coelho de Sá e Albuquerque.
de 20 a 22 de maio de ISU. Presidente, desembargador Ma- Nomeado por carta imperial de 3 de setembro, prestou jura-
noel Paranhos da Silva ^eIlo30. Nomeado por cartã imperial mento e tomou posse em 23 de outubro de 1859. Deixou o
de 11 de abril, prestou juramento e tomou posse em 22 de. exercício em 12 de maio de 1830, seguindo para a corte como
maio de 1844. IXmxou o"exercicio em 8 de abril de 1845, se- deputado. 1." Vice-presidente, bacharel Fabio Alexandrino
guindo para a ('ôrte como deputado geral. 3" vice-presidente, de Carvalho Reis. Administrou a provinda de 12 de maio a
bacharel .loão Maria de i\Ioraes. Administrou a Província de 8 de agosto de 1860. Presiaente, deputado Angelo Tbomaz do
8 lio abril a 25 de outubro de 1845. Presidente, desembargador Amaral. Nomeado por carta imperial de 21 de abril, prestou
iManoel Paranhos da Silva Velloso. Reassumiu a presidência juramento e tomou posse em 8 de agosto de 1860. Deixou o
em 25 de outubro de 1815. Deixou o exercido seguindo para exercido em 4 de maio de 1861, seguindo para a curte a tomap
a Córte como deputado, em 5 de agosto de 1840. 3° vice-presi- assento na camará temporária. 2." Vice-presidente, bacharel
dente, Ijacharel João Maria de Moraes. Ksiiove em exercício Olyntho José Meira. Administrou a i>rovincia de 4 de maio
de 5 de agosto a 12 de novembro de 1840. Presidente, Her- a 23 de junho de 1861. Presidente, bacharel Francisco Carlos
culano Ferreira Penna. Nomeado por carta imperial de 11 de de Araujo Brusque. Nomeado por carta imperial de 20 de
setembro, prestou jiira mento e tomou posse em 12 de novembro março de 1861, prestou juramento tomou posse em 23 de junho
de 1841). Km
10 de julho de 1817, seguiu para a Còrte como Deixou o exercido em 27 de janeiro de 1864 e seguiu a tomar
deputado geral. 3" vioe-presiilente, bacharel João Maria de assento na camará temporária. 1.» Vice-presidente, bacharel
Moraes. Serviu de 10 de julho a 22 de outubro de 1847. Pre- João Maria de Moraes. Assumiu a administração da provinda
sidente, Ilcrcubino Ferreira Penna. Reassumiu a presidência em 27 de janeiro e serviu até 29 de julho de 1804. Presidente,
em 22 de outubro de 1847, e deixou o exercício em 22 de abril dr. José Vieira Couto de Magalhães. Nomeado por carta im-
de 1818, em que seguiu para a Còrte como deputado. 3" vice- perial de 2 de julho de 1864, prestou juramento e tomou posse
presidente, bacharel João Maria de Moraes. Esteve em em 29 do mesmo mez. Deixou o exercioio em 8 de maio de
exercido de 22 de abril a 8 de maio de 1848. Presidente, 1806 para ir explorar o rio Tocantins, i.» Vice-presidente,
consejhdro coronel de engenheiros Jeronymo B'rancisco bacharel João Maria de Moraes. Assumiu a presidência em 8
Coelho. Nomeado por carta imperial de 11 de março, pre- de maio e serviu até 28 de junho de 1860. í.» Vice-presidente,
stou juramento e lomou posse em 8 de mnio de 1848. barão d'Arary, coronel Antonio de Lacerda Chermont, Tomou
Deixou o exercido, por moléstia em 2 de abril de 1850. posse em 28 de junho e serviu alé 27 de outubro de 1800.
4." Vice-presidente, coronel Geraldo José de Abreu. Assumiu Presidente, bacharel Pedro Leão Vellozo. Nomeado por carta
a administração da provinda em 2 de abril, deixando o exei'- imperial de 16 de junho, prestou juramento e tomou posse em
cicio em 1 de maio de 1850. Presidente, conselheiro Jeronymo 27 de outubro de Í860, Deixou o exereicio em 9 de abril de
Francisco Coelho. Reassumio a presidência eir. 1 de maio. 1867. l."* Vice-presidente, barão d'Arary. Sérvio de 9 de
Passou a administração por moléstia em 1° de julho de 1850. abril a 1 de j uiho de 1807. Presidente, Vice-almirante Jo-
3." Vice-presidonte, bacharel João Maria de Moraes. Sérvio aquim Raymundo de Lamare, Nomeado por carta imperial de
de 1 a II) de julho de 1850. 2." Vice-pre.sidente, bacharel 23 de Março, prestou juramento e tomou posse em 1" de junho
Manoel Gomes Corrêa de .Miranda. Assumiu a administração de 1867. Serviu até O de agosto de 1868. 1.» Vice-presidente,
da provinda em 10 de julho de 1n50 e serviu até 29 do mesmo visconde d'Arary, coronel Antonio de Lacerda Chermont,
mez. 1." Vice-pre-idente, bacliarel Angelo Custodio Corrêa. Assumiu a presidência em 6 de agosto e serviu até 29 de se-
Assumiu a presidência ciii 29 de pilho e deixou o exercido em tembro de 1803. 1." Vice-presidente, cónego Manoel José de
13 de setembro de 1850. Presidente bacharel Fausto A. de Siqueira Mendes. Administrou a província de 29 de setembro
Aguiar. Nomeado por carta imperial de 19 de julho, prestou .a 19 de outubro^ tíbT>fem'flro iíb^itje.. dr. José Bento da Cunha
juramento e tomou posse em 13 de setembro de 1850. Serviu FigueirefUmóu posse em 21 de novemtperial de 22 de julho,
até 20 de agosto df^j^^''-'»; .^Pi-fsid. nlo, bn ç-lsfei Jôí/í-Ji-XVKitir- T-jirsTEõH-^-^o de 1780. Reinado de S. .li 19 de outubro de 1808.
'''V ^'LUifer: iNollieado [lor carl.i imiirri.ii de 7 de junho, ]iri'-tou Serviu até II) de maioliò-^.de Nfi." Vice-presidonte, coronel
'

'juramento e lonioii posse eni -ÍO d'' ugoslo de 1852. Deixou o Miguel Antonio Pinto Guimarães. Assumiu a administração
cxorcicio em II dr outubro de 1853. 1." Vice-presidente ba- em 16 de maio e serviu até 8 de novembro de 1869. 1." Vice-
charel Angelo (Mistod io Corrêa. Assumiu a presidência em i4 •
presidente, cónego Manoel José de Siqueira Mendes: Assumiu
de outubro e serviu até 10 de novembro de 18.Í3. Erosidente, a presidência em 8 de novembro e serviu até 2 de dezembro de
conselheiro tenen te -coronel Selinstião do Rego Barros. No- 1869. Presidente, dr João Alfredo Corrêa de Oliveira. Nomeado
.

meado por cart imperial dc 24 de setembro, prestou juramento


i por carta imperial de 20 de outubro, prestou juramento e tomou
o tomou posse em 10 de novembro de 18.53. Passou a admi- posse em 2 de dezembro de 1869. Deixou ó exereicio em 17
nistração em 11 de maio de 1855, relirando-se para a Còrte de abril de 1870 seguindo para a còrte como deputado geral.
como deputado geral. 1." Vice-presidente, bacliarel Angelo 4." Vice-presidente, bacharel Abel Graça. Assumiu a admi-
Custodio Corrêa. Assumiu a administração da província em nistração da provinda em 17 de abril e serviu até 23 de se-
14 de maio. Fallec'=u ein 25 de junho de 1855. (iO) 3." Vice- tembro de 1870. 1.0 Vice-presidente, cónego Manoel José de
presidente, baelia.rol João Maria de Moraes. Assumiu a pre- Siqueira Mendes. Assumiu a presidência em 23 de setemliro
sidência om 25 do junho e serviu atií 31 de juUin de ls55. d' 1S70 e serviu ale 7 de janeiro de 1871. President;», b.a-
2.» Vicn-prosidonte coronel iMigncl Antonio Pinlo Guimarães.
, cliarelJoaquim Pires Machado Portella. Nomeado por carta
Assumiu u presidência em 31 di- julbd o sei viu até 10 de ou- imperial de 30 de novembro de 1870, prestou juramento e
tubro de 1855.Presidente, ronsellidro Soliastiâo do Rego tomou posse em 7 de janeiro de 1871. Passou a administração
ISarros. Reassumiu a administração da província ein 10 de em 22 de abril e seguiu para a còrte como deputado geral.
oiiluliro de 1855, o serviu alé29de maio de 1851). Presidente, 2." Vice-presidente, Coronel Miguel yVo tonio Pinto Guimarães.
tcncntc-coronel Henrique do IJeaurepaire Rolan. Nomeado por Assumiu a presidência em 22 de abril e serviu até 3 de julho
carta imperial de 4 de abril de 1851), prestou juramento e de 1871. Presidente, bacharel Abel Graça. Nomeado por carta
tomou posse em 29 de maio. Serviu ate 27 de outubro de 1857. imperial de 23 de maio, prestou juramento e tomou posse em 3
Preaidonie, bacharel João da Silva Carrão Nomeado por carta
. de julho de 1871. Deixou a administração em 18 de junho de 1872.
imperial de 3 do setembro prestou juramento e entrou ein 0." Vice-presidente, bacharel Francisco de Souza Cirne Lima.
Sm-viu de 18 de junho a 1". de julho de 1872. Presidente, ba-
rão da \'illa da Barra, dr. Francisco Bonifacio de Abreu.
Nomeado por carta imperíol de 27 de maio, tomou posse em
(13) ^Fallecou de eolera morbus em viagem (JUando regressava da 1". de julho de 1872. Passou a administração em 5 de novem-
eidndo de Oamelá onde fora prestar soccorros a população atacada bro, e seguio para a còrte á tomar assento na camará tempo-
de epidoniia. rária. 2." Vice-presidente, barão de Santarém, coronel Miguel
PAR — 49 — PAR
Antonio Pinto Guimarães. Assumiu o exercício em 5 de no- de fevereiro dô 1887. Assumiu a presidência em 17 de
março
vembro de 1872 o serviu até 18 de abril de 1873. Presidente, de 1887. Deixou o exercício em 6 de maio de 1888. Presidente
bacharel Domingos José da Cunha Júnior. Nomeado por carta bacharel Miguel José de Almeida Pernambuco. Nomeado por
imperial de 20 de março, tomou posse em 18 de abril de 1873 carta imperial de 24 de março, prestou juramento e tomou
e serviu até 31 de dezembro do mesmo anno. 3.° Vice-presi- posse em 6 de maio de 1888. C») João Polycarpo dos San-
dente, engenheiro Guilherme Francisco Cruz. Administrou a tos Campos, 2° vice-presidente. Idem em 12 de janeiro de 1889
província de 31 de dezembro de 1873 a 17 de janeiro de 1874. — Posse a 18 de maio de 1889. José de Araujo Rosô Danin (ba-
Presidente, bacharel Pedro Vicente de Azevedo. Nomeado por charel), lo vice-presidente (3=i vez). Idem em 15 de junho de 1889
carta imperial de 29 de novembro de 1876, prestou juramento — Possa a 18 de de julho de 1889. Antonio José Ferreira Bra^a
e tomou posse em 17 de janeiro de 1874 e serviu até 17 de ja- (bacharel). 51» presidente. Idem em 22 de junho de 1889— Posle
neiro de 1875. Presidente bacharel Francisco Maria Corrêa a 24 de julho de 1889. José de Araujo Roso Danin (bacharel),
de Sá e Benevides. Nomeado por carta imperial de 25 de no- lo vice-presidente (4= vez). Idem em 25 de junho de 1889—
Posse
vemb'o de 1874, prestou jurameni o e tomou çosse em 17 de ja- a 28 de outubro de 1889. Silvino Calvacanti de Albuquerque
neiro de 1875, e serviu até 18 de julho de 1876. Presidente, Dr. (bacharel), 52» presidente. Idem em 26 de outubro de 1889—
João Capistrano Bandeira de Mello Filho. Nomeado por carta Posse a 14 de novembro de 1889. Governadores, Dr. Lauro
imperial de 26 de abril, prestou juramento e tomou posse em Sodré eleito em 24 de junho de 1891. Posse no mesmo dia.
18 de julho de 1876 e serviu até 9 de março de 1878. l.o Vice- Dr. Paes de Carvalho, posse a 1 de fevereiro de 1897. A Con-
piresidenle, coronel Dr. José da Gama Malcher. Administrou stituição foi promulgada a 22 de junho de 1891.
a província de 9 a 18 de marçò de 1878. Presidente, bacharel
José Joaquim do Carmo. Nomeado por carta imperial de 16
PARA. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, termo
da com. de seu nome, a 42 kils. de Pitanguy e a 27 do rio
de lévereiro, prestou juramento e tomou posse em 18 de março
Ae 187S, e serviu até 7 de abril de 1879. Presidente, bacharel Paraopeba. O solo do mun. é muito fértil, cultivando-se nelle
José Coelho da Gama e Abreu. Nomeado por carta imperial
em quantidade a canna de assucar. Orago Santo Antonio da
de 15 de março, prestou juramento e tomou posse em 7 de Piedade e diocese de Marianna. Foi em principio uma capella
abril de 1879, Deixou o exercício em 29 de março de 1881.
da freg. de Pitanguy, elevada á parochia com a denominação
de Patafufo pelo § I art. IV da Lei Prov. n. 312 de 8 de abril
1.0 Vice-presidente, Dr. José da Gama Malcher. Assumiu a
de 1846. Elevada á villa pela Lei Prov. n. 386 de 9 de outubro
presidência em 29 de março e serviu até 27 de abril de 1881.
de 1848, rebaixada dessa categoria pelo art. XIII da de n. 472
Presidenta?, bacharel Manoel Pinto de Souza Dantas Filho.
de 31 de maio de 1850, restaurada pela de n. 882 de 8 da
Nomeado por carta imperial de 26 de fevereiro, prestou jura-
mento e tomou posse em 27 de abril de 1881. Deixou o exer- junho de 1858, que deu-lhe a denominação de villa do Pará,
cício em 4 de Janeiro de 1882. 1." Vice-presidente Dr. José
supprimida pela de n. 1.889 de 15 de julho de 1872, que incor-
da Gama Malcher. Assumio a administração da Provinda porou-a ao mun. de Pitanguy restaurada- pela de n. 2.081 de
;

em 4 de janeiro e sérvio até 27 de março de 1882. (") Pre- 23 de dezembro de 1874. Elevada á categoria de cidade pela de
n. 2.416 de 5 de novembro de 1877. Creada com. pelas Leis
sidente, bacharel João José Pôdroza. Nomeado por carta
imperial de 28 de janeiro, prestou juramento e tomou possa Provs. ns. 2.131 de 11 de outubro de 1875 e 2.273 de 8 de julho
de 1876, clasaiíicada de primeira entr. pelo Decreto n. 6.251 de
em 27 de março de 1882. Falleceu em 15 de maio do mesmo
12 de julho de 1876. Passou a constituir um termo da com. de
anno. 2.» Vice-presidente, bacharel Domingos Antonio Raiol.
Sete Lagoas pelo art. I da Lei Prov. n. 2.455 de 19 de outubro
Assumiu a presidência em 15 de maio e serviu até 26 de junho
de 1878. Foi novamente classificada com. de primeira entr. por
de 1882. 1." Vice-presidente, conselheiro desembargador João
Rodrigues Chaves. Nomeado por carta imperial de 20 de Acto de 22 de fevereiro de 1892. O mun. é regado pelos rios
Paraopeba, S. João e ribeirão Empanturrado. O mun. além da
maio, prestou juramento e assumiu a presidência era 26 de
parochia da cidade, comprehende mais a de Santo Antonio do
junho e serviu até 25 de agosto de 1882. Presidente, bacharel
Morro de Matheus Leme, N. S. do Carmo de Cajuru, S. Joaquim
Justino Ferreira Carneiro. Nomeado por carta imperial de 23
das Bicas, S. Gonçalo do Pará, Pequy, Santo Antonio do Rio
de junho, prestou juramento e entrou em exercício em 25 de
de S. João Acima e SanfAnna do Rio de S. João Acima e dist.
agosto e serviu até 6 de dezembro de 1882. l.o Vice-presidente,
de S. José da Varginha. A cidade do Pará tem quatro eschs,
conselheiro João Rodrigues Chaves. Esteve em exercício da _6
publs. de inst. prim., uma das quaes creada pelo § I ai't. I da
a 16 de dezembro de 1882. Presidente, brigadeiro barão de Ma-
Lei Prov. n. 2.721 de 18 de dezembro de 1880. Agencia do correio.
racajá, bacharel Rufino Enéas Gustavo Galvão. Nomeado por
carta imperial de 20 de novembro, prestou juramento e tomou Sobre suas divisas vide Lei Prov. n. 2.242 de 26 de junho der
:

posse em 16 de dezembro de 1882. Deixou o exercido em 24 iS76, n. 2.170 de 20 de novembro de 1876. No mun. ficam as povs.
de junho de 1884 . 2." Vice-presidente, bacharel José de Araujo Teixeiras, Cachoeira das' Almas, Maít:. do ^ Cego, Limas e
" =
Meirelles,
Vosip Rozo Danin. Administrou a provinda de 24 de junho a 4 de
eçl.u_sa=

ÍJ.'— p"" c/e-jiASSl. Presidente, Dr. João Silveira de Souza. No- PARA. Parochia do Estado de Minas Gèraes, no muu. „'Z
'resiVí ^^Ssnciíi ,L ''"ta imperial de 31 de maio, prestou juramento e Pará. Orago S. Gonçalo e diocese de Marianna. Foi creada pela
p da
- ®' de agosto de 1884. Sérvio até 14 de junho Lei Prov. n. 7:'5 de 2 de maio de i856, transferida para o
de 1885, 2.^ Hlíj-presidente, bacharel José de Araujo Rozo arraial de Cajurii com a denominação de N. S. do Carmo do
Danin. Assumiu a presidência em 14 de junho e sérvio até 16 Gaiurú pelo art. I da de n. 1.196 de 6 de agosto de 1864, restau-
de julho de 1883. Presidente, bacharel Carlos Augusto de rada parochia do mun. de Pitanguy pelo art. 1 § II da da
Carvalho. Nomeado por carta imperial de 2 de junho, prestou n. 1.635 de 15 de setembro de 1870, incorporada ao mun do
juramento o tomou posse em 16 de julho e sérvio até 16 de Fará pela de n. 2.408 de 5 de novembro de 1877. Tem duas cschs.
setembro de 1885. 1." Vice-presidente, bacharel João Lourenço publs. de inst. prim. e uma agencia do correio.
Paes de Souza. Administrou a provinda de 16 de setembro a
5 de outubro de 1885. Presidente, conselheiro desembargador
PARA. Dist. creado no termo da Granja e Estado do Ceará
Tristão de Alencar Araripe. Nomeado por carta imperial de pela Lei Prov. n. 2.042 de 6 de novembro de 1883. Tem uma
capella da invocação de N. S. do Livramento. Comprehende os
30 de agosto, prestou juramento e tomou posse em 5 de outu-
quarteirões Arataim e Riacho de Francisco Dias.
bro de 1885 e sérvio até 15 de abril de 1886. Presidente, con-
selheiro desembargador João Antonio de Araujo Freitas Hen- PARA. Log. do Estado de Pernambuco, no termo do
riques. Nomeado por carta imperial de 16 de março, prestou Triumpho. Haoutros logs. do mesmo nome Jnos muns. de
juramento e tomou posse em 15 de abril e sérvio até 6 de ou- Taquaretinga, Ipojuca e Itambé.
tubro de 1886. Presidente, desembargador Joaquim da Costa PARA. PoT. no mun. do Bom Fim do Estado de Minas
Barradas. Nomeado por carta imperial de 4 de setembro, pres- Geraes. Orago N. S. da Conceição. Tem uma esch. publ. de
tou juramento e tomou posse em 6 de outubro de 1886. Passou inst. prim. para o sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. 3.162
a administração e segui o para a corte com licença, em 17 de de 18 de outubro de 1883.
março de 1887. i." Vice-presidente, conselheiro coronel Fr in-
cisco José Cardoso Júnior. Nomeado por carta imperial de 12

(18) Deu publicidade a lei n. 3353 do 13 da maio de ISSS q.ia doclar.Tl


(lí) Falleoeu em i3 de abril de 1882. oxtiacta a escravidão no Império.
DIOC» GEOQ. 7
PAR — 50 — PAR

PARA. Esta(.-rio (Ia K. de V. Oesle de Minas, no Estado nada de S. Luiz e Sant'Anna iiertence ao bispado de Pernambuco-
'}onlenome, á luurgpm do rio Pará. entro as estações de Hen- cuja cidade dista da villa 450 léguas. E' fértil de peixe, caça e
rique Galvão e Coivado. Denomiiia-se hoje Alberto Isaacson. fructas. As uvas veem alli duas vezes no anno ». Monsenhor Pi-
Fica no kll. 333 c loi inaugurada a 20 de dezembro de 1890. zarro, no vol. 9" de suas Mem. Hist. diz : « As minas de Para-
catú, situadas ao NO. das Geraes, de que distam 120 léguas, foram
PARÁ. Si-rra do Estado do Paraliylia do Norte, no mun. de
descobertas pelo guarda-mór José Rodrigues Fróas e manifestadas
S. João do Sariry.
em 17-14 ao governador Gomes Freire de Andrade, por ordem do
PARA. Serra do Estado de Pernamlnico, no mun. do Brejo, qual se occuparam, e repartiram aos povos em 24 de junho do
ao N. do rio Capiberibe. Tem cerca de quatro kils. de largura mesmo anno. Com a noticia das riquíssimas faisqueiras de ouro
o cinco de conijirimento. Segue o rumo do Capiberibe e linda não se demoraram os povos das coms. das Geraes em penetrar o
quatro kils. abaixo do Poço Comitrido, jior ilelrás do Arapoan. sertão espesso, cubiçosos de estabelecerem no Paiz novo as suas
PARA. Illia lio Estado do Pará, no mun. de Mazagão. Neila fabricas mineraes, sem lhes obstar a passagem trabalhosa de rios
fica o furo Cabral. caudalosos, a fíilta de viveres, e a vista de excessivo numero de
homens mortos á fome, que encontravam pelo caminho; e conse-
PARA ^Ilio). Aísim se denomina a secção fluvial ao S. e E. guindo o ingresso do sitio procurado, deram principio ao estabe-
da ilha «Alarajó desde a bahia do Guialjal até á ponta da Tijoca lecimento de um Arraial assás populoso, na lat. de 16" 21' e long.
ao cabA Mogoary no oceano, e que serve ile desaguadouro ás de 336o 27' q Alvará de 20 de outubro de 1793 erigiu o arraial
aguas d Tocantins (em cuja direcção segue inclinada para
)
em villa, com o titulo de Paracatii do Príncipe Sendo o terri-
NE.), ás dos diderentes rios e iga.rapés a elle parallelos e que tório de Paracatú sujeito no politico e no militar ao governo da
tèrn a sua foz nas bahias de Postei, .Melgaço, dos Bocas e outras ; Capitania das Minas Geraes, ficou pertencendo no ecclesiastico ao-
ás aguas do MoJA, .Acará. Gviamá, Capim e Guajará e todos os bispado de Pernambuco, por se empossar delle o padre Antonio-
que se escoam pelas bahias deste nome, de Saiito Antonio do Mendes de Santiago, sacerdote da mesma diocese, que povoava a
Sol e de Marajó e bem assim :'is aguas do Amazonas que li-
;
colónia de S. Romão, ao poente do rio S. Francisco, e no principio
mitam occldentalmente a^i^uella ilha atravez do labyrintho de do descobrimento do j^aiz curava a freg. da Manga por parte do
canaes a que chamam Tagipuru, Macacos Jaburu, Furo da seu Ordinário. Junto o povo mineiro no dist. da Manga, as-
.
. .
Companhia, etc. e que dão causa a estender-se o estuário do sentou a sua vivenda primeira em logar distante do Brejo do
Amaz onas ate á ponta da Tijoca e a opinião por muitos acceita Salgado 20 léguas ao N. acima da confluência do rio Japoré;.
de ser o Tocantins ali', do grande rio. sobre a margem occidental do rio S. Francisco, oiíde erigim
PARA. Furo que communica o rio Caeté com o Taperussú, um Templo a SanfAnna e S. Luiz e como não se satisfi-
no Estado do Pará. E' assim chamado por ser o caminho que zesse do local, se transferio para o de S. Caetano do Ja-
em tempos de mais atrasada navegação tomavam os barcos poré. Não persistindo, porém, ahi, passou ao S. Romão, e nelle-
que seguiam para Belém (inf. loc). levantou outro templo á Santo Antonio; mas, pouco contente
PARÁ. Pequeno rio do Esta'io de S. Paulo, banha o mun. ainda da sua situação, escolheu por ultimo a de Paracatú, em
do Tietê e desagua na margem esq. do rio deste nome. que lhe pareceu achar melhores commodidades. Por este mo-
tivo, sem mudar o titulo de Sanio Antonio, dado ao templo
PARÁ. Rio, do Estado de Minas Geraes, rega os muns. do erecto em 'S. Romão, dedicou ao mesmo santo o que levantou
sou UíJiiie, Entre Kios, Bom Fim e Pitanguy e desagua na em Paracatú e por este raolivo ambas as igrejas ficaram co-
:

margem dir. do rio S. Francisco. Recelje o Lagòa, Taboões, nhecidas por Santo .Antonio da Man^a, com a differeaça de ser
Ponte Alta, Passa Tempo, Boa Vi«ta, Comprido, Curral, Lam- uma_a da villa de Paracatú, e outra a do julgado de São
bary, JainXo, Joanna Velha, S. João, Salobro, Conquista, Con- Romão... Era outro tsrapo se comprehinderain na demarcação
ceição. Moraes, Ita[)ecerica, Ch..in, Paulistas, Picão, Peixe do Paracatú as fregs. de N. S. da Gloria do Rio das Éguas,
(2),
Pary e diver.sos outros. Tem um curso de mais de 300 kils. desde e a de S. José de Carynhanha, que hoje estão separadas e
suas [irimeiras vertentes, sujeitas ávara da com. ecolesiastica de Campo Largo do bis-

_
PARA. Rio do Estado de Matto Grosso, é uma das cabeceiras
pado Pernambucense.» Auguste de -Saiat-Hilaire em sua
a dir., do rio \>rde, trib. do Guaporé.
'
Voyageaux sources dio rio da S. Framisao et dans la protnnce
de Goya::, tomo I, pag. 282, diz « Les Paulistes qui allaient
PARA. Lago do Estado do Pará no raun. de Óbidos. :

àla découvertí de nouvíPes terres ne traversaient jamais un


PARÁ. Vide Tocantins. ruiaseau sans éprouverJe ssble de sou lit j^our s'assur6r qu'il
JLe^-e4P^ena>t-|3â-S-deyI'or.'Céui qui décõuvrirent Goya-;; furent
PARAAQUARA^â«;âp^a4ífHíuI^-4a^^ no mun conduiTs^ar le hasard au lieu oú est aujourdliui situe Para-
catú, ils troiívèrent de Tor en abondance dans le ruisseau qui
'

^^i^i^jiB-í-UA^JARy. do Estado do Pará, no mun. de Soure,


Ilio porte le nora de Córrego Rioo et consignèrent ca fait dans leur
i.eceiío o Cirieai-y. lambem denominado S. Lourenço. Longtemps aprês, cet itinéraira tomba entre les
itinéraire.
PARACANJUBA. Cidade do Estado de Goya:^. Vide Pira- mains de José Rodidgues Froes, qui appartenait à une famille
recommandable de S. Paul. 11 part seul avec deur esclaves
noirs, ti-averse descontrées encore inhabités et en 1744, il airivè
PARACARY. Um dos quarteirões do raun. de Santarém, no enfln ao lieu qu'il cherchait avec tant de courage et d'ardeiir.
Estado do Pará.
Ayant trouvé certains poissons d'un goút agréable dans le Cór-
PARACARY. Lago d,) Pará. a SE. de Alemquer e acompa- rego Rico, il imagina de donner au pays qu'ri venait de découvrii-
nhando o no do Tapará em grande extensão, a tres millias le nom àe Pura catú {hon poisson), qu'il emprunta à la languedes
de
distancia da nuirgein. Fica na com. de Monte Alegi
egre e próximo Indiens de la côte (lingoa geral), fldèls à Tusage généralement
ao igara)'!' Jarai[uitiilja. adopte par les anciens Paulistes. Les travaux des mineurs oat
detruit lespoissons (jui vivaient dans le Córrego Rico le nom de
PARACATU. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes na ;

Pyracatú s'e3t altere et l'on en a fait Paracatú. » Proseguindo,


i-'om. do sou nome, banhada pelo córrego Rico, ligada
a Patrocínio diz o Ulustra viajante que Fróes retirou do Córrego Rico uma
por uma estrada cortada pelo ribeirão Jacu. Orago Saulo
Antonio considerável quantidade de ouro, e foi a Sabará levar o fructo
da Manga e diocese do Diamantina. Segundo um Auto dc
ccrificacão de seus trabalhos. Mais tarde Fróes regressou a Paracatú com
eni que se trata da demarcação do termo da
viUa do P-ú'acatú grande numero de companheiros ; de Goyaz vieram muitas
{yido Diarto O /fio iat úciO do. setembro de
1879), foi Paracatú passoas ; emfim, a fama das riquezas naquella região foi tal
elevada a villa em 20 do outubro dc 1798. Cidade
pela Lei Prov que exciiou até a cobiça de muitos portuguezes. Eis os começos-
n. 163 de 9 de março de 1810. Em um
manuscripto existente nà da pov. Em outubro de 1886 informou-nos o vigário da Para-
Bibliothecado Inst. Ilist. e publicado na Revista,
Tomo XXIX catú, o seguinte á respeito desta freg.: « O aspecto physico
le-fle « Creada vdla pelo seu primeiro Juiz de Fora, desta
:
o deaembar- tpefi'.,que nos seus immensos campos, serrados, taboleiros
gaaor Jose Gregorio dc Moraes Navarro, a 18 de dezembro e
de 1799 mattas é assás ameno. E' seu ten-iiorio regado pelos seguintes
governando o C.ndo de Sar/.edas. Está em 33Go 27' de
long. e 16'I córregos e nos córregos Rico, do Menino, Santa Isabel, Escuro
IZ dc at. Hem que lormosa por ser lançada em :

planície, sou clima Grande e Pequeno, riacho Fundo, Trahiras, Pedro Pereira
é quente, e o terreno secco e árido de aguas. Foi arraial
desde o Januário, Guarda-mór, Arrenegado, Carrancas, Guariroba,
;'c 'SMuS minas em o auno de
n.TJí'T 1741. governando Carrapato, Arrependido, Claro, S. Severino, Santa Calharina,
Gon esFrore de .Vnd rai e. O ouro de suas faisqueiras de baixo Lavado, S. Braz, S. Domingos, Paracatú e diversos outros
toque vale aiiena.s luil o duzentos por oitava.
A parochia denomi- As serras que circuradam e atravessam esta freg. sao origi-
. .

PAR
— 51 — PAR
reuae-se
PARACATÚ. Ribeirão do Estado de Minas Gemes,
da Cord. juntos formam o Palmeira, trib. do
no dos
da Matta Maranhão e
carias da serra ^^<^XÍ; com o
Santos, que o é do rio Verde.
Geraes desagua na
j^AK-auAiu. Rio do Estado de Minas volume de Clio me-
PARACATÚ. com o enorme
.

c^ie^^ tem mais de 170 metros, lai-


poi-tancia actual, mas pela ^^^^^^^^ ^^^^^^^ ^eno s d^meia le^ua decm-so não
extensão de 30 léguas, dimmumdo
^
pouco
maxime o povto de '''^"^
Januana sobem eb
^ Francisco e entram no Pa- tra
guia que
aue fonseiva Srva
na
a
g onde tem aimla ili» metros.
cidade da ^ ^^^^^^^^^^^
^e
racatu,afimde renderem os daquelles logares, e
oupermutarem-nos P°i;™s^com^
ate onde am^^^^^ clie"am.
Os outros dous
eorS os desta c^dade nnlho, feijão,
portos sao .4. escala
mandioca, camia
c.niia assucar,^ etc.,tudo em pequena
de a
ae
arroz -^^^ calcados, arre.os,
de bra.os
por falta ^ o.e b<i ^ cl.apéos de couro e de o primeiro na
cabeçadas e rédeas ae soía | ^ ,,op. de toda a
'

vío"da PraL o Preto e o do Somno, navegável

-tros.
^eiSf^auS^omno
ai. Ig, Clai. e
pronunciadas que se ob|eiva
^.^^^^^^^ ^le ,^aior ou menor dos P.loe.
na 'serra
^""-^r^tu acua eL
quantidade de agua^^
a razão
°nada é mesmo corrente, explicam arra- fJurS:
mmeuosB^^r^^^^Fratisco!"
trib. uo o. „ Nasc^e
,
-^t^.j, pgia margem esi- do
clinicas desta cidade e seus

palmos ate o porto


^^ J^^' JJ-. ,^,,^0 animada, não obstante o
Sí^^rtiit-Se^aSLras e^corr^es^
^^^^^Z 'eZ

^osICo c s^-St^rclasse dl sociedade, obser« c^^^^^

cliron.cas e do coração » PaiacaU


frequência lesões hepática,
pelo motivo de ^ue |om raias e-^e,.ç^^^^^^^^^ ^^1. ^
4tr8^i5aKe^drc\trS^^^^^^^^
maio de ISlo (.AJies 1850 Decr. n. 687 de maioresabaixo do iio b Bia^^^^^^^^^
/<t 9? rlp iliril de ^.^^^^ dependem do
de toda a qualidade
o nnl^ndite^S
recurso que mumpensc\eiiu
porque mimero c^^^^^^
a de miipero de fazendas de cultura
de mantimentos e g Paraeatú,
a bei a d s "^^^^^e
d^ e criação estabelecidas ^ ^^^^^
da cidade, compreliende ^^^'^^^
Brava O mun. é
fazem continuamente
transpoitd os -e-i^ p
p^ra •

pelas aguais de amb. os


as estações do anno. J^-^^
radicalmente

^?^:Í^'^n?'^ de —
^.;^a L^S^r canalisal-o
eclusa. para >^l,i.i.^
^)
J

um disiiendio approximado de
RÓ com ^-^^^-^^^chiv et nnnual-

pr„v. de Minas -« c-sse pioj^^^


^^^^^^^^ ^^.^^

pela divisão que formam as ver-


rio Sul e das suas cabeceiras

do correio
3 de janeiro de 1880 Agencia
.

PARACATU. Log. do Estado do Rio de Janeiro, nomun. de no da ^^^ta da sua wiia


nome.
o Somno, também na de 10
Maricá, sobra o riaclio do seu rioPreto na de 10 g^^f^^^f,^ '"^o ultimo, bem como do no
(ias iiiaiot^"^
PARACATÚ. Pov. do Estado (Inf. de Minas Geraes, na freg. do léguas; do leito e
,i;„„ionte=i « Faz o mesmo
loc.)-
-Livramento e mun. de Ayuruooa.
PARACATÚ. Log. do Estadomun. de Minas Geraes, soln^e o no
de Mananna. Curralinho, Cavallo, lascaram va
«tfafaxo no dist. de S. Caetano e Gian
^.-^p,
le Ninta « SanfAuua
deSimuo Pedra de Amolar. Cauipo
PARACATÚ. Serra do Estado de Sergipe, no mun. Velha, Tres Irmãos,
Burit.su o '
''^j
'p^uis, Sabão-
Iníuuui.as, Sixnta
,
u'
Dias.
&'^a t ttaÀpVno...
,

, ,
do Inbambupe.
,
do Leão.lc cima.
PARACATÚ. Rio do Estado da Balda, aff. a
Recebe o riacho Mucambo Córrego do Estado de Mi nas Gera.,, bauka
Rio de Janeiro, rega o mun.
P ARlcATÍj.
PARACATÚ. Rio do Estado do nome. fre"'. de .\ntonio Dias.
4e Maricá e desagua na lagoa deste
. . .

PAR — 52 PAR

PARAGATÚ.. Córrego do Estado de Minstó Geraes, aíF. da PARADOURO. Bairro do mun. do Pirahy, no Estado, do
margem dir. do rio TtiTTO Grande. Paraná
PARAGATÚ. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, Vide PARAENSE, s. m. e f. natural do Estado do Pará, adj.
Sardinha. que é relativo ao Pará. A industria paraans: consiste princi-
palmente na extracção da gomma elástica e outros productos
PARACATUBA. Igarapé do Estado do Pará, na ilha Marajó,
\egetaes.
banhaomun. de Ponta de Pedras e desagrua na margem dir-
do rio Marajó-assú. (Inf. loc.) PARAFUSO. Estação da E. de F. da Bahia ao S. Fran-
cisco, entreMuritiba e Camassary, a 46k,640 distante de Jequi-
PARAGATÚ DE SEIS DEDOS. Pov. do Estado de
taia. Agencia do correio creada em julho de 1889. Estação te-
Minas Geraes, á margem dir. do rio S. Francisco, pouco acima
da foz do rio Paracatú. (Halfeld.) legraphica.

PARACAUARY. Rio do Estado do Pará, no mun. de PARAFUSO. Pov. na freg. de Abrantes do Estado da Ba-
Soure, na ilha Marajó. «Vem, diz o Sr. Ferreira Penna, das hia: com umâ esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei
baixas centracs da Ilha em rumo de O. a E., passa pela fazenda Prov. n. 1.910 de 23 de julho de 1879.
nacional rte S. Lourenço e por algumas outras particulares, e, F PARAFUSO. Serrote íngreme na mun. de Canindé é Estado
quasi ao sahir na costa oriental, passa pela villa de Soure á es- do Ceará.
querda e por Salvaterra á direita, E' um dos principaes rios da
nha, sendo navegável a vapor em grande extensão. » E' também
PARAFUSO. Serra situada no caminho da E. de F. do
Recife ao S. Francisco, na parte comprehendida entre Una e
denominado Igarapé Grande.
l3oa Vista. Entre ella e a serra do Meio acham-se muitas
. PARAGOMBUGO. Log. do Estado do Ceará, no termo de accumulações de bloks de grés formando grandes pyramides.
Soure. Essas pilhas, assim isoladas na Tarzea, nas encostas e sobre os
PARAGURÚ. Antigo mun. do Estado do Ceará. A Lei planaltos, parecem de longe perfeitos e grandiosos parafusos,
Prov. n. 1.601 de 14 de agosto de 1874 transferiu a séde da Tilla sendo desta circumstancia que veio o nome á serra.
e freg. do Paracurú para a pov. do Trahiry com a denominação PARAFUSO. Rio do Estado do Piauhy, nasce no Burity
de N. S. do Livramento, e a de n. 1.G69 de 19 de agosto de 1875, Grande, a 12 kils. da cidade de Itamaraty e desagua no rio
substituiu esta ultima denominação pela de villa do Trahiry, Poty, no logar Aroeira do mun. do Castello.
pela qual ó hoje conhecida. Era a antiga freg. do Parasinho que
a Lei I^rov. n. 1.235 de 27 de novembro de 1868 elevou á villa PARAFUSO. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. da margem
com a denominação de do Paracurú. Foi restaurada villa
villa dir. do rio Grande, entre os rios Bonito e Retiro.
pelo Dec. n. 73 de 1 de outubro de 1890, que incorporou-a a
com. de ltapii)oca. Sobre limites vide Dec. n. 76 de 7 de outubro
PARAGAHU. Rio do Estado de Matto Grosso, desagua na
margem esq. do Guaporé aos IS» 38' lat. S. Em sua Vivijem aà
de 1890. Redor dó Brazil diz o Dr. S. da Fonseca: ser esse rio maior que
PARACURY. Igarapé do Estado do Pará, no dist. de Bemíica o Verde, mas que deve antes ser considerado como torrente acci-
e mun. da capital. dental, esceadouro dos vastos pantanaes de Chiquitos, lá pelo
PARACUUBA. Vide Pracuvha. parallelo 17"». Em
sua Deseripção ticographica da Capitania de
Matto Grosso, o Dr. Ricardo Franco diz:« He este rio, indaquo
PARAGUUBA. Rio do Estado do Pará, corre pela ilha de de poucas aguas, de não pequena extensão, tendo as suas origens
Marajó e desagua na bahia dos Bocas. Alguns escrevem Pra- na prov. de Chiquitos, entre as Missoens de Santo Ignacio, e da
cuuba. Conceição, que bebem das suas aguas na lat. de 17°, e correndo da
PARACUUBA. Lago do Estado do Amazonas, no mun. da S. a N., inclinando- se na sua parte inferior para o Poente, com
Capital. Em suas margens existe uma ilhota que limita pelo 60 léguas de curso, parallelo aos rios Verde e Guaporé, entra
lado de cima por um furo que communica com o rio Xiburena neste ultimo naquelle logar. Este rio se-ria muito próprio para
e pelo do baixo por outro furo que separa a dita ilhota do con- extremo das duas Nações confinantes »
tinente.
PARAGUASSU. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns.
PARADA. Ilha do Estado do Paraná, no mun. de Guara- de Goyanna e Gamelleira.
fcessava,
PARAGUASSÚ. Pov. do Estado da Bahia, na freg. de S.
PARADA. Lagôa do Estado do Paraná, no mun. de Gua- Thiago de Iguapé e mun. da Cachoeira, á margem esq. do rio
ratuba. NeUa origina-se o rio Parado. de seu nome. Drago S. Francisco e diocese archiepiscopal de
S. Salvador. Tem duas eschs. publs. de inst. prim., creadas
PARADA DE ITATIAIA. Ponto de parada na E. P. Cen- pelas Leis Provs. ns. 1.387 de 4 de maio de 1875 e 2.121 de 26 de
tral do Brazil, entre Campo Bello e Bôa Vista ;
inaugurado a agosto de 1880. Por occasião da visita que em 1878, o então
2 de janeiro de 1874. presidente da jjrov.. Barão Homem de Mello, fez a essa locali-
PARADA DO BARÃO. Estação da E. de F. Central do dade o Diário da Bahia publicou a seguinte noticia a respeito
Brazil, entre Ubá e Parahyba, distante 177k,750 da Capital do convento que ahi existe:— «O templo ergue-se magi^stosaraente
Federyl. á margem do rio, cujas aguas beijam-lhe a base. Na frente do-
edifício existe um grande adro que vai até o rio, com cruzeiro
PARADELL A (Serra do). Denominação hoje ignorada, mas
assentado em um grande pedestal de pedra e cal. A nave inte-
que por uma dos nomes lusitanos dados pelo infatigável
ijassa
rior, com divisões de mármore para sepulturas, segundo o antigo
baptisador João Leme do Prado a um dos contrafortes da serra de
Anlianvahy, porto do Aquidauana no Estado de Matto-Grosso. us'1, é separada do altar-mór por uma admirável e primorosa
;
gradaria de jacarandá com relevos talhados na própria ma-
PARADO. Rio do Estado do Paraná, ali', da margem esq. deira, representando figuras symbolicas. Os altares são dourados
do C ul i;i tão-m i ri m e o tecto pintado a oleo. Os dous vãos existentes além da gradaria
PARADO. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha a de jacarandá são ladrilhados a mármore, sendo as paredes reves-
freg. de Caratinga e desagua no S. Domingos. tidas de azulejo. Quer o pavimento, quer os altares, quer o tecto
quer os quadros, que ornam as paredes, acham-se muito estraga-
PARADO. Córrego do Estado de Minas Geraes, afl'. do rio dos, As janellas rasgadas sobre a nave do altar-mór derramam
S. Barlliolomeu que o é do Mozambo. pouca luz sobre elle, o que torna este vão mais escuro do que
PAB.ADO. Uio do Estado de Matto Grosso, aff. direito do devia ser. Depois de S. Ex. examinar o corpo do templo, foi á
Paranatinga, ;?80 kils. abaixo do rio Verde. E' todo lageado. sachristia, que é espaçoso, ladrilhada a mármore com o tecto
Sua barra é de 110 metros, tendo duas ilhas por delta. Acima forrado e pintado e as jiaredes corbertas de azulejo. Chamou
delia, uns 20 kils., começam os paredões da serra, em que o especialmente a attenção de S. Ex. um lavatório de mármore que
Paranatinga corre apertado e estreito como um ribeiro. alli existe, que ê uma obra realmente notável pela sua perfeição,
e que denuncia o gosto artístico de quem a fez. O lavatório é um'
PARADOR. Cachoeira no mun. de S. João da Bôa Visla,
monolitlio de mármore branco, do qual foram abertos com admirá-
no Estado de S. Paulo. Va^ para o rio Jaguary.
vel perícia em alto relevo, dous delfins. O dorso, as escamas,
a
PARADOURO. Bairro do mun'. de Santa Izabel e Estado posição estão perfeitamente representadas. Dir-se-hia que vivem,
de S. Haulo, que respiram aquelles animaes: tal é o poder da arte O artista !
PAR — 53 — PAR

íransmittiu rida ág phantaslas de sua imaginação, ás obras de Tamanduá e Almecega no Parag^iassú acha-se a dos Funis a
íeu escopro. As caudas e as cabeças dos delfins tem accresci- mais perigosa até João Amaro. Meia légua abaixo de Alme-
mos mytliologicos, segundo os estylos da arte romana. Estão cega, que não é mais do que um violento rápido, está a dos
também abertas no lavatório a corôa portugueza entre as cabeças Macacos. Duas e meia mais adeante se encontra a do Morro
dos delfins, e as armas da Ordem entre as caudas. Nos claros dos dos Veados e a do Maroto. No fim destas léguas está a dos
relevos fez o artista encrustações de mosaico. E' pena que a obra Tamburis. Tres léguas adeante está o logar chamado Pom-
fique em logar escuro São muito estreitas as fendas abertas para
. bas e outras tres abaixo o chamado Azul, com tres grandes ca-
darem-lbe luz. Em seguida subimos ao còro, que está estraga- choeiras : Pombas, Caixão e Toma-varas, das quaes a segunda,
dissimo. Ameaçam ruinas o assoalho e o tecto. No còro existem depois da dos Funis, é a peior de todas. Duas e meia léguas
assentos de jacarandá, e as grades que dão sobre a nave são feitas abaixo do rápido Toma-varas, está a villa de João Amaro,
da mesma madeira O madeiramento do tecto dos dormitórios estação da E. de F. Central, e entre ella e a fazenda Sacco
está em bom estado Visitamos o salão chamado do
. mar que — — do Rio (cinco léguas), ha mais a serie dos seguintes rápidos e
dá sobre o rio, o qual constitue a parte do ediflcio que se avança cachoeiras :Cajazeiras, Porto Alegre, Roncador, Almas, Poço
sobre as aguas, que vem —
quebrar sobre os alicerces. Na face do Café, Volta e tres léguas mais adeante o Poço Raso. Final-
opposta existe o salão de terra. Em
uma grande lousa no corpo mente, em distancia de oito léguas acima da cidade da Ca-
da egreja, junto quasi ao altar-mór ha o seguinte dístico: choeira, acha-se a cachoeira do Timborá, a maior das deste
rio. Mas adeante acha-se a cachoeira das Bananeiras, onde o
Sepultura de D. Brites da Rocha Pitta, rio corre escondido debaixo de um lagedo. Quatro a cinco le-
flilia do coronel Sebastião da Rocha Pitta
uas abaixo deste ponto é que o Paraguassú recebe á esq. o
e mulher do provedor e proprietário d'álíandega
d'BSta cidade
acuhype, primeiro aff. de importância, que acceita depois de,
coronel Domingo da Costa e Almeida, quarenta e tantas léguas acima, ter sido engrossado pelo Una.
a nistrador dos morgados de Jacaracanga Em todo este longo trajecto vem-lhe riachos mais ou menos
e Nossa Senhora do Desterro. longos, que temporariamente trazem agua. O próprio Jacuhype,
Monumento de seu filho Rodrigo da Costa e Almeida, apezar de ser longo, pois vem da serra do Moi-ro do Chapéo e
tambeiii provedor e proprietário da mesma alfandega
recebe uma porção de aflls. soífre do mesmo mal corta nos
:
e 1." intendente da marinha
MDCCLXXVJII verões fortes. Dahi em deante torna-se o leito do Paraguassú
mais eg al e tranquillo e o rio segue seu curso, banhando as
PARAGUASSÚ. Fortaleza desarmada do Estado da Bahia, cidade da Cachoeira e S. Felix, onde é subjugado pela grande
á margem dir. do rio Paraguassú. «O forte de Santa Cruz ponte da E. de F., e donde começa a navegação do seu curso
ãe Paraguassú, de forma pentagonal, com sele canhões, acha-se inferior. Pouco abaixo da cidade de S. Felix vem-lhe á dir.
em completa ruina tinha por tim defender a passagem para
;
o Capivary, de breve curso, e o Sinunga, também insignificante.
as cidades de Maragogipe, Cachoeira e Iguapé (Dr. F. de Dentre a Ponta do Souza e Engenho da Ponta para baixo alar-
Souza). » ga-s3 extraordinariamente, formando um verdadeiro lago, onde
lhe affluem de um lado o rio Iguapé á esq., vindo do chamado
PARAGUASSÚ, Serra do Estado do Ceará, nos limites do
Valle do Iguapé, productivo e salubre districto assucareiro, e
dist. da Concéição de Baturité.
o rio de Maragogipe ou Guahy á dir. No meio deste lago
PARAGUASSÚ. Rio do Estado da Bahia, nasce na fralda está a ilha dos Francezes, atpaz da qual o rio torna a estrei-
Occidental do morro do Ouro, na serra do Cocai, com o nome tar-se e segue para SE. Até á sua foz recebe mais adeante o
de Paraguassusinho, denominação que conserva até á, pov. do rio Batatan e outros de menor importância, lançando-se final-
Commercio de Fóra, em uma distancia de 18 léguas. Ahi re- mente na bahia de Todos os Santos, entre a ponta da Barra ô
cebe elle o Alpargata, rio que se forma de diversos outros a costa de Bom Jesus dos Pobres, ilefronte das ilhas dos Fra-
como o ribeirão de S. Domingos, etc, vindos da serra do Ga- des, Medo e Itaparica. No Relat. apresentado a 29 de maio
gáo, e que, depois de um curso de cinco léguas, recebe as de 1861 pelo bacharel Francisco da Cunha Galvão, 1" tenente
aguas do Catinga Grande, rio de cinco léguas de curso, sa- da armada, lê-se o seguinte a respeito desse rio : « O Para-
bido da serra do Sincorá. Duas léguas abaixo desta juncção, guassú, a partir da cachoeira do Bichinho, que deve ser o limite de
lança-se o Alpargata no Paraguassú. Deste ponto a mais sua navegação, tem até receber o rio Una, dahi a 10 ou 12 léguas.
duas léguas recebe o rio principal, o Negro, vindo egualmente ôôi^jOOO ou 791^,200 rio abaixo, a largara média de 26 braças e
da serra do Sincorá com seis léguas de curso. Mais seis lé- uma profundidade variável ao ultimo ponto, a saber : de tres e
guas adeante recebe o rio Preto, outro filho dos brejos da dita mais braças a tres e menos palmos. Esta ultima acha-se logo ao
serra do Sincoi'á, com quatro léguas de curso. Ainda mais entrar no 'araguassú, sahindo do Santo Antonio n'uma extensão
adeante recebe o Sumidouro, vindo dos campos fronteiros á de 50 braças ; mas ella pôde ser augmentada com menos de um
serra do Gagáo, na altura da fonte de S. João. Em seguida conto de réis, de maneira a dar navegação livre a barcas, e com
affluem ao Paraguassú os rios Mocugê e Combucas, vindos da tres a quatro contos a vapor. Meia légua, 3'',30) abaixo, encon-
serra da Chapadinha, ramificação da do Sincorá, correm paral- tra-se a cachoeira de Santa Clara, de pequena extensão e quéda,
lelamente durante seis léguas, unem-se então, e o rio que assim mas que não obstante obriga as canoas a descan-egarem para
se fórma; faz ainda um curso de uma meia légua mais e se passal-a. Póde-se desviar delia o rio por uma nascente de agua,
lança no Paraguassú. Engrossado por esta fórma por todas que existe ao seu lado esq., começando pouco acima da cachoeira,
estas aguas, passa o Paraguassusinho a atravessar uma cadeia e indo desaguar logo abaixo por um canal de duas a quatro braças
de serras, cias quaes umas se abatem e outras se submergem de largura, e de 12 a seis palmos de fundo, com mais de 100
para fazeí-o rebentar em borbotões depois de um curso subter- braças de extensão com as voltas ; tendo-se só a fazer um córte
râneo de uma légua, no logar denominado Passagem do An- no barranco i^ara communicação com o rio acima da cachoeira,
darahy, onde dispede-se das regiões montanhosas, para, sob o de 19 braças de comprimento e 22 palmos de máxima altura, e com
nome então de Paraguassú passar a banhar extensas e desertas cinco ou 10 braças de largura, conforme for para barcas ou va-
mattas agrícolas. Ahi nesta Passagem do Andarahy vem-lhe pores ; e limpar e augmentar o canal existente, o que com cinco
p Piabas, rio de quatro léguas de curso, com suas fontes na ou oito contos se consegue, para um ou outro caso. Dahi até a
serra da Chapadinha, pouco distante das do Mocugê e Com- barra do rio de Una enconlra-se 11 logares baixos, de tres a
tucas, no qual, no logar chamado Cousa Boa, desagua o rio quatro palmos de fundo, 50 a 100 braças de extensão, e leito de
Chique-Chique, vindo da serra do Emparedado. Pouco abaixo cascalho e pedra solta, que podem ser aprofundados com 10 contos
da confluência do Piabas, recebe o Paraguassii o rio Cajueiro, de réis para navegação de barcos e com trinta i^ara a de vapoi-es.
Tindo com duas léguas de curso das proximidades e a E da . Desta barra em diante o rio toma a largura média de 35 braças,
ppv. de Chique-Chique. No logar denominado Santa Rosa continuando sua profunidade a ser variável em extremo dahi até ;

recebe o grande rio Santo Antonio. Depois da confluência deste, o Tamanduá se encontram 10 baixos de bastante correnteza,
entra o Paraguassú em uma região de cachoeiras e rápidos tomando alguns quasi o caracter de cachoeira, de 3') a 150 braças
das quaes é a primeira a de Santa Clara, logo meia légua de extensão, tres a cinco palmos de fundo, e com leito de casca-
abaixo. Qiiíitorze ou quinze léguas abaixo acham-se os rápidos lho e pedras s dtas; os quaes podem ser removidos com vinte contos
e a cachoeiía do Tamanduá, tomando o rio até aqui a direcção de réis jiara a navegação de barcos, e com cincoenla pai-a a de
ae O. a E. com uma pequena inclinação para o N.. Mas vapores. No Tamanduá o rio apresenta, na extensão de meia lé-
antes desta cachoeira, dez léguas abaixo da foz do Santo Anto- gua, 3^,300, uma serie de cachoeiras terríveis por sua violência,
nio e no logar chamado Morro das Araras, recebe o Paraguassú quéda e disposição do leito, que é todo de pedra, conjuntamente
o Una, seu ultimo aff, nesta ultura. Entre as cachoeiras do com as margens na máxima extensão ; elle alii não é susceptível dè
PAR - 54 — PAR

melhoramento, cfne não seja liral-o iior outra parte porquanto,


; 3 a 4 palmos, e largo de mais 50 braças em uma extensão de
não só c cxti-aor.linaria a dillerença <le nivel das aguas, como mais de 300 mas é fácil aprofundal-o por cansa do leito ser de
;

que apresenta seu leito, eé o cascalho póde-se despender, quando muito, um conto de réis.
também insuperáveis os oljstaculos ;

que entretanto, se ))óile fa/er sem grande diíficuldade passa a ;


A menos de uma légua, 6'', 60), abaixo acha-se a corrida do Tam-
bori, de algumas luO braças de comprimento, e de bastante
pouco mais de meia légua. 3'',300. do principio destas cachoeiras
risco a navegação, por causa das pedras que tem pelo meio do
para o centro e na margem es i- em grande esgotadouro de aguas
pluviaes, i(ue. vindo de muitas léguas acima, vai despejar, com um
canal, na extensão de 4 braças e na força da correnteza ella ;

feito rjua^ii plano e horisontal, acima da cachoeira das Capivaras,


pôde ser melhorada para a navegação de bs^rcos com 3 contos de
a 2 1,2 léguas, 16, ''SOO abaixo da ultima daquellas este esgota-
;
réis ;
porém para vapores deve-se abrir um canal á margem esq.,
dourí) p Sde ser communicado com o rio acima das cachoeiras, por que pôde imijortar em 10 contos de réis. O rio ahi espraia-se
um cirle de terras de menos de uma legiia Gi',60Jde extensão e de muito, formando diíTerentes braços, todos de muito pouca agua,e
15 a 20 palmos de máxima ali ura acima do nivel do rio alargando ;
atravessados de grandes lagedos Segue-se logo adiante uju baixio
.

e aproCunilando este esgotadouro, Ijem como sua communicaç. ão


de pedras, que dá passagem diflicil ás canòas, em razío da
com'o rio, lem-se um óptimo canal para bartos ou va]:ores con- pouca profundidade na extensão de uma braça, o qual pôde ser
forme se quizer sendo preciso no ])rimeiro caso 600: OODS (seis-
;
removido com do is contos de réis para barcos e com 15 para va-
centi^s contos de réis) e no segundo 100:000*1 (cem contos de réis).
pores. Dalii a 1/4 de légua, l'',ô50, encontra-se um outro com
Este canal livra, além disto, da cachoeira dos Macacos, que fica mais de 300 braças de extensão, formando corridas em diversos
pontos, que diflicultam bastante a navegação elle pôde ser re-
a pouco mais de 1/2 légua S^^SM das outras e é de descarrego, ;

como dizejii os canoeiros, isto c, que é lu-eciso descarregar para movido com 4 contos de réis para barcos p'orém jmra vapores
;

passal-a. Na cachoeira das Cojiivaras o rio fórma differentes convém abrir canal por uma das margens, o que pôde íazer-.se
braços dos quaes, só um dá jjessima passagem fóra das enchentes ;
com 15 contos de réis. Meia légua, 3'',300, abaixo, na fazen la
não é, entretanto, elle o que offerece mais facilidade para ser me- da Palma, encontram-se. em seguida uma da outra, duas corri-
lhorado de modo a dar nevegação franca a barcos ou mesmo a das de 100 a 150 braças de extensão, as quaes podem ser remo-
vapores é. sim. o primeiro que entra á dir., defronte da embo-
:
vidas com 4 contDB de réis para barcos convindo para vapores
;

cadura do eígoiadoiuM. e vai desug^ia abaixo da cachoeira, o


- abrir canal i)or uma das margens, o que se pôde fazer com 20
qual, a não s^r a lulla de calculo im de curiosidade dos canoeiros, contos de réis. Ainda 1/2 légua, 3% 300, abaixo acha-se um
seria o do transito geral ; iiorquanto é mais trabalhoso descar- baixio de pedras de muito pouca agua, que pode ser canáTIisado
regar as canòas e carregar as cargas ás costas para cima da para barcos com dous contos de réis quanto á navegarão a va-
;

cachoeirc", como fáZHm constantemente, do que fazer o melho- por, é difBcil saber-se dahi até perto de João Amaro o que convém
ramento de qu'' pri-cisa este braço para dar passagem sem ser mais, se servir-se do leito do rio, ou de canaes exteriores s a ;
i

necessário desc;;rregar. Elle pôde ser posto em estado de dar na- experiência, depois de começada a obra, o poderá indicar pelo ;

vegação livre a barcos com um conto de réis, e a va; ores com que deixo de fallar na qualidade do melhoramento, estimando
10:000.? a 1.5:000$ (dez a quinze contos de réis). .-V jiouco menos de somente a despeza afim de chegar a um resultado final para :

uma légua 6", 60'), desta cachoeira, existe um encachoeirado, deno- este baixio serão necessários 10 contos de réis. Dahi até á cor-
minado Riacho dos Bois. cuj(js obstáculos á navegarão são grandes rida das Pombas, l/2 1egaa, 3'', 300, adiante, existem 5 baisios,
pedras dispersas iie'o rio, que aliás tem a prfundidade de oito e que podem,s3r i-emovidos, conjuntamente coni esta corrida, com
mais puliiins elles jiodem ser removidgs para barcos com \im a
; 10 contos de réis para barcos, e com 25 para vapores. A i/4 de
dous contos de réis, e para vapores c jUI oito a 10 contos de réis. légua, l's'550, delia se acha a cachoeira dos Caixões, de grande
A pouco mais de uma légua, 6'',6j0, abaixo está a cachoeira da perigo á navegação ; e logo abaixo a do Tomavaras, de pouco
Sambahiba, cujo leito é todo de pedra massifa, passando a? aguas menor ambas insusceptíveis de qualquer melhoramento em
:

com grande velucidade em seu meio, jior um canal de duas a tres seus leitos não só pela gran '.e diíieren;a de nivel das aguas, como
braças de largura, de perto de iUO de comj)rimento e bastante pro- pela conformação delles ; mas offerecendo á sua margem dir.
fundo, não s" sabe de quanta, pela grande velocidade, que não uma grande baixada, onde se pôde abrir um canal, que vá livrar
permitle alcr.nçar o fundo esta cachoeira não é susceptível de
; logo de duas corridas que lhes estão em seguida, o qual pôde ser
melhoi amentT em seu leit), nem mesmo para pequenas embarca- feito com 25 contos de réis para barcos, e c uu 40 para vapores.
ções exist;'. jiorém, á sua margem esq. uma grande baixada por
; Da ultima destas corridas até Jo.ío Amaro, 2 léguas, 13's200,
onde se pôde tirar facilmente um canal pois que o terreno não
: o rio apresenta uma serie pouco interrompida de baixos e cor-
indica conter grandes pedras, parecendo ser o leito da cachoeira ridas, que po lem ser removidos com 20 contos de réis para
o remate de u.n morro de pedras existente á sua margem dir. ; harcis e com 50 para vapores, ora utilisando o mesmo rio, ora
com a despeza de 15:000$, (quinze contos de réis), para a navega- abrindo canaes por fóra. Além dos obstáculos apresentados,
ção de barco?, c de 30 i)ara vapores, notando-se que elle livra existe mais, para a navegação a vapor, a pouca profundidade do
logo da Corrida do? Vead' s. que Uca immediatamente abaixo, e é rio na maior parte do seu cursa ; mas este inconveniente é fácil
de mais de 100 braças de extensão, de leito também de pedra";, ten- de remediar, attendendo que, a não ser nas cachoeiras, corridas
do-as além dist) de grande volume, es])alhadas por todo elle. Meia e baixos apresentados, seu fundo é geralmente de cascalho ou
légua, 3'',300, abaixo o rio aj)resenta diíferentes braço.í, todos in- pedras sidtas, o que facilmente se remove póde-se orçar em 50
;

transi Ui veis pela? muitas pedras, á excepção de um. que bem podia contos de réis a despeza precisa para este mister. Deixei de
levar lambem este nome, por onde passam difiicilmente as apresentar muitos legares em que o rio se divide em diffcrentes
canòas na extensão de 150 braças, pouco mais ou menos é ; braços, por julgar desnecessária a descripção superficial que
a corrida do Maroto. Seu leito offerece ahi muita diíficuldade a acabo de fazer. Sommando as diíferentes parcellas das despezas
ser melhorado de modo a dar uma navegação franca, quer a precisas á navegação, obtem-se 214:000$ (duzentos e quatorze
barcos quer a vai)ores ; é mais conveniente abrir um canal em contos de réis) para a navegação de barcos, e 578:0005 (qui-
qualquer de suas margens, ao que ambas se prestam bem o que ; nhentos e setenta e oito contos), para a de vapores. Deus guarde
pode ser feito com 10 ou 20: 000.| (dez ou vinte contos de réis),
para um ou outr(j caso. Depois desta corrida na extensão de 3

a V. Ex. Bahia, 29 de maio de 1861. Illm. e Exm. Sr. Con-
selheiro Antonio da Costa Pinto, presidente da provinda. Ba-
léguas. lOiíjSOO, enc(mtra-se 5 jiequenos baixos, que podem ser charel Franoisao da Cunha Gixlvào, 1" tenente da armada.
removidos ara a navegação de barcos com 2 a 3:000$ (dous a tres
j Tendo o presidente da Bahia contractado o engenheiro La-
contos de réis), e para a de va))ores com 10 a 12 ; logo depois dislau de Videki para" fazer a exploração do rio Paraguassú,
uma corrida, que o jióde ser com 4 a 6 para o primeiro caso, .e apresentou este a 1 de fevereiro o seguinte Relat « D«- :

com 15 a 20 jiara o segundo em seguida uma outra mais consi-


; pois da demora necessária em S, Felix para contractar guias
derável, jiorém mais fácil de ser removida, pôde o ser com dous e mandar apromp'ar os animaes, etc, a commissão seguiu seii
contos lie réis para barcos, e com 10 a 12 para vapores deven- ; destino á villa dos Lençoes, pela estrada denominada do Para-
do-se, de iireferencia para este ultimo caso, abrir canal em qual- guassú, e lá chegou no dia 20 do referido mez de outubro.
quer das margens, para o que ambas olferecem focilidade íV uma . Cumpre aqui declarar que a commissão não foi embarcada,
légua, 6*^,600 dahi encontra-se a corrida do Riacho da Tapera, porque, sendo mais fácil a subida a cavallo, S. Ei. verbalmente
com 2)0 braças dc extensão, incluindo algumas 100 de partes do autorisou-a a deixar para a volta a viagem em canôa. Também
rio morto, que tem pelo meio ella póile ser removida com duus a
; importa dizer que a commissão preferiu a estrada do Paraguassá
tres contos de réis para a navegação de barcos, com o Bimjjles á do Orobó, ainda que mais curta, porque esta não margeia o
quebramento de algumas |)edras, mas para vapores é mais con- rio, no entretanto que aquella, a partir da fazenda do Sitio
veniente abrir um canal á margem es [. ciue pode importar em 10
, Novo, 23 léguas 181'',830, distante de S. Felix, vai na extensão
contos de réie. Ifim seguida a esta corrida o rio torna se raso de de 37 léguas 244''.3')0, próxima a elle. Ambas o atraveasani, .a
PAR — 55 — PAR

primeira na passagem do Bichinho, uma legua, 6'\600, distante berou retirar-se para o que despachou um projírio com oi-dem
;

da pi'v do Andarahy, a segunda 22 léguas 145'', 2U0, acima de


. de fazer voltar os animaes já então na Muritiba. Logo que
S. Felix. E, pois, seguindo com vagar a referida estrada, a elles chegaram a commissão poz-se a caminho em direitura á
commissãs teve occasião de fazer algumas observações em diíTe- cachoeira da Timb '>ra, a maior do Paraguassú, 8 léguas, .o^i^jSOO
rentes logares, especialmente nas corridas do Roncador, Caixão, acima de S. Feli.', e depois de tel-a examinado seguiu j.ara
Veados e Funis, onde demorou-se mais tempo, e na cachoeira esta capital, onde chegou soffrendo das febres do Paraguassú,
da Passagem do Bichinlio. Pox-ém estas observações não foram Eis pois, Bxm. Sr., a descripção fiel da viagem feita por esta
completas, porque o rio por esse tempo já tinha subido quatro a commissão, restando agora relatar o resultado dos seus exames.
cinco palmos, O'", 83 a 1">,I0 acima do seu estado normal. Logo O Paraguassú tem sua nascença a 42" 5' de Lon. de Greenwich
depois da chegada da commissão aos Lençóes, quando ella estava e 13" 9' de Lat. meridional corre sempre desde a serra da Cha-
;

quasi ))rompta para descer embarcada, o tempo tornou-se de pada entre 12o 30' e 13° O' de Lat. meridional, conservando-se
tal modo chuvoso, que ninguém duvidou haver se entrado na em geral, na direcção de O. a E. e percorrendo com muita si-
estação das grandes trovoadas e enchentes, dvirante as quaes o nuosidade baixas de grande extensão, que formam o seu — ter-
Paraguassú ae expraia extraordinariamente e as margens riban- reno de inundação : porém isto só até perto da cachoeira da
ceiras, e grandes rochedos existentes no seu leito ficam inteira- Timbóra, a partir de onde elle corre num terreno muito aci-
mente debaixo d'agua, o que torna inabordáveis os obstáculos dentado até a sua embocadura na baliia de Todos os Santos.
contra a navegação então o abaixo assignado, considerando
; No seu longo curso elle recebe, uma legua, 6'',600 abaixo do
que, sobre muito perigosa, de pouca utilidade seria, com seme- Andarahy, o rio Santo Antonio engrossado com as aguas do
lhantes circumstancias. a continuação da exploração, resolveu S. José, Roncador e mais riachos que correm da serra da Cha-
oiíiciar ao Governo participando tudo isto, e pedindo autorisação pada e lhe ficam á esq. (ao N.) ; 10 léguas, 66'% abaixo da
afim de a deiíar para o tempo opportuno, que é de junho até barra de Sinto Antonio, recebe da sua margem dir. o rio Una,
outubro e que nesses comenos, lhe desse, na fôrma do art. 8"
; e dahi até á cidade da Cachoeira, além do rio Jacuipe, muitos
do coiítracto, outro trabalho ahi mesmo ou em qualquer riachos, que pela maior parte só correm no tempo das chuvas.
parte da prov. Durante o tempo que a commissão alli esteve Este rio tem dous grandes saltos que dividem o seu leito em
aguardando a respota, foi algumas vezes examiaar diflerentes tres partes distinctas e de alturas diíferentes, a saber: a pri-
pont(_;s do rio Santo Antonio, um dos mais importantes afls. do meira, de sua nascença atê o logar denominado Passagem do Bi-
Paragirassú. No dia 27 de novembi'o recebeu a commissão a de- chinho, onde elle atravessa a serra da Chapada, que forma o
sejada resposta, datada de 20 do mesmo mez, dizendo que, seu primeiro salto conhecido pelo nome de Cachoeira do Bichi-
convindo que á commissão fizesse um juizo acerca do volume nho a segunda, dahi até a Timbóra, cuja cachoeira fórma o
;

das aguas no tempo da enchente do rio, devia proceder a essas segundo salto ; emflm a terceira parte, da Timbóra até a sua
indagações. A' vista do que, deu as providencias necessárias foz no mar. Da primeira parte ou leito superior a commissão
para que a commissão sem demora descesse embarcada ; e nada dirá, visto não a ter examinado, julgando a exploração a
mandou voltar os animaes que tinha levado. Deixando a villa desta parte do rio fora do contracto e mesmo porque a Cachoeira
dos Lençóes no dia 4 de dezembro, veio a commissão embarcar-se do Bichinho é muito irregular e ofíérece tamanhas difBculdades
no rio S. José, onde se lhe une o Roncador, duas léguas, 13'S200 que, para franqueal-a será preciso fazer desp zas fóra de rela-
distante dos Lençóes, e pouco acima do logar em que faz barra ção com as vantagens da navegação por ella. Quanto, porém, ao
no Santo Antonio e desceu este rio cerca de seis léguas, 39",600,
: leito immediat.) ou do meio, isto è, a partir da Passagem do Bi-
até a sua embocadufa no Paraguassú, que a commissão encontrou chinho até a Timbóra, é formado em geral de pedi-a e cascalho,
lio estado acima descripto, istoé, tjastante cheio
;
apezar disso, ella bastante largo e profundo, porém interrompido por muit is cor-
continuou no mesmo dia a sua viagem, e felizmente sem grandes ridas, que são geralmente formadas pelos cumes de innumeros
pei*igos até perto do Tamanduá ;
forém a partir dahi, veio a rochedos de granito de porphyro, basalto, que atravessam não
commissão lutando sempre, e cada vez a mais, com perig'os e só o rio em toda a sua largura, como taniljem todo o terreno de
difticuldades. Nos logares em que o rio fornia poço e onde nada inundação, onde elevam-se acima da flôr da terra ás vezes 10
ha a observar sinão sua profundidade, era Ijrando o correr das palmos, 2n^,2. As principaes destas corridas são : a corrida de
aguas porém nos logares de obstáculos, onde é preciso fazer-se
;
Santa Clara, meia legua, 3's300 abaixo da barra de Santo An-
um exame minucioso, as aguas corriam com tamanha velocidade tonio; a do Tamanduá a 14 ou 15 léguas, 92'',400 ou 99 kils. ;
e irnpelliam por tal fôrma a -canoa, que a commissão pôde de Santa Claru, meia legua 3'<,300 abaixo as dos Funis e Al-
;

apenas lançar rápidos olhares. Emflm, nas [«quenas cachoeiras raecega outra meia legua, 3'S300 abaixo desta, a dos Macacos;
:

e grandes coi-ridas a commissão outra cousa não pôde fazer 2 14 léguas, 15's500, depois a das Capivaras : entre esta e a dos
sinão desembarcar em uma das margens e mandar passar a Tamboris (9 léguas) .59'', 400, a do morro dos Veados e á do Ma-
canòa, ás mais das vezes vazia, e puxada a corda. Importa roto : a 3 léguas, í9''',800, dos Tamboris, a das Pombas ; e dahi
também dizer que para a commissão poder descer pela margem, até João Amaro 5 léguas, 33'sOOO, ha ainda as do Caixão, To-
viu- se sempre obrigada a abrir uma picada. Navegando assim, raavaras e do Romão. De João Amaro até a fazenda do Sacco
chegou ella no dia 11 de dezembro ao legar chamado Porto do Rio 5 léguas, 33'SOOO, as das Cajazeiras, do Porto Alegre,
Alegre, 3 léguas IQi^.SOOKcontadas por terra) abaixo dapov. de do Roncador, das Almas, do Poço do Café e da Volta, emflm,
João -Amaro, onde a canòa, no passar uma corrida, virou-se, e dahi a 3 léguas, 19'', 800, a do Poço Raso. Deste logar até a
ficou atravessada no rio entre grandes pedras mais de 24 horas. cachoeira da Timbóra a' commissão não examinou o rio, pelas
Depois de reposta a nado com o soccorro de 16 homens, que razões supra mencionadas porém, pelas informações que obte-
;

tiveram de lutar com as maiores dificuldades, a commissão, ve, não ha duvida que nesta extensão existem obstáculos idên-
•sem demora, seguiu seu caminho. No logar chamado Roncador ticos, senão maiores. Além destas corridas, ha pedaços de
a canôa de novo virou-se e desta vez com alguns objectos, e grande extensão, pouco fundos e cheios de pedras soldas. O
com todos os canoeiros, um dos quaes quasi morre afogado. carater geral de quasi todas estas corridas é que nos rochedos
Na tarde do mesmo dia, em um logar cliamado Poço Raso, que as formam ha um canal estreito, irregular e ás mais das
27 léguas, 178's200, acima de S. Felix, milagrosamente escaparam vezes raso, por onde a niór parte das aguas nos tempos seccos
de ser afogados o engenheiro Trajano da Silva Rego e dous correm com muita velocidade, nao tendo mais de 3 a 4 palmos
canoeiros, que, aos grandes esforços que faziam para impedira de altura acima do fundo, como afflrmam as pessoas que nave-
canôa de ser levada pela grande correnteza do rio, se despedaça ss*6 garam em 1860 e antes desta época, e que fòra deste canal o
em uma cachoeira cuja existência ignorava-s?, caliiram no rio. rochedo é muito irregular e apresenta grandes niassas de pe-
Ahi só a Providencia os podia salvar, como aconteceu, fazendo dras cobertas de arbustos que entre ellas vegetam. Muitas
que a canôa já á mercê das ondas fosse detida por uma arvore destas corridas teem uma pequena inclinação. No logar de cor-
cahida e atravessada no rio. Depois de muitos esforços para rida o rio se espraia e divide em muitos braços quando ha en-
sahir desta posição perigosa, conseguiu-se encalhar a canôa em chente. Em todo o comprimento desta segunda parte do rio,
um grande lageado, sobre o qual passou a commi,ssão a noite, e as suas margens estão cobertas de niatto fechado, que se deljru-
só no dia seguinte poude ella atravessar 5 braças, li™, que a ça sobre o seu leito ;e como quasi em toda a extensão delle
separavam da terra firme, e como não havia possibilidade de até a Timbóra, ellas são ];ouco elevadas e muito sujeitas ás
ir com a canôa, quer jiara cima, quer para baixo do logar em inundações. A cachoeira da Timbóra que, co)no so disse, demora
que ella estava, antes do rio ficar no seu estado normal, e tendo S léguas, 52'',800 acima de S. Felix, está situada entre dous
além disso, se perdido muitos objectos necessários á continua- pequenos morros e apresenta tres saltos por ondq o rio so
ção da viagem por agua, mais ainda declarando os canoeiros precipita, primeiro quasi perpendicularmente numa espécie de
não quererem continuar a expôr suas vidas, a commissão deli- caldeirão e depois num poço de perto de 150"° de comprimento;
,

PAR — 56 — PAR

ella tem de altura, entre os nWeis da superfície d'agua, no seu ferencia para construcção daquella obra. Si será vantajoso ou
começo c fim perto de 25™. Emfim, além desta cachoeira, que não rebaixar-se esta cachoeira, só depois de feita a planta e
èo maior obstáculo á navegação do Paraguassíi consta que existe nivelamento delia, e de se ter calculado o volume das aguas
na 3* p:.rlo do rio, isto é no l''ito inferior, uma outra cachoeira nos diflferentes estados do rio, é que se poderá com exacção
cnaniada das l^ananeiras, onde quasi todo o rio corre escondido dizer. Já se vê, pois, que as obras necessárias para a nave-
emkiixo diirn ^-xvnde lagedo. Mas, não tendo a commissão visto gabilidade deste rio são em grande numero, e numa exten-
esta parte do rio, como já declarou, não pôde dar informações são de perto 70 léguas, 462'', 000, as quaes obras consistem,
sobro ella. Como o Paraguassú não jiassa pelos Lençnes, e como na maioria, em quebrar pedras duras, cuja terça parte está
o contracto trata da navegação até ahi, loreoiso se torna dar debaixo d'agua. Além
dos trabalhos ácima mencionados, será
tajnbem uma breve exiilicação sobri; o rio Santo Antonio, que preciso queimar o mattoem ambas as margens do rio, e,
passa uma legua C^iôDO, a leste daquella villa, pelo logar cha- si fòr possível, todo em
o terreno de inundação porque esta
;

mado Tombador. liste rio, abaixo do Tombador, espraia-se matto não só é a causa das emanações pestíferas, como tam-
extraordinariamente, formando o que chamam — marimbú — bém impede nas enchentes o livre esgoto das aguas e muito
em largura variável, a qual ás vezes chega a mais de uma lé- contribuo para as continuas mudanças do leito do rio, accres-
gua, t5i',t5JJ. Nestes logares as aguas coi-rem entre caniços. Do cendo que, debruçando-se sobre elle, impede, em muiti s lo-
Jogar denominado Remanso, longe dos Lençóes tres léguas, gares, a navegação, e deixa cahir neíle folhas e ramos seccos.
19'',S00, para. baiso, este i-io canaliza-se naturalmente, e tem Finalmente, se deverá rectiíicar as embocadu!'as dos maiores
de oito a 10 palmos, 1^,76 a 2™, 20 de profundidade ; seu fundo confluentes, por estarem ellas em muito máu estado. Apezar da
é de lama, e sua direcção de N. a S.; cerca de duas léguas, faltarem á commissão os dados necessários para fazer um
13'', 200, iiljaixo do Remanso, o Santo Antonio recebe na mar- orçamento approximado das despezas, ella está convencida de
gem dir. o rio S. José, hoje inteiramente obstruído pelas areias que as obras para tornar-se este rio navegável se-.ão dispen-
da mineração. Este rio Santo Antonio sendo em muitos logares diosissimas. Quanto ao tempo para a execução delias também
estreito, e as suas margens mas cobertas de matto que as do julga que não será menos de 15 a 20 annos, não só porque não
Paragunssú, por elle não pôde navegar facilmente. Cabe agor-a se poderá principiar todas ao mesmo tempo, e sim umas depois
indicar os trabalhos necessários para tornar navegáveis estes das outras ; visto que a remoção de obstáculo em baixa pôde fa-
rios ; porém não tendo a commissão podido fazer um explora- zer apparecer novos em cima; e assim ser preciso modilicar-se o
ção comjdeta e cabal, por certo também não pôde determi- projecto mas também será mui difficil achar-se numert) suffi-
;

nal-os com precisão ; e por isso só dirá em geral de que na- ciente de trabalhadores habilitados á execução das obras, e para
tureza são elles. No Santo Antonio os trabalhos necessários irem substituindo os que forem morrendo das febres perniciosas
são simples e fáceis, consistindo na limpa das plantas que lhe deste rio ; não fallando da falta de boas communicações O es- .

fluctuão á tona d'agua, dos páus cahidos no seu leito, e do paço de 20 annos poderá parecer exaggerado porém, si se consi-
;

matto que debruça- se sobre os barrancos para dentro d'elle ;


derar que não se pôde trabalhar com vantagem senão durante
também no al;trgamento do leito em alguns logares, e final- os mezes de junho, julho, agosto, setembro e outubro, nos annoa
mente ni abertura ie alguns cannes de desvio, onde o rio faz favoráveis, como pi'ova o facto de não minerarem no Paraguassú,
muitas voltas, como da fazenda do Fertin até a sua barra, e na apezar de sua immensa riqueza em diamantes, senão nos refe-
feitura de algumas obras simples para reunir as aguas nos lo- ridos mezes, talvez se ache pequeno o dito espaço. Tudo isto
gares onde eUe se espraia e não ha profundidade sufUciente. influirá consideravelmente sobre o custo total das obras, e talvez
No Paraguassú as obras de arte necessárias são de natureza que faça dobrar o orçamento das despezas. -Ainda que não seja
muito ditlerente. Segundo o caracter da corrida ou cachoeira da incumbência desta commissão dizer quaes os meios de com-
ellas variarão ;
assim, nas corridas formadas por um simples municação que para o sei'tão desta província deve-sa preferir,
lagêdo e pedras soltas, que não imterrompem a cahida geral do comtudo ella julga conveniente fazer aqui algumas considerações
rio, se deverão abrir canaes bastante largos e profundos, que- a este respeito. Que a navegação fluvial é o meio de communi-
-

brando os lagêdos, 6 rem)ver-se as pedras soltas, que naa cação o mais natural e simples, e por isso tem sido, e deve ser
cheias oíferecem obstáculos á livre corrida das aguas, para muitas vezes preferido a outros ; ainda quando, para estabe-
que não inutilisem o canal até certo ponto com a irregulari- lecel-a se tenha de fazer alguns sacrifícios com a remoção doa
dade da correnteza. Nas corridas que interrompem a cahida obstáculos ; não ha duvida, porém, que se o numero e grandeza
do rio, e nas pequenas cachoeiras, aléjn da aberttira de canaes, delles chegar a tamanha altura que o capital necessário a seme-
será preciso fazex'-se obras auxiliares, como, por exemplo, es- lhante empreza exceda as vantagens que possam resultar, não
porões, barragens, canaes secundários, etc. etc. para estreitar se deverá dar preferencia a ella. Ora, como o rio Paraguassú,
o rio, mudar a direcção das aguas, diminuir a força delias, que quasi em toda sua extensão atravessa terrenos sem cultura
fechar tos braços, etc, e, comquanto todas estas obras, só offerece muitos e grandes obstáculos, e como diminuto seja em
depois de um exploração minuciosa, sejam feitas no tempo da relação a estes obstáculos o gráo de pop., industria e com-
secca, e orçadas as despezas ; comtudo, desde já a commissão mercio dos logares que lhe flcam pn-iimos, para os quaes não ha
pôde asseverar que a abertura dos canaes no leito do rio será boas communicações é certo que o capital necessário para a
;
sempre mais fácil que em qualquer de suas margens ; visto sua canalisação nao deixará de exceder ás vantagens que delia
como os rochedos atravessão não só o leito do rio, como tam- possam resultar portanto, é provável que nenhuma companhia
bém todo o seu terreno de inundação, onde, além de grande ;

nacional ou estrangeira queira tomar a si esta empreza sem


eicavacão, seria preciso quebrar-se uma maior quantidade de garantia de juros do capital, o que seria um grande sacrifício
pedra ; pois que nas margens os rochedos se apresentam em para o paiz porque nos 30 primeiros annos é mais que pro-
;
massai mais compactas e elevadas ; em segundo logar, pôde vável que ella não dê o menor lucro. Se o governo emprehen-
asseverar que as obras auxiliares offerecerão muitas diííioul- desse essa obra, ainda maior seria o sacrifício
dades; i>orqu6 a configuração dos logares que delias precisão é assim, poi3,
;
outro deverá ser o meio de communicação preferido, mesmo
tal, que só ein um ou em outro se contará ponto de apoio ou base
porque, para a canalisação deste rio; saráo precisos tantos anno3
segura ))ara levantal-as. O único canal de desvio que parece pue, talvez, durante elles, o centro da provincia torne a passar
se podprri, abrir com vantagem é um canal que, partindo das por outras crises como a de 1860 fmalra -nte, porque o paiz não
;
Ararinhas, ácima do Tamamluá, vem até abaixo da corrida está preparado para obras tão gigantescas, e njm delias por ora
das Capivaras ; porque, existindo entre estes dous pontos muitos precisa. Quanto a uma estrada de ferro, p6de-se dizer que,
obstáculos, e entre elles uma das corridas mais perigosas e visto o terreno offerecer também muit 'S obstáculos, as mesmas
bambem a mais custosa de ser melhorada, ob Funis, assim se considerações feitas a respeito da navegação em relação ao ca-
a evitaria acrescendo além disto que se encurtaria o cami-
; pital e ao tempo necessário para sua execução terão aqui
nho (lerto de duas léguas, 13K200 ; mas a possibilidade da igual
cabimento a única vantagem que sobre ella tem é que a
;
e
abertura deste oanal não está provada, para isto precisos companhia que a quer emprehender não exige garantia de
seriam a planta e o nivelamento do logar. O rio nesta pa- juros do capital, nem grandes sacrifícios do paiz, cujas necessi-
ragem tem um terreno de inundação muito estreito, e a dades, seja dito; reclamam antes a baratíza do transporte, do
abertura do canal só será possível atraz dos morros que que grande velocidade. Uma estrada de rodagem 6 certamente
ficam á margem esq. e aproveitando -se dos riachos ahi exis- um bom meio de communicação porém a sua construcção e
tentes. Para franquear a cachoeira da Timbóra só existe ;

um conservação também serão bastante dispendiosas o pouco em


meio — faz«r-se composta (écluces locks)
: qualquer outra relação com os
actuaes recursos da provincia, acci-escendo,
obra de arte ahi será difTicilima e muito mais despendiosa além disso, ainda não existirem os bons meios de transporte
no entanto que a forma desta cachoeií-a se presta de pre-; para estradas desta ordem, isto é, os carros, pelo que as des-

34.531
PAR — 57 — PAR
pezas de transporte serão avultadake. Assim, na opinião desta Peru, como já o haviam feito Aleixo e Antonio Raposo. Este
commissão, uma boa estrada para ti'opa, com todas as pontes, com uma bandeira de 60 brancos e outros tantos indios, maià
pousos e aguadas necessárias, será o meio mais conveniente e precavido ou mais feliz que Aleixo, atravessou em 1546 os
apriipriado ao estado actual da província, não só porque a sua ser-
tões de S. Paulo ao Paraguay, subiu o rio, penetrou no
construcção não levará mais de cinco annos, mas também occidente
destruiu reducções hespanholas no Guaporé, passou ás terras dò
porque grande parte de uma das picadas que boje s?rvem de Perú, transpoz os Andes, e pela margem occidental da America
estrada pôde ser api-oveitada, e assim diminuídas as desp^^zas remontou até perto da linha equinoxial, onde pelo Amazonas
que, por um calculo approximado, não podem exceder a voltou ao Brazil. Em 1558 subiu Nuflo de Chaves pelo Jaurú indo
500:000§0í)0. Considerando ainda mais que o transporte sobre fundar Santa Cruz de la Sierra. Em 1580 Ruy Dias de Melgarejo
anímaes ê usado desde muito tempo, e que a mesma estrada sobe oMbotetym e funda Santiago de Xerez, no próprio sitio onde
será susceptível de ser pouco a pouco modificada para rodagem hoje se levanta Miranda. Em 1751 o capitão-general Luiz Pinto
— não ha duvida que uma estrada para tropa deve ser prefe- de Souza Coutinho tentou ligar por meio de um canal entre o
rida a qualquer outra via de communicação. Terminando, dirá Aguapehy e o Alegre, braço do Guaporé, as suas aguas ás do
a commissão que, apezar do que flca expendido, julga que, Amazonas, estabelecendo assim um curso de navegação de 3500
sem pr 'juizes das necessidades do presente, atfcento o desenvol- léguas. Fez passar uma canôa de cargas por um varadouro de
vimento futuro do paiz, se deverá proteger a qualquer com- 39á0 braças. Luiz de Albuquerque, seu successor, imitou-o, e o
panhia qu-^, com capitães particulares, e sem exigir garantia de esforçado engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra, em 1784,
jui'os. ou outros grandes sacrifltíios, queira emprehender a cana-
subindo por um ribeirão, braço do Aguapehy, achou um vara-
lisação do Paraguassu, ou a ciaistrucíão de uma estrada de douro de 2400 braças. Mas o canal ficou em projecto. Aberta a
ferro porém, visto a urgente necessidade de uma via de com-
;
navegação d'i Prata pelo tratado de 6 de abril de 1856, fran-
municação para o sertão, o que quanto antes se deve fazer é queou-se a do Paraguay até Corumbá. Quanto a nós devia ser o
uma boa estrada para tropas, tanto pela sua prompta e eco- Paraguay e não o Paraná considerado como rio principal, já por
nómica execução quanto pela utilidade que ofierecerá ao pu-
, ter as suas cabeceiras mais distantes da foz, já por ter maior
blica. Deus guarde a V. Ex Bahia, i de fevereiro de 1861.
, volume de aguas e já por ser navegável em grande extensão do
Ilbi!. e Exm. Sr. consílheiro Dr. Manoel Maria do Amaral, seu curso. (Vide Roteiro da navegação do rio Paraguay desde a
vic -presidente desta provinda. Ladislau de Videki, engenheiro foz do S. Lourenço até o Paraná por Augusto Leverger. 1847.
encarregado da exploração do rio Paraguassu. Trajano da Rev. do Inst. Hist. XXV, 1882, pag. 211. Roteiro da nave-
Silva Rego, engenheiro civil e ajudante da mesma exploração. gação do rio Paraguay desde a foz do rio Sepituba até a do rio
S. Lourenço por Augusto Leverger. 1848. Rev. do Imt. Hist.,
PARAGUAY. (Rio). Um dos mais formosos e francos rios
XXV, 1862, pag. 287. Navegação a vapor pelo Paraguay até
do mundo; vem desde o parallelo 14'' 14' S. e meridiano 12''
Cuyabá Roteiro, por Viriato Bandeira Duarte. 1856, existente no
11' 30" O. do Rio de Janeiro a entroncar-se com o Paraná aos Archivo Militar).
270 20' S. e 15° 30' O. após um curso de 2.200 kils., dos quaes
pouco mais de 100 não navegáveis, E' sua mais remota origem PARAGUAY-MIRIM. Ilha do Estado de Matto Grosso,
o ribeirão das Pedras de Amolar, ou do Amolar, nascido de cinco longa de uns 77 kils. sobre 40 na maior largura, formada pelo
lagoas no alto da serra dos Baccahyris, espigão oriental da cor- Paraguay eo seu braço Paraguay-mirim. Os portuguezes cha-
dilheira dos Parecys, em contrave/tentes com o Arinos. Outra de maram-na a^ntigamente ilha Comprida e ilha do Paraizo. Sua
suas origens, que não é a principal, é o Paraguaysinho, nascido, figura é de um triangulo rectângulo.
como o Amolar, de outras pequenas lagoas, em numero de sete,
quasi aos 14" 30' S. e 12° 48' O., lagoas de 16 a 80 metros de
PARAGUAY-MIRIM. Braço do rio Paraguay, longo de
cerca de 100 kils., começando uns 39 kils. da boca da lagôa
diâmetro, distantes 500 metros a dous kils, umas das outras,
Mandioré e indo sahir abaixo dos Montes do Albuquerque, for-
existentes no alto da serra do Pary, ou das Sete Lagoas, em um
planalto que Bossi assim descreve: « Uma extensa superíicie,
mando a ilha do mesmo nome. E' muito coberto de hydrophytos
plana e verde como um prado artilicial, domina uma grande dis-
que difiicultam sua navegação.
tancia de S. a O., rumo que toma a serra. No centi'o dessa PARAGUAYSINHO. Ribeirão do Estado de Matto Grosso .

planície que parece trabalhada no alto da montanha, e com vem das Sete Lagoas, reune-se ao Amolar e juntos formam ou
ligeira inclinação para o centro, estão as sete lagoas, quasi todas vão ao rio Paraguay.
redondas, e distantes entre si 1/4 a uma milha, no rumo de O. a
E. sua largura ou diâmetro varia
: a menor tem 15 varas,
PARAHU. Rio do Estado do R. G. do Norte, rega o mun.'
;
do Triumpho e desagua no-Assú. Nasce na serra dos Pintos.
pouco mais ou menos, e as outras pouco mais de 60. A vegetação
é mais opulenta em suas margens, comquanto pouco corpulentas PARAHYBA. Villa e mun. do Estado das Alagoas. Po;
as arvores. A palmeira verde e louçã cérca de preferencia as creada pelo Dec. n. 52 de 16 de outubro de 1890. Era o antigo
lagoas, em tal disposição, que parece terem sido plantadas pelo pov. da Capella. Demora sobre uma assentada, á margem dir.
homem, e cultivadas com arte. Cresce nessas aguas uma terva do rio Parahyba. Orago N. S. da Conceição. Comprehende os
especial, que não encontrei nos outros logares percorridos. Essas povs. Riachão, Arrasto ou Santa Iphigenia e Gamelleira. Foi
lagoas communicam-se subterraneamente, porque o terreno em o mun. installado a 30 de novembro de 1890. Tem duas eschsi
que estão é húmido e movediço, uma espécie de tremedal, onde publs.
Ea risco de atolar-se a gente e submergir-se sendo mui pro-
;

fundas as lagoas.» Da ultima destas sahe um lacrimal que pouco PARAHYBA. Parochia do Estado do Rio de Janeiro, no
ã pouco augmentando de volume e que correndo para O des- . ,
mun. de Cantagallo. Orago S. Sebastião e diocese de Nyterõi.
penha-se da sei-ra, perto do morro Vermelho, após nove kils. de Foi creada parochia dezembrod e
pela Lei Prov. n. 2.102 de 26 de
curso. Recebe o ribeirão do Quilombo ao N. e adeante entron- 1874. Segundo o Relat. do Visconde de Prados occupa essa paro-
ca-se com o Amolar, que já traz um curso de 90 kils. Segundo chia uma superficie de 188,000 kils. qs. Foi elevada á categoria
Bossi essas lagoas e as da orig^^m do Amolar são crateras de de Villa pelo Dec. n. 128 de 7 de outubro de 1890 e supprimida
vulcões antigos. Mudando de curso para O. eparaoS. recebe o pelo Dec. de 28 de maio de 1892. Tem duas escholas.
Diamantino (engrossado pelo rio d'Ouro), o Brumado e o Santa PARAHYBA, Com. creada no Estado de Minas Geraes pelo
Anna, reforçado pelo S. Francisco de Paula, todos lageados e Dec. n. 132 de 3 de julho de 1889. Compunha-se do termo de
torrentosos. Essas são as cabeceiras do Paraguay. Recebe ainda S. José d'Al6m Parahyba.
â dir. o ribeirão Pirahy ou rio Preto, os rios Gipotuba, Cabaçal,
Bugres, Jaurú, além de outros menos importantes ; e a esq. oa PARAHYJBA. Ssrrote do Estado do Ceará, no mun, de
ribeirões Salobro, da Cachoeirinha, das Anhumas, Jaucoara, Pi- Santa Quitéria.
raputangas, Roceiro, Seixas, Taquaral, Flechas, Bocayuva, Guay- PARAHYBA. Rio dos Estados de Pernambuco e Alagôas.-
nandy. Chaves, Figueira e Novo. e os i'ios S. Lourenço, Taquary, Vide Parahybj, do Meio.
Miranda, Nabileque, Branco e Apa. Antes que Gaboto em 28 de
marco de 1528 o subisse, já elle tinha sido descoberto e per- PARAHYBA DO MATTO DENTRO. Povoado do Estado
corrido annos antes por Aleixo Garcia e outi-os paulistas, truci- de Minas Geraes, no mun. de SantAnna dos Ferros. Foi paro-
dados depois ás margens do rio, já de volta do Perú, carregados chia até 1881. Nesse anno, porém, o art. 2" da Lei Prov. n. 2.848
de riquezas, parte das quaes encontrou Gaboto, pelo que deno- de 25 de outubro determinou que essa parochia passasse a
minou-o rio da Prata. Foi somente depois de 1537 que os hes- denominar-se Joannesia. Tem duas eschs. pubs. de inslr. pri-
panhóes começaram a percorrel-o em busca de caminho para o maria.
DIC. GEOG. 8
PAU — 58 — PAR

PARAHYBA DO MEIO. Rio que nasce em Pernambuco, conhecido o de serrado Bonga, divide as aguas do Piranhas'
atravessa <> testado das Alagoas de O. a L., pi.ssa poi- pntre a das do Jaguaribe. Aqui o Parahyba readquire grande largm-a.^
serra dos Dous Irmãos, hatilia ^'icto^ia, Viçosa, Atalaia e outras não inferior a cincoenta léguas, a partir da villa da Princeza
povoações e após um curso avaliado em 189 kjlometros divide-se em direcção ao município do Catolé do Roclia. Os limites com
em dons Ijraços, que vão desaguar na lagòa Manguaba, 3 kils. o Rio Grande do Norte não são naturaes, são convencionaes a
ao S. do Pilar, li' obstruído i>or algumas caclioeiri\s, sendo na- om geral incertf^s e confusos. Os dous Estados geogi-aphíca-
vegável até T'Tra Nova, 9 kils. dc sua Ibz. Segundo uns, nasce mente formam uma mesma região, aos quaes são communs di--
na com. d" Garanhuns. no legar Riacho Sacco i2 a 18 kils. da versos rios e serras. No tempo de colónia, as duas capita.nlas
«rigoíu do iMuiidahú segundo outros nasce na fazenda S. João
;
dividiam-se por uma linha traçada em rumo quasi recto de E. a-
de beus. cerca de U kils. ao N. da villa do Bom Conselho. Desta 0., do littoral ao mais remoto sertão pertencia então á Para-
;

villa nos informam receljer o Paraliyba os afls. seguintes Agua


: hyba toda a ribeira do Seridó, território de quatro muns.
Branca, Amargoso, Arahary, Aterro. Baixada Lama, Baixa do Acary. Jardim, Caicó e Serra Negra; mas, tendo sido desli-
Urubu. Bálsamo. Barra Nova, Belisário, Boqueirão, Brejo Grande, gada esta importante parte do território parahybano para ser
Caborg-, Cafuiidij, Canto Escuro, Capim Grosso, Cassiano, Clii- incorporada á província, hoje Estado, visinho, a linha divisória
queiro, Conlas, Coruja. Encantados, Farias, Folha Larg-a, Pos- a partir do mun. de Cuité ao de Catolé do Rocha fórma grande
seiro, Frecheiras, Fundo do Surrão. Gamelleira, Garrincha, curva por inclinar-se para SO., concori-endo assim para a
Gitó. Go andy. Gravatd-assú, Grota do Olho d'Agua, Grota grande estreiteza que temo territoiúo parahybano. O Dr. Can-
Funda, Guaribas, Jandiroba, Japecanga, Ladeira Cavada, Lage, didb Mendes de Almeida diz : «As províncias que com esta
Lagoinha. Lava-jics, Macambira, Macuca, Mãe Luzia, Marcel- confinam são pelo N. a do Rio Grande do Norte pelo rio-
linã. Meio, Md. Mendes, Mulungú, Morcego, Moquem, Olho Guajii, pov. dos Marcos e serra de Luiz Gomes ;
pelo S. a de
d'Agua. Ollin dWgiia d'Anta, Olho d'Agua do Rancho, Ortiga, Pernambuco na foz do rio Capiberibe-merim ou de Goyana, e-
Pacheco, l'ai-Chiéo, Páo-Grande. Papacaciiiha, Pedra, Pedra serra dos Carirys Velhos ;
pelo O. a do Ceará pelas serras do
,

de Fugo, Pires, Quandii, Tigre, Secco, Riacho Grande, Rosilho, Araripe, Pajahii ou Piedade, que separam as aguas dos rios
Stmhem, Tamanduá, Taquary, Tatú, Trapiá, Tres Voltas e Piranhas e Salgado; ficando o Oceano a E. A sua posição
Veado Magro. Recebe do lado de Alagoas o Quebrangulo, Pa- astronómica é a seguinte: lat. austral entre 6'> 15' e 7° 50'^'
rangaba, os riachos Cruz de Almas, Gravata, Taquara, Cavaco long. oriental entra 5° 5' e 8" 25'. De N, a S. conta esta
Cruzes, Cassamba. Gamelleira, Poço Grande, Parahybinha, Ca- província 30 léguas na sua maior extensão desde a serra do
rangueijo, Riackão e Lunga. Cuité, nos limites da do Rio Grande do Norte, ás vertentes da .

serrados Carirys Velhos na' divisa com a de Pernambuco ; e


PARAHYBA DO NORTE. Estado do Brazil. Limites— O Es- de E. a O. 70 léguas desde o cabo Branco até á fronteira do
tado (lo l'arahyba occtipa a parte mais oriental deste continente, Ceará, nas nascentes do rio Piranhas; tendo de costa 28 a 3ft
send.p o cabo Branco a sua ponta mais saliente. O seu littoral é de léguas, da foz do rio Guajú á do Capiberibe-mirim, no pontal
30 léguas, pouco mais ou menos, desde a foz do i'io Goyana 8;té á de Guajirú. O território desta província fazia parte da an-
do Guajú. Eslendendo-se de E. a O. pelo interior das terras até tiga capitania de Itamaracá de que foi donatário Pedro Lopes da
110 léguas, onde lin:ita-se com o Ceará ; o Parahyba em todo o Souza, que não pôde colonisal-a. Era habitado por diversas
seu comprimento confronta com Pernambuco ao sul e com o Rio tribus de indígenas : ao S. do rio Parahyba pelos Cahetés e Ta-
Orande ao norte. As eslensas linhas de divisão com estes dous bajaras, e ao N. pelo? Potyguaras, cujos domínios se estendiam
iiltimos EsladdS vão até ao meio mais ou meãos rectas ; mais ahi até o rio Jaguaribe. A conquista e povoamento desta província,
formam duas grandes curvas, de modo que o Parahyba tem con- começou em 1582, sendo Diogo Flores, encarregado pelo Governo
figuração muito diversa da que lhe dão o senador Candido da Bailia, quem veiu desempenhar tal commissão, estabele-
Mendes de Almeida e o barão Homem de Mello nos seus mappas cendo-s3 na ilha Cambòa Seu successor Fructuoso Barbosa
geographicos como também ontros que se têm occupado do as-
; transferiu o novo estabelecimento para o porto do Cabedtllo, e
sumido, entre os quaes dous parahybanns. Os limites com Per- em 1585 lançou os fiindamenlos da actual cidade do Parahyba do
nambuco, partindo da foz do rio Goyana, afastam-se logo do Norte sob o nome de PhilippÓLi, do noníe do monarcha reinante-
curso desse rio, procurando a villa parahybana do Espirito Philippe II. Como Pernambuco, fez parte da conquista hol-
Santo e a cidade pernambucana de Itambé, uma só povoação ou landeza, acompanhando sua fortuna. Em 1G81 desligou-a da
localidade, difTerantes apenas em ncme e na categoria admini- Bahia o governo da metrópole, conservando-se assim até 1'55,.
strativa, c séde de duas comarcas, uma em cada um dos Esta- em que foi reunida e subordinada á capitania de Pernambuco^
(los a que pertence. Em seguida serve de linha divisória a es- com o propósito de favorecer-se á Coinpanhia de Commercio que
trada, até á pov. de Serrinha, tres léguas adiante, também se creára em Portugal para essas duas províncias. A Carta Regia
pertsnce aos dous listados, e onde principia a cordilheiía, que, de 17 de janeiro de 1779, cuja integra não conhecemos, separou-a-
em direcção ao centi'n, vai sempre limitando-os. Esta serra, de Pernambuco, e como governo independente conservou-se até'
que vai elevando--!' A proporção que interna-se, sempre teve á época de nossa regeneração politica [Catalago dos Governado--
nos mappas mai.-: r.utigos os nomes de Imburanas e Carirys, res e Presidentes da prooincia da Parahyba do Norte, orga-
mas vulgarmente é conhecida por outros nomes, dados ás di- nisado e annotado por PVederico Carneiro de Campos). Não
versas secções em que o povo a divide. Nesta linha divisória ha um documento ou lei fixando os limites da antiga capitania,. ,

encontram-se succossivaraeute a pov. de Pirauá, a villa de Xa- tudo é vago e incerto tanto pelo lado de Pernambuco, como pelo
tuba e a pov. de Matta-Virgem, communs aos dous Estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, è já tivemos disso prova no
liniitrophfis. Deste ultimo ponto continuam os limites sempre precedente artigo. Os conflictos com a província do Rio
do K. a O. pela dita serra, até os confins da comarca de Caba- Grande do Norte renovaram-se em 18ô0. Em 1861 ainda ses
ceiras, quando de repente tomam o rumo de SO. e logo o de S., tentou a demarcação, ou aviventação de rumos, por que parece
sendo formados pela serrania conhecida pelos nomes de Moças, que em algum tempo houve senão completa demarcação, assenta-
Jacarará e Jabit.acá, divisória das aguas do rio Parahyba das do mento de marcos, pois ha na costa um logar com essa designação.
Capibaribe, Mosní^j e Pajfdui. De novo mudam os limites de Porém nada sj fez dahi em diante, e recomeçou a costumada
rumo_ : s guindo por algtnn espaço o de O., tomam o de NO. indiílerença e abandono por estas cousas, como é sabido, e de
até ás proximidades da villa parahybana de Teixeira, consti- que nos dão provas os seguintes artigos que extrahimos dos Rela-
tuindo todo o triangulo que acabamos de delinear, o território
da comarca de .Magòa do Monteiro, que se acha assim encra-
tórios da presidência de 1861 e de 1862 « Limites.
: — Por aviso
de 29 da maio fui autorísado a nomear um engenheiro para ve-
vado no Estado de Pernaml)uco. E' onde o Estado do Para- rificar os pontos contestados nos limites desta província com os
hyba adquire maior largura, cerca de 56 léguas, largura que da do Rio Grande do Norte. O digno presidente dalli, em officio
fica 'logo rodu/.ida a menos de metade, na altura da villa do de 18 de junho, communicou-me a nomeação que havia feito do
Teixeira, em direcção ás de Patos e de Santa Luzia do Sabugy. eng.=nheiro civil Ernesto Augusto Amorim do Valle, em cumpri-
.A serra continua dividindo as aguas do rio Parahyba e depois mento ao disposto no dito aviso. Providenciei no mesmo sen-
as do Estúnliaras ou Pinharas c Piancó, Iribs. do Piranhas das tido, e espero pelo resultado dos exames para leval-o ao conheci-
rio Pajehú, ali do S. Francisco, passado a linha divisória, mento do Governo Imperial (Relatório da presidência de 1861)».
quo toma li>go o rumo SO., perto da villa da Princeza, distante
cinco léguas pouco mais ou menos da cidade pernambucana de
o. Questão de limites. —A incerteza dos limites entre esta provín-
cia e a do Rio Grande do Norte permanece no mesmo
Tri\iuipho, outrora l'aixa-A'erile. pé; ne--
Os limites com o Estado do nhuma alteração houve. No meu relatório anterior clisse-vos
Ceará .são formados também por uma serra, contraforta da do tinha designado o capitão do corpo de engenheiros, que existia
Ar.'iri|io, a q«pl com diversos nomes, entre os quaes é mais nesta província ara verificar a exactidão dos verdadeiros limi—
1
PAR — 59 — PAR

.ies, o que não pôde ter logar, por haver sido mandado recolher a Este Estado comprehende a maior ))arte das 30 lejuas da porção
^ôrts aquelle official, que foi igMialmente exonerado da commissão septentrional da capitania de Pero Lopes de Souza, e que sob o
que estava empregado, o que me foi communicado por aviso nome de capitania de Itamaracá se estendia desde o rio que cerca
.do Ministério cia Guerra de 25 de setembro do anno passado, e a ilha de Itamaracá, ao qual rio, diz a carta de doação, eu ora
.publicado na ordem do dia do quartel-general sob ní 284. O puz nome de Santa Cruz até a bahia da Traição
, 1581 i)or. Em ,

substituto que se me apresentou em data de 1 de dezembro do ordem do governador geral Lourenço da Veiga, lançou João Ta-
,.anno passado ainda não pôde ir proceder a semelhante trabalho. vares os fundamentos de uma pov. na ilha Cambôa, no rio Pa-
15' para lastimar que não s^-ja resolvida a questão pendente rahyba, a qiial suppõe-se tivesse sido destruída pelos armadores
acercados limites desta com a província de Pernambuco, na francezes. No governo de Luiz de Brito e Almeida, o rico pro-
Villa de Pedras de Fogo. Tive occasião de verificar pessoalmente prietário de Pernambuco, Fructuoso Barbosa, empenhara-se em
que os limites actuaes não são os de outr'ora pois a opinião de
;
colonisar a Parahyba, mas foi infeliz. Só em 1,58-1, Manoel
.quasi o geral dos moradores daq lella villa é que a pov. desse Telles Barreto, aproveitando a esquadra do general hespanhol
nome pertence toda a esta província, por se achar adilicada em Diogo Flores Valdez, que acabava de entrar na Bahia, ordenou
terreno da mesma (iíefetorío da praidancia de 1862)y>. As a esse general que fosse tentar a conquista do Parahyba, em-
questões com Pernambuco não se limitam tão somente á villa de quanto de Pernambuco, D.Pliilippe de Moura e Fructuoso Bar-
Pedras de Fogo, mas á parochia da Taquara na costa, de que bosa seguiam por terra para coadjuval-o. Valdez, apenas clie-
por ora conserva a Parahyba posse, mantida por Avisos n. 262 gado, mandou levantar a menos de ura kil. do sitio de Gabe-
de 26 e 30 de setembro de 1859.. Éis o que diz o aviso de 26 de dello, na margem esq. do rio Parahyba, um forte, a que deu o
setembro do Ministério da Justiça : Illrao. eExmo. Sr. Em — nome de S. Philippe e, deixando nelle Francisco Caslejon,
;

resposta ao officio de 29 de outubro do anno passado, que essa pre- seguiu para a Europa. Não foi sem grandes d ifficuldades que
sidência transmittio ao Ministério, ora a meu cargo, represen- os colonisadores lograram firmar-se nesse ponto, pois tiveram^
.tandoque o vigário da freg. da Taquara, situada nos limites conti'a si as aggressões dos selvagens e de duas náos francezas.
dessa província com a de Pernambuco, se escusara de reconhe- « Seguindo os destinos ou a fortuna de Pernambuco, o Para-
cer a jurisdicção civil dessa presidência, pelo facto de receber a hyba foi conquistado pelos liollandezes, fraternisou com elle na
sua côngrua na thesouraria de Pernambuco tínho de signifi-
; guerra heróica começada em 1645, e soffreu como cimi])lice nas
car a V. Ex. que S. M. o Imperador, a cuja presenfa levei o convulsões politicas de 1817 e 1824, não sendo, mas simulando-se
dito officio, houve por bem decidir que, pertencendo a referida alheio á de 1818 ' •» Em
1634 foi creado capitania independente ;
freg. ao território do Parahyba, nadajustifica a esc-isa do pa- em 1755 de novo subordinado á de Pernambuco, da qual se
roçho, o qual de ora em diante deverá ser pago pela respectiva emancipou pela carta régia de 17 de janeiro de 179Í. seudo con-
Ihesouraria, e não pela de Pernambuco, neste sentido expesso templado, em 1822, no numero das províncias do Império.
nesta data aviso ao Ministério da Fazenda; cumprindo que Aspecto —
O solo é em extremo accidentado, aflirmando Ayres
V. Ex. assim o communique ao mencionado p.arocho, para sua de Casal que em mais de dous terços sá se encontram catingas
iatelligencia e execução. Deus guarde a V. Ex. —
João Lns- e charnecas imprestáveis para a agricultura sendo certo que

;

tosa da Cunha Par*,naguá. Sr. presidente da província da ahi o terreno é em demasia secco e de deficiente irrigação na-
Parahyba. » Entretanto o território dessa freg. vai além da tural presta-se, iiorém. bastante á criação de gado, porque
:

marg^'m dir. do rio Abiahy, limite reconhecido por diversos abunda extraordinariamente a macamljira, herva que o alimenta
autores como o desta província com Pernambuco. O conflicto e que, por ser muito aquosa, poupa-llie a sede ; a terceira
•de 1858, resolvido pelos dous .Ivisos dos Ministérios da Justiça e parte é de zonas e de porções de sólo forte, substancioso e fer-
da Fazenda, foi provocado pelo respectivo vigário, que de ha tilissimo, coberto de extensas e ricas florestas, principalmente
jmuito tempo se considerava na jurisdicção de Pernambuco, em nas mais altas serras e nas visinhanças de alguns rios. Clima
jcuja thesom-aria recebia a competente côngrua, e lá se lhe pa- — Quente e secco, sua visado pela viração do mar. O inverno é
.gava pelo mesmo fundameuto {Relatório da presidência desta de março a julho. jVs chuvas são fre;iuentes. Maurício Favre
província de 1S58). No nos=o mappa tomamos a fronteira que dá como média do inverno 23" e do ve.ão 27°. Não ha molés-
designam os citados avisos, já por causa dessa decisão, já ])elo tias endémicas, a não serem as febres paludosas que apparecem
uti p :ssidetis desta provinda, qtie existe desde longo tempo no interior, depois que seccam as aguas do inverno. A prov. <'.

-£omo attesta Pizarro na nota lÓ ao cap. 2 do tomo 8°, artigo — da Parahyba, como a sua vis nha, é saudável, diz o Dr. Martins
Fernambiico, qvie copiamos : « Constava Itamaracá de cinco Costa. As febres endemo-epidemicas de origem palustre reinam
fregs. que eram as mencionadas de N. S
,
.da Conceição, a de em certas localidades situadas á margem dos rios. As febi-es
Tijucupapo de Goyana, do Desterro de Itambé, e a da T&quara,, biliosas, adysentería, casos de insolação e congestões hemor-
a qual sendo aliás incluída no território de Itamaracá, foi com- rhoidarias são frequentes durante o verão as suppressões de
;

tudo separada para a do Parahijba, por chegar ahi a .sua juris- transpiração, inflammações, catarrhos, hydropisias a frigore,as
dic-ão da cornai ca mas substituiu-lhe a pai'ocliia de N.S da Boa
: affecções agudas do apparelho respiratório e o rheumaiismo se
Viagem do Pasmado (que era capella filial), erecta pela Resolu- notam na estação chuvosa. A syphílis é bastante espalhada na
ção de consulta de 1821». E em outro logar da mesma nota : prov. e a morphéa rara. X vaiuola e o sai^ampão se cem por
« Seu termo ("o rfe Cr02/a?!a^ abrange Ioda a província de Itama- vezes desenvolvido solj o caracter erpidemico, O beri-beri fez em
racá, á fxoepQão do território da Taquara unido antecedente- 1879 muitas victimas entre os retirantes. A
febre amarella,
mente á villa de Alhandra na provinda da Parahyba.» Mas que se manifestou primeiro na capital em 185'), tem
o mesmo Pizarro no citado cap. 2 art. Parahyba do Norte, reapparecido periodicamente. O cholei-a-morbus as'altou-a
explica a causa dessa annexação da parochia da Taquara a esta duas vezes e de modo terrível a primeira
: vez, de 1856
província, visto como, segundo o referido autor, é o Abiahy o a 1858. causando mortandade calcidada em 25.390 óbitos. Na
limite de Pernambuco. « No território desta villa, diz Pizarro, segunda vez, em 1862, a epidemia foi talvez mais extensiva,
Teferindo-se á Alhandra, está comprehendida a freg. de N. S. mas sem duvida menos intensa». —
Orograi)hia. A principal
da Penha, sit:ada na Taquara, ao SE., cujo território, desmem- cordilheira que atravessa o Estado é a da Borl)orema com
brado do termo da villa de Goyana, se adjudicou ao de Alhandra, diversos contrafortes e ramificações. Divide o Estado em duas
jpelo que pertence ao Judicial, ficando ao governador e capitão- partes e dá origem a numerosos rios, muitos dos quaes vão ler
general de Peimambuco a juiúsdicção militar, por ser o districto ao Parahyba. Para O. encontram-se serras destacadas, entre
dos limites da provinda.* O asserto de Pizarro é confirmado as quaes a do Cajueiro, do Bouga, do Formigueiro, do Com-
por Fernandes Gama no tomo 1° de suas Memorias á pag. 61, missario, de Santa' Catharina e diversas outras. Para o S. a dos
onde diz : « O seu termo (referindo-se ao de Goyana) abrange Carirys Velhos, limite desse listado com o de Pernambuco.
íis fregs. de Goyana, Itambé, parte da supprimida freg. do Pas- Além destas nota-se a das Espinharas, que separa-se da Bor-
mado, á margem esq. do riacho Ubú, parte da de Tijucupapo borema pouco abaixo do Imbuzeiro e, correndo ao rumo de O.,
&o norte de Carne de Vacca, e perto da de Taquara, encravada vai morrer em frente de Patos com 72 kils. de extensão, for-
nesta província, que tem. estado sujeita ao município ãc Alhan- mando um angulo agudo pelo lado do S. e obtuso pelo lado do
dra, da província da Parahyba.» Entretanto fácil era traçar N., a da Raiz, a do Cascavel, a da xVrarima, a da Carneira,
o limite desta província com a de Pernambuco, tanto em Pedras Negra, Almas, Conceição. Jatobá, Jabre, Matinoré ou Branca,
de Fogo, como na costa, por meio de uma demarcação i-egular.E Angico, Jacarará, Acahy, Juá, Costella, Barriguda, Pará, Es-
outro tanto se devera fazer com a fronteira do Rio Grande do
Norte,- ficando para esta província a povoação dos Marco.i, que,
segundo Vital de Oliveira, demora á margem direita do rio
^Guajii ». Superfície : 74.731 kils. qs. Notic a histórica . ' Dr. J. M. Macedo. Cliorogr. do Bra>!il.
; ,

PAR — 60 PAR

Carnoyó, Pinliára, Cuité, Bodopitá, Caxexa, guagem usual do Estado, diz o Dr. Alvaro^Lopes Machado
curinlia, Caturité,
Mogiquy Teixeiras
o —
Potamograpliia Dentre os rios princi-
.
(conferencia feita no Instituto Polytechnico Brazileiro em 20 de
.

junho de 1894), baseada ella, sem duvida na diversidade da


paes que regam seu território, destacam-se : O Parahyba do
flora e no aspecto do terreno, considera-se o território para-
Korte, que nasce na serra de Jabitacá, na com. do Monteiro,
hybano dividido nas seguintes faixas littoral, catinga, brejo e
com ò nome de rio do Meio, por correr entre dous de egual :

sertão notando-se que esta ultima tem também as subdivisões


força : o da Serra á dir. e o Sucuriú á esq. Depois de banhar ;

«Tilla de Monteiro, recebe, perto da pov. de SanfAnna do de : curimataús, carirys e alto Sertão, segimdo a diversidade do
Congo, esses dous i-ios, e dahi em deante, é conhecido vulgar- aspecto physico e mesmo em virtude de incidentes históricos.
mente pelo seu verdadeiro nome. Banha depois a pov. de Ca- Todas estas zonas dispõem de recursos, em escala ascendente,
raúbas, passa a uma légua de distancia da villa de Cabaceiras, e dos sertões ao littoral, contra os rigores de uma secca. Si pela
quatro léguas mais abaixo, corta a serra de Carnoyó, na pov. escassez das aguas e desapparecimento do pasto 1;em,_ por ex-
do Boqueirão. Em seguida banha successivamente as seguintes empla, o gado impossibilidade de permanecer na região serta-
villas e povs.: Bodocongó, Natuba, Guapaba, Dous Riachos, neja, procurará as catingas, e em ultimo recurso, os brejos,
Salgado. Guarita, Itabayana, Pilar, Itaipú, Espirito Santo, semjjre muitos abundantes e fartos ; é preciso notar que tem o
Santa Rita, Pai-ahyba (capital) e Cabedello. em sua foz. O seu território da Parahyba 75.000 kils. quadrados, sendo, portanto,
curso é de cerca de 80 léguas, e até á distancia de 20 de sua maior que o Rio Grande do Norte, Alagòas, Sergipe, Espirito
embocadura no oceano, atravessa terrenos pedregosos e áridos, Santo e Rio de Janeiro, e tendo uma população de 500.000
com forte declive para o mar. Correndo muito approximado aos almas, occupa o nono logar entre os Estados da União. Na
limites com l'ernambuco, a ponto de, na freg. de Natuba, em falta de homogeneidade de seu vasto território é que pôde estar
alguns logaVes, banhar o pé da serra que divide os dous Estados, a sua resistência aos horrores de uma eecca.» Os principaes
n"otem o rio Parahyba pela margem dir. nenhum aff. impor- productos agrícolas do Estado são o algodão, a canna de assu-
;

tante, a não ser o rio da Serra, já perto de suas cabeceira,s. car e os cereaes notando-se que já se cultiva em larga escala o
;

Mencionaremos, entretanto, sempre, o riacho Santo Antonio, café: que o coqueiro é também cultivado em toda extensão de
na com. de Cabaceiras, o Natuba e Guapaba perennes. na com. suas 30 léguas de costa, assim como o fumo em muitos pontos
de Natuba ; o Una, perto da pov. de Itaipú o Tibiry e o Sa-
;
do interior. A' excepção do café, que é cultivado nos brejos, e
nhauá que banha a capital. O seu mais poderoso trib. pela do coqueiro, que o é no littoral, todos os demais productos,
niargemesq.. é » Taperoá que, vindo da serra do Teixeira, acima referidos, são obtidos em abundância variável em todo o
passa pela pov. do Desterro e villa do Batalhão, e, depois de território do Estado. A região sertaneja é feracissima na pro-
receber o -Mucuitú, o Matinoré, o Santa Rosa e outros menores, ducção do algodão e dos cereaes milho, arroz, feijão, prin-
:

banha as villas de S. João do Cariry e Cabaceiras, reunindo-se cipalmente na época das chuvas. Quanto á cultura da oanna é
com o arahyba, uma légua abaixo desta villa, depois de um
I
proverbial a força das va.rzeas parahybanas neste particular ; e
curso de mais de 30 léguas. Depois, seguem-se pela mesnia nos diz a hi>toria que o príncipe Mauricio de Nasseau insti-
margem o Bodocongó. o Parahybinba, o Cayuararé e o Ingá, tuirá como brazões da antiga capitania três pães de assucar
todos quatro com as líascentes na com da Campina Grande, o
. para signilicar este facto e excellencia dos assucares obtidos ;
Gurinhem e o Gargaú, perto de sua foz. Recebe ainda o Pedra são taes várzeas tão vigorosas que ha 300 annos, seguramente,
Lavrada e o Jacaré. Sua barra dá entrada a embarcações até são exploradas neste sentido e, entretanto, ainda hoje pro,
14 pés de calado, em todas as marés, e isto até o pov. do duzem cannas com 10 e mais folhas de uma única plantação-
Cabedello ; deste para a cidade do Parahyba, porém, só podem São em avultado numero os engenhos de fabrico de assucar l
suliir navios de egual calado, nas marés cheias, por causa dos rapaduras havendo muitos movidos a vapor e dispondo de
;

dous seccos que se encontram, um logo acima do Cabe- alambiques para o preparo da aguardente. Todo o agri-
dello, próximo á coroa do Marisco, outro acima da ilha de Sao cultor em geral planta algodão no Estado do Parahyba e o
Miguel. O Mamanguape nasce na serra Borborema, no logar qualificativo de —
lavoura do pobre —
por que é lá conhecidao
denominado Alagòa Salgada, pertencente á com. da Campina significa a extensão do seu plantio e ,a fertilidade do sólo em,
Grande banlia os muns. de Campina Grande, Alagòa Nova,
;
produzil-o. São em grande numero as maohinas de descaroçal-o
Alagôa Grande, Guarabira e Mamanguape, e desagua no oceano. que existem no Estado, onde é rudimentar a industria da tece-
Recebe o Araçagy, Molungú, Camoropim, Itauna, Itaparica, lagem, embora fabrique-se ahi muito panno e bem trabalhadas
Pedra, Sertãosinho, Urucú, Zumbi e Mundahú. Dá entrada a redes. — Industria pastoril. Constitua ella uma das principaes
barcaças até o porto do Salema. O Camaratuba nasce na serra fontes de receita para o Estado, e é pena que os criadores não
da Uaiz e desagua no oceano 16 kils ao N. da bahia da procurem explorar convenientemente o cruzamento de raças e o
Traição. Dá entrada a barcaças até á distancia de seis kils. fabrico do queijo e da manteiga. Exporta o Estado grande quan-
Recebe o Imbiribeira. O Curimataú nasce na com. da Campina tidade de couros. São os sertanejos muito laboriosos e activos
Grande, ]iassa uma légua ari-edado da pov. de Poçinhos, duas e isto constitue um bom symptoma para o desenvolvimento e
da cidade de Bananeiras, banha a pov. de Caiçai^a, e quatro melhoramento de sua industria, que experimentará a influencia
léguas abaixo, dfixa o Estado do Parahyba e entra no Rio do progredir das demais. Seria de grande proveito e considerá-
Grande do Norte, onde banha as villas de Nova Cruz e Cuite- veis lucros uma tentativa séria sobre o melhoramento de lã dos
zeiras e a cidade de Canguaretama ;
lançando-se sete léguas carneiros, producto este de tanto valor !Felizmente, nestes
além no oceano, formando o porto denominado Cunhaú, depois últimos tempos muito se tem accentuado o desenvfdvimento da
de 'M, approximadamente, de curso. O seu leito é extrema- da iniclaúva particular, outr'ora tão abatida. Passando a tratar
mente pedregoso o atravessa terrenos muito seccos. O Mirity, dos productos naturaes que podem ser vantajosamente explo-
o Gramame, o Gurugy, o Abiahy vão para o oceano. O Guajú, rados, indicarei a mangabeira, que dá exoellente borracha e
:

que serve de divisa entre os Estados do Parahyba e do Rio é abundantíssima nos vastos taboleiros do Estado ; a palmeira
Grande do Norte, vai para o oceano. O Piranhas nasce no da carnaúba que dá cêra e presta-se a tecidos :o cajueiro, cujo
inun. de S. José. na serrania que divide o Parahylja do Ceará, fructo e resina podem ser aproveitados, fabricando-se desta
e, depois de cerca de 4') léguas de curso no território parahybano, ultima em pequena escala na capital, óptima cóla para papel
penetra no lUo Gi^ande do Korte, onde banha as cidades de o mel das abelhas, o bicho da seda e enorme varie lade de libras
Assú e Macáu, situadas quasi em sua foz. Os seus principaes de que já se fabricam cordas. Existe o ferro magnético em pro-
alTs. são pela margem esq. o Peixe, que, correndo por ex-
: fusão, lia o salitre, o alumínio, o chumbo e, segundo infor-
tensas várzeas, cobertas de carnaubaes, banha a villa de S. João mações, o carvão de pedra. E' profusa a quantidade de cal-
e a cidade do Souza, reunindo-se depois an Piranhas, entre careo havendo já muitos fornos para a sua calcinação. Tem
esta cidade e a de Pombal, com umas 20 léguas de curso e o ; aqui logar a noticia de uma industria especial e ensaiada no
dos Porcos, na com. de Catolé do Rr)cha, ribeira bem conhe- Estado a industria do fabrico do cimento. Com tal olyectivo,
:

cida pela excellencia de suas jiastagens. Pela margem dir. surgiu a Companhia Cimento Brazileiro em fevereiro de 1892,
recebe o Piancó, que nasce além da villa da Conceição, passa tendo as suas fabricas na ilha do Tiriry, situada no rio l'ara-
pelas de Misericórdia e Piancó e cidade de Pombal, em cujas hyba e a duas milhas da capital. — Pop. Segundo o recensea-
proximidades tem Ingar a sua juncção com o Piranhas, ao qual mento de 1872. tinha esse Estado 376.226 habs. — Ferro-via.
é fluperior em curso o Espinharas ou Pinharas, que no Para-
; .\ do Conde d'Eu, concedida a 15 de dezembro de 1871 e cujos
hyba banha a villa de Patos, e no Rio Cirande do Norte, a de tr.ibalhos foram inaugurados a 9 de agosto de ISSO. A 1 de
Serra Negi-a e o .Seridó, que nasce na lagòa de Quixerè. cora
; junho de 1SS4 teve logar a inauguração do ti-echo íinal,. entre
dsr seus tribs. Quintuararê, Acauan, Cupauá e .Sabugy. Cabo. — a pov. de Mulungú e a cidade de Guarabira. Com esse facto
O Branco.— Agricultura e Industria. Acompanhando a lin- ficou em trafego todo o percurso da estrada na extensão de 121
— ;

PAR — 61 — PAR

kils. 981 metros (tendo a linha do centro (Paratyba e Mulungú) annual dous contados do dia de sua installação.—
mezes,
75 kils. 500 metros, a do Pilar 24 kils. 284 metros e o ramal Art. 1 As da assembléa poderão ser prorogadas,
sessões
da Guarabira 22 kils. e 162 metros. — Instrucção. Em 1896 adiadas e convocadas extraordinariamente. —
Art. 8.° Tem
existiam no Lista lo mais de 90 eschs. puWs. de instr. prim. A competência para exercitar a attribuição do artigo antecedente
instr. sec. é dada no Lyceu, em diversas aulas estipendiadas pelo o presidente do Estado, a mesma assembléa e o presidente
Estado, e em alguns estabelecimentos particulares.— Divisão desta, no caso de convocação extraordinária. —
§ 1.° O adia-
iudiciaria. lím 1889 tinha 21 coms. — Representação federal. mento da sessão, antes de reunida a assembléa, sómente será
l)á tres senadores e cinco deputados. — Governador do Estado. decretado depois de ouvida a mesa desta, seguindo-se o seu
Dr. Alfredo da Gama e Mello. A primeira Constituição é de parecer, vencido por maioria. —
§ 2." ISÍeste caso conside-
5 de agosto de 1891- e a segunda de 30 de julho de 1892. rar-se-ha mesa da assembléa o seu pre.sidente e vice-jiresi-
Bispado. Pela bulia Ad unioersas Orbis Ecclcsias de 5 de dente, 1° e 2° secretários. —
§ 3." Installada a sessão legisla-
maio de 1892, foi creado um bispado nesse Estado. —
Capital. tiva, sómente terá logar o adiamento, si, indicado pelo presi-
Paraliyba, situada no alto e na encosta de uma collina, que dente do Estado, for approvado pela assembléa. —
§ 4. " Os adia-
se estende de norte para o sul, e como retratando-se nas mentos, prorogações e convocações extraordinárias, sómente serão
aguas da bacia formada pelo Sanhauá ao sul e o Parahyba ao realisados, quando o bem publico e utilidade do Kstado o re-
poente, as quaes, depois de reunidas, escapam-se pela face do clamarem. — § 5.» A prorogação em caso algum poderá exceder
norte e vão, íuxiliadas pelo Gargati e outras de menor impor- de 30 dias.— Art. 9.° As deliberações da assembléa serão toma-
tância, lançar-se na distanci-a de 11 milhas no oceano. E' das por maioria ab.soluta de votos dos deputados presentes,
dividida em cidade alta e baixa ou varadouro. Tem alguns salvo: 1.0 Nas sessões preparatórias paia veriiicação e reco-
edifícios notáveis, taes como: o theatfo Santa Rosa, a matriz, nhecimento de poderes. —
2.'^ Xa votação das leis não sancciona-
dedicada a N. S. das Neves, as egrejas do Rosario, das Mercês, das, quando precisa a votação de dous terços dos deputados
Mãi dos tL mens, Bom Jesus e de S. Pedro; dous quartéis, presentes.— Paragrapho único. As suas sessões serão publicas,
thesouraria; casa de mercado; palácio da presidência, etc. e secretas quando ella assim o determinar por motivo de alta
Exporta muito algodão, assucar e couros salgados. Della parte indignação social. —Art. 10. O deputado, ao tomar assento,
a E. de F. Conde d'Eu. Comprehende os subúrbios Trin- : prestará juramento formal de bem cumprires seus deveres, salvo
cheiras, Tambiá, Mandacaru e Tambahú. A 13 de abril de se pertencer á ceita que véde o juramento, caso em que tomará
1896 inaugurou-se o mercado publico no Tambiá. Cidades — compromisso nos mesmos termos do juramento. Art. 11. —
principaes. Arêa, em um dos pontos mais culminantes da O deputado é inviolável por suas palavras e votos no exercício
ramificação oriental da serra Borbirema, com importante de seu mandato. — Art. 12. O deputado, desde que for investido
lavoura de canna de assucar, calé e cereaes. Bananeiras, na do mandato, até realisar-se nova eleição, não poderá ser preso
serra da Cupaóba, uma das ramificações da Borborema.. Caja- nem processado criminalmente, sem prévia licença da assem-
seiras em terreno fértil. Campina Grande sobre a Borboiema. bléa, salvo flagrante em crime inafiançavel Neste caso, piepa-
.

Guarabira, antiga villa da Independência, ao pé da serra da rado o processo até pronuncia exclusive, será remettido á
Borborema. Mamanguape, banhada pelo rio do seu nome a assembléa para resolver sobre a procedência da accusacão, si
36 kils. do littoral, com lavoura de canna de assucar, al- o accusado não preferir ser julgado immediatamente. Art. 13. —
godão e cereaes é a antiga villa de Monte Mór. Pombal, á
; O deputado perceberá um subsidio, e ajuda de custo, fixados
margem esq. do rio Piancó. Souza, em uma vasta planície á pela assembléa, no fim de cada legislatura para a seguinte.—
margem esq. do rio do Peixe é o primeiro pov. do alto ser-
; §1.0 Não é permittida a accumulação de subsidio e outi"o
tão dista 60 kils. de Cajazeiras e 648 da capital. Itabaiana, qualquer vencimento, caso em que poderá o deputado optar.
;

á margem dir. do Parahyba. —


Villas principaes. Alagòa do — § 2.° Durante a sessão legislativa, cessa o exercido de qual-
Monteiro, na serra Borborema, com lavroura de algodão e quer emprego publico. —
Art. 14. O deputado, uma vez eleito,
criação de gado. Alagòa Grande, ao pé da serra Borborema, não pôde acceitar emprego de qualquer natureza, emanado de
20 kils. ao íO. da cidade de Arêa. Alagòa Nova, na serra nomeação do poder executivo, nem pôde acceitar eleição de
Borborema, a 18 kils. de Ai'êa e Alagôa Grande ; estes tres presidente ou vice-presidente do Estado, sob pena de perder o
muns. formam uma espécie de triangulo. Pitimbú, a 15 kils. mandato neste ultimo caso. —
Aa^t. 15, E' permittida a renuncia
ao N. de Goyanna (Pernambuco) e a 11 domar. Araruna. Caba- do mandato. —
Art. 16. O deputado, eleito na vaga de outro,
ceiras, á mai-gemdir. do rio Taperoá. Cuité, séde da com. da exercerá o mandato pelo tempo que a este faltava para com-
Borborema, na serra do seu nome, a 120 kils. de Bananeiras. pletar a legislatura. —
Art. 17. São condições de elegibilidade
Ingá, antigamente villa do Imperador, á margem do rio do seu á assembléa legislativa 1.° Ser cidadão brazileiro nato, ou na-
:

nome. Misericórdia, á esq. do rio Piancó. Piancó, á margem turalisado desde dous an*rios, pelo menos, antes da eleição ;
do rio do seu nome. Pilões. Teixeira. S, João do Carioy, á 2.° Ser maior de 21 annos 3." Ser eleitor ou alistavel ;4.o
;

margem esq. do Taperoã, em sólo pedregoso e elevado. Catolé Estar no goso de seus direitos políticos ; Art. 18. São inelegíveis;
do Rocha, á margem dir. do riacho do Gon ou Poço da Cruz, 1.0 O presidente e vice-presidente do Estado; 2." O comman-
ficando a maior parte no declive de um pequeno monte, e o dante do força publica do Estado; 3." Os magistrados, salvo os
resto na margem daquelle riacho. Bodocongó, á margem esq. aposentados, os avulsos e disponíveis 4.° Os cidadãos pronun-
;

do Parahyba. Santa Rita, na margem dir. do rio Parahyba. ciados em qualquer crime. Capitulo II. —
Das attribuiçces da
Fagundes, na fralda meridional da serra Bodopitá. Conde ou assembléa. Art. 19. —
Compete á assembléa legistativa: § 1.
Jacoca, á margem de um ribeiro do mesmo nome, trib. do Verificar e reconhecer os poderes de seus membros § 2. Eleger ;

Gramame. Pilar, á margem esq. do Parahyba. Batalhão, á a sua mesa; § 3. Nomear os empregados de sua secretaria,
margem dir. do rio Taperoã. Patos, á margem esq. do rio marcando-lhes os vencimentos e obrigações § 4." Regular a ;

Pinharas. Picuhy, á margem do rio Acauan, trib. do Seridó. sua polícia interna, promovendo as necessidades do seu serviço,
Conceição, banhada pelos rios Grande (Piancó) e Serra Vermelha. inclusive a publicação dos debates e leis; § 5.° Fazer leis sobre
Natuba. Espiíito Santo. —
Constituição do Estado. Tit. I. — todos os assumpitos de interesse do Estado, interpretal-as, sus-
— Do Estado.— Art. 1." O Parahyba do Norte, com seus an- pendel-as, revogal-as e derogal-as ; § 6. o Orçar e lixar a des-
tigos e conhecidos limites, fazendo parte integrante da Repu- peza annualmente ; § 7." Decretar os impostos necessários;
blica Federativa dos Estados Unidos do Brazil, constitue-se em § 8.° Tomar as contas da receita e despeza de cada exercício
Estado autónomo, com a denominação de Estado do Parahyba financeiro ; § 9." Regular a arrecadação e distribuição das rendas
do Norte, nos termos da Constituição Federal da União Bra- do Estado ; § 10. Legislar sobre a divida publica e estabelecer
zileira.— Art. 2.» O seu governo é o republicano, constitucional, os meios para o seu pagamento; § 11. Crear e suppiimír em-
representativo, exercitado por tres poderes independentes e har- pregos, marcar-lhes os vencimentos e (ixar-lhes as r.ttribuições
mónicos entre si: o legislativo, o executivo e o poder Judi- § 12. Autorisar o governo a celebrar com os Estados ajustes e
ciário. — Art. 3." Os tres poderes constitucionaes, de que faz convenções, sem caracter politico, submetiendo-os ã appro-
menção o art. 2", são delegações da soberania popular. Tit. II. — vação da Assembléa na sua primeira reunião § 13. Deter- ;

— Cap. I.— Do poder legislativo.— Art. 4." O poder legisla- minar os casos e regular o pi'Ocesso de desaiiroi)ríaoão porutili-.
tivo, emanado immediatamente da soberania popular, conn õe-se dade publica estadoal c municipal § 14. Autr)iisar o governo a
;

de uma as=^embléa legislativa de 30 deputados com a sancçao do contrahir emppestimos e fazer quaesquer ocitras operações de'
presidente do Estado. —
Art. 5.» As reuniões da assembléa credito que o bem do Estado exigir § 15. Estabelecei- a divisão
;

terão logar todos os annos na capital do Estado e em dia mar- administrativa e judiciaria do Estado. § 1(5. Tomar conheci-
cado pela mesma assembléa em sua primeira reunião annual. mento dos actos do governo, sendo este obrigado a fornecer os
— Art. 6.» Cada legislatura durará quatro annos, e cada sessão esclarecimentos e informações que lhe forem exigidos; â 17.
"

PAR — 6: PAR

Rcular o processo da eleição i)ara os cargos públicos electwos — Capitulo — Do presidente


1. e vice-presidente.— Art. 27. O poder
Jo "listado § lí5. Velai- pela liei observância (la
- Constituição e executivo é delegado a um presidente, como chefe do Estado.
terras e minas do dominio do Art. 28. São condições essenciaes para ser eleito presidente:
das leis S 19. Legislar sobre

1.0 Ser parahybano nato 2." Estar na posse dos direitos de ci-
20. Mudar a capital ilo Kstado quaudo a convenienia
;
Estado -"s
publica'o exigir :§ -21. Legislar sobre o serviço do correio do
dadão brazileiro 3." Ser maior de 30 annos e menor de 60.
;

Kstado; S á2." Fixar annualiuenle o effectivo da força publica, § 1." O presidente será successi vãmente substituído em seus
impedimentos temporários ou falta por um primeiro e um segundo
rculundò as condições e modo de sua organisação § 23. Au- ;

§ 24. Com- vice-presidentes, eleitos na mesma occasiao que o presidente,


torisar a acquisição e a venda dos bens do h^stado ;

pelo mesmo espaço de tempo com os mesmos requisitos § 2."


mutar e jK-rdoar as penas impostas aos 1'unccionarios por crime ;

de responsabilidade, e ao presidente do listado por crimes com- No impedimento ou falta dos vice-presidentes, será o presidente
substituído successivamente pelo presidente e vice-presidentes
muns § 25. Deci^etar as leis orgânicas para a execução com-
:

pleta "da CoJistituição § 2(3. Julgar os membros do superior


;
da assembléa e pelo do conselho municipal da capital; § 3." No
Iribuiuil de justiça nos crimes ile responsabilidade § 27. Julgar : caso de vaga do presidente, por fallecimento, renuncia ou perda
o presidente do listado nos crimes de responsabilidade e
de- do cargo, jireencherá o período governamental successivamente
cretar a sua accusaçào nos crimes communs ; § 28. Decretar, o primeiro e o segundo vice-precidentes, somente procedendo-se á
no caso de rebellião ou invasão de inimigo, a suspensão de al- nova eleição no caso de vaga aberta pelo presidente e vice-pre-
guma ou algumas das formalidades que garantem o direito^de stdentei ; § 4." O pe -iodo governamental será de quatro annos,
liberdade indivitlual dos cidadãos, em bem da seguranç i do Es- e começará no dia seguinte ao ultimo do período anterior. Ai-t. 29.
tado § 29. Legislar sobre o ensino em todos os seus gráos
;
: O presidente não poderá ser i-eeleito para o período governa-
§ :iO.' Prorogar e adiar sessões, quando o bem publico o
exigir. mental ímmediato, nem também o vice-presidente que tiver es-
§ 31. Annullar os kis, actos e decisões dos conselhos
munici- tado em exercício dentro dos doze mezes últimos do período
paes', que forem c(inlrarios aos federaes. do Estado e dos outros
governativo. § 1." O presidente deixará o exercício de suas
municípios, e que loi-em gravosos aos municipes. dada, neste fuiicções no mesmo dia em que terminar o período de seu go-
caso, a reclaniu(;ã<i destes "assignada, pelo menos, por cem mu- verno, succedendo-llie immediatamente o i-ecem-eleito § 2." Si o
:

niciiies contribuintes; § 32. Decidir os conflictos de jurisdicção recem-eleito estiver impedido ou ausente, a substituição se fará
entre os conselhos municipaes e entre estes e o poder executivo nos termos dos §§ 1" e 3o do art 28. Ari. 30. O presidente ou
do listado; § 3i. Re]iresentar ao congresso e governo federaes vice-presidente em exercício não ))oderá sahir do Estado sem
cont'a toda e quabiuer invasão no território do Estado, e bsm ]íermissdO da assembléa, e, não funccionando esta, sem licença
assim contra as leis da União e as dos outros Estados, que do superior tribunal de justiça, sob pena de ])ercler o cargo.
attentarem contida os seus direitos; § 31. Conceder subvenção, Art. 31. O exercício do cargo de presidente' é incompatível com
i.senções e garantias a quaesquer companhias ou emprezas que o de outro qualquer emprego. Art. 32. ião inelegíveis para o
tenham por lim jiromover o desenvolvimento industrial do lis- cargo de pi-esidente e vice-presidentes os parentes consanguí-
tado ; § 3õ. Garantir, por tempo limitado, aos autores e inven- neos ou affins até o 3° gráo civil do presidente ou vice-presi-
tores o direilo exclusivo sobre suas obras e invenções ; § 3j. Con- dente que se achar em exercício no momento da eleição, ou qiie
ceder licença ao i)residente do Estado: § 37. Marcar os venci- tenha deixado até 12 mezes antes. Art. 33. O presidente eleito,
mentos do presidente do Estado no \iltimo anuo de cada período por occasiào de entrar em exercício, pronunciará perante a as-
governativo g 3S. Legislar sobre organisação judiciaria e pro-
:
sembléa, sí e'ta estiver funccionando, ou, no caso contrario,
cessnul § 3.1. Li'gislar sobre hygiene publica e particular
: § -1). ;
perante o conselho municipal que se reunirá, so for preciso, em
Verilicar a legiUniídade e regularidade da eleição do Presidente sessão extraordinária, o seguinte juramento « Juro cum])rir com
:

e vice-Presideiit" do Estado §41. Legislar sobre assistência


;
lealdade os deveres inlierentes ao meu cargo, observando e fa-
jiublica. ca-as de i'a"idade e distribuição de soccorros. Capitulo — zendo observar íieliuente a Constituição e leis do Estado, salva a
Hl — I)ys leis e ie-, iluções. —
Art. 20. Os projectos de lei podem excepção da segunda parta do art. 10 da presente Constituição».
ser i) Tji)osti)S jior qualquer dos membros da assembléa. Art. 21. Art. 3t. A assembléa em sua ijrimeíra reunião marcará os ven-
Os projectos de lei soIVrerão tres discussão em dias diversos. cimentos do presidente do Estado, regulando o modo de sua
Art. 22. O ))rojecto de lei approvado pela assembléa será remet- percepção, quando deixar o exercício por motivo legal, e a parte
tido ao i)resident3 do Estado que, acquiescendo, o sanccionará e que deve ser percebida pelo vice-presidente em exercício, quer na
promulgará. § 1." Si o presidente o jidgar contrario a esta Con- substituição tempoi-aria, quer na deflaitiva. Art. 35. Ò presi-
stituição, á federal, ou aos interesse? do Estado, recusar-lhe-ha dente não poderá acceitar o logar de representante da União ou
a sancção denti-o de de/, dias, a contar duquelle em que rebebeu de qualquer Estado, sob pena de perder o cargo. Capitulo II.—
o jiroject e o devolverá neste mesmo prazo á assembléa com os
I Das attríbuições do presidente. — Art. 36. Compete ao jiresidente.
motivos da recusa; § 2." Si até o ultimo dia do referido prazo do Estado: § l.o Sancoionar, promulgar e fazer jiublicar as leis
não foi- devolvido o projecto nos termos e pelo modo prescripto e resoluções da assembléa, expedindo ordens, decretos, ínstru-
neste artigo, considerar-se-ha .sanccionada a lei e como tal será ccções e regulamentos para sua fiel execução. § 2." Fazer arrecadar
publicada, e no caso de ser a sancção negada, quando já estiver e applícar as rendas do Estado, de accôrdo com o orçamento.
encerrada a assembléa, o presidente dará publicidade ás razões § 3." Dispor da força publica, conforme o exigir o interesse do
de sua recusa e caso não o faça, considera-se a, lei sanccio-
; Estado. § 4." Nomear, remover, suspender e dimittiir os funccio-
nada § 3." O projecto devolvido será sujeito a uma só discussão,
; narios públicos, respeitadas as restrioções expressas nesta Consti-
consideraudo-se approvado, se obtiver dous terços dos votos tuição. § 5." Contrahir empréstimos e fazer quaesquer outras ope-
presentes, e neste caso será, como lei, promulgado pelo presi- rações de credito autorisadas pela assembléa. § 6.° Convocar
dente da assembléa sancção e a promulg:^ção eífe-
; § 4." A extraordinariamente a assembléa, quando o bem publico o exigir,
cluam-se por estas fórmulas; 1." A assembléa legislativa do respeitados os preceitos do art. 8 e seus paragra.phos da jjresente
Estado decreta e eu sancciono a seguinte lei (ou resolução ); 2. Constituição. § 7." Indicar em sua mensagem á assembléa as
A assembléa legislativa do Estado decreta e eu promulgo a lei providencias e reformas que julgar convenientes. § 8." Commutar
(ou resolução). § ;>." A fórmula da promulgação feita pelo pre- e perdoar ãs jienas nos crimes sujeitos á jurisdicção do Estado,
sidente da assembléa é a seguinte. F., Presidente da Assembléa salvo a disjiosição do § 24 art. 19. § 9." Promover o bem geral do
legislativa do Estado <lo 1'arahyba do ^ orte, faço saber que a Estado. § 10. Mandar proceder á eleição, no caso de vaga de depu-
m-isma assembléa decreta e eu promulgo a seguinte lei (ou reso- tado, no prazo máximo de dous mezes. § 11. Decretar soccorros
lução). Art. 23. Os projectos de lei rejeitados pela assembléa e ou despezas extraordinárias em caso de calamidade ou perigo
09 não sanccionados, salvo neste caso o de orçamento e fixação públicos, sujeitando o acto á approvação da assembléa na sua
de força, não poderão ser submettidos á discussão nem votados primeira reunião, § 12. Decidir os conflictos de jurisdicção
na mesma sessão. Art. 24. O projecto de lei não pôde ser sanc- administrativa. § 13. Dispensar, nos intervallos das sessões do
cionado scunente em iiarte. Ar. 2.). O i)rojecto nãe sanccio- poder legislativo, nos casos de que trata o § 28 do art. 20, as
nado poderá .ser modilicado no sentido das razões allegadas formalidades que garantem a liberdade individual dos cidadãos,
pelo presidente e voltar á sancção. Art. 26. Os projectos de lei, convocando immediatamente a assembléa para que esta resolva
que versarem .sobre interesse particular, auxilio a emprezas e con- sobro seu acto. §11. Suspender na ausência da assembléa as reso-
cessão de privilégios, e os não sanccionados só serão votados luções e decisões municipaes, nos casos previstos no § 31 do art. 19
achando-se presentes, pelo menos, dous terços dos memluos da da presente Constituição, levando ao conhecimento da mesma as-
assembléa. salvo os de orçamento e força jiublica, em que se po- sembléa em sua jirimeira reunião. Art. 37. Incumbe ao presidente:
derá deliberar com maioria absoluta, adojitando-se o que for 1." Prestar as informações e esclarecimentos que lhe forem exigidos
vencido por dous terços desta. Titulo III. Do poder executivo. — — pela assembléa ; 2." Apresentar annualmente á assembléa um

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relatório minucioso do estado dos negócios públicos, com os dados árbitros, será este admittido, salvo quando na questão forem
pricisos para que esta possa organisar o orçamento e fixar a força interessados, menores, orphãos, interdictos, ou a fazenda publica
publica. —
Capitulo III. —
Da responsabilidade do presidente. do Estado ou do mun. Art. 53. A Assembléa fixará e não mais
Ar. 38. O presidente do Estado será sidjmettido a processo e jul- poderá reduzir os vencimentos dos magistrados. Paragrapho único.
ii-amento, nos crimes de responsabilidade, perante a assembléa, e, Somente consideram-se magistrados os desembargadores e os
ÍElos crimes communs, ante o superior Tribunal de Justiça, depois juizes de direito, xVrt. 54. Os tribunaes correccionaes serão orga-
que a assembléa declarar procedente a accusação. Paragraplio — nisados quando julgar opportuno a Assembléa ordinária. Tit. VI.
único. Quer em um, quer em outro caso, uma vez decretada a — Do mun. — Art. 55. O Estado será divido administrativamente
procedência da accusação, ficará o presidente suspenso de suas em muns., cuja séde, numero, limites, attribuições e deveres serão
funcções. —
Arfc. 39. São crimes de responsabilidade do presidente determinados em lei ordinária. Art. 56. Na direcção de seus ne-
os actos que attentarem contra: 1.» A Constituição do Estado ;
gócios peculiares, será autónomo, uma vez que não infrinja as
2." O livre exercido dos poderes políticos ; 3." O gozo e exercício leis federaes e do Estado. Art. 57. O governo do Estado, so-
legal dos direitos políticos e individuaes ; 4." A segurança interna mente pôde intervir nos negócios do mun. § i.° Quando as de-
:

do Estado ò.'> A probidade da administração


; ;
6.» A guarda e em- liberações dos funccionaiúos munipaes forem contrarias á Consti-
prego consti tucional dos dinheiros públicos 7.'* As leis orçamen-
; tuição e ás leis federaes e do Estado ; § 2." Quando essas
tarias votadas pela assembléa Paragraplio único. A assembléa em
;
deliberações offendei-em direitos de outros muns. que reclamem ;
sua primeira reunião ordinária regulará a fórma do processo de § 3.0 Nos casos do art. 19 § 31 e 14 do art, 36 da presente Consti-
responsabilidade presidenciaL Titulo IV. Das eleições. — Art. 40. — tuição. Art. 53. Cada mun. terá um conselho municipal eleito
Os deputados á assembléa serão eleitos por roto directo em todo o por quatro annos pelo systema eleitoral que for adoiJtado em lei
Estado. —
Art. 41, O modo, processo dessa eleição e o alistamento ordinária, mas sempre por voto directo. Paragrapho único. Na
dos eleitores serão regulados em lei ordinária especial. Art. 42. — sua primeira reunião ordinária, a Assembléa promulgará a lei
E' vedado ao deputado desde o dia da eleição: i." Celebrar con- definidora das attribuições do conselho municipal, fórma e ordem
tractos com o poder executivo do Estado ou federal 2." Ser pre- ; de seu governo, seus deveres e responsabilidade, asssegurando a
sidente ou director de bancos e companhias, ou emprezas que garantia de suas rendas, bens e concedendo-lhe acção executiva
gozem de favores do Estado, ou da União. —
Art. 43. A eleição de l)ara a cobrança de rendas de qualquer natureza que sejam, e bem
presidente e vice-presidentes será feita por suffragio popular assim, a faculdade de lançar impostos. Art. 59. A Assembléa em
directo e terá logar no ultimo anno do período governamental, em sua primeira reunião ordinária descriminará por uma lei especial
dia designado pelo presidente em exercido, nunca excedente nem as rendas do Estado e da mun. Tit. VII. — Dos cidadãos e das
anterior a seis mezes da terminação do mesmo periodo. § 1.» Cada garantias de seus direitos, — Art. 60. São cidadãos parahybanos
eleitor votará em uma só urna com duas rotuladas, uma para todos os que tiverem nascido no território do Estado da Parahyba
presidente e outra para os vice-presidentes do Estado. Do tra- do Norte. Art, 61. A Constituição assegura a brazileiros e esti'an-
balho eleitoral lavrar-se-ha uma acta circumstanciada, da qual geiros, residentes no Estado, a inviolabilidade dos direitos con-
serão remettidas diias cópias autheaticas, uma ao conselho muni- cernentes á liberdade, á segurança individual e de propriedade,
cipal e outra á assembléa legislativa. § 2." O conselho municipal nos termos prescriptos pela Constituição Federal da Republica
fará a apuração, limitando-se a sommar os votos recebidos no mu- Brazileira. Tit. VIII.— Da reforma da Constituição. — Ai't. 62.
nicípio, e da acta que lavrar-se extrahirá duas authenticas, que Esta Constituição só poderá ser i'eformada por iniciativa da
serão enviadas, uma ao presidente do ICstado e outra á assembléa assembléa ou dos conselhos municipaes. § 1.° Considerar-se-ha
legislativa. § 3.» Reunida esta em sessão ordinária ou extraoi'di- proposta a reforma, quando o pedir uma terça parte pelo menos
naiúa, se fôr preciso, elegerá uma commissão de cinco membros, dos membros da Assembléa, ou quando for solicitada por dous
que, verificando as authentieas dos conselhos com as dos colle- terços dos muns., representado cada mun, pela maioria de votos
gios eleitoraes, fará a apxiração definitiva, emittindo parecer de seu conselho. § 2," Em qualquer dos casos acima, a propt sta
sobre a legitimidade ou não da eleição. Este parecer será discutido será no anno seguinte submettida a tres discussões, consideran-
e votado em uma única sessão. § 4." Decidindo-se por maioria do-se approvada, se obtiver cada uma delias dous terços dos
absoluta dos membros presentes pela legitimidade da eleição, o votos dos membros da Assembléa. § 3." A i>roposta assim appro-
presidente da assembléa proclamará iwesidente do Estado da vada será publicada com as assignaturas do presidente e secre-
Parahyba do Norte o cidadão que houver obtido a maioria tários da Assembléa, ficando de accordo com ella modificada a
absoluta dos suíTragios eleitoraes, 1.» e 2." vice-presidentes os parte reformada. Tit. IX. — Disposições geraes. —Art. 63. Ne-
que na respectiva eleição reunirem aquella maioria. § S." Si — nhum dos ires poderes do Estado será exercido cumulativamente
nenhum tiver obtido essa maioria, ou se somente um ou dous a com qualquer dos outros. _ Art. 61. Todos os funccionarios são
tiverem attingido, a assemljléa elegerá por maioria de votos pre- responsáveis pelos abusos e 'omissões que commetterem no exer-
sentes o presidente do Estado ou cada um dos vice-presidentes, cido de suas funcções, assim como pela indulgência ou negli-
dentre os cidadãos que occuparem os dous primeiros logares na gencia em não responsabi Usarem effec ti vãmente os seus subal-
respectiva votação. § 6." Em caso de empate decidirá a sorte. §7." ternos. Art. 65. Continuam em vigor as actuaes disposições
O processo de que ti ata este artigo nos §§ 3." e 4." começará e fin- legaes de direito privado, a legislação processual, administrativa,
dará na mesma sessão da assembléa. § 8.» A commissão de que financeira e policial, e bem assim as leis, regulamentos e con-
falia o § 3." apresentará o seu parecer dentro de tres dias tractos da antiga prov. e do governo provisório do Estado, no
improrogaveis. —
Titulo Y.— Do poder judiciário. Art. 44. O — que implícita ou explicitamente não forem contrario á esta
poder judiciário é independente, e será composto de juizes e jura- Constituição, até que sejam revogados, alterados ou rescindidos
dos, assim no eivei como no crime. —
Art. 45. Para julgar as pelos poderes competentes. Art. 66. O serviço de segurança
causas em segunda e ultima instancias, haverá um superior Ti'i- do Estado é um ramo da administração superior a quem in-
bunal de Justiça, com sede na capital do Estado. Art. 46. Os — cumbe a manutenção da ordem, da paz e tranquilidade publica.
membros do superior tribunal de justiça e os juizes de direito Paragrapho único. Para esse serviço terá o Estado uma policia
serão vitalícios, e só por sentença ii-revogavel perderão o seu coma organisação que for dada em lei ordinária. Art. 67. Não
logar. —Art. 47. A lei determinará o modo de provimento dos se poderá, sob pretexto algum, fazer deducçâo nos vencimeiitos
juizes, dos membros do superior tribunal de justiça, e mais func- dos funccionarios. Art. 68. Terão fé publica no Estado os do-
cionarios delia, ou seu numero, attribuições, vencimentos e a cumentos officiaes, devidamente authenticados do governo fe-
maneira por que hão de exercer os seus logares. Art. 48. Para — deral ou dos outros Estados, Art. 69. Quando não tiver sido
representar os interesses do Estado, da justiça, dos interdictos, votada a lei do orçamento, vigorará a do exercido anterior.
dos ausentes e das massas fallidas perante os juizes e tribunaes Art. 70. Todas as vezes que a Assembléa funccionar como tribunal
fica creado o ministério publico, que se comporá; § i." De um de justiça, será presidida pelo presidente deste tribunal. AH. 71.
Ijrocurador geral como chefe ; § 2.» de promo tores públicos nas Quando em algum mun. se perpetrarem crimes, que, por sua
comarças ; § 3.» De curadores geraes de orphãos, ausentes, inter- gravidade, numero de culpados ou patrocínio de pessoas pode-
ditos, massas fallidas e resíduos, nos municípios.— Art. 49. Os rosas, tolham a acção regular das autoridades locaes, o presidente
juizes de direito nos crimes de responsabilidade responderão do Estado determinará que algum magistrado para alli se tran-
perante o superior tribunal de justiça e os demais funcciona-
; porte temporariamente, afim de proceder a inquérito e formação
rios desta perante o respectivo juiz de direito. Art. 50. — da culpa, inclusive a pronuncia dos criminosos com recurso
Os membros do superior tribunal de justiça responderão nos necessário para o superior tribunal de justiça. Art. 72. E' con-
crimes de responsabilidade perante a assembléa legislativa. cedida a extradicção de criminosos reclamados pelas justiças doa
— Art. 51. A lei marcará a fórma do processo desses funccio- outros Estados ou do Dist. Federal, de accordo com as leis.
narios. —Quando as paites convencionarem o julgamento por Art. 73, As condições para o cidadão ser eleitor são as mesmas
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nrescriptas na Constituição Federal. Art. 74. O representante da Falcão, Joaquim IManoel Carneiro da Cunha e Augusto Xavier
Àssembléa do Estado que for eleito para o Congresso Federal, de Carvalho, secretario. Junta provisória do Governo na fórma
optará, por um dos dous mandatos. Art. 75. Qualquer Tunc-
da lei de 1 de outubro de 1821. Posse a 28 de outubro de 1821.
cionario puljíico prestará juramento formal de bem cumprir os
Estevão José Carneiro da Cunha, pi-esidente ; João de Albu-
deveres inherontes ao cargo, antes de entrar em exercício, res- querque Maranhão, João Ribeiro de Vasconcellos Pessoa, An-
tonio da Trindade Antunes Meira, João Gomes e Almeida,
peitada a e-^ccepjão da segunda parte do art.' 10 da presente
Constituição. Art. 76. A Assembléa em sua sessão ordinária
Manoel Carneiro da Cunha e João Barbosa Cordeiro, secretario.
reverá a divisão dos actuaes muns ,
jiara o lim de adaptal-os á Governo Provisório. Posse a 2 de fevereiro de 1823. Felippe
organisacão estadoal, segundo o melhor plano de divisão judi- Nery Ferreira, 1° presidente. Nomeado em 25 de novembro de
ciaria do território do Estado. Art. 77. E' garantida a di- 1823. Posse a 9 de abril de 1824. Felix Antonio Feri-eira de
vida do Estado. Art. 78. Nenlium empregado poderá accumular Albuquerque, presidente do Governo Republicano, eleito na Feira
vencimentos, sejam elles pa^'os pelos cofres da União, do Estado Velha. Posse a 3 de jullio de 1924. Alexandre Francisco de
oumun.. salvo tratau lo-se de funcções em matéria de ordem Seixas Machado, C. do Governo (lei de 20 de outubro de 1823).
puramente proíissinnal. sciealilica, ou technica que não envolvia Posse a 21 de julho de 1824. Alexandre Fi'ancisco de Seixas
autoridade adminisiraliva, judiciaria, ou politica na União ou Machado, nomeado 2o presidente, em 26 de outubro de 1824.' Posse
no Estado. Os ajiosen lados oii reformados que exercerem qualquer em novembro de 1824. Francisco de Assis Pereira Rocha, C. do
cargo remunerado, optarão pelo vencimento da reforma ou apo- Governo (lei citada). Posse a 2 de março de 1827. Gabriel Getúlio
sentadoria, ou pela remuneração do que exercerem, Art. 79. Monteiro de Mendonça, 3° presidente. Posse a 12 de fevereiro de
18'28. Francisco de Assis Pereira Roclia (2^ vez), C. do Governo (lei
Fica reconhecido o direito de aposentadoria dos funccionarios
públicos, quer e<tadoaes, quer municipae.?, regulando-se a caiisa citada. Posse em maio de 1828. Gabriel Getúlio Monteiro de Men-
e o modo em lei ordinária. Art. 80. E' da competência dos donça (de volta da Assembléa). Posse em setembro de 1828. Fran-'
conselhos municipaes a divisão dos muns. emdists.,de maneira cisco de Assis Pereira da Rocha (3* vez), C. do Governo (lei ci-
que nenhum dist. seja comprehensivo de menos de .500 fogos. tada.) Posse em janeiro de 1829. Gabriel Getúlio 'Monteiro de
Art, Si. Na lei de orçamento não poderão ser incluídas dis- Mendonça (devolta da camará). Posse em novembro de 18'29.
posições qu» não se i-elacioií^m com a receita e despeza, ou que Francisco José Meira, C. do Governo (lei citada). Posse a 21 de
tenham caracter individual. Art. 82. São garantidos em toda março de 1830. Jíanoel Joaquim Pereira da Silva (mai"eclial),
a sua plenitude os direilos adquiridos dos funccionarios vitalícios 4° presidente. Posse a 6 de agosto de 1830. José Thomaz Na-

e inamovivííís. Dis]iosi':ões transitórias. Art. 1." Promul':,'ada buco de Araujo (bacharel, 5° presidente.) Nomeado em 23 de
Posse a 18 de janeiro de 1831. Francisco
a Constituição, o Congresso constituiirte dará por terminada de julho de 1830.
esta sua primeira phase legislativa, e marcará o dia para fa- José Meira (2^^ vez), C. do Giiverno (lei citada). Posse a 14 de
zer-se a eleição de presidente e více-presídontes do Estado : e agosto de 1831. Galdino da Costa Villar, 6» presidente. No-
30 dias depois de realisada a eleição reunir-se em sessão or li- meado em 21 de setembro de 1831. Posse a 16 de janeiro de
naria da assembléa legis'afciva para occupar-se-ha com as leis com- 1832. Francisco José Meira (3* '^ez), C. do Governo (lei citada).
plemcnlares da Constituição, e verificar a eleição presidencial. Posse a 18 de setembro de 1832. André de Albuquerque Ma-
Art. 2." No dia da eleição presidencial s^ procederá a eleição ranhão Júnior, 7" presidente. Nomeado em 8 de agosto de
do deiiuta lo ou deputados, que preencham a vaga ou vagas 1832. Posse a 29 de outubro de 1832. Francisco José Meira
existentes no actual congresso. Art. 3 ° Na investidura do poder (4* vez), C. do Governo (lei citada). Posse a 24 de dezembro
judiciário, quanto aos magistrados, não é o governo obrigado a de 1832. Antonio Joaquim de Mello, 8° presidente,' Nomeado
resp -itar as condições conititucionaes, aproveitando quanto for em 10 de dezembro de 1832. Posse a 16 de março de 18'33.
possível ao bem do serviço publico os actuaes magistrados sem Francisco José Meira, C. do Governo (5^ vez). Posse a 19 de
olhar a condição de antiguidade, e attendendo, sobretudo ao novembro de 1833. Antonio Joaquim de Mello (restabelecido),
merecimento. Art. 4." Até que a Assembléa decrete a lei elei- volta ao exercício. Affonso de Albuquerque Maranhão, C. do
toral do Estado, vigorará a lei federal de 2ò de janeiro do cor- Governo (lei citada). Posse a 7 de janeira de 1834. Bento Corrêa
rente anno com as alterações estabelecidas no decreto da junta Lima, C. do Governo (lei citada). Posse a 26 de abril de 1834.
governativa n. Iode 15 de fevereiro do mesmo anao. Art. 5.° José Luiz Lopes Bastos, C. do Governo (lei citada). Posse a
A primeira reunião da Assembléa legislativa durará tres mezes, 26 de julho de 1831. Bento Corrêa Lima (2^ vez), O. do Go-
afim de serem votadas as leis complementares da Constituição. verno (lei citada). Posse a 7 de abril de 1835. Manoel Maria
Art. 6.» Depois de votada a Constituição e antes de sua pi-omul- Carneiro da Cunta, 1° vice-presidente eleito pela Assembléa
gação, o congresío ele.a^erá todas as suas conimíssões perma- provincial. Posse a 14 de abril de 1835. Luiz Alvares de Car-
nentes completando a eleição da mesa nos termos do regimento valho, 21* vice-presidente eleito pela Assembléa provinciql. Posse
approvado paio m»smo congresso. Art. 7." A promulgação desta a 12 de junho de 1835. Francisco José Meira, 3'' vice-presidente
Constituição será feita pelo congresso constituinte, assígnado por (6^^ vez). Nomeado em 26 de agosto de 1835. Posse a 10 de se-
todos 03 deputados presentes. Árt. 8.» Não terão effectívidade tembro de 1835. Manoel Maria Carneiro da C^^nha, 1° vice-
as incompatibilidades difteridas nesta constituição, relativamente presidente (2a vez). Idem em 26 de agosto de 1835. Posse a 1
á primeira eleição presidencial e durante a primeira legislatura. de fevereiro de 1836. Francisco José Meira, vice-presidente
Relação dos cidadãos que teem governado o Estado da Para- (7a vez). Idem em 26 de agosto de 1835. PosStJ a 18 de abril
hyba de 1898 até 1886: Amaro .Joaquim Raposo de Albuquerque, de 1833. Basilio Quaresma Torreão, 9» presidente. Jdem em 13
governador desde 21 de julho de 1805. Antonio Caetano Pe- de fevereiro de 1836. Posse a 20 de maio de 1836. Manoel Lobo
reira, governador. Posse a 30 de agosto de 1809. Francisco José de Miranda Henriques, 2'' vice-presidente. Idem em 29 de março
da Sdveira, Manoel José Coelho e outro. Triumvirato na fórma de 1837. Posse a 3 de março de 1838. Joaquim Teixeira Peixoto
do alvará de 12 de dezembro de 1770. Posse a 12 de dezembro de Albuquerque, iO" presidente. Idem em 27 de fevereiro da
do 1815.* André Alvares Pereira Ribsiro Cirne (ouvidor geral), 1833. Posse a 14 de abril de 1838. João José de Moura Maga-
presidente ;
João Bernardo Madeira (capitão-mór) e Francisco lhães (desembargador), 11° presidente. Idem em 17 de setembro
José da Silveira (tenente-coronel de cavallaria). Idem (como de 1838. Posse a 12 de dezembro de 1838. Manoel Lobo de Mi-
acima) — Posso a 10 de maio de 1816. Francisco José da Sil- randa Henriques, 2" vice-presidente (2* vez). Idem em 29
veira (tenente coronel), Ignacio Leopoldo de Albuquerque Ma- de março de 1837. Posse a 17 de março de 1839. Trajano
ranhão, Francisco Xavier Monteiro da Franca e Antonio Gal- Alípio de Holanda Chacon, vice-presidente. Nomeado em
dino Alves da Silva Governo revolucionário republicano eleita 29 de março de 1837. Posse a 7 de abril de 1839. Antonio
em 12 e empossado em 13 de março de 1817. Gregorio José do José Henriques ( bacharel ), vice-presidente. Posse a 22 de feve-
Silva Coutidho (ouvidor-geral, interino), João Soares Neiva (ca- reiro de 1840. Agostinho da Silva Neves (bacharel), 12" presi-
pitão da la linha) e Manoel José Ribeiro de Almeida (capitão) dente. Nomeado em 21 de dezembro de 1339. Posse a 7 de
vereador mais antigo. Governo interino eleito depois da capi- abril de 1840. Antonio José Henriques ( bacharel), vice-jiresi-
tulaç.ão dos revoltosos. Posse a 9 de maio de 1817. André Al- dente ( 2^ vez). Posse a 5 de setembro de 1840. Francisco Xavier
vares Pereira Ribeiro Cirne (ouvidor-geral). Mathias da Gama Monteiro da Franca, 13» vice-presidente. Nomeado em 11 de
Cabral de Vasconcellos (coronel) e capitão Manoel José Ribeiro agosta de 1840. Posse 7 de setembro de 1840. Pedro Rodrigues
de Almeida (vereador.) Idem depois da apresentação do ouvidor Fernandes Chaves ( bacharel ), 14° presidente. Idem em 2 de abril
fugitivo. Posse a 9 de junho de 1817. Thomaz de Souza Mafra,
governador. Posse a 12 de junho de 1817. Joaquim Rabello da
de 1841— Posse a 4 de maio de 1841. André de Albuquerque
Maranhão Júnior, vice-presidente ( 2* vez ) Posse a 3 de feve-
.

Fonseca Rosado, Posse a 25 de agosto de 1819. João de Araujo reiro de 1843. Ricardo José Gomes Jardim (militar ), 15° presi-
Cruz, presidente; Galdino de Castro Villar, João Marinho dente. Nomeado em 14 de janeira de 1843. Posse a 14 de março
U.5U
PAR — 65 — PAR

de 1843. Agostinho da Silva Neves, 16" presidente (2* vez). abril de 1869. Poste a 23 de abril de 1872. Heraclito de
Idem eiu 19 de outubro de 1843. Posse a 2 dezembro de 1843. Alencastro Pereira da Graça (bacharel), 36" presidente. Idem
Joaquim Franco de Sá (
bacharel), 17° presidente. Idem em 25 de em 27 de maio de 1872. Posse a 25 de junho de 1872.
anaio de 1844. Posse a 22 de julho de 1844. José da Costa Ma- Francisco Teixeira de Sá (bacharel), 37" presidente. Idem
chado Sénior, 2° vice-presidente. Posse a 2 de agosto de 1844. em 25 de outubro de 1872. Posse a 11 de novembro de 1872.
André de Albuquerque Maranhão Jiinior, 1" vice-presidente ( 3^ João José Innocencio Poggy (commendador), 6" vice-presidente
vez ). Posse a 9 de agosto de 1844. Joaquim Franco de Sá ( ba- (2» vez). Idem em 3 de fevereiro de 1864 — Posse a 17 de se-
charel ), de .volta de Pernambuco. Nomeado em 25 de maio de 1844 tembro de 1873. José Evaristo da Cruz Gouvèa (bacharel), .3°
Posse a 14 de agosto de 1844. Frederico Carneiro de Campos vice-presidente (3^ vez). Idem em 6 de aliril de 1869 —
Posse
(coronel), 18° presidente. Idem em 14 de novembro de 1844. a 20 de setembro de 1873. Silvino Elvidio Carneiro da Cunha
Posse a 18 de dezembro de 1844. João de Albuquerque Maranhão, (bacharel), 38" presidente. Idem em 17 de setembro de 1873 —
1° vice-presidente. Posse a 16 de março de 1848. João Antonio de Posse a 17 de outubro de 1783. Barão de Mamanguape (Flávio
Vasconcellos ( desembargador ), 19' presidente. Nomeado em 20 Clementino da Silva Freire. 39*^ presidente. Idem em 14 de
de março de 1848. Posse a 11 de maio de 1348. José Vicente de março de 1876 —
Posse a 10 de abril de 1876 Joào da Matta
Amorim Bezerra ( militar), 20° presidente. Idem em 31 de dezem- Corrêa Lima (bacharel), 2" vice-presidente. Idem em 14 de março
bro de 1849. Posse a 23 de janeiro de 1850. Agostinho da Sdva de 1876 —Posse a 9 de janeiro de 1877. José Paulino de Fi-
Neves { bacharel ), 21" presidente. (3^ vez). Idem em 8 de julho gueiredo, 1° vice-presidente . Idem em 14 de março de 1876 —
de 1850. Posse a 3'J de setembro de 1850. Frederico de Almeida Posse a 9 de março de 1877. Esmerino Gomes Parente (bacha-
e Albuquei-que 1° vice-presidente. Posse a" 4 de abril de 1851. rel), 40° presidente. Idem em 13 de março de 1S77 —
Posse
Francisco Antonio de Almeida e Albu querque 2" vice-presidente. 24 de abril de 1877. José Paulino de Figueiredo, 1° vice-
Posíe a 8 de maio de 1851 Antonio Coelho de Sá e Albuquerque
. pi'esidente {2^ vez). Idem em 14 de março de 1876 —
Posse a
(bacharel). 22" presidenta. Nomeado em 2 de julho de 1851. 1 de março de 1878. Ulysses Machado Pereira Vianna (bacha-
Posse a 3 de julho de 1851. Flávio Clementino da Silva Freire, rel), 41" presidente Idem em 9 de fevereiro de 1878 —
Posse
2o vice-presidente. Posse a 29 de abril de 1853. Frederico de a 11 de março de 1878. Felippe Benício da Fonseca Galvão
Almeida e Albuquerque, 1° vice-presidente. (2^ vez). Posse a (padre), 2" vice-presidente. Idem em 2 de março de 1878 —
7 de outubro de 1853. João Capistrano Bandeira de Mello Posse a 20 de fevereiro de 1879. José Rodrigues Pereira Júnior
(doutor), 23° presidente. Nomeado em 24 de setembro de de 1853. (bacharel), 42° presidente. Idem em 29 de março de 1879 —
Pos5e a 22 de outubro de 1853. Flávio Clementino da Silva Posse a 12 de junho de 1879. Felippe Benício da Fonseca Galvão
Freire, 2° vice-presidente ( 2-' vez ). Posse a 6 de junlio de 1854. (padre), 2° vice-presidente (23- vez). Idem em 12 de março de
Frederico de Almeida e Albuquerque ( 3» vez ). Posse a 25 de 1878 — Posse a 30 de abril de 1880. Antonio Alfredo da Gama
setembro de 1854 Francisco Xavier Paes Ba;-rato (bacharel), e Mello (bacharel), vice-pi-esidente. Idem em 19 de abril de 1880
24° presidente. Nonieado em 3 de outubro de 1854. Posse a 23 — Posse a 15 de maio de 1880. Gregorio José de Oliveira Costa
de outubro de 1854. Flávio Clementino da Silva Freire, 2° vice- (bacharel), 43° i)residente. Idem em 13 de abril do 1880 —
Posse
presidente ( 3=^ vez). Posse a 16 de abril de 1855. Antonio da a 10 de junho de 1830. Antonio Alfredo da Gama e Mello (ba-
Costa Pinto e Silva ( bacharel ), 25" presidente. Nomeado em 15 charel), vice-presidente (2^ vez). Idem em 19 de abril de 1880
de setembro de 1855. Posse a 26 de novembro de 1855. Manoel — Posse a 3 de setembro de 1880. Justino Ferreira Carneiro
Clementino Carneiro da Cunha ( bacharel ), vice-jiresidente. (bacharel), 44° presidente. Idem em 11 de setembro de 1880 —
Posse a 9 de abril de 1857. Henrique de Beaurepaire Rohan Possi a 20 de outubro de 1880 Antonio Alfredo da Gama e
( coronel ), 26" presidente. Nomeado em 3 de setembro de 1857
— ,

Mello (bacharel), (3=^ vez). Idem em 19 de abril de 1880 —


Posse
Posse a 9 de dezembro de 1857 Ambi-ozio Leitão da Cunha ( ba-
. a 4 de março de 1882. Manoel Ventura de Barros Leite Sam-
charel ), 27" presidente. Idem em 5 de abril de 1859. Posse a paio (bacharel), 45" presidente. Idem em 18 de março de 1832
4 de junho de 1859. Manoel Clementino Carneiro da Cunha ( ba- — Posse a 21 de maio de 1882. Antonio Alfredo da Gama e
charel ), vice-presidente (2'^ vez ). Posse a 14 de abril de 18G0. Mello (bacharel), (4^ vez). Idem em 19 de abril de 1880 —
Posse
Luiz Antonio da Silva Nuaes (bacharel), 28° presidente. Nomeado a 2 de novembro de 1882. José Basson de Miranda Osorio (ba-
em 20 de março de 1860. Posse a 17 de abril de 1860. Barão ehareP'. 46° presidente. Idem em 28 de outubro de 1882 —
Posse
de Mamanguapo, (Flávio Clementino da Silva Freire), vice- a 9 de novembro de 1882. Antonio Alfredo da Gama e Mello
presidente. Posse a 17 de março de 1861. Francisco de Araujo (bacharel), vice-presidente (5^ vez). Idem em 19 de abril de ISSO
Lima ( bacharel ). 29" presidente. Nomeado em 20 de fevereiro de — Posse a 17 de abril de 1833. José Ayres do Nascimento (ba-
1861. Posse a 18 de maio de 1861. Felizardo Toscano de Brito charel), 47" presidente. Idem, em 30 de junho de 1383 Posse a—
^bacharel), 1° vice-presidente. Idem em 3 de fevereiro de 1864. 7 de agosto de 18S3. Antonio Sabino do Monte (bachorel), 48"
Posse a 17 de fevereiro de 1864. Sinval Odorico de Moura presidente. Idem em 9 de agosto de 1881 —
Posse a 31 de agosto
.(bacharel), 30° presidente. Idem em 23 de janeiro de 1864. de 1834. Pedro da Cunha Beltrão (bacharel), 49" iwesidente.
Posse a 18 de maio 1864. Felizardo Toscano de Brito ( bacharel ), Idem em 2 de junho de 1885 — Posse a 8 de julho de 1885.
l» vice-presidente (2'^ vez). Idem em 3 de fevereiro de 1864. Antonio Herculano de Souza Bandeira (doutor), 50° presidente,
Posse a 22 de julho de 1865. João José Innocencio Poggy ( com- Idem em 1 de setembro de 1885 —
Posse a 20 de setembro de
jnendador ), 3° vice-presidente. Idem em 3 de fevereiro de 1864. 1885. Geminiano Brazil de Oliveira Góes (bacharel), 51" presi-
Posse a 3 de agosto de 1866. Américo Bi^aziliense de Almeida e dente. Idem em 16 de outubro de 1886 —Posse a 11 de novem-
Mello (doutor), 31" presidente. Idem em 16 de junho de 1866. bro de 1886. Francisco de PaiUa Oliveira Borges (bacharel), 52"
Posse a 4 de novembro de 1866. Barão de Maraú ( José Teixeira presidente Idem em 18 de agosto de 1887
. —Posse a 10 de ou-
de Vasconcellos ), 2° vice-presidente. Nomeado em 3 de fevereiro tubro de 1887. iManoel Dantas Corrêa de Góes (bacharel), 1° vi-
de 1864. Posíe a 22 de abril de 1867. lanocencio Saraphico de ce-presidente. Idem em 15 de junho de 1888 — Posse a 22 de
Assis Carvalho (bacharel), 32° presidente. Idem em 29 de junho de 1838, Pedro Francisco Corrêa de Oliveira (liacharel),
setembre de 1867. Posse a 1 de novembro de 18(i7. Francisco .53° presidente. Idem em 15 de junho de 1888 — Posse a 9 de
Pinto Pessoa ( padre ), 2° vice-presi lente. Idem em 18 de julho agosto de 1888. Manoel Dantas Corrêa de Góes (bacharel), 1"
de 1868. Posse a 29 de julho de 1868. Theodoro Machado Freire vice-presidente (2^ vez). Idem em 15 de junho de 1888 —
Posse
Pereira da Silva ( bacharel ), 33° presidente. Idem em 22 de a 15 de janeiro de 1889. Pedro Francisc ("orrêa de Oliveira (ba-
>

julho de 1868. Posse a 17 de agosto de 186S. Francisco Pinto charel), reassumiu o exercício. Idem em 15 de janeiro de 1888
Pessoa ( padre ), 2° vice-presidente ( 2^ vez ). Idem em 18 de julho — Posse a 4 de fevereiro de 1889. Barão de Abiahy (Silvino El-
de 1868. Posse a 9 de abril de 1869. Silvino Elvidio Carneiro da vidio Carneiro da Cunha), 2° vice-presidente. Idem em 15 de
Cunha (bacharel), 1° vice-presidente. Idem em 6 de abril de 1869. junho de 1888 —Posse a 6 de junho de 1889. Manoel Dantas
Posse a 16 de abril de 1869. Venâncio José de Oliveira Lisboa Corrêa de Góes, 1" vice-pi-esidente. Idem em 15 de junho de 1888
( bacharel ),
34° presidente. Idem em 8 de maio de 1869. Posse — Posse a 8 de junho de 1889. Francisco Luiz da Gama Rosa.
a li de de junho de 1869. Frederico de Almeida e Albuquerque (doutor). 54° presidente. Idem em 15 de junho de 1889 —
Posse
( senador ), 35" presidente. Idem em 12 de outubro de 18 ?0. a 8 de julho de 1889. Dr. Venâncio Augusto de Magalhães
Posse a 24 de outubro de 1870. José Evaristo da Cruz Gou- Neiva, eleito governador cm 25 de junho de 1891 posse no dia
:

vêa (bacharel), 3" vice-presidente. Idem em 6 de abril de 1869. seguinte. — Junta governativa acclamada e empossada em 27 de
Posso a 13 de abril de 1871. Fi-aderico de Almeida e Albii- dezembro de 1891 e composta do coronel Cláudio do Amaral Sa-
.querqiie ( senador ), de volta do Senado. Idem em 12 de outubro vaget, Dr, Eugénio Toscano de Brito e Dr, Joaquim Fernandes
de 1870. Posse a Í7 de outubro de 1871. José Evaristo da Cruz de Carvalho. —Dr. Alvaro Loi)es Machado, acclanuulo governa-
-Gouvêa (bacharel), 3" vice-presidente ( 2» vez). Idem em 6 de dor e empossado a 18 de fevereiro de 1892: eleito presitlenle em
DICC. GEOG. 9
PAR — 66 — PAR

7' de setembro do mesmo anno, prestou compromisso a 22 de blicos, a monumental ponte de ferro sobre o rio, a configu-
outiil>ro seguinte.— Dr. Alvaro da Gama e Mello, iiosse a 22 de ração das collinas, que a accidentam pelo centro, tudo emiim
outuljro de 1893. concorre pare lhe dar um aspecto agradabilíssimo. Das cida—
des de serra acima é uma .das que mais sobresaem pela sua
PARAHYBA DO NORTE. Cidade capital do Estado do
grande área, aceiO' e posição topographica. Dentre os rios-
seu nome, situada no alto e encosla de uma risonha colina, que se que regam o mun., notam-se o Parahyba, Fiúza, Mingú,
esleiule <le N. para o S., e como retratando-se nas aguas da ba-
:

Cantagallo, Boa Vista, Lava Pés, Limoeiro, Paiol, Parahy-


cia formada iielo Sunhoá ou Sanliuuá ao 8. e Parahyba ao poente,
buna. Olaria, Santo Antonio. Sant'Anna, S. Fidélis, Praze-
os quaes dejiois em uni só corpo escapam-se pela face do N. e
res, Bomfim, Lucas, Taboas, Inhéma, Canoas, Sapo, Borges,
vão, auxiliados pelo Gargaú e outros ile menor importância, lan-
Tenente. Fagundes, Secretario, Padre Paulo, iMattosiníios, Cal-
çar na distancia de 11 milhas suas aguas no Oceano. A alfandega,
çado, Pi'eto, Bemposta, Sujo, Santarém, Mãe Joanna, além de
armazéns, traiiiche, cajiitania do porto e consulados estrangeiros
a parte menos interessante
muitos outros. As montanhas que se observam no território
acbam-se ú beira daquella bacia ;
deste mun. podem ser classificadas em dous gi'upos, separados
da cidade estende-se d' N. a S. pela margem dir. dn Sanhauá. pelo valle do rio Parahyba o da parte septentrional, que se
Divide-se em cidade alta e baixa ou varadouro. Tem alguns :

prende á serra da Mantiqueira, e a mei-idional, que se liga á


edilicios notáveis, como a matriz, dedicada a N. S. das Neves, a
serra dos Órgãos ou do Mar. Ao primeiro grupo pertence a
egreja das .Mercis, do ilosario, da Misericórdia, da Mãi dos Ho-
serra das Abóboras, também chamada de Mente Cliristo, com
irreus. do Bom Jesus, de S. Pe Iro, i-s conventos de S. Francisco,
vsuas ramificações delia destacam-se, pela sua grande altura,
de S. Bento, o jialacio da presidência, dous quartéis, Ibesoura-
;

e por apresentarem, uma das faces quasi a prumo, as pedra.s-


rias, casa de mercado, etc. Linlia de Ijonds. Exporta muito algo-
denominadas Parahybuna, S. Lourenço e Bocj[ueirão. Do se-
dão, assucar e couros salgados. Foi elevada á categoria de cidade
:

gundo grupo fazem parte as serras de S. João {onde existe a


por Alvará de 2J de dezembro de 1581. B' com. de 3^ entr., crea-
jiecU-a da Mãe Joanna) de Sant' Anna, do Capim, da Maria Com-
da e classilicada pela llesol. do conselho do governo em sessão
prida e seiís respectivos contrafoi-tes. Neste mun. encontram-se
extraordinária de 9 de maio de 1833, Uec. n. 687 de 2G de julho
todos os productos tropicaes e alguns europeus, tal a fertilidde
de 18.'30, Lei Prov. n. 27 de 6 de julho de 1854 e Dec. n. 5.079 de
4 de sstembro de 1872. O mun., além da parochia da cidade, com-
de seus terrenos e a natureza de seu clima. Enormes morros
de imia só peça de granito, excellentes jazidas de calcareos,
prehende mais as de N.S. da Guia, Santa Ilita e N.S. da Concei-
ção da Jacoca,. Della parte a K. de F. Conde d'Eu. Tem algumas grande variedade de -argillas próprias para telhas e tijolos,
ruas largas e bem calçadas, casas de regular apparencia e duas múltiplas espécies de animaes, madeiras de construcção, plan--
tas fructifeias e medicinaes, formam grande parte da .sua ri-
pi'aças. Comijrebende os subúrbios denominados ; Trincheiras,
queza, cuia base principal é a cultura do café, canna e cereaes..
Tambiá, Mandacaru e Tambahú. No mun. íicam os logs. Bar- :

reiras. Cruz do E. .'^anto. a 30 kils. da capital e á margem da A sua industria resume-se em poucas fabricas de cerveja, aguas
E. de Ferro, Penha, com uma capella de N. Senhora em logar
gazosas, sabão, cal, telhas, lijolos e de benefiar café. O seu
bastante elevado, e outros. Agencia do correio. Eschs. publs. de commercio consiste na exportação de café, aguardente e cereaes
e na importação de diversos géneros. Dentre as estradas que
inst. jirim. Seu clima não é de todo in,salubi'e, ajaezar de diver.sas
enfermidades que iirinci] almente por occasião da mudança das atravessam o território deste mun. devem ser citadas as
estações reinam na ca)iital. As febres calarraes, intermittentes, seguintes: a E. de F. Central do Brazil, que corta o mun.
i'emitteiites são as entidades mórbidas que maior )iredominio ex- desde as proximidades da ponte do Paraizo, sobre o rio Para-
ercem sobre a popula.ção. Para isso concorre a existência na ci- hyba até a ponte do Parahvbuna, na séde da freg. do Monte
cidade e em seus arredores de jiantanos, donde se desprendem Serrate, e desde a pov. de Entre Rios (entroncamento do ramal
miasmas resultantes da decomposição de matérias orgânicas, do Porto Novo) até a pov, de Anta; a ferro-carril Parahybuna
vegelaes e animaes. A L. da estrada que communica a praça do e Porto das Flores, que parte da ponte do Parahybuna e vai
Varadouro com a j.onte do rio Sanhauá vê-se um extenso e vasto ligar-se com a do Commercio e Rio das Flores, subindo sem-
])antano formado ))elas aguas pluviaes e pelas do referido rio e pre a margem dir. do rio Preto pelo leito da União e Indus-
do Parahjlja, que ahi ficam estagnadas por falta de esgoto. O tria; a estrada de ferro do Norte, que, dentro do mun. corre
rio Jaguaribe, que costéa a cidade pelo lado oriental é um outro sempre pelo leito da União e Industria. Além dessas estradas
cemitério publico, pela sua má collocaçâo, construcção e péssimo de fei'ro, possue muitas outras de rodagem. Na freg. da ci-
syslema de enterramentos é ainda uma causa poderosa da altera- dade existem os seguintes edilicios públicos Matriz.
: Em 1834,
ção da salubridade dessa cidade. E' de crèr, que removidos taes achando-se em ruinas a egreja construída no morro do ceme-
inconvenientes, a cidade do Parahyba possa desfrutar um clima terio velho, foi a séde da matriz transferida para um oratório
salubre eque propocione um bem-esfcar á sua popxilação laboriosa. da antiga casa de residência de Garcia Rodrigues, e ahi cele-
bravam-se os actos religio.sos, sendo conservado o cemitério no
PARAHYBA DO NORTE. Rio do Estado deste nome. adro da velha egreja. Em iS3S o fazendeiro Jeronymo José de
Nasce nas serras da Jacarara e Jabitacá (Borborema), sendo Saldanha creou uma devoção a S. Sebastião, e, por meio de
formado pelos rios da Serra e do Meio, corre a principio por subscripção que promoveu, começou a construir em uma das
entre rochas, recebe muitos ribeiros, torna-se navegável por ca- extremidades da praça Paes Leme, junto da base do morro da
noas, atravessando o mun. do Pilar, e vai lançar-se no oceano velha egreja, uma capella para o mesmo santo. Faltando muita
a algumas milhas do forte do Cabedello por duas bocas. « A cousa para concluil-a, os devotos offereceram-na á província,
Larra do rio Parahyba, diz o pratico Philippe, dá entrada a que mandou con ínuar as obras. Concluídas estas em 1848,
emliarcações até 11 pés de calado em todas as marés, isto é, até mandou o Presidente da Província transferir provisoriamente
o povoado do Cabedello ;deste para a cidade, porém, só podem para ella a matriz, celebrando-se alli a primeira missa, em
suliir navios de igual caindo nos ma.rés cheias, por causa de dous Em
fevereiro do mesmo anno. 1860 o Visconde da Parahyba
seccuí que se encontram um In-o acima do Cabedello próximo á promoveu uma sub.scrição para construir nova matriz e, depois
coròa do Marisco, eoulro ocmiu da ilha Stuart». Recebe por de arrecadada quantia superior a 40 contos de réis, lançou-se a
ambas as margens niuilo^ Inlis entre os quaes o Sucuriú, São ]jrimeira jiedra no dia 14 de março desse anno, na praça do Barão
Miguei, Tai)eroi, BorliM-Miind, Ingá, Gurinhem. Tem um curso do Piabanha. Esgotado o producto da subscrijjção, foram as
approximado de 450 kilomctro^. obras, já muito adiantadas, offerecídas ao Estado. Em 1882,
PARAHYBA DO SUL. Cidade e mun. do Eslado do líiu a esforços do Visconde da Parahyba e do vigário cónego Igna-
de .lauoiro, sede da com. do seu nome, atravessada pela E. de cio Felix de Alvarenga Salles, ficou concluída toda a egreja,
F. Central do Brazil, entre o rio Parahyba e a serra da Covanca, á excepção das torres, tendo sido feita a trasladação do San-
uc parle do Pão Ferro e vai termina'' no logar denominado tíssimo Sacramento e das imagens para a nova matriz no dia
hacariulia, á margem esj. do ribeirão do Fiúza. Desbrava- 9 de abril daquelle anno. A velha matriz da praça Paes Leme
das qua=!i todas as gigantescas mattas que não ha muitos foi demolida á cu,sta dos cofres municipaes. Cemitério. Em
ânuos cobriam este fértil e opulento mun., o seu aspecto hoje 1847 o cemitério existente no adro da egreja, mandado cons-
é o de uma agglomeração de montanhas, l)anhadas a cada trinr no morro de Pedro Dias Paes Leme, achava-se aberto e os
passo por abuiid:..ntes cursos de agua, e na maior jiarte cadáveres eram desenterrados por cães e porcos, que os arrastavam
occupadas i)or cafeeiros, zelosamente plantados e cultivados. aos pedaços pela então villa. Os vex-eadores de então mandaram-
O caes em toda sua extensão, os edilicios públicos e parti- á sua custa construir um outro no mesmo logar com baldrames
culares, algiins de apurado gosto e custoso preço, o seu silo de pedra e gradil de feiTO, offerecendo-o á freguezia, depois de
hoje completamente dissecado e quasi todo plano, cortado por concluído. Em 1880, apparecendo pela segunda vez as febres de
extensas ruãs calçadas a parallelepijjedos, os chafarizes pú- mão caracter, a camará mandou fechar o cemitério, e abx"io
'

PAR — 67 — PAR
outro no terreno que para esse fim comprou no morro existente verno» a léste confinante com a da Várzea separava-se da
entre a E. de F. Central do Brazil, a estrada de Entre Rios e freg. de N. S. da Piedade de Anhumirim (creada em 1677
sob
o vallo dos terrenos do património da >íunicipalidade. Capella o nome de Inhumirim á meia légua do ijorto da Estrealla
deN .S. do Ro ario.— Em 1850 o preto Manoel José Corrêa ao sul se encontrava com a de N. S. da Conceição da Roça
) ;

da Silva, official de justiça, organisou a irmandade de N. S. do do Alferes (hoje Paty do Alferes no mun. de Vassouras) e
Rosario, fez approvar o seu compromisso e, auxiliado por mais a Oeste dílatava-se por toda a campanha e sertão occupado
dous companheiros, promoveu uma subscripção para construir pelos índios coroados. Não excedia o numero de fogos de sessenta
uma Capella dedicada á mesma santa. Em 1854 lincaram-se os e o total das pessoas adultas de quinhentas. A capella fundada
esteios da capella no morro do Rosario, no centro da cidade, e por Pedro Dias e por elle dedicacfa a N. S. do Mont-Serrafc (no
no dia 2 de Dezembro de- 1850 celebrou-se nella a primeira antigo registro do Parahybuna) era a única filial do Districto.
missa. Funcciona na mesma capella a devoção de S.. Benedicto, Pelo art. 5> do Dec. de 15 de janeiro de 183 i foi a pov. do
fundada pelo preto mina Joaquim Ramos Pacheco de Lima, pro- Parahyba do Sul erecta em villa, sendo ínstallada em 15 de
prietário do hotel Anjo da Meia Noite. — Capella de .V. S. abril do mesmo anno. Foi elevada á eatpgoria de cidade pela
SaiU' Anna.— Em 18r)4 José Rodrigues Gonçalves Ferreira, An- Lei Prov. n. 1.(353 de 20 de dezembro de 1871. E' com. de ter-
toni
> José Soires de Souza e José Rodrigues Tigre promoveram ceira entr. creada pela Lei Prov. n. 2.251 de 29 de novembro de
subscri|)ção, alim de construírem uma capella jsara a devoção 1875 e classificada pelo Dec. n. 6.174 de 23 de abril de 1876.
que crearani, de N. S. Sant'Anna. No dia 14 de março de 1835 , Tem eschs. publs. de ii.st. primaria: agencia do correio e es-
fizeram linear os esteios da capella no largo de SanfAnna, hoje tação telegraphica. O mun. além da parochia da cidade, com-
^
praça do Visconde do Rio Branco. A primeira mis=a foi celè- preliende mais a de S. Antonio da Encruzilhada, SanfAnna
brada em 1 cie agosto de 1858, dia em que a capella recebeu de Cebolas, hoje Tiradentes, N. S. do Mont-Serrat e N. 8. da
uma rica imagem da sua padroeira, offerecida pelo fazendeiro Conceição da tiemposta. Comprehende os ovs. denominados
João Jacintho do Couto.— Cap^^^a de N. S. da Piedade. — Foi
]

S. Antonio, Serraria, í'orpo/ da Crrama, Areal, ''orrego do Ten-


:
^ ' '

mandada construir pela Condessa do Rio Novo na sua antiga fa- ente, Entre- ;'vios, Bairro Alto e Vera Cruz do B.éjo. iVas **="=^*=»
zenda, lijje colónia de Cantagallo, próximo á estação de Entre cercanias da cidade fica a lístação Agronómica. Tem uma bi-
Rios. — Casa de Caridade. — O assentamento da pedra funda- bliotheca municipal. Comprehende os dists. da cidade, do Braz
mental eftectuou-se no dia 19 de setembro de 1871. O edilicio da Ponti, líntre-Rios, Encruzilhada, Areal, Monte-Serrate,
vasto e elegante fji ctmstruido no alto do Mori-o de S. Antonio, Bemposta e Tiradentes e os povs. Serraria e Campo da Gramma.
a esforços e sob a administração da irmandade de N. S. da
Piedade, que, em 4 de abril de 1883, fundou nelle um asylo PARAHYBA DO SUL Á ESTAÇÃO DO AREAL. E. de
para orphãos desainpai-ados, e converteu a fazenda de Canta- F. do Estado do Rio de Janeiro. Partindo junto á estação do
gallo em colónia de libertos e ahi manteve um hospital inau- Areal, da E. de F. Grão Pará, á margem dir. do rio Piabanha,
gurado em fevereiro de 1834, mais tarde supprimido. Paço Mu- na cóta de 439.600 acima do nível do mar, des=e ponlo á estaca
nicipal, Cadeia. Sua egreja matriz tem a invocação de S. Pedro 70 apresenta o traçado uma tangente de 140 metros em que
e S. Paulo. Sobre o histórico dessa localidade consta o seguinte: deverá ser construída a estação do entroncamento entre as duas
Garcia Rodrigues Paes Leme, descobrindo em lij83 pelos fundos vias férreas. Logo após a estação, o traçado atravessa o rio
da Serra dos Órgãos os caminhos para Minas Geraes (de que Piabanha, afim de se desenvolver na sua margem esq. acompa-
ora guarda-mór) fundou uma fazenda entre os rios Pará-iba nhando a directriz da Estrada União e Industria, cuja ponte
(que significa rio das aguas claras, hoje Parahyba) e o Pará- sobi'e o rio acima obrigou a grade do traçado á declividade de
una (que significa rio das aguas turvas, hoje Parahybuna), es- 0,0144, afim de poder galgar, em boas condições, a cóta da mesma
colhendo para sua séde o ponto onde está edificada a cidade da ponte. Esta, cujo comprimento total é de 96«>,2'J sendo 69'»,5 em
Parahyba do Sul. No morro que existe entre a estação da E, curva de 100 metros de raio e 26"i,70 em recta, tem quatro vãos
F. Central do Brazil e a praça do Marquez de S. João Marcos, livres de 16", ôu cada um, sendo a ponte, pela posição da curva,
antiga de Paes Leme, edificou elle uma casa avarandada para muito esconsa no principio: os cumprimentos das quatros vigas são
sua residência e em frente á margem esquerda do rio Parahyba, respectivamente de 34™, 50 — 24, 15— 20 60 e 20 metros. A ponte
mandou construir uma capella, dedicando-a á Conceição da é de superstructura metallica e pilares de alvenaria. Acompa-
Santa Virgem e aos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, para satis- nhando o traçado, mais ou menos, a directriz da Estrada União
fazerem os preceitos da egreja e receberem os Santos Sacra- e Industria, conserva em seu grade as oscillaçòes constantes da
mentos da mesma (Jasa, quantos trabalharam no descobrimento rampas e contra rampas da de rodagem, cujas condições technicas
6 cultura das terras novas, sustentando com este fim genero- se tem modilicado com as successivas reparações que se teem feito
samente, um sacerdote effectivo, a quem dava de côngrua an- no leito dessa estrada de rodagem. Uma vez na margem esq. do
nual Quinhentos mil réis. Concori-endo então o povo a esta- rio Piabanha e acompanhando a União e Industria o traçado
belecei? fazendas por toda a extensão das terras patenteadas, chega á estaca 150 com a cóta de 422 metros, onde está
creou, por isso, o bispo D. Francisco a mesma capella com o situada a fazenda Julíóca, e dahi por meio de ciirvas de 255
caracter de curada, e deputou-lhe livros próprios para assentos metros de deseavulvimento o de raio igual a 9') metros e com a
de casamentos, baptismos e óbitos. Principiaram a ter exercício 1'ampa de 1 o/o, ligando as estacas 220 -j- O a 223 -f- e por meio
1

em maio de 1719. Arruinada a capella, Pedro Dias Paes Leme, de um córte de 13 melros em rocha viva, no ponto mais elevado
depois marquez de S. João Alarcos, filho de Garcia Rodrigues e da garganta que o traçado tem de galgar, chega á estaca 440 com
também guarda-mór de Minas-Geraes, erigio em 1745 outi-o tem- a cóta 306. Nes^a estaca abandona a Estrada União e Industria,
plo em logar sobi-anceiro ao rio no morro onde existe hoje o sem todavia deixar de acompanhar o valle do Piabanha, alra-
cemitério velho. Foi benzido esse templo pelo capellão curado vessando em seguida o ribeirão do Fagundes exactamente, na sua
padre Manoel Gonçalves Vianna, a quem fòra commettida essa embocadura com o Piabanha, e, continuando a desenvolver-se
diligencia em provisão de 10 de novembro de 1745. Para o novo pela margem esij deste rio, chega á fazenda da Bocca do Fogo
.
;

templo foi transferida a séde do curato que, por Alvará de 2 de um pouco adeante corta os terrenos da fazeada de M. Leitão,
janeiro de 1736, foi elevado á freguezia perpetua. Tinha um só depois de atravessar )ior uma ponte de 10 metros de vão o córrego
altar, onde se achava collocado o Sacrário que apenas guardava do Rozarío. e chega finalmente na estaca 930 com a cola de 301,3
o Santíssimo Sacramento pelo tempo quad/ragesimal, por justo á ponte de Carlos Gomes, da Estrada União e Industria, cuja
receio de algum desacato dos indígenas habitantes das dilatadas directriz novamente acompanha mais ou menos aié chegar á
campinas das margens do Parahyba até além do Parahybuna e ponte das Garças, construída sobre o rio Parahyba. Chegado a
que costumavam invadir a estrada geral e apparecer algumas essa ponte abandonada coraplelanienie a estrada de rodagem e o
vezes no meio da povoação. Foi seu primeiro pioprietario o rio Piabanha pai a desenvolver-se pela margem dir. do rio Pa-
padre Antonio Pereira de Azevedo por apresentação de 5 de rahyba até entroncar-se com a linha actualmente em construcção
janeiro de 175ò e confirmação de 25 de junho seguinte. Aban- entre a cidade da Parahyba do Sul e a freg. do Paty do Alferes.
donada pelo padre Azevedo, ficou a parochia dirigida por sacer- Este entroncamento tem logar próximo á pon e da estrada de
dotes amovíveis até o padre Jacintho Corrêa Nunes em quem se rodagem que communica aquella cída<le com os seus subúrbios,
verificou a segunda propriedade, principiando a servil-a de en- situados na margem opposta em^que está edificada. Condições

,

commenda por Provisão de 18 de janeiro de 1800. Ao padre ;


technicas. Ralo das curvas. O raio mínimo das curvas no
Nunes succedeu o padre Carlos Dantas de Vasconcellos. A ju- ,
primeiro trecho, entre Areal e Bocca de Fogo, é de 90 metros.
risdicção parochial comprehendia três fazendas \inicas Várzea, No segundo trecho entre a Bocca do Fogo e Pai'ahyba. o raio

:

Pará-iba e Pará-una da freg. de N. S. da Gloria mais conhecida minimo é de 127™96. Declividade. A declividadi' máxima é de
pelo nome de « Simão Pereira». Pelo rumo da fazenda do « Go- 29 % empregada em circumstancias «peciaes e em extensão
.

PAR — 68 — PAR

formando assim os dous pontões. Do lado do Norte a costa


muita pequena, além deslaas demais suo inferiores a 1,5% sendo
recua sensivelmente para o occidente e fórma com a ponta
na maior extensão do traçado, empregada a declividade máxima
de Manguinhos a enseada de Gargaú, bem abrigada dos ventos
dei %. Extciicão lòUd.— X extensão total entre a estação do
e de mar do sul». (Vide esse trabalho impresso na Rev. da
Areaíe a cidaileda 1'arahyba do Sul é de 3á kils. Obras de arte. Brazileiro Tomo VI. outubro de 1876)
Inst. Polytechnico
A obra de ai'te mais importante do traçado é a ponte destinada X O rio Parahyba, diz Sir John Hawkshaw, nasce no Estado de
a atravessar o rio Pialjunba. que já foi descripta. A ponte
sobre
o ribeirão do Fagundes, também como a de Piabanlia de super- S. Paulo atravessa o do Rio de Janeiro, e cl^^pois de 800 kils de
de latitude de S. 41" de Lon,
slruotura metallica, de um só vão de 30 metros. A ponte sobre curso, desagua no oceano a 21" 37'

o correio do Rozario de 10 metros de vão, e. como as outras, de O. de Greenwich. A pequena cidade de S. João da Barra
superstructura luelLillica. Dous pontilhões de quatro metros de fica cerca de cinco kils. acima da embocadura do Parahyba,
vão e outros de ilous metros de vão. 123 Boeiros dos typos de A florescente cidade de Campos dista, proximamente, 40 kils.
Í'".20 X 1"'.''0 e 0.80"'. X 1'". Estão construidas as seguintes: de S, João da Barra. O rio é actualmente navegável até
estaçu('S do "lielém uo líil. O, Botaes no kil. 8, Paes Leme no kil. S. Fidélis, que está situado a 80 kils. da foz. A reduzida
13. Sertão n.) kil. 10, Santa Branca no kil. 20 + 700"', e Bomflm profundidade de agua na barra é o principal inconveniente
do porto. Na prèa-mar de aguas vivas de equinoxio a pro-
no kil. 25+10
fundidade varia de 2™, 20 a 2'^60 ;na baixa-mar não excede
PARAHYBA DO SUL. Estação da E. de F. Central do. a l"i,O0. Na prêa-mar cíe aguas moi'tas (liigh-watír neap-tides),
Bruzil, no nma. do Parahyba do Sul do Estado do Rio de a profundidade oscilla entre 1™,5 e l'",8. Resulta desse in-
Janeiro, entre as eslacOcs de Ubá e Entre Rios, 1871^369 distante conveniente que os navios e vapores, que demandam o porto,
da Capital Federal e a 277^330 sjlwe o nivel do mar. Fica em geral, sç pódem transpor a barra no plenilúnio ou na
na li7iha (lo centro. A
parte dessa estrada de Ubá a Para- lua nova. A direcção do vento deve ser attentamente obser-
hyba (17'-, 052) foi inau.nurada a 11 de agosto de 1867 e do vada quando dí>manda-se a barra, porque os ventos do N.
Parahyba a Eutre Rios (10's300) a 13 de outubro do mesmo fazem baixar a agua e os do S. augmentam-Ihs a profundi-
anno. dade. Os navios podem fundear e realinenle ancoram fòra da
PARAHYBA DO SUL. Rio dos Estados de S. Paulo. Minas barra, si o vento é rijo e do quadrante sul, que em geral indica
Goi'acs Rio de Janeiro. Suas principaes fontes sao o Para-
c máo tempo, as embarcações dão fundo ao N. no sacco do
hytinga e o Parahyljuna, que nascem entre os picos da serra Gargahú, onde ha sufficiente profundidade par.i os navios
do Mar e a serra da Bocaina. Depois da confluência daquelles mercantes que frequentam o porto, e bom ancoradouro abri-
dous rios é que lonia o nome de Parahyba. Affirmam ter elle gado pela ponta de terra formada pelo Parahyba. Transposta
origem era unia pequena l^gòa, que se acha no Estado do a barra, o canal, qu3 conduz ao ancouradouro interior e aos
Rio de Janeiro, a uns 25 kils. ao N. da cidade do Paraty. armazéns da companhia de vapore?, é muito sinuoso e offerece
Atravessa os Estados de S. Paulo e Rio de Janeiro, separa perigo quando o rio cresce e o vento refresca. Algumas vezes
Minas do Rio dc Janeiro e corre por este ultimo até desa- são rebocados os vapores quinzenarios, que sobem contra a cor-
guar no Oceano na Lat. de 21° .37' ao S. e na Long. de rente;
apezar disso e quando entram, tocando de ordinário nas
5o 15' 20" a E. do Observatório do Castello, em uma costa margens do canal. Quando o rio está cheio, corta os bancos,
muito baixa e arenosa. Atravessa no Estado de S. Paulo, especialmente o do lado direito perto da Barra. Em tempo de
03 muns, de Cunha, Paraliybuna, S. Luiz, Santa Branca, estisgem torna a augmentar. O rio Parahyba durante a estiagem
Jacarehy, S. José, Caçapava, Taubaté, Sapucahy-mirim, Pin- é muito baixo em alguns pontos, tanto que navios de mui pe-
damonhangalja, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Queluz, queno calado ficam impossibilitados, por causa dos baixios, de
Areas, e niitrns ; e no do Rio de Janeiro os de Rezende, subir até Campos. Nas baixas aguas póde-se apreciar a influ-
Barra Maii=a. Puri.hyba do Sul, Vassouras, Cantagallo, S. Fidé- encia da maré até 24 kils. da barra nas cheias a maré é quasi
;

lis, Campus e S. João da Barra. E' margeado em uma grande imperceptível em S. João da Barra. As margens do Paraliydja
parte do seu curso pela E. de F. Central do Brazil, que até Campos conteem engenhos de assucar e os arredores progri-
por vezes atravesaa-o soljre pontes, sobresahindo entre estas dem regulai'mente ». Suppõe-se, e com' fundamento, que todo o
a do Desengano. Suas margens são de grande fertilidade, ]iro- terreno baixo do Parahyba próximo á foz existira debaixo dagua
duzindo quasi t^jdos os géneros que se cultivam no paiz, em época não muito remota. « Tive occasião, diz o Dr. Boi"ja
principalmenle o café ;nellas abundam tamljem excellentes Castro, de percorrer grande parte do canal ou vallão de Ca-
madeiras de conslrucção. São immensos os tribs. que lhe cimbas, que se interna pelo sertão do mesmo nome. Por toda
vão levar o concurso dr. suas aguas. Dentre tantos notaremos
i : a parte encontrei vestigios da estada do mar por aquellas terras
o Pirahy, Preto. Piabanlia. Paquequer, Angú (atravessado ];ela baixas e paludosas. No logar chamado Estreito, distante 7.000
E. de F. Leo|.'oIdiiiy), o Pirapitinga, o Pomba, o Dous )iios metros da costa, encontrei muitas conchas marinhas, todas ellas
(Negro e Grande), o Muriahê, etc. O Dr. Borja Castro, nos pertencentes á espécies vivas... Conta-se ainda que não longe
seus estudos sobre a barra do rio Parahyba, diz :« Os na- da barra das Bananeiras, tres léguas da costa, fizera-se uma
vios que intentam acommetter a barra tem de lutar com os cova para uma cisterna, aonde encontrou-se um pau de embar-
ventos, o mar, e mais do que tudo com a pouca profundidade cação, e no córrego Fundo achou-se uma ancora de navio nas
c incerteza do canal do navegação. A profundidade do canal, excavações feitas para o mesmo fim.» Não ha duvidar, pois, que
tomada no lugar menos profundo, isto é, na sua extremi- o mar em época não mui remota cobriu todo o terreno baixo que
dade ou no lugar ilciK. minado —Cordão, apresenta dous metros flca de um e outro lado do rio na extensão de muitos kils. ao
até 2", 00 lui uci asiào do prèa-mar das marés das aguas vivas ou norte e sul. Este rio recebe em S. Paulo os rios das Palmeiras
marés das sy/.igias, não chega a dous metros no prêa-mar das das Cannas, do Sobrado, do Pau Grande, Guatinga, Lorena,
marés das aguas mortas ou marés das quadraturas e nas
: (todos pela margem dir., entre Cachoeira, e Guaratinguetá e
baixas marés a|.''iias dá um metro ou pouco mais. A estas atravessados pela E. P. S. Paulo e Rio de Janeiro), S. Gon-
condições só pr^puMius navios de vela ou vapores, cujo calado çalo, Mottas, Pirapitinguy, Ci-opotuba, Ypiranga, Agua Preta,
não exceda a lo podem apresentar-se deante da barra. Ribeirão, Tambahu (estes pela margem dir., entre Guaratinguetá
Os ventos dos (luadrantes do SE. favoráveis para trazer os e Pindamonhangaba, atravessados pela mesma E. de F.), Lava-
navios de vida ilo Rio de Janeiro até á barra, não se prestam pés, SoccoiTo,Una, Pedras, Taubaté (todos pela margem dir.,
mais a leval-os pelo can<'l, ainda me^mo que cheguem na hora entre Pindamonhangaba e Taubaté, atravessados pela mesma
da maré,^ são portanto obrigados a refugiar-se na enseada E. de P.), Judêu, Pinhão, Quiririm, Sapotubossú, Jeribatuba
rte Gargaú. Nesta enseada, abrigados dos ventos do
quadrante de (com sen aft'. do Torres), Santa Cruz, Caçapava, Divisa, Pararan-
S., esperara o momento da maré e do vento favorável de NE gaba, Tatetuba, João Cursino, Sapé (todos pela margem dir.»
para tentarem a eu libada. A sabida não pode ter logar si- entre Taubaté e S. José dos Campos e atravessados pela mesma
não com os ventos do lado do sul que infelizmente não são E. P.). Sinimbura, Divisa, Ressaca, rio Comprido, (pela mar-
propicios para leval-os ao Rio de Janeiro. Neste caso ainda gem dir , entre S. José dos Campos e Jacarehy e atravessados
procuram a enseada de Gargaú, onde esperam a monção fa- pela mesma E. de F.). Pela margem esq. recebe numerosos
vorável, O que precede faz ver OJ ])erigos, inconvenientes
e tribs. entre os quaes os córregos da Serragem, Bòa Vista, Lima,
contratempos que apresenta a liarra do rio Parhyba Des- Piracoama, (Piracema, segundo alguns) todos oriundos da
agua era uma costa muito liaixa ô arenosa. Esta costa corre Mantiqueií-a, rio Jaguary. Recebe ainda o Monos, Gomea-
em linha recta e quasi na direcção de SSE. para NNO. desde tinga, Potim, estes do mim. de Santa Branca, o rio Com-
o cabo S. Tliomé, que fica-lho 24 milhas ao sul, até prido, Goiabal, Tanquinho, Quatro Ribeiros,
ás Jai"dim, Pinhal,
proximidade da foz do rio, aonde inclina-se 10° para o oriente Remédios, Angola, todos estes do mun. de Jacarehy, Lopes,
;

PAR — 69 — PAR

Claro, Jacu, estes dos mnns. de Pinlieiro e Queluz. Damos em grandes pedras soltas e por uma serie de );equenas ilhas pedre-
seguida o importante trabalho do Dr. Alfredo de Barros e gosas, em alguma das quaes existe vegetação, é nuster rebentar
Vasconcellos.em que dá noticia de algumas cachoeiras desse rio. perto da margem dir. um volume de 20 braças cubicas. A 3*
« Descripção dos trabalhos que se tem de fazer para o melhora- cachoeira bem como as outras duas é foi-mada por grandes pedras
mento da navegação do rio Parahyba entre a ponte de ferro e a que obstruem o rio de um lado a outro pôde s r melhorada
:

cidade de Rezende. Cachoeira de Rezende. E' preciso melhorar o rebentando-se um volume de 16 braças cubicas perto da maiffem
canal que existe actualmente junto á margem dir. rebentando dir. Cachoeira das Quisilias. E' mister rebentar um volílmo
uma pedra com o volume de tres braças cubicas que obstrue, de quatro braças cubicas de pedra junto á margem dir Ca-
aprofundando-o de mais de dous palmos em uma extensão de ch oeira do Rola-mao. E' mister relíentar e i'eniover algumas
36 braças de comprimento e duas de largura e de 1 1/2 palmos pedras que em divei-sos pontos obstruem o rio na maraem dir.
em uma extensão de 35 braças de comprimento e dous de largura e uma outra que posto se ache um pouco afastada desvia
as
e remover todas essas pedras para a margem dir. Cachoeira do aguas do seu curso natural, e torna a correntes muit i rápida
i

Surubim. E' preciso rebentar e remover para a margem um junio a mesma margem, todas com o volume de 15 braças
volume de 45 braças cubicas de grandes pedras que obstruem o cubicas. Cachoeira dos Pinheiros, Faz-se preciso lebentar e
leito do rio, - entre duas ilhas que existem na margem dir. Ca- remover tres braças cubica.s de pedras que um pouco acima
choeira do Inferno, Precisa junto á margem dir. abi-ir na cadeia desta cachoeira e perto da margem dir. obstruem o rio, Xa
de pedras, que atravessa o rio quasi de um lado a outro um canal mesma cachoeira carece alargar o canal que existe na margem
com dez braças de comprimento, quatro de largura e tres palmos dir., quebrando e removendo '12 braças cidjic:.s que represão as
de profi:ndidade abaixo das mais Ijaixas aguas, rebentando para aguas e tornam a sua corrente muito rajada. Cachoeira da
esse flm um volume de trinta e cinco braças cubicas. Cachoeira Maria Preta. O canal que existe pelo centro do rio é quasi
do José Mai'ques. Precisa alargar o canal que existe junto á impraticável em conseqencia da rapidez de sua corrente é :

margem esq., rebentando 35 braças cubicas de pedidas que obs- pois mister melhorar o canal estreito e tortuoso que ha na
truem, l.a Cachoeira depois da casa de Antonio Ferreira. Pre- margem dir., quebrando e removendo 95 braças cubicas de pedra
cisa quebrar um volume de 33 braças cubicas de grandes pedras que actualmente umas represam as aguas e as desviam desse
que obstruem o rio á margem dir. e represão as aguas e mais canal, e outras obstruem. Cachoeira do Poço da Esfuma. O
abaixo junto da mesma margem, precisa abrir um canal de 11 canal que existe no meio do rio tem forte velocidade, é necessá-
•braças de comprimento, quatro de largura e ires palmos de pro- rio abrir um outro na margem dir., quebrando e removendo
fundidade, abaixo das mais baixas aguas, rebentando um volume algumas grandes pedras soltas que o obstruem e outras que
de 22 braças cubicas de pedras que no temido secco ficam dous represam e de.sviam delle as aguas, formando todos um volume
palmos torada agua. 2.^ Cachoeira dito, dito. Neste logar o de 45 braças cubicas. Cachoeira da Conceição, E' preciso re-
rio ó muito largo, e conseguintemente tem as aguas pouca pro- bentar e remover no principio da cachoeira seis braças culjicas
fundidade, é preciso na direcção da corda da curva que fórma a de pedra que desviam as aguas da margem dir. do rio. e loo-o
margem dir. abrir em pontos não seguidos e no leito do rio que adiante e junto da mesma margem, precisa ainda quebrar umas
ahi é de natureza pedregoso, um canal com profujididade de tres 38 braças cubicas que impedem a navegação. Cachoeira de Santa
palmos abaixo das mais baixas aguas, tendo para esse flm de Cecilia. O canal que hoje existe no centro do rio é impraticável
aprofundar o leito actual de dous palmos em uma extensão de em consequência da grande velocidade das aguas, é pois mister
151 braças, dando-lhe a largura de 20 palmos. 3.» Cachoeira melhorar o canal que existe na margem esq. da ilha que está no
dito, dito. Precisa remover tres braças cubicas de pedras soltas meio do rio, e no seu prolongamento até á, margem dir,, que-
e aprofundar de uin e meio palmos o leito do rio junto a margem brando c removendo em diversos pontos um volume de 38 braças
dir. em uma extensão de 14 braças e uma largura de 20 palmos. cubicas de grandes pedras soltas. Um pouco abaixo dessa ca-
4. a Cachoeira dito, dito. E' preciso rebentar cinco braças choeira precisa também quebrar sete braças cubicas de pedra
cubicas de pedras que difficulfcam o transilo pela margem dir. que exista perto da margem dir. Cachoeira de 8ant'Anna. O
5.'''
Cachoeira dito, dito. E' preciso rebentar oito braças cubi- canal que existe no meio desta cachoeira além de ter uma cor-
cas de pedra e aprofundar o leito do rio xun e meio palmos em rente muito rápida tem algumas grandes pedras que o tornam
uma extensão de 32 braças de comprimento e duas de largura muito perigoso, é pois mister, junto á margem dir. rebentar e
junto á margem dir. devendo esse canal flcar com a profundidade remover 48 braças cubicas de grandes pedras que impedem que
'de tres palmos abaixo das mais baixas aguas. Cachoeira da Bòa por ahi se navegue actualmente. 5" Districto das Obras Pu-
Vista. E' preciso rebentar cinco braças cubicas de grandes blicas do Rio de Janeiro, 23 de maio de 1860. —
Alfredo da
pedras soltas, que existem pouco acima da cachoeira perto da Barros e Vasconodlos, chefe interino do clistriclo. Tem d'entre
margem dir. Na mesma cachoeira ainda perto da mesma margem ovvtras as seguintes pontss'no Estado do Rio de Janeiro: do Ita-
ó preciso rebentar 45 braças cubicas também de grandes pedras tiaya, em frente á estação do mesmo nome de Rezende, nos
;

soltas, as quaes umas desviam as aguas de seu curso natural e Campos Elysios, na cidade de Rezende da Volta Redonda, no
;

outras obstruem o rio. Cachoeira da ponte da Barra Mansa. mun, da Barra Mansa da Barra Mansa, na cidade deste nome
;

Precisa em diversos pontos todos perto da margem dir. rebentar a dos Pinheiros, na divisa da Barra Mansa e do Pirahy. esta-
11 braças cubicas de grandes pedras, e remover umas cinco braças belecendo communicação com a estação de Pinheiros do Desen- ;

cubicas de pedras menores. Cachoeira da cidade da Barra Mansa. gano, nas proximidades da estação deste nome do Parahyba ;

Em frente ao porto da cidade e junto á margem tem de se reben- em frente á cidade do m°sino nome da Barra do Pirahy dos
; ;

tar 18 braças cxibicas de pedra para encostar o canal á margem. Bagres, situada na estrada da Divisa do Passa Vinte e distante
jMos fundos do Hotel Novo tem de se rebentar algumas pedras tres kils. daquella estação (E. de P. Central do Brazil),
enormes que se acham mui perto da margem com um volume de
15 braças cubicas, dando ahi o canal que nella se abrir a largura
PARAHYBANO, A, s. Natural do Estado do Parahyba do
Norte : Dizia o general Labatut que os Parahybanos eram os
de 40 palmos e a profundidade de tres, abaixo das mais baixas
melhores soldados de in.''anteria que elle conhecera, adj.. que é
aguas. Mais abaixo é mister rebentar algumas pedras com volu-
me de tres braças ciibicas que se acham juntas á margem dir. relativo á Parahyba do Norte : A industria parahybana con-
siste na cultura da canna de assucar, e na criação de gados.
Cachoeira da Jararaca. E' preciso remover as enormes pedras
que existem perto da margem dir,, e que durante o tempo secco PARAHYBINHA. Riacho do Estado do Parahyba do Norte,
ficam com um ou dous palmos fóra da agua, rebentando um no termo do Ingá ;
desagua na margem esq. do rio Parahyba.
volume de 25 braças cubicas. Logo adiante precisa ainda reben- Recebe o Uruçú.
tar algumas pedras que estão encobertas, que tem o volume de PARAHYBINHA. Rio do Estado das Alagoas, alf. do Pa-
tres braças cubicas, e que se acham perto da mesma margem.
rahyba, Recebe o Jundiá, Páo-Ferro, Somno e Burarema.
Cachoeira do Luiz Candido. E' preciso desobstruir a margem
esq. do rio, rebentando e removendo 18 braças cubicas de grandes PARAHYBUNA. Cidade e mun. do Estado do S. Paulo,
pedras que o obstruem. Cachoeira dos Tres Poços. Esta ca- termo da com. do seu nome, a E. NE. da cajutal do Estado, da
choeira com serca de um quarto de legoa de extensão é composta qual dista 122 kils., ú margem esq. do Parahybuna, occupando
de ti'es grandes cachoeiras, deixando entre si porções de rios uma parte terrenos elevados e estendendo-se a outra cm planície.
perfeitamente navegáveis. A primeira dessas cachoeiras forma- As ruas, em geral, são bem espaçosas e direitas, tendo as princi-
das por grandes pedras altas disseminadas por toda a largura do paes regular calçamento de pedra. As casas, quasi todas, são
rio, precisa ser melhorada vebentando-se algumas pedras, que se térreas. Ha alguns sobi'ados construídos com elegância e algumas
acham perto da margem dir., e que pi-efazem o volume de 27 casas de campo bem vistosas. Seus priiicipaes edificios são: a
braças cubicas. Na segunda cachoeira também formada por egreja de N. S. do Rosario, a nova matriz de Santo Antonio do
PAR — TO- PAR

Parabybuna, considerada como um dos principaes templos do Santo (12,402 kils.) a 31 de outubro de 1875. Tem estação tele»
Estado; a casa da camará, de bonito aspecto e bom gosto; cadeia graphica.
caixa d'agiia, praça do mercado e cemitério. Possuo um bam orga- PARAHYBUNA. Rio que verte da serra da Bocaina e em
nisado serviço de illuminação e, pi-oxima á cidade, uma ponte sua confluência com o Parahytinga fórma o Parahyba do Sul.
sobre o rio Parabybuna. A parte montanbosa do mun. é for- Rega os muns. de seu nome, do Cunha e da Natividade, perten-
mada ela serra do Mar que, traça divisas com os de Caraguata-
I centes ao Estado de S. Paulo. Recebe os rios do Sertão, Ipiranga,
tuba e IJbatuba, e pelo morro S^amambaia. E' banhado pelos rios Ferraz, Palmital, ribeirão Grande e outros.
Parabybuna. Parahytinga, Lourenço Velho, Claro, Turvo, Salto
e Far(;ura. Dizem-nos que é neste mun., no bairro da Pedra PARAHYBUNA (de Para-hy-una, rio de aguas essuras).
Rajada, que acham-se as primeiras origens do Tietê. O mun. é, Rio do Estado de Minas Geraes, afí'. da margem esq. do Para-
em geral, muito salubre. Fizeram-se, ba tempos, esquizas que i
hyba do Sul. Rega o mun. de Juiz de Fóra (Minas). Seu curso
dem<instrarara a existência de ouro e chumbo no território. Fal- é de 178 kils. Recebe entre outros o rio Kagado, o Espirito Santo'
lou-se também vagamente em haver no mun. jazidas de carvão o Conceição, o Peixe e o Preto, o córrego Antonio Moreira. E'
de pedra, mas nada se averiguou a respeito. O mun. confina ao margeado e atravessado pela E. de P. Central do Brazil. Tem
N. com o da l^.eJpmpção; a N. K. com o de S. Luiz do Parahy- uma parte encachoeirada, entre as estações do Parabybuna e Es-
tinga ;a H. com o da Natividade; a S. 15. com o de Ubatuba pirito Santo, que é um dos mais bellos panoramas que e^sa via-
e pela serra do Mar ao S. ainda com o de Ubatuba e com
;
ferrea olTerece ao via>nte. Nasce na serra da Mantiquei a e no
o de Car;igiialatulja pela me^ma serra; a SO com os de Scão fim do seu curso, dei ois da confluência do rio Preto, separa o
José do Parahytinga e Santa Branca; a O e NO com o do Jam- Estado do Rio de Janeiro do de Minas Geraes. No mun. de Juiz
beiro. .-V pop. lio mun. é de 12.000 habs. Orago Santo Antonio e de Fóra recebe pela margem dir. o João Nico, o da Feira, o da
diocese de S. Paulo. Começou pela reunião de famílias, que em Cachoeirinha, o do Franklim, o da Gratidão, o da Liberdade e o
16'3i) estabsleceram-se nas immediaçôes do rio do mesmo nome, da Independência; e á esq. o ribeirão dos B irro', o da Gramma,
edificando a capella, que ó a actual matriz. Foi creada freg. por o da Tapera, o riacho do Assiz e o rib>irãodos Linhares.
Alvará de 7 de dezembrode 1812, tendo sido seu primeiro parocho PARAHYM. Rio do Estado do Piauhy, aft'. do Gurgueia,
o padre Modesto Antonio Coelho de Oliveira Neto, que exerceu que o é do Parnahyba. Nasce na serra Vermelha e depois de
na localidade seu ministério por mais de 40 annos, Elevada á receber os rios Fundo, Corrente, Palmeiras e outros sangra a
categoria de villa por Decr. de 10 de julho de 1832 e á de cidade lagòa Parnaguá e recebendo depois o riacho dos Timbóa e o
pela Lei Prov. n. 44 de 30 de abril de 1857. Creada com. pela Lei Estiva recolhe-se ao Gurgueia. Alguns são de opinião que o Estiva
Prov. n. IO de 3iJ de marco de 1853 e classificada de primeira vai direito ao Gurgueia.
entr. pelos Decs. ns. 2.187 de õ de junho de 1853 e 4.830 de 14 de
fevereií-o de 1372. -Vo mun. pertencem a freg. de Santa Cruz de PARAHYM. Rio do Estado de Goyaz, rega o dist. de Santa
Bi-agança e os bairros: Varginlia, Gramma, Palmeiras, Rosario, Rosa edesagua na margem dir. do Paranan. Nasce na Serra
Espfrito .^anto. Rio Claro, llhéos. Capitão Maneeo, Caeté e Boa Geral e corre de SE. a NO. E' navegável por espaço de 72 kils.
Viíta. Lavoura de cate, fumo, algodão e cereaes criação de
; « Nos logares do seu nascimento, diz Cunha Mattos, ha na Serra
gado. Tem agencia do correio e eschs. publs. de inst prim. '.
Gei'al as Gargantas ou Booainas do Jardim e do Parahym e mais
Dista 3 kils. de
) Jacarehy e de S. José dos Campos, 18 do Jam- ao N. as do Xavier e da Pinduca. » Recebe o Cannabrava.
bsiro, 3j de Santa Branca, 33 da Natividade e 48 de Caraguata-
tuba. Sobre suas divisas vide Leis Provs. n. 9 de 6 de fevereiro
:
PARAHYTINGA. (Rio de aguas claras). Cidade e mun. do
de 184i, de 8 de abiul de 18.53, n. 5 de 24 de março de 1856, n. 3 Estado de S. Paulo, termo da com. do seu nome, a ENE. da
de 24 de fevereiro de 1853, de 18 de abril de Í8ô3, de 28 de capital do Estado, á margem esq. do rio que lhe dá o nome, em
estreita várzea, sujeita a inundação, fria e húmida, cercada de
março de 18';5, n. 48 de 2 de abril de 1870, n. 117 de 22 de abril
de 1885 e n. 7(5 de 3 de maio de 1836. Uma estrada, cortada pelo altos morros. Uma pequena parte, formada de casas secundaria?,
rio Capivary, liga-a a Jacarehy. A palavra Parabybuna é cor- está collocada em logar secco e elevado. As ruas são largas e
rupção de pira, peixe; ehij-una, agua escura. No bairro do Lou- rectas, todas calçadas de pedra britada. Seus principaes edifícios
renço Velho ha uma b3lla cachoeira e no ribeirão Turvo ha uma são a Casa da Camara, em cujo pavimento térreo está a Cadeia,
:

imponente cascata com differentes saltos. a Egreja Matriz, com elegante campanário, situada em bonita e
espaçosa praça a Egreja do Rosario, com seu cemitério a ca-
; ;

PARAHYBUNA. Com essa denominação foi elevada á ca- pellinha de N. S. dás iVíercês, onde existe uma mesa, em cuja
tegoria de villa a parochia de Santo Antonio de Juiz de Fôra face superior vê-se estampado um pé, que a crença popular diz
pelo art. VI II da Lei Prov. n. 472 de 31 de maio de 1850. Per- ser a pégada do beato frei Galvão, quando alli pregava em missão
deu a denominação de Parabybuna pela de Juiz de Fóra pelo christã a Casa do Mercado. Conta também um hospital de mi-
;

art. \lll da de n. 1.262 de 10 de dezembro de 18'à5. Vide /íííV sericórdia. Sobre o rio Parahytinga ha uma extensa e alta ponte.
da Fóra. O mun. confina ao N. com o de Taubatê p la Serra do Quebra
PARAHYBUNA. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, á Cangalhas a NE. com o da Lagoinha pelo morro da Gramminha
;

margem dir. do rio do .seu nome, ligada á estação da E. de F. e estrada do Palmital a B. com o do Cunha pela velha estrada
;

Central do Biazil, que fica na margem opposla do rio, por uma de Ubatuba a SE. e S. com os muns. da Natividade e Ubatuba
; ;

ponte de ferro. Existem ahi uma


elegante capella gothica de N. sendo as divisas com este pelo alto da serra do Mar e a O. com
;

S. do Monlserrate, uma estavão da extincta companhia União e os muns. do Parabybuna e da Redempção. O mun. é montanhoso,
Industria, eo Registro de guias de café. E' ligada ao Porto das cortado por estreitos valles e coberto de capueiras, notando-se
Florei |.or uma linha de bonds. Houve ahi sobre o rio uma ponte ainda insignificantes e raros trechos de m:ittas virgens, que es-
de madeira que foi incendiada pelos revolucionários de 184 .
caparam ao nosso destruidor systema de lavoura. No centro,
Nessa pov. fica a elevada e extensa montanha toda de pedra e ladeada pelo rio Parahytinga ejielo ribeirão do hapéo, estende-se
'

denominada Pedra do Parah>jbuna. a pequena serra do Chapéo, com seu ponto culminante no morro
do Pico Agudo, onde se encontram campos naturaes, que também
PARAHYBUNA (Dòres do). Parochia do Estado de Minas existem na serra do Mar. A E., nas circumvisinhanças da Ponte
Geraes. Vide n Jres do Parahybuna, Nova, o terreno elevado toma a configuração de ama chapada com
PARAHYBUNA. Antiga com. de terceira entr. do Estado extensas ondulações, que vão morrer na raiz da serra do Macuco.
de Minas Geraes, creada e classificada pela Lei Prov. n. 464 de 22 O mun. é regado pelos rios Parahytinga, Parabybuna, Chapéo
de abril de 18.50, Dec. n. 687 de 26 de julho de 1850, Leis Provs. Grande, o Ipiranga, o Turvo e diversos outros. Abundam nelle a
ns. 710 de 16 de maio de 18.55 e 1.740 de 8 de outubro de 1870, pedra de amidar e a de construcção. Nas divisas com o mun. de
e Dec. n. 5.049 de 14 de agosto de 1872. Comprehendia o termo Taubaté, no logar denominado Perobas, existem depósitos de pedra
de Juiz de Fiu'a. calcarea. Consta também existirem jazidas de ouro no chamado
sertão de Ubatuba. A pop. do mun. é de 15.00) habs Os princi-
PARAHYBUNA. Estação da E. de P. Central do Brazil, á paes productos de sua lavoura são: café, algodão, fumo e cereaes.
margem esq. do rio de ,seu nome, entre as estações da Serraria e A criação de gado é pequena. Orago S. Luiz e diocese de S. Paulo.
do Espirito Santo, a 225,483 kils. distante da Capital b'ederal, e A 5 de março de 1686 íoram concedidas, nos sertões do Parahy-
a 335'°, 400 de altura sobre o nivel do mar. Fica na Linha do tinga, as primeiras sesmarias requeridas ao capitão-mór de Tau-
Centro e lOslado de Minas Geraes. .Vgencia do correio. Aparte baté Pelippe Carneiro de Alcaçouva e Souza, pelo capitão Matheus
eUrada de Serraria a Parabybuna (13,661 kils.) foi inau-
des-sa Vieií-a da Cunha e João Sobrinho de Moraes, que allegaram querer
gurada a 20 de setembro de 1874 e de Parabybuna a Espirito povoar aquella região. O sargento-mór Manoel Antonio die Car-
.

PAR — 71 - PAR

valho, juiz das medições e sesmarias da então villa de Guai'atin- A pop. é de 6.000 habs. mais ou menos. —Possue a estrada que
guetá, que tinha ido explorar todo o sertão, apresentou ao gover- da villa vai á estação de Guararema a que vai á cidade de Mogy
;

nador, capitão general D. Luiz Antonio de Souza Botelho e das Cruzes, a que vai á cidade do Parahybuna, e a que vai á
Mourão, requerimento de vários povoadoi-es para que lhes fosse Santa Branca. A' distancia de seis kils. da villa existe uma
dada licença afim de fundarem, junto ao rio Parahytinga. entre lindissima cascata, formada pelo rio Tietê. Comprehende os
Tauhaté e Ubatuba, uma nova povoação. Essa petição foi deferida baii'ro3 de Santo Antonio do Pvio Abaixo e Turvo. Foi desmem-
a 2 de maio de 1769, dando o governador á nova pov. o nome de brada da com. de Mogy das Crizes e annexada á de Santa
S. Luiz e Santo Antonio do Parahytinga, e á egreja a invocação Branca pela Lei a, 470 de 22 de dezembro de 1896.
deN. S. dos Prazeres. A localidade tem hoje como seu padroeiro PARAHYTINGA. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun.
S. Luiz, bispo de Tolosa. A 8 de maio do mesmo anno de 1769, o
da Redempção
sargento-mòr Manoel Antonio de Carvalho foi nomeado fundador
e g ivernador da nova pov. E' digno de nota o favor constante da PARAHYTINGA. Log. do Estado de S. Paulo, no mun.
ordem de 18 de maio de 1771, que obrigava os senhorios a com- da cidade do Cunha,
prarem as bemfeitorias dos que, estando arranchados em terras
alheias, quizesssm mudar-se para a nova pov. A 31 de março de PARAHYTINGA. Rio do Estado de S. Paulo, verte da
1773 tbi a localidade elevada á villa, noticia que pelos seus habs. serra da Bacaina, reune-se ao Pa ^ahybuna e juntos formam o
foi recebida com alvoroço e alegria. Em galardão dos serviços pre- Parahyba do Sul. Recebe os ribeirões do Itahim, do Entrecosto,
stados i;or Manoel Antonio de Carvalho, que também íora encarre- do Retiro, do Chapéo. do Turvo, do Vidro, do Affonso, Indaiá,
gado de fundar outra pov. na barra do Parahybuna, foi elle no- Varzinha, Taboão.sinho, Matto Dentro. Curral. Banha os muns.
meado por Patente de 10 de fevereiro de 1775, sargento-mór das do Cunha, de S. Luiz do Parahytinga e de S. Jo.sé do Para-
orde lanças de S. Luiz do Parahytinga e Santo Antonio da Parahy- hytinga'
buna, com jurisdiceão sobi-e as pes.soas da governança das duas PARAÍSO. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes. termo
villas. Rápidos foram os progressos da nova villa, que parecia des- da com. de seu nome, assente no cimo de uma montanha. Por
tinada a adquirir grande prosperidade. Os resultados, entretanto, seu território coi-rem os rios Fundo, Palmeira, Sant'x-\.nna, Santa
não co-Te.sponderam a tão grandes esperanças. A agricultura, ainda Barbara, Lizo, Guardinha e outros. Ha dentro dos limites da po-
rudimentar, es.acionou por longos annos, na cultura de cereaes, voação, por detrás do cemitério publico, no meio de risonha
e S.3 muito modernamente se deu começo ao plantio do café e do campina, uma grande lagoa de 2U0 bradas de extensão, mais ou
algnd;"co. Foi elevada á cidade por Lei Prov. n. 44 de 30 de abril menos, na qual abundam peixes. Seu território compõe-se de
de 1857. E' com de primeii'a entr creada pela Lei Prov. n. 29 de campos e mattas, encontrando-se nestas excellentes madeiías de
17 de abril de 1875 e clas^^i ficada pelo Dec. n. 5.918 de 15 de maio construcção. Orago S Sebastião e diocese de S. Paulo. Foi
do jnesmo anno. Tem diversas esclis. pubh. de inst. prim. e creada parochia pelo art, I § II da Lei Prov. n. 714 de 18 de
agencia do correio. O mun. é servido por duas estradas princi- maio de 1855. Villa em virtude da Lei Prov. n. 1.641 de 13 de
paes, uma que liga Ubatuba aTaubaté e outra que o atravessa de E. setemb.'© de 1870, que não só elevou-a a essa categoria, como
a O. ligando Parahybuna a Cunha. Para cada um de seus bairros, e para ella transferiu a séde do mun. de S. Carlos do Jacuhy,
em todas as direcções, ha estradas municipaes, notando-se entre creado pelo Alvará de 19 de julho de 1814. Installado o mun do
estas a da fabrica de tecidos de Santo Antonio, que tem um pon-
.

Paraiso em 12 de setembro de 1871 foi elevado á categoria de


tilhão sobre o rib -irão do Chapéo. Dista 19) kils. da capital do cidade pelo art. VIII da Lei Prov. n. 2.042 de 1 de dezembro de
Estado, 48 de Taubaté, 30 da Redempção, 40 do Bairro Alto, 33 187 Incoi"porada á com. de Passos pelo art. I § II da de
da Natividade, 51 de Ubatuba, 58 de Cunha, e 24 da Lagoinha. ns 2.378 de 25 de setembro de 1877 e á do Musambinho pelo art. I
No rio Parahybuna ha duas cachoeiras muito altas e lindissimas, da de n. 2.687 de 30 de novembro de 1880, á de Passos pelo
e no ribeirão do Turvo outra, cujas aguas despenham-se por di- art. V da de n, 3.276 de 30 de outubro de 1834. Classificada
versos degráos de pedra, de altura superior a 10 metros. Fica a com. de primeira entr. por Acto de 22 de fevereiro de 1892. O
6,6 kils. da cidade, de onde, em noutes de viração favorável mun., em 1892 comprehendia ás parochias da cidade, do Espi-
ouve-se o fragor da quéda das aguas. Rio acima, no sitio de José rito Santo da Pratinha, do Garimpo das Canoas, de Passos, e de
da Rocha, dous meti'os distante da barranca do Parahytinga, Peixotos. A cidade tem 3 eschs. publs. de inst. prim., uma das
ha lima curiosa nascente de agua mineral, que brota em rede- quaes nocturna, creada pelo art. I § IV da Lei Prov. n. 3.162
moinho, com muita abundância e impetuosidade. Sobre suas de 18 de outubro de 18S3. Agenciado correio. Sobre sua divisas
divisas vide Leis Provs. de 4 de marco de 1842 ; de 8 de abril de vide arts. V e VIII da Lei Prov. n. 2.084 de 24 dezembro
1853 n. 21 de 29 de abril de 1854 de 18 de abril de 1863 ; de
; ;
de 1874.
14 de março de 1865 ; n. 49 de 12 de abril de 1865 ; de 25 de
abi-il de 1865 ; de 8 de julho de 1867 ; de 7 de julho de 1869 ; n. 4 PARAÍSO (S José do). Cidade e mun. do Estado de Minas
de 21 de fevereiro de 1870 ; n. 15 de 15 de marco de 1872 ; de 30 Geraes, na com. do seu nome, no cimo de uma vei-dejante collina,
de abril de 1873 ; n. 128 de 25 de abril de 1880. Comprehende formando um immenso planalto de fácil declive. « De qualquer
os bairros Alvarenga e Santo Antonio, com uma fabrica de dos pontos cardeaes, escreveu-nos o vigário Nascimento Braga,
tecidos. ella pela posição em que se acha, apresenta ao viajante um
quadro risonho e encantador nas bellezas naturaes que a cercam.
PARAHYTINGA. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, na Ao poente está o grande e elevado pico da serra do Machadão,
com. dí Santa Branca, sobre uma collina algum tanto elevada, contraforte da Mantiqueira ; ao nascente os pincai'os da serra do
á margem esq. do rio do seu nome. Suas ruas sao em geral Pellado, outro contraforte, foi-mando uma extensa cordilheira
rectas e brgas, e térreas as casas. Seus .principaes edilicios bordada de enormes e verdejantes pinheiros, apresentando uma
são : a egreja matriz, as capellas do Rosario e Santa Cruz e a paisagem deslumbrante. A cidade não é banhada por nenhum
casa da camará, que também serve de cadeia. Dista uns 45 rio : mas tem em compensação quatro chafarizes com boa agua,
kils. de Mogy das Cruzes, 20 de Santa Branca, 42 de Jacarehy,
construídos pelo povo e com os esforços do virtuoso capuchinho
36 de Parahybuna e 27 da estação de Guararema. Orago S. José Fr. Caetano de Messina A lavoura, que é muito florescente pela
e diocese de S. Paulo. Correm diversas versões a respeito da fun- uberdade do solo, é também muito variada Ha 12 annos mais ou
dação dessa pov., mas nenhuma delias repousa e n bases seguras. menos, cultiva-se no mun. café, que já pi-oduz mais de 30.000
Por um traslado de escriptura publica encontrado no archivo da arrobas annualmente, producção que será triplicada em pouco
Camara Municipal sabe-se que o terreno que .serve de Rocio foi tempo, attendendo-se ás grandes plantações que se tem feito.
comprado em 183S pelos alferes José Luiz de Carvalho, Domingos Também cultiva-se muito fumo e cereaes, e fabrica-se muita
Freire de Almeida, Francisco Gonçalves de Mello e Aleixo de aguardente, algum assucar e outros productos dacanna. Existe
Miranda e i or elles doado para aqueíle mister. Foi a pov. elevada em pe .|uena escala a industria pastoril, exportando o mun. algum
á freg. pela Lei Pi-ov. n. 17 de 28 de fevereiro de 1838 e á cate- gado bovino. A pop. do mun. pôde ser boje calculada em 20.000
goria de villa pela de n. 9 de 21 de março de 18,57. Tem eschs. habs. O clima de todo o mun é muito saudável, não se conhe-
publs de intr. prim. Agencia do correio. — O mun. confina com cendo nenhuma moléstia endémica » «Esta pov. diz o .Sr. Ber-
os de Santa Branca. Parahyljuna e Mogy das Cruzes. Seu ter- nardo Saturnino da Veiga, que foi outr'ora conhecida |;elos nomes
ritório é geralmente montanhoso e coberto de mattas percorrido
;
de Campo do Lima, Formiguinha e S. José da Formiga, e que
pela serra do Una, e regado jielos rios Tietê, Parahytinga, Claro teve o primeiro destes nomes por contar entre os seus jirimitivos
e diversos outrts— Cultura de fumo, café e diversos cereaes. habs. o finado José .\.Ives de Lima, que deu-lhe o grande patri-
Criará;) de gado. A industria é representada por diversas fabricas mónio que tem, está situada em lindíssimo local de risonho e
de fumo, que produzem tres a quatro mil arrobas por anno. aprazível aspecto que perfeitamente justifica' a graciosa dano-
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niinação q\ic tem de Paraíso, que lhe cabe com verdade ]ielos paraíso. Ilha do Estado de Matto Grosso, no rio Paraguay,
encantos na Luraes de sua íormopa collocação. . Tem a cidade, . a meia hora de viagem da ilha Falha ou P"aya. E' formada pelo
além du matriz. Tima capella dedicada a N. S. da Soledade, Paraguay-mirím, braço daquelle rio. Também a denominam
outra a X. S. do Rosario, e uma terceira, sob o patrocinio de Paraguay-mirim. No tempo das aguas fica completamente
S. Mij,'uel, eríiuida no cemitério (que está laem conservado), por submersa.
iniciativa e esforços de Fr. Caetano de Messina. Possue apov. paraíso. Igarapé do Estado do Amazonas, no mun. de
qiiasi 3()0 ca=as, das quaes cerca de .50 construídas nos últimos Manicoré.
annos : um <ji-ande ediíicio destinado a servir de casa de mise-
ricórdia, cuja construcçijo foi promovida pelo virtuoso e dedicado paraíso. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. de
Fr. Caetano, e que ainda nào foi inaugurada, funccionando alii Muaná e desagua na margem esq. do rio Atuá, trib. da bahía de
a Camara Municiiial. e uma jiequena e pouco segura cadeia. » Marajó.
Orago S. Joíé o diocese de S. Paulo. O art. XIX da Lei Prov. paraíso. Rio do Es'ado do Rio de Janeiro; vae para o
n. 472 de 31 de maio de 1850 elevou essa povoação, que era então rio do Registro, aíf. do Cherem,
o curato de S. José das Formigas, á freg. coma denominação
que ora Unn. Pertencia ao termo de Pouso Alegre, do qualjoi paraíso. Córrego do Estado de S. Paulo, banha a com. de
(íesmembrada c incor]jorada ao de Itajubá i)ela Lei Prov. n. 766 Pirassununga e desagua no ribeirão do Roque.
de 2 de maio deiS.56. Foi elevada á viíla pela Lei Prov. n. 1.396 paraíso. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o mun.
de 2."3 de novembro de 1867 e reljaixada dessa categoria pela de de Lençócs e desagua no rio deste nome. Em sua margem esq.
numero 1 .587 de 24 de julho de 1808, que incorporou-a ao mun. está assente a villa deS. Manoel do Paraíso.
de Poiísd Ali',ure. Restaurada villa pela Lei Prov. n. 1.882 de
15 de julho lie 1872. foi installada em 25 de janeiro do anno se-
paraíso Ribeirão do Estado do Paraná separado dos ri-
.
;

beirões Patinhos e Potunan por divisas excessivamente acciden-


guinlc'. El 'vuda á cidade pelo art. X da Lei Prov. n. 2.084 de
tadas. Deve ser atravessado pelaE. de F. que se projec a entre
24 de (lezciiiljro de 1874. Foi ci'cadacom. pelo art. I da Lei Prov.
Antonina e Assunguy.
n. 2.()S3 de 3iJ de novembro de 1880 e classilicada de segunda
ent. pchi Dec. n. 9.298 de 27 de setembro de 1884 e Acto de paraíso. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. do rio
22 de fevei'eirode 1892. A parochia da cidade tem esclis. publs Cahy. ( Eleutherio Camargo.)
Agencia do correio. O mun. é constituído pelas parocliías da
cidade, deS. João Baptista das Cachoeiras, N. S. da Consolação
paraíso. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o
mun. de Caldas e desagua no rio Jaguary.
do Capivary, Santa Rita do Sapucaliy-mirim e Conceição dos
Ouros. Sobre suas divisas vide, entre outras, a Lei Prov. n. 2.981 paraíso. Córrego do Estado de Minas Geraes, aíl'. da
de 12 de outubro de 1882. Com]ireliende os povs. Moradores margem dir. do rio Carandahy.
Novos, Lainbary, Kmbirussú, Bambuhy e Lava-pés.
paraíso. Córrego do Estado de Minas Geraes, no mun. do
PARAÍSO. Villa do Estado de S. Paulo. Vide Manoel do Carmo do Paranahyba. Corre para o rio deste nome.
Paraíso (S.).
paraíso. Córrego do Estado de Minas Geraes, no mun. de
PARAÍSO. Villa do Estado de S. Paulo. Vide Rita do Pa- S. Paulo do Muriahé desagua no ribeirão João do Monte, aft'. do
;

raizo (Santa). rio Muriahé.

paraíso. Villa p mun. do Estado de Goyaz, creada pela paraíso. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nasce
Lei Prov. n. 068 de 29 de Julho de 1882. Drago Divino Espirito serrinha do Venceslau, perto da fazenda do Allemão, passa pelos
Santo (lo Jatahy. Vide Jatahij. povs. do Paraíso e da Biríboca e lança -se no rio Grande. Recebe o
ribeirão do Jardim.
paraíso. Log. do Estado do Pará, no lago Grande do rio
Nhanuinilá. mun. de Faro. paraíso. São assim denominadas duas cachoeiras existentes
PARAISD. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de
no mun. de Abaeté, Estado de Minas Geraes. Sobre ellas escrevem-
IMiritiba.
nos : « córrego do Paraíso e o ribeirão da Ponte de Pedra
correm parallelos intermediando entre elles um espigão servem :

PARAIS3. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Rio e,sses rios de per])endiculares á linha que fórma o cimo de uma
Formoso. Ila outros logs. do mesmo nome no dist. de S. Benedicto elevada muralha de granito, do qual se despenham os dous rios
do rauu. de Quipapá e nos muns. de Itarabé e Muribeca. formando duas bellissimas cachoeiras, mui perto uma da outra.
paraíso. Log. do Estado das Alagoas, em SanfAnna do ;, Por cima destas cachoeiras, cerca de tres kils. ha uma ponte de
Panema, Quitunde e Porto Calvo. i pedra formada pela natureza. Ficam essas cachoeiras em terrenos
paraíso. Log. do Estado doE. Santo, no mun, de Itaba- da fazenda da Barra do Borrachudo, oito kils. distante da barra
poana. deste rio no S. Francisco. »

paraíso. Pequeno pov. do Estado do Rio de Janeiro, no paraíso. Rio do Estado de Goyaz, aíF. do rio Claro, trib. do
mun. da Barra Mansa : com eschola. Paranahyba.
paraíso. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na freg. de paraíso. Rio do Estado de Matto Grosso, alT. dir. do rio
S. José da liòa Morte. Verde, galho do Paraná. Cerre em leito de areia e cascalho,
sendo altas su-is margens. Recebe os ribeirões da Jacuba e das
paraíso. Bairro do mun. de S. Manoel do Paraíso, no Pedras e, após um curso de 35 kils., afflue, tendo 16 metros
Estado lie S. Paulo. na foz.
paraíso. (S. José do). Bairro do mun. de Jaboticabal e paraíso das flores. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
Estado de S. Paulo.
no mun. de Santa Thereza, com eschola.
paraíso. Pov. do Estado de Minas Geraes. no mun. de
paraíso terrestre. Log. do Estado do Pará, no mun.
Itabira. Orago SanfAnna. Tem uma escli. publ. de inst. prim.
creada pelo art, I § I da Lei Prov. n. 2.721 de
de Mojú, com uma esch. publica.
18 de dezembro
de 1880. PARAMAHÚ. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun, de
paraíso. Log. do Estado de Minas Gsraes, Marapaním e desagua no rio deste nome (Inf. loc).
no dist. do
Vermelho Velho e mun. do Caratinga. PARAMAJÓ-MIRIM. Igarapé do Estado do Pará, na freg.
paraíso. Pequena pov. do Estado de Minas Geraes, na do Conde.
ireg. do Furquim e mun. de Marianna com uma capella.
; PARA-MIRIM. Parochia do Estado da Bahia, no mun. de
paraíso. Estação da B. de F. do Carangola, no Estado do Agua Quente. Orago Santo Antonio e diocese archi-episcopal de
Rio de Janeiro. Denomiiiava-se S. Pedro. Uma estrada parle S. Salvador. Foi creada parochia pelo art. I da Lei Prov. n. 2.236
dalii e vai terminar em Monte-Verde, antiga séde do mun. de de 6 de agosto de 1881, que desmembrou-a da freg. de N. S. do
Mon^e-^ erde. hoje denominado Cambucy, com 30 kils. de desen- Carmo do Morro do Fogo. Tem tres eschs. publs. de instr. prim.,
volvimento servindo aos muns. de Itaperuna e Cambucy. creadas pelas Leis Provs. ns. 2.242de6 de agosto de 1881, 1.360 de
18 de abril e 1.399 de 4 de maio, ambas de 1874. Informam-iios
paraíso. Serro, o mais Occidental dos que existem no mun distar esta freg. duas léguas da villa da Agua Quente, 12 da Villa
dc Monte-Alegre do Estado do Pará.
Velha, 18 de Caetité, oito da freg. de Cannabrava, 14 da villa de
34.611
PAR — 73 — PAR

Macaliubas. Além da matriz, tem as capellas do Rosario e do Pardo, e pela corrente deste acima até sua nascente, seguindo
Coração de Jesus. depois pelo cume da Serra Negra até ao varadouro ou isthmo, em
PARÁ-MIRIM. Moi-ro no mun. de Cliique-Chique direcção ao córrego ou ribeiro do Ararapira até ao mar, pela
e Estado
respectiva margem meridional que deve pertencer a e?ta Prov.
da Bahia.
Na falta de linha divisória clara, e decretada, seguimos esta
PARÁ-MIRIM. Rio do Estado da Bahia, trib. do rio Pojuca. por parecer a mais natural, e mais pronunciada sem prejudicar
Banlia o mun. do Coração de Maria. Recebe o riacho do Coxo. a nenhuma das Provs. limitrophes. Nó Relatório da Presi-
PARA-MIRIM. Rio do Estado da Bahia, desagua na bahia dência de 1856, veem traçados os limites desta Prov. com suas
de Todos os Santos defronte da ilha das Fontes. conterrâneas, mas quanto a esta linlia a obscmndade é a mesma,
como_ mostramos no artigo de S. Paulo. E para nossa justi-
PARÁ-MIRIM. Rio do Estado da Bahia, aíT. da margem dir. ficação, aqui a consignamos. Foi um erro não se haver dado por
do rio S. Francisco. E' aiirifcro. Dizem nascer na serra das Almas. limite a esta Prov., a Ribeira de Iguapé até ao mar, seguindo
Diz o engenheiro Halfeld que esse rio na occasião das cheias do depois o seu' afí'. Itapirapuan, conforme traçamos no nosso
S. Francisco, dá navegação por insignificante distancia acima da
mappa, até encontrar as nascentes do Itararé. Era uma fron-
sua barra. Recebe os rios do Morro, Barra, Pires, Caixa, Mamonas teira mas bem definida, de fácil demarcação, e pouparia no
e diversos outros.
futuro conflictos, que a confusão que existe, promette. Eis o
PARÁ-MIRIM. Lago do Estado da Bahia, em frente á pa- que diz o artigo do Relatório de 1836, a que acima nos referi-
rochia de Santo Antonio do Pará-mirim. mos : « Com a Prov. de S. Paulo. No littoral o isthmo do
Varadouro, que divide o mun. de Paranaguá do de Cananéa, é
PARAMOPAMA. Rio do EstadjD de Sergipe, afF. do Vasa
um dos pontos da linha divisória com a prov. de S. Paulo.
Barris. Fórma o porto de S. Christovão.
Se o canal do Varadouro, de ha tanto tempo projectado, e de
PAR,ANÁ. Estado do Brazil. Limites. —
Seus limites actuaes tão fácil execução, estivesse aberto, de modo a pôr em commu-
são : ao N. e NE. com o Estado de S. Paulo a E. com o Oceano ; nicação as aguas da bahia de Paranaguá com as de Trapandé,
Atlântico a SE. ; com o Estado de Santa Cathai'ina ao S. com : nenhuma duvida ha que ao Paraná e não a S. Paulo deveriam
o do Rio Grande do Sul a SO. com a Província de Corrientes da
; pertencer os muns. de Cananéa, Iguapé e Xiririca,' os quaes
Republica Argentina; e a O. com o Estado de Matto Grosso e Re- teem com a capital daquella pi-ov., relações mui difficeis e
publica do Paraguay. Lê-se no Atlas de Candido Mendes « A sua : apenas officiaes. Em
serra acima, outro ponto da linha divisó-
maior distancia de Norte a Sul, excluindo o território entre os rios ria é o Itararé, no logar em que este rio atravessa a estrada
Iguassu e Uruguay, disputado por Santa Catharina, é de 66 léguas geral, que segue de S. Paulo ao R. G. do Sul. Não está defi-
e desde a maigem esq. do rio Paranapanema á dir. do Iguassu, e nitivamente ti'açada a linha que liga o ponto do Varadouro
83 légua s á margem dir. do rio Uruguay e de 120 léguas desde
: com Itararé, «e a esse respeito existe até a mais completa falta
o Oceano na margem dir. do córrego Ararapira, á margem esq do . de conhecimentos.» Não havendo satisfactorias noticias topogrã-
rio Paraná, onde o Iguassii faz barra. O seu littoral marítimo é I)hicas de todo o território intermédio, attento o seu estado de
diminuto, enão pôde exceder de 25 léguas, excluídos os recôncavos incultura, nenhum parecer se pôde agora dar sobre a linha
das bahias de Paranaguá e Guaratuba. Este Estado até o anno de divisoi-ia mais conveniente. Do Itarai'é, na direcção de O., é a
1853 fazia parte da Prov. de S. Paulo, e constituía o território da linha divisoina natural o curso deste rio, até a sua confluência
comarca de Curityba, cujo território fòra regulado por Alvará de no Paranapanema. Tal é, por este lado, o que com efléito
19 de fevereiro de 1812, e se mantivera com os mesmos limites até apontam as cartas geographioas que existem das provs. do Pa-
a sua elevação á Prov. pela Lein. 704 de 9 de setemljro de 1853. raná e S. Paulo, « ainda que não conste de documento algum
Até á data de seu desligamento de S. Paulo, nada ha de notável que se haja tomado, sobre este objecto, qualquer deliberação
em sua historia mas é tão somente por ser a parte daquella
; offlcial.» Com a Prov. de Santa Catharina. São mui duvidosos
Prov. da fronteira meridional que foi a ultima povoada e culti- os nossos limites por este lado. No littoral admitte-se como
vada. Ha ainda a notar que a área desta Prov. se compõe de divisa, uma linha recta tirada na direcção LG., da barra do
parte do território da Capitania de Martim Affonso de Souza, rio Sahy até uma aberta formada na serra do mar pelo morro
que alcançava o ponto mais meridional da barra do Paranaguá, Araracuára ao N., e do Ikrim ao S. Em serra acima, outra
e de parte dá de Pedro Lopes do Souza, na Terra denominada de parte da linha divisória, é de facto o rio Canoinhas, que sem
SanfAnna, sendo o mesmo território outrora occupado por indí- disposição nenhuma legal, separa o nosso mun. do Príncipe do
genas Carijós, como o de S. Paulo era pelos Guayanases, e o do de Lages. A Prov. de Santa Catharina reclama todo o terri--
E,io de Janeiro pelos Tamoyos. O território deste Estado, aliás tório que se estende desde Lages até ao Rio Negro que conflua
bem importante, é um dos menos conhecidos do Império, e pouco no Yguassú, e o que está comprehendido entre o Yguassú,
se pôde confiar nos dados topographicos que existem. Tem-se abaixo da confluência do Rio Negro e o Uruguay, ficando-lhe
feito explorações em diflerentes pontos da mesma, mas no geral portando incorporado todo o território de Palmas. Mas esta
ha grande obscuridade, e é o que confessa o Relatoiúo da Prov. pretenção « é manifestamente injusta » como o demonstiou em
de i86G, nas seguintes palavras « Não temos uma carta topo-
: 1855 a Assembléa Prov. do Paraná, em uma representação que
graphica. Desconhecida e comprehendendo vastos sei-tões, a dirigiii ao Corpo Legislativo, e em que propunha para linhas
antiga 5^ comarca de S. Paulo figura, ainda hoje nos seus divisórias entre as duas Provs. as seguintes I." O rio Ca-
:

mappas e é ahi que se estuda a geographia do Paraná. A carta


; noas, desde a sua confluência no Pelotas, até a confluência do
chorographica deJ. H. Elliot, citada todos os dias, não satisfaz rio Marombas ;
por este acima até á sua nascente principal, e
a esta necessidade. Existem, porém, alguns estudos, que pôdem desta em linha recta na direcção de L. até á serra do Mar;
ser colligidos. Assim os do valle do Ivahy, Alto Paraná, Parana- 2 o A serra do Mar, desde a intersecção desta linha atè ao
panema e Tibagy, cujas plantas acabam de ser levantadas os do ; parallelo da nascente principal do rio Sahy-guassú : 3." O rio
Cinza, Itararé, Jaguariahyva, Jaguaricatú e Ribeira em mappas, Sahy-guassú, desde a sua nascente principal, até o Oceano
até lithographados, do juiz commissario Theodoro Ochsz os dos : Atlântico Austral. A se querer deferir a petição dos habs. dos
muns. de S. José e Príncipe, a nova carta do littoral por Mou- Campos Curitybanos, entre Marombas e Canoas, como o indicou
chez, e do Baixo Paraná pelo capitão-tenente Salema Garção e, ; a mesma Assembléa, devem ser as linhas divisórias as seguintes:
finalmente, a exploração que vai ser feita no Iguassu, são, sobre l.o O rio Canoas, desde a sua confluência no Pelotas, até á
outros, dados que devem ser aproveitados. Convém que autoriseis sua origem principal, e desta na direcção de L. até á. serra do
a Pi-esidencia a contractar com os engenheiros Keller, ou com Mar; 2." A serra do Mar, desde a intersecção desta linha até
outros que oltérecerem melhores condições, o levantamento do ao parallelo da origem principal do rio Sahy-guassú 3.'^ O rio
;

jmappa da Prov. encarregando-se elles de mandar litographal-o


,
Sahy-guassú, até ao Oceano Atlântico Austral. Com a Prov.
na Europa. Bem sei que será um trabalho incompleto, mas do R. G. do Sul. Na hypothese de se admittir qualquer das
ficará dado o primeiro passo e estabelecida a base para as futuras duas linhas divisórias entre a Prov. do Paraná e a de Santa
correcções. » Já vimos no artigo da Província de S. Paulo o Catharina, a nossa linha divisória com a Prov. do R. G. do Sul
que occorreu sobre a fronteira septentrional desta Prov., ([ue nao é o rio Uruguay, desde a confluência do Canòas, no Pelotas,
tendo linha certa e descriminada, moveu-nos a deftnil-a tanto no até aos limites com Corrientes. Com a Prov. Argentina de Cor-
mappa de S. Paulo, como desta Prov. da seguinte fôrma, a rientes. Servem de limites os do Império. Com o Estado do
partir do occidente Tomamos o thaUveg dos rios Paranapanema
: Paraguay e a Pi-ov. de Matto Grosso. O rio Paraná. » Na
e Itararé, as margens esq., de um dos galhos do Apiahy, ea fronteií-a oriental ha o Oceano, que por si é linha definida e
dir. do outro mais oriental, e da nascente deste á do rio Itapira- demarcada ; e a serra Geral que separa o territ.'>rio paranaense
puan até á Ribeira de Iguapé, subindo por ella até á fóz do rio do de Santa Catharina, mas que ainda depende de demarcação.
DIGO. uHOti. 10
PAR — 74 — PAR

posto quo. jior ambas as Provs. seja reconhecido. A occidental, Além do que, «estando o Paraná de posse de todo o território'
pelo lado de Matto Grosso que se desenlia i)elo rio Paraná e seu de Palmas,» e havendo a Prov, de Santa Catharina afleciado-
thalwpg-, está decretada na Provisão ilo Conselho Ultramarino aos Poderes Geraes o direito e a reclamação, que ha longos
do 2 de'aí,'o3to de 17 IS, mas não demarcada, não se sabendo ao annos levantára ainda quando o mesmo território fazia parte
certo o destino das ilhas deste grande rio- E na parte que con- da de S. Paulo, parece evidente qxie só pela mais reprehensivel
fronta com a Repulilica do Paraguay, está depnidente de uin negligencia e criminoso abandono. podei'iam as autoridades
Tratadii com a mesina Uopiihlica. bem que o nosso direito á desta, consentir em semelhante esbulho. Já meu antecessor
margem es ^. do riu 1'urariá, não tenha sido contestado. Fresta a tinha representado contra a nova occupação, e em 23 de no-
fronteira nieridiíjiial, que em grande parte é contestada pelo vembro, reiterei suas solicitações para que o Governo Imperial
Estado de Santa Catliarina. Xo nosso mappa contemplamos no providenciasse de modo a evitar mais graves conflictos, decla-
território deste Estado, assim Cduio no de Santa Catharina a rando os limites que devessem ser provisoriamente guardados. »
área disputada, por ser objecto de litigio. Assim si o território lí continuando, diz ainda :«Dirigi-me igualmente ao Admi-
cm questão li/.er parte deste Estado, ainda que provisoxuamente, nistrador da Prov. de Santa Catharina, que, declinando da
o sen linúte meridional comprelienderá a margem dir. do rio questão de limites, fundou o sen direito na mesma posse que
Urugnav. o oriental os rios Maromijas e Canoas, e o occidental mantemos. Pa.sso a ler-vos o officio de resposta, qiie S. Ex.
os rins ou ribíirões de Santo Antonio e Pipiry-guassú. Prescin- se dignou dar-me, manifestando a resolução de conservar a
dindo dii terreno contestado os limites que assignalamos, são os collectoria estabelecida no districto de Palmas do Sul : Tenho
seguintes : ,\ão contestados
: o thalweg do rio Sahy-guassú presente o officio de V. Ex. datado de 23 de novembro pró-
ali suas fontes na serra Geral, e o rio Iguassu na parte que con- ximo passado, no qual V. Ex. trata a respeito do estabeleci-
fronta com a Confederação Argentina. Entretanto, na própria mento da Collectoria creada ultimamente pela Assembléa Le-
linha do Sahy-guassú, não obstante o auto da demarcação de 2 gislativa desta Prov., e que acaba de ser estabelecida na margem
de maio <le 1771, tem occorrido duvidas e conflictos de que dá dir. do rio Uruguay. Como V. Ex. bem diz. não se devendo
noticia o Relatório da Prov. de 1862, nas seguintes palavras : entrar na questão de limites entre esta e a Prov. do Paraná
« Havendo a Camara Municipal de Guaratuba me representado — questão esta já aflecta aos poderes competentes — reduz-se
sobre a conveniência de serem fixados oi limites desta com a pois ella a questão de interesses commerciaes, e sobre este ponto
Prov. de Santa Catharina pelo rio Sahy alim de cessarem os é que reclamo toda a attenção de V. líx. Sendo a renda desta
conflictos de jurisdicção, que de cjntinuo apparecem, resolvi Prov., em grande parte, devida ao imposto sobre os animaes,
levar ao conhecimento do Sr. Ministro do Império este negocio, que passam do R. G. do Sul para S. Paulo, cobrado na Col-
solicitando uma providencia que puzesse termo as duvidas. Poí lectoria do Passa Dous, reconheoeu-se que ella 'ia sensivel-
Aviso de 18 d'! dezembro do anno próximo passado foi-me deter- mente diminuindo, e que a Prov. ia tendo deficit considerável
minado que expedisse as necessárias ordens no sentido de ser de anno para anno. Estudada a causa, foi fácil de vêr, que
respeiladij nesta Prov. o «auto de demai'caeão do tei'ritorio de era o desvio de tropas, que se furtavam ao pagamento do im-
2 de m;iio de 1771, » emquanto pelo Poder competente não posto no Passa Dous. tomando a estrada de Missões a Guara-
fossem fixados os limites das duas Provs. ; e outrosim que puava, pelo campo de Palmas, desfalcando deste modo a já
entendendo-me com o Presidente de Santa Catharina, fossem muito diminuta renda desta Prov. O meio de sanar este des-
nonieadus dous engonh;iros. um por esta e outro i;or aqnella falque, que se tornava muito sensível á sua renda, era o esla-
Prov. [lara examinarem os limites duvidosos. Em resposta ao Ijelecimento de uma estação fiscal nas margens do Uruguay. em'
meu (illicio de 28 daquelle mesmo mez e anno. aqnella Pi-esi- terrenos desta Prov. disputados pela do Paraná, por onde pas-
dencia. eominunicou-me haver nomeado o tenente-coronel de savam os tropeiros, que se furtavam ao pagamento do imposto.
engenhrirns Luiz .José Monteiro para, com o nomeado por mim, Foi o que fe;; a Lei Prov. n. 542 de 15 de abril deste anno.
l^roceder aos necessários exames. Em vista di^to nomeando o Nada mais natural nem mais legal. E' verdade que a Prov. do-
engenheiro bacharel Mai'ine T. V. Chandler, marquei-lhe o dia Paraná tem pretenções á posse e domínio desses terrenos, mas
24 de março deste anno para encontrar-se em Guaratuba com Santa Catharina também as tem, fundadas em direitos incon-
aquelle tenente-coronel e dar começo aos competentes traba- testáveis. São portanto es:es terrenos litigiosos. A Prov. do-
lhos. Eis o ponto em que pára esta antiga questão delimites.» Paraná, que V. Ex. tão dignamente administra, creou nelle»
Mas esta que-tão não leve desenlace algum. Contestados : os uma estação liscal, a Collectoria do Xapecó portanto Santa
;

rios Ni',uro r lunús^ú ou Covó em toda siui corrente, até á fóz Catharina também podia estabelecer outra, sem dar logar á
do i'ib.Mr;io Synlo .Uilonio. Os direitos que invoca esta Prov. menor contsstação por parte do Paraná, que já tinha feito o-
para a incorporação do território entre os rios Iguassu e Uru- mesmo, e com o mesmo íim, a evitar o extravio de suas rendas.
guay fundaiu-se em que o mesmo território fazia parte da comarca V. Ex. não ignora que essa Prov. tem sua principal estação-
de Curityba, quando pertencia a S. Paulo, e haverem aquelles liscal no Rio Negro, bem como Santa Catharina no Passa Dous.
povos, ainda naquella época, devassado e colonisído esse ter- Mas como nem todas as tropas passavam na estrada geral de
ritório, oocupando-o com estal)elecimentos de lavoura e criação, S. Paulo, Paraná, Santa Catharina e Rio Grande, e assim
além da margem esq. do rio Negro, e no camjjo das Palmas. deixavam de sa'lsfazer o imposto a que eram obrigadas, essa
Estas lazõcs 1'oram largamente expostas era um opuscido do Prov. estabeleceu a estação fiscal do Xapecó, na estrada de
Consiilheiro Zacafias de Góes e Vasconcellos sob o titulo — Guarapuava mas os « terrenos sobre que foi estabelecida essa
;

Que.?tão de limites entra as Provs. do Paraná e a de Santa estação são os mesmos que as duas Provs. entendem são liti-
Catharina. e nos Relatórios da Presidência desta Prov. dos giosos. » Entretanto Santa Catharina nem sequer reclamou,
annos de ISõõ e IS.õb, 1863 e 1865. No anno de 1861. a criação porque comprehendeu que nisto havia importantes interesses
de unui Collei loria na margem dir. do rio Uruguay, no jionto commerciaes para o Paraná. Que razões tem pois o Paraná para
de Goyó-1'^u, |« r onlem do Governo Pi'ov. de Santa Catharina, protestar e mes.-no oppor-se, como V. Ex. poderá vèr das
provocou nov(js contlictos entre as duas Provs. Estando a inclusas peças olficiaes, que vão juntas, ao estabelecimento da
questão da limitação alíecta á Assemljléa Geral, julgava-se a estação fiscal de Santa (^íatharina nos mesmos terrenos que o
Pj'OV. do Paraná com posse provisória em um território de Governo ou a Assembléa Geral « ainda não resolveu á qual
perto de duas mil legoas quadradas, o que a de Santa Catha- das duas Provs. pertencem, » e aos quaes ambas se julgam-
rina cori testava, porque nenhum acto do Governo tinha-a decre- com direi to ?
tado. Este conflicto foi assim exposto no Relatório da Pro-
víncia de 186Õ : « Tres dias depois de haver tomado posse da Não questão de limites, porque seu estabelecimento
affecta a
administração, chegou ao meu conhecimento, por participação hoje nenhum direito dá a esta Prov., pi-incipalmente já estanda
do Collector do registro de Xapecó, que na margem dir. do esse negocio, como se sabe, submettido á decisão dos poderes
Uruguay, o Governo da Prov, de Santa Cathariilíi, mandara competentes não oflende os interesses commerciaes do Paraná,
;

estabelecer uma estação liscal, para arrecadação de impostos dos porque, com a medida tomada pela Prov. de Santa Catharina,.
animaes Cjue passam pelo Goyó-En, na estrada geral de Gua- não cessa, nem mesmo dlmlnue
a percepção do Imposto de
rapuava a Missões. Apresentara-se como agente desta estação Igual natureza da Prov. do Paraná. » Este conflicto sendo
o escrivão do registro do Passa Dous, Fernando Ignacio da levado ao conhecimento do Governo provocou uma decisão
Silveira que, levantando allj. em falta de casas, quatro barra- toda favorável ao Estado do Paraná, medida que foi muito
cas, e auxiliado por )ima escolta armada, se ju^edispunha a além do que reclamava este Estado, e consta do Dec, n. 3378 de
exigir dos ne,!;'ocianles uma contribuição que só poderia ser 10 de janeiro de 1835, e nestes termos concebidos: « Os limites
lançada por esta A.sscmbléa. E' fácil de comprehender que tal entre as Provs. do Paraná e Santa Catharina são jirovisorla-
medida teria de produzir consequências muito desagradáveis. mente fixados pelo rio Sahy-g\iassú, Serra do Mar, rio Ma-
PAR — 75 — PAR
rombas, desde suas vertentes até o das Can-jas, e poi- este até carana; a da Esperança, que serve de escoro ao grande planalto
o Uruguay. » Esta medida, justa e conveniente quanto á lÍJiha de Guarapuava e apresenta uma elevação de 1.3(55 metros
sobre o
do Saliy-gnassú, era demasiado violenta em relação aos outros nível do mar; a do Espigão entre as bacias do Urusuav
e do
pontos, e provocou ardentes reclamações dos prejudicados, de Iguassu, etc Nf sographia.— As bahias de Paranasuá e Guara-
fórma tal que o Governo, por Aviso de 21 de outuíjro do mesmo tuba são semeadas de muitas ilhas, das quaes salienlam-se as
anno, entendeu dever sustar a execução do referido Dec, seguintes: da Pescaria, do Rato, Capinzal e do Estaleiro,
mandando ouvir sobre a questão a secção do Império do Con- na
bahia de Guaratuba e na de Paranaguá notam-se a das Peças,
;
selho de Estado. O Dec. de 15 de janeiro mandava incor- IJOvoada e proiu-ia para a cultura da canna. do arroz e da man-
porar ao Estado do Paraná territórios em que havia da parte de dioca; ado Mel, onde sí acha a fortaleza de N. S. dos Prazeres;
Santa Catharina, posse antiquíssima, effectiva e incontsstada a Rasa, pouco productiva e sujeita a innnudaeões; a da Cutintra^
•como a parochia de S. João de Campos Novos e a dos Cuiúty- ssparada da antecedente por um arroio, montanhosa e fértil a\lò
banos i.Tnporlando além disto um enorme desfalque nas rendas Teixeira, do Lamim e Guararema, muito f^^teis; a do Itapema,
;

estadoaes, como se allega no rei. de 1865, artigo — CoUectoria Palmas, Albano, Biguá, Uvamiranga, Barbosa, Corisco, das
do Campo de Palmas. Esta questão é demasiado importante para Cobras, com um lazareto e abundante cantaria; e a do Pavuçá.
ser demorada, e muito convém que os poderes do Estado a re- A maior ilha fluvial do Estado é a das Sete Quedas, situada "no

solvam no interesse geral do paiz. Noticia histoi-ica. O território rio Paraná, abaixo da confluência do Ivahv, e que tem,
segundo o
que coustitúe esse Estado pertenceu á capitania de Santo Amaro, engenheiro Lloyd, 80 kils de extensão. Potamograpbia.— O Pa-
-que estendia-se até ás immediações da Laguna ou terras de raná, que nasce em Minas com o nome de Paranaliyba tomando
Sant'Anna, Por ordem régia de 17 d.> junho de 1723 foi elevado a
,

o de Par;;ná depois que se lhe junta o rio Grande. "Separa o


Es-
com., separada da de S. Paulo, com o titulo de com. de Parana- tado do Paraná do de :Matto Grosso e da Republica do Parao^uay.
,-guá sendo nomeado ouvidor o Dr. Antonio Alvares Lanhas Pei- Recebe do lado do Paraná o Ivahy, S. João, Piquiry Tatuhy
xoto. Por Alvará de 19 de fevereiro de 1812 tomou a denominação ou Itatú, S. Francisco ^. Jejuhy e Iguassu, E' neste' Estado que
de com. de Paranaguáe Cui^ytiba, ficando esta ultima villa como elle fórma o famoso Salto das Sete Quedas ^. O Iguassu desce da
séde da com. e residência dos ouvidores. Pelo Dec. n. 701 de 29 serra do Mar e, após um curso de mais de i.200 kils. liesagua
cie agosto de 1853 foi a com. de Paranaguá e Curytiba, até então na margem esq. do Paraná aos 25" 41' de lat, S. e 11° 40° de
quinta com. de S. Paulo, elevada á categoria de prov. com o long. O. do Rio de Janeiro (Azara) ou, sea-undo outros,
-nome de Província do Paraná e como tal installada a 19 de de- aos 200 35' 5" de lat. S. e lio 2V 6", 2 de long. O. do Rio
zembro desse mesmo anno pelo Dr, Zachavias de Góes e Va=con- de Janeiro. Recebe pela margem dir. os ri"os da Vár-
-cellos, seu primeiro presidente. Aspecto. — O Estado de Paraná zea, Turvo, Potinga, Claro, Palmital, Jordão, Verde. Ba-
seria uma extensa ilha, se algumas serras não se erguessem riguy, Poça- Una, Cavernoso, Camara, Sinimbu, Tiburcio, Deo-
em meio de sua linha divisória. Com eíFeito, o Paraná, o Iguassu, doro; e pela esq. o Negro, que muitos querem que seja o limite
o Paranápanema, o Itararé, o Iguapé, o Oceano banhanilo-o por entre Paraná e Santa Catharina, o Anta Gorda, Paciência. Barra
diversos lados, quasi que não lhe permittem o menorcontacto jior Grande, Ogei-isa, Escada. Batatal, Timbó, Lanca. Caclioeira,
terra com os Estados e republicas visinhasa O Estado mui natu- Pintado, Arèa, Jangada, Chopim e Santo Antonio, limite do
ralmente divide-se em tres r?giões distinctas: oriental ou do lit- Brazil com a Republica Argentina. Tem acima da (ov. do Cbopinr
toral, central e occidental, esta ultima comi)reheudida entre as o grande salto do Osorio. E' actualmente navegado desde ]:erto da
serras de Apucarana e da Esperança e o rio Pai'aná. A centL'al villa da Palmeira até o Porto da União, próximo do qual come-
aclia-se bem definida por aquellas serras e a extensa cordilheira çam seus temíveis saltos e corredeiras O Santo Antonio recebe
marítima. Clima, — Si o clima é quente e liumído no littoral, é
.

pela dir. o Tigre, Alencar, Taunay e Prado e pela esq. o Desem-


;
temperado e notavehnente sadio na região do planalto e na zona barqu'e, .Vntas, Pedras. Patos e Santo Antonio-mini O Tibagy,
.

dos Campos Gera°s. O inverno é rigoroso na segunda dessas o maiór aff. do Paranápanema, que quasi iguala em volume,
•regiões; durante elle cahe geada. \ima vez on outra, chegando nasce na Serrinha, chapada de cerca de 1.200 metros de altitude
algumas a cobrir o solo durante dias. A primavera é encantadora ao poente da cidade de Curytiba, corre a noroeste e desembocca
nos Campos Geraes, que tomam então a apparencia de um vastíssi- no Paranápanema a 103 kils. de distancia directa, abaixo do Salto
mo parque do estylo ingiez, quasi sempre extraordinariamente bello. Grande. Este rio é ainda muito encachoeiíado, mas o seu leito é
O Sr. William Braund, achando-se nacidade de Curytiba, obser- amplo e bastante profundo, transportando 157 metros ciibicus por
vou que, na estação fria, a mais baixa temperatura foi de 24*^ segundo no tempo da vasante na foz mede-se-lhj uma largura
;
(Fahr.) em julho e a mais alta de 100° em janeiro de 1871. São de 205 metros e uma profundidade de 2"i,48 no canal. Em outros
treqiientes as chuvas na mór. parte do anno. Saint Hilaire assim tempos, creio que pela guerra do Paraguay. um contingente de
se expressa: « De todas as partes deste paiz, que eu tinha percor- tropas desceu por este rio em direcção ao Estado de Matto Grosso,
rido, nenhuma existe onde se podess.i estabelecer com mais van- mas como perdesse gentJ e munições em algumits passagens pe-
tagem uma colónia de cultivadores euro]i_eus. EUes ahi achaviam rigosas das cachoeiras e o successo não correspondesse á e.\-pecta-
um clima temperado, um ar puro, os iructos de seu paiz, uuí tiva, nunca mais se re]i.;tiu uma tal empreza. Hoje alguns ne-
terreno onde sem esforços poderiam entregar-se a todos os géneros gociantes da colónia do Jatahy ainda se servem da navegação
de cultura a qu-; estão acostumados. » A prov. do Paraná, diz o deste rio e da do Paranápanema para o seu commevcio c<im
Dr. M. Costa gosa de merecida fama de muito salubre. O terri- aquelle Estado, mus como é negocio limitado e de pequ''.u' \u!i.i.
tório d'esta prov. pôde sjr dividido em tres zonas: 1», abran- a viagem se faz mais demorada, e atravez de diUlculiU' - ; ,-, m
gendo todo o littoral ; 2*, a chapada ou planalto de Curytiba 3», o
;

Campos Geraes, acima da Serrinha. Na primeira zona reinara as


malária, adys3nteria,a coqueluche e o sarampão nas crianças; as
febres typhoides e eruptivas e as alfecções gastio-intestihaes .A 1 iinrge.ii do rio Paraná logo acima da barrado P.rpiiry, e.xistein
febi-e amarella, que por tres vezes invadiu a prov. em 1S52, 1857 as minas da cidade liespmhola den miinada 'Ji\idad Real dai Giiayra.
e 1870, nunca passou desta zona. Na segunda aiiparecem febfes fundada em 1 w7 e abi\ndonad'i era iii31.
de caracter typhoide, affecções dos órgãos respiratórios, rheuma- - Na barra d'esse rio uotara-se as ruinos do Ouliveros. nidade fun-
tismo, sarampão, coqueluche e raramente a variola. A t3rceira dada e.n
.zona desfructa salubridade invejável. Ha localidades saluberrimas, 3 lissefamoso salto é assim descripto par .\znra: « Iiii.ng iiii uniia
como Ponta Grossa, com. de Castro, qu3 em 1381 nem um só iinmensa oataracta, digna de ser descripta por poetas, pois formada
óbito registrou. Entretanto ahi se encontram a morphéa. boubas pelo magestoso rio Paraná, que mesmo, neste logar, a i70 l.-i;uas de
e syphilis.» Orographia. — As sn^ras do Estado do Paraná per- sua foz, tem mais agua do que quasi todos os maiore.s rios da ICuropa
reunidos, e uma largura de 4.200 metros no ponto em que vai começar
tencem ao systema Oriental ou Marítimo e ao chapadão do Rio a despenliar-se. Esse riii, de tamanha possc^nçn, reduz-se do repente
Paraná. Deste destaca-se a serra dos Dourados, que não é mais a um estrr^ito canal de CO metros, no qual as aguas se precipitam com
do que um prolongamento da serra do Maracajii, que, ao ati'a- fúria ind.iscriptivel. Não caliem as aguas verticalmente, uiíis sim em
yessar o i'io Paraná, fórma o Salto das Sete Quedas. A cordilheira plano inclinado, no angulo de 50 gráos, dando uma quáda vertical de
Maritima em seu percurso pelo Estado toma os nom^s locaes de 17 metros. .\ neblina, produzida pelo embate das agms ms margens
desse cau'.! rte gr.inito e nos rochedos que se elevaoi ny n eio da cor-
Bocaina, Negra, Ararajiira, Cavoca, Mãi Cathira. Graciosa,
rente, fiirma coluainas de vapor, que se avistam a muitas léguas, e nas
Itnpava, Arraial, Prata, S. Miguel, liiiririm, etc. Della se de-- quies o solde enha innuaieros arco-ires. Uma chuva perpetua, [irodu-
prendem a Serrinha, cujo ponto culminante está a 1.215 metrns zida pel-x c )ndensaçíio do vapor d'agua. humedece as fl 'restas oircuic-
;acima do nivel do mar; a serra da Ribeira, que serve de extrema visinhas. O estampido da cataracta se ouve a 33 kils. de distancia, e,
entre as bacias do Tibagy e do Ivahy; a dos .Vgudos, cujo pro- na visinliança, parece que a terra treme.» O capitão Nestor Horba
.longamento para o S. tem as denominações de Furnas e Ai)U- tauibem descreveu esse S ilto.
;

PAR — 76 — PAR

mesmo procurar melhorar os rios nas passagens mais perigosas bordam sua barra, até á parte mais oocidental da bahia de
onde varam em terr;i onílmicações. Recebe numerosos tribs., Antonina. Communioa como Oceano por tres canaes ou barras,
entre os quaes .) Ciuaraiiiia, ISello, Imljituva ou Bifcuva, Biguá, denominadas do S. ou Ibopetuba, do Meio ou de Sudeste e do
Caniu. Imlaliú ou IjmI,u Imbausinho, Cará-cará,' Puga, Pa- N. Neila lançam-se os rios Nhundiaquara, Serra Negra, Guara-
pagaios, Guabiroba ^'a .
i
C'.ii ponhas, Peixes, Pitanguy, Ta- kessava, Cachoeira, Faisqueira, Sagrado, Itaqui, Ttiberé, Imbo-
cruary, Capivary, Pas-^ii làn-a'!" o oulros. Em suas inar.^ens estão guassú, Ribeirão e muitos outros. Neila ficam as ilhas do Mel,
a pov.' ib' N S'. i!o, la jii liais, porto da cidade de Castro, a co-
.
das Peças, da Cotinga, do Teixeira e diversas outras. A bahia
lónia niililar do Jalaby e o ald.-aiuento de S. Pedro de Alcantara. de Antonina é continuação da de Paranaguá e estende-se ao
Teia os saltos deaí.iuiiiados A|iai ado e Agudos, e as corredeiras NO. proximamente 10 kils. A bahia de Guaratuba, próxima das
Tira-fubá. Ababoras. Con;^oiilias, S. Francisco Xavier, Araras, divisas do Estado com o de Santa Catharina, fica, segundo
Tigre, Cerne, i;iguá o Sete Ilhas. E' navegável por canoas desde Roussin, aos 25° 52' de lat. S. e 5° 20' de long. O. do Rio de
sua luz alé á -lniiia militar do Jatahy E' também navegável Janeiro possue as ilhas da Pescaria, do Rato, Capinzal e do
i

no trecl:o coinin -1: ndido entre o rio Imbituva e a ponte da es-


;

Estaleiro. Pharóes, — O das Conchas, no morro deste nome,


trada 'de Ponla (irnssa-. O Ivahy nasce na serra da Esperança extremidade NE. da ilha do Mel, na entrada da babia de Para-
com o nome de vh> dos Palr.s. recebe em seu longo trajecto o Iva- naguá, aos 25° 32' 40" de lat. S. e 5° 7' 55" de long. O. do Rio-
hysinlio, o Pci\e. Tinto. Alonzo e Corumbatahy ' e desagua na de Janeiro o pharolete da Fortaleza, na bateria da fortaleza
;

margem esii. do Pararia aos 53» 50' de lat. S. e 10° 17' de long. da ilha do Mel, entrada da bahia de Paranaguá, aos 25° 30'
O do Rio lie Janeiro (IJoyd). E' navegável desde a foz até a cor- 55" de lat. S. e 5" 9' 10" de long. O. do Rio de Janeiro. Agri-
redeira do Ferro, necessitando desse ponto para cima de algumas cultura e industria. — Sua pruducção agrícola consta de herva-
obras ]iiira se lnrnar perfeitamente navegável a vapor. E' abun- matte, algodão, çanna de assucar ecereaes. A herva-ma;tte é a
dantissinio em peixe. O Negro nasce na serra domar e desagua fonte de sua exportação mais considerável. Suas florestas
na margem esq. do Iguassu, Recebe pela margem dir. o Passa abundam em pinheiros apropiúados á contrucção civil e a
Tres e Várzea e jiela esq. o S Lourenço, Turvo, Bntiá. Canivete, algumas industrias. A industria fabril, posto cj^ue não tenha
S.^João, Canoinhase Negrinho. Desagua por dous braços Cjue attingido ao escopo desejado, desenvolve-se e promette um futuro
formam a ilba do Presidente. Tem diversas cori-edeiras, taes aupicioso Além dos engenhos de lierva-matte, e de diversas
como a de Maetaca, Maetaquinba. o Palbanos, Espigãosinho, etc. fabricas de sabão e velas, que existem nas cidades de Para-
Recebe mais o Pien, o Passos. O Ribeira de Iguapé nasce na náguá e Curytiba, lia ainda muitos outros estabelecimentos
Serra Ueral atravessa os Estados do Paraná e S. Paulo e vai manufactureiros, taes como os de moveis, calçado, cbapéos,
desaguar no Oceano. Recebe no Paraná o Ribeirinha, Assunguy, etc. Em Curytiba e em algumas outras cidades ha fabricas
Ponta Grossa. Piedade, Ouro Fino, Bomba e outros. O Paraná- de cerveja, que é consumida no Estado; e no Batel, subúrbio
panenic, que divide S. Paulo do Paraná, recebe neste Estado o da capital, existe uma pequena xarqueada em que também
rio Itararé, da Cinza (que recebe o S. Francisco Xavier), o Ti- preparam-se bons presuntos, oleo, banha, sabão, velas e con-
bagy. Veririelbo e Pirapô, ein cuja foz no Paranápanema, existiu servas de carne. Em alguns muns. do interior fabricam-se excel-
a antiga reducçíio de N. S. do Loreto. O rio da Cin^a, um dos lentes queijos. A industria pastoiúl, de que os paranaenses tanto
maiores alls. da margem esq. do Paranápanema, corre geral- têm descurado, não obstante as óptimas condições das enormes
mente a nor-noroeste, atravessando sertão pouco conhecido e pastagens que possue o Estado parece querer desenvolver-se.
infestado de indios que dominam as uas grandes mattas. « Su- Estão sendo importados animaes de boa raça C|ue, pelo cruza-
bimos este rio cerca de tres kils., mas encontrámos em tão ouiHa mento, devem em pouco tempo dar excellentes pi'oductos. Viação.
extensão tantas cachoeiras, que desistimos logo de o examinar — A única E. de F. existente e em trafego é a do Paraná, da
por mais tempo. Até onde chegámos, o leito parece constituído Compagnie Générale de Cliemins de Fer Brésiliens. Esta estrada
por um só lageado duríssimo com rápido declive, por sobre o qual liga os portos de Paranaguá e Antonina á capital do Estado e se
correm aguas impetuosas e pouco profundas no tempo da vasante. prolonga: para o S. até á cidade da Lapa, devendo ir terminar
Na foz medimos-lhe uma largura de 168 metros, e um volume de na cidade do Rio Negro; e para O. até o Porto do Amazonas,
25 metros cúbicos jior segundo ». O Itararé, nasce na serra da devendo se estenrier até á cidade de Ponta Grossa. Tem (1803)
Ribeira, separa S. Paulo do Paraná e recebe o Vei»de, o Jagua- em trafego 287 kils. assim divididos: de Paranaguá a Curityba
ryahyva c o Jaguarycatú. O Guarakessava nasce na sei-ra de 111 kils., tendo sido entregue ao trafego a 2 de fevereiro de ISSõ;
Itapitangay, no Estado de S. Paulo, e desagua na bahia de Pa- Ramal de Antonina e Morretes 18 kils., tendo sido inaugurado a
ranaguá. Recebe o Utinga, Verde, Cedro, Trancado, Inhate, 18 de agosto de 1892; de Curytiba á Sei-rinha (bifurcação") 72 kils.
Branco, Piranga, Pardo, Pasmado, Costa, Morato, Palmeiras, da Seri'inha á Lapa 30 kils. ;da Serrinha á Restinga Secca
Canoas, Vermelho, Moleques e Panema do Norte. O Nhundiaquara 45 kils.; Ramal da Restinga ao Porto do Amazonas 10 kils.
fórma-se pela confluência dos rios Ipiranga, que nasce na serra Acha-se em construcçáo o trecho entre Restinga Secca e Pal-
de Itupava, e Mãi Catbira. Desagua na bahia de Paranaguáe recebe meira, com a extensão-de 17 kils. Estão estudados e vão ser
os rios Cary, Claro, Ponte Alta, Bom Jardim, Max-imíby, Pinto, construídos os trechos; da Palmeira á Ponta Grossa com 73 kils.
Passa Sete e Içapetanduba. O Uruguay recebe entre outros o e da Lapa ao Rio Negro com 60 kils. Pop. — Tem mais de
Chapecó, Arony e Pepiry-gua,ssú, este na fronteira da Republica. 300.000 habs. Instrucção. —
Em 1887 existiam no Estado 167
O Cbopim e o Chapecó têm as suas nascentes ao oiúente dos eschs. puis. de inst. prim., sendo 69 do sexo masculino, 39
Campos de Palmas; atravessam esses campos, correndo quasi do feminino e 56 promíscuas. Além dessas existiam mais 58
parallelumente em uma extensão de 17 léguas rectilíneas; eschs. subvencionadas, quatro municipaes e 20 particulares.
depois inclinam-se, o Cbopim para o Iguassu e o Chapecó para o Ha ainda uma esch. Normal que funcciona com poucos
Uruguay, precipitando-se no sertão, em vários saltos até á foz. alumnos, e o Gymnasio Paranaense, onde são professadas as
Nos camjios, entre os dous caudaes, estão a cidade de Palmas e a seguintes disciplinas: matbematica, francez, inglez, allemão,
freg. da Boa Vista, povoados brazileiros. O Várzea recebe o latim, portuguez, historia, geographia e philosoijlxia. Na esch.
S. Pedro, o Cahy, Vermelho, Turvo, Antas, Tres Barras, Aguas Carvalho funcciona também a esch. de Artes e Industrias,
Claras, l^angaré e Bituva. OS. João, trib. da bahia de Guara-
tuba, recetic o Pararangava, Araraquara, Pai Paulo, Carvalho,
instaliada a 6 de janeiro de 1887. Colónias Militares. — Existem
tres: a do Jatahy, creada pelo Dec. n. 751 de 2 de ianeiro de
Itinga ou l'inga. Serraria, Taquarabú, Castelhano, Estalleiro. 1851 e instaliada em 10 de agosto de 1855, está situada á margem
Millo, "\'ictorio. Claro, Nhun liaquara, Riosinho, Mello e Chapéo. dir. do i'io Tibagy, no mun. deste nome, e á esq. do ribeirão
Estes são os rios mais imporlanies do Estado ; de mais alguns Jatahy, defronte do aldeamento indígena de S. Pedro do Al-
oulros faremos menção adeante. Bahias. — Ade Paranaguá uma cantara.— A do Chopim, inaugurada em 27 de dezembro de 1882,
das mais vastas e bellas de toda a costa do Brazil, acha-se si- está assente á margem dir. do rio de seu nome e áesq. do Iguassu.
tuada entre os meridianos de 5" 0' 15", e ò" 37' O. do Rio de — A do Chapecó, fundada a 14 de março de 1882 e coilocada
Janeiro (Mouchez) e na lat. S. de 25" 32' 40". Tem de extensão em feliz posição estratégica e em terreno muito productivo.
EQ. proximamente 30 milhas, desde a ponta dos bancos, que —
Representação Federal. Dá tres senadores e quatro deputados.
Governador do Estado José Pereira dos Santos Andrade ; tomou
.

posse a 25 de fevereiro de 1896. A 1» Constituição é de 4 de julho


de 1891, e a 2a de 7 de abril de 1892. Bispado. Pela Bulla Ad
universas orbis ecclesias do papa Leão XIII de 5 de maio de 1892
' Na fóz do Coruiiib.-itoy acliain-se as ruínas de Villa Rica do Espirito foi creado um bispado nesse Estado. Capital. Curytiba, aos 25" 25'
Santo, iinportonto povoarão hespanhola fundadaíoiii 1576 e abandonada de Lat. S. e 6" 9' de Long. O. do Rio de Janeiro (Keller), a
eai 1631. 900 metros acima do nivel dó mar, cortada por tres pequenos
PAR — 11 — PAR

tribs. do i'io Iguassu (Belém, Ivo e lurevè) ; com hospital de cari- esse poder com a sancção do Governador. Art. Q." O mandato le-
dade, tlieatro S. Theodoi-o, Thesoui-aria geral, Escola Normal, gislativo durará dois annos. Art. 7.° O numero dos membros do
escolas Curvallio e Oliveira Bello, Museu, egreja de N. S. do Ro- Congresso poderá ser 4iugmentado, desde cj^ue, pelo recenseamento
sario, a Ordem Terceira de S. Francisco das Chagas, a imponente da pop. do Estado, se verifique c[ue a representação do mesmo
matriz e a eapella de S. Francisco de Paula, em ruinas. E' per- não corresponde a um deputado para 10.000 habs , não podendo
corrida por uma linha de bonds. inaugurada em 8 de novembro de porém, em caso algum, ser a mesma representação menor de 30
1877. \ cidade tem 20.000 habs. Eni 23 de abril de 1893 foram membros. Art. 8." O Congresso, independentemente de convo-
lançados os alicerces de uma universidade. Em 1804 foi essa ci- cação, se reunirá no dia 1 de oiitubro de todos os annos, na Ca-
dade íiocuiiada pelos revoltosos rio-grandenses. Cidades princi- pital do Estado, no edifício para esse fim designado e funccionará
paes: Antonina, sobre a angra de Itapema e na parte mais durante dois mezes consecutivos. Art. 9." As sessões do Con-
occidciUiil da bailia de Paranaguá, 17kils. a O. da cidade deste gresso poderão ser prorogadas ou adiadas pelo tempo que for
nome. Teve come;o em 1714, data em que, com autorisação de necessário, ajuízo da maioria de seus membros. Art. 10. O Con-
D. Fr;;iicisco de S. Jeronymo, bi^ipo do Rio de Janeiro, se erigiu gresso pôde ser extraoi'dinariamente convocado pelo governador
imi;i ^'.Iludia sob a invocae<ão de N. S. do Pilar, na fazenda da do Estado ou pela maioria de seus membros, por motivos
Grae: pertencente ao sargento-mór Manoel do Valle Porto.
=.i. de ordem publica, com designação do logar em que deve
Em ( !"novembro de 1797 foi a pov. da Graciosa elevada á villa elle reunlr-se, Cj[uando não seja possível fazel-o no lograr
com denominação de xintonina, em honra a D. Antonio, prín- já designado. Art. 11. O mandato não é imperativo. Art. 12.
cipe >Portugal, (^ampo Largo, a33kils. de Curytiba. 63 de Considera-se renuncia do mandato o não comparecimento
Palii;<-ira e 148 de Paranaguá. Castro, na margem esq. do Yapó, do deputado durante uma sessão annual Inteira, sem mandar
aos 24" 44" de Lat. S. (Dr. Acliez), com 10.000 habs. e criação excusa ao Congresso. Art. 13. Cada legislatura durará dons an-
de g; 'lo inarapuava, á margem dir. do rio Jordão, aos 2.5° 23' 30"
'
nos, não ))odendo o Congresso, em caso algum, ser dissulvido.
de I.íit. S. e 8" 16' 58" de Long. O. do Rio de Janeiro, com campos Art. 14. Em caso de vaga, por qualquer motivo, o Ge. "dor

fert;! ssinios. Lapa, antiga villa do Príncipe, entre o Iguassii e o mandará proceder á eleição para preenchimento da mesma vaga
rio da Várzea, aff. do Negi'o. Ahi morreu o bravo coronel Gomes logo C|ue receber a respectiva communlcação da Mesa do Congres-
Carneiro, a 6 de fevereiro de 1894, após 26 dias de heróica resis- so. Art. 15. As sessões do Congresso serão publicas, salvo quando
tencis contra o exercito de Gumersindo Saraiva, que havia inva- por motivos excepclonae?. for resolvido o contrario por dous térr-
dido (' Paraná. Morretes, antiga Nhundiaciuai'a, cidade central, eos dos votos dos deputados presentes. Art. 16. O Congresso
na niarjera dir. do rio deste ultimo nome, gi-ande exportadora de funccionará: §1.° Independentemente de maioria absoluta de
hervi;-mal,(e. com um importante engenho central e importantes seus membros para discussão das matérias da ordem do dia, du-
micleos coloniaes. Paranaguá, na margem esq. e próxima á foz do rante a hoi^a regimental, até serem esgotadas; § 2.» Com a pre-
Tiberé e na margem mericliunal da bahia do seu nome, a 9 milhas sença de dous terços pelo menos, cj^uando se tratar da votação :

da barra, com importante commercio, edifício da Alfandega e di- A) de projectos não sancclonados B) de concessões e privilégios;
;

versas egrejas. Sua matriz fica aos 25" 31' 15" de Lat. S. e C) de jirojectos de interesse individual, ou de auxílios a emprezas
50 20' 13" de Long. O. do Rio de Janeiro. Foi fundada em 1647 ou associações; D) de impostos que tenham por fim proteger in-
por Eleodoro Ébano Pei-eira e pelo capitão-mór Gabriel de Lara. dustrias exploradas com matérias primas estrangeiras em i)rejui-
Ponta Gr-issa, nos Campos Geraes, com criação de gado. Rio zo de outras dos mesmos productos exploradas com matérias pi-i-
Negro. Palmas, com magnificas aguas thermaes situada na mas nacionaes E) do augmento de despeza não incluída no
;

confluência do Chapecó como Goyo-Én. "\'illas principaes. Bo- orçamento; F) de despeza nova. mesmo C|ue seja proposta pelo
cayuva, em terreno mais ou menos plano á margem dir. do rio governo. e.xceptuadas as que forem projectadas para orgunlsação
Capivary, com 5.000 habs. Campina Grande, com commercio dos serviços públicos; § 3." Em regra, porém, as deliberações do
de lierva-matte e madeiras. Conchas. Guaratuba, na margem Congresso são tomadas por maioria de votos. Art. 17. Ó Con-
esq. da liahia de seu nome, a 1.500 metros do oceano. Guara- gresso reconhecerá os poderes de seus membros, elegerá a Mesa e
kes?ava, á beira-mar, na extremidade de uma península no promulgará seu regimento interno, sob as bases seguintes : § l.o
fundo cia grande bahia das Larangeiras. Imbituva (Santo An Nenhum projecto de lei ou resolução será submmettido á discus-
tonio do). Jaguai'yahiva, próxima da margem esq. do rio do seu são sem c^ue seja sido dado para ordem do dia, pelo menos 24
Home, aff. do Itararé. Palmeii*a, nos Campos Geraes, a 898 horas antes. § 2." Cada projecto passará por tres discussões.
metros acima do nivel do mar. Pirahy, á margem do rio de seu § 3." De uma a outra discussão o intervallo não poderá ser me-
nome, ali', do Yapó. Porto de Cima, banhada pelo Nhun- nor de 24 horas. Art. 18. O Congresso organisará sua secreta-
diaquara. S, José dos Pinhaes sobre um chapadão, a 2 ou 3 ria, fixando o vencimento dos respectivos funccionarios, que serão
kils, distante da margem esq. do rio Iguassu. S. José da nomeados pela Mesa. Art. 19. E' absolutamente incompatível o
Boa Vista, á margem dir. do ribeirão de S. José, aff. do rio exei-cicio de qualç[uer funcção publica com o mandato legislati-
Jaguaryahiva. Serro Azul, antigamente Assunguy. Tibagy, á vo, durante as sessões. Art. 20. Os membros do Congresso terão
margem do rio do seu nome. Votuverava. Tamandaré, antiga subsidio marcado em lei especial, na ultima sessão ele cada le-
freg. da Conceição do Cercado. Colombo, antiga Alfredo Chaves. gislatura para vigorar na seguinte. Art. 21. Os membros do
Deodoro, antiga freg. de Piraquara. União da Victoria. Arau- Congresso são invioláveis pelas opiniões e pelos votos que emit-
cária, antiga freg. de Iguassu. Assungui de Cima. S. João do tlrem no exercício de suas funcções. Art. 22. Os membros do
Triumplio, banhado pelo rio da Várzea. Entre Rios, entre os Congresso não poderão soffrer imposição de pena, nem slcjuer,
rios Guai-auna e Tibagy. Thomazlna. Conceição do Cercado. ser processados criminalmente, sem previa licença do mesmo
Constituição Politica: O povo Paranaense, no exercido pleno Congr'esso, salvo o caso de flagrante delicto em crime Inafiança-
de sua sol^erania, por seus representantes reunidos em assemblia vel. Nesse caso levado o processo até a pi'onuncla exclusive, a
constituinte, adopta, decreta e promulga a seguinte constituição: autoridade processante remetterá os autos ao Congresso para
Titulo I — —
Do Estado e seu teritorio. Capitulo único. Art. 1.° este resolver sobre a procedência da accxisação e ser ou não o
O Paraná, parte integrante dos Estados Unidos do Brazil, deputado suspenso de suas funcções. Art. 23. Os membros do
constitue-se em Estado autónomo e soberano na conformidade do Congresso ao tomarem assento contrahirão s demne compromisso
art. 1° da Constituição Federal. Art. 2." Seu território, que con- de bem cumprirem seus deveres. Art. 24. Os membros do Con-
tinua a ser o mesmo da ex-prov., só poderá ser alterado por deli- gresso não poderão fazer parte de dlrectorlas de bancos, compa-
beração do Poder Legislativo do Estado, tomada successivamente nhias ou emprezas que gosarem de garantias de luros ou iiuaes-
em duas sessões anriuaes e com approvação definitiva do Congresso qner outros favores do Estado. Art. 25. Nenhum membro do
Nacional. Art. 3." A capital do Paraná continua a ser a cidade Congresso, dentro de um anno apóz a expiração do prazo de seu
de Curltyba, emc{uanto o contrario não for resolvido pelo Poder mandato, poderá acceitar cargo ou cominissão, cujos vencimentos
Legislativo do Estado. Titulo 11 — Do mechanismo governamental houverem sido augmeatados na legislatura de que fez parte, salvo
— Capitulo único. — Da divisão dos poderes. Art. 4.» A soberania o caso de commlssões technicas ou sclenlllicas. Art. 26. Com-
do povo Paranaense se exercita pelos ti'es poderes: Legislativo, ]iete privativamente ao Congresso: 1.» Fazer leis, suspendel-as,
Executivo e Judiciário independentes e harmónicos entre si. alteral-as e revogal-as; 2." Orçar a receita e fixar a despeza
Paragrapho único. A qualquer delles é vedado delegar a outro o annualmente, e tomar as contas do exercido financeiro anterior;
exercício de suas funcções. Titulo III — Dos poderes e suas attri- 3." Autorisar o poder executivo a contrahir emi)restimos e fazer
buiçõe? —Capitulo I — Do Poder Legislativo. Art. 5." O. poder outras operações de credito, fixando o máximo dos compromis-
legislativo é delegado a uma assembléa denominada — Congresso sos annuaes cj^ue tiverem de pesar sobre o Estado; 4." Legislar
Legislativo do Estado — composta de 30 membros, denoniinados — sobre a divida publica e sobre o melo de satisfazer seu paga-
Deputados —
eleitos pelo voto directo do povo, a qual exercerá mento; 5.° Determinar a arrecadação e distribuição da renda do
PAR — 78 — PAR

Eslailo, eslalitílccfuilo as ciuitrilmições, tuxas p iiniiostos necessá- mettido á uma só discussão e votação nominal, e appi-ovado por
rios, na coiifoi-midailp ilu Cíjiisliluicuo Feilpral: 6." Fixai- au-
dois terços dos votos de deputados presentes, voltará áquelle que
nualnienlf a força piililica. siiu ilosije/.a. e lefiislai' sijl)re a sua o fará promulgar. Paragraplio único Esta promulgação se fará
or"-aiiisa(-ãi) ; 7." Detci^ininai- a ailuiiiiislração dos lieas rto Esta- da forma seguinte: O Congresso Legislativo do Paraná decretou
iinndileuciar soljrc sua acquisição, alienação e arrendamento; e eu promulgo a seguinte lei (Integra da lei.) Art. 33. Não
doe :

8." Legislar sobre o ensino publico; 9.° Legislar soljre a orga- sendo a lei publicada pelo Governador no prazo do art. 29 e na
nisaçâo nmnicipal, de accordo com o que pivs;'reve esta Consti- liyjiotliese do art. 32, o presidente do Congresso a promulgará
tuição; 10. [,eg'islar sjbre a organisaçã > judiciaria e providen- dentro di 43 horas, acoutar da expiração do prazo de dez dias,
ciar sol)re a relbrnia c coililicação das leis do processo sab:e as pela forma estabelecida no paragrapho único do artigo precedente.
bases estabcdccidas in^sta ("oustituição; 11. Decretar a divisão Esta promulgação se fará esteja ou não reunido o Congresso.
civil e judiciaria, do l^sludo; 12. Aulorisar o poder executivo a Art. 3t. No caso do art. 32. o projecto poderá ser niodificailo na
entaliolar com outros {'^^li dos da União ajustes e negociações, conformidade das razões apresentadas pelo Governador. Art. 35.
sem caracter politico. ili'| cndentes de sua ulterior appi'ovaeao ;
Os projectos, propostas ou reclamações regeitadas totalmente pelo
13. Crcar < supin-imir cuipiegos i)ublicos, íixar-lhes as attribui- Congresso, não poderão ser novamente apresentadas na mesma
ções c. venriiiHMilos: 14. Deliberar soln'e annexação ao território sessão annual. Capitulo II — Do Poder Executivo — Secção pri-

^

do Kstado do l('ri'ilorio de outrus Estados, e em geral de toda meií-a Do Governador do Estado e suas attribuições. Art. 36.
questão dcliaiKe^, de accordo com o que estatue a Constituição O Poder Executivo é confiado a um
cidadão denominado « Gover-
Feder.al; 1.5. lícgular as condições processuaes da eleição para nador do Estado», que será eleito pelo voto directo do povo, com
os cargos ilo Estado e do muu., de accordo co:n as disposições mandato jior quatro annos. Art. 37, O Governador terá inteira
da Constltuiv-ão 1'\'1itu1; 16. Organisar a milícia do Estado e responsabilidade dos actos que praticar, por si oiipor seus secretá-
estabelecer os prccriios disciidinares a que deve ficar sujeita; 17. rios no exercido das suas attribuições. .-Vrt. 38.0 Governadorem
Le-iSlar í,,:lire o co]uuipi'clo, immigração e eolonisação, industrias suas faltas ou impedimentos, será substituído no exercício de
e agricultura, nos liinitps da Constituição Federal; 18. Legislar suas funcções pelos vice-governadorss, eleitos pelo mesmo modos
sol)rp oluMS publicas, estradas, vias-ferreas, canaes e navegação pelo mesmo tempo. Nas faltas e impedimentos destes sel-oha
lie rios quií nao estejam subordinados á administração federal ;
pelo presidente e Vice-Presidentes do Congresso. Art. 39. O
19. Legislar soljre a 'd"Siipropriação i>or necessidade ou utilidade exercido do cargo de Governador cessa peremptoriamente no
publica lio Estado e do mun., mediante previa indemnisaçao de- dia em que expirar o seu período governamental. Art. 4'J. O
terminando os casos e as f irmas em que devem ter logar 20. ; Governador e os Vice -Governadores ao empossarem-se dos seus
Legislar s ibre terras publicas, mineração e industrias extracti- cargos farão solemne promessa de bem cumprirem os seus de-
vas; 21. Legislar sobre regimen penitenciário, cirieccional e veres, respeitando e tázendo respeitar as Constituições e leis da
detentivo; 22. Organisar os odigos tiox-estal e rural 23. Legislar
; União e do Estado, promovendo o progresso e engrandecimento
sobre assistência ])ublica e distribuição de soccorros; 24. Legislar desíe. Art. 41. Se o Congresso não estiver reunido, a promessa
sobre hygieiíe puldica; 25. Decretar os casos de responsabilidade será feita perante o Supremo Tribunal de Justiça, reunido em
p rpi:ulrirlsar o jirocesso do governador e vice-govemadores do sessão solemne. Art. 42. O Governador á-> Estado, quando no
Eslado; 2(5. Decretar leis que tornem effectiva a responsa- Exercício do seu cargo, perceberá os vencimentos fixados em
lulidadc dos fun-cionarlos que tiverem a seu cargo a arreca- lei. Art. 43. O Governador não poderá se ausentar do território
dação e dlsiribuicão das rendas do Estado; 2í. Decretox todas do Estado sem licença do Congresso, sob pena de perda do seu
as leis e resoluções necessárias ao exercício dos poderes creados cargo. Paragraplio único. Se o Congresso não estiver reunido, a
por esta Consti tuicão 28. Legislar solire instituições de credito
; licença S3rá concedida \)0i' seu presidente, que a elletipiiortuua-
real e aaricoliL c si.liro uioblllsação do solo; 29. Legislar sobre mente subraetterá o seu acto. Art. 44. Emcaso de vagado cargo de
qualquer outro uli c Mo de interesse do Estado em todos os casos Governador, faltando dous annos pai'a a terminação do i^eriodo
não reseiva'!os exclusivamente ao poder federal ou municipal; governamental, far-.sedia nova eleição, e o eleito servira até o
30. ReconliiTiu' os ]i 'de es do governador e dos vice-governado- íim do mesmo período. No caso de faltar menos fie dois annos
rps; 31. ;\lurc,'r os vencimentos do governador do Estado, os o substituto legal occupará o cargo até preencher o tempo.
qua M n.io pode.ão ser alterados pela legislatura comprehendlda Art. 45. São absolutamente incompatíveis as funcções do cargo
no siMi pci-iodo administrativo; 32. Conceder licença ao governa- de Governador com as de qualquer outro cargo federal ou esta-
dor para auscntar-se do Estado jior tempo determinado 33. Con- ; dual, electivo ou não. Art 43. O Governador ou Více-Governador
cediu- licença aos meinbros do poder judiciário, com ou sem or- que estiver em exercício do cargo no ultimo anno do período
denado, de quatro mezes ati um anno no máximo; 34. Ceder aos governamental não poderá ser reelei o. Art. 47. Compete ao
muns., me liante reçiiisição das respectivas camarás, os edidcios Governador: l." Sanccionar, promulga' e fazer puldícir as
ou as ])rO] rie lades do Estado que, não sendo necessárias ao ser- deliberações do Congress i, bem como expedir ínstrucções, de-
viço deste, sejam de necessidade ou u illdade para aquelles; 35. cretos e regulamentos para a boa execução das leis: 2." Resolver
Conceiler amiiistla nos limites da jurisdicção do Eslado; 36. Le- os conflietos de ordem administrativa 3." Pies'ar ao Congresso
;

gislar sobre lelegrapUos e correios do Estado; 37. Conceder, por do Estado as informações e os esclarecimentos que lhe forem
tempo limitado, junvileglos a inventores, primeiros intr«ductores requisitados; 4.° Confeccionar o projecto de orçamento da re-
e aperfeiçoadoiPS de industrias novas, salvas as attribuições do ceita e despeza do Estado, para ser apresentado ao Congresso no
governo leilerul 3'<.
; Cassar os poderes do gove nador e vice- inicio de cada sessão annual ; 5." Representar ao Governo da
goveriiadiu-<'s no caso de demência ou incapacidade pliysica. ple- União contra abusos que forem praticados por funcciona-
namente provadas reconhecidas
<• jior dous terços dos memljros rlos fe leraes, residentes no Estado; 6.° Desenvolver com osmeios
do Coii;.; i'íSo
. 39. Julgar os crimes de responsab lidade do go-
; votados, pelo Congresso, os serviços da civili,sação dos índios e
vernador p vicp-goveiuiadores. iVrt. 27. Compete ao Congresso : da eolonisação nacional 7." Convocar o Congresso extraordi-
;

1. " llpc'ainar a intervenção do Governo da União nos casos dos nariamente no cas3 permiitido por esta Constituição 8." F^azer;

arts. 5" p 6°. c no n. 15 do art. 48 da Constituição Federal ;


propoAias de leis ao Congresso sem prejuízo das privativas
2. ° Velar ela guarda e fiel execução das leis federaes e esta- attribuições deste; 9." Velar |>ela liei execução das leis; 10. Mo-
doaes. — i

Seci;ão única. —
Das leis e resoluções, —
Art. 28. bílisar e distribuir a força publicado Estado 11. Nomear, sus-
;

As leis p resoluções iiodem ter origem em piojecto de qual- pender e demittir os funccionarios públicos do Estado na fórma
quer meinbro do 1'oiler Legislativo, sm projjosta do Poder Ex- das leis; 13. Prover os cargos da milícia civica, decretar sua
ecutivo ou em 1'c'prpsentação de um terço das cama,"as municipaes. mobilísação, no cas i de perturbação da ordem publica, dando
Art. 29. .\iqu'ovado um ])lano de lei será elle enviado ao Gover- conhecimento ao Congresso deste seu procedimento 14. Con-
,

nador do Estado que, acquiescendo, o sanceionará e o mandará ceder licença e aposentar os funccionarios públicos do Estado na
publicar dentro do pra/.o de 10 dias. Paragrapko único. Si o forma das leis; 15. Applicar as verbas votadas pelo Congresso
Governador o julgar iiiconstilucional ou contrario aos interesses para os diversos .serviços da administração; 16. Contrahir em-
do Estado, oi)ii(n'-lhe-ha seu veto motivado, mandando Imniedia- préstimos e fazer outras operações de credito, autorisadas pelo
tamente pelo órgão olfnnal ]mblicar as razões em que se tiver Congresso 17. Celebrar com outros Estados ajus es e conven-
;

fundado. .Vrt. 30. O silencio do Governador no praso acima ções sem caracter politico, mediante autorisação do Congresso,
determinado im])orta a sancção da lei. .\rt. 31. A sancção das ad refere idum dos poderes da União 18. Apresentar ao Con-
;

leis se fará jiela Ibrma seguinte: O Congresso Legislativo do gressso no I." dia de cada sjssão annual, uma mensagem em
Estado do Paraná d 'cretou e eu sancciono a lei seguinte; (Inte- que dará conta dos negócios do Estado, e indicará as pi-ovi-
gra da lei.) .Vrt. 32. Quando um jdano de lei for reg.útado jielo deucias legislativas reclamadas pelo serviço publico; 19. Repre-
Governador, e por o-l„' devolvido ao Congress:), será elle sub- sentar o Estado em suas relações officiaes com a União e com.
;

PAR — 79 — PAR

os outros Estados; 20. Mandar procedera eleição para o? cai-- por este clasiíicados e apresentados em lista. Paragrapho u iico
S'os da União e do Eslado 21. Reclamar não estando reunido
;
Os juizes de direito serão vitalícios, e s) jJoderão s^r removidos
o Congresso, a intervenção e o.uxilio do Governo da União, nos a pedido ou por ,conveniencia publica na íbrma que fúr estabe-
casos tios arts. o° 6^ en. 15, do art. 48 da Constituição Fe- lecida em lei ordinária, e com informação do Sui ei-ior Tribu-
deral ; 22. Decretar despezas e soccorros estraordinai-ios, nos nal de Justiça. Art. 65. O tribunal do jury é mantido, nos
casus de epidemia ou de calamidade publica, sujeitando o ssu termos, para conhecimento das causas criminaes de sua com-
acto á approvação do Congresso, em sua primeira reunião petência. Paragrapho único. E' igualmente mantido seu caracter
23. Commular é pei-doar penas impostas aos fuiacciona'.'io3 dos popular. ^\.rt. 67. Os juizes districtaes, em numero de tres,
Estado, por crime de responsabilidade, mediante informação serão eleitos pelo voto directo do povo, com mandato triennal,
motivada do Superior Tribunal de .Justiça; 24. Communicar a exercendo cada um dellss suas funcções por um anno somente,
autoridade judiciaria a responsabilidnle de qualquer funociona- salvas as excepções que forem determinadas em lei ordinária.
rio do Estado. Secção segunda.— Da responsabilidade do Gover- Art. 6S. Para conhecimento e julgamento dos pequenos delictos,
nador. Art. 48. O Governador será submettido a processo e haverá em cada districto um tribunal correccional, composto
julgamento, nos crimes de responsal)ilidade, perante o Con- dos tres juizes districties e mais dous jurados, tirados á sorte.
gresso Legislativo do Estado. Art. 49. O Governador do Estado Paragrapho único. O sorteio dos jurados, membro? do Tribu-
só será submettido a julgamento quando o Congresso declarar nal Correccional, será feito de accordo com o que fòr determi-
procedente a accusaeão que lhe -for feita. Uma. vez decretada a nado em lei ordinária. Art. 63. Para representar os interesses
pronuncia, será immediatamente suspenso de suas funcções, e da sociedade, da justiça e do Estado, perante todos os j lizes e
para o seu processo e julgamento, o Congresso sei'á presidido tribunaes, s!rá instituído um ministério publico. A nomeação
pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. A sentença de seus membros é da competência exclusiva do chefe do poder
condemnatoria só poderá ser proferida por dons terços doi votos executivo. Art. 70. Uma lei especial tratará A) da divisão
:

dos deputados presentes. Art, õO. Para constituir crime de res- judiciaria do Estado ;
B) da investidura dos cargos da magis-
ponsabilidade é essencial que o facto imputado ao Governador trat u-a e de nuas condições ; C) da discriminação esiieciíicada
attente: 1.° Contra as Constituições e leis da União e do Es- das competências de cada juiz e tribunal D) das diflerentes
;

tado; 2.° Contra o livre exercicicio dos poderes públicos; 3.° representações do ministério publico, suas funcções e condições
Contra o gozo ou o exercício dos direitos políticos e individuies necessárias para a investidura ;
E) dos vencimentos dos ma-
dos cidadãos; 4.° Contra a segurança interna do Estado; 5." gistrados e dos funccionarios da justiça F) da substituição e
;

Contra a probidade da administi-ação e moralidade do Governo ; remoção dos juizes G) do modo da nomeação dos funccionarios
;

6." Contra a guarda e applicação legal dos dinheiros puljlicos ,


da justiça ; H) de regular os casos de licença dos funcci-
Art. 51. Lei especial regulará a forma de accusação, processo e onarios da justiça I) das incompatibilidades. Art. 71. Na lei da
julgamento desses delictos. Art. 52. As penas para osdelictos organisação judiciária se observarão as bases seguintes, além
de responsabilidade serão somente as de suspensão do cargo até dos demais detalhes á ella exclusivamente próprios A) E' da
:

seis mezes no máximo, e de demissão, com ou sem incapacid ide competência do Superior Tribunal de justiça, além de outras -

para exercer qualquer' outra funcção estadoal._Pai"agrapho único. attribuições que lhes serão conferidas em lei a) julgar em
:

Em caso algum, porém, cessará a obrigação de satisfazer o gráo de recurso as sentenças e decisões dos juizes e tribunaes,
danino causado, que será pedida pela acção civil commum. respeitadas as alçadas : b) julgar os crimes de responsabilidade
Secção terceira — Dos vice-Go vernadores Art. 53. Aos vioe-
. de seus membros, e dos juizes de direito c) decidir os confli-
;

Governadores compete substituir o Governador em suas faltas e ct is de jurisdicção entre as autoridades judiciarias e entre estas
impedimentos, e exercer todas as attribuições commettidas e as administrativas ; d) tomar assentos que terão força obri-
áquelle, Art. õi. A substituição será feita segundo a ordem em gatória na interpretação das leis do Estado ; e) resolver em
que estiverem collocados os vice-Governadores, a começar pelo cada espécie em discussão, assim como discutir e decidir
primeiro. Art. 55. Quando não estiverejn no exercício do cargo, ev-officio, independentemente de qualquer provocação de partes,
podem os vice-Governadores exercer o mandato legislativo. sob a inconstitucionalidade de qualquer medida legislativa ou
Perdem-no. porém, logo que entrarem em exercido das fun- executiva f) proceder á habilitação ao cargo de juiz de direito

cções executivas. Secção quarta — Dos secretários de Estado.


;

e dar posse aos nomeados g) declarar avulsos os juizes de di-


;

Art. 5'3. O Governador será auxiliado na administração por se- reito, nos casos que forem definidos, e 'decidir dos casos de
cretários de Estado de sua immediata confiança, os quaes lhe incapacidade physica ou moral de qualquer de seus memlwos e
subscreverão os actos e dirigirão as respectivas secretarias. dos juizes de direito h) eleger annualmente seu presidente,
;

Art. .57. As Secretarias de Estado serão tantas quantas o Con- nomear seu secretario, enipregados e escrivão, sendo e.ste me-
gresso em lei ordinária determinar, na qual fixará as attrilmiçoes diante concurso : i) dar posse aos ministros por elle nomeados ;
de cada uma. Art. 58. Os secretários serão demissiveis ai nutum j) remetter annualmente ao chefe do executivo a lista de anti-
e não jjoderão accumular outro emprego ou funcção publica fe- guidades dos juizes de direito k) conceder habcas-corpus e
;

deral ou estadoal, electiva ou não. Art. 59. O cidadão que accei- exercer as demais juridicções em qiie decide em 1^ instancia
tar a nomeação de Secretario de Esta'lo perde qualquer funcção com recurso para o Supremo Tribunal Federal, nos casos pre-
publica que exerça. Art. 60. Os Secretários de Estado só se corr vistos pela Constituição da União. B) E' da comiieteneia do
responderão com o Congresso, por escripto, ou pessoalmente em juiz de direito nas comarcas além de outras attribuições (a
:

conferencia com as commissões delle. Art. Gl. Os seci-etarios di- processar e julgar, nas sé:les das comarcas, todas as causas de
rigirão annualmente relatórios ao Governador que os fará impri- sua alçada ;
b) julgar todas as causas, cujo jireparo pertencer
jiiTr. e remetterá com sua mensagem ao Congresso. Capitulo 111 aos juizes districtaes c) exercer as funcções ite juizes de casa-
— Do poder judiciário. Art. G2. O poder judiciário do Eslado
;

mentos nas sédes das comarcas; d) presidir o jury nos termos


será autónomo e independente em suas decisões, bem como na de sua comarca : e) processar e julgar os crimes de responsa-
interpretação das leis que tiver de applicar. Art. 63. O poder bilidade do Tribunal Correccional, dos juizes districtaes e ser-
juiliciario será exercido: 1.» Por um tribunal denominado Superior ventuários da justiça a elles sujeitos f) julgar em gráo de re-
;

Tribunal de .Justiça do Estado cora séde na capital e jurisdicção curso ou de appellação as decisões da alçada do juiz districlal ;
em todo o estado ; 2:' Por juizes de direito nas comarcas 3.» Pelo
;
gl conceder habeas-corpiis .C) Compete aos juizes districtaes,
tribunal do jury nos termos ; 4." Por juizes districtaes e tri- além das demais attribuições: a) exercer nos districtos as
bunaes corréccionaes, nos districtos. Art. 64. Os membros do funcções de juizes de casamentos, com as restricções estabele-
Superior Tribunal de Justiça do Estado, denominados —
Mi- didas em lei ; b) fazer parte dos tribunaes corréccionaes ;
nistros — serão escolhidos iielo próprio Tribunal, dentre os c) jirejiarar todas as causas outr'ora jierlencentes aos juizes
juizes de direito do Estado, pelo principio da antiguidade ab- municipaes, salvo nos mtinicipios, sédes de comarcas, assim
soluta, da edade, em caso de igual antiguidade, e de capaci- como preparar e julgar as de sua alçada. Art. 72. li" .sempre
dade moral, em caso de igualdade de antiguidade e edade. Pa- permittido o recurso aos juizes árbitros, comtanlo que sejam
ragrapho único. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça suas decisões homologadas por sentença e não versem sobre
do Estado, serão vitalícios, e si poderão perder seus cargos, causa em que sejam interessadas quaesquer pessoas incapazes
]ior incapacidade physica ou moral plenamente provada e reco- de transigir. Taes decisões serão executadas sem appellação,
nhecida pelo mesmo Tribunal. Art. 65. Os juizes de direito si as partes accordarem em excluil-a. Art. 73. Serão movidas
serão escolhidos pelo Governador dentre os bacharéis ou dou- na capital todas as causas em que o Estado demandar ou fòr
tores, graduados por qualquer faculdade jurídica do Brazil,que demandado, Art. 74. Nenhum magistrado pcu-ceberá custas
tiverem o noviciado exigido por lei ordinária e se houverem pelos actos que praticar. Art. 75. E' absolulamenle incom-
liabilitado perante o Superior Tribunal de Justiça e que forem patível qualquer cargo da magistratura com outro da União ou
PAR — 80 — PAR

electivo ou não. Ai-t. 70. O Supenov^ Tribunal funccionarios municipaes, sem prejuízo da acção da justiça pu-
do Estarlo,
blica. Art. 96. As deliberações das camarás municipaes que
d.'cide em 2» instancia e poe _flm as causas
de Jusliça offenderem as Costituições e leis da União ou do Estado serão
com as excepções imiiostas pela Constituição e pelassn-ao
lejs
Todas as comarcas do Estado suspensas provisoriamente lelo Poder Judiciário, ex-ofjicio,
federaes. Art. 77.
por intrancias. quando delias tiver soiencia, e annulladas pelo Congresso, desde
do uma* nò caihegoria cessando a classiflcação
V lei ju(iiciaria estabelecerá a divisão das comarcas, que haja contra ellas representação motivada de vinte muníci-
Art 78
região, a população o desenvol- pes, pelo menos, qualificados eleitores. Art. 97. Será gratuito
tendo em vista a superfície da
o cargo de camarista. Art. 98. A eleição do prefeito se fará
vimento industrial ou agrícola, a maior commodidade possível
conjunctamente com a da camará municipal. .\rt. 9'J. O pre-
dos habs., o movimenlo do ioro e a facilidade na
administra-
das feito terá mandato por quatro annos e poderá ser reeleito.
ção da justiça. Paragrapho uiiico. Fixados assim os limites
de decorridos dez an- Art. 100. As camarás municipaes poderão marrar uma remu-
coms. não poderão sei- alterad..s. antes
do neração pecuniária para os seus prefeitos. Ait. 101. .\.s cama-
nos da data da ultima demarcação. Art, 79. O Congresso
rás municipaes não serão oneradas com custas de proce,=s iS em
Estado logo que entrar em seus trabalbos ordmarios provera a
oodilicacâo das leis processuaes elos meios que julgar mais
l
que não sejam partes. .Vrt. 102. O Estado prestará sc-corros
prorapfcos e expeditos. Art. 80. Na codilicação das leis do
pro- aos muns ,
que em caso de calamidade publica os snin-,; rem.
bases a) manter a unidade da Art. Ili3. Compete ao prefeito, além de outras attrilnt que
cesso se ultendei-á ás seguintes
.
:

iurispriideriei.-i b) reduzir as formalidades do processo e dimi- serão definidas em lei : a) convocar, abrir, pn^sidir r 'rrar
as sessões ordinárias e extraordinárias das camarás m un -i paes
;

tanto quanto íor


i

'minuii' fiS prazos ;


c) ampliar os recursos,
d) diminuir as cus.- não tendo, porém, voto sínão no caso de empate 1)^ nmnear;
compativol oiim a organisação judiciaria ;

tas do prncesso. — Titulo ÍV —Do município


;


Capitulo unico suspender, licenciar e demittír os funccionarios muuicii)aes ;
— .Vrt. 81. O Estado contínua a ser dividido em circumscri- c) representar o mun. em juizo, podendo passar em smi nome
pções territoriais, com a denominação de —
Municípios^ —• com procuração e constituir advogado, onde não o haja ci ujo em-
administrarão, direitos e íntei'esses próprios. Art. 82. Somente pregado permanente : d) apresentar por ocoasião da o.br lura i

ao Podei' Legislativo do Estado compete a creaçao de novos de cada sessão da camará um relatório circumstanciado do to-
muns.. e altei-acões das circumscripçoes actuaes, mediante re- das as occurrencias que se derem no íntervallo de uma sessão a
clamação dos povos. Paragrapho unico. Quando a alteração se outra, propondo as medidas que julgar opportunas e) fazer
referir á parles de mais de um município se faz necessária a arrecadar as rendas municipaes f) ordenar as despezas que s*
;

audiência dos respectivos governos municipaes. Art. 83. O houverem de fazer, de conformidade com o orçamento da ca-
mun. será autónomo na gestão de seus negócios. Suas delilje- mai-a ; g) dirigir e fiscalisar todos os serviços municipaes ; h)
racões independem de sancção de qualquer poder do Estado, apresentar á camará o ba'anço da receita e despeza do exercí-
salvas as restriccões feitas por esta Constituição. Art. 84. O cio findo com os documentos justificativos. Art. 104. O prefeito
governo municipal terá sua sede nas cidades e villas ora exis- é responsável pela má gestão dos negócios do mun., e applica-
tentes, e naqiiellas que se crearem. Art. 85. O governo muni- ção de suas rendas. Art. 105. Os dous terços dos muns. do
cipal é delegado : l", a uma corporação deliberante, com a Estado podem requerer a revogação de qualquer lei votada
denominação de Camara Municipal 2°, a um cidadão encar-
: pelo Congresso, desde que se trate de augmento de despeza ou
regado das funcções executivas denominado Prefeito. Art. 86. creação de novos impostos. Neste caso será suspensa a ex-
A acção do governo municipal estende-sè a) A todos os beas : ecução da mesma lei, até que o Congresso resolVa novamente
do património municipal, destinados ao uso e gozo commum sobre ella. Art. 106. E' incompatível o cargo de prefeito com
dos munícipes, e ás rendas publicas municipaes ; b) A todas outro qualquer emprego publico. —
Titulo V. — D) regimea
as despezas legaes do mun., e os meios de ocoorrer a ellas ;
eleitoral — Capitulo I —
Da eleição em geral — Art, 107. O
c) A todos os serviços de utilidade commum do mun., e obras voto nas eleições para deputados, governador, vice-governado-
publicas municipaes ; d) A policia municipal e a serviços que res, membros dos governos municipaes e juizes ''istrictaes será
lhe dizem respeito e) Aos estabelecimentos fundados pelos
;
dado em eleição directa pelos cidadãos que se aii '^^arem eleito-
muns. e por elles sustentados ou destinados á utilidade pu- res, na fórma desta Constituição e da lei regulameiit; r, Art. lOS.
blica municipal. Art. 87. Ao governo municipal compete a Terão direito de voto nas eleições acima mencionada. os cida- ,

applicação e execução local das leis e regulamentos dos poderes dãos brazileiros, maiores de 21 annos, que souberem ler e es-
da União e do Estado na execução de serviços de caracter crever. Art. 109. São elegíveis todos que podem ser eleitores',
geral, uma vez que não impliquem com a boa administração salvas as resfcrícções estabelecidas nesta Constituição e lei regu-
dos negócios municipaes. Art. 88. O governo municipal poderá lamentar. Art. 110. Nenhum cidadão poderá se alistar eleitor
representar aos poderes do Estado e da União contra qualquer sínão no districto de seu domicilio, tendo nelle pelo menos uat
abuso ou illegalidade praticadas pelos agentes dos mesmos po- anno_ de residência, com animo de permanecer, antes da quali-
deres, e bem assim sobre assumptos que não .sejam de interesse ficação. Ninguém poderá votar sínão no coUegio de seu dis-
puramente local. Art. 83. E' permittido ao governo municipal tricto. Art. Ul. .4s eleições se farão por escrutínio secreto,
decretar desapropriações por utilidade ou necessidade publica garantindo-se, entretanto, ao eleitor a faculdade de assignar a
municipal, e de harmonia com os casos e formas determi- sua cédula, quando assim o queira fazer. .-Vrt. 112. Nenhum
nados por lei do Estado. Art. 90. O governo de um mun. eleitor será preso um mez antes e 15 dias depois da eleição,
poderá celebrar com os de outros ajustes, convenções ou con- salvo o caso unico de flagrante delicto em crime ínaliançavsl.
tractos de interesses municipal, administrativo ou fiscal, sub- Art. 113. No caso de vaga de qualquer cargo de eleição popu-
mettendo-os á approvação do Congresso Legislativo do Estado. lar, se procederá á eleição de novo funccionario no tempo a«
Art. 91. A' fazenfla municipal compete o processo executivo pelo modo que a lei determinar. Art. 114. Lei especial regu-
para cobrança de suas dividas, rendimento de seus bens e lará o modo de qualificação, o processo e as incompatiljílidades
multas que lhe pertencerem, nos mesmos casos e pela fórma eleitoraes, garantindo a representação das minorias no Con-
pela qual o lizer a do Estado. Art. 92. O governo municipal gresso e nas camarás municipaes. —Capitulo II. — Da eleição
creará os cargos do mun., delínírá suas attribuições e marcará
seus vencimentos. .\rt. 93. As camarás municipaes compor-se-
dos membros do Congresso. —
Art. 115. A eleição dos membros
do Congresso do Estado do Paraná será feita simultaneamenta
hão de tantos membros denominados —
Camaristas, quantos— em todo o Estado. Art. 116. São condições de elégíbilidaile para
forem Usados por lei, tendo-se em vista a importância e pop. deputado ao Congresso do Estado: 1.° Ser cidadão brazileíro nato
de cada mun. .\rt. 94. As camarás serão eleitas por suffragío ou naturalisado, e estar no gozo de seus direitos civis c polí-
dii'ecto do povo de accordo com o que for determinado por lei ticos; 2." Edade de 21 annos completos e residência no Estudo da
do Estado, com mandato por quatro annos. Art. 93. As ca- um anno, pelo menos, para os brazileiros natos, e de cirn-i. para
marás municipaes deliberarão, resolverão e legislarão sobre 03 naturalísados A condição de residência é dispensada para
;

todos os assumptos da administração, economia e polícia mu- os filhos do Estado; 3.", não se achar incurso em quaUiue:- dos
nicipaes, e sobre :a ) Orçamento de receita e despeza muni- casos de incompatibilidades definidas em lei — Capitulo III —
cipaes ;
\i
) Empréstimos; c) Contribuição e impostos, seu
systema de arrecadação e íiscalisação d) .Requisição, reivindi-
Eleição do Governador e vice-governadores — Art. 117. O Go-
; vernador e os vice-governadores serão eleitos simultaneamente
cação, systema de administração, alienação, permuta, locação, por surtragio directo do povo e maioria absoluta d.í votos. § 1.»,
arrendamento, aforamento, hypotheoa e outros contractos sobre A eleição para governador e vice-governadores se dará pelo
Ijens pi-oprios do mun. e) Organisação de corpos de guardas 1 menos seis mezes antes da extincção do mandato do Governador
;

locaes jiara o serviço de policia e segurança publicado mun.; f) om exercício. § 2.», SI nenhum dos candidatos obtiver maioria
Imposições de penas correccionaes e administrativas a todos osa bsoluta de votos proceder-se-ha a novo escrutínio, ao qual
34.618
PAR — 81 — PAR
,s/iin Milc- eonciiL^i^-L-rm dois canditalos mais volados. No caso
os senão-depois da pronuncia do indiciado, salvo os casos determi-
de nví-ii;? eiiMSÍdi''i';ir-s.'-ba eleito aquelle que no jiriineiro esci-n- nados em lei, e mediante ordem escri]da da autoridade compe-
tiiii,. liiiuv;-!- oIiImIo 1110 01- votação e dado o cas'õ de ter liaviílo
i tente ; 18, ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa
ompal ' \o|,:u'ão, considerav-se-lia eleito o mais idoso. forniada., salvas as excepvões espeeilicadas em lei; nem levado a
ArL. [ iS tt |i ii'- s,ò da eleição c apuração será res-u lado por lei pr são, ou nella detido, si prestar fiança idónea nos casos em que
ordinária. Xii. 11''. Sião CQiidiçijes de elegi Ijilidade paia gover- a lei a admiltir ; PJ ninguém ,será sentenciado, sinâo pela autori-
nador e vice-goveiaiadoi^es: i. ". ser cidadão brazileiro Para- ; ita-le conqjetente, em virtude de lei anterior, e na fórma por ella
gra^lio único. Não sendo Ijrazileiro nato faz-se necessário ter re.Liulada ; 2á, aos accusados se assegurará na lei a mais plena
df 7. annos de resid 'iicia no Brazil e ser casado com muHier brazi- delez-i com todos os recursos e meios essenciaes á ella, desde a
,

leira.: esiar uo goso dos direitos civis e ]:k)'ÍIícos; 3.". ter nrda i!e culjia. entregue em 24 horas ao pi-eso, e assignada pela
P"'ci menos MO aimos de edade 4.", ser domiciliado no Estado ; autoridade competente, com os nomes do accusador e das teste-
dui':iid.i o^ cine .innos anteiãores á eleição, salvo sendo filho do

munhas 21. o direito de jiropidedade mantem-se em toda a sua
;

!•/•,' ;h1o.
Art ^-ão inelegiveis para os cargos do governador e plenitude, salva a desai)ropriação por necessidade, ou utilidade
vii-e-uovernadiire^ 1'. o govorniidor que exerceu o carg<j no
: l)ublica, mediante indemnisação prévia. As minas pertencem aos
(luatrieniiio immeiliatam ni te anterior áuuella para o qual se laz proprietários do solo, salvas as limitações que forem estabelecidas
a (deirão o vire-g'ivi'rinidor;'s. que estiverem em exercicio no por lei á bem da exploração deste ramo de industria. 22, E' invio-
ultimo anno do neiãodo gov.M-nainenial jirecedente; 2', os nrnu- lável o sigillo da corresponilencia 23, nenliuma jiena i)assará da
;

br.is da magistrutura dnral e esladoal;3', os membros do


1' jiessoa do delinquente ; 24, dar-se ha habcas-corpti s ní-myre que o
(^uig.esso Fedei'al 4 '. os secretários do Presidente da li^qiu-
: individuo soilVer ou se achar em imminente perigo de soffrer vio-
lilicn ; 5\ os secreta.rios do listado; (>'. os iia-vontes cnnsangui- lência ou coacção por illegal idade os abuso diD poder 2.5, á exce- ;

n:'i:s ou affins, alé o segundo grão civil, di Governador e de l)ção das causas que, por sua natureza, pertencem a iuizos espe-
i(n: Iqian' dos seus Rubsli lutos que se a,cbarem em exercício no ciaes, não haverá fòro privik^gia.do 20, ou inventos "industriaes
;

lem 1:1 elei''ão, ou (jue o li®uver deixado até seis mezes anles; pertencerão aos seus autores, aos quaes ficará garantido por lei
7". oí CMiunrandanles de districtose cor|i s militares ou ])oliciaes : um privilegio temporário, ou será concedido pelo Congresso um
S''. ..s oli>->l\-s i\f i-e|M li ic<Vs publicas feilenifs ou esladnaes Capi- — premio razoável, quando haja conveniência, de vulgarisar o invento;
tulo IV — Da e'eição das camarás municipaes Art. 121. Os — 27, a lei assegurai á também a i)ropriedade das marcas de fabrica ;

mera1)ros da carnara municipal serão eleitos na íorma prescripta 23, por motivo de crença ou de funcção religiosa, nenhum cidadão
no" artigos desta Constituição e lei regulamentar. Art. 122. São Paranaense poderá ser privado de seus direitos civis e polí-
( in'li.-urs d" .'!("..:iliilid:ide para camarista ou prefeito: 1", ser ticos nem eximi r-,se ao couijuámento de qualquer dever civico ;
cii!:id.jo ljra/.i'i'ir no goso dos direitos civis e políticos
' ; 2." .'"dar : 29, os que allegarem motivo de crença religiosa com o fim de se
;!', m: 1=; ter, yielo menos doisannos de resi-
de íl annos: 4'. isentarem de qualquer oníis que as íeis da Republica imponham
dencni Jio ninniciiiio não estar oljiãgado por divida, contracto
; "i aos cidadãos e os que acceitarem condecorações ou titules nobi-
ou quakpier ri-'S|ionsabilidade para com os cofres municipaes. liarchicos estrangeiros perderão todos os direitos políticos 30. ;

.\ii. 12o. !'im lin psnecial serão regulados os c:isos de incompati- nenhum imjiosto, de qualquer natureza, iioderá ser cobrado sinão
)ijli,p,,-l,.s— C;i|iiiido V — Da
eleição dos Juizes districtaes. Art. 124. em virtuile de uma lei que o autorise, Titulo VII Da reforma — —
São condições de elegibilidade dos juizes distractaes: 1", ser ci- da Constituição. — Capitulo único Art. 126. — A
Constituição po-
dadão brazileiro, maior de 21 annos e estar no goso dos direitos derá ser reformada: 1" por iniciativa do Congresso 2° por pi-o- ;

civis p políticos 2", ser íilbo do districto ou nelle residir pelo posla do chefe do poder executivo; 3° por petição da maioria das
;

menos iimanno, antes do dia da eleição Tiljulo VI Garan- — — camarás municipaes. Art. 127. Quando for promovida a reforma
tias geraes de oi'ílem e progresso Capitulo único .\.rt. 25. A — — 1 por iniciativa do Congresso deve ser a proposta acceita por maio-
)iresente Constituição otferece a todos os habitantes do Estado do ria absoluta e só na sessão .seguinte será submettida á discussão.
Paraná, as seguintes garantias: 1", nenhum cidadão pôde ser Art. 128. No caso do n. 2 do art. 126 cumprirá ao governador
cono ido a fazer ou deixar de fazer coiisa alguma senão em virtude publicar o respectivo plano com a exposição dos motivos, a qual
lie íei; 2", nenlnima lei será publicada sem exposição dos motivos será submetida á discussão do Congresso. Art. 129. No caso do
que a detei-minaram; 3\ nenhuma lei terá effeito retroactivo, n. 3 do art. 126 será a petição acompanhada do plano e exposição
salvas as de interpretação 4*', todos são iguaes perante a lei; dos motivos apresentados ao Congxesso, que o submetterá á dis-
Fsta Constituição não admmitte privilégios de nascimento, foros
;

cussão. — —
Titulo VllI Disposições geraes. Capitulo único — —
de nobreza, ordens honorilicas, e todos os privilégios e regalias Art,. 130. Todos contribuirão- para as desj ezas publicas do modo
que a ellas se ligavam, bem como não admitte titules nobiliar- e pela firma que as leis determinarem. Art. 131. O ensino pri-
chicos e de conselho na conformidade do que dispõe a Constituirão mário será gratuito e generalisado. Art. 132. O cidadão inves-
b'i"leral 5'\ a liberdade es|)iritual é garantida em toda a sua
;
tido de qualquer dos tres poderes políticos do Estado, não poderá
jilenitnde: G ', é Hvre o culto de qualquer religião, cujos crentes exercer as de oid.ro, salvas as excepções estabelecidas nesta Con-
ri'S]iectivos |:oderão associar-se para aquelle fim, assim como stituição. Art. 133. São prohibidas as accmnulações de funcções
adquiri'- bens. observadas Ião somente as disposições do direito remuneradas, exceptiu\das as substituições legaes e as commissões
commuui 7", a monogamia, base suprema da familia, será consa-
:
soientificas ou technicas. Art. 131. Somente" no caso de invalidez
crada pelo casamento civil na fórma da Constitiiição e das leis serão consedidas aposentadorias, reforinas e piliilações aos func-
federaes: 8'. a liberdade de imprensa é plenamente garantida, cionarios públicos que tiverem mais de rpiin/.e annos de bons e
fiLModo, iiorérn. expressamente prohibido o anonyjnato 9", os ; reaes .serviços. Paragrapho único. Eslaljelecido o montepio do
cenii i.eri' 'S terão caracter secular, e serão administrados pela aulo- Estado não poderão mais ser concedidas aposentadorias sem pre-
ridíid' munici pai, sem inchiir! porém, os religiosos, mantidos juizii, ])orém. para as então existentes. Art. 135.0 funccionario
pelos crentes de quaesquer coníissões, sujeitos todavia, ás prescri- publico que tiver 10 annos de boias e reaes serviços será conside-
licões da policia e da hygiene; 10, é livre a todos reunirem-se sem rado vitalício e só poderá perder seu cargo em casos muito es-
armas e associarem-sè no território do Estado sendo expressa- peciaes, que serão determinados em lei ordinária. Art. 1:36.
mente i>rohil]ida a intervenção da policia, salvo em virtude de Haverá annualmente correições nos tribunaes sob pena de res-
requisição dos convocadores da reunião ou )!erturbação da ordem l)onsabilidade dos magistrados. Art. 137. Todas as instituições
l>ublica jl.é permittido a todo o cidadão representar conti-a os
;
livres, de ensino superior, liscalisadas pelo EsUulo, jiederão con-
funccionarios que não cumprirem os seus deveres, assim como ferir diplomas scientilicos e litterarios Art. 13s. .V|'|ilicar-se-
promover a resiionsabilidade dos culpados; 12, o domicilio é o ha o systema penitenciário mitigado em todas as prisões publi-
azylo inviolável do cidadão. Xinguem ahi podetá penetrar, sem cas. Art. 130. .Va obras de reconhecido valor sobre educação o
licença, salvo nos casos determinados em lei 13, a todo cidadão é ;
ensino serão publicadas por conta do listado, e os respectivos
garantida a liberdade de tralialho, commercio e industria, semlo autores terão direito aos ))remios qne ['n.^ni creados, .'Vrt. 140.
vedado ás autorida.des do Estado estabelecer leis prohibitivas, Nenliurn imposto se estabtdecerá snbi-e jiM-e:ies e livros inipre.ssos.
s;i l\i'S os ensos de í)irerr=a. á mriral, aos bons costumes e protecção .Vrl. 111. Todos os actos, resdiua^ií lie liberações dos poderes

a iiidusi i-i;is ii(m;.s: I, a todo cidadão é livre a, investidura de


I
)nililicos do listado e do innu. serãn pn M irados pela imprensa,
e:u'L:'r~ iiuliMeM-, i.'u:i r^ hidas as condições de capacidade especial onde a houvi'r, ou por e lipies, salvn i> e.iso de inquérito eiu
que s leis i'xi'j irem
,v 15. qualquer cidadão ]ióde conservar-se, nu
;
segreilo de ju'-iiea p-n- e. . \ i-niencia
,
i da segurança publica e da
E = tado ou ilel'e soliir, e na ndr> lhe convier, levando comsigo s.ais puiiiràe diis d liirpi i; ^ .Vrt, 112 Em
regra a concurrencia pn-
bens, sa.lNa) ]irejuizo de teicinro Ifi, é livre o exercício de' todas :
ljli.'a ser;i o piMiei|)e. dniuiimnte para todos os contractos niii-
as profissões, oíiservadas as leis do policia e de hygiene 17, á ;
nicifiaes ou esladna.es, Ari. Os cargos públicos do Estado,
I V.'-, .

excepção de flagrante delicio, a pri.são não poderá effectuar-se, em regra scrao providos por concurso. Paragrapho uuico. Sei"ão
DICC. OEOQ. 11
PAR — 82 — PAR

deloriuinados em lei especial os casos de exce|içrio. Art. 144. mente seu presidente, que será tirado de entre os membros que o
O não poderá encerrai- seus Iraballios annuaes antes
Coiifírcsso compõem. O Paragraplio único Lei ordinária regulará a orga-
1

(le votar alei orçamentaria do lísiado. Art. 145. E' fi-arantida ni.sação de sua secretaria e a nomeação dos respectivos funccio-
a divida publica sào recoidiceidos os direitos adcjuiridos fun-
;
narios. Art. 4.° E' da competência do Superior Tribunal de
dados em leis anterinres a esta Coiisti tuição. Art. 140. O mandato Justiça em todo o Estado, e do juizes de direito nas respectivas
lejíislativo só terminai-á no dia da installação da nova legisla- comai-oas, conceder o recurso de haheas-corpvs, nos casos permit-
tura. Art. 147. K' prohiljida a jiromis -Uidade nas prisões ])ubli- tidos por lei. Art. 5.° Nos crimes de responsabilidade, serão pro-
cas du Estado eiiti-e ns indiciados ou pronunciados e os que já cessados e julgados: os membros do Superior Tribunal de Justiça
tivoreiu sido condenmados ];or sentença. Art. 148. As terras pelo Congresso Legislativo do Estado, que será presididtj pelo
do l';stado poderão ser venilidas ou aforadas perpetuamente, como presidente (lo mesmo Tribunal, ou por seu substituto, se fjr aquelli
nielluu- Címvier ás exigências e dilliculdadrs dn erário publico. o processado e julgado os juizes de direito pelo Superior Tri-
;

Ari. 149. O Estado poderá auxiliar áiiuelles que se pi-opuzerem bunal de Justiça e os juiz-s e jnemhros dos outros tribunaes
funilar cstaljelecimentos que tenliam por lini amparar as crianças
:

pelos respectivos juizes de direito. Act. 6." São considerados —


indifretitcs. Art. l."iU. O ICslado i;()derá auxiliar áquelles que magistrados — 'para todos os elfeitos da constituição e das leis, os
se propu/.erem fundar eslaboleeiuientos de iustrucção superior membros do Superior Tribunal de Justiça e os juizes de direito.
ti'cliniea ou prolissiorud. Art. ir)l. Será instituido o montepio Art. 7. ° x\s nomeações dos juizes de direito e dos outros juizes que
olu-i,;;a tório ]iara as faniilias de todos os funccionarios públicos forem creados por lei, serão feitas pelo Poder Executivo de enti-e
do lOstado. único. Lei especial regadará a matéria.
]'ara,u-raidio os bachai-eis ou doutores formados por alguma das Faculdades de
— —
Tilulo IX Disposições transitórias. Capitulo unico. — Art. 1." — Direito do Paiz, que se tiverem habilitado de accordo com a lei.
Continuam em vigor as leis e regulamentos que não forem con- Art. 6." A Constituição garante aos magistrados completa e se-
trários a esta Constituição, até que sejam revistos pelo poder le- gura indejiendencia lirmada nos s guintes princijiios de ordem
gislativo. Art. 2." Todos os privilégios, garantias de juros, sub- constitucional : I. Vilalicíeilade —
O magistrado, uma vez empos-
venções a emprezas. concessões de liaa^as, isenções de quaesquer sado, sómenie poderá perder seu cargo por .sentença criminal
iniiioslos ou direi los, aposen lad( .laa s ou jubiíações, concedidos delinitiva, ou por ajios -nladoria,, jiela forma que for estabelecida
d(! 1.") de iiiivembro de 188',» em diante, ficam pendentes de appro- em lei. 11 Inamovibili',lade' —
O magistrado somente ixxlerá ser
vação do Cnnu ressii. Ari. 3.° Promulgada a presente constituição removido a pedido seu, ou por proposta do Superior Tribuna! de
o CcHigresso dará \>in- linda sua missão constituinte e passará a Jusiiça.ou ):or conveniência publica, e nestes dous últimos casos
fiincoiíuiar coumi f',L;islalu;-a iirdinaria pelo temjjo que for ne- com approvação do Congres~o Legislativo.. Paragiaj ho único. Os
cessário á cnnrrci:a(i ilas leis urganicas, orçamentarias e comple- casos em que tal remoção )ioderá ter logar serão estabelecidos em
m"nlares. Art. 4." O jieriodo g(jvernamental do actual chefe do lei. Art. 9,"' Os magistrados não poderão exercer outras funcções,
))oder executivo terminará a 2> de fevereiro de 1896. Art. 5.** electivas ou de nomeação do Poder Exccutico, quer da União,
Todas as leis que se publicarem para a organisação dos serviços quer do Estado excepto a de chefe de Policia do Estado, .sendo
;

iU\ que trata esta Constituição, serão seguidas de disposiç es neste caso considerados como em commissão, salva a disposição
transi orias que regulem a iniciação dos mesmos serviços. do art. 133 da Constituição Estadual. Art. 10. Para representar
jVrt. ()." O Congresso na sua jirimeira sessão legislativa poderá 03 interesses da justiça do Estado fica institiiido o Jiíinisterio Pu-
alterar o suijsidio dos depulailos. de accordo com os recursos blico, represenado por órgãos hierai-chicos de íivre nomeação e
linaiu-.riros do ICstado. ^Vrt. 7.» Approvada a redacção da pre- demi.ssão do chefe do Poder Executivo. Paragrapho único. As suas
sente Consti tuii'ão será ella, depois de assignada por todos os attribuições serão definidas em lei. Art. 11. O Estado, como pes-
depuladiis preseiUes, jiroinulgada pelo ijresidente do Congresso soa jurídica,, terá como rejiresentantes legaes perante a Justiça
om sessão solemne. Art. 8." .Será declarado dia de festa do Federal: 1. Em jirimeira instancia: —
O Procurador Geral da Jus-
Estadrj aquelle em que for iiromulgada a presente constituição. tiça do listado II. Em segunda instancia:
; —
Os advogados que o
Art. 0." As primeiras nomeações para os cargos de ministros do Po ler Executivo consti tiur i)erante o Supremo Tribunal Federal.
Sui)reino IMbuaal de Jnsliça serão feilas |)elo governador do Art. 12. As decisões do Tribunal do Jury, sobre os faclos da
Estado, (|ue j)oilerá ?iiroveitar para, (dias os aíd.uaes desembar- accu.sação. serão soli^-ranas, sem piejuizo dos recursos permittidos
gadoras e juiziiS de Oireili) ipie bouverem exercido estes cargos por Pi. An. 13. Nas causas eiveis poderão as parles nomear
(Mil (piali|iicr estado. Art. lO. Para os cargos d<í juizes de direito juií'S arliitros, cujas s.íiitenças serão execiitailas s^m recurso
]>oilia-ao sra' aproveiíados os aeluaes ou escolhidos entre bacha- a Iguni, se nisso ellas convencionarem Art, 14, Os officios de jus-
réis e doutores em direito de reconhecida capacidade e que tiça Serão providos por concur.so na forma da lei. An 15. O chefe
.

tiverem mais de quatro annos de pratica. \v%. 11. Será creado do Poiler líxecutivo jioderá commutar e perdoar as jienas iiupos-
um archivo publico ao qual pertencerão a acquisição. guarda tas pela. justioa do Eslado nos processos crimes, precedendo iji-
e clasulicação methodiea de todos os docunienlos que se refe- fu-mação do Sujierior Tribunal de Justiça ou do juiz que houver
rirem á historia do Estado e da liepubliea, no mesmo. Art. lá. imiiosto a ])ena. Secção segunila —
Do município. Art. 10. .Sob o
Continua como symbolo da Patria Paranaense o pavilhão aoceito ponto de visla adnunistractivo o Estado fica devidido em cir-
o. decretado pela ex-junta do Governo Provisório do Estado em cumscripções terriioriaes com a denominação de —
jNIunicipios.
9 de janeiro de 1892. Art. 13. Será elevado, logo que as li- § 1.° O mun. será independente na gestão dos negócios que se
nanças do Eslado o permiU.ani, em uma das jiraças desta Ca- referirem aos seus interesses, ficando com a faculdade ampla de
l>ilal. um monumenio comiiicniora tivo do imniortal fundador da legislar sobre a sua vida económica, respeitadas as disposições
i;e]iul)lica lira/.i leira. —
IJenjamiu Constant Botelho de jMagalhães. esiabecidas pela Constituição. § 2." O mun. que não estiver nas
Reforma da Coiisli irão O jiovo Paranaense, no exercício' pleno
I ii . condições de satisfazer as exigências de s?us serviços poderá
de sua solicraiiia, por sem i'e]ireseid.anles reunidos em Congresso reclamar do Poder Legislativo a sua annexação a outro municipio
Legislativo, com |ioif'res coiisli iii iiLes, adopta, decreta e promidga
1
lindtrophe, seja |'or intermédio do da Camara Municipal, seja
a seguinte Ui fornia, da Consli luição: — Capitulo único. Artigo a pedido da maioria do respeiclivoelei torado. Art. 17. .Sõ ao Poder
iiinco. O Ca|:iiiilo 111 do Titulo III e o Capitulo Único do Titulo Legislativo compete a creaç.ão de novos municípios. iVrt. 18. O
iV da ConsI iii(;ão Politica do Estado, promulgada a 7 de abril
i I
governo municipal será exercido na sede de cadamuncipio por uma
de lS92. são siilistituidos pela, lu-escnte lei de reforma eonstilu- corporação denondnada —
Camara Municipal, —
investida do
ciíuial. Secção Primeira —
Uo Podia- Judiciário Art 1", o Poder — Poder L gi.slativo, e por um cidadão denominado Prefeito— —
.ludiciario do lísiado. Iiarmonico com os duos ouiros Po-leres, sem oua exercerá as funcções de Poder Executivo Municipal. §1. A
pi-ejui-/,i) de sua independência no uso das atlribiiições que lhe Camara jMunicipal votará seu regimento interno, bem como de-
compe em, será exei-(-ido: I. INn- um Superior Trilnina de .Justiça,, i cretará todas as leis que disserem res|ieito aos interesses do muni-
Cíuu sédn na Cajiital e jurisdn-i-iio em lodo o Esta-lo II. l'or ; ci]iio á creaçãoe manutenção fie seus serviços § II. OPrefeito fará
.Juizes de direito nas coniar.-as; 111. Pelo Tribunal do Jui-y nos com que sejam cumpridas as resoluções da Camara e eslabelecerá
t('rmos W. Por .Juizes llis riclaes electivos \. Por outros juiz"s
; : os respectivos regulamentos. Art. 19. iVs Camaras Municijiaes si!i
e Trdiuiuies ipie forem creados por lei. Para.i^-.-a plio único. A ju- poderão legislar sobre matéria de sua exclusiva competência, de
risdicção e as atlribuições desses juizes e triliiiiiaes serão espeici- modo (|ue, na descriminação de suas rendas, não liaja invasão
licadas em lei. Art. 2. " O Superior Tri biina ile.liistira será coni- I
da atlriliuições do municipio s 'bre as do listado ou dal.jnião. Pa-
liosto de Juizes, com a denominação di —
st nili.ii-Lailores, I )
r;i,era|.lio iiiiieo As d K|iezas com a administração do miiniei|iio
nomeados pelo chefe do Poder Exeeii o, d.' eu r I os map
i \ rados l
i I fcrao leilas com o iirihlucto das rendas que não forem ri s-'rvadas
mais antigos do Es;ado, a|iresenlad(.s ein lisla organisada. pelo exclusivamente jiara a Llinão ou para o Estado, nas suas respe-
dilo Iriliuual, a (pial conterá numero ignial ao iriplo das vagas a ctivas Constituições ou leis ordinárias. Art. 20. As resoluções ou
preencher. Art. 3." O Suprior Tribunal de Justiça elegerá auiuial- os actos de administração das autoridades municipaes, que infrin-
PAR - 83 -
girem aí5 Constituições ou as leis da União ou do Esfado, deverão 3" vice-presidente. Idem em 3 de janeiro de 1873. posse a 15
ser declarados suspensos pelo Poder Executivo Estadoal, que- de janeiro de 1873. Frederico José Cardoso de Araujo Abranches
dará sciencia do seu ac to ao Cengresso Legislativo, o qual em (bacharel), 13" presidente. Idem em 29 de março de 1873, posse
sua primeira reunião resolverá s jbre ocaso. A"t. 21. O Prefeito a 13 de junho de 1873. Agostinho Ermelino de Leão (bacharel),
e os membros da Camara Municipal, por falta que houverem com- 2° vice-presidente (4* vez). Idem em 23 de março de 1837. possa
mettido no exercício de suas funoções, ssrão pi'oces5ados e jul- a 2 de maio de 1875. Adolpho Lamenha Lins (bacharelj, 14' [ire-
gaddS pelos iuises de direito, em virtude de denuncia de qualquer sidente. Idem em 10 de abril de 1875, posse a 8 de maio de
municipo 011 de queixa da pessoa que sj julga oíTendida. Art. 22. 1875. Manoel Antonio Guimarães (dignitário), 3° viceqjresidente
O Prefei o poderá ser remunerado pelo respectivo orçamento (2i vez). Idem em 3 de janeiro de
1873, posse a 16 cie julUo de
municipal. Art. 23. O município poderá crear uma guarda para o Í877. Joaquim Bento de Oliveira Júnior (bacharel), 15" presi-
seu policiamento. Art. 21. E" permitiido ao iMunicipio decretar dente. Idem em 4 de julho de 1877, posse a 17 de agosto de
desapropriações por utilidade i)ul5lica municipal, e de harmonia 1877, Jesuino Marcondes de Oliveira Sá (bacharel), 1° vice-
com i)s casos e as l(jrmas determinadas por lei do Estado. Art. 25. presidente Liem em 1 de fevereiro de 1878. posse a 7 de feve-
Não é permiltido ao município decretar loterias. Secção ter- reiro de 1878. posse a 7 de fevereiro de 1878, Rodrigo Octávio
ceira. Art. 2G. Só é constitucional o que diz respeito á fórma de de Oliveira Menezes (doutor), 16" presidente. Idem ^em 39 de
governo, aos limittvs e ás attriljuiçôes respectivas dos poderes janeiro de 1878, posse a 23 de fevereiro de 1878. Jesuino Mar-
poli ico; e aos direitas politicos e. individuaes doi cidadãos. Tu lo condes de Oliveira e' Sá (bacharel). 1" vice-presidente (2^ vez).
o que a juizo ile dous terços da totalidade dos mMnln"os do Con- Idem em 1 de fevereiro de 1878, posse a 31 de março de 1879.
gresso do Estado não fòr julgado constitucional, de conformi- Manoel Pinto de Souza Dantas Filho (bacharel), 17° presidente.
dade com este artigo, poderá ser alterado pelas legislaturas Idem em 15 de março de 1879, posse a 23 de abril de 1879.
ordinárias sem as formalidades prescriptas nos arts. 126 a 129 da João José Pedrosa (bacharel), 18» presidente. Idem em 25 de julho
Constimição do Estado. Art. 27. Revogam-se as disposições em de 1889, possí a 4 de agosto de 1880. Sancho de Barros Pimentel
contrario. Disposições transitórias. Art. t." Ficam em vigor as (bacharel). 10" presidente. Idem em 24 de março de 1881, posse
disposições da lei n. 15 de 21 de maio de 1892 que não forem a 3 de maio de 1881. Jesuino Marcondes de Oliveira e Sá (ba-
contrarias a esta reforma constitucional até que o Poder Legis- charel), 1» vice-presidente (3^ vez). Idem em 1 de feveiro de 1878,
lativo decrete nova 1 -i judiciaria. Art. 2." Ficam igualmente posse a 26 de janeiro de 1882. Carlos Augusto de Carvalho (bacha-
mantidas a actual divisão municipal e a? leis vigentes, até que rel), 20» presidente. Idem em 1 de feveiro de 1882, posse a 6 de
os municípios estejam reorganis idos de aocordo com es' a reforma março de 1882. Antonio Alves de Araujo (commendador), 1» vice-
constitucional. Relação dos cidadãos que teem governado o Estado presidente. Idem em 14 de maio de 1883, posse a 26 de maio de
do Paraná, creado pela Lei n. 706 de 29 de agosto de 18.53, desde 1883. Luiz Alves Leite de Oliveira Bello (bacharel), 21" presi-

sua a installação até 1806. Zacarias de Góes e Vasconcellos (dou- dente. Idem em 30 de junho de 1883, posse a 17 de agosto de
tor), 1" presidente. Nomeado em 17 de setembro de 1853, posse a 1883, Brazilio Augusto Machado de Oliveira (doutor), '22» pre-
19 de dezembro de 1853. Theopliilo Ribeiro de Rezende (bacharel), sidente. Idem em 29 de julho de 1884, posse a 22 de agosto de
2° vice-presidente. Idem em 3 de fevereiro de 1855, posse a 7 de 1884. Antonio Alves dj Araujo (commendador), 1° vice-presi-
maio de 1855. Ilenrique de Beaurepaire Rohan (tenenle-coronel dente (2^ vez). Idem em 14 de maio de 1883, posse a 21 de
de engenheiros), 2° vice-presidente. Idem em 27 de julho de 1855, agosto de 1885. Joaquim de Almeida Faria Sobrinho (bacharel),
posse al de setembro de 1855. Vicente Pires da Motta (doutor), 1» vice-presidente. Mem em 30 de agosto de 1885, posse a 5 de
2" presidente. Idem em 15 de setembro de 1855, posse a 10 de setembro de 1885. ^Vlfredo de Escragnolle Taunay (engenheiro
maio de 1856. José Antonio Vaz de Carvalhaes (bacharel), 2" vice- militar), 23" iwesidente. Idem em 39 de agosto de 1885, posse
])residente. Idem em 6 de setembro de 1856, posse a 23 de setemijro a 29 de setembro de 1835. Joaquim de Almeida Faria Sobrinho
de 1856, Francisco Liberato de Mattos (bacharel), 3" presidente. (bacharel), 1" vice-i)residente (2» vez). Idem em 30 de agosto
Idem em 18 de agosto de 18.57, posse a 11 de novembro de 1857 de 1885, posse a 3 de março de 1886. Joaquim de Almeida
Luiz Francisco da Camara Leal (bacharel), 3" vice-presidente. Paria Sobrinho (bacharel), 24» presidente (3=^ vez). Idem em 15
Idem em 24 de março de 1857, posse a 2(5 de fevereiro de 1859. de outubro de 1886, posse a 30 de outubro de 1886. Antonio
José Francisco Cardoso (bacharel). 4" presidente. Idem em 23 de Ricardo dos Santos (commendadoi"), vice-presidente. Idem em 3
fevereiro de 1859, posse a 2 de maio de 1859, Antonio Barbosa de dezembro de 1887, posse a 29 de dezembro de 1887. José
Gomes Nogueira (bacharel, 5<^ presidente. Idem em 31 de janeiro Cesário Miranda Ribeiro (bacharel), 25" presidente. Idem em
de ISòl, posse a 10 de março de 1861. iManoel Antonio Ferreira 23 de dezembro d-! 1887, i)0sse a 9 do fevereiro de 1338. Idel-
(tenente coronel da guarda nacional). 2o vice-presidente. Idem em fonso Pereira Correa (commendador), vice-jiresidente. Idem em
26 de Jiovembro de 1862, posse a 31 de maio de 1863. Sebastião 26 de novembro de 1887, posse a 30 de junho de 1888. Balbino
Gonçalves da Silva (bacharel), i" vice-presidente. Idem em 26 de Candido da Cunha (medico), 26° presidente. Idem em 15 de
novembro de 1862, posse a 5 de junho de 1863. José Joaquim do junho de 1883. posse a 4 de julho de 1883. Jesuino Marcondes
Carmo (bacharel), 6° presidente. Idem em 23 de janeiro de 1864, de Oliveira e Sá (coronel), 27" presidente. Idem em 15 de junho
posse a 7 de março de 18(54. André Augusto de Pádua Fleury (ba- de 188X posse a 18 de junho de 1889. Joaquim José Alves,
charel). 7° presidente. Idem em 12 de outubro de 1864, posse a 18 1" vice-presidente. Idem em 15 de jimho de 1839, posse a 3 de
de novembro de 1864. Manoel iVlves dé Araujo (bacharel). 1» vice- outub.o de 1889. Jesuins Marcondes de Oliveira e Sá (reassume
]ire^idi'iiti'. Idem em 10 de dezembro de 1864, jjosse a 5 de junlio o exercício). Idem eai 15 de junho de 1889, posse a 11 de ou-
de L'<G5. André Aui^usto de Pádua Fleiíry (de voltada Assembléa), tubro de 1889. Generoso Jlarques dos Santos, eleito presidente
(2 vc/.). Idem em 12 de outubro de 1864, posse a 18 de agosto de
'^
em 2 de junho de 1891, posse no dia seguinte. Junta Governa-
1865. Agostinho Ei'melino de Leão (bacharel), 2" vice-presidente. tiva acclamada e empossada em 2 de novembro de 1891 e com-
Idem em 31 de janeiro de 1866, posse a 23 de março de 1866'. posta do coronel Roberto Ferreira, I)r. Bento José Lamenha
Polydoi-o Cesar Burlamaqui (bacharel), 8" presidente. Idem em 6 Lins o de Joaquim Monteiro de Carvalho e .Silva. Dr. Fran-
de setembro de 1866, posse a 5 de novembro de 1866. Carlos Au- cisco Xavier ila. Silveira, eleito governador eni 25 de janeiro de
gusto Ferraz de Abreu (bacharel), l" vice-presidente. Idem em 1892, ])osse a 25 do mez seguinte, Dr, Josi Pereira dos Santos
23 de março de 18 )7, posse a 17 de agosto de 1867. José Feliciano Andrade, posse a 25 de fevereiro de 1896.
Horla de Araujo (bacharel), 9" pre?ide[ite Idem em 29 de se-
.
PARANÁ. Log. do Estado de Pernambuco, no muii. de
tembro de 1867, posse a 23 de outubro de 1837. Carlos Augusto Agua Preta. Ha dous outros logs. do mesmo nome nos muns.
Ferraz de Abreu (Ijacharel), 1" vice-presidente. Idem em 23 de
da Gamelleira e Goyanna.
março de 1837, posse a 29 de maio de 1868. .\ntonio Augusto da
Fonseca (bacharel). 10° presidente. Idem em 22 de julho de 1868, PARANÁ. Log. do Ksl.-ulo das Alagoas, no mun. de Ata-
laia, com um engeiílio di' assucar. Ha um outro log. do mesmo
posse a 14 de setembro de 1868. Agostinho Ermelino de Leão
(Ijacliarel), 2" vice-presidente (2» vez). Idem em 23 de março de
nome no mun. do Camaragilie.
1867, posse a 28 de agosto de 1869. Antonio Luiz Affonso de Car- PARANÁ. E. de F. do Estado do Paraná. Tem em tra-
valho (bacharel), 11» presidente. Idem em 20 de outubro de 1869, fego a extensão: de Paranaguá a Cni-ilyba llPsOCO; prolonga-
posse a 27 de novembro de 1869. Agostinho Ermelino de Leãii iiienlo e ramaes 279'-, 51,
i cvl 'iis;i
:
i
lu consti'ucção (prolong'a-
i

(bacharel), 2» vice-presidente (.3* vez). Idem em 23 de março tle niento) 26'\()29: lotai 4l7'-.11S. i
lo-,a da garantia de jm'os
1867. posse a 20 de abril de 1870. Venâncio José de Oliveira de 7 "/o ao anno soljrc^ o capital de 11.492:042,^707 da linha de
Lisboa (bacharel), 12" presidente. Idem em 12 de oiituln-o de Paranaguá a Curityba e a de 6 "/o ao anno .sobre o capital
1870, posse a 24 de dezembro de 1870. Manoel Antonio Gui- empregado na construcção do prolongamento e ramaes, até
marães (tenente-coronel da guarda Nacional, commendador). o nuiximo de 30:000? por kil. E' cessionária a Cotaivign''),
.

PAR — 84 — PAR

Gmcr^dc ãe Cliryiiins df Fe,' nrc>;Hinií:. Vide Paranaguá a regular o leito do rio, e mudanças repentinas na profundidade
Curity liLi são frequentes. D artliienles só recel).:' ribeirões nas duas mar-
-

gens abaixo do rio Pardo e do St. Anast:>.cio, semio dous do lado


PARANÁ. do Kslaib' ilo llio
SPi-ra (Ip Janeirn, na fveg. da
cte Matto-Grosso e s..'t3 do lado de São Paido! e emi[uanl.o as
Rilipíra (' muii. df Aii,u'r:i dn^ íiois.
aguas do Paraná são turvas e quent s trazem os riljoirões aguas
PARANÁ, llliíi. do l':slado de ?iíaLlo Grosso, no Guaporé, claras o frescas Uma excepção l'az o St. ^\.n:tstaLÍo qir^ tem
.

logo ;iciiiia da foz do Caliiiy. agua s melhante á do grande rio, se bem que de mcllior sabor e
menos turvada. O característico do rio Paraná são as ilhas que
PARANÁ. Igarapé do Estado do Amazonas, no dist. de Ma-
em grande numero e de todos os tamanhos ás vez.iS de dons —
naoainiru emua. da capilal.
kilometros de comprimento por 500 metros de largura estão —
PARANÁ. junecão de duas magestosa'^
Pun formado pela semeadas jjor toda a parts, interrompendo a jnonotonia do ex-
correntes denominadas Grande e Paraiiahyba. O primeiro desce tenso lençol d'agua. Acliani-se em geral próximas á margem
mais ou monos do i)ararelIelo ,?2 nas proximidades do Itatyaia ' paulista ou no meio do rio e dão grande encanto á paisagem,
(1 lati:i ioiissú. sp.l;' indo Gerlier). o ponto culminante da orograpliia formando billissimas persijectivas. Em geral teem ell.is a mesma
lii-asi ra. n:i Serra Nei^ ra, no numicipio de Ayuruoca. em Minas luxuriante vegetação da niarg^m paulista ostentando enormes ,

Gerars o segundo nasce nas iroximidades do parallelo 19'', no


;
j figuniras. mas ás vezes são de lodo ou i^m parte bancos de areia
sitio da Guarda dos Ferreiros, perto do arraial do Carmo, na com fraca vag Mação de Imbafdjas e Sangue ds Urago (croton sa-
Serra Geral (Cunlia Matos), I)ep:iis da juncçâo do Grande e Parana- lutaris), eraquanto que sobre a areia ariita estende uma pjlanta
liylia toma o magestoso rio o nome de Paraná, com o qual separa rasteira Ua família das c;:curbi(aceas —
Trianosperma Taiuja —
os Kslados de S."Paulo do Paraná e de Matto Grosso, o Estado uma rede protectora que bastante difficulta o andar. Com as
do Paran? da líepuijlica do Paraguay, a-travessa esta Republica grand 'S en-jhent :S que alcançam qtiatro ou cinco metros, devem
e a A rgentina. onde recebe o rio Paraguay, continua pela Repu- quasi tonas tstas ilhas ficar cob.iTtas pelas aguas. Isto attestam
blica Argentina, recebe o rio Uruguay e vai desaguar no Oceano os objectos que s^ acham mesmo nos togares mais altos, como ca-
Ibrmando o estuário denominado rio da Prata. Pela sua mar- noas, remos, madeir.is lavradas, cabeças de lioi e mesmo ossadas
gem esquerda recebe o Tietê, o Paranapanema, o Ivaliy, o Pi- inteiras, destroços iirov.-anienies da colónia de Itapura cidade de ,

quiry. o Jejuby-Guassú, o Iguassu, e o Uruguay, este ultimo St. Anna. ou mesmo trazidos de longe pelos grandes afilaentes do
perto da loz. E' no rio Paraná, na parte em que este rio limita os Paranahyba. Numerosos são também os bancos de areia baixos,
Estados do Paraná e Matto Grosso que se a,cba o celebre Salto que a vasaute deixa a vistn, ás vez^^s ligados ás ilhas, ás vezes á
das Sele Quedas ou Salto de Gualiyra. «O rio Paraná, diz o Ba- terra lirme, e ás vezes rodeados de agua de pouca profundidade.
rão Homem de Mello, tendo em cima 2. 200 metros de largura, Ou tras vezes, liorêm, as sirgas não alcançam fundo mesmo bem
entra em um canal de 70 metros, apertado entre dous rochedos perto da terra e principalmente quando grandes figueiras ou In-
oti paredões de pedra, que teeni ile altura 28 metros acima da al- gás, cahidasou inclinadas sobre a agua, obrigam a tomar mais
tura das aguas do canal. As aguas não se precipitam aprumo mas o largo . Em
geral parecj estar o « thalweg» do rio entre a mar-
caliem em sete quedas successivas por sobre rochas, cuja declividade gem paulista e as ilhas mais próximas, ou entre ilhas, e raras
geral é de 45° a .50". A mais importante destas quedas é a quinta, vezes do lado de Matto-Gro'SO onde pouco a pouco se vae apro-
na extremidade 0. da serra de f\laracajú por ella passa a linha ; fundando a agua á medi la que se.alfasta da beira, o que faz com
divisória de limites entre o Brazil e o Paraguay. Neste enorme que esta mai'gem seja mui to mais favorável á navegação á siri^a,
Salto, o volume de aguas que cahe em lun segundo, é de dezoito o que foi yerilica'Io quando os liatellõesna segunda viagem toma-
mil metros cubicns. Não se abrange o Salto de uma só vista, e ram por lá. Também a margem dé Matto-Grosso estende-s eiii '

sim queda por queda. Du Graty, segundo Azara, dá a altura de linhas mais rectas, emqiumto a margem paidista em linhas cur-
52 pés para a queda da agua, o que só p(kle referir-se a uma vas cerca grandes e bellasbahias com tres, quatro e mais ilhas.
delias, e não á diflérença de nivel, abaixo e acima do Salto. Os Maior, entretanto, ê a dilf^'rença em structura entre as duas
vapores de agua condensando-se resolvem-se em uma espécie de marg.Mis. Na margem de iJatto-Grosso, estendem-se, escondidos
chuva perenne, conservando constantemente molliad;is as circum- atraz do matlo qu:' orla os barrancos baixos, banhados enormes
vizinhanças da catarata. O ruido da queda de agua ouve-se a de léguas de extensão, emquanio que na margem paulista são
Xierto de 30 kilorneti-os de distancia.» Além desse famoso Salto, raros os banhados, e ao contrario os barrancos se levantam
tem o Paraná o de Urubupunga, a 6 kilometros acima do rio altaneiros, em communicação com as terras altas qxie se esten-
Tietê, e a catarata do Apipé, a 23i kilometros acima da confluência dem no interior e coui os espigões que gradualmente baixam
do rio Paraguay. Recebe o Paraná pela margem direita diversos em longas linhas, formando os promontórios entre as liahias. Em
tributários, tudos do Estado deAJatto Grosso ; entre elles uotam- muitos togares são estes barrancos formados de grés vermelho
se o Guacury ou Acorisal (Cururuhy de Cunha Mattos), o Suouryú, que se levanta eni prumo até alturas de 20 a 30 metros, e nestes
o Verde, o Orelha de Onça, Pardo, Ivinheima, Anhambahy, do logares as sirgas, mesmo longe da praia, batem com o fei'rão na
Encontro. Iguatemy, além de outros. (Vide Paranahyba e Grande). pedr.i debaixo da agua. Outras vezes levanta-se a margem em
No yó'/aío/'ío lio Eng. Olavo A. Huuimel (1894) encontra-se a duas ou tres banquetas de terra para então continuar em subida
seguiut:! noticia: « O riu Paraná. Oude o rio Paraaapanema, regular para o interior de S Paulo. Desde a barrado Paranaija-
com 100 a 500 metros de largura, mistura suas aguas com as do nema até o rio St Anastácio —
uma distancia de 130 kilometros —
Paraná, é este já um
grande e niagestoso rio, embora qxxe longa só o extenso pontal do Paranapanenia é- baixo, começando então
ainda de ter a largura que impressiona o viajante na sua foz com esta soberba e quasi continua linha de barrancos altos, e ma-
o rio P.iraguay. Eutrf't into jaz em solidão' solemne o Paraná. quanto que esteja quasi excluida a possibilidade de haver campo
enii|iiaii li im ijn Paraguay gi-aud s vapores mercantes e navios
nesta parte do Estado de .São Paulo, denunciava a fumaça de
I

de guerra sobiiii até Corumbá, e isto apesar do enorme voluiui fogo, posto jielos Índios Chavantes, por vezes a existência d.e
dagua que (js rios Grande e Paranahyba, cojn seus alUuentes im- campo em Mallo-Grosso. Nos logares onde a iorinação é de
jiortantes, iMeia Poute, Bois, ^'erdinho e Claro, despejam para
grés, é este muitas vezes estratificado eiii camadas que formam
íbrniac o rio Paríiná, ((ue ainda recebe os rios Tietê e Pardo um angulo de 10 a 20 grão? com o horizonte, tendo o vértice
acima da foz do Paranapanema Masemqiianto o ido Paraguay .
lio acima. Cerca de U'e3 legua.< abaixo da Ibz do Si. An.aslacio
deslisa maus imeatíi eju enorme .extensão, toi-nando-se a^ssim
ê entretanto este systema d.' Liaés substituído ^mr um outro de
francamente navegável, está o Paran;i penli to para :i navegação origem vulcânica encrostado com silex em seixos rofadns. Na
devi 'o aos dous Sai tos grandes, de tlriilni|uiiiga, logo acinui da margem de .Matto-Grosso defnmte do jKjno da estra la, iiãci pa-
barrado Ti He. e das Set- (,)ue(tas, lo-o abaixo da toz do Igua- rece haver lirejo, ]jeIo menos não perto do rio, o que talvez em
temy, que marca noss;i íVont dra Si7l coma liejiublica do Para- |iar.e seexjilica pela proximidade do rio Pardo. Este bellissimo
guay. Entre csifs linus saltos ou |ielo meuds entre u Tietê o e Ivi- rio de cerca de 20 ) metros de largura tem sua, ibz cinco kilome-
nlieinia, pinlini no hvclio que inieressa a estrada, do Alto
Paraná, tros mais em cima. Com grande rafiidez a vanca. si d ire o Paraná,
o ellfl )M.f...i, ,i;n, vi. e t,-)n| o virá em que bastante activa atirindo larua e extensa passagem ]iar,:i sm s .aL'M.is cry.sta-
se estatielrc.'iM. rL;aç;io, on !iora rcsl.ricl.a,
servidão pur.-imeni
,1 ii;;

I-mmI,
.
\

I:, r-iim
como será de linas e fortemente Iransji.-Ufiih--! a ti' •jr.and' In id ida de e 1
1 m i

\ do Paraná, defrojita da que a.inda defronte do St. .\ii:i^i.;>>-i.i da,iaca m-r. nrrladas ;

barra do St. An.i.slacio ,b: l'.i:,, iiM-tn.s a ].rol'iin.li.lade maior contra a margem
de Ma tlo-i .ssi das .•.".••ii..s l>:,rr«Mra. do
>.
de melros com aguas niHiiii.s lie regubo-í^R, o como a \:w-
.

() / i|
grande rio. A vida animat im riu m' ,.as -aias
I marjens
'.: i
.a .

gurii_ ás vezos é menor, chegando t.itvc/,' a. um Ivil, metro


jhk- ex- ,
e ilhas, desonvolve-se cm az, livre das "'raa^ ia. i.,s do ho- ii
cepção, ê natural que sempre haverá a |.r(d'undidade para |
|

nuiis mem. Ve-se a tas < caju var.ia. airaiibas e loulras. cos b.imais
II .a

que cornsponde ao estreilameiilo. E' eiitrclanlo liastante ir- de areia e ilba.s n;io sao r.ain;; os rastos de onças c |acarcs.
PAR 85 — PAR

O» pássaros aquáticos suo poncos e só vimos alp;uns socos e um Palmas sã^o sentinellas avançadas na en trada da barra do Norte
liandi") fie liiyiiYiis. Kste iiIIÍium é mu o maior
jiíissani graiiile e e as demais situadas na grande bahia. sendo as da Cotinga e
(ianiaOIas puÍih^r e
i cliama liaslanls' a
llf'iii;:ui p,-'|n Rua ])eJla plu-
;i do ;'el as maiores, aquella montanhosa e es a plana. No mun.
iii;ií:;'i-'ia lirauca o seu Liaauiili' liii.-o liVclii, ijicnrlo coin cerlo a de '
não existem cabos, mas pontas, entre as quaes a da Cruz, da
yraviílaile nasseiu nos Ikiiicos <li' tv:i"tx aiiolu mais ijuamlo le- >-'
ilha (lo -Mel, da Prainha,, das Conchal, do Teixi-ira, do Pyas-
vanla o viio e solje alturas eiin^ iii!
:'i nude depois jiaira immo-
r; sag iera. do Pasto e Ponta Círossa, que devide esse mun. do de
vel e nua-i imperceptivid )iura a \ i"ly, lia, aiada marrecos e iiatos jVn onina. Lavoura de canna, mandioca, café milho, feijão,'
eai ([lia utirtade. e na marinem jiaiiiisla yíjuos entre oiitros muitos arroz, e diversos oirtros cereaes. Cortume de preparação de
pássaro^, grandes, o Ijello niutiim. O jdo e rico em peixes, alguns couro,'3, fabricas de sabão e velas, de fogos, de pólvora, de cal,
notáveis pelo seu tamanho como o Jaliú e o Pinlado. lailros jielo agiur.-dente, telhas e tijollos. Existem muitos engenhos de
seu saljor e entre estes em primeiro logar o Piracanjuva. que eni canna. de soccar e preparar arroz e de serrar madeira. O sm
massa ajunta-se por baixo das íigueiras em procura das liairt;:s clinui é quent» ; tem sido por vezes assollada p ir epidemias,
que caliem na agua. *V não ser uma aldèa de Índios ali^ndon.iula ]iaia eviíar as quaes existem dous lazaretos, um no Rocio
que por acaso achamos, nenhum traeo do homem se percet* até a Gra ide, distante cia cidade uns tres kils., e um outro na ilha
barra do S. Anastácio, e s/i raras vezes com intervallo de das Cobras. Possue a lí. de F. da Compagni.a de Chemins de
annos acontece descer uma ca.rria. com indios (-'avoás, que vindo Fer firésil íns que tem tres estações I uma iia cidade, outra
. :

de Itapura se dirige á Jatah.y No' mais jaz o grande rio em ])er-


. no porto I''edro II e uma outra na colónia Alessandi'a. Estradas
feita solidão, rolando suas agua-S mansas entre as ilhas até que de rodag-^m t^n a que se dirige ás colónias INIaria Luiza, Santa
quando o vento S\il soprando com forca contra a correnteza, Cruz, S. Luiz. -Vlessaudra, Visconde de Nácar, Pereira e
transforma-o em um mar revolto, pondo em perigo as can .i.as, que (juintilia. Djsla 40 kils. de Antonina, 38 de Morretes, 79 de
por ventura estejam navegando, e depressa procuram abrigo. E' Guaratuba e òi de Gu.-irakessava. Os povs. existentes no mun.
então i3or vezes necessário tirar as cargas em terra e esperar me- são as colónias citad.as, os de N. S. do Rocio e do porto
lhor tempo para seguir viagem.» Pedro II, onde estão collooados grandes depósitos de herva-
matte, de madeira e diversos géneros, sendo ahi o principal
PARANA-ASSU. Nome primitivo do rio Amazonas. porto do Estado, escolhido para ponto inicial da E. de F. e onde
PARANÁ DE BAIXO. Dist. da com. de Óbidos, no Estado vai ser construída a nova alfandega. Os seus edilicios mais
do Pará. l-im suas divisas ficam o ..Amazonas, o igarai'é Mamaurú im])ortantes são o antigo convento dos jesuítas (onde fuac- :

e a ilha Orrande. ciona a alfandega), Cadeia, Escolas de aprendizes marinheiros,


PARANÁ DS CIMA. Uma das sub-prefeituras em que se Capitania do Porto, Escolas municipaes Faria Sobrinho e Hu-
divide acom.de Óbidos, no Estado do Pará. 1'omeça de sua foz manitária Paranaense. Sa ita Casa de Misericórdia, Laza.retos,
subindo ambas as margens, até á boeca do Curumucury, compre- Fortaleza, etc. S a matriz lica aos 2.j" 31' 15" de lat. S.
hendendo a costa do Carapary e costa do Sauassú. Tem uma a 5° 20' 1 >" de hmg. O. do Pvio de Janeiro. Orago N. S. do
esch. pnld. creada pela Lei n. 96 de 18 de mai-ço de i8J3. Rosario e diocese de Curityba. Foi fundada em 1647 por Eleo-
doro lilbano Pereira e pelo capitão-mór Gabriel de Lara,
PARANÁ EE SILVES. O
rio Amazonas despede de sua Villa em 29 de julho de 1648 começ ui a funccíonar a respe-
margem esqmírda um
;

braço denominado Paraná de Silves, o qual ctiva camará em 1640. Cidade por Lei Prov. de S. Paulo, n. 5
depois de receber as aguas do rio Urubú, prosegue substitu.indo de 5 de f vereiro de 1842. Creada com. pela Lei n. 2 de 26 de
esse nome pelo de Paraná de Atumá. nome que cnnse.va até á junho de 1851. Tem agencia do correio e estação telegraphíca.
foz do rio Atumá. D'ahi continxia com o nome de Paraná da Ca- Vide sobre esta cidade os Ajjontamenlos Históricos de Demétrio
pella e em meio do seu curso encontra um braço o Furo Uru- — Cruz.
cará —que despedira de sua margem direita antes da confluência
do Atumá. P^eunido com este Invaço pouco acima da povoação da PARANAGUÁ. Uina das mais vastas e bellas bahias de
Capella prosegue em seu curso até restituir ao ximazonas as toda a costa do Brazil, no Estado do Paraná. Acha-se situada
aguas que delle receljèra, mas agora engrossadas pelas dos rio? entre os meridianos de 5" 6' 15" e 5° 37' O. do Rio de Janeiro
LTrubú e Uatumá. Vide Planta levantada pelo Sr. B. Rodrigues,
(
(Mouchez) e na lat. d,c 25^ 32' 40" S., tendo de extensão EO.
commissionado pelo Governo no anno de 1875 para exjjlorar o proximamente 3 milhas desde a ponta dos bancos, que bordam )

valle do Amazonas.) sua barra, até á parle mais occidental da bahia de Antonina. Tem
PARANÁ DO LIMÃO. Log. do Estado do Amazonas, no c.rnmunicação com o oceano^por tres canaes ou barras, denomi-
mun. de Parintins ; com uma escli. publ. nados: do Sul ou Ibopetuba' do Centro e do Norte. A primeira
dessas barras acha-se quasi areada dando apenas passagem a
PARANAENSE, Natural do Estado do Paraná. pequenas embarcações no prèa-mar as duas outras, separadas ;

PARANAGUÁ. Cidade e mun. do Estado do Paraná, séde da precedente peia ilha do Mel, são apenas divididas por um
da com. de seu nome, na margem esq. e próxima á foz do banco que. em lorma de delta, se interpõe. A do centro ou do
Tiberé ou Itiberé, na parle meridional da Ijahia do mesmo Siuleste é a única frequentada, servindo-lhe de marca um pharol
nome, em uma, plaaicie alta, aprazível p da lionita vis!a que e lilicadona ponta das Conchas da ilha do Mel, e uma boia fundea-
delia se estende para a bahia. Suas ruas são calçadas e com da na ponta do banco, a tres milhas de distancia por 52" Slí.
passeios, de um e de outro lado, cimentados na largura de verdadeiro da dita ponie das Conchas. Dous bancos de areia
dons metros Contem 803 (1896) casas lerreas. algumas de con- esparcellados, estenilendo-se quasi parallelamente ao rumo de
strucção moderna. Possue quatro egrejas Matriz, f rdem Ter- : 32" Sií. e á disiancl.;, de tres e meia milhas, deixando entre si
ceira. S. Benediclo e Senhor Bom .Jesus dos perdões ujna linha : estreito canal oe menos de uma milha de largura, formam a
de bonds a vapor, que faz seu trajecto da cidade ao pov. de entrada ou barra Sli., que se ])oderia considerar de fácil accesso
N. S. do Rocio, ]iassando iielo do jiorto Pedro II, ipie dista p,'.'ra navios d(^ grande eallado si não fossem quasi em sua extre-

da cidade erlo de Ires kils. e aqu^lle qiiatro


i
uma, casa ou ; midade ligados esses liaixos porum taboleiro, onde a profundidade
Hos]iital de llisericordia. com Tim Asylo em construcção dous ; desce nas mais baixas aguas a seis melros, segundo é indicado na
cluijs, o Litterario e o, publibano K
dous collegios niuniçi]ia 'S ; carta' do jMouchez. \ comiuissào encarregada de exan"iinar os
e diversas eschs. de ensino prim. .mantidas pelo Estudo. Os portos do Pa'i'ana e comp.osta dos Barões tia Laguna o de Igaia-
l'>rincipaes rios do nrun. são Maciel, Correas. Almeidas. Ti-
: temy e d.o Dr. Jeronymo Rodrigues de Moraes Jardim, verilicou
Ijerè ou itiboré. Graugussú, Emboguassú, hnbocuhy. Rdieirão. Hiio a largura desse taboleiro. no sentido do eixo do canal, é pe-
Riosinho, Pedras, Bnquera, Medeiros, Ostras, Ifinga. Itin- quena. a mel;' maré
I' ruiiion solaa;. ello ,'ni ()'"'\3 (21 pcsl de modo (
;

gossú, Nácar, Pequimyrim e out os de pequeno volume de a.g'Ha, que eslh-oTa pério-!;' ,;o.i iíloi'a ! i.'i'es a \-el. çoiii nuire cheia e .:

que desag.iam no niar o são atlls. daq elles. iVenlnnu atravessa


i
teni]"i l,oiKiMco-v., navios .pie deMi:...n<l.aii meuoí l,. ti"',S 21 a 22
: (

a cidade, estando uns prí.ixiinns delia e outros jn.-iis ilistantos : J.CS1, SiMi.lo :. r. I
(.. I
i,;i
a eii I i',:i.d;i oil sa.bida liara laes navios por
o maior é o riiaugu--ai. Illntrr- as s^rras que ati^avessarn o oecasiao de ,ri;i.i r ,s ,11 1 ri( e: eor.rrules de mares, por
:'i'!.

mun. jiriia-S' ; lia Praia eeire a.s ilhas a. da. Cotinga (pa-
; causa, das a.ri'e'. éeiro. .\ barra •
'

trimónio mnieipa I d.iS ('oljias londe aelia-s? construído o la-


!
) ,
ou canal do X naaicionado 'i

za.reto), dos Pajiagaios, das i'alinas. <ãe]'er.'<. Alauiiiu. G ara- eíi--i..aiõ l.i'i. M li .
inUuana- , ,.^._aindo
renux. Rasa, do íilel, Teixeira, do líio i!as i'edras e d-i -:o.'a i!ii'.i ii:io se íaieon rando menos decinco I

Prainha. Todas, com i-xcei rti» das illi.-iR Guararema, í'íi1ui«r, li.;.,: iieli ,'. poieiíi a penas dá-lhe sels metros,
(jereré e Papagaios são habiladLis poi' LTande nninei-o d' mo- c meiío,' I
.
e iii.-.i:. ('i.iil'.;'iii,'a.s mesmas inl'orm,ações, é
radores, que empregam-se na Lavoura ou na, pesca. As das este i a ii: I

I
oiu ,
, ir .
pa ul: <'o poi' n:io {.. v nada quc O iiidique mais
PAR - 86 - PAR

entraria parece sor criam animaes de varias espécies, muar. lanígero e suino. Cultiva
ihn\\6 maveac.nes em terra: entretanto, essa
ou salicm para com vanta.gem o café, canna de assncar, algodão, fumo. millio,
mais natural o commoda para os navios queeiíti-ini feijão, arroz e mandioca, ,Seu clima é saudável e ameno. E' com.
o Norte Reuiíein-s'! os Jous canaes
no estsiro íoruiado pehis illias
as, passado o que. subdivide-se a baliia
eni dous de primeira entr. cread.a pelas Leis Provs. iis. O de 23 de junho
do Mele lias de 1853 e 1 de 21 de maio de 1873 e classilic;:da peUis Decs.
das Laranjeiras,
vistoí r,'S-rvalorios. uui ao N., cdianiado bailia
propriamente o ns. 2.2;33 de 25 de setembro de 1858 e o.Ofw de 28 de agosto
en iiriiK-ipal, que se áh-ii^e de K. para O., o é
de 1872. Tem eschs. publs. de inst. primaria.
do Mel e trans-
du tem o iiniiie de Paranaguá. Passada a ilha
'

posta V e.itiv.da da barra de Ibopetuba. encoutra-se a


illia Pvasada PARANAHYBA. Dist. do Estado de Goyaz, no mun, de Villa
porem, mou-
Cotiiva e ein se-uida outra ilha do mesmo nome. Bella de Morrinhos. á margem dir. do rio do seu nome. Orago
1,anlin's,-i. r |.nr (letra/ da qual desagua o rio Itiberè. em cuja Santa Rita e diocese de Goyaz. Foi creada parochia i>ela Lei
|ioiico a.cima de sua foz acha-se edilicada a
cnlade de Prov. n. 18 de 2 de .agosto de ÍS52. incorporad.-i ao miiu. de Villa
maru- ^Mi >•

Parau--u;'>. C-omeca na [lonta da Cruz. extremo


K. da iHia Co- líeila do Paranabyba jielo art. 11 da, de n, 2 de 5 de novemliro de
Iiiv'-a (1 aucorodourii destinado ao ])orti) P,'dro IP situado na 1855, ao de Santa' Cruz ]ielo a.rt. II da de n. 5 de 10 de agosto
m,-r-èni S. da baliia. 3."i Idis. a O. da mesma. A i7
kds. appro- de 18.50. ao de Pouso .A lio pelo art. Ill d.a de n. 428 de 2 de
xiiii;idainenlcda ])onta da Cmz. a luiliia. que em toda
e-sa exl -us.io a.-osio de 18(50. ao deA"illa Bella de Morrinhos r'da de n. l!;3 de 10
(•-,ns'i-v;. immeiisa largura, limitada apenas pelos baixos que a dl' julho de 1871. ''omprehende o dist. do Senhor oin Jesus, i

marwam. aperta-se. reduzindo-se a dons Idls. approximada- creado i.ida Lei Prov. n. 621 de 12 de abril de LS8'). Sobre suas
miMiTc, entre a ilha do Teixeij'a e a p arta Grossa.
Nesta gar- divisas vide Lei Prov. ii. 413 de 14 de s:d.eml.)ro de 1870.
:

•'aiit? Imn seu inicio a bahia de


Antouiua. que se estende ao Tem e.stdis. jiublí. de inst. primaria.
serras
NO., i)roximamente Í!J kils. Muitos são os rios qne das PARANAHYBA. Dist. do Ilslado ,] Cnw: rio lio
e omn
iiiiin.
vizinhas vem trazer suas aguas á baliia de Paranaguá Rio Verde. Orago N, S, da .U.badia e diore- le Gov.-z. F,,i
(jue, depondo-si--.
ellas os detritos acarretados p.ela correutesa, e creado parochia pida Lei Pi'ov. n. (i03 de 20 de jii de 1870. Tem
si>b o
tem produzido esses grandes bancos que tanto a pre|udicam escliolas.
baliia de
iionto de vista da navegação. Os ventos reinantes na
Pyrana"'uá são os mesmos que se olisecvom em toda acosta
S. do PARANAHYBA. Ribeirão do Isslado ile S. Paulo, rega o
isto é, NK, ou KNE. de verão, e SK.. S. e >S0.
nu iiivf.no. mun. do seu nome e desa,u'iia no Tielé pela. mar,L'eiii empierda.
N^giM,
Nes^a bahia laucam-se os rios Nliuudiaquara. S^naM PARANAHYBA. Rio que tem origem no lio Esl:ido de Minas
EsI:mI
Itaqui,
Õuaralvessava, Ta.^-assava, Cachoeira, Faisqneira, .Sa.grado, (' -Matbi Grosso
esse li^stado dos de Goyaz
M„. • ..

Tiberè e alguns outros. Gi no si tio il.a G lia n la


ide loriiiar o Paraná. Nasr

Rio do Estado de Goyaz, aíT. do Mestre de perlo do arraial do Carim d riii-e-si' |iarã. NO.,
PARANAGUÁ. uuimbá e depois |iara ,S0. té 1'ormar o Paraná,
i

Armas. Recebe o Bananal. 1

ibas ;is margens niimiu'osi tribs. Pelo lado d(. i

PARANAGUÁ A GURITYBA. Estrada de do Estad°


ferro
margem da balii^
Govaz. HUM dir.. o S Jilarcos. \'i.aãs/iinio, Cornmiiá, Meia.
I

Paraná. Liga acida.de de Paranaguá, situada á Poille. lini Pasmados, Verdinho, Corrente e
de egual de^íiominação ácaiiitaldo Estado, com
o desínvidvinr:;iil' .\píiré íiM Peiv' P.d. lado de Minas Gerae^, mari:em esq.
1

tiitaf de 11IJ'',3.)4"'. Foi eiiti^egue em


toila a sua extensãn ao Ira- o Dourado. il;,s Velbas. pedras, Piedade e Tijuco.
f(...-mmblico a 2 de tevei-eiro delSS.5. E' dividiíla em três
s<'cer,cs. a
Ilaiilia eui Mil II Cari Pa bi i.u;igeiii, iMoiil
40k.'.l3Un', entre as
piãmeira das quaes. com o desenv.dvimeutn d(-' .\|e-; l'raU 1 ra vi il,a (111 i; v:

ciilades de Paranaguá e Mnrretes. foi aberta an transito a 17 ih-: Calv.l i 11 1 ne l'ab CM, Sua lia ve-
novcmliro de Í^S3. E' uma das lerro-vias do Brazil, cuja cna- iinpiíla |ior duas cachoeiras, a de .S. Siii o. Ijlle iica
striiccão tem sido mais dilllcil. Conta numerosas
obras de art'', abaixo lo rio ilos Bois, e a auva
de S.anto .\ndré. C(U'c ileiiO kils.
abnímas verdadeiramente custosas e todas construídas com p.-r- acima s -1 reunião com o rio(u'ande. ali'i ssas cachoeiras
leila solidez. Solire o histórico
dessa estrada diz o eng. Picanço ;
tem mui la s ii'drasno leito, ponvui coiii '.s siilficientes.
]
2t> de março df iS72.
« .V concessão que foi ))rovincial. data de « .\. largura i
h rio Grande, é
Paraii.iljyba, eonio siieceil rio
O Doc. n. 5.005 de Í5 de aliril de P87-1 approvou os estatutos da muito variável •m seii curso varia de 200 a. lOiJO metros si não :

com]ianhia que se dispunha a construir a estrada até Morretes. e mais. nas maiores emdientes sobretudo.» .Uém dos tribs. acima
deu-lheautorisação para funccionar. ODee. n. 5.',)i2 de 1 de maio eilados, o rio 'a raiia Iiy ba recelje ainda: o iVgua Grande, ICsjiirilo
1

de 1875 couc('il(-'U durante 3J aniios liança do juro de 7 "In, garan- Saul"!, iSantWnna e 1'relo.
):000"í e tamliem
tido pela i>rovincia. sobre o ca|iiíal de 2.0 )

"arantia de igual juro, pelo mesmo prazo, sobre o ca.pital


;

a'ldi- PARANAHYBA. Riacho que foianaumdos jirincipaes galhos,


comais senteiilrional, do rio .S. Lourenço, eni cuja ma r;j m e-q.
cional de 5.000:000.-;, destinado á construcção da estrada até
>

desagua, pela lai. de 10" iiroximamente, no Eslado ile Mallo


Curilylia. O Dec. n. 0.5}4 de 27 de jullio de 1877 a)qu'ovou os
12 de agosto de iS79o Em Grosso (B. de Melgaço.)
estudos da linlia, menos o orçamento.
«overno geral autorison os accionistas da companhia E. F. do PARANAHYBA DA BARRA DO ESPIRITO SANTO
Paraná á transferir os seus direitos á Coiti i>:uj»ii' Ociiéi'nlr rh'S (Sant'Anna do). Vide Jlarra do Espi.rdo Riinlo.
Frr n. 7.035 (le 5 de outubro de O Dec.
Clr-n-iiir; th'
o capital garantido a 11 .4}2:041>5707
ij'i'(.'.s-/V/io/.s

him 5 de
.

PARANÁ-HYME. Ou rio Turvo. Rio do Estado de l\ratto


18^;0 elevou .
Grosso, dir, do .Juriihena e umilosseiis maiores trilei. Nasce
aff.
juiilio de 1S8') começou a construcção. O Dec. n. 7.813 de em um
coiitrarorle se]jtemtrional d.'i eori li Ii ra dos l'a.r 'i.'ys. ! i

ite setembro de 1880 autorison a funccionar no imjierio a


'Zli
Se.iJaindo al.uuiis i:-jographos ou via|;. ute-;, reeelie luii alf. dmio-
Coinpagnic Gèniwale drs Cliemins de Fer JJi\'siliciis » Vide Pa- .
minad.o Paraná-mi langa O nome de Paraná-liyme deve ser a .

raná. todos os respeitos conservado é o seu natural e não se presta :

PARANAGUÁ-MIRIM. Rio do Estado de Santa Cutlnrina, á confusões.


origina-se no morro Guamirim. corre a principio uo launo de N PARANÁ-MIRTM. E' o nome qne se dá no valle do Ama-
depois no de E. e vai lauçar-se no Araqnary uma milha ao N. de (
zonas a um rio )ieipierio braeo de rio; porção estreita de um
Paraty. rande
ií rio li iriii- l:i e :i riada ilre illiiiS.on entre uma ilha e
|

PARANAHYBA. Cidade e niun. do Estado de Matto Grosso, a terra li rui •. ilu.ra 1 1


eiir-ii ; liiro qiu- eouimunica eiilre si

na com. de sea nome. Orago .SantWuna e diocese de Ciiyabá, dous rios, ou a ^ uo meio do (|u.al se
a.Lj ii.i s ib um mo luo.
Foi 1'undaibi. em 1838 com oí inor^idores di' Minas e ,S. Paulo, atravessam ilba^,. li' e, ra deri\ada ile jiiraioi rio c
crea.da iiarocliia pela Lei i;^rov. de I'.) de abril de 1838, elevada á jyi.Tíii) ])e(ueno. « líio |ie;(iieno bra.ço de rio juuTao estreita ;

categmaa de vilhi jiela de n. 5 de 4 de julho de 18.57 e a de cidade de um grande rio hirma.da apertada entre ilhas durante o
pela.^Lei n. 70 de 10 di' jullio de 18, '4. E' essa jiov. o jionto jiara curso furo qne communica entre si dous rios, ou as ag'Uas de
:

onde i'imu i-rL:eiii ;'S vispis dos (juíí preiereni o tra,çado da E. de F. um mesmo no, no meio do qual se atravessam ilhas, Etym,>
para M:lI b rns4o, pa i-ti ndo antes do Estado de S. Paulo do que
i ' i
Do tupi Piirani. rio, e í/íÓ' |ie |iieno. Começa a aggluti-
(lo do Paraná.. <,)uasi lodo o seu terreno. é formado pelo
!( V !
i,„,„ que em
'in /^c; O
...
o e
.... .. .
nar se em para7iá paraiiax (.1. Verissimo). —
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Ien';i i'oxa.( Coberto
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de formosas,
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P.VRANÀ-MIRIM.
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verde-negras lloi'esl s, pie ilis]iertain não só a admiração dos que ,!


R.ÍOdo EsU.do do Pará, na circumscri-
as contemiilam, edino iH|iir;nii ::'> meaiiio tiMiqio a te mais robusta i
pção de Matacorá e com de Baião.
do seu próximo e si _ leseiivoivimeiili). Possue
^ lambem ,
PARANÁ-MIRIM. Riacho do Estado do Pernamlmco, aíl'.
extensos e niagnilicos ca.mpos, em que seus habs. cuidadosamente da margem septemtrional do rio Capiberibe,
PAR PAR

PARANA-MIRIM. Rio cio Estado de Sergipe, á mai'g'eiu povoação de Iguatemy, muitas vezes subiram pelo Paranapa»
esq. do rio deste nome de que é braço. E navegável cora a nema, suppondo q\ie desciara pelo Paraná. Mereceu este rio
intíuencia. da maré na extensão de 12 kilometros, s-'mpre o cuidado dos presidentes do Estado do Paraná. Dos
diiferentes relatórios que delles se occupam extrac taremos os
PARANÁ- J/IRTM DA MAMALOCA. Extenso braço que
seguintes tópicos: — Era 185!) o illustrado Sr. Henrique de Beau-
deita o rio Jaiiurú de sua margem dir. Começa no fim da
repaire Rohan, cu''0 relatório é, sinão o mais importante, pelo
costa Itanauá e terjnina no i.rincipio da costa PIj-uamim, Ibr-
menos tirados mais importantes do Estado do Paraná, dizia a
niundo a grande ilha da Mamaloca. Conimunica-se. pelo 1'iiro
respeito desse rio: «Este rio (Paranapanema), que é coimiium á
Itanauá-pucá com a ilha Itanauá pelo ; furo da Mamaloca cora o
esta província e á de S. Paulo, não é navegável em todo o .seu
lago deste nome e pelo do lago Maria com o lego deste nome.
curso por causa dos saltos e cachoeiras que o obstruem. Todavia
PARANÁ-MIRIM DE BAIXO. Log. do Esl,ado do Pará' é por elle e pelo seu confluente Tibagy que se faz actualmente a
no num. de Óbidos. nossa communica.ção com a província de 7\íatto Grosso. Seu
porto de embarque é o .Jaíahy, na margem dir. do Tibagy. Des-
PARAÍTÁ-MIRIM DE BAIXO, liba do Estado do Ama-
cera as canoas até o Paranajianema, e deste até o Paraná donde
zonas, no raun. de Itacoatiara.
ganhando, na margem oppfsta, o Ivinheima, sobem por elle e
PARANÁ-MIRIM DO ESPIRITO SANTO. Log. no dist. pelo Brilhante até á nascente colr.nia de S. José de Monte Alegi-e
de Parintins do Estado do Amazonas. A Lei Prov. n. G43 de 2 situada no isthm >, de nove a 12 léguas de largura, que separa
de junho de ISS-í creou alii uma- esch. publ. deinstr. primaria. este rio do Anhuac, confluente do rio Mondego, como este o é
PARANÁ-MIRINS. Em cprta parte de sen curso pelo Es- do Paraguay. Segundo um Itinerário que me deu o barão de
tado do xVmazonas, despede o rio Ta; ajoz para a dir. dons Antonina, ha do emliarque do ,Iata.hy, n^sta província, ao de-
bj"acos denominados Parauá-mirins. O menor s;^gue á es.], por sembarque do Brilhante, na provinciii de Jíatto Gros=o, Sõ léguas.
ura capinzal jiara L., reune-se ao igarapé Curumú, procedente do Devo, porém, faz-r observar, que o cadete José Antonio de Freitas
lago e serra deste nome, e incorpora-se com o Paraná-niirim Dantas, que. em melado do anno passado, fez essa viagem, gas-
maior, que porte do mesmo lado e se^ue quasi o mesmo rumo. tou na ida 42 dias, no regresso 30. e que até seu termo médio
Este qu(^ é denominado Paraná-mirim de Alaria Thereza, logo de duas léguas e meia por dia. Isto prova ou que o Itinerário é
inexacto. uando marca somente 8:5 léguas de navegação, desde
que recel)e o antecedente, inclina-se a l!^SE., e entra no ^\-niu- (|

o Jatahy até o Hrilhante, ou que são taes os estorvos, que em-


zonas, quasL jnacto á foz do Trombstas, de que se desprendera.
baraçam o ti'ansitii d; s r;>iiijas, que não é possível veiicer-se a
PARANÁ-MITANGA. Vide Paraná-hyme. viagem em tão ])o ico tempo, quanto seria a desejar. E note se
PARANÁ-MUGÚ. Rio do Estado do Pará. banha o mun. do que o cadete Dantas ia em canoa descarregada e empenluido em
Souzel e desagua no rio Xingú. pela margem dir. Delle extrnhem etfectuar a viagem no menor prazo possível ». Em 1865 no
os naturaes uma argilla cora que fabricara vasos para uso Itclatorio (lo presidente lDr. André .A. de Pádua Fleury ao vice-
domestico e qxie resistenr ao fogo. presidente Dr. Jíanoel Alve: ile Araujo, acha-se unui noticia
prestada sobre o Paranapanema por Frederico Hegreville, en-
PARANAN. Villa e mun. do Estado de Goyaz. Sua matriz carregado de exjilorar nã-) só esse rio como o Tibagy. « O rio
tem a invocação de Santo Antonio do i\Iorro do Chapéo. (Vide) Paranapanema, diz V Hegreville, tem desde a barra do Tibagy
.

Foi creada villa pela Lei Prov., n. 5C5 de 2õ de julho de 187(3. até a aldèa do ParaiUL]ianema uma extensão de 50.271 braças, e
Tem eschs. publicas. dahi até a sna f z 8i.-\221 prefazendo ao todo 139. 4y5 braças.
;

PARANAN. Rio do Estado de Goyaz, a£F. dn margem dir. Em toda esta parte do rio encontram-se ii ilhas e são as da
do rio iMaranhão. Recebe as aguas dos rios da Palma, das Almus. barra do Tibagy, Capivara, Inhumas, Pacú, Grande de Santo
Bom Successo. S. Domingos, Corrente, Pardo, Crixás, Periperi, Ignacio, Bonita. Pirapõ, Serra do Diabo, Antas, Corvo, Urubu e
Macacos e outros. Nasce na serra dos Couros, tem um curso de Tig-re. De seus diversos alfs., 13 entram pela margem dir. e 14
mais de 000 kils., é navegável por grandes endjarcações num pela esq., todi s coin largura maior de meia braça; existem tambeni
trecho de 240 kils. e por embarcações menores cerca de 400 kils. tres pequenas corredeiras denoininaiias Capivara, Larangeiras e
Saint Adolphe, Ayres de Casal. Cunha Mattos e J, E. Vappoeus Serra do Diabo. A planta foi levantada com a bússola, sendo a
{.\. Terra e o homem 1884), dizem que o Paranan depois de sondai;eni ferta com a maior exactidãi) possível, assim como tive
juntar-se com o rio da Palma toma o nome de Paranatinga. Na todo ocuiilajlo Coma rei)resenla.ção lopographica das margens.
legislação e nos relatórios provinciaes e era diversos trabalhos que A este rio s .brev ni enchentes que fazem elevar o nivel de suas
consultamos a respeito desse Estado, não encontramos a deno- ag-uas até |ialnios acimado nivel ciariimuii, e 18 dos ordinários.
minação Paranatinga. O Sr, Dr. Virgilio de Mello Franco, na Sua profundidade média, é dê nove p. Imos e neste estado oHéreee
sua Viagem á com, da Palma, tliz « O nome de Paranatinga
:
a barcos movidos a vapor ou a transportes puxados por este
é totalmente ignorado dos habitantes, que o não conhecem motor, uma navegação a=saz f:anca até o novo e^taljeleeimento do
siaão por Paranan. Por tel-o lido no Dice. Geof/rajjlrico. Ayres Paranapanema, oti mesmo até á barra do Tiliagy: visto que
de Casal, e em outros livros, e não ouvil-o nunca pronunciado então a corredeira, da Capivara de=apparece completame.ite. e as
pela gente ribeirinha, tratei de infurjnar-me a tal respeito, da Larangeiras e Serra (lo Diabo se abrandam irnii nolavelinente.
sendo o resultado que nsjn por tradição crmheciain o rio i)or As suas enchentes são duradouras, em razão do i!ouc(-) di^rlive
aquelle nome, nem mvsrao os pilotos de botes que muitas vezes do seu lei to :e as que alcançam 10 palmos de profundidade são
haviam feito a viagem ao Pará. » Ainda que existisse a dfno- frequentes entre os mezes de setehibro a niarço : não havendo,
rainacão de Paranatinga S"ria conveniente eliminal-a jiois nada porém, épocas ce tas pa ,a as enchentes máximas, visto serem
lia que juslillque a necessidade do Paranan mudar de nome. ellas devidas a efiéitos m-etereoioglcos. cuja inconstância é no-
tável. Uma parte do Paranapanema, comprehendida entre os
PARANANGABA. Vide Pararangaha. Apertados e a barra daquelle rio, numa extensão de 42.132 bra-
PARANAOÁ. Vide Parnaná. ças é sempre navegável por barcos a vapor, que demandam de
quatro palmos dagua jiara baixo, porém a outra parte, isto é,
PARANAPANEMA. Villa de S. Paulo. Vide Capão Bon'to.
dos .Apertados á barra (lo Tilxigy, só se presta nos tempos de
PARaNAPANEM.A. Rio considerável que tem suas nas- secca á navegacãn com prancha.s ou canoas, que demandem de
centes na face NO. da serra de Paranapiacaba e desagua no rio um a um e meio palmos d:'gua e mesmo assim, é noce^sario (pie
.

Paraná pela margem esq. aos 22" 25' de lat. S. Atravessa o possam pas>ar })or canaes da largura até de uma lirar,!. D. ^ile
Estado de S. Paulo e depois separa este do do Paraná. Receíje a ilha grande de S. Ignacio aié a baria do Plrapo o rio lonia
pela margem dir., todos pertencentes a S. Paulo, o Itapeliniuga, uma largura tamanha que a.s agna^ oào õdr'iii f nanar, si(|ner.
|

Bonito, Guarehy, Santo Ignacio, Coimbra Pardo e outros e pela ; um j.equeno canad, por onde a naveij;:^;ão lenha loi.'ar e esiirai-
:

esq. o Apiahy que atravessa S. Paulo, o Itararé, que separa esses ando-se soljre este vasto ("-] aro apmia^ coirse^ nem, cm alguns
dons Estadi.s. o das Cinzas, Tiliagy, que atravessam o Paraná, legares, encolirir mal as irr(-;jiilai'i'b .b'S ibi fundo ib. leito. En-
além de outros. Suas margens são ordinariamente baixas e tretanto, entinido de que o.lj ^e e--la lieleee ja un;a navegação a
l

povoadas, parte de arvoredo corpulento de óptimas maaleiras, vapor i)elo Paiana|iane;na (!e;(li> a :-na foz ;;le os .Vpertai-loS : alii
parte de campinas onde se encontram, diversos aniraaes. Sua crear-s? um e^ítabelecinii-nlo ii::ei n;d., jiaia sin'vir de ponto de
corrente é ai)ressada por causa tias muitas cachoeiras as teri-is : partida a uma naí .i^avaio e^ iilur adé o Paraná ;e nas enchentes
'
l

adjacentes são infestadas de gentio feroz. O alveo é i)ermanente até o novo esl abeb cimen lo indirrena do Paranapanema, ou até á
e as enchentes periódicas nas estações chuvosas. Siui foz é tião barrado Tibagy. Os barcos para esta navegação não devem de-
larga que, as canoas qiie, em tempos idos, dirigi am-se á praça e ,
mandar mais de quatro palmos de agua, afunde não encontrai'eiu
PAR - 88 — PAR

embnraço desde a barra do Pavanapaiiema até os AiievLados, fi pelos mag mattos, abundant-^s de excellent^s madeiras de
lificos

sua largura pode ser de 12 biMças de


ro{;'iila>la p-.ira can.ies construcçio ds mais de tidnta qualMados diversas, como pelas
lari^ui-a I' » — Oc conformidade com as tnstrucçòes de midtas colheitas de todas as planta õ-^s nos aldeamentos do Para-
4 de ian-Mii. '-5. exiiodidas
i )Kdo ]ii-esideiite do l'araiii, Dr. napanema, e ,S. Pedro, e na freg. de Tibahy, que exporta para
André Aiii^im:-' 'I l':.'Iua l'deury, os engenheiros José Keller e
' o utros liontos da província, cópia extraordinária de mantimentos...

Francisco 'M-lit in vez ', ilc regressarem pelo Yvaby, de cuja


i
líntre as plantas medicinaes do matto virgem notámos, sobre
exploração e iiiciIÍ(\mi (lroi>-rapbica haviam sido encarregados,
Ii \ todas a ipecacuanha ou poaya, que se acha na vizinhança do
esteiideriim e-vplnr:! cfin do Paraiiojianema e Tibagy, O resulta-
;i
aldeamento do Paranapanema. » O traljalho mais recente Cjue ha
do dos seus -si II- los 1-1: <[, III iiiiicioso Relatório, apresentado sob'.'e e.sse rio é o Bclat apresendo a 20 de dezembro de 1886 pelo
.

a 27 de dezmiliro ]).•;,, rclulorio estractaremos a parte


I
eng. Th. Sanijiaio. Delle extractamos o seguinte: « O curso do
relativa ao rio depile im'; dccupamos: « A23de Junho loc:dnos — rio Paranapanema di'sde a lia^rra do Itapetininga até á sua foz
em frente á Ijoca do 'a im na lancma cujas aguas claras eebrysta-
1
i
.
no rio .'aran i, divid '-se naturalmente ein quatro secções: 1*,
llinas se de^lacarn da snpr -licie |.ui'va do g:i iigan teseo Paraná,.. da foz lio Itapel iidnga á cachoeira do Jurú-mirin: 2', do Jurú- ;

A 27, 2.^ e 2.t a=.>a nr a |>ri| iienas corredini'as do Corvo, da lía-


i-, mirim ao ,Salto (ir.anile ya, do S ito Grande á liarra do rio Ti-
!

])osa e das Anlas. juido as illias dos jnesmos nomos, o cheiramos ba,2'y ; -l-S do Tibagy ao rio Paraná
;

A 1-^ secção tem cerca de —


áiierpiena illiae corredeira da Coròa de Frade, ontle já as 2iJ0 kilometros de extensão, dos qua^s láO são perfeitamente na-
camadas de -rés. inteiramente metamorphoseadas e quasi vitri- vegavois em qual([\ier época do anno. O rio atravessa ahi uma
ficadas, indií-araa proximidade das massas eruptivas da serra i'egião il^ gavz e scbistos molles. e desenvi ilve-se, ora muiio si-
do Dialjo, cu|o cimo formado de trachyte, e tendo a conliguracão nuoso por entre altos pa''edõos lalhados a prumo, ora entre bar-
de uma barraca, avistamos logo na margem dir. do rio. A lar- rancas de mediana elevação cobertas de frondosas mattas. A sua
gura do F'arana|'anf'ma, que na foz tem apenas 350 melros, i.trgura média é de 7õ JUi-d.ros em alguns pautos, como nos sitio,S
:

(stcnile-se de m-do neste logar que alcança a meilição de õ a ) ) encachoeirados, esta largura vai ás v-^zes até 180, e mesmo 200
6lJU metros. Passando em seguida á ilha Tuyuyu, situada no meio metros iuas em gor.al pouco dilfere di média indicada. As pro-
;

do rio e junto á corredeira do mesmo nome, chegamos á mais 1'undidailes são quasi sainpre de 2 a 5 mHros nos trechos desim-
forte da serrado Diabo, primeiro que, por seu declive conside- poilidos U iS cacho dras, porém, se reduzem ao rainimo de O™, 60
;

rável, o|ipõe obstáculo serio á marcha de vapores ordinários. 110 t 'mjio da vasa nt '. Va.ria muito a velocidade das correntes :

Os recifes qua atravesssam o leito, formarlos de trachyte, são, jjor nas cachooiras atting o máximo de 11 kilom. por hora: nos
'

sem duvida um prolongamento da que constitue o cimo já dis- Ireehos d''sim'iedidos a uma média de 8 kilora. Esta secção, das
tante da serra do Diabo: correspondendo provavelmente, aos rnelliores do Pa ra na] -a iiema sob o ponio de vista da navegação,
da cachoeira do Ferro, no Ivahy. i\,ão obstante a elevação das divide-se em dous Irochos principaes o 1" desde a barra do Ita- :

margens, que sobem á grande altura de quatro metros acima do petininga até á b irra do rio Guareliy é um trecho bastante en- :

nivel das aguas baixas, os terrenos adjacentes, menos altos, cachoeirado e caprichosamente sinuoso: contam-se ahi mais de
inundam-se nas enchentes ordinárias e, por falta de esgotos ; 30 corredeiras do Aparado. Bufão, Sete Ilhas, e o notável e b:d-
naturaes, formam em muitos logares pequenas lagoas oxi ba- lissimo solto do Itapocú, légua e maia abaixo do Itapetininga;
nhados ao longo do rio, os quaes ainda de longe, se distinguem o 2" trecho, da Ijarra d Guarehy ao fim da secção, é talvez a i

facilmente pelo caracter especial da ve.getação. qxie consisíe em melhor parte do onrso do Paranapanema o rio melhora consi- :

um frondoso matto virgem nas fraldas enchutas dos morros. Ua deravolniente, oT.indos estirões de 3 a 4 kiloms. de extensão suc-
serra do Diabo para cima, estes lianhados vão rareando pro- cedem-.-e com fie-iuencia; poucas voltas, nerihuma corredeira,
gressivamente os morros, já enlào pouco elevados, avançam até
;
agu.as mansas, profuniiiilade média superior a 2 metros, sendo
ás margens, diminuindo a uinfnnuida/Ae do seu aspecto; e as muito froqiieides os pontos onde uma sonda d> 5 metros não
mattas offerecem madeiras de qualidade e dimensões superiores, atlinge funflo. P.arauma navegação regular dura nt^ todo o anno,
sendo muitas de construcção naval. .\' 2 e a 4 de julho assa- ] esso trecho do rio não carece de melhoramento algum. A 23- .secção —
mos mais duas corredeiras de pequeno declive e a 5 pela manhã, é inteir m
-nte liistiaiida em uma ext -nsão decerca de 120 kiloms.
(
:

abicando a foz do Pirapó, que pela margem esq. sahe com a não ha talvez 2 kib>nl^. desiinjiedidos. Atravessando uma região
largura de 45 metros, atracamos no porto da antiga reducção dos raonlanliosa.de coiisl luição geológica muito diversa da anterior se-
i

j<' = ui las. denominada de i\. S. do Loreto : ,sobre cujas anti.:as c-.-ão.o rio parece preci|iitar-se pela encosta de uma montanha, como
j'iiina=. se distinguem ns modernas de um recente aldeamento de si rasgasse mna serrania, deixando uma planície alta por outra de
(inaranys e Cayoás. Na manhã do dia 6 passamos a corredeira nivel mais hiaixo. Ladeado de morros de 120 a 200 metros de altura
das Larangviras, com o comiu-imento de um quart de Irgna. > acima da onrronte, corre o rio i-ritro [lenedias faz'Mido í^-randes
A 7 a do Pacii. V Sas das Anhumas e da Capivara, nolavid ]nda VLdtas. ora proid pi lando-se de gra.nd altura em esplondidas cas- '

cíjníiguração dos lagedos que existem no lei lo do rio, X {\ pela cat s. ora |ior esiroil.os corredores onde as aguas passam vio-
manhã, tocamos á liarrado rio Vermelho, em cuja visinhaiiça ha t=ntas coHKi nhini /'// /í i/, espraiando-se lo,i;'o após om la\'ga bacia
uma insignilicaiUe con-edinra,. ,\ 10 e a 11 mais cinco, taudjem (niiP^ fazem donlaj m redonioinhos. A obstrucção é comfileta e
;

pequenas. N.'i tarde de 11 idingamos á barra do Tibauy, onde irremediável; ha lo,u'.ares onde todo o grande volume d'agua do
]iroci'denios neste mesmo dia medição do volujiie cubico de suas :í rio Par,in.i]) anema, sii erior a 300 metros cúbicos por segundo,
aguas. No seguinie lizemos as observações de lat. e long. e con- passa por estreito canal de 6 a 8 metros de largura entre rochedos
tinuamos jielo curso deste off. .no Poranapanema. ..» A' respeito al.íantilados. Os' saltos e tombos são tão .seguidos e repetidos,
da fo 'mação geoloLdca. e do clima do valle do Paranapanema que o leito do rio assemelha-se a uma escada. Kntre os saltos
dizem ainda os illusti-cs e luvidii-ir.isKeller «No Paranapanema : — mais notavois dosta soc aão. citarei: o do Laranjal, o dos Aranhas,
es.sas camadas (de gré- \rriiM'llio) cslfaidem-se sem inl.erinipçâo até do l'i:ajii on do S. Seliastião, o da Agua do Padre, os d')us do
á serra do Diabo o idnii-la primeira vez as vimos iierfui-idas |ielas Palmital e o Salto Grande ou dos Dourados es e ultimo é o ;

erupções dos rorbedns plnlonicos da mesma serra. 1'ahi. (u-ém, i


maio:' e o mais hcllo, com a queda vertical de 6™, 50. Os dous do
ainda, sp almipani, mais oii nmiins modilicada,s na consistência e Palmital são,]-iorém. mais piStorescos com uma quéda total de
na rn,' :il :dhha d., .-viinrin aldcamenti. do l'ira|ió (N. 8. do
::
11 niotros. A —
socoão tem 110 kils. de extensão e o rio,
'.V^

Lond-.). I
^ iVs a - icrlVa lamente á qua Iquer obra d'arte
-
1
|
; comquanto entro em rogião menos accidenlaila, oílerece ainda um
diflere em consislenina i'diiri za, sci^nndo o logar donde é tirado; leito muito desigual, qui^r quanto ás profnnil idades, quer qirnrto
assim o da pequi'ii:i ilha, da Cnma de l'b'ade é dui-o como vidro, á largura e ás deci ividatles. F' nest.i so.-oao ijuo se notam a^s
e o exi.rahiilo a ))i'i|uena disiancia, mais abaixo, molli^ como liiy, maiores irregíilarida.des no curso do Parana[ianema o rio ora :

ou barro mal cosido. Desde a barra do Pirapó alé do TiLi.iijy, e :i corre estreito em canal jirofundo c franco da largura de 100 a
porestealéol gar onde chegamos, sete léguas acima do,;. Pe- .120 metros,ora ospraia-se em larga hacia de 500 a 000 metros,
dro, avistam-se sempre rochas de origem j.ilulonica, jiias do cara- cujo fundo é consi il Ilido por enorin la.L^^eailo, por sobre o cjual
cteres dillerentos, ]ioi- coutoiom forro umas, e outras co))re no : corre aa^na escassa e raidosa ein loaipo d-^ secca. e sem caiiaes
numero destas pertence o reoiri' da corredeira do Vo to de 1 praticavis. ,Vs lhas sui^jem onlã'. iinni'T,iq;(K n,-, meio dessas
i

Cima... Aqueda total do Ti lia ^y o dn Pa -ma jiaiunna, do-do as largas ha' ias e f anuam vordadídros arebipolapis. lísle caracter
caljeceiras do primdro atéá li.irra dn K',oiiiidii no P.araná. do 1' do no í'aran,io.i oina só é lnun accenlnadM ii,a, i.^pihw da secca,
70') nvtros. o clima, nos din'orí'M os pnnlos dos va los dai| nol los ijuairl allinooosei uivei mais liaivo.
l
I
II rio Durante a mi'>r
dons rios, aiu^esonta uma NariiMlad,. o(in;dil<T;iMd, ojn i'a:',:io da pait dii :, uno,
ml IS-,. d. sappareoo, e
! rm :o-;^nnio maior iini-
' I <,

grande didérença fie lalitudo, c da elevarão aciin.a, do nivol do Uuanidade. Cuino o ia.Lloado líoS liaixios (Ui r.izios lii-a ipiasi SMil-
mar; assim do Jalaliv para liaixo é tropical, e ])aracima tempe- ]jre coberto de uma camada liquida, ilo O"', 50 a 0"\iSO de jiro-
rado. A superioridade do solo manifesta-se á toda a luz não só fundidade, qualquer diílérença para mais no nivel das agnas, o
34.661
.

PAR
faz clesapparecer totalmente, e então onde, onlr"ora, se divisava rede embutida e impeneti-avel por onde nem os próprios ani-
íuiia larga e ruidosa corredeira, não se vè mais do qne uma ampla maes podem ti-ansitar. A cordilheira não sendo formada por
. .

bai-ia. onde as aguas apenas desenham na superfície as irregula- uma só cadeia mais ou menos continua em sua direcção, mas
ridades do leito totalmente encob 'rto. Lís'.a s ;cção píkle ssr sim por uma agglomeração promíscua e confusa de montes
navegada durante a estação s?cca, mas com grandes diUiculdades destacados e valles desenconírados. não só o estabelecimento de
e exigindo praticageni especi .1 como (andiem embarca';ões apro- vias de communicação, como qualquer género de lavoura, en-
priadas duríinle oito mezes do aano, porém, ella pôde ser apro-
: contra aili immensos obstáculos naturaes».
vei tada com alguma vantagem. Para uma navega;ão coniinua
por vapor S3i'iam necessários mollioramontos dispendiosos, que as PAS.ANÁ-PITANGA. Pequeno arraial d.o Estado de S. Paulo,
no mun. de Paranapanema, de cuja séde dista uns 1(3 kits.
vaatag'ns sutisequentes não compensariam. As cachoeiíMS das
Tres-íllias, do Pary, dos Queixadas, da Barra das Cinzas, do .
PAPvAHÁ-PITANGA. Rio do iCstado de S. Paulo. aíIl. da
Rio Fundo, são s 'rios obstáculos á nav.-gação regular e roni inuii ma-gem esq. do Paranapanema entre Capão Bonito e Faxina.
;

desta secgão, e, creio eu, que qualquer tentativa pa,ra nrdborar


estas como outras cachoeiras seria não S'') muito dispendiosa como
PARANÁ-PITIMA (rio do tabaco) Igarapé do Estado do
"

Amazonas, alf. da margem esq. do rio Pa'rauiry, trib. do Negro,


de resnltado assaz probl-MU tico. O rio deve s -r utilis:idn kdqnal
ent e os igarapés .-Iran e Murumurú.
está. pdo menos nas actuaes condi:'(jes daqueTa região, um
;

deserto que só agora pijvòa


; a'na v-gação nãfi deve ser lenlada PARANÀ-PITIN3A Rio do Estado do Pará,
{.io branco).
sinão no tempo de encli-nte, isto é, durante cer.ja de oito mezes aíT.da margem esq. do Nhamundá. Acima d'elle, quatro milhas,
n<i anno.— A 4'^ secção é inconlestavelmente a mellior parte do desagua o pequeno ribeirão -Jatiiarana.
Parani-panema abaixo das regiões das ciichoeiías e comquanto PARAWÁ-PITINGA. Rio aff. da margem dír. do Atumá,
não seja totalmente desimpedida, é a secção que oííerece em trib. do Amazonas. Entr;i n"aquelle rio cerca de 210 kils acima
qnoliiuer éi)Oca do anno uma navegação continua, de qjie o com- da stux foz.
mercio já se vai utilisando com proveito. O Parapananema, do rio
Tibagy até o Paraná, é um rio largo, profundo e men.os acci- PARANÂ-PITINGA Rio do Estado de S. Paulo, aff. da
dentado. com algumas cachoeiras e corredeiras que não são nu- margem dír. do Paiahyba.
merosas nem irremed aveis. O rio tem ordinariamente a largura PAifí ANÀ-PITIiSrGA. Lago no mun. de Óbidos do Estado do
de 250 a 3j0 metros, como na confluência do" Tibagy, e vai Pará
muitas vez'-"'s a 600 e até i. 000 metros, como se observa em vários
pontos entre as ruinas do antig-o aldeamento de .Santo Ignacio PARANÁ PIXUNA Rio do Estado do Amazonas, aff. da
e o (bi Pirai)ó. -\s profundidades variam muito : no temi»» da
margem dir. do Purús. Por elle vae-se ao Madeira lu^ss-judu i:e!u
vasaiile a sonda accusa por sobre os baixios e cor. edeiras — Puruzinho, aff. deste ultimo.
O'", Tl!). O'". 80 e 1"'.0 ; nos sítios apertados, nos trechos de largura PARANÁ-PIXUNA. Igarapé do Estado do Amazonas, aff.
ib- li'0 a 120 metros, uma sonda de 10 metros não attinge o da margem esq. do rio Padauiry, trib. do Negro; entre os
fundo na linha do canal. Na barra o Parapananema tem uma lar- igarapés Gambirá e Uacuquay.
gura de 386 metros, medida na extrema secca, e uma profun-
tlidade máxima de 7 metros. Na extensão de 192 kil .metros, o PARANÁ-PIXUNA (rio jv.eto.) Em linguagem geral ou
rio desce apenas 53 metros, desembocando no Paraná na altitude tupica denomina-se assim ao rio Tapajós, aff. do Amazonas.
de 246 metros acima, do nivel do mar. E' também irregular a PARANAPUAN Nome dado jielo gentio á ilha do Governa-
velocidade das correntes, nms a média pouco excede de 3 kilo- dor, situada na bahia de Giumabara; no Districto Federal.
nietros por liora. Para que esta secção se preste a uma navega-
çãi) continua por vapor durante todo o anno, se faz preciso
PAWAPUOUHY Os francezes, vencidos e expulsos do Rio ds
Janeiro por Mendo de Sá, haviam tornado a occripar o paiz e
melhorar as seguintes cachoeiras Laranja Doce, Capivara, La- auxiliados pelos 'i'ami)yos. formaram dous estabeleoimeutos, um
:

rangeira. Santo Ignacio, Serrado Diabo. O commercio que agora


no continente sob a direcção do indiio Uruçumirim, que tomou
se encaminha para Matto-Gros.so por via do Paranapanema, Pa-
o seu nome. e outro Uiin Paranapucuby, na ilha Pv.asa (chamada
raná, Samambaia, Ivinheima e Vaccaria, é obrigado a fazer a
descarga das embarcações em tres ou quatro pontos apenas, e
do Gato). Foi essa aldeia iiosleríormente atacada e destruída
pelos Índios do valente .ALrarigboia nos cnmbates que Estácio de
isso só na éi>oca da secca. Mas es=as descargas se fazem tão
facilmente ([ue a viagem de descida se eílectua em 5 dias apenas. Sá travou contra os francezes e tamoyos. seus auxiliares.
As embarcações em uso nesta secção do Paranapanema são PARANAQUARA. Igarapé do Estado do Pará, banha o
grandes canoas, ebainadas batelões, feitas de um S) tronco de mun. de Almeirim e desagua na margem esq. do Amazonas.
arvore gigantesca, que permitte dar a embarcação um compri-
mento de t2 a 15 metros, largura de mu metro a l'",20, calando
PARANAQUERA, Log. do Estado do Pará, no dist. do
Ourem.
cerca de 6"\46 a O'", 30, sob uma carga de 20) arrobas, além da
tripola-ao. ordinariamente composta de 4 homens armados de PARANARY Rio do Estado do Amazonas. Ao receber o
varejói>s ou de remos e de um piloto ou pratico do rio. Uma Amanã, toma o nome do Maué-assu.
o Paranary Ha no Pa-
viagem redonda entre a colónia Jatahy no rio Tibagy e o porto ranary, algimia.s millms ab; ixo das crchoeiras. uma grande jiedra
da Cascata-Grande no rio Vaccaria, em Matto-Grosso, se effe- a que denominam Pedra do í^arco. a qual firma uma gruta de
ctiia regularmente em 25 a 30 dias, sendo os homens da tripo- 2 braças de fundo horiso-nud e S ou 10 di' cumprimento sobre a
lação engajados á razão de 203 a 25;i por viagem, além da ali- agua. Vista de longe, semelha uni barco alraerdoá pedra e
mentação. Os canoeiros e tripolaates são todos Índios man=os da d'abí o nome que tem. A pedra é calcarea. e riqui~siina de con-
colónia Jatahy ou do Pirajú. Neste serviço tralialham de um chas fosseis, que muitas vezes batidas pelas agu .s do rm, desiu^en-
modo incxecedivel ;
ninguém nada melhor, nem affronta iima dem-se ])OUCO a pouco da pedra e ficam conr. rbir 'S pcinlriiles do
cachoeira com mais denodo e galhardia. Taos são em rápido tecto da gruta. Na aeof/riqiliia PIu/s'<-íi lif \\^;ippu'us (pag. 87)
esboço os principaes caracteres do rio Paranapanema sob o ponto lè-se que o Maué-assíi de[:oís da barra do .\maná tonui o nome de
de vista de sua navegabilidade. » Paranary.

PARATnTAPIACABA. Uma das denominações locaes da PARANÁ-TINGA. Diz Cnnba ^.Inllos qu,^ ns v\o Palma e -

Paranan. unidos, cnrreiu |"ir es|'.'H'ii dr oil,> :i nn\r Ir-oas com


Seria do Jíar, no Estado de S. Paido. « Correndo na direcção
o nome de l^arauatinga até entraram lui nuu-gian di r do rio Ma- .

de KNIÍ a SSO. a serra de Paranapiacaba, diz o engenheiro Silva


Coutinho, é um condensador anteposto aos vapores trazidos do
ranhão. Considerando nós o falina como ali', do Paranan e
oceano pelos "ventos de E.S e SE de modo que a tres léguas pa a não diflícultar o eslu'!o da polr.mograiihia nacional, elimi-
da crista para o interior sente-se já a condensação constante e namos neste Irafia In a (bMiomiiuirão de Paranatinga c conser-
abundante de vapores, que alli se opera em muito maior es- vamos a de Paranan, lu-sino loripio este é O rio ]nMncipal. A
esta circumstancia accre-r,. ,> iaelo do Sr. Dr. Mello Franco,
cala que nas vertentes orientaes da serra do Cubatão. Chove,
deste modo, 11 mezes no anno e durante os mezes do maior
no seu lblb"|.'i sobre .1 Toi/novi ;/-( /'.(/,//./ afliiiiiar que o nome
de Paranatinga é lot-dmenti' desconheciibi [k los lia.bs. Xiãe Pa-
,

calor e seccura o orvalho, que gotieja das nuiltas, é ainda Ião


abundanie ijiir pareee cliuva. .\s matlas de uma altura consi- ranan .

derável, cobrem-se de u.rna quantidade ]U'odigiiis;i de parasitas, PARANÁ-TINGA. Rio do listado do Mallo Grosso qiie
cujas raízes aéreas, entrelaçamlo-se com as trepadeiívas, liirnuxm confine no de S. Maiuud abaixo deste e ])0UC0 tlístanle da fó/.
com os troncos unidos das arvores e arbustos intermédios luua no Tapajoz, pelo (jue é coiiiundido com o S, Manoel e também
BIOC. GEOG. 12

PAR — 90 — PAR

chamado rio das Tres Barras. Entretanto dos dous grandes ral da província de Mato Grosso, promover e animar o commercio
galhos é o único conhacido e até pouco tempo passavam por daquella com esta provinda do Pará, e ao mesnio tempo dese-
jando evitar os incommodos e transtornos que de ordinário se
uui só rio. Nasce na serra dos Bacahirys, ramo da serra Azul,
solfrem nas navegações até agora conhecidas, julgou por todos
em contravertentes com o Arinos, Manso e Cuyabá e corre pai;a
esses motivos, que se deveria procurar e descobrir uma nova na-
NO. até aos 7" 21' de lat. e 14" -11' 20' de long. O onde fuz
,

barra com o S, Manoel, um pouco acima, formando assim as vegação que, preenchendo os interesses de S. M. e do publico,
tres barras. João de Souza Azevedo, o descobridor da navega- poupasse também os inconvenientes acima mencionados ; e por
isso, a 2(3 de julho do corrente anno, ordenou, que, acompanhado
ção do Tapajoz foi quem deu essa denominarão ao rio dos Ba-
cahirys ou das Tres Barras aos 3 de dezembro de 1716. Mas ja de 5) soldados milicianos debaixo das minhas ordens, me diri-
gisse ao porto de S. Francisco de Paula, logar determinado para
Anhanguera e os seus companlieiros tiuham~no visto no seu
pretendido descobrimento dos Martyrios. Nas noticias de An- o emliarqiie, e de onde eu devia partir e descer pelo rio Parana-
tonio Pires de Campos, dadas por Antonio do Prailo Sitiueira,
tinga para o descobrimento da nova navegação para o Pará, de-
em 1709, vem consignado que esses sertanistas sahindo da Cha- terminando-me para além disto a mais exacta descripção da
pada, aos oito dias de jornada em rumo de N. deram com um viagem com todas as individuações e declarações precisas dos
que rios, saltos, cachoeiras e baixios que se encontrassem, e bem
rio de aguas c ir de leite, cnrrendo no mesmo rumo, a
deram o nome de Paraná-tinga, por ser assim conhecido pelos assim- de tudo quanto observasse e examinasse, procurando de
nuturaes. Alguns traduzii'am-no para rio Branco e alguns cha- mais a mais a amisade e boa harmonia com os índios habitan-
maram-no Paraopeba, nome que os naturi es dão aos rios occi- tes em taes paragens. Em consequência pois destas ordens sahi

dentaes, ou que correm somente na est:ição dys aguas. Foi até da cidade de Cuyabá, seguindo por terra a estrada pouco trilhada
bem poucos annos considerado como ali', do Xingu. Entretanto que vem daquella cidade até o referido porto de S. Francisco de
ha mais de um século já havia noticia de que elle corria para Paula, onde cheguei no dia 17 de agosto, e antes de principiar a
NO., iiarecendo ser antes trib. do Tapajoz; e nesse sentido a rainha viagem de descobrimento, julguei ser do meu dever expor
camará de Cuyabá olficiou em 1771 a Luiz Pinto, capitão ge- aos soldados (lo meu commando e mais pessoas da equipagem,
neral, que approvou suas propostas de fundar-se um presidio qual era o motivo e o fim da nossa expedição, e o quanto nos de-
em suas margens, e exploral-o até sua foz. Não se realisou no víamos esmerar em cumprir o que de nós se exigia e esperava,
seu tempo essa exploração ;
havendo apenas noticia de duas na certeza de que nada nos faltaria, e que de certo poderíamos
descidas que por elle fez o sertanista José Luiz .AJonteiro, e vencer qualquer obstáculo que houvesse, mesmo da parte doa
posteriormente a do tenente de milícias Antonio Peixoto de • gentios, uma vez que tivéssemos ordem e união, e vendo assim
Azevedo, que em 1819, de ordem do capitão-general Magessi, cnm prazer a boa disposição de toda tropa e as sinceras presta-
desceu a exploral-o. partindo a 29 de julho de Cuyabá, apor- ções que me faziam, parti com eíTeito do dito porto do embarque
tando em 20 de agosto ás margens do Paraná-tinga no porto no dia 20 do mesmo mez de agosto, como passo a mostrar.
que denominou S. I''raneisco de Paula, do nome daquelle g;o-. Porto do embarque denominado S. Francisco de Paula. Fica 40
vernador, do mesmo modo que baptisou pelos de iNlagessi e léguas ao norte da cidade de Cuya'bá;£na margem esq. do rio
Tavares dous dos principaes saltos que encontrou no rio. Em Paranatinga. em um terreno alto e excellente campina deste a
;

6 de novembro chegou á fóz, 229 legoas abaixo daquelle porto. tres quartos de légua acha-se um baixio bastanteniente secco,
Tem de curso mais de um myriametro, atravancado por quutro que se i)assa arrastando as canoas pela lagea do lado dir. e deste
saltos dos quaes o Magessi de 5™ de alto, e de 40'^ o Tavares a meia légua, outro que da mesma forma se passa e pelo mesmo
e 41 cachoeiras e baixios. Segundo o roteiro de Peixotn lica o lado; d> ste a tres quartos de légua eneontra-se outro, cuja pas-
porto de S. Francisco de Paula a 240 kils. de Cuyaljá, em sagem é bem pelo meio, e a meia légua dous baixios muito seccos,
rumo N. 18 kils. abaixo encontra-se a ilha de Jatobá, seguin-
;
que se passam da mesma fórma que o primeiro, sendo os seus ca-
do-se a cachoeira de S. Pliiliiipe, a ilha das Capivaras, as ca- naes á esq. e destes a tres quartos de légua está outro baixio, no
choeiras de S, Bartholomeu, S. Luiz, S. Raymundo, Lagoas qual passa-se com facilidade depois em distancia de meia légua
;

pequena e grande, Santo Estevam, Boqueirão, o salto Magessi, existe outro baixio com um canal fundo e rápido, no qual é pre-
a cacho ira das Ondas grande. Banquinho. Duas Irmãs. Burity, ciso passar com a gente dobrada, em pequena distancia e a ponto
Santa uUa, S. Justino, da Montanha, S. Thomaz, S. 'cro- de vista appareoe um recife de pedra que atravessa o rio e
nymo, Coatá, S. Mauricio, Ilha Grande, Tres Ilhas, Formosa, abaixo do mesmo se acha a ilha do Jatobá com baixios de ambos
salto das Sete Quedas, Rebojo, Mutum. Furnas, salto Tavares, os lados; eu passei pelo lado dir., descarregando as canòas o
Pedernal, Fuzil, Perdição, Tucum. Porteira, Inajá, salto da esiiaço de 95 passos e as canoas se passaram do mesmo lado com
Campina, S. Feliciano e Sumaúma. Na mesma época percorreu-o bastante tral)alho, visto que na margem esq. não admitte passa-
o forriel Joaquim Ferreira Nhandú, que deu noticia de dous gem jiela sua extensão e falta d'agua. Esta ilha é coberta de ar-
outros grandes saltos, um de duas e outro de 20 braças de alto. bustos de jatobá e tem boas terras para cultura; desta ilha a um
Segundo alguns é elle, e não o Arinos que com o Juruhena quarto de légua se acha um baixio comprido e muito secco que
formam o Tapajoz. Suas margens são altas, e por ura bom motiva descarregar-se as canòas no lado e.sq., na extensão de
espaço; perto da fóz do rio de S. João da Bocaina, bastante 7Õ3 passos e o canal é do mesmo lado ; depois deste, em piequena
alcantilado pelas .serras entre as quaes passa. Tem 500'" de distancia, ajiparece outro que se passa encostado á terra firme
fóz, e o Tapajoz ahi 800, alargando-se este então, em 2.200'". da margem esq.; quasi junto a este se acha a cachoeira de São
Segundo Peixoto, são tribs., á dir. os rios das Pitas, dos Ba- Felippe, na ({ual se passa com as canoas descarregadas, o que se
cahyris, Pardo, S. Veríssimo, Branco e Preto ; e á esq. o faz na margem dir. na extensão de 120 passos, e o canal é da
Verde, de 170'" de boca, Chrystallino e o de S. João da Bo- mesma margem; desta em distancia de tres quartos de légua se
caina. Peixoto dá as melhores informações sobre este rio : suas acha um baixio, cujo canal é no lado esq. ;
logo abaixo deste se
margens são mui próprias para a cultura, por serem em geral acha a ilha das Capivai'as com baixios de ambos os lados. Eu
altas; suas matlas povoadas de salsaparrilha, c avo, puxury, passei pelo lado dir. com muito trabalho, porque se me fez pre-
baunilha, cacáo, caslanhas, óleos; é abundi ntissimo em caças ciso abrir canal ; desta ilha a um quarto de légua se acham dous
e peixe. Dos tres nomes i)or ((iie é conhecido, o de S. Manoel baixios, ambos muito seccos e sem proporções de se abi'ir canal,
foi dado pelo forriel Manoel Gomes dos Santos, em 1804, e ode por cujo motivo passei por ambos arrastando as canòas com
Tres Barras por João de Souza e Azevedo, em 1746, mas Para- toda carga por cima de pedras e destes a um quarto de légua
;

ná-tinga é o verdadeiro por ser este o nome com que vem se encontra a cochoeira de S. Bartholomeu, em cuja cachoeira
desde suus cabeceiras. Damos em seguida o seguinte docu- descarregam-se as canòas na margem esq. na extensão de 700
mento inloi-cssante pela luz ([ue ministra a respeito desse rio : passos, sendo o canal á dir. entre duas ilhas que formam a mes-
« Meniiiria Sobre a de=.cnberta de imia nova viagem da cidade de ma cachoeira. Estas ilhas são bastantemente compridas e muito
Cuyabá para a do l'ará, feita pelo rio Paranat'nga até então proi)rias para a cultura ; destas a um quarto de légua apparecem
deRcunlificido, acnnipanbada de uma descripção exacta deste rio, quatro baixios, os quaes occupam a extensão de meia légua,
de todos os seus baixios, cachoeiras e saltos; feita por ordem do todos elles com soflriveis canaes, e dessses a meia légua se acha
Exm. Sr. lenenle-general Francisco de Paula Maggessi Tavares um baixio que se passa com facilidade ; logo a um quarto de lé-
de Carvalho, governador e capilão general da província de Mato gua, apparecem quatro baixios que occupam a extensão de tres
Grosso e executada peln sru |iriiiioiro descobridor, o tenente da quartos de leg^ua, ficando bem no meio uma ilha pequena, cujos
legião do milícias de Jlalo (a-^s-io Antonio Peixoto de iVzevedo, bai:íiíis são tão seccos que motivam descarregar-se as canoas em

no anni> de 1819. Rio l'aranatiiiga, alUuente ou rio S. Manoel. icidiis elles pelo meio do rio e por cima de pedras, findas as quaes
— Desejando o lUm. e Exm. Sr. tenente-general Franci.sco de acba a cachoeira de S. Luiz, cujo descarregador é na margem
Paula Maggessi Tavares de Carvalho,, governador e capitão gene- dir., na extensão de 600 passos e o canal encostado ú terra fii'me
PAR — 91 — PAR

da margem esq. abaixo desta cachoeera se aelia uma ilba fj^ue


; 15 de setembro, fui atacado pelos gentios Mururá, o que fizeram
da mesma se avista, na qual principia um baixio, que occupa o da margem dir.. No meio do ataque fiz unir as canoas e encos-
espaço de tres quartos de legua á vista pois da sua extensão
; tar na margem esq., e como me licavam defronte, mandei faltar
me vi obrigado a passar as cargas em montarias até a foz do por um interprete, assegurando-lhes que não lhes vinha fazer
ribeiro das Barreiras, em cujo logar sc deixaram as caruas depo- mal e que para signal de amisade se lhes deixava no logar onde
sitadas, em quanto se voltava a conduzir as outras e juatamente estávamos alguns machados pendurados em um páo ao que res-
;

as canoas. Desde o porto do embarque até este ponto é este rio ponderam-me pela lingua geral bastante viciada, que não que-
innavegavel, porque realmente sc deve considerar que é um só riam cousa alguma, e que os brancos não deviam passar por
baixio, occupando de terreno nove léguas cora bonitas campinas, este rio, visto q>ie ei'a logar de sua habitação, e que tinha sido
que guarnecem suas margens e. nesta extensão se acham nove o seu refugio, quando foram asfaltados nas cachoeiras de cima ;
ribeiros a saber seis á esq. e tres á dir. Partindo do tal ribeii'0
: e que por tanto protestavam acompanhar-nos todo o dia, e
das Barreiras se encontram algumas itaupavas sem maior obstá- assim o fizeram, atirando flfchas successivamente por cujo
;

culo, com diversos paredões em alguns togares e guarnecidas as motivo, achando-se elles em uma ponta de terra, onde o rio
margens com pequenas .restingas de matta bastante próprias estreitava, e que de nec-ssidade se havia de passar encostado á
para c dtura, cuios centros constam de serradões e campos agres- terra, mandei, que se lhes fizesse algum fogo, para se retirarem,
tes; em distancia de tres léguas, abaixo do riljeiro das Barreiras visto q e IS flechas já ale; nçavam as canoas com efteito retira-
;

se acha uma pequena cachoeira denominada S. Raymundo. des- ram-se por uma vez. Ku regulo s -r o numero dos índios, que me
carregador de meia carga em pequena distancia soljre uma lagea atacaram, para cima de 1 >0 porque no logar do ataque ficou o
;

no lado esq. e o seu canal é no lado dir. desta cachoeira em; rio cob rtc de flerhas, ^em que uma só ofiendesse a fne=;ma tropa.
distancia de uma legua se acha a da Lagea Pequena, que da No mésmo dia liz pouso p4as quatro horas, afim de intrinchei-
mesma fórma se passa a meia carga, descarregando as canoas rar-me, e passando assim toda a noite debaixo, de líuarda. sobre
na margem esq. em pouca distancia e o canal encostado ao lado a madrugada uma sentinella deu parte de que nos achávamos
dir. ;depois em distancia de uma legua está a cachoeira da cercados pelos gentios ;
por cujo motivo chegou-,se ás armas,
Lagea Grande, na qual também se passa a meia carga, descar- ficando cada praça em seus respectivos postos até amanhecer no ;

regando na margem esq. o espaço de 5'J passos, e o canal é bem dia seguinte mandei reconhecer, si era ou não gentios, e nada
pelo meio do rio marchando depois a extensão de cinco léguas,
: appareceu, ficando eu persuadido de ter sido medo ou engano da
se acha a cachoeira de Santo Estevão, cujo descarregador de meia sentinella. 1)0 dito sitio do ataque em distancia de 11 le^ioas, se
carga é no lado e.sq. em uma lagea grande e o canal encostado encontra o Rio- Verde, foi-mando a sua foz na margem esquerda
ao lado dir. o que tudo se faz sem maior trabalho
; de Santo : com a largura de 70 ou 80 braças, e corre de sudueste para nor-
Estevão em distancia de 14 léguas se encontra o boqueirão e ca- deste : desde as piteiras até a foz d'este rio, se encontram muitos
beceiras do salto Maggessi, cujo boqueirão occupa o espaço de portos_ de Índios, e em cada um d'elles immensos páos encostados
luna legua, a saber, no primeiro se passa a meia carga, descar- á margem do rio, os quaes lhe servem para facilitar a passagem
i'egando no lado esq. o espaço de 650 passos, sendo o seu canal a nad de um para outi-o lado, por não usarem de canoas, b 'or-
do mesmo lado, porém no 2° e 3° se passa sem incommodo, en- moseam esta extensão de rio varias praias, e muitos ribeiros de
costado á lagea do lado dir., findo o qual se acha na mar- um e outro lado, entre os qiures os mais notáveis são o ribeiro
:

gem esq. o porto do salto Tavares em uma alegre campina. E' das Pitas e dos Bacairis do lado direito, ambos de 15 braças de
este salto bastantemente alt com tres quedas, cada uma das
i, largura e o ribeiro Crystallino, no lad esquerdo, com a lariíura
;
>

quaes terá a altura de duas braças o varadouro das canoas e


; de 2'j braças, e quasi junto á foz do Rio- Verde, estão tres lagos
das cargas é do mesmo lado esq. na estensão de 900 passos, no ou bahias. onde supponho ser o deposito de muita parte do peixe,
qual se passa com facilidade pela commodidade do varadouro ;
que tem esta extensão. Da dita foz em distancia de quatro legoas
do dito salto en. distancia de duas léguas se acha um baixio, e meia se acha a cachoeira de São—Justino, que se pas^a com faci-
que se passa com facilidade e sem perigo, e delle a tres quartos lidade, descarregando-se as canoas sobre um recife de pedi"a,
de legua está a cachoeira das Ondas Grandes nella se passa a ; (que fórma a mesma cachoeira) na margem esquerda, passando-se
meia carga, descarregando no lado dir. a extensão de 600 passos, as canoas em um pequeno canal, e encostado á mesma margem ;
e o canal encostado á lagea do lado esq. da dita cochoeira' em
; logo abaixo meia legoa, se acha a caclioeira da Montanha, por
distancia de meia legua se acham duas correntezas que se pas- ter uma ilha no meio do rio com uma pequena serra, cuja ca-
sam sem perigo em distancia de tres léguas chega-J3e na ca-
; choeira no 1" banco se passa a meia carga, descarregando as
choeira do Banquinho, e nella se desca.iregam as canoas de toda canoas na margem direita, na- distancia de 500 passos, e o cariai
a carga na margem esq a extensão de 103 passos, sendo o seu
. é pelo meio do rio deixando á esquerda a mencionada ilha, porém
canal á dir. e encostado a uma grande rocha, que se acha no no 2° banco, que fica na piuita da dita ilha pela parte debaixo, não
meio do ^'io desta em distancia de meia legua se acham duas
; só descarregam-se as canoas de toda carga na mesma margem,
correntezas que se passam sem perigo, ficando da parte de cima como também passam-se as canoas em um pequeno canal, que
delias uma ilha circulada de praia de pedregulho, ou pedras está em um recife de pedra, ao pé do logar onde se tiram as
miúdas, cuja ilha se avista da mencionada cachoeira depois em ;
cargas depois em pouca distanca se acha uma correnteza muito
;

distancia de nove léguas, abaixo da sobredita cachoeira se acha forte, que se passa encostado a terra firme da margem dii'eita, e
outra correnteza, que se passa sem incommodo. e dahi a uma muito próximo a esta correnteza está a cachoeira de São-Thomaz,
legua outra, que da mesma fórma se passa, íicando-lhe da parte cujíi canal é encostado á margem direita, descarregando-se as
de baixo desta ultima uma ilha circulada de praia de ureia; canòas em meia carga, em uma ilha que fórma a mesma cachoeira,
depois da dita a 10 léguas se acha outra de igual natureza ;
ficando pela pafte de baixo um recife de pedra, denominado recife
depois a tres e meia, está um correnteza que não motiva emba-
i
de são-Jei'oninio e neste recife se passa a meia carga, por ter
;

raço dahi a quatro legues e um quarto, se acham duas cachoei-


; n'elle uma pequena cachoeira com dous canaes, sendo o melhor o
i'as quasi unidas denominadas dos Dous Irmãos, cujo nome é da dii-eila. descarregando no mesmo recife em pouca distancia
posto por serem semelhantes, cujas cachoeiras se ]ias=am a meia deiiois navega-se por entre ilhas pequenas, deixando todas á
carga, descarregando-se as canoas em pouc), distancia na mar- esquei'da, na distancia de meia legua, finda a qual está a cachoeira
gem dir., e o canal é do mesmo lado destas em distancia
; do Cu/tá, cuja cachneii'a se pas^a com facilidade, descarregando
de meia legua, se acha a cachoeira do Buriti por ter nella e da as canòas em pouca distancia, na margem esquerda, e o canal
parte de cima um grande buritisal, sendo o seu descarregador encostado á ilha, que está defronte o posto do descarregador e ;

na margem dir., na extensão de 50 passos, e o canal encostado supposto que no clito braço, por onde passei, é pequena esta
á margem esq. desta a um quarto de legua se encontra uma
; cachoeira, comiudo na inarjcm esquerda ella é bastante grande ;

eorrentesa que não motiva embaraço, depois eni distancia de sahiniln-se d esta passa-se o rio para a margem esquerda, afim
duas léguas está a cachoeira de Santa Auta, cujo descarregador de chegar na cacdioeíra de São Mauricio, que, ficando muilo por
em meia carga é na margem dir., na distancia de iáO passo?, e cima a antecedente, tem dous canaes. e por isso é o seu descarre-
o canal vem pelo meio do rio; desta a duas léguas e um quarto iador de toda a carga no 1" banco, na margem esquerda em
se encomra uma itaúiiava e mais abaixo legua c uv ia outr;i., ]Minea distancia sobre a la^^ea, que fórma a mesma cachoeira, e
as quaes não motivam emb iraço desta u!liiii;i a lri'=; li^unas "i;
;
pa-s L f-m das canòas em um pequeno canal, que fica encostado ã
acham na margem dir. era uma enseada, qualrn |ii-= dr i'il.'ii-a, iiialla 'la iiiesuia margem : e no 2° banco descarrega-se meia
em cujo logar encontrei vestiv ios de gentios que jm a n \ i i' caiya. na m ia L'em di rei ta da mesma fórnui. sobre um recife de
de poucos dias deste ponto para baixo princi|iiam luatla? ;j. laf-s
;
pedra em pi uca 'lisiancia. e o canal encostado ao mesmo recife;
sem que se torne a ver cam]iiiia alguma, que motive r')ta das ; o 1" banco o muito alto, e muito rápido e o 2o não ó Ião alto,
;

piteiras em distancia de quatro léguas, pelas nove horas do dia porém, como a distancia em que se carregam as cargas não me-
,

PAR 92 PAR

ísc passíim sem maior incommodo


mesmo ambos os recifes, no que não ha maior incommodo ; deste a
rece allenção, por isso ;

dppois pm distaiK-ia de Iivuu sp acham boqueirões de re-


uma tres quartos de legua, se acha um
recife de pedra, que atra-

bojo3, tiue n:i'i niníivaiii cinljara 'o. no teui]io em que passei,


vessa o rio. e fórma uma alta cachoeira com diversos eanaes,
lindos oí quai'^ uiii i\ln. na rxtensão tle Ires quartos de send.o o i!i dlior o do meio do rio, encostado a uma ilha pe-
lesua, o qual é |il'i'ci,í() iia"'.sa" <'ni incia L^arya nas mesmas canoas ;
quena, por ter nella todo o commo.do para descarregar as canòas;
daliià quatro Ie,-uaí e meia, aliaixu deste baixio, encontra-se esla se denomina cachoeira. Forvioca, pelas muitas ilhas e pe-
outi'i) b()qui'irão de rebnj,), cxlensão de uma légua, o qual nao ou oia-S praias, que tem da ]iarte de baixo; desta navega-se
motiva embaraço cinco léguas abaixo do ]nencionado rebojo,
;
encostado á margem dir, a extensão de uma legua, iinda a qual
principiam niuiliis oulms Ijaixios, na extensão de légua e meia ] assa-.«e para a margem esij. navegando outra legua, até o
com canacs rápidos, no lyh< e,-,q>ierdo. e os eanaes da direita ] orto e varadouro do salto das Sete Quedas. Fórma este salio
innavegaveis jicla sua Ijra v. /.a do lini deste baixio, em distancia
;
quatro ditas ilhas bastante grandes e todas parallelas em cada ;

de meia legua, se aclia a cacho, ii^a. da nba-'Jrande. cujailíia; b aço das ilhas se acl a um salto, sendo o mais alto o do pe-
repartindo o rio. t')rnia duas cacliofiras, nnia á di.'eita e outra á n Ilimo b;'aço. do lado dir., que terá de altura seis braças; e
esqu, rda, sendo o canal o desvvirri' a^lor de «ia carga na margein l
os out.o.í faltos são mais baixos, ).or se repartirem em pejque-
dii-eila. descarregan:'.o cm uni:! I: gva líe iiedra. que Ib.ma a
;
nas ca'dio?iras, antes de formar a queda; tem esie varadouro,
mesma, c-udiocira in> ijne ;
nao ha maior iraballio pela pouca tanto das cargas como das canòas, a ext-n^ão de 1.40 passos,
distancia, lista, ilha é liastante .uraiiilK. com sotiriveis proporções sem que neste terreno haja motivo a'gum que difficulte a jiassagem
]iara culliira., e de l\ para liaixo achei vestigios de outros índios, das canòas. Do dito sali.o em distancia de uma legua se acha
didereiílrs lios que me atacarron jior terem também dillerente a cachoeira do llebi.';o com tres eanaes, sendo o melhor o da dir.
modo de passarem o rio, fazendo para esse fim suas jangadas; o (|u,' s(í pas a a meia carga, o qne se faz pelo rio nas mesmas
(lue os auteceilentes não tinhão. Da cachoeira da Ilha-Grande em canòas. visto não ter proi;orções para se descarregar por terra ;

dislaneia do quatro léguas entra o rio por uma bocaina de serras (lesla cachoeira em di:,tancia de ura quarto de legua está a do
im espaço de seis le^gnas e meia, sem que n'esta extensão haja iSlutum, muno rápida e brava no lado dir., não dá passagem
obstáculo algum, ajinz rd' t[n.' o rio hca bastante estreito com as pela sua extensão e ra]iidez o que se faz no lado esq., descar-
;

margejis gu-rnccidas de rocliedos marchando mais tres léguas


;
regando as canòas de toda a carga na extensão de 750 passos.
e meiaabai.Ko da bocaina, encontrei um ribeirão comum i)ari, Desta em distancia de legua e quarto está a cachoeira tias Fur-
que os Índios lizeram para apanhar peixe, é como nelle ss nas o seu canal na en Irada é |)ela margem esq. e na sabida
;

achasse um grande porto com entrada aberta, mandei fazer uma Ijela dir similo o seu descarregador de toda a carga, no lado
,

cru/, pregada a prego, a qual deixei fincada, e junto a ella, sobre dir.,. ])or cima de grandes pedras, cheio de immensos precipí-
um )i;io. tres nuiclmdos promptos, tres fouces, um facão, quatro cios, na distancia ile 1.250 passo;?, logo jiorém que se passa
íiu-as, tres tesouras, duas carapuças, duas navallias, tres espelhos, esta cachoeira, atravessa-se o rio para a margem esc[., afim de
uma i-aniisa o um j^ai decalcas de algodão; dahi a tres leiiuas S3 ir ])assar o primeiro banco do Salto-Tavares, em cujo banco
achcM liiiir,, ]iari, no qual liz o mesmo, deixando unicamenie dous ou qu'da se descarrega toda cirga em uma lagea de pedra, na
mai-hisíini; ! mais abaixo uma légua encontrei outro porto com extensão d' 7u4 passos, ]'.assando as canòas na margem dir.,
gra iidi' n MOTO de janga.ilas, em cujo porto deixei igual quanti-
II em um peqiuoi,) canal, com e muito cuslo e perigo de se perder
dad'' de h rraiiioulas como bavia. deixado no primeiro. D'este alguma: feiío isto, torna se a pas=ar para a margem esq., alim
)ini'I a
1 h.',LiUa.s se acha na. nuuvein direita a foz do Rio-Parado,
1 de carregar as canòas; e como o varadouro do Salto-Tavares é
cujo no l);.slante jiarydo, e ó enii)edrado com a largura de .50
(i na margem dir.. torna-se a atravessar o rio, com muito perigo,
bi'acas medidas acima de duas ilhas, que se acha.ni na sua foz ;
alim d» alcançar a iirim"'ira enseada, que fica defronte do logar,
ate aqui encontrei de um e outro lado os mesmos vestígios dos onde se' carregam as i nòaí. O Salto-Tavares é considerável,
;

ditos Índios, sem que ]mdessemos vèr um só porém conheci ;


não só pela altura que l.ni, como pe!a extensão de terreno que
pelos signaes, que o seu n\imero devia ser grande e muito maior occupa a sua bi'aveza o varadouro das canòas tem o comi)ri-
;

([ue os primeiros. Da fóz do Ilio-Parado em distancia de mento de meia 1 gua por cima de serras bastantemente elevadas
légua e meia, encontrei ao lado esqxierdo duas canoas de gentios e circulada de grandes rochedos, os quaes ditficultam a j^assagem
aladas na margem dn rio, as quaes mostravam ter sido feitas das canòas; o varadouro das cargas tem o comprimento de tres
com l'e"r:: inenla portiigueza, dahi a duas léguas se acha
; quartos de legua, por licar da parte de b.iixo do varadouro
um,' ilha mi moio do rio com baixio de ambos os lados, e que das canòas, uma alia cachoeira, na qual, passando as canòas
fio [Ilido pass.ir lanlo ]iela. direita como pela esquerda sem perigo vasias, alguma das mais pequenas sahiram alagadas, sem detri-
;

doililo baixio a. ti'es léguas, está a cachoeira das Tres Ilhas com mento, e as maiores meadas de agua a margem esq, não
;

diversos can ies, sondo o melhor pelo meio do rio, deixando á admilte passagem, porque as serras ainda são mais altas e sem
direita uma ])equena ilha e á esquerda tres nesta cachoeira ; proporções para se abrir varadouro. Tem este dito Salto-Tava-
])assa-.se em meia carga, descari'egando as canoas sobre uma res 10 quedas, entre as quaes uma de nove braças de alto,
lagea de ])edra, que se acha defronte á dita pequena ilha ; da sendo as mitras menor, s gradualmente; até esla longitude é o
dita cachoeira em dislaneia de quatro léguas, encontrei atadas maior olistaculo que encontrei, e supponlio, que qualquer con-
na margem esquerda oilo canòas de gentios, com uma grantle ductor o não passará para cima em menos de 12 dias. trazendo
ranxaria. ciijas cninas oram semelhantes ás antecedentes. a competente equipagem do Salto-Tavares em distancia de tres
;

Os Índios .M iidiiruciis. que mo acojnpanhaYam, eortilicaram-me


II léguas, acina-se a cachoeira do Pindoval, de extensão de um
soreni as ditas canòas dos sous parentes habs. na cauqiina do quarto de legua, e n 'Sta se ))assa a meia cai"ga o que se faz
;

rio 'rapajós, os ([uaes tinham do costume vir conquistar os pelo mesmo rio, sendo o seu canal na entrada pela margem
inlios, que deixamos atráz, denominadus i)elos ditos Mundu- esq. e na sabida á dir. ; desta cachoeira em distancia de tres
rucús — gentios Pari hi-la lá Desle sitio a meia légua encontrei
. quartos de legua encontra-se a cachoeira do F^unil, cujo nome é
um rio no lado dir. com bastaiile agua, e muito corrente, que jiosto em razão de fazer na dita cachoeira grandes rebojos, e
se denomina S. A'e,'i ^.simo nim
largura de 30 braças, e corre
a nella se jiassa descarregando as canóaa de tod a carga, na
i

Oe
lessuest(! Jiara noiíni ne dnile a duas léguas se acha um
; d,' (<:'.
margem esq.. por cima da lagea em pouca distancia, e o seu
baixio com a extensão de l^oi i|iiai-|ns ile légua, e neste esjiaço canal encostado á meíiua legea por entre pedras. Desta cachoeira
S' acham oito ilhas peipienas. a:H qua.e-, forinam o mesmo baixio, a l^gua e meia se acha a cachoeira da Perdição cujo nomo (
sendo o pcu canal encoslado margem dir., alé chegar á se-
:i
posto por termos entrado pelo braço esquerdo, e por não achar-
gunda ilha, e dejiois |iaí'^a-se |iara a margi-'m esi|., iior onde se mos sabida, voltamos a procurar o canal grande, por omle se
devo navegar; iiiarchaiido dn li;i.i>cio o es]iaço de 12 leg-uas en- passou sem maior traballiO desta a uma legua se acha um
;

conlram-.se 31 ilhas, com iiropoi^c ie.s luira cultura, pehi (|ualidaile rebojo muito bravo, onde se alagou um pequeno batelão, no
do lerreno, cujas ilhas se fazem Hfilaveis, ]ior serem guarneci- qu ii se perdeu uma arnu;, uma baioneta e cinco saccos de
das do immensos jids de caslanhen-e^, diversas (lualídades de farinha; deste rebojo a um quarto de legua está a cachoeira do
palmeiras; depois se acha um baixio com a extensão de uma Tucuni, bastanle raiiida e brava, nella se descarrega toda cai',i^'a,
légua, no ([iial .se jiassa com lacilidade, feudo o seu canal da. na margem esq. na extensão de 150 pas-os, sendo o seu canal do
])arl(! de cima, encostado á marg dir., alé ch- gar na 1^ ilha. m me-mo lado porentr' rocbialos, que formam um pei|ueno ca-
que lica no meio do baixio, linda a qual torna-se a jirocurar o nal ; desta caxoeira, em dislaneia de meia leijiri .^e acha oulra
cuiial grande., Isem pelo meio do rio; deste b.aixio a tres quar- ileiíoniinada Porteiras, na qual se iia:-s,i encoslado ti margem
tos de légua aeha-sa outro, que occupa a ex leii -an de nm quarto, dir,, sem perÍL'o dejiois marchando uma
legua, se acha na
;

o ([ual tem dous recifes de pedras, gue atrav- s.-.; rio do um margem da Bocaina com a lar-
esq. a foz do rio de S. João
e oulro ludo, passa-se este baixio, sirgando-se as canòas em gura de 20 braças, medidas acima de duas ilhas que tem na
PAR — 93 — PAR

Siia foz. O rio de S. João da Bocaina corre de siidoé^sta para das Sete Quedas até á foz do rio do São João da Bocaina tem
nordeste, cora inclinação para lésaordeste, por entre serras, hera muita pi'aga de borraxudos, ha muito peixe de todas as quali-
como desde o í-aUo-Tavares até a cachoeira das Porteira-, dades, de maneira que (diHgava-=e a deixar montes do ]te\\e
pois nc-lla liadaivi as serras, que guarnecem ambas as mar- pelos pouzos, da nie=ma fiirma abundante de caça. muito iirinci-
gens, de^de o falto das Sele (^)iu'das d dita loz para baixo
; i,
"

lialmente antas, para prova do que, basta dizer, que em um só


prii!ci]!Ía a alargar o rio, de iniinsira que em aU'umas partes dia se mataram sete. i\.s margens deste rio são muito próprias
lia de ter meia légua de largo. Da nieuciona la luz a qnatro para cultura.- e nelle não se acha um só espaço, por pequeno
léguas e meia se encontra na inirg ni dir. a t-zdo rio Braucj Seja. que mosti-e jiantanal nas suas mattas ha muita sal-:

coiii a largura de 40 braças, cujo rio corre le li-st para ee-te


(
»
; saiiarrilha e cra vo do i\íaranlião, cujas iiroducções se encontram
m;;is baixo Ires quartos ile légua, na me-ma luafgem, está um do Sa! tii-Tavares para baixo. No tempo em que eu passei por
la'jii., ! (1(1 dito a meia légua pe encuuti'a a |V'/, do ião Pr to, este rio Jiào tive peste na mesma tropa, apezar de trazer uma
na mesma margím, com a larg. ra de 35 braças, e corre ib/ leste viagem muito dil.dada, e já com alguns repiquetos, por onde
pa i'a oests ; .da dila toz a uma legna se acba a cacb( eira de venho a collijir. ([ue não é pestífero. Navegação do rio Arinos. —
Xajá com tres ilhas ]"'arallelas que formam a mesma cachoeira, — Tem este rio (hms saltos, ambos grandes, porém no salto São
cujas illias são uuaiavx-idas de palmeiras denominadas naja, Simão lulo se varam as canòas jjor terra, o que na verdade se
seudo o s^-u canal a oquerda da illia do mão, e piir ella se não pôde fazer no Salto Augusto, tem nove cachoeiras grandes,
passa com l'á_eiii(l de a meia carga, descarregando as canoas em
- nas ipiaes se descarregam as canòas de toda a carga, e.eni
liouca distancia na mesiua ilha tlahia a uma légua se encontra
; duas varam-se as co.nôas por terra, que vem a ser a caxoeira
um baÍ!;io, que occ i[ia a distancia de légua e meia, no qual se de São Florência e a do canal do Inferno ; tem 11 cachoeiras,
passa encostado á margem (.lir, com toda carga, mas enealliando se em que se passam de meia carga além destas tem dous baixios, ;

ás vezes em alguns log ires deste Ijaixio a tres quarUjs de legu


; i.
ambos muito compridos e perigrjsos. que vem a ser o baixio de
se aciia outro com canal do mesmo lado, no qual se passa a meia São João da Barra, que se gasta tres dias de subida traba-
carga ; o que s faz nas mesmas can'5as, occupando este bai\io o lhando com igualdade, e o baixio dos Apiaeás, que, além de
espaço de meia légua, e depois andando uma légua, está o salto ser perigoso, gasla-se nelle cinco dias de subida, aliviando-se
da ('amjiina, cujo nome é posto por isso que ajip;.rece um ]!e- as canòas em muitas ])a-rtes, dobrando gen e era outras, além
queud canii)o em uma |ie piena serra, que líca pa a a. ]'arte del)aiso da correnteza que é preciso passar á espia. O rio Arinos é
na margem direita. Este salto não é grande; eile se di%ãde em muito orrente, e por todo elle tenr immensas taipavas perigo-
tres quedai. ]:(u- dilTerenles braços, e tod.as as suas (|uedas terão síssimas o que
; não acontece no Paranatinga ; é e.- te rio
a altu; a de braça e meia :o varadouro das cargas tem a extensão muito mizeravel de peixe, e da mesma caça só se encontram al-
d(j l.l.ãi) [lassos em uma bonita lagea de pedra de amolar, e as gumas antas, porém dilliceis de se matar, pela facilidade com
canoas se as a.m bem encostadas a mesma lagea, com corda
) que atravessam o rio e no inverno é indispensável a peste de
na piipa afim de se não perder aliiuma no caso de se alagar; sezões, pois pela dita navegação Inda se não passou no dito
ni sl(' logar apiaireceram IkiIoí a l:rtarugas; em jiouca dislaai- tempo sem a tal jieTl''. Uma povoarão acima de São João da
ciada u:tima (jneda, está iima Ini le cru^renteza. que se passa na Barra', ou inda mesm na. foz do rio Arinos, é muito i>reaiso não só
i

mesjna margejii (_lirei ta. Dodiio salto a taes lernas se acha a para soccorrer as conductas, que sobem, como também para do-
cachoeira de São-Fcliciano, a qual Se ];assa a meia carga, pelo mesticar os Lienlios .-.piacás, em cujo logar principiam as ri-
meiodeiluas ilhas, que formam a mesnia caelioeira. descarre- quezas do Estado do Pará, como é salsa e cacáo. Tenho de
gan:l(j-se as canoas na ilha esquerda, em pequena distancia ; certo ]or ex])eriencia das viagens, que tenho feito era ambas as
desta a "urna légua se encontra um baixio, baslairte perigoso, navegações, ser a do Paranatinga mais perto 80 léguas, como
cu|0 canal é na ma\'gem esquenUi e logo abaixo uni quarto de
; melhor sc verá do mappa, que pretendo levantar da foz do São
legna está a cachoeira de Sam uma por ter em uma ilha a arvore
a. Jiíanoel para cima até o jjorto da Bòa ISsjierança ; o rio Para-
de samaúma, cuja cachoeira tem um bom canal na margem es- natinga tem mais cachoeiras do que o Tapajoz e Arinos; no rio
querda, sendo necessário descarregar as canoas em meia, carga ; mortií de Paranatinga anda-se mais para cima á vara do que
o que se faz pelo mesmo rio, e nas mesmas canoas d(rsta ca.- ; para Liaixo a remo, o que não acontere no Arinos, o tempo que
choeira a légua e meia se, acha um baixio muito rápido, no se leva a romper a corrente e a avançar as 80 léguas qua tem
qual se passa em meia carga pela ma gem esquerda deste bai- : de mais, é justamente o tempo em que se passam as cachoeiras,
xio a 18 léguas se encontra e desagua o rio Paranatinga, no rio que no Paranatinga excede ao Tapa.joz e Arinos, por cujo mo-
Tapajoz, com a largura de 700 braças pouco mais ou menos. tivo tenho assentatlo que são iguaes no trabalho; e si por ven-
Forinoseam esla extensão do rio immensas praias, nas quaes tura continuar-se a navegar- o rio Paranatinga com a saúde que
as tartarugas desovam. Este rio é conhecido na carta geogra- tiveram 03 seus descobridores, nesse caso é melhor do (|Ue o
pliica pelo rio das Tres-Barras e pelos habitantes do Para, rio Arinos. (Juartel do Tajiacora. em 8 de abril de 1820.
de São ÍNíanoal e as suas pontas na província de Matto-Grosso
pelo rio Parana.tinga. — Obsei'vações e combinações soIkc a, pre-
PARANAU. Rio do Ivstado do Pará. no mnn. de iSIarapanim.
sent'^ navega<;ão com a do rio Arinos saliindo pelo Tapajoz, era PARANAUÁ. Rio do Estado de Goyaz; reune-se com o Pi-
que se inosíram as difficuldades die ambos, qualidade de terre- ri-páo e juntos formam o S. Bartholom, u, írili. do Corumbá.
nos. producç(3es de vários géneros, e o meio de facilitar ambas Recebe o Bananal e o Torto. (R. II. des Genetles). Outros es-
as navegações. — O rio Paranatinga tem quatro saltos de vara- crevem Parnaua.
diniro piir terra, não só as cargas, como também as canòas, PARAN.Á-UPAVA ou Paraná-upeba. Vide Paranátivrja.
apezar de que para baixo se passaram canòas no salto da Cam-
])ina pelo rio, comtudo de sidjida não se pôde passar sinão por PARANÂ-XINGÚ. Furo do Estado do Pará, no rio To-
terra, tem i2 cachoeiras grandes, que se não pí^de passar sem cantins e raun. de Baião.
descarregar toda a carga, isto se ha de fazer tanto de subida PARANÁ-XINaÚ. Nome dado ao rio Xingii — em um
como de descida tem 21 cachoeiras de descai'regar somente meia
;
jMappa publicado em ISS.J em Saint-Gall.
carga. lem<jito baixios, que infallivelmente não se. podem passar
jiaracima sem ser a, meia carga; além destes, saltos, cachoeiras e PARANGABA. Pov. do Estado das Alagoas, na Branca.
íiaixios que dão trabalho, ha muitos outros baixios, que não mo- PARANGABA. Rio do Estado de Alagòas, rega o mun.
tivam embaraço ; não contando com os Ijaixios e cachoeiras que do Pdar e desagua no rio Parahyba. Próximo á sua confluên-
existem acima do ribeiro das Barreiras, porque esses na verdade cia lica a pov. denominada Barra do Parangaba.
são innavegaveis. Tem este rio desde o iiorlo de São Eiancisco Para-
de Panla até a sua foz 229 léguas calculadas jhm- um rdcgio, e
PARANGAB.^. Rio do Estado dc S. Paulo. A'ide
rainji-ihii.
corre a noroeste até á foz do Rio-Verde, (hdii corre ao norte ate
á caelioeira da Ilha Grande, de cujo logar corre a oeste até o lini PARANGABA. Vi h' 1
'oran.caba.
da boraiiia. d teiTas depois torna acorrer ao norte até a foz
;
PARAOKENA. là I de P. Santo Antonio de Pá-
r.io da là .

do rio Pardo, de cujo logar torna a correra noroeste, inclinando dua, no llsia lo do Itio d entre as estações do Pathia e
.lanai n i,

semiire a lesnoroeste, por cujo motivo vem a ser este o seu verda- .Miràcema, 1 1 1l.ils. ,a d i.^iaula do Nyteròi, lú kils. 289 de
deiro rumo, desde o porto de São Francisco de Paula até a sua l.J.S',H3 kds de Miracenui.
Pádua e
foz tio noroeste, como ahança o mappa. ipie levantai jair curio-
sidade, do mesmo rio, no qual se mostrará ;;s voltas do rio PARAOKENA. Ramal férreo da E. de F. Leopoldina, nos
com figurações das margens e das ilhas c o verdadeiro rumo, Estados de Minas Geraes e Rio de Janeiro, de Tapinissu a Pa-
q-ue seguiu desde o logar já dito até á mencionada foz. Do salto raokena. Tem 18i^,000 de extensão.
PAR — 94 — PAR

PARAOPEBA. Dist. ilo Geraes, no mun.


Estado de :\Iitias PARAPUCA. Braço do rio S. Francisco, na margem dir.
de Bom Fim. Orago SaufAmia de Marianna. Como
e diocese Parte do ponto fronteiro á barra do Caranha ou Coronha,
dist. foi esse pov. de S. Gonçalo da
iiicíjriiorado á fceque/.ia segundo Walfeld, e vai fazer barra no Oceano, cerca de 11
Ponte pela lei Prov. n. sl6 do 4 de Julho de 1857. Toriiou-se kilometros abaixo na Barra Nova, fi-onteiro á pov. de Felix
sede desta ultima iiai'i>eliia pida Lei Prov. n. 1.254 de 25 de Barreto. Nelle desagua o rio Pau de Gamella e entre elle e o
novembro de 18G5 transferida para S. Gonçalo da Ponte pelo
:
Oceano lica a ilha de Arambijie.
art. I da de n. 1.0(57 de 16 de setembro de 1870 ainda uma ;
PARAPUTANGAS. Vide Piraimtangas.
vez sede da freg. de S. Gonçalo da Ponte pelo art. I § II da
de n. 2.706 de i) de novembro de 1880. Sobre suas divisas PARARAITAPON. Temivel cachoeira no rio Uraricoera,
vide ai't. I da Lei Prov. n. Í.198 de 9 de agosto de 1861 ;
no Estado do Amazonas. Fica próxima das cachoeiras denomi-
n. 1.667 de 16 de setembro de 1870 n. 1.829 de 10 de outu-
;.
nadas laranapon e Maripacarapon.
bro de 187; n. 3..'Í05 de 27 de agosto de 18S5. Tem duas eschs. PARARANGABA. Bairro do Estado de S. Paulo, no
j)ubls de inst. primaria. mun. de S. José dos Campos, com uma escli. publ. de ins.
PARAOPEBA. Minas Geraes, na com.
Dist. do Estado de prim., creada pela Lei Prov. n. 52 de 30 de março de 1876.
termo de Ouro Preto diocese de Marianna.
Orago S. .losé e
e
Foi creado parochia pela Lei Prov. n 2.032 de de dezembro 1
PARARANGABA. Rio do Estado de S. Paulo, banha o
mun, de S. José dos Campos e desagua na margem dir. do
de 1873. Era até então um dist. da parochia de N. S. da Pie- 1'io Parahyba. No livro .4 Prov de S. Paulo, á pag. 492,
dade, da qual, com o dist. de Aranha, foi desligada para con-
Emquanto
pertenceu ás purochias de Ita-
lè-se Pai-ana>igaba. Na Carta da E. de F. de S. Paulo ao
stituir parochia. dist.
bira do Campo e da Piedade. Sobre suas divisas vide: art. I § II
Rio de Janeiro lè-se Pcorarangaba. Em uma inf. recebida
desse mun. lè-se Parangaha.
da Lei Prov. n. 2.843 de 24 de outubro de 1881 art. II da de
n. 2.085 de 24 de dezembro de 1874 art. I da" de n. 2.097 de
; PARARANGAVA. Rio do Estado .do Paraná, banha o
4 de janeiro de 1875 n. 3.387 de 10 de julho de 1886. Tem
; mun. de Guai'atuba e desagua no rio S. João (Inf. loc.)
duas eschs. pubis. de inst. prim., uma das quaes foi creada
pela Lei Prov. n. 2.769 de 17 de setembro de 1881. Agencia
PARARAUACÚ. Enseada no rio Xingú, trib. do Amazonas,
12 kils. distante da ponta do Pagé.
do correio.
PARAOPEBA. Dist. do Estado de Minas Geraes, na com. PARARUÓ. Igarapé do Estado do Pará, na ilha Marajó,
e termo de Ouro Preto Orago N. S. da Piedade e diocese de desagua no rio dos Macacos.
Marianna. Foi creado freg. pelo Dec. de 14 de julho de PARARIZ. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de S. Luiz
1830. Sobre suas divisas vide: § IV art. VI da Lei Prov. de Quitunde.
n. 720 de 16 de maio de 1855 n. 1.190 de 23 de julho de
;

1864: u. 1.829 de 10 de outubro de 1871 : art. II da de n. 2.085 PARARY. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Bom
de 24 de dezembro de 1874 art. X da de n. 818 de 4 de julho
;
Jardim.
de 1875 § II da de n. 2.843 de 24 de outubro de 1881. Tem duas
; PARARY. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Li-
eschs. publs. de inst. prim., uma das quaes foi creada pela Lei moeiro.
Prov. n. 2.164 de 20 de novembro de 1875. Agencia do correio.
PARASANGA. Bairro do mun. do Atibaia, no Estado de
PARAOPEBA. Antiga parochia do Estado de Minas Ge- S. Paulo.
raes. á margem do nome, na com. e termo de Ubá.
rio de seu
Orago S. José e diocese de Marianna. Foi creada parochia pela PARA-SEMPRE. Log. no termo de Grajahú do Estado do
Lei Prov. n. 1.492, de i3 de julho de 1868. Desmembrada do Maranhão.
mun. do Pomba pela de n. 2.035 de 1 de dezembro de 1873. PARASINHO. Pequena enseada ao N. da barra do rio Ceará,
Passou a denominar-se S. José ão Tocantins pelo art. I § XIV onde se abrigam as jangadas e canôas de pescadores, no Estado
da de n. 2.500, de 12 de novembro de 1878. Vide Tocantins. do Ceará. Offerece um excellente porto. «Seu ancoradouro, diz o
PARAOPEBA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. pratico Philippe, demanda-se do seguinte modo Navegando-se :

de Queluz Orago S. Caetano. do S. para o N. costeia-se a ponta da enseada um pouco appro-


ximado aos recifes que se veem arrebentar, e quando descobrir
PARAOPEBA. Antiga com. de 2^ entr. do Estado de toda a enseada, siga para o S. com o prumo na mão e logo que o
Minas Geraes, creada pela Lei Prov. n. 1.740 de 8 de outubro morro doC irúache se em linha i'ecta, com o canto S. do areal onde
de 1870 e classilicada pelos Decs. ns. 4.648 de 26 de dezembro começa a terra escura, pode dar findo em nove metros de agua,
de 1870 e 5. 009 de 14 de agosto de 1872. Comprehendia o termo sonda areia e lama, ficando-lhe o pov. á distancia de uma milha
de Curvello. po ICO mais 0'i menos. Vindo do N., porém, deve procurar o pontal
PARAOPEBA. Estação da E. de F Oeste de Minas, no que está, ao SE., e, approximando-se deste siga para O. até
Estado deste nome, adeante da estação do Pompeo. recolher a terra do S. pelo refeiido pontal e estaremos no anco-
PARAOPEBA. Rio do Estado de Minas Geraes, affl. da radouro. » Esssa enseada é também denominada Paracnrú.
margem do rio S. Francisco. Rega os muns, de Ouro
dir.
PARASITA. Ribeirão do Estado de Matta Grosso, aff. do
Preto, Queluz, Bom Fim, Sabará, Pitanguy, Sete Lagoas, Veados, que o é do rio Beija Flor.
Santa Luzia. Recebe os rios da Aroeira, S. Caetano, Con-
gonhas, Peixe, S. Matheus, Pj'eto. Vermelho, Pardo, Bruraado, PARATAQ.UI. '-íio d.) Estado do Amazonas, desagua na
Burity,S.João ribeirões: Pedro jNIoreirr. .dos Bagres, da Moeda,
;
margem esq.do rio Negro, no dist. do Mariuá, entre os rios Buhi-
das Aguas Claras, rio Man-^o, Betim, Mathnus Leme, S. Joan- buhi e Araçá.
nico. A .sua Ijarra dista 26 5 Ivils. da contl. do rio das Velhas PARATARY. Ilha do Estado do Amazonas, no rio deste
e fica 78 kils. abaixo do porto de Andorinhas. Na embocadura
nome, ou Solinióes, próxima á dos Periquitos, na parte daquelle
a sua largura é do 103"\ e a )irof 'indidaile de 2"i tendo 12™ de rio comprehendida entre a foz do rio Purús e a cidade de
largura 2 kils. achna da foz, com velocidade .de O'", 71 por se- Manáos.
gundo, pelo que dá navegação a grandes canoas até 06 Idls. ^
acima da foz. Depois do Paraopeba o S. Francisco é navegá- PARATARY. Rio do Estado do Amazonas, desag la na
vel na extensão de 45 kils. até o porto das iMclancias. margem dir. do Solimões. abaixo da foz do Purús, do qual ante-
riormente se s ippunha ser uma das boccas. « Nasce, segundo o
PARAOPEBA. Rio do Estado do Minas Geraes, rega os
Sr. Araujo Amazonas, nos lagos yVutazes, ou antes é mais ura
muns. de Ubá Pond)a e desagua na iiiargejii esíj. do Pomba,
e
canal, pelo qual elles desaguam no Solim(5es ». Em sua margem
alll. do Paraliyba. Recebe o rilicirão S Dojuingos. .

oriental, a uns ).S kils. acima de sua foz, foi a primeira si-
PARAOPEBINHA. Pov.
de Minas Geraes,
d.. l';;;lado tuação da Irog. do Coary, donde se trasladou para o ribeiro
menos de dous kiLs. da Iret;-. de S. Braz do Suassuhy
distante Guanamá.
do termo de Entre Rios, banhado iielo rilieirão do seu nomo.
Tem umas 20 casas.
PARATARY. Lago do Estado do Amazonas, na margem dir.
do rio S 'limões. Desagmi neste rio jjor duas boccas. .V costa do
PaRAPATINGAS. Arraial no termo do Ilapai'ica d( lis- Solini ies entr; essas duas boccas é denominada Guajaratuba,
tado da Bahia, com unui escli. pub. do inst. prim., creada 1'eriquitus o Taratary. .\. segunda bocca communica coma do rio
pela Lei Prov. n, 2. .3,34 de 14 de julho de 1882. Purús, a primeií-a lica defronte da ilha de seu nome.
. . .

PAR ~ 95 — PAR
PARATECA. Pov. do Estado da Bahia. Foi desmembrada do comtudo, que se desmembrara da freg. da Ilha Grande, haveriam
miin. do Urubú e incorporada ao do Carinhanha pela Lei Pi'ov. 80 annos nao receio fixar a fundação da igreja matriz, subsistente
;

n. 416 de 24 de maio de 1851. Fica á margem dir. do rio S. Fran- no anno de 1646, em que lambem por Maria Jacome de Mello foi
cisco. Tem pequeno commercio. O clima é insalubre por causa das do;idaa porção competente de terreno para o mesmo fim ». Foi
febres daquelle rio. creada villa por Prov de 28 de outubro de 1667, que approvou a
.

PARATEHY. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de elevação que já em 1660 fizera o capitão-mór de S. Vicente Jorge
S. José dos Campos e desagua no rio Jaguary. Ha ahi um outro Fernandes da Fonseca. Pertenceu á capitania de S. Paulo até
denominado Paratehy-mirim que pela Carta Régia de 16 de janeiro de 1726 foi annexadaá do
Rio de Janeiro Pedro Taques de xUmeida Paes Leme, em sua
PARATIBE. Pov. do Estado de Pernambuco, na freg. de .

Historia da Capitania de S. Vicente, diz que essa villà foi fun-


N. S. dos Prazeres de Maranguape, á margem do vio de seu dada em 1667 por Martim Corrêa Vasques Annes, com a faculdade
nome e em terreno elevado, com uma esch. publ. de inst, prim., que lhe deu- a Prov. Régia de 9 de outuljro do mesmo anno, que
creada pela Lei Prov. n. 1.231 de 24 de abril de 1876. se acha registrada na Secretaria do Conselho Ultramarino, livro
PARATIBE. Rio do Estado de Pernambuco, no termo de de Cartas Régias, pag. 37í), em Lisbia. Foi elevada á categoria
Olinda. de cidade pela Lei Prov. n. 302 de 11 demarco de 1844. Possue
um hospital de caridade, cujo padroeiro, S. Pedro de Alcantara,
PARATIGrY. Rio do Estado- da Bahia, banha os muns. do é festejado a 19 de outubro. O mun., além da parochia da cidade,
Curralinlio e Camisão e desagua no Parag lassú pela margem esq. comprehende mais a de N. S. da Conceição de Paraty-mirim.
Recebe o Cipó. Outros o mencionam como aft'. do Jacuhype. Segundo o rela tório do Visconde de Prados, a parochia da cidade
PARATIQUARA. Ilha do Estado do Pará, na costa do occupauma superlicie de 632,66 kils. quadrados e todo o mun.
oceano, entre a ilha Tijóca e a bahia de Curuçá. 911,26. Em 1882, creou-se nessa cidade um lycêo. O mun. é regado
líor diversos rios. entre os quaes o S. Roque, Barra Grande,
PARATIQUARA. Rio do Estado do Pará. na íVeg. do Mos- Pequeno. Piraqueassú, l>atitíba, Jleros, Martim de Sá, Pitanguaba
queiro. Recebe o igarapé Guariba. Também e3ci'evem Pratiquara.
e Larangeiras. Sua costa contém grande numero de pequenas
PARATIQUARA. Igarapé do Estado do Pará ; atravessa a ilhas, entre s quaes notam-se: do Araujo, Almas, Cabras. Duas
i

ilha Tijóca e desagua no oceano. Irmãns, Bexigas, Mantimento, Algodão, Deserta e Cairussú.
Comprehende pequenos povoados, como sejam Barra Grande, Ja-
PARATUDO. Log. do Estado de Matto Grosso, a seis kils.
baquara. Rio Pequeno, Taquary, S. Roque, Rio dos Meros, Olaria
da Villa do Rosario e Maria Maetana. E' ligada a Angra dos Reis por uma estrada
PARATUDO. Rio do Estodo da Bahia, no mun. de Carinha- que parte da Jabaquara. Tem agencia do correio e quatro eschs.
nha ; reune-se ao Formoso pela margem esquerda publs. Foi creada com. pelo Dec. n. 31 de 3 de janeiro de 1890 e
classificada de 1^ ent. pelo Dec. n. 125 de 9 do mesmo mez e anno.
PARATY. Cidade e mun. do Estado do Rio de Janeiro, na com.
Comprehende mais os povs. Ilha do Araujo, Corumbé, S. Gonçalo,
de seu nome, no litoral e á margem da enseada do
seu nome,
Pouso, Caçada, Boa Vista, Trindade e Mamanguá, lodos com eschs.
banhada pelo rio Perequeguassú ou Pereqxieassú. Dizem conter Uma estrada une-a á cidade do Cunha no Estado de S. Paulo.
3.000 habs. e o mun. 18.000- O plantio da canna de assucar
constitue na actualidade a sua lavoura predilecta, e em nenhum PARATY. Villa e mun. do listado de Santa Catharina, na
outro logar do Est id(j a prodigiosa gramínea poderá produzir me- com. de N. S. da Graça, em frente da ilha de S. Francisco.
lhor e em maior abundância, por isso Paraty goza do renome que Orago Senhor do Bom Jesus. Foi creada parochia pela Lei Prov.
lhe conquistou o seu producto favorito Alimenta esta cidade um
. n. 375 de 8 de junho de 1854, que _constituiu-a com o território
commercio de importação muito em i'e!ação com o que produz, comprehendído entre os rios Cubatao e Itapocú, desmembrado da
circmnstancia esta que lhe dá vida, não muito opulenta, mas, em parochia de N. S. da Graça. Foi elevada á categoria de villa pelo
todo caso, própria. Na safra são os seus pequenos navios de cabo- art. Ida Lei Prov. n. 797 de 5 de abril de 1876. que desmem-
tagem, todos de armadores da própria cidade, os que transportam brou- a do termo de S. Francisco, constituindo seu mun comas
a aguardente para o Rio de Janeiro. O mun. é abundantíssimo fregs do Senhor Bom Jesus do Paraty e de S
. Pedro de Alcan-
em géneros de pequena lavoura, que são muitas vezes sacri- tara da Barra Velha. O mun. foi installado em 15 de janeiro de
ficados pela difliculdade de os transportar ao grande mercado. 1877. Tsm 2.162 habs. Foi incorporada áoom. de "N. S, da
A cidade conta boas egrejas, entre as quaes a matriz, eschs. pubis. Graça pelo art. III da mesma Lei n. 797. Perdeu a parochia de
e particulares, paço municipal, estação telegraphica, etc. O cemi- S. Pedro de Alcantara, que foi incorporada ao território de
tério collocado na encosta de uma montanha, domina toda a S. Francisco Xavier do Sul pela Lei Prov. n. 931 de 2 de abril de
cidade, que offerece daM um panorama variado ; e o pequeno rio 1881. Agencia do correio. Sobre suas divisas vide Lei Prov. :

Peraqueguassú nas suas curvas graciosas até desaguar na bahia, n. 375 de 8 de junho de 18.54; n. 510 de 27 de abril de 1861,
augmenta ainda a belleza do quadro. A iniciativa particular criou n. 517 de 15 de ; liril de 1862, n. 755 de 12 de maio de 1875 n. 797
em Para ty um estabelecimento digno de attenção e que põe em deo de abril de 1876. Ao N. lica-lhe o mun. de Joinville. E' re-
evidencia os sentimentos humanitários de seus habs. Alludimos gado o mun. pel) rios Acarahy, Arêas Pequeno, além de outros.
ao seu hospital ou casa de caridade. Ultimamente, o Governo Tem duas eschs. publs. de inst. prim. O mun. além da parochia
do antigo império concedeu para o mun. dous engenhos centraes. da villa, comprehende mais, as de N. S. da Conceição do Taboleíro
A pequena distancia da cidade ha uma fabrica de fiação e tecidos Grande do Itapocú e a da Barra Velha.
de algodão que, segundo somos informados, recomeçará breve- PARATY. Log. no mun. de Guimarães do Estado do Ma-
mente afunccionar. Finalmente, Paraty recebe e exporta muitos ranhão .

géneros que descem da cidade do Cunha (S. Paulo) a 36 kils. de


distancia. Orago N. S. dos Remédios e diocese de Nyterõi. Pa-
PARATY. Log. do mun. de Anchieta, no Estado do E. Santo.
rece que o primeiro templo que existiu nesse mun. foi erguido no PARATY. Log. do Estado do Rio de Janeiro, mun, de Ara-
logar S. Roque, com esta invocação. Com o transcorrer do tempo ruama, com eschola.
achando-se outro sitio mais adequado ao estal^elecimento da PARATY. Bairro do mun. de Jacarehy, no Estado de
pov., para elle transferi u-se a egreja parochial que foi dedicada a S. Paulo ; com eschs. publs. de inst. primaria.
N. S. dos Remédios. Não se sabe ao certo a data em que foi fun-
dada a nova matriz. Monsenhor Pizarro em suas Mems. Hists.
PARATY. Rio do Estado do E. Santo, no mun. de Anchieta.
tom. III, pag. 26, diz : « Entretanto, á vista de alguns do- PARATY. Rio do Estado de S. Paulo, na estrada do Pa-
cumentos e mui singularmente da representação da Camara da trocínio de Santa Isabel.
Villa á El-Rei contra o 1" vigário coUado, em data de 12 de junho PAR A.TY. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de Gua-
de 1726, que remettida ao bispo D. Fr. Antonio de Guadalupe ratuba e desagua na bahia deste nome (luf. loc .)
com a Provisão da Mesa da Consciência e Ordem de 2 de fevereiro
de 1727, se registraram no Liv. do Reg. das Ord. Reg. conser- PARATY. Rio do listado de Santa Catharina; nasce no
vado na Secretaria do Bispado, a fols. 95 e 105. onde disse: morro do Bugre e desagua na margem dir. do Araípiary.
«Senhor. Esta Villa foi creada e povoada a 80 annos: os mo- PARATY. Rnseada no littoral do Estado do Rio de Janeiro,
radores delia fizeram a igreja com o titulo de N. S. dos Remé- no mun. daquelle nome K' semeada de ilhas, taes como atlas
dios, para, como catholicos, adorarem o verdadeiro Deus » ;
Bexigas, do [-"ai José. Itii, iMalvão, Duas Irmans, Comprida,
e a informação da visita ordinária do Dr. Araujo em 1747, em Araujo, Jlantimento e outras. Neila desagua os rios Piraque-
que, athrmando não constar quando foi erecta a igreja, referiu, assú e Palitiba.
,

PAR 96 PAR

PARATY. Largo ou bacia na lagóa de Araritama do Estado PARAUATITIS. Selvagens que habitam as margens do
do Rio de Juneiro. Ha alii um porto de emljarque. Tapajóz ; vivem errantes pelas flore.stas.

PARATY ACIMA. Bairro do muii. de Jacai'eliy, no Estado PARAUCU. Lago do Estado do Pará; desagua na margem
de S. Paulíi. esq. do rio Trombetas.
PARATYHÚ. Rio do Estado de S. Paulo, aíT. do Tietê i^ela PARAU-MIRY. Rio do Estado do Pará, no mun. de
iiKi fgiMii direita. Breves. Recebe o Tauaii e Mamajó.

PARATY-MIRIí.I. Dist. do EsLad.o do Rio de Janeiro, no PARAUISTA. Dist. do Estado de IMinas Geraes, no mun. do
mun. l^araly. ú i]):u\Lrcni do fucco ilo rpu nome. OragoN. S.
lie Curvello. Orago S. Sebastião. Tem escholas.
(la Oini-i-ii-ào c ilincc-v de Xylcrõi. Moníenlior Piz^irro. dando no- PAR A. UMA. Antiga c;\pella creada na freg. e termo da
lifia dus cupclla'; liliíu-s (Ui IVcl;-. iIí- X. S. dos Remédios de Pa- Conceição do Serro, no !i,stado de Minas Geraes. Para ella a
rai/, iliz !i ]K'.i!. :,7 do vf.l. 111 de suas \li-m. Uists. « Paratii- Km Lei Prov. n. 371 de O de outidiro de 1848 transferiu a séde
jniiãm, ilisl:i II lí' qualro leauas ao Sudoi-sLiMla, iiKii. Í7. aidia-?e a da freg. de Santo Antonio de Gouveia a de n. 5U7 de 4 de ;

y-i dedicada a X S . da Conceição, que Antonio da .Silva crenu julho de 185'J incorporou-a ao termo da Diamantina o § I do ;

com Provirão í3 dc Ccvcreiro de iliO. Ren^ivada coui jiarcilei


iIp art. L\ lia de n.5i3 de 10 de outubro de 1851 incorporou-a
de ]iedr;i e c:i pelo coivjiird Jorri-i^ Pedroso de Souza loi h ':i7,ida a
1
ao mun. da Cnneeição do Serro o art. I da de n. i &S1
:

ca]"'lla-iiii'ir á lii de novciulifo de 1731; e concluído o corj;o poste- de 15 de jutho de 1872 elevou-a á categoria de parochia o ;

rioriiKMilc ;"vi' ílíudI liençào iio dia 8 de de/,einljvo de 1710.» Em ai't. IV da de n. 2.041 de 1 de dezembro de 1873 deu-lhe a
183IÍ. o aid. II lia Li-'i Prov. n. Gl de 17 de dezemliro creou u iia invocarão ile .S. Francisco de Assis. Diocese de Diamantina.
))arochia da invocação de S.João Baptista de r^famaiiguá, com Tem ;:geneia do correio e duss escolas publs. de inst. p:ãm.
território desmembrado da freg'. de N. S. dos Remédios da então O vigário de,=sa freg. honrou-nos com a seguinte informação :

villa de Paraty. Pan-ce que até 1852 essa egreja não se luivia ainda « Esta. f'eg., idtima do mun. da Conceição, limita-se pela
erguiiio |iois a Ld Pi'Ov n. <i?.5 de IS de outidirn desse anuo pre- cordilheira da Pedra Aguda e Veado ao nascente de Santo ;

ceituou que a L'-'i n ()t só tivesse execução logo q>ie os moradores Anionio ao S. ilo Cipó ao
; Poente e do Ronca ou .Andre- ;

da IVeg de Manuiagiiá prfinmisscm uma expeliu ou Ciisa decente quice ao N. Comprehende os dists. do Parafina, Congonhas
jia''a cplebra';ão dos oliicdos divinos. 1853, a Lei Prov. n 6õ8Em e Fecliados, \ pop. disseminada pelos tres dist. deve ser de
de 11 de ouiulavi tfansferiu a sede des=a parochia j>ara a fiizenda 4.0)0 habs. Deve sua origem ao tempo da Intendência de
denouHiuvIa P(ir(iti/-niirim, depois de satisteita'. ce;t;is cond.ições. João Fernandes que ahi estabeleceu quartéis e tropas para
quf. tendo sido cumpridas, determinaram a Po\'taria de 18 de rechaçar os garim]ieiros no tempo das lavras impedidas.
ianciro de 1855 que tornou eííeetiva aquellu transferencia. Lei A Cu,ltiva-se nella millio, feijão, arroz, canna, mandioca, algo-
Prov. n. 717 de 21 de outubro de b^51deu-ll]e \i-õ.^'s. orago X. S. dão, c;\fé. etc. lixtrahe-se ouro e ferro. Cria-se gado vacciun,
da Concidção. Segundo o líel, do Viscon.de de Prad.os, occupa es-^a cavallar, lanígero o suino » .

])arocliio uma superlicie de 278.6) kils, quadrados e tem uma


))()p. fie 3.0 )0 balis. Sobre suas divisas vide: art. IV da Lei Prov.
PARAUNA. Leg. no mun. da Diamantina e Estado de
n. 058 de 14 de outubro de 1853. Passue muitos engenhos de Minas Geraes.
aguar^lenle. Tem os povs. Trindade e Mamanguá. PARAÚNA. Rio do Estado de Sergipe, trib. do rio São
PARATY-MIRIM. Rio do Estado do Rio do Janeiro, no Francisco pela margem direita. Entra no grande rio pelo canal
mun. de Paraty. do Souza.

PARAUA. Dist, do termo de Santa Helena, no Estado do PARAÚN.V. Rio do Estado de Minas Geraes, reune-se ao
Maranhão. Ciiió ejuntos ^ão ilesaguar na margem dirt do rio das Velhas. .

.A travessa a esti'ada da Diamantina ao Curvello e da Diamantina


PAR.AUA. do Estado do Maranhão
l!io na^íce nas fraldas :
a Conceição. Recebe os rios do Chiqueiro, Gororôs, Gorutuba,
da serra do .Vricambii, banha o mun. de Santa Helena e des- Cervo. Pouso Alto, Cipó, Andrequicé. Congonhas, Paraúninha
agua no rio Tury-as^ii. e outros. « Fornece, diz o Dr, Derby, 14 metros cabicos de
PARAUA. Cachoeira no alto Jatapú ou Yatapú, trib. do agua jior segundo na estiagem e dá passagem nas aguas
Atumá. Fica entre as cachocii'as denoiuinadus Guariba e Pica)iáo. medias e cheias na distancia de 8 léguas jielo rio ou da
cerca de 5 em linha recta até uma imponente cascata, que
PARAUACÚ. Igarapé do Estado do Pará,, no dist. da fica quasi exactamente na margem Occidental da serra do
Terra Santa, líncontrei também coripto Para'iacá.
Espinhaço. Logo acima desta casc:ita, e não perto da barra
PARAUACÚ. Lago do Bjstado do Pará, nas margens do como ilão todas as cartas, o Parafina recebe do sul o rio
Trombetas. Cipi. » Em Ru.as cabeceiríis encontram-se os córregos Treme,
PARAUAJÒ. Rio do Estado do Pará, no mun. de Curuca. Jacás c Lagòa ou Paraúninha. «"
O Paraiina. diz o iing.
(Inf. loc).
Teive e .Vrgollo, é o maior afll. do r'.o das Vedias, tendo
um volume de 52™'' e a. largura na embocadura de 75 juetros,
PARAUÂ-PECUMA. (Ponta do papagaio). Cachoeira no pirofundidade d-' 2 inetro"; e correnteza de O '".'iO ]ior segundo,
rio Negro e Estado do Amazonas. iís^e rio é navegável [lor barcaças ile pequeno calado ate 53 kils.
PARAUAQUARA. Serra do Esta lo do Pará, no mun. da da Diamantina. »
Prai Ilha. PARAÚNINHA. Rio do Es<ado de Minas Gerpes. banha o

PARAUAPY (X. S. do Rosario ilc). Freg. á margem mun. da Coneei.;'ão, atravessa a estrada do Curvello e desagua
occideutyi de, b;iliia de Teiré. 11)7 léguas acima da confluência no rio Pa'.'a'-inas

do rio Negro, e 1S5 da fo/ do Jamuiidá, Foi sua primeira si- PARAXIAU. iVntiga situação da freg. de Araretama, no
luaíão no angulo superior da fo/. do rio Telic, donde si' Iras- Etado do Amazonas.
ladou pai'a a |ioota. de l'a.r;oiyri, donde o carmelila, Fr. Joi^é de
Sa]ita Tliereza a trasladou para a aelual sitiia.,-ao. em li^eiileila PARDA lagòa ao N N E. do Quartel da
iV"sim se cluima uma
freg. de Telic. Km 1709, foi aggrelida, jielo jcuiita bespanhol Regência jVuausta ; Santo. Tem seis kils. de
no Estado do E.
Joao.RapI isl:i Sana., iie eoiid iizi i] prisioneiros ao Maranéiu quan-
ii
com|!riinee to e 150 braças de largura, li' pisçosa (Dica. Gcorjc,
,

de Cez;;r arques .)
i^.í
tos 'orl iigue/.is alii eiieoiíl roii
I
Sua |io]iuhi,ção provinda de .luris.
.

Catuxis. Jfiiiias, Passi-s, Llopis, .laiianas Amiiuás, Mariaranas PARDAS. Rio aff. da margem esq. do Timlió, trib. do
C (Virús, em niiniero do 720, em S fiigos assas dispersos, cultiva )
Iguassu.
o siillicienle )iara seu sustento; pesca. faz louça de barro, tece
reilos de algodão ; e extralie
;

drogas ])reciosas (.Vraujo Amazonas.)


PARDINHO Rio do Estado do R. G. do Sul; desagua no rio
Vide Nofjueira. Pardo, pela marg. esq. lieeeba pela dir. os arroios do Pinhal
e Lageado do Pintado (reunidos), o Lageailo da Triangulação,
PARAUARY. Ilha do Estado do .Vniazonns, no ião J.-iimrá. j\Ioinho o pela esq. o Sinimbii. Pol. rei ro Crande e l"'edras.
trib. do Soliinões, ontre as ilhas do Caeblinlio e Morieaniniiii.
PARDO. Rio, cujo curso é de (i ;0 kils. Nasee na serra das
PARAUARY. Ponta na margem dir. do rio Solinio,'S, no Almas, no Estado de Minas (icraes, e atravessa o da Lábia |ielo
Eslado do Amazonas; aos 3" II)' 0I)"8 de Lat. S. e ;,-'l" ;;'J' i'J"3 sul o lanca-se no Atlântico abaixo de Cannavieiras e 10
dc Long O. ( Costa Azevedo. Carta do liio Ainaionas.) milhas aoN.de Beluiontc E' navegável por pequenos vapores
3S.771
PAR — 97 — PAR

até cerca ile 112 kils. acima de sua foz, sendo esta secção PARDO. Rio do Estado de S. Paulo, aflf. da margem dir. do
aiiroveitada para o transporte de excelleutes madeiras de con- Paranapanema. E' formado pela juncção de diversas correntes
strucção, (jue se coitam nas mattas da visinliança. Na secção que tèm origem na serra de Botucatu. Recebe, entre outros tribs.
superior, o rio Pardo admitte navegação por meio de pequena?' o Pedra Branca, o Turvo, o Mandaguahy, Pedras, Lobo, Inver-
canòas, que ahi empre'-;'am-se no transporte de sal. A
13 kils. nada. Lageado, Novo, Palmeiras, Cervo. Óleo Banha os muns.
de sua foz. bifurca-se formando o Pardo propriamente dito, ao de Santa Cruz do Rio Pardo e Avaré. «O rio Pardo nasce cerca
S.. e o rio Cipó. ao N., o qual deseml)oca no canal denominado de 8 kils. a S.O. de BotucaLú, corre jiara O., banha as villas de
Patipe. Existe entre o canal e o rio de Commandatuba o canal Santa Barbara e Santa Cruz do Rio Pardo, e entra na margem
artificial do —Porto do Matto — aberto, ha annos, pelo coronel
. dir. do Paranapanema cerca de 6 kils. acima do Salto Grande,'de-
Innocencio Velloso Pederneiras. Esse canal artificial põe em pois de um curso de 240 kils. A í^2 Idls. de sua foz recebe elle o
juaeção as aguas acima referidas e mais as do rio Poxim. Entre Santa Clara, a 151 o Turvinho, a 115 o Capivara e a 380 o Turvo,
s>ias cachoeiras importantes notam-se as do Sapato, Funil, Cal- cujos cursos são de 4S, (iO, 53 e 103 kils. Apezar,porém. da sua ex-
deirões e Travessão Na parte encachoeirada existem rochas de
.
tensão e da agua que lhe dão seus tribs., o rio Pardo é innave-
mármore em amljas as marg-ens do rio. sendo branco na esquerda gavel na estação das seccas, em que suas muitas corredeiras
e côrde rosa na direita. Recebe diversos tributários, entre os quaes ficam a descoberto.» (Tenente-coronel Ewerton Quadros.)
os rios do Mundo Novo, Giboia, Verruga, Piabanha, Manoerona PARDO, Rio do Kstado de S. Paulo. aft". da margem dir. do
de Nossa Senhora, Salsa, Inhum-a. córregos do Tiro, Domingos Ribeiro de Iguapé. Rega o mun. de Xiririca. Tem 88,8 kils. de
Fei'reira, Nado e diversos outros. Sua barra é variável, adraittiudo extensão e é navegável por espaço de 33,3 kilometros.
toda^da embarcações de li3 e 17 palmos de agua Está contractada
a navegação a vapor desse rio. desde a sua foz. em Cannavieiras, PARDO. Rio do Estado de S. Paulo, aff. da margem dir. do
até o logar Jacarandá, tudo nos termos do Dec. n. 9.319 de 11 Juquery-querê (o Curupacé dos antigos). Corre entre os muns.
de novembro de 1884. No Relatório apresentado em 1866 á As- de Caraguatatuba e S Sebasiião (Azevedo Ma.rques). O engenheiro
,

semljléa, provincial pelo commendador Manoel Pinto de Souza Bittencourt Sobrinho na Memoria Justificativa do projecto de
,

Dantas eucontram-se as seguentes informações a respeito desse rio: B. de F". Sul de Minas a S. Paulo (1833) menciona um rio
« Dez milhas ao N. do Belmonte está a foz do rio Pardo, formado Pardo, pertencente ao v alie do Lourenço Velho (trib. do Para-
por dons pontaes de arêa, cercada por um banco, que conserva ar- hybuna),o qual recebe o ribeirão dos Prazei-es, que fica no alto
reben acão constante. como o de Belmonte, mas dá passagem a em- da serro de Caraguatatuba.
barcações de maior calado que,o banco de Belmonte alli podem
; PARDO. Rio do Estado do Paraná, aff. do Guarakessava.
entrar navios até 14 palmos no preamar. Depois do banco existe um
lagamar franco torneando imia corôa de areia, que fica á direita,
;
PARDO. Rio do Estado do Rio G. do Sul; desce da serra
de Botucarahy e vai desaguar na margem esq. do rio Jacuhy
e o i)ontal do sul. que fica á esquerda, cliega-se por um canal
fundo á villa de Cannavieiras, situada no angulo, extremo do acima da cidade do Rio Pardo. E' engrossado pelos arroios Rio
Pardinho. Cavalhada, Pederneiras, Lageado da Anta, Lageado
triansulo de terra, que forma a ilha do mesmo nome, sobre a qual
do Cadeado, Lageado do Beriba. Quilombo, Grande (que rece-
se bifurca o rio Pardo no vértice do angulo de O., formando o
be o Passa Sota, o Alves e o Moinho). Sanga Funda, Varzinlia,
rio Cipó. que percoi-re a ilha pelo lado do N.,eo outro braço,
Molha, Salso, Grande (este pela dir.), além de muitos outros.
que conservando o nome primitivo o faz pelo lado do S. . O leito .

do rio Pardo auimeiita de extensão pelo grande numero de voltas PARDO. Rio do Estado de Minas Geraes, aff'. da margem
que tem mas. sendo, mais estreito que o do Jequitinhonha, con-
: esq. do S. Francisco.
serva as aguas em maior altura e prest.i-se á navegação de vapo- PARDO. Rio do Estado de Minaes Geraes, aff. da margem
res até quatro i.almos de calado,em qualquer epocha, mas convém direita do rio das Velhas. E' formado pelo Pardo Grande e
que não tenham muito comprimento na quilha para facilitar as Pardo Pequeno. Recebe o córrego Novo. Saint Hilaire affirma
voltas do i'io. As margens do rio Pardo estão quasi virgens :
ter esse rio fornecido outrora muitos diamantes.
florestas seculares se debruçam sobre o leito, mirando-se nas
asnas espelhadas desde a foz até á cachoeirinha na pi-opria côr
;
PARDO. Rio do Estado de Minas Geraes, reune-se ao
da lblha'-:em e lormas grandiosas dos troncos sente-se evidente- Preto juntos vão ao Paraopeba, que é aff. do S. Francisco.
e
mente o modo por que a natureza ostenta o maior esplendor na No Mappa do Dr. Chrockatt de Sá o rio Pardo vai desaguar na
creação dessas fileiras compactas e infindas de vexetaes gigan- margem esq. do Paraopeba abaixo da foz do rio Preto.
tes, que parecem o exercito da abundância formando alas á estra- PARDO. Rio do Eslado de Minas Geraes, aff. do Pomba.
da franca do progresso em promissão. Quer na foz do rio Pardo, Atravessa a estrada geral da Leopoldina a Meia Pataca. «Nasce
que no Jequitinhonha, as terras são muito baixas, e formam na serra do mesmo nome, nos confins deste mun. (da Leopol-
vastas planícies cobertas de florestas, que nas epoclias das en- dina) com o de Mar de líespanlia é formado ]3or dons braços
;

chentes (as quaes se dão em cada anno entre novembro e janeiro), principaes, que se reúnem acima do arraial do Rio Pardo, banha
recebem o banho regenerador das aguas, que se entumecem até ás estapov., corre para NNE. e depois para NE., recebendo 8 kils.
viçosas e soberbas ramagens. De 12 léguas para cima da foz co- abaixo o rilieirão do Monte Redondo, e continuando a correr para
meçam as terras a se elevarem, formando o plano inclinado das NE. recebe ainda o córrego Theljas e vários outros de somenos
sei'ras, que atravessam essa região, e as margens dos dons rios importância por ambas as margens até entrar no rio Pomba na
partecipam d^ssa elevação, oITerecendo terrenos magníficos, que já divisa de Cataguazes e junto á fazenda do Sabiá com um percurso
não estão sujeitos ás enchentes. Muitos riachos e córregos veem de mais de 55 kls.» (Inf. loc.)
desaguar no rio Pardo, e suas crystallinas aguas prestam-se a
mover machinas de grande força ».
PARDO (Rio). Aff. dir. do Paraná, aos 21» 36' de lat.,
tendo suas origens aos 19» 44' lat. e 12» 0., com a reunião dos
PARDO. Rio do Estado do E. Santo, rega o mun. do Cachoeiro ribeirões da Sanguesuga e Vermelho, nascidds nas escarpas ori-
do Itapemirim e desagua na Jiiargem esq. do rio deste ultimo entaes da serra de Anhanvahy. B'oi a ])rimeira. e durante muitos
nome. E' navegável por meio de canoas, menos na região enca- annos a única via de commnnicação buscada' pelos sertanistas
choeirada. Nasce na Serra Geral (serrada Chibata) e, antes de que de S. Paulo se eneamiuli ivaiu a Matto Grosso. C imeçou
receber o pequeno rio do mesmo nome e o do Norte, corre por es- essa navegação em 1626. entrando-se por elle no Nhanduhy
jiaru de 18 kils. IranquíUo por uma planura sobre terreno ele- Grande, e varando-se deste para o .Vquidauana Km 1720 os ir- .

vailo. depois desjienha-se de uma grande altura formando uma mãos Lemes, subiram muito acima, e da Caclnuni-a d., ('ajurfi va.-
assombrosa catadupa, cujo estrondo ouve-se á distancia de quatro raram para o Coxim. Cinco annus depois, subirann elles mesmo
kils. Segue d'ahi mais violento até áfoz. até o Sanguesuga. abriram o varadouro )Kira o Camapuan e
fundaram a faziMula lie Cain puan! Ficou sendo este o itinerá-
.

PARDO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff'. do rio Fa-


rio segiido. Enlrelanlo é nbstruido por 35 cachoeiras, n'uni
gundes.
trecho de 24 le^inas, liirniandn um arco cuja corda ó, entretanto,
PARDO. Rio dos Estados de S. Paulo e Mi as Geraes, nasce de 10 léguas de terr.-Mi.ií (.hum^ prnnri.is p;(va uma boa estrada.
5.f

neste ultimo na cordilheira do Cervo, separa em parto Minas de O seu trecho n;7i oih-:h'Íí> .n r ,-!i iiii h1o
i, |, rio Morto. Recebe
.

S. Pa ulo e corre por esta ate desaguar no rio Grande que, como á dir. os rios ChuM mh hi bii, expluradn cm 1827 de ordem do
\

P;iraii di\ lia l'irina o Paraná. Oseutrib. mais notável è o Mogy- presidente José Satunnn,! .l-.i Costa Pereira, o Nhanduhy-Mirini,
Guassii. AIcni tleste recebe o Verde, Areas, Cubatão, Desfiladeiro, Orelha de Gato e Ordli dc Onça, e o Nhanduhy Assú; e á esq.
i

da Palma e muitos outros. Em S. Paulo banha os muns. dc os do Robalo, da Orelha de .Vnta, dos Patos, Orelha de Onç.a,
Batataes, S. Simão, além cie outros. maior e mais largo que o seu homonymo da margem di-
Dioo. uiiotí> 13
. . . .

PAR _ 98 PAR

roila. S:ui suas c-K-lioeiras: rtas Pedras de Amolar, do Formi- PAREDÃO. Disfc, do Estado de Minas Geraes, no mun. de

p-iiciro, Furado, do Paredã'>, límlurussú-Assú, Bmbirussú


do S. Francisco. Drago Santo Antonio e diocese de Diamantina.
Mirim, L liíT' Grnudo, Lage Pei[uona. Corriqueira, Canoa Velha, Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 2.214 de 3 de junho de
Sucui'\'lni,' roiuli il, Manoel Rodrigues, Curau (salto). Robalo, 187G. Tem duas esclis. publs. de inst. prim., uma das quaes
Sirya do ,^Ialto. Sirga do Campo, Tamanduá. Tres Innãos. Ta- creada pela Lei Prov. n. 3.038 de 20 de outubro de 1882. Sobre
i(na,i'al. Nlianduhv," Tijuco, Jopeá, Tap:mliuacanga, Mangabal,
suas divisas, vide, entre outras, a Lei Prov. n. 3.045 de 23 de
Chiro .Saiilo, Eiinbirussú, Sirga Comprida, Banco, Sirga Negra, outubro de 1882.
Siru'a, do Mallo, Cajurú-Assii, Capoaca, Cajurú-Mirim e PAREDÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
da liba. No rio Pardi) pretende o listado de (Joyaz ter sua Caruaru
linha limilroplii- com Matto Grosso, desde a foz até suas cabe-
ceiras, coul vcrtciiles com o Coxim, e por este até sua barra,
i'ii
PAREDÃO. Log. do Plstado das Alagoas, no mun. de Santa
suliiiiilo i"'lo Taquary até as cabeceiras e dalii por uma recta :
Anna do Paneraa.
de liiiiilcs em ruuií) íN, a buscar o rio das Alortes. E' de muita PAREDÃO. Bairro do mun. de Dons Córrego e Estado de
correul(v,a o bio liirle. ((ue as cano is só podem sul)il-o sii'gadas, S. Paulo.
ou cinii ajiid do /ingás ou varasde 15 e llíjialmos de compriilo,
i

remnmln-M. s.imeaic ([liando ellas não alcançam o liindo do rio.


PAREDÃO. Dist. do termo de S. Francisco, no Estado de
Minas Geraes. Drago S. Sebastião.
Sua vcloriilade e ileõ mil melros or hora (2,7 milhas |

PA.REDAO. Morro do Estado de S. Paulo. Vide Albano e


.PARDO. Rio do Estado de Mallo Grosso, air. dir. do Pa- Balão (no Supplemento)
rixná-tiuga. Corre entre duas altas serranias, si^gundo l'eixolo
de Azevedo, o explorador do l'a.raná-tinga. Vem do NE. e faz PAREDÃO. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
barra com 1<'0"' do largura.. S. (.ionçalo do Sapucahy. (Inf. loc).

PARDO. Rio do Eslado de Oo\az. aff. do rio Paranan. PAREDÃO. Montanha de escarpas abruptas, isolada, e á
lieira da estrada de Cuyabá a Goyaz, aos 15'' 38" de Lat. e
PARDOS. Rilieirão do Estado do E, Santo, (h^^agna, 10" 1' 31» de Long. O. do Rio de .Janeiro, perto do córrego da
alguns kilomelros rcirna da foz do Bragança, na margem direita Lage Vermelha e do morro Redondo ; no Estado de Matto
do^rio Santa Maria. '\u<- ilesagua na bahia d \'ictoria. O BiCc. i
Grosso.
Geoiji-. da r'rov. mi.Mieimia-o como ali. do rio liragança.
PAREDÃO. Costão entre o sacco do Neves e a enseada da
PARECY. Log. no mun. ile S. .João do M')nte Negro e Pedra Miiula na ilha de Calio Frio do Estado do Rio de Ja-
Estado do R. (.;. do Sul. á margem dir. do rio Cahy. \ Lei neiro.
Prov. n, 1.545 (le 17 de dezembro"de lyS5 creou ahi uma esch.
pulil. de inst. prinvria.
PAREDÃO. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, aff. do
rio Paquequer. trib. do Parahyba. Banha a Ireg. de N. S. da
PARHCYS. Vasta cordilheira do Estailo de Matto _(;rosso, Conceição do Paquequer (Sumidouro).
que corre arallela ao Guaporé ilesde o parallelo lU" 25". até o
j
PAREDÃO. Ribeirão do Estado do Paraná, aíF. da margem
14" em rumo N. S. ,e d'ahi quebrando para lí.. onde \ai Siiulo esq. do Paranapaiiema.
conhecida pelos nomes de 4'apirapuan, Melgueira. Araras,
Bacahyris e Azul. com vários conirafortes. Ao quebrar naquelb PAREDÃO. Rio aft'. da margem dir. do rio do Barreiro ou
rumo é alta de 7U0 a 1000™. sendo snas escarpas muitas vezes Cotovello. D l)r. Couto de Magalhães suppõe ser esse o rio das
abru|ilas. « Seu priuuúro conira.lorte :qi|i;ireci' nu parallelo Garças dos jesuítas. Vide Garças.
10" 20', jiuilo á luámeira crídioeira. ih^s^e rio: outro vem PAREDÃO. Ribeirão do ISstado de Matto Grosso, aff. da
borilaiido o ribeirãii <los r';M'rli:'^ Novos, no Manaa-é: o [rv- margem meridiooal do Coxim, trib. do Taquary. Dizem ser
ceiro vai morrer nas proximidades ilo pm-to do Principi' da aurilero.
:i!oiia. no Gnapori''. l'sli^ rio -urrda tal ou ipud jiaralle- um
lisino emii a eordi bi'i ra da qual rjraias S:i afasta 12 a 20 le-
1 ,
PAREDÃO. Rio do Estado de Matto Grosso, trib. do Manso
gnrs em lodo o smi pn ilonga iiieii to Ainda esla maiiila a.o Gua- .
ou das Mortes, ã sua ma.rgem dir. Tira o nome de uma mon-
porij uns oii 4 espigões, cujos mais notáveis são o de Sa)ila
tanha por cujo sopé se deslisa. Atravessa a estrada para Goyaz
Jíiisi(.]in meridiano 20" :-!l)',e o das /'.v/cíx .Veí/i-.:(.s- no de 10" 41".
entre os ribeir(jes da Cachoeira, distanle i2kils. E. e da Samam-
baia a 14 kils. O. Recebe á esq. os ribeirões Guanandy, A.rêas,
Na lalituile (le 17" bifurca-S'^ dando sei;iiiiiien jiara o seiílem- I
-
1

Lage, Olho (PAgiia, Jatobá, Monjolo, Mutuns, Pau Furado,


triãd a cordillieiía do Norle, que ]irolimga-se em direcção OS
regiiies aniazoniea.s para. S. (|uebra-S.' a meio do jiarallelo Taquaral, Ar(-;assinhas, Anli.ihas, Peixe etc.
;

ll"a 15" e lorma o massiçíj cbainado Srrra d' N. 17r.')ií.'.e lainijem PAREDÃO. Caclioeira no Estado de jNIatto Grosso, no rio
dinpiiil.i ros 15" despenha o Sararé. e ganliaudo
j;rii nindn ; Pardo, entre a do Formigueiro e a do Embirussú.
S vai. com os lilulos de serras do Kiiívid). Sivta Jlarbura
.

e Siliiin:. morrer na latitude de IO', nos a.lpestres alcantis de


PAREDÃO. E" a duodécima cachoeira da rio jMadeira, entre
a das Peilerneira? e a dos Tres Irmãos, uns 18 kils. abai.xo do
,\giiap' liy.>. ií)i'. S. da )''oHSec;i 17'(//'';ji a-i llcílnr ão lliXizH)
'Toma o nome da dis))os'ição de umas rochas
.
j-io dos Ferreiros.
"\ Z(Mia lirinripal do lerribirio il.i provineia de Matto Grosso,
á ma.rgem do canal, allectando a apparencia de uma muralha,
iliz o |)r. Pimenta Piiieno, e( mi] ir. lumde o exienso iiianalto da
— jneio derriiida. Ds aborigenes a chamavam de Parici.
cordillieira que. sob a d iiominaeao de s a-i';' dos ParecyS,

.

nas p.ovimidades do rio na h e-lenle-se de O. liara. E.( 1 |


i. r'' . PAREDÃO. Vide Boqueirão do Co.v'ni
e; lee: ra s do .\ ra la Ya orne ndo len( mi iiaeòes di versas PAREDÃO.
1
1 i
,!j 1 . l
( i

Banco de
rochedos que atravessa completa-
ciijaí r:: miliearo»':-; ).ara firmam os ;;r:in(!es eontrarortes menti^ o rio S. Francisco, no Esjado de Minas Geraes. Fica
que se|iaram as bacias dos rios Alai.leira. 4'apaj:iz, Xingu e — perto da ilha, dos Passarinhos. Dess3 banco em deante começa
Aragiiaya e |iara — o S. o (pie separa as aguas do Paraná um trecho do rio S. Francisco que está no caso de dar nave-
das do Paragiiay. Na vaste superfície l.le^se [ilanalto estão as gação a vapor si lor sujeito a reparos. A 1G,15Ú0 meti'os abaixo
origens de muitos cursos d'agiia. que se entrelaçam, correnihi do Paredão recebe o S. Francisco na margem dir. o rio Parao-
em rumos oppostos, vão eugrinisar caudalosos tributari s do
(.'
peba.
Amazonas e do Prata, e \)nv esse motivo essa super!icie se
apreseula ondulada, com a Cormação dos numerosos va.lles de PAREDÃO DAS ARARAS. Amontoado de rochas de grez
ordem inrerior, serpent'am as iguas». Nas proximi-
|ior oiid(.' superpostas de modo a semelhar um muro, kil. e io aliaixo m
dades da \'illa ISidf' ib' Matto Grosso, a serra dos Parecvs. da. caclioeira das Araras, no rio Madeira.

jitdas verl nl"S e eoiitra-vertentes. deriama agua liara a. liacia PAREDÃO VERMELHO OU GUARAPIRANGA. Bar-
do Amazonas, fj' alii que se origiiuim o rio (.Iiiaporé, que vai ranca de grez verinellio á. margem esq. do Guai>oré, 150 kils.
ao Mamoi-é, o Jiiriuma e o .Iniiia, ipie coiitluem no Arinos. abaixo das l'on'es .Vlil existem aldeados uns 300 Índios Guarayos,
PARECYS. Pio do Estado de Mal lo Grosso ileaagua na :
subordinados loda\ ia ao maioral de outra aldêa, que lhe lica 120
m:! -II '
'|. do riíi próximo
\riiioS. Coz do Snmidiniro. (líiario .-'i
kils. acima, no lugar chaiuado Pau Cerne. Ciuarapiranga é o
da >i. iM iliis e:i|
;j ilaea Miguel .loao de ('a.stro e .Vuloiiio qqiom,; nome i[iie elles dão ao barro vermelho.
de J''ram :i. b-'l2). Sua birgiira ib; 10 a 15 metros. Deram-llie PAREDE. Enseada na ilha de Cabo-Frio do Eslado do Rio
esse n(_ime ns e jiloi-nlores (lasiro e Fra,nça cm 1812. de Janeiro, ao N. do costão da Parede.
. .

Í^AR — 99 — i'AR

PAREDE. Costão qiifí se estende desde o Fociidio du Cabo até PARICAUASSÚ. Igarapé do Estado do ParJ, nu inuu. da
á enseada da Parede na ilha de Cabo Frio e Estado do Rio de capital.
Janeiro.
PARICOERA. Bairro do Estado de S. Paulo, na sede da
PAREDES. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mnn. de colónia allenuT, mun. de Iguapé; com uma escli. publ. de pri-
S. Gonçalo do Sapucaliy. Tem uma eapella da invocação de Santa meira lettras, creada pela Lei Prov; n. 01 de 2 de alj-'il de
Cru/- e imias 30 casas. 1883.
PAREDES. Baixios situados entre o grupo dos Abrollu s e o PARICOERA-ASSÚ. Rio do Estado de S. Paulo, aíF. da
continente do Estado da Baliia. Foram sondados em 1S7L pela margem do Ptil)eirr] iIp Iguapé. E' navegável por jueio de
dir.
corveta Bahiana em viagem de instrucção.. canoas jor espaço de 41.4 kils. pouco mais lai menos. O Sr.
Azevedo Jlarques escreve PaiHc.oCi-a-ássú, outros Pericocra-a-isã.
PAREDES. Pviaclio do Estado de Pernambuco, trib. da mar-
gem dir. do rio Cyi)il)aribe. PARICOERA-MIRTM. Rio do Estado de S. Paulo. aíf. .la
PARELHAS. Pov. florescente do Estado do Pv. G. do Norte, margem dir.do Ribeiro, de Iguapé. K" naveg'avel por espaço de
no mun. do Jardim, á margem dir. do rio Seridó, a 20 kils. da 33,3 kils. pouco mais ou menos por meio de cynòas,
cidade do Jardim, com eapella e escli. publica. PARICONHA. Pequena pov. do Estado das Ala-òas, 12
dislan le da séde da freg. deN. S. da Conceição de Agua
PARELHEIRO. Capella do" Estado deS. Paulo, no miiu. de kils.
Branca, iierlencenle ao mun. deste nome.
Santo Amaro. Tiiilia uma esch. publ. de inst. prim.. crenla iielo
Lei Prov. n. 81 de 17 de junlio de 1881. que pela de n. 128 de 1 PARICONHA. Riacho do Estado das Alagoas, aff. du Ba-
de maio de 1385 Ibi tranferida para o bairro da Campina. toque, que oédo rio S. Francisco.

PARGOS. Ulia no littoral do Estado do Rio de Janeiro, a '/o PARIDA. Arraial do Estado de Sergipe, no mun. da Estancia.
millia ao S. O. q. O. da ilha do Breu. Tem 65 metros de altura
{ jMoucliez )
PARIDA. Serra do Estado de Minas Geraes: divide as aguas
do rio das Velhos das do Qucljra Anzol.
PARI. s. m. nome de cí^rta armadilha que fazem nos riachos,
PARIDA, lliacliodo Estado de Sergipe, na estrada de Arauá
para apanhar peixe. Consiste em uma cerca transversal á cor-
á cidade da Ksla ncia.
rente do riacho, com \ima abertura no meio, á qual se adaptado
lado inferior um extenso cesto. O peixe impellido i)ela correnteza PARIDA. Ril)eirão do Estado de Minas Geraes. nasce no
da agua, precipita-se por esta abertura e fica em secco no cesto. cha)iapão (lo Z;>,ijai:', Itanha o mun. do S8. Sacramuilo e desagua
Fazem-se pescarias irnmeasas por esse modo, tendo porém o no ri(j das "\'ell]as. alf. do Páranahyba.
inconveniente de ajianhar, com o peixe grande, que se utilisa, PARIDAS. Riacho do Estado de Pernambuco, do rio
aíf.
grande quantidade do pequeno, de que ninguém se aproveita. ||
das Tabocas. Corre somente durante o inverno.
Nd Pará, é o Pari uma esteira feita de maraji. cojn a qual se
intercepta o riacho, atando-a em varas cravadas a qu(^ chamam PARIJ03. Pov. no mun. de Cametá, no EsU;do do Pará.
Pitrí fá ( Baena ) Etyin. E' voe. tupi e guarani. Jilontoya o
.
||
Possue a ei-mida do Soccorro, algumas casas d'3 telha e de cou-
define zaj'zo an que caa d pesando. Surucção moderna e varias casas de palha, e unui escli. do ensino
prinui.rio. Disla da cidade para o lado do N.. um kil. mais ou
PARIANA. Nação indígena do Estado do Amazonas, nos rios menos, communicando-se com ella por melo de uma "excellento
Juruá e Tonati, da qual provém a população de Matura e
estrada de rodagem. Foi outr'ora uma alleia dos iiidios Parijós.
S. Fernando. Gosta de fixar-se.e dar-se á agricultura ( Araujo
E' também denominado . 1/íZt- a.
Amazonas ).
PARIMA. Systema de montaidias que limitam o Brazil com as
PARIAPU. Cachoeira no rio Uraricapará. trib. do rio Ura- Guyaniis e lleputi!ica de, Venezuela. «E' propriamente fatiando, diz
ricuera ; no Estado do Amazonas. H. Gerijer, unui. eollecção irregular de serras separadas umas das
PARIBY. Lago na margem esq. do rio Purús. aíL do Ama- outias ))or planiivi^s. tlorestas e vastíssimos bosques. Com|irehen-
zonas. demos nesse .syst.-ma to. las as alturas que se levantam no i;'rande
espaço que se conhece sob o nome de
Guyjina, dividido enlre a
PARICA. Ilha do Estado do Pará, no mun. de Alemqner.
Colomijia, o Brazil e as Americ
ingleza. hollDideza e iVaneeza. is
PARICÁ. Igarapé e lago do Estado do Amazonas, no termo O Orenoco, e (.'assiquiari o rio XegTo c o Anie/.on.-i liu- marcam
.

de Coary. os limites. Parece qui', se^umioas ultimai nlorinocues, o núcleo i

desse grupo éa serra, de Tarima que se la-oloMija a E., incdinamlo


PARICÁ. Lago do Estado do Amazonas, no mun. de Ita-
um pouco paraS., tomando os nomes de serra de Paracaina. nos
coatiara,
limites das Guyanas colombianas e brazileira. e de serra de Tu-
PARICÁ. (Cachoeira). Vide Paredão, cachoeira do ^Madeira. mucumaque na li^onleira, do Po.rá. onde parece penier-se nas
PARICATIUA. Log. na freg. de Santo Antonio e Almas planícies si luadas entre os Consideramos
c;ilios Oran,L''e e Nijrd'.
como ile])eiiilencia des.-e syslema a Serra
e a .Serra do V<,'llia
do Estado do Maranhão.
Pará, si tuailas entre .Vlmeicim Ourem, Jia, prov. do Pará. Oe
PARICATUBA. Lo^ do Estado do Amazonas, no dist. da
.
jionto culminante des^^e systejna é o pico de' Duida, ao N.
Conceição de Maués cojn uma esch. pnid. de inst. ]irim.,
;
de Esmeralda solir.' o Oreuoco e com 1.300 toe;=;\s de altura. »
ci-eada pela Lei Prov. n. 575 de 19 de maio de 1832. E' um dos Para se ter uma. idej ile,-,:;! eordi lhei ra ih; moni a nhãs ii'ie diviíl.»
pontos em que tocam os vapores da linha de Manáos a Plyuta- o Brazil das Guyanas Iiigle/.a, llollaiideza e l-'i-a nceza lareum^ , ;i,

nalum no rio Purús. Fica á margem dir. do rio Negro. seguinte descripção que eiicouli'ainos eni unui exeídlenie meniori i,

do Barão de Jajiurá (Miguel Plaina Lishiia). A seia-a, l'ai iin:.. ([Ui'


PARICATUBA. Um dos quarteirões do mun. de Santarém,
corre quasi de X. a S., forma ilejuiis na lat. de 4" e poucos
no Estado do Pará.
minutos um angulo com a serra Pacaraíma que estende-sede
PARICATUBA. Ilha do Estado do Pará, no rio Amazonas L. a O. .V seiaa Pacaraíma linda junto á ribeira esq. do Esse-
e mun. de Alemquer, entre as ilhas Siu^uljiassu e Tapará, que quibo em lat. iiouco mais ou nuaios de quatro gráos. Antes,
íicam-llie ao oriente, e ao de Marimaritidta e Araiiary, que l)orém, de lá idieL'aL\ vè-s; um elevado morro, a que chama
ficam-lhe ao occidente. SidiiiiiibMrpb .Vnabi, e que nos nossos iMa|i]ias desii;'nado por i-

PARICATUBA. Rio do Estado do Pará, na freg. de Bemhca lí inaliv, o q al d;l começo á oulro dorso que ^e e^lende para
e mun. da capital. o S. liste dorso, que é coni nuacào da ramilicaçao (^ue divido
a. i

as aguas do Anuizouas da^ q'ie ron-ein para o mar das .4nlilhas


PARICATUBA. Enseada na margem dir. do Solimjes, im- é ao principio Pio Paixo rnie no lenipo das agias alaga o terreno
mediatameate abaixo do Coari, na qual entra o rio íilamiá e tornam a eon m L--se
l' i ;i;.'nas do .\niaz)nas c ni as do Esse-
I i

(Araujo Amazonas.) quíbo, l'a/,endo-se ípi e ininunicacão |ioi' meio de inundações que
.

PARICATUBA. Lago do Estado do Amazonas, na margem reúnem o la.uo Auiacu, manancial ilo rii. Pirara, Como Jaitricuru
dir. do rio Purús, coili que communica em grande parte do que corre ao Rapanury. .Mais adianle ipuisi se reuno o Taculfi
anno, tendo o canal cerca de 40 braças de largura. Eni frente á (aguas a,mazonicas) com o R\ipiniury (aguas do Essequil)o) me-
foz do canal desse lago ha um banco encostado á margem diante ajjenas um pequeno estreito entre ellcs, tão baixo qiio iior
esquerda ahi se tem varado caiiòas. Então o dorso dó que trato, eleva-se,

OlRETC
e

PAR — 100 — PAR

toma o nome de Serra ile ( aianaouama e depois de dar aguas


:
PARIPÁ. Rio do Estado do Amazonas, afl'. da margem dir.

a O. para o Taciitú, c a L. pura os alls. do Kupunui-y


e Esseqnibo, do Uraricoera, um dos formadores ilo rio Branco.
vae i'or]iiar, na lat. de iiiciios de um gráo. ív> N. do Equador,
um PARIPE. Dist. do Estado da Bahin. no num. da Caiiital.
angulo cem outra perra que dalli corre em direcção jiouco mais Orago N. Senhora do O' e diocese de S. S:il\:idor. Já aeliava-se
ou menos de Desla serra cliamada Acaray, vertem para o N. creada parochia em 16il8. Neila fica a capelki, do Apostolo São
Tromljetas, e com
o próprio ]<;sse(iuibo, e para o S. o ca daloso Thomé. Tem eschs. publs. e agencia do correio.
ella pega depois a serra Tumucumaque qwe, parallela ao
Ama-
zonas, se estende até quasi o Cabo do Norte com dillereníes
de- PARIPOSIRA. Pov. do Estado do Ceará, no mun. de Ara-
caty, com duas publs. ile inst. prim.. creadas pelas Leis
eschs.
nominações. Da serra Tumucumaque descem para o S. todos os
Trombetas Provs. n. 1.71Ô de 28 de julho de 1876 e n. 1.992 de 14 de agosto
tribs. do' Amazonas que nelle desaguam
entre o e o
Carapanaluba, e para o N. os caudalosos rios que banham as
de iS82; e uma capella.

Guyanas Ingleza, Hollandeza e Franceza até o Oyapock, como PARIPOEIRA. Pov. do Estado das Alagoas, na costa do
são o Demerara.Berbice, Corentino. Surinam, Maroni, Aproi'ague Oceano, entre a Ponta Verde e a barra do Caniaragibe, no mun.
outros menores. Esta descripção hydrograpliica da Gitana com- de Quitunde. E' poiíco habitada e nada ofterece de notável. Tem
prehende todos os seus rios importantes, á excepção dos que duas eschs. publs. de inst. prim. e uma capella de S. Uonçalo,
desaguam no oceano atlântico entre o Carapanaluba e o Oyapock; que em 1643 serviu de recolhimento de frades carmelitas.
os qiiaes, não se podendo classificar neíu como alTs. do Amazonas, PARIPOEIRA E' assim denominado um dos braços do rio
nem do mar das Antilhas, formam um systema dilferente de
.

Gargahú ao desa,guar na Parahyba do Norte. Fórnia a pequena


vertentes. Estes são o Oyapock. Cassiporé, Mapa, Mayacaré ou ilha do Stuart.
Mannaye, Carapaporis, Calçoene. Araguary e Carapanatuba.
Este vasto território divide-se por cinco nações, Venezuela, PARIPOEIRINHA . Riacho do Estado das Alagoas des- :

Grã-Bretanha, Hollanda, França e Brazil. agua no Oceano entre a pov. de Pioca e a extrema septemtrional
da Paripoeira.
PARIMÉ. Rio do Estado do Amazonas, desagua na margem
esq. do Uraricoera, próximo á foz do rio Majary e a 30 milhas do
'
PARIPy. Dist. do Estado do Amazonas, na com. de Canu-
forte de S. Joaquim. E' tamliem denominado Maruá. E' nave- tamá, á margem dir. do rio Purús.
gável, quando cheio, a té á primeira cachoeira que fica a 25 milhas PARIPY Lago do Estado do Amazonas, na margem
. esq. do
da foz. rio Purús com quem se communica pelo furo Curá-Curá.
PARINTINS. Cidade e mun. do Estado do Amazonas," séd® PARIQUERA. Rio do Estado de S. Paulo, no mun. de
da com. de seu nome, junto do desaguadouro mais oriental d° Iguapé.
furo de Urariá, na margem dir. do rio Amazonas, 95 kils. acim^
da foz do Nhamundá. Tem 3338 habs. Orago N. S. do Carmo
® PARiaUERA-ASSÚ. Colónia entre Iguapé e Jacupiranga,
diocese de Manáos. Fo. fundada em 1796 por José Pedro Cordovi' a 11 kils. desta freg. e 24 daquella, no Estado de S. Paulo; com
com o nome de Tupinambarana para residência dos Índios duas eschs publs. creadas pela Lei n. 261 de 4 de setembro de
Sapopés e Maués, aosquaes foram aguregando-se outros. Em 1814 Í893.
o conde dos Arcos elevou a pov. á categoria de missão denominada PARIQUERA-MÍRIM, Rio do Estado de S. Paulo, no
— Villa Bella da Rainha. A Lei Prov. do Pará n. 146 de 24 de mun. de Iguapé.
outubro de 1848 e a do Amazonas n. 2 de 15 de outubro de 1852
elevaram-na á categoria de villa. sendo installadaein 14 de março PARIQUIS. Nação indígena que habita as margens do rio
de 1853. Foi elevada á categoria de cidade com o nome de Parintins Atumá. São de bella jiresença, bravos e intractaveis.
pela de n. 499 de 30 de outubro de 18S0. E' com. de primeira entr. PARIRY. Log. do Estado do Amazonas, no rio Madeira, pró-
creada pela Lei Prov. n. 82 de 24 de setembro de 1858 e classiiicada ximo do igarapé Capitary.
pelos Decs. ns. 2.315 de 11 de dezembro de 1858 e 5.U69 de 28 de
agosto de 1872. Em 1883, comprehendia o termo de seu nome e o PARIRY. Lago do Estado do Pará, no mun. deObidos.
de Maués. Fica logo á entrada do Estado e está em situação assás PARISINHO. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do
vantajosa para o commercio. Possue terrenos proprioí5 para a rio S. Francisco.
cultura do café, algodão, cacáo e taliaco, desenvolvendo-se nos
últimos tempos a cultura do guaraná. De uma palmeira deno-
PARISSOL. Log. do Estado do Pará, entre Monte Alegre e
Prainha.
minada Murumurú extrahem-se fibras com que se fabricam grandes
e cominodos chapéos. Possue, alem do leito principal do Amazonas, PARIRA. Rio do Estado do Pará, banha o mun. de Muaná
os paranainirins ou canaes do Parintins, Limão, líspirito Santo, e desagua na margem dir. do rio .Atuá, aff. da bailia de Marajó.
Arary, Ramos e do Araryaia e os rios Marnurá, Andirá, Maué-assú
; E' de longo curso e assás rico de seringaes.
e Apucuytáua. Além desses rios tem outros de menor extensão,
PARITA. Rio do Estado do Pará, no mun. do Baião. Vai
como sejam o Marumiry, o Curuca e o Pracony. Vastas florestas para'o Tocantins.
virgens cobrem as terras firmes, apenas tocadas ]iela mão do
homem civilisado. nas quaes ;-e encontra abundante flora do PARNAGUÃ. Antiga villa e mun. do Estado do Piauhy,
Amazonas em geral, com todos os productos dessas regiões. sede da com. do seu nome, situada entre uma grande serra ao
E' assim que a castanha, o oleo dí copahyba, a salsaparrilha e a Nascente, que serve de limite entre esta e o Estado da Bahia, e
borracha abundam ]]oresses centros desbabi tados. O seu commercio a extensa kigoa que lhe dá o nome, ao Poente, em lern iio limita-
é activo.A Lei Prov. ii. 575 de 19 de maio de 1882 creo ahi uma i
díssimo, ))ela pequena distancia de um kíl. que ha enl e a li;ise da j

esch. mixta luibl. de inst. jirim. e a de n. 149 de 15 de agosto serra e a lagoa, o que torna, a localidade insalubre durante a es-
de 1865 a i]arochia de 8. Pedro do Tonantins. Neila tocam os tação ínvernosa. pelos patanos que se formam, sendo frequentes
vapores da linha de Belém a Manáos. por esse motivo, as febres intermit tentes e outras de máocaracter.
PARINTINS. Serra nos limites d com. de seu nome com o Em 18()7 a villa constava de 67 casas de telha e 16 de palha, com
355 hab. numero este que se elevava a 800 em 1860. mas que re-
i

Est ulo do Pará, na margem dir. do rio Amazonas. « A serra do


duzio-se áquelle pelos effeitos da assoladora secca que então houve:
Py.rintinlins, diz J. V. Barreto, é apenas um monte coberto de
hoje, porém, contém 50 casas de telhas e 26 de palha, com cerca
matto, tem pedras encostadas á beirada do rio.K' conveniente não
de 5U0 almas. Correndo a edificação d villa pela mai g'em dir. do
i

passar niidto encostado, não jirecisaudo, cumtudo, ir muito ao


extremo N. da lagoa, oíTerece á vista do expectador um belfij pano-
largo, i.or(|ue as pedras estão na li.^irada. » Próximo deila licam
rama c|ue se prcdonga alé 12 kils. ao S. e seis a O., deixando vèr
duas ilhas, no lúo Amazonas tamliem denominadas Parintins.
]J0r aquelle lado, mais ou menus no centro da ]ago:i, duas ilhas
Separa o Esttulo do Amazonas do do Pará.
não pequenas, salientes e t m is cuni rii-as pii - ( ;i ,íj e ns, ]iesipi eiras
PARINTINTINS. Aboi^igons rpie dominam nas margens do e bna.s terras delavinii-i A •,n:i <\í.' i-i^ja nui.lii/. c um ilos m(dhiU'es
rio Tapajoí. uo Eíludo do 1'ará. formam uma ti'ibu errante, teinjilos do Ksl:-.!,,. lvlilir;nl;i em e|«)rli:i anlenor á >l;i ei-e:uMo da
sempre perseguida pelos AlundiuMcfis. ipie os teem cpuisi (ixtor- villa <'m 17iii', foi incemliad i em iSf") |ir:in(lo eompletainente
niinado. T'siim l't;i mies arcos de p;ixiuba o zarabatanas, enta- destiMiida; mas, i'econstruid;i |ior.'--,e lempo. solire novos alicei-ces.
niçados com |;ieil;ii:i e ileiKiií pintados de prelo. E' a única tribu pela iniciativa e direcção do roion^^l .f.se ila Cnvdia Lustoza c do
do Tapajoz (|ue n;io (|uer rommcuTio eom o liomom civilisado juiz de direito l)r. José Candido de fontes ^'isgueiro, licou com
e que sempre o a aca, quando o encontra. Dizem que faliam o mais vastas pro|iorções, comniodidade e gosto. Possue iandicm a
dialecto Mundurucii, villa um quartel ja .irrninado. e uma excellenle cadeia e cusa da
PAR — 101 — PAR

camará, edificada em 1819 pelo coronel Josó da Cunha Lnstosa. O viagens sao feitas até á colónia de S. Pedro de Alcantara, pelo
seu commercio, pequeno e insignificante, manlidu pela praça da Pai-naliyba acima, á vapor, e d'ahi por terra até á villa, dis-
Bailia ua distancia de 1.200 kils., ou pela cidade do Amarante na tancia, esta que SP reduzirá quando a navegação do Parna-
de 810, cons ta de poucas cas-is de negocio. Os géneros transijortados bylia chegar até Santa Philomena, donde ficam ainda 270
de parag^ens tão distantes em costados de animaes, são caris5Ímos e kiloinetros para Parnaguá.- Sobre limites vide: Lei Provs.
ditlicies: apezar da fertilidade do solo, não 1m lavoura em Par- 11. Õ35 de 18 de junho de' 1864: n. 850 de 18 de junho de 1874.
naguá, sendo o mun. provido de legumes, cereaes e outt-os jjeneros Foi rebaixada de villa e mun. pela Lei n, 97 de 25 de junho
de primeira necessidade, quasi exclusivamente pelos lavradores «le 1896.
de Santa Rita. pequena villa pertencente ao Kstado da Bahia, PARNAGUÁ. Lagòa do Estado do Piauhy, no mun. ílo
situada à margem esq. do rio Preto, na distancia de 12) kils. No
seu nome. E' atravessada pelo rio Parahim.
emtanto, o solo variado da comarca, montanhoso nas extremas e
plano no interior, com terrenos vastíssimos e devolutos, Ijanhados PARNAHYBA. Cidade e mun. do Estailo do Piauhy, termo
por grandes rios que cortam a comarcu em v. rias dii^ecções entre da c an. do seu nome. á -margem dir. do rio Iguarassfi, em
outros o Gurgueia, o Urnssuhy. o Parnahybinha e o P.irahim. uma extensa e pittoresca planície, que se estende a L. e ao S.,
ofl^ereceria um inexgotavel manincial de riqueza agrícola se lii-j :i'io-lhe fronteira a liba. Grande de Santa Isabel, que lhe
fosse convenientemente aproveitado. O presidente d ijri^vineia
i p!- íeii,;e, e em cujo extremo norte ergue-se o magestoso ro-
em sua Falia de abertura da -Assembléa Provincial em 1835. elieilo redra d-o Sal, em que está assente o phar(d, que domina
diz o seguinte sotire as terras de Parnaguá, com relação as as barras da Amarração, Canárias e Cajú. A cidade é cortada
vantagens que oflereciam a creação de algumas colónias : ein ruas, em geral bem alinhadas e espaçosas, com arborisação,
« Informa a camará municipal de Parnaguá, que em suas terras mas não calçadas. A egreja matriz de N. S. da Graça, situada
se deixam ver lindas florestas próprias para todo o género de em uma praça espaçosa, e arborisada, é o edilicio mais notável
cultura, amenos prados cobertos de tanta variedade de da cidade, pela sua bella construcção em frente, está situada ;

capim, que se tornam susceptíveis de toda a qualidade de a cadeia publica e a um lado a egreja de N. S. do Rosario.
criação, e que além de muitos ribeiros de excellentes aguas, Em frente ao porto do desembar(iue, guarnecido de cáes e com
existem rios que admitteni a navegação, sendo entre elles o uma boa rampa, acham-se os ediflcios da alfandega e da capi-
denominado Fumaça, que são pôde ter menos de trinta braças tania do porto, assim como uma dóca, trapiches e armazéns
de lai'gura, e que mettendo-se no Tocantins, segue d'aU em dii'ei- commerciaes, notando-se ainda, em situações diversas, o quartel
tura ao Pará. Estes terrenos contém muitas planícies, e são da Companhia de Aprendizes Marinheiros, a casa da Camara, o
pouco montanhosos... Do ponto de Parnaguá aos indicado- ter- mercado e o cemitério publico. A praça da Parnahyba, que é o
renos, tem de se -atravessar uma grande serra, que dista da empório do commercio marítimo do Estado, estende as suas
costaneira do Gilboé, pertencente ao termo da mesma víIIa. mais transacções por todas as villas e povs. que lhe ficam até certa
ou menos cíncoenta léguas. E' verdade que se olfprece para esta. distancia, e mesmo, porém, em pequena escala, até onde pre-
emprez i o embaraço do gentio bravo, que povoando jmr ora domina ainda a tutella commercial do Maranhão, aliás tão íacil
este delicioso terreno, tem feilxi algumas hostilidades, obstá- de libertação di.spôe de elementos próprios, tem um grande
;

culo este que poderá rem^ver-se com a cathechese e cívilisação estabelecimento de grosso trato, estabelecido em 1849, cuja casa
desses indígenas.» A cria.ão do gaxlo é por assim dizer a uníca matriz, na Inglaterra, envia directamente as suas mercadorias
industria da comarca, mas que pouco ou nenhum resultado por vapores próprios. Es.se grande impulso, que tantas van-
deixa, pelos grandes encargos e inconvenientes com que lutam tagens tem trazido ao commercio e aos consumidores, tem sido
os criadores. O carrapato, o morcego, a cascavel, e sobre tudo secundado por outras casas que egualmente mantém relações
a onça são terríveis e eternos dizímadores do gado, e aquelle commerciaes directas com diversas praças da Europa, attin-
que escapa de tão invencíveis inímígxjs é vendido por pre 'O tão gindo a 50 o numero de estabelecimentos que se conta no pe-
insignilicante, que não compensa o trabalho e despezas da criação, rímetro da cidade, quer de grande quer de pequena monta.
pois uma rez de dez e mais arrobas dá apenas vinte iníl réis. A criação do gado vaccum, que constitue a principal fonte de
Além de todos essís inconvenientes, não ha agua potável na riqueza da com., chega não só para o seu abastecimento, como ainda
vílla. « A notável e constante agitação da lagoa, além da qua- para exportação, o que se nota também nas producções da la-
lidade do terreno, faz com que as suas aguas, semijre grossas e voura, cuja exportação comprehende, em sua maior parte, o
toldadas, mal se prestem ás necessidades publicas, ínutílisando algodão, farinha, milho, feijão, arroz, tapioca, madeiras de
mesmo as melhores e crystallinas aguas do ameno Parabim. que tinturaria e de construcção. couros, gados de diflérente es-
com ellas se misturam. A freg. de Parnaguá conta as seguintes pécies, carne secca e ultimamente alguma borracha extrahida
capellas: Santo Antonio, no pov. dos Campos Nossa Senhora
; da mangabeira. Nota-se também, no mercado da cidade,
do Bom Conselho no Gitti, a mais antiga da com. edificada em abunda.ncia de cereaes. legumes, pescado, aves. fructas, ovos e
1711 pelo capitão-mór Manoel Marques Padilha do Amaral; e a outros géneros, que descem das cercanias e da Ilha Grande em
Nossa Senhora do Rosario, na fazenda Mucamljo, edificada em balsas e canôas. Gosando de um clima saudável e ameno, e
1819 pelo capítão-mór .José da Cunha Lii.stosa, sendo estas duas bafejada constantemente pelas brisas do mar, a cidade, quiçá a
ultimas de muito boa construcção « A povoação e colonisação com., está á abrigo de grandes calores, ainda mesmo na estação
das extensas terras de Parnaguá, habitadas na descoberta do calmosa, gosandu. por conseguinte, de óptimas condições de
Piaidiy por numerosas tribus de indíos, entre outras as dos salubiidade. A cidade do Parnahyba fica a 18 kils. do porto
Pinrentoiras, Cherens e Acaroás, que desappareceram com a marítimo da Amarração, a 540 da capital, a iíslado lími- '..i
; li,-,

conquista, são sem duvida as mais antigas da província, pois trophe do Ceará e a 18 do do Maranhão. Sua jirincípal viação
foram ellas as que primeiro foram repartidas em sesinaría pelo com a capital, e as villas e povs. ribeirinhas do Parnahyba, é
governador de Pernambuco D. Pedro de Almeida eju Irwo, cujas fluvial e á vapor, sendo a dos outros pontos do interior por
texTas 'ficam na margem do Gurgueia e outras em liJól, si- meio de animaes, e por mãos caminhos em geral. cidade do

; ^•\.

tuadas entre as cabeceiras do rio Parahím, até á sua foz no Parnahyba tem origem no pequeno povoado denominado
rio Gurgueia». Sua egreja matriz tem a invocação de N. S. do Tesla Branca —
que demora a seis kilometros da cidade, onde
Livramento. ]gnora-se a data em que foi creada parochia, sa- leve logar a creação da villa pela Carta Régia de 19 de junho
bendo-se apenas que foi desmenbrada da freg. de S. Francisco de 1761. Era então capella filial da freg. do Piracuruca.
da Barra do Rio Grande, bispado de Pernamijuco e isso nos A 18 de agosto de iiii? ve logar" o acto da iustallação da
1-

afflrma o ijispo do Maranhão, frei Antonio, na caria que, em villa. com o nome di- S. .leão do Parnahyba, na egreja matriz
24 de setembro de 1762, escreveu a João Pereira Caldas a res- -de Piracuruca. [elo gm eniailor e capitão general da capitania
peito de uma petição dos povos de Parnaguá sobre limites pa- João Pereira Caldas, Ileando então o território da nova villa ,

rochiaes. Creada villa em virtude da Carta Regia do \') de d. smejiilirado tie Phacuna ii. No dia 2G (lomesmo mez e anno
junho (janeiro, segundo outros), de I7i51, foi inaugurada ih Im .ljo- l ve Ii>'j:v.v o acto do jurainr n i
,
, |iossedos membros da Camara
vernador João Ferreira Caldas emodejiiiilio de 1702. I'b':; oom. lio >,eiiado da nova vil!: ii.j casa de aposentadoria do tles-
de primeira entr. (Dccrs. ns. 687 de Zt] de julho de iSôí) e ciidjar.uador ouvidor lv il rnrregedor da com. Luiz José
5.i)o6 de 28deagoslo de l'S7,-). Tem duas escbs. inibis, dp iiistr. Duarte Fi'ciie. Fra eiirm ic.i:; Branca um logarejo insigui-
priiii. Agencia do coi^rcio. .-V séde da cori. [ic;i a O I
'.
'-'-
I '
liraide com i[u;i| (i legos alienas, oilo pessoas livrts e 11 es-
da capital, a 1.614 do littorai, na villa da \iiiai'i'a'':Mi 1
era\iis. Atieu len lo a estas circumstancias, oi'denou o gover-
villa do Corrente, a iit) de Santa Fliilonn.Tui A iaç:!
. n
I
iiador que s levaiilasse o pelourinho no povoado (lo Porto das
de transporte são dilliceis, especialmente pelo invorno, (^u.imlo Barcas, até que uaquelle logar se desse principio a alguns
as estradas tornam-,se qiiasi intransitáveis. Geralmente as I
eilKieios e pudesse haver as primeiras accommodaçõea. Ineon-
PAR — 102 — PAR

testavelmenlc o povoado do Porto das Barcas offerecia mais piauhyensô e toma nome de Iguarassú limitando com ft
o
vantaa-ens para ser o local da nova villa era então uma
:
rio principal, e oceano a ilha grande de Santa Izabel.
o
feitoria com estabelecimentos de cliarqueada, cujos produotos Esse braço que desagua no oceano, formando a barra da
exi)ortavam-se jiara Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro ePará, Amarração, tem um curso aproximado de 35 kils. Além
deixando p-ran.le interesse ás rendas publicas, pelo movimento de pequenos morros de areia existentes nesta Ilha, neidium
coiniiiercial quo resultava de semelliante industria com uma
;
outro ha digno de nota. A lavoura é acanhada e rotineira.
]iop. cresceiíle e activa, als'uinas casas e armazéns e nma pe- Apenas cultiva-se algodão, que é todo exportado, a canna
((ueiia ermida fundada pelos liabs. do logar. Começaram então de assuca.r, a mandioca, o feijão, o milho e o arroz, que
a aílluir novos povoadores para o Porto das Barcas e a au- não chegam para abastecer o seu mercado. A industria mer-
.

iiinentar-se a sua edilicação, ao passo que no Testa Branca não cantil é a única que se tem desenvolvido. Sendo o Parna-
se havia coastruido uma só casa, a)>ezar de muitas pessoas se hyba im])orio de quasi todo o commei-cio do interior é
liaverem oíYorecido e se eonipromettido á isso. lírn vão remetteu a praça mais commercial do Estado. A pastoril acha-se
o Lfovernador, ein 20 de dezeniliro de 17()2. á camará do Se- ainda em volta no systema extensivo. Nenhum processo
nado, nma ]ilanta para reyiUar o arruamento da villa, e baixou zootechimeco foi introduzido, para o fim de melhorar as
depois as mais terminantes' e ameaçadnras ordens, no sentido de raças dos gados. Confront.mdo-sa documentos de 25 annos
reactivar a edilicação de casas e lornar-se eílectivo o estalje- vè-se que a producção pecuária de boje corresponde a 12 "/o
lecimento da villa no logar determinado; conseguiu começar-se apenas daquellas produoções. O clima em geral é ameno
a constrncção de algumas casas, que não chegaram a con- tornando-sí quente em alguns dias da estação invernosa.
clnir-se, e a se etfeotuar a mudança do pelourinho e nada: São endémicas as febres palustres e intermittentes. que mani-
mais. No entretanto, progredia o logar do Porto das Barcas; festam-se no começo e fim da estação das chuvas, devido
em 1763 a Camara baixou um elital pridiibindo que se edi- á exalação malarica dos 4jantanos e alagadiços, que cercam a
licasse, sem prévia licença sua, casa alguma em Testa Branca, cidide Dista da vil'a da Amrraíjão, seu porto marítimo
ao ])asso que facilitava as dalli, e nisto consumiram-se oito onde lica o porto fiscal subordinado á Alfandega- desta ci-
annos. e só depois que João Pereira Caldas deixou o governo, dade, 18 kils.; da villa do Burity dos Lopes, central 38
e na administração de seu successor, o coronel Gonçalo
Lou- ditos, da de Porto Alegre, 156 ditos, da povoação da Barra
renço Botellio de Castro, foi que se resolveu sobre a mudança (lo Longá idem, 50 ditos, da dita das Frecheiras central,
de íocâl, sendo em 1770 transferida a séde da villa de S. João 112 ditos, dl dos morros da Mariana 6 ditos, da Pedra do
do Parnahyba do local Testa Branca, ]>ara o sitio denominado Sal, 165 ditos, sendo estes dons últimos pontos na referida
Feitoria ou Porto das Barcas — onde hoje ergue-se a flores- Ilha grande. Acha-se ligada a Tlieresina capital do Estado,
cente cida le do Parnahyba. Resolvida, hnainiente, essa questão, da qual dista 500 kils., pelo fio telegraphico, cujo ramal
ordenou o governador que fossem mudados, para logares nuiis passa pelas cidades de Piraciu-aca, Barras, União, e a villa do
distantes, os estabelecimentos de charqueada que ficaram mais Livramento. Fica a 18 kils. do. Estado do Maranhão e 96
]iroximos á pov. Em 1775 foi constiuida a casa da camará e do do Ceará. A sua principal viação para as cidades, villas
cadeia, e posteriormente a egreja de N. S. da Graça, cuja e povoações rebeirirdias é fluvial e a vapor, sendo terrestre,
construcção terminou em 1795, sendo enlão trasladada a ima- ]ior meio de animaes e péssimos caminhos para o interior.
gem de sua padroeira da matriz de Piraenruca. tlm virtude .A. pop. do nmn. está calculada em 25.00) habs. Os povoa-
da Prov. Régia de 25 de setembro de ISOl, foi a pov. do dos e logarejos deiiendeates da cidade sáo : Testa-Branca e
Parnahyba elevada á categoria de freg., pelo bitpo do Ma- Canta-gallo á margem do Iguarassú, morros da Marianna,
ranhão 'D. Luiz de Brito Homem, em 12 de julho de 1805, sendo com uma escola do sexo masculino Batalha, Cipoal, e Urubú,
até então capella lilial da matriz de Piracunica. como consta na Ilha grande de S. Izabel, Frecheiras, com uma escola do
da Memoria de J. M. Pereira de Alencastro, do Kalciidario da sexo masculino. Campos com uma escola do sexo masculino.
Diocese do Maranhão, em 1883, e de oirtfos escriptos ; no entre- Carpina e Cacimbão. Os edificios públicos são : A egreja, de
tanto, em uma memoria sobre as fregs. do serl,ão da capitania N, S. da Graça, situada numa praça espaçosa e arborisada,
do Maranhão, esci-ipta pel j padre Joaquim Joso Pereira em 1798 a mais notável da cidade, pela sua boa construcção e bella
e ofTerecida ao ministro D. Rodrigo de Souza Coutinho, diz elle archi tectura. ornada de ricos lavores. Sua construci;ão tsr-
o seguinte: « Descendo para a praia está a freg. e matriz de minou-se em 1795. sendo então trasladada a imagem de s la _
S. João da. Parnahyba. cujo jiarocho foi ha pouco collado » padroeira da matriz de Piracuruca. Esta egreja serve hoje
circumstancia esla que notamos para a conveniente averiguação de matriz constituindo o primeiro templo do Estado, pelo
dessa controvérsia. Por alvará de 8 de maio de 1811 fd creado menos rival da magestosa matriz de Piracuruca, e egl-eja de
o logar de ,Iuiz de Fóra do Parnahyba. E' com. de segunda S. Benedicto da capital. Na mesma praça e a um lado
entr., creada por occasião da execução do código do processo está a egreja N. S. do Rosario Além desses tem a casa do
criminal e em sessão do Conselho do Governo da província mercado judjllco e dous cemitérios. Em edifícios particulares
de 2() de junho de 1833; e classificada pelos Decs. ns. (iá7 fuaccionam a Alfandega, a Escola de aprendizes marinheiros,

de 26 de julho de 1850 e 5.0ii8 de 28 de agosto de 1872 e a capiitania do porto, a Estação telegraphica e Intendência
Lei n. 85 de 12 junho de 1896. Foi elevada á categoria municipal, quartel e cadeia. Além desses, muitos edificios
d; cidade pela Lei Prov. n. 166 de 16 de agosto de LS41. Tem l}articulares ha de elegante construcção. Tem duas escolas
cerca tle 4.000 babit duas escolas publicas de instrucção pri- do sexo masculino e duas do feminina, excluídas as já re-
maria e agencia do correio. E' o mun. regado pelo rio Parnahyba, feridas. A 18 de agosto de 1762. teve logar o' acto da
jielo igarapé da Ponte e diversos outros; nelle fica a lagóa installacão da villa com o mesmo nome de S. João da Parna-
dos Quarenta. Sobre suas divizas vide, entre outras as Leis hyba. na egreja matriz de Piracuruca. — A séde da villa
Vrovs. ns. ."48 de 2) de julho de 1864:571 de 14 de agosto era então o Testa-Branca, sendo o logar da Parnahyba, de
de 1865: n. 8'.I4 de 15 de junho de 1875 ; de 13 de junho de hoje denojninado —
Porto das Barcas — que ofterecia mais
1877. líecebeuios do Estado a s guinte infirmação. « .\ ci- vantag'ens nes=a occasião para ser o local da nova villa
d.ide dij Parnabylia, séde da com., está situada á margem por possuir alguns estabelecimentos de charqueadas e ser
(Ur. do Igiuirassn, braço oriental do caudaloso Parnahyba, crescente e activa sua população, sendo o Testa-branca insi-
em uma extensa e arenosa planície pitjtoresca e aprasivel, gnificante logarejo com 4 fogos apenas. Mas só em 1770, foi
que se estenilo i)ara leste e ]iara o snl. Fica-lhe em frente transferida a séde da villa de S. João da Parnaliyba, da-
a ilbri grande de Santa Izabel. com muitas casas coliertas quelle local para o do Porto das Barcas, onde hoje se erg\ie
de telhas, e não jieqiu-na ])opidação. em cujo extremo existe esta florescente cidade. Em 1775, ^foi construída a casa da
o nuigesloso mcdiedo, a Pedra <lo Sal. em que está i)lanladi) camará e a cadeia hoje em ruinas, de cuja conclusão la-
o iiharol ((lie (biniinaas barras da Anuirração, Canárias e Cajú. vrou-se um auto em 24 de agosto do mesmo anno. Acha-
A sua consi ruccã'1 |ireili;i (|iie s lein desenvolvido bastante, é iioa
I
-
se em construcção uma cusa destinada para c ideia. Em
e solida presidindo em ,al,L'uns elegantes i)alacetesas regras arclii- vii'tude da provisão regia de 25 de setembro de 1801, foi a
lecldiiicas .Is mus em t;eral são tortuosas, seni arborisação nem ]iov. da Parnahyba, elevada a categoria de freg,, pelo
calçajuento. No seu porlo giuirnecido em parte por caes parti- bispo do Maranhão D. Luiz de Britto Homem, em 12 de julho
culares e \m\ trapiche, fazem o servi('0 de carga e descarga dí 18)5, Em sessão do Conselho do governo da então ]U'o-
as embarcaí;()e,9 eniiiregadas na navei^a(;ã() An rio. A oilo vincia, de 26 de junho de 1833, foi creada a Com. da Par-
kils. -de distancia do l"gar Poçõl's da ilha dos Tucuus, nahyba, tendo por séde a villa do mesmo nome. Pela Lei
território maranhense, deriva-se do rio Parnahyba l>ara o Prov. n. 166 de 16 de agosto de 1844, foi a villa da Parna-
jado de leste o referido braço, que corre por território hyba elevada a categoria de cidade. » Parnahyba, 31 de maio
PAR =_ i03 PAR

de 1S93. O presidente do Conselho da Intendência Municipal. fazenda, onde consta que a 26 de dezemliro de 1810 fizera petição
Jt^irmo da Silva Raposo. Melchior da Costa já, então casado com a viuva de manoel Fer-
nandes Ramos, e obtivera do capitão-mór Gaspar Coqueiro uma
PARISTAHYBA. Villa do Estado do Maranhão. Vid. AUo-
sesmaria, nos termos seguintes Diz Melchior da Costa, morador
:

PaDiahijba.
na villa de S. Paulo, que elle é morador ha 48 annos a esta
PARNAHYBA. Villa e num. do Estado, de S. Paulo, na parte, e porque tenha duas filhas para casar e para ellas tenha
com. da capital, na margem esq. do rio Tietê dislante42 liils.
; necessidade de terras de mattos marinhos, por isso pediu uma
da capital, 24 da Cutia, de Cabreuva e de Araçariguama e 36 de légua de terras, meia para cada uma, as quaes se chamam
Jundialiy. Os terrenos do mun. são férteis e prndu^em vantajo- Beatriz Draiz e Vicencia da Costa, e esta terra será defrrjnteda
samente canna de assucar, tafé, milho, feijão, arroz e mandioca. fizendaque sua mulher Suzana Dias fez em Parnahyba. da banda
A maior exportação é de aguardente, em numero de centenas do rio Juquery e começará a partir com um pedaço de leri a
de pipas por ann9. Contam-se vinte cylindros de ferro, movidos a que a dita Suzana Dias tem por carta do capitão-mór Jorge
agua para a moagem da canna. Oraga Sant'Anna e diocese de Csrrèa, naquelle limite de Parnahyba. defronte da igreja da
S. Paulo. Foi elevada á villa por Provisão do Conde Monsanto, Senhora Snt' Anna, da Ijanda d'alem do rio 'Anhemby, e si
em 14 de novembro de 1625. Seu principal edifício é a egreja for já dado, no mais perto logar que não for, e será em quadra. »
matriz, collocada no centro da pov. emlogar elevado. Tem uma A pov. foi primitivamente habitada por individues ijuportantes,
bòa ponte de madeira sobre o Tietê, junto á villa. A' jjequena que eram, na sua maior parte, ricos homens, das mais distin-
distancia da villa existe no Tietê uma cachoeira, e defronte ctas famílias da capitania de S. Vicente, e, quando prospera,
desta uma ilha, Itapeva, formada de uma só pedra. Tem era considerada a rival de S. Paulo. Foi creada villa pelo
as seguintes capellas liliaes Seniior do Bom Jesus de Pi-
: conde de Monsanto, então donatário da capitania de S. A^icente,
raiiura. Santa Cruz do Taboão, N. S. da Conceição de Voturuna, por Provisão de 14 tle novembro de 1625. Topographia —
Kstá
Aldeã de N. S. da Escada de Baruery. Soljre sua fundação diz a villa situada á margem es]. do rio Tietê, a ONO. da capital.
A/.evedo Marques « Começou por arraial do m>ui. da villa de
; Na sua maioi'ia são térreas as casas, havendo, comtudo. alguns
S. Paulo de Piratininga, fundada pelo paulista Capitão André Fer- sobrados antigos. O principal edificio ê a bellissima egreja
nandes, que ahi edifícou uma capella á invocação de Santa Anna matriz, em reconstrucção, que está collocada no centro da villa,
pelos annos de lõSU, e seguintes, e que paraense logar attrahiua em logar elevado, dominando-a por isso em todos os sentidos.
se-us pais Manoel Fernandes Ramos, natural de Portugal, e São liliaes á matriz as capellas do Senhor Bom Jesus de» Pira-
D. Suzana Dias, natural de S. Paulo, fílha de Lopo Dias póra. Santa Cruz do Taboão. N. S. da Conceição do Voturuna
e Beatriz Dias, como se vè do Liv. 3° de sesmarias existente no e a da aldèa de N. S. da Escada de Baruery. Na capella de
cartório da thesouraria da Fazenda de S. Paulo, onde consta que Pirapóra existe o rico e magestoso templo dedicado ao Senhor
a 26 de dezembro de 1610 fizera petição Melchior da Costa, já Bom Jesus, e edificado á custa das esmolas dos romeiros, que
então casado com a viuva de Manoel Fernandes Hamos, e obtivera para alli adluem nos dias 5. 6 e 7 de agosto, em numero supe-
do capitão-mór Gas])ar Coqueiro uma sesmaria, nos termos se- rior a 8.000, rendendo o cofre das esmolas mais de 20:OOU,7>
guintes...» Tem eschs. pubts. de inst. prim. Agenciado correio. annualmente. Os negócios da capella são dirigidos pela respe-
Sobre suas divisas vide, entre outras, as Leis Provs n. 12 de 10 de ctiva mesa adiiiinislrativa. A pov. de Piíapóra conta bonitas
junho de 1850, n. 14 de 31 de abril de 1853 n. 34 de 13 de ; casas térreas, casa destinada á accommodação dos romeiros,
abril de 1836, é Lei estadoal n. 447 de 23 de dezembro de chafarizes, ponie de ferro sobre o Tietê, e ê illuminada á luz
1896. Comprehende os bairros: JMedeiros, Surú e Jundiu- eléctrica por oocasiáo das festas. População — A pop. do mun.
vira. A Pcoy. ãe S. Paulo {i8S8) pubiicou a seguinte noticia a é de 4.931 habs. Agricultura e pecuária — Os principaes jiro-
respeito desse mun. «Divisas. Ao N. confina este mun. cora o ductos da lavoura do mun. são; canna de assucar, café. milho,
de Jundiahy. correndo as divisas pela serra do Japy á serra dos feijão, arroz, mandioca, Ijatatinhas, etc. sendo a producção
Crystaes e desta em rumo direito até á ponte sobre o rio Ju- média annual dos princijiaes artigos a seguinte : aguardente
query, na antiga estrada de rodagem da caiiital a E. com a IVeg.
; 200. OjO litros, café 15.000 kilog., milho 2.UO0.OOO litros, feijão
da Consolação, mun. da Capital, correndo as divisas peloi'io 750.000 litros, arroz 100.000 litros. O preço médio das terras
Tietê, ribeirão de Carapucuhyha e antiga estrada da capital á por alqueire (2,42 hectares) ê ile 50S. O mun. produz annual-
cidade de Iiú. e com a freg. de N. S. do O' mun. da capital, mente cerca de 1.200 cabeças de gado. entre vaccum, cavallar,
correndo as divisas pelo rio Juquery. ribeirão do Itaym, que muar e lanígero. Commercio e industria — Existem no mun.
acima toma o nome de ribeirão do Cajú. até á sua cabeceira 58 estatielecimeut s entre coinmerciaes e industriaes, sendo 35
junto ao morro do Jaraguá-mirini, potreiro denominado do Bar- lojas e tabernas, 19 engenhos de moer canna e quatro olarias e
reiro e cori'ego dos Tres Irmãos até ao port denominado do j caieiras. Instrucção — Em 1886 funccionavam no mun. seis
Tambaré-Piracá, no rio Tietê; ao S. com o mun. da Cotia, eschs. publs. primarias para o sexo masculino, nas quaes acha-
correndo as divisas ]iela já mencionada estrada de Itú, desde o vain-se matriculados 148 aluranos, sendo a frequência de 126, o
ribeirão Carapucidiyba atá ao ribeirão do Paiol; a O. com o que produz a média de 21 alumnos frequentes por esch. .Acha-
mun. de Araçariguama, correndo as divisas pelo ribeirão do va-se vaga uma esch. p>dj!. ]ara o sexo masculino. Func-
Paiol, ribeirão Icave5:i, rio Tieti e ribeirão .Jundiuvira. (^'ide cionavam tamliem ([uatro cadeiras do ensino elenuMii. r |i. r, o
Leis Provs. de 10 de junho de 1850 e 31 de abril de 1853.) Aspecto sexo feminino, nas ([uaes achavam-se matriculadas 7:^ alunmai,

geral. O mun. é montanhoso e coberto de mattas; possm- que mantinham a frequência de 64. o que produz a media de

tambem alguns campos. Ilhas Ha algumas pequenas ijhas, insi- 16 alumnas frequentes por esch. Cada esch. pulil. prim. cor-
gnificantes, no rio Tietê. Serras. —
Existem no mun. as serras dos responde a 448 habs. Divisão ecclesiastica — Coiislitue o mun.
Crystaes e do Japy e os jnorros do Voturuna, Botucavarú. Vac- uma parochia, sob a invocação de SantWnna. e tem p(U- liliaes
canga Mantiqueira. Rosario, Voturantim, Votuparym, Branco e as capellas já mencionadas. Curiosidades naturaes — No rio

,

outros. Ilios. Os mais importantes são o Tietê e o Juquery- Tietê, a iiouca distancia da villa. uma cachoeira existe, grande
guassú. Alêm desses regam também o território os ribeirões e ruidosa, ([ue divirle-se em muitas ramificações, firmando ili-
de Jundiuvirá, Icavetá, da Cotia, do Carapucuyba. do Garcia, versas ilhas ensombradas de mattas virgens, onde se eiuanilram
Itaym, Juquery-mirim e outros. Salubridade. —
E'o mun. geral- variedades de orcliideas de lindas IVirinas e còres. .Mii bellis-
mente salubre, dando-se raras vezes casos de febres palustres. sima é a paisagem que resulta, do conjuneto de verdura, fiõres,
Mineraes, —
No morro Branco, propriedade de Joaquim André de pedras eaguas em estrejuloso movimenlo. ivifrenla ndo a eaelinrira
Oliveira Castro, existem jazidas de mármore de varias còres ; ha uma ilha formada de uma só pedra chata. ra/.;io jiela qual
ha também minas de ferro, que já tem 5i(h) scientificamente ann- tem o nome de Itapéva, (pedra chata), a qual serve como que
Jysado, reconhecendo-se a presença desse metal na propofçãn dê paradeiro ou açude ;is a.guus espumantes qu(> descem em
íie 60 a 70 porcento. Também ha grande qualidade de gi^aiiilo catadupas até á liase da |:edra. .\ dons kils. mais ou menos
e pedra calcarea em vários logares, notadamente na fazenda das da capella de Pirapóra. aiiiila no Tiel(', formam as aguas um
Caieiras, de propriedade do coronel Antonio Proost Rodovalho. bonito salto, precipitando-se de crnisiderav.d altura. Kni di-
Historia . —
A jjrov. que é uma das mais antigas daprov. fá fun- versos pontos do território lia lindas ,ijrnl,as e cascatas Dis-
dada ])elo paulista capitão André Fernandes, que ahi edificou tancias — Dista esta villa : Da eainlal da prov. 46 kils.. da
ama capcIIa sob a invocação de Sant' Anna, pelos annos ile villa da Cotia .'lO, da villa <le .Vi aeariguania 19. da villa de
1580 e seguintes, e para o logar attrahiu seus paes Manoel Fer- Cabreuva 33, d,i, cidade de Jundiahy 39. Mação— O iliuii.
nandes Ramos, natural de Portugal e d. Suzanna Dias, natural conta apenas nina estrada provincial, que é a' qujSi segije da
dsS. Paulo, lilha de Lopo Dias e de Beatriz Dias. como se vê do estação do Baruery ao mun. de Calu-euva, passan(ío por esta
livro 3" do sesmarias, esisteatente no Cartório da thesouraria de villa de Parnahyba e pela capella do Senlior ííôm' Jesu.s de Pi-
. .

PAR — 104 — PAR

rapóra. "E' servido pela E. dp F. Sorocabana, qua passa a nove PARNAUASSTJ. Lago do Estado do Maranhão, 48 kils.
kils. mais ou menos da pov., tendo a respectiva estação o nome distante da villa da Mearim.
de Baruery. » PAROBAS. Pov. do Estado do E. Santo, em uma matta á
PARNAHYBA. Dist. do termo do Campestre, no Estado Ijeirado rio Santo Antonio, no mun. de Vianna. e distante
da Bahia. 12 kils. da villa deste ultimo nome. Devia passar perto delia
PARNAHYBA. Serra do Estado do Maranhão, corre em a estrada que principiou-se a fazer entre a cidade da Victoria
e a prov. de Minas Geraes. (Dicc. Geogr de C. iií arques.)
direcção parallela á serra do Urussnhy, no Piauliy, e pela .

margem esq. do rio Parnahyba, ao N. do Estado. PAROBAS. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
Pov.
PAP.NAHYBA. Ilio ([ue separa o Estado do Maranhão do do PiTimhy, Orago N. S. das Dòres. Para alii o art. V. da Lei
Pianhy Nasce de dons olhos dagua ao pé da serra de Tana-
.
Prov. n. 2.93^:5 de 23 de setembro de 18S2 transferiu a sédo
tinga no logar denominado Páo Cheiroso, onde os Estados do do dist. de Santo Antonio de Entre Rios. l'em mna esch.
Maranhão, Pianhy e Goyay se encontram na lat. S. de li)» 13' ^ pnid. de inst. prim. creada pela Lei Prov. n. 3.494 de 4 de
e na long. occ. de 2" 18' cio meridiano do Rio de .Janeiro. De- outubro de 1887.
pois de nm cnrso de 1.1.50 kils. desagua no Atlântico por tres
PAROBE. Log. do Estado de Santa Catharina, no mun.
canaes, que formam um delta de seis barras (Iguarassú ou Iga- da Laguna.
rassú. Barra Velha, Barra do Meio. Barra do Cajii, Barra das
Canárias e Barra da l^utoya). No delta do Parnahyba ha 60 a PAROBÉ. Ponta na lagôa Mirim, no Estado do R. G. do
Sul.
70 ilhas' de diversos tamanhos. Entre os dons braços lateraes,
cuja distancia será mais ou menos de 74 kils. encontram-se PAROBÉ. do Estado do R. G. do Sul. a SE. do
Lagòa
grandes praias de arèa branca. A profundidade do rio no verão mun. do Alegrete a 48 kils. mais ou menos da cidade deste
e
é de 12 a 18 palmos, em muitos logares : noutros de 5 á 3, nome. E' a origem de diversos rios e arroios como o Itapevy
em parte sua maior largura acima do delta é de iUO braças e Lageado. Tem de comprimento l'',45'J"', sobre 660™ de lar-
liara baixo, e na Bari-a do Tutoya chega a ter seis kils. Recebe gura com uma profundidade perenne de mais ou menos sete de
por ambas as margens diversos iribs., entre os quaes destacaremos, metros. E' de agua puríssima e abundante tem saborosos ;

do lado do Maranhão, o Boi Pintado. Caetetú, Cavallos, Anta. peixes


S. .Tosé, Rapadura, Santo Amaro, Prata (2), Medonlio ou Duraço,
Galheiro, Petlra Furada, Inhnmas, Pureza, VaPe do Paraizo,
PAROQUfi. Cachoeiras (2) no rio Uaupés e Estado do Ama-
zonas. (Val lace).
Tiboim, Pendenga, Desmazello, Lages, Pinguela, Gongo, Belém,
Boa Esperança, Marcellino, Lorena, Regalo, ('avalio. Santo An- PARRAMAL. Córrego do Estado de Goya.z, banha o mun.
tonio, Farinha e tantos oivtros ; e do lado do Pianhy :o Meloso, do Mestre de Armas e desagua no ribeirão das Batatas. Recebe
Aréa, Extrema, Bonito, Jacú. Onça, Matto Bom, Estiva, Tapuya, o Burity.
Besta, Quebra- Bundr., Sumidouro, Lagedo, Cachorro, Prata,
Floresta. Macahuba, Taboleirão. Engano, Sacco Grande, Mallia-
PARREIRÃO. Lago do Estado do Pará, na com. de Baião,
na ilha Jutahy, que íica no rio Tocantins.
dinha, Cannabrava, Pandeiro, Mucnry, Lages, Lagoa, Prata,
Atoleiro, Bonito, Prianhas, Paracahy, Poço, Riacho Pequeno. PARREIRAS. Pov. assente na margem esq. do rio São
Corrente, Caldeii"ão. além de muitos outros. Nos tem)ios colo- Francisco, em frente do logar Cajuhipé, que fica na margem
niaes foi esse rio 'explorado pelo padre jesuíta .-Vntonio Vieira, e opposta. Fica pouco abaixo da pov. e do riacho Capueira e
em nossos dias pelos engenheiros .João Nunes de Campos. Gus- próximo ás ilhas Tliereza e dos Bois.
tavo Dodt, em alguns logares por David Moreira Caldas e no PARRICIDA. Pequeno riodo Estado de Minas Geraes,
delta pelo official de marinha Agostinho Jauflret. Diz Mr. Saint banha o mun. de Ayuruoca e desagua no rio do Francez.
Hilaire que Parnahyba vem da palavra guarany, pararaiba, que
significa —
rio que se vai lançar em um pequeno mar — Não nos PARTE BAIXA. Log. do Estado do Pará, no mun. de
conformamos com essa ojjinião, diz o Sr. José Martins Pereira Monte Alegre.
de Alencastro, e julgamos mais acertado dizer-se que a palavra PARTHENON. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun.
é paranahyba, que se decompõe em tres outras, paraná, grande, da capital.
]iy .Ligua, ha que vai ou. corre, signiflcanuo O seguinte — agua
PARTIDÁRIO.
LT.nide í(ifo corre — Concluídos os trabalhos da secção deste
Minas Geraes.
Dist. do mun. de Itapeeerica no Estado de
rio, é elle navegado por vapores de um metro de calailo até á
florescente villa de Nova-Yofk ; e com os melhoramentos que a PARTIDO. Bairro no mun. de S. Sebastião do Estado de
commissão indica para a corredeira de Cannavieiras, ilhas do S. Paulo, com uma esch. publ. de inst. prim,, creada pela Lei
Salobo e S. José, essa navegação póde-se estender até a barra Prov. n. 59 de 21 de março de 1885.
do rio Balsas. Depende de estudos a parte do rio comprehendida PARTIDO. Serra do Estado do R. G. do Sul; pertence ao
entre a coiTedeira de Santo Estevam e Santa Philomena, em um grupo da serra dos Tapes, Contém abundância de carvão de
trecho de cerca de 250 kilometros. pedra.
PARNAHYBA. Lagòa do Estado do Maranhão, no mun. PARU. Serra do Estado do Pará, no mun. de Almeirim.
de Loreto, 18 kils. distante do rio do seu nome.
PARNAHYBINHA. Rio que nasce da serra Vermelha e
PARU. Cascata no rio Paril. Sua queda d'agua tèm 60 pés
de altura. Duas i"'i|ni'ii;js ilhas, sendo uma bastante extensa e
desagua no Parnahyba, regando terrenos férteis, rnas incultos.
]

col)erta de vegeta-;!!', cnnvpfteni a cascata em tres quedas, das


E' um' dos mais notáveis aifs. do Parnahyba pelo volume de
(|uaes y. do centro ca menos larga. A pedra da cascata do Farú,
suas aguas, fertilidade e salubridade de suas margens, apro- diz o Sr. M. R Lisboa, é escura e um pouco avermelhada; é for-
priadas para todo o género de cultui-a. Tem sua foz acima da
mada de camadas hoi-isontaes subwqiostas. De um e outro lado
villa da Victoria do Alto Parnahyba cerca de 30 kils. Suas da cascata erguem-se pequenas montanhas,
ag\ias comportam, com pequena limpeza, a navegação por vapor
até 72 kils. no logar onde se divide em tres braços denominados; PARU. Lago do Estado do Pará, na margem dir. e a 71/2
Pa.vnaliybinha, Riosinho e Rio Branco. Dahi para cima qualquer milhas da foz do l^rombetas. E' o ponto das grandes pescarias
desses braços ainda comporta navegação por botes de pequeno de pirarucu, nos mezes de setembro e outidjro e onde outr"ora
calado em maior ou menor distancia. houve os pesqueiros reaes, nos quaes traljalhavam, obrigados,
gentios de diversas localidades.
PARNAIOCA. Log. do Estado do P^io de Janeiro, no mun.
de Angra dos Reis, com uma esch. pnhl. de inst. prim. creada PARU. Lago do Estado do Amazonas,' na margem esq. do
pela Lei Prov. n 1.83á ile :!de janeiro de 1873. No RelaC. do Di- rio Solimões, acima da foz do rio Negro, entre os lagos Callado
rector da Inst. do Estado (189ó) lè-se Carnaioca. e Mathias.

PARNASO. Log. do Estado de Pernambuco, no num. de PARÚ. Igarapé do Estado di> P:ir:'i i.mli^i ,i mim. do Óbidos
Agua Preta. Ha um outro log. do mesmo nome no mun. do e desagua no lagndus Curi-aes. IjpsIc niun. l'aZi-'ni-noS menção
. Limoeiro. de um rio P:ii'ri, dn 'ri-onilidas.
P.ARNAUÁ. lí,io do l-lstado de Goyaz, afl'. do rio S. Bartho- PARU. Ivio do Iwta lo do Pai'á nasce nas serras do Parú ;
;

lomeu. Recebe os rios Torto, Piri pau, Fundo, Gama e diversos é geralmente |iouco ]n-ofuudo, tem muitos saltos e corredtniifts,
outros sendo mais notável o salto Panamá. Pi'esta-se, segundo Crevaux,
84.805
PAR — 105 — PAS

á navegação apenas em uma parte mui limitada de seu curso, PARY. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. da Barra do
que na parte inferior tem bastantes ilhas. E' o Paru um dos
I

Rio de Contas e desagua no rio deste nome.


rios que a ambição dos francezes aponta como necessários para
arredondar as possessões da França na América Austral pelo
PARY. Rio do Estado de S. Paulo, desagua na margem dir.
do rio Paranapanema entre os rios Novo e Capivara. Recebe os
Oceano, pelo Amazonas, pelo Paru e pelo Maroni, ca qiii nous
ribeirões de Pirapetinga, Veado, reunido ao Taquaral, Ceremonia
cst préci-^ement intanlit par la traité cVUtrecht escreve j\lr. La
e diversos outros.
Serrec, aconselhando o governo a procurar bases especiaes (sic)
para um novo tratado com os brazileií-os, gens acommoclants, PARY. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. do rio
non pas trois fois, mais
cents fois bons, de cuja igno-
troia, Uruguay, com foz em frente do Pepery-guassú pouco mais ou
rância e simplicidade sei'ia fácil obter a annulação do tratado menos na Lat. S. de 27o 9' e Long. Occ. de 10» 47' 17" do meri-
d'[Jtrecht Recebe o Acarapi ou Uacarapi. Oillustre explorador diano do Rio de Janeiro.
Domingos Soares Ferreira Penna, escrevendo a H. Smith sobre PARY. Rio do Estado de Minas Geras, aff. do rio do Peixe,
o Paru assim se exprime « Conheço-o só até á primeira ca-
:
que o é do Parahybuna.
choeira, ponto a que subi em lancha a vapor. Daqui para a
bocca, o rio corre mais ou menos 70 milhas, atravez de um PARY. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
valle que varia gradualmente em largura ; algumas vezes as Itahim, que o é do Sapucahy-mirim.
coUinas ou serrotes quasi alcançam a margem, e logo dep is, es- PARY. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do rio Pará, no
pecialmente no curso inferior, vem os igarapés. LN'esta parte infe- mun. de Pitanguy.
rior o rio divide-se em dois canaes desiguaes, que eunem-se l

novamente 20 milhas abaixo ; 10 ou 12 milhas abaixo desta PARY. Rio do Estado de Goyaz, rega o mun. de Jaraguá e
junoção, o rio passa junto á serra do Almeirim e corre para o desagua na margem esq. do rio das Almas, tres kils. distante
Amazonas pelo paraná- mirim- do Almeirim. O curso geral é de daquella cidade.
ESK., variando um pouco para SE. O rio é navegável por lanchas PARY. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem esq. do
a vapor o canal sinuoso é
: mais ou menos da largura do ribeirão Alagado, trib. do rio Corumbá (Inf. loc).
Maycurú em Monte Alegre (300 jardas). Dizem q:ie ha muitas
cachoeiras no curso superior, todas, exceplo uma, passáveis
PARY. Ribeirão descido da serra das Araras para o rio
Cuyabá, em cuja margem dir. se lança, cerca de oito kils. acima
poi- pequenas canoas entre ellas ha multas horas de navegação
;
da cidade, no Estado de Matto Grosso. E' separado das aguas
desobstruída ».
do Espinheiro por um espigão. Ha nelle uma passagem denomi-
PARUA. Lago do Estado do Amazonas, nodist. de Coary. nada Mãi Rosa.
P ARU AINA Rio do Estado do Amazonas,
. da margem aft'. PARY. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, uma das cabe-
dir. do rio Uraricoera, que é, segundo uns o mesmo rio Branco ceiras do Paraguay. Nasce na serra do mesmo nome e com 20
na sua origem, e segundo outros um dos formadores deste kils. decurso desagua ni mai'gem - esq. do Paraguay, duas a
ultimo rio. tres léguas abaixo das Tres Barras, e abaixo do recife chamado
PARUÇU. Lagôa no mun. da Mangado Estado do Piauhy. Estreito dos Bugres, entre os ribeirões do Brumado e do Jau-
coara. Recebe o riacho das Lavrinhas.
PARUHY. Rio do Estado de Sergipe desagua no Vasa Barris
a O. do Mosqueiro, a seis kils., dividido em dous canaes for-
;

PARY. Cachoeira no rio Cuyabá, logo acima da foz do ri-


mando a ilha dos Bois « Sua extensão, diz o Dr. Pimenta Bueno, beirão do mesmo nome no Estado de Matto-Grosso.
:

é de 79 kils. e muito estreito ; procura o rio das Farinhas, trib. PARY. Corredeira no rio Tibagy e Estado do Paraná.
do rio Real, com muitas voltas no quadrante SO. Sua navegação,
que só pôde ser feita com maré, termina no ponto, denominado PARY- AN. Vide Paciá.
Ribeira.» PARY-MIRIM. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg.
PARURU. Log. do Estado do Pará, no mun, de Cametá, d'Abbadia e mun. de Pitanguy.
com eschola. PARY-MIRIM. Estação da E. de P. Oeste de Minas, no
PARURU. Ilha do Estado do Pará, no m\n\. de Cametá. Estado deste nome, entre Pitanguy e Abbadia. Denomina-se hoje
Bom Despacho.
PARURÚ. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. da
Piedade e desagua no rio Sorocaba. (Inf. loc.) PARYSINHO, Ribeirão' do Estado de Minas Geraes, nas di-
visas de Dores do Indaiá. Recebe o riacho da Fazendinha.
PARURU-ASSÚ. Puo do Estado do Pará, no mun. de Mu- )

aná, nos limites com o mun. da Ponta de Pedras. PARY-VELHO. Log. do Estado de Minas Geraes, no
mun. de Piumhy.
PARURÚ-MIRIM. Rio do Estado do Pará, no mun. de
Muaná. PÁSCHOA. Serra do Estado do Rio Grande do Sul. Faz
parte da Serra Geral.
PARY. Bairro da freg. do Braz, no mun. da Capital do
Estado de S. Paulo. PASCHOA. Igarapé do Esiado do Maranhão; tem sua foz
no no Parnahyba, cerca do dous kil., abaixo de uma convexi-
PARY. Bairro do mun. do Ampai"o, no Estado de S. Paulo.
dade agudíssima que o rio faz no morro do Arrodeio. No in-
PARY. Log. do Estado de iMatto Grosso, seis kils. da Capital. verno communica como rio Santo Eugénio.
Ahi existe uma fonte natural do gaz dos pant;inos que borbulha
de sob as aguas do rio Cuyabá A sua origem pode ser devida, PASGHOAL. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de Ata-
laia, com um engenho de assucar.
quer ás decomposições de matérias organisadas existentes nas
camadas inferiores da terra, quer á de^'omposição em alta tem- PASCHOAL, Log. do Estado de Minas Geraes, do dist. do
peratura de carbonatos e vapores da agua das camadas raa.is Taboleiro e mun. de Sete Lagoas.
profundas, quer á jazidas de carvão de pedra. Este gaz com o ar PASCHOAL . Jíonte do Estado do Rio Grande do Norte, no
atmospherico jiroduz uma mistura detonante conhecida com o mun. de Caicó.
nome de fogo grizou, que pela explosão frequente nas minas de
carvão, milhares de victimas tem feito annualmente. Não se po- PASCHOAL. íiíonte no Estado da Bahia; primeiro logar do
dei"iaestudar convenientemente esta mina, com o fim de aprovei- Brazil avistado por Pedro Alvares Cabral a 22 de abril de 1500.
tal-a como fonte de luz ou de calor, applicavel como combustível PASCHOAL. Ilha pertencente ao mun. do Remanso do Es-
económico á qualquer'industria ? tado da Bahia, no rio S. Francisco.
PARY. Rio do Estado do Pará, banha o mun. do Porto do PASMADO. Antiga freg. do Estado de Pernambuco. Gart. II
IMoz e desagua no rio Xingú. da Lei Prov. n. 44 de 12 de junho de 1837 siipprimiu-a o art. I ;

PAB.Y. Rio do Eíítado de Sergipe, aff". do rio Real. Recebe o da de n. 83 de 4 de maio de 1840 incorporou seu território á
riacho Mangabeira. freg. de Tijucopapo o art. III da de n. 152 de 30 de março de
;

1846 restaurou-a, sendo pelo art. VI da mesma Lei annexada ao


mun. de Iguarassà; o art. I da de n. 183 de 7 de dezembro de 1846
deu-lhe por matriz a capella de S. Gonçalo da pov. de Ilapissuma;
1 J. C. da Silva — VOyapoc et VAmazone. o art. I da de n. 239 de 30 de maio de 1849 extinguiu-a.
DICC. GEOa. 14
.

— 106 — PAU

t^ASMADO. MoiTO do Districto Federal, na freg. de S. João PASSA DOUS. Rio do Estado de Santa Catharina. E' um
Bairtistada Lag-ôa, no awabalde de Botafogo. Em sua base, na prolongamento do Tubarão. Nasce da parte da Se ra Geral,
rio
jiarte banhada pela enseada de Botafogo lica o estabelecimento denominada serra do Tubarão, e tem o leito Obstruído de volu-
da Companhia de Esgotos. A pedra dahi estrahida é mnito apro- mosas pedras. Uma de suas margens é atravessada por uma
veitada para constrncções. mina carbonífera, que até se deixa ver sobre uma camada mui
ceriada de greda e carvão de pedra. Nesse logar, essa niino, que
PASMADO. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Itapitangui, occupa o meio da bacia do Tubarão, não é de boa qualidade,
que desagua no mar de Arariaya. (Martini Francisco Aragem — assemelha-se ao que se chama carvão schistoso. A sua strati-
Mineralógica 1805.) íicação é quasi liorisontal, entre duas camadas de schisto betu-
PASJVTADO. Rio do Estado do Paraná; nasce ao occidente da minoso. O Dec. n. 5.913 de 1 de maio de 1875 autorisou a incor-
serra de Taqnary e desagua na margem dir. do Guarakessava. poração de uma companhia destinada a lavrar minas de carvão
PASMADOS. Assim denominam também ao rio Claro, aíY. nas margens desse rio.
do Paraualiylia. Pjrece-nos haver confusão quanto a esse rio PASSAGEM. Log. do Estado do Ceará, no termo de Ben-
C-Iaro e o seii liomonymo fu Diamantino, aff. do Araguaya. Com jamin Constant.
elleito aquelle é affluente do rio Paranahyba (Paraná) que vai ter
á Colónia ou Buenos Ayres o Claro ou Diamantino, porém, é alf.
PASSAGEM. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun.
ao S. da capital. No dia 11 de abril de 1838 foi ahi assa.s-
;
e
do Araguaya, também chamado rio Grande quando o recebe;
sinado o iiv. Manoel Ribeiro da Silva Lisboa, então presidente
nasce na serra Escalvada, recebe aguas do Pilões e indubitavel-
da província.
mente o terri tório por onde passa é o dos Araez. Urbano do Couto,
intrépido sertanista, um d s companheiros do 2" Anhanguera na PASSAGEM. Pov. do termo de Patos, no Estado do Para-
bu'!oa dos Martyrios, foi quem deu-lhe o nome de Pasmados. hyba do Norte, com nma. escli. publ. de ensino
seis legoas a E. ;

«Este rio, diz elle, fui eu quem lhe poz o nome de Pasm...dos, e mixto, creada pela Lei Prov. n. 771 de 22 de setembro de 1884.
muitos outros que não estavam nos xVraez. Nasce na divisão das Fica na estrada geral que segue para a villa do Batalhão.
aguas em camjio limpo e por elle corre para o sul, e se mette no
Rio Grande e juntos vão á colónia ou B ieiios Ayres. Tem no seu
PASSAGEM. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
;
Goyana.
nascimento uma pedra bastante alta, de varias côres se feitio ;
i

é de uma galera sem mastros. Ao Norte desta, rumo dir. está PASSAGEM. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. da
(Ultra pedra no centro dos mattos dos Araez, que, me parece, será A^ictoria, com uma. cajjella de N. S. das Dores. Ha ainda outro
ainda vista e povoada de muita gente e será rica, é uma per- log. com o inssmo nome em Atalaia.
feita obra da natureza que se pode ter por uma das maravilhas
do mundo; é a tal pedra redonda tão alta como dizem da torre
PASSAGEM. Pov. do Estado da Bahia, no mun. de Anda-
rahy, á margem direita do Paragunsíú, na estrada que liga a
de Isabel; tem da parte do Sul uma escada bem feita, obra da cidade daquelle nome a Santa Izabel.
natureza, por onde se sóbe, e tem em cima um assento em que
bem poderiam estar 20 soldados formados á vontade da parte ; PASSAGEM. Pov. do Estado da Bahia, na freg. de Matoim ;

do Norte, nem uma pessoa, por mais animada que seja, pode com uma esch. publ. de inslr. prim., creada pela lei prov. n. 1.520
olhar para baixo que não tema, porque não alcança com a vista de 10 de juuho de 1875.
o 1'undo tem para a parte do Norte uma serra grande, que
; ,

PASSAGEM. Lcg. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.


corre de Leste pai'a Oeste, tão alta que parece vai ás nuvens, que de Cabo Frio com uma esch. publ. de inst. jirim., creada pela Lei
;
promette ser íiadoia de muitas riquezas eu lhe puz o nome de
:
Prov. n. 1.505 de 19 de outubro de 18G1.
serra Escalvada.» Evidentemente o rio, a que se refere Urbano, é
o Claro aíll. do Grande ou Araguaya. PASSAGEM. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de,
S. Fidélis, sobre o rio denominado « Dous Rios ».
PASMADOS. Lagôa situada perto da cidade de Goyaz, no Es-
tado deste nome. PASSAGEM. Curato do mun. de Marianna, no Estado de
. PASSA-A-VÁO. Log. do Estado das Alagoas, no mun. da Minas Geraes ; com uma
cajjella da invocação de N. S. da Gloria e
Victoria. uma esch. publ, de instr. primaria.

PASSA-CINCO. Log. do Estado de Matto Grosso, no mun. PASSAGEM. Pov. no mun. de Queluz do Estado de Minas
de Nioac. Geraes com uma esc. publ. de instr. prim., creada pela lei prov.
;

n. 2.317 de 11 de julho de 1876.


PASSA-CINCO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha os
muns. do Rio Claro e Piracicaba e desagua no Corumbatahy, PASSAGEM. Estação do ramal férreo de Cantagallo, no
aíT. do Piracicaba. Recebe o ribeirão Cabeça. Estado do Rio de Janeiro, entre Batatal eitaocara, 218''680 dis-
tante de Nyterõi e 21=736 de Batatal.
PASSA CINCO. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
Pomba. Nasce na serra da Onça e banha a freg. do Divino PASSAGEM. Morro do Estado do Paraná, no mun. de
Espirito do Empoçado. Tem um curso de cérca de 15 kils. e ca- Guaratuba.
clioeiras degrande altura, que prestam-se facilmente a fornecer PASSAGEM. Ilha pertencente ao mun. do Remanso' do
motores para grandes fabricas de tecidos. Recebe os córregos Estado da Bnhi.\, no rio S. Francisco. Tem 12 kils. de compri-
Bandeira, dos índios e diversos outros. mento."
PASSA-CINCO. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes,
PASSAGEM. Ilha na fuz do rio Pardo, cercada pelas aguas
desagua na margem dir. do Manhuassú, entre a tnz do Bugre e dos rics Passagem, Jacaré e Pardo, no Estado tia Bahia.
á do Capueirinha.
PASSA CINCO. E' a cabeceira mais septentrional do rio PASSAGEM. Grupo de pedras existentes ao S. da ponta
da Ribeira, na bahia de Guanabara.
Santa Maria, braço do Brilhante; no Estado de Matto Grosso.
PASSA DEZ. Córrego do Est-.do de Minas Geraes, vem da':
PASSAGEM. Serr. do Estado do R. G. do Norte, no mun.
de Pau dos Ferros.
Cabeças, banha a cidade de Oiiro Preto e desagua no rio
Funil PASSAGEM. Igarapé do Estado do Pará ; separa os eampos
do Ererê das terras de Monte Alegre.
PASSADOR. Bairro no mun. de S. João da Bòa Vista e
listado de S. 1'aulo, com esch. PASSAGEM. Riacho do Estadj do Maranhão, no mun. do
Brejo.
PASSA DOUS. Pov. do Estado do Paraná, no mun. da
Lapa; com nnui eseh. publica. PASSAGEM. Ipoeira que desaaua na margem esq. do rio
PASSA DOUS, Pov. do Estado de Ssnta Catharina. S. Francisco, próximo e pouco abaixo de Pilão Arcado; no
E' o
ponto terminal da K. de P. Thereza Christiua. Estado da Bahia.

PASSA DOUS. Sitio abundante em jazidas de carvão mine- PASSAGEM. Rio do Estado do Espirito Santo, no dist. da
ral no Estado tle Santa Catharina. Está situado á margem Victoria.
;

esq. do ribeirão do mesmo nome, a 840 pés acima do nivel do PASSAGEM. Riacho do, Estado do Rio de Janeiro, liga-se
mar. com o Guarahy. E' navegável.
.

PAS iOl PAá

PASSAGÈM. Córrego do Eslado de Minas Geraes nasce ; PASSAGÉM DO RiO TlJOCAS. Log. do Estado de Santa
na serra do Cemitério, divisas de S. Paulo de Miirialié e des- Catharina, no mun. de Tijucas, com um esch. publ. de inst.
agua no rio Preto, aff. do Mxirialié na fazenda da Passagem.
;
prim., creada pela Lei Prov. n. 816 de 1 de maio de 1876.

PASSÀGSM. Pequeno rio do Es'ado de Minas Geraes, aff. PjíSSSAGEM DOS BUGRES. Ilhota no rio Paraguay. no
da margem dír. do Turvo Grande. logar onde o rio fórma um notável cotovello. cerca de 12 kils.
abaixo do morro do Conselho.
PASSAGEM. Estreito ou canal na lagoa de Araruama do
Estado do Rio de Janeiro, na cidade de Cabo Frio. PASSAGEM DOS FRADES. Log. do Estado de Minas
Geraes, á margem do rio Manhuassú. na freg. de Santo Antonio
PASSAGEM. Porto no rio Paraguassú, nran. do Curralinlio
de José Pedro.
e Estado da Bahia.
F íSSAGEM DO VIGÁRIO. Log. do Estado das Alagòas, á
PASSAGEM DA ÁREA. Pov. do Estado da Bahia, no
margem do rio Cururipe, no mun. deste nome.
ninn. de Jusseape.
PASSAGEM DA BAHIA. Log. nas extfemas do Estado de PAS3AGEM FRANCA. Antiga viUado Estado do Maranhão,
creada pela Lei Prov. n 592 de 2^} de julho de 18õJ. Foi transferida
Minas Geraes, á margem do rio Jequitinlionha. Ahi existio
um para Picos pela Lei Prov. n. 87'.) (le 4 de junho de 1870, que
antigamente quartel.
extinguiu a, passando a pov. a constituir o segundo dist. de paz do
PASSAGEM DA BARRA. Log. do Eslado de Santa Ca- mun. de Picos. Foi reslaururada pela Lei Prov. n. 1.3)5 de 18 de
tharina, no mun. da Laguna. março de 1884. Pertence á com. do Alto Itapicurú. Sua egreja
PASSAGEM DA CRUZ. Log. do Estado do Piauhj', cerca matriz tem a invocação de S. Sebastião e depende da diocese do
de 30 kils. distante da cidade de Therezina. Maranhão. Vide Picos.
PASSAGEM DA LARANJEIRA. Log. do Estado das PASSAGEM GRANDE. Pov. do Estado de Sergipe, no mun.
Alagoas, no mun. de Anadia, á marpem do rio S. Miguel, na de Pacatuba.
estrada real da cidade de Alagoas a Pilar. PASSAGEM GRANDE. Córrego do Eslado de Goyaz, aff. da
PASSAGEM DA MAGDALENA. Log. do Estulo de Per-
margem dir. do rio Ala.uado.

nambuco, no mun. da capital separada da Boa Vista pelo bella


: PASSAGEM LIMPA. Igarapé do Estado do Pará, no mun.
ixmtp do mesmo nome. que está sobre o rio Capiberibe. E' um de Ourem.
excel'ente lopar por seu ar saudável, pelas jiroducções de seu
terreno e xjroximidade do Recife. E' toda illuminada a gaz. Pos-
PASSAGEM VELHA. Log. do Estado de Pernambuco, no
mun. de Barreiros.
sue alguns edilicios de gosto e é ligada á capital por uma linha
de diligencias. A Lei Prov. n. L53áde2Sde abril de 1881, creou PASSAGEM VELHA. Barranco alto á margem esq. do
ahi uma parocliia. (Vide SIagdalena). Tem duas esdis. publs. Paraguay, aos 10* 13' 10" S., iiroxijno á foz do Jacoliina e uns
de instr. primaria. 10 kils. abaixo do riacho do P^acão, no Estado de Matto Grosso.
Tem alguns moradores. Entre as camadas argillosas do seu
PASSAGM DA OITICICA. Log. do Estado do R. G. do terreno eneoutra-se kaolim muito puro.
Norte, no mun. de Mossoró. (Inf. loc).
PASSAGEM DAS MOÇAS. Log. do Esfc tdo de Pernambuco,
PASSAHY. Igarapé do Estado do Pará, aff. do rio Xingú.
no rio Beljeriljá. PASSA QUATRO. Cidade e mun. do Estado de S. Paulo, na
com. e na serra do mesmo nome, donde se descortina um lindo
PASSAGEM DAS MOÇAS. Log. do Estado das Alagoas,
panorama, com solo ubérrimo, excellente-, aguas e terras de
em Porto Real do Collegio e Tri\nnpho.
primeira qualidade, altas e livres de geadas, distante 280 kils.
PASSAGEM DAS PEDRAS. Pov. do Estado do Ceará, na da capital do Eslado, 48 de Casa Uranca. 16 da estação do Córrego
com. de Arycaty, com uma esch. ]nibl. de inst. prim. Foi trans- Fundo. 15 de Porto Ferreira. 30 de Pirassununga e 26 de Belém
ferido do termo da União pelo Dec. n. õ2 de 11 de junho de 1892. do Descalvado. Possue um Ijoa egreja matriz. Casa da Camara,
cadeia e duas eschs. publs. de inst. prim. Ora.eo Santa Rita e
PASSAGEM DA VEREDA. Pov. do Estado de Minas Ge-
diocese de S. Paulo. Foi cre;ida ))arochia pela Lei Prov. n. 36 de
raes, no mun. de Salinas.
10 de abril de 1860, elevada á villa jiela de n. 31 de 10 de março
PASSAGEM DE MACEIÓ. Pov. do Estado das A^agôas, no de 1885 e á cidade por lei municipal de 8 de setemI)ro de 1894.
mun.de S. .José da Lage. Chamou-se primeiramente Santa Rita de Cássia; seu nome actual
PASSAGEM DE SANT^ANNA. Arraial do Estado da Bahia pi'ovém do facto de ssr preciso atravessar-ss quatro vezes um
córrego que passa distante da pov. 2 'i kils. e que faz muitos
no mun, de Jusseapf, á margem dir. do rio de Contas, distante
zig-zags. Tem agenciado correio. Foi incorpora-la á com. de Piras-
72 kils. de Maracás. Tem poucos moradores, entre rs quaes os
canoeiros que fazem a passagem quando o rio está cheio. Ha ahi
sununga pelo Dec. n. 04 de 30 de junho de 1890 e creada com. por
Lei n. 8) de 25 de agosto de 1892. O mun. ao X. e O. é composto
uma Capella da invocação de Santo Antonio. de campos de criar, levemente ondulados c de montanhas cobertas
PASSAGEM DE SANTO ANTONIO. Pov. do Estado do de mattas em parte e de cafesaes, aE. e S. é monlanhoso, cmi tendo
Maranhão, no mun. de Flores. frondosas florestas. E' percorrido pelas serras do Descalvaclo.
P.'\SSAGEM DO CALDEIREIRO. Log. na freg. da Várzea Tres Irmãos, Pombas, S. Vicente e diversas outras, e regado por
diversos rios, entre os quaes o Claro e Bebedo\u'0. A principal
e mun. da capital do Estado de Pernambuco.
lavoura é a de café, cnltivando-se também canna de assucar e
PASSAGEM DO CHAGAS. Log. do Estado de Pernambuco, cereaes. .A criação de gado bovino é regailar. Sobre suas divisas
no mun. de Goyana (Honorato) vide. entre outvas, as Leis Provs. de 12 de abril de 1805. de 10 de
ab.'il de 18 )6 (n. 30), de 19 de julho de 1867, de 10 de abril de 1870
PASSAGEM DO COQUEIRO. Lo?, do Estado do Piauhy,
(n. 05), de 2 de abril de 1871 (n. 19), de lOde abril de 1872 (n.51).
no mun. de Barras, á margem do Longá.
Compreheude os bairros Sanla Maria, Santa Cruz da Bua Vista,
:

PASSAGEM DO JEQUI. Log. do Estado da Bahia, no mun. Santa Cruz do Rio Claro e Bebedouro, todos cnni i'sebs. pul)!s. e
de Jusssape. o dist. de Santa Cruz da Estrella. A pov. foi fundada eni 18ii)por
PASSAGEM DO LUNGA. Log. do Estado das Alagoas, no Francisco Guilherme ^Modesto, capitão Gabi-iel Porphii-io Villela,
m\in. da Victoria. Ignacio Ribeiro do Valle, Carlos Ribeiro da h'oaseca e Francisco
Deocleciano Ribeiro.
PASSAGEM DO MAGALH.Ã.ES. Log. do Estado de Minas
Geraes, sobre o rio Verde, na estraila que de Montes Claros vae á PASSA QUATRO. Villa o mun. do Estado de Minas Ge-
freg. do Bre'o das Almas. raes, na coju. de Pouso Allo á margem esq. do i'io do seu nome.
Orago Santa Rita e diocese de Mariauna. Foi creada dist. do
PASSAGEM DO MELLO. Log. do Estado de Minas Gerae=;. mun. de Baependy pelo § II art. 11 da l.ei Prov. n. 693 de 24 de
sobre o rio Vieira, na cidade de Montes Claros. ma'ode 1854 elevada á categiTÍa. de iiarucliia pela art. I da de
;

PASSAGEM DO RIO. Log. no rio Curú, termo do Pente- n. 1.4J3de 13 de junho de 18I)S incoriuirada ao mun ile Pouso
;
.

coste do Eslado do Ceará. Por He passa a estrada de Itapipoca Alto pela de n. 2.079 de 19 de dezembro de 1871 elevada á
;

para a Fortaleza. 'filia pela de n. 3.057 de 1 de setembro de 18S8. Compreheude o


. . . . .

PAS — 108 — PAS

ção exploradora que, nos annos de 1844 a 1847, buscou


por. Tronqueiras. Tem uma esch. publ. de inst. prim.parao
sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. 2.301 de 11 de .julho descobrir uma via de communicação entre o porto da então villa
de 1876 e uma outra para o sexo femenino. Sobre suas divisas de Antonina e o baixo Paraguay, no Estado de Matto Grosso.
vide Leis Provs. ns. 2.530 e 2.544 de 6 de dezembro de 1876. PÁSSAROS. Bahia do Estado de Matto Grosso, no rio
A ferro-via Minas e Rio tem alii uma estação e uma officina de Cuyabá, perto da ilha do Pirahy, nos campos alagadiços,
reparações e concertos do material rodante. Grande commercio próximo a Poconé. Formada no tempo das aguas pelas
de fumo. Possue, além da egreja matriz, a capella de Santa enchentes desse rio, rec:^b^ ainda as aguas do Sangrador Grande,
Cruz. engrossado pelo Sangrador Pequeno, e riacho das Flexas.
PASSA QUATRO. Com essa denominação a Lei Prov. No verão sécca completamente, no entanto que aquelles corixões
n. 2.205 de de junho de 1876 creou no Estado de Minas Geraes
1 continuam a correr intermittentemente, aqui perdendo-se nos
\ima com., que passou a denominar-se Christina pelo art. I pantanaes, alli surgindo de novo, e com a mesma corrente.
§ XXIV da de n. 2.273 de S de julho do mesmo anno. PASSA SEIS. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. do Rio
PASSA QUATRO. Bairro do mun. do Pique le e Estado de Novo.
S. Paulo, comescholas. PASSA SETE. Rio do E.stado do Paraná, banha o mun. de
PASSA QUATRO. Estação da E. de F. Minas e Rio no ;
Morretes e desagua no Nhundiaquara. Nasce de uma ramificação
Estado de Minas Geraes. Entre Perequê e Passa Quatro ha um da Serra Geral e tem 12 kils. decurso.
tunnel de grande extensão, além de outros menores. Agenciado PASSA SETE. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do
correio e estação telegraphica. SanfAnna, entre Passos e Jacuhy.
PASSA QUATRO. Uma das melhores depressões da serra da PASSA SOTA. Arroio do Estado do R G. do Sul, aff. da
Mantiqueira ao S., no Estado de Minas Geraes. E' transposta margem dir. do arroio Grande, trib. do rio Pardo.
pela E. de F. Minas e Rio.
PASSASSUNGA. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun.
PASSA QUATRO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, afl'. do do Bom Jardim, com eschola.
Pirahy
PASSA TEMPO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
PASSA QUATRO. Rio do Estado de S. Paulo, banha o Oliveira.Drago N. S. da Gloria e diocese de Marianna. Foi creado
raun. do Cruzeiro e desagua no Embahú. parochia pela Res de 14 de julho de 1832. Seus habs., em nu-
PASSA QUATRO. Scão assim denominados dous rios, affs. numero de 2.300, empregam-se na cultura do milho, feijão, canna,
do Canoinhas, que é trib. do rio Negro, este do Iguassu e aquelle mandioca e na criação do gado. Agencia do correio, creada pela
do Pax'aná Portaria de 29 de setembro de 1883. Tem duas eschs publs. de
inst prim., Sobre suas divisas vide, entre oirtros, o Dec. n. 300
PASSA QUATRO- Rio do Estado de Minas Geraes, vem da de 26 de dezembro de 1890. Comprehende os povs. Morro do
serra da Mantiqueira, banha o mun. de seu nome e desagua na Ferro e Sesmaria.
margem esq. do rio Verde, trib. do Sapucahy e este do rio
Grande. Seu valle é formado por planícies que são atravessadas PASSA TEMPO . Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da
pela E. de F. Minas e Rio e que são muito apropriadas para
margem esq . do rio das Mortes Pequeno
pastos. Recebe o Barrinha, o Pinheirinho e o Talvao. PASSA TEMPO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha
PASSA QUATRO. Rio do Estado de Goyaz, rega o mun. de o mun. de S. Paulo do jMuriahè_e desagua no rio Preto, aff'. do
Bom-Fim e desagua no rio dos Bois Muriahé.
PASSA QUATRO. Rio do listado de Goyaz, aff. do rio do PASSA TEMPO. Rio do Estado, de Minas Geraes, afl". da
Peixe. Recebe os ribeirões Arapuca e Campo Alegi'e.
margem esq. do rio Pará.

PASSARE. Lagôa do mun. do Porangaba, no Estado do PASSA TEMPO. Ribeirão do Estado de Matto Grosso des- ;

Ceará.
emboca na margem dir. do rio Vaccaria, logo abaixo do ribeirão
do Serrote e acima do da Divisa.
PASSARINHO. Bairro no mun. de S. Luiz do Parahytinga,
no Estado de S. Paulo. PASSA TRES. Dist. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
de S. João Marcos, banhado pelo rio rio Pirahy e atravessado pela
PASSARINHO. Pequeno
do Estado de Minas Geraes,
rio
E. de FeiTO Pirahyense. Orago N. S. da Conceição e diocese de
aff. da margem esq. do rio Abaeté. Informam-nos do mun. Niterõi. Foi creado parochia pelo art. I da Lei Prov. n. 374 de 7
deste ultimo nome haver um outro córrego do Passarinho, aff. de maio de 1846. Occupa uma superfície de 105,36 kils. quadrados
da margem esq. do S. Franscisco, uma ilha no rio Abaeté e uma Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 582 de 16 de outubro de 1851.
lagôa, ambas do mesmo nome. Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Agencia do correio. Com-
PASSARINHO. Cachoeira do alto Jatapú, entre as cacho- prehende os povs. Cruz e Morro Azul Foi incorporado ao mun.
.

eiras Irui e Batata. do Pirahy pelo Dec. n. 133 A de 18 de outubro de 1890 e ao mun.
S. João Marcos pelo Dec. n. 155 de 8 de dezembro de 1890.
PASSARINHOS. Bairro do mun. de Campinas, no Estado A esse dist. vão ter as estradas de Angra dos Reis com
de S. Paulo. A 8 de dezembro celebram-se ahi as festas de
a extensão de 70 kils., que atravessa os muns. de Angra, Rio
N. S. da Conceição e de S. Sebastião.
Claro, S. João Marcos e Pirahy do Rio Cla''0, com a extensão de
;

PASSARINHOS. Bairro no mun. de .Jundiahy do Estado de 18 kils., que atravessa os muns. do Rio Claro, Pirahy e S. João
S. Paulo; com uma
esch. publ. de inst. prim., creada pela Marcos de Mangaratiba com a exiensão de 13 kils. qne atra-
;

Lei Prov. n. 3 de 5 de fevereiro de 1884 e uma capella com a vessa os mims. de Manijarai iba e S. João Marcos: de S. João
invocação de Santo Antonio. Marcos, com a extensão de 15 kils.; e do Alto da Serra com a ex-
PASSARINHOS. Ilha do Estado de S. Paulo, no rio Tietê, tensão de 28 kils.; estas duas atravessam o mun. de S. João
aljaixo da foz do rio Barra Mansa. Marcos. De Passa Tres ha uma outra estrada que vai ao Arrozal,
na extensão de 14 kils. e serve aos muns. de S. João Marcos e
PASSARINHOS. Ilha do Estado de Minas Geraes, no rio Pirahy.
S. Francisco, perlo do banco do Paredão
PASSA TRES. Bairro do mun. de Bragança, no Estado de
PASSARINHOS. Cachoeira no rio Abaéte, próximo da S Paulo com uma esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei
.
;

barra desse rio no S. Francisco, no Estado de Minas Geraes, Prov. n. 66 de 2 de abril de 1883.
PASSA-ROÇA. Arraial do Estado das Alagoas, na Branca. PASSA TRES. Bairro do mun. de Tatuhy, no Estado de
PÁSSAROS. Ilha do Estado do Maranhão, no meio da S. Paulo; com duas eschs. publs. de inst. primaria.
bahi:< deMantible. E* deforma elliptica, cobprta de mangues mui PÀSSATRES. Bairro do Estado de S.Paulo, nomun.de
verdes e tem uma circumferencia approximada de dous kilometros, Sorocaba.
PÁSSAROS. Ilha do Estado do Rio de Janeiro,' no mun. de PASSA TRES. Estação da E. de F. de SanfAnna, no. Estado
Angra dos Reis. do Rio de Janeiro, a 33 kils. da estação inicial.
PÁSSAROS. Ilha do Estado do Paraná, no rio Tibagy, PASSA TRES. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, banha o
affl. do Paranapanema. Foi assim denominada pela expedi- dist. do seu nome e desagua na margem dir. do rio Pirahy,
.

PAS — 109 — PAS

PASSA TRES. Córrego do Estado de S. Paulo, banha o mun. PASSIRA. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. do
de Tatuliy e desagua no ribeirão da Onça, aff. do rio Sorocaba. Limoeiro.
PASSA TRES. Pequeno rio do Estado de S. Paulo. afl'. do PASSO. Cambòa no Estado de Pernambuco, na margem se-
Tietê. ptemtrional do rio Formoso, na distancia de meia legua da sua
PASSA TRES. Rio do Estado do Paraná, aff. da margem dir.
foz. Tem ella perto de 120 braças He largura, estreitando, porém,
logo dentro rapidamente; e tendo 20 palm<is de fundo no prin-
do rio Negro, trib. do Iguassu.
cipio, diminue com presteza, e segue toda ella com seis a oito
PASSA TRES. Rio do Estado de Minas Geraes; desagua no palmos na direcção entre N. e NE. como em busca do rio
Paranaliyba não longe da foz do Bom Successo. Serinh;iem.
PASSA TRES. Rio do Estado de Goyaz ; corre entre Palma e PASSO. Lagòa no Estado do R. G. do Sul, communica ao
Natividade. S. com a das Pombas e a O. sangi-a na do Lessa.
PASSA TRES. Rio do Estado de Goyaz; corre entre os PASSO ALEGRE. Log. do Estado das Alagoas, no mun. do
muns. da capital e de Jaraguá. Passo do Camaragibe.
PASSA TRES. Rio do Estado de Goyaz, aíT. do rio Maranhão ;
PASSO-CUÈ. Rio do Estado do Paraná, affl. do rio deste
nas divisas de Amaro Leite .
"
nome.
PASSA VACCAS. Rio do Estado da Bahia, no Itapoan. PASSO DA ALDEIA. Arroio do Estado do R. G. do Sul,
no mun. de S. José do Taquary.
PASSA VINTE. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. PASSO DA ARiLA.
de Ayuruoca. Orago Santo Antonio e diocese de Marianna. Foi Log. do Estado do R. G. do Sul, no
creado dist. pelo ai-t. I § IV da Lei Prov. n. 818 de 4 de julho
mun. de Porto Alegre ; com uma esc. publ. de inst. prim.,
de 1857. Tornou-se sede da parochia da Bocaina pela de n. 1.401
creada pelo da Lei Pruv. n. 887 de 5 de maio de 1873.
a/t. 3»

de 9 de dezembro de 1867; essa disposição, poi-ém,- foi revogada PASSO, DA ARÊA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
pelo art. Idade n. 1.704 de 4 de abril de 1871. Foi elevado á mun. de Santa Maria, com uma esch. publica.
categoria de parochia pelo art. I da de n. 2.040 de 1 de dezembro
de 1873. Cultura de café. fumo ecanna. Uma estrada liga-o á
PASSO DA AREA. Arroio do Estado do R. G. do Sul,
aff. do rio Pardo.
Ayuruoca. Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 1.401 de 9 de
dezembro de 1867 art. II da de n. 2.,308 de 11 de julho de 1876.
: PASSO DA
BOLSA. Rio do Estado do Paraná, desagua no
Tem Agencia do correio e duas eschs. publs. deinst. prim. uma Iguassu próximo ao porto das Larangeiras.
das quaes, a do sexo masculino, creado pelo art. Ida Lei Prov.
n. 2.0 )4e 17 de dezembro de 1874 Sobre suas divisas vide ainda
PASSO DA CAPIVARA. Log. do Estado do R. G. do Sul,
na freg. de Belém; com uma esch. publ. de instrucção primaria.
o art. II da Lei Prov. n. 2.308 de 11 de julho de 1876.
PASSO DA CAROLINA. Log. no mun. do Livramento do
PASSA VINTE. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na freg. Estado do R. G. do Sul.
de S. José da Bòa Morte.
PASSO DA CAVALHADA. Log. do Estado do R. G. do
PASSA VINTE. Log. do Esiado do Rio de Janeiro, no Sul, no mun. da Capital.
mun. de Iguassu com uma eschola.
PASSO DA ESPERANÇA.
;

Log. do Estado do R. G. do
PASSA VINTE. Arraial do Estado de Santa Catharina, no Sul Ahi a Lei Prov n 953 de 6 de
. . . março de 1875 creou a Ca-
mun. de S. José.
pella curada de Santa Catharina.
PASSA VINTE. Pequeno rio do Estado do Rio de Janeiro, PASSO DA EXTREMA. Log. do Estado do Piauhy, no
banha o mun. de S. João Marcos e desagua no ribeirão das mun. de S. João do Piauhy.
Lages. (Inf. loc.)

PASSA VINTE. Ribeirão affl. do rio Parahyba do Sul, nasce


PASSO DA FORTALEZA. Log. do Estado de Santa Catha-
rina, na freg. de N. S. da Conceição da Lagôa,
de uma garganta na serra da Mantiqueií-a, denominada Passa-
Quatr.o. PASSO DA ONÇA. Log. do Estado das Alagoas, na Palmeira
dos índios.
PASSA VINTE. Rio do Estado de S. Paulo nasce na serra
PASSO DA PATRIA.
;

da Mantiqueira, no logar denominado Focinho do Cão, banha o Log. do Estado do R. G. do Norte, á


mun. do Cruzeiro e desagua no Kmbahii, no logar Barra. Recebe margem esq. do rio Grande, na cidade do Natal. Existe ahi um
o Perequè, Brejetuba, Batedor, Monteiro, alem de outros. (Inf. hospital de caridade, instituído em 1855 e mantido pelos cofres
loc) estadoaes
PASSA VINTE. Córrego do Estado de Minas Geraes, [affl.
PASSO DA PONTE. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
do rio Preto, entre Ayuruoca e Rio Preto. mim. do Triumpho.
PASSA VINTE. Riacho do Estado de Matto Grosso; atra- PASSO DAS CANÔAS. Log. do Estadd do R. G. do Sul, no
vessa o caminho de Cuyabá a Goyaz em dous pontos distantes mun. de Gravatahy ; com uma esch. publica.
entre si, uma legua e a 18 do rio Grande ou Xaguaia. Desagua no PASSO DA SERRA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
Barr^nros cori^e com grande velocidade, e nas cheias ó de custosa
; mun. de S. João do Monte Negro; com uma esch. publ. creada
passagem. Seu nome pr .vém de qu^ outr'ora o caminho cor- pela Lei Prov. n. 1.899 de 31 de julho de 1889.
tava-o em muitos pontos. De 1867 em deante o caminho para
Goyaz encontra o Passa Vinte já incorporado com o Barreiros, PASSO DAS PEDRAS. Uma das estações da E. de F. do
que atravessa uma e meia legua abaixo da confluência. (B. de Rio Grande a Bagé, no Estado do R. G. do Sul, entre o Capão do
Melgaço.) Leão e Piratiny.

PASSE. Dist. do Estado da Bahia, no mun. da capital, PASSO DAS TROPAS. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
distante 38 kils. da séde do mun. Orago de N. S. da Encarnação e mun. da Soledade.
diocese de S. Salvador. Foi creado parrochia em 1718 pelo PASSO DA TAQUARA. Log. do Estado do R.^G. do Sul,
arcebispo D. Sebastião Monteiro. Tem 5.000 habits. Tem escolas. no mun. de Gravatahy.
PASSE DO SERTÃO. Pov. no mun. de Araranguá do Es- PASSO DA TAQUARA. Arroio do Estado do R. G. do
tado de Santa Catharina; com uma capella de S. João Baptista. Sul, aff. do rio Pardo.
PASSIA. Rio do Estado do Amazonas, affl. da margem dir. PASSO DE S. BORJA. Log. no mun. de S. Borja do Estado
do Punis. Vide Paciá. do 11. G. do Siil; com duas eschs. publs. de inst. primaria.
PASSINHO. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. de PASSO DO BAPTISTA. Log. do Estado do R. G. do Sul.
Macapá e desagua na margem dir. do rio Aporema. Ahi o Lei Prov. a. 442 de 15 de dezembro de 1859 creou a freg.
PASSINHO. Log. no mun. do Triumpho no Estado do R. de S. João Baptista do Quarahim.
G. do Sul ; com uma esch. publ. de ensino mixto, creada pela PASSO DO CAHY. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
Lei Prov. n. 1 .517 de 26 da novembro de 1885. mun. do Triumpho.
i

PAS ^ liÕ -
dicção da nova com. de Porto Calvo. Pela Res. n. 220 de 9 de
PASSU DO CAMAQUAN. Log. no miln. de S. Borja do
julho de 1853, foi ainda desannexado o mun. e termo do Camara-
Esta<lo do R. U. do Sul ; com uma esch. publ. de inst. pri-
ji-ibe da com. de Maceió, e annesado á de Porto Calvo, da qual
maria.
foi desmembrado para forma-r a cora. de Camaragibe, crea.da
PASSO DO CAMARAGIBE. Cidade e mnn. do Estada das p.ela Lei n. 438 de 4 de julho de 1861, passando a pertencer-llia

Alairo.is. S(-(li> ila sfu nome, á margem dir. do rio Cama.-


cem. <lii o território de Porlo de Pedras, cuja villa fòra supprimlda por
i'at;'il>i'. mi ilislmeia 2 Lils. de
ilcsua. loz, soljre ura sólo \)l \>w e
I esta mesma lei. ,sendo depois restaurada ]iela de n. 505 de 20 de
liaíxii, eohgrlo de. c.xIimis.is var/.-as. Cuntam-si' uplla eerca de novembro de 1868. Ignora-se a época em que a pov. ibi Cama-
500 l'i)2-os. m.iis de 501) eusas colvrlas dr lcllia% frendo algumas de ragibe teve o jireilicamen to de freg., sendo, porém, certo ([iie já
,snli"ail(i e ]ie,-ti) lie .'SOO colj:Tlas de jiallias U';i|iiclie,s para o ; o era desde muito.s annos anties da existência, da ívi^'/. de Fo;to de
ei,diai'.|U^' di'Scmliari[U(' de L;'i'ucrns, um Uie:i Iriuh
!• particidar, ) Pedras, crea la pe'a lei n. 17 de 23 de abril de 1835. e isto se
um,'i ponli' sohre o rio, casa tle lui-u-eadu, cemilerio e cadeia, que depreliende não si da discriminavão de limites marcados, nessa
o um
" icio. —
Xa. au.scucia CDUiiileta de estudos e ])es- lei, mas também da antiguidade bem remot.x da pov. que so
iiriiliílc stIuv a miiii-'ralnL'ia. não se pôde affirmar ou
,s
denomina Matriz de Camaragibe, situada a menos de tres lé-
ia il" i)rúducl')S luiiíer.ics nesic, cimio em .aliiams guas acima da actual cida le do Pa=so, e onde existe a aiitiija
oulrMR muus. IIi Estado. Cou?la, iim^ém, ijue oiu o ]u-e=j- matriz, sob a invocação do Senhor Bom Jesus. tein]iIo cuja edi-
ileiílc A,^'ii^l iiili d;i Silva Nev-'S iueuudjira .a'i saJúo juitu alista licação data do anno de 1700, e donde foi transtérida pela
alafí'oaiio Dr. Mauosl J ia((ui)n Fernandes de Barros e ao enge- Res. n, 417 de 9 de julho de ISGl, a séde da freg. jiara a Ca-
nheiro in;lez Carlos de Jíornay d-i esaminareni uma mina de pella lilial de X. S. da Conceição do PasSí, a qual sob este
carvão de pedra (pie se dizia existir nos morros do Caniaragibe, oraa'0 licou servindo de matriz. Pela vizinhança em que está
e que esses prollssiunais. procedendo ao exame ordenado, de^co- d" Porlo Calvo, do qual dista apenas sete léguas, e onde se
Iirir.im uma jazida de li,L;iiiles, o que foi i^osteriornisule coníir- passaram os memoráveis acontecimentos de que as clironicas dos
mado jior um naluralisla IVaueez e |)elo euL;'eulii-'i ro aUemáo i.euqios c doniaes e da guerra liollandeza nos i.lão conlieciraeuto
Carlos de ISol teus iru. liem c 'luo jielo inglez John l.tonerv (|U(-'.
|. começou Camaragibe a ser habitado ]ior colonos porluguezes
laZ"udo alli exci vagões, cujos ves[i;ji(is aiuda hoje exisluii. (|iiasi a i mesm t?mpo que .\lag("ias e Porto Calvo, sendo o seu
1

ailirmuu a exislMicia do carvão de iiedra luiquelle loyar. .\ — primeiro núcleo de pop. estabelecido no log. em que se formou
industria ma.utéiii-si' lui lameulavel at;azõ que sp nota por lodo dito pov. da matriz de Cam.iragibs. A piov. do Passo, onde
o E.stado. liiuilaudo-sc alii ao íal.irico do assucar da. cauna, hoje está a cidade, fii se formando e gradualmente crescem!
ainda jiclos ]iroci'ssos em]iyricos da rotina: liavend iiorém, já i, com o andar d is tempos á margem dir. do rio Camaragibe, no
ali:uniao 1'aliricas que 1'azcm uso de ]iroci-'ssos mais modernos e jionto em que este rio olferecia então mais cominoda e fácil
a p:'rl'c'i(; ados .(!oni rcda.Nio ao commercio, consisli-' elle na 1
assapcm aos viandantes e ás tropas que da séde da capitant\
ex|iorla';ão (hj mesino i isucar, ]iroduct qne mais aliuiida n tp- i dl' Cerua.mbuco se encaminhavam iior terra para Alag(")as, J\Ia-

mcute avulta no mun.. de legumes, madeiras de constru(a:ão ciyil c'ai e outros jiovs. ao sul, e por esta circurastancia licou sendo
( liava.!, de que abundam as extensas matlas que ainda se cnuhecido pela denominação de Passo do Caniaragibe aliin de
cucoiitram no mun. Toda a riqueza do mun. consiste no tra- se ilistin?uir da antiga pov. que se chamava simplesmente do
liallio a;jricola, isto é, na idanl.ação e cultura da canna de f|ue C imar.igibe. Dabi se origina o equivoco cem que o vulgo, e
S!' faz o assucar. Solo ubérrimo e fértil, accidenlado por montes, ,até mesmo algumas leis e acti s olficiaes, confundem a-; duas
Valles, exteusas várzeas, nenhum oii|."o território do Estado se denominações, danilo á com. e ao inuu. ora o titulo de Cama-
avantaja a este em ]iroducção ai;ricola. Quanto á criação de ragibe. ora o de Passo de Caraara'4ibe, quando a primeira destas
,!:'ado bovino e ouiros a niniaas. limila-S' ao que á jndis)iens-ivpl denominações jiertence á circumscripção territorial, e, por con-
jiara uso c ((i.isnmo das iiropricdados ayricola.s K' coidado o seguinte, á com., termo e mun., devendo somente enipregar-se
niiiii. jndo rio 'aniara.vi be, que rpcebi-' pida, marL;'em dir. os
(
a segunda, toda a vez que se tenha de fazer referencia á pov..
riachos lionilo c ttalho do Meio. E' ]>ercorrido pelas seguintes e consequentemente, á villa e a actual cidade. E' com. de 2.''^
s -rras : (Irande, Bananeiras, Duro. do Riacho Branco, da He- enlr., classificada pelos Decs. ns. 3.419 de 25 de abril de 1805
lena, \'oriuolba, IJrubii e Balança. Na cidade existem a matriz e 5.079 de 4 de setembro de 1872.
sob o oraeo de N. S. da Conceição, a caiiidla filial do martyr
S. Sidr'Sl i;io, a de X. S. do l ,ivra.inento, a capellinlia de Sauto
PASSO DO CAPIVARY. Pov. do Estado do R. G. do Sul,
Antonio <' a. do cemitério, sob a invocaaaei de X. S. do Bom no niun. da Conceição do Arroio ; com uma esch. publ. de inst.
Conselho na )iov. de Camaravibe a e,eL'eja- do S. Boni Jesus, primaria.
;

(pie foi a sede e or; i;-o da nialriz e IVei;'. ilesile a existência desla PASSE DO COSME. Pov. do Estado de Pernambuco, no
a.tií o anno de f^^ii-l, ipiambi loi ra nsf a'ida para a capella deI termo do Bom Conselho.
X. S. da Conceição do l'a''-so, a caiiidla ilo Rosario, a. de S. \i-
cente e a. do Amparo no cemitério; na pov. dos Morros do PASSO DO COUTO. Log. do Estado dn R. G. do Sul, m;
-(^ermo do Rio Pardo.
Camara,L:-il)e a (aijndla de S. da Piedade e a de X. S. do B m
Despacho ao X. dessa jhiv. O mais importante pov. depois da PASSO DO DORNELLAS. Log. do Estado do R. G. da
cidade é o da Matiáz de Camara.nibe, á, mai'ii'em esq. do rio, Sul, no mun. da ca])ital.
12 kils. acima do Passo, com ceulo e tantas casas de- leliia e PASSO DO FEIJÓ. P(iv, do Estado do R. G. do Sul, no
ii;aial numero ppi'Oximadamiaile (;ob(a las de jialhas, diversas
:

niiin. de ^'iamã(l cora unia esch. ]iiibl. de inst. prim., creada


:

casas assobradadas e iiin Sobrado. Conta-se ainda o pov. liela Lei Prov. n. 1.198 de 30 de abril de 1879.
da Cachoeira, a kils. d;i sede m
do mun., com cerca de .o')
casas c de 200 e laiitos h;ibs. o pov. dos ?dorros, a :
PASSO DO GARCIA. Log. no Estado do R. G. do Sul. no
18 kils. com (iO casas e cerca de 300 babs.. hi.aar aprazível, mun. do \'ianião.
situado na cosia Salouu' ou l'ruci'i. a hl kils., com uma l'eira.
;
PASSO DO IGUARIAÇÂ. Log. do Estado do R. G. do Sul,
((incorrida, e abuiidanle e liualmeiite o Cocai, aldeamento for-
:
no mun. de S. 1 liiago do Boqueirão.
inado durante a, rebelli Paiudlas le Miranda de 1831 ã.
IS),") |ior Índios de 1; rr ii'o; .laiaihypi'. Tem este ])ov. cerca PASSO DO LAMY. Pov. do Estado do R. 0. do Sul. no
de too IVi-oS com |.erlo b' 20i) babs. A po]i. dn luun. orça por mun. de Porto jVlegre ; com unia esch. jiubl. do inst. prim.,
cerca úf. 13. 0)0 almas. Possiie a cidade ijualro e=chs. ]iulds. e creada pela Lsi Prov. n. 9 .'2 de 1 de maio de 1875.
aí;'iuicia do correio. Or; Ljo X, S. il.a. Coiua icão e diocese d." PASSo'dO LUMIAR. Villa e mm.
do Eslado do Mara-
Olinda. O lerriloiao e impi'eheiidido nos ai^tiiaes limites do ranhão. na comarca da capital, liaada a S. Josi' dos Índios |:(n'
termo e mun. de Canui a.,i^ilie, deiiois de haver primiti\am ute uma estrada cortada jielo rio Grande. Drago X, S, da Luz e dio-
jierlencido (dixmmsiaa p(;ào da au|.i,L'a illa de Porto Ca.lvo, cese do iMaranhão. Foi creada parochia pelo Uiv-ailurão loteia
jiassoii a fazer jiarle d,i num. e lernio d Porto de Pedras, por de 18 de junho de 1757. Klevad.i á cat 'gO'dade villa pela Carla
Alvará IU'gio (le 5 de dezembro de ISi.õ, lo ([uaI loi oleada I
(
Pv('',i.;ia de 11 de junho de 1701. conlirmada )i(da Lei Prov. n. 7
esta .viUa, bem (jomo a de Macci(i. Assim ;oii->-e |:or i
de 2,1 de, abril (le 18"5, Seu mun,, além da paroidiia da villa,
muitos annos ati- 18.")2, em tiue, sendo per I
coinprdiemle mais a de S. .le é de.s Índios. Aijencia do correio,
de 2'S do junho, eroiíla om villa a po\ dn Pa;, do (' . .i
I'>(dis, imiils. lia na villa o cionil aaii de Sanio Anlouio, ir-ulo a
e dando-se a Porto Cal\o a iiraduacao de coni jiassoii pa ra.. a 4 de abril de 1882 c distante da. villa 80 metros. No mun. licani
1

de Maoei(') o território da. viila. eiitao creada indo-se di: ; os povs. Rio de S. João e IguabyOa. Cultura de fumo e dc cercaes.
liitin. de Porto de Pedras, que licou por sua vez sujeito á jiiris- Criação de i;ado.
. . .

PAS — 111 — PAS

Passo do meio. Log-. do Estado do Pavaná, no mun. da não havendo moléstias endémicas. Tem as estradas de rodageni
capital. xVLeiProv. n. 40y de 13 de abril de 1874 auttorisou a que vão em direcção á Soledade, Cruz Alta e Xonoahy O mun. .

concessão de um pi'ivilen'.o por 20 annos a quem construísse é constituído pelasparochias da cidade e Bom Jesus do Carasinho.
nesse logar um matadouro publico. Sobre suas divisas vide, entre ouiras, as Leis Prov. n. 34 J de
28 de janeiro de 1857, n 387 de 26 de novembi"o de 1857. n. 734
PASSO DO MEIO. Passo no arroio Divisa, trib. do rio Santa
de2i deabrilde 1871, n. 1.058 de 23 de maio de 1866, n. 1.251
Maria no Estado do R. G. do Sul. Fita cerca de t;es kils.
;

abaixo do Passo da Divisa, em uma volta do arroio, no ponto de 14 de junho de 1830, n. 1.537 de 9 de dezembro de 1885.
em que este, alargando-se, fórma em seu interior uma pequena PASSO FUNDO. Log. do Esiado do R. G. do Sul, no 2»
ilha. dist. das Pedras Brancas.
PASSO DO MUND
> NOVO. Log. no mun. de Santa Cliris- PASSO FUNDO. Log. no dist. de Capivary, mun. do Rio
tina do Pinhal, no Estado do R. G. do Sul com uma esch.;
Pardo e tCstado doR. G. do Sul.
]iubl. de inst. prim. ceada pela Lei Prov. n. Í.5GU de 16 de
abril de 1S8G.
PASSO FUNDO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o
Ijairrodos Mineiros pertencente ao dist. de S. Antonio da Boa
PASSO DO REGISTRO. Log. nas immediacões da cidade Vista e desagua na margem esq. do rio dos Ca.rrapatos (Int. loo.).
de SanfAnna do Livramento do Estado do 11. G. do Sul.
PASSO FUNDO. Rio do Estado do Paraná, afi'. do Itararé.
PASSO DO SALSO. Log do Estado do R. G. do Sul ; é uma PASSO FUNDO. Rio do Estado do Paraná, aff. do Gua-
das estações da Locomotora Jaguarense.
rahuna
PASSO DO SANTINHO. Log. do Estado do R. G. do Sul, PASSO FUNDO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. do
no mun. de Sant'Anna do Livramento, na fronteira coiu a Re-
rio Guahyba, enlre a foz do Conde e a do Petim,
puldica do Uruguay.
PASSO DOS CARNEIROS. (S. Sebastião do) Bairro no
PASSO FUNDO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, desagua
na margem e.sq. do rio Jacuhy abaixo da foz do Taquary
mun. de Palmas e Estado do Paraná; com uma escli. publ. de
instr. luúmaria. PASSO FUNDO. Rio do Estado do R G. do Sul. banha o
dist.da Vaecaria e desagiia no rio Uruguay. Recebe o arroio
PASSO DOS CARROS. Log. do Estado do R. G. do Sul ;
Forquilha
é um,:' das eílaçoes da Locoiuotora Jaguarense.
PASSO DO SERINGA. Log. no termo da Cachoeira do
PASSO FUNDO. Rio do Estado do R. G. do Sul, rega o
mun. do desagua na margem esq. do rio Uruguay.
seu nome e
Estado do R. G. do Sul Nasce scjuudo Hilário Ribeiro, no MattO' Castelhano, perto do
PASSO DO SERTÃO. Arraial do Estado de Santa Catha- Ijos (ue do Jacuhy. E' também denominado Uru.guay-miinm.
no mun. de Araranguá. com unux esch. mixta creada pela
riiia, Recebe S arroios Tigre e Lolio. Ua nelle mua adjniruvel cas-
(

Lei Prov. n. 123 de 13 de outubro de iSáS. cata, distante da cidadã do Passo Fundo uns 6J kils. mais ou
PASSO DO SEVERINO. menos.
Log. do Estado do R. G. do Sul,
no mun. de Venâncio Ayres ; com uma esch. publica. PASSO GERAL. Passo no rio dos Sinos, mun. de São
Leopoldo e Estado do R. G. do Sul.
PASSO DOS FARIAS. Log. do Estado do R. G. Sul, no
distr. de Maquine, mu mun. da Concei;ão do Arroio. PASSO GRANDE. Log. na freg. de S. João elo Triumpho
do Eitado do Paraná.
PASSO DO SOBRADO. Log. do Estado do R. G. do Sul,
no mun. do Rio Pardo. PASSO GRANDE. Log. do Estado do Rio Grande do Sul,
no mun. de Porto *^legre, á margem do ari'oio do seu nome, com
PASSO DOS SOUZAS. Lo'', do Estado do R. G. do Sul,
uma eseh. jndj. de inst. primaria.
era Santa Barbara, no mun. de Caçapava.
PASSO DO VALENTE. Log. do Estado do R. G. do Sul;
PASSO GRANDE. Log. no mun. de S. Leopoldo do Estado
do Rio Grande do Sul, á margem do rio dos Sinos.
é luna das estações da Locomotora Jaguarense.
PASSO DO VÁO. Vasso do Jacuhy, junto barra
PASSO GRAND3. Arroio do Estagio do Rio Grande do Sul ;
rio á do desagua na lagoa dos Patos, pela margem direi la.
arroio Ferreira; no Estado do R. G. do Sul.
PASSO DO VIGÁRIO. Log. no mun. de Viamão do Es- PASSO IMPERIAL. Pov. do Estado do Coará, no mun. da
Granja, com duas escs. publs. de inst. prim.. crcLidas pelas Leis
tado do [l. .(jc. do Sul com uma esch. publ. mixta de instr.
;
Provs. ns. 1.103 de 14 de agosto de 1863 e 1.715 de 31 de julho de
prim, cread-a pela Lei Prov. n. 1.517 de 26 de novembro de 1835. 1876: e uma capellade N. Senhora da Boa Viag^em. .\. Lei Prov.
PASSO FEIO. Arroio do Estado do R. G. do Sul. aft'. do n. 2.078 de 28 de agosto de 1S34 creou ahi um dist. de jiaz.
arroio Grande, ([ue o é do rio Ibiculiy. PASSO MANSO, Pov. do Estado de Santa Catharina, uo
PASSO FIGUEIRA. Log. no Estado do R. G. do Sul, no mun. de Blumenau.
mun. de Yiamão. PASSO NOVO. Liig. no mun. do Alegrete do Estado do Rio
PASSO FUNDO. Cidade e mun. do Estado do R. G. do Sul. Grande do Sul, á margem do rio Iljirainiit:;n.
t 'rmo (la com. do' feu nome, na coxilha que corre de E. para O.
PASSO RASO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, alU. da
ao N. do Estado, na margem esq. do rio do seu nome ou !jru- margem esq. do rio Jacuhy.
guay-mirim, 133 kils. da Xonoliay. 14'J da Lagòa Vermelha, 92
da Sídedade, 173 da Cru/. Alta e 130 da S. Antonio da l'almeira. PASSO ROÇADO. Pequeno rio do Estado do Paraná, affl. do
Orago N. S. da Conceição da Apjiyrecida e diocese de S. Pedro do rio Tibagy, no mun. da Piuila Grossa.
Rio Grande.- Foi fundada, em 1832, tendo sido seus l'uud,idores PASSOS. Ciilade e mun. do líslado de Mina^ Geraes, termo
o ca])itão Manoel José das Neves e sua mulher 1). itegiuahb da da com. de seu nome, assente em lerr.Mio ouro elevado, a seií5
]

iíoçha. Creada liarochia do termo da Ciaiz Alta pelo ai l. da Lei I kilonielros do rio (.irairlr e a 12 do rio .S. João. Possuo um
Prov. n. de 2f) de novembro de 1847 e elevada á villa j:el art. I hospi lai. fundado pelo /onífuro J;'roiiyiiM 1'ereira de Mello e
I',

da de n. 340 de 28 de janeiro de 1857, sendo inslallada em 7 de Souza, e uni vaslo i'ciiii I.tí (ídiiicudo a e:vpunsas
i do povo e por
a.iioslo do mesmo anno. Foi elevada á cidade pelo Dec, de 10 de iiici Jiii n |o do caliiicbiiilio Frei tiiigenio Fiaiicisco do Coriolano.
t,:

abril lie ÍSdí. Creada com. pelo art. Ida Lei Prov. n. '877 de 2'J Perlo lia povoar.io exi^i uma fmie de agua calcarea, proveitosa
lie abril do 1873 e classilicada de primeira entr. pelo I)ecr. 1
ara diversas nu ilf-l ,Seu leri ipn-io c r<'i;ado, além do outros,
n. 5.735 de 2 de setembro de 1874. Tem eschs. ])iibls. ile iii -,t. pelos ribeirões S. Fra arisco, S. João r l,or;iina. Os habitantes
l)rim.: aueuciado correio. O mun. é regado ]ior muilus tritis. eiiiprega.m--(' nari- a^aoc invernagem do gado e na cultura ile
lio-; seguintes rios: Várzea. Passo Fundo, feixe, Ligeiro, Jaculy, crrrar-i e ca.nna, proiia/il ;ni<, icioso futuro o plantio de cale.
Tai|iiai'v e Jacubysinho e percorrido pelas ferras do Mallo (Ai^-
: Além lia ma lã/. r:;i.i|e na ciila lr a egreja de Santo Antonio.
I

Udliaiio, do Jacuhy e do Taquary. Nas margens do rio Ui'HL'Uay Orag.i Sriilair llmii Jesus e diocese de S. Paulo. Hcsinembrada
e Passo. l"undo plautam-se canua e cale e em todo o mun. milho, da pai' rliia ilv \ Ciilania, foi a povoação de Passos creada freguezia
feijão, mandioca, arroz, trigo Ijatatas, tumo e videiras. A in- pelo arl. g \1 da Lei Prov. n. 184 de 3 de abril de 184U. Ele-
1

daistria pastoril é florescente. O clima é temperado e saudável, vada á villa pelo art. I § I da do n. 386 de 9 de outubro de 1848
'

PAS — 112 — PAT

e á categoria de cidade pela de n. 854 de 14 de maio de 1858_. PASTO. Ilha do Estado do Puo de .Janeiro, na freg. da Ri-
Como tevmo pertenceu á com. do Sapucaliy pelo art. I da Lei beira e mun. de Angra dos Reis.
Prov. n. 40L de 22 de oiilubro de 1848 á de Tres Pontas pela de .
PASTO. Ponta no mun. de Paranaguá e Estado do Pa-
19 de junho de ISõO ainda uma vez á do Sapiicaliy pela de n. 854
:
raná.
de 14 de maio do 18M e á do Jacidiy p(4a de n. 1.740 de 9 de
;

outubro de 1870, K
com. do .segunda entr.,creada e classificada PASTO. Sanga do Estado do R. G. do Sul, desagua na margem
pelas Leis Provs. ns. 2 2 )3 de 1 de julho de 1870 e 2.378 de 25 de esq. do rio Capivary.
setembro de 1877, e Dec. n. (3 4.1)4 de 18 de janeiro deste ultimo PASTO. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem esq.
anno, e Acto de 22 de fevereiro de 1892. O mun. em 1892 era do rdjeirão Jacobina, trib. do rio Corumbá. (Inf. loc).
constituído pelas parochias da cidade, de S. Sebastião da Venta-
nia, perdendo em 1882 a de S. João Baptista da Gloria, que foi
PASTO BOM. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do
incorporada ao mun. do Piumhy. Uma estrada, atravessada pelo rio Cabo Verde, nas divisas da freg. do Campestre.
rio SanfAnna, liga-a á Dores do Aterrado; uma outra liga-a ao PASTO DAS EGDAS. Córrego do Estado de Minas Geraes,
SacramenliO. Sobre suas divisas vide: arts. VI e XVIII da Lei nas divisas do dist. das Aguas Virtuosas., Vai para o rio Aver-
Prov. n. 8-18 de 4 de julho de 1857 ; n. Í..320 de 5 de novembro de melho .

1806 n. 1.392 de 14 de novembro de 1.866 n. 1.540 de 20 de julho


;

de 1808 n. 1.728 de
: de novembro de 1874 art. V da de n. 2.084
;

;
PASTO DE CIMA. Log. do Estado das Alagoas, no mun.
de Cururipe. ,
de 24 de dezembro de 1874 art. II da de n. 2.142 de 28 de outubro
:

de 1875 art. I da de
: n. 2.151 de 30 de outidwo de 1875 n. 2.265 : PASTO DO PADILHA. Pov. do Estado de Minas Geraes,
de 1 de julho de 1876. Tem tres eschs. publs. de inst. pi'im., no mun. do Sei-ro ; com uma esch. publ. de inst. prim., creada
uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 2. 163 de 19 de novembro pelo art. I § III da Lei Prov. n. 2.680 de 30 de novembro de
de 1875. Agencia do correio. No mun. inicia-se com vantagem o 1880.
fabrico de objectos de louça.
PASTO GRANOE. Log. do Estado do Amazonas, á margem
PASSOS. Log. do Estado das Alagoas, no Mundahú-mirim. esq. do Madeira, jaran. de líumaytá.
PASSOS. Bairro do mun. de S. Simão do Estado de S. Paulo. PASTO GRANDE. Log. do Estado de Pernambuco, no
PASSOS. Dist. do mun. de S. Sebastião do Paraíso, Estado
tei>mo de Agua Preta.
de Minas Geraes. Oi-ago S. João Baptista. Foi cre ido pelo Deo. PASTO NOVO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
n. 1.52 de 22 de julho de 1890. Foi elevado á parochia pelo Iguarassú.
art. III da Lei Prov. n. 2.905 de 23 de setembro de 1882. Per-
tenceu ao mun. de Jacuhy. Tem duas eschs. publicas.
PASTORADO. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. da villa
de Campos.
PASSOS. Morro na cidade de Rezende, Estado do Rio de Ja- PASTORADO. Rio do Estado de Sergipe, aff. da margem esq.
neiro. do Real.
PASSOS. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, banha o PASTOREIO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, nasce nos
mun. de Santa Maria Magdalena e desagua na margem dir. do
•terrenos paludososque bordam a lagôa da Mangueira e desagua
rio Grande. nesta lagòa na de 33° 13' 10" e long. occ. de 10° 13' do
lat. S.
PASSOS. Pvibeirão do Estado do Paraná, aíl'. do rio Negro. meridiano do Rio de Janeii'0.
PASSOS DE MAROIM (Senhor dos). Parochia do Estado PASTORINHAS. Log. do Estado do R. G. do Sul, no termo
d^ Sergipe. Vide Maroim. de Santo Antonio da Patrulha, á margem do rio Rolante.
PASSOS DO RIO PRETO
(Senhor dos). Parochia do Estado PASTOS BONS. Villa e mun. do Estado do Maranhão, na
de Minas Geraes. Vide Bio Preto. com. de seu nome. Orago S. Bento e diocese do IMaranhão. Ei"a
villa antes de 1855, anno em que a Lei Prov. n. 386 de 30 de
PASSO SELBACK. Log. do Estado do R. G. do Sul, no junho sui3primiu-a, transferindo sua sede para a pov. do Mirador.
mun. de S. Sebastião, á margem dir. do rio Cahy. Lei Prov. A Restaurada pela de n. 575 de 11 de julho de 1860, foi mais tarde,
n. 1.545 do 17 de dezembr>j de 1885 creou ahi uma esch. publ.
em 1870, extincta pela de n. 898 de 11 de junho, e re.staurada em
mixta de ensino primário. 1880 pela de n. 1.206 de 9 de março de 1880. Installada em 18 de
PASSO SOCADO. Log. do Estado do Piauhy, no mun. de novembro deste ultimo anno. E' com. de segunda entr., creada
Picos. pela Lei Prov. n. 7 de 29 de abril de 1835 e classificada pelos
Decs. ns. 687 de 26 de julho de 1850, 4.993 de 3 de julho de 1872
PASSO VELHO. Log. do Estado das Alagoas, no Passo do
e 174 de 22 de janeiro de 1890. O clima é saudável e o solo próprio
Camar.igibe.
á criação de gado. Sobre suas divisas vide art. II da Lei Prov.
:

PASSO VELHO. Log. do listado do R. G. do Sul, no arroio n. 1.2Ó6 de 9 de março de 1880, art. III da de n. 4.255 de 9 de juaio
Cadèaemun. de S. Le ipoldo. de 1882. Tem agencia do correio e duas eschs. publs. de inst.
PASSO VELHO. Log. do Estado do R. G. do Sul, no arroio prim. Foi a sede da com. transferida para a villa de New York
Castelhano, na estrada que do dist. de S. Sebastião se dirige á pelo Dec. n. .56 de 31 de dezembro de 1890.
colónia Santa límilia. PASTOS BONS. Pequeno rio do Estado do Maranhão, banha
PASTINHO. Log. do Estado de Pernambuco, n) mun. de
o mun. de Santo Ignacio do Pinheiro.
Agua Preta. PATACA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
PASTINHO. Arraial do Estado da Bahia, no mun. de Naza- Campos, sobre o córrego Philippe Cori^èa.
ré th ; com umapulil. de inst.
esch.
prim., creada pela Lei PATACHO. Log. do Estado das Alagoas, em Porto de Pedras'
Prov. n. 2.483 de 25 do maio de 1875.
PATACHO. Ponta na costa do Estado das Alagoas, aos 9° 12'
PASTINHO. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. de 48" de lat. S. e 7" 47' 1" de long. lí. do Rio de Janeiro (Vital de
Bello Horizonte, terjuo de Sabará. Oliveira). Fica a tres milhas do pontal do Pessoa com o qual lorma
PASTINHO. Rio do listado de Santa Catharina ; banha o a enseada das Quintas.
mun. de S. Joaquim da Costa da Serra e desagua no rio Pelo- PATACHOOA-. Rio do Estado do R. G. do Norte, trib. do Assú.
tas (Inf. loc). Recebe o riacho Canivete. Banha o mun. de Sant'Anna do Mattos.
PASTINHO. Córrego do Estado de Goyaz, afl'. da margem E' também denominado Santa Maria.
esq. do Matto do liei. tril). do lúbeirao Veríssimo. (InF. loc.)' PATACHOS. índios antropophagos que habitavam a villa do
O mesmo inrormanlo l'az-nos menção de tres outros córregos do Prado, no Estado da Bahia (Luiz Thomaz Navarro. Itinerário.
Pastinho um ali', da margem esq. do rio Corumbá; outro ali.
:
1808).
da margejii ilir. do ribeirão .\l.agado, trib. do Corumbá; e outro
afl'. da mai-gei)i dir. do rilieirão Jacobina.
PATAPUPIO. Antiga capella da freg. do Pitanguy, no Estado
de Minas Geraes. Foi creada parochia pelo art. IV" § I da Lei
PASTINHO. Ilha do Estado da Bahia, no mun. da Barra do Prov. n. 312 de 8 de abril de 1846. Elevada á categoria de villa
Rio de Contas. pela Lei Prov. n. 386 de 9 de outubro de 1848 supprimida pelo;

3 5.H5
. , .

PAT - 113 — PAT

arfc. XIII da de n. 472 de 31 de maio de 1830, restaurada com a rio Espirito Santo e a Paracatú por uma outra cortada pelo Es-
denominação de Pará, pela de n. 882 de 8 de junho de 1858. curo Grande. Orago Santo Antonio e diocese de Goyaz. Foi
Vide Pará. creada parochia pelo art. XVI da Lei Prov. n. 472 de 31 de
Maio de 18.50 elevada á categoria de villa pela de n. 1.291 de 30
PATAMOTÉ. Arraial do Estado da Bahia, np mim. de :

de outubro de 1866: installada em 29 de Fevereiro de 1868. Ele-


(Capim Grosso), com uma escli.publ. de inst. ])rim., creada pela
1.-I08 de 4 de maio de 1874.
vada á cidade pela Lei n. 23 de 24 de Maio de 1892. Creada co-
Cufacá Lei Prov. n.
mai'ca pela Lei Prov, n. 2.460 de 19 de Outubro de 1878, que
PATAMOTÉ. Serina e riacho do Estado do Parahyba do Norte constituiu-a com os termos de Patos e do Carmo do Parana-
no mun. de Cajazeiras. O riacho vae para o rio do Peixe. Também hyba. Classificada de primeira entr. por Acto de 22 de Fevereiro
escrevem Patamuté. de 1892. Está situada em terreno montanhoso, 44 kils. ao NNE.
da villa do Patrocínio, O mun., álém da parochia da cidade,
PATANHEM. Lagoa do Estado do Ceará, no dist. de Aquiraz
comprehende mais a de SanfAnna do Paranahyba, do Areado,
(Pompeu).
de Santa Rita de Patos, e da Lagoa Formosa. Sobre suas divisas
PATATIBA. Dist. do termo de Santo Amaro, no Estado da vide Lei Prov. n. 2.167 de 20 de novembro de 187.5; art. V
Bahia. § II da de n. 2,848 de 25 de Outubro de 1881; n. 2.906 de 23
PATATIBA. Pão do Estado do Rio de Janeiro, nasça da de Setemljro de 1882. Tem tres escholas publicas de instrucçao
serra do Paraty, rega o mun.- e desagua na enseada, ambos primaria, na parochia da cidade e diversas em povoados taes
deste ultimo nome. Também é denominado Matheus Nunes, nome como Leal, Alagoas e Aragão e em todas na parochias do seu
de um dos seus aíFs., e Possosinguaba. Recebe o Corisco e o municipio. O art. VI da Lei Prov. n. 2.478 de 9 de novembro
Curralinho. Escrevem também Patitiba. de 1878 M-eou nessa villa cadeiras de francez e mathematicas.
Em 1881, a Lei Prov. n. 2.812 de 6 de Oiitubi-o de 1881 auto-
PATAUA. Igarapé do Estado do Amazonas, no dist. de risou a concefsão de iim piúvilegio por 50 annos para uso e
Manaoapurú, goso de uma estrada de fei-ro de bitola de um metro, que partindo do
PATAUA-TEUA. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. ponto terminal daestrada deferrodePitangny,ousuas immediações
de ÍNluaná e desagua no rio deste nome. vá tei- ao municipio de Santo Antonio de Patos, no logar em que
começa a ser navegável o rio Paranahyba. Em 1883, a de n. 3.108
PATAUÁ-TELTA. Igarapé do Estado do Pará; desagua no de 6 de Outubro concedeu privilegio por 50 annos pai-a a construc-
rio Capim pela margem dir., entre os igarapés Páu Pintado e ção uso e goso de uma estrada de ferro, de bitola estreita, que
Carauatá-teua. Outros o mencionam desaguando no igarapé partindo de Patos e ])assando por Paracatú termine no ponto mais
Pirajauara, aff. do rio Capim. conveniente entre esse Estado e o de Goyaz. Comprehende os
PATAUÂ-TEUA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. da povs. Torres e Curralleiro.
capital. E' um braço do rio Inhangapy. PATOS. Villa e mun. do Estado do Parahyba do Norte, na
PATaUATUBA. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. com. do seu nome, á margem esq. do rio Pinharas, 70 léguas a
de Muauá e desagua no rio Cajuuba. O. da capital, 6 ao N. de Teixeira e 9 ao S. de Santa Luzia do
Sabugy. Orago N. S. da Guia e diocese do Parahyba Foi creada
PATEIRO. Serra do Estado da Bahia, no mun. de Campo villa pela Resolução do conselho da prov. tomada em .sessão
Formoso. extraordinária de 9 de maio de 1833 e installada em 22 de agosto
PATENTE. Log, do Estado das Alagòas, no Jacuhype. (lo mesmo anuo. Foi termo da com. de Pombal. A Lei Prov.
n. 139 de 29 de outubro de 1864 inco>.-porou-a á com. do Teixeira.
PATENTE. Riacho do Estado das Alagòas, ali', do rio Ja-
O art. II da de n. 597 de 26 de noven-\bro de 1875, deu á com.
paratulja que vai desaguar no Oceano com o nome de Salgado.
do Teixeira a denominação de Patos. A Lei Prov. n.665 de 18
Banlia o mun. de Porto Calvo. (Inf. loc).
de fevereiro de 1879 revogou a Lei n. 597 ficando, pois a com.
PATEO DO CARMO. Log. do Estado do Pernambuco, no de Patos com a denominação de Teixeira, e composta dos termos
termo de Olinda. de Teixeira, Patos, Santa Lxizia do Sabugy. Foi restaurada com.
PATERE (garrafa). Igarapé do Estado do Amazonas, aíF. da pelo Dec. n. 5 de 22 de janeiro de 1890. Tem Agencia do correio
margem esq. do rio Tacutú. Sua fóz fica entre a dos igarapés e duas escholas publicas. O Dr. Maximiano Lojms Machado (cit)
Aramucá e Caxhoeirinha. Recebe o Javarié. diz; «.\ freg. da Guia foi creada por Provisão de 1788. Quando a
Parahyba e Rio Grande forijuvam uma só com., foi annexada á
PATIA. Ribeiro do Estado do Amazonas att'. da margem :
villa do Príncipe ou Caicó, donde disti 18 léguas, mas somente
dir. do Solimues, no dist. de Maturá, entre os ribeiros Yauivira na parte relativa ao judicial. Não obstante, logo que foi creada
e Maturacupá. a ouvidoria do Rio Grande, ainda lhe fícou pertencendo, apezar
PATIM. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de Santa de encravada na ouvidoria da Parahyla. Depois foi restituída a
Luzia do Norte. esta prov. Dista da capital 80 léguas, 6 do Teixeira e 10 de
Santa Luzia.»
PATIM. Ilha do Estado da Bahia, na bahia de Todos os
Santos, entre o continente e a ilha de Bimbarra. PATOS. Dist. da com. do .A.lto Itapocurú, no Estado do Ma-
ranhão, creado pela Lei Prov. n. 1.266 de 23 de Maio de 1882.
PATIOBA. Morro do Estado do E. Santo, na freg. de Caria- Ora ao S. João. Foi elevado á villa por Dec. n. 130 de 19 de
cica. de Março de 1892.
PATINHOS. Ribeirão do Estado do Paraná. Na memoria PATOS. Log. do Estado do Ceará, no termo da Palma.
justificativa do projectoda E. de F. de Antonina ao Assunguy,
apresentada peh.) engenheiro encarregado dos estudos por parte PATOS. Log. do Estado de Pernambuco, na freg. de Santo
dos concessionários, lè-se « A linha atravessa o rio Capivary
:
Amaro de Taquaratinga.
e depois de acompanhal-o em muita pequena extensão corta as PATOS. Log. do Estado de Pernamlnico, no mun. do Bom
excessivamente accidentadas divisas d'aguas entre este rio e o Jardim,
ribeirão Patinhos e Paraiso. »
PATOS. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de S. José da
PATIPE. Ilha do Estado da Bahia, ao N. da barra de Can- Lage.
navieiras . E' separada do continente por um canal
PATOS. Log. na freg. de S. Joãu do Triurapho do Estado do
PATIPE. Canal onde desagua o rio Cipó, braço do rio Par- Paraná
do no Estado da Bahia. Em suas margens abundam madeiras
;

de construcção.
PATOS. Ilha do Esta lo do Pará, na foz do rio Anapú, no
mun. de Igarapé-miry.
PATIPE. Rio do Estado da Bahia. ali', do Jequiriçá.
PATOS- (Ilha dos). Nome dado pelos primeiros descobridoras á
PATITIBA Vide Patatiba
. ilha de Sanla Catharina, no Estado deste nome.
PATO. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de Guara- PATOS. Ilha do Estado de Matto Grosso, no rio S. Lourenço,
kessava e desagua no rio Varadouro. uns 30 kilms. abaixo da ilha dos Cervos.
PATOS. Cidade e mun. do Estado de iMinas Geraes, na com. PATOS. Pequena serra do Estado do Ceará, no mun, do .Vca-
de seu nome, ligada a Patrocínio por uma estrada cortada pelo vahu. E' coberta de maltas.
DKC. GEOO. 15
. e)

PAT — m PAT

PATOS. Monte do Estado do R. G. uo Norte, no mun. do PA.TOS. Lago do Estado do Pará, no rio Mapuá, na ilha
Caicó. Marajó.
PATOS. Serva do Kstado de Matto Grosso, próxima do rio PATOS. Lag">a do Estado do Maranhão, no mun. de S. João
Aragiiaya, U dist. da Chapada.
) dos Patos.
PATOS. Rio do listado do Amazonas des:'g'ua- na margem ;
PATOS. Lagôa no mun. do Brejo do Estailo do Maranhão
esq. do Unibii a seis milhas aljaixo d.' loz do Urubú-tinga. {Inf. loc.)
« Assiin deuominei-o, diz o Sr. B. Rodrigues, pelo numero dessas
PATOS. Lag")a do Estado do Ceará, no mun. de Santa
aves que idii encontrei.» Quitéria.
PA.TOS Igarajié do Estado do Amazonas, no rio Purúse Ireg.
PATOS. Lagoa do Estado do Ceara, em Mecejana.
deS. Joãodo Ariman.
PATOS. Igarapé do Estado do Pará, aíT. da margem dir. do
PATOS. Lagja do Estado de Pernambuco, no mun. de Bom
Conselho. (Inf. loc)
rio Tocantins.

PATOS. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. de San- PATOS. Lagôa no mun. do Remanso do Estado da Bahia.
tarém e desagua no rio Ituqni. PATOS. Lag')a no mun. do Campestre e Estado da Bahia.
PATOS. Riacho do Estado do Piauhy ;
ma margem
d.e^agua PATOS. Pequena lagòa no mun. de Capivary do Estado do
dir. do Canindé, entre a foz dos riachos do Engano e da Ran- Rio de J,'neiro.
charia.
PATOS. L'-g')ado Estado de S. Paulo, no arrabalde do Im-
PATOS. Riacho do Estado do Ceará, alf. do rioUhatuba. birussú, mun. de S. João da Bia' Vista, á margem do rio Ja-
PATOS. Rio do Estado do Ceará, desagua no littoral na en- gnary. (Inf. loc.)

seada da Moita, entre o ))orto <!o Mundaliu e a ponta do Tapagé. PATOS. Lagòa do Estado de S. Paulo, no mun. de Mogy-
Sua barra, circulada de bancos de areia, dá entrada a pequenas guassii.
cniljarco.eões o rio, entretanto, é alginna cousa fundo. N;'.s
;

marés vivas, sobre o banco da barra, encontram se 14 e lò •


PATOS. Lag')a no Estado do R. G. do Sul. entre a costa do
]ialmos de agua no preamar e pelo rio sobem canoas até o en- Oceano, da qual é sejiararla pela estreita zona de terreno baixo e
genho dos Patíis.
arenoso que se prolonga ])ela costa SE. do Estado e pelas serras
do Herval e Tapes, (jue sí estendem no sentido da costa Occi-
PATOS. Riacho do listado de Pernambuco ;
desagua na mar- dental dessa magestosa lagja. Seu comprimento medido da ponta
gem septentrional do rio Cap;bsribe. de- Itapoan ao Estreito é tle 3 i3''.r)0'J'". sobre 60 de largura. Seu

PATOS. Piiodo Estado da Bahia, no mun. de Cayrú ; sahe no extremo N. está- na Lat. S. de 3l)"22'24" e Long. de 7"õ8'17" a O.
logar denominado Aripimbú. do Rio de Janeiro. Corre no r mio g^raf de SO. a NE. Suis
aguas acliam-se no mesmo nivel das do Oceano. Os tribs. da
PATOS. Rio do Estado do ISspiri to Santo, aíT. do Itapemirim. lagòa dos Patos jiela margem de O. são; arroio do Pass
PATOS. São assim denominados dous ribeirões do Estado de Grande, Capivara, Jy.caré, Velhaco, rio Ganiaquan, arroio Fi-
S. Paulo, aiís. da margem esq. do rio Tietê. Um desagua pró- gueira-, Caraga, S, Lourenço. Contagem, Grande, Correntes-
ximo do no dos Li-nçóes, enire o córrego dos Bagres e o rio das Cangusiii. Pela costa oriental recebe Ci arroios Capivary, Barra
Pederneiras outro perto do Salto de AvanhandavT, entre os
:
Falsa e Mostardas. Na costa de léste tem as seguintes" pontas:
córregos do Campo e do Zeferino. Ambos teem de 8 a 10'° de Aimstacio, Bujarú Christovão Pereira, Lenr.oes, Estreitn. Ao
largo. N. a lagòa dos Patos commnnica c im a do Viamão, e ao SO.
com a Mirim pelo canal chamado rio S. Gonçalo. Alguns
PATOS. Rio do Estado de S. Paulo, no mun. de Santos. anti^;os chamavam a essa lagja Tibiquara ou dos cemitérios.
Desagua no braço de mar da Bertioga. Tem mais de cinco ki!s.
de curso. PATOS. Corredeira no rio Mogy-guassú, no Estado de
PATOS. S. Paulo. Tem 450 metros de extensão.
Ribeirão do Estado de S. Paulo, aíT, da margem
dir. do rio Mogy-guassà. PATOS. Largo ou bacia na lagòa de Araruama do EUado do
Rio de Janeiro. Ahi lica a ilha da Paimyra, antigamente do
PATOS. Ribeirão do do Estado do Paraná, alTl. do rio Im- Cypriano.
bit iva.

PATOS. Ptiacho do Estado de Minas Geraes; desag la no rio


PATRÃO-MÓR. Lagòa do Estado do E. Santo, á margem do
rio Doce.
S. Francisco, no espaço que medeia entre a foz do no Pardo e
a do riacho dos Pandeiros. PATRIARCHA . Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, rega
a freg. de S. Joaquim da Barra Mansa e desagua no rio Preto.
PATOS. Ribeirão do Estado de Minas Gei-aes. aííl. do rio Nasce na serra do Amparo.
S. Francisco, entre Piumhy e Formiga. A Lei Prov. n. 3.174 de
22 de outubro de 1883 concedeu a subvenção de tres contos de PATRÍCIO. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. do
réis annuaes por prazo de quatro annos para o empreliendimento Muriahé.
da navegação do ribeirão dos Fatos, do ponto em que começa a PATRÍCIO. Ilha do Estado do Pará, na com. de Cainetá, na
ser navpgave! até á sua barra no rio de S. Francisco e a d.ste f(jz do rio Tocantins.
entr; o poito das Andorinhas no muuicipio de .«Mjaeté e do .Ma-
riquita no de Piumhy, por meio de barcas ou jjranchas. O c an- PATRÍCIO. RÍL„cho do listado do Parahyba do Norte, no
tracto foi celebfado a'21 de outubro de 1884. Recebe o oorrígo do mun, d'Arèa ;
desagua no riacho- das Bananeiras, alf. do rio
Cão. Araçagy.
PATOS. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o terri- PATRÍCIO. Pequeno rio do Estado do Paraná, banha o
tório da IVeg. de S. Miguel do Jequitinhonha e des;igua no Campo Comprido e de-agua na margem dir. do rio Bariguy.
ribíirão S. Francisco, alll. do rio Jequitinhonha {Inf. "^joc.) O PATRÍCIO. Parochia do mun.
(S.). ,de Ilaquy. noEstaih. do
mesmo informante fiz-nos menção de um outro correg dos i R. G. do Sul. Foi creada pela Lei Prov. n. Iõde23 de dezembro
Patos, que banha a freg. de S. Pedi-o e desagua' na margem de 1S37. Vide Itaquy.
esq. do Jequitinhonha.
PATRÍCIO. (S.). Rio do Estadode Goyaz n'sce na serra do :

PATOS. Rio do Estado de Goyaz, aUl. da margem esq. do seu nome e desagua na margem cq. do rio das Almas. 3'J kils.
rio das Almas. acima do arraial de Lavrinhas. Receba os ribeirões do C-'rr,'lao e
PATOS. Riljoirão do Estado de Goyaz, affl. do rio Maranhão. do Cotovello e o,s córregos Bravo, da Fazendinha, da Rnciidui do
Recebe o Taquaral. Adão. E' formado pieloS. Patrício Grande e Pei|ue!io
PATOS. Rio do Estado de Matto Grosso; é um galho esq. PATRICIOS. Ribeirão do Estado de i\[inas (ieraos, baidia a
do Arinos, 70 kils. abaixo do riacho da Prata. Também é cha- pov. do Laranjal e desagua (ou f(jrma) uo rio desle nume.
mado dos Bacahirys e S. José, tendo sido este ultimo dado por PATRIMÓNIO. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. de
Antonio Thomé da França. Recebe o Encontro. S. Christovão.

PAT — 115 — PAT-

PATRIMONIO. Arraial do Estado da Bahia, no termo do dedicani-se mais a elia, sendo lambem esta uma das causas do
Irará. OragoN.
S. da Conceição Temiimaescli. publ, de inst. —
pouco desenvolvimento da industria agrícola. Industria. Ciiida-
prijn.. creada pela LeiProv, n. 2.329 de 14 de julho de 1882. se no mun. das industrias pastoril e fabril e, em pequenaescida, da
extractiva, pelo que vamos dividir a respo.çta a esta pergunta
PATRIMÓNIO. Pov. do Estado do Rio de Jaiíeiío, no nmn.
era 3 partes: 1.'' Industria p istorií. Cria-se neste mun. em
de Tiíangaratilia.
grande escal i o galo vacoum e suino e, em menor escala, o
PATRIMOISTIO. Log. di Estado do Rio de Janeiro, na freg. cavallar, muar e lanígero . E' para lameutar-s.í que, no mu;ío
de Cordeiros. de tantos fazendeiros importantes que se occupam com esta in-
PATRIMÓNIO. Log. do Estado de Minas Geraos, na Ireg. dustria, poucos sejam os caprichosos que procuram melliorar a
de ('amargos do nmn. de Mariauna. qualidade do gado. A respeito do cavallar e nniar não ha o
PATRIMÓNIO. Serra do Estado do R. G. do Norte, nas
menor capricho, S3ndo os animaes ]iequenos e de péssimo corpo,
o que é para lastimar pois que, com os campos ile que di =põe o
divisas do nmn. de ..Vcary.
;

mun.. jioderiam os faz-=ndeiros tirar um gi-ande resultado desta


PATRIMÓNIO. Morro do Estado de Minas Geraes, na IVeg. industria. A respeito do siiino tem-se criado em grande e-cala,
de S. Sebastiãd ilo .Vreado. na estrada para ^iltenas. tendo-se chegMdo a trans])ortar até pira Barbacena e outros
PATRIMÓNIO. Rio do Eslado do Rio de Janeiro, nasce no pontos. 2.^ Iiid'istrii fabril. Emprr'gam-se no fatjrico do assucar,
niun. de S. João Marcos o desagua no mim. de Mongaratiba no r.i]iaduras e ;iguardent \ para o que servem-se de eng^enhos ainda
Bat;!tal. Tem iim curso de 21 líilms. e na sua confluência perto do systema antig i, tendo por niotjro g^ado, havendo somente
de 101) palmos do largura. E' tamljem denominado Ingibyba. dons movidos por agua. Fabrica-se também muito azeite, p3ra o
que empregam o íructo de uma palmeir.i denominada macahuba,
PATRIMÓNIO. Rio do Estado de Minas Geraes, a-Ql. do rio da qual são abundantes as maltas do mun. Ha fabricas de fumo,
das Mortes. entre as quaes a do tenen te coronel Fonseca e cujo producto é
PATRIMÓNIO. Córrego do Eslado de Minas Geraes, affl. da muito apreciado, obtendo tora do mun. óptimo pre:o em razão de
margem dir. do rio das Velhas. sua boa qualidade. Ha uma fab"ica de ferro, cerca de 6 kiloms.
PATRIMÓNIO DO BAB;uRÚ. Pov. do Estado de S. Paulo distam e do Coromandel, a quMl trabalha produzindo já ferro
no mun. da Fm^taleza. Foi elevada á dist. pela Lei n. 209 de 3J egual ao de Suez, porém que seria melhor aproveitado se o
de agosto de 18 )3, f|ue marcou-llie os seguintes limites Terá :
systema empregado no fibrico fosse mais aperfeiçjoado. Ha ainda
]>riiicipio na barra do rio Batalha com o rio Tielé jielo nresmo
cinco engenhos de serra que fornecem aos diíFerentes dists. do mun.
;

rio acima seguirá até á barra da lagòa Parada ];or esta acima
as madeiras necessárias a suas constrticções. I'jmpregam-se tam-
;

até a barra da Agua da Boa Vista, sahindo por esta até á casa de bém Oi habits. ent tecidos de lã, algodão o paina, porém unica-
Francisco Thomaz dahi acompanhará a estrada que vai jjara
;
menle para consumo local. S.* Industria extractioa. .'Viiezar da
Forlaleza, até ás Duas Passi:geus. sitio que foi do linadn João riqueza mineral gica do mun., pois nelle eneonira-se ouro,
Joaquim Pereira e. subindo jjelo ribeirão do ('ampo até ás suas
:
clmmbo, estanho, ferr ediamanies, apen is se tem trabaduijlo na
i

uliiiiias caljeceiras. seguirá a rumo a estrada que v li para o Car-


mineração do diamante, e isto mesmo em pequena escala, e na
doso, até ao curne da serra ; dahi tomando a direita até ao sitio mineração do ferro. — Populac.íi. Pode-.se, se bem que não
dii cíjjunipudador Bo'-ges, comprehenderá, na mesma direcção, h.sjam dados eslatisticos exactos, avaliar a p^op., sem receio de
tod IS ;'.s verli-ules do rio Dourado e chegando ao rio Tietê suljirá errar, em 40.000 almas. Origem do Povo.vdo. A cidale tio
Patrocínio, collocada no declive de mna bella collina, apresenta
este y lé a harra do rio Batalha.
ao viajor, que nelbi ^lenelra por cfualquer lado. um panorama
PATROCÍNIO. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, agrad;>vel. .-\o ]irincipio o commercio e a communic.ição de
na com do seu nome. Dragão deN.S. rio Patrocínio e diocese
.
Goyaz com Ouro Preto ftzia-se pelo Paracatú e Diamantina, até
deGiiy;;/,. Foi Creada jiarochia pela LeiProv. n. 114 de 9 de que, em 1800, foi, segando antiga tradição, cedido o terreno da ci-
lie 1839 elevada á categoria de villa pela d.e n. 171 de
; dade a N. S. do Patrocínio por Antonio da Queiroz T<!lles e então
23 dí' nuirço de 1810 e á de cidade pela de n. 1.995 de 13 de novem- um individuo estabeleceu neste iogar uma casa de troco dos antigos
lini de 1873. Da camará municijial d'essa cidade recebem.os a c|u;rentinlias e abriu uma estrada de Goyaz para Ouro Preto, pas-
seguinte inlbrmação « Aspecto phisico. Pertencendo este mun.
:
sando por este logar. Como fosse a nova estrada melhor e mais
ápi-ov. de Minas, particiiia de seu aspecto phys co geraL sendo in'oxima, começaram os boiadeiros a transitar por ella, e alguns,
Itaslante monlaiilioso, notando-se no cimo de alguns montes e das bòas pastagens e das bòaj? maltas, vieram estabelecer-se pelo
Serras iinniensos cbapad jes, chepando adguns a ter uma exten- mun, e as?im foram chamando a attenção dos outros que a pouco
são de mint .s léguas. O S'-u syst lua orologico é o da Serra Geral e pouco foram povoando a cidade. Edillcou-se dosde logo uma
das Vertentes, segundo a classilicação de Gerber, e ])ertenceivíe ao egreja. cuja padroeira foi e é N. S. do Patrocínio e ao sitio,
grupo da serri' da Canastra. E' cortado por diversos rios, riljei- onde está hoje a cidade, denominaram .Salitre em razão das
rões e corregi s que torna'ii o seu terreno, apezar das grandes ri- aguas salinas que se encontram a cerca de 24 kih. distante da
quezas mineralógicas que possue. tiastante produclivo de to.ía a cidade. Yol desde então de^eavolvemlo-se até qu-» ciiegou ao
cultura dos géneros troi)icies. —
Lavoura. Em razão da fertili- ])oirto em que hoje se acha. Cli/ina. Todos os povs. do mun. são
dade das maltas d'este mun. era de es|)erar que o desenvolvi- Í)astantes salubres e de um clima tem)iero.di), não tendo ludles
mento da industria agrícola fosse extraordinário a^^sim, porém, : grassado epidemias e nem mesmo notando-se as febres palustres,
não succede. Já porque esta iertilid.ade .se nota em q\risi todos os exceiíto na Alibaitia dos D.nirados, onde cm razão da )iessima
nmns. visinhos. de mn neira que os productos agrícolas precisa- agua não ha muita satide, e no Coromandel. onde reinam febres
riam ser trans|;ortados ]iara grandes distancias e infelizmente os intermittentes por s?v o pov. construído junl i
\x\\\
;i grande
meios de communicação são dilficeis e as estradas péssimas, já bre o. » E' ligatla a Paracatú por um estrada alr^ivessada pelo
porque a qua]ilidade de braços de que dispõe o mun. é insiiilici- ribeirão Jacií, a Araxá por uma outra atravessada jielo rio Quebra
ente. j:i linalrnonte ])or não se ter adnda desenvolvido o génio em- .\nzol, a Bagagesn por ttma outra atravessada iiclns rios Dcmra-
j)rphendedoi' enlre os agricultores. Apezar d'iss;), porém, cul- dos e Prelo, e a Patos iior unui oulra curUid;!. pi lo-, rios \\.
liva-se millio, feijão, ai-roz, canna de assucar. fumo, algodão,
: Sanio e Paranahyba. Tem agencia do corr._'io c diuis csclis.
mandioca e em quantidade sufiiciente i^ara supjirir as necessida- ludjls. de inst. prim. O mun., até 1^82. comiir. Ii •idia. além da
des do mun. e mesmo jiara exportanuna ])arte ]>ara os muns. ]:a.rocliia da cidade, mas as de S. Sel.iusiiàoda S-rra do Salitre,
visinhos. A lav<nira do café, se bem que em começo, tem lido X. S. do Patrocínio de Coromandel e .Vliluidia dos Dourados;
haslaut desenvolvimento e se não existem ))Iantações. em givui-
'
nesse anuo, jioréoi, a L;d Prov. n. 2.9!('de G de outubro ti-
de escala é porque, nos logares liaixos. é ella victima da geada, rou-lhe as duas ultimas pai'ochi;n, que passaram a constituir o
in-ecisando-se por isso aprovei tar somente os logares eli'v;!dos. nmn. de Coromandel. Solire sii;is divisas vide, entre outras.
porém, elle produz bein e os agricultores estão animados asLeisProvs. n. 1.407 di- Ode de/.cinhro ds 18(37: n. 1.713 de
V |iiM<ii'giiii' na exploração ffc^te ÍMi))ortantissimo ramo de indus- 5 de outubro de 1870; n. !9 ih; 17 de setembro do 1870 :
I riL' L'ricóla p:M'a o q'ial prcski ii-se perlei tamoule os campos,
;) , i
n. 2.167 de 20 do noveuduo de 187."): n. 2.93() de f) de outubro
IimOm-s • nIisiT Vã d(. :;(', M ca ío |ib' ntado no Campo mui to supe-
:i
de 1882 n. 3.412 de
;
2-; de solembiM de tS->7. Foi clas<!ilicada
rior d:i iiK.IUi. rull ivam-s:' :d 'm d'isso íliversos espécies de com. de primeira entr. por Acto de 22 de fevereiro de 1892.
lriir|;is e < m )h'í|ih'iu> c:ihi O trign, que é cvcellisit?
i' soridn ]ire-
ferivel ;iii ijiii' iins \c.'jii do fira. llaveadii, pnrém, mais resiiKa- PATPvOGINIO. Villa c mun. do Esta lo do Piauliy, na com.
(1(1 na. ndiisl ria pa.s tin 1, a que jiresta-se o mun. peiieitameiite
i i de .liiic-os. Diocese th) Maranhão. Era o pov. do Pio 9." l''oi
cm razão daa boas pastagens, por isso no geral os fazendeiros cre;ida piíroclna pela Lei Prov. n. 1.07S de 13 de julho do 1883 e
— .

PAT — 116 — PAT

de de outubro de 1879, passando a deiiominar-se


Px'ov. n. 1.860 de 15
elevada á categoria de villa pela de n. 1.193 de 9 de outubro
1888. Tem agencia do correio e esclis. N. S. do Patrocínio pela de n. 2.048 de 15 de novembro de 1883,
que supprimio a de S. Luiz, existente na mesma cidade.
patrocínio. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, a NE.
da capital, da qual dista 777 kils. Orago N. S. do Patrocínio
e PATROCÍNIO. Parochia do Estado do R. G. do Sul, no mun.
diocese de S. Paulo. Foi creada parochia pela Lei Prov.
n. 24 da Encruzilhada. Orago S. José e diocese de S. Pedro. Foi creada
de n. 80 ])ela Lei Prov n. 28 de 2 maio de 1846. Tem escholas.
de 1*^ de abril de 1861 e elevada á categoria de villa pela
pertenceu
de 23 de abril de 1873. Tem 5.000 habs. Gomo parochia PATROCÍNIO. Log. do Estado do Maranhão, no mun. do
aosmuns. de Santa Isabel e S.José do Paranahyba.E' banhada pelo
Alto Mearim.
de
rioJaguary. Sobre limites vide Lei Prov. n. 21 de 13 de julho
1867. Divisas. —
Confina este mun. ao N. com os de iVazareth PATROCÍNIO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na freg. do
sen-a da Quissama e mun. de Macahé.^
e Santo Antonio da Cachoeira, pelo morro do Piao e
Mantiqueira ao S. com o de Santa Isabel, a E. com os de Jacarehy
; PATROCÍNIO. Ramal férreo da E. de F. Leopoldina, no
Nazareth Conceição dos
e S. José dos Campos, a O. com os de e Estado do Rio de Janeiro, do Entroncamento a Poco Fundo. Terii
Guarulhos. Suas divisas com os muns. de Santa Isabel. Jacarehy 33".261 de extensão.
e S. J sé dos Campos foram estabelecidas pelas Leis
Provs. n. 21
de 13 de junho de 1867, n. 40 de 28 de março de 1870, n. 24 de 19
PATROCÍNIO. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. do
de abril de 1864 e n. 40 de 28 de março de 1870. Aspecto geral.
— seu nome.
Em sua maior parte é montanhoso e cobertn de mattas. Sei-ras. — PATROOINIO. Ilha do Estado do Piauhy, na margem dir. do
A principal ó a da Mantiqueira, conhecida nesta região com a rio Parnahyba, em frente da cidade da União.
denominação de serra da Cantareira. Distinguem-se ainda as
montanhas denominadas Morro Azul e Boa Vista, dentro do mun.
PATROCÍNIO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, rega o
e Pião. em suas divisas. Rios. — O território é banhado por di- mun. de S.Miguel de Guanhães e desagua na margerti esq. do
Correntes Grande, aff. do rio Doce.
versos rios, dos quaes os, mais importantes sao o Jaguary e o do
Peixe, ambos navegáveis por pequenas canoas, lintre os ribeirões PATROCÍNIO. Córrego do Estado de Minas Geraes, desagua
ha os denominados do Guirra e Santo Angelo e outros menores, na margem dir. do rio S. Francisco, acima da foz do Abaeté.
além de diversos córregos que sulcam o território em todas as
direcções. Salubridade. — E' geralmente salubre. — Mineraes. — patrocínio. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do
rio das Velhas, que o é do S Francisco
Consta existir, no cruzamento dos rios do Peixe e Jaguary, onde
.

as aguas formam pequena bacia, uma jazida de ouro. No sitio patrocínio. Enseada do Estado do Maranhão, nas divisas
notam-se excavações que, segundo altirmam diversas pessoas, da com. de Alcantara.
foram feitas pelo engenheiro Cyrino este, porém, depois de pro-
;

ceder a minuciosas pesquizas e de obter privilegio do governo


patrocínio da serra. (N. S'. do) Capella no muu. de
Silveiras do Estado de S. Paulo, a 20 kils. daquella cidade, nos
imperial, falleceu, sem ter iniciado os trabalhos de mineração.
— campos da Bocaina, em logar ameno e assas aprazível .-
Ha excellente pedra de construcção e barro de olaria. Historia.
A pov. foi fundada por D. Theodora Maria de Jesus, que, pelos patrocínio de guanhães. Dist. do Estado de Minas
annos de 1840 a 1845, fez doação de um terreno; de cerca de um Geraes, no mun. de S. Miguel de Guanhães, banhado pelo ri-
kil. quadrado, no qual seu filho, Antonio Ferreira de Oliveira, beirão do Pa,trocinio. Orago N. S. do Patrocínio e diocese de
edificou, a expensas suas, uma pequena capella com a denominação Diamantina. Foi, em principio, um simples pov. da freg. de
de N. S. do Patrocínio do Bairro Alto. O território pertencia ao S. Miguel e Almas do mun. do Serro, elevado á dist. pelo art. II
mun. de Santa Isabel. A 8 de julho de 1850, a requerimento dos da Lei Prov. n. 1.143 de 24 de setembro de 1862 e á parochia pelo
habs. da florescente pov., foi ella ci-eada capella curada com art. I da de n. 1.783 de 22 de setembro de 1871. Incorporado ao
a mesma denominação, pelo então vigário capitular Lourenço Jus- mun. de S. Miguel de Guanhães pelo art. I da Lei Prov. n. 2.132 de
tiniano Ferreira, tendo por seu primeiro vigário o padre Amaro 25 de outubro de 1875. Agencia do correio. Tem duas eschs. publs.
Severino de Gouvêa, que ahi permaneceu até 1859. Mais tarde de inst. prim uma das quaes creada pelo art. II da Lei Prov.
,

em 1861, não tendo a capella accommodação sufficiente para a n. 2.478 de 9 de novembro de 1878. Sobre suas divisas vide,
pop. que crescia rapidamente, os cidadãos Antonio Ferreira de entre outras, a Lei Prov. n. 2.500 de 12 de novembro de 1878.
Oliveira, João Ferreira de Oliveira e Mandel Ferreira de Souza (art. IV). .

resolveram edificar nova egreja, para o que obtiveram auxilins do


governo prov. e da pop. ; o fallecimento, porém, desses cidadãos
PATROCÍNIO DO MURIAHÉ. Parochia do Estado de
impedio que fosse levado avante o louvável intento, ficando assim Minas Geraes, no mun. de S. Paulo. do Muriahé. Orago N. Se-
em comstrucção o novo templo, que, comquanto inacabado, tem nhora. Foi creada pelas Leis Provs. n. 903 de 8 de junho de
1858 e art. VII da de n. 2.085 de 24 de dezembro de 1874. Tor-
até esta data servido para os actos religiosos. Pela Lei n. 24 de
19 de abril de 1864, foi a pov. elevada á freg., ficando desligada nou-se séde da villa de S. Paulo do Muriahé pela de n. 1.045 de
6 de julho de 1859 essa disposição foi, porém, revogada pela de
do mun. de Santa Isabel e annexada ao de S. José do Parahyba. ;

hoje S. José dos Campos, e pela Lei n. 64 de 9 de maio de 1868 n. 1.089 de 7 de outubro de 1860. Tem uma esch. publ. de inst.
foi novamente incorporada ao mun. de Santa Isabel, do qual
prim. para o sexo masculino, creada pelo art. I da Lei Prov.
desligou-se em virtude da Lei n. 80 de 23 de abril de 1873, que a n. 2.065 de 17 de dezembro de 1874 além de uma outra para o
elevou á categoria de villa. Para a conclusão das obras da egreja sexo feminino. Sobre suas divisas vide art. VII da Lei Pi-ov.
n. 2.085 de 24 de dezembro de 1874 art. III da de n. 2.153 de
matriz foi concedido p beneficio de uma loteria, a 20 de abril :

de 1870, mas até hoje esse auxilio não teve realisação. perma- de 15 de novembro de 1875. Fica á margem dir. do rio Muriahé.
necendo as ditas obras no mesmo ponto em que se achavam em E' servida pelos ramaes férreos de Santa Luzia e de S. Paulo do
1866. — População. — A pop. do mun. é de 4889 habs. — Agri- Muriahé da E. de F. Leopoldina. E' muito prospera.
cultura e pecuária. — Os principaes productos da lavoura do PATROCÍNIO DO SAPUCAHY. (N. S. do) Villa emun. do
mun. são o café e a canna de assuoar. A producção média annual Estado deS. Paulo, na com. da Franca, á margem esq. do rio
do café é de 30.000 kilogs, a da aguardente de canna é de 120.000 Sapucahy-mirim, em uma bella planicie de campo, a 800 ms.
litros. O preço médir> das terras por alqueire (2.42 hectares) é o sobre o nivel do mar. Diocese de S. Paulo. Creada dist. em 1 de
seguinte terras de 1^ qualidade 50?, de 2^ 25$. O mun. não
: julho de 1833, foi elevada áfreg. pela Lei Prov. n. 17 de 30 de
é creador. Commerclo e industria. — Os estabelecimentos com- março de 1874 e elevada á categoria de villa pela de n. 23 de
merciaes e industriaes são os seguintes 12 armazéns de molhados,
: 10 de março de 1885. Sua primeira eleição de vereadores fez-se
tres de seccos, quatro lojas de fazendas, uma sapataria, uma em 10 de dezembro de 1887, installando-se a camará em 28 de
foguelaria, uma sellaria e diversos outros. Curiosidades naturaes. janeiro de 1888. Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Agencia
Na confluência dos rios Jaguary e do Peixe ha um salto de bel- do correio. Lavoura de café, canna de assucar e cereaes. Criação
lissima apparencia, com cerca de tres metros de altura. Na serra de gado. E' ligada á Franca, Santa Rita de Cássia eS. Sebastião
da Mantiqueira exist? uma pedra, cuja face superior tem uma do Paraizo por estradas. A cidade tem, além da matriz, a casa
área de cerca do 220 metros de circumferencia. Dista da capital da camará, collocada na margem esq. do ribeiro S. Francisco.
do líslado 85 kils., de Jacarehy 24, de S. José dos Campos 39, O mun. é regado pelos rios Sapucahy-mirim, Santa Barbara,
do Nazareth 44 e de Santo Antonio da Cachoeira 46. Esmeril, Jaborandy, S. Francisco, além de outros. Nelle ficam
PATROCÍNIO (N. S. do). Parochia no mun. da capital do os morros denominados Santa Barbara, Jaborandy e Sellado.
Estado do Ceará, Creada, coni a invocação de S. Luiz, pela Lei PATRULHA. Vide Antonio da Patrulha (Santo).
. ) — . . .

PAT — H7 — PAU

PATU. Villa e mun. do Estado do R. G. do Norte, na com. viuva D. Francisca Eliza Xavier excedeu muito essa verba, gas-
do Martins. Orago N. S. das Dòres e diocese de Olinda. Foi tando para mais de 100 contos na conclusão da obra, e dotando a
creada parochia pelo art. I da Lei Prov. n. 26 de 3 de abril de ) egreja com ricos paramentos, uma banqueta e lâmpada de prata.
18-52, que, em seu art. II incorporou-a ao mun. da Imperatriz. Tem 5.000 habs. agencia do correio e duas eschs. publs. de inst.
Sobre suas divisas vide Lei Prov. n, 374 de 4 de agosto de 1858. prim. Uma estrada liga-a a Ubá e uma outra a Belém. Compre-
Foi elevada á villa por Lei de 25 de setembro de 1890. Tem eschs. hende o pov Sucupira .

publs. de inst, prim. Por siias divisas corre o rio Umary.


PATY DO ALFERES. Rio do Estado do Rio de Janeiro,
PATU. Dist. do mun. da Ponte Nova no Estado de Minas rega a parochia do seu nome e desagua no rio Ubá
Geraes
PATYS. Log. do Estado do Púo de Janeiro, no mun. de Ma-
PATU. Serra do Estado do R. G. do Norte, no mun. do cacú, com duas eschs. publs. de inst. primaria.
Martins.
PATYS. Log, do Estado de Minas Geraes, no mun. de Con-
PATU. Riacho do Estado do Ceará, aíl'. da margem esq. do tendas .

Banabuiú.
PAU. Riacho do Estado do P^io de Janeiro, banha o mun. de
PATUÁ s m , nome commum a diversas espécies de rece"
, .
Magé e desagua no mar próximo ao porto da Piedade.
ptaculos moveis, onde se arrecadam e transportam objectos
quaesquer. —
Em alguns lilstado's do norte, é uma bolsa de couro, PAU. Arroio do Estado do R. G. do Sul; corre junto a
de que se servem os sertanejos pars o transporte de favos de mel. cidade do Rio Grande e desagua defronte da ilha dos Mari-
— No Pará, é uma espécie de cesto ou balaio, e dão particular- nheiros.
mente o nome de Patuá-balaio a uma caixa com repartimentos PAU. Lago do Estado do Amazonas, no mun. de Mana-
para comida, louça, vidros, talheres, de que se usa nas viagens capurú.
fluviaes(B. de Jai*y). —
Espécie de amuleto que consiste em um PAU. Lagòa do Estado do Parahyba do Norte, no mun. de
saquinho de couro, contendo cabeças de cobras e outras cousas a Alagôa Grande.
que attribuem virtudes milagrosas, e que os crédulos trazem pen-
durado ao pescoço, para os livrar de malelicios (Abreu e Lima). PAU ALTO. Arraial do Estado da Bahia, no mun. de Porto
Entre os Índios da região amazonica significa bahú, caixa( Seixas). Alegre, com duas eschs. publs. de inst. prim., creadas pelas Leis
— Em S. .Jorge de Ilhéos, na Estado, da Bahia, é uma caixa com
Provs. ns. 1.845 de 25 de maio de 18/5 e 2.011 cie 15 cie iullio
de 1880.
tampa de fórma elliptica feita de palha de palmeira ; mas alli lhe
dão o nome de Patiguá (Ennes de íSouza). Etijm. Patuá e — PAU ALTO. Ribeirão do Estado da Bahia, rega o mun. de
Paííí/wá são promincias diffei-entes do mesmo voe, pertencente Porto Alegre e desagua no Peruhipe. Fica na linha da estrada
á lingua tupi. No dialecto do Amazonas, se pronuncia Patúa de ferro da Bahia a Minas, cujo ponto inicial é em Caravellas e
(Seixas). Os tupis do Brazil meridional davam á canastra o nome o terminal na serra dos Aymorés
de Patuguá (Voo. Braz.). PAU AMARSLLO. Log. no termo de Quixadá, Estado do
PATUÁ.
Log. do Estado do Amazonas, no mun. de Codajás, Ceará.
em ambas as margens do paraná do Coanarú, trib. do rio PAU AMARELLO. Log. do Estado de Pernambuco, nos
Badajós. muns. do Pau d' Alho e de Itambé.
PATUÁ. Serra do Estado de Pernambuco, na com. de Ga- PAU AMERKLLO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
ranhuns, a O. do pov. de Capueiras. E' de pequena extensão, de Barreiros. Ha outro log. do mesmo nome no mun. de Goyanna.
coberta em parte de capueiras e em outras com algumas plantas
(Cónego, Honorato .
PAU AMARELLO. Log. do Estado de Pernambuco, 24 kils.
ao N. de Olinda. Foi ahi que, a 15 de fevereiro de 1630, desem-
PATLTRAL. do Estado de Santa Catharina, no dist. de
L'ig.
barcou Weerdenburch, general das tropas da segunda expedição
S. José, entre a praia de Maruhy e o Campo do Passa Vinte. E' hollandeza que atacou o Brazil. Possue uma barra que dá entrada
muito paludoso. a navios de nove pés de calado Tem uma fortaleza com o mesmo
.

PATUSCA. Parochia do Estado de Minas Geraes, no mun. de nome.


Prados, com duas eschs. publs. de inst. prim-., creadas pelo PAU AMARELLO. Dist. do termo de Santa Luzia do Norte,
art. I§ II da Lei Pr v. n. 3.038 de 20 de outubro de 1882 e no Estado da,s Alagoas.
art. II da de n. 2.568 de 3 de janeiro de 1880. Foi elevada á dist.
pela Lei Prov. n. 3.442 de 28 de setembro de 1887 e á parochia
PAU AMARELLO. Igarapé do Estado do Pará, no dist. do
com o nome de -Oorcs do Campos peloDec. n. 41 de 15 de abril Mosqueiro emun. da capital. Desagua no rio Pirajuçara. Deno-
de 1890. minava-se Maratauá.

PATUSCA. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, banha o PAU AMARELLO. Rio do Estado do Pará,- no mun. da
mun de iPi-ados e desagua na margem dir. do rio das iMortes,
.
-Vigia. E' um braço do Campina.
i'io

umkil. abaixo da estação de Prados. PAU AMARELLO. Braço do rio Mundahá no Estado das ;

Alagoas. Tem duas pontes da E. de F. Central no kil. 37,640 e


P AT Y. Estação da E. de F. Central do Brazil, á margem do
no kil. 38,140.
rio Parahyba do Sul no listado do Rio de Janeiro A secção com-
;

prehendida entre Commercio e Ubá foi inaugurada d. 5 de maio de PAU AMARELLO. Rio do Estado das Alagoas. E' um dos
1867, e acomprehendida entre Ubá e Parahyba a 11 de agosto do formadores do Póxim.
mesmo anno a primeira tem 23 634 kils de extensão, a segunda
;
. .
PAUANEMA. Igarapé aff dir. do Madeira, nove kils. acima
.

17.052. Deiiominava-se até 30 de setembro de 1886 Ubá.


do Maycipê.
PATY. Rio do Estado do Amazonas, aff. da margem esq.
PAUANHAN. Paraná do Estado do Amazonas, no mun. de
do rio Jutahy, no mun. de Fonte Bôa.
Tefle, no rioAranapú.
PATY. Córrego do E.stadoda Bahia, banha o mun. do Morro
PUA A PINO. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
do Chapéo. Vai paraoUtinga.
de Angra dos Reis, na enseada de Abrahão, próxima da Ilha
PATY. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff. do Mambucaba. Grande. E' notável por ser um rochedo estéril, em cujo centro
ergue-se uma grande arvore, que deu-lhe o nome e que costuma
PATY DO ALFERES. Parochia do Estado do Rio de Ja-
servir de alvo para os exercícios de artilharia, que ahi são feitos
neiro, no mun. de Vassouras. Orago de N. S. da Conceição e
curada em por todos os navios (|ue por ella passam. Asseveram não ter ainda
diocese de Nyteroi Foi erecta, com provimento de
Cardoso da sido essa arvore attingida por projéctil algum.
1739 nas terras do alferes de ordenanças Leonardo
Silva, na fazenda denominada iioça do Alferes. Foi, por Alvará PAU A PIQUE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
de 11 de ianeiro de 1755. elevada á freg. ijerpetua. O Alvará de 4 do Pau d' Alho.
de setembro de 1820 erigiu-a em villa rebaixada dessa categoria
;
PAU A PIQUE. Pov. do Estado das Alagòas, no mun. do
pel art. 4" do Dec. de 15 dejaneiro de 1833. A egreja matriz
!

Piassabussú.
dessa freg. foi começada a construir pelo capitão-mór Manoel
Francisco Xavier. Fallecendo antes de concluir a obra, deixou j
PUA A PIQUE. Log. e serra do Estado da Bahia, no mun.
em seu testamento um legado de 50 contos para ease íim; mas sua | da Casa Nova.
. .

PAtJ — 118 — PAU

PAU A PIQUE. Illiu lio Eslailo (Ui Baliio, nn rio S. Fran- PAU á margsm dir., 3(]
CERTÍE. Barranca do Guaporé,
cisco eiilre Rfiiiansn e Si^iilo Sú, iiniicima das ilhas Traliiras e kils, aljaixo do morrodas Torres; no Estado de Matto Grosso.
Vai-^íiiiha. ( IlallVld ).
Alii existe ou esistia um aldeamento de indios Guarayos,
restos do uma gi^aiule aHèa, a de Santi. Ignez, fundada cm
PAU A PIQUE. Uio <1« I'>l;i'!o «Ui Bahia, o travessado pela
tSTl por fvntonio Gomes Roilrigues, que mais tarde mudou-a
E. de IC. da B;.liia aoS. l''i'aiu-isi-ii, oiiLre .Serrinha e .'••a IjJ^ada.
para perto do Cuba tão.
Desag-iui lio ll:i)"'''ai'ii-^|''sú. Uccoli,. ))cda marinem dir. o córrego
Barrocal (' |Hdu cs^j. <> ri;cliiida Extrema, além de outros. PAUCHE ROSO. Log. na serra de Tauatinga. onde
nasce o rio Parahylia, que separa o Estado do Maranhão do
PAU A PIQUE, fiinv.ud do )'>línlode Ooyaz. aff. do rio da.s
do Piaidiy.
Arèas. ([Ill' com o iionic de S:iiil;i 'i'lii'ri'7,a dc^iiiiua na marwm
csíj. do Tocaiiliiis. E' iiioiLMiilicaiile no lemiio seeco. nias vcdil- PAU COMPRIDO Ponta na lagòa Rodrigo de Freitas e
iiio.so no das aiiaias. Ciinlnj Alai los o n>.riirion:i, como tributário da Di«tricto Federal.
iiiarí;'em dir. do rio do Ouro. (pie é um aíT. d.o das Arèas. PAU DA CANÒA. Lagòa no mun. do Remmso do Estado
PAU A PIQUE. Gi-audi' paul de dilTici transito, nove leiínas 1 da B:ihia.
a O. da 'J'iijirri( '/i Alrnrid i da iiuoi é s.'iiai'ady por alíos e PAU DA
,

on'l'' s>' eiiciintrain i^Taiiiles circ los de oaraudás


COPA. Serra do Estado de Minas Geracs, entre
eiiMilos (;;,iii|ior-
S. Miguel de Jequitinhonha e
.

Rio Pardo.
(pie pr-i hi/ein copif :i i|u;' nl iilude lie suecos s;dinos. Suas aguas
I

conviii ;;o S. e v,\o jiinlar-s.' ;'is do vali", das salinas de Jaurú PAU DA CUIA. Riacho do Estado de Pernambuco, no termo
( [1. de Ã/elL;:)''u ). I<jn umas notas qu acomp;Miham o traljalho "
do Espirito Santo do Pau d' Allio.
de-se iilii.-;! e eida'!ao lè-se: « Não é es=a a procedência do sal, que
o leiTeeo p!-odii/, ;dii, 6 ciii menor aljundancia que em outros
PAUDAPOMS. Log. do Bislricto Federal, na freg. de
Jticarépaguá.
lo;j: ivs do l';oUido. Nem
mesmo nota-se ahi essa abuudaucia de
e,i r;r li
l ^ 1» Corre . SE. a perder-se n' s pant:uiaes jirtiximos PAU D'AGUA. Log. próximo ás origens do Jaurú. Tomou
:i riiera.liy. « l^sroante e campos alagados e salitrosos. entre o nome de luna arvore que ahi cresce e que nos sertões
os lias S;iliiia--ilo \Iiiieida e os da Ulieraiia no Kstado de Matto ; áridos dos Parecys, é de extremo socc;>rro para o viandante
(d'ossi. lí' locul il;-' diliicil transito na estagão inyerno-a : tor- sequioso. Segundo descreve-a o sábio engenheiro Ricardo Franco,
iiando-se aqiielhi e=coaute mui funda e larga. E' hoje chamado é uma arvore de jnediana altura, e que guarda, quasi
Gorixão dos Bulires por um aldeamento do Bororós, que ha nas perennemente, no oco dos galhos a agua das chuvas. « Duas
proxinddades.» l)r. S. da Fonseca. Thci'. oit.)
(
léguas a leste das cabeceiras do Jaurú diz elle na ISIcmoria :

sobre a Navrriacuo do L'io Japajo; jiara o Pará, quiz a natureza,


PAUaPIXUNA. Igarapé do Estado do Pará, no mnn. de
com uma de suas raras producções supprir a falta de sgua
Santarém.
qu" lia nos artm-osos campos dos Parecys, creando ahi uma
PAUARIASINHO, Igirapé do Estado do Amazonas, na grande arvore, a que chamam paii d' agua. e á roda delles •

margem esq. do rio Buríis. uma espécie de junco, de haslo alta e dura, que serve como
PAUAUBA. Rio lio Estado do Pará. no num. do Bagre. um canudo, que introduzido i;elos orilicios naluraes que o
tronco daquella arvoro tem. junto da terra, se tira delia
PAU BARBADO- Córrego do Estado de iNlinas Geríies, ali", quantidade de agua bastante pira beberem" os viajantes e as
da margem dir. do láo Turvo Pequeno. Receba os córregos da suas cavalgad\iras »
Pedra e ^'assour^l.
PAU BARRIGA. Log, no termo d' Areia do Estado do Pa-
PAU D' AGUA. Ilha no rio Parnahyba, aliaixo da foz do
rio Pirangy e da corò i da Várzea. Tem pela costa occ . 3
rahylri do Norie.
kils. de extensão (D, M. Caldas. Ilelat. cil )
PAU BRANCO. Log. no termo do .Acara pe do Estado do PAU DA GUARIBA. Pov. do Estado de Pernambuco, no
Ceará. Depende do distr. pulicial de Cala-boca.
mun. de Gravata com uma ; e.sch. pidjlica.
PAU BRANCO. Log. do Estado do Ceará, no termo de Qui-
PAU DA HIõTORlA. margem do rio S. Francisco,
Log. na
seram o bim .

nos limites do mun. do Joazeiro, entre Bahia e Pernambuco.


PAU BRANCO. Log. no mun. de S. Bernardo do Estado do
Ceará. Ha um outro com o mesmo nome no raun. de Milagres. PAU DA IMBIRA. Lagòa no mun. de Cabaceiras do Es-
tado do Parahyba do Norte, do lado do sul.
PAU BRANCO. Log. no ,2" distr. do termo de Serinhaem do
Estado de Pernambuco. PAU DA ISCA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de
Jíoj
PAU BRANCO. Ilha do Estado da Bahia, no mun. do
i'i

Cliique-Chique e rio S. Francisco. PAU D'ALIíO. Assim denominava-ss até 1879 a actual
cidade do Espirito Santo, no Estado de Pernambuco. Vide iís-
PAU BRANCO. Córrego do Estada do Ceará, no termo do
pirit.o Santo. Era assim designada por existir ahi uma grande
Cascavel nasce na ícrra do Araujo.
;
arvore, cujas Ibllias tinham o cheiro do alho.
PAU BRAZIL. Ijog. no raun. de Canguaretama do Es:ado PAU D' ALHO. Log. no termo de Muribeca do Estado de
do 11. G. do Norte.
Peruandjuco.
PAU BRAZIL. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de
PAU D'ALHO. Log. do Estado do E. Santo, no mun. de
S. Miguel lios Cain])Os.
Ilapomeinm.
PAU BRAZIL. Log. do Estado da Bahia, no te.mo de
PAU D"ALHO, Log. noDistricto Fe leral, no caminho para
Ilhéos.
a estarão de S. Francisco Xaviei-, á iiiergem d;is linlias leia^ejes
PAU BRAZIL. da Bahia a (V, do rio de
iiio do ICstiido Ceiítiaildo Brazil e A'ill,a Isaliel. h^xistin alii iiiiui ervore de
Contas. Nasce nas inattas da liocci ilo Mallo ao N. do mun. grande altura com um linraco bastan te tarjo no Iimuco.
de 1'orõe-;. p.issa p.d-i logar Pan Bra/.il (|ue llie dá o nome
e de^riLori no rio ilr Cout.is no logar Piabanlui, tres léguas PAU D'ALHO. Uma das secções da ex-oolonia Rio Novo, no
aliaixo do .lequió. Estado do E. Santo.
PAU CARETA. Log. do Estado do Parahyba do Norte,
PAU D'ALHO. MõiTO do Esty.do de S. Paulo, no mun. de
no mun. de Fagundes, Santa Branca (Inf. loc).
PAU CAVALLO. Log. do Estado de S. Paulo, entre Botu- PA-U D'ALHO. Pequeno rio do Estado do K. Santo, rega a
catu o Ticté. solii'e o rio deste nonip. ex-colonia do Rio Novo e desaiiaui no ião deste nome.
PAU CEDRO. Arraial do F.slado da Bahia, com nnia PAU DViLHO: Rio do Estado de S. Paulo. aíf. do Jiiquery-
ca|iclla lilial da fi^eg da Coiic ii;;io do .\_hneid;i. J>o:ssiie mattns queriè : no mun. de S. Sebasiião (Inf, loc.).
muito lerteis. Disti Is l,il:;, d.-x freL-. do Cm-ra linlio, |ior onde PAU D'ARARA. Sitio, a E. da Mila da, Fedra, na dis-
jiassa a E. de F. Cenlivil. Tem uma leira e uma esidi imlii . lancia de sete kils. no listado de Peniaiiilnico. « líxisLe alii.
do inst. prim., croada pela Lei Prov. u. 1.5Q0 de 2 de junho escrcvem-nos do Estado, um monte do qual lima grande parto ó
de 1875. formada por nma formidável pedra, que oílerece a circumferencia
. . .

PAU — 119 — PAU


de 5C0 me(i'os com 120 de altura; tendo por um lado declive o.oces- independência e perpetrou diversos assassinatos, Rayrnundo
si\'el. Nelte de tempos a lempos, ouvem-se algumas detonações, Gojnes e outros chefes da revolução dos Balaios também o fre-
acompanhadas de um fragor semelhante ao rodar de "uma carroça quentaram muito.
arrastada soljre pedras, iís^e frayòr subterrâneo, mas sem con-
seíjuencia alguma ilesaslrosa. Heleva accresceatar que ao pé
PAU DE LENHA. Pequeno rio do Estado do Paraná, aíl'.
do Juquiá.
des^a higo ex.isLs constantemente verdura nas arvores, e, a um
IluIo, uiiu) fonte de agTui não permanenie. A um kil. desse sitio — PAUDE LIXA. Log. do Estado de Matto Grosso. Tem sido
hl!, lui fazenda das Lage^,. uma lagoa. onde. lazendo-se excava- muitas vezes assaltado pelos indi-;;s Cayapós e Coroados.
ções firam eucontradas òssadas de animaes desconliecidos, pare-
,

ceiulo pertencerem á classe dos quadrúpedes. Foram achados


PAU DE OLEO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
de Palmares.
em fragmentos, sendo que, ]iela dimensão que apresentam, indi-
cam que os animaes a que pertenciam, seriam quatro a cinco PAU DE OLEO. Arraia! do Estado das Alagoas, na Branci.
vezes maiores que os actuaes. » Ha ainda outro logar do mesmo nome no mun. do Pilar.
PAU D'AR.A.RA.. Riacho aff. do 8. Francisco, acima de PAU DE OLEO. X-g. do Estado de Minas Geraes, no muu.
Piranhas, defronte da cachoeira do Meio. de Lavras.
BA.U CARCO. Log-. do Estado do Piauhy, no termo de, PAUDE ROSA. Igarapé do Estado do Pará. na ilha de
S. João do Piauhy. Marajó, no mun. de Chaves.
PAU D'ARCO. Log. do Estado do Ceará no termo de PAU DO GAVIÃO Rápido no rio Tocantins. E' de difficil
Baturité. e arriscada passagem se tèm perdido muit s barcos da
; nelle
PAU D' ARCO. Log. do Est.ido do Ceará, no termo de Igatú, pequena navegação do Tocantins e Araguaya.
a oit) legu IS- da cidade. PAU D'OLHOS. Pov. do Estado das Alagoas, no mun do
PAUD' ARCO. Log. do Estado de'. Pernambuco, nos muns. Pilar, com escliola.
do Nazarelli e Quipapa. PAU DOS FERROS. Villa e mun, do Estado do R. G. do
Norte, sede da com. do seu n me Orago N. S. da Conceição.
PAU B'ARCO. Logs. do Estado das Alagòas, em Porto
Fui creada parochi.i pela l'rov*5ão de i"J de dezembi-o de 17.ãG.
Ile.il do Collegio. Anadia e S. Miguel dos Campos.
Elevada á categoria de villa pela Lei Prov. a. ;-,44 de -1 de Se-
PAU D' ARCO. Morro do Estado do Par.ihybi do Norte, no tembro de i6o-). E com. de primeira entr. ornada jieUi Lei
mun. de Ci.j izeiras. Prov, n. Qii de 8 de agosto de 1873 e classitlcad.;. p-do Jicc.
PAU D'ARCO. Morro do Es ado de Minas Geraes, nas di- n. ,0.400 de 10 de setembro do mesmo anno. A pov. é c;dculada
vÍ5:is da iVeg. de N. S. da (Jraça do Tremedal. em 19.(J0 haljs. Tem e.schs. publicas de inst. ]irim. .Sola-e suas
)

divisas vide : Lei Prov. n. 350 de á d.e abril de 1857. A villa (ioa
PAU D'ARCO. Ponta no Negro, aíT. do Amazonas, no
rio
á margem es|. do rio Aporly, em um terreno mais ou menos
Estndo deste nome; entre as povs. de S. José e S. Pedro. plano. O mun. éregado pelo rio Ajiody e riachos .Sao t',Viuu)
PAU D'ARC3. Travess.ão no rio Araguaya, aíF. do To- Enc.mto, Couto, Conceição e l^au dos Ferros. Nelle tiram as
cantins, pouco acima do travessão do Joncam. serras Luiz Gomes Passagem, Agua Nova, Encanto. Cultura di-
milho, feijã'">, a.rroz, mandioca, canna de assacar, taliaco e al-
PAU D'ARCO. Ri.icho do Estado de Pernamliuco, no mun. godão criação de gad-). Dista da capital OíO t.ils. 55 ile S.
;
de (Jui))upá. (Inf. loc.)
Miguel e a;; de Portj Alegre.
PAU D'ARCO. Riach) do Estado di, Rahia. banha o mun. PAU D'UMBIGO. Riacho do Estado da Rnhia. banha o
do Morro. do Cliapeii e desagua no rio Bonito. (Inf, loc.) mun. de Entre Rios e desagua na margem dir. do rio da Serra
PAU D'ARCO BS BAIXO. Riljeiro do E.stado da Bahia, air. do lah.iiubupe.
rega o mun. de Alcobaça e desagua no Itanhem. tia unr outro PAU DURO. Serra do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
ribeiro trifi. d;j mesmo rio e denominado Pau d'.l)XO de Cima. da Magdalena. Liga-se á serra da Fortaleza,
PAU D' ARCO NOVO. Log. no dist. de S. Benedieto d-) PAU DURO. Pov. do Estado d) Rio de Janeiro, no muu.
termo de Quipaj)á no listado de Pernambuco. Ha um outro
;
da Magdalena.
log., no riU'smo dist., denominado Pau d'Arco Velho.
PAUFERRADO. Distr. do termo da Leopoldina, no Es-
PAU DA VELHA. Log. do Estado do Ceará, cerca de 2-t tado de Pernambuco, Síbre o riacho do seu nome.
liils. distante da de Milagres. E' assim denominado
ci-lade
um. pau oco, onde conseguio refugiar-se uma
l)orque ahi existe PAU FERRADO. Riacho do Estado do Ceará. aff. do rio
velha perseguida por uma onça,. Thomé Vieira.

PAU DE BARBA. Log. do Estado de Minas Geraes, na PAU FERRADO. Riaíbo do Estado de Pernamliuco, aíT.
cidade de B;irbacena. do Lopes, que o é da margiuu dir. do rio da Bri,L:ida, Irib. do
S. Francisco.
PAU D3 CANOA. Log. e lago do Estado da Bahia, no
mun. de Casa Nova. PAU FERRO. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun.
de Touros.
PAU DE CEDRO (:íant' Anna do) . Log. do Estado de Minas
mun. de Pouta Nova.
Geraes, no PAU FERRO. Log. do Estado do Parahyba do Norle, com
uma estação da E, de F. Conde ddíu, eatre .Vra 'á e .Mui mgii,
PA.U DE CHEIRO. Córrego do Kslado de Minas Geraes. aff.
no kil. ()5.8J0"', no termo de Itabaiaaaa. dislante uma e meia
do rio das Yellias, a 30 kils. alem da parochia. de Matto- léguas de Guriiihem.
sinhus.
PAU DE CINZA. Pov. do Estado do Maraidiã(j, no mun.
PAU FERRO. Log. do Esta.do de Pernambuco, no mua. do
Barreiros.
de Coroatd.
PA.U DE COLHER. Arraial do Estado da Bahia, na freg.
PAU FERRO. Pov. do Es.tado de P.aaiambueo, na freg. da
Leopoldina,.
di> S;;uli) Antonio do Paramirim, com uma e^ch. publ. de inst.
primaria. PAU FEPv.RO. Pov. do Estado de Peraambueo no mnn.de
Aguas Bailas.
PAU DS FRUCTA GRANDE. Córrego do Estado de Minas
(cor;u.'s, no mun. de jjiamantina. Fórma com o Pau de Fructa PAU FERRO. l'ov. do f:si ,.lo lia IVrnandiuco. na freg. de
Pequeno o rio das Pedras. Quipapá. com uma asi b, pub. de iiist. prim.. creada [ado arl. 1 g 1
da Lei Prov. n. i,517 d<' il de abril de 1881.
PAU DE GAMELLA, Rio do Estndo de Sergipe, aflf. do
Parapuc L, i[Uh é uiu braço dn .S. Francisco na foz. PAU FERRO. Log. do Estado dc Pernambuco, no mun. do
Lourenço da Malla.' (laf. loa.l
PAU deitai: O. Pequ-iio |..,v. il.. Kshv.lo dn U-vaalif..-..
S.

perto da Yargein (.ir;uide. E' (.'ef'bre [fv ,sido um ib:)s pri- PAU FERRO. Log. do IvsUulo de Sergipe, no muu. dc
meir(.is log'ares, onde o revoluciiuiarid Jníio liunda, proclamou a Dores.
. . , .

PAU — 120 — PAU

PAU FERRO. Pov. do muii. dc Maracás.no Estado da Bahia. Velha, entre os rios Piabétá e Caioaba. Cultura de canna, mi-
Escreveiii-nns dahi : « Quatro léguas distante da villa de Ma- lho e mandioca. Ha ahi uma importante fabrica de fiação.
racás, em diivci-rin ú ilescida vnvd a capital. Tem dous
nego-
PAU GRANDE. Bairro doTnun. de Jacarehy,. no Estado de
ciantes o muili.^ 1':i/''íi'Ii'Íi''js. assim como criadores em pequena S. Paulo.
escala. Ha nu |ííi\<i;i'mi> umu casa ilc orarão capellinha e uma
escola |i:irliciil;ir parii iiu-ninos. hV Lamijem pouso das tropas que PAU GRANDE. Bairro do mun. de Lorena, no Estado de
C(,iidii/. Ill cardas. Ijrslc povoado á estação do Tambury (estrada S. Paulo.
de |w ro Ci iilral) calculam cinco léguas. O clima é sadio e o ter-
i
PAU GRANDE, Bairro do mun. de S. Luiz, no Estado de
reno iilji rrimo.
I- Produz cereaes, café e exporta gado. E' também S. Paulo.
denoiiiiiiuihi. Morros»
PAU GRANDE. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun.
PAU FERRO. Log'. do Dislricto Federal, na freg. de Jaca- do Mar de Hespanha. Pertenceu ao mun de Juiz de Fóra, do qual
.

repaguá foi desmembrado pelo art. Ilida Lei Prov. n. 1.600 de 28 de


PAU FERRO. Serro do Estado das Alagòas, á margem do julho de 1868.
rio S. Francisco, perto de Pão de Assacar. E' pedregoso. PAU GRANDE. Serra do Estado da Bahia,,no mun. de Campo
PAU FERRO. Morro do Estado da Babia, no municipio do Formoso.
Riacho de SanfAnna. PAU GRANDE. Morro do Estado do Rio de Janeiro, na freg.
PAU FERRO. Rio do Estado das Alagoas, atravessa omun. de Inhomirim, antigo mun. da Estrella.
do Pão de Assucar e desagua na margem esq. do S. Francisco. PAU GRANDE. Mprro do Districto Federal, na serra do An-
Ha um outro rio do mesmo nome, affl. do Parahybinba. darahy
PAU FERRO. Rio do Estado da Bahia, no prolongamento da PAU GRANDE. Furo que liga o Cajuuba ao Inamarú, no
E. de F. da Bahia, entre Agua Fria e Lamarão. Reune-se ao mun. de Muaná, no Estado do Pará. E' navegável.
Mangueira.
PAU GRANDE. Rio do Estado do Pará, no dist. de Cuçavy,
PAU FERRO. Lagòa do Estado do Pvio de Janeiro, desagua com. de Monte Alegre.
no Macahé
rio
PAU GRANDE. Córrego do Estado de Pernambuco, banha
PAU FINCADO. do muii. da Cachoeira, no
Antigo dist. o mun. Bom Conselho edesagua no Frecheiras, aff. do rio Para-
Estado do R. G. do Sul. O art. I da Lei Prov. n. 171 de 19 de hyba (Inf. loc.)
julho de 1849 creou ahi uma Capella com a invocação de S. Pedi-o
do Ibicuby. Tem duas esclis. publs. de inst. prim. creadas pelo
PAU GRANDE. Rio do Estado de Sergipe, aff. da margem
esq. do Piauhytinga.
art. I da de n. 210 de 18 de novembro de 18.52 e art. I da de
n. 003 de 18 de abril de 1874. Pertence hoje ao mun. de S. Ga- PAU GRANDE. Rio do Estado da Bahia, aff. do Itapecurú.
Ijriel.
PAU GRANDE. Ribeirão do Estado de S. Paulo; desagua
PAU FINCADO. Coxilha no Estado do R. G. do Sul, pro- no Parahyba de Sul entre os ribeirões do Sobrado e da Lagòa
longamento da Coxilba Grande, entre o rio Santa Maria e o Preta. E' atravessado pela E. de F. de S. Paulo ao Rio de
Vaccacahy. Limita com o arroio Cacequy e rio Ibicuhy-Grande. Janeiro.
PAUFURADO. Log. nà comarca de TeíTé do Estado do PAU GRANDE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do
Amazonas, no rio .luruá. rio Kagado, que o é do Parahyba.
PAU FURADO. Pov. do Estado do Maranhão, no mun. de PAU GRANDE. Lagòa do Estado de Minas Geraes, no dist.
Santo Ij^naciodo Pinheiro. « E' logar central e muito augnieu- do Dionísio e mun. de S. Domingos do Prata. E' tamliem denomi-
tado dc população pela facilidade de transito, que olferece uma nada Páu Cíigtuite.
b la estrada mandada abrir pelo major José Bento Caldas. »
(Almanak do Maranitão, 1860.)
PAU GRANDE. Cachoeira no rio Mamoré, entre a das Ba-
naneiras e a da Lage. Deram-llie o nome por causa de gigan-
PAU FURADO. Ilha no rio Guaporé, unsSOkils. abaixo da tescas gamelleiras que ahi crescem. Foi também chamada dos
bocca Miguel e cerca de 70 kils. acima do Leomil; no
lio rio S. Payíagaios, e os indígenas a conheciam pelo nome de Tiahoam.
Estado de Matto Grosso. Dista 20 kils. da das Bananeiras. Passam-se á sirga as canoas
PAU FURADO. Arroio do Estado dò Paraná; desagua no completamente descarregadas. O caminho de terra é de 36 kils.
rio Tibagy próximo á foz do Umbituva.
Acachoeiraó de um kil. deextensão, e terrível nas cheias do rio.
PAU FURADO. Rio do Estado de Goyaz, aff. do Paredão, PAU GROSSO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun.
que o é do i\íanso e este do Ara.íuaya. de Santa Luzia. Orago S. Bernardo e diocese de Marianna.
Foi elevado á dist. pelo art. III da Lei Prov. n. 1.893 de 17
PAU FURADO. Ribeiro do Estado de Matto Grosso, atra- de julho de 1872 e á categoria de parochia pelo art. IV da
vessa o caminho de Cuyabii a Goyaz, cerca de 30 kils. a E. de de n.' 2.002 de 15 de novembro de 1873. E' ligada a Jaboti-
Jatobá. catubas por uma estrada atravessada pelo rio deste ultimo
PAU GIGANTE. Passou assim a denominar-se a villa do nome. e a Mattosinhos e Sete Lagoas por uma outra atra-
Guaraná, no Estado do Espirito Santo, por Dec. de i de marco vessada pelo ribeirão José Alves. Tem duas escóis, publs.
de 1892. de inst. prim., a do sexo femenino creáda pela Lei Prov.
n. 2.^39 de 26 de junho de 1876 e a do sexo masculino pelo
PAU GIGANTE. Log. no mun. de Santa Cruz do Estado do
art. II da de n. 1.925 de 19 de julho de 1872,
E. Santo.
PAU GIGANTE. lUia no rio Doce, defroute do porto do
PAU GROSSO. Log. do Estado do Maranhão, distante cerca
Sinizas ;
no Estado do E. Santo. de 84 kils. de Monção.

PAU GIGANTE. Rio tio Estado do E. Santo, aff. da margem PAUGROSSO. Ilha do Estado do E. Santo, no rio Doer.
dir. do rio Doce. entre Linhares e o Tatú,

PAU GIGANTE. Lagòa do Estado do


Santo, na margem lí.
PAU GROSSO. Riacho do Estado do Maranhão, aff'. do rio
dir. do rio 1 )in.-i', coiu por um pequeno
quem tem comuiunicação Corda, que o é do Mearini.
rio. Fica cntri- as lagoas do Boqueirão e do Pão Doce. PAU GROSSO. Córrego do Estado de Minas Grrars. alV. dn
PAU GRANDE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. margem dir. do rio das Velhas.
do Bom Conselho, [lá ]io mesmo num. um outro log. denominado PAU INFINCADO. Serra do Estado do Ceará, no mun. de
Pau Grande lie ('ima. Santa Quitéria.
PAU GRANDE, Log. do Estado- de Sergipe, no mun. do Soc- PAU INFINCADO. Lagòa no Estado do Ceará, no dist. de
oorro.
Areias.
PAU GRANDE. Log. do Estado do Rio d(^ Janeiro, a tres PAUINY. Rio do Estado do Amazonas, alV. do Purús i)ela
kils. da pov. e estaçâo cla Raiz da Serra, nas fraldas da serra margem esquerda.
S5.40S
)

PAU — i21 — PAU

PAUL. Log. do Estado do E. Santo, á margem do rio grade de madeiras. E' ahi o rende:— vms do bello sexo e o ponto
Jucá. predilecto das serenatas em noites de luar.»
PAULA. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Santa PAULISTA, s. m. e f. natural do Estado de S. Paulo : A' in-
Qui leria. trepidez dos antigos Paidistas devemos nós a acquisição desses
PAULA. Serra do Estado de Minas Geraes, nas divisas do territórios, c^ue formam hoje alguns dos nossos mais vastos Es-
dist.de Santo Antonio de Piracicaba, pertencente ao mun. de tados, adj. , qne é relativo ao Estado de S. Paulo: A industria
Baependj^ paulista consiste principalmente na cultura do café.

PAULA FIGUEIREDO Estação da E. de F. Leopol-


(D^.). PAULISTA. Pov. do Estado do Piauhy, no termo de Jaicós,
dina, no E=;tado de Minas Geraes, entre às estações de D. Euzeliia com uma esch. publ. de inst. prim., creada pelo art. II da Lei
e Sobral Pinto, na linha principyl, no kil. 135.522, a 243'»,2.3i Prov. n. 1.056 de 12 de junho de 1882. A Lei Prov. n. i.078 de
de altitude. 13 de julho de 1883 creou ahi uma parochia e a de n. 1.137 de 20
dejuliio de 1885 elevou-a á categoria de villa. Fica a 120 kils.
PAULA LIMA. Dist. do Estado de Minas Gei-aes, no mun- de Jaicós e está situada á margem dir. do riacho Itahim, em ter-
de Juiz de Fora, a 33 kils. da cidade de Barbacena. Orago N. S. reno estéril e pedregoso na estrada que vae ter ao rio S. Fran-
d'Assumpção e diocese de Marianna. Foi com o nome de Cliapé cisco, e perto da serra Dous Irmãos que limita esse Estado com
de Uvas creado parochia pelo Alvará <le ISl') incorporado ao ;
o de Pernambuco, e das nascentes do rio Canindé, lí' logar de al-
mun. de Juiz de Fóra pelo art. VIII da Lei Prov. n. 472 de 31 de guma importância e ponto principal do commercio de gado vaccum
maio de I8õ0. Tem diias esclis. [lubls. de inst. prirn. Agencia com os Estadosdimitrophes. Foi antigamente uma fazenda de
do correio. Estação telegrapliica. Ijii;ada á Capital Fnderal pela criação e em 1829 formava um districto de paz. Tem uma capella
E. de F. Central do Brazil, que ahi tem uma estação, situada pequena e antiga, edificada pelos avós do Visconde do Parna-
entre João Gomes e Bemlica. a 14.630 kils. desta, a 28.8 )0 daquella liyba, um cemitério junto á mesma, edificado em 1875 e algumas
e a 303,375 da Capital Federal, a 704'",6S2 de alt ira sobre o nivel casas.
do mar. Foi essa estação inaugurada a 1 de fevereiro de 1877 e
passou a denominar-se Dias Tavares- por Aatn de 24 de julho PAULISTA. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. do
de 1889. Sobre as divisas desse dist consulte-se o art. V da Serro. Oraso S. José e diocese de Diamantina. Foi creado parochia
Lei Prov. n. 1.190 de 23 de julho de 1864 n. 2. .590 de 3 d:' ja-
:
pela Lei Prov. n. 2.258 de 30 de julho de 1S76. Tem agencia do
neiro de 1880 n. 3.219 de 11 de outubro de 1884. Perdeu a ileno-
correio e duas eschs. publs. de inst. prim. E' banhado pelo rio
:

minação de Cliapéo de Uvas pela lie Paula Lima pelo Dec. n. 412 Suassuhy Sobre limites vide: art. VI da Lei Prov. n. 2.722 de
de 21 de março de 1891. Tem 2.400 habitantes. 18 de dezembro de 1880. Em 1886 escreveu-nos o vigário dessa
freg.: « O Paulista, segundo atradicção, tem esse nome de um
PAULA MATTOS. }iIorro do
Federal, prende-se ao
Dist. aventureiro, natural de S. Paulo, que o habitou. Mais tarde, por
morro de Santa Thereza. Tem uma egreja e um elevador, que morte deste, foi o logar habitado por Antonio José dos Santos que,
começa na rua do Riachuelo. E' muito habitado. morrendo, fez doação dessas terras á Santíssima Virgem e a
PAULA MENDES. Bairro no mun. da Piedade, no Estado S. José, cujas imagens se achavam coUocadas em uma pequena
de S. Paulo. ermida ou casa de oração doada pelo padre Luiz da Encarnação
Rangel, ficando o logar desde então conhecido pelo nome de São
PAULA RAMOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no José do Paulista». O território do dist. produz café, milho, fei-
dist. da com. de Manhuassú. Recebe o córrego do Veado. jão, arroz, algum trigo, batatas, mandioca, etc. Suas florestas são
PAULAS. Córrego do Estado de ^Minas Geraes, no mun. de ricas em madeiras de construcção. Ciúação de gado.
Cambuliy. PAULISTA. Log. do Estado do Piauliy, no mun. de S. João
PAU LAVRADO. Uma das estações da E. de P. da Baliia do Piauhy.
ao S. Francisco, eijtre as estações de Sitio Novo e Catú.
PAULISTA. Pov. do Estado doParahyba do Norte, no mun.
PAU LAVRADO. Morro do Estailo de Minas Geraes, no de Pombal, seis léguas a NE., com uma esch. publ. de inst.
mun. de Tiradentes, nas divisas da freg. da Lage. prim., creada pela Lei Prov. n. 336 de 8 de abril de 1870, e uma
Capella de N. S. da Conceição.
PAU LAVRADO. Riacho do Estado de Sergipe, aff. do rio
Itamirim. PAULISTA. Log. do Estaco de Pernambuco, na freg. de
PAU LAVRADO. Córrego do Estado de Goyaz, aíT. do ribei- N. S. dos Prazeres de Mamanguape.
rão Jacobina. PAULISTA. Ai-raial do Estado da Bahia, distante 3i5 kils.
PAULICA. do E.stado do Maranhão, aft'. do Mearim.
Rio da villa do Brejinho. E' logar muito florescente, com boa la-
Atti-avessa a estrada das Boiadas. Tem uma ponte no logar — voura de canna e uma fonte thermal.
Penteado. PAULISTA. Log. do Estado de Minas. Geraes, desmembrado
PAULINA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Li- do dist. e freg. da Itabira do Campo e annexado á de S. Caetano
moeiro. da Moeda pelo art. Ida Lei Prov. n. 2.714 de 30 de novembro
de 1880.
PAULINA. Arroio do Estado do Rio Grande do Sul desa- ;

gua na ma''gem esq. do rio Ibicuhy entre os arroios Corticeira e PAULISTA. Ilha do Estado da Bahia, no rio S. Francisco
Inhacm'utura e abaixo do rio Toropy. e mun. do Chique-Chique.
PAULINA. Lagôa do Estado de Minas Geraes, no mun. de PAULISTA. Rio do Estado da Bahia nasce nas matlas de
;

Suassuhy. E' dividida em duas partes e abunda em peixes de Jíonte Alegre, banha o mun. da Baixa Grande e desagua no
diversas qualidades. rio do Peixe, no mun. do Camisão. Recebe o Jundiá.

PAULINO. Log. do Estado de Minas Geraes. no rio Santo PAULISTA. Rio do Estado do Paraná, no mun, de Imbi-
Antonio, que atravessa a estrada do Piumhy a Uberaba, Araxá tuva. Nasce na serra da Ribeira e é muito encachoeirado.
e Desemboqiie.
PAULISTA. Lagòa no Estado do Rio de .Janeiro, -na costa do
PAULINO. Lagòa do Estado de Minas Geraes, no mun. de Oceano, atravessada pelo canal de Macahé a Campos. Dessa la-
Sete Lagòas. E' íiiíje conhecida simplesmente pelo nome de gôa o can;il segue pelo rio do Carrapato.
Lagôa e é das sete que dão o nome áquella cidade a mais bonita. PAULISTAS. (Arraial Novo dos) Pov. do Estado de Goyaz,
De^Sete Lagoas escreveram-nos « Dos passeios desta cidade o
:

no mun. de Entre Rios, na confluência do Corumbá com o Pa-


lio at>nn-o (lã lagôa do Paulino é o mais lindo. E' das maisbellas
A lagôa ó formada por duas ranahyba.
;i |)nr?pectiva que dahi S'^ gosa !

lindiií curvasque vãn-seuniv juncto das coUinas dr> Miioury. em PAULISTAS. Arroio do Estado do R. O. do Sul. afT. da
Icriii aterro. Essas duas curvas são iiccu|"jadas por pequciuis
'
:r' margem dir. do rio Cahy.
cliacafás, que espelhara suas verdejantes plantações na agua PAULISTAS. Ribeirão do Estado ile Minas Geraes, ali", da
limpida e mans:i. era que iirineiim lindas aves. A serra do Cru- margem dir. do rio Pará.
zeiro projecta elegantemente sua somlira sobre o fundo d'agua
semelhando o aspecto de imia columua tombada. O aterro, d'onde PAULISTAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no mun.
se contemplam estas bellezas, ó ornado de uma bem construída de Santo Antonio de Patos. Dèsagua no rio Paranahyba.
DICC. GEOQ. 16
PAU 422 ~ PAU

PAULISTAS. Córrego do Estado de Minas 'Geraes, afT. do me tem fel to e ao diante éspei*o que faça, e por folgar de lhe fazer
que o é do Doce. Tem seis kilonietrosde e-t-
rio Sacraiiif iilo, mercê do meu pi'oprio.mntu, certa sciencia, Poder Real e abso-
tunSHO c desce da, serra do iMomljaça. luto e sem no-lo elle pedir, nem outro por elle: Hei por bem e me
praz de lhe fazer, como de feito por esta presente Carla faço,
PAULISTAS. Ribeirão do Estado de Goyaz, aíl'. do rio Ve- mercê e irrevogável doação entre vivos, vale lora deste dia para
rissiino jicla margem esq. Banha o mun. de Entre Rios. todo o sempre, de juro e herdade, para elle e para todos os seus
filhos, netos, herdeiros e successores que após elle vierem, assim
PAULO. Igarapé no mun. de Óbidos do Estado do Pará.
descendentes como transversaes, e os lateraes, segundo adianta
PAULO. Rio do Estado do Paraná, aff. do Tiljagy, que o é irá declarado de cem léguas de terra na dita costa do Brazil,
do Paranajianema no mun. do Tibagy. (Inf. loo.). Do mesmo
:
repartidas desta maneira cincoenta e cinco léguas que come-
:

mun. nos íazi-m menção de um morro desse nome. çarão de treze lepiias ao Norte de Cabo Frio e acabarão no no
PAULO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, na freg. do de Curupacé, e do dito Cabo Frio começarão as ditas treze
Cuicli; desagua na margem esq. do rio deste nome. (Inf. loc).
;
léguas ao longo da costa para a banda do Norte, e no cabo
PAULO. Lagòa do Estado do Rio de Janeiro, no canal de delias se porá um padrão das minhas armas, e se lançará uma
Campos a Macalié, próxima á íVeg. de Quissaman. linha pelo rumo de Noroeste até a altura de vinte e tres gráos ;

e desta dita altura se lançará outra Unha que corra directa-


PAULO (Rio do). Vide JVahilrk. mente a Loeste e se porá outro padrão da banda do Norte do
PaULO (Estado de S.). — Limites.—
;

Este Estado confina dito rio Curuiiacé se lançará uma linha pelo rumo de Noroeste
:

N. com o Estado de Minas Geraes. ao S- com o do Pa


jielo até a altura de vinte e tres' gráos e desta altura cortará a linha
raná e Oceano Atlântico, a E. como do Rio de Janeiro e com o directamente a I.oeste ; e as quarenta e cinco léguas que fal-
mesmo Oceano, e a 0. com os Estados de Minas Geraes e Matto lecem começarão do rio de S. Vicente, e acabarão doze léguas
Grosso. « linha septentrional cora a Província de Minas Ge-
A ao sul da ilha Cananéa, e no cabo das ditas doze léguas se porá
raes, diz o Dr. Candido Mendes, é uma das mais incorrectas um padrão, e se lançará uma linha que vá directamente a
que conhecemos. Começando da parte oriental, temos o niorro Loeste do dito rio S. Vicente, e no liraço da banda do Norte
(lo Lopo, segue pelo riljeirão da Extrema, vai a S. José de se porá um padrão e lançará uma linha que corra directamente
Toleflo, ao rio Corrente, aos montes Pellado, Bahú, próximo á a Loeste. E serão do dito Martiin AtTonso de Souza qnaesjuer
Borda da Matta, e d'ah'i aos Montes Alegres, e destes montesa ilhas que houver até dez léguas ao mar na tVontaria e demar-
Ibz do rio de S, Matheus, onde iãz barra no rio Pardo, e das cação e serãio de largo ao longo da costa, e entrarão piAo sertão
nascentes do mesmo S. Matheus demanda o córrego das Areas, e terra firme a dentro tanto e quanto piulerem entrar e for de
e das nascentes d'este córrego, segue ao monte dos Carvaíhaes, minha conquista: da qual terra e ilhas pelas sobreditas demar-
e deste monte ás serras das Neves, Fortaleza, íSellada, e Pal- cações assim, lhe faço doação e mercê de juro e lie.'dade para
meiras que dividem as aguas para os rios Mogy-Mirim e Grande todo sempre, como dito he, e quero eme praz que o dito
o rio das Canoas na confluência com o da Onça. e seguindo pelo Martim Alfonso e todos os seus herdeiros successores, que a
mesmo Canoas até á sua foz no mesmo rio Grande, nas vizi- dita terra herdarem e succedei-em, se possam chamar e chamem
nhanças da celeln-e cachoeira Jaguára, em frente á S. Barbara. Capi tães e Governadores delia.» A Pei'o ou Pedro Lopes de
He esta a linha que descreve o mappa de Gerljer, e a que a Souza fez-se-lhe a concessão dè 80 léguas em diflérentes partes
Província de Minas Geraes se julga com direito, mas he a que da costa. Entretanto, si se attender ao território meridional,
contesta a de S. Paulo,como mais adiante se mostrará. Alinha sua doação era superior em extensão, si a terra de S. Anna é,
oriental já está conhecida no presente artigo. A do S. ou meri- como diz o seu Roteiro, a da margem esq. do rio da Prata,
dional he mais pronunciada porque se descrimina pelo thahtvfj onde se fundou a Colónia do Sacramento, mas estando determi-
dos rios Paranápanema, e Itareré ou Itararé, Itapirapuan, e nada a latitude já se vê que não passava do rio Araranguá no
Pardo, allluentes da ribeira de Iguapé, Serra Negra, e Varadouro actual Estado de S. Catharina. Eis a integra da Carla
até o mar em frente ao córrego próximo á x\.rarapira. Mas esta Régia de 1 de setembro de 1534, na parte relativa aos limites
ultima parte da linha não está ainda assentada, e subsistem da doação: «D. João por graça de Deus Rey de Porfugal e
duvidas quanto á primeira, como mais adiante se dirá :
dos Algarves d'aquem e d'além mar, em Aírica, Senhor de
assim como no artigo relativo á Província do Paraná. A linha Guiné e da conquista, da navegação e commereio da Ktliiopia,
divisória occidental se assignala pela serra da Mantiqueira, e Arábia, Pérsia e da Índia, etc. A quantos esta minha Caita
thakeeg do rio Grande ou Paraná até á ibz do rio Para- virem, faço saber, que considerando eu quanto serviço de Deus
nápanema.» A posição geograiihica deste Estado é a seguinte :
e meu proveito e bem de meu.s Reinos e senhorios, dos naturaes
A lalilude austraí eomprehende os parallelos de- ii)°5i' e e súbditos d'elles, he ser a minha costa e lerras do Brazil mais
25'. A longitude oriental fica entre oG' e Í0«i8" do meri- povoada do que até agora foi, assim para se nella haver de
diano adoptado. A sua maior extensão de N. a S. é de celebrar o culto e ollicios divinos, e se exaltar a nossa sanla
14S léguas de Caconde á foz do rio Paranápanema ;e de E. a 0. Fé Catholica com trazer e provocar a ella os naturaes da dita
luO léguas jiouco mais ou menos desde a ilha de S. Sebastião terra, infiéis e idolatras, como pelo muito proveito que se se-
á margem esq. do rio Paraná. seu litoral poderá contar guirá a meus Reinos e senliorios, e aos naturaes e súbditos
90 léguas pouco mais ou menos. Este Estado que out'- d'elles em se a dita terra povoar e aproveitar. Houve por bem
rora comprplieudia os territórios dos Estados de Minas Geraes. de mandar re])artir e ordenar em Capitanias de certas léguas
Goyaz, iVJatto Grosso e Paraná até ás fronteiras meridionaes da para d"ellas prover aquellas pessoas, que bem me parecesse e
Republica, acha-se hoje limi lado ao território que conserva o pelo qual havendo eu respeito a creação que fez Pedro Lopes de
seu nome e é ainda um dos mais vastos da Republica. seu Souza, fidalgo de minha casa, e aos serviços que me tem feito,
território comp(3e-se dos que foram doados a Martini Affonzo de e ao diante espero que me faça, e por folgar de Ibe fazer nieieè
Souza e a smi irmão Pero ou Pedro l,opes de Souza. Jíartim de meu proprio-motu, certa sciencia, Poder R,<'al e uiisoluto,
Affonso, como o mais considerado dos dois, teve unia doação de sem m"o elle jiedir nem oiilrem ]viv elle: Hei por bem e me
100 Ifguas ilr terra, como se demonstra das Cartas Régias de ]iraz de lhe fazer mercê, como de l'"ilo por esta presente Carla
20 de novembro de 1530. as-ignadas em Castro Verde, e de (i de faço mercê e irrevogável doação entre vivos, valedora d'esle
outubro de 1534, e Koral de 20 dejaneiro de 1535, que aqui con- dia para todo o sempre, de juro e herda 'e, para elle e todos os
signamos; '«D. João, por graça de Deus Rey de Portugal, etc. seus filhos, netos, herdeiros e successores que após (Lelle vieroii
A quantos esta minha cartavireni. Faço saljer que considerando assim descendentes, como transversaes e collateraes, segundo
eu quanto serviço de Deus e bem de meus Reinos e senhorios, e adiante irá declarado, de oitenta léguas de terra na dita costa
dos uaturaes e sul)ditos delles, e ser a minha costa e terra do do Brazil, repartidas n'esta maneira: quarenta léguas que
Bi-azil mais povoada do que até agora foi, assim para se nella começarão doze léguas ao Sul da ilha da Cananéa e acabarão na
haver (b' celebrar o culto e olUcios divinos, e se exaltar a nossa terra de Santa Anna, que está (un altura de 28 grãos e um
santa Fé (^atholica com trazer e i)rovocar a ella os naturaes da terço; e na dita altura se porá o padrão, e se laucavá uma
dita terra iufieis idnla.tras, como ])elo muito proveito que se liníia que corra a Leste e dez léguas que começarão do rio de
seguirá a meus lleiuos e nos seidiorios, e aos naturaes e súbditos Curupacé, e acabarão no r'o de S. VMcente ;e no ililo rio
deiles, de se a dila teria povnur e aproveitar, hei por bem de Curupacé da banda do Norte se porá padrão e se lançará uma
mandar re])artir e ordenar em Capitanias, de certas era certas linha pelo rumo de Noroeste, até altura de 23 gráos, e d'esla
higuas, para delias jirover aquellas pessoas que a mim l)em me dila altura cortará a linha directamente a Loeste; e no rio de
pai'ecer, pelo c(ue guardando eu a creação que fiz em Martini S, Vicente da banda do Nm^te será outro padrão, e se lançar'
Allbnso de Souza, do Meu Conselho, e aos muitos serviços que uma linha que córte directamente a Loeste ; e as trinta léguas
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que fallecem. começarão no rio que cerca em redondo a illia de Pedro Lopes de Souza, deixando Martim Affonso na terra.
lUmaracá, ao qual rio eu ora pu:^ nome rio de Santa Cruz, e « E assentaram que o Capitão devia de mandar as náos para
acabarão na baliia da Traição que está em allura de 6 yruos, e Portugal com a gente de mar e ficasse o Capitão com a mais
;

isio com tal declaração, que a 50 passos da casa da feitoria, que gentJ em suas duas villas que tinha fundado, até vir recado
de principio fez Christovão Jacques pelo rio dentro ao longo da da gente que tinha mandado a descobrir pela terra a dentro ;
jiraia, se porã um padrão de minhas armas, e do dito padrão se logo lhe mandaram fazer prestes para que eu fosse a Portugal
lançará uma linha, que cortará a Loeste pela terra firme a n'estas duas náo.s, a dar conta a El-Rey do que tínhamos lidito.»
dentro, e a dita linha jiara o Norte será do dito Pedro Lopes e Martim Alfonso de Souza acceitou o nome que achou, não
do dilo patlrão pelo rio abaixo, para a barra e mar. ficará curando de impor outro. Na liistori i da descoberta e coloni-
assim mesmo com elle dilo Pedro Lopes a metade do dito rio saçãodo Brazil cumpre attender que quando o Governo da
de Santa Cruz, da banda do Norte, e será sua a dita ilha de Metrópole tomou a deliberação de dividir o território descoberto
Itnmaracá e toda a mais parte do dito rio de Santa Cruz que por differentes donatários, já conhecia bem a costa, e por isso
vai ao Xorte: e bem assim serão suas quaesquer outras ilhas nas cartas de doação, furam indicados com certa precisão os
que liouver, até dez léguas ao mar na frontaria e demarcação limites. Desde a primeira viagem de D. Nuno ilanoel com
das ditas nitenta léguas. As quaes oitenta léguas se estenderão e Américo Vespucio, até 1531, ou antes até 1530, quando Martim
serão de largo ao longo da costa, e entrarão pelo sertão e terra Alfonso de Souza, por Carta Régia de 20 do novembro, escripta
firme a dentro, tanto qu.mto puderem entrar e for da minha em Castro Verde, foi encarregado do commando de uma
cont|uista, da qual terr.i e ilhas, i'elas sobreditas demarcações Armada, e de povoar qualquer ponto da costa do Brazil, onde
lhe assim f ço doação, e mercê de juro e herdade para todo o se quizesse estabelecer ; muitas armadas explora'loras vieram
semiire como o dito he. E quero, e me praz, que o dito Pedro ao Brazil, commerciavam com os indigenas, desde o cabo de
Lopes, e todos os seus herdeiros e sucL^essores, que a dita terra S. Roque até ao rio da Prata, sendo a mais celebre a de
herdarem e sucoederem. se possão chamar e chamem Capitães que foi chefe Christovão Jacques, e a do mesmo Martim Affonso.
Governadores iTellas.» Ao território concedido aMartim Alfonso Dentre as nações estrangeiras, que frequentavam a nossa costa,
de Souza denouiinou-se Capitania de S. Vicente, ])or haver o distinguia-se a França, qne por seus navegantes particulares,
mesnjo Donatário se estabelecido á margem do rio do mesmo especialmente corsários, procurava estabelecer-se nas mesmas
nome. A de Pedro Lopes de Souza, encravada no território de terras, e foi principalmente o seu empenho e pertinácia, que
seu irmão, cliamou-se de Santo Amaro. Alguns autores assegu- provocou a medida da cre ição de Donatários paro o povoa-
ram que o nome de S. Vicente tora imposto ])or Martim AtTonso mento e cultivo do Brazil ;
pois que durante os primeiros
do Souza: mas nisto ha manifesto engano. Esse nome foi dado ao trinta annos dó geouloXVI, todas as vistas do Governo Por-
rio. hoje conhecido por Casqueiro, por D. NuaoManoel, quando tuguez estavam fitas nas índias Orientaes. Como se vè dos
com .'Vmerico Vespucio fez a primeira viagem ao Brazil em documentos supra cisados, foi depois do estabelecimento de
1501 e por isso deu-se o nome de Rio- de Janeiro á Ijahia que
: Martim Affonso de Souza, e da volta do seu irmão a Portugal
Ibe-, pareceu rio no 1° de Janeiro de 1502 ; assim como cha- que a doação de ambos se regularisou, ficando o primeiro com
maram .\.agra dos Reys, S. Sebastião, e S. Vicente os pontos uma Capitania que começava no rio de Macahé, e terminava
em que tocaram á 6, 20, e 22 de Janeiro do anno citado de 1502. 12 léguas ao S. de Cananéa, pouco mais ou menos na barra
E tão cerlo é o que acabamos de dizer, que Pe Iro Lopes de de Paranaguá ; e o segundo com 10 léguas encravadas na
Sousa no seu Roteiro já denomina rio deS. Vicente, o em cujas Capitania de seu irmão, no espaço comprehendido entre a
margens se fundou a villa do mesmo nome ; é porto tão bem barra de Santos e o rio Curupapé, actualmente Juqneryquerè, e
conhecido pelos navegantes e pilotos portuguezes, que foi o esco- mais 70 fóra do território da doação de Martim Affonso.
lbi(hi pela armada para ae preparar pai^a a volta de Portugal, Estes territórios, sendo os primeiros povoados pelos Donatários,
depois dos desastres que tiveram no rio da Prata. Eis como se ou mediant! sua influencia, foram os uUimos póde-se dizer,
ex|irpssa Pedro J.opes de Souza na derrota da vinda de Portugal que reverteram á Coroa, quando esta, mudando de systema,
para exploração da costa do Brazil até o rio da Prata «Terça- ;
tomou o empMiho de reorganisar sob sua direcção immediata
íeira ao nieio-dia (8 de Agosto) fizemos o caminho ao Noroeste; as terras do Brazil. Creadas as duas Capitanias denominadas
])or que pelo dito rumo nos faziamos com o rio de S. Vicente» de S. Vicente e de Santo Amaro, eram administradas por agentes
E mais adiante, quando voltava a armada do rio da Prata : nomeados pelos Donatários, e seus herdeiros ; mas desde que
«Domingo 20 do dito mez (Janeiro de lã.32) pela manhã 4 legnas se creou o Governo central na Bahia, eram esses emprega los
de mim, via abra do porto de S. Vicente demorava a Nordo-
: sujeitos áquelle Governo, tanto no administrativo como no
este ;e com o vento Les-nordeste surgimos em fundo de 15 judicial. Conquistando a Coi'òa a bahia do Rio de .Janeiro, e
braças d'arèa, meia légua de terra; e ao meio dia tomei o sol estabalecendo alli um Governo, parece que por este facto perdeu
em 2rl gráos e 17 meudos (minutos; etc. Como se fez o vento o Donatirio o -rritorio iinraediatamAnte dependente do mesmo

fc

.Sudoeste, demos á vélla ; esta noite no quarto da modorra Governo, e que foi denominado Capitinia do Rio de Janeiro.
fomos surgir dentro n'ab?a em fundo de 6 Ijracas d'arèa grossa. No intervallo de 1532 a 16.58 é a historia do território de São
Segunda feira 2i de Janeiro demos á véla, e fomos surgir n'uma Paulo pouco conhecitla. Sabe-se que nesta época as Capitanias
]n'aiada ilha do Sol (Santo Amaro?) pelo porto ser aljrigado
;
de S. Vicente e de Santo Amaro não dependeram mais do governo
•de todos os ventos. Ao meio dia veia oGaleão S. Vicen'e surgir do Rio de Janeii'o, tendo passado para o da Bahia. Que eni
Junio comnosco, e nos disse como fóra não se podia amostrarvéla, 1G93 vollaram de novo a unir-se á Capitania do Rio de Janeiro,
com o vento Sudoeste.» Eis a causa da demora da Armada n'este formando pouco depois uma Ouvidoria separada, como no pre-
porto: « Terça feira pela manhã (22 de janeiro) fui n'um batel cedente artigo se notou parecendo certo que a posse intrusa do
;

da banda de aloeste da baliia, e achei um rio estreito em que as Jíarquez de Cascaes na villa de Piratininga, muito concorrera
náos se podiani carregar, por ser muito abrigado de todos os para eleval-a á c pilai da Canitania (1761), sob a denominação
i

ventos: e á tarde mettemos as náos dentro com o vento Sul. de S. Paulo, e bem assim a dar noni3 a todo o te.-ritorio. como
Como fomos dentro mandou o Capitão fazer uma casa em terra posteriormente aconteceu. E por altinio revertendo á Coròa por
para meiter as velas e enxárcias. Aqui n'este porto de São compra a herança de Pedro Lopes de Souza, como já se disse
Vicente varamos uma não em terra.» E continuando diz : no precedente artigo, foi constituida em Capitania geral, inde-
« A todos nos pareceu tão boa esta terra, que o Capitão deter- pendente da do Rio de Janeiro. Cumpr? porém notar, que as
minou de a povoar, e deu a todos os homens teiTas para la- longas discens'es entre as casas de Monsanto e de Vimieiro,
z-rem fazendas e fez uma villa na ilha de S. Vicente, e outra herde.ros dos dons Donatários apressaram a reversão dos res-
9 léguas dentro pelo sertão, á horda de um rio, que se chama liectivos territórios á Coròa : assim como as lutas com os
Piratininga e reitartiu a gente n'estas duas villas e lez n'ella
: Emboabasou forasteiros de IMinas Geraes concorreram muito
Oíficiaes: e póz tudo em bòa ordem de Justiça, de que a gente para a .segregação dess3 território do da Capitania novamente
toda tomou muita consolação, com verem povoar villas, ter creaila (1710) de S. Paulo. Dessa época em diante a historia
leis e sacrificios, e celebrar matrimónios ; v i verem em conimu- desse território deixa de ser confusa, e pode ser apreciada pelas
nicação das artes a cada um, senhor ilo seu; e vestir as
; e ilalasda Legislação, explicando-se im^fei tamente as causas por
injurias particulares; e ter todos os outros bens da vida segura que o seu vastíssimo terrilo:-io ss re(lu7,i\i á presente situação.
e conversavel.» Aqui temos portanto a origem deste Estagio, Pelo Alvará de 2 fie dezembro de fiiíO, foi desligado o ;erritorio
que começou a ser regularmente povoado desde o dii 22 de de .S. Paulo do de Minas Geraes, fixando-se os limites
janeiro de 1532, coincindindo esta data com a de 1502. As pro- cons' antes da integrado mesmo Alvará qne aqui reproduzimos:
videncias apontadas pelo Roteiro tiveram logar daquelle dia « Eu, EI-Rey, faço saber aos que este meu Alvará virem, (pio
22 de janeiro a 22 de Maio, quando partiu para Portugal tendo consideração ao que me representou o meu conselho Ul-
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tramarino, as representações que tainbem me fizeram o Blarquez crever. — José


Ignacio Arouche.— Thomé Gomes Moreira. » No
de Angeja, do meu Conselho de Estado, sendo Vice-Rey, e anno de 1742, iior outra Provisão de 4 de janeiro, lambem foi
Capitão General de jnar e lerra do Estado do Brazil, e D. Braz desligada a villa da Laguna e respectivo território, e incorpo-
Balthazar da Silveira no tempo que foi Governador das rados á mesma Capitania cuja Provisão aqui registramos;
;

Capitanias dr S. Taulo e Minas, e o Conde de Assumar «D. Josépor graça de Deus, Rey di' Portugal e dos Algarves
T). Pedro de Vlmeida, que ao presente tem aquelle governo, d'aquém e d'além mar, em Africa, Senhor de Guiné, etc, l'';Lro
(•US iuroriiiacões que se tomaram a varias pessoas, que todas saber a vós. Governador e capitão-general de S. Paulo. q\ie atten-
iinilbrinemenle concordam em ser muito conveniente ao meu dendo a ficar muito distante da Capital desse governo a villa ila
serviço, e bom governo das ditas Caiiifcanias de S. Paulo e Minas, Laguna, e que por elle se não pôde dar providencia naquella
e á sua melhor defensa, que as de S. Paulo se separem das que parte, em qualquer caso que peça promptamenle remédio. F^ii
pertencem ás Minas, ficando dividido todo aquelle distr., que servido determinar por Resolução de 18 de dezembro do anno pró-
até agora estava na jurisdicçâo de um só governador em dous ximo passado tomada em consulta do meu Conselho Ultramarino,
governos, e dous governadores. Hei jjor bem que nas capitanias que a dita villa da Laguna se separasse desse governo, e se una á
de S. Paulo se crie um novo governo, e haja nellas um gover- da Capitania do Kio de Janeiro, de que vos aviso para que assim
nador com a mesma jurisdicçâo, prerogaiivas e soldo de oito mil o tenhaes entendido. El-Rey, noíso senhor, mandou pelo Dr. Tliomé
cruzados cada anno, pagos em moeda, e não em oitava de ouro, Gomes Moreira, Martinho de Mendonça de Pina e de Proença,
assim como tem o governador das Minas, e lhe determino por li- conselheiros de seu Conselho Ultramarino, e se passou por duas
mites no sertão pela parte que coníina com o governo das Minas, vias. « Caetano Ricardo da Silva a fez em Lisboa a 4 de jani^im
os mesmos conlins que tem a com. da Ouvidoria de S. Paulo, de 1742.— O secretario, Manoel Caetano Lopes do Lavre, a léz
com a com. da Ouvidoria do Rio das Mortes, e pela marinha escrever. — —
Thomé Gomes Moreira. Martinhc de Mendonça de
quero que lhe pertença o porto de Santos, e os mais daqnella Pina e de Proença. r> Passados quasi oito annos. por outra Pro-
costa, que lhe ficam ao S. aggregando-se-llie as villas de Paraty, visão de 17 de maio de 1749, foram desligados os territórios de
de Ubatuba, da ilha de S. Sebastião que desannexo do governo Goyaz e de Matto Grosso, para formarem capitanias distinctas.
do Rio de Janeiro : e o porto de Santos ficará aberto e com liber- No intervallo de 1750 a 1765, com a retirada do capitão-general
dade de irem a elle em direitura deste Reino os navios, pagando D. Luiz de Mascarenhas, foi a capitania de S,. Paulo de novo
nelle os mesmos direitos, que se pagam no Rio de Janeiro, e nesta incorporada á do Rio de Janeiro, e a es te fac to se dpve at tribulr
conformidade mando ao meu Vice-Rey, capitão general de mar e em grande parte, a linha incorrecta da sua fronteira septen-
terra do Estado do Brazil, e aos Governadores das Capitanias trional. Mas foram tão inconvenientes e prejudiciaes os resul-
delle, tenham assim entendido, e cada um pela parte que lhe tados desta incorporação, que a reclamo do 1" Vice-Rey Conde da
toca, cumpra e faça cmnprir este meu Alvará inteiramente como Cunha, se desligou de novo a Capitania em 1765, como se vê do
nelle se contém sem duvida alguma, o qual valerá como carta, e Aviso de 4 de fevereiro desse anno que copiamos: «Ulm. e Exm. Sr.
não passará pela Chancellaria, sem embargo da Ordenação do — Sendo presente á Sua Magestade pela carta de V. Ex., que
Liv. 2', tit. 39 e 40 em contrario, e se registrará nos livros das ti'ouxe a data de 19 de julho do anno próximo passado, o mise-
Secretarias e Camaras de cada um dos ditos Governos jiaraque a rável estado a que se achava reduzida a Capitania de S. Paulo
tcíd ) tempo conste da creação do Governo de S. Paulo e suas por falta de governo, e de novo descoberto de S. João de Jacidiy,
pertenças e annexos declarados o qual se passou por seis vias. que fica muito perto da dita cidade de S. Paulo. O mesmo
João Tavares o fez em Lisboa Occidental a 2 de dezembro de senhor deu logo a providencia necessária nomeando D. Luiz An-
1720. O secretario. Andre Lopes do Lavre, o fez escrever » Em tonio de Souza para Governador e capitão-general da mesma
172G por Alvará de 16 de Janeiro, que também copiamos, foi a Capitania, o qual embarca na presente frota: e ordena que V. P]x.
villa do Paraty desligada de S. Paulo, e de novo incorporada na o instrua nas matérias, que tiver alcançado pertencentes áquelle
do Rio de Janeiro: Eis a integra do Alvará; « D. João. por graça Governo, e da mesma sorte faça V. Ex. tomar ylssc/íto dos limites
de Deus, Rey de Portugal e dos Algarves d'aquém e d'além mar, por onde deve partir a dita Capitania, com as das Minas Geraes
em Africa, Senhor de Guiné, etc. Faço saber a vós, Rodrigo Cezar e Goyar, para com elle dar conta a Sua Magestade, e o mesmo
de Menezes, Governador e capitão general da Capitania de senhor resolver o que lhe parecer anais justo. Da mesma sorte
S. Paulo, que por ser conveniente ao meu real serviço, ao bene- remetterá V. Ex. a cópia do dito Assento aos Governadores e
ficio commum dos moradores da villa de Paraty, a respeito de lhes capitães-generaes das Minas Geraes e Goyaz, a quem Sua Mages-
ficar mais perto o recurso para os seus particulares. Fui servido tade manda escrever declarando-lhes, que devem ficar observando
resolver por Resolução de 8 deste presente mez e anno, em con- o que se assentar na Jimta que se fizer a este respeito até reso-
sulta do meu Conselho Ultramarino, de que a dita villa fique lução do mesmo senhor pela qual confirme ou altere o conteúdo
não só incorporada ao governo do Rio de Janeiro, mas sujeita á neila. Deus guarde av. Ex, Salva Terra de Magos, a 4 de fe-
correcção daquella com,, digo, daquella Capitania, de que vos vereiro de 1763.- —
Francisco Xavier de Mendonça furtado. —
aviso, para que assim o tenliaes entendido da resolução que fui Sr. Conde da Cunha. » Por Alvará de 9 de setembro de 1820, foi
servido tomar neste particular. El-Rey, nssso senhor, o mandou também desligado o território da parocliia de Lages desta capi-
por Antonio Rodrigues da Costa, e o Dr. José Gomes de Azevedo, tania, para se incorporar á que se creára em Santa Catharina.
conselheiro do seu Conselho Ultramarino, e se passou por duas Finalmente, em 1853, a Lei n. 704 —
de 20 de agosto, separou o
vias. Bernardo Felix da Silva a fez em Lisboa occidental a 16 de território da com. deCurityba, elevando-a a categoria de prov.,
Janeiro de 1826. O secretario, André Lopes do Lavre a fez es- sob a denominação de —
Prov. do Paraná, Na mesma Lei que
crever.— Anto7no Rodrigues da Costa. — José Gr •mes de Azevedo.» aqui consignamos estão declarados os respectivos limites, mas
Dois annos depois, pela Provisão do Cnnsplho Ultramarino de 11 sem detalhado assignalamento: «Art. 1" A com. de Curityba na
de agosto de 1738, fòram também desligados a ilha de Santa Prov. de S. Paulo lica elevada á categoria de prov., com a de-
Catliarina e o território do rio S. Pedro, que mais para deante nominação de —
Prov. do Paraná. A sua extensão e limites serão
constituíram novas Capitanias, se ido incorporadas á do Rio de os mesmos da referida com. » Por tanto esta Lei ainda dependia
Janeiro. Eis como se ex])rime a Provisão: «D. João, por graça de outras da Assemblóa Provincial, para que se descriminassem
de Deus, Rey de Portugal e dos iVlgarves d'aquém e d"aléin mar, taes limites. A Lei Provincial n. 11 —
de 17 de julho de 1852, no
em Africa, Senhor de Guiné, etc. Faço saber a vós. Governador art. 1° § 10 declarava que a com. de Curityba comprehendia os
e capitão general da Capitania de S. Paulo, attendendo a que do muns, de Curityba, Paranaguá, Príncipe, Antonina, Morretes,
porto do Rio do Janeiro devem saliir lodos aquelles soccorros e Guaratuba e Castro, sem especificar as respectivas divisas. Tão
ordens que se llzerem precisos para a defensa da nova Colónia do somente a Lei n. 5 —
de 22 de março de 1851 fixava os lijnites
Sacramento, e ajuda do novo estabelecimento do Rio de S. Pedro do mun. de Castro, o qne estava mais próximo da fronteira me-
do Sul. sendo conveniente que fiquem todos os portos e logures da ridional desta Província, onde se acham os rios que assignalam
marinha debaixo de um só mando. Fui servido por Resolução hoje os limites dos dous Estados de S, Paulo e Paraná, ainda
de 5 do presente mez e anno, em consulta do meu Conselho Ultra- que um pouco obscuramenie como se vai ver: « Art. 1» —A di-
marino, haver por bem separar desde logo desse governo de visa do mun. de Castro com o de Curityba entre as cabeceiras e
S. Patilo, e unir ao Rio de Janeiro a ilha de Santa Catharina, e vertentes do rio Tiliagy e as do rio Assunguy será uma recta
o Rio de S. Pedro, de que vos aviso para que assim o tenhaes en- tirada do passo daquelle rio na estrada geral, (|ue vai para
tendido. El-Rey, nosso senhor, o mandou jxdos Drs. José Ignacio Curityba, r cta esta, tirada para a vertente mais íVontr'ira,
de Arouche e Tliomé Gomes Mureira. coiiselheiros do seu Conselho onde está o primeiro itamijé do rio Assunguy; d'ahi desce por
Ultramarino, e se passou por duas vias. Manoel Pedrozo de este mesmo rio até á divisa com o Apiahy, onde o rio toma o
Macedo Ribeiro a fez em Lislioa occidental, enl 11 de agosto de nome de Ribeira. « Art. 2° —^A divisa da freg. da Ponta Grossa,
1738.— O secretario, Manoel Caetano Lopes do Lavre, a fez es- cora a de Bethlem de Guarapuáva será o rio dos Patos.» Por
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estes limites se manifesta quanta incerteza existe na fronteira Geraes o Aviso de 25 de março de 1767 em que o Governo da
meridional do Estado ,de S. Paulo, e que o tlialweg' dos rios me ropole approvava as medidas tomadas pelo capitão general
Itararé e do Paranapaneuia só ó hoje admissivel por uma tacita Luiz Diogo Lobo da Silva para fazer efléctiva a capitação col-
convenção dos dous listados, ou por «uti pnssidetis» (nleratlo nu lecl.ada de cem arrobas de ouro, a que es ava sujeito o lerritorio
acceito i)elo de S. Paulo. Em 1852. <miiio k.-^ vè ih> l; Hm
i i d;i
, ininoirr); e nions -idior Pizarro, em suas Mein'ori.-is T. VIII,,
Presidência deste Estado, ainda se não conliecKun liiiii[i's da nota 31, aaldda a Provisão do Conselho Ultramarino de 30 de
parocliia de Tihaj.'}', e talvez poi' esse lailo se com enijihisse o rio abril de 1772. em que, se determina que a terra devoluta entre
Paranapanema em toda a metade de sua corrente até des^m- as duas capitanias fosse dividi-la com igualdade en tre ambas
boccar no Paraná. Mas nada exista escripto e declarado em lei^ is- por distancia imaginaria, a mais deplorável providencia para
lação. Pela fronteira SE. omun. liraitrophe era e ainda é o de limitação de uma fronteira. O que faz crer que nesta questão de
Paranaguá, e os documentos que consultámos, maxim» o Ensaio limites entre Minas Geraes e S. Paulo, expediam-se as ordens
de um quadro estatístico de Muller, e o Relatório de 1852, impor- confoirne a força, e protecção do partido vencedor. Em 1851
tantissimo pelos documentos que colligiu, ap-^nas dizem, que esse novos confiictos surgiram no mesmo território em que são limi-
mun. limita-se com o de Cananéa ]jelo istbm do Varadouro.> troph-^s ns muns. de Jacuhy e Franca do Imperador, e o Governo
Ora esta fronteira necessita muito de disposição, legislativa que a Im])erial, por Aviso de 14 de fevereiro de 1852. que vamos exarar,
regule, assim como de demarcação. A fronteira occidental pelo poz-lhe tamliem um termo provisório: «lUm. e Exm. Sr..—
lado de Matto Grosso e de Miua.s Geracs pelo rio Grande ou Pa- S'nilo .p.-esentes á S. M. o luijjerador as informações minis-
raná, e.stá determinada nas l'rovisões do Conselho 1'ltramariuo tradas por e.ssa jiresidencia em oílloio de 7 de março do anuo
de 2 de agosto ci 174S. e .Alvará .de -1 de nbril de ISlli. E' por passado sobre o conllicto que teve logar entre o supplente do
conseguinte o thalweg do rio, tanto na parte em que é conlis- Jui/, Munici,ial da villa de Franca, nessa província, por ocoasiãn
cido por Grande, como na outra em que toma a denominação d .i
de ir este ultimo proceder ao inventario do viuvo Leonardo Pi-
Paraná, a divisa destes Estados mas ainda está por demarcar,
; mojita Neves em território, que cada um dos muns. entende per-
e as ilhas irão pert.^ncendo ao primeiro c^ue as povoar. A pelo tencer-lhe ; manda o mesmo Aug isto Senhor declarar a Y. Ex.
lado do Estado de Minas na s.^rra da Mantiqueira até o morro do que con-iindo, para pôr termo ás controvérsias que sem cessar se
Lopo, não está a linha bem aclarada, o(jmo demonstra o mappa repetem por causa da incerteza dos verdadeiros limites dos
dos dous Estados limit;ophes. O t rritorio mineiro, além da mencionados muns., designal-os com precisão e clareza; e de-
Blantiqueira, e cabeceiras dos rios Sapucaliy, e Sapucahy-mirim pendendo isso de dados positivos e concludentes que por ora
está doniinado por estabelecimentos Paulistas. Sirva de exemplo filtam, cumpre que Y. Ex. tran.smitta a esta secretaria de Es-
a villa de S. Bento, e out;-os togares de não menos importância, tado com a possível brevidade todos os esclarecimentos e infor-
encravados naqu^lle território. A fronteira septentrional com o mações, que puder obt?r acerca dos «verdadeiros limites dos
mesmo Estado de Minas Geraes, por não haver sido traç ida por dous muns.»; recorrendo para esse íim não só aos documentos,
linha bem delinida produziu desde principio sérios confiictos. que por ventur.i. existam nos archivos dessa presidência, e dos
Em 4 de novembro de 1793 ordenou o Governo que ambas as das Camaras Municipaes, mas t-imbem em assentos e livros
capitanias conservassem sem alt"i'ação os respectivos limites, parochiaes. se os houver authentícos, e mesmo depoimentos e
emquanto não foss'm deíinitivamente lixados, como até ao pre- declarações de antigos conhecedores dos logares, e cumprindo,
sente não teem sido. Mas essa recommendaçã durou pouco tempo,
) outr. sim que emquanto se não obtiver taes esclarecimentos, para
porquanto por .-Aviso de 25 de agosto de 1814 surgiram ile novo os q;ie em vista delles possa deíinitivamente resolver-se, esperar
mesmos confiictos. A ])arte da IVonteira mais contestada foi a V. Ex. mais positivas e terminantes ordens, para que sejam
do NO., no mun. de Jacuhy. lilla data de 1764, como se vè escrúpulos, mente mantidos os limites reconhecidos antes da
do Aviso de 4 de fevereiro de 17ôõ, em que se ordeaon ao Vice- demarcação novíssima, a que procedera a Camara Municipal da
Rei, o conde da Cunha, que fizesse tomar AsseLsto dos limites Villa Franca por serem esses os da antiga posse das autoridades
desta capitania, com os de Minas Geraes o de Goyaz (eniãoconi Mineiras, como se deprehende da declar.ição da mesma Camara
ella continante), mandando logo pôr cm execução o mesmo e do que a tal resjieito informara essa presidência no já citado
Assento, lisse .Assento tomou-se em Jnnta nesta Capital aos officio, quando disse que aquella demarcação comprehendeu
i2 de outubro do mesmo anno, e nelle vem exposta toda a 59 casaes, que antes não pertenciam á província de S. Paulo. O
historia dessa limitação, que por demasiado longa não o con- que tudo communico a V. Ex. para seu conhecimento e execução.
signamos aqui, cingindo-nos ao seguinte: que a divisa das «Deus guarde a V. líx. —
Visconde de Motite Alegre Sr. pre-
duas capitanias seria o rio Sapucahy-guassú atè ao rio Grande, sidente da província de S. Paulo.» Os limites entre os dous
como já havia declarado a Provisão do Conselho Ultramarino muns. supra citados traçados nos mappas de Gerber e Wagner,
de 30 de abril de 1747, terminando por esta íbrma o Assento: são precisamente os que reconhece S. Paulo; e constam da se-
«Sendo pois feitis todas as referidas ponderações na presença guinte cn-tidào do vigário da villa de Jacuhy de 8 de abril de
do lilm. e Exm. Sr. conde Vice-Rey, disse que elle as appro- 1850: «Começando desde a barra do ribeirão de Canoas, e por
vava e de conformidada com. ellas, e com a dita dirisão, menos elle acima até suas cabeceiras que começam no morro chamado
erii que esta se ftzes?e pelo meio da foi-quilha dos dous rios de Palmeira e por essa serra adiante procurando o morro Sellado,
Sapucahy-mirim e Sapucahy-guassú pois que o seu voto era
;
e no mesmo correr o morro Redondo por cima da serra e d'ahi
que se fizesse da forquilha para o Sul de Sapucahy-guassú, até á procurando o rio Sapucahy, e deste a procurar o morro Agudo
sua origem, era cujo circumstancia só se apartava da Junta.» chama o do Carvalhaes, e deste procurando as cabeceiras do
Mas por este documento, aliás tão importante, nunca se fez ribeirão das .Areias na Borda da Mata. E' o que consta da re-
obra, porque o conde da Cunha guardou-o na secretaria parti- spectiva divisa nesta parte e i-eporto-me á mesma declaração. O
cular do seu gabinete, sem communicar aos capitães-geiíeraes referido é verdade que aíTirmo em fé de parocho. Jacuhy, 8 de
de Minas e de S. Paulo, que só ilelle tiveram conhecimento em abril de 1850. — O vigário Francisco Pereira, dc CarutJ/io.» O
1775, no íim da administração do Morgado de Mathnis. remet- merecimento d-sta certidão está consignado no Relatório da
tido pelo Vicê-Rei mai-quez do Lavradio, quando já não podia presidência de 18.52, omle sobre os limites deste Estado se leem
servir por já estarem de posse dos terrenos os Mineiros ou Gera- as seguintes palavras : « O espirito de invasão no território de
listas, como os designa frei Gaspar da Madre de Deus, em suas S. Paulo não é coiisa moderna, e ressumbrti do-, (l.ieainentos que
Memorias. Esta razão que allega o mesmo frei Gaspar não teria vos olTereço, sendo entre elles uma informação tio \osso digno
importância si o Governo da metroiiole tivesse força para fazer patrício o brigadeiro José Joaquim Machado de Oliveira, cuja
executar o Assento, mas o recio talvez tle provocar uma nova autoridade nesta matéria dev.^mo-s respeitar, e bem assim um
luta de Paulislas e Emboabas, e outros poderosos motivos, hije oílicio do cond ' de Palma, quando Governador e capitão general
ignorados, militaram em favor da conservação do istatu qim» desta ]n-ovincia, ])or occasião de ser pelos mineiros, a 12 de ja-
desta questão, e do singular arbítrio do conde da Cunha, depois neiro de 1816 destruído o ijuartel do Atterrado, e arrancado o
de haver julgado com tanta sabedoria o pleito. Conseguint:-- marco de divisão das ]ir ineias, qne foi removido para o ribeirão
v

raente deve Minas todo o território ao S. do Sapucahy, que aliás lias Canoas, cinco 1'l: h:i -jiara dentro desta nrovincia. Entretanto
depenlia do bispado de S. Paulo, ao «uti possidotis», e até .ao o desLdt'rainni das autoridades da Franca quanto á resohiç.ão
presente tem o mantido. E' conveniente notar qua a. divisa <la^ de^le problema, não é sinão manter os mesmos limites delinidos
fronteira de Minas Geraes e de S. Paulo, traçada c ano se acha na certidão autbentica extrahida no próprio tombo da íveg de
na Provisão de 1747. foi a que o Pupa Bento XIV admittiu para Jacuhy: timbem vos ofFereço cópia dessa cortidão e da demar-
as duas dioceses limitrophes. de modo que, pelo que ulterior- cação a que a camará da Franca procede i.» Do ponto Borda da
mente occorreu, a limitação civil licou em desaccordo com a Malta de que trata a certidão supra, até ao morro do Lopo, a
ecclesiastica. A todas estas razões oppõe o Estado do Minas fronteira ó tão incorrecta como a de Jacuhy, não sobram do-
PAU — 126 — PAU

eumentos que a jn=ilifiqiiem ou expliquem, não obstante tudo o Estado é elevado a mais de 203 pés acima do nível do mar,
que compilou So'uza Chichorro na sua laloi-maerio sobre os li- O Dr. Martins Costa diz « S. Paulo passa por ser uma prov. sau-
:

mites dcslJ Ksiailo. Siipefíicie 290. S7G kils. qs. Noticia


:
dável. Reinam febres palustres na costa, na parte abaixo da serra
histórica.— Rciininta ao aiino de 1502 ou antes a primeira expe- de Cubatão e nas regiões do norte e oéste, ás margens dos rios que,
dição cx]ilnradora mandada ao Brazil por El-rei D. iVIanosl, o transboi-dando, inundam os terrenos circumvisinhos. Apparece na
conliecimi^ulo de jiarte da co=;ta deste Estado e mesmo a deuo- mesma zona a dj'senteria. As febres typhoides, as pneumonias e
minai-ã!) de al,i;uns ile seus ])onlos. como S- Sebastião e S. Vi- outras moléstias agudas do apparelho respiratório, anginas, rheu-
ceata ;mas so em 1532 loram fundadas por Martini AíTonso de matismo, hysterismo, attecções cardio-vasculares syphilis e mor-
Soiizi as suas duas colónias de S- Vicente no littoral e de Pira- phéa são as moléstias mais frequentes da i)rov. O bócio, vulgar-
tiniuLia no iiUerior, com as quaes iniciou-se a coloaisação do mente conhecido pelo nome de papo, moléstia attri buída ao uso
Hrazil. Na divisão do Rra7.il em capitanias couberam a de das aguas, nota-se no mun. do Cunha e em Jundíahy, Jacarehy
S. Vicente com iÓO Icíjnas de costa a Martim_ Aflbnsn, e a de e Mogymirini. A varíola e sarampão ajiparecem periodicamente
Santo Amaro immedialam 'nte para o S. com oO leo-uas a Pero sob a íorma epidemica. A febre amarella desde IS-jO por ali
Loi)PS dl- SiiU'.a, irnuão daquelle. De 1549 a 1558 os jesuítas ahi apparece nas costas marítimas, mas nunca transpoz a serra do
se est ibLdcccram, lumlando neste ultimo anno entre o rio Taman- Cubatão. Em 1855 foi visitada pelo cholera morbus, mas pela
doaleliy e o ribeiro Anliangabahú imi convento sob a invocação natureza do seu clima a epidemia não causo\i estragos». — Oro-
de S. Paulo, que originou a denooiinaeão do Estado. Prompto grapliia. Duas grandes cordilheiras existem no Estado; a serra
foi o desenvolvimento dessas capitanias e rápido o cruzamento do Mar e a Mantiqueira. A serra do Mar, procedente do Estado
das raças portugueza e indígena, que produziu os intrépidos do Rio de Janeiro, penetra no Estado de S. Paulo pelo mun. do
Ijandeirante.s, que, percorrendo quasi todo o vasto território do Bananal. Q.uasi beiíando o Oceano, estende-se ],)elo Estado em
Brazil, procurando esc;'avi-ar índios e descobrir minas de oui'0 rumo NE para SO., até ao mun. de Apiahy donde passa para o
e prata, levaram o nome paulista ás mais longínquas paragens, Estado do Paraná. A Serra da Mantiqueira, antigamente deno-
descortinando grande parte dos territórios de muitos dos actuaes minada Jaguamimbaba, penetra no Estado pelo mun. de Pi-
Estados, descendo grandes rios do interior, e ultimando com nheiros, traçanilo as divisas com o Estado de Minas Geraes. Sua
feliz resultado o extermínio dos celebres Palmares No anno
de primeira direcção é de NE para SO até ao logar em que é co-
1640. a questão dos Índios e a publicação da Bulla de nhecida pela denomidação de serra do Lopo; dahi toma o rumo
Paulo 111. em favor dos Índios do Perú, mandada \igorar de N., ligeiramente inclinado para NO., estendendo-se até ao
no Brazil por Urbano VIII, a esforços dos jesuítas, deii lo/ar ponto em que é denominada serra de Caldas. Conta ainda o
a que os paulistas px|)uLsassera os padres dessa companhia, Estado muitas outras serras, umas que são ramificações mais
os f|uaes só muito depois puderam regressar ao coUeeio de ou menos importantes das cordilheiras citadas, e outras que são
S. Paulo. Em 1709 a capitania de S. Vicente ficou indepen- isoladas, sem dependência alguma daquellas. Dentre as pri-
dente, sob o titulo de S. Paulo. Rica de gloriosas tradições, foi meiras citaremos a que, ao principio na direcção de O., depois
a esse Estado que coube a gloria de ouvir primeiro o brado de S., e finalmente O., se desprende da serra do Mar, indo., ter-
independência ou morte, solto nos campos do Ypiranga pelo minar na margem dir. do Parahyba. Tem esta importante
príncipe regente D. Pedro, no dia 7 de setembro de 1822. Famoso ramificação diversos nomes. No seu começo, junto á cordilheira
por suas idéas liberaes, inffuiu consideravelmente na opposícao principal, denomina-se Bocaina, Quebra Cangalhas e Itapeva.
fjíla á politica do ])rimeiro reinado e na direcção dos negócios Dessa ramificação destaca-se ontra que se estende para o N.,
públicos nos i)rinieiros G annos, depois de 7 de abril, p da elevada até á margem dir. do Parahyba, comas denominações de Frade,
estatura de seus representantes nas camarás legislativas, entre os Formosa e Sant'Anna. Da serra do Mar outras ramificações se
quaes sobresahiram Vergueiro, Costa Carvalho, Fejó, Paula e desprendem: uma. Mongaguá, vai terminar á beíra-niar, junto
Souza, Antonio Carlos e 'Martini Fi>anciseo. Depois da pr.icla- á ponta de Itaípú, na barra de Santos, depois de haver passado
mação da Republica, o Estado tem progredido extraordinaria- entre os muns. de Itanhaem e S. Vicente; outras denomi-
mente, occupando o primeiro logar entre todos os Estados. nadas dos Itatins, na direcção S. de S. Francisco, na direcção
Aspecto. E' dividido naturalmente pela Serra do Mar em duas N., e as q\ie a O. vão traçar os limites com o Estatlo do Paraná.
regiões: a de Ijeiramar e da serra acima. O território da primeira Pertencem igualmente a essa cordilheira as serras denomi-
é estreito e montuoso. possiie valles extensos, cortados por cor- nadas: Mãe-Catira, cujos braços formam a bacia dos aíTs. meri-
rentes impetuosas que se despenham da serra e também por braços dionaes da Ribeira de Iguapé; da Cavoca, prolongamento da
de mar, que formam ilhas enti-auhadas no continente, e penínsulas ]irlmeira a Negra que vae beirar o Ribeira de Iguapé; a do
;

como as de Santo Amaro, S. Vicente, Cananéa S. Sebastião, Iguapé, Cadeado que se dirige para o littoral em duas ramificações, com
etc. O território da segunda, muito elevado sobre o nível do mar, é os nomes de Tapinhoacaba, Araçatuba, Taquary, das Minas; e a
a parte do Estado que se ostenta mais interessante, não tanto de Aririaia, que se altea entre o Ribeira e o Mar Pequeno. Da
pela sua egualdade e configuração quanto pela sua fertilidade. E' Mantiqueira desprendem-se muitas ramificações, taes como a
limitado a oeste pelo rio Paraná, onde desagua o Tietê, rio serra da Cantareira, que se ajjproxima da margem dir. do Tietê
importante que atravessa toda essa segunda região, cujo clima e e passa cerca de 12 kils. ao N. da capital, apresentando como
aspecto são bem differentes dos da primeira. Clima e salubridade. ponto culminante o morro de Jaraguá, notável como ponto de
— E' sadio e ameno, exceptuando as margens pantanosas de vista e pelas minas de ouro antigamente exploradas: a serra
alguns rios, onde reinam feln'es periódicas. Os ventos são geraes de Juquery e diversas outras. Dentre as serras e morros inde-
e constantes sobretudo no littoral o noroeste é quente e precede
; ]iendentes dos dous systenias citados, notani-se a de Araraquara
as chuvas, o norte é secco ; e o sul frio e húmido. As nelilinas e cn,ii cidèa principal app"oxima-se da margem dir. do Tietê,
geadas são densas i)ara o sul, pouco sensíveis jiara o norte e só e a sua mais important' ramificação, que tem o nome de
tem logar de junho a setembro, assim como as chuvas e trovoadas Morros de Araraquara, avisinha-se da margem esq. do Mogy-
de outuliro a março. O sólo é muito diverso em sua suiiurlicie, guassú a do Jaboticabal, que dei ta uma importante ramificação
;

donde resultam diversos climas, que desmentem as latitudes. O denominada Itaquery adeBotucatú, que jjartindo da margem
;

troi)ico de Capricórnio corta o Estado que SP estende ])ara o esq. do Tietê, approxima-se da margem dir. do Paranápanema
norte pela zona tórrida, e para o sul pela zona temperada. De iiiternando-se depois pelo sertão. Entre os morros notáveis do
norte a sul, a extensão de t(.'rrenos do Esta.do é d<- 1-18 léguas, Estado, merecem menção os de Araçoiaba, que são mii grupo de
com]irehendendo-se dalii não jioder haver muita un lurmidade 1 montanhas de formação metallurgica, situado na planície que
no clima, que 6 entrelanlu muito sa\idavel e ajin-c lyibi iielos se dilata ao occidente da cidade de Sorocaba e delia distante
euro|>iMis, (|ue iiun n<'lle o clima do meio dia da Eurojia. O 13,8 kils. Potamograpliia. —
Os rios prineipaes do Estado são o
terreno v |i>do moulanhoso, e as cordilhidras da Mantíiiueira e Grande que, com o Paranahyba, fiirma o Paraná, o Paraná-
do Mar d;io eni Ioda a superlicle do Estado uma elevação gra- panema, o Pardo, o Mogy-guassfi, o Tiel.é, o Ignnpe e o Para-
dual ã propori'ão i(ue se afaslíini do nuir. sendo por isso mais iiyba do Sul O Tietê, primitivamente denominailo Aidieiidiy. é
.

intenso e IVlo nos plat'au^. S|iix e Martins dizin que a estação um rio genuniamente ])aulista. Nasce na serra do Mur em ter-
chuvosa ciimi'ça ern iioviMubi \:v ali'' al)ril, as chuvas mais ritório do mun. do Parahybuna, no Bairro da Pedra Rajada '
fortes em janeiro, a.o pi'inci|)io clinve á noile, deiiois noite e
dia alternadamente. O l.)r. Siijaud diz (|ue a média <leS. Paulo
é 22" (zona do cale), e Aíuller oljserva, a mesma te]n|iei'atiira,
cuja ditferença do inverno para o verão é mais sensível, ])OÍs • De S. Jo.?é do Parahytinga nos inforinam nascer ahi o Tietê, no
em todo o listado se conserva o thermometro centígrado, a 10", bairro dos Pequerys: de Parati ybuna nos dizem nascer elle no bairro
descendo até 3" no verax.j, sijbe a 22", que é a média. Todo o da Pedra Rajada.
7

PAU 127 PAU

e depois de percorrei* o Estado em quasi toda sua estensixo vai dentre o Paraná e o Oceano, principalmente na zona paulista,
desaguar na margem esq. do Paraná Recebe pela margem impellindo o curso dos rios em uma direcção contraria á orien-
dir. o Jiiquery, Jundiahy, (que recebe o Pirahy), Capivary, tação da linha mais funda desta parte da bacia, representada
Piracicaba (que recebe o Corumbataliy), Jacaré-pipira-mirim, pelo curso do Paraná que segue a SO., imprime ainda outra
Jacaré-pipira-pnnssú (que recebe o Cliibarro e o Itaq\ierê) ;
íéiçao muito notável ao systema : o curso do Tiéié e o do
e pel» margem esq. o Tamandoateiíy, Pinlieiros, Sorocaba Paranapanema tendem antes para, as nascentes daquelle grande
(que recelje o Piragibú, Itanguá, Ipanema, Sarapuhy. que rio, do que para a orientação primitiva e geral da bacia. Como
recebe o Pirapora e o Alambary, e Guarapó) e diversos outros todos os rios de jdanalto, o Paraná e os seus principaes affluentes
entre os quaes o Banliarão, Jaguaré, Cu tia, Alambary, Peder- acima das Sete-Qiiedas são rios encachoeirados, em cuj:is leitos,
neiras, Tres Pontes, o Potribií, Pirapitinguy. Caiacatinga, espaçadamente obstruídos, se divisam os sucessivos degráos da
Buril, Atnahú. De alveo tortuosissimo o Tietê não offerece a chapada que gradualmente declina. ^Vssim é o Paraná, apezar
navegação que comport m as suas aguas, poi^que além de outras
i do enorme volimie de suas aguas assim são todos os seus tribu-
;

circumstancias, 1,f'm a de apresentar em seu curso grande nu- tários de uma e de outra margem em território brazileiro. O
mero de cachoeiras e corredeiras, entre as quaes as denominadas Paranapanema é pois um valle de terras altas que. desde as calje-
saltos de Itú, de ^Wanhandava e de Itapura. Tratando desse rio, ceiras onde atinge proximamente a altitude de 800 metros, des-
diz o tenente-coronel Jacques Ourique; « Da barra do Piraci- cabe pouco a pouco até a de 253, vencendo em uma distancia
caba á sua fóz no Paraná tem 55,2 kils. Sua largura varia entre directa de cerca de 0(50 kils. a diHerença total de nivel de 542
80 a 430 metros. A profundidade geral de su is aguas é de metros. As suas terras apresentam-se com o caracter geral de
attingindo em alguns poucos pontos a 14 e 15 metros, sendo nas uma grande planície, onde t das as desigualdades do relevo são
corredeiras de 0"\(> e U"SÕ. A velocidade média de suas aguas é antes devidas á erosão das aguas, ao trabalho lento e constante
de O™, 425 por segundo, attingindo nas corredeiras a 2'", 24. das correntes fluviaes, do que a qualquer outra perturbação
Antes de receber o Piraciciba. o Tietê despende na estiagem atfcribuida ás convulsões da crosta terrestre. Nas cabeceiras do
100"\G de agua; mas no salto de Avanliandava, depois de valle a oriente, a cadeia da serra do Mar com os nomes locaes de
receber numerosos aflls. este volume chegi a 224" ',128 por se- serra do Paraiiapiacaba. serra Queimada, etc, cujos ])ontos mais
gundo. Nas enchentes ordinárias, este volume cresce de 79'"^, proeminentes raro excedem de l.UOOal.õOO metros de altitude,
na barra do Peracicaba e a 329"'^, 431 no salto do Avanliandava^ não é por outras montanhas -excedida dentro do valle. Alto es-
Do Pii'acicil)a ao Avanliandava, não tem salto algum ou ca- pigão em fórma de chapada sobre que se erguem destacadas
choeira, entretanto são numerosns as corredeiras, otlerecenJo ciuías elevações com os nomes de serra do Bofete, Botucatii,
diííiculdades sériis á navegição. Suas margens são bordailas de Agudos e Diabo, que não excedem de 1.000 metros, fórma a
alta vegetação. Este rio, muito conhecid-i dos p-iulistas, era a linha divisória entre o Paranapanema. e o Tiété, limitando o
via de comnuuiicMção para Mitto Grosso que seguiam os explo- valle pelo lado do norte. Ao S. as serras ao poente de Curytiba, e
ratlores de ouro daquelle Estado, e também o caminho que pre- os contrafortes orientados para NO. entre o Ivahy e o Tiljagy
feriam as autoridades outr'ora nomeadas pela metrópole ; e, não contornam o valle, que é muito mais aberto por esse lado. H-
ha muito (18.58). seguiu por ell i um dos nossos batalhões de arti- gura o valle do Paranapanema um grande triangulo, cuja liase se
lharia com essd destino. Na extensão de 294 liils., da barra do representa pela grande linha que o separa do valle do Tiété.
Piracicaba ao salto de Avanhandava, conta 20 corredeiras, po- Segundo as melhores cartas encerra-se nestes limites uma super-
dendo o regimen do rio ser corrigido para a navegação mediante fície de cerca de 109.(300 kils. quadrados. Todo o território á
meios económicos. Do salto para baixo, não se deve pensar em margem dir. do rio e parte do da, esq., desde as cabeceiras até o
melhoramentos económicos por serem as quedas muito precipi- rio Itararé pertencem ao Estado de S. Paulo; ao do Paraná licaiii
tadas.» O Paranapanema tem suas nascentes na serra de Para- os territórios do lado do sul e no cuiso médio e inferim- do rio.
napi icaba, no trecho em que esta tem o nome de Agudos Grandes Cerca de uma quarta parte do território paulista está dentro do
a 87 kils. em linha recta ]iara NO do porto de Iguapé, a 21 para valle do Paranapanema. Orio, ,i o descer dos Agudos Grandes,
ESE da villa do Capão Bonito, desagua na margem esq. do Pa- corre a principio para leste, fral'b ;iU(li^ a .serra, toma para norte
raná, separando em grande parte do seu curso o Estado deste até receber o Itapetininga, torce jiara leste, depois de uma grande
ultimo nome do que ora nos oecupainos. Recebe pela margem volta recebendo o Apiahy pela esq., segue aimla a norte até á
dir. o Itapetininga, Guarehy. Santo Ign icio, Pardo (que recebe o barra do rio de Santo Ignacio que vem da direita, e dahi conser-
Novo, Turvo, o das Pedras, Lobo, Invernada), Pary, Jaguareté, vando o rumo geral de ONO, segue ao Salto Grande, passando em
Ijaranja Doce, e pela esq. o Apiahy, Taquary, Itararé (que S. Sebastião do Tijuco Preto e recebendo o Itararé. Abaixo do
também serve de divisa entre S. Paulo e Paraná) das Cinzas, Salto Grande, a direcção geral do curso é para oeste com pequena
Tibagy, e Pirapó. Recebe mais o Virado e Posses. O valle do infflexão para norte até á sua coníTuencia com o Paraná. Por
Paranapanema, como todo o território do Estado de S. Paulo, á uma disposição do terreno dentro do valle, cujo pendor geral é
excepção da pequena nesga do littoral banhada pelo Atlântico, para noroeste, o curso do Paranapanema propende mais para o
faz parte da grande bacia liydrographica do Prata, de que é lado do norte, onde restringe consideravelmente a aréa da parte
elle um tributário de ordem secundaria. AlHuente do Paraná, paulista que lhe é dependente, do que para o sul, cuja área de
que no triplice systema do Prata representa a artéria maior, o drenagem é muito maior e por conseguinte mais nuiner(jsos os
Paranapanema tem os seus caracteres es=enciaes moldados uas affluentes. e estes mais volumosos. Acima da barra do Itapeti-
feições peculiares desta i)arte da bacia. O Paraná, na parte ninga, o Paranai)anenia, conta pmicos affluentes, sendo destes o
em que é todo brazileir:!, é um rio de terras, altas O grande pla- mais notável o Paranapitanga que lhe entra pela esquerda,
nalto ou chapada que coiisti tue o Brazil meridional, abrangendo oriundo dos campos do mun. do Capão Bonito. Os outros
parte dos Estados de Minas Geraes, Matto Grosso e quasi todo o affluentes dignos de nota são os seguintes: O Itapetininga, rio
território de S. Paulo, Paraná e Santa Catharina, na .média alti- Oj^ue, na quasi totalidade do seu curso, atravessa terrenos de
tude 650 metros, tem no curso do Paraná o eixo desse admirevel campo, nasce da serra do Mor no ponto em que esta tem a deno-
systema fluvial. ])ara onde confluem, de um lado o Tiété,o Parana- minação de serra (-iueimada, donde descem os dous ribeirões do
panema. o Ivahy e o Iguassii, que descem do oriente, e do outro Turvo e do Pinhal que lhe dão origem corre a principio ao
;

o Pardo, o Ivinheinia e o Iguatemy. (|ue ve a do poente. A consti- travez de matt.is na direcção do norueste. na freguez a do Pilar,
tuição orographica desta parte do paiz, onde, as serras mais toma depois |)ara oeste, recebe pela esq. os ribeirões da Lavrinha
altas, margem oriental do grande planalto que vae descaiu ndo e Capivary que é o seu maior alUuente, e pela direita os ribei-
para o interior, quasi se erguem sobre o mar ou dí4le distam rões da Ponte Alta que rega a cidade de Itapetininga, do Pinhal,
:

menos de uni gráo, traz ao seu systema hydrographico feição do Moquem e da (^orru|ição. o ilecii'inbora no Parauajianema após
muito particular e característica. Os seus rios nascem quasi um curso de cerca de 201) l^ils. Xe l'ortn 7 kils. |i:u-a sudoeste da
Sobre o Oceano e delle se apartam em rumo diametralmente cidaile de Itapetininga e abaixo da ponte, na i'Strada para a
opposto, para, após longo percurso pelo interior do continente, Faxina, o rio tem uma lurguia de 21 metros e uma profundidade
trazerem-lho o tributo das suas aguas. O pendor geral das terras máxima, de 1"'. 70 na époea da maior vasante. O rio, com uma
Correu ti' moderada , atra vez de um terreno de grés c schistos
liorizonlaes f(ue elle cória profundamente, deixando, a cada
passo, ver altos paredões de 4 a 12 metros, quasi a prumo sobre
as aguas, é excessivamente sinuoso, embora sempre profundo.
1 O Tietfi, o Paranapanena e o Uruguay constituem |uqi«, excepção A sua largura, que raramente atlinge 40 metros, roduz-se por
á flirecção geral de todos os rios. a ijual é do interior para o Eleitoral vezes a 10 melros e menos; mas as profundidades, só jicr ex-
Elles nascem onde deviam morrer. cepção, descem a menos de metro em alg.imas cori'edeiras no
;

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Lempo da vasanle. Não fossem :is voltas bruscas de raio muito atravessa grandes mattas e entra no Pai'anapanema 17 kils"
poqueno e a pouca largura, que as matas marginaes debruçadas acima da barra do rio das Cinzas; Além destes rios recebe o
sobre a corrente aiiid tornam mais exígua, o Itapeliniiiga podia
i Paranapanema o Anhumas pela margem dir. Ao desembocar nO
ser ntilisado por pequenas barcas, do typo por a()s emjjregado Paraná, em frente da ilha da Barra, que tem mais de uma
na viagem liiuvi il, desde o Porto até á sua fóz em uma extensão de Jegua de comprimento e é flanqueada por extenso banco de areia,
121 kils. Esta parte do rio não tem outro obstáculo sinão a cor- tem o Paranapanema 430 metros de largura desde a ponta pau-
redeira dos Carneiros, formada por blocos de ])ederneira, que lista e a margem paranaense. O Iguapé ou Ribeira de Iguapé tem
aliás são de fácil remoção, e a excessiva sinuosidade do leito, suas origens no Esta Io do Paraná e desagua no oceano abaixo
que se representa por um desenvolvimento de 253 %, Ao des.^m- da Cida :edoseu nome. Recebe pela margem esq. o Itapirapuan,
bocai' no Paranapanema, tem o I' :ipetininga 28"^,5 de largura, Yporanga, Juquiá(que recebe o Assunguy) e Pedro Cubas, e pela
a máxima |jrofundidade de 2"i,31, e uma descarga de 17™,958 no dir. o Pardo, Jacupiranga, Batatal, além de outros. E' navegável
tempo de vasant,e. O Apiahy, allliiente da margem esq. desem- por canoas até o logar Porto do Apiahy, era uma extensão de
bocca no Paranapanema 32 kils. abaixo da barra do Itapetininga 390 kils. e por vapores até Xiririca, na extensão de 154 kils.
nasce na serra de Paranapiacaba nos contrafortes denominados O Parahyba do Sul tem suas vertentes na serra da Bocaina.
serra de Campina e serra Formosa, onde teem as suas origens E' formado pelo Parahytinga e Parahybuna, atravessa esse
mais remotas os dous galbos principaes que o formam: o Apiahy- Estado onde banha os muns. de Cunha, Parahybuna, S. Luiz,
rairim e o Apiahy-guassú ;
rega terrenos de campo em sua mor Santa Branca, .Jacarehy, S. -José, Caçapava, Taubaté, Pinda-
parte, e tem o leito muito obstruído. A sua largura na foz é de monhangaba, Guaratinguetá, Silveiras, Queluz e Areas. Recebe
32 metros, profundidade máxima 1™,84. e descarrega por se- por ambas as margens: o Gomeatinga, Monos, Potim, estes
gundo um volume de 16 metros cúbicos. O Guarehy, aff. da do mun. decanta Brânca. o Rio Comprido, Goiabal, Tanquinho,
margen dir.. desce dos campos altos para o lado de leste onde Quatro Ribeiros. Jardim, Pinhal, Remédios, Angola, estes do
entesta com as cabeceiras do Tatuhy, corre geralmente para o mun. de Jacarehy, Capivary, Varadouro, Jagiiary e Buquira.
poente, bauba a viUa do mesmo nome e faz barra no Paranapa- Recebe ainda o Palmeiras, Cannas, Sobrado, Páo Grande,
nema no porto da fazenda do Aterradinho tem na foz uma
; Guatinga, Lorena (todos pela margem dir., entre Cachoeira e
largura de 12 metros, e diflicilmente dá transi to para canôas. Guaratinguetá e atravessa dos pela E. de F. Central), S. Gon-
O Santo Ignacio, também afl'. da dir vem das terras altas dos
, çalo, Mottas, Pirapitinguy, Cropotuba, Ypiranga, Agua Preta,
municípios do Rio Bonito e Rio Novo faz barra no Paranapa-
: Pv,ibeirão, Tambahii (estes pela margem dir., entre Guaratin-
nema 40 kils. abaixo do Guarehy, tem uma largura de 30 metros guetá e Pindamonhangaba, atra vessados pela mesma E. de
na confluência, reduzida logo a menos de oito, umas centenas de Ferro), Lava-Pés. Soccorro, UnaPedras, Taubaté (todos pela
metros mais acima. Altos paredões de grés e schistos apparecem margem dir., entre Pindamonhangaba e Taubaté (atravessados
em suas margens, reduzindo as proporções do leito, que é Ín- pela mesma E. de Ferro). Judèo, Pinhão, Quiririm, Sapotu-
greme e bastanto sinuoso. O Taquary, aff. da esq., nasce nos Ijossvi, Jeribaiuba. Santa Cruz, Caçapava, Divisa, Parai^angaba,
campos das immediaçôes da Faxina, e corre para o norte a Tatetuba, João Cursino, Sapé (todos pela margem dir., entre
entrar no Paranapanema 13 kils. acima da cachoeira do Juru- Taubaté e S. José dos Campos, e atravessados pela mesma
mirim. « Este rio, cujo volume deve ser inferior ao do Apiahy, E. de Ferro), Sinimbura, Divisa, Ressaca. Pela margem esq.
estava sob a influencia de uma enchente parcial quando o ex- recebe numerosos tribs., entre os quaes os córregos da Ser-
aminamos as aguas corriam barrentas e impetuosas espraiando-
; ragem, B')a Vista, Lima, Piracoama ou Piracema, todos oriundos
se pela mai'gem dir. onde ha uns alagadiços que se communi- da Mantiqueira. O Mogy-guassú deriva-se de varias vertentes
cam com o Paranapanema por varias boccas pequenas. A sua que descem da parte em que S. Paulo confina com Minas ;

largura na foz era então de 45 metros, com uma profundidade corre com rumo geral de SE. a NO. até desaguar na margem
máxima de dois metros e 55 metros cúbicos por segundo de des- esq. do rio Grande, depois de um curso de 305 kils. a partir
carga ». O território que elle atravessa é em geral um vastíssimo da estação do Porto Ferreira. Suas margens em geral são cobertas
campo, em que apenas se veem as longas tiras de matto formando de frondosa vegetação, pois mesmo a região dos pantanaes,
a orla dos vários cursos de agua que o retalham. O Itararé, o que se estende do kil. 53 até ao kil. 136 abaixo do Porto
mais considerável dos affluentes do Paranapanema, depois do Ferreira, teem ellas altura maior de um metro são cobertas
;

Tibagy, além da importância que lhe advém pelo volume das de matto e alagadas tão somente nas enchentes. Este rio,
.suas aguas e extensão do seu curso, torna-s^ notável por ser a francamente navegável em importantes trechos, apresenta em
divisa entre os Estados de S. Paulo e Paraná. Nasce o Itararé outros, corre leiras que mais ou menos difficultam a navegação.
na serra de Paranapiacaba, onde contravertem as suas aguas Estes obstáculos, em parte, teem já sido vencidos, a esforços
com as do Itapií^apuan, aff. da ribeira de Iguapé, corre para o da Companhia Paulista, que alli mantém um serviço regular
norte, recebe pela dir. o rio Verde, seu maior aff'., e lança-se de navegação, do Porto Ferreira ao Pontal. Recebe 'diversos
no Paranapanema a 77 kils. acima do Salto Grande. Não fossem tribs., entre os quaes o Jaguary-mirim o Araras, Guariroba,
as numerosas cachoeiras f|ue tem, este rio, poderia dar accesso a Claro, Mogy-miriní, Itaqui, Pedras, Bonito, Itupeva, Bom Fim,
embarcações até grande distancia da sua foz, porque é conside- Rico e Pardo, que é o maior e nasce em Minas, nos campos de
rável o volume das suas aguas, ainda mesmo na época da ex-
.
Caldas, sendo seus formadores o Areas e o Santa Quitéria. Alguns
trema baixa. Na barra tem uma largura de 96 metros,, com a são de opinião de que o rio Pardo recebe o Mogy-guassú, O Piraci»
profundidaile máxima de 2'", 3, descarregando 42 metros, cúbicos caba. da cidade deste nome até sua foz', no Tietê, tem 159 kils. de
de agua por segundo. O rio Pardo, o maior dos aíis. da mar- extensão. Conta poucos tribs., sendo o i>rincipal, pela margem
gem dir.. vem das Icrras altas da chapada de Botucatu, onde dir., a 7 kils. 200 drquella cidade, o Corumiiatahy Em toda
.

US suas nascentes licura a ))OUCos kils. para o sud-oeste da esta parte do seu curso descreve uma linha muito sinuosa, cujas
cidade de^te nome, em altitude de cerca de 800 metros. Este rio, curvaturas não oljstam a navegação. Parece poder-se garantir
cujo curso segue a poente muito proximamente parallelo ao do que esse rio, desde o porto João Alfredo até sua foz, offerece
Paranapanema. banha a villa de Santa Cmz, recebe as aguas seguras condições de navegabilidade em todas as estações do
do Turvo, seu maior aff. pela margem dir., e faz barra no anuo, feitos que sejam alguns melhoramentos. E' formado pelos
Paranapanema seis kils. acima do Salto Grande. Só em canôas rios .-Vtibaia e Jaguary, Conta as 10 corredeiras seguintes:
se poderá subil-o através das maiores difFiculdades suscitadas Ondas, Itapirú, Curralinho, Tapucú, Quebra-canella, Gabriel-
pela obstrucção do leito, que ó frequente. Na embocadura, onde sinho, Tapucu-mirim, Ondas, Algodoal e Enxofre. Ha nave-
ha uma pequena ilha que o faz desaguar por dous braço<, ha gação nesse rio de João Alfredo á confluência no Tietê na ex-
fortes cachoeiras que tornam perigoso o accesso do rio. Pouco tensão de 126 kils? O Parahytinga recebe o Itahim, Entrecosto,
acima, em um trecho mais remansado, a sua largura è de Retii"o, Vidro, Affonso, Indaiá, Varginha, Taboasinho, Curral,
91 metros, accusando no canal uma máxima profundidade de Matt Dentro.
> — Lagoas. Feia o Formosa no mun. de S. João
1",70, o por descarga 30 metros cúbicos por segundo no tempo da Bòa \'ista. a Grande, a do (^.ajii tão Miguel e a dos Veados
da secca. O rio Pardo é o mais rico e p ivoado dos alls. do Pa- no mun. de S. José dos Gamj.iOS. — Nesograi>liia, O Estado de
ranapanema. O rio Novo vem da serra dos .\gudos, correndo S. Paulo comi)r(diende em sua costa quatro ilhas grandes e
de norte pai'a o sul, banha a flor«-scenle villa do S. Jose dos diversas menores, (|ue, to lavia, não deixam de ser importantes.
Campos Novos, e vai desembocar no Paranapanema, um kil. acima As primeiras, são: .São Sebastião, Santo .\maro. São Vicente <
do Salto Grande. O Pary aff da dir. o um pouco maior do que o Cananéa. Dentre as menores mencionaremos a dos Porcos, cm
rio Novo, também desce da serra dos .Vgudos, onde os ribeirões frente do mun. de Ubatuba ; as dos Búzios, a"E. de S. Se-
Pirapitinga, Taquaral, Ceremonia e dos Veados são os seus bastião ; Toque-Toque, que dá o nome ao canal entre o conti-
galhos principaes. O seu curso é proximamente de N, para S. ; nente e a ilha de S. Sebastião ; Monte de Ti'igo entre o porto
35.453
— — — —

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deS. Sebastião e a Barra Grande de Saatos Alcatrazes, a 24 ; (Porto Martins á S. Manoel 41 kils.) ; todos da bitola de 0m,96;
kils;mais OU menos ao S. de S. Sebasticão, nalat. S. de 24" Ligação Victoria a Treze de Maio 16 kils. com a bitola de
7' 5" do Abrigo, a seis kils. da costa fronteira á barra de
; lin.OO «Companhia Bragantina », bitola de 1^,00, de Campo
;

Gananéa; Comprida ou do Mar Pec[ueno, situada ao correr da Limpo á Bragança 52 kils. « Companhia Itatibense » bitola
;

costa, occupando o littoral desde a barra de Icapara até Cananéa, de 1"',0U, de Louveira a Itatiba 20 kils. ; « Companhia Viação
etc. — Bahias e Portos. Os principaes, são; Ubatuba, no mun. Rio e S. Paulo, bitula de im,00, Formoso á Barreiro 18 kils. :
deste nome ; S. Sebastião ; Santos, com tres entradas devidas E. de F. Bananalensa, bitola de 1^,00, da Divisa do Rio a
ás illias de S. Vicente e Santo Amax-o a mais meridional de- ; Bananal 11 kils. « The Minas and Rio Railway Company
; »,
nomina-serio ou barra de S. Vicente, a septentrional Bertioga, bitola de 1^,00, do Cruzeiro ao Alto da Serra (limite do Estado
e a do meio Barra Grande Gananéa, Iguapé, formado pelo es-
; de Minas) 23 kils. ; « Ramal Férreo Damont », bitola de 0m,6J,
paço compreliendido entre a liha do mar Pequeno e o conti- do Ribeirão Preto á Fazenda Arindiuba 23 kils. « Ramal
nente. —
Pliaróes. O da Moela, na ilha deste nome, aos 24" 3' 5" de Férreo Campineiro », bitola de O™, 60, de Campinas ao bairro
;

lat. S. e 3° 5' 15" de long. O. do Rio de Janeiro ou 46' das Cabras 33 kils. « Companhia Carris de Ferro de S. Paulo
;

15' 30' de Long. O, de Green. o do Bom Abrigo, na parte :


á Santo Amaro», bitola de l«i,05, de S. Paulo a Santo Amaro
meridional da ilha deste nome, aos 25°, 6' e 40' de lat. S. e 19 kils. ; da Villa Marianna ao Matadouro dous kils. ; « Com-
40 41' 30" de long. do Rio de Janeiro ou 47° 51' 45" G. de panhia Viação Paulista », bitola de 1"',36, de Santos á S. Vi-
Green; e o de S. Sebastião, na ponta do Boi, na ilha de cente nove kils. Estradas de ferro em construcção. « Com-
S. Sebastião. —
Agricultura e industria Toda a importância do panliia Paulista de Vias Férreas e Fluviaes », Secção do Rio
Estado de S. Paulo é devida á sua agricultura. A força pro- Claro, bitola de 1^,00, de S. Carlos do Pinhal a Ribeirão
ductiva de suas terras é realmente maravilhosa. Sua lavoura Bonito, 40 kils. « Companhia Mogyana, bitola
; de lm,00.
divide-se em grande e pequena; esta é constituída por cereaes, Segunda Via. (Do rio Caraandocaia a Casa Branca) 130 kils. ;
canna de assucar ejumo; aquelía pelo café e algodão. Para Companhia União Sorocabana o It lana », Secção Sorocabana,
o grande incremento que tem tido a lavoura, por demais tem bitola de l°i,00, Tatuby á Itapetininga 43 kils. ; Botucatu á
concorrido as muitas estradas de ferro que percorrem o Estado Rio Novo 78 kiis. li. de F. de Taubaté a Ubatuba, bitola de
;

e a considerável imiuigração nacional e estrangeira, que para de lm,00, Taubaté á Ubatuba 151 kils. « Companhia Carril ;

elle tem atliuido. Ainda que a agricultura seja a principal Agrícola Funilense », bitola de 0™,60, de Campinas a Funil
occupação de seus hads., certo é que de alguns annos a es^ta 41 kils. « Companhia Ramal Férreo Campineiro », bitola de
;

parte vai tomando algum incremento a industria propriamente l"'60^de Cavalcante á Santa Maria II kils. ; « Companhia
dita, em seus variados ramos. O Estado possue em Sorocaba Viação Rio e S. Paulo bitola de l'",00, de Barreiros á Tibiriçá
a celebre fabrica de ferro S. João de Ipanema em Taubaté a ; oito kils. ; « Companhia de Carris de Ferro de S. Paulo á
Companhia de Gaz e Óleos Mineraes em Lorena, Piracicaba, ; Santo Amaro», bitola de 1™,05, de Villa Marianna ao Aterrado
Capivary. e Porto Feliz, bem montados engenhos centraes do Gazometro seis kils. Estradas de ferro coxtra-
;

para a fabricação de assucar e aguardente em diversos ; CTADAS. « Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviaes »,
muns. grandes estabelecimentos para a fabricação de fios e Limeira á Piracicaba, bitola de 1di,60, 42 kils. de Jaboticabal ;

tecidos de algodão. Para fundição e construcção de obras de a Barretes, bitola de l'",00, 102 kils. ; «Companhia Mogyana»,
ferro, utensílios difierentes, instrumentoí agrícolas e material bitola de 1™,00, Ramal de Jalahy, Ramal de Arêa Branca
de estradas de ferro, conta o Estado grande numero de otíicinas, 12 kils ,Ressaca a Santos 250 kils. ; Ramal para Mogy das
entre as quaes merecem menção as de Ipanema, as das compa- Cruzes seis kils.. Prolongamento do Ramal de Amparo á
nhias S. Jfaulo Raihoay e S. Paulo e Riu de Janeiro, sitas na Soccorro 18 kils. ; «Companhia União Sorocabana e Ituana »,
capital; as das companhias Paulistas e Mogyana, Lidger- bitola de 1^,00, de Itapetininga á Itararé 263 kils. do Rio ;

Avood& C., Arens & Irmãos, em Campinas. Possue ainda o Es- Rio Novo a Tibagy 334 kils. ; « Lorena dos Campos do
tado uma importante fabrica de .phosphoros de páo, em Villa Jordão ; « Companhia Viação Rio e S. Paulo, de Tibiriçá á
Marianna, nova e florescente pov. nos subúrbios da capital; —
Mambucaba 40 kils. Linhas de navegaç.^o fluvial: « Com-
uma de papel na pov. do Salto de Itú, á margem do Tietê de ; panhia Paulista de Vias Férreas e Fluviaes, rio Mogy-guassii
chapéos, ua capital de moveis, de isroductos suínos, etc.
; (de Porto Ferreira ao Pontal, 200) « Companhia União Soro- ;

Viação no território do Estado de S. Paulo em 1893. cabana e Ituana, rio Piracicaba (de João Alfredo á confluência
Estradas de ferro em trafego. B. de F. Central do Brazil no Tietê, 126) rio Tietê (de Porto Martins a Porto Ribeiro,
;

274 kils.. (de Queluz a Cachoeira, bitola de l'",60, 41 kils. ; 94); « Companhia Sul Paulista de navegação e mineração, rio
Cachoeira a S. Paulo, bitola de ii»,00, 231 kils. Ramal da ; Ribeira (de Iguapé a Xiririca 154) ; Rio Una (da sua foz no
Penha, bitola de 1"»,00, dous kils.) « S. Paulo Railway ;
J
Rio Ribeira ao no Jacupiranga, 2J) ; rio Jacupiranga (da sua
Comp. » (bitola de i™,60), de Santos a Jundiaby 139 kils. ;
• foz no rio Ribeira á freg. de Jacupiranga, 103) ; rio Juquiá
Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviaes 991 kils, (da sua foz no rio Ribeira á freg. da Prainha, 78). Em con-
sendo: Secção Paulista, de Jundiahy a Descalvado 224. kils.. clusão: o Estado de S. Paulo, até 1893, tinha 2.789 kils. de
Ramal do Rio Claro (Cordeiros a Rio Claro 17 kils.), Ramal estradas de ferro, sendo: E. de F. Central do Brazil 41 kils.
de Santa Verediana (Laranja Azeda á Santa Verediana de bitola de 1^,60 e 233 kils. de 1«',00 ; S, Paulo Railway
38 kils.): todas da bitola de 1™,60 Ramal Descalvadense ; 139 kils. de l'^,60 ; Companhia Paulista 282 kils. de bitola
(Descalvado á Aurora 14 kils.). Ramal de Santa Rita (Porto de i^.m-, 430 kils. de lm,Oa ; e 41 kils. de 0"\60 Com- ;

Ferreira a Santa Rita 27 kils.) todas da bitola de 0™,60 : ;


panhia Mogyana 767 kils. de bitola de 1^00 ; e 41 kils. de
Secção Rio Claro: de Rio Claro á Araraquara 128 kils. Ramal ; 0™60; Companhia União Sorocabana e Iluaua 635 kils, de bitola
do Jahú (Visconde do Rio Claro á Jabú 143 kils.) Desvio ; de 1>",00; Companhia Bragantina 52 kils. de l"i,00; Companhia
entre kils. 100 e 106 passando por Brotas 10 kils. Prolonga- ;
Itatibense 20 kils, de 1",Ú0 Companhia Viação Rio e S, Paulo
;

mento de Araraquara á Jaboticabal 96 kils. Ramal de Agua ; 18 kils. de 1">,00 E. de F. Bananalense 11 kils. de 1»,00
; ;

Vermelha (S. Carlos á Santa Eudóxia 63 kils.) Ramal do : Companhia Minas e Rio 23 kils. de l"i,00 Ramal Férreo ;

Ribeirão Bonito 41 kils. todas com a bitola de l^^jOÍ); Com-


:
Dumont23 kils. de 0"i60 ; e Ramal Férreo Campineiro 33 kils.
panhia Mogyana 808 kils., sendo: Campinas a Ribeirão Preto de 0™,60. A navegação fluvial era mantida num percurso de
318 kils. Ribeirão Preto a Jaguara (limite do Estado de
;
776 kils., divididos pelas companhias Paulista de Vias B^erreas
Minas, 186 kils.); Ramal do Amparo (Jaguary a Monte e Fluviaes, rio Mogy-guassú, de Porto Ferreira ao Pontal,
Alegre 48 kils.); Ramal do E. Santo do Pinhal. (Mogy- 200 kils.; «União Sorocabana e Ituana, rio Piracicaba, de
guassú a E. Santo do Pinhal 37 kils.); Ramal da Penha J ão Alfredo á confluência do Tietê, 126 kils. ; rio Tietê, de
(Mogy-Mirim á- Eleutério 47 kils.) Ramal de Cald.-is (Cas- ;
Porto Martins a Porto Ribeiro, 94 kils, ; Sul Paulista de
cavel até o alto da serra de Caldas, limite com e Estado navegação e mineração, rio Ribeira, de Iguapé a Xiririca,
de Minas .59 kils.); todas com a bitola de 1". 00 Ramal do ;
151 kils. ; rio Una, da sua foz no rio Ribeira ao rio Jacu-
Rio Pardo (Casa Branca a Canoas 72 kils.) Ramal de Silveiras :
piranga, 21 kils.; rio Jacupiranga, da sua foz no rio Ribeira
(Amparo á Serra Negra 41 kils.) todas da bitola de 0™,60 ; ;
a freg. do Jacupiranga, 103 kils, ; rio Juquiá, da
Companhia União Sorocabana e Ituiina, 636 kils., sendo Sec- sua fiz no rio Ribeira á freg. da Prainha, 78 kils.
ção Sorocabana S. Paulo aBoLiicalú 310 kils. Ramal de Tatuby População. —
E' calculada em mais de 2.000.000 de habs.
(Boetuva aTatuhy 22 kils.)
:

Ramal do Tietê Cerquilho á


;
;

Instrucção. —
A inst. superior é dada na Faculdade de Direito
Tietê 8 kils.) todos da bitola de 1™.00 Secção Ituana: Jun-
: ;
e na Escola Poly teclinica. A secundaria publ. era dada no cur.so
diahy a Itú 70 kils. Ramal de Itaicy á S. Pedro 1.52 kils. Sub-
; ;
))reparatovio, annexo á Faculdade de Direito, sendo a pa''ticular
ramal Çhave a João Alfredo 17 kils. Ramal de Porto Martins ;
ministrada por muitos collegios de primeira ordem, principal-
DIOC. GBOG. 17

;

PAU - 130 - PAU

mciUc os de Campinas e Tlu. Pussue ainda o Eslado uma mun. tem 250. OUO habs. E' incrível o prog'iVSSo qtie fez essa
]':scolu Normal, onde fte liahililam os candidatos ao magi-.lei'io ;
cidade era tao pouco tempo. A]iresenta hoje bellas ruas, largas,
o .Seminário lOinscupal. o d:i, Gloi-ia, o l.yceu do Sagrado Coração regularmente calçadas e com grande movimento commercial ;
de Jesus, o Inslitulo dos Artilices, o Lyceu de A.rles e OlTicios, magniflcos prédios, havendo palacetes verdadeiramente lu-
Escholas Modelo ele. A inst. jn-im. publ. é dada em 749 eschs. xuosos excellentes hotéis, entre os quaes o Grande Hotel, talvez
:

Xncleos coloniies. O de S. Bernardo, fundado a 2 de julho de o primeiro do Brazil. Possue. uma estatua de José Boni''acio ;
l.STT lai inau.ii-urado a 3 de setemln-o do anno seguinte o de
: importantes lypographias, faliricas de tecidos de algodão, de
S. Caetano, l\md;ulo em 28 de janeiro de 1877 na ia/.enda do chitas, de gelo, de banha e outros productos suinos, de fundição,
mesmo nome. iinteriorment^ iiertencente á ordem de S. Bento; degaz de illuminação, de phosphoros, de chapéos. de moveis, ele.
eílá sit iaitoa .SJO. da capital, da qual dista cerca de 10 kils., a Nessa cidade nasceu o poeta Alvares de Azevedo a 12 de setembro
margem da K. de P. de Santos a Jiiudiahy, que tem uma es ação de 1831. A cidade de S. Paulo tem os seguintes bairros: Bom
))prt'o da sede colonial; o do Pariquera-assii, no mun. de Retiro, Luz, Santa Ephigenia. Santa Cecilia, Campos Elyseos,
Iguapé: o de Antonio Prado, no mun. do Ribeirão Preto; o Bidla Vista, Villa Buarque, Liberdade, Gloria, Cambucy, Con-
lio Barão de .Jiindialiy, situdo no mun. de .Jundialiy, a tres kils. solação, Hygienopolis, Braz, Agua Fria, Ypiranga, Lageado, além
(la cidade o de Rodrigo Silva, no mun. de Porto Feliz
;
o das
; de outros, — Cidades principaes. Amparo, á margem esq. do rio
Cannas, no mun. de Lorena; e o do Cascalho, nado Rio Claro. Camandocaia, atravessada pelo ramal da E. de P Mogyana, com
— Colónia militar. A de Itapura, junto ao salto deste nome, á cultura de café, Areas, em um pequeno valle, á margem esq. do
margem dir. do rio Tietê, distante da capital cerca de 888,8 ribeirão Vermelho. Atibaia, á margem esq. do rio do seu nome, a
kils!, e ci-eada por Dec. de 20 de junho de 1856. A colónia de 80 kils. da capital, com 5.000 habs. Bananal, banhada pelo rio de
Avanhandava. creada por Dec. de 13 de março de 1858 nas im- seu nome, aíf do Parahyba, grande produc tora de café, com casa
mediações dosalt) do mesmo nome, á margem dir. do rio Tietê, de Caridad'?, theatros e diversas egrejas. Batataes, na bacia do rio
nunca i)rosperou e está hoje abandonada. —
Divisão jiuliciaria. Sapucahy, pittorescamente assentada em duas collinas, separa-
Tem um tribunal de justiça e 101 coms. —
Representação Fe- das por um córrego. Botucatu, no cimo da serra do seu nome,
deral. Dá tres senadores e 22 deputulos. —
Governador do Es- com 7.000 habs. e importante lavoura de café, algodão e ce-
tado. A Constituição foi promulgada a 14 de julho de 1891. reaes: foi fundada em 1766 pelo paulista Simão Barbosa Franco.
Dr. Manoel Ferraz de Campos Salles, tomou posse a 1 de maio Bragança, a 100 kils. da capital (ou a 52 pela E. de P. Bra-
de 189i. — Capital. S. Paulo, á margem esq. do rio Taman- gantina ou a 50 pela Ingleza), banhada pelo rio Jaguary. Ca-
doatehy. atraves;ada pelo rio Tietê, aos 23' 3G' de lat S. e çapava, a 2 kils. do rio Parahyba e a 22 de aubaté, sobre uma
I

3" 27' de long. O. do Rio de Janeiro, a 750 metros acima do collina á margem da E. de ¥. de S. Paulo ao Rio de Janeiro,
uivei do mar; com perto de 250.030 habs. Em sua parte antiga com uns 1.600 habs. Caconde, a tres kils. do rio Pardo, sobre
e central, assenta sjbre o extremo septentrional da collina um planalto, em terreno safaro, com uns 5.00J habs. Campinas,
erguida entre o rioTamandoatehy e o ribeiro Anhangabaliú, uma das cidades mais notáveis do Estado, illuminada a gaz,
circumda-a pela p?rte de lêste extensa várzea bordando a com industria animadíssima, muitas fabricas, clima ameno,
margem dir. do rio Tamaadoatehy alêm começa o terreno a
; cathedral (uma das primeiras do Brazil), hospitaes de Miseri-
se elevar a pouco e pouco, atê que, no fundo do qiiadro, se córdia e de Beneficência Portugueza ; gabinete de leitura; im-
avis'am perliladas no horizonte as cumiadas da Cantareira, portante imi)rensa ; diversos coUegios, entre os quaes os deno-
proporcionando tão pittoi-esco painel o mais aprazível espe- minados Culto á Sciencia e Corrêa de Mello ; cerca de 3.000
ctáculo. Tem mais de 7.000 prédios palácio do governo,
; prédios. Foi antigamente a villa 'de S,- Carlos. O maestro
estabelecido no antigo coUegio dos jesuítas, ha pouco re- Carlos Gomes ahi nasceu. O mun. tem pouco mais de 30.000
formado, com freute para um bonito largo recentemente habs. Capivary, á margem dir. do rio de seu nome, atra-
ajardinado ; a Sé Cathedral ; o Paço da Camara Municipal e vessada por um ramal da linha férrea Ituana. o qiial, partindo
Ássemblêa Estadoal, no largo Municipal a Thesouraria Geral
;
de Itaicy, passa por Indaiatuba e Capivary e vae a Piracicaba ;
de F.izeuda, edifício de grande belleza architectanica, ainda em com um engenho central na pov. denominada Villa Rafard.
construcção o Thesouro Estadoal; o Monumento do Ypiranga,
;
Casa Branca, grande cultivadora de café, fumo e algodão, a 278
edifício sitaado na collina do mesmo nome, olr/a grandiosa, kils. da capiEal e 190 de C.-.mpinas, servida pelaE. de P. Mo-
destinada a conunemorar a proclamação da indepemlencia na-
cional e servir ao mesmo tempo para um musèo o Palacio
gyana e pelo ramal térreo do Rio Pardo. — Cunha, com clima
;
saluberrimo, importante lavoura de café e cereaes, a .58 kils. de
Episcopal ; a Bibliotheca Publica, creada em agosto de 1895 Guarantinguetá. Espirito Santo do Pinhal. Franca, no alto de
e inaugurada em 7 de abril de 189G o sumptuoso edilicio da
;
uma bella collina, a 960 metros de altitude acima do nivel do
Secretaria da Agricultura, inaugurado a 13 de abril de 1890 ; mar, servida pela E. de F. Mogyana, com uns 500 prédios, fórum,
o 'antigo convento de S. Francisco (recentemente reformado, matriz, egreja do Ro.sa.rio, h spital de Misericórdia, theatro
em que fiinccionam o curso de direito e i'espectivas aulas prepa- Santa Clara, collegio de N. S. de Lourdes (das irmãs de S Jõsê),
ratórias) ; a Santa Casa de Misericórdia, magnificamente si- Lyceu Culto ás Lettras, etc. tem uns 5.000 habs. E" assim de-
;

tuada no bairro do Arouche, edificio notável por suas grandes m-minada em honra ao capitão general Antonio José da Franca
proporções, solidez e elegância, filiado ao estylo gotliico o ;
e Horta. Guaratinguetá, á margem dir. do Parahyca do Sul, a
Seminário Episcopal, vasto edificio com bonita capella, situado NE. da capital, da qual dista 200 kils., grande productora de
no liairro da Luz, fundado pelo bispo D. Antonio Joaquim café e canna de assucar. Iguapé, nas margens do Mar Pequeno,
de Mello ; a Penitenciaria, situada no mesmo arra balde ; em aprazível situação, a 323 kils. da capital, 250 de Santos e 79
o riospicio de Alienados, installado a 14 de maio de 1852 de Cananéa, com uns 10.000 habs. Itapetininga, a O. da Ca-
a Hospedaria de Im migrantes, no bairro de Braz, com vastas
pital, em uma bella planície, a 622 metros acima do nivel do
acciimmodações adequadas ao fim a que é destinada o o ;
mar, a margem dir. do ribeirão do seu nome e á esq. do da
theatro de S. José, inaugurado em 1864 outro pequeno
;
Serra; fundada em 1770 pelo alferes portuguez Domingos José
inaugurado em 1873 ; o Mercado Municipal, aberto em 1807 ; Vieira. Itatiba, antigamente Belém de Jundiahy, entre os rios
as estações centraes e mais edilicios pertencentes ás estradas Jundiahy e Atibaia, distando deste cerca dedouskils.. sobre
de ferro S. Paulo Itailwaij, Paulista, Norte e Soi'ocabana :
uma linda collina, que se eleva em ampliitheatro desde o ribeirão
o mosteiro e egreja de S. Bento; o convénio e egreja do
da Cachoeira, com 6.000 habs. Itu, á margem esq. do rio Tiété,
Carmo ; as egrejas de S. Francisco, Rosario, Santo An-
junto ao regato Guaraú, com 11.000 habs., hospital de Lázaros,
tonio, N. S. dos Remédios, S. Pedro, S. Gonçalo, Bòa fundado em princípios do presente século pelo padre Antonio
Morte, Santa Thereza, Santa Iphigenia, N. S. da Luz, Pacheco e Silva e inaugurado em 1800, collegio de S. Luiz e o
N. S. da Consolação e ("oração de Jesus : o Quartel de Linha ; de N. S. do Patrocínio, fundado em 18.58 pelo bispo D. Antonio
o Cemitério Municipal e Capella o Seminário das Educandas
; ;
Joaquim de Mello; berço do pintor José Ferraz de Almeida
o Lyceu do Sagrado Coração de Jesus : o Ilosjiilal da Sociedade
Portiigueza de Beneficência ;
o Asylo de Mendicidade ; dois
lazaretos ; diversas eschs. imids. o Jardim Publico, creado
;

I)or Av. régio de 19 do novemljro de 1790, mas concluido so-


mente em 1825 a oslnrços do primeiro president"? da prov.,
Lucas Antonio Monteiro ile Barros, visconde de Congonhas do ' O iirin, é rif|iiissi'no eu mineraes. No valia do Ribeira, encone
Campo, que o facultou ao recreio publico. A cidade é percorrida tram-se iinport.antes minns de chumbo, prata, antimon o, bismutho -
ferro. Nos bairros An Jacupiranguinha e Turvo, existem ricas minas de
])or diversas linhas de bouds que estabelecem frequente com- ferro. A .jazida do Jioupirangja ó tiio importante como a do S, Jo^o
inunioação enlro cila e os bellos bairros que possue. Todo o de Ipanema, quanto á qualidade do minório, *
PAU — 131 — PAU

Júnior, de Feijó e Paiila- Souza, Jacareliy (corinipçrio de Jacai'égy, ilha a que Martini Affon.so de Souza, a 20 de janeiro de 1532 deu
agua deJacaré) na margem dir. do rio Paraliyba do Sul, subre o nome de S. Sebastião, com bom jjorto, onde podem anc(jrar
um planalto de pouca elevação, abfavessada pela E. de F. de navios de alto bordo é uma das mais antigas povs. do Estj.do,
;

S. Paulo, com Casa de Misericórdia Jundiahy (i'io dos bagres), tem 5.000 habs. Silveiras, num valle entre as serras da Manti-
sobre uma bella collina,dondedescortina-se lindissirao panorama, queira e da Bocaina, atravessada pelo ribeirão do seu nome, que
no qual salientam -se a verdejante serra do Jai)y e os morros do junta-se a um outro denominado do Guedes, e reunidos vão ao
Mursa, á margem esq. do rio que lhe dá o nome. Limeira, cor- Itagu^;'.çaba ao Parahyba; com lavoura de café e cerca de
e este
tada pelo rio Tatíi, a Glkils. de Campinas e a 28 do Rio Claro, (i.OOO habs. Sorocaba, á margem do rio que dá-lhe o nome, com
com importante lavoura de café. Lorena, á margem dir. do Pa- casi de misericórdia, gabinete de leitura, fal)rica de tecidos e
rahyba, na loz do ribeirão Taboão, em vasta planicie de s'')lo lavoura de algodão, café e canna de assucar; o mun. tem 14.000
arenoso, elevado esecco; cora uma elegante egreja de S. Beue- habs. Soccorro, á margem esq. do rio do Peixe, distante 52 kils.
dicto, construída pelo Visconde de Moreira Liniií. hospital de de Bragança, 45 do Amparo e 30 da Serra Negra. Tatuhy, á
miseridordia e um importante engenho central. Foi primitiva- m;\rgem esq. do rio seu do nome, aíf. do Sorocalia. Taubaté ou
mente um arraial denominado Porto do Hepacaré (lugar das Itaboatéem uma planicie, á margem esq. do riacho Corrêa, a (),()
goii'.beiri>s). Tom uma linha de b 'udes. Mococa, antiga viUa de kils. da margein dir. do Parahyba, atravessada pela E. de F. de
S. Sebastião da Boa Vista, a 13 kiU. da margem dir. do rio S. Paulo e Rio de Janeiro, com lavourado café. Tem alguns
Pardo, atravessada pelo ribeirão do seu nome. Mogy das. Cruzes estabelecimentos notáveis como sejam um lindo gazometro, egreja
aNNlí. da capital, em uma chapada formada pelos valles do rio matriz, cujo interior é riquissimo, collegio do Bom Con.selho,
Tietê, ribeirão de Cima e ribeirão do Iiiiranga, com 3.000 liabs. hospital de .Santa Is;'bel. Uma linha de bonds a vapor vai da
e grande lavoura de canna de ass icar. Mogy-mirim, em terreno estação da E. de F. a Tremembê. O mun. tem20.000 habs. Tietê,
de Ibrte declive, perto daconfluenta do ribeirão Santo Antonio á marfiem esq. do rio Tietê, com lavoura de algodão, cale e
com o rio Mogy-mirim, com uma casa de Misericórdia, inau- canna de assucar Ubatuba, no littoral. á mar,i;ein dir. ã» Rio
.

gurada a 3 de junho de 1888. Parahybuna, n ENE da capital, á Grande de Ubatuba. J, hú, á margem esq. do rio de seu nome.
margem esq. do rio do seu nome: o mun. tem 11.000 habs. Ita- aff. do Jacaré-pepira-mirim i\.raro,quára. num extenso planallo
.

pyra, á margem esq. do ribeirão da Penha. aff. do rio do Peixe, entre o ribeirão das Cruzes, o córrego da Servidão e o ribeirão do
que o é do Mogy-giuvssú. Pindamonhangaba, a NE. da capital, Ouro. a 3'3(3 kils. de S. Carlos Ribeirão Preto, a 3D kils. de Ca-
da qual dista 170 .<ils ., á margem do Parahyba, com grande cul- juru e o 46 de Ba tntaes. Bethlém do Descalvado, á margem dir.
tura de café. Piracicaba, antigamente Constituição,;! margem do córrego da Prata. Avaré, antiga villa do Rio Novo. S. José
esq. do rio Piracicaba, com terrenos de i>rodigiosa fertilidade, do Rio Pardo, Santa Isabel, a 24 kils. de Jacarehy e 39 de S. José
cultura de café e canna de císsucar, engenho central e cerca de dos Campos. S. Vicente, na ilha do seu nome. Nuporanga, an-
11 .000 habs. Pirassununga, a nove kils. do rio Mogy-guassú, tigaE. Santo de Batataes. Brotas, jaboticabal. S.Manoel do Pa-
servida pela E. de F. da Companhia Paulista. Porto Feli?. anti- raíso, á margem esq. do ribeirão Paraíso. Santa Rita do Passa.
gamente Porto de Ararytaguaba. na margem esq. do Tietê, a 140 Quatro, no alto da serra do seu nome. Villas principae.-s.
kils da capital, com importante culttirade canna de assucar, um Apialiy, á margem dir. do ribeii'ão Palmital, e á esq. do
engenho central e 8.0U0 habs. Queluz, banhada pelo Po<rahyba, riljeirão d'Ag ia Grande. Araçáriguama, á margem esq. do
que a divide em duas partes, atravessada pela E de F. Central
. ribeirão de seu nome, parte em terreno elevado e parte na
do Braz il (ramal de S. Paulo);o mun. tem (5.000 habs. Rio Claro planicie. Bebedoui-o —
Bom Successo, a dous kils. da margem
a NO. da capital, á margem do ribeirão do seu nome. Santos, a esq. do Paranáiianema. Cabreúva. a tres kils. mais ou menos do
ENE. da ilha de S. "\'icente, em inua vasta planicie; com duas rio riMeté. Cajurfi, á margem do ribeirão do seu nome, nu extremo
linhas de bouds, alfandega, theatro, hospitaes de misericórdia e da serra do Cubatão. Campo Largo, a 16 kils. de Soracaba.
de Beneficência Portugueza. estação da B. de F., egrejas matriz, Campos Novos do Paranápanema, na margem esq. do vio Novo,
de N. S do Carmo, de Santo Antonio, de Jesiis-Maria José, do aos 22' 27' 35" de lat. S. e 7" 13' 23" do long. O. do Rio de
Rosario; capellas de N. S de Montserrat (na montanha deste Janctro. a 4.5()'n,5sobre o nivel do mar. Cananéa. á beira-niar. na
nome), de Santo Antonio, do Embaré (na praia da Barra), além ilha do seu nome. Cará-guatatuba, nas divisas dc Ubatuba, na
de outras; conventos do Carmo e de Santo Antonio, etc. E' o em- margem dir. do Santo Antonio. Carmo da Franca, á margem
pório eommercial do Estado; possúe um porto excellente. fre- esq. do ribeirão Corrente. Cotia, á margem esq. do rio do seu
quentado diariamente \m- muitos vapores transatlânticos estran- nome, aff. do Tietê. Cruzeiro, j). rtigamente Embalai, á margem
geiros e vapores naxionaes. Foi fundada por Braz Cubas e serviu dir. do ribeirão Endsalní ou Imbahú, atravessada pela E. de F.
de berço ao padre Bertholomeu Lourenço de Gusmão, inventor Central do Brazil, entre Queluz e Cachoeira, ponto inicial da E.
do aerostato; de Fr. Gaspar da Madre de Deus. autor das Me- de F. Minas e Rio. Dous Córregos, entre os rios Piracicaba e
morias para a historia da capitania de S. Vicente; dns tres Jacaré-pipira-mirim E. Santo da Boa Vista. E. Santo de
.

Andradas do Visconde de S. Leopoldo, um dos fundadores do


; Barretos, a 13 kils. da margem esq. do rio Pardo e a .53 do Rio
Lnstituso Histórico do Brazil e autor dos Annaes da província de Grande. E. Santo do Turvo. Guarulhos, a 19 kils. da capital.
S. Pedro do Sul i; do malogrado poeta Joai^iuim Xavier da Sil- Inddiatuba, na margem esq. do rio Jundiahy. Iporanga, na
veira. S. José do Barreiro, á margem e'q. do rio do Barreiro. margem esq.. da Ribeira de Ig\iaiie. na harra do ribeirão Ipu-
Santo Antonio da Cachoeira. aNNE. da capital, banhada ao N. ranga. muito rica em mineraes. Itanhaem, á ma'gem esq. do riu
e NO. pelo rio Cachoeira, a O. pelo ribeirão Lavapés e a E. pelo que dá-lhe o nome. Itapecerica, a 30 kils. da capital. Itapeva da
pequeno rio Catiguá. Serra Negra, na fralda da serra do seu Faxina, a 250 kils. da capital e a 00 das divisas do Estado do
nome, a jiouco mais de 900 metros acima ilo nivel do ma-r. Paraná. Jaml)eiro. ás margens do rio Capivary. Lagoiíilia, a 24
S. Carlos do Pinhal, a NO. da capital, na margem esq. do ri- kils. de S. Luiz do Parahytinga e a 33 kils da cidade de Cunha.
lieirão Monjolinho. com cultura de café. S. José dos Campos ^, Lençóes. á mai'gem do rio do seu nome, alT. do Tietê. Monte
atravessada pela E. de F. S. Paulo e Rio de Janeiro, entre Mór, antiga Agua Choca, á margem dir. do rio Capivary. Nati-
Caçapava e Jacarehy, a tres kils. da margem dir. do Parahyba vidade, a treskils. do rio Parahybuna. Nazarelli, á margem esq.
do Sul, em um planalto de mais de 30 metros acima do nivel do do rio Atibaia. Parnahyba, á margem esq. do rio Tielê. Para-
mesmo rio. S. Luiz do Parahytinga, á margem esq. do rio que —
náiianema (Capão Bonito do ). á margem esq. do rio das .Vhnas.
Patrocínio do Sapucahy, na com da Franca, na margem esq.
lhe dá o nome, com cultura de café, algodão, fumo e cereaes. .

S. João da Bòa Vista, á margem dir. do rio Jaguary-mirim, rio Sapucaliy-mirím. Penha de Jfogy-mirim. Piedade, á margem
.sobre duas coUinas, a 30 kils. da estação de Cascavel e a 83 da esq. do rio Pirajióra. Pinheiros, á margem esq.
'
do rio i'a-
cidade de Mogy-mirim. S. Roque, á margem esq. do ribeirão rahyba. Redempção. no sopé de duas moulaiibas, banhada pelo
Ai-acahy, atravessada no sul ])elo ribeirão Carembehy que, em ribeirão do Palmital, aff. do Parabytinga. Rio Pardo (Sanla
frente da cidade, faz barra no primeiro. S. Seljastião á beira mar, —
Barbara do ), a 6() kils. de l.ençcies e 4() do Rio Novo. Rio
iSobre uma planicie que estende-se ao sopé da serra, defronte dn —
Pardo (Santa Cruz do ), a 50 kils. do S. Sebastião do Tijuco
Preto. Rio Novo, nas margi ns do rio Lageado alf. do rio .Novo.

Rio Preto Santa Branca, á margiMii esq. do rio Parahylia. Sanla
Barbara, á margem dir. do riljeirão do Toledo, alf. do rio .Vlibaia.
Sanla Rita do Paraizo, á margem esq. do rio Grande. Sanla
'Nasceu am 9 de maio de 177Í e morreu em O de julho de 1SÍ7. Cruz das Palmeiras, a 19 kils. de Cusa Branca e a 27 de Pi-
'Esse mun. é banhado pelo rio I'arahyba e pelos tribs. deste, o
rassununga. Santo .Vntonio da Alegria, á margem e.s(|. do rio
.Taguary e o Buquira: este recebe diversos riachos, entre os quaes o PinheiriiUio, a 33 kils. de Cajiirú. S. João Bapli^Jla do Rio
Watinaíla, Ferriio, Claro, Taquary, e aquelle o rio do Pei.^ie. Verde, entre os rios Itararé e Verde. S. José do Parabytinga, ú
PAU — 132 — PAU

margem esq. do rio do seu nome. S. Pedro, a 46 kils. de Pira- deputados e senadoi-es vencerão na legliSlatura seguinte. Para-
cicaba. S. Simáo. Santo Amaro, ligada a S. Paulo por uma li- grapho único. Será igual o subsidio para os depiitados e sena-
nha de Carris de Ferro. Sarapuhy. Una, á margem dir. do rio dores. Art. 13. Salvo nos casos de acesso ou promoção legal, os
Una e á esq. do Sorooabussií. Villa Bella, á b-ira-raar, numa membros do ('ongresso não poderão receber do P^ der Executivo
exti-piniilade da ilha de .S. Sebastião. Xiririca, á margem dir. Federal oxi do Estado, emprego ou commissão remunerados, nem
da Rib eira de. Iguaiie. parte á bsifa-mar e parte em um outeií-o, com elle celebrar contractos. Paragrapho único. O deputado ou
para onde vai convergindo a iiop. por causa das cheias rio rio. senador tamb^^m não pode s.n' presidente ou director de bancos,
S. Bernardo. Baryry, antiga freg. do Sapé. Ribdrão Bonito. companhias ou emprezas, que gozem favores do g'overno do Es-
Juquery. Salto do Itú. S. Miguel Archanjo. Pefeiras. Lavri- tado, conforme a lei especificar. A inobservância dos preceitos
nhas. N S. dos Remédios da Ponte do Tietê. Santo Antonio contidos neste artigo, bem como a mudança de domicilio para
da Boa Vista. Piquete. Pilar. S. .loão da Bocaina. S. Pedro do fora do Estado, importam a perda do mandato, competindo á
Turvo. Pií^ajú, antiga -villa do Tijuco Preto. Ribdraosinho. camará respectiva decretal-a. Art. i4. São condições de elegi-
Ribeirão Branco. Fartura. S. Pedro doltai-aré. Rio das Pedras bidade para o Congresso: i Ter o exercício dos direitos polí-
S. José do Rio Preto. Pederneií-as, antiga S. Sebastião da ticos e e,star qualificado eleitor 2." Ter tido domicilio no Estado
;

Alegria, á margem esq. do Tietê, distando deste seis kils. Leme. dentro dos tres últimos annos anteriores á eleição 3." Não ;

Curralinho. Pitangueiras, a dous kils. do Mogy-guassú. Con- exercer autoridade que se estenda sobre o território do Estado

;

ceição de Monte Alegre. S. João de Itatinga. Porto Fei-reira. 4. " Não exercer qualquer funcção do jioder judiciário. Capi-
Tremembé. Pedreiras. Apparecida do Sertãosinho. Constituição tulo II —
Camara dos deputados Art. 15. A Camara dos —
do listado.— —
Titulo I. Organisação do Estado. — Art. i." O Deputados compoeni-se de cidadãos eleitos na proporção de um
listado de S. Paulo, parte integrante da Republica dos Estados para 40.000 habitantes, ou fracção superior á metade deste nu-
Unidos do Brazil, constitue-se autónomo e soberano, sobre o mero, até o máximo de 50. Para esse fim se procederá no mais
regimen constitucional representativo. Paragrapho único. A breve jjrazo ao recenceamento da população do Estado. O rg-
sua soberania estende-se sobre o território a que tinha dii-eito cenceamento será i'evlsto de dez em dez annos. Art. 16. A'
a antiga província dapuelle nome, Art. 2." Como Estado autó- Camara dos Deputados compete privativamente § 1." A inicia- :

nomo, exerce todos os direitos que não são, pela Constituição da tiva : I. Das Us de impostos; II. Da fixação da força publica
Republica, exclusiva e expressamente delegados aos poderes fe- seb informação do presidente do Estado III. Da di,soussão dos ;

deraes. Art. 3." A organisação do Estado tem por base o mun. projectos de lei offerecidos pelo Poder Executivo. § 2.» A decla-
cuja autonomia, em tudo quanto respeita ao seu peculiar in- ração da procedência ou improcedência da accusação contra o
teresse, a Constituição garante nos termos da parte. II. Art. 4 " presidente do Estado. —
Capitulo III Camara dos Senadores — —
Os poderes políticos do Estado são: o Legislativo, o Executivo e .Art. 17. O Senado compõe-se de cidadãos eleitos na proporção
ojudiclarlo. Secção I. — Poder legislativo.— —
Capitulo I. Dis- de um para dous deputados. E' condição de elegibilidade para o
posições geraes. .Aro. 5." O poder legi>slativo é exercido pelo Con- Senado ser o candidato maior de 35 annos. Art. 18. O mandato de
gresso. § 1." O Congresso compõe-se de duas camarás: a dos senador durará seis annos, renovando-,se o Senado, por metade
deputados e a dos senadores, elegíveis por suftragio directo e irlennalmente. Paragrapho único. O senador eleiloem substitui-
maioria de votos. § 2." A lei estabelecerá o processo eleitoral ção exercerá o mandato pelo tempo que restava ao substituído.
que mais assegure a representação das minorias. §3.» E' vedala Art. 19. Compete privativamente ao Senado j nlgar o presidente
a accumulação dos cargos de senador e deputado, e durante as do Estado e os demais funcclonarlos designados na Constituição.—
sessões legislativas cessa o exercido de qualquer outra funcção. Capitulo IV. —
Attríbuições do Congresso — Art. 20. Compete ao
Art. 6." O Congresso, salvo caso de convocação extraordinária Congresso, além da attribuição geral de fazer leis, suspendel-as,
ou de adiamento, deve reunlr-se na capital do listado, inde- interpre' al-as e revogal-as 1." Orçar annualmente a receita e
:

pendentemente de convocação, no dia 7 de abril de cada anno. despez ido listado 2." F'ixar annualmente, sob proposta do Po-
;

§ l." Somente ao Congresso compete deliberar a respeito do der Executivo, a força publica do Eslado 3." Autorisar o Poder ;

adiamento e prorogação de suas sessões, reunlndo-se para esse lixecutivo a contrahir empréstimos e fazer operações de credito ;

fim as duas camarás, por proposta de uma delias ou do presi- 4." Regular a arr<:K;adação, contabilidade e administração das
dente do Estado. § 2." Cada legislatura durará tres annos; rendas, e flscalisaçao das despezas publicas, creando para esse
cada sessão, tres mezes, prorogaveis quando o b?m pulilico o fim as respartições necessárias 5." Estabelecer a divisão politica',
;

exigir. § 3." Po lerá, entretanto, ser a qualquer tempo 'cassado administrativa e judiciaria do Estado 6." Deliberar a respeito ;

o mandato legislativo, mediante consulta feita ao eleitorado por da incorporação de outro Estado ou território ao de S. Paulo ;

proposta de um terço dos eleitores, na qual o representante não 7." Celebrar ajustes e convenções sem caracter politico com outros
obtenha a seu favormetadee mais um, pelo menos, dos suílragios Estados, bem como approvar os que houverem sido celebrados
com que houver sido eleito. § 4." Nos casos de vaga, Incluído o pelo Poder Executivo 8." decretar; a ) a organisação da força :

de renuncia, o presidente da camará em que esta se der, offi- publica do Estado & ) a organisação judiciaria e leis do pro-
;

ciará Immediatamente ao presidente do Estado, para que mande, cesso c) o regimen eleitoral; d) o regimen municipal
;
e) o ;

dentro em 40 dias, proceder a nova eleição. Art. 7." As camarás i'eglmen penitenciário 9." Crear e supprimir empregos e flxav-
;

funcclonarão separadamente, excepto: i.i Nos casos previstos Ihes as attríbuições e vencimentos 10. Marcar o subsidio dos
;

pela Constituição; 2.» Para abrir e encerrar suas sessões; 3.'> membros do Congresso, e os vencimentos do Presidente, Vice-
Para dar posse ao presidente e vice-presidente do Estado, e re- Presldente e Seoratarlos de Estado 11. Legislar sobre: a) ter-
;

solver nos casos de renuncia destes cargos. Paragrapho único. ras publicas e minas situadas no Estado; 6) obras publicas, es-
Cada camará só poderá deliberar quando concorrer a maioria de tradas, canaes e navegação no interior do Estado, nos termos da
seus membros, e, salvo si o contrario for resolvido pela maioria C-mstituição Federal o próprios do Estado
; ) d ) desapropria- ;

dos presentes, as suas sessões sei'ão publicas. Ai't 8.» A cada ção por necessidade e utilidade publica do Estado ou do muni-
uma das camarás compete verlucar os poderes de seus membros, cípio e) ensino primário, secundário, superior e profiissional,
;

eleger sua mesa, organlsar seu regimento Interno, e nomear que será gratuito e obrigatório no primeiro, e livre em todos os
empregados para sua secretaria. No regimento que organlsar, grãos podendo o ensino secundário, superior e profissional ser
;

estabelecerá meios de compeliu- seus membros a compare- ministrado por indivíduos ou associações subvencionados ou
cerem, e commlnará jienas disciplinares. Inclusive a de exclusão não pelo Estado f) serviços de correios e telegraphos, que não
;

temporarla. Art. 9." Os membros do Congresso são invioláveis pertencerem aos poderes federaes 12. AnnuUar as i-eaoluções e
;

pelas opiniões e votos que emittirem no exercício do mandato. actos das municipalidades, nos casos expressos no art. 54 13. ;
Art. iO. Nenhum senador ou deputado, emquanto durar o man- Amnistiar em todos os crimes e perdoar ou commutar as penas
dato, pôde ser preso sem prévia licença da respectiva camará, impostas pelos de responsabilidade 14. Dar posse ao Presidente ;

excepto em flagrande delicto. Paragrapho uolco. Em qualquer e 'Vlce-Presldente do Estado, e conceder a um ou outro licença
caso, formando o processo até a pronuncia exclusive, a autori- para ausentar-se do Estado 15. Velar na guarda da Constitui-
;
dade processante remetterá os autos á camará respectiva para ção e das leis federaes ou do Estado: 16. Propor ao Congresso
que decida sl deve ou não continuar o processo. SI a camará da União a reforma da Constituição Federal. Capitulo — V—
resolver negativamente, ficará, emquanto durar o mandato,
suspenso o processo, salvo ao accusado o direi to de preferir jul-
Leis e resoluções. —
Art. 21. Os projectos de kl podem ler ori-
gem em uma ou em outra camará por Iniciativa de qualquer de
g.iineu o immerliato. Art. 11. Os membros das duas camarás, ao seus membros, guardadas as excepções do art. 16. Art. 22.
tomar p')sse, contrahirão em sessão publica o compromisso do yVdoptado o projecto pela camará iniciadora, será enviado á
bem cumpir os seus ileveres. Art. 12. O Congresso lixará, no fim outra, que, si o approvar, remattel-o-ha ao Poder Executivo para
de cada legislatura, além da ajuda de custo, o subsidio que os que, no prazo de dez dias, o promulgue como lei do Estado,-"
— ;

PAU — 133 — PAU


Paragrapho único. O Presidente do Estado entretanto poderá, dos presentes, o presidente e vice-presidente
de entre os dons
em mensagem explicativa, e no prazo de cinco dias, pedir ao mais votados para cada um dos cargos. § 2.»
apuração será A
Congresso nova deliberação, que não será recusada. Art. 23. Si, feita em
sessões consecutivas, § 3." Concluída a apuração, la-
findo o decénio, não for promulgada a lei votada, o Presidente vrar-se-ha cli-cimistanclada acta. que os membros do Congresso
do Senado a promulgará e fará publicar em nome do Cong-resso. assignarão, e da quai se extrahlrão tres cópias, assignadas pela
Art. 24. lista é a formula da promulgação : « O Congresso do mesa, pa -a Sírem remettidas aos eleitos, e á secretaria do governo
Estado decretou e ou promulgo a lei (ou resolução doseguinie:» que lei ordinária designar. § 4." O resultado da eleição será
Art. 25. Quando o projecto de lei de uma camará fòr emendada immediatamente publi /ado por edital e pela imprensa.— Capi-
pela outra, voltará á primeira si esta acceitar
; as emendas, o .
tulo III —
Attribulções do Presidente.— Art. 36. Compete pri-
projecto assim emendado será rempttido ao Poder Executivo para vativamente ao Presidente do Estado 1.» Promulgar e fazer
:

que o promulgue. § 1.° Quando a camará revisora rejeitar o publicar as leis e resoluções do Congresso 2.» Expedir decretos.
;

projecto, ou adoptando-o com emendas, não fòrem estas appro- Instruccôes e regulamentos para boa execução dos actos legisla-
vadas pela camará iniciadora, haverá fusão, para que prevaleça tivos 3.0 Nomear e demittir livremente os secretários de Estado ;
;

após uma só discussão, o que fòr votado pela maioria dos pre- 4." Prover os cargjs públicos civis e militares, nomeando e
sentes. § 2.» A fusão etfectuar-se-ha no terceiro dia depois da demittindo na fórma da lei; 5.° Perdoar e commutar, sob
i'ejeição do projecto de lei ou das emendas, deliberaado as ca- informações do Tribunal de .lustlça, as penas Impostas pelos
marás sob direcção da mesa que for accl.amada. §3." Si não crimes communs sujeitos á jurisdicção do Estado 6." Enviar ao ;

comparer a maioria de uma das camarás, poderá a outra, uma Congresso, na sessão annual de abertm-a, uma mensagem acom-
vez que esteja repi-esentada pela maioria de seus membros deli- panhada dos relatórios dos secretários de Estado, na qual dará
berar sobre o projecto que molivou a fusão. Art. 26. Os proje- conta dos negócios públicos e indicará as providencias neces-
ctos rejeitados não podem ser renovados na mesma sessão. sárias aos interesses do Estado 7.» Convocar o Congresso extra-
;

Secção II.— Poder Executivo. — —


Capitulo T. Do Presidente e ordinariamente 8.0 Nomear, mediante approvação do Senado,
;

Vice-Presidente. — Art. 27. O Poder Executivo é exercido pelo os membros do Tribunal de .Justiça, e na fórma da lei, os outros
presidente do Estado. § 1.° Substitúe o presidente em seus im- juizes, sendo aquelles designados em oommissão quando se der
pedimentos ou quando se dê vaga do i-espectivo cargo, o Vice- vaga no intervallo das sessões legislativas 9." Dispor da força ;

Presidente. § 2." No impedimento ou faltado Vice-Presidente, publica do Estado, mobilisal-a conforme o exigirem a manuten-
assumirá o governo :!.<• O Presidente do Senado : 2." O da Ca- ção da ordem e defesa do território, dando conta do seu proce-
mara dos Deputados; 3." O Vice-Presidente do Senado 4." O ; dimento ao Congresso 10. Celebrar com os Estados convenções
;

Vice-Presidente da Camara dos Deputados. Estes, quando o e ajustes sem caracter politico, sujeitando-os á approvação do
Congresso não estiver funccionando, tomarão posse do governo Congresso; 11. Reclamar a intervenção do governo federal
perante a municipalidade da capital do Estado. §3." São con- quando necessária, para repelllr Invasão estrangeira ou de outro
dições de elegibilidade para os cargos de presidente e vice-pre- Estado, para manter a fórma republicana federativa, ou para
sidente: 1." Ser brazileiro ;
2." Ter exercício dos direitos polí- restabelecer a ordem e tranquillidade no Estado, justificando
ticos e estar qualificado eleitor; 3." Ser maior de 35 annos ; seu acto perante o Congresso, na primeira sessão legislativa ;

4.'^ Ser domiciliado no Estado durante os cincos annos que 12. Representar o Estado perante os poderes federal e dos outros
precederem a eleição. Ai't. 28. O presidente exercerá o cargo Estados; 13. Propor á Camara dos Deputados os projectos de lei
pelo tempo de quatro annos, não podendo ser reeleiío para o qua- que julgar con\'enientes 14. Suspender os actos e resoluções
;

triennio seguinte. O quatriennio começa a 1 de maio. § l.o O Vice- municipaes nos casos do art. 55 15. Mandar proceder á eleição
.

Presidente que exercer o governo no ultimo anno do quatriennio dos membros do Congresso e dos outros funccionarios elegíveis
não poderá ser reeleito nem eleito presidente para o quatriennio Ifi. Levantar forças militar -^s no Estado, no caso de invasão
seguinte. §2." Não poderão também ser eleitos para esse quatri- estrangeira ou de outro Estado, ou quando occorrer commoção
ennio os ascendenies, e os parentes consanguíneos e aSins até o Interna ou perigo imminente, o que logo conomunlcará ao go-
quarto gráo por direito civil, do presidente e do vice-presidente verno federai e ao Congresso do Estado 17. Dissolver a força do
;

que houverem exercido o governo no ultimo anno. § 3.° O pre- Estado e fazer retirar a federal, no caso do art. 68, dando de
sidente deixará o cargo no ultimo dia do quatriennio, succeden- tudo respectivamente conta ao Congresso do Estado e ao Governo
do-lhe immedlaiamente o rêcem-elei to. §4.» Si este ultimo Federal; 18. Resolver os confllcto.s de jurisdicção de ordem ad-
estiver impedido ou faltar, a substituição far-se-ha nos termos ministrativa. — Capitulo IV —
Responsabilidade do Presidente
do art. 27 § 2." Art. 29. Ao tomar posse do cargo, proferirão o e Vice-Presidente. —
Art. 37. O Presidente, depois que a Ca-
presidente e o vice-presidente o seguinte compromisso ; «Prometto mara dos Deputados re?olver-3e pela procedência da accusação,
cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a deste Estado, será sujeito a processo e julgamento perante o Tribunal de
observar as leis e desempenhar com patriotismo e lealdade as Justiça nos crimes commxms e perante o Senado nos de respon-
funcções do meu cai-go.» Art. 30. O Presidente e o Vice-Presi- sabilidade que lei ordinária definirá. Paragrapho único. O Vice-
dente não podem, sob pena de perder o cargo, saMr do território Presidente fica sujeito ao mesmo processo. Capitulo V —
Se- —
do Estado, nem acceitar emprego ou oommissão do Governo Fe- cretariou de Estado. —
Art. 38. O Presidente é auxiliado por
deral, sem licença do Congresso. Paragrapho único. A. disposição secretários de Estado, que observarão seus actos. Art. 39. Haverá
deste artigo não comprehende os casos de ausência menor de tantas secretarias quantas o Cangressoorear, designando o s "rviço
30 dias, determinada por motivo de moléstia ou de serviço pu- a cargo de cada uma. Os secretários de Estado são os chefes
blico. Art. 31. O Presidente e Vice-Presidente perceberão os das respectivas secretarias. Art. 40. Os secretários de Estado
vencimentos que forem fixados pelo Congresso no período gover- não podem accumular outro emprego on funcção publica, nem
namental anterior. § 4.° O Vice-Presidente não pôde, durante o ser eleitos Presidente ou Vice-Presidente do Estado, sendo-lhes
quatriennio, exercer qualquer outro emprego ou funcção publica. outrosim appllcaveis as disposições do art. 13 e seu piragrapho.
§2.° Prevalecem quanto ao Presidente e Vice-Presidente as dis- Art. 41. Os Secretários de Estado não podem comparecer ás
posições do art. 13 e seu paragrapho. — Capitulo II — Eleição do sessões do Congresso, e só se communicarão com elle por escripto,
Presidente e Vice-Presidente. — Art. 32. A eleição do Presidente ou pessoalmente, com as conmiissões das camarás, em confe-
e Vice-Presidente far-se-ha no dia 15 de fevereiro do ultimo anno rencias. Art. 42. São obrigados a apresentar annualmente ao
do quatriennio. Paragrapho único. No caso de vaga, a eleição Presidente do Estado minuciosos relatórios dos negócios das
etTectuar-se-ha 40 dias depois que aquella se der; e o mandato respectivas secretarias. Art. 43. Os secretários de Estado não são
do substituto durará pelo tempo que restava ao sul)stituido. responsáveis pelos actos do presidente, que subscreverem, sinão
Art. 33. Cada eleitor votará, por cédulas separadas, em um cida- pelos que expedirem era seus nomes. Paragrapho único. Nos
dão pai"a Presidente e em outro para Vice-Presidente. Art. 34. crimes de responsabilidade serão processados e julgados pçlo
Feita a puração, e lavrada a respeltiva acta, desta se extraliirão Tribunal lie Justiça e nos connexos com os do presidente, pela
duas cópias que, fechadas e selladas, serão remettidas ao presi- a itoridade competente para o julgamento deste. Secção III — —
dente do Senado e ao da municipalidade da capital do Estado. Pa- Poder Judiciário. —
Art. 44. O Poder Judiciário é exercido por
ragrapho único. O resultado das votações parciaes será desde logo juizes e jurados na fórma que a lei determinar. O Congresso
publicado officialmenie. Art. .35. No dia 15 de abril, reunida a creará um Trlbunnl de Justiça, e os outros tribunaes e juizes
maioria absoluta do Congresso sob a direcção da mesa do Senado, que entender necessários. Art. 45. O Trib mal de Justiça, será
serão abei-tase apuradas as authenticas, e proclamados pi-esidente composto de juizes, que o presidente d^i Eslailo nomeará de entre
e vice-presidente do Estado os cidadãos que houverem obtido dons os magistrados mais antigos do Estado, apresentados em listas
terços dos suflragioa recolhidos. § 1.» Si nenhum dos suffragados organisada pelo Tribunal, a qual conterá numero igual ao
obtiver aquelle numero de votos, o Congresso elegerá, por maioria decuplo das vagas a preenclier. Art. 46. O provimento dos pri-
— —

PAU — 134 — PAU

meiros cargos da magistralura será leHo meUanle conciu-so. bração será gratuita ; f) Os cemitérios terão caracter secular, h^
cando livre a todos os cuHos religiosos a pratica dos resiiectivos
Ai-i. 47. a" ('onstiLiiiirâo garante á inagistrat ira com|ileLa e
segura iiidepcadencia. liniiada nos seguinte^ jirincipio^ ile onleia ritos em relação aos seus crentes, desde que não ollendam a
cousutufional 1." Victalicieilade
:
—o magistrado, depoi-s dc-' moral publica e as leis V. O direito de associação e de i'e\inuXo é
;

empossado, só por sentença criminal dplinitiva on aponspiita- apenas limiiado pela necessidade de manutenção ou restabeleci-
doria. na (oi-jua da In, perderá o cargo 2." Inaniovibiiiilada
:
— mento da ordem publica; VI. E' a todos facultado o direito de
só apeitidu sen, ou por proposta do Tribunal de Justiça ajipro- lietição e representação denunciar qvialquer autoridade j)or abuso
;

vada pelo Senado iioderá qualiiuer juiz ser removido. Art. 48. de poder, e promover os termos do respectivo processo VII. To-
:

Nos crimes de responsaliiliilade serão processados e julgados : dos ))ódpm em tempo de paz, entrar, permanecer e saliir do ter-
a) Os juizes do Tribunal de Jiislica, i>elj Senado & ) Os outros
: ritório do Estado com sua fortuna e bens, quando e como lhes
juizes, pelo Tribunal de Justiça. Paragrajiho nnieo. A compe- convier independentemente de passaporte VIII. A casa do cidadão
;

tência estatuída por este artigo prevalece quando se -hoTiver de é inviolável ;ninguém, sem consentimento do morador. pode nella
julgar nos casos de impossibilidade physica oa m<ral dos ])enetrar senão, de noite, para acudir a victimas de crimes ou
juizes. Art. 49. O Tribunal de Ju^liça elegerá annualment?, desastres, de dia, no casos e pela fórma que a lei determinar ;
dentre os seun membros, o seu presidente, e organisará asna se- TX. E' inteiramente livre, sem dependência de censura prévia, a
cretaria, cujelog.ires serão providos por nomeação do presidente manifestação do pensamento por qualquer modo, respondendo
do íiiesmo Tribunal. Art. 50. O presidente proporá ao guveriio, cada qual.nfjs terjnos de lei ordinária, pelos abusos que comniet-
para os officios de justiça do Estado, os cidadãos qu i)ir meio > ter no exercício deste direito. E' vedado o anonymato X. E' g-a-
;

de cuncurso, julgar habilitados. Art. 51. F'icam mantidos os rantida em toda sua plenitude a segurança individual, pelo que,
juizes de paz. cuja eleição e competência serão reguladas por lei. salvo nos casos e pela fórma que as leis estatuírem a) Ninguém,
Titulo II — Regimen municipal — Art. 52. —
A actual divisão
;

fora doflagi'anle delicio, pôde ser preso sem ordem escripta de


territorial do listado em municipios, não pode ser alterada de autoridade competente; b) Ninguém ])óde estar preso por mais
modo a reduzir q\iali|uer delle a iiienos de cincoenta kilometros de vinte e quatro horas sem nota de culpa c) Ninguém pode ser
quadrados, e dez mil lial)itanles. ^Vrt. 53. —
A organisação
;

couservado em prisão sem culpa formada, nem a ella conduzido


(los municiiiioí será determinada em lei ordinária sobre as ou nella mantido si prestar liança nos casos em que esta tiver
seguintes bases 1." Todas as autoridades que fòrem creadas
: logar ; d) Aos aocusadoi se assegura na lei plena defeza c: m
são electivas, reservada aos municipios a iacnldade de as sup- to los os recursos essenciaes a ella ; e) Ninguém pôde ser condem-
primir e substituir ]ior outras com atlribuições di (Terentes 2.° ; nado senão por autoridade competente. em virtude da lei anterior,
Os eleitores municipaes, mediante proposta de um terço e appro- e na fórma psr ella prescripta f) Será concedido /iaí<e'í.s-c,9rj))ís
;

vação de dous terços, poilerão revogar em qualquer tempo o sempre que alguém soflVer ou estiv r am açado de soíFrer con-
mandato das autoridades eleitas 3." Nas mesmas c nidiçOes do
; strangimento illegal fj)
;
Nenluuna pena passará da pessoa do
numero precedente, e reunidos em assembléa, poderão annullar delinquente. Estão abolidas as penas de morte, de galés e de
as deliberações das autoridades municipaes Em taes asseinliléas
; banimento juilicial. XI. lí' inviolável o segredo da correspon-
só pa<lerão lallar sol)re o objecto das deliberações os )uunici]ies e dência. XII. O direito de propriedade é restringido tão somente
isso aulorisados jiela decima parte, ou mais, dos eleitos presen- pelo de desain^ojiriação por necessidade ou uiilidade publica,
tes. 4." São eleitores municipaes, e elegíveis ]iara os respectivos medianie jirévia indemnisação. As minas pertencem ao propri-
cargos, os cidadãos maiores de vinte e um ânuos, que inscriptos etário do Solo. com as limitações que por lei fòrem eslabelecidas
em registro especial, não estejam comprehendidos nas exclusões em beneficio da exploração deste ramo de industria. XIII. Ifi' ga-
do art. 50, e t nliam pelo menos mu anuo de residência no mu- rantiiloo direito de invenção industrial, ou por meio de privile-
nicipio. 5." A lei ordinária assegurará aos municipios a nuixima gio temporário concedido por lei, ou median e razoável premio
a\itonomia governamental e independência económica e o direito conferido pelo Congresso. A lei assegurará também a propriedade
de estabelecerem, dentro das prescripçues desta constituição, o das marcas de fabrica. XIV. O Esiado reconhece o direito de
)n'ocesso para as eleições ile caracter municipal. Art. 51.— As propriedade litteraria. Os herdeiros dos autores gozarão deste di-
deliberações e actos do governo mun.icipal só poderão ser annul- reito pelo tempo que a lei determinar. XV. E' assegurado o livre
lados pelo Congresso § l.o Quando contrários a esla e á Consti-
: exercício de qualquer profissão, oljservadas as leis de policia e de
tituição Federal; § 2." Quando off'^nderein direi los dp otitros hygiene. XVI. Nenhum imposto poderá ser cobrado senão em
municipios e estes reclamarem § 3.° Quando fòrem exorbitantes
; virtude de lei que o autorisa. XVll. A' excepção das casas que
das attribuições do governo municipal. Art. 55. —
O presidente por sua natureza iiertençam ajuízes especiaes, não haverá fóro
do Estado, no intervallo das sessões legislativas, poderá suspen- privilegiado. XA'I1I. E' raantula a instiiuieão do jury. Art. 58.
der em quo.Iquer dos casos do arti'.;-o antecedente, a execução das — A especilicação dos direitos e garantias expressas na Consti-
deliberações e actos municipaes. Paragrapho único. A respectiva tuição não exclue outras garantias e direitos não enumerados,
annullação pelo Congresso só poderá .ser decretada si por ella mais resultantes da fórma de governo que ella adopta e dos
voto.rem pelo menos dous terços dos memliros presentes. Art. .50. princípios que consigna. Titulo IV —
Disposições geraes —
As municipalidades ])oderão associar-se para a realisação de Art. 5). — São eleitores os brazileiros natos ou naturalisados,
quaesquer melliorameutos. que julguem de comraum interesse, mniores de vinte e um annos. que se alistarenrna fórma da lei.
(le])endendo, iiorém, da ajiprovaçào do Congresso do Estado, as Não pódem alisiar-se eleitores 1." Os mendigos ; 2.o Os anal-
:

resoluções que neste caso tomarem.



Titulo III —
Declararão de phabetos : 3." As praças de pret, exceiítuados os alumnos ilas
direitos e garantias Art. 57.— \ Constituição assegura a todos escolas militares de ensino suiierior 4." Os i-eligiosos de ordens
;

os que estiveriMu no l';stailo a inviolabilidade dos direitos de igual- monásticas, companhias, congregações ou communidades de
dade, liberdade, segurança e ])ropriedade, nost.n'mosdo art. 72 qualquer denominação, sujeitos a voto de obediência, regra ou
da Constituição Federal : 1. Ninguém é obrigado a praticar ou estatuto que importe renuncia da liberilade individual. Art. (iO.
não i)i'alicar acto algum senão em virtude de lei. II. A lei não tem — Os cargos |iublicos são accessiveis a todos os brazilen-os, g\iar-
elleito retroirtivo.lll Todos são eguaes perante a lei. O Estado não dadas as condições de capacidade especial que as leis exigirem.
admitte privi legios de nascimeulo.nào reconhece fóros de nobreza,
nem concede títulos de fidalguia ou condecorações. Perderão todos
Art. 01. — Os funceionaiãos públicos são responsáveis pelos abusos
e omissões que commetterem no exercício do cai'go, bem como jior
os direitos i)oliticosos cidadãos que acceitarem conrieeorações ou não pr(nnoverem a effeotiva resjjonsabilidade dos seus subordina-
titub)S noljiliarchicos estrangeiros. IV. O estado não professa nem dos. Todos devem prestar, no acto da posse, o compromisso de
repelle seita ou prolissão alguma reliaiosa ; consequentemente: a) bem desempenhar as fiincções dos respectivos cargos. Art. ()2.
Nenhum culto ou cereja gozará de subvenção olficial. ou manterá A aposentailoria só poderá ser concedida aos funccionarios pu-
relações de dependência ou alliança com o Estado E' jiermil-
; bliciis dejiois lio 30 annos de serviço, quando por invalidez não
tido o exercicid jirivado ou jiublico <le qualquer cidto comnativel
l)uderem continuar no exercio do cargo. § 1.° Os magistrados que
com a ordem imblica e os lious costumes sendo licito aos que
; tiverem comi)letado a idade de 05 ânuos serão reputados invá-
l)rofessam quabjuer culto associarem-se jiaraesse hm e adquirirem lidos e aiiosenlados pelo poder competente. § 2." Os officiaes da
liens, observailas as dis])osições do direito commum c) For mo- ; forca publica terão direito a reforma desde que completem vinte
tivo de crença ou funcção religiosa, njnguem poderá ser privado
e cinco rnnos de trabalho, ou antes, se tornarem-se inválidos em
de seus direitos civis ou ]iolil,icns, nem exiniir-se do cumprimen- razão de serviços prestados á pátria. § 3." Ao poder legislativo
to de qualquer dever civici>. Os (|ue alii-garem motivo
de crença ordinário compete legislar sobre aposentadorias, não podendo,
religiosa com o lim de se isentar ile qualquer ónus imposto pelas
entretanto, decretal-as em proveito de yiessoa determinada. § 4."
leis, ])erderão todos os direitos i>ubIicos d) Será leigo o ensino
; Os funccionarios públicos que completarem trinta annos de ser-
publico e) O tíetado só reconhece o casamento civil, cuja ceie .
; viço ao Estado perceberão dessa data em diante mais a quarto,
— —

PAI) — 135 — PAU

parte do seu ordenado e só poderão ser demULidos nos casos e


; que funccionarem ou houverem funccionado no Estulo. Para-
pela forma que lei ordinária determinar. Ai-t. 03. —O cidadão gripho único. Para a primeira composição do Tribunal de Jus-
investido em fiincções de qualquer dos tres poderes politioos do tiça, o presidente do Kstado nome:irá nove juize- observad.is os
Esiado não poderá exercer as de outro. .-Vrt 6i. . —
Os conflictos
,

termos do art. 30 n. 8. A-í. ÍJ.»— Contin iam em vigor as leis


de jiirisdicção en re autoridades judiciarias e administrativas do antigo regimen no que explicita ou implicitamente não forem
serão decididos por um triljunal especial compôs. o dos presiden- centrarias ás leis do Estado. Mandamos, portanto, a todas as
tes do Estado, .Senado e Tribunal de Justiça. O presidente da autoridades a quam o conhecimento o execução desta Constituição
Camara será o sulistiluto do presidente do ISsnado. Art. 05. pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão intei-
Todos contribuirão para as despezas pub'icas na proporção dos ramenle como nella se contém. Publique-s:' e cumpra-se em
sêus haveres, e pela forma que as leis prescreverem. Art. 00. todo o território do Estado. Sala das sessões do Congresso
Fica abolido o jogo da lot'ria no instado. ^\.rt. 07. —.\. força pu- Constituinte do Estado de S. Paulo, 14 ile julho de "1891.
blica será orgonisada por engajamento ou por sorteio, me liante Relação dos cidadãos que teem governado o Estado de .S. Paulo
prévio alistamento. Fica abolido o recrutamento militar forçado. des le 1808 até 1890. Antonio José da França e Horta (gover-
Art. 08. —A forca puliliba. quer do listado, quer federal, não n dor e capi tão-g.^neral. Desile 10 de dezembro de 1802. Mar-
pôde, debai.xo de armas, fazer requisições ás autoridades do quez de Alegre e (Luiz Telles da Silva, governador e capitão-
Estado, ou de qualquer modo intíingir as leis. Paragrapho general) — Posse a 1 de novembro de Í81I. Conde da Palma
único. Serão nullos os actos praticados por qualquer autOi'i- (D. Francisco de Assis Mascarenhas) — Posse a 8 de dezembro
dade em virtude de sugoestão da força .publica ou de ajun- de 1814. João Carlos Augusto de Oeynhausen (governador e
tamento setiicioso. Art. 09. —
Pôde o Congresso declarar em es- capitão-general Posse a 25 «le abril de 1819. João Carlos Au-
.

tado de .sitio qualquer parte do território do Estado, e, nos gusto de Oeynluuisen (presidente), José Bonifacio de Andivda e
casos de aggressão estrangeira ou de commoção interna, mandar Sdva (dotitor), vice-presidente ; ÍNIartim Francisco Ribeiro de
que sejam alli suspensas por tempo determinado es garantias Andrada (cjronel), Lazaro losé Gonçalves (coronel), Miguel José
constitucionaes. § i.° No inter\allo das se.ssões legislativas, dado de Oliveira Pinto (chefe de esquadra) e otitros vogaes. Governo
caso de perigo imminente, o presidente do E.stado tomará aquella Provisório eleito — Posse a 2i de junho de 182i."B:spo dioce-
providencia como medida provisória indispensável, suípenden- sano D. Matheus de Abreu Pereira, pres dente ; José Corrêa
do-a logo que cesse a necessidade que a liouver motivado. § 2." Pacheco (ouvidor). Candido Xavier de Almeida e Sousa (mare-
O presidente do Estado, porém, restringir-se-lia durante o estado chal de campo). Triumvira o — Posse a 10 de .setembro de 1822.
de sitio, nas medidas de repressão contra as pessoas a impor : Candido Xavier de Almeida e .Souza (marechal de campo), pre-
I. A detenção em logar não designado aos réos de crimes com- sidente: Manoel Joaquim de Ornellas (doutor), Anastácio de
muns 11. O desterro para outros iiontos do território do listado.
: Freitas Trancoso (coronel), João Gonçalves Lima (vigário), Fran-
O presielenie do Estado dará de tudo co.ita ao Congresso na pri- cisco Moura de Moraes (coronel), João Baptista da .Silva Passos
meira reunião deste. Art. 70. —
Nas reuniões extraordinárias, o (capitão-niór) e José Corrêa Pacheco e Silva (bacharel), secreta-
Congreiso .só paderá tratar de assumpto para que houver sido rio. Governo Provisório eleito na iórma do Dec. de 1 de ou u-
convocado. Art. 71. —
O Congresso ])rocedcrá, de dez em dez bro de 1821 — PoiSe a 9 dí janeiro de 1823. Lucas Ant(mio
annos nos dias que fòrem designados na sessão de encerramento Mont.>iro de Barros 1" presitlente, Idem em 25 de novemliro de
dos trabalhos do penúltimo anno daquelle período á revisão, in- 18,2 5 — Posse a 1 de alnul de 1824. Barão tie .Congonhas do
legral da Constituição, alim de verilicar ,se a'gunux das suas CamiJO (Lucas Antonio Monteiro de Barros), presidente. No-
dispo.íições está no caso de ser reformada. O regimenfc:) in'erno meado em 12 de outubro de 1825 — Posse a 1 de novembro de
do Congresso estabelecerá o processo de revisão, de modo que 1825. Luiz Antonio Neves de Carvalho, C. do governo (na fcirma
nenhuma addição ou alteração se luija por approvada sem que, da lei de 20 de outubro de 1823). Posíe a 22 de novembro de
em tres discussões, obtenha dous terços dos votos pre-eutes. 182Ò. Barão de Congonhas do Campo (como acima), 1" presi-
Art. 72. —
Também, a qualquer tempo, poderá a Constituição ser dente (de volta do S 'nado). Idem em õ de novembro tl^ 1823 —
reformada por iniciativa da quarta parte, pelos menos, dos Pos~e a 9 de outubro de 182ò. Luiz Antonio Neves de Carvallio,
membros de qualquer das camarás, ou i-epresentação da maioria C. do Governo (lei de 20 de outubro de 1823) (2'- vez). Posse em
das municiiialidades. Paragrapho único. Em taes casos, se a 5 de abril de 1827. Thomaz Xavier Garcia de Almeida (ma-
proposta de reforma depois de passar pelos tramites regimen- gistrado), 2> presidente. Posse a 19 de dezembro de 1827. D. Ma-
taes, fòr approvada pela maioria absoluta de votos em cada noel (bispo diocesano, C do governo (lei cilada), (2» vez). Posse
uma das camarás, será no anno seguinte sujeita a tres discus- a 8 de abril de 1828. Manoel Joaquim d'Ornellas (doutor), C.
sões perante o Congresso reunido, para considerar-.se definitiva- do governo (lei cilada). Poss? a 31 de outubro de 1828. José
mente approvada si obtiver dous terços dos votos ijresentes, Carlos Pereira de Almeida Torres (bacharel), 3' presidente. —
Art. 73. —
As reformas constitucionaes, b 'ui como a approvação Posso a 13 de janeiro de 1829. D. Manoel (bispo), C. do governo
da proposta preliminar de que trata o artigo antecedente, serão (lei citada), (3''' vez) —
Posse a 10 de març de 1829. José Carlos
>

promulgadas e p ublicadas pela mesa do Congresso. Disposições Pereira de Almeida Torres (devolta da Camara). Posse a 10 de
transitórias - Art. 1." —
Promulgada a Constituição pela mesa outubro de 1829. D. Manoel (bispo), C. do governo (lei citada),

do Congresso com assignauira dos memijros presentes, passarão (4=^ vez). Posse a 15 de abril de 1830. .^.ureliano de .Suiza a
as camarás a funccionar separadamente em sessão ordinária. Oliveira Cotitiuho (bacbare ), 4' preíident:3. Pussc a 5 de ja-
Art. 2." —
Na primeira legislatura fará o Congresso as leis se- neiro de 1831. D. Manoel (bispo), C. do g.)verno (lei citada),
guintes I. De força judjllca ; II. De eleições III. De organisa- (511 vez). — Posse a 17 de abril de 1831. Manoel Tlieodoro de
ção municip
:

il ;
:

lY. De organisação judiciaria e de processo ; Araujo .Azambuja, 5> prcsiden e — Posse a 20 de junho de 1831.
V. De organisação de secretaria do Estado. O presidente do Raphael Tobias de Aguiar (brigadeiro), 0'^ piesidente. Nonu^ado
Estado organisará provisoriamente as secretarias que entender era 13 de outubro de 1831 — Possá a 17 de novembro de 1831.
necessárias. Art. 3.» —
Dentro do mesmo periodo o Cong.-esso Vicente Pires da Motta (doutor), (.!. do governo (lei citada).
de maio de Raphael q^obiá.s de Aguiar (de
reverá I. O regulamento das leis liscaes do Estado, alim de Posse a 28 1834.
:

systematisar as contribuições publicas; II. As leis do ensino^ volta da Assembléa). Idem em 13 de outubro de 1831 —
Posse a
Art. 4." —
O primeiro periodo g.jvernamenfcal tenninará em 1.5 14 de seterabrii de 1831. Francisco iViuonio de Souza Queiroz,

de abril de 1896. Art. 5.» —
O presidenie do Estado marcará o 5'' vice-presidente. Idem em 27 de março de 1835 Poss.' a 11
subsidio e ajuda de cus o dos membros da primeira legislatura. de nui.io de 1835. José Cesário de Miranda Rilieiro. 7" presi-
Art. 0." Ni s trabalhos preparatórios da primeira sessão da dente. Idem em 20 de outubro de —
18)5 Pos^e a 25 de novem-
primeira legislatura, o Senado discriminará, pela ordem da vo- bro de 1835. José Manoel da Fiança, 2» vice -pr.'sidente. Idem
tação, a primeira e segunda metade de seus membros, do luod i em 27 de marco de 18 i5 —Piw«e a 30 de agoslo de 1830. Ber-
que a respeito d s dez menos votatlos cesse o mandato no fim do nardo José Pinto Gavião Pei >;(iiii (liaidiarel). 8" pr^'SÍd(>iUc. Idem
]iriraeiro triennio. Em caso de empate terão jjrecedencia os mais em 21 de julho de 1830 —Pos-e a 2 tU- ag"Stii de 18 iO. Venân-
velhos, decidindo-se por sorteio quando a idade fòr igual. \rt.7.° cio José Lisboa (doutor), 9" presidenl». I boii eoi 2) de feve-
— As eleições para as primeiras camarás municipaes serão r>- reiro de 1838 — Posse a 12 d<^ março de 1,'>.38. Manoel Machado
guladas pelo processo eleitoral que fòr pormulgado para as do Nunes (desembargador), 10' presidente. Idem em 24 de agosto
Estado. Art. 8° —
Nas primeiras nomeações de magistrados, t[g 183) — Posse a 11 de juoho de 1830. Haiihael Tobias de
quer para o Tribunal de Justiça, quer para os demai-; legares Aguiar (brigadeiro). 11" presidente. Idem em 29 de jullio de
que forem creados, o presidente do Estado p.-eferirá, tant\^ LSIO — Posse a 4 de agosto de 1810. iMiguel de S(urza .Mollo
quanto convenha aos interesses da melhor composição da niagi- .Alvim (chefe de esquadra), 12" presidente. Idem em 11 de junho
Btratura, os desembargadores da actual Relação, e mais juizes do 1811 — Posso a lõ de julho de 1811, Vicente Pires da .Moita
PAU - 136 — PAU

(doutor), vice-presidente (2» vez). Idem em 3 de dezembro de Posse a 8 de novembro de 1866. Joaquim Floriano de Toledo
1841— Posse a 13 de janeiro de 1842. Barão de Monte Alegre (coronel), 3» vice-presidente (5* vez). Posse a 13 de outubro de
(José da Costa Carvalho), 13» presidente. Idem em 24 de no- 1867. Joaquim Saldanha Marinho (bacharel, conselheiro), 34»
vembro de 1841. — Posse a 20 de janeiro de 1842. José Carlos presidente. Nomeado em 29 de setembro de 1867 —
Posse a 24
Pereira de Almeida Torres (bacharel), 14° presidente (2' vez). de outubro de 1867. Joaquim Floriano de Toledo (coronel),
Idem em 27 de junho de 1842— Posse a 17 de agosto de 1842. 3 vice-presidente
'
(6-' vez). Posse a 24 de abril de 1868. Barão
Joaquim José Luiz de tjouza (coronel), iõ° presidente. Idem em de Tit-té (José Manoel da Silva), 5" vice-presidente. Posse a 29
9 de janeiro de 1843 —
Posse a 27 de janeiro de 1843. Manoel de julho de 1868. José Elias Pacheco Jordão, 1» vice-presidente.

Felizardo de Souza e Mello (capitão), 16° presidente. Idem Nomeiido em 25 de julho de 1868 Posse a 10 de agosto de
em 4 de novembro de 1843 — Posse a 25 de novembro de 1868. Barão de Itaúna (Dr. Candido Borges Monteiro), 35» pre-
1843. Joaquim José de Moraes Abreu (brigadeiro), vice- sidente. Idem em 25 de julho de 1868 —
Posse a 27 de agosto
presidente. Idem em 19 de sètembro de 1842 — Posse a 22 de 1868. Antonio Joaquim da Rosa, 3» vice-presidente. Idem
de agosto de 1844. Manoel da Fonseca Lima e Silva (gene- em 25 de julho de 1868 —
Posse a 25 de abril de 1869. José
ral), 17° presidente. Idem em 9 de maio de 1844 —Posse a Elias Pacheco Jordão, 1» vice presidente (2^ vez). Idem em 25
1 de junho de 1844. Bernardo José Pinto Gavião Peixoto de julho de 868 i —
Posse a 1 de maio de 1869. Vicente Pires
(bacharel), 3° vice-presidente (2-' vez). Posse a õ de novembro da Motta (conselheiro;, 1° vice-presidente (4" vez). Nomeado
de 1847. Joaquim Floriano de Toledo, 4° vice-presidente. —
em 15 de maio de 1869 Posse a 19 de maio de 1869. Antonio Can-
Nomeado em 27 de abril de 1818 —
Posse a 16 de maio de dido da Rocha (doutor), 36° presidente. Idem em 1 de julho de
1848. Domiciano Leite Ribeiro (bacharel), 18° presidente. 1869 — Posse a 30 de julho de 1869. Vicente Pires da Motta
Idem em 1 de abril de 1844 — Posse a 23 de maio de 1848. (conselheiro), 1° vice-presidente (S^ vez). Idem em 15 de maio
Vicente Pires da Motta (doutor), 19" presidente '3' v> z). Nomeado de 1869 — Posse a 28 de outubro de 1870. Antonio da Costa
em 5 de outubro de 1848 —
Posse a 16 de outubro de 1848. JoséTho Pinto e Silva (doutor), 37° presidente. Idem em 20 de outubro
maz Nabuco de Araujo (bacharel), 20 pi-esidente. Idem em 21 de
' de 1870 — Posse a 5 de novembro de 1870. Vicente Pires da
— —
julho de 1851 Posse a 27 de agosio de 1851 Hyppolito José Soa- Motta (conselheiro), 1» vice-president° {6^ vez). Idem em 15 de
res de Souza (bacharel), 3» vice-presidente. Idem em 27 de abril —
maio de 1869 Posse a 13 de abril de 1871. Barão de Tietê (José
de 1852 — Posse a 19 de março de 1852. José Manoel da Silva, Manoel da Silva), 4» vice-presidente (2* vez) Idem em 16 de no-
.

2'' vice-presidente —Posse a 13 de setembro de 1852. Joaquim vembro de 1868 —


Posse a 29 de abril de 1871. José Fernandes

Octávio Nebias, 21° presidente Nomeado em 6 de setembro de da Costa Pereira Júnior (bacharel), 38» presidente. Nomeado em

1852 — Posse a .30 de setembro de 1852. Carlos Cai-neiro de 4 de abril de 1871 Posse a 30 de maio de 1871. Francisco Xa-
Campos (doutor, conselheiro), 1° vice-presidente — Posse a 17 vier Pinto Lima (bacharel, conselheiro), 39» presidente. Idem
de dezembro de 1852. Josino do Nascimento Silva (bacharelj, em 27 de maio de 1872 —
Posse a 19 de' junho de 1872. João

22° presidente Nomeado em 7 de dezembro de 1852 —
Posse Theodoro Xavier (doutor), 40» pi-esidente. Idem em 11 de de-
a 4 de Janeiro de 1853.. José Antonio Saraiva (bacharel). 23° zembro de 1872 —
Posse a 21 de dezembro de 1872. Joaquim
pi-esidente. Idem em 1 de junho df 1854 —Posse a 17 de ju- Manoel Gonçalves de Andrade (major), 5° vice-presidente. Idem
nho de 1854. Antonio Roberto de Almeida (doutor), 1" vice- em 21 de março de 1874 —
Posse a 30 de maio de 1875. Sebas-
presidente. Idem em 24 de abril de 1855 —
Posse a 16 de tião José Pereira (doutor), 41» ijresidente. Idem em 8 de junho
maio de 1855. Francisco Diogo Pereira de Vasconcellos (ba-
— de 1875 —Posse a 8 de junho de 1875. Joaquim Manoel Gon-
charel), 24» pi-esidi-nte. Idem em 12 de novemljro de 1855 çalves de Andrade (major), 5° vice-presidente (2^ vez). Idem em
Posse a 2'.) de abril de 18.56. Antonio Roberto de Almeida 21 de março de 1874 —
Posse a 18 de janeiro de 1873. Antonio
(doutor^, lo vice-presidente {2-' vez). Idem em 24 d'^ abril de de Aguiar Barros (fommendador). 6» vice-presidente. Idem em
1855 — Posse a 22 de janeiro de 1857. José Joaquim Fernan- 19 de janeiro de 1878 —
Posse a 31 de janeiro de 1878. João
des Torres (conselheiro), 25° presidente. Idem em 9 de se- Baptista Pereira (bacharel), 42» presidente. Idem em 16 de ja-
tembro de 1857 — Posse a 26 de setembro de 18.57, Hippolyto neiro de 1878 —
Posse a 5 de fevereiro de 1878. Barão de Tres
José Soares de Souza (bacharel), 3° vice-presidente {2^ vez). Rios (Joaquim Egydio de Souza Aranha), 2° vice-presidente.
Idem em 27 de abril de 1852 — Posse a 6 de junho de 1859. Idem em 19 de janeiro de 1878 —
Posse a 7 de dezembro de
Manoel Joaquim do Amaral Gurgel (doutor, conselheiro), 1° 1878. Laurindo Ab9lai'do de Brito (doutoi"), 43» presidente. Idem
vice-presidente. Idem em 13 de junho de 18.59 —
Posse a 30 em 25 de janeiro de 1879 —
Posse a 12 de fevereiro de 1879.
de junho dc 1859. José Joaquim Fernandes Torres (conse- Conde de Tres Rios (Joaquim ISgydio de Souza Aranha), 2° vice-
lheiro), de volta da Camara. Idem em 9 de setembro de 1857 presidente (2a vez). Nomeado em 19 de janeiro de 1878 Posse a—
— Posse a 26 de setembro de 1859. Polycarpo Lopes de Leão 4 de março de 1881 Florêncio Carlos de Abreu Silva (bacharel),
(bacharel), 26° presidente. Idem em 20 de marco de 1860 — .

44° presidente. Idem em 26 de novembro de 1880 —


Posse a 7 de
Posse a 17 de abril de 1860. Manoel Joaquim do Amaral Gur- abril de 1881 .Conde de Tres Rios (Joaquim Egydio de Souza
gel (doutor, conselheiro), 1" vice-presidente (2a vez). Idem em Aranha), 2» vice-presidente (3^ vez). Idem em 19 de janeiro de
13 de junho de 1859 —Posse a 22 de outubro de 1860. Anto- 1878 —Posse a 5 de novembro de 1881. Manoel Marcondes de
nio José Henriques (bacharel), 27° presidente. Idem em 26 de Moura e Costa, 4° vice-presidente. Idem em 19 de janeiro de 1878
outubro de 1860 — Posse a 19 de novembro de 1860. Manoel — Posse a 7 de janeiro de 1882. Francisco de Carvalho Soares
Joaquim do Amoral Gurgel (doutor, conselheiro), 1° vice-pre- Brandão (bacharel), 45° presidente. Idem em 18 de fevereiro de
sidente (3» vez). Idem em 13 de junho de 1859 —
Posse a 14 1882 — _

Posse a 10 de abril de 1882. Visconde de Itú (Antonio de


de maio de 1861. João Jacintho de Mendonça (doutor), 28° Aguiar Barros), vice presidente. Posse a 4 de abril de 1883.
presidente. Idem em 20 de abril de 1861 —Possi a 8 de ju- Bai'ão de Guajará (bacharel Domingos Antonio Raiol), 46° pre-
nho de 1861. Manoel Joaquim do Amaral Gurgel (doutor con- sidente. Idem em 30 de junho de 1883 —
Posse a 18 de agosto de
selheiro); 1" vice-presidente (4' vez). Idem em 13 de junho de 1883. Luiz Carlos de Assumpção, vice-presidente. Idem em 30
1859 — Posse a 24 de setembro de 1862. Vicente ÍPires da de junho de 1883 —
Posse a 29 de março de 1884. José Luiz de
Motta ('doutor, conselheiro), 29° presidente (3' vez). Idem em Almeida Couto (Dr.), 47" presidente. Idem em 9 de agosto de
9 de setembro de 1862 —
Posse a 16 de outubro de 1862. Ma- 1884 —Posse a 4 de setembro de 1884. Francisco Antonio de
noel Joaquim do Amaral Gursel (doutor, conselheiro), 1" vice- Souza Queiroz Filho, 3° vice-presidente. Liem em 29 de julho de
presidente (.5* vez). Idem em 13 de junho de 1859 —
Posse a 1880 —P'isse a 18 de maio de 1885. Elias Antonio Pacheco
3 de fevdreiro de 1864. Francisco Ignacio Marcondes Homem Chaves ( bacharel), 2° vice-presidente. Idem em 30 de agosto de
de Mello (bacharel), 30° presidenta. Idem em 13 de fevereiro 1885 —Posse a 2 de setembro de 1885. J^ião Alfredo Coi-reia de
de 1864 — Posse a 8 de março de 1864. Joaquim Floriano de Oliveií^a (bacharel, conselheiro), 48" presideate. Idem em 30 de
Toledo (coronel), 5° vice-presidente (2^ vez) Posse a 24 de ou-
. agosto de 1885 —
Poase a 18 de outubro de 1885. Barão do Par-
tuln-o de 1861. João Crispiniano Soares (doutor, cons^^lheiroí, nahyba (Antonio de Queiroz Telles), 1° vice-presidente. Idem em
31° presidente. Nomeaflo em 17 de o itubro de 1864 —
Posse a 30 de agosto de 1885 —
Posse a 26 de abril de 1886. Barão do
7 de novembro de 1864. Joaquim Floriano de Toledo (coronel), Parnahyba (Antonio de Queiroz Telles), 49 presidente. Idem em
5» vice-presidente fS» vez). Posse a 18 da janeiro de 1865.
João da Silva Carrão (doutor, conselheiro), 32»' presidente. No-
17 de julho de 1886 —
Posse a 26 de julho de 1886 Francisco An-
.

tonio Dutra Rodrigues, 1° vice-presidente. Idem em 14 de julho


meado em 7 de julho de 18(15 — Posse a 3 de aposto de 1S65. de 1887 —
Posse a 28 de junho de 1887. Visconde do Parnahyba-
Joaquim Floriano de Toledo (coronel), 3" vice-presidente (4^' vez) (Antonio de (Queiroz Telles). Idem em 17 de julho de 1886. Voltou
— Posse a 3 de março de 1866. José Tavares Bastos (desem- ao exercício em agosto de 1887. Francisco Antonio Dutra Ro-
bargador) 33» presideate. Nomeado em 16 de junho de 1866 — drigues, 1° vice-presidente. Idem em 14 de julho de 1887 Posse —
PAU 137 — PAU

a 4 de setembro de 1887. Visconde do Pariialiyba (Antonio de tendo em frente a eslalua de José Bonifacio, insigne orador : o
Queiroz Telles), reassumiu o exercício. Idem em i7 de julho de inaugurado em l-'95 a Hospe larí.i de Immigrantes. sita
i'':'rííi)i.

:

188G Posíe a li de outubro de 1887. Francisco de Paula Ro- no Bairro do Bi'az o Quartel da Liiz a Eschola Polytechnica
rlrigues Alve=;, 50" jiresidente. Idem em 8 de novembro de 1887 — a Eschola de iNíedicina
;

a líschola iMo 'elo da Luz o Pala-


;
;

Posse a 19 de iiovembi'o de 1887. —


Francisco Antonio Dui.ra Ro- cio Episcopal o Seminário Episcopal,
;

vastj edifício, com


;

drigues, l" vice-presidente Idem em 14 de junho de 1887 — ;

h inita capel a, situado no aprazível b.iírro da L iz. fundado, pelo


Posse a 27 de abril de 188S. Pedro Vioe:ite de Azevedo (bjcharel) bispo D. Antonio Joaquim de .Mello; a Santa Casa de Miseri-
51» presidente. Idem em 30 de maio de 1888 Posse a .^3 de — córdia, sitmda no bairo do Arouche, edifício notável por suas
'

j'mho íle 1888. Barão de Jaguára (Antonio Pinheiro de ITIhòa grandes p:-oporções, s didez e elegância, filiado ao estylo gothico,
Cintra). Idem em (i de abfil de 1888 Posse a 11 de abril de— c 'in uma capella de Santa Izabel a Penitenciaria, situada na ;

1889. J sé "\'ieira Couto de Jlagalliães (Dr. brigadeiro), 52° Luz, obra autorísada pela Lei Prov. de 10 de março de 1837,
])residente. Idem em 8 de junho de 1889 Posse a 10 de junho — concluída em [larte no ann^de 1852, em que começou a funccio-
de 188;1. Francisco Antonio de ,So\iza Queiroz Filho (2avez). nar o Lyceu do Sngra-io Coração de Jesus ^ o Hospilal de Be-
Id»m em 15 de junho de 188J —
Posíe a 21 de junhi) de 1889. Luiz
;

neficência Portu,-;ueza o Hospício de Alienados, creado pela Lei


:
:

Carlos de Assumpção, 2" vice-presidente ( 2-' vez). Liem em 15 de 18 de setembro de 1848 e installado a 14 de maio de 1852;
de junho de 1889 —
Posse a 22 de junho de 1889. José Vieira ( S theatros deS. José, inaugurado em 1864, o Apollo, que se
Couto de Magalhães (reassumiu o exercício). Idem em 8 de junho chamou também Minerva e Provisório, installado em 1875, eo
de 1889 —
Posse a 3 de agasto de 'Í88J. Dr. Américo Brasiliense Polyth-^ama Nacional Mercatlo Mnnicipal, aberto em 1837; ns
:

de Almeida e Mello, eleito ]n'esideute a 9 de junho de 18.)1, estações das estradas de ferro Central do Brazil, S. Paulo llaíl-
posse a 11 do mesmo mez. Dr. Bernardino de C;unpos, eleito a 17 way, Paulisia e Sorocabana o mosteiro e egreja de S. Bento ;
;

de maio de 1892, posse a 23 de agosto do mesmo anno, Dr. M. o^ conventi e egreja do Carmo as egrejas de S. Francisco,
;

Ferraz de Camjjos Salles, tomou osse a 1 de maio de 1896.i


N. S. do Rosario Santo Antonio, N. S. dos Remédios, S. Pedi'o,
:

S. Gonçalo, N. S. da Bòa Mort ', Sanla Tlier. si. Santa Iphígenía,


PAULO (S.). Cidade capital do Estado do sei nome, situada N. S. da Luz - .N. S. da Consolação, e Coração de Jesus o Jardim ;

aos 23' 36' de lat. S e 3° 27' de long. O. do Rio de Janeiro, a 7.50 Publico, creado por aviso régio de 19 de novembro de 1790, mas
metros acima do niv.^! do mar. Em
s.ia \iarte antiga e central cunstruído somente em 1825, os jardins do palácio, dos largoss de
tssenta solire o extremo septeatrion 1 da oollina erguida entre o S. Bento, manícipal e Piques OHcemitírios luunictpaes da Como-
rio Tamandu:itehy e o ribeiro Anhangabahú. Circumda-a pela lação, do Br.ise da freg. da Penha de França, etc. A capital é
parte de E. extensa várzea bordando a mirgem dii' do Ta- .
lig.ida pelo telegrapho ao interior, á Capital Federal o a Santos,
manduat.diy ; além começa o terreno a se elevar de pouco em que a liga ao estrangeiro e íios Estados. Possue ainda uma desen-
pouco, até que, no 1'undo do qiiadro. se aviltam, perlilad is no volvida rêde telcph nici, que a uu' também a Santos. Para o
horizonte, as cnniiadas da Caivtareii'a, proporcionando o pitto- transporte urbano, além da Viação Pauli ta e de diversas ou-
resco painel muito aprazível espectáculo. Com o extr.iorJinario tras linhas, é ligada á villa de Santo Amaro, a 18 kils. da capí-
desenvdvimento dos últimos aunos, os limi tes urbanos acima
assignalados foram ultrapassa los pelas cdiíicagõss, que ora
multiplicam-se por t )da a parte, dila tando consideravelmente f
perímetro da cidacU. Comquanto na parte ant'gaas ruas e casas
accuse n ainda o defeituoso systema de consiruir dos temp is 1 Ainda nan se sabe quando nem por quem foi fundada, o qua
consta openas de diioumenlos existentes nos archivos à que a irmanda-
coloniaes, em que quasi tudo se fazia em proporções acanhadas,
de já existia e n 1603 e que havia um liospital em edifício próprio ou
sem pl.mo ou regularidade, certo éque a capital de nossos dias alugado em 1670. l^rovara-o autos de inventario e testemunhas existen-
apresentajá a este respeito notáveis melhoramentos, revelando tes no 10 cartório de orpháos. Alguns ann )S depois a irmandade cahiu
as e lilicações mais novas assignalados prog.essos na arte de em decadência o techou-se o hospitil, pelo que durante muitos annosa
construir, einquanto que i)or SfU lado otterece a cidade feição irmandade soccorria aos desvalidos, tazendo-os curar em casas particula-
res. Dos livros existentes no archivo da irm.nndade consta quá a 31 de de-
mais modrrna e mais agradável aspecto. Entre as casas paiti-
ze obro de 1714 propuzera o provedor Isidro Tinoco de Sá que S3 desse
culares nocam-se os palacetes de D. Veridiana Prado, do
começo ao hospital e que a 24 de abril de 1715 fôra o mesmo inaugurado
Dr. Prado, da Marqueza de Itú, do Barão de Ta-
Antonio em logar que s« ignora e em preJio provavelmente alugado. A 11 de
t ihy, o do Elias Chaves, o Grande Hotel, o armazém Garraud, fevereiro de 1743 tratou-se em mesa da compra de q;iatro moradas de
íilém de muitas outras. Segundo o lançamento feito em casas contiguas á egreja da Misericórdia e sú a 20 de janeiro de 1744
1887 vara a cobrança do imposto predial, havi i então na foi resoivida a compra delias, realisuda no dia seguinte por escriptu-
elevando-se hoje (1896) a 16.210. D'entre ra, vendendo-as o proprietário corouel Manoel Antunes Belém do An-
capital 7.012 prédios,
drade. De 1783 a 17'J'i sabe-se que uma dessas casas esteve alugada á
os modernos melhoramentos que tem reenbido <i cidade são
camará municipal, servindo de cadèa. Parese que as oatras tres esti-
dignoí de menção o calçamento das principaes ruas e praças
:
veram servind de hospital até 1774 mas passaraui desse anno em
;

pelo systema de parallelepipedos de pedra, o ajardinamento de di.ante a servir de enfermaria dos regimentos de iMellicias e Voluntários
algumas praças e a arborisação de diversas ruas a illuminação : lieaes, sogundo se infere da acta da sessão d.a mesa dc 2 de junho de
a gaz corrente, o serviço de locomoção por carris de ferro, o abas- 1793, em que se delerininou que n s duas cnsas contiguas á egreja se
fizesse hospital |,ara os pobres pur estar occujMão o hosijilal (j,\inãc
tecimento d'agua, a caiialisação de esgot:)s, o matadouro e a liga-
pela fazenda real, desde o dito anno de 1744. cmiio enlerinaria dos já
ção do centco conmercial com o bairro do Chá, por um grande mencionados regimentos, A 15 de agosto d; 17 '15 começTrani, pois, as
viaducto mntallico. São principais edifícios na cidade O Momi- ;
obras ms duas das casas, mas eu 1799 o provedor, capilão-gen^ral
rnenío do JjJiVan.ga, construído na collina do 'smo nome. no m Antonio Manoel de Mello, mandou que as obras continuassem para
local em que se deu a nossa independência. O edifício é impo- serem os casas alugadns por ter de mondar fazer hospital para os re-
nente, eiitrando-se nelle por uma riquíssima escadaria de gimentos e portanto dispensar os prédios da íranta Casa, o que si5 se
realizou a 31 de dezembro de ISOl. No tempo do governadoi- e capi-
mármore. Na parede frout-.dra a esta acha-se gi avada em uma
lão-generai Antonio .losí da Franca e Morta foi reorganisndi a ir-
lapide a seguinte inscripção Este monumento commemora
mandade, dando-se-lhe compr>miss) por Alvará de IS de outubro de
:

A INDEPENDÊNCIA DO BuAZIL, PROCLAMADA A 7 DE SETEM- 1S06. Poster;o»niente foi ella tomando impulso, até ipie em mesa de 10
BRO DE Í8Í2. Todo O interior do elílicio possue magest"i- de outubro de l'^2í propoz o provedor I.ucas Antonio Monteiro de
.sas obras de ornament:'ção. O salão nobre é lindíssimo e nelle Barros, então presidente da prov., que fosse comprada a chácara do
se vê, além do quadro « A Independência », do Victor Meirelles, espolio do coronel .João Radomnker, denominada dos Inglezes, e ven-
alguns quadros magístraes dos pintores Almeida Júnior e Pe- dida a fazenda denominada Lambedor, que havia sido iloada pelo con-
selheiro Diogo de Toledo Lara Ordenhes, para o fim de construir-se na
dro Alexandrino. No monumento está inslallado o Museu Pau- dila chncara o hospital, o que se realizou, o a 2 de julho de 1S25 foi
lista, que pertenceu ao coronel Sertório e que a este foi comprado ahi inaugurado o hospital e casa de exp istos. Keconhecida a insufi-
pelo cíd 'dão Mayrink, que o oíTereceu ao listado. A Esoola Nor- ciência do prédio, o provedor, tenenle-general José Arouche de fo-
mal, a Thesouravia de Fazenda, a Secretaida da Agricultura, a lodo Rondon, promoveu donativos para a edificação de outro hospital,
Polícia CMit'al, o P.ilacio do Governo, estabelecido no extincto sendo lançada a 2 de julho de 1S32 a primeira pedra desse outro, na
collegío dos jesuítas, comjjletamente trnnsformado, com frente rua da Gloria, edilicio que foi inaugurado em julho d; tS40. O compro-
misso foi approvado por Lei Prov, de 9 i'e fevereiro da l.s3ò, o seu
para um bonito largo ajanlinado, tendo num dos lados uma
regulamento interno é de 22 de maio de 1834 Havendo, poním, esta .

elegante cascata, a Sé CatJiedral, cuja construcção foi iniciada em hviiTianitaria corporação reconhecido a irisuliciencia do antigo hospital ,

1745 o Congresso, inaugurado em 1878, no local da antiga ci-


; que om rigor não podi receber mais de 80 leitos, iniciou em léverei-
i

dêa ;a Delegacia Fiscal do Thesouro Federal o Correio Geral ; ; ro de iSSi a construcção de um edifício situado no .'Nrijiiche.
Praça do Commercio ; o Thesouro do Estado ; a Alfandega a ; 2 Fica no bairro dos Campos Elysios. A construcção desta egreja
Faculdade de Direito, no antigo convento de S, Francisco, 1'oi começada en ISSl por iniciativ.à do b spo D. Lino.

DICC. OF.no. li
PAU — 138 — PAU

tal, por uma pequena E. de F. a vapor: conta uma linha de o benévolo acolhimento prestado aos portuguezes. A' nascente
bonds a vapor para o Ypiranga e Cambucy e conimunioa-se com povoação de S. André, que occupava o sitio onde tem hoje
a Ire 2:. da Penha, a sete kils. mais ou menos de distancia, por assento a nova freguezia de S. Bernardo, deu o governador geral o
trens diários da E. de F. Central do Brazil, que servem tam- predicamento de villa, e a Ramalho o titulo de alcaide-mór. Cum-
hem a diílei-entes pontas dos subúrbios. A pop. do mun. pôde prida a sua missão na capitania de S. Vicente, re ti rou-se Thomé
ser calculada em iõO.OOU balis. A vinicultura é o principal ramo de Souza para a Bahia, sendo logo depois succedido no governo
da lavoura do mun. E' bastante animado o movimento commer- por Daarte da Cosia. Com o novo governador geral vieram
cial da cidade. Noanno de 1837 contava ella 593 armazéns de outros padres da .oinpanhia de Jesus, entre os quaes José de
i

suecos e molhados, 51 armazéns de fazendas e miudezas a varejo, Anchieta, que tanio havia, de celebrisar-se pelo seu amor á
13 ditos em grosso, 14 armazéns de ferragens a varejo, 13 de raça aborígene e apuradas virtudes, A este tempo, já conhe-
ferragens e oul.ros géneros, em grosso, 10 de louças e crysiaes, cendo Nóbrega as necessidades que s>, faziam sentir no serviço
20 de°moveis. colchõss e vários outros artigos, 13 de perfuma- da catechese da capitania, daqui mi^smo dispoz a vinda de
rias e artigos de armarinho, 19 de ronpa feita, 102 açougues, 41 religiosos da Bahia para S. Vicente, reíolvendo mais que se
padarias, 15 pharmacias, 6 lojas de livros e objectos de escripto- mudasse o collegio existente nesta villa para serra acima,
rio, 11 chapelarias, 21 tabacarias. 16 lojas de jóias, 11 de cal- onde mais vasto campo se olferecia aos missionários da fé christã.
ifado, 17 de arreios, 8 confeitarias. 17 holeis, 66 restaurantes e De fei to, em principio de janeiro do anno de 1554 patiam para
botequins, 16 lojas de bilhetes de loteria, 46 escriptorios de agen- o alto treze religiosos, sob a direcção do padre Paiva, entrando
cias e oommissÓes, duas drogarias, tres lojas de plantas, duas de nesse numero José de Anchieta. Tendo transposto a região da
instrumentos de musica, e vários outros estabelecimentos. A in- matta e chegido aos campos de Piratininga, pararam os padres
dustria acha-se representada no mun por difterentes fabricas de
. na collina sobranceira ao rio Tamanduatehy e ribeiro Anhan-
tecido, de algodão, de chitas, de gelo, phosplioros chapéos, mo- gabahú, onde foi levantado rústico albergue em que celebrou-se
veis, de refinação de assucar, etc. A iust. prim. é ministrada em missa no dia 25 de janeiro de 1554, dia em que a egreja solem-
numerosas eschs. pubis. no inslituto D.Anna Rosa fundado em ' nisa a conversão de S. Paulo, cujo nome passou a ser o da po-
1875 pelo Barão do Souza Queiroz, nas escholas modelos da voação nascente. Tendo os padres convidado a ebyriçá, cuja
'1

Praça da Republica, da Luz, do Cvraio, no Lyceu de Artes e tribu dominava os campos de Piratininga, e a Cayubi, chefe da
Oíficios, fundado a 1 de setembro de 1882 pelo Dr. Leôncio confederação dos Carijós e Tupys, habitantes do littoral, a
(le Carvalho,no Seminário de Educandas, mantido pelo virem com os seus estabelecer-se nas vizinhanças, elles assim
governo para educação de meninas pobres, no collegio dos Sa- o fizeram, installando-se Tebyriça no local onde se vê hoje o con-
lesianos e em muitas eschs. particulares a secundaria na
;
vento de S, Bento, De então começou a edificação da nova povoação,
Escola Normal, no Gymnasio da Capital, no Seminário Episco- a qual já pelo labor dosimli -s, já pela concurrencia dos colonos
pal, no Gymnasio Paulista, antigo collegio Delamare, no Insti- vindos do littoral, teve rápido incremento, a ponto de supplantar,
tuto Brazilia Buarque, e em alguns outros a superior, final- alguns annos depois, a vizinha villa de S. André, pois certo é
mente, na Faculdade de Direito e na Eschola Polytechnica.
;

— que, achandn-se em S. Vicente o governardor geral Mem de


O mun. é percorrido pela serra da Cantareira, pertencente ao Sá, em 1.560, mediante representação do padre Nóbrega, mandou
systema da Mantiqueira e pela do Mar, ahi chamada de Cuba- extinguir a villa de S. Andre e transferiu este predicamento
tão ;é regado pelos rios Tietê, Tamanduatehy. Pinheiros, para a povoação visinha, com o nome de S. Paulo de Pirati-
.Juquery, Tres Pontes, Ipiranga, Meninos, Anhangabahú, Tou- ninga. Continuando a progredir a villa de S. Paulo, por pro-
cinho, Iguatemy, Barro Branco, Cuvetinga e diversos outros. visão de 22 de março de 1681,0 marque/, de Cascaes, então dona-
O mun. é muito salubre e o clima muito ameno. —
Historia. A tário da capitania de S. Vicente, tranferiu da villa deste nome
necessidade de um regimen capaz de conservar e desenvolver para a de S. Paulo o predicamento de cabecida capitania.
as capitanias e melhor curar dos interesses das povs., repri- Separada a capitania de S. Vicente da do Rio de Janeiro, foi a
mindo os abusos que se davam, provindos de seus governadores villa de S. Paulo, por carta régia de 11 de junho de 1711,
privativos, á mercê dos quaes estavam a vida, a honra e a proprie- elevada á categoria de cidade, passando a antiga capitania de
dade dos colonos, deu logar a que, por carta régia de 7 de S. Vicenie a chamar-se capitania de S. Paulo. Creado o bispado
janeiro de 1549, fosse instituído no Brazil um g iverno geral de S. Paulo, por carta régia de 22 de abril de 1745, ahi teve
com sede na Bahia. O primeiro governador nomeado foi Thomé elle a siia séde. Finalmente, pela carta de lei de 16 de dezem-
de Soiiza, que chegou á Bahia aos 29 de março daquelle anno, bro de 1815, sendo o Brazil elevado á calegoria de reino, passou
vindo na mesma occasião, além dos funccionarios que deviam a cidade de S. Paulo de cabeça de capitania a capital da prov.
tomar parte na governação da colónia, o pa.dre Manoel da Nó- do mesmo nome, cabendo-lhe, poucos annos depois, a gloria de
brega e mais cinco membros da Companhia de Jesus, alim de ser o berço da emancipação jpolitica do Brazil, pois foi na collina
servirem na missão religiosa da Nova Luzitania. Solicito em do Ipiranga, subúrbio da cidade, que o príncipe regente, D. Pe-
propagar a fé pelas terras já povoadas, mandou Nóbrega, no dro de Alcantara, levantou o famoso brado da Independência
mesmo anno de sua chegada, para a capitania de S. Vicente, ou Morte, no memorável dia 7 de setembro de 1822. PorDec. de
o padre Leonardo Nunes e o irmão Diogo Jacome, os quaes, 17 de março de 1823 teve a cidade o titulo de Imperial — Dista
b^m succedidos em seu apostolado, fundaram um collegio na de Mogy das Cruzes 4J kilometros, de Jundiahy 60, de Atibai 1

villa de S. Vicente, a que annexaram casa de educação, em 60, de S. Roque 67, de Santo Amaro 13 e da Conceição dos
que eram admittidos os menores íiDios dos colonos e aborí- Quarulhos 20. Comprehende os bairros Lava pés, Cambucy,'Te-
genes. Precisando de mais companheiros para o serviço da legrapho, Mooca, .Maranhão, Cangahyba, S. .Miguel, Lageado,
catechese, partiu o padre Nunes para a Bahia, a entender-se a Liberdade, Agua Branca. Barra Funda, B>lla Cintra. Palmeiras.
respeito com Manoel da Nóbrega, que resolveu vir pessoal- Santa Cecília, Consolação, Braz, Pary, Penha, Campos Elysios,
mente conhecer as neo^ssidad^-s do serviço espiíútual na capi- Ponte Crande, Bom Retiro e diversos outros. O engenheiro Theo-
tania de ^. Vicente e como, por seu lado, o governador geral
; doro Fernandes Sampaio diz a respeito dessa cidad» o seguinte :

também desej;isse por si mesmo examinar o que ia pelas capi- « .Assentada á margem esquerda do Tietê e estendendo-se pelas
tanias do Sul, entregues, como estavam, á administração, ás encostas dos morros que medeiam entre esse rio e o seu pequeno
vezes imperita e caprichosa, dos loco-tenentes dos donatários, aífluíute o Tamanduatehy, a cidade de S. Paulo mostra um re-
partiram ambos da Bahia no fim do anno de 1552, chegando a levo cheio de accidentes, bastante desigualdade de nivel entre
S. Vicente em fevereiro de 1.553. O governador, depois de in- suas difiérentes partes e grandes extensões vasias, dentro de-
speccionar as cousas de beira-mar, transpoz a serra e foi até um perímetro irregular e incerto. S. Paulo, comquanto fun-
à povoação de S. André da Borda do Campo, onde habitava dada ha mais do 330 annos é uma cidade nova, cujo aspecto
'

João Ramalho, o porluguez que Martim Alfonso encontrara na geral assignala-se por uma constante renovação das edificações
nova região e que, por sua alliança com a filha de Tcbi/riçá, antigas, as quaes desapparecem rapidamente e pelas constru-
chefe da numerosa trilju dos Guayímazcs, muito influirá para eções que constituem os bairros novos. Seguramente du-as terças
partes da cidade actual são de data muito recente, líxaminada
em globo. S. Paulo é uma cidade moderna com todos os defeitos
e qualidades inherentes ás cidades que se desenvolvem r.ipida-

1 O nome dadi) a este instituto é o de uma senhora caridosa que ah


f.alleceu deixrxnilo os remanescontes de sua fortuna que orçaram por
11'000,'J, os (juaes, reunidos a diversas quantias dad.as pelo barão e seus
l^arentes preflzeríio a de 250:000.-;, com que foi fundado o instituto. ' Fundada pelos Jesuítas em 15.54.
PAU — 139 — PAU

mento. Desigualdarle nas edificações e nos arruamentos, desi-


nundações na época das chuvas e retalhada transversalmente por
vários aterrados, tem no seu ponto mais baixo no Tietê a alti-
gualdades de nivel muito sensíveis, todns as irregularidades de
tude de 718'™,S37 e na ponte de Luiz Gama 722"!, 111, o que equi-
umn con<tniccã'i sem plano premedit;ido. I,n,ln< os defeitos das
vale a uma differença total de nivel 3'", 273. O terreno da várzea
larpas superfícies edificadas sem os indispensáveis melhora-
cabe, pois, para o Tietê cora uma declii-idade de O", 816 por
mentos recLtmados pela hyg'iene. grandes espaços desoceupados
kilonietro, cousiderando-se essa declividade uniformemente re-
ou muiti irregularmente \itilisados. grande movimento, muito
partida. Soinmando-se essa várzea ao orpo mais densamente
commercio. extraordinária valorisaçcão do solo e das edificações
consti'uido da cidade, tal como agora se vê, ella vem a repre-
e clima naturalmente bom. S. Pailo, quanto á sua posição
sentar cerca da quarta parte da área total e perto de duas
geographioi lica a 2.3o 33' de latitude sul e .T". 28' de lon-
vezes mais do que a área da cidade velha. O espigão, sobre que
gitude do Rio de Janeiro. Sua altitude acima do nivel do mar
esiá a velha S. Paulo, levanta-se muito rapidamente do lado
é de 748 metros ' Como cidade de planai to tem o clima das
.
desta várzea e as rampas accusmi-lhe quasi sempre forte por-
i-egiões altas nas vizinhanças dos tropicns. oscillando a tempe-

4°, 4 sendo a
centagem nas ruis talhadas nas enco-tas na ladeira da Taba-
:
ratura entre os seguintes extremos 34". 8 e
:

tinguera, 6,8 % na do Carmo, 9,7 %; na do (Conselheiro João


;
média annual da temperatura de 19°. 2 '^.Humidade relativa
Alfredo, 7 %: na do Porto Geral, 15,6%; na da Confstituição,
Sõ.02. Os ventos dominantes são o.S de SE, com lfi.4 "lo de fre-
21,2 na de Vinte e Cinco de Março (travessa), 7.8 %.
quência e os de NO. com 9.2~"jo. As chuvas regulam por uma
Goniinuando pela várzea encontram-se ainda ligando a parte
média annual de 131S."'2.™, não,se ido raras as chuvas torren-
baixa á parte alta da cid:ide os aterrados seguintes: Ater-
ciaes como a fie 10 de fevereiro de 1801. fornecendo ílO milli-
rado da estação de carga, 2%; aterrado da Estrada de Ferro
metros em 24 horas. Goza-se, pois, em S. Paulo de um clima
Ingleza, 1,5 % rua de S. Caetano, 1,8%; rua d' Dr. João
;
temperado e que seria dos mais siudaveis, si não fosse a grande
Theodoro, 1,6 % Commercio da l.uz, 1,6 %. Donde se compre-
;
díse de humidade do ar e os graves d'» feitos provenientes do
hende que a cidade deseuvolve-se por sobre um terreno incli-
rápido desenvolvimento da cidade. A parte que constir.ne a ci-
nado, cujas encostas voltadas para a várzea, Íngremes a prin-
dade pronriameute dita jaz no aag'ulo oljtusi formado pela
cipio, decli iam gradualmente á medida que se desce a planície
juncção do Tamandual.ehy e Tietê e distando cerca de 3 kils.
deste ultimo rio ^. mas os vários bairros i-eoentemente con-
na direcção de sul para norte A naturezi do solo sobre que
assenta a cidade, ê variável: na cidade velhi, a massa do es-
struídos estendem a cidade muito além destes limitas e a tornam
pigão é de um barro verme ho, pouco permeável e oriundo do
r^uito ampla, embora sem a densidade corresnondonte. O rio
grés argillnso decomposto, que paivce ter formado nas immedia-
Tamanduateliy, que dentro do perimetn da cidade tem o curso
ções de S. Paulo um manto mais exienso e continuo Na parte
d-^ sul a norte, divide-se em duas iiartes desiguaes: a parte
nova, desde Santa Iphigenia até á Luz e Santa Cecilia é ainda
Occidental, ou da esquerda que comprehende a cidade propria-
a mesma camada de argilla vermelha, mais ou menos com boa
mente dita. OU O centro c 'mmercial, os bairros da Luz, Santa
dóse de arêa, mas com Iraca perme bilidade. Comquanto não
Iphigenia. Consolação, Santa Cecília, Campos Elyseos, Bom
i

sejam essas as melhores condições do sólo para uma cidade,


iletiro e a parte Oriental ou d'r. em terreno mais baixo, que
pela abundância de humidade que acarreti, em virtude de dre-
:

comprehende o importante bairro do Braz e os seus prolonga-


nagem dilíicil, ê entretanto a parte mais concorrida e procu-
mentos em direcção á Moóca, ao Pary e á Penha. A. parte oo-
rada i)elas classes aliastadas. Após as chuvas, as ruas não
cídentalé ainda dividida pelo ribeiro Anhangabahii, affl. do
calçadas e de sólo pouco absorvente, cobrem-se ahi de lama
Tamanduatehy. em duas |"iartes desis'uaes a parte velha, a an-
:
fluida, que só desapparece com a evaporação. A humidade
tiga S. PanL) de fundação jesuítica, hoje transformada em cen-
.
é então excessiva e o aspecto dessas largas faixas lama-
tro commercial, construída sobre o espigão intermédio áquplles
centas entre prédios de appareneia. é de certo desagradável.
do'is rios. desde a ponte de Miguel Carlos *, na altitude de
A camada liquida ao sub-sólo é ahi pouco profunda, nos
73l",294 até o fim da rua da Liberdade na altitude proxima-
Campos Elyseos ella emerge das peq ienas depressões do ter-
mente de 788"'. 200 é a mais densa em edificações e abrange uma reno: na Luz, regulando pelos poços de agua potável, está a
área de 89 hectares e meio a parte nova pai'a além do ribeiro em Santa Cecilia, já a meia en-
;
pouco mais de três metros :

Anhangabahú, comprehendendo os bairros de Santa Iphíge-


costa dos morros, a camada liquida passa a cinco metros
nia, Luz, Bom Retiro, Campos Elyseos, Santa Cecilla, Consola-
abaixo da superfície do solo. No alto do Pacaembú, quasi no
ção, occupa uma área de 2.074,078"\2 ou quasi 200 hectares e
cimo do espigão acamada liquida já flca a 16 metros de pro-
meio, mais do dobro da antiga cidade e, oomquanto mostre
fundidade. Esse lençol d'agua subterrânea perdura longamente
muitas falhas e largos ti'echos de rua sem construcção alguma
é só por excepção, nas grandes seccas diminue ou desapparece
é já a parte mais interessante da cidade. A altitude é ahi na Luz:
nos sitios mais elevados. Nas várzeas do Tietê e Tamanduatehy
737™, 6 e na Consolação, que é o ponto mais alto, 788i",0. O bairi-o
o sólo ê turfoso, com bastante dós^ de areia e caâcalho, ir.as,
do Braz, entre a estrada de ferro Ingleza, a rua da Moóca e a permeável, o lençol d'agaa é ahi porém
si o terreno é mais
várzea abrange larga superfície com pouca densidade de edifi- Em
algumas sondagens feitas na
muito chegado á superfície.
cações 1 .848.000 metros quadrados ou cerca de 185 hectares, de
várzea do Carmo, defronte do Porto Geral, observou-se a prin-
que talvez só a quinta parte está edificada. O bairro da Ponte
cipio uma camada constituída de argilla escura e muito carre-
Grande, em prolongamento do da Luz, abrange apenas 18 hectares
gada de detritos em decomposição e boa dóse de areia de l'",3)
com edilicnção. O b árro do Pary, entre a Luz e o Bua z, repre- de espespura abaixo dessa camada vem um deposi i,o d> areia mais
;

senta ap)iroxiuiadaniente uma ;irea de 045.000.'"^ ou 94 hecta-


ou menos hivada, a característica do leito dos rio^j.coin 0,45 de
res e meio muito fracamente occupados. Nãi comando sinão
espessura; abaixo disso a camada do terreno é soiipre mais ou
esses bairros, que podem hoje ser incorporados á cidade, dei- d'agaa começa emergir a ou
menos areunsa e o .lençol a, l^^.SO
xando de parte a vastíssima superfície que a especulação tem
a gm.oo de profundidade. Froquen ti'ni;'Hte p ortMii dl.' se mantém
feito amar e baptisar com os nomes mais respeitáveis, cidade
Cidade
a,
em nivel mais elevado. Xa várzea n teira d^i Tamanduatehy. é
i

dentro do seu irregular perímetro compi-ehende hoje


essa a constituição do sSlo ate a profundidade de dous metros,
:

velha. 89,.5 hectares Cidade nova, 207.4: Braz, 185,0; Ponte


:
depois começa uma espécie de píssarra (iU'> em alguns pontos ê
Grande, i8,0 Pary, etc, 91,0; total 593.9. A cidade de
:
uma areia branca lavada e acompanhadas de seixos miiidos de
S. Paulo occupa, pois, mais ou menos densamente uma área de
quartzo Ou de quartzito. Na parte canalisada do Tamanduatehy.
504 hectares, ain'la que em seu perímetro se comprehenda maior
abaixo da estrada de ferro de ;jantos a Jundialiy, o terreno da
superfície. Separando a cidade do bairro do Braz e<tá a extensa
várzea ê da mesma conformação, mas a pissarra começa a
e húmida várzea do Tamanduatehy, que deade a ponte de Luiz sendo colhida uo leito do
apparecer a menor )n'ofundidade ,

Gama ao sul até o rio Tietê ao norte, tem 3.890 metros e uma rio em grande abundância para negocio no centro da cidade.
largura media, de 480 metros. Esta planice, susceptível de in-
No leito do Tietê, acima da barra do Tamanduatehy ate alguns

* No Ijargo do l^alacio. 1 A diflerença de nivel entra o fundo dessa deiiressão a o alto .lo
2 Dados fornecidos pelo Sr. Alberto Loef^ren. espigão é eiu móilia de l.S m».
3 Do Largo do Palacio á Ponte Grande 2SjO iiietron ein linha 'í
Riu Santa Eijhigenia, nas depressões do terreno entra a rua Duque
recta. d; Caxias e rua Victoria cr lençol d'agua fica a meãos de tres metros
'* Ponte na rua Florêncio de Abreu .
do nivel do sólo.

PAlí — 1 40 — PAU

liilonielvos ociiiia, o leito do rio nifSLra o nie--mo deiiosilo de S. E. e N, O. dos quaes o primeiro c vento nocturno e o
;ibir.ulan,p do cascalho e a.eia grossa e tudo la/, iifesiimii- q-ie
segundo diurno, con-equencia natural das correntes ascendentes
dentro e ilescendentes que o resfriamento ou aquecimento das camadas
d ossa a consiituicão de toda a bacia do Tielé e s?us alls.
atniosphoricas á beira mar produzem. Durante o inverno predo-
do pei-imelfo das var/.oas. Ha pois, sub-jac^ites á camada
artrillo turfoso mais oii menos permeável das superfícies
das mina, porém, o vento N. O., ao passo que o vento SE., al-
vaízeas, uma camada bastante permeável q'ie muito deve con- cança s a maior porcentagem no verão. As chuvas attiugem
correr para dreaazem desses terrenos baixos, drenagem que annualmenle, termo médio, a altura de 1.327.93 m. m. dístri-
provocada e bem mantida ha de tornar os liairros ahi situados buidos do seguinte modo: dezembro 138,25, janeiro 213,85'
maií seccos e menos doentios. No Ijairro do Rraz o sólo inn o fevereiro 213,23, março 143.39, abril 66,33, maio 93,61, junho
mesmo caracter acima desoripto porqu-^nto a várzea c a mesma
,
t'í2,53, julho 20.33, agosto 47,77, setemln-o 79,01, outubro 148,58,

ainda qu3 se elevando gradualmente 0,55 »/o em direcção á ntívembro 100,45. Sendo a temperatura média de novo annos de
Moóca e ao IVIarco de Meia Légua. O lençol d'agua ahi perma- observação apenas de 18,13 centígrados o sua máxima attingida
nejc no sub-sólo a i.20 a 1.50 da superfície, A permeabilidade 38. "5 com uma mínima absoluta de —
0."7. S. Paula pode ser
do sub-sólo dessa parte na cidade é portanto o que a torna taxado como ameno na sua temperatura. A questão das gran-
menos doentia do que pila fimples apparencia se_ suppõe, des oscillações da temiieratura não se basêa em factos observa-
attenta sua fraca eleva';ão c as ameaças de inundação perió- dos e resume-so apenas ás sensações produzidas pelas mudanças
dicas. O bairro de Villa Marianna é o ponto culminante da ci- apparentemente bruscas e cujos efeitos são augmentados pela.
dade, a 828 metros sobre o mar e portanto a 105 metros acima liumidaderelativa. o que as lorna tão sensível. .Maior osoiliação do
da várzea do Tamanduatehy e pouco mais de 100 acima das que em S. Paulo registramos coiistamemenie na maioria de
aguas do rio Tietê, na estação secca. Desta altura desce o ter- nassas eslações no interior, onde porem a humidade rei tiva é bas-
reno sobre qne se edilicou a cidade, em rampa mais ou menos tante menor. O ir.esmo se dá com as oscillações barometricas, as
variável até o nivel das várzeas, quer para o N. em direcção quaes raramente attingem a 2 m. ms. sendo oscillação abso-
ao Tietê; quer em direcção ao S. para a extensa várzea do Can- luta, entre a máxima e a mínima do anno. apenas de 21 m. ms.
guassú ou de Pinheiros. Do ponto culminante ao Tietê, a mais Pòde-se poi'tanto considerar o clima de S. Paulo como clima
curta distancia é de 5.500 melros, o que daria uma declividade sub-continental e em consequência temperado e muito favorável.
uniforme de 1.88%. Desse mesmo ponto a mais curta distancia Dados sobre a capital —
.Vrea —
32.635 151 metros quadrados,
ao Tamanduatehy é de 2.200 metros, equivalendo a uma decli- conforme os limites estabelecidos para lançamento de imposto
vidade uniforme de 4.77%. (^aanto a orientação, extensão, predial no exercício de 1893 a 1894 e que constam da planta da
pr( fundidade e inclinação das ruas em S. Paulo, ha muiia cidade na escala de 1:10.000. — —
População ^A população do
dilfereiíça entre os diversos bairros. Na paríe velha a cimsti- município da ca pilai é avaliada em 180.000 habitantes: urbana
fuição topograpliica não permittiu grande rejfidaridade nas e sub-urbana em 140.000 habitantes. —
Numero de prédios O —
edilicações : as ruas como que irradiam de um ponto central, numero de prédios comprehendídos no perímetro urbano e col-
indicado pela Igreja da Sé, e sobem ou descem as e icoEtas em lectados em 1895 para pagamento de imposto é de 10. 505. Es- —
varias direcsjões. Si tomarmos ahi a rua de S. Bento, como a —
tabelecimentos índuslríaes em fins de 1894 Fabricas, oflUcínas e
artéria principal e a de Florêncio do Abreu como seu prolonga- outros estabelecimen tos 109, operários empregados 5.670, f rça
mento até a ponte de Miguel Carlos, essa artéria com 1.070 me- —
em Cavallo- vapor 2.864. Estabelecimentos de credito São em —
tros de comprimento, seguindo pela aresta do espigão e na di- numero de doze os jjríncípaes bancos, Itliaes e casas bancarias
recção de 27'' N.K,, ó cortada pelas transversa es em ângulos dignas de mensão, cujo capital re lizado eleva-se approxímada-
desig iaes, mas quasi tcdos no quadrante de S.K. As ruas são — —
mente a .50.000 :000?000. Finanças municipaes Pvcceita de 1895
estreitas com 8 a 12 metros de largura e as construcções mar- 2.388:732p61S, despeza em 1895 1 843 :395.$4-15.— Movimento da
ginaes de mediana elevação, sete a nov,=í melros, pouco sendo os —
bolsa em 18J5 Importância das transacções 10.730:290/7700.
edificios de mais de dois pavimentos. As ruas são p'la mór parte N. B. Esle algarismo não representa talvez o te.rço do valor das
curtas e com boa inclinação as que es'ão em cima do espigão. operações sobre títulos mobiliários, por serem est.is feitas em
Poucas praças ou largos e estes de jiecjuenas dimensões, estando grande ]5arte dlrec amente.
apenas ajardinados o do Palacio, o Municipal e o de S. Bento. Na
parte nova e mais extensa da cidade, as ruas principaes correm PAULO (S.). Villa e mun. rio Estado de Sergipe. Foi creada

na direcção do SE. NO; as mais importantes delias, a de São capella pelas Leis Provs, n. 1.053 de 18 de abril de 1877 e art. I
João que começa no Largo do Rosario na direcção de 58° N.W. da de n. 1.177 de 29 de abril de 1881. Tem cadeira publica mixta
e a do Visconde do Rio Branco na de .33" N. W. são mais ex-
de ensino primário, creada pela Lei Prov. n. 1.128 de 17 de
tensas. A primeira tem 2. 105 metros de comprimento e 12 me- março de 18i0, supprímida pelo art. I da de n. 1.172 de 30 de
tros de largura, atravessando duas pequenas praças. A dos Bam- março de 1881 e restaurada ]ielo art III da de n. 1.232 de 24 de
bus ou do V. do Rio Branco tem 1885 metros de comprimento e abríi de 1882. Foi elevada á categoria de villa pelo Dec. n. 11
uma largura de 12 a 13 metros. Estas ruas estão na direcção de 25 dejaneíi'o de 1890.
dos ventos dominantes em S. Paulo: o SE. e o NO. As Iran- PAULO- (S.). Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
sversaes cortam aquellas quasi em angulo reclo e dirigem de Ipojuca.
NO a SO. A rua Aurora, que é a mais importante destas e a PAULO (S.). Log. no Estado das Alagoas, no mun. de S. Luiz
mais bella. corre no rumo de 55" S. W. e na ext<='nsão de 1.010
do Qiiitunde.
metros, os edificios ahi são em geral destinados á habitação, por
isso a variedade de typos de construcção é maior: e então as PAULO (S.), Pharol no Estado da Bahia, no morro de São
chácaras, os palacetes, os clialcls, as linhas de cagarias apalaça- Paulo. Aos 13' 21' 40" S. 4' 12' 18" Long. E. do meridiano do
dos se multiplicam em todas as ruas, dando-lhes mais elegância Pvío de Janeiro. E' de eclipse. Primeira ordem. Díoptrico,
e aspecto moderno. No Braz as ruas mais extensas correm paral- Alcança 24 milhas.
lelamente á várzea do Tamanduatehy seguindo a direcção de
SE. para NO. As Iransversaes orientam quasi de E. a O.
PAULO (S.). Ilha do Estado do Maranhão, com tres kiloms.
de extensão e formosa ])erspectíva. Fica abaixo da foz do Longá,
com ])ouca inclinação a NE. As ruas são ahi porem mais lar- pouco mais de dous kílometros.
a
gas, 15 a 20 metros, rampas muito pequenas e com um com-
primento quasi sempre de mais de kilometro. As edilicações PAULO (S.). Ilhas situadas na costa do Brazil, aos 0"55' de
são coramumente baixas, pouco elevadas acima do terreno e lat. N. e 21" 39' Long. O. de Paris. Constituem um
grupo de
da mais modesta aiiparcncia. — O clima da Capital do Estado rochedos cónicos com un a extensão de 500 a 600 metros NNE-
de S. Paulo é deict minado directamenie pela proximidade SSO. e uma altura de 20 metros, que os tornam visíveis a 13
da Serra do Paranapiacaba, esse gigantesco degráo, (|ue na milhas da mastreação de um navio e a 9 do convez. Vistas em
sua parte superior limila o planalto e na sua parte inferior é qualquer direcção, apresentam um perlil de rochedos muito recor-
banhado pelo Oceano, dando assim origem ao extranho facto de tados, de pontas agudas e desnudadas, e cobertos de aves mari-
acharem-se os terrenos intratropicaes do ados de um clima tem- nhas e manchas brancas de guano. São escarpadas a uma ;

perado ao passo que a falsa extratropical apresenta todos os amarra de distancia acha-se 50 a 60 metros d"agua quando faz ;
caracteres de um clima troi)ical. Esta proximidade da. Serra é bom tempo ):óde-=e desembarcar em uma pequena enseada a NO.
também causa da Bua humidade rela. ti vãmente alta, sendo « Dejíois que se passa o Equador, r.o Oeste, diz Mouchez, estes
esta, termo nuklio, de 8-1, 'J o/o, da qual tarabr-m resulta ser a rochedos licam na estrada mais freqiien tada deverá pois haver
;

evaporação á .sombra relativamente pequena, onde 49,0 m. m. a mais activa vigilância quando se corta o seu parallelo de noitew;
mensaes, também termo médio. Os ventos predominantes são os em torno delles a corrente geral o entre ONO-NNO e sua força
. .

PAU ~ J4l — PAU


media- de 20 a 40 milhas em £4 hoiMs. » São também den nii- maior de quatro léguas sobre meia e, em certos logares. uma
npvdos Penedo deS. Pedio. légua de largura. Em toda esta serra, desde a bise ulá os seus
PAULO (S,), Sen-ote do Estado do Ceará, no mua. de Santa
mais elevados pináculos, õstenta-se garbosa em todos os tempos
e estações uma v^^getação soberba, viçosa e abundant?. A canna,
Quitéria,
os leg unes de todas as qualidades, a bananeira e outras arvores
PAULO Morro do Estado da Baliia, no mmi. da
(S.). Vi- fi-uctileras próprias dos terrenos baixos das várzeas e dos brejos
ctoria, nos campos da Barra das Choças (Inf. loc). ahi se desenvolvem e fructiíicam com rapidez admirável diversas ;

nascentes de agua crystallina e pura refrescam-n'a por todos os


PAULO Morro do Estado do Rio de Janeiro, na fazenda
(S.).
lados, e, descendo até á base, formam arroios e coi regos bem se-
do seu nome, entie os rics Tocaia e Roncador.
melhantes aos dasraattas do littoral entretanto a poucos passos
;

PAULO Serra dos Estados de S. Paulo e de Min^s Ge-


(S.). distante da raiz desta serra, por qualquer de suas fac^s, entra-se
raes. E' também denominada Emboabas e Limas. Coste i- i o logo em terrenos áridos e estéreis, cuja vegetação rachitica não
ribeirão S. PauL), ali', do Mngy-guassii, donde lha vem o nome. passa do mandacarií, da imburana, da macambira, chiqae-cliiqiie
E' continuação da seria da Baleia. Parallela a eila corre a serra e outras próprias dos catingaes do sertão. Cultura do a'godão e
do Caracol criação do gado. A., pop. do mun. orça em 8 a 9J03 habs. Goin-
pr^diende os pjvs. do Exii e de Santa Cruz do Deserto. Tem duas
PAULO (S.). Riacho do Estado do Parahyba do Norte, ba-
eschs. piibls. e agencia do correio
nha o mun. d'Alag.ja do Monteiro e desagua no rio Suctiru.

PAULO PAULO AFFONSO. Estrada de BVrro do Estado das Alagoas;


(S.). Rio do Estado da Bahia, aff. do Brumado, que liga o baixo ao alto S. Francisco. Começa em Piranhas (Alagoas)
o ó do rio de Contas. e termina em Jatobá (Pernambuco', com o des^^nvolvimento de
PAULO (S.). Rio do Estado de S. Paulo, aff. da margem dir. 116. 'vS )1,'"3. Sobre o histórico d ssa estrada diz o engenheiro
do Mogy-guassú. Picanço « O Ministério da Agricultura em março de 18(58 or-
:

denou ao engenheiro Kraussque estudasse e projectasse uma es-


PAULO Ribeirão do Estido d?. Santa Cathari na, rega
(S.).
trada de ferro ligando o baixo ao alto S Francisco em 24 de
o mun. da Blumenau e desagua no rio It ijaliy-assu pela margem
:

março de 1869 foi ao governo apresentado o projecte do illustre


esquerda.
profissional. A realisação de tão importante melhoramento não
PAULO (S.). Ribeirão do Estado de Minas Gn-ae?, aff. do teve impulso o problema foi apenas posto em equação. Em 1378,
;

rio Mogy-guassu, Fraldeia a Sírra dos Eraboabas. a secca do Norte, despertou no conselheiro Sinimbú, natural das
Alagoas, e por isso mesmo conhecedor das necessidades locaes, a
PAULO (S.). Ribeirão do Estado de Minas Geraes, une-se
urgência da construcoão da linha q e ligasse Piranhas a Jatobá.
com o rio Muriahé. Esse ribeirão e o Divisório limitavam o
antigo Quartel dos índios. O Dec. n. 6.941 de 19 de junho de Í878 autorisou a relerida
construcção. Em 7 de agosto de 1878 teve principio a exploração
PAULO (S.). Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o e a 23 de outubro do mesmo anno foram iniciados os trabalhos
mun. de Theophilo Ottoni e desíigua no rio Todos 03 Santos. de terra, etc. O Dec. n. 7.232 de 5 de julho ile 1879 approvou
Recebe, entre outros, os córregos do Jacy, da Aldèa, da Prata, os estudos deiinitivos. A 9 de junho de 1889 teve principio o
Leite, Judeus, Coruja e Palmital. assentamento da linha. A 25 de fe\ereiro de 1881 foi inaugurado
PAULO o trafego no primeiro trecho da estrada ;a2 de agosto de 1883
(S.). Cachoeira no rio do Sul, mun. do Prado e
Estado da Bahia. chegou a Jatobá.» Sobre o traçado e condições technicas da linha
diz ainda o referido engenheiro: « Traçado. A linha corre na
PAULO (S.). Cachoeira que despenha-se da seiTa do seu nome direcção do NO. Parte da cidade de Piranhas, na margem do
e vaidesaguar no rio Format, aff. do Jucú, no Estado do E. S. Francisco, altitude 46, "^50 passa por Nova Olinda, pelo
;
Santo. valle do riacho Cipó, e, transpondo os riachos Poço do Salgado e
PAULO AFFONSO. Villa e mun. do Estado das Alagoas, Imbuzeiro, desce, e corta os de Cascavel, Cacimba e Ouricury.
séde da com. do seu nome, assente junto á serra do Cumbé sobre Dirige-se ao riacho L icú, contorna o pico do Curralinho, passa
um sólo accidenfcado, pelo meio do qual atravessa em corrente na garganta da serra — Olho d'Agua do Paulo, e atravessa o
perenne o r;acho do mesmo nome. Drago N. S. da Conceição riacbo Aguas Mortas. Desenvolve-se em seguida pelas serras do
da Matta Grande e diocese de Olinda. A antiga pov. da iNIatta Caiigambá e Malhada, vence a garganta existente entre as Serras
Grande, cuja denominação lhe veio da ssrra junto á qual foi Tiririca e Costa, desce ao valle do rio Craunan, e por elle segue
situada, coberta de uma vasta, fértil e ve!'dejante matta, foi por até o termino da l'>- secção. D'ahi proseguindo, corta o Xingó,
muitos annos território pertaiicente á circumscripção parocliial, acompanha o riacho d' Agua Boa, passa o rio Batoque e procura
civil e judiciaria do Penedo, passando em 1835 a fazer parte do o valle do Poço da Onça. Continua acompanhando o riacho La-
mun. de Traipú, então creado, do qual a desmembrou a Lei geiro Alto, que atravessa ;entra pelo seu valle e attinge á
Prov. n. 18 de 18 de margo de 1837, pela qual foi erecta em máxima altitude da linha. Desce atravessando os riachos Gan-
freg. e graduada com os foros de vil la. Por disposição da Lei gorra e Salgadinho. Busca depois o rio Moxotii, e sobe pelo
n. 43 de 4 de maio áò 1840 foi supprimida a villa, voltando o valle do riacho Manoel Joaquim até ao das Bananeiras: conti-
respectivo territoiio para o mim. do Traipú: mas deste veio nuando, transpõe os riachos do Icó. Agua Doce, Mouro e o ri-
novamente a desligar-se, em virtude do art. II da Lei n. 197 beirão dosGressos. Finalmente approxima-se do S. Francisco,
de 28 de junho de 1852, que restaurou a extincta villa. a qual, eo mai'gina até Jatobá. Nesta ultima parle percorre terienos de
bem como aquella do Traipú, continuaram sujeitas á com. do nivel, pedregosos em excesso, parém livres de inundações. .Vlti-
Penedo. A installação da villa, depois de restaurada, teve logar tude de Jatobá 299, '"580. — Condições technicas da linha: Bitola
de 1"'; declividade máxima 3% raio minimo das curvas
aos 27 de setembro do mesmo anno de 1852. Em
1851, porém,
82,"iO')». Tem as seguintes estações
;

Piranhas, Olhos d'.\gna,


por disposição da Lei n. 233 de 3 de março, foi elevai ia á categoria :

de com. comprehendido nella o próprio termo e o de Pão de Talhado, Pedra, Sinimbú, Mosotó, Quixaba e .fatobá, as quaes
Assucar, que a mesma Lei erigio em villa. Até 1870 teve esta comraunicam-se entre si por meio do tetegrapho. .Vs principaes
com. e o termo em que tem a séde a antiga denominação de mercadorias que essa estrada transporta são: sal, farinha, carne,
Matta Grande, passando a ter a actual de Paulo Aítbnso em café, milho, aguardente, algodão e couros.
virtude^ da Lei n. 516 de 30 de abril de 1870. Km 1875, pda PAULO AFFONSO. Grande e imponente cachoeira no rio
Lei n. Ô81 de 24 de abril, ssndo creada a com. de Pão de Assucar S. Francisco, a 342 kils. da (oz desse rio no Oceano. O Sr. J.
cujo teimio foi desmembrado de Paulo Affonso, passou a pertencer F. ilalfeld assim descreve-a «No começo da légua 326* (dis-
:

a esta o da nova villa, que a m;snia Lei creou na, pov. e freg. tancia medida, seguindo o curso do rio a partir da cachoeira
de Agua Branca. Foi classiiicada com. de primeira entr. pelos do ]'irapora, em léguas de 20 ao gráo) se mostra a grande ca-
Decs. ns. 1.353 de 5 de abril de 1854 e 5.079 de 4 de setembro choeira de Paulo Alfonso. A sua primeira catadupa tem 44
de 1872. E' Paulo Aftbnso o mun. mais occidental do Esiado, palmos e seis pollegadas de altura, e despenha-se em uma bacia
em pleno sertão, e por isso mesmo muito sujeito ao 11 igello das guarnecida de roclias de granito talhadas quasi a prumo, e in-
seccas, affiuindo então para elle em grande niass i emigrantes de clinadas mesmo algumas di lias para o lado inferior da corrente.
diversas partes do centro de Pernamimco e outros sertões. A na- Desta bacia fazo rio uma rápida volta, formando um an-
tureza, porém, cO!icedeu-llie o inestimável legado de uma zona gulo recto na margem esq. e preeipita-so por entre alcanti-
;

fértil, riquissima, abundante e fecunda Referimo-nos á serra de lados penhascos no fundo de um abysmo, transíormando-se cm
que tirou o seu primitivo nome e que se dilata por uma extensão uma intumecida massa espumosa, c>h' de leito na apparoncla,
.

PAU — 142 — PAU

através da qual se elevam a grande altura borbotões d' agua, arco-iris em todos seus primasticos coloridos de branco e ver-
apresentando um aspecto semelhante ao da explosão de uma melho. Kstes attrahem os olhos por estarem em um estreito
mina d'alii resulta a riernianente existência de_um espesso ne-
; arco de luz sobre o enorm=^ caminho das aguas ferventes que
voeiro' o qual, formado da estrema subdivisão das partículas cnx-reni gnias para as cataratas coratudo dizem cousas de
:

aquosas arremessadas ao ar, esiá como pairando, a uma notável mais sobre a bsUa vista. A terc?ira estação é alcançada por
altura, sobre o abysmo, para onde resvalam estrepitosamente as uma má descida cheia de espinhos, que poderia ser melhorada,
aguas 'precipitadas ora resolvendo-se em chuvas de aljoíbradas
; e leva para beira d'agua. onde madeira queimada mostra
gotas, em tempe sereno ; ora arreinesado por forte lirisa. vai terem viajantes ultimamente ahi dormido. Voltando-se para o
regar longe o terreno adjacente á margem opposta. E' interes- Nordpste vemos uma furiosa cachoeira còr de f;afé, descendo
laiite observar esta maravilha pela manhã, quando o reliexo com formas exquisitas por uma inclinação de 49 pés em meia
dos raios solares prodnz iimmagnilico arco irisado, penetrando dúzia de differentes deíi'ráos a enchente parece querer var-
:

o nevoeiro elevado sobre a cáchoeira. O riiido causado por esia i-er-nos. No fundo, junto do loa:ar onde estamos, volta-se para
catadupa é tão forte que, fallando entre si duas pessoas, que o O., para um momento do labio inferior da caldeira,
estejam ápproxiiuadas uma da out;'a. vê-se o movimento dos orlada de on^las que levanta-se com branco do neve d'agua
lábios, sem que se ouça a voz da que falia. A margem esq., sobre que desse còi- de palha, e então o ronco, profundo barulho de
a qual actúa perpendicularmente o rio precipitado dacaiadupa, trovão, abalando terra e « sui generis» como ruido do ter-
i

é formada de rocha granitica e tem 365 palmos de altura sobre remoto ou o resonanle grito do volcão, revelam a posição da
a superlicie da agua. tendo esta a profundidade de 1.20 palmos. grande cat,a,rata. A inclinação é para S. e a altura é calcu-
O embate das aguas contra essa mur;>.lha produz nellas um mo- lada ser 192 pés. As aguas revolvem-s^ no principio da mão
vimento de vai-vem, semelhante ao das ondas nas praias, ele- dir. da garganta. levantam-s=! em ondas, cahem para traz,
vando, e abaixando alternativamente o seu nivel: dahi tem enviam uma permanente neblina jiara o ar e, semelhante a
resultado não só o desmoronamento de uma porção considerável esquadrões de cavallos brancos, correm rinchando e com infi-
dessa massa granitica, mastimberaa formação de uma espaçosa, nita luta e confusão por baixo da Mãi da Cachoeira para o
,

lapa, ou furna no interior da rocha, cuja entrada tem 40 palmos S'ido'stf. O ultimo é o mais map-estoso ponto de vista que
de largura e 80 de altura, prolongando-se pa a dentro 444 observamos da pedra plana que pendia sobre a fractura.»
palmos; sendo dividida em dous grandes compartimentos, nos
quaes se acoutam myriadas de morcegos; e é por esta razão que PAULO ALMEIDA. Estação da estrada de ferro de Santa
á referida lapa deu-se o nome de furna dos morcegos. No rede- Isabel do Rio
Preto, no Estado do Rio de Janeiro. Foi
moinho formado pela forte correnteza do rio, tanto na bacia inaugurada a 18 de janeiro de 1883. Atrencia do correio
superior da cachoeira,como na inferior (a que os habs. do logar creada por Portaria de 17 de janeiro de 1884, Estação tele-
chamam Vai-vem de cima e Vai-vem de baixo) encontram-se, graphica.
chocando-se entre si, tocos de madeira, taboas, remos, etc. ;
PAULO DA LAGÔA Vh^RMELHA (S.). Dist. do Estado
levados ahi pela corrente; observaado-se que os choques repe- do R. G. do Sul. Vide Lagôa Vermelha.
tidos desses corpos, além de dar-lhes, pela continuada fricção,
formas arredondadas, e um certo grão de polimento, produzem PAULO DE BLUMENAU (S.). Dist. do Estado de Santa
na bacia inferior sons harmónicos, que o vulgo toma por um Catharina. Vide JHumenau
phenomeno mystei-ioso, attribuindo-os á musica celeste, e algumas PAULO DE OLIVENÇA (S.). Dist. do Estado do Amazonas.
vezes os compara ao toque de caixas de guerra.» Tem essa ca- Vide Olirenra.
choeira sete saltos, sendo mais notáveis os denominados Angi-
quinho, Dous Ainoris e Furna dos Morcegos. Nos sjrvimos da PAULO DO MURIAHÉ (S.). Oist. do Estado de ftlinas
seguinte descripção dessa cachoeira do Sr. Burton: « Aqui o Geraes. Vide Miiriahê.
S. Francisco correndo ligeiro, do Noroeste, escapa-se dolabyrintho PAULO DO NORTE
(S.). Log. do Estado do Maranhão,
de ilhas 6 ilhotas, pedras e bando de ai-eias, massiços de pedra á margem do rio Grajahu. A Lei Prov. n. 13 de 8 de maio de
e muralhas que o apertam, e recebe pela esq. um braço menor 1835 creoii ahi uma parochia com a invocação do Senhor do
separado do braço principal por umas colinas oppostas. Os dous, Bom Fim da Chapada, que, elevada á villa pela de n. 7 de 29
pulando e correndo por uma inclinação moderada do lei to que- de abril do mesmo anno, passou a denominar-se cidade do Gra-
brado, arrebentam-se em lençdes diluídos e balouçantes de ondas jahu em 1881.
de cristas espumantes, e atira-se a primeira ou queda de cima,
que é de mais ou menos 32 pés de altura. Esta espécie de cas-
PAULO LOPES. Arraial do Estado de Santa Catharina,
no dist. de Garopaba, com duaseschs. publs. de inst. prim.
cata de cortina é conhecida como Vai-vem de cima. .4.s agu is
creadas pela Lei Prov. n. 717 de 22 de abril de 1874.
são comprimidas no canal central pelas massas de pedra que le-
vantam-se de 30 a 50 pés acima delias e são atiradas em uma pe- PAULO MOREIRA. Antiga parochia do Estado de Minas
quena cavidade do braço esq. A embocadura desse braço nas Geraes, no mun. de Marianna, banhada pelo rio do Peixe. Orago
enchentes agora é a bocca de pequena bahia da mais fina arêa N. S. do Rosario e diocese d'^ Marianna. Foi creada parochia
margeada anteriormente por lustrosas muralhas, e aqui as pela Resolução d.:- 14 de julho de 1832. Sobre suas divisas vide:
pequenas ondas se enroscara e correm e voltam-se, com toJo o
, Lei Prov. n. 558 de 11 de outubro de 1851 art. 3" da de n. 544;

movimento de uma maré de enchente em miniatura. Observei de 7 de outubro de 1851 ; art. 3" da de n. 782 de 31 de maio de
o espaço de tempo e o pulso de fluxo e refluxo ; porém não pude 18.56 art. 1" S 1» da de n. 2.775 de 19 de setembro do de 1881 ;
;

achar regularidade na circulação. O logar tenia a um banho, n. 3.072 de 6dí novembro de 1882. Tem duas eschs. publs. de
porém os estrangeiros devem lerabrar-se que é trahidor, e que inst. prim., uma das quaes foi creaila pelo art. 1" da lei ])rov.
o gado ahi bebendo tem sido enroscado nas aguas, das quaes n. 2.164 de 20 de novembro de 1875 .Vgencia do correio, creada
nem o próprio Júpiter poderia salvar. As aguas, então, ati- em 1879. Foi elevada á villa com o nome de Alvimnopolis pelo
r indo-se contra o pilar da margem esq. ou sudeste são rechas- Dec. n. 365 de 5 de fevereiro de 1891.
sadas iiara o sudoeste em uma vasta serpentina de ellervescente
espuma, e mostram, a alguns passos abaixo, espectáculo igual PAU MIÚDO. Log. do Estado da Bahia, no 2° dist. de
chamado pelo nosso guia— Meio Vai-vem, Aqui pedras e ilhas Santo Antonio.
isoladas, grandes e pequenas, dispostas em compridas linhas ou PAU PICADO. Log. no termo de Iguarassú do Estado de
em torres redondas, pretas, cheias de dentes, esburacadas e Pernambuco.
muito maia selvagens do que as Ti'es Irmãs ou as ilhas do
Banho e Lunar, do Niagara, espalham o ligeiro e balouçante
PAU PICADO. Logs. do Dist.ricto Federal, nas fregs. de

curso d'agua em cinco canaes distinctos de branca onda, co-


Campo Grande e Jacarépaguá.
brindo a turva e araarella innundação. Os quatro da dir. PAUPINA. Vide Mcc.cjana.
atiram-se immediatameate em um grande caldeirão. O quinto PAUPINA. Lagôa insignificante !o dist. deMecejana do Es-
deslisa-se pela margem esq. em colossal rego ou canal, levan- tado do Ceará. E' muito piscosa.
tado muito mais alto que os outros encontrando-se uma
;

projecção da rocha ao S., elle è jogado para o O, quasi PAU PINTADO. Igarapé do Estado do Pará, desagua na
que em angulo recto. Aqui as aguas partidas saltam por cima margem dir. do rio Capim, entre os igarapés Pataua-teua e
das suas divisas e convergem para a fornalha que as reúne Arary.
para a grande quéda. Quando o sol e a lua estão em um angulo PAU PODRE. Riacho do Estado de Pernambuco, no termo
favorável, 35", produzem arcos admiráveis e semi-eirculos de de Garanhuns.
. . . . . .

PAU — 143 — PAV

PAU PQMBO. Pov. do Estado do Maranhão, no mun. PAU SECCO. Ponta no Estado da Bahia, entre a do Cor-
de Santa Helena. deiro e a do Homem Morto.
PAU PRETO. Pov. do Estagio da Bahia, no mun. do Bre- PAU SECCO. Rio do Estado da Bahia, aff. do Una. que o
jinho, com uma boa capella. é do Paraguassú.
PAU PRETO. Ilha no rio S. Francisco, abaixo da villa do PAU SECCO. Lagòa do Estado do Ceará, no mun. de
Capim Grosso. Cascavel.
PAU PRETO. Riacho do Estado de Minas Geraes, desagua PAUSINH03. Ilha do Estado da Bahia, no mun. da Casa
na margem dir. do rio S. Francisco, entre Porto do Salgado Nova.
e Morri nhos.
PAUSINHOS. Rio do Estado de Minas Geraes, banha os
PAU ROXO. Cachoeira no aito Iiapecurú, nn Estado do campos da fazenda de S. Pedro do Charco, situada no alto da
Maranhão. Mantiqueira e c<u-re para o Sapucahy Recebe o Vermelho. Em
.

PAUS. Igarapé do Estado do Pará. ali', da margem, dir. do


suas cabeceira» denomina-se Caheça de Boi.
rio Araguary. PAUTINGA. Ilha do Estado do Pará, na circumscripção da
PAUS. Riacho do Esiado das Alagoas, acha-se ao N. da Joroca e com. de Cametá
pov. da Gamella e separa esta da da Barra Grande. Sua foz PAU TORTO, Córrego do Estado de Goyaz, afl, da margem
com .seis a oito braças de largura, estreitando dentro, com o esq. do ribeirão Sant'Anna, trib. do rioS. Bartholomeu. (Inf. loo.)
fundo de cinco a quatro palmos e em alguns logar^s meio
palmo
PAU TORTO. Riacho aíf. do Aricá-mirim ; no Estado de
Matto Grosso.
PAUS. Rio do Estado da Bahia, aíl'. do Jequii-içá. Recebe o PAU VERMELHO. Serra do Estado da Bahia, no mua. do
Angelins.
Prado.
PAUS. Cachoeira no rio Arinos e Estado de Matto Grosso. E' PAU VERMELHO. Morro no mun. de Araranguá do Estado
assim denominada por ser somente formada por grande quanti- de Santa Catharina. (Inf. loc.)
dade de paus cahidos que aggiomeram-se difiBeultando a nave-
gação. Segundo allirma Chandless, nada tem de perigosa. PAU VERMELHO. Ilha do Estado do R. G. do Sul, no rio
Jacuhy, entre a foz e a villa do Triumpho.
PAUS. Cachoeira no Estado de Matto Grosso, no rio Cuyabá,
sete kilms. abaixo do riacho do Chiqueiro. Consiste em um plano PAU VERMELHO. Arroio do Estado do Paraná, banha o
levemente inclinado, onde se amontoam arvores cahidas, e onde mun. da Lapa e desagua no ribeirão Agua Clara.
em tempo de sècca se pôde passar o rio a váo. E' faoil de ser PAU VERMELHO. Enseada na lagòa de Araruama do Es-
destruída tado do Rio de Janeiro, entre a ilha (península hoje) dos Macacos
PAUS AMARELLOS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, e a ponta de Massembaba.
na freg. de S. Sebastião do mun. de Campos, com eschola. PAUXIS. Uma das subprefeituras em que se divide a com. de
PAU SANGUE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. Óbidos, no Estado do Pará. Começa do Repartimento, no igarapé
da Gamelleira. lia um oulro log. do me.smo nome no inun. de Mamaurú, para baixo, pov. Pauxis, comprehendendo a ilba
Goyana. grande dos Printes e outras até os limites com Alemquer.
PAU SANGUE. Log, do Estado das Alagoas, nosmuns.de PAUXIS. Quando em 1(597 o capitão-general Antonio de Al-
Mui-icy e Palmeira dos Índios. buquerque Coelho de Carvalho subio até ao rio Negro, com o lim
de inspeccionar e regular a administi'ação no sertão da capitania,
PAU SANTO. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. de ao passar pelo ponto, em que está hoje assentada a cidade de
Caruarú Óbidos, conhecendo que a posição era mui vantajosa para uma
PAU SANTO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun do fortiiicação, ordenou ao capitão Manoel da Motta e Siqueira,
Cabo. Ha outro log. domesmo nome no mun. de Taquaretinga. então superintendente das fortificações, que em vez do forte que
devia construir no Itaqui, fosse levanlal-o naquelle ponto. Obede-
PAU SANTO. Log. do Estado das Alagoas, no mun. do cendo á ordem do capitão-general, chamou Siqueira os indios,
Traipú.
que alli mesmo ou muito perto demoravam, alim de o auxiliarem
PAU SANTO. Ribeirão do Estado de S Puulo, aíll. da mar- na empreza. Eram esses indios os Pauxis, ou moradores do lago,
gem dir. do rio Tiété. porque parece que moravam iunto a um lago que alli existe. Ao
PAU SANTO. Cachoeira no rio Tietê, próxima á denomi- lado do forte e por causa delle, formou-se uma aldeia, missionada
nada A bai-é-menduaba no Estado de S. Paulo (Sá e B^aria. por padres da Piedade, a qual foi a pouco e pouco crescendo com
;

Uiario) a addição de novas famílias indígenas, que para alli eram man-
dadas. Em
1758, foi a aLieia de Pauxis elevada á categoria de
PAU SANTO. Cachoeira no rio Cuyabá, entre a do Taman- villa, cjm o nome de Óbidos, pelo capitào-geneial Francisco
duá e a da Pedra Branca no Estado de Matto-Grosso
; Xavier de Mendonça Furtado, que assistio pessoalmente á inau-
PAUS BRANCOS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. guração. Er.i então corregedor da comarca Paschoal de Abranches
da Escada; com umaesch., creada pelo art. I§ III daLeiProv. Madeira Fernandes, que alli mandou lixar o pelourinho. O nome
n. 1.517 de 11 de abril de 1881. de Pauxis, dado a esses indios, parece, diz o Sr. Ferreira Penna,
uma corrupção de Epauauchy ou Epauchy ; a palavra epaua
PAUS BRANCOS. Ilha do Estado da Bahia, no rio S. Fran- signilica lago.
cisco, logo acima do Pilão Arcado.
PAUXIS. Rio do Estado da Pará; desagua no Tajapurú.
PAUS BRANCOS. Riacho do Estado do Ceará,alf. da margem
PAUXIS. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Óbidos.
esq. do Banabuiú.
PAUS BRANCOS. Lagôa do Estado do Parahyba do Norie, PAUYNYM. Rio do Estado do Amazonas, desagua na margem
no mun. de Cabaceiras. esq. do rio Purús aos 7o 50' de Lat. S. Suas margens são ha-
bitadas pelos indios Uypurinás.
PAU SECCO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
PAVÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Cabo.
Muribeca.
PAU SECCO, Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. PAVÃO. Loi>-. do Estado de Minas Geraes, na freg. do Bom
de Macahé. Jesus do Lambary.

PAU SECCO. Log. do Estado de Matto Grosso, no rnuii. de PA''ÃO. Serro do Estado do R. G. do Sul- Pertence ao
Poconé. grupo da serra dos Tapes.
PAU SECCO. Estabelecimento para criação de gado creado pelo PAVÃO. Pequeno rio do Estado do E. Santo, ali', do Riaeho.
capitão-general Oyenhausen, em 1814, uns 50 kils. distante da E' também denominado Pávonio (Daemon).
Fazenda da Caiçara e perto da estrada para Villa Bella: no
, FAVÃO. Arroio do Eslado do R. G. do Siil, desagua na
Estado de Matto-Grosso. margem occidental do rio S. Gonçalo.
. .

PAY - m— PEÇ

PAVÃO. RibeirSo do Estado de Minas Geraes, aíl'. da PAYSANDU. Log. do Estado de Pernambuco, no termo do
Lambary, do rio Verde. Reoifí e fr 'g. da N. S. da Graça, com uma esch. publ. de inst.
nwrgem esq. do rio ti-ib.
primaria.
PAVÔ. Serra do Estado dè S. PaxUo, no mun. de Itanhaem.
PAYrUNA. Serra do Eítado do Pará, no mun. de Monte
PAVONIO. Vide Pavão. Alegre. « Não é sjnão, diz o Sr. Ferreira Penna, uma eminên-
cia que surge na parte meridional da do Ererè.»
PAVUNA Pov. do Estado do Ceará, no termo de Paoatuba,
Frov.
com lima esch. publ. de inst. prini. creada pela Lei pela PAYrUNA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Monte
U
n 1 932 de de agosto de 18S2 e transformada em mixU Alegre. Reune-se ao Ererè, com o qual se perde no Curupa-
de n 2 109 de 3 de dezembro de 1885 com iima capella de
;
t'iba, aff. do Amazonas. « E' um igarapé, diz o Sr. Ferreira
N. S'. da Conceição e uma lagòa que da o nome ao
povoado.
Penna, ao principio, muito regular mas desde que mudfi o seu
;

PAVUNA. Pov. com uma pequena caii3lla. na serra do nimo de SE. para E. torna-se tão sinuoso q'ie é preciso ás
Ibiapaba e tVeg de Villa Vioosa. no Estado do Ceará
com ;
vezes g.istar-se iimn ou duas horas para se chegar, por nave-
gação, de um ponto ao outro cuja distancia pôde ser vencida a
uma esch. publ. de inst. primaria.
pá em 4 aié 10 minutos.»
PAVUNA. Log, do Estado do Rio de Janeiro. E' sede da PAZ. E=!lação da E. de F. Ceniral do Brazil, no Estado de
freg. de S. João Baptista de Mirity.
Minas Geraes, além da de Pedro Leopoldo. Foi aberta ao tra-
PAVUNA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
fego a 31 de^agosto de 1895. Denominava-se Mattosinhos, rece-
de Capivary. bendo a denominação de estação da Paz, em commemoração da
PAVUNA. Log. do Districto Federal, na freg. de Jaca- paoilicaçáo do R. G. do Sul.
repaguá PAZ. Rio do Estado do Paraná, aff. do Iguassu.
PAVUNA. Pequeno rio d" Estado do Rio de Janeiro, nasce PEÃO, s. m. (Rio Grande do Sul.) Homem ajustado para
na serra da Cachoeira, rega a freg. de Mirity e desagua no rio fazer o serviço do campo, nas f izendas de criação ou estancias,
deste nome. denomiiiaçãj que se estendia nos próprios escravos exclusiva-
PAVUNA. Pequeno rio do Districto Federal, desagua na menie oocupados nesse mister. Em outras provs. do Brazil, o
lagòa de Jararepaguá. Peão é o amansador de cavallos. Etym. No sentido em que o
euipregamos, é o vocábulo Peão^ segundo Valdez, oriundo da
PAXEXt. Pequeno rio do Estado de Matto Grosso, aíF. da America meridional hespanliula. N s o reeebimos dos nossos
margem Aquidauana.
dir. do rio visinhos. Nos niii? casos, tanio em castelhano como em
PAXIUBA. Log. do Estado do Amazonas, no mun. da poriuguez, Peon e Pc'io se relerem a quem anda a pé (B.
Crpita', á margem dir. do rio Punis. Rohau).
PAXIUBA. Ilha na margem esq. do rio Japurá. Descndo- PEÃO. Log. do Estado do Pvlo de Janeiro, na freg. de São
se o rio encontra-se ujna outra com o mesmo nome e situada Gonçalo.
entre as ilhas Pombas, Peixe-boi e Paxiuba Nova.
PEÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist, de Villa
PAXIUBA. Igarapé do Estado do Amazonas, no mun. de Nova e mun. de Campos, comeschola.
TeíTé. PEÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de Magé,
PAXIUBA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Bar- com duas eschs. publs. de inst. prim., creadas pelas Leis
carena e com. da Capital. Provs. ns. 1.49) de 17 de outubro dc 1870 e 1.776 de 11 de
dezembro de 1872.
PAXIUBA NOVA. Ilha do Estado do Amazonas, no i-io

Japurá, entre as ilhas denominadas Amamiú, Paxiuba e PEÃO. Serra do Estado de Minas Geraes, na freg. do
Peixe-boi. Campestre e mun. de Caldas.

PAYACÚS. índios que habilavam o Estado do Ceará. Foram PEÃO. Morro do Estado de Minas Geraes, no mun. de Ita-
missionados pelos jesuítas na aldèa de Monte Mór Velho. pecerica . E' cabeceira do rio SanfAnna. Fica nas divisas do
dist. do Camacho.
PAYAGUÁS. Nação indígena, feroz e guerreira, que habi-
tava as margens do rio Jagiiary, em S. Paulo, estendendo-se PEÃO. Morro do Estado de Minas Geraes, no mun. de Oli-
pelos sertões de Matto Grosso e Goyaz, que dm ante qiiasi todo veira. Dá origem ao ribeirão dos Mottas, aff". do rio Jacaré
o século XVIII, e ainda no começo do XIX, p^rseguio não só os PEÃO. Rio do Estado de Minas Geraes, banha a freg. do
primeiros exploradores daquelles sertões, como os síus habi- Morro do Gaspar Soares do mun. da Conceição.
tantes posteriores. Entre outros mais ou menos lamentáveis
assaltos que deram os Payagiiás ás expedições que de S. Pa ilo PEÃO. Rio do Eslado de Minas Geraes, banha o mun. da
iam para Cuyabá e vice-versa, em b isca ou condu/.lndo ouro Oliveira e desagua no rio Vera Cruz, trib. do Pará.
sobresahe a do mez de maio de 1730, em que na embocadura do PEÃO. Rio do Estado de|;Minas Geraes, desagua na margem
rio Jagiiary os bárbaros, em 80 canoas, acjfimmetleram a expe- e^q. do Manliuassú, entre a foz dos rios S. Simão e Et'ieto.
dição que voltava, e em que vinba de Cuyabá o oiividor An-
tonio Alves Lanhes Peixoto, que conduzia cerca de 80 arrobas PEÃO. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff". da margem
de ouro cem destino a Portugal. Desla expedição de csrca de esq. do rio Ayuruooa.
100 homens só escaparam 17, sendo mortos todos os outros, PEBA. Lagòa do Estado do Parahyba do Norte, no mun. da
entre os quaes o infeliz ouvidor, roubando os iadios todo o Cabaceiras.
oiro.
PEBA. Pov. do Eslado das Alagoas, no mun. de Piassa-
PAYAYA. Rio do Estado de Sergipe, nasce nas mattas do bussú
arraial da Chapada e desagua no rio Tamirim.
PEÇAS. Ilha do Districto Federal, entre a ilha Raza e a
PAYAYA. Riacho do Estado da Bahia, banha o mun de .
ponta da Praia do Mello, defronte da lagòa Crumarim, próxima
Soure e, reunido com o Carrapato, forma o Carrapatinho aff. do da ilha das Palmas.
Itapesuiú
PEÇAS. Ilha na bahia de Paranaguá, Estado do Paraná.
PAYE- ARANA. Ilha no rio Negro, aff. do Amazonas, no Forma com a ilha do Mel um esteiro ond> se reúnem os cana.es
^

Estado ileste nonv. Fica próxima das ilhas denominadas Tema, do centro ou do S.E. e do N., pelos quaes communica-se aquella
Ibará, Umarituba e outras.
bahia com o Oceano, Forma um bairro do mun. de Paranaguá.
PAY-QUIGE. Nação selvagem do Estado do Pará. Essa «A ilha das Peças, diz o Sr. Deniptrio Cruz, cujo nome de-
palavra ó derivada de Pay-Kici, que signilica senhor de faca. monstra que antig.unente nella houve alguma fortilicação pela
parte que lica do lado do canal da barra, por cmde entrou em
PAYSANDU. Log. do Estado do Amazonas, no rio Ma-
1718 um pirata francz, é muilo povoada e cultivada, e não
deira.
obstantes 'US moradores entregarem-se á pesca e salga do peixo
PAYSANDÚ. Log. do Estado do Ceará, no termo de São que abunda naquellas paragens, vè-se muitos arrozaes, man-
João de Inham uiis. diocaes, etc. Tem de comprimento pelo lado do oceano 12 kilo-
3Í.5S9
. .

PÉ — 145 — PED

meti-os e oiiti-ostantos de largura; é regada pelos riachos das PE DA SERRit. Rio do Estado da Bahia Ijanha o mun.
;

Larangeiras, Guanandituba, Pescadas, Peças e outros infe- de Monte Alto, e desagua na lagòa da Casa Velha. E' também
riores. » denominado Brucunum.
PECCADO. Riacho do Estado do Ceará, aff. do rio Fi- PÉ DA SERRA. Riacho do Estado da Bahia; desagua no
gueiredo. rio das Rans, no iogar denominado Curralinho dos Crioulos.
PECCADO. Córrego do Estado de Minas Geraes. Banha o PE DA SERRA. Rio do Estado da Bahia; nasce do con-
mun, de Diamantina e lança-se no Guinda. juncto de diversas vertentes, Forquilha, Castanho, Cabeceira
do Fogo a O. do mun., meia légua mais ou menos nos geraes;
PECCADOS MORTAES. Log. no mun. de Cantagallo do — com os nomes de Malhadinha, rio do Peixe, Santo Antonio,
Esiado do Rio de Janeiro, na Raiz.
segundo os togares p >r onde pass i, correndo para N. e depois
PECCADOS MORTAES. Ponta na Costa do Estado do Rio para L. recebe o Candeal, e entra no Gavião com seis léguas de
de Janeir.i, na lat. de 22» 33'. entre a barra do rio Macahé e a cursj. Soffre nas ocoasiões das seccas por causa do grande numero
do rio S. João. de tapagens feitas pelos moradores ribeirinhos.
PEGEGUEIRO. Log. do Estado do R. G. do Sul, na paro- PÉ DA SERRA. Córrego do listado de Goyaz, aff. do rio
chia do Passo Fundo, com uma esch. publ. de inst. prim., Monteiro.
creada pela Lei Prov. n. 1.103 de 8 de maio de 1877.
PE DA SERRA. Lagòa do Estado de Pernambuco, nas
PEGEGUEIRO. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. divisas da freg. de Santo Antonio do Beljedouro.
de Jjguary.
Arroio do Estado do R. G. do Sul, aíf. do
PE DE CUIA. Log. do Estado das Alagòas, em Santa
PEGEGUEIRO. Ephigenia.
rio Piratinym, no mun. de S. Borja.
PÉ DE LADEIRA. Log. do Estado das Alagòas, em Paiilo
PEGEGUEIRO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha o Aíl'onso
muD. da Cruz ^iltae desagua na margem esq. do Comandahy,
aff. do Uruguay.
PÉ DE MOLEQUE. Córrego do Estado de Minas Geraes,
nas divisas da frcg. de S. Sebastião da Grota.
PEGEGUEIROS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na freg'
de Santo Antonio de Tlierezopolis. Ahi existem grandes sitios" PEDERNEIRAS. Passou assim a denominar-se a villa dê
onde cultivam-se com bom êxito as mais preciosas iructas eu- S. Sebastião da Alegrta, no Estado de S. Paulo, em virtude
ropéas. da Lei n. 316 de 25 de maio de 1895. Fica á margem esq. do
Tietê, distante deste seis kils. O mun. conlina com os muns.
PEGEGUEIROS. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun.
de Jahú, Isenções, E. Santo da Fortaleza e Bariry. Lavoura de
de Jaguavy. Ha nella uma linda cascata formada pelo rio do
cereaes, café e canna de assucar. Dista 16 kils do E, Santo da
Peixe.
Fortaleza. 33 de Lençóes, 29 do Porto de Lençóes, 26 do Jahú
PEGEGUEIROS. Rio do Estado de Santa Cathariila, aff. do
e 30 do Baliurú. Comprehende os povs.: Rosa, S. Vicente do
lado S. do Marombas.. Nasce na serra da Pedra Branca e recelje Ribeirão Claro e Agua Limpa.
pela margem esq. as aguas do Pecegueirinho.
PEDERNEIRAS. Bairro do mun. de Tatuhy, no Estado
PEGEGUEIROS. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, de S. Paulo.
banha o mun. de Ayuruoca e desagua no rio do Francez.
PEDERNEIRAS. Arraial na freg. do E. Santo da Forta-
PEGEGUEIROS. Córrego do Estado de Minas Geraes, alf. leza, no Estado de S.Paulo.
do
do córrego da Lagem, que o é do rio Musambiuho, e este
Verde.
PEDERNEIRAS. Uma das estações da E. de F. de Porto
Alegre a Uruguayana, no Estado do R. G. do Sul, entre as
PECEM. Log. do Estado do Ceará, no mun. de Soure; com estações do Rio Pardo e Bexiga, a 31"i,006 de altura.
mna capella dedicada a S. Luiz.
PÉ DA MATTA. Riacho do Estado de Pernambuco des- ;
PEDERNEIRAS. montanhas q'.ie se estende
Cordão de
uns 100 kils. ao SO.de Miranda, no Estado de Matto
(la villa
agua na margem meridional do rio Serinhaem. Grosso. Pertence ao systema de Anhunvaliy.
PÉ DA PEDRA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. PEDERNEIRAS. Ilha do Estado do Pará, próxima da ilha
de Gravata. nome do muito que contém l'orraan-
Camarury. Tito. seu silex
PÉ DA ROÇA. Córrego do Estado de Goyaz, trib. do rio do grandes rochas.
Corumbá. (Cunha Mattos. Itinerário). PEDERNEIRAS. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Co-
PE DA SERRA. Log. do Es ado do Piauliy, no termo de rumbataliy, entre Rio Claro e Piracicaba.
S. João do Piauhy.
PEDERNEIRAS. Rio do Estado de S. Paulo; desagua na
PÉ DA SERRA. Log. do Estado do R. G. do Norte, no margem es j. do rio Tietê, próximo do rio dos Lençóes e do ri-
mun. de Flores. beirão da Volta Grande. (Inf. loc).
PÉ DA SERRA. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. PEDERNEIRAS. Pequeno rio do Estado de S. Paulo, lia-
do Bom Jardim e Correntes. nha o mun. de Tatuhy e desagua na margem esq. do rio
PÉ DA SERRA. Log. do Estado das Alagòas, em Santa deste nome.
Anna do Ipanema, União e S. José da Lage. PEDERNEIR AS. Ribeiro do Estado de S. Paulo, banha o
PÉ DA SERRA. Pov do Estido da Bahia, no termo do
. mun. de 'lieté e desagua na margem dir. do rio deste nome,
Tucano: com uma esch. jiubl. de inst. prim., creada pela Lei entre os rios d'Almeida o Salgado.
Prov. u. 1.G36 de 14 de julho de 187(3. PEDERNEIRAS. Córrego do Estado de S. Paulo, alf. do
PE' DA
SERRA. Pov. do Esiado da Bahia, na com. de rioPardo, na com. de S. Simão.
Monte Santo, com uma eschola. PEDERNEIRAS. Rio do Estado do Paraná, ali", da mar-
PÈ' DA SERRA. Arraial do Estado da Bahia, na cora. de gem dir. do Serra Xcgra.
Araai-gosa, com uma eschola.
PEDERNEIRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes ;
PÉ DA SERRA. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist.
nasce na serra dos Caldeirões e desagua no rio Urupuca, pouco
de Itacambira e mun. de Grao Mogol, com eschola. acima da i)arra d-sle no Suassuhy Grande.
PÉ DA SERRA (SanfAuna do) Denominação primitiva de
. PEDERNEIRAS. Córrego do Estado do Minas Oeraes ;

SanfAnna do Mattos, mun. do Estado do 11. O. do Norte. lianha o raup. de Montes Claros c desagua no rio l'aciiliy. ali',

PÉ DA SERRA. Monie do Estado da Bahia, no mun. da do S. Francisco.


Monte Alto, de cuja cidade dista cerca de 42 kils. (Inf. loc). PEDERNEIRAS. Cachoeira no rio Tietê, Kstarfo de São
Paulo. Tem 1,''230 do extensão e liei entre a cachoeira da
Ului
PÉ DA SERRA. Serra do Estado da Bahia, no num, do e a foz do rio Sorocaba.
Raso
Dicc. OEoa« 19
.
. .

PED — 146 — PED

PEDERNEIRAS. Caclioeira no rio Negro, Estado do Ama- PEDRA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. de Santa
zonaf. na soerão de Caaianaú a S. Gabriel (18 milhas). Cathnrina do termo da Chrislina com uma esch. publ. de inst.
;

prim.. creada pelo art. Ida Lei Prov. n. 2.5G8 de 3 de janeiro


PEDERNEIRAS. Cacliueira no rio Madeií-a, 24 kils. abaixo
de 1880.
do riu Abuiiá, 05 l^ils. abuixo da caclioeira das Araras e 20
kils. acima da du Paredão. Consiste em urna crista de roche- PEDRA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. da Alagôa
dos que crrta o rio, deix indo-llie quatro cauaes, perigosos nas e mun. de Ayuruoca (Inf, loc.)
estações das aguas. O canal mais seguido é o da direita. PEDRA.
Estação da E. de B"'. de Paulo Aflbnso, no Estado
Fica' aos 9", 31' e 20" S. e pouco acima do rio dos Fer- das Alagoas, a 83 kils. da estação de Moxotó. O t-afego entre
reiros. essas duas estações foi inaugurado a 2 de agosto de 1882. Um ca-
PEDERNEIRAS. Corredeira no rio Tietê e Estado de São minho liga-a á villa d'Agua Branca.
Paulo, entra o salto de Avanhandava e a foz do rio Pira- PEDRA. Morro do Districto Federal, na freg. de Guaratiba.
cicalia
PEDRA. Serra do Estado de Santa Catharina por eLa passa
PÉ DE VEADO. Log. do Estado das Alagoas, no Passo do a estrada que do Tubarão vae a Araranguá.
;

Camaragibe.
PEjRA. Morro na freg. de S. Braz do Suassuhy, termo de
PÉ DE VEADO. Log. do Estado de Sergipe, no termo de
Entre Rios e Estado de Minas Geraes, junto ao rio Paraopeba.
Itabaiana. E' uma só e immensa pedra.
PÉ DO BANCO. Dist. do Estado de Sargipe, no mun. do PEDRA.Serra do Estado de Minas Geraes, na freg. do Fur-
Siriry, a, margem do rio deste nome. Sua egreja matriz tem a
quim, mun. de Marianna.
invocaçàii do .Jesus Maria José e depende da diocese archiepis-
copal de ,S. íSalvailnr Foi creado i)aroobia em 1700 pelo arcebispo PEDRA. Ponta na costa do Estado do R. G. do Norte, ao
D. João Franc j ile Oliveira e pela Lei Prov. n. 24 de 2 março N. da pov. de Caiçara.
de 183..). e elerado ã categoria de villa com a denominação de PEDRA. Riacho do Estado do Ceará, a 18 kils. da cidade
Siriry p da Lei Prov. ii 'Jtíl de 26 de março de 1874. .
estrada Uma de IBaturité, na estrada para Canindé.
liga-o á villa das Dores, Em
seus limites com a freg. da Divina
Pastora lica a barra do riacho Cahype. Tem eschs. publs. Vide PEDRA. Riacho no Estado do Ceará, no dist. de Arêas.
Siriry. PEDRA. Rio do Estado do R. G. do Norte, banha o mun.
PÉ DO BANCO. Iliacho do Estado de Sergipe aff. do rio de Sant'Anna do Mattos e desagua no Assú.
Siriry PEDRA. Riacho do Estado do R. G. do Norte, no mun. do
PÉ DO MORRO. Log. do Estado de Minas Gerae5, no termo Apody. Vai para o rio deste nome.
de Diamantina. PEDRA. Rio do Estado do Parahyba do Norte, banha o
PE DO MORRO. Serrote na margem occidenial do rio São mun. de Mamanguape e desagua no rio deste nome.
Fraucisci) ; no Estado de Minas Geraes, abaixo da 1'oz do rio PEDRA. Riacho do Estado de Pei-nambuco, aill. do riacho
Paculiy Tabocas.
PÉ DO MORRO. Serra do Estado de Minas Gernes nomua. ; PEDRA. Riacho do Estado de Pernambuco, banha o mun.
de Queluz, h]' unia ramilicação da Mantiqueira que loma essa e do Bom Conselho e desagua no rio Parahyba. (Inf. loc).
outras denominações locaes.
PEDRA. Riacho do Estado de Sergipe, no mun. do Gararú.
PÉ DO MORRO. Rio do Estado de Minas Geraes nasce na :

PEDRA.
serra do seu nome
barra no Fundão, que com o nome de
e fuz
Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, banha o
Agua Suja vai de saguar na margem esq. do rio Piranga. Banha território da freg. dos Quatis e desagua no ribeirão do Turvo,
o mun. de Queluz. alll. do Parahyba.

PE DO MORRO. P( quinio rio do Estado de Minas Geraes, PEDRA. Pv-ibeirão do Estado de Minas Geraes, banha o
banha <i mun. (Jc DIam.-uitiiia. e desagua no rio S. Domingos, ali', mun. do Patrocinio e desagua no rio Santo Antonio. (Inf. loc).
do .Jequitinhonha. ( Inf. hjc.) PEDRA. Córrego do Estado de Minas Geraes, aill. do Pau
PÉ DO MORRO. Córrego do Eatailo de Matto Grosso, cabe- Barbado, que o é cio Turvo Pequeno.
cinra do Sararé, tril>. do Giuiporé. Uecebe aguas do riacho do PEDRA. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o ter-
Taquaral. ritório da freg. de S. iMiguel do Jequiiinhonlia e desagua no
PÉ DO MORRO. Ilha e lianco de arèa no rio S. Francisco, rio deste nome pela margem dir. (Int. loc)
emre Clunue Clduue e Reiiianso, PEDR.V. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
PEDRA. Pequena luv. de pescadores á margem dir. do rio de S. João d'El-Rei e desagua na margem esq. do rio Grande
Formoso ; no Estado de Pernambuco. Dista da" cidade do Rio abaixo do rio do Clemente.
Formoso cerca de seis li.ils. (Inf. loc.) PEDRA. Rio do Estado de Minas Geraes, aíf. do rio Itahim.
PEDRA. Arraial do listado das Alagoas, em Santo Antonio Vide Pedras.
da Boa Vista. PEDRA. Lagoa do Estado do Maranhão, no muo. de Loreto.
PEDRA. Pov. do Estado da Bahia, no mun. do Morro do E' notável pala grande quantidade de salitre que contém.
Chapéo e com. da Jacobina, com uma eschola. PEDRA. Lagoa do Estado do Ceará, entre Caio Prado e
PEDRA. Cai ell.-ido termo e freg. da Serrinha, no Estado da Itans.
Rahi.i Oragd .Sa.nld Anlimni. A Lm Prov. n. 2. .588 de 18 de jnnbíi
de 188.S
.

íTeon alii uma esch. jiulilica.


PEDRA. Lagòa do Estado do Ceará, no m\in. de Cascavel.

PEDRA. Arraial do lísiado da Bahia,


PEDRA. Lagòa do Estado do Parahyba do Norte, no mun.
no mun. de Entre de Cal lace iras.
Rins, cem uma escli. pulilica.

PEDRA. Logs. nas IVegs. de Gnaraliha. e Jacarépaguá per-


PEDRA. Lagòa do Estado de Pernambuco, no num. do
tencentes ao Districto Fedei^al.
Bom Conselho. (Inf. loc).

PEDRA Log. do Estado do Rio de Ja neiro.no mun. de Angra


.
PEDRA. Lagòa no mun. da Palmeira do Estado das Alagoas.
dos Reis. Havia ahi uma Agenciado Registro, (jue l'oi supprimida PEDRA. Na barra do riacho da Vacca (alll. do S. Fran-
por deliberação de 22 de setembro de 187G. cisco p.da margem dir.) ao lado meridional do rio está a lagòa
PEDRA. Pov. do Estado de Santa Catharina, no mun. da da Pedra, onde, diz Halfeld, encontrei ossos fosseis de um
...agiina, c Ireg do Mirim Do mun.de Araranguá fazem-nos mastodonte. A lagòa consiste em uma concavidade ou bacia,
. .

menção do icm pov. desse nome. rodeada de grandes penedos. Estava cheia de terra, arèa e cas-
calho em camadas; destas, a inferior continha então os ossos
PEDRA. Log. no num. deS. Leopoldo do Estado do R. G. do lUKstodoiite ha cousa de' 20 e tantos annos. Os moradores
do Sul. vizinhos á lagòa tinham começado a desentulhar aquella con-
PED — 147 — r>r:D

cavidade, afim de servir de reservatório ás aguas fluviaes e PEDRA BONITA. Serra nos muns. de S. .José de Além
bebedouro para os gados; appareceram então no desmonte os Parah^ba
ossos fosseis, que elles atiraram para fora da concavidade mas
e Leopoldina do Esia lo do Minas Geraes. Em uma
; parte de s la extensão serve de divisa entre este Estado e o d.j
a intencionada excavaeao não foi concluida; e aindi aquella Pv,io de Janeiro (Inf. loc.).
bacia esfc:)Ta nas duas l-rças partes do seu comprimento cheia
de terra, quando na testada da antiga cova appareceram ainda PEORA BONITA. Ribeirão do Estado de Minas Gera=s.
as pontas de ossos da grandes dimensões.» no mun. de Leopoldina; desagua no rio Pirapitinga, aflluenie
do Parai lyba.
PEDRA. Enseada na freg. de Gnaratiba do Districto Federal,
A enseada da Pedra, que banha a pov. desse nome, é notável PJ;DRA branca. ViUa e mun. do Estado do Caará, na
por sua extensão e pela riqueza de suas aguas, abundantemente serra de Sania Rita. E' centro muito productor: culiivaoanna,
piscosas. Tem de maior largura cerca de oito kilometros, algodão e fumo. Sua egreja matriz tem a invoca-:ão de S. Se-
da restinga da IMaramb.iia ao arraial da Pedra, e em seu bastião e depende da diocese do Ceará. Foi creada disi. pela
maior comprimento mede doze kilometros, do rio Pirado á Lei Prov. n. 683 de 2J de outubro de 1854: jiarochia pela de
bahia de Sepitiba, com a qual confina, sendo o ponto de divisão n. 1.539 de 23 de agosto de 1873; vill pelo art. 1' da de n. 1.407
i

a ilha de Marequeseaba (ou Genquiçaba), onde se encontra de 9 de agosto de 1871, que incorporou-a á com de Inhamuns.
,

o marco divisório de Guaratiba com Santa Cruz, collcado Annexada á com. de Mana Pereira pelo art 1" §2° da de
pelos Jesuítas por occasião das respectivas demarcações. n. 1.551 de 4 de setembro de 1873. Tem duas esciis. publs. de
Neila desaguam os rios Piraqué, Piracão e do Capão. Do rio inst. primaria, uma das qua s foi creada pela Lei Prov. n. 750
Piracão em diante, pnra o lado de leste, a enseada da Pedra de 18 de julho de 1856. Agencia do correio. Limita-se com os
estreita-se, convertendo-se em oanal que, atravez de grande muns. de Q lixeramobim, Bôa Viagem, Independência, Inhamuns
quantidade de coròas, vai ter á povoação da Barra, em frente á e Benjamin Constant. Tem 6.00D habitantes.
qual de novo se alarga, entrando peio Oceano Atlântico, por PEDRA BRANCA. Villa e mun. do Estado de Minas
meio de um canal estreito e muito profundo, que separa a Geraes é cercada de terrenos montanhosos e regada por diver-
;
ponta da Marambaia da freguezia de Guaratiba, estabeleCf'ndo sos rios, entre os qua^s o Capituba e o Anhumas. Sólo ubérrimo
por esse lado o limite entre o Districto Feileral e o listado do Rio e clima ameno. Orago S. Sebastião e diocese de Marianna.
de Janeiro. Foi por esse canal que, segundo reza a chronica, Consta que o terreno para fundação dessa fr'g. foi doado por
passsou Duclerc em 1710. de volta da Ilha Grande em procurada um antiuo fazendeiro de nome Francisco leronymo de Araujo,
praia de N. Senhora, onde desembarcou. A enseada da Pedra que, coadjuvado por iManoel de Lima, foi o primeiro a dar co-
não é francamente navegável; por occasião das vasantes, a maré meço ao pov. Com a denominação de Capiíiiba foi creada pa-
afasta-se da praia na extensão de muitos metros, tornando im- rochia pela Lei de 14 de julho de 1832. Pertenceu aos termos de
possível a chegada de pequenas canoas que ficam encalhadas Baepeady e Itajubá, tendo sido annexado ao da Christina pelo
sobre espessa camada de lama. Mesmo n ismai a-es enchentes art. 3') § 3" da Lei Prov. n. 575 de 4 de maio de 1852. Passou
é essa bahia inaccessivel a barcos a vapor, lanchas, etc, e só a a denominar-se Pedra Branca pelo art. i° § 2° da Lei Prov.
podím atravessar canoas de pescaria, de insignificante calado, n. 2.Ô50 de 4 de novembro de 1880. Foi elevada á villa pela
e isso ]:orque na maior profundidade não attinge altura superior Lei Prov. n 3.275 de 20 de ouiubrode 1884, sando installada a
a tres metros. Dahi o pouco desenvolvimento da povoação da 7 de maio de 1887. Cultura de canna, fumo e café. Fabrica-
Pedra, que, a ser navegável a enseada em questão, teria por çãocíle aguardente e rapadura. P. ssue f ibricas de cera, de mel,,
ella franca e fácil sahida para seus productos, especi:ilmente de fumo, de polvilho e engenhos de canna. Em suas mattas
para o peixe que, em admirável quantidade, alli se encontra e abujidam madeiras de lei, principalmente peroba. Disia da es-
que vem ao mercado pela Estrada de Ferro Central, mediante tacão do Carmo, na E. de F. Minas e Rio, cerca de 54 kils. e,

fretes de transporte altamente exagerados. da da Cachoeira, na E. de F. do Norte (S. Paulo), cerca de


PEDRA, C.ichoeira do rio Capucapú, aíll. do Jatapú, que o 84 kilms. Além da egreja matriz, tem uma outra Capella,
é do Atumá. feita pelo vigário Carlos José do Arantes e dedicada a
N. S. do Rosario. Comprehende as pov. Castello, Estiva, Fur-
PEDRA AGUDA. Log. do Estado do Ceará, no mun. de
nas e Ro3inha. Tem lO.OJO liabs,, eschs. publs, de inst.
Aracoiaba. prim. e agencia do correio. O mun. comprehende, além da
PEDRA AGUDA. Monte no mun. de Aracoiaba e Estado parochia da villa, miis a de S. José dos Alegres. Sobre
de Ceará. E' bastante alto. suas divisas vide, entre outras, a Lei Prov. n. 1.59G de 30 de
julho de 1868 (art. 2»), e n. 2.421 de 5 de novembro de 1877,
PEDRA AGUDA. Serra do Estado de Minas Geraes, no
Em julho dí 1896 recebemos dessem in. a seguinte informação:
mun. da Conceição.
« Estem'un. .faz parte da com. de Chri^tina, pôde ter approxi-
PEDRA AGUDA. Córrego do Estado de Minas Geraes, nas madamente 10.000 habs. e fica situado entre a cidade de Chris-
divisas do dist. da Previdência pertencente ao mun. da Leo- tina, ao nascente, freguezia de Santa Catharina, pelo norte,
poldina. cidade de Santa Rita do Sapucahy, pelo poonte, cidade de
PEDRA AliTA. Log. do Estado das Alagoas, uo mun. da Itajubá e freguezia da Vargem Grande pelo sul e sud-oeste.
Palmeira dos índios. Compõe-se de tres districtos, administrados por Conselhos Dis-
trictaes, o da Villa, de S. José 'lo Alegre e de Maria da Fé.
PEDRA ALTA. Log. do Estado da Bahia, no mun. e a 3G kils. E' administrado pela Camara, Municipal, que tem funccionado
da parochia da Conceição do Razo. Ha ahi um cemitério. com a maior regularidade, promovendo o progresso do municí-
PEDRA ALTA. Serra do Estado da Bahia, no rnun. do Razo. pio, e tem a respectiva Camara realizado varias obras publicas e
actualmente trata de executar um impriante melhoramento para
PEDRA BONITA. Dist. do Estado de Minas Geraes, no esta villa, talo da canalisação da agua potável,- devendo este
mun. do Abre Campo, na fralda da grande pedra denominada serviço custar 26 contos de réis. Esta villa da Pedra Branca
Pedra Bonita. Orago S. José e diocese de Marianna. Foi creado conta um serviço de illumiuação publica a kerozene regular-
dist. pela LeiProv. n. 1.627 de 6 de novembro de 18G9 e elevado mente feito e sua população pode se elevar a 600 almas. O as-
á categoria de parochia pelo art. 6" da de n. 1.744 de 8 de ou- pecto physico do mun, é irregular, accidentado e montanhoso,
tubro de 1870. Tem cerca de 4.000 habitantes e duas eschs. como lodosos muns. do sul de Minas. O maior rio que corre
publs.de instrucção primaria, uma das quaes foi creada pelo neste mun. é o Sapucahy, que separa esie mun. do de Ita-
art. 1» § 1» da Lei Prov. n. 2.847 de 25 de outubro de- 1831. Tem
jubá, onde nasce na serra da Mantiqueira. Orio Sapucahy re-
agencia do correio, creada pela Portaria de 15 de janeiro de cebe neste muu. pela dir. em primeiro logar o Lourenço Velho,
1883. A pov. trim umas 60 casas, um templo ainda não acabado que tambam separa este mun. do de liajuba, onde também nasce;
e que serve de Matriz, uma pequena Capella do Rosario. La- eera segumio, o rio do .Alegre. Este ultimo rio por sua vez é for-
voura de milho, feijão, arroz e fumo. A Lei Prov. n. 3.712 de
mado dos rios Capib ba e .Vnliumas que banha esta villa O rio
27 de julho de 1889, desmembrou~o do mun. de Ponte Nova e Lourenço Velho recebe ne.-»te num. pela dir. o rio S João qua
incorporou-o ao de Abre Campo. Sobre suas divisas vide dec. atravessa o distrii-to de Maria da Ké. Os rios do .\legre, Capi-
n. 176 de 26 de agosto de 1890.
tuba, Anhumas e S. João correm em tido o seu curso neste
PEORA BONITA (Sanf .Vnna da) Pov. no mun. dePonie
. mun. São duas as serras existentes: a l-"", a serra de Sarna Ca-
Nova, no Estado de Minas Geraes com uma esch. publ. de inst.
; tharina, que separa este mun. da Ireguezia de Santa Catharina;
primaria. é continuação da serra das Aguas do Lambary e vai terminar
, .

PED — 148 — PED

no mun. de Santa Rita do Sapucaliy com o nome de íserra das 1834. Em 1849 a Lei Prov. n. 360 de 19
de outubro restabele-
Pcssea. A 2'> éa sei-ra da Uari da Fé, que se estende por este
i ceu omun. da Pedra Branca, mas com séde no arraial da
mua. na direcção de éste a oeste, tomando depois o nome de Tapera, ficando assim constituído o mun. da Tapera, ea pa-
serra do S. João, é co iliniiação da serra da Christiiia. Entre os rochia da Pedra Branca a elle pertencendo. Em 1889, a Lei
morros póde-se citar o morro do Jaboticabal, o das Contendas, o Prov. n. 2.645 de 20 de abril transferiu a séde da parochia da
do Balaioe outrossem importância. Temos as seguintes curiosi- Pedra Branca para a pov. da Tapera.
dades, dignas de menção: Uma pedra situada no alto da serra
de Santa Catharina, grande e muito alta, da lorma de uma py- PEDRA BRANCA. Log. no dist. de Porteiras e Estado
ramide eque é avistada de muitos logares distantes: chama-se do Ceará.
Pedra Branca, de onde vem o nome desta villa uma outra pe- ; PEDRA BRANCA. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun.
dra cliamada Pedrão, que é também milito grande e íica na de Victoria, a 30 kils., á margem do rio Ipojuca, nas proximi-
serra de S. João, na margem da estrada de ferro do Sapucaliy dades dos limites da comarca da Escada.
Existe também na margem da mesma estrada e pouco abaixo da
est-ição de Maria da Fé uma linda cachoeira, que faz uma per-
PEDRA BRANCA. Log. do Estado de Pern.imbuco, na
spectiva magniiica, t?ndo uma queda de mui tus metros de al-
freg. deMuribeca.
tura Este mun, émuitorioo e de uma fertilidade espantosa, PEDRA BRANCA. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. de
produzindo todos os cereaes e plantas dos climas temperados A Larangeiras; com uma
esch. inibl. de ínst. prím. , creada pela
lavoura principal é a do milho, arroz, feijão, canna de assncar, Lei Prov'-. n. 936 de 30 de abril de 1872.
mandioca, batatas, etc. e especialments o fumo, que produz era
,

grande quantidade, para mais de 20.000 arrobas annualniente. PEDRA BRANCA. Log. do Estado do E. Santo, no mun.
Está j juuito desenvolvido o plantio do cifé, já havendo mais
i
da Capital.
de õOO mil pés foimados, com uma producção que dá para o PEDRA BRANCA. Capella do mun. da Fartura e Estado
consumo do nnm, e para a exportação. Posso notar que o ca- de S. Paulo, com eschola.
feeiro aqui produz tão bem como nas melhores terras do oeste de
S. Paulo, sendo o terreno desta villa muito próprio para este
PEDRA BRANCA. Log. do Estado de S. Paulo, no mun.
do Rio Verde.
género de lavoura. Fabrica-se também muita aguardente, ra-
padura, polvilho e muita farinha de mandioca, existindo no di9- PEDRA BRANCA. Bairro do mun. de Bragança, no Estado
tricto do Alegre uma machina engenhosa para a fabricação da de S. Paulo.
farinha de mandioca, de invenção do nosso inteliigente con-
terrâneo Ignacio Lapes, que traia actualmente de obter o re- ^
PEDRA BRANCA. Bairro do mun. do Hibeírão Bonito, no
EstadodeS. Paulo ; com duas eschs. publicas.
spectivo privilegio esta machiua maravilhosa produz farinha
;

em cinco min\itos, dep:iis de arrancadas as mandiocas e diaria- PEDRA


BRANCA. Bairro do mun. de Nazareth do Estado
mente mais de 40 ahjueires. Hi algumas plantações de parrei- de S. Paulo com uma esch. publ. creada pela Lei n. 101 de
;

ras, com pequena fib.icação de vinho, sendo o districto de 24 de Setembro de 1892.


Maria da Fé muito próprio para esta espécie de cultura.
Existe em pequena es 'a^a criação de gado vaccum, cavallar,
PEDRA BRANCA. Log. do Estado do Pa-aná, no mun. de
muar e lanígero gallinhas, aves, etc Votuverava.
: e porcos em grande
,

quantidade, sendo muito lucrativa a engorda de capailos (suí- PEDRA BRANCA. Assim é conhecido um sitio á margem
nos) para a exportação do toucinho. E' no qus prima este mun. dir. do rio Miruhy no Estado de Santa Catharina. No cimode
;

ésobreo seu clima, que é muito temperado e de uma salubri- ura serro existe uma enorme penedia que se avista de grande
dade notável, e basta dizer que n mca tivemos aqui moléstias distancia e no cimo do qual ha uma espécie de muralha de cíncò
endémicas ou epidemicas demáo caracter. Merece, porém, es- palmos de elevação, que parece artificial.
pecial menção o clima do districto de Mari da Fé, onde se
i

acha situada a estação do mesmo nome da Estrada de Ferro Sa- PEDRA BRANCA. Log. no mun. de Gravatahy do Estado
pucahy a que fica no plateau das;rra da Christina, a uma al- do R. G. do Sul.
tura de 1.300 metros acima do nivel do mar, e cercada de mui- PEDRA BRANCA. Log. do Estado do R. G. do Sul, em
tos pinheiros, com boas aguas, por ond' se \ê ser um clima por S. Francisco de Paula de Cima da Serra.
demais saudável e recomraendavel aos convalescentes e pessoas
de constituição fraca é, pois, um clima temperado emuito secco PEDRA
BRANCA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na
;

que nada deixa a desejar sobre os dos afamados campos do freg. de Santa Catharina do mun. da Christina com uma ;

Jordão. O mun. e cortada pela estrada Viação Férrea Sapu- capelíade N. S. da Conceição e um dist.. cr-ado peloart. I da
cahy, que tem dentro do mun. uma estação, a de Maria da Fé, Lei Prov. n 2.775 de 19 de Setembro de 1881
emlugar muito aprazível e de que fallei muito espacialmente PEDRA BRANCA, Log. do Estado de Minas Geraes, no
quando tratei do clima. Temos estradas de rodagem que lig;im termo de Queluz.
esta villa aos logares circumvizinhos.
Branca dista da cidade de Christina 36 kils.
liste villa de Pedra PEDRA BRANCA, Log. do Estado de Matto Grosso, cerca
da freg. de
;
de 10 kils. da Capíial. Tem sido por vezes assaltado pelo» sel-
Santa Catbarina 21 kils. da cidade de Santa Rita do Sapu-
;
vagens.
cahy 30 kils. da freg. da Vargem Grande So kils., e da cidade
;

de Ifcnjubá 24 kils., tudo approxímadamente. A séde deste mun. PEDRA BRANCA. Log. do Estado de Matto Grosso, na
de S. Sebastião da Pedra Br inca é a villa de S. .Sebastião da fronteira da Bolívia, distante 30 kils. de Corumbá.
Pedra Branca e são dependentes delia a freg. de S. José do PEDRA BRANCA. Serra do Estado d 3 Pernambuco, no
Alegre e a povoação de Maria da Fé, que são districtos adminis-
mun. de Gravatá. (Inf. loc).
trativos. Esta villa da Pedra Branca só possue dous estabele-
cimentos públicos: o da casa da Camara e cadèa e a casa da PEDRA BRANCA. Morro do Estado das Alagoas, á margem
instrucção publica, e muitos edilicios particular, s de solida con- esq. do rio S. Francisco, próximo á foz do rio Panema.
strucçao. Esta villa é a antiga freg. de S. Sebastião do Capitubn,
que passou a ser freg. deS. Sebastião da Pedra Branca e hojj
PEDRA BRANCA. Serra do Estado do Sergipe, no mun.
de Itabaíaninlia.
é a Villa des e nome. Entre os que b? neíiciariim este logar e que
já são mortos, conta-s.í o capitão Joaquim Madiado d^e Abreu,
:
PEDRA BRANCA. Serra do Estado da Bahia; estende-se
capitão Pranci.sco Antonio da Costa e Mano 1 Maroellino
da
pela margem dir. do rio Paraguassú.
Motta. Tem a villa 34,2 eleitores federae.?. E' o que perfun- PEDRA BRANCA, Sei-ra do Estado do Rio de Janeiro, na
ctoriamente nos cumpie informar sobre esta villa da Pedra freg. da Ribeira eraun. de Angra dos Reis.
Branca e seu município »
PEDRA BRANCA,. Pico mais elevado, do Districto Fede-
PEDRA BRANCA. Auliga parochia do Estado da Bahia, no ral, nafreg. de Campo Grande, próximo ao líangú, a 1 .0,23 me-
mun. da Giboi í. Oraijo N. S. de Naz ireth e diucese archiepisco- tros de altura. A Tijuca está a 1,020 metros c o Corcovado
pal de S. Salvador. Já era parochia em 17.59,villa etn 1835. Nesse a 704.
ultimo anno. a Lei Prov. n. 7 de 2 de maio extinguiu o
mun. de Pedra I3ranca, ficando os díst?. que o constituíam an-
PEDRA BRANCA. Serra do Estado de S. Paulo, no mun.
de Santa Rita do Paraíso. Ha ainda nesse mun. uma ilha Ali-
nexos ao.5 termos a que pertenciam adites de 17 de janeiro de viai do mesmo nome (Inf. loc.)'.
PED — 149 — PED

PEDRA BRANCA. Serra do Estado de S. Paulo, entre PEDRA BRANCA. Rio do Estado de Minas Geraes, banha
Taubatê e Buquira. o mun. do Curvello e desagua na margem dir. do rio Cipó,
PEDRA BRANC Morro do mun. de Paranaguá, no aíf. do Parauna.
\.. Eí5-
tado do Paraná (Inf. loc.) PEDRA BRANCA. Cachoeira no Estado do Rio de Janeiro.
PEDRA BRANCA. Serra no mun. do Tihagy, no Estado Vai para o rio Mantiquera.
do Paraná. E' o principio da serra dos Agudos. PEDRA BRANCA. Cachoeira no rio Coxim, entre as do
PEDRA BRANCA. Morro no mun. de Guaratuba do Esta- Mangabal, da qual dista seis kils., e a do Peralta, a tres; no
do do Paraná. Estado de Matto Grosso.
PEDRA BRANCA. Serra do Estado de Minas Geraes, nas PEDRA BRANCA. Cachoeira no rio Cuyabá, entrô as do
divisas do distrlcto do Porto de Santo Antonio. Pau Santo e de Sucury; no Estado de Matto Grosso.
PEDRA BRANCA. Serra do Estado de Minas Geraes, na PEDRA CHATA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, nas
freg. do Abre Campo. divisas do mun, do Paranapauema.
PEDRA BRANCA. Serra do Estado de Minas Geraes. no PEDRA COMPRIDA. Riacho do Estulo doR. G. do Norte,
mun. da Origina-se da serra do Rio Pardo e se-
L^-opoIdina. no mun. do Triumpho.
guindo para SE. rlivide as aguas-do PirapHinga das do rio Angu. PEDRA COMPRIDA. Riacho do Estado do Parahyba do
E' atravessada pela E. de F. Leopoldina entre as estações de Norte, banha o mun. d'Alagôa do Monteiro e desagua no rio
S. Luiz e Providencia em i.ima forte depressão. Levantaiido-se Sucurú.
em seguida nas immediações da fazenda Trimont^, apresenta
montes alcantilados de fórmás bizarras e coroados de matta.'? PEDRA CRAVADA. Pov, do Estado da Bahia, cerca de
virgens continuando para SIC. vai terminar na barra do Pira-
;
24 kils. distante da cidade de Lençóes, entre Santo Antonio e
petinga. Desta sei-ra desprendem-se vai-ios ramos, como a Pedra Estiva. Dizem também simplesmente Cracada.
Aguda, que apresenta a 3 kils. da estação da Providencia um pico PEDRA DA BANDEIRA . Pico elevado da serra do Ma-
bastante elevado e cortado quasi a prumo. Além deste galho, theus, na freg. do Engenho Novo, pertenc>nt3 ao Districto
destaoa-se um outro, denominado serra do Bom Destino ou Federal.
Aterrado, e que divide as aguas do Pirapetinga Pequeno do
Grande, e que tomando depois o nome de Serra da União, bifur- PEDRA DA BICHA. Pov. do Estado do Parahyba do
ca-se indo uma parte terminar na barra dos dous Pirapetingas, Norte, no mun. de S. João de Gariry.
e a outra na barra do S. Lourenço (Inf. loc). PEDRA DA BICHA. i\Iorro do Estado do Parahyba do Norte,
PEDRA BRANCA. «Uma
das curiosidades da freg. de Cal-
no mun. d' A lagoa do Monteiro.
das é o elevado rochedo da Pedra Branca, na serra de Caldas, e PEDRA DAC ABELLEIRA. Do lado oriental da ilha de
á légua e meia da cidade. Do cimo desse rochedo accessivel avis- Paquetá, situada na bahia da Guanabara, ha uma pedra oval
ta-se a immensa suocessão de valles e montanhas formosas, dis- com a fórma de um rosto, visto de perfil, tendo o quer que seja
tinguindo os práticos, em dias límpidos, a serra das Aguas Vir- sobre o alto, que de certa distancia figura uma cabelleira de
tuosas, o Alto do Rosario da Campanha, o morro da Victoria nas Luiz XIV, pelo que é denominada Pedra da Cabelleira.
proximidades de S. João d'El-Rei, a serra em que está edificada
a freg. de Matto Grosso (mun. de Batataes, em S. Paulo), e PEDRADA CONCEIÇÃO. Vide Catinga.
muitos outros logares. E' um espectáculo extraordinariamente PEDRA D' AGUA. Log. no mun. do Acary do Estado do
bello, e que a imaginação mais brilhante descreveria com fa- R. Q. do Norte.
cilidade » (Almanak Sul Mineiro 188-1). «Esta serra (a do Ma-
ranhão), em cujo sopé está situada a cidade de Caldas, tem no
PEDRA D'AGUA. Log. do Estado de Pernambuco, no termo
seu ponto mais culminante a Pedra Branca, enorme massa de de Cimbres.
granito, donde o observador descobre vastos e esplendidos hori- PE ORA D' AGUA. Logs. do Estado das Alagôas, em Traipú
zontes. Segundo observações feitas pelo capuchinho Fr. Germano, e SanfAnna do Ipanema.
em 4 de maio de i8j7, a posição da Pedra Branca sobre a cidade PEDRA D'AGUA. Dist. do termo de Alcobaça, no Estado
de Caldas é de 670'", donde se conclue que está 3070 sobre o ni-
da Bahia, banhado pelo rio Itanhem.
vel do mar » (Do vigário da freg. de Caldas).

PEDRA BBANCA. Rib?irão do Estado da Bahia, afl'. da


PEDRA D' AGUA. Log. do Estado do E. Santo, no mun.
da capital. Ahi lica a hospedaria de emigrantes.
margem do rio de Contas.
e,?q.

PEDRA BRANCA. (Sacco das). Reintrancia na costa do PEDRA D' AGUA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na
mun de Cabo Frio do Estado do Rio de Janeiro, entre a ponte estrada que communica S. Fidélis com a cidade de Campos.
do Sururá e a do Sacco Grande. PE:>RA D' agua. Serra do Estado do Parahyba do Norte,
nos termos de S. João e Patos.
PEDRA BRANCA. Córrego do Estado de S. Paulo, no
mun. da capital. E' também denominado Marmelleiro. PEDRA
D' AGUA.
Serra do Estado das Alagôas, tres kils.
distante do rio S. Francisc(j e na uireci^ão do Norte.
PEDRA BRANCA. Córrego do Estado de S. Paulo, banha o
mun. do R io Pardo e desagua no rio deste nome. PEDRA D' AGUA. Morro na margem S. da bahia do E.
PEDRA BRANCA. Santo, no listado desle nome. Alivange immenso hori.sonte. A
Córrego do Estado do Paraná, ãílluente
do rio Itaquy. que o origem de seu nome provém de haver na bahia, defronto da
è do Iguassu.
collina, uma pedra isolada e á flòr d';igua. Na base do morro
PEDRA BRANCA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, ha uma ponta de egual nome.
affl.do S. Francisco, que é trib. do rio Grande. Banha o mun.
de Uberaba. Nasce do serrote do mesmo nome. PEDRA
D' AGUA. Pequeno rio do Estado do Espirito
Santo serve de divisa entre S. M.itlieus e Barra do S. Matheus.
PEDRA BRANCA,
;

Ribeirão do Estado de Minas Geraes, Vai para o rio S. Matheus.


banha o mun. de Caldas e desagua no rio Verde, aft'. do Pardo.
(Inf. loc). PEDRA D' AGUA. Rio do Estado do Espirito Santo; ba-
nha o num. de Piuma e desagua no Iconha.
PEDRA BRANCA. Córrego do Estado de Minas Geraes,
nas divisas do dist. da Vargem do Pantano, pertencente ao PEDRA D'AGUA. Rio do Estado de Minas Geraes, afll.
mun, de Subará nasce no logar denominado Lag'ia Secca.
:
da margem esq. do Mucury. E' também denominado Rhuitiarlio.
PEDRA BRANCA. Córrego do Estado de Minas Geraes, PEDRA DA LAGE. Córrego do Estado de S, Paulo, no
aft'. da margem esq. do ribeirão Pirapetinga, que c trib. do rio mun. de S. João do Rio Verde.
das Mort .s. PEDRA DA LETTRA. Denominação vulgar dada a unua
PEDRA BRANCA. Ribeirão do Estado de Minas Gera s, pedra alta de forma pyramidal existente na serra da Cachoeira,
nasce perto de Nazareth e desagua na margem esq. do rio das no mun. de Campina Grande, no Estado do Parahyba do Norte.
Mortes Grande. Recebe o córrego dos Macacos. E' também de- Neila encontram-se diversos caracteres esculpidos, gravados na
nominado Brandão. mesma pedi-a.
.

PED — 150 — PED

PEDRA DA MARIQUITA. E' o nome de mn cabeço PEDRA DO ANTA. Dlst. do Estado de Minas Geraes, em
existente ejn frente á barra do Pacotj', á distancia de 1 1/8 mi- uma garganta formada por dous grandes morros, no mun. da
lhas. Sua extensão é de tõ a 20 metros, tendo apen;is de 7 a 8 Viçosa. Orago S. Sebastião e diocese de Marianna. Foi creado
pés d'agua em cima. Sobre essa pedra, na estacão invernosa, o paroohia pela Lei Proy. n. 385 de 9 de outubro de 1848. Per-
mar quebra-se com grande violência ao contrario, porém, no ;
tenceu aos muns. de iMarianna e Ponte Nova, tendo sido incorpo-
verão. rado a este ultimo pela Lei Prov. n. 827 de il de julho de 1857.
PEDRA DA MULATA. Pov. do Estado do E. Santo, no Sol)re suas divisas vide art. V
da Lei Prov n. i.908 de 19 de
mun. de Vianna, á margem do rio Jucú, com uma esch. publ. julho de 1872, art. II da den. 2.165 de 20 de novembro de 1875;
n. 3.305 de 27 de agosto de 1885, n. 3.387 de 10 de julho de 1886
de inst. prim., creada pela Lei Prov. n, 11 de 13 de julho
(ã.vt, Y). Tem duas escolas publicas de instrucção primaria.
de 18tíU.
Além da matriz possue a capella de Nossa Senhora do Rosario.
PEDRADAS. Cachoeira no Estado do Rio de Janeiro des- ;
Lavoura de canna, fumo e café.
agua na margem dir. do rio S. Pedro, Suas aguas abastecem o
Districto Federal. PEDRA DO BA.HIANO. Morro na praia do Pinto, á mar-
PEDRA DE AFIAR. Córrego do Estado de S. Paulo; gem da lagôa Rodrigo de Freitas, no Uistricto Federal.
banha o mun de S . João Baptista do Rio Verde e desagua no rio PEDRA DO BAHU. Rocha imponente e despida de vegeta-
deste nome. ção, cqllocada na base sul da montanha que enfrenta com a pe-
PEDRA DE AMOLAR. Log. do Estado de Pernambuco, quena cidade de S. Bento do Sapucahy, no Estado de S. Paulo,
no mun. de Serinhaem. quasi na divisa do Estado de Minas Geraes. «Essa pedra, diz um
viajante, é notável pelas figuras que, com muita semelhança,
PEDRA DE AMOLAR. Log. do Estado de Goyaz, distante representa, quando vista de pontos diversos. Aqui vè-se um gi-
da cidade da Boa Vista do Tocantins cerca de 9Ú kilomefcros. gantesco nariz alli uma mitra perfeitamente contornada além
; ;

PEDRA DE AMOLAR. A estrada que sahindo da cidade uma pyramide, e sempre mudando as figuras segundo a collo-
de Ouro Preto, no Estado de Minas Geraes, se dirige para o NO., cação do viajante.»
conhecida com o nome de estrada da Sabará, atravessa a menos
de seis kiloms. de Ouro Preto o pico da Pedra de Amolar, que
PEDRA DO BOI. Cachoeira no rio do Frade, mun. de Tran-
coso, Estado da Bahia (inf. loc.)
separa as vertentes do rio das Velhas das do rio Doce.
PEDRA DE AMOLAR. Morro do Estado de Goyaz, com
PEDRA DO BONITO. Serra no mun. de Muricy, Estado
das Alagoas.
816 metros de altura, próximo ao rio Veríssimo.
PEDRA DE AMOLAR. Córrego do Estado de S. Paulo,
PEDRA DO CONDE. Oiteiro quasi na praia depois das
pontes de S. José e Ilhotas, no Estado de Pernambuco. (Dicc. de
da margem
affl. dir. do rio Mogy-guassú, nas divisas da freg. de
C. Honorato).
Porto Ferreira,
PEDRA DE AMOLAR. Rio do Estado de Santa Catha- PEDRA DO FACÃO. Morro no mun. de Magé e Estado do
rina, affl. da margem dir. do Itapocú. (Inf. loc.)
Riu de Janeiro, no Sodré. E' assim denominado por apre-
sentar a fórma de um facão.
PEDRA DE AMOLAR. Ribeirão no Estado de Goyaz, no
PEDRA DO FRADE. Serrote do Estado de Minas Geraes,
mun. da Boa Vista do Tocantins. Reune-se ao Brejo Feio, ao
Bacury e ao Cocai. no mun. de Itajubá. Entre elle e o serrote de Pouso Frio corre
o rio Sapucahy. No Mappa do Sr. Chrokatt de Sá flgur:> esse
PEDRA DE AMOLAR. Ribeii'ão do Estado de Matto Grosso,
serrote com o nome de Pedra Vermelha. O Sr. Alexandre Alfredo
affl. da margem esq. do Guaporé. Capelaohe de Gusberis {Relat. d'Agr. de Minas, 1896), menciona
PEDRA DE CAL. Nome dado por José Francisco Lopes, o esse serrote com o nome de Pedra do Frade. Serão duas serras
dedicado guia das forças expedicionárias de Matto Gi'osso, na differentes ? Não será Peã^a do Frade algum pico elevado da
calamitosa campanha do Apa, em 1867, a um dos affls. di- Pedra Vermelha ?

reitos dess^ rio. Nasce em um brejal, quasi em contravertentes


como Penateque. Receie os riachos da Almecega e d.is Cruzes,
PEDRA DO FRAGOSO. Morro do Estado do Rio de Janeiro,
no mun. de Magé.
e com 80 kils, de curso faz barra aos 22 14' 28''5 e 13" 2d' 53'' O.
'

No local de suas nascentes encontra-se grande quantidade de PEDRA DO INDAIÁ. Dist. incorporado pelas Leis Pi^ovs.
pedra calcarea, do que proveio-lhi; o nome. O B. de Mel- n. 1 403 de 9 de dezemljro de 1867 e 3.356 de 10 de outubro de 1885
gaço diz: «Riacho pouco conhecido do districto de Miranda. ao mun. de Tamanduá, hoje Itapecerica, no Estado de Minas
As suas fontes t^em por contravertentes, na distancia de ires Geraes
léguas a O., ao do rio da Prata, afllu-mle do Miranda. Corre a
rumo gei-al de SE. 48; recebe peln margem direita, no começo
PEDRA DO JAHU. Corredeira no rio Tocantins, próxima ás
denominadas Pixuna-quara e Agua da Saúde no Estado do
;

de seu curso, os ribíirôes da Almecega e das Cruzes, e com Pará.


12 léguas vai desaguar no Apa, na h\t. de 22° 4' 28" e loug. de
13" 29' .53" O. do Observatório do Rio de Janeiro. As cabeceiras PEDRA DO NAVIO. Log. do Estado doR. G. do Norte, no
á margem direita deste riacho são um e.^tenso brejo, serne.ido mun. de Canguaretama.
de uma infinidade de pedras calcareas, muitas das quaes appa- PEDRA DO QUILOMBO. E' assim denominada uma grande
recem á flor da terra, ou elevado de alguns palmos. De sorte que furna e.-iistente na serra de Ignacio Dias, no Distncto Federal.
em muitos logares os auimaes de montaria têem uma mão na Dizem qu' em outros tempos chegou a esconder em seu seio para
pedra e a outra afcoladada no fòfo interstício, que a separa de mais de 40 quilombolas.
outra pedra. Avist i-se a S 4 1/2 SO. o notável morro da Marga-
rida, áquem da margem direita do Apa.» PEDRA DO RAIO. Enseada no littoral do Estado do Rio de
Janeiro, no mun. de Cabo Frio, enti-e a ponta da Espera e a do
PEDRA DE CEVAR. Serra no Estado de Minas Geraes, Soldado.
no muii. de Bom Fim. Della nasse o rio Macahubas, afll. do
Paraopeba. PEDRA DO SABÃO. Log. do Estado de Minas Geraes, na
freg. de S. Lourenço do Manhuassú.
PEDRA DE FOGO. Log. do Estado de Pernambuco, no
mun. de Agu.n Preta. PEDRA DO SAL. Pharol situado na ponta do Sal, no Estado
PEDRA DE FOGO. do Piauhy, aos 2» 49' de Lat, S. e 1" 27'00" de Long. E. do
Riacho do Estado do Maranhão, no mun.
de Nova York; desagua no Parnahyba. Rio de Janeiro. Luz fixa branca, dioptrico, apparelho de 4" ordem,
alcança 10 milhas. Sua torre é octogonal, de ferro forjado. O
PEDRA DE FOGO. .Sangradouro que entr.i na margem di- plano focal eleva-se 18"^, 00 acima do nivel do mar. Foi inau-
reita do rio S. Franri co, próximo foz do rio Itacaramby, que
;i
gurado a 4 de março de 1873.
desagua na margem npposta: no listado de Minas Geraes. Sobre
elle está assen te a pov. do egual nome. ('Halléld).
PEDRA DO SAL. Ancoradouro situado na ))ahia de Guana-
bara, no Districto Federal.
PEDRA DE MÓ. Log. do Estado dasAlagôas, no Uinicií. PEDRA DOS ANGICOS. Antigo dist. do mun. de Montes
PEDRA DE SANTA LAURA. Morro alcantilado do Estado Claros,no Estado de Minas Geraes. Orago S. José e diosese de
de Sergipe, á mai-gem dir. do rioS. Francisco. Diamantina. Incorporado ao mun. de S. Romão pelo § II art. I
. . .

PED 51 — PED

da Lei ProT. n. 814 de 4 de julho de 1857. Elevado á parochia PEDRA GRANDE. Log. do Districto Federal, na freg. d«
pela Lei Prov. n. 1 .356 de 6 de novembro de 1866. Toi-iiou-se séde Jacarepaguá.
da villa de S. Romão pelo ai't. IV da de ii. 1.755 de 30 de março
de 1817, disposição essa conlirmada pelo arb. VIII da de n 1.996
PE DRA GRANDE. Capella do mun. do Tietê, no Estado de

de 14 de novembro de 1873, que elevou^ Pedra dos Angicos á


.
S. Paulo. Orago S. Sebastião. Tem uma esch. publ. de inst.
prim. creada pela Lei Prov. u. 11 de 24 de fevereiro de 1882,
categoria de villa com esta denominação. Foi elevada á categoria
,

dj cidade com o nome de !S. Francisco pela Lei Prov. n. 2. 410 da PEDRA GRANDE. Log. do Estado de S. Paido, no mun.
5 de novembro de 1877. Vide Francisco (S.). O mun. tem cíta de Bragança.
ultima denominação, conservando a parocliia a de tí. José de PEDRA GRANDE. (Bom Jesus da). Pov. do Estado de
Pedra dos Angicos. Minas Geraes, no dist. de S. João da Vigia e mun. de Arassuahy.
PEDRA DO SEGREDO. Grande pedra distante seis kils. PEDRA GRANDE. Log. do Estado de Goyaz, no 2» dist.
da cidade de Caçapava, no Estado do R. G. do Sul. Contém di- do termo da Boa Vista do Tocantins.
versos comiiartimentos, alguns delles capazes de comportar
grande numero de pessoas, podendo-se enlrar mesmo a Cavallo. PEDRA GRANDE. Monte situado ao SO. da cidade de
Sete Lagoas, no Estado de Minas Geraes.
PEDRA DO SIMEÃO. Morro do Estado da Bahia, no mun.
do Riacho de SanfAnna. (Inl, loc.) PEDRA GRANDE. Ilha do Estado do Pará, no rio Tocan-
tins, próxima da ilha dos Santos.
PEDRA DO SINO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist.
de Carandahy, mun. de Barbacena, com uma esch municipal. .
PEDRA GRANDE. Riacho do Eslado do Piauhy, no mun.
de Piracuruca.
PEDRA DO SOMNO. Log. do Estado de Pernambuco, no
mun. do Limoeifo. PEDRA GRANDE. Ribeiro do Estado de S. Paulo banha :

o mun. do Tietê e desagua na margem dir. do rio deste


PEDRA DO TAPAGÉ. Grande cabeço situado á distancia nome
de uma milha da ponta d" Tapagé no Estado do Ceará.
PEDRA DOURADA. Pov. do Estado de Minas Geraep, na
;

PEDRA GRANDE. Ribeirão do Estado de Santa Caiharina,


desagua na margem dir. do rio Itajahy-mirim,
freg. de Tombos do Carangola. Orago 8. José. Tem uma esch.
publ. de inst. prim. creada pela Lei Prov. n. 3.162 de 18 de PEDRA GRANDE. Cachoeira no rio Parnahyba, entre a ca-
outubro de 1883. choeira de Cannavieiras e a barra do riacho Engano.

PEDRA DOURADA. Serrado Estado de Minas Gei^aes, no PEDRA GRANDE. Cachoeira no rio Cuyabá, entre as
mun. do Carangola. D'ella nasce o rio S. Matheus. de Gaspar Leite e de Tamanduá; no Estado de Matto
Grosso.
PEDRA DO URUBÚ. Log. do Estado do E. Santo, sobre o
rio Guarapary. Eviste ahi um marco fincado em epocha remota. PEDRA GRANDE. Sirga no rio Madeira, tres kils. alraixo
da cachoeira do Ribeirão e dous acima da sirga dos Peri-
PEDRA DO URUBÚ. Morro do Estado do Rio de Janeiro, quitos.
no mun. de Magé.
PEDRA IMAN. Log. do Estado de PeruaJubuoo,. -no mun.
PEDRA DO URUBÚ. Morro do Estado de Minas Geraes, na de Agua Preta.
freg. do Furquim e mun. de Marianna.
PEDRA LAVRADA. Dist. do Estado do Parahjba do
PEDRA FINA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de Norte, no mun. da Soledade. Orago N. S. da Luz e diocese do
Amaragy. Parahjba. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 2 de 19 de
PEDRA FIRME. Log, do Estado de Pernambuco, no mun. agosto de 1859. Sobre suas divisas vide ; Lei Prov. n. 189 de
da Game lie ira. 31 de agosto de 1865, n. 380 de 20 de abril de 1870. O pov.
dista 7 léguas de Picuhy, 12 de Cuité, 20 de Campina e 9 da
PEDRA FIRME. Log. do Estado de Pernambiieo, no mun. Soledade. O seu nome provem de uma inscripção que existe ahi
do Bonito. em um rochedo. O Dec n. 70 de 21 de outubro de 1891 trans-
PEDRA FURADA. Log. do Estado de Pernambuco, no ferio a séde da com. emun. da Soledade para a pov. da Pedra
mun. de Nazareth. Lavrada; essa disposição foi, porém, revogada pelo Dec, n. 22
de 21 de marco de 1892, que*mandou declai'ar em vigor o Dec.
PEDRA FURADA. Log. do Estado da Bahia, na freg. da n. 20 de 14 de junho de 1890.
Penha e mun. da capital. Ha ahi fabrico de azeite de baleia.

PEDRA FURADA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no


PEDRA LAVRADA. Log. do Estado de Pernambuco, no
mun. de Muribeca.
dist. de S. José daLagòae mun. de Itabira.
PEDRA LAVRADA. Rio do Estado do Parahyba do Norte,
PEDRA FURADA. Ilha do Estado da Bahia, no mun. de afll . do rio deste nome
Camamú. Não é cultivada por ser toda de pedra. Tem duas ca-
vernas. ( Inf. loc )
PEDRA-LIPES. Ribeiro do Estado da Bahia, trib. do Ta-
nhentinga, que o é do Itanhen.
PEDRA FURADA. Riacho do Estado do Maranhão; desagua
PEDRA LIMPA. Log. do Estado das Alagoas, em S. Mi-
na margem esq. do rio Parnahyba, cerca de 12 kils. abaixo da
cachoeira denominada Apertada Hora. guel dos Campos.

PEDRA FURADA. Córrego do Estado de Goyaz, aíT. do PEDRA LISA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist.
ribeirão do Anta, que o é do rio Vermelho. do Morro do Côco e mun. de Campos; com escola.

PEDRA FURADA. Cachoeira no rio Serinhaem, no mun. da PEDRA LISA. Rio do Estado do E. Santo, banha o mun.
Escada e Estado de Pernambuco de Piuma e desagua no rio Iconha.

PEDRA GRANDE. Maloca da tribu Jacuná ; no Estado do PEERA MENINA. Serra ilo Estado de Minas Geraes, entre
Amazon is. 03 muns. de S. João Baptista o Diamantina. Neila tem suas ca-
beceiras os rios Itangua e Itacaramby (pedra menina). E uma
PEDRA GRANDE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
ramificação da parte N. da serra do Itamlié, que com os nomes
de BomConselho, no rio Trai pú. Ha ahi uma pequena vertente
de serra do Gavião, Velloso, Pedra, .Alenina. Penha e Mundo
na gruta que fica por traz da mesma iiedra, cujas aguas são um
Velho separa a bacia do rio Duce da do Arassuahy.
poderoso antídoto contra as dòres de cólica. Deveiii ser miueraes.»
( Inf. loo.) PEDRA MIÚDA. Log. no lermo de Grajahú, do Estado do
Maranhão.
PEDRA GRANDE. Logs. do Estado das Alagoas, em S. Luiz
de Quitunde, Pilar e Pioca. PEDRA MIÚDA. Log, do Estado das Alagòas, em Paulo
Alfonso.
PEDRA GRANDE. inòrro do Estado da Bahia, á
Pov. e
margem dir. do rio S. Francisco, acima da Barra do lUo PEDRA MIÚDA. Enseada na ilha de Cabo Frio do Estado
Grande. Ha também alii, no S. Francisco, uma ilha com o mesmo do Rio de Janeiro, entre o costão do Paredão e a ponta do Ora-
nome de Pedra Grande. tório.
PED — 152 — PED

PEDRA MOLLE. Log. do Estado de Pernambuco, no miin. tros, a cipó, e tacuáras. Um


desses apoios que se partisse de
da capil il: com uma esacão da E. P. do Recife a Caxangá e repente, soffreria o viajante uma queda, s-mão mortal, pelo me-
uma esch. de jnsl. priiiu.ria. nos capaz de deixar semi-morto quem delia fosse victima. Ali-
nal. a'cança-se o chão de um corredor, estreito mas nada hú-
PEDRA MOLLE. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. de
mido, em que mais se accentúa a fórma circular dci separação
Itabaianna, com e.-cliolx.
dos dous massiços em duas curvas pai^alleuts, elegv.ntes e bem
PEDRA MOLLE. Ca -booiva no rio Paracatú, ti-ib. do São lançadas. Jjir-se-iam as bases inabaláveis de algum torreão de
Francisco; no de iMinas Geraes, seis kils. distante da
r^sl:iiU:i gigante«;ca fortificação. O único inciilente miis digno de nota
denominada Inhaúmas. Tem, segundo Halteld, seta palmos e que lá se deu, quando chegamos, foi incommodar-mtiS um bando
S3is poUegadas. de veLcidade. numeroso de pássaros que partiu, batendr.com as pontas das
PEDRA MONTADA, Log. do Estado do Ceará, no termo azas na estreiteza das rochas e levantando estridula grita. Eram
de S. Francisco. tapemas, espécie de andorinhões, branco-grisalhos, de cauda
bi-partida e que vivem um tanto a laia de gaviões na caça.
PEDRA NEGRA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no Com o frio, emigram em bandos.»
mun. de Petrópolis.
PEDRA NEGRA. Bairro do mun. de S. Luiz do Paraby-
PEDRA PINTADA. Log. do Estado das Alagoas, no mun.
de Paulo Affonso.
tinga, no Estado de S. ['aulo ; com uma escb. publ. creada pela
Lei de 4 de selemliro de 1893. PEDRA PINTADA. Serra do Estado de Sergipe, no mun.
de Campos.
PEDRA NEGRA. Bairro do mun. de Taubaté e Estado de
S. Paulo. PEDRA PRETA. Log. no Estado do Rio de Janeiro, no
mun. de Rezende,
PEDRA NEGRA Serra do Estado de Minas Geraes, nas
divisas do dist. da Providencia pertencs.ute ao mun. de Leo- PEDRA PRETA. Um dos qTiarteirões da cidade do Avaré,
poldina. no Estado de S . Paulo.
PEDRA NEGRA. Córrego do Estado de Minas Geraes, nas PEDRA PRETA. Log. do Estado do Paraná, no mun. de
divisas da freg. de S. Sebastião da Grota, pertencente ao mun. Bocayuva; com cadeira px-omiscua deinstr. prim. creada pela Lei
da Ponte Nova. Prov, n. 822 de 10 de novembro de 1885.
PEDRÃO. Parochia do Estado da Bahia, no mun. de Irará, PEDRA PRETA. Ponta no littoral do mun. de Cabo Frio e
OragoSS. Coração de Jesus e diocese arcbiepiscopal de S. Sal- Estado do Rio de Janeiro, entre a ponta do Caboclo e a do Ar-
vador. Pertenceu, em principio, ao mun. da Feira de SanfAnna poador .

do qual foi desmembrada pela Lei Prov. n. 173 de 27 de maio


de 1842. Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Sobre suas di-
PEDRA PRETA. Serrado Estado de Minas Geraes, no mun.
da Pedra Branca. (Inf. loc).
visas vide, entre outras, a Lei Prov. n. 257 de 3 de marco
de 1847. PEDRA PRETA. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Para-
napanema. Banha o mun. de Avaré.
PEDT?.'^0. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. da
Pedra Branca. (Inf. loc.) PEDRA PRETA. Ribeirão do Eslado do Paraná ;
reune-se
com a Ponta Grossa.
PEDRÃO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes nasce na
serra do seu nome, banha o mun. da Pedra Branca,
;

e desagua PEDRA REDONDA. Log. da mun. de Aracaty, no Estado


no rio do Vintém. (Inf. loc.) Ceará.
PEDRÃO DE JOÃO ARDES. Córrego do Estado de Mi-
N PEDRA REDONDA. Log. do Estado de Pernambuco, tres
nas Geraes, banha o mun. do Abaeté e desagua na margem esq. léguas ao S. da villa do Bonito. Ahi existe uma cachoeira, cujas
do rio Borrachudo. (Inf. loc.) aguas correm a prumo por cima de uma grande pedra com altura
de 80 metros pouco mais ou menos.
PEDRA PARTIDA. Morrote de cerca de 15 metros de al-
tura, situado no Districto Federal, no Ijairro do Andarahy PEDRA REDONDA. Log. do Estado das Alagôas, no mun.
Grande. E' fendido ao meio, deixando uma passagem de tres de Anadia.
metros mais ou menos de largura. PEDRA REDONDA. Ilha do Estado do Geará, no mun. de
PEDRA PARTIDA. Uma das curiosidades naturaes que Aracaty .

ofterece omun. da Lapa, no Estado do Paraná. A Gazeta Pa- PEDRA REDONDA. Riacho que nasce no Estado do Para-
rana^ nse,em 188G, assim a descreve « Logo á sabida da cidade
; hyba, atravessa o do R. G. do do Norte e desagua no rio da Bòa
vê-se empinado mLissiço de rochas cortadas a pique, com aspecto Vista, aff. do Seridó.
summamente pittoresco, e o terreno em torno começa a subir.
Uns dous kilometros adeante galgam-se declives já um tanto PEDRA REDONDA, Rio do Estado de Minas Geraes, aíl".

ásperos, e começa a appareoer vegetação mais robusta e fron- da margem esq. do rio José Pedro. Recebe o Sete Voltas reunido
dosa. Dabi apouco os cascos dos animaes bat^m na rocha aver- ao rio das Flores.
melhada e crystallina, que nada mais é do que grés vermelho PEDRA REDONDA. Cachoeira no rio Coxim, trib. damar-
antigo, o olá red sand stonc, toda Qfstratificada e da gem esq. do Taquary no Estado de Matto Grosso. Fica próxima
q lal se ;

tiram as bonitas lages quo servem pari o calçamento da cidade, das cachoeiras denominadas André Alves e Vamicanga ou Guai-
de que tanto se ufanam os raorador.>s da Lapa. O caminho ser- miçanga.
pea por entre grandes blocos da rocha metamorphica, em que
bem se evidencia a acção geológica do fogo e da agua, e apre- PEDRARIA. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
senta interessantes pontos e aspectos, pela regularidade de cortes de Diamantina 6 desagua no Jequitinhonha (Inf. loc).
.

bem a prumo. Mais um pouco e estamos na chapada que encima PEDRAS. Distr. do Estado de S. Paulo, no mun. de Ara-
aquella juuralha natural, gozando de perspectiva nmi to amena, raquara. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 87 de 5 de nx^io
larga e espaçosa, estendendo-se a vista por câmbios e campos, de 18SG. Tem escholas.
que se perdem ao longe e pairando os olhos sobre a cidade da
Lapa. cuja edilicação mais ou menos regular, ganha prestigio,
PEDRAS. Pequena pov. do Estado do Maranhão, na freg. de
conl,ciii|>l;ul;j, íissiju liiqucllas alturas. Caminhando
S. Vicente Ferrer ; com uma esch. publ. deinstr. prim., creada
pela cbn|)ada pela Lei Prov. n. 1.23G de 2 de maio de 1881.
chega-so a uma grande soluçãj do coiiliiiuidad(\ no torrono e
aprofundam-sc os olhares por fenda não m
lilo larga, juas ex- PEDRAS. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de Miritiba.
tensa e de conformação circular, devida ou ã alguma couuiioção
do terreno, que 3opai'ou a rocha regularmente por alguma estra-
PEDRAS. Log. no termo da Capella do Estado de Sergipe,
tificação em arco, ou a trabalho d^' aguas, i|ue na sua acção
com uma esch. mixta, creada pelo art. 111 § I da Lei Prov.
lenta n. 1.221 de 25 de abril de 1882.
mas constante faz, corno se sabe, iravilhas de forç i e dcsa"'-
m
gregação. Não basta, p(n'ém, conte nplar de cima para' baixo essa Pedras. Pov. do Estado da Bahia, no mun. da cidade do
curiosidade. E' preciso também, no judicioso pensar dos guias, Joazeiro.
aprecial-a debaixo para cima, e por isso puzemo-nos a descer
por barrancos bastante perigosos, agarrados, uns atraz dos
PEDRAS. Log. do Esladoda Bahia, no mun. de Entre Rios,
ou- no Ramal férreo do Timbó.
35.914
PEt) — 153 — PED

PEDRAS. Dist. do termo de Cliique-Chiqiie,no Estácio da Bahia. PEDRAS. Riacho do Estado de Sergipe, no mun. do Rosario,
PEDRAS. Bairro do niun. da Faxina, no Estado de S. Paulo. atravessa a estrada que vai para os Brejos.

PJLDRAS. Bairro do Estado de S. Paulo, no niun. de Guara- P3DRAS, Ri.icho do Estado de Sergipe, aff. do rio Sasuim ;

tinguetá, Droximo da capella da AppareCida, com uma escol. publ. no mun. de Santa Luzia do Rio Real.
de inst. prim. • PEDRAS. Rio do Estado da
)4ahia, aff. do rio de Contas.
PEDRAS. Log, do Estado do Paraná, no teísmo do Castro. PEDRAS, do Esta lo da B hia, afl", do Jequii inhonha.
l^úo
P SDR AS. Bairro uo mun. de Sanlo Antonio do Imbituva e PEDRAS. Córrego do Kstado da B. 'li-: haomua. do
Estado do l^araná, com eseliola. Morro do Chajeo e desagua no riucho do :,'-c.>6',, aíf. do rio
'

Jacidiipe.
PEORAS. Pov. no mun. d' Mnrianna do Esirdo de Mi as
Geraes. Orago Santo Antonio. Tem duas eschols. publs. de inst. PEDR/iS. Rio d) Estado da Bahia, banha o mun. da Feira
primaria. de Sant'An;ia e desagua no Jacuhipe.
PEDRAS. Pov. no mun, d? Sete Lagoas do Estado de Mi- PEDRAS. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. de Lençóes
e desagua na margem dir. do Santo Antonio. (Inf. loc.)
nas Geraes, com uma escliol. mixta creada pela Lei Prov. u. 3.217
de 11 de outubro de 1884. PEDRAS. Pequeno rio do Estado da Bahia: nasce no logar
chamado Muriçoca, com o nome de Pitaguassú e, após um
PEDRAS. Estação da Companhia Ramal Férreo Campi-
curso de 11 kils., Iança-S3 no mar, limitando a freg. de Ita-
neiro, na linlia de Campinas ao liairro das Cabras, no Estado de
puan da de Brotas. (Inf. loc.)
S. Paulo.
PEDRAS. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de
PEDRAS. Riacho do Estado da Bahia, rega o mun. de Al-
cobaça e desagua no rio Ranhem.
S. João Marcos,
PEDRAS. Riacho do Estado da Bahia.- nas;e na serra Ver-
PEDRAS. Morro na estrada de Campinas a Mogy-mirim, melha e desagua no rio Capivara, aff. do Itapecurú-assii. Tem
ao N. do rio Jagiiary, no Estado de S. Paulo. Descobre-se a cerca de 2-1 de extensão.
kils.
grande distancia.
PEDRAS. Riacho do Estado da Bahia, banha o mun. do
PEDRAS. Serro no mun. do Piraby do Estado do Paraná. Conde e reune-se ao Ilha Grande. Alimenta com outros a lagôa
do Sitio. (luf. loc.)
PEDRAS. Morro situado quasi dentro dos limites da cidade
de Oliveira, no Estado de Minas Geraes. PEDRAS. Rio do Estado da Bahia, na E. de F. de Cara-
vellas.
PEDRAS. Morro no mun. do Patrocínio, no Estado de Mi"
nas Gsraes PEDRAS. Rio do Estado do E. Santo; nasce na serra do
Batital e engrossai Benevente pela margem esquerda.
PEDRAS.Morro do Estado de Matto Grosso, á margem dir.
do Paraguay, acima da foz do Cipotuba. PEDRAS. Rio do Estado do E. Santo, trib. da margem esq.
do rio Jucii. Corta duas vezes a estrada de Vianna e" Ourem.
PEDRAS. formada pelas enclientes do invecno nos
Illia
campos que rodeiam o mun. de S. Bento dos Perizes do Estado PEDRAS. Rio do Estado do Pvio de Janeiro, aff. do rio das
do Maranhão. Mortes, que o é do Parahyba. Rega o mun. de Vassouras.

PEDRAS. Ilhota do Estado de S. Paulo, defronte da parte PEDRAS. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, aíf. da
da ilha de Santo Amaro situada entre as pontas do Batalhão e margem dir. do rio Utum.
Rasa. Entre ella e a ilha de Santo Amaro, fica a ilhota do Matto. PEDRAS. Rio do Estado do Rio de Janeiro, trib. do Fa-
PEDRAS. Ponta na costa do Estado de Pernambuco, junto a gundes, que o é do Piabanha e este do Parahyba.
Olinda, aos 8° 0'õ7" de Lat. S. e 8» 19*26" de Long. E. do Rio de PEDRAS. Rio do Estado do Rio de Janeiro; desagua na
Janeiro. E' considerada como aponta mais oriental do Brazil. lagôa de Cabo Frio.
PEDRAS. Pon(a situada quasi ao NO da ponta GuaraUba PEDRAS. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, afl'. da
(Districto Federal) com quatro ilhotas e um recllé próximo. margem esq. do rio Carangola.
Depois dessa ponta, a costa corre ao NO, depois a O, até á ponta
Sepstiba, distante cerca de 1 e 1/2 milhas, formando uma bahia PEDRAS. Rio do Estado do Rio de Janeiro, afl". do Turvo,
arenosa. Recebe o Vermelho na fazenda do Cresciuma e o Desembarque.

PEDRAS. Ponta na costa do Estado do Rio de Janeiro,


PEDRAS. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, rega o
mun. do Rio Claro e desagua no rio Capivai-y, aff. do Pirahy,
entre, as praias de Mambucaba e Brava.
que o é do Parahyba do Sul.
PEDRAS, Rio do Estado do Pará, afl. da margem dir. do
PEDRAS. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, banha o
Quatipurú. mun. de S. João Marcos e desagiux na ribeirão das Lages. E'
PEDRAS. Rio do Estado do Maranhão, banha o mun. de também denominado Machado, tlnf. loc).
Miritiba e desagua no rio do Espigão.
PEDRAS. Ribeirão do Districto Federal; desagua na lagôa
PEDRAS. Riacho do Estado do Ceará, banha o mun. de de Jacarépaguá.
Santa Quitéria e desagua na margem dir, ao rio Jacurutú. PEDRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo: desagua no Pa-
PEDRAS. Riacho do Estado do R. G. do Norte, banha o rahyba entre a foz dos rios Una e Taubníé. E' atravessado pela
mun. de Canguaretaraa e desagua no rio Curimatavi. E. de F. de S. Paulo ao Rio de Janeiro.
PEDRAS. Riacho do Estado do Parahyba do Norte, no mun. PEDRAS. Pequeno rio do Estado de S. Paulo, banha o
de Guarabira. mun. de Cananéa e desngua no Itapitanguy.
PEDRAS. Riacho do Estado de Pernambuco, aííl. da mar- PEDRAS. Rib.?ir:io ito Instado de S. Paulo, nas divisas de
gem meridional do rio Oamaragibe. Br;^gauça cum Atibuia.

PEDRAS, Rio do Estado de Sergipe, nasce na serra de Ita- PEORAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, alf. do rio Pardo,
baiana e desagua no Irapiranga ou Vasa Barris, na estrada real que o é do Paranapanema. Limila o mun. de Avaré.
entre Larangeiras e Lagarto, depois de um curso de 26 kils. PEDRAS. Córrego do Estado do S. Paulo, banha o mun, de
Neste rio ha tres poços, que nunca puderam ser sondados pela Tatuhy e desagua na margem dir. do rio Guarapó.
sua grande profundidade. Tem por aif. o rio Commandaute.
(Inf. loc.)
PEDRAS. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de
S. João da B.ia ^'ista e desagua uo rio do (Jnartel, aff. do rio
PEDRAS. Rio do Eístado de Sergipe; nasce no Cipó do Leite da Pi'ata, que o é do Ja^uary. (Inf. loc).
e desagua no rio do Peixe, aff. do Vasa Barris. (Inf. loc.)
PEDRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, trib. do São
PEDRAS. Rio do Estado dc Sergipe, á 12 kilometros da Lourenço que o é do jiliuirão dos Porcos. Banha a Capella
capital ;
desagua no rio daquello nome. das Pedras.
iDoc utíoci. 20
.

PED — 154 — PED

PEDRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff, do Cubatão PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. da margem
pela margem direita. esq. do rio Piratinysinho que ó ti-ib. do S. Gonçalo. B' lambem
denominado Lageado.
<* PEDPv,AS. Ribeipão do Estado de S. Paulo, alf. do rio
Pardo. Banha o mun. do Ribeirão Preto e nasce no morro do PEDRAS. Córrego aíl'. do ribeirão do Bahií,,que o é do Sa-
Vassourai. pucahy-rairim, muito próximo ás divisas dos Estados de Minas
PEDRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo,' aff. da margem Geraes e S. Paulo.
dir. do rio Tielé. PEDRAS. Ribeirão ^do Estado de Minas Geraes, banha o
PEDRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. da margem mun. de S. João d'El-IÍei e desagua noGarandahy. Recebe o
dir. do Riljeirão de Iguapé. córrego das Aguas Santas.

PEDRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do rio Mo- PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, afl'. do Ubera-
gy-Guassú. binha.

PEDRAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aft'. do Una PEDRAS. Nome que toma o rio Jequitinhonha desde a confl.
d'Aldêa. do rio Tres Barras até á do Ribeirão do Inferno, no Esiado
de Minas Geraes.
PEDRAS. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do rio Inferno.
Corre no mun. da Franca. PEDBAS. Córrego do Estado de Minas Geraes ; banha o
PEDRAS. Ribeirão do Estado do Paraná, alT. da margem mun. do Araxá e desagua no rio S. João.
dir. cio rio Rasgado, que é trib. do Cubatão-mirim PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, alravtssa a es-
trada de Dattas e fornece agua á cidade da Diamantina; reiíne se
PEDRAS. Rio do Estado do Paraná, trib. da baliia de Pa-
ranaguá, no mun. deste nome, a quem serve de divisa. E' na- ao córrego do Guinda. Vai ao rio do Pinheiro.
vegável por pequenas embarcações. Seu curso é de seis a sete PEDRAS. Riacho do Estado de Minas Geraes, aff. da margem
kilometros. dir. do rio Uruouia, tnb. do S. Francisco.
PEDRAS. Rio do Estado do Paraná, desagua junctamente PEDRAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da
com o Iraty no Jordão, aff. do Iguassu. Banha o mun. de margem dir. do ribeirão do Pouso Alto, trib. do rio Verde.
Guarapuava.
PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do rio Preto,
PEDRAS. Rio aff. do Jararaca, brib. do S. Miguel, que o que o é do Arassuahy. (Inf. loc.)
é do rio Negro, este do Iguassu e este do Paraná.
PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, aíf. da margem
PEDRAS. Ribeirão do Estado do Paraná, aff. da margem esq. do rio das Velhas.
esq. do Guavirobas.
PEDRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, alf. da
PEDRAS. Ribeirão ali. da margem esq. do rio Negro, trib. margem esq. do rio Itahim, alf. do Sapucahy-mirim.
do Iguassu, que o é do Paraná.
PEDRAS. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. do Gua-
PEDRAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, alf. do ri-
beirão Capivary, que o é do rio Grande.
ratuba e desagua na baliia deste nome. (Inf. loc).
PEDRAS. Riacho do Estado de iMinas Geraes: desagua na
PEDRAS. Rio do Estado do Paraná, aff. do Irahy, mais
margem esq. do rio S. Francisco, acima da foz do Jequitahy,
tarde Iguassu. abaixo da do rio das Velhas (Halfeld.)
PEDRAS. Ribeirão do Estado de Santa CiUharina. aff. do PEDRAS. Ri icho do Estado de Minas Geraes desngua na
rio Tubarão. Em suas margens estabeleceu-se um núcleo colo- margem esq. do rio S. Francisco abaixo da foz do Pacuhy. Suas
;

nial em 1877. cabec-iras estão no serrote cio Pé do Morro. (Halfeld.)


PEDRAS. Rio do Estado de Santa Catharina nasce na ;
PEDRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nos limites
serra Geral e lança-se na margem esq. do rio Marombas. do dist. de Nova lyorena do mun. do Abaeté. Desagua no São
PEDRAS. Arroio do Estado de Santa Catharina lança-se ;
Francisco.
na lagòa do Morro Sombrio. Tem muitos saltos que impedem PEDRAS. Riacho do Estado de Minas Geraes; desagua na
a navegação. margem esq. dono S, Francisco, pouco abaixo da cachoeira de
PEDRAS. Rio do Estado de Santa Catharina, aff. da mar- Pirapora.
g'em esq. do rio do Peixe, trib. do Urugiuiy. PEDRAS. Córrego do Eslado de Minas Geraes, banhaafreg.
PEDRAS. E' assim denominado em sua parte superior o do Casca e desagua no rio deste nome.
rio Araranguá, no Estado de Santa Catharina. PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do Bananal,
PEDRAS.Sanga confluente do arroio do Tigre, que o é do que o é do rio Preto.
Candiota, no Estado do R. G. do Sul. Recebe a sanga da PEDRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
Divisa.
Preto, que o é do Parahybuna.
PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aíF. da margem PEDRAS. Córrego do listado de Minas Geraes, banha o
esq. do rio dos Sinos.
do mun. de Sete Lagoas e desagua no ribeirão
dist. de liurily
PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, trib. do rio da Matta, que vai ao rio das Velhas.
Pardo, ([ue o é do Jaculiy. PEDRAS. Rio do Esiado de Minas Geraes, banha o mun.
PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha o mun. do da Bagagem desagua na margem esq. do Paranahyba próximo
e
Arroio Grande e desagua na margem dir. do arroio desie nome. ao Porto Real. Em sua margem está a pov. denominada « Aldeia
do Rio das Pedras.
PEDRAS. Ribeirão do Estado do R. G. do Sul, alf. da
margem dir. do arroio Jacuhy. PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, desagua no rio
Cipó, que vai para o Purauna e este para o rio das Velhas, trib.
PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, alf. da margem
do S. Francisco.
esq. do vio Pardinho, trib. do rio Pardo. Recebe os arroios da
Carlota c do Almoço (Inf. loc). PEDRAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, no mun. da
PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul S. Paulo do Muriahé. Vai para o ribeirão João do Monte e este '

desagua na ;

margem esq. do rio Jacuhy, entre os arroios Carretas e Santo


para o iMuriahé.
Amaro. PEDRAS. Córrego do Eslado de Minas Geraes, banha o mun.
PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul. banha o miui. de S. José do Paraiso e desagua uo rio Sapucahy-mirim.
da Conceição do Arroio e desagua na margem dir. do rio Tres PEDRAS. Córrego do Estado do Minas Geraes, aff. do rio
Forquillias. Paraopeba, trib. do S. Francisco.
PEDRAS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, nasce na serra PEDRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o
do Cangussú e desagua na margem dir. do rio Camaquan. mun. de S. João Baptista e desagua no rio Itacaramby,
PED — 155 — PED

PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o mim. de onde diariamente se matam as rezes necessárias ao consumo da
Ouro Fino e desagua no rio Eleutério. população da capitaL No alto de uma collina está situada uma
PEDRAS. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o man. egr 'ja aatiga, que é pequena perto desta estão edificamlo uma
;

da Conceição e des;iguano rio do Peixe do Serro. outra de proporções maiores. Quasi defronte nota-se um c\ preste
a cuja sombra esteve assentado Garibaldi, dispondo planos para
PEDRAS. Cori'ego do Estado de Minas Gerae?, atF, do rio. um ataque á capital. I:;\i = t'm nesla freg. comjn-idos trapiches,
do Mosquito, que o é do rio Pardo. destinados ao emiiarque de carne. Acha-se lig ido a capital por
PEDRAS. Rio do Estado de Goyaz, aíT. da margem dir. lima linha de Em frente ao dist. demora a ilha do
vapores.
do Manoel Alves, que o é de Tocantins. mesmo nome, formada de pedras de granito sobrejiostas, onde
existe o edifício que éo deposito da pólvora. Os seus habs. dão^
PEDRAS. Rio do Estado de Goyaz, aíl'. do rio dos Buares, se á cultura do feijão, milho, batatas, mandioca e alfafa. Sua
que o é do Uruhii. Recebe os córregos do Catingueiro e Pal- industria consiste na criação de gado vaccum e cavallar. Seu
inital. (Cunha Mattos). clima é temperado e saudável, sendo reputado por muitos médicos
PEDRAS. Rio do Estado de Goyaz ; é um dos formadores como um dos melhores do listado. O dist. dista de Porto Alegre
do Descoberto. Recebe o Jat)bá. mais ou menos 20 kils., da Barra 30 kils.; de S. Jeronymo mais
ou menos C)\) kilometros.
PEDRAS. Córrego do Estado de Goyaz, affl. da margem
dir. lioG irapa, trib. do ribeirão Sanf.Vnna. que o é do rio PEDRAS BRANCAS. Log. do Estado de S. Paulo, na
S. Bartholomeu (Inf. loc). Do mun. de Sanla Luzia nos fazem serra da Cantareira. 15 kils. da capital E' assim denominado
menção de mais dous córregos desse nome: um aíf. da margem por existirem ahi umas pedras bastante alvas.
esq. do rio Corumiiá outro atT. da margem esq. do ribeirão
;
PEDRAS BRANCAS. Serro do Estado do R. G. do Sul,
Descoberto dos Aiontes Claros. nas cabeceiras do rio dos Sinos,
PEDRAS. Rio do Estido de Goyaz, aff. do rio Bezerra. E' PEDRAS BRANCAS. Pequena ilha a 12 kils. da cidade de
formado pelos rios Gamelleira e Montes Claros. Porto Alegre, capital do Estado do R. G. do Sul, sobre o rio
PEDRAS. Rio do Estado de Matto Grosso. Segundo alguns Guahyba. Neila existe um deposito de pólvora do Arsenal de
é um afl', esq. do Cayapó-Grande ou Araguaya, entre os riachos Guerra desse Estado.
Diamantino e dos Peixes. PEDRAS BRANCAS. Reunião de grandes pedras escal-
PEDRAS (Rio das). Nome de uma cabeceira do rio Aricá- vadas ao N. da ponta daltaoca. Ha uma outra pedra branca a
assú, no Estado de Jíatto Grosso (B. de Melgaço). leste da ilha da Sapucaia ( Fausto de Souza. A Bahia do Rio de
Janeiro.)
PEDRAS. Ribeiro que atravessa o caminho de Cuyabá ao
Diamantiiio, do Cuyabá, duas legu is além do Coxipó-
uíf. esq. PEDRAS BRANCAS. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro,
assú, no Esla'1o de Matto Grosso (B. de Melgaço). aff. do ribeirão de Ubá.

PEDRAS. Ribeirão do Estado de Matto Grosso: desagua PEDRAS BRANCAS. Cachoeira no Estado do Rio de Ja-
na margem esq. do rio Paraguay, abaixo da oonfl. do Jauooàra. neiro, na margem esq. do rio S.Pedro. Suas aguas abastecem a
Capital Federal.
E' de aguas sfilobras como todos dessa região. Alguns o cha-
mam rio dos Seixos, nome preferivel para evitar homi.nymos. PEDRAS DE AMOLAR. Morro pertencente á cordilheira
PEDRAS. Lago do Estado do Amazonas, na margem dir.
que borda a margem do rio Paraguay, e o abeira aos IS^lHl"
dir.

-do rio Uruljú (A. M. Shaw). de latitude ; no Estado de Matto Grosso. ( B. de Melgaço).

PEDRAS. Lagoa do Estado do R. G.. do Norte, a dous kils. PEDRAS DE AMOLAR. Ribeiro do Estado de Santa Ca-
da viUa de Macahyba. Ha uma outra do mesmo nome no tharina, atravessado pela E. de F. D TherezaChristina. Ha
mun. de Canguaretama. ahi uma ponte de 10 metros de vão com encontros de ^alvenaria.
Fica esse ribeiro 500 metros adiante do kil. 94.
PEDRAS. Lagoa do Estado do Rio do Janeiro, no dist. PEDRAS DE AMOLAR. Córrego do Estado de Minas Ge-
de Guarulhos, a 12 kils. de distancia da cidade de Campos, com
cerca de um kil. de comprimento sobre O, -5 de largura. Dá na-
raes, banha o mun. do Curvello e desagua na margem esq. do
rio Picão, trib. do rio das Velhas.
vegação dl) seu porto até á cidade pelo canal do Jacaré, em uma
extensão de nove kils., e desagua no rio Parahyba a quatro PEDRAS DE AMOLAR. Córrego do Estado de Goyaz, aff.
kils. de Campos (Almanah de Campos, 1881). Fica á margem do Meia Pataca, que o é do rio Crixa-assú. (Cunha Mattos.
da E. de F. de Carangola. Itinerário.)
PEDRAS. Passo no arroio Bagé, aff. do rio Negro, no Estado PEDRAS DE AMOLAR. Ribeiro do Estado de Matto
do R. G. do Sul. Grosso, aíf. da margem esq. do rio Guaporé.
PEDRAS. Cachoeira no rio Arinos ; no Estado de Matto PEDRAS DE AMOLAR. Cachoeira no rio Paracatii, trib. do
Grosso. S. Francisco; no Estado de Minas Geraes, a 9 kilometros da
PEDRAS ALTAS. Pov. do Estado da Bahia, no mun. de segunda cachoeira do Garrote e a 4 1/2 da do Campo Grande.
Jacobina.
Tem, segundo Halfeld, ume meio palmos de altura com 11 pal-
mos e 5 pollegadas de velocidade em um segundo.
PEDRAS ALTAS. Log. do Estado R. G. do Sul, no mun. PEDRAS D a AMOLAR. Cachoeira do rio Pardo, no Es-
de Cacimbinhas, na estrada de ferro do Rio Grande a Bagé. E'
tado de Matto Grosso. Fica entre as cachoeiras denominadas
o ponto mais culminante dessa estrada. Fica a 3ii5 metros acima
Formigueiro e Taquarassaya.
do nivel do mar.
PEDRAS ALTAS. Collina siliiada entre os rios Candiota e
PEDRAS DE BAIXO. Vitle. Pedras de Maria da Crus.
Jaguarão, no Estado do R. G. do Sul. PEDRAS DE FOGO. Villa e mun. do Estado do Parahyba
do Norte, na cnm. do seu nome, 12 léguas ao SO. da capital,
PEDRAS ALTAS. Riljeirão do Esíadode Matto Grosso, no
sobre com Pernambuco, onde se confunde
a linha de limites
caminlio de Cuyabá á Goyaz, entre o Parnahyba e oLavrinhas.
cora a cidade de Itambé, pertencente a este Estado. Essa villa
PEDRAS BRANCAS. da capital do Es-
Dist. no raun. possue nma excellente egreja de N. S. da Coacoição. obra mo-
tadf do R. G. do Sul, á m;irgem dir. do Guahyba. Urago N. S. derna, e boa casaria. Teve principio com a fundação de uma
do Livramento e dioces? de.S. Pe lro-. Foi creado parochia p do feira de gado na explanada em que acha-se sitaada, por ondo
art. 3" da Lei Prov. n. 3.58 de 17 de fevereiro 1857. Tem eschs. passa a estrada riara as cidades d- ioyanna e Recife, e que alli
l

publs. de instr. prim. e agencia lio correio. Compreheade o dist. divide as aguas dos rios Capil) 'rilie-mirim e Gramame. O
da .Barra. Sobre suas divisas vide a Lei Prov. n. õ09 de 29 de -Dice. Gcor/r/de M. de Saint Adolphe diz o seg iiiUe a respeito
outubro de 18G2. Fica 15 kilometros Sudoeste de Porto Alegre, desta villa: « Pov. cujo termo se acha rejiartido entre as provs.
é.edificada em forma de amphitliealro e está assente sobre uma do Parahyba e Pernándjuco Em
juidio de 1839 os mora-
collina, de cujo cimo descobre-se para o Sul compridos, porém dores de seu termo dirigiram uma rein-esentação á assembléa
despovoados campos. Um
denso e opulento matagal borda a praia, geral, na qual lhe pedian"i que os incorporass- á prov. do Para-
que constantemente está ensanguentada devida ao matadouro, hyba, a qual como não fosse deferida, continuou o torino de
. .

PED — 156 — PED

Pedras de Fogo a ficai" assim bipartido, e tem sido tlieatro de PEDRA SELLADA. Pico elevado da serra da Mantiqueira,
varias commoções politicas. Nelle se ajuntaram em outubro de nas divisas do mun. de Rezende. « Tem a semelhança de uma
1841 vários descontentes que intentaram assassinar o presidente sella, cujo arção, ou ponta de liaste, é um enorme parallelepi-
da prov. Pedro Roilrigues Fernandes Chaves, e logo no anno pedo solto em cima desse espinhaço de granito >;

seguinte também ajuntaram armas e munições os que preten- PEDRAS GRANDES. Dist. do Estado de Santa Catha-
diam mancommunar-se com os descontentes do Bxú. Com razão, rina, no mun. do Tubarão, com eschs. Ahi fica uma estação
pois, perguntou um deputado em 1843 á assemblèa geral si não da E. de F. Thereza Christina. Orago S. Gabriel. Foi creado
era poosivel collocar-se debaixo da administração de uma só parochia pela Lei prov. n. 1.22J de 2 de outubro de 1888.
prov. o termo bipartido da prov. de que tratamos. » Nesta villa
nasceu o bispo D. Fr. Vital. Este muii- abrange o território da PEDRAS GRANDES. Rio do Estado de Santa Calharina'
freg. de Taipú ou Itaipú, cuja matriz está na pov. deste nome
banha da ex-colonia Azambuja e desagua na margem dir.
terras
á margem esq. do rio Paraliyba. Foi elevada á villa pelo art. I do rio da Raposa, afí'. do Tubarão. Recebe pela margem dir.,
da Lei Prov. n, 10 de 6 de agoíto de 1860, que, em seu art. II além de outros, o rio Cintra e pela esq. o riacho do Norte e o
incorporou-a ao termo do Pilar installada em 29 de janeiro
;
rio da CaneJla Grande.
de 18C1. Creada com. pelo art. í da Lei Prov. n. 691 de 16 PEDRAS LAVRADAS, Con-ego do Estado de Minas Geraes,
de outubro de 1879 e classificada de primetra entr. pelo Deo. banha o mun. de Abaeté e desagua na margem esq. do rio
n. 8.191 de 9 de julho de 1881. Tem 2 eschs. publs. e agencia á. Francisco (Inf. loc).
do correio. Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 34 de 28 de
setembro de 1861 e n. 184 de 14 de agosto de 18G5. PEDRAS MIÚDAS. Log. no mun. de Gravatá do Estado
de Pernambuco.
PEDRAS DE FOGO. Antiga pov. do Estado de Pernambuco.
PEDRAS MIÚDAS. Serrote do Estado de Sergipe, á margem
Para ella a Lei Prov. n. 184 de 7 de dezembro de 1846 transfe-
do rio S. Francisco, próximo da serra do Cam]3o Redondo ou do
riu a sede da freg. do Itambé, servindo de matriz a capella
filial da invocação de Santo Antonio. Desmembrando da com.
Campo dos Veados.
de Goyanna a freg. do Desterro de Ifcambé e da de Nazareth a PEDRAS MIÚDAS. Riacho do Estado de Pernambuco, afl'.

freg. de S. Vicente determinou a Lei Prov. n. 720 de 20 de do rio Pirapama.


maio de 1867, em seu art. IV, que essas duas parocliias for- PEDRAS MOLLES. Log. do Estado de Sergipe, no rnun.
massem um novo termo e com. sob a denominação de Itambe, e de Itabaiana.
em seu art, V que a séde do termo de Itambé fosse a pov. de PEDRAS NEGRAS ou Palmellas {Destacamento das) Aos
Pedras de Fogo, que para isso ficava elevada á villa. O art. I da
.

19o 44', amargem dir. do Guaporé. Deve o nome a um amon-


Lei Prov. n. 1.318 de 4 de fevereiro da 1879 elevou á cidade a
toado de enormes penedos que atravancam em parte o leito
villa de Pedras de Fogo com a denominação de Itambé.
do rio, mormente junto á margem dir. São guardas avançadas
PEDRAS DE F0G3. Log. do Estado das Alag'ias, no mun. de um espigão da cordilheira dos Parecys, que ahi vem morrer.
de Viçosa. Mudado para ahi o destacamento cj^ue existia na missão de S. José,
cuja dt-nominação foi por Luiz Pinto mudada para Palmellas,
PEDRAS DE FOGO. Serra do Estado de Pernambuco, na
ficou também conhecido por este nome. que hoje guarda so-
com. de Garanhuns. Tem 200 braças de extensão e 20 de altura
mente uma tribu de índios, ha poucos annos encontrada nas
(M. C. Honorato ).
suas visinhanças. O destacamento foi para aqui removido para
PEDRAS DE FOGO. Riacho do Estado do Maranhão, aft. do manter em respeito as missões cast-dhanas de S. Simão e
rioParnahyba. Ueve esse nome ás pedras de fogo que suas mar- S. Martinho, isso por v Ita do anno de 1758 o sitio das Pedras
:

gem contem. Negras era então habitação do licenciado João Baptista André ;

e passava por ter sido o terceiro povoado ^lo rio, sendo os


PEDRAS DE FOGO. Córrego do Estado de Pernambuco,
primeiros Villa Bella e Cubatão, o que, entretanto, ó-contro-
ba-nha o mun. de Bom Conselho e desagua no rio Parahyba
verso, por nenhuma noticia apparecer sobre elle por occasião
( Inf. loc.)
d:i primeira descida de Rolim de Moura á Santa Rosa. Da
PEDRAS DE MARIA
DA CRUZ. Pequena pov. do Estado segunda, já vin-se que em 1760 delle conduziu gente para este
de Minas Geraes, situada n'um barranco alto do rioS. Fran- fortim.
cisco;, á margem dir., inaccessivel ás maiores cheias. No alto
de uma rocha eleva-se uma boa ermida, consti'uida por Mestre PEDRAS PRETAS. Ponta na costa do Estado de Pernam-
de Campos, na qual celebra-se todos os annos uma físta de buco, milha e meia distante do Cabo, na Lat. S. de 8' 18' 28"
e Long. de 8" 10' 12" E. do Kio de Janeiro (Vital de Oliveira),
N. S. da Conceição, indo romeiros de vários pontos do muni-
cípio de S. Francisco e dos geraes de S. Felippe. Tem esse Forma com a ponta do Cabo a enseada do Gaibú. E' orlada por
povoado a sua lenda, como quasi todos os logares do rio pedras alias e denegridas, que ao longe são muito notáveis.
S. Francisco. « Contou-me um velho que ahi reside, diz o PEDRAS PRETAS. Ilha no rio Parnahyba, pouco abaixo
Dr. Carlos Ottoni, que foi um dia... um homem máo, querendo da foz do rio Balsas.
cari-eiar em um domingo, os seus bois precipitaram -se ro-
dando o carro pelo despenhadeiro abaixo, e elle atirando-se aos PEDRAS PRETAS. Rio do Estado do Maranhão, aíl'., da
saltos para retel-os, foram todos, carro, bois e homem máo
margem dir. do rio Itapecurú (G. Mendes).
submei-gi-se nas aguas do rio. Que nas horas mortas da PEDRAS PRETAS. Riacho do Estado do R. G. do Norte,
noite ouvia-se do fundo do rio o chiado do carro e as vozes do b inha omun. dé Trahiry e desagua no rio deste nome, no logar
carreiro. » « Este arraial, diz Halfeld, tem 35 casas baixas e de Barra Nova (Inf. loc).
inferior construcção, com cerca de 200 habs que vivem da pesca,
,

criação, de plantações, ein pequena escala, de mdlio, que não


PEDRAS RUIVAS. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro,
aff. do ribeirão de Ubá.
chega para o consumo, de mandioca, abóboras, melancias,
pepinos, batata doce, pouco algodão e canna. Só um pequeno PEDRA TALHADA. Log. do Estado das Alagoas, em
numero de casas do arraial é exposto aos estragos das en- Anadia, Victoria e Urucú.
chentes do rio a maior parte dos edifícios são sobrauc^^iros ás
;

inundações. Duas léguas distante e 313 grao. ao N., fronteira


PEDRA TAPADA. Pov. do Estado de Pernambuco, no
mun. do Limoeiro ; na margem septentrional do rio Capibaribe.
á egreja, está o elevado pico da serra da Italjirassaba ou por
Tem duas eschs. publs. de inst. primaria e uma capella de
outros, da Piassaba, que se compõe de pedra calcarea. O nivel
S. José.
do rio defronte deste arraial é 2,67 palmos e 2 pollegadas
elevado sobre o mar.» Também a denominam Pedras da Haixo. PEDRA TAPADA. Serra do Estado de Pernambuco, no
PEDRA mun . do Limoeiro
SEOCA. Cabeço de pedra existente na costa do
Estatlo do R
(i. do Norte, por 43" SO. da Urca da Conceição, PEDRA VERMELHA. Pov. do Estado da Bahia, no mun.
distante 8 milhas do pontal de Caissara. do Monie Santo, com eschola.
PEDRA SECCA.Pharol na entrada da barra do Parahyba «lo PEDRA VERMELHA. Log. do Estado de Minas Geraes, no
Norte na Lat. tle 6" 50' 30" e Long. de 8" IT -i3" K. do Rio
;
mun. de Itajubá.
de Janeiro. Dioptrico ; de quarla ordem
18''3 ÕOQm. Funcciona desde setembro de
de cclypse alcança
;
;
PEDRA VERMELHA. Morro do Estado de S. Paulo, entre
1873, os muns. de Juquery e Nazareth,
PED — 157 — PED

PEDRA VERMELHA, Serrota db Estado de Minas Geraes, PEDREIRA. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
a 12 kils. e ao S. da cidade de Itajubá. Viçosa, á margem do rio Turvo.
PEDRA VERMELHA. Ponta no continente do mim. do PEDREIRA. Uma das estacões da Estrada de Ferro Mo-
Cabo Fi'io e Estado ilu liio de Janeiro, líntreella e a ponta da gyana, ao Estado de S. Paulo, no Ramal do Amparo, no
Pi'ainlia fica a enseada do Clierne. kil. 45. Agencia do correio e estação telegraphica.
PEDRA VERMELHA. Ponta na cos!a ocoidental da ilha PEDREIRA. Ponta no Estado do Pará, ao N. da cidade de
de Cabo Frio do Estado do Rio de Janeiro, e caracterisada por Macapá, aos 10' de lat. N. e 7° 38' de long. Ucc.
uma mancha vermelha Serve de marcação aos pescadores que PEDREIRA. Praia na enseada de Botafogo, no Districto
demandam a ilha nas occasiões de mar, afim de evitarem o pe- Federal, entre a Urca e o morro de S. João. Ha ahi apenas
rigoso banco entre a ilha e o continente. uma casa, que foi durante muito tempo residência dos remadores
PEDRA VERMELHA. Ribeircão do Estado do Paraná, aff- da Lage cdepois de S. João.
da margem dir. do rio Marrecas. PEDREIRA. Morro do Estado de S.Paulo, no mun. de Uba-
PEDREGAL. Terceiro dist. de paz creado pela Lei Prov. iuba, ladèa o rio Grande e perde-se no valle da Ressaca para
n. 629 de 16 de outubro de 1887, na parochia de N. S. da o lado da Cordilheira (Inf. loc).
Conceição, mun. de Piratiny e Estado do Rio Grande do
Sul.
PEDREIRA. Morro do Estado de Minas Geraes na cidade
de Tiradentes.
PEDREGAL. Arroio do Estado do R. G. do Sul, nasce na
PEDREIRA. Morro no mun. de Pirynopolis
coxilha de Santo Antonio, ao N. do cemitério do Couto e, re- e Estado de
cebendo aguas do Camargo ou Camarguinho, toma o nome de Goy az.
Bica e lança-se no' Camaquan. E' também denominado Gou- PEDREIRA. Rio do Estado do Pará, banha o mun. de Ma-
larts. capá e desagua no Amazonas, entre a foz dos rios Carapanatuba e
PEDREGAL. Serra do Estado do R. G. do Sul, no mun. de Macacuary. Também o denominam Ariipecii.
Piratiny. PEDREIRA. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de
PEDREGULHO. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. Guaralcessava e desagua no rio Itaqui (inf. loc).
de Goyaana e de Nazareth. PEDREIRA. Córrego e bahia no rio Guaporé, pouco acima
PEDREGULHO. Arrabalde do Districto Federal, na freg. do forte do Príncipe, no Estado de Matto Grosso.
de S. Christovao, ligado ao centro da cidade por uma linha de PEDREIRA. Enseada do Estado do Amazonas, na margem
bonds. Ahi ficam as caixas dagua. Possue bailas chácaras e austral do rio Negro. Sobre ella está assente a pov. de Moura.
acha-se situado em uma p;quena elevação. E' assim denominada por conter muitas pedras.
PEDREGULHO. Bairro do mun. de Guaratinguetá, no Es- PEDREIRA DO JOÃO COELHO. Log. do Estado do Rio
tado de S. Paulo, com uma esch. publ. de inst. prim., creada Grande do Sul, no mun. de S. Leopoldo.
pela Lei Prov. n. 46 de 22 de fevereiro de 1881.
PEDREIRAS. Villa e mun. do Estado do Maranhão, com
PEDREGULHO. Bairro do mun. de Itú, no Estado de São duas eschs. publs. de inst. prim., creadas pelo art. I da Lei
Paulo, com escohlas. Prov. n. 1.214 de 22 de maio de 1S82 e n. 1.165 de 27 de no-
PEDREGULHO. Bairro do mun. de Barery e Estado de São vembro de 1877. Foi elevada á dist. pela Lei Prov. n. 1.386
Paulo. de 17 de maio de 1886 e á villa pela Lei n. 1.453 de 4 de março
de 1889.
PEDREGULHO. Morro do Districto Federal, na freg. de
S. Chrislovão. Acliam-se nelle as caixas dagua. E' esplendido o PEDREIRAS. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, na
panorama que delle se descortina. com. do Amparo Foi creada pela Lei n. 450 de 3 de novembro
de 18,-6 e inaugurada em 22 de novembro de 18.16. Foi creada
PEDREIRA. Antiga freg. de Itarendaiia, elevada á catego- dist. pelo Dec. n. 110 de 22 de dezembro de 1890. Na principal
ria de villa com nome de ;\io ura, em 17.58, no Estado do Ama-
o praça da villa acha-se um obelisco de mármore com as datas da
zonas. Fica situada na margem dir. do rio Negro. Em 1789 fundação da pov. e da promoção á freg. e villa. Foi fundada
contava 280 casas distribuídas em tres ruas e seus habitantes pelo coronel João Pedro iVlorSira. Tem duas esrhs. publicas. Sobre
plantavam e commerciavam em arroz, algodão, café, cacáo e suas divisas vide Lei n. 97 de 20 de setembro de 1892.
mandioca, pescavam tartarugas e pirarucus e tinham em activi-
dade uma fabrica de fiar algodão. Em 1833 começou a sua deca- PEDREIRAS. Pov. do Estado do Maranhão, na freg. de
dência, decrescendo consideravelmente o numero de casas e des- Baciirytuba.
apparecendo a fabrica, oconimercio e grande numero de mora- PEDREIRAS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
dorfs. Conta hoje apenas algumas casas e uma egTeja velha e Goyanna.
arruinada. Um
pequeno destacamento, commandado por um
PEDREIRAS, Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de
ofEcial, e uma lancha da flotilha de guerra do Estado costumam
ticar guardando esta povoação, nos mezes da vasante do rio, para Santa Luzia do Xorte, como uma capella da Divina Pastora
conteres Índios Jauaperys ou Uaimirjs, que teem suas malocas erecta no outeiro e uma esch. publica.
em frente da povoação, doouti-o lado do rio. Estes indígenas, que PEDREIRAS. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. deste
se mostraram inclinados á civilisação, hoje, com as reiteradas nome.
perseguições que teem soflrido tornaram-se enraivecidos e se con-
stituíram os vingadores de seus antepassados, mortos pelos civi-
PEDREIRAS. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. de
S, Chri-;tovão, á margem do rio Paramoparaa.
lisados, espalhando o pânico aos habitantes de Moura e aos q ue
ousam atravessar em pequenos igarités o trecho do rio por elles PEDREIRAS. Bairro no mun. da capital do Estado do Es-
dominado. pirito Santo.

PEDREIRA. Bairro no mun. de Guaratinguetá do Estado PEDREIRAS. Morro do Estado do Piauhy, próximo e ao
de S. Paulo: com duas eschs, publs. de inst. prim., uma das SO. da cidade da União,
quaes creada pela Lei Prov. n. 8 de 24 de fevereiro de 1882. PEDREIRAS. Riacho do Estado da Bahia, une-se com o
PEDREIRA. Bairro do mun. da Limeira e Estado de São Jatobá e reunidos vão ao Alegre, afí'. do rio do Antonio.
Paulo, com eschola. PEDREZ. Morro do Estado do R. G. do Norte, no pov. da
PEDREIRA. Bairro do mun. de Mogyguassii e Estado de Ponta Negra.
S. Paulo. PEDREZ. Riacho do Estado de Pernambuco; desagua na
PEDREIRA. Log. do Estado de Santa Catharina, no mun. margem meridional do rio Serinhaeni.
de .Joinville, com uma esch. publ. de inst. prim,, creada pela Lei PEDRINHA. Bairro do mun. de Guaratinguetá; no Estado
Prov. n. 798 de 5 de aljril de 1876. de S. Paulo; com duas eschs. púbis, de inst. prim., creadas
PEDREIRA (Santo Antonio da). Log. do Estado do R. G. pela Lei Prov. n. 99 de 24 de abril de 1880 e Lei n. 212 de 4 dô
do Sul, á margem esq. do rio Taquary. I
setembro de 1893.
. .

PED — 158 — PED

PEDRINHAS. Pov. do Estado do Ceará, no mun. da Palma, pouco montanhoso tem algumas collinas e é abundante em
còm vima capella. mineraes como sejam carvão de pedra, ouro, gesso, iman, cobre,
etc. Divide-se do Estado Ori^ital pela coxilh:i da Linha e é
PEDRINHAS. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mim.
banhado pelos rios Upamarotim, Va caiquá, Upaoarahy, Ibicuhy
de Macáo da Armada, Taquarymbó, T iquavymbosinho, .Santa Maria e
PEDRINHAS. Log. do Estado de Sergipe, no mun. da Ita- outi'OS. Sua imlusfria é pastoril, O nome de D. Pedrito é origi-
baianinha, com uma feira. nário de um hespanhol, chamado Pedro, que habitou jiincto ao
PEDRINHAS. Log. do Estado de Sergipe, no mun. de passo de D. Pedrito, no qual tinha uma canoa para dar passa-
S. Cliristovão.
gem aos viandantes, e como fosse esse individuo do pequena
estatura deram-lhe o diminutivo hespanhol Pedrito — —
nome
PEDRINHAS. Log. do Estado da Bahia, no Rio Vermelho, que legou ao passo e que se estendeu ao municipio.
mun. da Capital.
PEDRITO. (Dom). Arroio do Estado do R. G. do Sujl,
PEDRINHAS. Pov. do Estado da Bahia, á margem dir. do rega o mun. do seu nome e desagua na margem esq. do rio
rio S. Francisco, abaixo do Joaseiro (Halfeld.) Santa Maria.
PEDRINHAS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. PEDRO. Lago do Estado do Amazonas, no mim. da capi-
de Maricá. tal, na margem esq. do rio daquelle nome.
PEDRINHAS. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de PEDRO. Lagôa do Estado de no termo de Campos.
S;irgipe,
Guaratinguetá. Vid. Pedrinha. Silva Liaboa, Chorogr. de Sergipe.
( Pag. 33).
PEDRINHAS. Mori-o do Estado do R. G. do Norte, no
PEORO. Igarapé do Estado do Pará, na com. de Chaves.
mun. da Capital.
PEDRINHAS. Sei'ra do Estado do Rio de Janeiro, no mun. PEDRO (D.).Colónia do Estado do Paraná, nos arredores
da cidade de Curityba, com quem tem communicação por uma
de Maricá. D'e]la nasce o rio Itapetiá,
estrada. Fica entre as colónias Orleans e Rivière. Foi fun-
PEDRINHAS. Ponta na costa do Estado do Ceará, no termo dada em julho de 1876.
do Aracaty.
PEDRO (D.). LTma das fontes de aguas mineraes, no logar
PEDRINHAS Porto ou ancouradouro na
,
costa do Estado denominado Cachambú ; no Estado de Minas Gf^raes. A agua
do Ceará; no termo de Aracaty. ahi ó límpida, transparente, inodora, incolora, de sabor acidulo
PEDRINHAS. Praia no littoral do Estado do Pdo de Ja- picante. Contém acido snlpliurioo, silicico e carbónico, potassa,
neiro, entre a ponte de Imbetiba e a dos Receados Mortaes. soda, cal, magnesia, chloro, ele. E' assim denominada em honra
do ex-impei'ador.
PEDRINHAS. Igarapé do Estado do Pará, no dist. do Mos-
PEDRO (S.). Villa e mun. do Estado e diocese de São
queiroV ae para o
. rio Aracy
Paulo, a 244 kíls. da capital, a 46 de Piracicaba, a 22,2 de
PEDRINHAS Riacho do Estado de Pernambuco, afF. dos Santa Barbara, 33.3 de Capivary e a 44,4 de Itii. Foi creida
riachos Mirim e Serijó, na freg. de Goyanna (Dioc. de C. Ho- freg, do mun. de Piracicaba pela Lei Prov. n. 12 de 12 de abril
norato). de 1864. Elevada á categoria da villa pela den. 42 de 22 de
PEDRINHAS. Riacho do Estado de Pernambuco, desagua feverefro de 1881 installada em 11 de fevereiro de 1883. La-
:

no rio S. Francisco, Jpouco acima da cachoeira de Maria voura de canna. café e cereaes. Tem 8000 habitantes e duas
Preta. esclis. puijls. de inst. prim., uma das quaes creada pela Lei
Prov. n. 52 de 18 da abril de 1866. .\gjnoia do Correio.
PEDRINHAS. Ribeirão do Estado da Bahia, banha o PEDRO (S ). Villa e mun. do Estado do R. G. do Sul,
mun. do Prado e faz barra na margem esq. do rio do Sul 100
metros acima da fazenda do seu nome, 35 kils. abaixo da foz no Rincão de S. Pedro. Foi creada capella curada pelo art. 1"
do ribeirão da Cachoeira e 50 liils. acima das Duas Barras. da Lei Prov. n. 633 de 4 de novembro de 1867, elevada á cate-
goria de parochia pela de n, 1 302 de 1 de junho de 1882 e á
PEDRINHAS. Córrego do Estado da Bahia, banha o mun. de villa pelo Dec. de 2 de maio de 1891. Sobre suas divisas
da Matta de S. João e desagua no rio Jacuhipe. vide art. 2° II da Lei Prov. n. 633. Tem duas escholas.

PEDRINHAS. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Capim- PEDRO (S.). Dist. do mun. do Peçanha no Estado de
guassú, que é trib. do Itaquera-mirim. Minas 'Geraes creado dist. pela Lei Prov. n. 3.077 de 6 de
:

novembro de 1882, e parochia pela de n. 3.442 de 28 de setem-


PEDRINHO. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem
bro de 1887. Tem uma escola publica de instriicção primaria,
esq. do ribairao Samambaia, ti-ib. do rio Corumbá, no mun.
creada pela Lei Prov. n.. 2.907 de 25 de setembro de 1882.
de Santa Luzia (Inf. loc.)
Agencia do correio, creada em setemljro de 1887. Tem, segurído
PEDRINHO VELHO. (S.) Dist. do mun. de Blumenau, o ultimo recenseamento, 4187 habitantes.
no Estado de Santa Catharina.
PEDRITO (D.). Cidade e mun. do Estado do Rio G. do
PEDRO (S ). Dist. do listado de Miaas Geraea, no mun. de
Arassuhay. Diocese de Diamantina. Foi creado parochia pelo
Sul, séde da com. do seu nome, edificada em ampliitheatro
art, I da Lei Prov. n. 2.555 de 3 de janeiro de 1879. lístá situado
sobre uma eminência á mai-gem dir. do rio Santa Maria e
na margem esquerda do rio Jequilinhon lia, á egual distancia
próximo á foz dos arroios Santa Maria Chica e Ponche
de Itinga, e S. Miguel, cerca de 70 kils. de cada uma. Porto
Verde. Drago N. S. do Pati-ocinio e diocese de S. Pedro. fluvial. Cultura de canna e cereaes. Tem duas eschs. puljls. dé
O art. i° da Lai Prov. n. 238 de 18 de novembro de 1852 creou instr. prim. Por seu território correm os rios Tamboril, S.
uma capella curada com a invocação de N. S. do Patrocínio, João, xVnta Podre (Grande e pequeno), Porteiras, Surubim,
na margem dir. do rio Santa Maria, junto ao passo D. Pe-
i

Curraes, Patos e S. Pedro.


drito, no termo de Bagé. A
de n. 437 de 3 de dezembro de
1859 elevou-a á categoria de parochia. O art. 1° e § XI da PEDRO Antiga pov. do Estado do Amazonas, na margem
(S.).
de n. 799 de 23 de outubro de 1872. incorporou-a á com. do septemtrional do rio Negro. Chamava-se. antes aldeia de Si-
Livramento e o art. i" da de n. 815 de 30 do mesmo mez raapé. O Dr. Alexandre Rodrigues Ferreira, que nella esteve
e anno elevou-a á categoria de villa. Foi iastallada em 2 de em 1786, assim descreve-a « Está fundada sobre uma Narreira
:

abril de 1873. Foi elevada á categoria de ci-lade pela Lei Pi-ov. bastantemente alta. constava de 12 casas, .quando sabi, mas
n. 1.720 de 20 de dezembro de 1888. O art. 2» da de n. 1.207 tinha diminuído uma quando deíci em dezeniljro. Cultivava a
de 3 de maio de 1879 elevou-a á com. comprehendendo o termo . maniba e o anil habitava a- 11a o morador branco F.
;
tam- ;

do mesmo nome, desligado da com. de Santa Anna do Livra- bém não plantava mais do que a maniba, podende cultivar o
mento, e o mun. do Rosario, desmembrado da do Alegrete. Foi arroz, o milho, o algodão, o café e o anil, a ter braços. A
classificacla de primeira cntr. pelo Dec. n. 8.189 de 9 de julho terra é persegui disisi ma de sanba, e os moradores por estas
de 1881. O art. 1» da Lei Prov. n. l.,371 de 9 de maio de 1882 causas team, por muitas vezes, requerido a mudança da po-
desmembrou da com. o termo do Rosario. Sobre suas divisas, voação.» O capitão tenente Araujo Amazonas em seu Diccio-
vide Lei Prov. n. 970 de 8 de abril de 1875 e n. 1.599 de 6 de nario, assim discreve-a « S. Pedro. Pov. na margem se-
:

dezembro de 1887. Tem 9000 habs. e clima sadio. O muu. é ptemtrional do rio Negro entre o rio Miuá e a povoação das
.

PED — 159 — PED

Caldas, em frente da tapera de Castanheiro "Velho, 174 fortaleza uma pedra, no anno seguinte, com esta inscripcão
léguas acima da confluência do rio Negro, e 252 da foz do latina :
' -

Nhamundá. Seus habitantes, provindos de Damacuris e


Bares, em numero de 200 aijuas," em 2S fogos, plantam e REGI ÓPTIMO MÁXIMO JOANNI QUINTO
pescam para seu consumo ; extriihem salsa e piaoaba.»
'
AD yKTERNITATEM r..USITAXIS .NOMINIS XATO VASQUIUS FERNANDES
CEZAR DE JIEN-EZES SUPREMUS REGNI SiGNIFER ORIENTALIS,
PEDRO (S.). Aldeamento do Estado do Amazonas no rio ET DEI.N BRASILIENSIS I'RO-REX, IN CEETUM
Uaupés. Em 1884, era hahiiado por 79 Índios da nação Ta- BELLO AC PACE MA.IOR, ASIA AC AMERICA FELICIOR ;

riana (Rclat. do Dr. Th. Souto.) IIANC ARCEM VITRICIANIMO REDDIVIT VALIDISSIMAM.
ANNO DOMINI j\L nCC. XX
III
PEDRO (S.). Aldeamento fundado em 1780 pelos francis-
canos observantes no rio iMadeira. E' habitado por Índios da Teve principio essa fortaleza por uma trincheira de terra, até
tribu Mura, os quaes applicam-se na lavoura da mandioca e que governando o Brazil Antonio Telles da SilAa, e temen-
cereaes. do-se uma nova invasão de HoUandezes, como aconteceu, resolveu
fazer ali um forte real, expedindo para isso á Camara da cidade
PEDRO (S.). Aldeamento do Estado do Amazonas, no rio
do Salvador uma Portaria em 24 de outubro de 1646, em virtude
Içana. Os Índios applicam-se no fabrico de canoas e no pre-
paro do tabaco. da qual deu-se logo principio a essi construcção no caminho de
S. Pedro. Essa fortaleza serve hoje apenas de aquartellamento
PEDRO (S.). Log. do Estado do Pará, no furo do Pira- de um dos corpos de linha da guarnição da cidade. Parte de seu
manha, parte Occidental da ilha das Onças, mun. da capital, todo constitue a'é propriedade particular, desde que em 1832
com esohola. desmanchou-se o seu revelim para a sabida da rua das Mercês
PEDRO (S.). Pov. do Estado do Maranhão, no mun. de ao Campo Grande de S. Pedro. Ultimamente flzeram-se ali
Santa Helena, á margem do rio Tui.-y-assú. Seus habs. occu- algumas obras, collocando-se uma outra pedra com a seguinte
pam-se na cultura do algodão, farinha de mandioca, salga de inscripção :

peixe, construcção de pequenas cascos de canoas, e plantam


o EMBELLESAMENTO DO FRONTESPICIO DESTE QUARTEL FOI
diversos legumes (Inf, loc) FEITO SOB OS AUSPÍCIOS DO BATALHÃO DE INFANTARIA N. 16,
PEDRO (S.)- Log. nos suburljios da cidade de Therezina ;
KO COMMANDO DO TENENTE-CORONEL FELIZARDO
ANTONIO CABRAL. ANNO DE 1877.
no Estado do Piauhy.
PEDRO Pov. do Estalo do Ceará a 18 kils. da cidade
(S.). O Dr. Augusto Fausto de Souza, no seu i;rabalho For ti fi cações
Sr.
de Milagres, com uma casa de oração da invocação deS. Pedro do Brazil diz sobre este forte o seguinte: «S. Pedpx.o. Velha
e uma capella da invocação do Coração de Maria. Tem umas fortaleza do tempo dos HoUandezes, de fórma rectangular, mon-
80 casas. tando 13 boccas de fogo em 1809, mas que hoje está no caso da
PEDRO (S.). Dist. do terjiio do Ouricury, no Estado dô do Barbalho, servindo apenas para quartel. Foi nella que se
iniciou a guerra da independência, pelo sitio que lhe poz o
Pernambuco, na disttnoia de 42 kils. da sede, com uma
general Madeira e aprisionamento do brigadeiro iManuel Pedro e
Capella de N. S. da Conceição: rebaixado dessa categoria pela
Lei Prov. n. 1.893de 10 de maio de 1887. outros officiaes braziLiros, em 19 de fevereiro de 1822; foi
também dabi, que partiu o movimento sedicioso de 1837. »
PEDRO (S.). Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. do
Bom Conselho. PEDRO (S,). Estação da E. de F. do Rio do Ouro, adeante da
estação da Saudade.
PEDRO Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do
(S.).
Espirito Santo do Paud'Alho, de' Barreiros, do Cabo, da Ga- PEDRO Serrado Estado do Ceará, ramo da do Araripe.
(S.).
raelleira e de Ipojuca, « S. Pedro, diz o padre Bellarmino, é a porta alia do Cariry,
donde observamos a grande cordilheira do Araripe atravessar
PEDRO (S.). Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. de indefinidamente todo o valle que a cerca, e na sua nudez sobe-
José do Egypto, com uma egreja antiga.
S. rana dizer á todos que a olham —
que só ella contém thesouros
PEDRO (S.). Log. do Estado das Alagoas, nos mun. da e possue o segredo da grandeza cearense. »
Viçosa e S. Luiz de Quitunde. PEDRO (S.). Morro do Esiadodo Rio de Janeiro, no mun.
PEDRO (S.).Pov. do Estado de Sergipe, na freg. da Ilha de Nyterõi. Em suas abas fica o cemitério de Maruhy.
do Ouro ; com uma esch. publ. de inst. prim, creada pela Lei PEDRO (S.). Morro do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
Prov. n. 1,221 de 25 de abril de 1882. Tem uma capellci e um de Petrópolis. Ahi projecta-se constrxiir a nova egreja matriz
cemitério. desta cidade, pelo que foi preciso fazer-se o rebaixamento do
PEDRO (S.). Log. do Estado do Rio de Janeiro, na freg. de morro, trabalho que, começado em 27 de julho de 1876, concluiu-
Santo Antonio do Rio, Bonito, á margem, rio dos índios. se a 31 de maio de 1877.

PEDRO (S.). Bairro do mun. de Villa Bella da Pinnceza ;


PEDRO (S.)- Serra do Estado de S. Paulo, no mun. do Rio
Claro
no Estado de S. Paulo com duas eschs. publs. de inst. prim.
;

creadas pelas Leis Provs. de 1876 e n. 8 de 15 de fevereiro de PEDRO (S.). Montanha do Estado de S. Paulo, na ilha de
1884. Santo Amaro,
PEDRO Pov. do Estado de S. Paulo, á
(S.). margem do rio PEDRO (S.). Serra do Estado do R. G. do Sul, prolonga-
S. João, do Turvo, a 3G kils. e meio de
aft'. S. Jose dos mento da Serra Geral, nas proximidades do rio Ibiculiy-mirim.
Campos Novos.
PEDRO (S.). Ilha do Estado do Amazonas, no rio Branco,
PEDRO (S.). Antiga capella do mun. de Lençóes, noEslado aíl". do Negro.
de S. Paulo. Foi elevada á parocliia com a invocação de Santa
Cx'uz do Rio Pardo pela Lei Prov. n. 71 de 21 de abril de 1872.
PEDRO (S.). Ilha no rio Parnahyba, na 2* secção, entre a
barra do rio das Balsas e a corredeira de Santo Estevão.
PEDRO (S.). Bairro do mun. de Votuverava do Estado do Pa-
PEDRO (S.). Ilha no rio S. Francisco, quasi em frente a Pe-
raná; com uma esch. imbl. de inst. prim., creada pela Lei
Prov. n. 787 de 9 de outubro de 1884. nedo. E' pequena e coroada de explendida vegetação. Fica de-
fronte da ilha do Manuel Joaquim.
PEDRO t^S.). Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de
PEDRO (S.). liba do Estado do Rio de Janeiro, na freg. dj
Santa Rita do mun. de Patos.
Manibucaba e mun. do Angra dos Reis.
PEDRO (S.). Log. do Estado de Jíinas Geraes, no dist. de
PEDRO (S.). Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. dc
Mamonas e mun. da Boa Vista do Tremedal. Ourem e vai para o rio Guamá.
PEDRO (S). Fortaleza do Estado da Bahia, situada nas im- PEDRO (S.). Rio no Estado do Parahyba do Norlo, no mun.
mediações do Passeio Publico. Foi concluída a sua edificação a
de Cabaceiras.
2 de setembro de 1722, reinando El-Rei D. João V e sendo
4° Vice-Rei do Brazil D. Vasco Fernando Cezar de Menezes, PEDRO (S.). Riacho do Estado de Pernambuco, no mun. da
conde de Sabugoza que mandou coUocar na porta principal da Floresta.
. . —

TED — 160 — PED

PEDRO (S.), Rio do listado de Sergipe, na estrada de La- O S. Pe*dro lança-se no rio da Prata, este no rio Preto e emfim
ranjeiras e Soccorro. Desagua uo Cotinguibti este ultimo no Paracatxi. »

PEDRO (S ). Pequeno rio do Estado da Bahia. aff'. da PEDRO (S ). Ribeirão do Espado de Minas Geraes, banha o
margem esq. do Olho dVVgua, trib. do Toirão, e este do S. Fran- mun. do Campo Bello e desagua no S, João, ali', do rio
cisco. (Inf. loc). J a o a ré.

PEDRO (S.). Rio do Estado do E. Santo, banha o mun. de PEDRO (S.). Rio do Estado de Minas Geraes, aft'. do rio
Santa Thereza e desagua na margem dir. do rio Timbuhy. Manliuassú.
PEDRO <S.). Rio do Estado_ do Rio de Janeiro, nasce na PEDRO (S.). Córrego do Est'\do de Minas Geraes. nasce na
serra doTinguá, em terras de sesmaria de Beato Antonio VJoreira freg. de S. José d'Além Parahyba, ia fazenda de Mont'Alverne
no logar denominado Pedra da Bôa Vista e desagua no e desagua no rio Parahyba do Sul.
Quandú. Recebe o Gallinhas, Garcia, D. Anna, Posse, Joaquim PEDRO (S.). Rio do Estado de Minas Getaes, nasce na
Adão, D. Maria, Santo Antonio e Ouro. De um trabalho relativo encosta oco. da seri-a do Garrafão, percorri» parte da freg. da
as aguas desse rio extractamos os nomes das seg\iintes 24 cascatas Alagòa, e vai com o Gamarra formar o rio Baependy. Recebe
que correm a engrossar suas aguas Na parte que banha a o Piracicaba, Cigano, Monte Secco, Albano, Congonhal, João
fazenda da Barra, desaguando na margem esq. do rio de Paulo, Chapéu, Boi, Goiabeira e José Maria.
S. Pedro D. Maria, Brava ou das Pedras Brancas. Barra,
:

Jerusalém e Barbosa. Pela margem dir. Garcia José. Na fa- : PEDRO (S.). Rio do Estado de Minas Geraes, aft'. do S. João,
zenda do Calado, pela margem esq.: Theodoro, Cedro, Covadonga, que o é do rio Grande.
Joaquim Adão, Antonio Quinto, Coutinho, Ismael, Luiz Antonio, PEDRO (S.). Córrego do Estado de Minas Geraes, aft'. do
Pedro Peres. Pela margem dir. Muito-me-custa. D. Anna,
:
rio Cuieté, que o é do Doce. {Inf. loc),
Cachoeira Grande, Mestre-Kscola, Jequitibá, Sem-Nome, Maria
Penha, Murmúrio e Pedradas. PEDRO (S.). Cori-ego do Estado de Minas Geraes, banha o
mun, do Curvello e desagua na margem dir. do rio das Velhas.
PEDRO (S.). Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff'. do (Inf. loc).
Macahé, pela margem esq. Recebe diversos tribs entre os
quaes o rio do Frade,
PEDRO (S.). Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o
territórioda freg. de S. Pedro do Jequitinhonha c desagua no
PEDRO Córrego do Estado do Rio de Janeiro, banha
(S.). rio deste nome pela margem esq. Recebe o Landim, córrego
a cidade de Cantagallo e desagua no rio Negro. Recebe o córrego Secco, Tliomé e diversos outros.
da» Lavrinhas.
PEDRO (S.). Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. da
PEDRO (S.). Ribeirão do Estado de S. Paulo, no mun. de margem dir. do rio Mogy-guassú.
Santa Rita do Paraiso. Vai para o rio Grande.
PEDRO (S.). Pequeno rio do Estado de Goyaz, aff'. da margem
PEDRO (S.)- Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o dir.do rio Pilões, qxie o é do Claro e este do Grande ou Ara-
mun. de Batataes e desagua no SanfAnna, trib. do rio Pardo, guaya (Cunha Mattos, Itinerário)
PEDRO S.). Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do rio Pardo, PEDRO (S.). Rio do Estado de Goyaz, banha o mun. de
que o é do Paranapanema Rega o mun. de Santa Cruz do Rio
.
Sania Luzia e desagua na margem dir. do rio S. Mai^cos.
Pardo. (Inf. loc).

PEDRO (S.). Riheirão do Estado de S. Paulo, no mun. de PEDRO (S.). mui saliente a S. da ilha do Gallé
Roche lo '

Iporanga. (Inf. loc). perto de quatro milhas. Ahi atracavam antigamente as lanchas
PEDRO (S.). Rio do Estado de S. Paulo, nasce na serra do que serviam de pesca das bal-eas no Estado de Santa Catharina.
;

Paranapiacaba, corre na direcção mais geral de N. a S., e PEDRO Cachoeira no rio do Sul, no mun. do Prado e
(S.).
desagiia na mai'gem esq. do Ribeira, E' também denominado Estado da Bahia. Fica oito kils. acima da de S. Francisco e
— Etá. um do logar denominado Santa Clara.
PEDRO (S.). Rio do Estado de S. Paulo, aff. do S. João, PEDRO (S.). Cachoeira no rio Uruguay, no mun. de Uru-
que o é do Turvo, este do Pardo e este do Paranapanema. guayana do Estado do R. G. do Sul. Seu íeito é todo de pedra
e de fácil desobstrucção.
PEDRO (S.). Rio do Estado do Paraná, une-se com o rio Santa
Anna, no mun. de Booayuva. PEDRO AFFONSO. Pov. do Estado de Goyaz, no mun. de
PEDRO (S ). Rio do Estado do Paraná, aft'. do rio da Várzea, Porto Nacional, banhada pelo rio do Somno. Foi creada dist.
que o é do Negro, e este do Iguassu. pelo art. Ida Lei Prov. n. 546 de 2 de asíosto de 1875. E' ha-
bitada por 200 Índios Caraós. O aldeamento teve principio em
PEDRO (S.). Ribeirão do Estado de Santa Catharina, aft'. 1819, sendo seu fundador Fr. Raphael de Taggia, que fal-
da margem esq. do rio Itajahy-assií, no mim. de Blumenau. leceu em 1873. A Resol. n. 4 de 8 de janeiro de 1849, que o
PEDRO (S.). Rio aft'. do Negro, que oé do Iguassu. Banha creou, era assim concebida: «.\chando-se reunidos na confluência
o território da freg. de S. Bento do Estado de Santa Catharina. do Rio do Somno com o Tocantins os índios Caraós, qtie outr'ora
habitavam as margens do rio Farinha, em o crescido numero
PEDRO (S.). Arroio do Estado do R.. G. do Sul, aft'. do de 800, dirigidos pelo missionário apostólico capuchinho Frei
rio Vacoacahy-mirim. Raphael de Taggia, e devendo resultar do estabelecimento de
PEDRO (S.). Riacho do Estado de Minas Geraes, aft'. do
uma aldeia naquelle logar grande vantagem ao publico mor-
rio Dourado, que o é do Sapueahy. mente aos navegantes do rio Tocantins, e a communicação dos
liabs. das villas de Porto Imperial e da Carolina pela estrada
PEDRO (S.). Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff'. da que se projecta abrirem direcção de uma a outra villa: o vice
margem esq. do rio Todos os Santos, que o é do Mucury. presidente da Província resolve crear no referido logar uma
PEDRO (S.), Rio do Estado de Minas Geraes. aft'. da margem aldeia de indios Caraós que será denominada Pedro Afl'onso —
esq. do rio Paracatú. Em
uma inlormação que nos foi prestada não só para marcara época da sua fundação, mas também para
por um illustre cavalheiro de Paracatú, lè-se « O rio S. Pedro, collocar debaixo dos auspícios, e protecção de um tão prestigioso
formado do S. Pedro, propriamente dito, do Capetinga e Santa nome. Palacio do Governo da Pi'ovincia-d9 Goyaz 8 de janeiro
Rita, á dir. e do Aldeia e Carmo que reunidos chamam-se Barra de 1849. Antonio de Padita Fleury».
das Éguas á esq. Entra na esq. do Paracatú entre a foz do PEDRO BODE. Córrego do Estado de Goyaz, banha o mun
Bezerra e a do rio Preto. » Saint Hilaire em sua Voyaqe dans dc Boa Vista do Tocantins e desagua no ribeirão da Aldeia,
la Province de Goijaz, tom. I, pag. 298, diz «Antes de' chegar :
ali. do lucuriiyá.
a Monjollos, logar onde fiz alto, travessei uma parte da serra
i.

do mesmo nome, no logar em que nasce o córrego de Santa Rita. PEDRO BOTELHO. E' ussim denominada uma das fontes
isto é cerca de 1 !í légua de Paracatri. Os córregos S. Domingos dos Poços de Caldas, no Estado de Minas Geraes.
e Santo Antonio lançam-se no Santa Rita e este reúne suas PEDRO CARLOS. Estação da E. de F. Sapueahy. linha da
aguas ás do ribeirão S, Pedro, que começa na serra de S. Fran- Santa Isabel do Rio Preto, entre as estações da Conservatória e
cisco e do Paranahyba, perto do logar chamado Tapera. José Leite; no Estado do Rio de Janeiro.
ã3.S35
- 161 — PED

PEDRO CUBAS. Ribeirão do Eístado de S. Paulo, afí'. da de Juiz de Fóra. Foi restaurado parochia pelo art. i» da Lei Prov.
margem esq. do Ribeira de Iguapé. n. 576 de 5 de maio de 1852 transferido para o If^gar denomi-
:

PEDRO CUSTODIO. Serra do listado Minas Geraes, na nado Rancharia pela de n. 858 de 14 de maio ile 1858, que
freg. da Caclioeira Alegre e mun. de S. Paulo do Muriahé substituiu-Ihe o nome de Simão Pereira pplo de S. Pedro de
(Inf. loc). Alcantara. Tem duas eschs. publs. de iustr. prim. Sobre
suas divisas vide, entre outras, a Lei Prov. n. 2.905 de 23 de
PEDRO DA COSTA. Lago do Estado do Pará, no rio Mapuá' setembro de 1882 (art. IV). Tem 5.312 habitantes.
na ilha Marajó.
PEDRO DA CRUZ. Pequeno pov. do Es(ado das Alagoas,
PEDRO DE ALCANTARA
(S.). Colónia militar no E,stado
do Maranhão, no porto denominado Boa Vista, á margem dir.
distante ceroa de nove kils. da cidade do Pilar com uma
:
do rioGurupy, 22 kils. ;icima da pov. do mesmo nome; fun-
capellinlia..
dada em 1854. Cultura de arroz e mandioca. Tem duas aulas de
PEDRO D'ALDÈA (S.). Villa e mun. do Ks adodo Rio de ensino primário, uma de musica uma olaria duas olhcinas de
; ;

Janeiro, na com. de Cal)0 Frio. Diocese de Nyterõi. E' a antiga carpinteria e ferraria.
aldi^a de S. Pedro, lundada pelos jesuítas que, sobre uma emi-
nência, edificaram ae,L;reja, cuja conclusão teve logar cm 1738.
PEDRO DE ALCANTARA (S.). Log. no mun. da Amar-
ração do Estado do Piauhy.
Contigiio ao temjjlo, levuníaram elles um vasto edifício, que
SM'víu-lhes de hospício e que hoje desíaz-se em rninas Expulsos
. yjPEDRO DE ALCANTARA (S.). Estabelecimento rural do
os jesuítas do Brazil, Ibí a aldèá administrada pelos padres ca- 7 itado do Pianhy. Com o fim de assegurar condições de bem-
puchos da iifovincia da Conceição do Brazil, até que pela dis- etitar e instrucção elementar e agrícola a antigos encravos da
posição do Alvará de 22 de dezembro de 1795 passou a ter parocho nação e seus descendentes, declarados livres pela Lei n. 2.040
próprio. Era uma das íVegs. da cidade de^Cabo Frio e apre- de 28 de setembro de 1871, foi fundado este estabelecimento em
seniaum aspecto interessante pela sua posição' elevando-se sob e fazendas do Estado situadas no mun. de Nazareth, Estado do
uma eminência, cortada por uma larga rua que se alonga ejii Piauhy, celebrando o governo imperial cora o agrónomo Fran-
semi-círculo em tVentí da egreja e do vasto edilicio, antigo e cisco Parentes um contracto, que. na fórma das clausulas appro-
arruinado collegio da Companhia de Jesus. Occupa a pariichia vadas pelo Decr. n. 5.392 de 10 de setembro de 1873, devia
uma superíicie de 457,20 kils. quadrado, e tem uma pop. de durar por cinco anncs, obrigando-se o Estado, em compensação
9.000 habs. Foi elevada á categoria de villa com o nomo de aos ónus acceitos pelo director, a auxilial-o com a quantia de
Sapiatyba pelo Dec. de 10 de setembro d^ 1890; rebaixada de 80:000,> realizável em prestações de 30, 20 e 10 contos. Finan-
villa por D?c. de 28 de maio çle 1892, restaurada pelo Dec. de do-se o contractante, entrou o estabelecimento desde 1876 em re-
17 de dezembro do mesmo anno, que deu-lhe a denominação de gimen provisório, que ainda perdura, sendo custeado pela con-
S. Pedro d'Aldèa. Tem duas escíis. Comprehende os povs: Campo signação a este fim destinada pelas leis do orçamento. Possue
do Aleci'ím, Itahy, Arrastão do Rio das Pedras, Cortiço, São a colónia vasto prélio, o miíor de todo o Estado sete fazendas ;

Matheus e Cruz. Pizarro diz que a aldèa de S. Pedro foi de gado e duas feitorias de lavoura, uma das quaes demora
fundada em 1630 pelo governador Martim de Sá. O mesmo nove kils. e outra a .30 kils. de distancia da séde. Os educandos,
lè-se no Catalof/o dos Capitties-nwres e Goi'er)ia-lorcs eh Rio todos filhos de libertos, recebem instrucção elementar e religiosa
de Janeiro, publicado no Vol. I da Rev. do Insfc. Hist. e ensino pratico em oítícinas, imperfeitamente organizadas, de
Geogr. Braz, O Sr. Joaquim Norberto, em sua jMcm. Hi^t. das carpinteiro,ferreiro e pedreiro, e noções de agricultura nas
Aldcas de índios da Proo. do Bio de Janeiro, mostrou, porém, duas mencionadas feitorias cuja producção é destinada ao con-
de um modo irrecusável que essa aldèa foi lundada em 1617 sumo. Estatística organizada em 1882 attesta a existência de
pelos jesuítas. Com elTeito, o padre Antonio de Mattos, reitor 330 famílias estabelecidas coin pequenas lavouras na séde da
do collegio do Rio de Janeiro, requereu e obteve de Estevão colónia e nas fizendas e feitorias. Distribuem-se do seguinte
Gomes, por despacho de 16 de maio de 1617. uma sesmaria modo nas fazendas Algodões 135, Olho d'Agua 30, Serrinha 20,
:

de duas léguas e meia de terras para a fundação da aldèa. Nova Fazsnda 20, Guaribas 38, Rio Branco 41, Mattos 18, na
Mais tarde, em 1630, obtiveram os jesuítas outra sesmaria, séde da colónia 20, nas duas feitorias 8, total 330.
cr ncedida por Martim de Sá já então estava fundada a aldèa.
:

Pela extinceão da Companhia de Jesus, passou a aldèa a ser PEDRO DE ALCANTARA (S.). Di^t. do Estado do Rio
regida pelos padres da prov. da Conceição do Brazil, até 1753. de Janeiro. Vide Petrópolis.

PEDRO DA SILVA. Nome de uns recifes situados a al- PEDRO DE ALCANTARA


(S.). Aldeamento do Estado do

tuma distancia da cosia do Estado do Maranhão. Acreditam Paraná, no mun. de Tibagy, á margem esq. do rio deste nome,
alguns existirem nessas paragens ramificações coraloides. fronteiro á colónia militar do Jatahy. Foi funtlado a 2 de
agosto de 18.55 por ordem do Barão de Antonina. Em 1887
PEDRODAS LAGES (S.). Pov. do Estado de Pernambuco, tinha 38 fogos com 870 almas, sendo 336 Índios coroados, 86
no mun. de S. José do Egypto, com uma capei la. E' denomi- Guaranys e 122 Cayaguás e uma capella.
; Dista 218 kils. da
nada vulgarmente Umburanas. sé le da víl'a de Tibagy (luf. loc).
PEDRO DA UNIÃO (S ). Vide União. PEDRO DE ALCOBAÇA (S.). Dist. do Estado do Pará.
PEDRO DE ALCANTARA. Dist. do Estado de Santa Ca- Vide Alcobaça.
tliarina. no mun. de S. José, banhado pelo rio Maruhy, Foi
uma colónia da freg. de S. José, da quil a Lei Prov. n. 194
PEORO DE CAMPOS NOVOS DO TURVO (S.). Dist.
do Estado de S. Paulo. Vide Campos Novos do Turvo.
de 13 de abril de 1814 desmembrou para elevar á categoria de
jiarochia. Sobre suas divisas vide: Leis Provs. ns. 194 (art. II); PEDRO D'EL REI (S.). Nome pelo qual era outrora de-
250 de 31 de marco de 1848 ; 427 de 13 de março de 1^57 544 ;
signada a cidade de Poconé do Estado de Matto Grosso.
do 2 ds maio de 1864 (art. II). T.-m 2.400 habitantes e duas
esclis. Comprehende o pov. Santa Pliilomena.
PEDRO DE IBIAPINA (S.). Dist. do Estado do Ceará.
Vide Ibiapina.
PEDRO DE ALCANTARA do Estado de Minas
(S.). Dist.
PEDRO DE MACAHÈ ACIMA (S.). Log. do Estado do
GeraiS, no mun. de Araxá. Foi creado parochia ijel;' Lei Prov.
II. 2.98) de 10 de outubro de 1882. Fica entre os rio Miseri- Rio de Janeiro, no mu.i. de Nova Fríburgo ; com iima esch.
córdia e S. João. Clima niagnilico. Ciuação de gado em abun- jjubl. de ínst. primaria.
dância. E' ligado a Fatrocinio por uma estrada qua passa por PEDRO DE MURITIBA (S.). Dist. do Estado da Bahia.
S Sebastião da Serra do Salitre e que é alíavessada pelo rio
. Vide Murítibu.
S. João. Tem duas eschs. publicas de ínst. prim., uma das
quaes creada pela Lei Prov. n. 1.876 de 15 de julho de 1872.
PEDRO DE UBERABINHA (S.). Dist. -do Estado de
Minas Geraes. Vide Uberabinlia.
PEDRO DE ALCANTARA (S.). Dist. do Estado de Minas
PEDRO DE VIZEU (S.). Pov. do Estado do Pará, no mun.
Geraes, no mun. de Juiz de Fóra, a 28 kils. SSE. desta cidade.
E' atravessado pela estrada que da cidade de Petrópolis vai a de Mocajuba. Foi elevada á essa categoria pela Lei n. 422 de
Juiz de Fóra. Foi creado parochia em 17-58. Diocese de Ma- 16 de n.aio de 1896 e ínslallada a 3U de agosto do mesmo
rianna. Com o nome de Simão Pereira pertenceu esse dist. anno.
ao mun. de Barbacena. O art. VI da Lei Prov. n. 472 de 31 PEDRO DIAS. Assim denominou-se o morro do Senado ;
de maio de 1850, transferio-o para a capella de Santo Antonio no Districto Federal,
DIOO. CEOG. 81
PE D — 162 — PED

PJCDRO DIAS (S.). Hlia no baixo S. Francisco, entre a PEDRO LUDOVICO. Córrego do Estado de Goyaz, ali', da
ponta do Aracaré e Piraiilias, Desorevendo-a em sua Gcogra- margem dir. do rio Vermelho. Denominava-se Talaveira.
lihia Alagoana, tJizoDr. T. Bom Fim Espimlola « Com :
PEDRO LUIZ. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun.
lima eg-rc'ia da invocação de S. Pedro e um povoado de CO loyos do Bom S\iccesso, nas caljeceiras do ribeirão Itapecerica.
com 2(10 imbs,, adeanta do morro do Surubim, junlo á margem
scjil Ml U-iiinul, da qual exisle um extenso banco de areia qne a
PEDRO MACHADO. Rio do Estado do Paraná, atravessa
acompaidiu em quasi todo o seu comprimento, da qual ilha se a estrada de Cnrvtiba á I^apa.
lem apossado a prov. de Sergipe». PEDRO MARQUES. Rio aff. da margem esq. do Cuyabá,
PEDRO DO ALTO TOCANTINS ^S.)..dist. desse nome,
O uma milha abaixo da cachoeira da Capella.
no Estado ilo Pará. passou em virtude <la Lei Prov. n. 839 de PEDRO MARTYR (S.). Dist. no mun. de Olinda do Es-
19 de aliril de 1S75 a tlenominar-se S. Pedro de Alcobaça. tado de Pernambuco. Vide Olinda.
PEDRO DO ASSÚ DA TORRE (S,)- Dist. do Estado da PEDRO MONTEIRO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, no
IJaliia. Vide Assú da Torre. mun. de Blacahé.
PEDRO DO BOM JARDIM (S.). Dist. do Estado do R. PEDRO MOREIRA. Ribeirão do listado de Minas Geraes,
G. do Sul. Vide Bom Jardim. rega o mun. de Pitanguy e desagua no rio Paraopeba, trib. do
PEDRO DO CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM (S.). Dist. S. Francisco.
do Estado do E. Sinto, Vide Cachociro do Ilcípcmirim. PEDRO NOLASCO (S.). Tapera de uma freg. que existia no
PEDRO DO CRATO (S.). Villa e mun. do Estado do Ceará, rio l.Irubú ; ao Estado do Anuizonas (Araujo Amazo'nas).
em cima da serra do seu nome. Foi uma pov. do termo do PELRO NOLASCO (S.). Forte fundado a 9 de agosto de 1695,
Crato. Elevada á viUa pelo art. I da Lei Prov n. 1.727 de 18 de no Estado do Pará*. Restam apenas pequenos vestígios.
agosto de 1876 e art. IV da de n. 2. 040 de 12 de novembro de
1883. Foi creada parochia com a invocação deS. José pela Lei
PEDRO NOLASCO (S.). Extensa c larga bacia formada pelo
Prov. n. 1.3G2 de 9 de novembro de 1870 e transferida para a rio Urubu, trib, do Amazonas. Foi assim denominada pelo Sr.
J. Barbosa Rodrigues para perpetuar a lembrança da extincta
pov. do Joazeiro com a invocação de N. S. das Dores pelo art. I
da de n. 1.837 de l7 de setembro de 1879. Esta ultima disposição, missão de S. Pedro Nolasco, que já desappareceu da memoria
porém, não está em vigor. Tem duas eschs. publs. de inst. dos vivos.
prim. creadas pela Lei Prov, n. 863 de 1 de setembro de 1858. PEDRO PAULO. Serra e igarai)é do Estado do Pará, no
Seu mun. foi installado a 5 de maio de 1887. mun. de Faro, á margem dir. do-rio Nhamundá.
PEDRO DO GASPAR (S.). Dist. do Estado de Santa Ca- PEDRO PAZ. Ilha do Estado da Bahia, no mun. da Casa
tharina. ^'ide Gaf;par. Nova.
PEDRO DO ITABAPOANA (S.). Dist. do Estado do E. PEDRO PEQUENO. Ilha doEstado da Bahia, no mun. da
Santo. Vide Itahapoana. Casa Nova.
PEDRO DO JOAZEIRO (S.). Dist. do Estado do Ceará. Vide PEDRO PEREIRA. Córrego do Estado de Minas Geraes,
Joazciro, no mun. de Paracatú. Junta-se a outros e, reunidos vão des-
PEDRO DO RIO. Dist. do Estado do PJo de Janeiro, iio aguar no rio Escuro Grande (Inf. loc.)
mun. de Petrópolis, á margem do rio Piabanlia ; com duas PEDRO PISTOLA. Morro do Districto Federal, no curato
esclis. pulds.E' ligado por uma estrada á ponte do Fagundes. de Santa Cruz.
Agencia do correio. PEDRO PRIMEIRO. Praia no Districto Federal, á margem
PEDRO DO RIO. Estação da E. de F, Gráo Pará, no Es- da bahia de Guanabara, entre as praias do Russell e do
tado do Rio de Janeiro, entre Itaipava e Areal. Flamengo.
PEDRO DOS FERROS. Dist. do Estado de Minas Geraes, PEDRO SEGUNDO. Assim denominou-se a actual cidade
Vide Ferres. de Itamaraty no Estado do Piauhy.
PEDRO E S. PAULO (S.). Log. do Estado do Rio de Ja- PEDRO SEGUNDO. Dist. doEstado de Matto Grosso, no
neiro, no dist. de Macacos emun. de Itaguahy, com esch. mun. da Capital. Orago S. Gonçalo e diocese de Cuyabá. Foi
creado parocliia pela Lei Prov. de 8 de abril de 1813. Sobre suas
PEDRO E S. PAULO
DO RIBEIRÃO DAS LAGES (S.). divisas vide, entre outras, a Lei Prov. n. 18 de 4 de julho da
Dist. do Estado do Rio de Janeiro, ^'ide liibiirão das Lages. 1870; n. 558 de 26 de novembro de 1880. Tem eschs.
PEDRO GOMES. Morro no mun. de Magé, no Estado do PEDRO SEGUNDO. Assim foi denominada uma parte da
Rio de Janeiro, no Feital. costeira, quí borda a extensa bahia de Paranaguá, por occasião
PEDRO GUEDES. Rio do Estado do R. G, do Norte, no de ser escolhida para estação marítima da E. deF. de Curityba.
mun. do SanfAnna do Mattos (Inf. loc). Antes desse nome era cila conhecida por Ponta do Gato ou
PEDRO LAGE. Córrego do Estado de S. Paulo, no mun. Porto d'Agua.
de S. João Baptista do Rio Verde. PEDRO SEGUNDO. Colónia militar do Estado do Pará, no
PEDRO LEITÃO. Riacho no mun. de Bejamin Constant
mun. de Macapá, á margem esq. do rio Araguary, a 108 milhas da
e Estado do Ceará. Desagua no rio Banabuihú. foz do mesmo rio. Foi lundada em 6 de maio de 1840, sendo pre-
sidente do Pará, João Antonio de Miranda. Não tema referida
PEDRO LEMES. E' assim também den. 'minado o bairro colónia outros habitantes além das praças do destacamento. Não
da Roseira Nova, pertencente ao mun. de Guaratinguetá e Es- ha n'ella nem agricultura nem commercio. Todos os géneros
°
talo de S. Paulo. para o consumo são importados da cidade de Macapá, com ex-
PEDRO LEOPOLDO. Estacão da E. de F. Central do Bra- cepção do gado que é fornecido pelas fazendas que existem nos
zil, no Estado de Minas Geraes, afleante da estacão do Vespa- vastos campos que bordam as margens do Aporenia, braço que
siano. Foi inauguraila a 17 de junho de 1895. Está situada no liga o .Vraguary ao rio tias Tartarugas. O gado <l'essa lázenda é
lul. 647.36o, a 20 kils. e .551 metros da estacão exportado para Cayenna, onde obtém melhor preço que em Ma-
Vesjjasiano. A
sua altura sobre o nivel do mar é de 609"',40. O arraial da Ca- capá e mesmo na cidade de Belém. Nas margens do Araguary
clineira G. ande, que vai sor servido por esta estacão
é de grande
abundam seringáes que durante o verão, são explorados por pes-
Juturo, pois nçlle está em odeantado estado de construcção uma soas que alli vão para esse fim. A' alguma distancia das margens
importanle fabrica de tecidns de algodão, pertencente a uma d'esse rio, encontram-se com abundância madeiras de lei, como o
companhia anouyina, dcnumiiuula Companhia Fabril da Cacho- acapú, aquaricu^ra, itaiiba, páo d'arco, andiroba, piquiá, páo-
eira Grande c.ni o capiíM d,. 550 s, que vai ser duplicado.
(
rosa e muitas outras madeiras. A colónia é ligada á cidade de
U nome de PiMm | |„,|,|o il:;do á csiHcau é uma justa e saudosa Macapá por uma estrada que comeva na margem direita do Ara-
iiomenagem an illnsti'.. innrlo Dr. 1'.'4it, Le .poídq da Silveira, guary, e tem de ext:'nsão noventa milhas.
lailecido a 9 de agioto d<! IS',)4, no exercício
das funccóes de
engenheiro-chele do prolo ganiento. onde sempre distlnguin-se
PEDRO SEGUNDO. Colon'a do listado de Minas Geraes,
perto da cidade de Juiz de Fóra. Em virtude do contracto cele-
por sua aptidão iirolissional, critério e tino administrativo. brado cora o Governo Imperial em 25 de abril de 18.57, foram no
. . .

PE D — 163 — PEI

finno seguinte embarcados em Hamburgo e estabelecidos nas vizi- PEDROSO. Arroio do Estado do R. G. do Sul aííl. do rio
nhanças da estação de Juiz ds Fóra 1.170 colonos allemães, aos Pardinho, que o é do Pardo.
quaes disti'il)uii'am-se prasos ruraes em terrenos comprados pela PEDROSO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, trib. da mar-
Comiianhia União e Industria, liste núcleo colonial tem se des- gem esq. do rio Cannquan.
envolvido mui lentamente. A área da colónia mede 1.G42 hectares
sididivididos em 20 J prasos. Os géneros de producção consislem PEDROSOS. Bairro do mun. de Nazareth, do Estado de
principalmente em cereaes e legumes do paiz, fructas, hortaliças, S. Paido. Drago Santa Cruz. A Lei Prov. n. 3 ile 5 de fevereiro
eto, A cultura do café é diminuta. Desenvolve-se em pequena de 18S4 creou ahi uma esch. publ. de inst. primaria.
escala a industria pecuária, indo em progressivo augmento a es- PEDRO TEIXEIRA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
pécie suina e a criação do aves domesticas. Ha diversos moinhos mun. de Taquary.
para a preparação do fubá de millio, engenhos de serrar madeira,
fabricas de tijolos, ferraria, fundicção de bronze, etc. A compa- PEDRO TERCEIRO. Vide Carretão.
nhia mantém escolas deinstrucção primaria, regida? por um pro- PEDRO TIMOTHEO. Pov. do Estado de Pernambuco, na
fessor catholico e outro protestante, e uma proiVssora catholica. serra de seu nome. Pertence ao mun de Panellas.
Reside na colónia um sacerdote para o culto catholico, servindo
para o culto protestante um ministro, que reside em Petrópolis,
PEDRO VELHO (S.). Dist. do Estado da Bahia, no mun. da
capital. Diocese deS. Salvador. Foi fundado ein 1699. (segundo
mas que visita-a mensahnente.
Pizarro em 1673.) Possue a egreja de N. S. da Barroquinha,
PEDRO SEGUNDO. Log. no Estado da Bahia, sobre o rio recolhimento de S. Raymundo, egreja de N. S. do Rosario, mos-
Paragiiassii, entre a cidade da Cachoeira e a de S. Felix. teiro de S. Bento, convento de N. S. da Lapa, hospicio de N. S.
Abi existe uma ponte, cuja pedra inaugural foicoliocada a 22 de da Piedade, e o convento de Santa Thereza, hoje Seminário Ar-
dezembro de 1881 chi-episcopal. Tem 14.743 habitantes e dista 33 kils. da sede do
PEDRO SEGUNDO. Núcleo colonial inaugurado na Cacho- mun. Tem eschohis.
eira a 14 de março de 1889, no Eslado de Minas Geraes. E' ligado PEGA. Pov. do Estado da Bahia, á margem dir. do rio Utinga.
á estação Rodrigo Silva por uma estrada de 10 kils. E' também denominada S. Sebastião da Utinga.

PEDRO SEGUNDO. E' o nome de uma ponte, talvez a mais PEGA-BEM. Córrego do Estalo de Minas Geraes, aft". da
importante e custo-a de todo o Brazil, e situada sobre o rio Para- margem esq. do rio das Mortes. E' também denominado Ro-
guassú, no Estado da Bahia. Lançada entre a cidade da Cacho- drigues.
eira e a povoação de S. Felix, liga o ramal da Feira de PEGA-BEM. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, lianha
SanfAnna á linha central da ferro-via Central da Bahia e a freg. do Cuielé e desagua no rio deste nome.
presta-se ao ti^ansito ordinário da população entre a ci-
dade da Cachoeiro e o povoação de S.Felix, as quaes demoram PEGADO. Ribiirão do Estido do Rio de Janeiro, aff. da
fronteiras nas duas margens do Paraguassú. Tem o desenvolvi- margem esq. do rio Piabanha. E' transposto pela E. de F. do
mento total de .3.57 metros, dividido em quatro vãos, e a largura de Grão-Pará.
10''^, 82 além dos passeios lateraes. A superstructura de força PEGA-ME-LARGA. Chapada no mun. de Santa Luzia,
mede de altura 9™, 22, assentando sobre encontros e peg(5es de al- Estado de Goyaz. (luf. loc )
venaria. Foi inaugurada em 7 de julho do 1885.
PEGAS. Riacho do Eslado de Pernambuco, aff. da margem
PEDRO SEGUNDO. Antiga estação da &. de F. Companhia septentrional do rio Capiberibe.
Pvio Claro, no Estado de S. Paulo, entre Banharão e Dons
Córregos PEGO. Log. do Estado de Minas Geraes, na freg. de S. Do-
mingos do Arassuahy.
PEDRO SEGUNDO Fortaleza projectada e que teve
( D. ).
PEHUAS. índios emigrantes que habitnm as margens do
principio de execução em 1863, em excellente posição na ponta do
Imbuhi, a K de Santa Cruz. defendendo a enseada intermédia,
.
Xingú.
cruzando efficazmente os fogos fóra do canal com os de S. João, PEIDORREIRO. Riacho do Estado do Maranhão, banha o
Santa Cruz, Praia de I^óra e Lage, e batendo de revez os navios mun. de Miritiba e desagua no rio do Espigão.
que tentarem a entrada. Apezar da grande importância desta PEITO DE MOÇA. Serra _do Estado do Maranhão, no mun.
obra, e da avultada quantia gasta com suas primeiras cons-
de Santa Helena. (Inf. loc.)
trucções e nudtos materiaes, foi siispensa a sua execução por
havere n as camarás reduzido a verba joára obras de defesa PEITO DO POMBO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, con-
( Fausto de Souza ).
fliiente do Sanna, que corre nas divisas dos niuns. de Macahé c
Nova Fribui"go.
PEDRO SEGUNDO. Canal que liga a lagòa Guahyba á de
Uberaba, no Estado de Matto Gross i. B"ica na fronteira da PEITO DO VÁO. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun.
Bolivia. Ao oecidente da bocca deste canal acham-se as entradas de Santo .4.ngeIo, sobre o rio Ijuhysinlio.
dos dous canaes da lagòa Guahyba-mirim, os quaes reiniem-se PEITUDO (S. Sebastião do). Pov. do Estado de Minas Geraes,
adeante formando um si Da bocca desse canal, na lagòa Gua-
.
no mun. de Ouro Pino.
hyba, segue a linha ilivisoria pelo meio do jnesmo canal atéá o'dra
bocca na lagòa Uberaba, continuando dahiparaE. peba marg em PEIXE. Villa e mun; do Esta lo de Goyaz, com duas eschs.
austral desta lagôa até o marco ahi levantado. A 37" 15' NE. pulils.de inst. prim., uma das quaes creada pela Lei Prov.
rumo verdadeiro e á distancia de i.820 melros deste marco, n. 717 de 21 de agosto de 1881. Foi elevada á villa pela Lei n.6t
acha-se a bocca do outro canal, que vae ao de Pedi'o Se- de 21 de junho de 1895. Pertenceu ao mun. da Palma.
gundo, formando uma illia que pertence ao Brazil, bem como as PEIXE. Dist. do termo da Barra do Estado do Pianhy. Existiu
terras da Insua, conforme estipularam os tractados de limites de ahi uma eschola particular subve icionada pelo Governo.
27 de março de 1807 e de 29 de setembro de 1875.
PEIXE, Log. do l<;stado do Ceará, no termo do Tamboril.
PEDRO SEGUNDO. Rio da Guyana Brazileira ;
desagua na
PEIXE. Pov. do Estado do Ceará, no mun. do limeiras.
foz do Ajnazonas, no canal do Norte.
PEIXE. Log. do Estado das AIngòas, no mun. de S. Luiz de
PEDROSA. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, banba o
Qiiitunde.
território dafieg. dos Quatis e desagua no rioParabyba.
PEDROSA. Rio do Estado do Paraná, afll. do Cliopim-
PEIXE. Pov. do Eslado da Bahia, no termo do Remanso.
zinho. PEIXE. Rio do Eslado do Pianhy, aff. do Maratauan.
PEDRO SANTO. Rio do Estado das Alagòas, no mun. do PEIXE. Rio do Estado do Piauhy, afl. do Urussuhy-Mirim .

Pa'=.so do Camaragibe. PEIXE. Rio do Est:'do do Parahybado Norte, parece nascer


PEDROSO. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. de Lo- da serra do Píulre, corre na direcção mais geral de O. para E.,
rena, com uma esc.publ. creada pela Lei Prov. n. 13 de 9 de unc-seaoS. João e reunidos vão desaguar na margem esq. do
março de 187 1
Piranho^ depois de a travessar o n^un do Souza. .

PEDROSO. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. da ca- PEIXE. Rio do Estado das Alagòas. afl'. do G.-tilubn, que
pital. o é do Santo Antonio Grande.
. .

PEI — 164 — PEI

PEIXE. Rio do Estado de Sergipe, aff. da margem esq. do PEIXE. Córrego do Estado de Minas Geíaes, nasce na fazenda
Irapiranga ou Vasa BaiTis. « Nasce ao S. da serra Negra 'e do Rio do Peixe, banha o mun. de S. José d'Além Parahyba e
recebe pequenos confls. dos quaes é mais importante o rio das desagua no rio deste nome.
Pedras. » PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes, nasce na serra dos
PEIXE. Rio do Estado da Bahia, aft'. da margem esq. do Pombeiros, em
ferrenos da fazenda do mesmo nome, toma a di-
Itapecurú, na E. de F. de Alagoinliaa ao Joazeiro, entre as recção NS. e vai desaguar no rio Capivary um pouco para cima
estações de Santa Lu7,ia e Rio do Pei.^iô. Recebe á dir. o Ria- da barra deste com o Angahy. Recebe, entre outros, o ribeirão do
chão e o Gravatá. Maroto
PEIXE. Rio do Estado da Bahia, nasce na freg. da Serri- PEIXE. Rio do Estado de Minas Gera°s, banha o mun. de
nha, corre de Ni5. a SO., recetje numerosos tribs. entre os Sabará e desagua na margem esq. do rio das Velhas. (Inf. loc.)
quaes o Vermellio e o Calandro e desagua uo rio Jacuhipe. Ba- PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes ; nasce na serra da
)ilia a iVeg. do Tanquinlio.
Canastra, banhi a freg. deS. Roque e, depois de um percurso
PEIXE. Rio do Estado da Bíihia, aff. do Paraguassii, no de 20 kils. desagua no Santo Antonio, aff. do Samburá, que o é
mun. do Camisão. Recebe o Caruru, o Várzea dos Bois, Paulista do S. Francisco.
o Secco.
c!
PEIXE. Ptio do Estado de Minas Geraes : desagua na margem
PEIXE. Ribeirão do Estado da Bahia, aíl'. do ribeirão da esq. do rio S. Francisco no espaço que medeia entre a foz do rio
Ladeira, que o é do rio Pardo. Não é navegável, apezar de Pardo e a do riacho dos Pandeiros. Tem a largura de 184 palmos
ter muita agua e ser profundo. Tem 48 kils. de curso. na barra, corre com a velocidade de seis palmos por segundo,
PEIXE. Ribeiro do Estado do Espirito-Santo, aff. da mar- porém é razo e não navegável sua barra é obstruída por bancos
:

gem esq. do rio Guandvi, no mun. de Affonso Cláudio. de areia. (Halfeld).


PEIXE. Rio do Estado de S. Paulo, rega o mun. de PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes nasce na Encruzi- ;

S. José dos Campos e desagua no Jnguary, trib. do Para- lhada ao N. de Baependy, atravessa a serra deS. Thomé das
hyba do Sul. Vem da Mantiqueira. E' formado pelos rios das Lettras e desagua na margem dir. do rio Verde, no mun. da
Posses e do Castello, recebendo naquelle mun. os ribeirões Campanha. Recebs á dir. o córrego do Barreiro e os ribeirões
Chico Candido, Ferreira, Couves, Santo Antonio, Santa Bar- da Luz, Coimbra, Vermelho, da Serrinha e do Cahy e á esq. o ;

bara, Manso, Cafundó e Roncador pela margem esq., o Ma- Santa Fé.
chado e o Guerra pela margem dir. « Assim, escreve-nos o PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes nasce na fazenda ;

vigário de S. José dos Campos, que fora encontrado no rio Pous) Alegre, banha a freg. do Campestre e desagua no Cabo
do Peixe o Po:0 de Ouro. havendo insist?ncia em affirmar-se Verde.
actualmente que grav des thesouros se acham escondidos no
fundo escuro do rio, o qual, naquella regiões, mysteriosa- PEIXE, Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do Piracicaba,
mente rola preguiçoso suas aguas, serpeando por entre grandes que o é do Doce, Banha o mun. de It ibira e nasce da serra de
desfiladeiros. Tem-se feito tentativas de exploração
SanfAnna.
infeliz- ;

mente, porém, contratempos e desânimos perturbam o serviço. » PEIXE. Pvio do Estado de Minas Geraes, banha o m'in. de
Itabira e desagua na margem dir. do Santo Antonio. Recebe o
PEIXE. Rio do Estado de S. Paulo, banha a villa dos Dous
Itambé.
Córregos e desagua no rio Jahú. Nasce na serra da Ventania.
PEIXE. Rio do Estado de S. Paulo,
PEIXE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nasce na Lagoa
afl. do Juquiá-Guasau. Grande, no alto da serra dos Campo.;, e desagua na margem esq.
PEIXE. Rio do Estado dè S. Paulo, procede da Serra do do rio Itahim, aff. do Sapucahy-mirim. Recebe pela margem dir.
Mar, corta o mun. da Natividade e desagua no rio Para- o riljeirão do E. Santo. Fórma uma bonita cachoeira ao atra-
hybiina. Alguns o dão como aíf. do Parahytinga. vessar a serra do Rio do Peixe.
PEIXl;. Rio dos Estados de Minas e S. Paulo, nasce no PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes, nasce na serrado
primeiro desses Estados, atravessa os muns. do Soccorro e de Piancó, banha o município do Curvelhi, desagua no rio Parao-
Itapyra e fa^ juncção dm
o Mogy, que dahi em deante toma peba, trib. do S. Francisco. E' cauddoso na est>ição chuvusa.
o nome de Mogy-Guassú. Recebe' o ribeirão das Antas e é .Recebe o riacho Fundo. Inforraam-nos ter um curso de 48 ki-
formado pelos rios Consente e Fundo, que nascem em Minas lometros.
Geraes. Vide ribeirão Fundo. Tem dous enormes saltos for-
PEIXE, Rio do Estado de Minas Geraes, banha o mun. de
mados por aggrupamentos de pedras. Recebe ainda o Cachoeira. Caeté: desagua no Taquarusíú, dentro do arraial deste nome.
PEIXE. Ribeirão do Estado de S. Paulo, affl. do Atibaia. (Inf. loc.)

PEIXE. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. da margem


PEIXE. Rio do listado de Minas Geraes; nasce no Condado,
esq. do Ilariry, no mun. de Iguapé ( Azevedo Marques ao sopé da serra do Itambé, cerca de 18 kils. acima do Serro, e,
).
engrossado por diversos córregos, passa distante dessa cidade
PEIXE. Rio do Estado de S. Paulo, alf. do Tietê banha ceica de seis klloms., na estrada da Diamantina; recebe o ri-
os muiis. de Tatuhy e Tietê. beirão dos Porcos, passa ainda cerca de seis kils. dessa cidade
PEIXE. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Paraná. E'
na estrada para Tapanhoacanga, no log. Vargem : corta as
também denominado Aguapehy. Vide Aguapehij, lavras do Ouro Pino e do Falcão, E' atravessado pela estrada
PEIXE. que do Serro vai á capiíal junto á pov. de Santo Antonio do Rio
Rio do Estado do Paraná, aff. da margem dir. do
Ivahy, entre S. Sebastião das Conchas e Guarapuava. do Peixe, recebe o Ribeirão, S. José, rio das Pedras, Barreado,
Condado, Bananal e Pinho atravessa a estrada que da Conceição
;

PEIXE. Rio do Estado do Paraná; desce da serra das vai a S. Domingos aliaixo desta pov, recebe á dir. o rio Folheta
;

J' urnas e desagua na


margem dir. do rio Tibagy e ribeirões menores pelaesi)., como o Paiol Queimado.^ Na l'a-
PEIXE. Rio do Estado do Paraná desagua no rio das Cinzas zenda do Viamão recebe á esq. o S. José do Vlamão e á dir. o
jielo lado do poente.
;
Samora eo Achupè. D.^sagua no Santo Antonio no log. deno-
minado Aquenta Sol. DeS. Domingos para baixo é raro o log.
PEIXE. Rio do Estado de Santa Catharina, aff. do rio em que elle dá váo em tempo de secca,. De suas margens, desde
Uniguay. Recebe pela margem esq. os rios dos as cabeceiras até abaixo de S. Domingos, extrahlo-se grande
Veados das
leUras, Bonito, Serra .\zul e Leão e pela dir. quantidade de ouro de elevado quilate c pequenos diamantes.
o Quinze de No-
vembro, alem de outros. Desce dos campos de Actualmente são poucas ás minerações. Tem 12J kiloms. da
S. João.
PEIXE. Rio do Estado de Santa Catharina. aff. de Luiz
percurso, (Inf. loc.) '.

Alves. ]<j também denominado Novo. PEIXE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes. banha os ter- .

ri tórios das fregs. de Paulo Moreira e da Saúde e desagua no


PEIXE. Rio do Esiado do Santa Catharina, aff. do Piçarras.
Recebe o ribeirão da Gralha. ribeirão do Carmo, aff, do Doce. Tem uma ponte no logar Cottas,
na freg. de Paulo Morreira e uma outra na freg. da Saúde,
PEIXE Rio aff. do Pelolas ou Goyoen. Nasce na escosta sul E' vulgai'mente denominado —
Peixe da Saúde.
da serra do Espigão e atravessa o território contestado entre os
Estados do Paraná e
PEIXE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes desagua na
;
.Santa Catharina,
margem dir. do rio S. Francisco abaixo da foz do Paraopeba,
. o ,

PEI — 165 — FEL

PEIXE. Rio dr> Eslíado de Minas Geraes ; nasce na Manti- PEIXE BRAVO. Log. do Estado de Minas Geraes, no
queira ao S. de S. Domingos e desagua na margem dir. do Pa- laun . do Rio Pardo.
raliybuna. Recebe diversos trib^. entre os quaes o Rosa Gomes,
Bi-umado, Pary, S. João, Esmeril, Monte Verde, Palmilal, Qui-
PEIXE BRAVO. Rio do Esto.-fo de Minas Geraes. aff. do
Vacc;iria. qua o é do Jequi ti nhoiilia. Receije o co/rego do Tarn-
lombo e Pirapetinga.
boidl.
PEIXE. Rio do listado de Minas Geraes, nasce na sorra da PEIXE CRÚ. Pov. do Estado d.' Minas Gerais, na freg.
Galga e tomando a difecoão S. N. vai desaguar no rio das
da Piedade do Lri-nni de Mln;iS Nuv; ;í. Fi.i ef'v;ulL' á disl. pelo
Mortes entre as fazendas Barra e Ilha. Serve de limite aos disls.
art. I da Lei Prov. n. 2.5i).5 de:; de janeiro de ití7',J e rebai-
de Santa Rita e S. Thiago. Recebe diversos aífs.. entre os quaes
xada dessa categoria pela de n. 2 Idl de 25 de seleudjro de 1882.
á dir. o i'ibeirão da Prata e o Macuco e á esq. o Cachoeira.
Pinheiro e o Santa Rita. Seu valle é em geral bast:>nte estreito,
Tem uma esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei Prov.
n. 2.J78 de 9 de novembro de 1S7S. I']' separado das fregs. de
assim como o de seus aíls. o leito é bastante sinuoso, por elle
;
Itacambira e Grão-Mogol pelo rio Jequitinhonha. Orago Senhor
correndo em extensas corredeiras. A bacia é cavada em terreno
gneissico e nella ainda se encontram muitos capueirões, sendo a
Bom Jesus da Lapa.
zona bastante ferlil. PEIXE DE COURO. Log. do Estado de Matto Grosso, no
dist. de Santo Antonio do Rio Al)aixo e mun. da capital.
PEIXE. Rio do Estado de Mjnas Geraes banha a parochia ;

do Rio do Peixe e desagua na margem dir., do rio l'ará. PEIXE DE COURO. Rij do Estado de Matto Grosso, aft'.
PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. da margem dir. da margem dir. do Iliquira. que é trib. do Piquiry e este do
S. Lourenço.
do rio Pará. Banha a parochia do Pequi e receb; o ribeirão da
Contagem PEIXE GA.IjLO. Ponta no sacco da Jurujulja, na bahia de
PEIXE. Pvibeirão do Estado de Minas Geraes, aíl'. da margem Nyterõi ou de Guanabara. Separa a praia de Fóra dadeSam-
esq. do Bicudo, que o é do rio das Velhas, bagoiá.

PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes, aíf. da margem dir. PEIXE GORDO. Lagôa no mun. do Remanso do Estado
do rio Preto, que é trib. do Caratinga e este do Doce. da Bahua. E' muito piscosa.

PEIXE. Rio do Estado de Minas Geraes, afl'. do Piracanjuba, PEIXE GRANDE. Ril)3Írão do Est.ido da Bahia, banha o
muu. do Prado e desagua no ocaao um pou.co ao S. do Im-
entre Uberaba e Pirata.
bassuaba
PEIXE, Rio do Estado de Goyaz, afF. da margem dir. do
rio Araguaya, nasce na serra do Carretão no Cabasacco. Seu PEIXEIRA (Santo Antonio da). Log. do Estado do R. G.
do Sul, á margem esq. do rio Taquary, no mun. deste nume.
principal trib. é o Tesouras, que nelle desagua pela margem
dir. Diz Cunha Mattos ser o ribeirão Alexandre Aflbnso cabeceira PEIXE PEOUENO. Rio do lis ado da Bahia, banha o mun.
do rio do Peixe. Recebe o Caissara e S. Felix. «O Dr. S. da do Prado e desigua no mar ao S. do Peixe Grande.
Fonseca diz a respeito desse rio o seguinte Peixe ou Tesouras,, ;

nascido na serra do Carretão recelje as aguas do Peixe Pequeno,


;
PEIXE PEQUEiSíO. Pv-io do Estado de Goyaz, alf. do rio do
Isabel Paes, Taquaral e S. Miguel, todos oriundos da mesma Peixe, trib. do -Vraguaya.
serra o vjí junfcar-se com o Araguaya, pela margem dir. com PEIXES. Cortcgo do Estudo de Goyaz, aff. do córrego São
um cr.rso de mais de ISO kilometros. Oíterece boa navegação para Domingos, que o é do rio Meia Pont;.
o Araguaya. » Cunha Mattos diz « Entrei no deserto do Car-
:

retão, passei viirios córregos insignilicantes absolutamente PEIXES. Rio do listado de Matto Grossi, desagua na
seccts; atravessei a matta de Alexandre Aftbnso e junto a xim niafgem dir. do .Vrinos. cousa de dons dias de viagem, em
riljeirão de.-te nomu, que é cabeceira do rio do Peixe. Subi um descida, acima da barra do Juruena. Foi tajnb-m diuimninado
morro muito pedragoso e cheguei ao córrego da Caissara, qne rio Lie S. E'rancisco e rio do Padre Lopes, ineliviLluo (jue por
entra no mesmo rio do Peixe. Descansei nm pouco neste logar. .. ali an lou em 1S20 em busca dos Martyrios. Os Apiacazes
e depois cheguei ao córrego do Piki do Campo ou coi'rego da Se- cham.im-o Itaraiumy.
pidtura. O córrego do Piki (nome de uma arvore) entra no rio do PEIXES. Lagòa do Estado do Maranhão, na freg. de Ba-
Peixe, que Vai para o Araguaya unido com o Tesouras.» curyluba.
PEIXE, Pvio do Grixá-assú, que com
do Estado de Goyaz, aff. PEIX VERDE. Rio cio Eslado do E. Santo desagua no ;

o Crixá-mirim fórma o Crixá, aff. do rio Araguaya. Recebe o rio oceano entre Jucá e Victoria. Ha quem o considere como aff.
dos Bois e o dos Novilhos (S. da Fonseca). da niar-iem esq. do JucCi. O Sr. Daemon diz nclle desaguarem
PEIXE. Rio do Estado de Goyaz, desagua na margem dir. os rios Braço do Sul e Formate ou Taqiiary.
do Corumbá, trib. do Paranahyba. Recebe o Brumado, o Calvo, PEIXINHO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
o Muquem e o dos Bois. Olinda.
PEIXE. Rio do Estado de Matto Grosso, aff. dir. do rio PEIXOTO. Ilha do Estailo do Amazonas, no i-io Irá. om
Manso ou das Mortes, llecebe aguas dos riachos da Lage, do frente ao igarapé do .Vjirigio.
Monjollinho, do Taquaral e da Insua.
PEIXE. Rio do Estado de Malto Grasso, aff. dir. do .Vrinos,
PEIXOTO. liaiíôa no Eslado do R. G. do Sul : tem Gl)0 a
7U0 braças de cumpiámeu to e commr,nica-se com a lagòa do
acima do Jiiruhena. Vido Ilamiamij e Peixes,
Marcellíno por um pequeno sangradouro do 70 a 100 braças de
PEIXE. E' assim taniljem denominado o rio Aporé, alf. da curso, o (|ual é muito estreito, de pouco fundo o tortu.oso.
margem dir. do Paranahylja. Vide jijiorá. Vide lagòa Negra.
PEIXE. Lagòa doEstado do Ceará, no mun. da Palma, lia uma PEIXOTOS. Dist. <lo Estado do Minas Gerae.s, no mun. de
outra no mun. de Cascavel. S. Seliaslião do Paraíso. Foi elevado á distr. de paz pela Lei
PEIXE. Lagòa do Estado de Pernamluico, na margem e=q. Prov. n. 2.70'i de :!0 de novembro do ISSO. que incorpore u-o ao
do rio S. Francisco, entro as lagòas .Jurema e da Catinga. mun. de S. Seliasl.ião do Pa ra iso do<inpmbrando-o do de Passos.
Voltou a |erl<nccr ao mun. de Passos pelo § V da Lei Prov.
PEIXE.. Lngòa do Estado de Pernamlouco, no mini. do n 2 701 de 1:! de set.íui.a-o de ISSI. Foi elevado á categoria de
Brejo, á margem dir. do rio Ipojuca. (Inl'. loc). parochia l>ela Lei Prov. n. :i.ííl2 de 20 de outubro de. 1SS2. que
ai,nexou-o vi ir.nn lU S. Selmstião do Parai o. Tem iluas
PEIXE. Lagòa do Estado da Bahia, no mun. do Brojinbn,
iu;t
.

primaria.
distante dons kils. do Paiá-mirim. esclif!. pnlilíí. d'' i .

PEJUABA. Log. do Eslado do Ceará, no lernu» de São


PEIXE. Lagòa do Estado do R. G. do Sul, próxima do
litloral e communicando-s« com a de S. Simão, ao N. Hen^dict >.

PEIXE BOI. Ilha do Eslado do Amazonas, no rin .Japurá PEJUABA. Riacho do EMado do Ceará, m caininlndo
Ibia|iina para vS. Benedicto.
PEIXE BOI. Pequi-no rio tio Estado do Pará, na ilha Marajó.
Pernamluico no nini.
E' uma das vertentes do rio Anajús. r<'ica na cii-cumscripção do PELAGIO. Pov. do listnrlo de il i

Alto Arary e com. da Cacho ira. GaJnciiiMra, com uuia oscli. ]uiblic:i.
PEL — 166 PEL

PELEJA. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de P.ELLADOS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Saíiuavema, na estrada do Palmital. Bezerros.
PÉ LEVE. Log. do Estado das Alagoas, em Bello Monte. PELLADOS (Remanso dos). No rio Parnaliylia, próximo ao
remanso do Comboeiro.
PÈ LEVE. Nome de uma estrada do Estado da Baliia. Foi
aberta para commiuiicai' a Feira de Santa Anna com a cidade PELLAES. Rio do Estado de S. Paulo no mun. de Santos.
de Santo Amaro. Além de muitos pontilhões de alvenaria neces- Desagua no lagamar da Bertioga. E' foimiado por dilferentes
sários ao esgoto das aguas plaviae? e dos córregos, de cortes de cachoeiras, entre as quaes as denominadas Itutiiiga, Jacare-
terra e ateri'os importantes, devidos á realisaoão de seu traçado guava, Guaxunduba e BuíTo. Recebe o Itapanhaú. E' nave-
por terrenos acoidentados, conta lambem uma ponte de ferro em gável por pequenos barcos na extensão de 16 a 20 kilometros.
Santo Amaro, outra em -Jericó, a do Barroso e o grande pon-
tilhão do Zumbi.
PELLE DE GATO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, rega
a freg. de S. José do Jacury e desagua no rio Suassuhy
PELLADA. Serra do Estado de Pernambuco, no mim. de Grande, trib. do Doce.
Caruaru.
PELLUCIA. Morro do Estado de Minas Geraes na cidade de
PELLADA. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. de Ouro Preto.Tem ainda vestígios de amigas lavras.
Quipapá, corre de R. a O. Em alguns logares é coberta de ca-
pueiras e mattas virj;eas. PELLUCIO. E' assim denominada uma estrada de car-
gueiros, no mun. da Conceição do Arroio e Estado do R. G, do
PELLADA. Vide Tacamiaba. Sul. Foi coiiiractada em 24 de síteiubro de 1878 e recebida de-
PELLADA. Serra do Estudo da Bahia, nas divisas da freg. linitivanieu te a 17 de maio de 1882.
de Sarapuhy. PELO SIGNAL, Com esse nome foi creada freg. a villa da
PELLADA. Ponta da ilha Maraoá e Estado do Pará, entre Independência, hoje pertencente ao Estado do Ceará.
as pontas do Purgatório e da Onça.
PELOTAS. Cidade e mun. do Estado do R. G. do Sul,
PELLADA. Ilha do Estado do Rio de JaneU-ii, defronte da sede da com. de seu nome. na margem esq. do rio S. Gonçalo,
costa que lica entre á praia de S. Gonçalo e a de Mambucabiuha. entre os arroios Santa Barbara e Pelotas, aos 31" 40' 53' de
Próximas delia ficam as ilhas Comprida e Toque-toque tem ;
lat, S. e O" 14' 29" de long. O. Em fevereiro de 1779 o governa-
45 metros de altura. dor do continente de S. Pedro do R. G. do Sul, José Marcellino
PELLADA. Ilha do Estado de Minas Geraes. no rio Doce, de Figueiredo, concedeu a Manoel Carvalho de Souza, obri-
abaixo da do Sacramento. Fica coberta pelas aguas nas en- gando-se este a povoal-o e cultival-o, o rincão situado entre o
chentes. rio S. Gonçalo, arroios Pelotas e Santa Barbara, lagôa dos Patos
PSLLADAS. Serras na margem esq. do rio Bianco, trib. e as vertentes da serra dos Tapes ('). Esse território foi po-
do Negro, que o é do Amazonas, no Estado deste nome.
rio voado por alguns moradores da então villa do Rio Grande,
Ficam aima da serra de Araraquara. fugidos á invasão hespanhola, e por insulares das Canárias,
*Açores e Madeira. Em 1812, achando-se já o mun. dividido entre
PELLADO. Log. á margem do rib;irão Butiá, no mun. do muitos proprietários e a sua poií., cultura e commercio um
Rio Negro e Estado do Paraná. tanto desenvolvidos, foi desmembrado da freg. de S. Pedro do
PELLADO. Serra do Estado da Bahia, nos limites do mun. Rio Grande e erecto em freg. collada com o titulo de S. Fran-
do Jequié: próxima da serra do Casca. cisco de Paula de Pelotas. A creação da freg. foi ordenada por

PELLADO. Morro do Estado da Bahia, no mun. dn Riacho Alvarado 7 de julho de 1812 do princi|ie regente de Portugal
D. João VI e a erecção por Provisão do bispo do Rio de Ja-
de Santa Anna.
neix-o D. José Caetano da Silva Coutinho, de 18 de agosto do
PELLADO. Morro do Estado da Bahia no mun. dWrèa. E' mesmo anuo, o qual ao mesmo tem|)0 determinou quê servisse
o ponto mais elevado da serra Tiririca neise mua. iiiti'i'iiiame;ue de egreja parochial o oratório de N. S. da Con-
PELLADO. Morro do Estado da Bahia, no mun. de Chique- ceição da fazenda do Serro de Sant'Anna, e nomeou seu yiri-
Chique. m -iro viga.rio o padre Felicio Joaquim da Cosia Pereira. Mais
t irdc foi doado para edilicação da matriz o terreno em que ella
PELLADO. Morro do Estado do Rio de Janeiro, entre os rios
Piabetá e Caioaba. actualmente se acha, e mais um outro destinado á construcçáo
da casa de residência do vigário, p;lo cai)itão-mór Antonio
PELLADO. Morro do Esta lo de S Paulo, no mun. do Rio Francisco dos Anjos, que aforou, para edilicação de casas par-
Claro, na estrada desta cidade a .Araraquara. Tem cerca de 8M) ticulares, os que se acham em torno da praça da mesma egreja,
metros de altitude e é assim chamado portsr a face, do lado do á razão de 320 réis por anno cada braça de frente. D. iMarianna
S., coberto de matta virgem e a face do lado do N. descaliellada EulVazia da .Silveira, viuva do capitão Francisco Pires Casado,
e coberta apenas pela vegetação rasteira dos campos. fez também as seguintes doações de terrenos: Uma quadra para
PELLADO. Morro do Estado de S. Paulo, no mun. de a construcçáo da nova egreja matriz, que é o que actualmente
S. José dos Campos. e?tá occu|;iado pelos alicerces da mesma egreja, edifícios da
Intendência Municipal, Bibliotheca Publica, Lyoeu de Agro-
PELLADO. Serra do Estado de S. Paulo, no muu. do Soc- nomia e Veterinária e estação da Erapreza Ferro Carril ; Um
de
corro. (Iiif. loc.)
80 braças em qiiadio para praça da povoação, actualmente praça
PELLADO. Morro do Estado de S. Paulo. Vide Grande da Regeneração. Outro de 20 braças de frente e 20 fundo para
(no supplemento). quartel e hospital e que ignora-se qual seja. Outro com a mesma
frente e fundo para logradouro publico na estrada das Tropas.
PELLADO. Morro do Estado do Paraná, a 72 kil. de Cu-
Foi elevada á villa em 7 de dezembro de 1830 e installada em
rytilia e a acima do nivel do mar, na estrada da(iuella
760'"
cidade a Assunguy. 2 de maio de 1832. Por Provisão dc 8 de agosto de 1832 do bisjio
do Rio de Janeiro foi a villa de Pelotas creada com. ecclesi-
PELLADO. Serro no mun. da Encruzilhada, situado entre astica, sendo desligada da do Rio Grande. Pela Lei Prov. n. 5
os rios Camaquan e Jacuhy, no Estado do R. G. do Sul. de 27 de junho de 1835 íoi elevadá á categoria do cidade. O § XV
PELLADO. Morro do Estado de Matto Grosso, no mun. de do art. I da Lei Prov. n. 799 de 25 de outubro de 1872 coiisli-
S.^ Luiz. de Caceres. Faz jiarte tia serra do Diamantino (Inf. loc.) tuiu-a com., e o Dec, n. 5.178 de 16 de dezembro do mesmo
« Espigão meridional das serras do Paraguay, á margem esq. anno classilicou-a de terceira entr. yVctualmente, o niun. de
deste rio, qualro kils. abaixo do morro do Descalvado o 40 Pelotas occupa, uma área de 2.800.000 kils. quadi^nhis ou appro-
abaixo da loz do Jaiirii». (Dr. S. da Fonseca. Dicc. cit.) ximadamonti' 01 léguas também ([uadra.da.s, sc^iiniilo a, planta
lev;i II ;ii|a irhi Ci 011 111 s^ào de li'rr;ia colimisação. .V su v maior
i'

PELLADO. Ribeirão do Estado do Paraná alf. da maryein


I

cxl''ii:í,io
j

iiiiia
i

liiiliii d(> N. a N. ii;i sccn les


( do .Viruio Grande
dir. do Butiá, que o é do Negro, e este do Iguassii.
á margem do rio Piratiiiy) é de 71 kils. e largura maior de E. a
PELLADO. Rilieirão alT. da i>iargem dir. do Canoinhas,
triii. do rio Negro, que o é do Iguassú.
PELLADO. Córrego a ff. do Sapucahy-mirim
;
próximo ás
divisas dos listados de S. Paulo e Minas Cferaei?. 1 Cadastro do muuicipio.
. . . .

PEN — 167 — PEN

O. (Colouia Acoioly. na inarseiu ilo afiviio das Pedras d margem a Capella de S. Bi'az. Transferida a sede da matriz para n logar
da lag-òa dos Patos) 03 kils, O numero de esli'adas geraes que o Bocca do Lago pela de n. 552 ile 31 de maio de 18'i0. Elevada á,
corlaiu em dillerenlcs diivcçnoi é de 28, que mevUuu approxima- cat"gori;i rir vilhi pela de n.
'i55 de 21 de jiinliode 1871. Lavoura
daiiieiite Si'iO Ivils. lí' liiniiadfi ao N. pelo miiu. do Boqueirão de cjlV', (;:(_, in, canna de assu^^ar m.oidirica, tabaco, algodão,
serviíu.lo o ari'uio (_;r;iiido do divisa enlre os dons iiiuus. áK. ; milho, rir, ('i-ua\io de gaito vaccum. lauii;oí-o. cabrum e suino.
pela -Jag-òa dos Pai. )S; ao p.dos rios S. Goií.-do ]'ii'atiuv á ; Tem 4.,'iS'> li.dr,. ^.^obrc limib'S vido l.ei Pivjv. n. 1.127 de 14 de
O. pela serra do Ilerval ou Ilervateiros. O ".mi s] ...;lo é
i pari'3 acosto do 1^70. TiMU eíchs. pid.ils. do inst. prim.. uma das quaes
plano, parle moiitanlioso, esla rocamaila de imuuiieras eoxiUias creada i>ela Lei Prov. n. (iõl de 2 de julho de 18(33. Agencia do
e montes da serra d(js Taiirs, o mais alto dos quaeí, o Gerivfi, correio
mede 3()0 metros acima do uivei do mar. E" banhado pola Ia-;òa
dos Patos, rios S. Gonçalo e Piratiny e diversos arroios que PENANDUBA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
de Muribeca
correm pelo interior, cidre os qnaes ó Pelotas, navegável até
quatro léguas acima de sua Ibz por pequenas endiaccações : o PENANDUBA. Serra e lagòa do Estado do Ceará, no mun.
Santa Barliara, navegável até tres kils o Contagem, o Cor-
;
da Palma.
rentes, o arroio Grande e o do Padre Doutor. Entreos mineraes
existentes em seu silo oontam-se o ouro, a prata, o ferro, cobre,
PENASCO (Santa Rosa do). Pov. da parodiia de Condeúba,
no Estado da Bahia.
sodium, etc. Tem aflora maanificos represeni antes, taes como
o cedro, o ipé branco, a can&Ua i>reta, o nbá a Ijatinga, a capo-
,
PENATEQUE. Grande ribeirão, lioje chamado rio da Prata;
roroca, a canjei'ana, a';'oita-.'avallo, etc. A launa é midt variada, >
no Estado de Matto Grosso (B. ile iíelgaço).
e entre os diversos géneros de animaes que vagueam nas maltas
salientam-se a anta, o leão da America, o veatlo, o cervo, a ja-
PENDANGA. Riacho do Estado do Maranhão, alf. do Par-
nabyba. meia légua acima das pedras da Veneranda. Vide
guatirica ou gato do matto, o porco selvagem, a jiaca, o quaty, Pciidcnt/a.
o tatíi, a cotia, etc. Quanto á reptis exist^iíi a cascavel, jararaca
cruzeira e parda, lagarto e outros. Das muitas espécies de pás- PENDÊNCIA. Pov. do Estado do Ceará, no termo de Batu-
saros destaram-se a avestruz, a segonba, diversas qualidades de rité: elevada á dist. pela Lei Prov. n. 1.009 de 3 de novembro
patos, o corvo, o gavião e suas variedades, gaivotas, canários, de 1862 e á parochia pela de n. 2.113 de 15 de dezemljro de 1885.
sabuis, ele. As terras cultivadas do mun. orçaili por 896.830 Tem duas e.schs. publs. de inst. prim uma das quaes creada ,

kils. quadrados, sendo a maior parte trabilhadas por colonos pela Lei Prov. n. 1.176 de 29 de agosto de 1869. Sobre suas
allemães, francez-s, hesjjanliôes e italianos. O gado de cria divisas vide Lei Prov. n. 1.797 de 10 de janeiro de 1879. Orago
existente no mun., é por calculo, 30.000 cabeças vaccum e N. S. da Conceição e diocese do Ceará. Por Provisão de 27 tle
G.OOO cavallar : o ovelhiim é muito insignilicante e o suino maio de 1886 foi confumada canonicamente a creação dessa freg.,
abunda extraordinariamente sendo impossível calcular-se o sendo nomeado como seu vigário o padre Constantino Gomes de
numero. A pop. da cidade é de cerca de 24.000 babs. Tem Mattos, Foi elevada á categoria de villa com o nome de Pacoty
diversas eschs. ynibls. de instr. prim., o Lyceu Rio Gran- pelo Dec. n. 56 de 2 de setembro de 1890.
dense de Agronomia e Veterinária ; a Bibliotheca Publica Pe- PENDÊNCIA. Log. do Estado de Pernamljuco, no termo de
lotense, fundada em 14 de novembro de 1875 ; o soberbo eililicio Bom Jardim. Ha outiro log. do mesmo nome no mun. de
da Intendência iMunicipal, a Santa Casa de Misericórdia, o Goyanna.
Asylo do N. S. da Conceição para orpliãs desvalidas, fundado
eni 7 de setembro de 1857, Asylo de iMeadigos, Club Commer-
PENDÊNCIA. Morro do Estado do Ceará, 36 kils. distante
da villa de Caraiheús.
cial, estação da E de F., theatro, egreja de S. Francisco
de Paula, etc. Tem agencia do correio e estação teleg-rapliica. PENDÊNCIA. Rio do Estado do Ceará, banba o mun. de
PELOTAS. Icó e desagua na margem dir. do rio Salgado.
Rio que nasce na serra do Mar, divide o Estado
de Santa Catharina do do R. G. do Sul. e, depois de receber PENDÊNCIA. R.ia.cho do Estado do R. G. do Norte, no
as aguas de diversos arroios, entre os quaes o Pelotinhas, fórma mun. de Apody. Vae para o rio deste nome.
o rio Uruguay. PENDENGA. Rro do Estado do Maranhão, aff. da margem
PELOTAS. Rio do Estado do R. G. do Sul; nasce na serra esq. do Parnabyba. Encontrei tamisem escripto Pendanga.
dos Tapes e desagua no S. Gonçalo. E' navegável até cerca de
PENDENTE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
18 kils. de sua foz. Em
suas margens, no espaço de 12 kils., Nazareth.
estão estabelecidas vinte e tantas cbarqueadas e fabricas de guano
artificial. PENDERAMA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
de Ipojuca. Também escrevejn Pendeirama.
PELOTAS. São pequenas embarcações de couro usadas no
R. G. do Sul e Matto Grosso para passagem de rios, de uma a PENDERAMA. Pequeno rio do Estado de Pernambuco,
outra margem, a reljoque de um bom nadador, ou cn.costadas a banha o mun. de Ipojuca e desagua no rio deste nome.
um Cavallo. Supportam apenas um homem. São muito ciuiosas PENDOTIBA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na freg.
e originaes, e uma miniatura das grandes e celebres can/.as para- de Jurujuba e mun, de Nyterõi com duas eschs. publs. de inst.
;

guayas. (Antonio Alves Camara, i" tenente). primaria.


PELOTINHA. Log. do Estado de Santa Catharina ; fórma PENDURA. Cachoeira no rio Cuyabá, enti'e os rios Manso e
um dos quarteirões da cidade de Lages. do Nobre, acima deste cinco kils.; no Estado de Matto Grosso.
PELOTINHA. Rio do Estado de Santa Catharina, aff. do PENDURÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Pelotas Taquaretinga.
PEMENDUVA. Bairro do mun. do Parnahyl)a do Estado PENDURA SAIA. Log. no Districto Federal, no Cosme
de S. Paulo; com uma escb. jndjl. de inst. priiiui.ria. Velho e freg. da Gloria.
PENA. Ilha no rio Parabyba do Sul, mun. do S. João da PENDURA SAIA. Ribeirão tio Estado de [S. Paulo, no
Barra e Estado do Rio de Janeiro. luun. de Santa Cruz do Rio Pardo.
PENADO. Rio do Estado de Minas Geraes, alT. da margem PENEDINHO. Log, do Estado de Pernambuco, no mun. de
dir. do rio Pará. Iguarassu
PENALVA. Yilla e mun. do Estado do Maranbão, na com. PENEDO. Cidade e mun. do Estado dos Alagoas, séde da
de Vianna, na margem esq. do rio Cajary, que a divide da ilha com. de seu nome, ediíicada em amiibifcheatro, na margem esq.
fronteira, a 36 kils. 10. de Vianna e a 30 S. de Monção. O mun. do rio S. Francisco, cerca de 44 kils. acima da sua foz no
é ao N. e a E. coberto de mattas. ao S. é geralmente plano e Oceano. A vista da cidade é )iittoresca; as ruas regularmente
com|iosto de extensos camiios. Encontram-se alguns outeiros calçadas, sendo melhor a de;iominada da Praia ou do Commercio,
sendo mais notáveis o ?iíucurora e o da Cru/,. E" regado pelos que corre ao longo da murjem do rio. Além ila egreja matriz, que
rios Cajary. Pindaré, Cascu*do, iNlysterio, S. José e alguns outros. é da invocação de N. S. do lios- rio, conta um convento de Fran-
Orago S. José e diocese do Maraiihão. Ue simples ov. do 4o dist.
|
ciscanos e as egrejas de S. Ci.o.-mIo Garcia. N. S. da Corrente,
da ciílade de Vianna foi elevada á freg. pela Lei Prov- n. .510 São Uonçalo do ^Vinaranto e Rosario do.^ Pretos. Possue um hos-
de 27 de julho de iSõS que designou-Uie para matriz provisória pital de caridade fundado por João Pen-lra Alves a 3 de fevereiro
e,

PE.\ — 168 — PEN

de 1870 um Ikhii tlip:itm, denoiniiiailo Sete de Sctcmbi-o. iiléin de


;
porto da cidade do Penedo, do que ao Recife ou Maceió. A lã
um outro ineiinr mu c iilic-io ouilf 1'uiiccióiunii v. r;iiii;u';' c o
:
do Barrigudo só a|>]ia.race nos annos seccos os tecidos de algodão,
;

Tl-ibuiial do Jiir\: o c-.ii- ul;'d- ,'SI;h1,i;!| e v a Itinid-.-:: Xi. iiiMii. . redes, etc, aviillaiu alg ima cousa no mercado, é trabalho das
(.uUuo-s."' :d^Md:n., i m'' ; ssuc;;i- e cereaes ii''!!'.- lie;! nino ;
mulheres exclusi vaiiKuile Ta ub^m exportam os couros e pelles.
.

fiiljrii';! li; , i.i (' l-i-ch.-:')!! .


(") c(.uunei-oio é aniinado, liavemln saacos o Salgados, não s^ aprovei ando em toda a comarca os
exiicirl.H-;:. . iHi|H.rl;,r:iM i
( i
[( c a I
cniii õs inercãdo? da Llepuljlica. i-' , ssas e ualias do gado e me=mo pautas, pouco, e o cabelfo só-
,..
;l 1, jri r, i\ I
,
,
1 1 1 1
:
.
:
1 1 1 |inr 1 1 1 v .
TSi 1 rios, enlre os quaes
1 o : uiaiite jiara coi'das de rede;; o leíle é pou^o aproveitado, nem
I, ,,;, !i ,1 í ii ',1 ;i ii u>' r Tl a u liy : coiU|)relieiide OS ba.iv- masmo os ({ueijos sã.o em abundância Na beira do rio a iiiamr
.

,1,, I
1,1'MII fOS pOVS. 1^ U g'0 U llUS, TuIjO"
ilcillalTo \ 0i'lllc;'lllíl Í induslria é a de cortume, e a plantação de arroz a qual não dí-
,

Jlar.a da Hnassica e Ilha Grande. Teiii'20 OJO habs. luaiida, rotação, visto que o terreno é ]U'aparado e fertdlsado

.V-, ,icia do i'iir,'aiii. lísLação Iclfgraphica A lla.iiuc.:;'a I'ji3chs. . .


palas aiiciíeiítei. Trabalham igualmente em olaria=;, fazem pouco
|iulils, da iusl-, |M-iiii.; iiui eoUegio paid-icular. duas aulas publicas li jollo, ledia e louca grossa, ]iarticularmen te talhas grandes de
(la laliin a viUa com a deuominaeraj de
iVaai-a/,. l''iii creada giiar.lar agua, não ha ainda quem taça a louça vidraila, vindo esta
S. KranclsiMj, ani l?.l' abril de 10:30 (segundo o Dr. Es|)imlala). da iSergiiíe. O sertão a' ainda, como todas as margens áridas do rio
Cl, la, la pala i.ai r,',i\. a. :;dal8 de abril de 1,842 E' com ib' . . Sd'b'aiicisco acima até á villa da Barra do Rio Grande, em campos
s.v-uiala laii,-.. ala ;-.ili,'a^la |,.los Decs. ns 087 de 20 de jullai de .
de caruá, que dá ás vezes folhas de onze palmos de comprimento;
\ti:,\) a ã.Di.i da 1 ,le Sí^anilji-a d,i
ÍHÍÍ, Em 1883 comprebedia nos lioréiu, |n'as?nlemente, preparam-no brutamente, descascam,
tei-iia.; ;aai iiaiiie e iln l'ar(a Hr-.l do Collegio e mun. de secaam, a assim vem em grande pcção ao mercado o producto
Piassabii sia Õ l)r, Tliaiiiaz d,> Bum Fim Espindola, em sua desta tão util planta, que |ior aquellas paragens cresce esponta-
(icdijrpiili K Alii i/nn l/u k Pcir.do. Collocada sob os 10" 13'' : neamente sem o menor cultivo, si ella fosse preparada como o
lia íal. á :'d' da l.uig. K. da Uio da Janeiro, a 7 layuus da
i'-;. linho podia bem sup)n'il-o. a\. baunilha abunda em todos os Io-
IjaiTa, melada na planície udjacenle ao rio de .S. Erancisco e ga re? onda ha palmeiras, particularmente o aruciiry ou ouricury,
metade na encosta ou fímbria, e assentada do |ienedo da (pie tirou lia quem é parasita, e é somenie aproveitada pelos morcegos "

o nome e onde termina a ramificação esiiuarda da cachoeira tle macacos, quando de contrario podia fornecer um importante ramo
Paulo Aflbnso. Teve pi-incipio entre 15^2 e i53õ aos 12 ile ; decommercio. iV cochonilha pode-se colherem grande quanti-
abril de 1030 foi elevada á villa com o nome de.S. Francisco, em dade em todas as partes agrestes das margens do rio S. Fran-
1037 os liollandezes ahi estabeleceram o forte de S. Francisco, no cisco, onde os caixos abundantes á beira do rio, são denominados
sitio hoje occupado por algumas casas do tenente-coronel Anto- Qiiipá (ui Palmatória, cuja planta é ás vezes tão coberta da-
nio José de Medeiros Bittencourt, onde, ha bem pouco tempo, quello bichinho que parece polvilhada, mas nada delia se apro-
cavando-se os alicerces de uma dessas casas, encontraram-se al- veita. O centro da comarca não tira proveito da canna de as-
gumas bailas de diversos tamanhos pertencentes a esse famoso sacar, posto que ( camo tenho sido informado e tenho visto)
forte, com que os hollandezes pretendiam defender aquella raia terrenos ha ai)ropriados a toda esta industria, que está concen-
da província. Retomada'pelos portuguezes em 1045. a esforços de trada na freguezia do Penedo, onde ha mais de 12 engenhos,
Valentim Rocio, por Aivará de 1315 teve um juiz de fira, e foi dos quaes ha samen'e dous de moendas horisonlaes. Começa-
elevada a calliegoria de cidade com o predicado de iii>iii'i h: d e ram a cultivar o cate, que dá muito bem, porém, a colliélta
valorosa ciilade. do Penedo por Lei Prov. n. 3 da 18 de annual ainda não chega a 1.000 arrobas. Êm grande extensão
abril de 1842. E' cabeça de comarca: berço do diplomata Carva- tem-se ultimamente iniciado o plantio da mamona, e já existem
lho IMoreira, barão do Penedo. ., .». Foi essa cidade visi lad ]iali> i
algumas fabricas de expremer o oleo de ricino, dis'inguindo-se
es-Imperador a 14 de outubro de 1859. O mm. de Penedo entre estas, a. de Araujo e Filhos com cinco prensas de ferro
era em 1833 constituído pela parochia de N. S. do Rosario e São fun,didas em Pernambuco e (na antiga) fundlccão de ferro na
João da EgrejaNova. O engenheiro fda.líeld, no seu Relat. con- Ponta d' Areia no Rio de Janeiro. Ha mintas hervas, plantas,
cernente á exploração do rio S. Francisco, diz «No começo : arvores e raízes medicinais. O gado, em geral, é pequi^no,
desta légua (374 ) está a muito leai e valorosa cidade do Penedo, tanto o vaccum como o cavallar. e o criad) nas praias admira
C[\\e começou a ser povoada em 1555, quando ahi apor'ou o por- pelo tamanho, sendo um boi de tres annos criado no interior,
tuguez Duarte Coelho Pereira, primeiro donatário da Pernam- slmilhante a um garrote de anuo criado nas fazendas juntas
buco. Parte xlas casas acham-se edillcadas ao longo da jiraia, a ao rio. onde o gado a cada ins ante pôde mitigar a sede.
estas por vezes soflVeram pelas lnundaç(5es das maiores enchentes Respeito á riqueza mineral, que pôde oíTerecer a comarca de
do rio. porém, a )n'inci|)al parte das casas, está sittia.da sobre a Penedo, nenhum au pouco desenvolvimento tem havido neste
declivldade de um espigão de morro, que começa no nivel das sentido; já notei que próximo de Piranhas e.^iste toda a pro-
aguas do rio e eleva se, subindo, em rumo de poenie a no^.scente, babilidade de se achar ouvo, bem como no valle do rio Panema,
até a egreja de S. Gonçalo do iVmarante e Monte Alegre, que fica e talvez no micaschito que predomina em ext nso terreno entre
pouco adeaiití daquella egreja. A fariiua;ão da rocha, de que se Piranhas e o Port) Real do Collegio pôde ser que se descubra
comiiõe o morra, grés, que em afannias ruas e beccos cousti- (• ouro ou a'gum outro qualquer metal, como já se tem dit >,
tue a calçada. A cidadã tem cinca agraja-^ que são a matriz, ; existir um me al na ^'cri-ít da Tabaiigi no Buraco de Maria
S. Gonçalo do Amarante, N. .S. do Rosario, N. S. da Corrente Pai-i ira
: a pedra calcarea existe em muitas partes desta co-
e S. Gonçalo Garcia, e mais quatro pequenas capellas, uma com m irca, e próximo a Propriã. na província de Sergipe, eu mesmo
a invocaaTa' de N S. da Ponha, duas com a dc Santa Cruz, e . achei a. Ir^m como na serrado Colosso e na serra de Craunan
rmia d ss. Sacramento; tem mais um convénio de Francisca-
1 no camiiih aiilre Matta d'Agua Branca e Piranhas. O grés ou
>

nos, adili,-i jlire e importanie, outra de Santa Maria dus .Vnjos, pedra de areia, que se acha desde Proprlá em direcção para o
um li,><|iilal da Misericórdia, uma cadela e casa da Camara, uma mar é eja^ellante material, parlicularmeute na pedreira fron-
aula dl' laliia um pequeno tlieatro. um armazém para dapasito teira á cidade do Penedo, no logar denominado Passagem, e alli
da ';al, inii.. ca, d,' a,-aiigue, e 1.014 .•a«t>!j a aa aaraa da 8.50:) a masmo na Ijarr uico da margem do rio, circumsUmcia assás
',•.(1011 aiiiaia. 'faila a iVeg. da cidad,' da l',aiad,> iam 7.0ÍM ha- favorav,d (|iie |,r-analte a exportação dessa pedra por agua e
mans, 'i.'.lãl uiiilla'-; livr,";, 2 213 as,-i'a v, n b' aiu „ .s aí S'X,i3,i:' , !
pari onda lar requisitada. Na cidade do Penedo, no collegio
II, 1 iiiasiiia ,1 1
-í laal, . ri'-;i, I •111 li asl ra lar a r, i ; taii,l,i uai dasl.' iiu- dos l''rauals,-;inaS, vi grandes columnas no iiil,erior desse
meriida fi,a\,, IVu, i
i irn : lai lalai ll.Sl-l aa- aluías, fbii 1,hI:i a graial,' adiliaio, ao longo de ura extenso corrrdoi', b^n como
luaraa a. iiu iia- naliislna,' a da (uwavaa da gadu r,,,- -, c u ad, ;j . , i ,
; lauib a paltstaea, soleiras e escadarias bem ia\eaii tadas, da-
lavoara aui lii, !,j aL iia I a ijia^lla (.m inaliaa ua-' parais, ai; iil.airi- i|ii'dla |ia,lra, qua é amarella de còr de ganga, além disso, ella
n s aa n,
li 'I ,. aiii pri iii,a ra !a;.''a r a i u;, la ! laca . a la a/,, l, a | a, a paiica dá axcelleirl' pedra de amollar, e vi um reboUo feito delia
millni. a lioli, .ra iiiidaiiiaas, iiiida;s, ]
,i |ii iias a-a Ij, ila s . allias. bala- d' () pr.liui s de dlimetra e 4 p dlegad;is da grossura. Nas
la; d..,-,-; iii; a. ai ,'l,,iMa li,a'la,la-a da |,,ila iiiialaiada, al- ]ir.iias do mar fabricam sal marinho pela maneira do cos-
girla,,. -n,l,, ,|,.|1, a i|ii; liilad,' d, ai iaada ^
hi Ih r,ul ' ,i ho ]>\'('k- tume. » Duarte Coelho Pereira, 1" donatorio de Pernambuco,
rala a,. ,ln i.,.r ,lar uiais aMllladn |,ri.,liiclo,
M:araili,, -a,ua'a|,- depois de haver fundado Olinda sahiu com diversos navios
saiidi) 1) ,la Maraiil
.aa qia lldad,a riiialiiaaila. caiiu;! de 'ili,,,- portugiiazes e gente sufflciente a correr costa do S. a tini de
a.SSUCar, e tratam ,aa r -j la a a, a ,M iidi'. i|,i cari aaia ,1,. ,-,,m-,) , :
expulsar os francezes que ahi negociavam com os gentios e
e pelles. ca, ir., ,1a ,,,iaaiva, aO ,aaad,u'. a a ii iia |da u ta é entrando na liarra de Porto Calvo deixou colonos pura darem
SÓmentc para a iiaai ara, I,, l,.L'ar: |i,>iua. se exporia de algodão
1
1 I ,
,
comeao a um po\oado. Seguindo raalS para o S. entrou no porto
e em
iicqmaia a-cala, a maior parla que avulta na inspecção dos Era iic,v,,'s o em duas lagoas que lhe flcam iiroximas e ahi á
veem de Idra da comarca a província, isto é, de paragens do in- margem de uma delias estabeleceu outro povoado. Continuando na
terior da província de Pernambuco, que são mais pro.-iimas ao exploração da costa para o S. a 10 de outubro de 1555 entrou no
36,55?
. .

PEN — 169 — PEN

rio S. Francisco, denominarto Opara pelos iiidigenas e que por PENEDO. Rio do Estado do- Paraná, trib. da bahia de Pa-
ter sido descoberto a 4 de outul)ro de 1501, dia em que a egreja ranaguá.
celebra a lesta de S. Francisco, tem o nome deste Santo. A data
da entrada de Duarte Coelho Pereira no rio S. Francisco encon-
PENEDO. Porto no Estado das Alagôas, na margem esq.
do rio S. Francisco, que ahi conta 1.600 metros de largura.
tramos numa cbronica amiga no convento dos iVanciscanos de
Está a 11 kils da foz do rio. Até elle s dj'^ a inaré. E' fre-
Igiiarassú. Navcgandu rio acima chegou até o Jogar que o Pe-
([uentado pelos vapores das companhias Bahíana e Pernam-
nedo occupa. Pi>r ser a primeira eminência, que encontrou ua
bucana.
margem esq., e achando-a própria para um povoado ahi aportou
e deixou algumas famílias, que com elle vieram de Portugal. PENEDO DE BAIXO. Log. do Estado de Pernambuccy, no
Foi elevada á villa com o titulo de S Francisco a 12 de abril de mun. de S. Lourenço da Matta. Ha um outro log. no mesmo
1636, como se acha declarado nas memorias da guerra do Bi-azil, mun. denominado Penedo de Cima.
escriptas por Duarte de All.iuqucrque Coelho, 4o donatário, a
quem Felipjie lil d'Hespanha fez conde de Pernambuco e marquez
PENEIRAS, Log. do^Estado de Minas Cieraes, no mun. da
Bagagem, sobre o rio deste nome,
de Bastos. Nas ditas memorias lè-se a seguinte nota escripta
em Porlo Calvo no anno de 1636 —
em dozede abril deste próprio PENHA. Minas Geraes, no mun. de Cabo
Dist. do Estado de
ãno que levantada eu villa con el titulo de Bueno Successo la plo- Vei-de. Orago Senh Jesus
r do Bom
Foi creado parochia pela
blacion de Puerto Calvo. Assi lo hizo tambien comias ploljlaciones Lei Prov. n. 2.978 de 10 outubro de 18 S2. Tem duas eschs. publs.
de la Laguna dei Snr. y dei Rio de S. Francisco llaniando villa de inst. prim. uma das quaes creada pelo art. I .§ II du I.ei
de la Magdalena a la primeira, y de S. Francisco a la segunda, Prov. n. 3.038 de 20 de outubro de 1882. Pertenceu ao mun.
dando los términos y júris diciones conforme a los poderes y pri- de Passos. Foi elevado ádist. pelo art. 12da Lei Prov. n. 2.107
vilegiosqui tenia dei Rei para liacer lasque lo pariciesse.» Na de 7 de janeiro de 1875.
exposição feila pela camará do governo aos movimentos que ahi
Decorreram em 1817, a qual acha-se registrada n'um dos lívidos do
PENHA.Log. do Estado de Pernambuco, na com. da Flo-
resta. Pertenceu á com. de Belmonte, mas sujiprimida esta
Archivo, aflirmou ella que foi o Penedo elevado a villa em 1614.
com. por Acto de 2 de outubro de 1890, voltou a fazer parte da
fundando-se na carta dirigida a Bl-Rei em 14 de fevereiro de 1732
com da Floresta
.

pelo senado da camará de então, e maia n'uma provisão de 15 de


dezemljro de 1710 e numa certidão passada em 28 de dezembre ^
PENHA (N. S. da). Pov. do Estado das Alagoas, na parte
de 1715, documentos que acompanharam por cópia a referida da costa desse Estado comprehendida entre a barra do Cama-
exposição, mas que infelizmente não foram, como ella, regis- ragibe e a do riachão Persinunga.
trados. Na sessão de 22 de setembro de 1824, respondendo aca-
mara ao officio do presidente da província de 13 do mesmo mez,
PENHA. Log. do Estado da Bahia, distante 30 kils. da villa
do Brejinho, com grande lavoura de canna.
em que pedia cópias das leis e ordens pelas quaes foram creados
os offlcios de escrivães e tabeliiães desta villa, declarou que não PENHA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, á margem esq.
sabia ao cerio o tempo da fundação da villa pela queima que do rio Muriahé, com uma capella. Pertence ao mun. de Ita-
fizeram os hollandezes nos cartórios e no Archivo municipal, per- peruna
dendc-se todos os papeis que nelles havia; porém quí" consta-
v.i-lhet;r sido creada em 1614. « Esta asserção da camará, diz o
PENHA (N. S. da). Arraial do Estado do Rio de Janeiro, no
mun. de Campos. Diocese deNyterõi. A Lei Prov. n. 2.554 de 19
Dr. Coroatá, embora baseada numa tradição antiga, não tem a
de novembi'o de 1879, autorisou a elevação desse arraial á categoria
força precisa para destruir a noia do marquez de Basto, que
de parochia.
merece toda fé, por ser verosímil e escripta por pes?oa muito
autorisada. O marquez, como governador que foi durante o pe- PENHA (N. S. da) Pov. do Districto Federal, na freg. de
ríodo de 1630-1638 registrou o que elle próprio fez. Demais sendo Irajá. Possue uma egreja situada sobre uma montanha de rocha
estabelecidos os tres niicleos de pov.. Porto Calvo, Alagôas e viva e alcantilada, cuja imagem de N. S. da Penha é muito
Penedo em 1555 é muito provável que fossem elles erectos em venerada pelos fieis, que todos os annos, no dia 24 de outubro,
villa numa só data ; e nem ha razão ])ara suppor que o Penedo fazem ahi uma romaria. Sobe-se á egreja por uma immensa
o fosse 22 annos antes, como pretende a camará, constandi) escadaria de 365 degráos. E' o pov. atravessado pelas E. de F. do
alliás, que esteve elle, por sua posição na extremidade austral da Norte e Rio do Ouro. No jornal A Noticia escreveu o Sr. Dr. Vieira
capitania, por muito tempo estacionário » Começou a villa a s?r Fazenda a seguinte interessante noticia « Devotos da Virgem,
:

denominada Penedo, nos fins do secido"l7: parecendo que este conservadores das poéticas lendas de outr'ora devotos do alheio;

nome, naturalmentetomado do rochedo em qlie ella assenta, foi que lá vão para fazer guex'i'a aos bolsos e carteiras do próximo ;
sendo admittido pelo uso Foi elevado á cidade pela Lei Prov. devotos dos rolos e chinfrins, quebra cabeças e fura tripas devotos :

n. 3 de 18 de abril de 1812. Quando em janeiro de 1637 chegou da indifferença, que vao, voltam olham para tudo aquillo como
e
ao Recife João Mauricio ã^ Nassau, marchou com 5.000 homens bois para palácio devotos dos alfarrábios, (estes são muito poucos),

;

contra Porto Calvo, que fo tomado, sendo Bagnuolo obrigado a


:
que sobem á Penha para lembrai-se do passado eis os elementos
fugir para Sergipe. Perseguiii Nassau ao mesmo conde até o rio da grande i'omaria dessa legendaria festa, que vai perdendo a
de S. P^rancísco e ocçupou o Penedo. Para assegurar o fruclode pouco e pouco a sua antiga e característica feição. Adjnirailcr das
sua Victoria mandou Nassau construir nessa villa um forte, que crenças dos primeiros, Mello Moraes, fundando-se nas revelações
foi erguido no heoco fronteiro ao actual convento dos franciscanos, do pai Cangulo e do úomi)if/os lá daiiaro, já escreveu e muito bem
o qual por esse motivo foi denominado pela camará becco do sob a origem da devoção; dos segundos e terceiros, os jornaes e a
Forte. Estiveram os hollandezes de posse do Penedo alé 1645, policia se occuparão depois de amanhã: dos quartos, nem vale a
anno cm que João Fernandes Vieira, á frente da insurreição per- pena lallar; desejo somente conversar com os últimos para exci tal-
nambucana derrotou os hollandezes e ordenou que searrazassem os a dizer algumas novidades sobre as antiguidades da cajjella da
os fortes de Porto Calvo e de Penedo. Restaurado o Penedo pelos Penha, assumpto deste palanfrorio. Nada pois, com o lagarto
portugueses, cravaram estes em sígnal de pos-íe uma cruz de e a cobra isso vai com vista ao Bomsuccesso das fabulas
; nada —
pedra no alto em que está hoje o cemiíerio Mais tarde foi essa com as façanhas do Camarinha, que a Cavallo s ibiu os trezentos e
cruz arrancula do logar primiiivo, guardada no altar, onde sessenta e cinco degráos nada com —
as almas do outro mundo,
aindahoje existe dentro da capellinha, que tem o nome de Senhor da casa dos romeiros, nem com o caso do siiicidio da moça viiden-
Bom Jesus dos Pobre?. tada por seu proprin irmào, que m:ii5 tarde foi assassinado por
outro irmão, (isto cheira a tragedia) nem tão pouco com o antigo
:

PENEDO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de capellão di Penha, o qual era tão alto e tinha as pernas tão
Nazaré th. compridas que fui preciso quebral-as para caber na cova. nem
com os sete alfaiates para matar uiua aranha, trabalho em
PEiSTEDO. Serra do Estado do Ceará, no mun. de Santa azulejo que deve existir ainda na sachir-tia da pequena, mas
.Quitéria. elegante ermida, olijecto das attenções do rei D. João VI, que
PENEDO. Ramilicacão da serra Negra, no mun, de Xiririca cm 1819 determinou a procissão do cyrio. Tmlo isso é vollio e já
muito sabido. Entremos na interpretação interpretativa, como
do Estado de S. Paulo.
dizia o meu professor de latim e tenhamos a honra de apresentar
PENEDO. Riacho do Estado do Ceará, trib. da margem aos leitores d'.-l Noticia o fundador da capella da Penha,
esq. do rio Macaco, atf, do Acaralui, no mun. de Santa Qui- (Chapeau bas ! ), o coronel Ballhazar de Abreu Cardoso, (juc não
é por certo qualqupr quidam, c era dono de uma grande lazenda
téria.
DICC, GEOG, 2%
PEN — 170 — PEN

nos cawpo.t ãe Trajá. Quem lè 'os velhos bacamartes ' sobre a PfiNHA. Pov. do Estado do Paraná, no mun. de Tibagy,
origem (lo cnllo préslado á Virgem Maria e compara-os com o de cuja sede dista 19.8 kils. e do pov. do Amparo 13,2. Em 1887
que leeiu dilo os moiieruos, fica sabeuibi que a devoção da Penha tinha 38 fogos com 238 habs. (Inf. loc).
de França prorém deste ultimo jiaiz e foi tra/,ida a Portugal em PBNHA. Pov. do Estado de Santa Cathariua, na freg. do
tempos idigos. Ja em fins do século XVI o esculptor Aid, )uio
:
Mirim e mun. da Laguna. (Inf. loc,).
Simões. e=eapo da batalha de Alcace.rquibir, edificara em Lisljòa.
no cume de um iiionli% uma cji>elliuha coiu esse titulo, a qual PENHA. Dist. da freg. de Caeté, no Estado de Minas Geraes,
foi a^gmeul .da pelo senado da Cdmara. em l.j'J9, graças a um
voto com uma esch. piibl. de inst. prim. creada pela Lei Prov. '

feito por elle para que cessasse uma terrível epidemia; e?se voto
n. 3 115 de O de outubro de 1883.
consistia em uma procissão ou ronifiria muito soíemne e cojícoití;?». PENHA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. de Alagòa
A Capella completamente arrazada, pe'o terremoto de Antonio
1755 e hoje
de
e mun. de Ayuruooa. Tira s?u nome da serra que flca-lhe
reconstruída, fòra lambem muito beneficiada por próxima. (Inf. loc).
Cavide. ministfo de Alfonso VI. Este Cavide deixou em testamento
missas por intenção de tndos quantos faVasscm a Ungua poi--
PENHA (Ramal da). Ramal férreo pertencente á E. de F.
Central do Brazil, no Estado de S. Paulo. Parto desta linha no
tiicmczí !D» Porluaal passou para o Brazil a devoção de
N S da Penha de Franca, de sorte que em 1713, segundo lul. 7.200 e vai á freg. da Penha. Foi inaugurado em 29 de
agosto de 1886, tendo custado a construcção 26;7õ4§l80.
frei Agostinho de Santa Maria, jã era no
Rio de Janeiro a festa
de amanhã muito popular e attrahia immenso concurso de povo. PENHA. Ramal da E. de F. Mogyana, no Estado de São
Foram da sesmaria dos jesuítas que findava na tapera de Inhaúma Paulo. Come;a em Mogy-mirim, no kil. 76 e tem as estacões de
os terrenos de Irajâ, que foram dados a particulares
entre os quaes
Itapira, Barão Ataliba Nogueira e Eleutério.
cita-se o coronel Baltliazar. Já a esse tempo. 1041 e 1747, havia
sido fundada pelo padre Gaspar da Costa a egreja que, mais tarde PENHA Uma das estações da E. de F. do Norte, no Dis-
reformada pelo padre João de Barcellos Machado, é hoje de tricbj Federal, entre Olaria e Cordovil no arraial da Penha.
N. S. da Apresentação, orago da freg. e templo que o conde PENHA. Morro na margem S. da baliia do E. Santo. Está
de Irajá chamava a sua Sé da roca. Conta-se que a capella da assentado em uma planície que sí dilata para o S. até confun-
Penha foi fundada em 1734; mas acho, salvo melhor juízo, ser dir-se com o oceano e várzeas do rio Jucú e que é sulcada em
de data anterior pela argumentação seguinte dizem os ciironistas
:
carreira tortuosa pelo rio da Costa. Na sua base, jiara o lado da
que ao tempo da fundação era Balthazar simples capitão ora,
;
marinha, está a fortaleza de S. Francisco Xavier, em baixo, na
com documentos que temos á vista prova-se que em 1734, si ainda planície a cidade do E, Santo por todos os declives do morro
;

existia, estava elle farto de ser coronel e como nesse tempo não
'

at; começar a planície descem renques intrincados de arvoredo


era fácil o accesw aos postos, (haja vista a Santo Antonio, capitão misturados de massas enormes de granito. Sobre elle aclia-so a
por mais de noventa annos) penso que a capella da Penha foi egreja e convento de N. S. da Penha. Fica a 120"> sobre o nível
fundada nos últimos lustros do século XVII. Com elfeito, em do mar.
1707 aos benedíctinos vendeu o coronel Balthazar de .Abreu
Cardoso por trinta vitellas uns terrenos para as bandas de Maricá, PENHA. Montanha do Estado de S. Paulo, na parte central
no logar da Pontinha mixto á fazenda de Nuan, perto do rio da ilha de S. Vicente,
Imlmhy. Tudo isto consta de uma escriptura lavrada era fevereiro PENHA. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
desse ànno. a qual deve estar guardada no carlorio do respectivo Ayuruoca (Inf. loc).
convento. Em 17H. na invasão de Duguay Trouin, eram Abreu
Cardoso e (.hrispim da Cunha coronéis de dous regimentos de PENHA. Serra do Estado de Minas Geraes, entre Sant'Anna
ordenanças compostos de 780 homens (Barão do Pvio Branco — do .Vllié e Antonio Dias xAbaixo.
Lc rèsil em 1889). Este coronel, que a principio se portava PENHA. Ponta na península de Itapagipe, freg. deste nome
correctamente, parece que também fugiu, imitando o parla pátio e mun. da capital do Estado da Bahia.
Francisco de Castro Moraes, governador do Rio de Janeiro, que
á vista das intimações do general fi ancez deu tão grande carreira
PENHA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o mun. de
Itnpyra e desagua no rio deste ultimo nome.
que só parou em Iguassu. Balthazar foi também preso pela alçada
que veio de Portugal, enviada pelo rei para satisfazer a tremenda PENHA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o
representação mandada daqui pela camará. Não posso dizer que dist. do Senhor Bom Jcius da Penha e recebe o córrego do
fosse bom o fundador da Penha e se foi parar com os ossos Monjolo.
'
no degredo da Africa. Isto floa para o prochain numero O que
eu digo não é calumnia lançada contra tal figurão e corre sob PENHA. Córrego do Estado de Minas Geraes, na cidade de
Itabii a.
a responsabilidade de Pizarro, Balthazar Lisboa, do padre Bar-
tholomeu da França Duarte Nunes, de Fernandes Pinheiro e do PENHA DE FRANÇA. Dist. do Estado de S. Paulo, no
chronista dos Franciscanos e é corroborada a deserção desses mun. daca]iítal, da qual dista 9 kils, Orago N. S. da Penha e
valientes pelas memorias de D. Trouin. Nas immediações di diocese de S. Paulo. Foi creado parochia pelo Alvará de 15 de
Penha notam-se as florescentes fazendas: Grande, de liraz de setembro de 1796 e incorjiorado ao mun. dos Guarulhos pela Lei
Pina. contractador das Baleias econstructor do caes dos Mineiros Prov. n. 34 de 24 de março de 1880 e ao da capital pela de
do Vigário Geral, do Provedor. pert:-ncente áfamilia Cordovil, a n. 71 de 3 de maio de 1880. A
pop. é de 3.000 habs., que se
de Vicente Carvalho, de propriedade da família Rangel ha emi)regam pela maior parte na cultura de canna para aguar-
duzentos annos e onde nasceu o intendente H. Gurgel, a do dente, e cereaes. .Além da matriz, possne a egreja do Rosario e
Fructuoso, a de Maria Angú. a do Bomsuccesso, ele. Tudo isso a capella de S. Miguel. Tem duas eschs. jiubls. pov. está A
é iligno de apreciar-se por cjuem subir amanha a Penha e pôde oollocada sobre um platenii, tendo de um lado, a menos de um
ser melhor contado pelo amável padre Ricardo ou pelos seus kil.. o rio Tietê e do outro o ribeirão Aricanduva. Agencia do
cabalistas do 3" districto, que lá devem estar em penca, sobretudo correio. Sobre limites vide L^^i Prov. n. 2 de 4 de março de 1854,
agora que o mez de dezembro não vem longe, como se diz nos n 10 de 18 de março de 1805. Compreliende o bairro Lageado.
Jious Proscriplos. Quem fòr p^r mar é ler durante a viagem a Nada ha de positivo sobre a época da fundação desta capella.
obra do Sr. general Fausto ds Souza e conhecerá as particula- O que consta é que a pov. teve começo na segunda metade do
ridades da formosa Guanabara, desde a praia do Peixe ou do século XVII, o que confirmado pela petição abaixo transcrípta,
caes Pharoux, até para além da ilha do Savaratá, pertencente que serviu de fundamento á concessão de uma sesmaria feita a
antigamente ao velho Camarão, tio do fallecido Pereira, da antiga õ de setembro de 1608 pelo capitão-mór Agostinho de Figueiredo.
ex-caiiella imperial.» Eil-a « Diz o licenciado Mathe is Nunes de Siqueira, morador
:

na villa de S. Paulo, que elle supplicante tem uma fazenda com


ermida e curral de gado, légua e meia desta villa. na paragem
chamada Tatú-a-pé terras que houve dos herdeiros do defunto
F'rancisco Jorge, e porquanto não tem terras para lavrar, e na
' .Siniao Veba Piii ai-is viu em sonhos uma imagem d.a Virgem occulta
l
testada destas terras para o Rio Grande (assim chamavam os
'm unia roe.lia. I5m vão procurou-a por cinco annos; retirando-se para
a IIps|iMiiha teve nuva revelação. ICslando em Salamanca, encontrou o antigos o actual rio Tietê) em uma volla que faz o rio tem um
;

(!ue desejava no meio de uina solva em l'J de maio de 1434 - Alii levantou pedaço de terra, dentro da qual ha algumas campinas, brejaes e
um templo, u i|ual foi entregue pelo rei aos Dominicanos (Breciai io restingas de matto que se pôde lavrar; por isso, pede a V. Mec.
Mariaiiiri, pag. 123 ) que, como procurador bastante do donatário, lhe faça mercê dar
. »

PEN — 171 — PEN

])oi' cai'la de sesmaria a terra que lhe pede para maior ausmento Marapendy, a Restinga, as extensas fazendas da Taquara, do
da capella, havendo bambem respeito ser o siipplicante filho e Camorim, de Currupira, do Pontal, do líng -nho Novo, torJasellas
neto de povoadores e não ter até agora carta de sesmaria, a cobertas da mais verd -jante e variada vegetarão. própria
qual terra correrá de umas campinas que partem da lianda de egreja reside ha mais de 40 annos o .s.ni eapellão. um venerável
haixo do ribeirão de Tatitdpê, correndo pelo Rio Grande a riba ancião monsenhor .intonio Marques de Oliveira, que fez daquelle
pela volta que faz por uma campina que chamara Itaeurtiba até rochedo do seu único pensamento, seu unic sonho. Ahi reside
uma aguada que foi do defunto João Leite. —
E. R. M. — i

ha tantos annos, cercado da maior estima e de invejável respeito


(Cartório da thcfouraria de fa:-cn'la Je S. Paulo, livro íí" de por parte dos lieis que frequent im o seu templ e m-smo d iqu-lles
i

sesmarias antigas.) E' alii a festa da Penha, que se celebra a que por ditíerença de religião ou por opinião politica não o
8 de setembro, tão popular como a do Rio de Janeiro. A indu=;- frequentam. Na própria capella já está preparado o tumulo om
Iria da parochia é a cerâmica, a lavoura cifra-se no plantio de que devem repousar os seus rostos mortaes, o competente epi-
cereaes. CuUiva-se também a vinha. A pov. es'á ligada á capital t.iphio, tendo apenns em branco a data de sua morte. Sobre a
do Estado p?la E, de F. Central do Brazil, cuja linha do tronco origím da capella deram-nos as seguintes informações: Foi fun-
á freg. poderá ter um kil. de extensão. dada em 17ÕS. No alto do rochedo, onde tem a suo séde residia o
PENHA DE FRANÇA ( N. S. da). Dist. do Estado de padre Jo.sé Antonio da Penna, que alli possuia uma capílinha
com tres imagens: umS. José, um Santo Antonio e uma Nossi
Minas Geraes, no juun. dí S João Baptista; a«;sente nas cabe-
ceiras do rio Itanguá e na fralda da serra da Penha, continuação Senhora, a que deu o nome de Nossa Senhora da Penna, pro-
tectora d;is art 'S e sciencias. Nesta data residia na freguezia de
dados Vellozos, Pedra Menina e Mundo Velho, que dividem a
bacia do rio Doce da do xVrassuahy. Po^siie importantes minas e Jacarép.iguá IManoel Rodrigues de Aragão, prim dro" dono da
algumas fabricas de ferro. Tem algum commercio com as povs. fazenda do Serro, s nhor de muitos terrenos e jHissuidor de alta
da Matta e com os muns. de 8. João Baptista e Diamantina. importância no logar. P .r morte do padre Penna, foi a santa
Fica a 18 kils. do arraial de Arassuahy e á cerca de 40 da ci- r.^movida para a egreja da freguezia de Jacarépoguá por ordem
dade de S. João Baptista. Seu solo é fertilissimo e bastante cul- d? Aragão. Diz a lenda que d sde que a Nossa Senhora foi remo-
tivado. Depende da diocese da Diamantina. Foi creado parochia vida para a base do rochedo, começou Aragão a ter a sua vida
pelo Alvará de 10 de março de 1827. Desmembrado do mun. da perseguida, os seus empregados viviam aterrados, cessando o
Diamantina e incorporado ao de S. João Baptista pela Lei Prov. terror e a perseguição quando a Nossa Senhora foi de noio tran-
n. 1.136 de 24 de S9temb"0 de 1S6L Sobre suas divisas vid. art. sportada para o alto do ro -hedo. cide f )i então (em 1771)
IV da r.ei Prov. n. 1.143 de 24 de setembro de 1802, art. I da de reedificada a caoella pelo vigaido Sep'^da era então bis|,0 José
;

n. 2.40;) de 5 de novembro de 1877. Tem duas eschs. publs. de Joaquim J istinianoe papa Gregorio XII. Durante longos annos
inst. primaria. continuou a capellinlia a funccionar modestamente até que em
18.50 tomoti delia po^ise o actual monselhor Marques, que foi o
PENHA. DE FRANÇA ( N. S. da). Vide Co.vipó ão Ouro. seu principal restaurador. Nessa capella, que é dita também a
PENHA D3 FRANÇA DA LAGE (N. S. da). Dist. do capella da Senhora Protectora das .Vrtes e Sciencias, é celebrada
Estalo de Minas Gn-aes. Vide Lage. uma grande festa annual, no dia 8 de setembro. Não imaginam
os leitores a ))reoccupação de monsenhor Marques i)ara o êxito
PENHA DE FRANÇA DA TAQUARA. Vide Taquara. brilhante da festa: de antemão prepara a egreja com um cuidado
PENHA DO RIO DO PEIXE. Assim era de.iominada a excessivo, dando todas as providencias para que não falte a mi-
actual cidade de Itapyra, no Estado de S, Paulo. niiiía ci.cumstancia ;em dia de festa manda collocar em uns
PENHA LONGA. Log. do Estado do Pará, no mun. da casebres, ao lado do rochedo, extensas mesas, onde fornece gra-
tuitamente comida aos fieis que forem á festa. « Realizou-se ante-
Vigia, á margem oriental do furo Guajará-miry
hontem com extraordinária concurrencia e desusado bdlho a
PENHA LON A. Dist. cr 'ado no mun. do Mar de Ií»spanha, festa deste anno. Desde pela manhã começou o povo a ailluir ao
do Estado de Minas Geraes. pelo Dec. n. 3'.)0 de 18 de f^verc:iro rochedoe suas immediaçies '.ntre os visitantes e fieis uota-
.

de i8Ji. .-Vlii fica uma parada da E. de F. 'entrai do Brazil en- vam-se não sómente moradores do logar e arredores como tam-
tre as estações de Santa Fé e Chiador, inaugurada a 9 de junho bém pessoas da cidade e freguezias longinquas, vindas umas em
de 1887. carros, outras a cavalIo. e, finalmeaíe, out "is nos bonds de
PENHINHA Pov. do Estado de Santa Cathari ia, no dist. Cascadrna a Jacaré|iaguã. Próximo á egreja, na ladeira que
do Mirim e mun. da L.iguna { Inf. loc.) conduz os fieis ao templo, foram construidas cabanas v^ il inles de
folhas de c qneiros. bananei/as e oiUros arbustos, umas parti-
PENICHE. Pov. do Estado de INÍinas Geraes, no mun. de
culares, onde os fieis organisai'am p c iuos. outras jniblicas, onde
Inhaúma, ant. Santo Antonio do Monte.
eram vendidos refrescos e outras b djidas. O templo foi pe |ueno
PENICHE Córrego do Estado de Minas Geraes, confluente para contar o numero de lieis, que este aimo ;icudirão á festa,
do Marambaia, no mun. de Arassuahy. e que se dividiam em grujios aqui e acolá, salisfeifos duinte do
PENICHE, Córrego do Estado de Minas Geraes, ad. do panorama que se descorlinou aos seus olhos e esperando, cheios
Manhuassú. de aiipetite. a solicitada hora do almu o ou janiar. A cereinonia
religiosa dirigida por mon=enlior ^Ma 'qucs. constou de missa
PENITENTE. Serra do Estado do Maranhão, p.^oxima e caii ada. de sermão ao Eva nu '1110. in-ei^ado iielo ex-procurador
parall la ao rio Parnahyba. geral <los Agoslinianos o l;í'vd. 1>. huiz Si-;i.foro, sendo coadju-
PENITENTE. Rio do Estado do Maranhão; nasce na serra vante o Revd. coii 'go D. Au-:"!" ra-saridli. A orchestra foi
do seu nome e desagua no rio Parnahyba. regida pfdo Sr. Alfredo An-- o, |irMl-s = o:' .lo Lyceu d" Artes e
Otlicios, send os córos caiiía.dns p-u- al,:jiiiiias d' suas alumnas,
PENNA.
I

Log. do Estado do Rio de Janeiro, a margem da


A' noite l'oi "antado o Te-Deum de l-iimagali. No terraço foi
estradi de f'rro de Cantigallo, na secção compreheiulida entre
const uida uma cabana, ond.e locou duranP' o dia e á noite uma
Cachoeira e Nova Friburgo. banda de musi ca parlirular. lIoiiv.> á noite um pequeno leilão
PENNA. Outeiro algtim tanto elevado no distr. de Jacaré- do prendas, e ás 1 1 horas li.i 'pi in.i lo um fog;o d~ artificio, cujas

paguá, no Districto Federal. Sobre elle está assente nma capella pe;as foram symet-aiann.ai I
aojlnc.adas em redor do roidiedo,
da invocação d.^ N S. da Penna, muito íristejada pelos devotos.
. produzindo, ao serem qnfiiiiad,! s, liallo etleito e ainda mais bri-
Na base central do distr. de Jacorépaguá, no logar denominado lhante ])ara as |ipsso;is qu,' as^iíliram ao fogo na i>ase do rochedo
Porta d'agua, está assentado um rochedo, de dimensões consi- ou a certa d;s;ancia ilo iiicsiuo ». O rorhedo n a capella dí nossa
raveis, Hesnudado em uma das suas faces lateracs e coberto de Senhora da Penna constituem uma das b lias curiosidades da
vegetação nos outros lados, onde foi edificada uma pequena inte- nos^a grande caiu tal. e. como muitas outras, ignorada dos flu-
ressante capella, a que foi d;i'lo o nome de Xossa Sciiliora da minenses em geral pouco devotos dos passeios campestres. A
Penna, que muitas jjessoíis ainda hoje confundem cuni a Capella viajem rara aquelle local nàfi pii le no entretanto ser mais fácil:
dc Nonsa Scnlioia da Penha, que é tão distante e tão remota da o i.nssogeiro que vier da ci.lade, desembarca do trem na estação
de Jacarépaguá. 'Na frente d ssa capella existe um vasto terraço, de Ca.scaduia alli liiina. um boií l, qui atravessando o pov, do
de onde o visitante para qualquer lado qu" dirija o seu olhar, Cami>iriho, va |iõr eiilre bos pios até ao logar da freguezia de
'

abraça vastíssimo e int-^ressante panorama. E' assim que se Jacarépaguá deiioiiii nado Tainiiie. Nesse logar houve oulr'ora
descortinam facilmente em dias claros, uma extensa zona de oito uma grande lagria, oiidc! existiam jacarés, quo ainda hoje são

léguas, desde a Tijuca até a Guaratiba, a barra da Tijuca, e encontrados, embora em muito pequeno numero e do pequenas
logar denomidado Várzea, communicativa com o mar, a praia de dimensões. No Tcniíite o passageiro toma um outro boud, que o
. . .

— 172 PEQ

leva até a base do rochedo, sendo esse trajeelo feito no verda<leiro PEPUXIS. Selvagens que habitam as margens do rio To-
inatto, onde pei-cebem-se aquie acolá um ou outro sido, uma ou cantins: eram bárbaros e intractaveis. Sua existência é attestada
outra Cusa de tijolos ou de sapé. pelo capitão Francisco de Paula Ribeiro no Roteiro da viagem
que, em 1815, fez as capitanias do Maranhão e de Goyaz.
PENNA. Pequeno rio dn Estado do Rio de Janeiro, aff. do
Maciicú. Tfm uma ponte de pedra de 5"^ de vão no kil. 86 da PEQUENA. Ilha do Estado do Maranhão, na bahia de
se -çaii da E- de F. de (^;intagall". S. Marcos, separada da ilha do Maranhão pelo rio do Coqueiro
o da de Tauá-mirim pelo furo do Pagé. Neila ficam as pontas
PENNA DE PORTO SEGURO (X. S. da). Dist. do Estado
Grossa e da Bôa Razão. No Mappa da ilha do Maranhão fei to
il-d iialiia. Vide Po''ío Seguro. em 1820 pelo coronel Pereira do Lago faz-sa menção nessa
PENOÁ. Log. no mun. de Campo Largo no Estado do Paraná. ilha de uma casa e fazenda do convento das Mercês.
PENSAMENTO. Log. do Estado de Pernambuco, no nuin. PEQUENA. Ilha na lagôa do Norte, no Estado das Ala-
do líio Formoso. goas. E' também denominada Pirrichy.
PENSAMENTO. Pequeno rio do Estado do E. Santo, aíi'. PEQUENA. Ilha do Estado da Bahia, no mun. de Camamú,
do riu do Castello, que o é do Itapemirim. próxima a do Maranguá.
PENTEADO, Log. do Estado do Maranhão, no mun. da PEQUENA. Ilha do Estado do E. Santo, próxima da ilha
Monga, sobre o riacho Paulica,na estrada das Boiadas. do Pinto e abaixo da foz do Cariacica.
PENTEADOS. Alto e lindo morro situado defronte (ao N.) PEQUENA. Ilha pertencente ao mun. de Paraty e Estado
dodislr. (la Ventania: no Estado de Minas Geraes. De sen cimo do Rio de Janeiro, no sacco de Maraanguá, próxima da ilha
avisla-se todo o dislricto da Ventania, ode Passos e as formosas Grande.
margens do rio Grande.
PEQUENA. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, na freg.
PENTECOSTES. Antiga villa e mun. do Estado do Ceará, da Ribeira e mun. de Angra dos Reis.
na Com. de Canindé, i)erto da foz do rio desto nome. Drago Nossa
Senhora da Conceição e fliocese do Ceará. Foi creada parochia
PEQUENO. Riacho do Estado do Maranhão, aff. do rio
Corda, que o ê do Mearim.
pela L?i Prov. n. 1.283 de 29 de setembro de 1869, que desmem-
brou-a da freguezia de Canindé. Elevada á categoria de vdla PEQUENO. Riacho do Estado do Piauhy, aff. da margem
pela de n. 1.512 de 23 de agosto de 1873 e rebaixada dessa categoria esq. do Engano, trib. do Canindé.
pslo Deor. n. 18 de õ de abril de 1892. Agenciado correio. Cul- PEQUENO. Pviachodo Estado do Ceará, nasce na cordilheira
tura de algodão, laljaco (em grande quantidade), canna e cereaes. —
Criação de gado. Foi incorporada á comarca de Canindé pelo
da Ibiapaba e desagua no rio Ilahim, no logar Graça do —
lermo de Caratheús, depois de ura curso de 58 kiloraetros.
art. L§ III da Lei Prov. n. 1.554 de 4 de setembro de 1873. Tem
tres cai)ellas lillaes. Solire s'ias divisas vide art. II da Lei Prov. PEQUENO Rio do Estado da Bahia, na freg. do E. Santo
n. 1283 de 29 de setembro de 1869, 1 542 de 23 de agosto de 1873; de Velha Boipeba. Desagua no rio Grande.
n. 1 802 de 14 de janeiro de 1879; n. 2.084 de 3 de setembro de PEQUENO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aflf. do Fa-
1884. Sua população, em 1872, eia de 7781 habs. O distr. de paz gundes, que o é do Piabanha.
ahi creado peli Lei Prov. n. 1.300 de 21 de outubro de 1869 foi
supprimido [lelo Decr. n, 18, que incorporou o seu território ao PEQUENO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, passa pelo
districto do Jacú mun. do Paraty e desagua na enseada dests nome, entre a
fúz dos rios Barra Pequena e Graúna ou Garauna.
PENUNDUBA. Serra do Estado do Ceará, no mun. da
Granja, com excellentes madeiras. PEQUENO. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Una
e'Aldèa entre Iguapé eitanhaem.
PENUNDUB A. Rio
Estado de S. Paulo, aflf. do Tietê.
^lo
;

Na viagem mi neralogica ria província deS. Paulo por José Boni- PEQUENO. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Gerybatyba.
facio de Irade c Silva e Martim P'rancisco Ribeiro de Andrade Corre p?lo dist. de S. Bernardo.
lè-se: « No Ioga? chamado Cachoeira fomos ver onde o rio de Pc- PEQUENO. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de
nunduba desemboca no Tietê. Mais adiante toma o nome de Jeru- Antoninadesagua no rio Cachoeira. Banha terrenos óptimos
e
bahuba. Nasce na montanha de Curnvanda. Reune-se a outro para plantações e criação «Dista da cidade cinco léguas e tem
ribeiro, qi;e vem do logar chamado Sitio VeJio. Rodeamol-o na um percurso egual desde suas vertentes na serra do Faxinai»,
direcção de Penunduba, ontle antss de chegar achamos um veio
(Inf. loc).
que segue a estrada de Itii, e cujo cascalho deu indícios de ouro.
Na madrugada d^, 4 de abril ensaiamos com a batea algun? PEQUENO. Rio do Estado de Santa Catharina, aff, do rio
logares das margens do Pen'induba, que deram boas amostras do Norte.
de ouro.» PEQUENO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, desagua
PEOPAIAS. Selvagens do Estado do Pará; habitam o lado na margem esq. do ribeirão Anhumas, aff. do Vargem Grande,
00 idciaal do rio Xingú. São de horrendo aspecto, baixos, de
.
que é trib. do Sapucahy.
irregulares e tez cor de cobre.
|pii;ui'S 1803 dizia o conse-Em PEQUI. Um dosdists. em que o art. Ill da Lei Prov. n. 211
lheiro Brusque em seu Relalorio. « Esses selvagens não entretém
de 7 de abril de 1841 dividiu o dist. de San o Antonio de
relações c im algumas das tribus pacificas, e com nenhuma se
S. Joannico, no mun. de Pitanguy e Estado de Minas Geraes.
cucoiilram, siiiào para o combale. São antropophagos, segundo O rio Vermelho, aff. do Paraopeba, separava-o do outro dist.
relerem os outros indígenas daqiiellas paragens.» denominado da Maravilha, Foi restituído á parochia e mun.
PEPAQUI. Igarapé do Estado do Pará, no ]nun. de Monte de Pitanguy pelo § 111 do art. \XVI da Lei Prov. n. 472 de
Ali-gre. 31 de maio de 1850 e incorporado á parochia do Patafufo (hoje
cidade do Pará) pelo art. II da de n, 853 de 14 de maio de
PEPERY. Distr. de subdelegacia do termo da Victoria, no 18.58. Orago Santo Antonio. Foi elevado á categoria de paro-
Fslado de Pernambuco. chia pela Lei Prov. n. 3.02J de 20 de outubro de 1882, que
PEPERY-GUASSÚ. líio trib.da margem dir. do rio Uriig\iay. incorporou-lhe o dist. de S. José da Varginha. Tem 3.000
Separa o P.razil (lOstado do Paraná) da Republica Argentina. liabs. e duas eschs. publs. uma das quaes creada pela Lei
Recebe o Pe'erY-niii'im l'rov. n. 2.917 de 20 cie setembro de 18S:^. Possue boas mattas

PEPERY-MIRIM. on le al)undam madeiras de construcção e campos para criação


Itio do Estado do Paraná, aff. do p,.- ;

jicrv-iiiiassii
de gado. Lavoura de café, canna, fumo e algodão. Seu terri-
tório banhado pelos rios Vermellio, Agua Clara,, Ponto Alta e
i'

PEPERY-PAE. Morro do Esladn do S. ]'anlo, no mun. do divcrsus outi'os. Agencia do correio, creada cm 1887.
Uib;ii'ão l'rc|o.
PEQUIA. Ilha do Esi ido do Amazonas, no rio Japurá,
PEPINOS. Córrego do Estado de Minas Geraes, nas divisas próxima das ilhas denominadas Cacliimbo, Parauary e Mari-
do dislr. do Senhor liom Jesus da Canna Verde. cá uinim.
PEPITARY. Ribeiro do Estailo do Ama/onos. adt. da PEQUIÁ DO TOCO. Log. do Eslado do Pará, uo dist. de
nn r.yem esi| . do rio .
Gunjará-mi i'i ni
. .

PEQ — 173 — PER

PEQUIARA. Cachoeira no rio Negro e Estado do Amazonas, reunindo-se ao Iruhy, em outras o Iruliy desagua no Jacuhy
defronte da ponta do mesmo nome, na margem esquerda." Separadamente.
PEQUIÁ-TEUA. Serra do Estado do Pará, no niun. de PEQUIRY Rio do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
Santarém, Vai morrer na enseada do seu nome formada iielo de líntre Rios e desagua no rio Pai'ãopeba.
rio Tapajós e separada de uma oulra pelo igarapé i\iarahy.
PEQUIRY. Rio aff. do S. Lourenço, que o é do Paraguay.
Tamliem dizem Pequiá-tulja. Eutie as cabeceiras do Pequiry e as do S icurihú, afi'. do Paraná
PEQUI A-TEUA. Braço do igarapé Pery-assú, no mun. de ha um ancoradouro de 9. 1 00 braças. Recebe (j Correu t-'S. «Galho
Santarém Novo, no Estado do Pará. principal do rio das Correntes, trib. do Itiquira. Nasce na serra
do Cayapó, em contravertentes com o Taquary e o Araguaya,
PEQUIHY. Rio do Estado de Matto Grosso, cabeceira mais quasi no parallelo 18° e no meridiauo 10° 30' O. Recebe, entre
Occidental do Jaurú, contravei-tentecom o Lagoinha, uma das outros subsidiários, o Itaguá. o Jaguary e o Pequira e desemboca
origens do Gaiaporé. áesq, do Correntes, que alguns no entanto suppõe não ser o
PEQUIM. Praia no mun. de Villa Bella do Estado de São tronco principal, do mesmo modo que fazem o Itiquira subsidiário
Paulo do Correntes, vindo assim a ser o Pequiry o caudal que aíllue
ao S. Lourenço. Em 1772 sahindo da praça dos Prazeres, no
PEQUIRY. Pov. do Estado do R. do Nort?. no mim. Iguatemy, uns soldados a pescar no Paraná, encentraram ao sul
de Canguaretama. Ahi fica uma das estações. da E. F. do Natal da barra deste os vestígios de uma grande pov., que o comman-
a Nova Cruz, no kil. 86,000, entre Penha e Curimataliú. dante da praça mandou reconhecer por um alferes e por um
sargento, que não lograram encontral-o-, mas estabeleceram um
PEQUIRY. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
pov. junto á barra do Pequiry, junto a uma fonte de excellente
Juiz de Fòra. Foi elevada a dist. pelo Dec. n. 73 de 10 de
agua, ao qual denominaram pov. de S. José da Pedra Furada do
maio de 1890, que deu-lbe a denominação de S. Pedro. Passou
Pequiry ». (Dr. S. da Fonseca. Dicc. cit.) Ha uni outro rio do
a denominar-se S. Pedro do Pequiry pelo Dec. n. 162 de 11 de
agosto de 1890.
mesmo nome, afl'. esq. do Paraná: O barão de Melgaço, em seu
Dicc. cit., diz «Piquiry (Rio). Tem as suas origens não longe do
PEQUIRY. Pov. do Estado de Minas Gerae?, distante pouco parallelo de 18° e do mn-idiano 10" 30', do Pão de Assucar,
mais de seis kils, da freg. S. Braz do Sviassuhy do termo de próximas ás do Taquary e do Cayapó o Araguaya, sendo-lhe
i

Entre Rios. estas contra-vfrtentes. Corre ao rumo geral de 0., ata o logar em
que o atravessa a estrada de Cuyabá á Santa Anna do Parana-
PEQUIRY. Colónia do Estado de Minas Geraes, nas immedia-
hyba, e onde existio um posto militar, uma fazenda de 'gado, e
ções de Queluz, oito kils. da Estação de Lafayette, nas cabeceiras
do rio Paraopõtja.
um pequeno aldeamento de indios Cayapós (removido em. 1842
para o núcleo colonial do Taquary). Toma a direcção de NO., e
PEQUIRY (Santa Cruz do). Freg. creada no Estado de pouco abaixo recebe pela dir. o ribeirão do Taguá. Desde ahi é
Matto Grosso pela Lei Prov. n. 4 de 19 de abril de 1838, revo- navegável para canòas, não tendo cachoeiras, mas simples corre-
gada em 1862. deiras e m litos embaraços de paus cahidos Na distancia de
15 a 18 léguas, em linha recta, entra na margem esq. do rio das
PEQUIRY. Aldeamento no Estado de Matto Grosso, junto ao Correntes, o qual desde esta confluência é navegável por peque-
destacamento militar desse nome, nos limites da freg. de Santa nos vapores. Alguns conservam o nome de Piquiri a estas aguas
Anna da Chapada. « lissa aklèa, escrevia em 1816 o coronel unidas e mesmo ainda depois de juntarem-se ao Itiquira, até
Ricardo Jardim, constava de .300 e tantos indios da tribu Cayapó esgofcarem-se no S. Lourenço. Constando da tradiccão que ser-
egualmente emigrados das aldeãs de Goyaz rninca tiveram
;
tantistas de S. Paulo, indo em demanda do gentio Cayapó,
director ou inspector nomeado pelo Governo, e apenas alguns haviam verificado existir um pequeno varadouro entre o rio
auxilios de vestuários e ferramentas Estas famílias como trou-
.
Verde, aff. do Paraná, e o Piquiri, em 1786, o mestre de campo
xeram á sua frente o mesmo chefe que obedeciam em Goyaz, do terço de Cuyabá suggeriu ao governador Luiz de Albuquerque
tem-se conservado quasi todas reunidas, mas poucos se tem dado a exploração desta via que muito devia encurtar a navegação
aos trabalhos agrícolas os homens eiitranham-se no sertão,
;
fluvial de S. Paulo para Cuyabá. Entretanto essa idéa era com-
durante parte da boa estação do anno á cata de mel e de caça, e batida e não teve seguimento, mas em" 1811, o governador João
presume-se que nestas excursões elles chegam ás vezes até á Carlos participou ao governo, que ia mandar explorar a tal
estrada de Goyaz, e tem ahi commettido parte. dos maleíicios que comm\micação, jior terra, .entre o Piquiri e não o i-io Verde,
se attribue geralmente aos indios Coroados das margens do rio mas o mais próximo rio, o Sucuriú, também aíF. do Paraná.
S. Lourenço, e seus affs., que ainda são bravios e não tem com- Com effeito começou em 1814 essa exi)loração que, sempre
nosco relações pacificas circumstaucia esia que bastaria por
;
mallograda, renovou-se sob a administração do governador
si só para se tratar de dar-lhe direcção e disciplina. A assembléa Magessi, a do governo provisório, a do primeiro presidente
provincial decretou em .1831 que nma freg. se ci-easse no logar que leve a província, o tenente-coronel José Saturnino da Costa
deste aldeamento ainda uniforme, mas esta não tem sido nem é Pereira, e, ainda depois, até adquirir-se a certeza de quc' entre
evidentemente possível eniquanto não houver grande numero de as partes navegáveis, para canoas, do Sucuriú e do Piquiri,
outros moradores no logar, ou os indios não se acharem perfei- mediava um trecho de terra, de 30 cm 40 léguas, cortado jjelas
tamente cathechisados » cabeceiras do Taquary. Comquanto iicasse pratica e evidente-
PEQUIRY. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Souzel. mente demonstrada a inutilidade da tal via de coramunicacão
foi de novo mandado examinar, em 1858, pelo ministério da
PEQUIRY. Rio do Estado do R. G. do Norte, na ferro-via guerra. Em 1818 ordenara João Carlos que ao ponto terminal
do Natal a Nova Cruz. Desagua no Giirimatabú. do procurado varadouro do Piquiri se desse o nome -Vzambuja,
e ao rio Sucuriú o de Novo Tejo não sc verificando porém o
PEQUIRY. Rio do Estado do Paraná, desagua no rio Paraná ;

que intentavam, ficaram desde louo absoletas taes denominações.


cerca de nove kils. acima das Sete Quedas. Em suas margens
Um artigo de lei n. 4 de 1838 (que foi revogado um 1862),
fundaram os Jesuiias a cidade real de Guayra, entre os annos de creou a freg. de Santa Cruz do Pequiri, que não chegou a ius-
1557 e 1577. Recebe diversos tribs. « iVs margens deste furmo-
taurar-se.»
sissimo rio, diz o capitão Nestor Borba, são altas e de paredões
de grés vermelho; os terrenos adjacentes salubres e mui próprios PEQUIRY. Lagòa do Eslado do Ceará, no mun. de Bebe-
para agricultura intertropical, abundantissimas em caça, e ribe. Os limites do termo de Cascavel com o de .Vracaly co-
extraordinariamente piscosas as suas aguas. O l'equiry é lulvez meçam do lado Occidental da barra desta lagôa (Lei n. 1.336
o mais bello rio da nossa província», líintre o Pequiry e o Iguussii da 22 de outubro de 1870).
estende-se a região do Pai-querê, liabilada pidos Choo^eus ou
Xerens. Tem esse rio mna corredeira denominada Nlia B;a-b:i,ra.
PERA. Ribeirão do Estado do Santa Cadiarina, alV. da
Nasce aos 25» 19" 50'Me Lat. S. c 4' 18"
de Long. 0. dn Uio
margem esq. do rio Tijucas (luf. loc).
de Janeiro (Odebreclil) e desygna aos 24" 1' 4" de Lat. S. e PERACEGY. Rio do Estado da Bahia, no mun. da \h-
10° 54' 15'' de Long. O. Recebe á dir. o Goyo-En. badia.
PEQUIRY. Arroio do Estado do R. G. do Sul, vem da serra PERALTA. Cachoeira no rio Coxim, Ires kils. abaixo da
de Caçapava e lança-se no rio Jacvdiy pela margem direita da Pedra Branca e IS acinia da de .Abaré, no Estado de Ma Mo
abaixo do Campané. Em algumas cartas ligura esse arroio Grosso. E' de travessia dilllcil e bastante perigosa.
. .

PER ~ 174 — PER

PERAQUEASSÚ, Vide Pcrequeassú. PERDIGÃO. Log, do Estado de Matto Grosso, á mai^gem


esq. do rio Negrinho, a 12 kll. acima da sua confluência com
PERÁU. Diíleronça subita, para mais, do fundo do mar,
o Negro Grande; em S. José do ílarculanea.
lago ou rio, próximo ás praias, de mo.lo a formar uma cova
era que ordinariamente jiao toma pé, e é do maior perigo PERDIGÃO. Rio dos Estados de Minas Geraes e Rio de
para as pessoas que, não sabendo nadar, se precipitam nelle. Janeiro; nasce no jirimeiro e desagua no segundo na margem
Etym. R' corruptela de .^pcivio, vocábulo port igupz que cahiu dir. do rio Carangola,
em tal desuso que o não menciona diocionario alg im da nossa PERDIGÃO. Riacho do Estado de Matto Gi'osso, aff. esq.
língua, nem mesmo o Elucidário de Fr. Joaquim de Santa do Taquary-mirim. entre o do Furado e o do Castelhano. E' de
Rosa de Vitefbo. Tive a felicidade de deparar com elle no margens abruptas. Outros o mencionam entre o Cachoeirinha
Voe. Braz. com a significação tupi de Tpy apt/ababa, cu ja ti-a- e o córrego da Volta.
ducção litteral é descida do fundo, o que dá uma idéa bem
clara deste acoidente liydjogi-aphico. Tanto Moraes, como La- PERDIZ. Passo do arroio Taquarymbó, perto de Santa
cerda, Aulete e outi-os loxicographos delinem pessimamente o Tecla ; no Estado do R. G. do Sul.
Pcráu, dizendo que é uma poça profunda d'agiia, e ainda mais PERDIZ Córrego do Estado de Goyaz, aff. do rio Pií-apetinga.
erram os dom primeiros dando ao vocábulo uma origem
.

franceza PERDIZ. Córrego do Estado de Matto Grosso, afl'. do Campo-


Grande, na mun. do Diamantino. O córrego Campo-Grande
PERÁU. Cachoeira no alto rio Nhamundá. Foi assim de- f;iz barra no Papagaio ou Grande.
nominada pelo 8r. Barl)osa Rodrigues.
PERDIZES. Bairro do Estado de S. Paulo, na fi-eg. da
PERAUBA. Dist, do mun. do Pomba no Estado de Minas Consolação e mun. da capital. Ahi ficam uma capella da invo-
Oeraes cação de S. Cruz de N. Senhora, e uma outra do cemitério
PERAU:TAS. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. de municipal.
Santo Amaro e desagua no Secgy. E' formado p:;lo Roncador PERDIZES. Ribeirão do Estado de Minas G.^raes, aft'. do
e Urupy. rio Dourados. Suas cabeceiras estão nas divisas de Patrocínio
PERDÃO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, é uma das di- com a Bagagem. (Inf. loc.)«A freg. do Carmo da Bagatrem é
muns. de Campo Largo, Jundiahy. cortada pelo rio Perdizes que, nascendo na contra vertente do
visas dos Itatiba e
córrego das Macahubas, vem banhando todo o terreno na
PERDIÇÃO. Log. no termo de Piancó do Estado do Pa- extensão de 90 kils., mais ou menos, tendo por tributários os
rabyba do Norte, A Lei Prov. n. 8 de 1 de setembro de 1859 córregos Rancliaria, Castelhana, Pirapetinga, Fundo, Burity,
creou ahi um dist. de paz. Matheus, Gonçalos, Barro Preto, Arraial, Lambary, Areado,
S. Felix, Máximos, Macacos, Barreiro e Troncos, e vae ter sua
PERDIÇÃO. Riacho do Estado do Ceará, rega o ninn. de
foz no rio Paranahyba pouco acima do porto Mão de Pau»
Canindé e desagua nc Gurú.
(Inf. loc.) Uma infoi-mação reeeliida de Catalão (Goyaz) faz
PERDIÇÃO. Riacho do Bstadií das Alagoas, une-se com o menção desse rio também como alf. do Paranahyba.
Canapy e juntos vão desaguar na margem dir. do rio Capiá,
trib. do S. Francisco. PERDIZES. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da
mai-gem do rio Turvo Grande.
esq.
PERDIÇÃO. Rio do Estado do Rio de .Janeico : desce da
PERDIZES. Porto do rio das Velhas, mun. do Sacramento,
serra do Gavião e desagua na margem dir. do rio Caran- e Estado de Minas Geraes.
goUa.
PERDIÇÃO. Rio do Estado de Santa Catharina, une-se ao
PERDIZINHAS. Pov. do Estado de Santa Catharina, no
mun. de Cuiitybanos.
Araril)á e ju itos vão ao Piçarras pela margem direita.
PERDÕES. Dist. do estado de S. Paulo, no mun. de Na-
PERDIÇÃO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o zareth.Orago Senhor Bom Jesus e diocese de S. Panlo. Foi
dist. da Barra Longa. creado parocbia pela Lei Prov. n. 85 de 25 de abril de 1873.
PERDIÇÃO. Rio do.Estado de Minas Geraes. afl'. da mar- Sobre suas divisas vide Lei Prov. de 20 de abril de 1875.
:

gem do Bambiihy, que o é do S. Franeisco. Nasce no


esq Foi fundado por D. Barbara Cardoso, em torras de sua faziMida,
loLiar denominado « E talagem do Vigário». Banha o mun. de com permissão do Ordinário, dada a 22 de maio de 1706.
Santo Antonio do Monte. Recebe o Limoeiro. E' talvez mais Tem escholas.
importante qne o Banibiihy. PERDÕES. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
PERDIÇÃO. Cachoeira no Paranatinga, enti-e as do Funil Lavras, em um terreno accidentado, podendo-se dizer que occiipa
e do Tucum. as encostas de duas collinas, banhado pelos rios Ora de e
Jacaré. Orago Senhor Bom lesus dos Perdões e diocese de
PERDIÇÕES. Riacho do Estado do Maranhão, no mun. de
Marianna. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 7 14 de 18 de
Ncw-York.
maio de 1855 e incorporada ao mun. de Lavras pela de n. 807
PERDIDO. Serra do Disti-icfco Federal, no dist. do Enge- de 3 de julho de 1857. A pop. ó calculada em 5.000 habs.
nho Novo. Cultura de café, fumo, algodão e canna. Sobre suas divisas
PERDIDO. Ponta na costa do mun. de Cabo Frio, no Estado vide: Lei Prov. n. 1.363 de 7 de novembro de 18 50 arts. Vil
;

do Rio de .Janeiro. e VllI da de n. 1.6(37 de 16 de s?t^mbro ae 1870; art. VI da de


n. 2. 107 de 7 de janeiro de 1875 art. I, § IV da de n. 3. 157 de
:

PERDIDO. Rio do Estado do Paraná, aff. do Umbetuva. 18 de outubro de 1883; n. 3.337 de 8 e 3.350 d> 10, ambas de
PERDIDO. Lagoa do Estado do Maranhão, outidjro de 18:^5. Tem duas eschs. publs. de inst. prim., tendo
no miin. de
Loreto, a seis kil-'. do rio Itapecufú. li' notável por sua ele- sido a do sexo feminino creada pelo art. I da Lei Prov. n. 2.061
vação, pela lielleza do local em que está situada. Não recebe de 17 de dezembro de 1874. Agencia do correio. Segundo nos
agua de nenliiima vertente. informaram foi esse arraial começado por Romão Fagundes do
Amaral, fluminense, em fins do século passado, o qual entre-
PERDIDOS. S<'rra do Estado do Espirito Santo, no mun. gou-s? em trabalhos de mineração. Uisia 42 kils. da cidade do
de Sai:ta Thereza. Bem Successo 28 de Lavras; 29 de S. João Nepomuceno 30 de
; ;

PERDIDOS. Ribeirão do Estado do E. Santo. Campo Bello: 5) de Oliveirae 12 de Canna Verde. E' s^-rvido
trib. da
margem esq. do rio Santa Maria, aíl'. do rio Doce. pela E. de F. Oeste, que ahi tem duas estacões: a dos Perdões
e a do Funil, esta a menos de 9 kils. do arraial. Coiiiprehende
PERDIDOS. Ril)eirão do Estado de Santa Catharina, aff. as povs. Machado, Retiro e Porto .Vlegre.
(la jnargem ilii-. do no Tijucas.
PERDÕES. Log. do Estado de Minas Geraes, na freg. de
PERDIDOS. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, aff. Cattas Alias, sobre o rio Vermelho.
da margem esq. do rio Itajahy-mirim.
PERDÕES. Estação da E. de P. Oeste de Minas, inaugurada
PERDIDOS. Pequeno ai-roio do Estado do R, G. do Sul, provisoriamente a 2 de agosto de 1896.
)

trii). da l.igòa Mirim.


PERDÕES DE GUARAKESSAVÀ (Senhor Bom Jesus dos).
PERDIDOS. (Cana) dos), ^'ide Caldeirão do Inferno. Parochia do Estado do Paraná. Vide Guarahcssava.
. .

PER — 175 — PER

PERBATUBA. no niuii. de Raijetininga do Estado de


Èaiin-o PEREIROS . Serra do Estudo de Pernamljuco. no mun. de
S. Paulo, eschs. publs. de iustr. prim.. uma das quaes
com duas Afogados de Ingazeira. (Inf. loc.)
a do sexo feminino creada pela Lei Prov. n. 88 de 2 de abril PEREIROS. Riacho do Estado do Cf-ará, lianha o mim. de
de 1883. Arneiroz e desagua na margem esq. do Jucá, trib. do Ja-
PEREG-RINO. Ilha do Eslado do Rio de Janeiro, na baliia de guaribe.
Angra dos Reis, e mun. des-.e nome. PEREQUÈ. Estação da E. de l''. Minas e Rio. Fica além
PEREGRINOS. Antigo bairro dafreg.deN. S. do Patrocí- do entroncamento d'essa estrada com a Central do Brazil no
nio de Caldas, no listado de Minas Geraes. Incorporado á treg. kil. 15; no mun. do Cruzeiro do Estã'^lo de S. Paulo. Tamljem
do Carmo do Campestre pda Lei Prov. n. 1.501 de 24 de julho de escrevem PiraJii/hê. Tem uma agua excellente.
186S. Fica sobre o rio Pardo, c[ue ahi tem uma ponte. PEREQUÈ. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de
PEREIRA. Núcleo colonial existente no livtoral do Kstado do Santos e desagua no Cubatão, E' também denominado Pira-
Paraná e pertencente a uma empreza particular. Foi fundado hykc
em 3J de Janeiro de 187(5 na margem do rio Branco, entre Gua- PEREQUÈ. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de
ratuba e Paranaguá. Cultura de café, canna e fumo. Tem uma Itanhaene desagua no rio Guaraliú.
esch. mixta de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 445 de 21
de março de 1876 PEREQUÈ. Rio do E.stado de S. Paulo, banha o mun. do
Cruzeiro e desagua no rio Passa Vinte. Tem duas bellas cas-
PEREIRA. iMorrodo Eslado de Minas Geraes, nas divisas do catas.
dist. da Providencia, pertencente ao mun. da Leopoldina.
PEREQUE-ASSÚ. Bairro do mun. de Ubatuba, no Estado
PEREIRA. Pequeno rio do Estado de S. Paulo, aff. da mar- de S. Paulo, com duas eschls. publs. de inst prim.. creadas
gem dir. do Assunguy, trib. do Juqniá. (Machado de Oliveira). pela Lei Prov. n. 54 de 2 de abril d-j 1883 e Lei n. 252 de 4
PEREIRA. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, aff. da setembro de 1393.
margem esq. do rio do Braço, ^
PEREQUÊ-ASSÚ, Rio do Eslado do E. Santo, ali', do Santa
PEREIRA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha o mun. Cruz, E' navegável em tempo secco por barcos psquenos até tres
da Conceição do Arrolo e desagua na margem esq. do rio Carahá. léguas. Também escrevem Piraquê-assã e o denominam Suas-
suna.
PEREIRA. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o ter-
PEREQUÊ-ASSÚ. Rio do Estado do Rio de Janeiro, rega o
ritório da freg. de Datlas e desagua na margem esq. do rio deste
nome (Inf. loc).
mun. de Paraty desagua na enseada d'este nome. Em seu
e
curso fica a cachoeira denominada Quilombo. Encontra-se tam-
PEREIRAS. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, ex-parochia bím eseripto Poraquec/uassã. Periqiiegua^sã, Pcraqucassú, Pc-
do mun. de Tatuliy. Foi creada parochia pela Lei Prov. n. 51 de riqiiaguassú e Piraquca>sà. A Lei Prov. n. 107 de 22 de de-
30 de março de 187G e villa pela Lei Prov. n. 93 de 4 de abril de zembro de 1837 determinou que fosse restituído o rio Pereque-
1889. Orago N. Senhora e diocese de S. Paulo. Agencia do cor- guassii ao seu loito natural, que ainda existia aberto, e que
reio. Duas eschs. publs. de instr. primai'ia. desembocava na praia de Jabaquara ao N. do morro da Villa
PEREIRAS. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. de Velha.
Crystaes do mun. de Campo Bello. PEREQUÈ- ASSÚ. Rio do Estado de S. Paulo, rega o mun.
PEREIRAS. Serra do Estado de Minas Geraes, entre os de Ubatuba e desagua no oceana.
muns. do Pomba e Cataguazes. PEREQUÈ-MIRIM. Pov, do Estado do E. Santo, no mun.
PEREIRAS. libado Estado do Pará, na foz do rio Anapii e de Santa Cruz; com uma eschl, piibl. de inst. prim.
mun. de Portel. (Inf. loc.)
PEREQUÊ-MIRIM. Rio do Estado do E. Santo; deagua
PEREIRAS. Riacho do Estado do R. G. do Norte, no mun. junto com Piraque-assú no rio Santa Cruz. E' lambem denomi-
de Apody. Vae para.o rio deste nome. nado das Perobas.
PEREIRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nasce da ^
PEREQUÈ-MIRIM. Informam-nos do mun. de S. Sebastião,
serra Seritinga, corre de S. para N. e vae desaguar na margem listado de S. Paulo, que o rio Itararé lança-se no mar, no
esq. do rio Turvo Grande, aff. do Ayuruoca. (Inf. loc.) Outra bairro de S. Francisco, com o nome de Perequè-mirim.
informação menciona esse ribeirão como aff. do ribeirão das
Vaccas, trib. do rio Ayuruoca.
PEREQUÈ-MIRIM". Rio do Estado do Paraná, banha o
mun. de Paranaguá e desagua na bahia deste nome.
PEREIRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, junta-se
com o Mutuca e, reunidos, vão ao Chopotó. PEREQUÈ-MIRIM. Porto no mun. de Ubatuba do Eslado
de S. Paulo.
PEREIRAS. Córrego do listado de Minas Geraes, no dist. PERERECAS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do
de N. S. da Conceição do Casca, mun. de Ponte Nova.
Rio Formosq.
PEREIRINHA. Log. do Estado de Pernambuco, no termo PERES. Log. no dist. dos Afogados e Estado de Pernambuco,
de Agna Preta, perto do rio Serinhaem. com duas escs. publs. de inst,primaria.
PEREIRO. Cidade e mun. do Estado do Ceará, na serra do
PERIÂ. Vide. Pifiá.
seu nome e com. do Icó. Oragos Santos Cosme e Damião e dio-
cese do Ceará. Foi creada parochia por Dec. de 11 de outu- PERIAOGA. SeiTa do Estado do Ceará, no mun. de Cascavel.
b.'o de 1831 e elevada á categoria de villa pelo art. I da Lei Dizem haver em cima desta serra unia pedra, míde está a ligura
Prov. n. 242 de 21 de outubro de 1812, que incorporou-a á de uma ema.
com. do Icó. Annexada á coín. de Jaguaribe-mirim pelo avt. III
da de n. 1.476 de 3 de dezembi'o de 1872. e á do Icó i:elo art. II
PERIATI. Nação indígena do Estado ilo Amazímas, no rio
dadegn. 1.541 de 23 de agosto de 1873. Tem duas eschs. publs.
Japurá. l)jstingue-se em ornar as orelhas com pennas do tocano
(Araujo Amazonas).
de inst. prim., creadas pelas Leis Provs. ns. 251 de 15 de no-
vembro de 1842 e 845 de 9 de agosto de 1858. Foi elevada á ca- PERIBOCA. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. tia
tegoria de cidade pelo Dec. n. 54 de 30 de agosto de 1890. Piedade.
Sobre suas divisas vide; art. I da Lei Prov. n. 1.054 de 30 de
novembro de 1863 1.085 de 12 de dezembro de 1863. Possue duas
;
PERICOARA. Log. do Estado do Ceará, no termo ile Pará-
curú.
capellas íiliaes, uma na pov. do Caixassó e outra na do Sacco
da Orelha. PERICOARA. Rio do Eslado da Bahia, alll. do Itapecurii.
PEREIRO. Serrado Estado do Ceará, a E. do Icó, nas di- Recebe o Gangii.
visas do Estado do R. G. do Norte. Prende-se á serra do Ca- PERICUMAN. mun. do Pinheiro c Eslado do .Ma-
Dist. d(i
mará. E' extensa, fresca, cultivada e o celleiro da cidade do Icí) ranhão, com uma de inst. iiriiii., para o sexo mas-
esc. pub.
e sertões vizinhos. N'ella está assente a cidade do Pereiro. Tam- culino,creada pela Prov. n. 1.329 do 2 do maio do 18_84.
Lei
bém a denominam Santos Cosme o Damião. Orago S. Lourenço. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 5'.'7
PER — 176 — PER

cie 6 de setoinljro de 1861, e suppiúmida pela de n. 791 de 13 PERIQUITO (Furo do). Pequeno braço do rio Paraguay
de julho de 1860. K
banhado pelo rio Baiuleira. Agencia do de oito kils. de extensão, logo abaixo da bahia do Periquito,
correio. no Estado de Matto Grosso.
PERICUMAN. Rio do Estado do Marauhiio ; desay ua iio PERIQUITO. Bahia á margem dir. do rio Paraguay, s^te
AllaiUico pela Ijahia do Cuman. llecebi o igarapé do Felix. ki!s.abaixo de Corumbá, logo acima da Volta do Periquito,
« E' de rico cabedal de agua, limpo ; seu fujido é de 10 palmos, no Eslado de Matto Grosso.
ramilica-se em rnuilos braços e dá capacidade para por elle su- PERIQUITO. no mun.
Lago do Estado do Pará, de
birem canoas, mesmo grandes, até Santa Cruz. Tem na foz a Óbidos.
largura de 150 In^aças e fundo de 40 a 45 palmos».
PERICUMANSINHO. Log. do Estado do Maranhão, no
PERIQUITO. Lagòa do Estado de Minas Geraes, no dist.
de Nova Lorena e mun. do Abaeté,
dist. de Santo Antonio e Almas.
PERIDA. Nação indígena do Estado do Amazonas, nos rios
PERIQUITO-QUARA. Igarapé do Estado do Pará, no
dist. de Guajará-miry e mun. da capital.
Japurá e Içá (Araujo Amazonas).
PERIDA. Canal que commnnica o rio Mutú, afll. do Japurá
PERIQUITOS. Log. do Estado do Paraná, no mun, de
Ponta Grossa.
com o Içá, no Estado do Amazonas (Araujo Amazonas).
PERIGO. Riacho do Estado de Pernambuco, banha a com. do PERIQUITOS. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Soli-

desagua no rio Capibaribe. mões, entre as ilhas Paratary e Uajaratuba.


Limoeiro e

PERIGOSO. Log. do Districto Federal, na freg. de Gua- PERIQUITOS. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Ma-
deira, 12 kils. distante da foz do rio Pirajauara. Tem cerca
ratiba.
de seis kils. de extensão. Perto fica-lhe a ilha dos Pagãos.
PERIGOSO. Ribeirão do Estado da Bahia, banha o mun. do
Prado e desagua na margem dir. do rio do Norte, 14 kils, abaixo PERIQUITOS. Ilha do Estado do Pará, em frente á bocca
da foz do Quebrado. do rio Aracy.

PERIGOSO. Canal entre as ilhas Mexiana e Caviana, per- PERIQUITOS. Ilha do Estado do Pará, no mun, de Al-
tenceirte? ao Estado do Pará. meirim.

PERIMIRIM. Rio do Estado de S. Paulo; tem.origen na PERIQUITOS. Riacho do Estado do Amazonas, na mar-
pelo mun, de Ubatuba e desagua
cordilheira marítima, corre gem esq. do rio Solimões, abaixo do Codajaz, entre os riachos
no mar (Azevedo Marques). Uanori e Mauana (Araujo Amazonas).
PERINA. Ponta na lagòa de Araruaraa do Estado do Rio PERIQUITOS (Sirga dos). Corredeira no rio Madeira,
de Janeiro. Ha ahi silinas em exploração e caieiras trabalhadas dous kils. abaixo da sirga da Pedra Grande, ambas entro a
a Yapor. cachoeira do Ribeirão e das Araras, no Estado de Matto
Grosso.
PERIQUITÃO. Ilha do Estado do Pará, no mun. de Muaná.
PERIQUITATEUA. Igarapé do PERITORO' Igarapé do Estado do Maranhão, aíí'. da mar-
Estado do Pará, aíT. da gem esq. do rio Iiapecurú.
margem esq. do igarapé do Lago, trib. do rio Maracá.
PERIQUITINHO. Log. do Estado do R.
PERITUBA. Pov. do Estado de S. Paulo, no mun. da
G. do Norte, Piedade, com escholas. Tambe.Ti escrevem Piriatuha e Pi-
no mun. de Santo Antonio. rituba.
PERIQUITINHO. Ilha do Eslado do Pará dependente do PERITUB.V. Bairro do mun. de Lavrinhas e Estado de
mun. de Muaná. S. Paulo.
PERIQUITINHOS. Enseada no rio Amazonas, raun. de PERITUBA. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Taquary,
Santarém e listado do Pará. que o é do Paranapanema Recebe o ribeirão da Ronda.
.

PERIQUITO. Pov. do Estado


do R. G. do Norte, no PERITUBA. Lagòa do Estado de Santa Catharina, cora
mun. de Jardim, situada em uma planície no extremo S. da 750 braças de comprido e 300 de largura. Communica-se com
serra das (,)ueimadas, a 50 kils. de SE. de Jardim com capella. ;
a do Morro Sombrio, da qual acha-se pouco distante.
PERIQUITO. do X-io Paraguay, entre a
(Volta do) Log. PERIZES. Parochia do Estado do Maranhão, areada pela
Bailia Negra e o chamado P^io Branco, 25 kits. abaixo da
Provisão de 7 de novembro de 1805. Vide S. Bento.
montanha Rabo de Ema, no Estado de Matto Grosso.
PERIQUITO. Serra do Estado do R. G. do Norte, no
PERMATY. Log. do Estado de Pernambuco, no num. de
mun. do Jardim. Palmares. •

PERIQUITO. Morro do Estado do Parahyba do Norte, no


PERNA DE PAU. Rio do Estado de S.Paulo, no mun,
mun. da Lagòa do Monteiro. de Caraguatatuba.

PERIQUITO. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. PERNA DE VEADO. Cachoeira no rio Negro, aíf. do
da Floresta, próxima da serra Negra. Amazonas, no Estado deste nome. Fica no secção comprehen-
dida entre Camanaú e S. Gabriel.
PERIQUITO. Outeiro no mun. de Santa Luzia do Rio Real,
Eslado de Sergipe, na estradado Priapú (Inf. loc). PERNAMBUCANO. Bairro do mun. de S, José dos Campos,
no Estado de S. Paulo, com escholas.
PERIQUITO. São assim denominadas duas ilhas, situadas
no rio S. Francisco, acima da Cachoeira Grande, no Estado PERNAMBUCANO. Natural do Estado de Pernambuco.
de Minas Geraes. São separadas daquella cachoeira por um PERNAMBUCANOS. Ribeirão do Estado de Goyaz, aíT. do
intervallo, no qual o S Francisco é muito profundo e jjossue rio Pirapetinga, que o é do Corumbá.
uma corrente muilo fraca. Entre as ilhas do Periquito e a
margem dir., o canal não dá jiassageni a canoas mesmo no PERNAMBUCO. Estado do Brazil. Limites : Este Estado
tempo da secca, salvo muito próximo da margem dir. li' pre- confina ao N. com
os Estados do Parahyba e do Ceará
; ao S.
ciso passar entre essas ilhas e a margem esquerda. com os Estados das Alag")as e da Bahia ; a B. com o Oceano
Atlântico e Estado das Alagoas ; e ao O. com os Estados do
PERIQUITO. Riacho do Eslado do Maranhão, no mun. do Piauhy e da Bahia. A fronteira do Estado do Parahyba é assi-
Brejo (Inf. loc.)
gnalada pelos rios Abiahy e Ipopoca, serra dos Carirys Velhos c
PERIQUITO. Riacho do Estado de Pernambuco, no termo da Piedade, cujas serras também são conhecidas pelo nome
da Boa Vista. genérico de Borb jrema ; a do Ceará pela serra Araripe a das ;

PERIQUITO. Alagoas pelo ribeiro Persinunga, e de suas nascentes em linha


Córrego do Estado de Minas Geraes, alT. do recta a encontrar o rio Jaculiype acima da sua emboccadura no
ribeií-ão da Onça, entre Trahiras e Curvello.
rio Una, e seguindo depois pelo rio l'aquara, d'o.ide, tirando-se
PERIQUITO. Ribeirão do Estado de Goyaz, banha o mun. uma recta ao rio Moxotó, 'onde conliue o ribeirão Manary. e
do Enlre-Kios e desagua no rio Corumbá, pelo mesmo Moxotó até á sua foz no rio S, Francisco ; a da
36.797

l
PER — 177 — PER

Bailia é assigualada pelo thahveg- do riu S. Fi-anciseo, desde a divide as duas Províncias, só é bera conhecido no curso de duas
bai-ra do rio IMoxotó até ao ponto Pão da Historia, abaixo da léguas, desdí a sua foz, na praia entre Gamelleira e Peroba,
cachoeira do Sobrado, e deste ponto por uma recla até á serra até o engenho Pu.; Amarello, onde aílluem iliversos regatos,
dos Dons Irmãos : e a do Bastado do Piauliy pela serra da Ibia- ha\endo discordância em reconhecer-se (jual delles é Persi-
paba, nos pontos onde é denominada dcs Dons Irmãos, Verme- nunga. JJahi os conilictos de juridiscção. que ri'vel: iu nect-s-
lha, até o contraforte que a liga com a do Araripe. Estes sidade de delermin;ir-se a linha divisória das duas rn>\ meias
limites nunca foram demarcados, e pela mór parte não sao c'aros por aquelle lado. pn^cedendo as exidura-õ s c nv-nicnles.
e incontestados, sendo raros os documenlos de legislação
que Parece escusado pedir-vos uma solução leriiiiiruitr' que cmber
os comprovem, como mais adeante veremos. A
posição astro- em vossas faculdades sobre queslõi.s deski nalurez..i. que a auto-
nómica deste Estado é a seguintea lat. toda meridional encerra
: ridade administrai. va vè-se embaraçada ein resolver, ou |jor
o território entre 7" e 10° 40" a long. toda oriental do meri-
;
falta de esclarecimentos e exames dilliceis de conseij uir-se.
diano adoptado demora entre 1° e 8" 25'. A maior e:; tensão quando a Província não tem ao menos uma Carta l iiiograpliica :

deste Estado de N. a S. é de 30 léguas, do contraforte da serra ou porque a intelligencía das leis, que regulam a divi^fio civil,
Araripe á margem esq. do rio S. Francisco, e de E. a O. de judiciaria e ecclesiastica da Província, careça de uin;: interpre-
155 léguas desde o cabo Sanio Agostinho á serra dos Dons tação aullientica que S('i a vós compete dar. » A fronti-ira me-
Irmãos, e ao limite com o Estado da Bahia. O littoral com- ridional da Bahia, comquauto pareça ter urn liinile cduro no
prehendido entre 7" 30' e 8" Gõ' é calculado em 38 a 10 léguas thalire/j do rioS. Francisco, não deixa descriminadas as innu-
pouco mais ou menos, dando uns 4-1 e outros 42 léguas, em meras ilhas que cobrem o leito do rio, declarando á que cir-
consequência de curvas que nelle existem. O território de cumscripção pertencem. O mesmo se pôde dizer dos limites
Pernambuco foi descoberto por Vicente Yanes Pinzon. em 1499, com os listados do Piauhy e do Cear;i, e com o alto serlão do
o qual denoroinou o cal)0 de Santo Agostinho, Santa Maria
de Parahyba do Norte. A linha divisória da fronteira orienlil,
la Consolación, e toda a costa para o N. terra de Rosto Her- ou melhor SO. com o Estado da Bahia também c contestada.
moso. No anno seguinte, 1500, quando Pedro Alvares Cabral Pernambuco lixa-a no ponto denominado Pau da Arara, a
acabava de descolorir as terras de Porto Seguro, André Gon- Bahia no designado por Pau da Historia, pombas léguas mais
çalves, enviado á Portugal a dar conta deste acontecimento, abaixo do primeiro. O Dec. de 1824 e R- solução de 1827,
fez nesse trajecto também a descoberta do território de Per- supracitados, sio mudos a semelhanli' respeito, assim como são
nambuco. Era este i aiz habitado pelos Calietés, os mais CS Alvarás de 15 de janeiro do 1810 e 3 de junho de [&20. que
ferozes indígenas da raça Tupy. O sou domínio estendia-se do elevaram á graduação de com. esse território, como se vc do
rio lo-uarassií ou Santa Cruz até o S. Francisco, compartilhando art. 1" de ambos esses actos, que aqui registramos Eis o que
o território até o rio Parahyba com os Tabajaras. Dividindo dispõe o Dec. de 15 de janeiro de 1810 « Haverá uma nova
a metrópole o território do Brazil por dillérentes donat:irios, com. que se ha de denominar do Sertão de Pernambuco e com-
coube Pernambuco a Duarte Coíllio Pereira, pir carta de prehenderá a viUa de Cimbres; os iulgados de Garanhuns, de
doação de 10 de março de 1534, e o respectivo foral foi-lhe Flòi-es, na ribeira do Pajahú, de Tacaratú, de Cabrobó a viUa ;

expedido em 24 de setembro do mesmo anno chegando o dona-


;
de S. Francisco das Chagas, na bax-ra do rio Grande, vulgar-
tário ao seu destino em princípios do anno de 1535, quando mente chamada da Barra as povs. do Pilão Arcado. Campo ;

fundou Iguarassú. Os limites da sua concessão eram pela Largo e Carunhanha que hei por bem desmembrar da comarca
;

costa a foz do rio Iguarasíú e alcançava a margem es:j. do rio de Pernambuco. E porque a villa da Barra do Kio Grande per-
S. Francisco, isto é, todo o dominio da tribu C.iheté.
Pas- tencendo á capitania de Pernambuco eia da correição da Jaco-
sando este território para o dominio da coròa, maximé depois bina por estar m is próxima a ella do qu' a cubeça da com.
da expulsão dos Hollandezes, passou a ser regida por Capitães respectiva .sou outrosim .servido ordenar que fique pertencendo
;

Generaes, e obteve em 1685 a aunexação não só da Parahyba, a sua correição á n''va com., visto que cessam com esta creação
mas do território visinho da extincta capitania de Itamaracá ; os motivos referidos. » O Dec. de 3 de junho de 1820 alterou
e em 1701 a do Rio Grande do Norte, capiíaniás colonisadas e a precedente medida desta fórma « Haverá uma nova com. :

sujeitis ao governo da Bahia. Em 1718, obteve ainda a annexa- desmembrada da do Sertão de Pernamlmco, que se ha de deno-
ção de todo o alto sertão do rio S. Francisco, colonisado e minar Comarca do RioS. Francisco e comprelu^nderá a villa de
também sujeito á Bahia, assim como todo o Ceará grande que ,S. Francisco das Chagas, vulgarmente chamada da Barra, a
de
dep=>ndia do governo do Maranhão. Com taes annexações, era Pilão Arcado e as povs. de Campo Largo e Carunhanha com os
Pernambuco li capitania, sinão a mais extensa em território, seus respectivos termos, SMido a cabeça de com. a villa de
pelo menos a mais povoada e a mais rica do Brazil. No lim S. Francisco da Barra. Todas as mais villas e povs. que se
do século passado, o Ceará e o Parahyba foram desligados do acham referidas no sobredito Alvará de 15 de janeiro de 1810,
seu governo Em 13 de março de 1817 s?parou-se — a do Rio e que não vão n^ste indicadas, iicarã pertencendo á com. do i

Grande do Norte e por Dec. de 16 de setembro do mesmo anno Sertão de Pernambuco. » A ilha Fernanilo de N<u-onha. com-
também foi segregado o Estado das .'\.lagòas._ Por ultimo, o quanio na lat. do Ceará, depende do governo deste Estado.
alto sertão do rio S. Francisco, outr'ora denominado sertão de E' uma simples annexnção provisória como se deprehende da
Rodellas foi de egual sorte desliaado deste Estado, passando a Carta Regia de 20 do maio de 1737 dirigida ao Capitão Cíeneral
primeira' vez para o Eslado de Minas Geraes, por Dec. de 7 de da capitania do Pernambuco, Henrique Luiz Vieira Freire dft
julho de 1824 e depois pela Resolução de 15 de outubro de 1827 Andrade, quando teve ordem de retomal-a aos fr.incezcs, que
para o da Bahia, mas essa incorporação era com a clausula de ali se haviam estabelecido, o de fortilical-a convenientemente.

provisória. Estas ultimas segregações devera-se ás revoluções Superfície —
128.395 kils. qs. Noticia histórica ' O pri-
de 1817 e 1824; notando-se que já em 1817, o sertão ou com. meiro estabelecimento portugu?z em terras de Pernambuco foi
do Rio S. Francisco havia sido pela primeira vez mandado uma feitoria que, em 1526, Chrislovão Jacques fundou á margem
annexar á capitania de Minas Geraes, por Dec. de 28 de maio do rio Iguarassú mas já ne>se lenipo andavam arina.lorea
;

de 1817. ficando logo sem vigor por haver lambem terminado a francezes tVequ.-nlando a costa dessa pari do Brazil Segundo •
.

primeira revoluçã". o que consta do Dec. de 22 de julho akuns. Pedro Lopes de Souza, em 15o2, ba'eu 70 desses estran-
daquelle anno. Muit^js dcis documentos do poder solier.ui .
gciros tr:i lieanl.s, qu= se tinham apoderado daquella feitoria;
sãii conhecidos, e portanto si nelles havia designarão d? hmil
s na pinião de outros, foi Duarte Cosiho Pereira quem em 1530,
.

não podem ser apreciados p do l;. ngra|>li". Na IVn- Ic i-.' pt iv c.\|,ell 11 d li os france/es e c .n.eçou log.^ a desenvolver e=s<'

trional deste Est;ido, a linha divnoriu di s rio A-


bui ou Ali abv iin ic .-o oiiial. e ifumedíat-.i uiPii lo outr..., no licllo sili" que oS
e Ipiipoca é contestada, e o Esti.do c liuíMile coula-n: ni-u
i. (mIi Ics cliLMiia\am miiim. ao oliegar,e onde Diiiine C.ocdh.i.
favor CS ac tos ali enun.eradí.s e o vli i
oss (hl ix ^ w sma
it
exelynioii « Oh! linda situação para uma cidade » o que jez
:

direcção e mais para o centro, o território da villu di- Pedras chymar Olinda á posição creada ^. O certo ò que, em 1531
de Fogo está nas mesmas condições que o do littoral, ainda
que neste ponto o uli possiiielis é de Pernambuco. Si passarmos
á fronteira meridional confinante com o Estado das Alagoas '
líxtralinla da Cho,-oij,\i;)li>a do Dr. J. M. Macedo, com algumas
ha também obscuridade e duvidas, e po emos comproval-as in odiíic'tÇ''ies,
com o seguinte treclio do R'^latorio da Presidência de 1859 :

Quore ii outros,
« Questões de limites. —
O mesmo delegado (do termo de Bar-
- lista ú a versão ou .mtes a tr.Tiilção popul.ir.
coin Difílhor iundanienlo, que ()linil.a fosse o nome de uni.i quinl.i e'ii
reiros) fez sentira confusão e duvidas q'ie se levantaram quanto 1'ortugal, de gratn rec(n'daçfio jiara o dcmatiirio, que nist.i segiiio .Tin.j.i
aos limites daqiiella frequezia (Agua Preta) com o termo de o costume dos portuguezes de darem aos lojares do ISrazil o nomo da
Porto Calvo, das Alagôas ; pois que o riacho Persinunga, que i^uas terras ua Europa.

CICC. GEOG. 23
PE II — 178 — PER

(11 de março), Duarte Coelho Pércira, teve em doação a capi- e da pátria. —


Engrandecido na denominação hollandeza,
tania hereditária de 50 léguas de extensão desde a foz do rio Pernambuco continuou a progredir avassallando em sua orbita
y. Francisco ao S. até ao no Iguarassii ao N.; cumprindo porém de planeta superior ás capitanias do Parahyba, do R. Lr, do
adverlir (HU!, Ijem cedo, a capitania de Pernambuco estendeu Norte, e até mesmo á do Ceará, que obedeciam á sua influen-
além seu territoi-io e sua adniiiiisiração por boa parte da porção cia commercial e politica, por relações de famílias importantes,
septenlrioiíal da doada a Pedro Lopes de Souza, e que se de- e emlim de dependência do governo. — l'or essa influencia a
iioniinara —
capitauia de It unaracá. —
Duarte Coellio, ou já capitania predominante arrastou aquellas tres e Alagoas, (j ;e
estava nas terras que passaram a ser de seu dominio, ou veio era ainda díst. seu, para uma revolução republicana em 1817,
para ellas com sua esposa, muitos parentes, e numero avultado e para tis consequências desse movimento, que foram de aspér-
de colonos, fundando cabeça de seu feudo a Já pov. do Olinda. rimo, exaggerado e crudelissimo castigo em 1821, estendeu por
;

Mais liabil que todos os outros donatários, depois de vencer e ellas o generoso contagio do pronunciamento libera) de 1820
pijr em fuga os terríveis caheiés, e de fazer liga com os no reino de além mar desde o anuo segninte (1822) deu-lhes
;

tabayéies ou tatiáyares, que de grande auxilio lhe foram contra o exemplo da energia e da força contra a '"lomi nação de Pcn--
aqiielles, excedeu a todos os chefes e senhores de capitanias tugal, expellindo de seu seio as tropas lusitanas de guarnição
pela ordem e bem combinado systema de administração que e o capitão-genoral Luiz do Rego, o odiado de 1817 ; e em
deu á sua ; creou um livro de tombo das terras e outro da 1824, por caus-i da dis5olução violenta da coiistituMite, ergueu-
matricula dos colonos :promoveu os casamentos destes com se armada, proclamando a Federação do Equador e chamando
as Índias, e com vivo eslorço animou a agricultura de modo ; á sua causa aquellas províncias que não a igualaram no
que Pernambuco logo se distinguiu pela prosperidade e des- arrojo, mas que, em proporção, com ella fraternisaram na
envolvimento da colónia. Não faltaram contrariedades ao do- adversa fortuna dos vencidos e n;)S soilrimentos das punições.
natário, sondo uma das principaes e de que elle se queixava — Aquietada sete annos, Pernambuco, ao annuncio da abdi-
escrevendo ao rei, a remessa de degradados, nao menos des- cação do primeiro Imperador, convulsiona-se em motins e
gostando-o a qualidade moral das mulheres que do reino lhe desordens graves, em revoltas parciaes no pronunciamento
mandavam mas ainda assim, de tal modo se houve que, em
; armado da gente do interior, a que se chamou revoUa dos
15-19, qumdo se organisou o governo geral do Brazil, os privi- cabanos, jiacifica-se, para mover-se, sempre febril a cada
légios de que foram então privado? os outros donatários, nelle mudança na politica governamental do Estado, até que, em
excepcionalmente se mantiveram. —
Nem por morte do Duarte 1843, ainda uma vez toma as armas e deixa, em repetidos com-
Coelho em 1554 definhou a capitania governou-a sua viuva
: bales registrada a memoria da que se denominou derrota
na ausência do filho herdeiro que estudava em Portugal '
;
praieira, na qual foi morto, entre centenas de outros brasi-
mas Jeronymo de Albuquerque, irmão daquella senhora e leiros dos dous campos, o legal e o revoltoso, o ex-deputado
apenas com 21 annos de edade, dispondo de grande energia, e corajoso tribuno Nunes Machado. Apos a victoria das
derrotou os cahetés, que voltaram em guerra activa e ameaça- tropas do governo, seguiram-se processos e julgatuentos, con-
dora. —A capitania de Pernambuco florescente e robusta, demnações dos chefes revolucionários a annos de prisão, perse-
muilo concorreu para a conquista e colonisação da Parahyba guições 6 reacção do partido vencedor: não se levantou, poréiu,
e do R. (j, do Norte, sobresahindo nesta ultima o primeiro a forca, nem houve fusilamentos como em 1817 e 1824, e muito
ou o mais antigo heróe brasileiro, Jeronymo de Albuquerque, poucos annos depois, em 1853, tortos os chefes condemnados e
filho natural do precedente de mesmo nome e de uma india, presos tinham amnistia. De então até hoje, Pernambuco vive
heróe que poucos annos depois, vencendo os francezes no Ma- e floresce tranquilla. A lição é eloquentemente demonstradora
ranhão, tomou o nome da terra onde fizera capitular o estran- da improlicuidade dos patíbulos, dos fusilamentos e do horror
geiro invasor. —Em 1630 começou a historia heróica de Per- do sangue derramado para se aniquilar o espirito revolucio-
nambuco : foi o período da guerra hollandeza, na qual se nário de um povo. A amnistia, no segundo império, conseguiu
distinguiram Mathias de Albuquerque, sobrinho do herdeiro mil vezes mais do que as commissões militares, a alçada sangui-
do donatário, Vidal de Negreiros, brasileiro, Camarão índio, nolenla, as execuções, os algozes e o terror da enraivada vin-
Henrique Dias negro, Fernandes Vieira, Barreto de Menezes e gança que se ostentaram descommunalmente em 1817, no reinado
Dias Cardoso, portuguezes. —
Com a res auração de Pernam- de D. João VI, e ainda eiu gráo extremo em 1824, no i^einado de
buco, reverteu esta capitania á corôa por facto, que o Alvará D, Pedro I. Teve, até o Dr. Pedro Vicente de Azevedo,
de 16 de janeiro de 1716 delinitívamente completou, abolindo —
60 presidentes. —Clima e salubridade O Dr. Martins Costa diz:
os direitos dos herdeiros do donatário, com indemnisação feita « A prov. de Pernambuco goza de um clima em geral saudável.
ao conde de Vimieiro. —
Os pernambucanos, porém ufanosos O sólo dessa prov, divide-se em duas partes distinctas, uma
de fidalguia, orgulhosos de bravura, acostumados a alfrontar a baixa, bem regada, e em alguns logares ainda coberta de exten-
morte, deram logo em princípios do século XVIII o primeiro sas maltas; é a zona chamada da matla; e a segunda, alta e
exemplo de séria e porfiada guerra civil na chamada guerra montanhosa; o sertão. Entre estas duas partes existe um ter-
dos mascates (nome ciado então aos portuguezes), que por reno de transição, ondulado, carrasquento e mais ou menos
questões da nova vilU do Recife o dos seus limites disputados, secco: é a zona conhecida pelo nome de agreste. As febres in-
aggravou as rivalidades e accendeu antagonismo odiento entre termiilentes e remitlentes de fundo palustre reinam no começo
os filhos da metrópole e os naturaes da colónia. O domínio — do verão na zona baixa, bem assim a dysenteria, ophtalinias, sa-
hoUandez não fòra de todo maligno o governo de Mauricio de
; rampâo, ele. ; no inverno ajiparecem as aliecções catarrliaes,
Nassau tinha sido de considerável progresso e ri(iueza para pleiíriles, bronco-pneumonias, rheumatismo, etc. Ahi lambem
Pernambuco. Olinda, incendiada em 1631, surgío de suas ap|iai'eci'm casos de oppilação, e. na costa marillma, de beri-
cinzas mais b Ha e resplendente; o Recife, pobre amontoado béri . Observam-se uo Recife alguns casos ile febre tyijlioide.
de rudes armazcns, se desenvolvera a civilisação e a indus-
; As febres climáticas com predominio do elemento bilioso, as
tria rompiam animadas de elementos sabiamente dilfundidos, aífecções chroninas do apparcllio digestivo e engurgitamentos
e sem contestação o domínio hoUandez sob o príncipe de visceraes consecutivos ao paludismii sào comniuns. No sertão,
Nassau, administrador e estadista liabilíssimo fazia empal- , o clima é temperado, mais ou menos igual, de uma salubridade
lídecer e confundir o systema colonial portuguez acanhado, tradicional e aconselhado c-m vantagens como refugio hygienico
contrahido, e deficiente em todo o Brazil. E' mais que prová- aos doentes de affecções cbronicas do apparelho respiratório.
vel ipie a evidente superioridade das vantagens do dominio Dominam nesta zona moléstias de natureza inflammatoria. A
liollandez tivessem mantido e progressivamente adiantado as variola epidemica tem assolado muitas vezes a jirov. As aífe-
coiuiuistas deste, si o enthiisiasmo contagioso da revolução de cções venéreas e syphílíticas acham.-S3 muito disseminadas.
Portugal em 1640, e a flamma do catliolicismo, ainda' mais A morpliéa, outr'ora commum, hoje é rara. A tuberculoso
anlonle peia oppressão dos liollandezes, não houvesse inspirado pulmonar é frequente na capital e nas cidades jjOjiulnsas do in-
a popidação que, cm 1641, acudiu e levantou-se á voz e ao terior Foi a ]irov. dl' Pcimamluico o logar do Brazil visitado
ap[)ello dos seus herr ícos capitães de guerra em nome de Deus pela febre ainarella no século X\'n, s^ndo ])ara ahi importada
por um navio procedente de S. Thomé. Essa devastadora epi-
demia, que, segundo nos informa Rocha Pitta, estendeu-se até
a Bahia e durou por espaço rle seis annos, desde 1686 a 1692,
foi desiMnpta em um trabalho publicado em Lislioa em 1694 pelo
' O segunilo rlointario Dii.Trtp. do Albuquerque Cnellin foi confii--
iiiarioa 10 ilií maio de o gov.jrnou nté iõ7s, aano em que morreu medico portuguez João Ferreira da Rocha. Depois dessa época,
na batalha de Alcacer-Quibir, sem (lesciMiiieucia. Foi terceiro dona- só em dezembro de 1849 foi de novo Pernambuco assaltado por
tário seu iruiãu Jorge de Albuquerque Coelho. esse flagello; desde então a febre amarella tem reapparecido

PER — 179 — PER

outraf? vezes, sendo delias o, mais saliente a epidemia que se rios Tracunhaem o Capilioribe-mirim, banha o mun. de sou
desenvolveu em
fins de 1870 e começo de 1871. A cliolera- nome e desagua no Oceano. O Capiberibe-rairim recelje o Se-
morbus ílagelloii essa prov. duas vezes, em 1855-56 e em 1861.» rigy. que recebe o Teitanduba. O Pajehú nasce nas divisas do
— Orog-raphia '

As prineipaes servas, além daquellas já men- Estado com o do Parahyba, na serra do Teixeira; banha os
eio ladas nos Estados limitroplies com Pernambuco são as se- muns. de Ingazeira, Pajplni de Flores, Villa Bella e Floresta,
g'ui!rt;s: Gamelleira, entre os rios Carahilias e Gravata a da ; e desagua na margem esq. do S. Francisco; recebe pela margem
Balança, entre o rio da Pitombeira, alll. do Terra Nova, e o rio es|. o Riachão, S. Domingos, Agua Branca, rio dos Navios,
dos Porcos, que se dirige para o Geará; a Negra, entre o rio etc; além desses, recebe mais os riachos da "\'elha Raiualho,
do Navio, aíli. do Pajeliú, e o rio Moxotii, trJb. do S. Francisco ; S. João, Cajá, Angico Torto, Piancosinho, Mombaça, Sacco do
a da Aldeia Yellia, entre o rio Moxotó e as caljsceiras do Iiiojuca; Romão e Oitis. O Terra Nova, trili. da margem esq. do São
do Commonat}', entre os rios Garanhumzinlio e Ipanema do ; Francisco, banha os muns. de Salgeiro e Cabrobó. O da Bri-
Ararubá, a léste do rio Ip jjuca; da Porteira, á margem esq. gida recíbe o Gravatá, Quixaba e desagua na margem esq. do
deste ultimo rio a de Jacarará, nas cabeceiras do Capiberibe
; ;
S.Francisco. O Pontal, que vem das divisas do Estado como
as do Quilombo e Rosada, próximas da precedente a das Ca- ; do Piauliy, é egualmente trib. da margem esq. do S. Francisco.
beçadas, entre o riacho Tabocas e o rio Ipojiica; a do Gigante, O Pirapama e o Jaboatão, que desaguam na barra das Jangadas.
entre Garanhuns e Aguas Bellas a dus Russas, entre: os rios O Parahyba e o Traipú, communs a elle e ao Estado das Ala-
Tapacorá e Ipojuca a do' Mascarenhas, no mun.de Nazareth goas o primeiro nasce na fazenda de S. João de Deus, 24
'

6 diversas omrus. —
;

Pot uuograpíiia —
Além do rio S. Francisco,
; ;

kils. ao N. da villa do Bom Conselho, o segundo no morro


que separa esse Estado do da Bahia (receb?ndo nelle o Pontal, grande de S. Pedro, 12 kils. ao poente da mesma villa O Mun- .

o Jacax'é reunido ao rio da Brigida, o Terra Nova, Pajeú, Man- dahú, também commum ao Estado das .'Vlagòas, banha em Per-
dantes, Carapinhos, Ema e Moxotó) do Parahyba, que nelle; nambuco o mun. de Correntes. São esses os principaes. Nesographa —
nascendo com o nome de Pai-ahyba do Sul atravessa-o e des- — .'Vfastida da costa pertencente a esse Estado iica a ilha de Fer-
agua no das Alagoas (recel)endo nelle o Caborge) do Mundabú ; nando de Noronha, de origem vulcânica, situada aos 3' 50' 10" de
e Ipanema ou Panema, communs a elle e ás Alagoas. E' o Es- lat.S. e 341 47' 3" de long. O. de Paris, na distancia (ie 66 milhas
tado regado pelos rios seguintes: o Capiberibe ou Capibaribe, que ao NE. do cabo S. Roque e 97 ao NE. do Recif-: suas costas são
nasce na 1'ralda da serra de Jacarará, no logar Olho d' Agua do altas, iuaccessiveis por todos os lados, não permittindo ancora-
Gavião e lagòa do Angú serpenteia a serra d'onde nasce e a do
;
douro sinão em dous legares: o primeiro ao NO., em uma en-
Brejo; a'ravessa as coms. do Brejo, Limoeiro, Espirito Sanio e seada abrigada por uma ilhota denominada Rata; o segundo,
Recife, banhando as cidades dos mesmos nomes e muitas culras si é que pôde merecer o titulo de ancoradouro, é denominado
povoações: recebe diversos tribs., sendo mais notáveis da mar- Praia do Leão; serve essa ilha de presidio aos sentenciados á
gem e;q. o Pegas, Arroz, Urubu, Tapado, Patos, Onça, Taiepé, pena de prisão com trabalho ^ tem duas fortalezas, um
;

Gamelleira, Cheio, Esquerdo, Jagurussú, Mariquipú, Salga- parque de artilheria e oilo reduclos foi descoberta em 1503
;

dinho, Amparo, Mel, Duas Pedras, Pirahyra, Mussurepe, Agua pela segunda expedição exploradora enviada ao Brazil por D. Ma-
Fria. Miissuape. Timbi, Camaragibe e pela margem dir.: o dos ; noel, recebendo então o nome de S. João e mais tarde o de
Carrapatos, Madre de Deu=i, Tabocas, S. Domingos, Éguas, Fernão ou de Fernando de Noronha, nome que ainda hoje con-
Mary, Figueira, Pedra Tai>ada, Caçatulia, Goitá. Tapacorá ou serva a NE. e SE. dessa ilha fica um pequeno grupo de ilhas
;

Ifcapacorá. Criissahy, Massiapinho, Gurgueia, Pitribú, Cumbe, rochedos, sendo mais notáveis as denominadas Rata, com
Salgadinho, Belhiiry, Corturae, Paredes, Catolé, Mandassú, "
grandes depósitos de phosphato. Ovo, Meio, Plataforma, Raza,
Pitombeira. Mandacaru, Tigipii, etc. O alveo deste rio é de Fragatas e S. José, esta com uma fortaleza tem diversas pontas, :

rochas (Jesde sua fonte até á com. do Espirito Santo do Pau entre as quaes a do Francez e a do Abreu, e algumas enseadas
d'Alho e arenoso até á foz. Seu curso é de cerca de 480 kils. O e bailias, como a da Criminosa, dos Gatos, da Conceição, do
Ipojuca tem suas origens na serra da Aldeia Vellia (ou das Cachorro, Santo .\ntonio. Esponjas e Estatua. Na costa do Es-
Moças. s?gundo outros), corre na direcção mais geral de E. tado encontra-se a importante ilha de Itamaracá, situada a
para O. banhando os miins. de Pesqueira, Caruaru, Bezerros,
, pouco mais de 18 milhas ao N. da cidade do Recife e se|) irada
Gravatá e Escada e lança-se no Oceano. Recebe por ambas as do continente por um canal estreito e profundo que foi tido na
marg.ins muitos tribs., entre os quaes o Bitury, Taquara. Ver- conta de rio e a que deram o nome de Santa Cruz é essa ilha ;

tentes. Mel, Salgado e Mocós. E", depois do S. Francisco, o um plateau de cerca de 30 metros de altura, composto de camadas
rio de maior curso do Estado. Só é navegável por barcaças ató terciárias sobrepostas a camadas cretáceas, as quaes são vistas
cerca de 20 kils. da foz. Fórma a bella cachoeira do Urubú. ao longo da base das terras elevadas estas rochas cretáceas
;

O Serinbaem banha os mnns. do Bonito e Serinhaem e des- consistem, em parte, de calcareos que são usados em pequena
agua no Oceano, recebendo pela margem esq. o Amaragi, Cama- escala para a calcinação tem 9 milhas
: de N. a S. é muito ;

ragibe e Tapirussú. E' navegável desde sua foz ate o anl^igo en- fértil e povoada e possue numerosos engenhos são afamadas as ;

genho do Anjo, independente da maré, por embarcações que suas mangas; na parte septentrional está o excellente ]ii)rto de
não exijam mais de ó pés d'agua, sendo dahi até á cidade de Se- Catuaraa, e ao S. ha um forte segundo alhrma Ayres de Casal,
;

rinbaem toda a navegação dependen te das elevações das m irés, era essa ilha antigamente denominada dos Cosmos; nella está a
que sobem até 6 pés. .Sua barra é muito variável, tanto na sua parochiadeN. S. da Conceição de Itamaraçá, e teve s u berço,
direc.-ão, como na profundidade, por causa dos bancos de areia, no engenho S. João, o conselheiro João .-Vlfredo Correia de Oli-
que, s:»guudii as estações e monções dos ventos, influem mais ou veira, a 19 de dezembro de 1835. São também dignas de menção
meiiiiS no canal de passagem. Além dos rios acima citados, re- a de Santo Aleixo, situada a duas e meia milhas de Serinhaem,
cebe mais o Piabis e o Tanques. O Una, também trib. do e de onde extrahe-se toda a pedra i)ara a cidade do Recife a do ;

Oceano, onda desagua no logar Abreu de Una, banha os muns. Lamenha. e a do Nogueira, com immenso coqueiral ^. Entre
de Palmares. S. Bento, Altinho o Barreires. Recpbe os ria- as que licam no rio Capiberibe. nota-se a do Retiro, próxima á
chos Gamo, Mentirosos, Prata, Chaia, Mimosos, Salgado, Bella ponte de Magdalena, pequena, mas occupada por muitas casas
Vista, Riacho Doce, Taquara, S. Domingos, Quebra Machado, de campo; c ligada ao continente por jiequenas pontes.
Bor)'o Branco, Ri;ichão, Vecde, Gá-me-vou e diversos outrfis. Cabos— .V Ponla de Pedras, que é a parle mais oriental do Brazil,
Desde sua foz ate ápov. de Barreiros, na extensão de 12 kils., e o cabo de Santo Agostinho, descoberto a 26 de janeiro de 1500
é bastante navegável, apresentando apenas algumas sinuosidades por \'ic?ntp Yanez Pinzon. —
Portos— O de Tamandaré, na dis-
(>alguns logarcs baixos, que são francos á navegação lUi enchente tancia de 120 kils. ao S. da cajiiial, i-epnlailo um dos melhores,
d;is in:ii'('s.' A uni iicima da villa de S. Bento, ha nesse rio sinão o melhor do Estado; é formado por uma grande en.seada
um íin|i(M-,rinb^ ;n-nili'. O (iovanna, formado pela juncção dos na costa, entre as barras dos í'ios Un.-» e Formoso, fechado na

'
Do mun. de Bom Conselho nos infnnii.am nascer psso rio no
1 l^;n'í> o estudo fia orogn-aphia (lo Estado seguimos o «Esboço
logai' denominado Baixa do .Jacinto.
lia cirti cliorogr.iijliica» org.Tnisada pela repartição de oliras puhlicas
dn, |ifn\iriciri IS^IK ^ Em ISSrj existiam no presidio lifl" sentenri.icbis.
- Assim por causa tio Parahyba do Norte.
o dpiioiilinam Nos o ' A antiga illia do Pina está lioje ligada ao continenle ;i illia

filí.imai-iaiiios I^aral\yba do Meio, por cansa dd Paraliylia do 8u', do do Nogueira pda obstrucção dos cauàeaqne a S'íparavaui tanto «lesla

S. Paulo, Minas e liio de .Janeiro, ilha como do continente.


PER — 180 — PER

frente pelo Recife; |em eiitr.-nbi fncil, bom ancoradouro oom ))as- rico producto em alguns muns., como os de Goranhuns, Bonito
;

tanle profiindiílade e abi ig;i'li> do temporaes. O do Recife, com eGoyanna, a producção do café não sò chega para o abasteci-
qua tro ancor; doiiros: LauK-rrin. Lnniinlias, Poço e Mosqueiro o : mento dos mercados locaes, como ainda para fazer-se uma, pe-
l)rinieiro, a nidlri ifi pliarol da liarra com fundo de 13 a 15 quena exportação para os vizinhos e mesmo para a capital a ;

liu^lrns: o seuuudo, i'oni[irehcndido entre o banco do Inglez e o com. de Garanhuns exportou para a capital, de outubro de 1875
pliarol. coin fundo de 11 metros o terceiro, ao NO. do ptjarol,
: a janeiro de 1876, 8800 líilos de café. Incontestavelmente, poiém,
a O. do recife denominado Pedra Secca, a E. da fortaleza do o mun. do Bonito marcha na vanguarda dos iogares productores
Brum, com 7 a 8 metros; o quarto, situado dentro dos recites do café e muito promette o progressivo desenvolvimento que
que lançam-se do pharol para o S. até á coròa dos Passarinhos, vai tendo o seu plantio; em 1872 a colheita attingiu a 800
por uma extensão de 1400 metros pouco mais ou menos e lar- arrobas, em 1873 a 1300 e em 1874 a 5'JOO ; entretanto, apez;ar de
gura de 300 metros: é neste que desaguam os rios Capiberibe tão animador desenvolvimento, mesmo no ultimo daquelles
e Biberibe. porto do rio Formosa, em distancia de 108 kils.
O annos, foi a colheita apenas suíficienle jiara abastecer os
ao S. da capital, situado na margem dir. do rio do mesmo mercados locaes; em 1875, porém, fez-se uma remessa de 110

nome, 12 kils. acima da sua foz. Lagos e lagoas -A de Passas- cargas daquelle género, pesando, mais ou menos, 400 arrobas ;


sunga e Torta, no mun, do Limoeiro. Fortalezas A de Ta- — estes dados representam como que os inícios da cultura de
mandaré; de Itamaracá; de Páo Amarello; de Nazaretb do ; tão rico producto no Estado, hoje mais propagada e desenvolvida.
Brum e Buraco, no istlimo de arèa que liga o Recife a Olinda: A cultura do trigo tem sido ensaiaila por diversas vezes, t°ndo
a primeira mais ijroxinia do Recife, na entrada da barra, a logar a primeira tentativa conhecida em fins do século XVI. O
segunda mais próxima de Olinda; o IVrte das Cinco Pontas, na Estado possue terrenos muito apropriados, e os ensaios feitos em
ilha de Santo Antonio (bairro de S. José); e o do Picão ou do Quipapá, Curuaru e Baixa Verde ou Tiúumpho são promette-
Mar (antigo forts de S. Francisco), sobre o arrecife, junto ao dores e dignos de todo o auxilio e animação. Nesta ultima loca-
pharol. — —
Pharóes O de Olinda, no antigo forte de Monte Negro, lidade, muito se tem desenvolvido esse género de cultura, devido
na lat. 8» 1' 20" S. e long. de 8» 21" 20" E. do Rio de Janeiro ;
principalmente á uberdade extraordinária de seu sólo. Para
o do Picão ou do Recife, na barra do porto do Recife, na lat. exemplificar isso, basta mencionar uma colheita obtida em 1878,
8° 3' 25" S. e long. de 8" 20' 10" E. do Rio de Janeiro; o quando o Estado era victima do horrível flagello da secca, na
do Cabo de Santo Agostinho, na lat. de 8° 20' 40" S. e long. qual, da plantação de uma ohicara de sementes, cclheram-se 45
de 8" 14' 10" E. do Rio de Janeiro; o pharolete das Roccas, na litros. Outras espécies de cultura tem sido introduzidas com re-
lat. da 3» 52' 00" e long. de 9° 22' 45" E. do Rio de Janeiro.— sultados práticos sati sfac tórios mas a da canna, do algodão e do
Agricultura ' —
O Estado é dividido em tres zonas ou regiões
;

tabaco tem absorvido toda a iniciaiiva e actividade dos agricul-


distinctas, que lhe proporcionam elementos apropriados para tores. E' assim que desappareceu completamente a do anil, que
bjdo o género de cultura peculiar á qualquer região do globo. em fins do século passado constituía um importante ramo de ex-
A primeira, chamada vulgar)nente Matta, occupa a parte orien- portação, concorrendo muito para esta a fabrica de manipulação,
lal ou marítima do Estado e est?nc[e-se de 40 a 60 kils. para fundada na pov. do Beberibe. A mesma sorte leve a da canella,
o interior, com 72 de largura, termo médio; esta zona é fer- introduzida no Estado na segunda metade daquelle século, e con-
tilissima, uniformemente accidentada e regada pelas correntes sideravelmente desenvolvida no extincto Jardim Botânico de
do Capibei'il)e, Ipojuca, Una, Capiberibe-mirim. Pirapama, Ja- Olinda, de onde se propagou por todo o Estado. Da acolimação de
boatão, Serinhaem e outros, além dos seus tributários; predo- outras plantas exóticas que se fizeram naquelle estabelecimento,
mina a cultura da canna e cereaes, prestando-se a pa,rte mais taes como sândalo, vinagreira, pimenta da índia, cravo, herva-
:

accidentada á cultura do cate, já iniciada com vantagem pai'a doce, moscadeira, cliá, e outras especiarias do Oriente, das índias,
os cultivadores. A seíunda zona, denominada Catinga ou da Europa e outros Iogares, as quaes eram transportadas com
Agreste, caracterisa-se não só pela constituição do sólo, que é grandes trabalhos e dispêndios, nem mais vestígios restam. Em
ínais arenoso que o da matta, como ainda por constar de pla- compensação, ficaram dos trabalhos de acclimação vários fructos
naltos mais extensos que as várzeas do liltoral e cuja altitude e plantas que hoje se notam no Estado, e que constituem um
eleva-se de 500 a 000 melros acima do nivel do mar.- Os ter- pequeno, mas animado commercio, não só interno como externo.
renos são seccos na estação calmosa grande parte da vege-
; O arroz, cuja cullura é hoje em pequena escala, já foi um género
tação despe-se de suas folhagens e seccam quasi todas as fontes; de exportação estadoal. Iniciada a sua plantação também em
esta região, onde predomina a industria pastoril, presta-se á meidos do século passado, em princípios do actual constituía um
cultura do algodão e do tabaco, sendo este de superior quali- objecto de expoi'tação inter-estadoal, porquanto, segundo consta
dade, além do milho, feijão eouiros géneros. A terceira zona é de documento oflicial, em 1816 tiveram sabida 4.076 arrobas, á
a do Sertão, e eompreliende toda a circumscripção cujas cor- razão de 1S2.50. Hoje os géneros de producção do Estado formam
rentes vão lançar-se no rio S. Francisco: o sólo é mais secco duas secções ou grupos distínc tos —
a grande e a pequena lavoura
que o da região do agreste, e na estação calmosa seccam os rios, — A canna, cuja cultura pertence á í'-^ secção, e os seus productos
ejn cujos leitos abrem-se poços para alimenlação publica, a variados, são a principal fonte de riqueza do Estado. Iniciado
vegetação ó menos luxuriante e em grande parte despe-se de contemporaneamente o seu plantio, ema fundação e colonisação
sua folhagem. Exceptuada a zona ribeirinha do S. Francisco, da capitania, hoje Estado de Pernambuco, foi-se desenvolvendo
cuja fertilidade é proverl)ial, nas restantes, nos annos de secca, progressivamente, pois os seus productos sempre encontraram
a |:enuria é aterradora estacam-se as fontes^ desapparecem as
: prompta sabida e vantagens, a par d(.s lucros que resultavam
pastagens crestadas por um sol abrazador, escsaseiàm os géneros para os agricultores. Data, pois, de tempos a c iltura da canna
alimonticios a criação do gado e a cultura do algodão, género
; de assucar, sendo iniciada no engenho «N.S. da Ajuda ». hoje
de tro liallio predominante, solfrem consideráveis prejuízos. Divi- « Forno da Cal », nos arredores da cidade de Olinda, — o primeiro
(lidi) assim o Estado em tres zonas distinctas, caracterisadas que se fundou em Pernambuco. As vantagens colhidas pelo seu
pelas suas condições geológicas e climas diversos, dispõe de proprietário induziram outros colonos a iraital-o, e desta arte,
clenienlos jiara iniciar novos géneros" de cultura que venham em 1548, quando a capitania contava apenas 17 annos de exis-
iuzer face ã coiupcteucia ipie vão tendo nos mercados cstran- tência, já possuía 23 engenhos, que produziam 25.000 arrobas por
geii'o3 o assucar ! o iilgodao, essas duas fontes do maior riqueza anno. Sempre crescente em sua marcha, em fins do século XVI
jiroducliva, do Ji^slado. A cultura do café, iniciada cm lins do o numero destes elevava-se a 50 produzindo 200.000 arrobas por
século passado, lic.ou eslacionaria por muito tempo e somente ha anno; em 1030 a mais de 100, em 17.50 a 276, em 1818 a mais
pouco ; nuos é í[\f R" lem desenvolvido de maneira vantajosa
II
de 501), e i)resen temente a mais de 2.000, além de muitas engv-
e di,L'na dr lodi a aniiiiai-ão; o listado possue terreiuis apro- nhocas, esparsas pelo centro e principalmente nos sertões do
priados á. sua, cuUui';i, c ouilo os arbustos attingem a grandes Estado, empregadas com especialidade no fabrico da aguardente
proporções, correspoiídeiido a i-so a sua producção ; no entre- e rapaduras. Apezar tia boa qualidade do algodão de Pernam-
tanto, á excepção dos muris. do lionito, Triumplio, Ouricury buco, e das vantagens que enconira nas cotações dos mercados
Goyanna, Taquaralinga o nuti-(.s, cm que a cullura do cale se europeus, com tudo a competência do algodão dos Estados Unidos
tem piropagado e ilrsiMivolvido, os demais que ]iossuem terrenos prejudica, ímmenso este producto no estrangeiro. A exiinrtação
apropriados iiao (veni |ii'ocui'ado ensaiar a cidlura de tão fácil e do caroço de algodão no anno de 1886, quer para o interior, quer
para o e.xteríor, foi de 2. 174.928 kílos A pequena lavoura, que
comprehende a cultura de cereaes, fructos, legumes e outros gé-
neros, não ofierece a quantidade necessária ))ara o consumo da
capital e dos centros productores, em sua totalidade. E'
Vide Relatório tln Dr. Pedro Vicente tle Azevedo, assim que figurara entre os géneros importados o feijão, o milho,
——

PER 181 — PER

o arroz, a farinha de mandioca, a gonima, etc, etc, quando o entre os quaes notam-se o do Recife na entrada da barra, o de
Estado podia proáuzil-os, não só para o abastecimento de seus Santo Antonto e o de S. José em uma ilha antigamento deno-
mercados, como ainda para exportar. Não é c|ue faltem ao Estado minada Antonio Vaz e ligada ao continente pelas pontes de Santa
tei'ras ubérrimas e apropriadas para qualquer género de cultura, Isabel, Boa Vista e iV.fogados, e ao bairro do Recife pela ponte
nem as vantagens de procura e compensação nos mercados. A Sete de Setembro, e o da Boa Vista. No primeiro, o mais rico
pequena lavoura, completamente desprezada por causa da cul- da cidade, notam-se: a egreja matriz, a de N. S. da Madre de
tura da canna e do algodão; vai definhando consideravelmente. Deus, a capella de N. S. do Pilar, a de N. S. da Conceição, as
O fumo, que produz tão vantajosameutâ em diversas localidades, estações dali. de P do Limoeiro e da companhia Ferro Carril,
do Estado, principalmente no planalto de Garanhuns ainda não 03 fortes do Brum e do Buraco, a Alfandega, Praça do Commercio,
é sufliciente para fazer face á grande importação de diversos etc. No segundo acham-se o palácio do Governo, em frente de
:

Estados, firincipalmente dos do sul. No entretanto a sua cultura uma bem arborisada pi'aça, o theatro de Santa Isabel, Instituto
em Pernambuco, em tempos idos, foi incontestavelmente de van- Archeologico e Geographico Pernambucano, Esch. Normal,
tajosos resultados. Em 1637 e outros annos, no tempo da do- Lyceu de Artes e Officios, Tribunal da PvelaçãD, Camara Muni-
minação hollandeza, a exportação do fumo figurava com van- cipal, em cujo ediíicio funccionam a Bibliotheca e a Repartição
tagem nos manifestos dos navios das frotas que partiam carregadas de Instrucção Publica, Casa de Detenção. Sania Casa de Miseri-
para a Hollanda. Posteriormente ainda se encontram em vários córdia, Casa de Expostos, Arsenal de Guerra, estação daE. do
documentos officiaes noticias do resultado que oííerecia seme- F. do Caxangá; egrejas do Paraíso, Rosario, Conceição dos Mi-
lhante cultura, e varias providencias do governo, no intuito de litares, S. Pedro, Livramento, Espirito Santo, etc; jardins do
protegel-a e de acautelar os interesses dos plantadores. E' asíim Campo das Princezas e da praça D. Pedro II. No terceiro no-
que, em melados do século passado, foi creada a alfandega do tam-se o Mercado Publico, estação das estradas de ferro do
:

tabaco, a qual teve regimento por Alvará de .10 de janeiro de Caruarú e do S. Francisco, Gazometro, Matadouro Publico,
1751, taxando-se o preço de l-í por arroba para o tabaco de pri- Quartel da Fortaleza das Cinco Pontas, e diversas egrejas. No
meira qualidade, livres e líquidos para o lavra.dor, e |900 para quarto encontram-se: o Gymnasio Pernambucano, -Assembléa
o de segunda. O declínio da cultura do fumo coincide com o Estadoal, o grande Hospital Pedro II, Hospital dos Lázaros,
desenvolvimento que foi tendo a do algodão, que tem prejudicado Asylo de Mendicidade, Palacio Episcopal, estação da E. de F. de
immenso, não só aquella, como ainda a da canna e de muitos Olinda, Mercado, egreja matriz com uma imponente lachada. Re-
outros géneros. De cultura fácil, de sahida iramediata, e sempre colhimento de N. S. da Gloria, etc. Tem mais de 180.000 habs.
bem reputado nos preços, o algodão muito tsm contribuído para Foi esta cidade tomada pelos hollandezes em 1630. Cidades prin-
desprezarem-se os outros géneros de cultura, que desenvolviam-se —
cipaes. Bezerros, na margem dir. do rio Ipojuca, ao N. próximo
e prospsravam no Estado. Estradas de ferro. —A Central de —
da serra Negra. Bom Jardim em bella posição, à margem dir.
Pernambuco, cuja extensão kilometrica de linha em trafego. é de do Tracunhaem, perto do Estado do Parahyba do Norte. Brejo —
72 kils. 075 desde o.Recife atéá estação da Russinha a estrada
; da Madre de Deus, situada em um valle ou brejo, de cuja cii-cum-
de ferro Sul de Pernambuco com a extensão de 146 kils. 420. A stancia se origina o seu nome, formado pelas serras da Prata e do
linha em construcção da primeira estrada abrange 97 kils. 936, Estrago; foi em principio um sitio ijertencente ao convento de
divididos por secções: de Cascavel a Bezerros, de Bezerros a Ca- S. Philippe Nery do Recife. — Cabo, na margem dir. do rio Firapa-
ruaru, de Caniarú a Pesqueira e d'ahi á esiaca 1.000. A linha ma, atravessada pela E. de F. do Recife ao S. Francisco Caruaru,
.

em construcção da segunda comprehende os seguiu tesramaes: de em um planalto de declive suave e de terreno secco e vegetação
Timbauba, em Pernambuco, ao Pillar, no Parahyba do Norte; pouco desenvolvida, banhada pelo rio Ipojuca (em sua margem
de Mulungú á Campina Grande, passando por Alagôa Grande, esq.,) que ahi ó bastante caudaloso nos invernos regulares. Es- —
no Parahyba do Norte de Paquevira, em Pernambuco, a União,
; cada, á margem esq. do rio Ipojuca. eiu terreno elevado, com
nas Alagoas; e de Angelini a Bom Conselho, em Pernambuco. 5 a 6.000 habs., engenhos bem montados e uma estação da E. de
A do Recife ao Limoeiro (82 kils, 976 m.) com o ramal de F, do Recife ao Limoeiro, banhada pelos riachos Salgado e
Timbauba (58 kils. 079 m.). A do Recife a Palmares (124 kils. Goitá. que passam a pequena distancia. — Garanhuns, no centro
739 m.) além de outras. Pop.
; — O deficiente recenseamento de de um grande planalto, junto ás nascentes do rio Mundahú.
1872 deu a esse Estado uma pop. de 841.539 habs. Acreditam.os Gloria de' Goitá, ao SE. da cidade do Pau d'Alho. banhada pelo
não ficar mui longe da verdade dando a esse Estado uma pop. riacho do seu nome, com engenhos de assucar. —
Goyanna, entre
de 1.000.000 de habs. Instrucção. —A instrucção superior é dada os rios Tracunhaem e Capiberibe-mirim a 21 kils. da costa, com
na Faculdade de Direito, na Esch. de engenharia creada pela Lei lavoura de canna, café e fumo — Qravatá, á margem dir. do rio
n. 84 de 3 junho de 1895, installada a 6 de abril de 1896 a secun-
; Ipojuca. — Itambé, na extremidade N. do Estado, em frente da
daria na Escola Normal, (com duas eschs. annexas), no Instituto pov. de Pedras de Fogo, bastante populosa, com clima magnifico,
Benjamin Constant, no coPegio das Artes, e a prim. (1896, em
J

; terreno fértil — Jaboatão, a 18 kils. ao poente da cidade do Re-


191 eschs. O governo federal tem seis aulas prims. nos cife, com bom clima, banhada pelo rio do seu nome, ligada ao
arsenaes e no presidio de Fernando de Noronha, e os cofres Recife pela E. de F. do Caruarú. — Limoeii'0, á mai-gem esq. do
estadoaes subsidiam 13 de recolhimentos e instituições de caridade. Capiberibe, em uma bella planície. — Nazareth, com 4 000 hab.s.,
Ha, além d'isso muitos collegios particulares de ensino i)rimario á margem dir. do rio Tracunhaem, em terreno elevado, pedre-
e secundário. Tem ainda o Estado a esch. Industrial Fr. Ca- goso e desegual, ligada áE. de F. do Recife ao Limoeiro pelo
neca, uma bibliotheca com cerca de 21.000 volumes, eo impor- —
ramal do seu nome. Olinda, a 6 kils. da capital, em terreno
tantíssimo Instituto Archeologico e Geographico, do qual fazem montanhoso, banhada pelo rio Beberibe ao S., pelo Doce ao N. e
parte notáveis homens de lettras. Divisão ecclesiastica. —
A dio- pelo Oceano a E. Foi capital de Pernambuco, outr'ora uma das
cese de Olinda foi elevada á categoria de prelazia pela bulia do mais ricas e opulentas cidades do Brazil. Os hollandezes a incen-
papa Paulo Vde5 de julho de 1614 Creada diocese pela bulia diaram a 23 de novembro de 1631. Entre seus edilicios notáveis
Ad sacram Beati Petri do papa innocencio XI de 26 de novembro avultam: a Sé, o Seiuinario, antigo collegio dos jesiútas, os con-
de 1676. Em 1884 o Estado de Pernambuco comprehendia 79 ventos de S. Francisco e S. Bento bem conservados, o do Carmo
parochias. Tem tido os seguintes bispos: D. Estevão Brioso de (em ruínas), o recolhimento das freiras, a estação terminal da E.
Figueiredo, D. João Duarte do Sacramento, D. Mathias de Fi- de F, de Olinda, vasto edificio, que foi aniigameiite ((uarlel de
gueiredo e Mello, D. Frei Francisco de Lima, D. Frei Manoel artilheria e hoje reccmstruido pela comi)anhia a eusa da l^inuíra
;

Alvares da Costa, D. Frei José Fialho, D. Frei Luiz de Santa (edilicio consiruido para Faoildade) o mercudu, as ivurejas de
;

Thereza, D. Francisco Xavier de Aranha, D. Frei Francisco de S. Pedro Martyr, S. Pedro Novo. Anniaro, S. .Toão, ^Jiseric<u'dlu,
Assumpção e Brito, D. Thoraaz da Encarnação Costa e Lima, dos Milagres, e"to. Olinda abastci/ida do ugua imtavol pela Cdiii-
D. Frei Diogo de Jesus Jardim, D. José Joaquim da Cunha Aze- jianhia Santa Thereza, vindo a agua cau.-di?ada do rio ISilioiúbe. No
redo Coutinho, D. Frei José de Santa Escolástica, D. José Maria —
Varadouro ha uma bonita ))<jnte. Fainuiros, á margem esq do
de Araujo, D. Frei Antonio de S. José Bastos, D. Frei Gregorio rio Una, na E. deF. do lieciíé ao S. Francisco. —
Pesqueira, na
José Viegas; D. Thomaz de Noronha e Brito, D. João da Puri- falda oriental da serra Ararubá e nas origens do rio Panema ou
ficação Marques Perdigão, D. Emmanuel do Rego Medeiros. D. Frei —
Ipanema. Rio Formoso, á margcnn dir. ilo rio do mcsnii) nonu-',
Francisco Cardoso .Ayres, D. Frei Vital MariaGonçalves de Oliveira, próxima do littoral, com 8.000 habs.: foi celclirc nas lulus hol-

D. José Pereira da Silva Barros. Representação Federal. Dá tres landezas— Taquaratinga, elevada á cidade cm ISS} —
4'indKdnilia,
.

senadores e 17 deputulos. Governador do Estado. —Dr. Joaquim apequena distancia dos linuli'S de Pcrnainluicn com oParaliyba.
grande culliva-
Corrêa de Araujo, tomou posse a7 deabril de 1896. AConstituii;ão Triumpho, na chapada du sei'ra da Pai^.i \ rdc.
<

foi promulgada a 17 de junho de 1891. Capilal. —Recife, banhada —


dora de cale. V ictoria, atravessada pelo riacho Naluba, ámargeni
pelos rios Biberibe eCapiberibe, com lindos c aprazíveis bairros, esq. do rio Tajiacorá, na E. deF. do Recifo a CiUMiarii c a an- :

PER — 182 — PER

tiga Villa (lo Santo Aniiín. —


Ranviros, atravessada pelos rios Una propostas do Governo terão Siimente duas. Art. 11. A discussão
eCariinan, proximu <l.i l':sl:"lo das Alagoas.— Serinliaem solire e votação dos projectos de orçamento e força publici serão de
uma colliiia, á iiiai'gv'iu ilw. ilo riu de seu nome, ao N. da cidade iniciativa da Camara dos Deputados, precedendo sempre ás de
do Rio F..r]iin-,.,— K.Miilo, á niai-ucMi es j. do riaclio Madre de quaesquer outros projectos mas o Senado poderá emeiidal-os". Pa-
;

i'a,L' r.ipho único. A lei do orçamento não conterá disposição alguma


Deus, em Ifrri^io ,drvadn, rjirc ícnl.-iiido uin;i Ixdla nTsprr v:i |
|,i
.

AgTia Pj'|'I ;i . mai^gem esq. do rio Una.


i —
Iguaraí^^il. banhada ijua não se refira a despeza e receita do Estado. Art. 12. As sessões
pelo rio d. si-ii. ni.me a 28 kils. da caiiital.— Fetrolma, á margem annuaes durarão tres mezes, podendo ser prorogadas por trinta
(lo rio S. l''i-aiici:-íco e defronle do Juazeiro na Baliia. Yillas prin- dias, findos os quaes, si não houverem sido votadas as leis de

eipaoíi: .Uogados de Inga'/.''ira, margem e=i [. do rio Pajelni. orçamento e força, o Governador do Estado prorogará as do
Aguas I'ellas, em uma planicic. marg^nr esii- do rio Ipanema.
;i anuo anterior. Art. 1.3. Cada uma das casas do Congresso pro-

— Alagoa de l',ai\o, á margem esq. do rio Mosotii. Bom Con- — verá em seu regimento quanto ao modo de sua communicação
selho, ao 1 da si'rra do 1'aljoleiro e na margem dir. do riaclio
,'• com o Governador, publicação das leis, solemnidade da aber-
Lava-pés, qui' a divide em dous bairros, ligados por duas pontes tura e encei-ramento das sessões e quanto ao mais que ler con-
de madeira.— Buique, em uma chapada da serra do seu nome.; cernente ao seu regimen interno, assim como á organisação de
seu território é lianhado pelos rios Ipanema e Moxotó. Cabrobó, — • suas secretarias, nomeando, demittindo, licenciando e aposen-
na mai-gem esq. do braço do rio S. Francisco, que forma a grande tando seus empregados, respeitadas as disposições desta Con-
ilha il"Assuiiipçãõ. ojn uma liella explanada, fronteira á mesma stituição. Art. 14. Nas sessões de abertura e encerramento do
ilha, com clima potico salubre na estação invernosn. cria g'ado e ; Congrassso tomarão assento promiscuamente os Deputados e
cultiva algodão.— Ciinbres, em uma explanado, na extremidade Senadores. Serão, porém, presididas pelo Presidente do Senado.
Occidental da serra Araruliá. —
Conceição da Pedra. Correntes, — Art. 15. Compete aos presidentes das camarás fazer e a policia
na foz do rio do seu nome no Mundahú. líxú, na falda da serra — e segurança no interior e exterior dos edifícios em que íiiaccio-
do Araripe, nas nascentes do riacho da Brigida. Phn-es, á mar- — narem. Paragrapho único. Incumbe-lhes requisitar para esse fim

gem do Pajehii. Floresta, á margem do I^ajeliú. Gamelleira, — a forçi armada quo for necessária, e dispor delia para garantir

banhada pelo Serinhaem. Granito, situada em uma planicie, á a ordem e assegurar a liberdade das discussões e deliberações.
margem esq. do riacho da Brigid-.', com 4.000 haljs. — Ipojuca, a Art. 16. Os Deputados e Senadores são invioláveis por suas
cinco kils. do littoral. — Jatoljd. Leopoldina. — Muribeca, á mar- — oi)iniões, palavras e votos no exercício do mandato. Art. 17. Cs

gem dir. do rio Jaboatão. N. S. do O' creada em 1888. Ou- — Deputados e Senadores, desde que Ibrem reconhecidos, até nova
ricury, á margem esq. do rio Caralhos, Irib. do Jacaré, que o é eleição, não poderão ser presos, salvo o caso de flagrância em
do S. Francisco. —Quipapá, á margem dir. do rio Pirangy, crime inafiançavel nem processados criminalmente sem prévia
com uma estação do prolongamento da E. ^le F. do S. Fran- licença de suas camarás. Levado o processo até á pronuncia
cisco. — Salgueiro.— Santa JMaria da Boa Vista, na margem do rio exclusive, a autoridade processante remetterá os autos á Camara
S. Francisco.— S. Bento, á margem dir. do Una. S José do — respectiva para resolver sobre a procedência da accusa,ção, se
Egyiito, na falda da s^rra das Balanças, á margem dir. do ria- o accusado não preferir ser imediatamente julgado. Art. 18. As
cho S. José, denominava-se S. José da Ingazeira. S. Lourenço — immunidades estatuídas nos artigos antecedentes não compre-

da Matta. Tacaratú, em um valle, entre as serras de Tacaratú hendem os delictos em matéria militar ou naval, nem derogam
c da Folha Branca, 18 kils. distante do rio S. Francisco, pró- as leis fe.leraes das respectivas disciplinas. Art. 19. Os Depu-
xima da cachoeira de Paulo Aflbnso. Villa Bella. — \'icenc:a. — tados e Senadores receberão do cofro do Estado igual sul)sidio,

Lagôa dos Gatos. Neste Estado nasceram: Pedro de Araujo que lima lei lixará, e, além disso, aos que residirem fora da
Lima, marquez de Olinda; Joaquim Nunes Machado; Bernar- caiãial, será arbitrada na mesma lei uma indemiiisação, também
do José da Gama; Caetano Maria Lopes Gama; Domingos igual. ))ara as despezas de ida e volta. Paragi^apho único. Durante
Uibeiro dos Guimarães Peixoto, barão de Iguarassii D. Ma- ; as pi'oi'oga'--ões os representantes não receberão subsidio. Art. 23.
noel do Monte Rodrigues de Araujo, bispo do Pv,io de Ja- A lei quo regular o subsidio dos membros do Congresso poderá
neiro e conde de Irajá; Antonio Peregrino Maciel Mon- ser alterada, mas a alteração só vigorará na seguite legisla-
teiro, barão de Itamaracá além de outros homens notáveis.
: tura. Art. 21. Qualquer das camarás poderá punir os seus
Constiuiição do Estado. —
Capitulo I. Do Estado. Art. 1. A — membros por procedimento incorreto, e por maioria de dous
antiga província de Pernambuco, conservados os sens limites, terços de sua totalidade, pronunciar a expulsão de algum. Art. 22.
organisa-se pelas disposições da presente Constituição em Es- Não podem ser Deputados, nem Senadores ;§ 1. O Governador,
tado autónomo, fazpndo parte da União Federai Brazileira. seus secretários e chefes de repartições publicas § 2. Os ma-
;

Art. 2. A forma de Governo do Estado sera a republicana re- gistrados e funccionarios da justiça publica, exoeptos os que es-
presentativa, observadas as disposições da Constituição Federal liverem avulsos, ou em disponibilidade ha mais de um anno;
e da presente, Art. .3. Os poderes políticos do Kslado, legisla- § 3. Os empregados das repartições liscaes § 4. As autoridades
;

tivo, executivo e judicial, delegações do povo, exercem-íe que exercerem no Estado funoçõcs polioiaes ou militares. §5. Os
pelosmodos estabelecidos nos artigos seguintes. Ca.iiitnlo II. Do parenies do Governardor em exercício na época da eleição, con-
Poder Legislativo. Art. 4. O poder legislativo é delegado a uma si'ieraiido-so como taes os p lis, lilhos genros, irmâoí e cunha-
camará de deputados, composta do trinta membros, cujo man- dos, durante o cunhadio § 6. Os que tiverem contracto de foi'-
;

dato darar.i tres annos, a oulra de senadores, composta de necimento e empreitadas de obras com o govei'no e repartições
quinze mendjros, oujn m;in lato dui'ará.'eis annos, e constiturão do Estado. Art. 23. Os demais funccionarios deixarão o exer-
o Congresso Legislativo do Estado. Art. 5. São condições para cício de seus empregos durante o tempo em que fuiiccionar o
ser eleito de|nitado 1. Ser cidadadão brazileiro, nato ou na-
: Congresso. Art. 2-1. Nenhum Deputado o.: Senador, emquanto
turalisado desde tres annos jielo menos antes da eleição ; durar o seu mandato, poderá ser nomeado para cjualquer em-
II. Ter ellectiva residência no Estado desde Ires annos pelo preuo civil ou miliiar, nem celebrar contractas com o poiier
menos antes da eleição III. Ser maior de vinte e um annos IV.
;
; executivo. Si acceitar mandato legislativo para o Congresso
Estar no goso de seus direitos politicos V. ser eleitor no ; Federal ou de outro Estado, perderá o logar de D.qmfcado ou
Estado. Art. (!. Para ser eleito senador requer-se I. Ser cida- : Senador. Paragrapho único. A palavra emprego não compre-
dão brazileiro nato ou naturalisado desde seis annos pelo menos hende promoção ou accesso por antiguidade, nem commissões
antes das eleição II. Ser domiciliado no Estado desde seis annos
; aã tempiis. Árt. 2.1). O funcoionario publico não incompatível,
pelo menos da, eleição III, Ser maior de trinta e cinco annos
:
; que sendo eleito Deputado ou Senador deixar de tomar assento
IV. Estar no goso de ,seus direitos politicos V. Ser eleitor no ; até dez dias depois da veriticação dos poderes e continuar no
Estado. Art. 7. O Congresso Li'gislativo se reunirá na capital exercício de seu emprego, reputa-se ler nMiuneiado ao mandato
(lo ICslado no diaC de março ile cada anno, se a lei não designar e procoder-se-ba imme liatamente nova «deirão para [u-een-
:i

outro dia, independenlemcnle do convocação. Art. S. A veri- idiinienlo da vaga. Art. 26. Por dei iberacão do 'oni;i'esso em
(

tlcoção dos poderes dos momliros de ambas as c;imai'as e a no- euKo e.^traordinario ou para garantira, isioieão e inde|iendeiicia
meação de seus presidentes, vicc-pi'e:;iilciites e secretários oom- em seus trabalhos e resoluções, poderei, elte t'iino('ionar iVira, do
[letcm a cada, uma delias ,\s eoiiiniisi^nes, |ioi'ém, serão no}neadas
. local de costume, precedendo annuneio e reunindo-se em logar
pelos presidenies. Ari,. lOii cado nni.i d;i:', caiii.oras os negoeio,'; pulilieoe accessivel ao povo. ,'\rt. 27. Acamara qu'- emenitar
so ri;aolv('rão por maioria alisolntii do vot is dos membi-os pre- um projecto o reenviará outra
:'i .seiesla não ajiprovar a
sentes. .Vs sessões diárias serão celebradas com o nnnieid, [lolo emenda, será o |n-ojeelo suijmeti.ido a unia commissão de tres
mono,s, de dezes;is deputados e oito .senadores e deverão ser moinliros de cada. uma das camarás, e o que Ibr por ell.T de-
publicas, salvo (piando o contrario exigir o hcm do bastado. lilierada. se considerará resolução do Congresso, Os membros
/Vrt. 10, Os projectos de lei terão em geral tros discussões. .\r I
dessa eomniissão serão eleitos pelas respectivas camarás, de-
PER — 183 — PER

vendo desla lazer parte um Senador e uni Deputado da mino- Governador eleito, o sen substituto legal assumirá imniediata-
ria. Al t. 28. O projecto que Ibr approvado peio Congresso será menle o e.vercicio ilii cargo, começando a decorrer dessa, data o
apresentado ao Governador deniro de 10 dias para sor sanc- lieriodo governamental. 1'aragra ).lio único. Em qualquer tempo
eioiíado ô 1;<)rnar-se lei do tíslado. Art. 20. Si o Governador o que so ai>resent", o tbjvio ii.idor eleito assumirá o esereicio. ces-
.saneeionar, o relerendará simplesmente e ení seguida o l';u-á sairlo desde lego, o do A'iee-L;overnador. .Vrt, i. (Is poderes do
-l

publicar ; se lhe oppu/.er o seu veto, por eirleiuler que o pro- Go\ernador terminarão iio dia. e-m que se compietarem quatro
jecto oilc-ude a Gonsliluirão Federal ou a do b^stailo, ou por anncs jirecisos a conlar do aido da po,-se' ; de.eudo imiuerliata-
não ser couvenieute ao hem puLilico, devolvel-o-lia, á eauiara meiíte (Uítrar'em exereieioo Gove-iiadur neivaiijente eleito. Para-
em que elie se houver iniciado, dando as razõ:^s de não sanc- grapbo uiiico. (juatro me/.es anl,.'S 'le lia Ku-se o período gover-
ção .Vrt. 30. Si depois de novamente discutido Pu- o projecto namental se fará a eleição do novo Governador e Mce-gover-
approvado, jiassará á outra camará. Si esta taml)emo approvar nador. Art. 47. O Governador não poderá ser eleito sinão
o fará publicar como lei. l']m auibas os caso? liaviu-á unia só jiassadús quatro annos depois tle findo o período governamental.
discussão e a votação será nominal e por dous terços dos mem- Art. 48. Na falta ou imp'^dimento do Governador tei-virá em
bros de que se compõe cada camará. Art. 31. Os projectos S3U logar :1. O ^'ice-g()vernad(U• II. O Presidente do Senado
; :

rejeitados ou não sanccionailos não poderão ser renovados na III. O Presidente da Camara dos ii|iuta ibjs. Art. 19. O Gover-
I

mesma sessão legislativa. Art. 32. Si o Governador deniro do nador e o Vice-governador serão noiue.nlos [lor eleição pojiular
dez dias, contados da data do recebimento da resolução, não a directa ein todo o Estado. .Vrt. ~iO. Xessa el-içàc; os eleitores
sancoionar, mi não a devolver, o Presidente, do Senado ou o da votarão em cédulas distinctas, contendo um só nome cada uma
Camara a publicará como lei. Art. 33. A fórma da promul- — Para Governador —
Par.i Vice-governador. Art. 51. Será
gação das leis será a seguinte « O Congresso Legislatativo de
: eleito aquelle que obtiver maior votação em um S'j escrutinio.
Pernambuco decreta >> Art. 34. O Senado renovar-se-ha por me-
: No caso de egiialdade de votos considerar-se-ha eleito Gover-
tade triennalniente. Art. 35. O Senador ou Deputado, eleito em nadador ou Vice-governador o mais idoso dos votados. .Art. 52.
substituição de outro, exercerá o mandato pelo lempo que faltar Ao empossar -se do cargo, o Governador proiumciará em sessão
ao subslituido. Art. 36. Compete ao Congresso Legislativo : do Congresso,, ou, se este não estiver reunido, ante o Superior
§ 1. Fazer leis. interpretal-as, suspendeí-as e revogal-as ;
Tribunal de Justiça, o juramento ou aíTirmaçãu de que trata o
§ 2. Fixar annualraente a despeza e orçar a receita do Estado, art. 124. Art. 53. São requisitos de elegibilidade para os
lançando as taxas e tributos que forem indispensáveis aos ser- cargos de governador e A^ice-governador I. Ser cidadão nato
;

viços públicos, não embaraçando a acção dos Municípios no que dos Estados Unidos do lirazil II. Ter residência no Eslado
;

concerne ás suas funcções :§ 3. Autorizar o Governador a desde pelo menos oito annos antes da eleição III. Tei- as qua-
;

contrabir empréstimo sobre o credito do Estado ;§ 4. Velar lidades de eleitor ; IV. Estar no goso dos direitos políticos;
na guarda da Constituição e das leis do Estado, representar ao V. Ser maior de 35 annos. Art. 54. Prevalecem com relação ó:
Congresso e governos Federaes contra a invasão no território elegibilldadade de Governador e de Vice-governador as incom-
mesmo Estado, o bem assim contra as leis da União e as dos outros patibilidades de que trata o art. 22 e seus paragrapbos. Art. 55.
Estados que atienlarem contra os seus direitos § 5. Promover o
; O representante, quer do Congresso do Estado, quer do Congresso
bera e progresso do Estado, das sciencias, lettras, artes e indus- Nacional, s; íòr eleito Governador, não poderá assumir o exer-
trias, areando tstalielecimentos de instrucção normal, secundaria, cício deste cargo, sem que previamente renuncie o mandato,
. proíicional ou technica, fundando Acadeinias ou Faculdades de Art. .56. O Governador, sendo eleito representante de oatro Es-
sciencia, e bem assim areando e mantendo concurrrentemente tado, perderá o logar, si acceítar o mandato. Art. 57. Como chefe
com o Município escliolas primarias publicas ou particulares, do poder executivo compete ao Governador § 1. Decretar a :

garantindo por tempo limitado aos autores e inventores direito applicação dos fundos consignado.^ pelo Congresso aos divei-sos
exclusivo dos seus escriptos e invenções, que forem uleis ao Es- serviços do Estado, não podendo ser tirada do Thesouro quantia
tado bem como concedendo privilégios vantajosos ao mesmo alguma cuja applicação não esteja determinada por lei : § 2. Ex-
Estado. § 6. Desenvolver o systema de viação ns interior do pedir instrucçoes para a bòa execução das leis § 3. Convocar ex-;

Estado e navegação costeira, ficando livre a cabotagem nacional traordinariamente o Congresso quando o exigir o bem do Estado.
nos portos do Estado; § 7. Fixar annualmente a força publica § 4. Enviar ao Congresso, por occassião de sua abertura, uma men-
necessária ao Estado e organisar uma milícia civica § 8. Re-
;
sagem expondo a situação do Estado em todos os ramos do ser-
gulara administração dos bens do Estado e decretar, a sua alie- viço publico, e suggerindo as medidas necessárias á adminis-
nação quando convier § 9. Resolver sobi'e limiles dos muni-
; tração puldica ; § 5. Prestar ao Congresso os esclarecimentos e
cípios, não podendo, porém, alteral-os seiri que sejam ouvidos informações que lhe forem requ sitados g G. Nomear, suspender
:

os respectivos Conselhos Municipaes § 10. iMudar temporária


; e demittir na fórma da lei os funccionarios do Estado e, sendo
ou delinitivamente a capital do Estado, quando isso convier ao necessário, representar ao Governo Federal, contra os funccio-
bem publico; § 11. Crear os empregos e repartições necessárias narios deste, residentes no Estado § 7. Dispor da força publica,
;

ao bum andamento do serviço publico, regulando as condições conforme o exigir a segurança do Estado e o bem geral da
de nomeação, vencimentos, e concessões de licenças, aposen- União ; § 8. Requisitar do Governo Nacional o auxilio de forças
tadorias, monle-pios ou seguros de vida e demissões dos íunc- lederaes, a permanência d,HS que estiverem no hlstado contras
clonarios do Estado; § 12. Decretar a divisão civil, adminis- medidas quo a exigência do bem publico aconselhar; §9. Sanc-
trativa e judiciaria do Estado § 13. Prorogar e addiar as suas
: cionar e publicar as resoluções do Congresso § 10. Dirigir os :

sessões; § 14. A competência legislativa do Congresso não terá negócios da administração civil e militar § 11. Moderar, ou ;

outras restrições além das que lhe forem postas pela Consti- perdoar as penas impostas por crimes communs, sujeitos á ju-
tuição Federal e por esta. Art. 37. Compete á Camara dos rlsdlcção do Estado ; § 12. Designar dia para a eleição daviiga
Deputados decretar a accusação do Governador, do Vice-Gover- de Senador ou Deputado, occorrida por qualquer causa, inclu-
nador e dos D^-patados, precedendo audiência delles. Art, 38. sive a de renuncia. Art. õ8. Para o auxiliar na administração, o
Uma lei estabelecerá o recenseamento decennal da popu- Governador nomear:i. quatro secretários ile Estado, escolhidos
lação do Estado, e no tiiennio que se seguir ao primeiro re- entre os cidadãos mais notáveis por sua habilitação e expe-
censeamento poderá ser aiigmentado o numero tios Deputados riência dos negoctos públicos. Art. 59. Os secretários de Es-
na razão de um porcincnenta mil habitantes, e dos Senadores tado s^rão da exclusiva o pessoal confiança do Ciovernador e
na razão de um por dous De]Hitados. Art. 39 Ninguém poderá demissíveis xiilinn. Art. 60. Esses secretários, durante o
ser a um tempo membro de ambas as camarás, nem uma exercício de seu cargo, não poderão exercer quaesquer outras
destas funccionarã sem a outra. Art. 40. Compete exclusiva- funcções publicas e pex'ceberão o ordenado que a lei Uies lixar.
mente ao Senado conhecer dos delictos de responsabilidade Ai't. (51. Os secretários de Estado não serão solidariamente res-
dos seus membros, dos Deputados e Juizes do Superior Tri- ponsáveis pelos actos do Governador, e sim iudlvidualmeule
bunal de .Tustiça. Capilulo lil. Das eleiçCies. Art. 41. .V idi'ii;,u> pelos que expedirem em seu nome, Art. 62. As funcções de
dos Deputados e Senadores se fara. em um mesmo dia direela- secretários de Est do cessam coiu as do Governador que os
i

j
menle por escrutinio em todo o Estado, garantida a i-epre- houver nomeado. Art. 63. Em remuneração dos serviços do
y sentarão das minorias. Art. 42. E' eleitor no Estado o cidadão Governador a lei fixará uma quantia annual, <pie não poderá
í alistado para as oleiçõts do Congresso Fpd'<ral. Art. -13. Con- ser augmenladã, nem dimiuuida diiranle o pcri(ulo do seu go-
i'.
siderar-se-hão el-itis os ciílaílaos que obtiverem ma iores vota- verno. O Goverii;'dor, depois de empossado não poderá exercer
ções em um só escrutinio. (.Capitulo Do Pod^n- executivo. nenhum outro cargo, nem sahir do território doEstailosera
Art. 44. O Poder executivo do Estado será exercido por um licença do Congresso. .Vrt. (U. O Vice-governador governará
Governador eleito por quatro annos. Art. 45. Estando auísente o por todo o tempo que faltar ao Governador a quem succeder, sa
PER - 184 — PER

por ventura a vaga do cargo de Governador occorrer depois dos belecida por lei. Art. 79. Os juizes de direito serão nomeados
doiis primeiros aiinos do periodo governalmental. No caso, pelo Governador dentre os indicados pelo presidente do Supe-
porém, de vaga, por qualquer motivo, dos cargos de Governador rior Tribunal de Justiça em uma lista não excedente de quinze
ou Vice-governador, não havendo ainda decorrido dous pri- nomes. Paragrapho único. Farão parte desta lista os doutores
meiros annos daquelles periodo, proc^der-se-ha á nova eleição. ou bLioliareis em direito pelas Faculdades dos Kstados-Unidos
Paragraplio único. St depois de decorridos doiH annos do pe- do Rrazil, approvados em concurso ou exame oral e escripto
riodo, licarem vagas, ao mesmo tímpo. os lugares de Governador de jurisprudência, theoria e pratica do processo, feito na séde
e Vico-governador, para complemento do periodo governa- do listado, perante uma commissão de cinco membros, no-
mental, proceder-se-lia á eleição do amb:)S esses cargos. meados pelo Governador d'entre lentes da Faculdade de Di-
Art. 65. O Vice-governador qu(! terminar o periodo governa- reito, advogados do fòro e Juizes do Superior Tribunal de
mental em exercício, não poderá ser eleito Governador nem Justiça. Art. 80. 03 juizes de direito serão vitalícios e só
Vice-governador no periodo immediato. Art. 66. Para que poderão ssr suspensos ou perder o seu logar em virtude de
o Governador possa ser accussado. é preciso que a Ca- sentença; nenhum será removido senão a pedido, ou mediante
mara dos Deputados assim o delibere, por duas tjrças processo em que se prove ser perniciosa sua permanência no
partes dos membros que a compõem e por votação nominal. municipio. Art. 81. A vaga aberta pela remoção ou qualquer
Art. G7. Resolvida a accusação, serão remetbidos ao Senado, outro motivo será preenchida pelo juiz de direito mais antigo
em original, todos os documentos que servirão de base á d'entre os que a requererem no prazo de 30 dias ; si ninguém
accusação. Art. (58. O Senado, tomando coulieciniento daquelles a requerer, o Governador nomeará nos termos do art. 79.
documentos, resolverá por dous terços de seus membros e por Art. 82. Aos juizes do Superior Tribunal de Justiça é appli-
votação nominal, si a accusação é ou não procedente. Art. 69. cavel a primeira parte do art. 80. As vagas que se derem
Resolvida a procedência da accusação, a Mesa do Senado re- nesse Tribunal serão preenchidas por accesso dos juizes de
metterá ao Presidente do Superior Tribunal de Justiça o de- direito, na ordem de sua antiguidade. Art. 83. Haverá em
creto de accusação com todos os documentos que o motivaram cada mun. um juiz de direito; o da capital, porém, terá os
para qua elle prosiga nos termos ulteriores da formação da que forem necessários. Paragrapho único. A substituição desses
culpa e julgamento, sortea ndo para esse fim um tribunal, com- juizes será regulada por lei. Art. 81. Os cargos judiciários
posto dos juizes mais graduados e antigos do Estado, em são incompatíveis com quaesquer outros, electivos ou não.
numero de viníe por elle presidido. Art. 70. As penas applica- Art. 85. Sempre que as partes preferirem, dar-se-ha o julga-
veis ao Governador por crime de responsabilidade serão somenie menta por árbitros nas questões em que não forem interessados
as de suspensão, demissão e incapacidade para o esercicio de- menores, orphãos e quaesquer interdictos. Art. 86. Para
qualquer funcção publica ou do Eslado. Paragrapho único. A representar o Estado, seus interesses, os da justiça publica e
applicação dessas penas não eximirá o culpado das demais, dos interdictos e ausentes, perante os juizes e tribunaes, ha-

em que possa incorrer em virtude da lei comraum Capitulo V verá um ministério publico, tendo por chefe um procurador
— Do Poder Judicial — Art. 71. O poder judicial do Estado é geral do Estado. Uma lei ordinária dar-lhe-ha organisação,
delegado: I. A juizes de districto; II. Ajuntas de Municipio; estabelecendo o seu pessoal e funcções. Capitulo VI —Da admi-
III. Ao jury; IV. A juizes de direito V. A um Superior Tri-
; nistração do estado. Art. 87. Para oa effeitos da adminis-
bunal de Justiça. Art. 72. Os juizes de districto terão a seu tração, o Estado dividir-se-ha em muns. Art. 88. Os muns.
cargo o preparo e julgamento das causas civis, cuja alçada são pessoas civis, autónomas, e como taes gozam de todos os
será fixada por lei, com appellaçã^ para o juiz de direito. direitos necessários á sua vida administrativa e económica.
Compete-lhes mais: I. Fazer corpos de delicio; II. Conceder Art. 89. Os direitos e prerogativas dos mims. serão exercidos
fianças provisórias ; III. Processar e julgar era primeira em cada um delles. I. Por uin Conselho Municipal; II. Por
instancia as contravenções ás posturas municipaes, e bem um Prefeito; III. Pelos Juizes de districto. Art, 90. Haverá
assim os crimes a que não estiver impoita pena maior que a de em cada mun. um Conselho Municipal, composto iias cidades
multa até 100$, prisão, degredo ou desterro até seis mezes, do nove membros, nas villas de cinco e na Capital do Estado
com mulla ou sem ella e tres mezes de casa de correcção ou de quinze. A.rt. 91. O Conselho Municipal será eleito triennal-
oflicinas publicas, oude as houver, com appellação necessária mente pelo corpo eleitoral do mun. Art. 92. Serão eleitores
para as juntas de Municipio; IV. Formar culpa nos crimes do Conselho Municipal, além dos cidadãos alistados como elei-
communs até á pronuncia inclusive, com recurso necessário tores políticos, os estrangeiros que tiverem domicilio no mun.
para o juiz de direito. Art. 73. As juntas de Municipio se desde pelo menos tros annos e contribuírem com as taxas
comporão do presidente do Conselho Municipal e de quatro municipees. Art. 93. O Conselho Municipal, elegerá anntial-
juizes de dist., sorteados para cada sessão; e compete-lhes mente de seu seio um presidente e commissões, de acoòrdo
conhecer por appellação das decisões daquelles juizes em ma- com o seu Regimento interno. Art. 94. Realizará annualmente
téria crime. Art. 74. O jury conhecerá dos factos nos crimes, na época que a seu juizo fòr considerada mais opportuna,
cujo julgamento não seja da alçada dos juizes de distr. e das cinco sessões, cuja duração será fixada em regulamento.
juntas do Municipio; dos crimes dos funccionarios públicos Art. 95. Compete ao Conselho Municipal deliberar sobre:
que não tenham fòro especial, do de injurias impressas e dos I. Receita e desi)eza municipal organisando na primeira sessão
outros cujo conhecimento a lei lhe altriimir. Art. 75. Os juizes de cada anno o competente orçamento, lançando para esse
de direito conhecerão das suspeições postas aos juizes de distr. eíleito as contribuições ou taxas que iorem indispensáveis ao
e por appellação das sentenças civis dos mesmos juizes de serviço municipal e não contravierem ás leis do Estado;
districto. Incumbe-lhes também o preparo e julgamento das II. Empréstimo que o mun. precise contrahir sob sua respon-
causas civis de valor superior ao da alçada dos juizes de dis- sabilidade para occorrer ás despezas com os serviços municipaes;
tricto. § 1." No crime exercerão as actuaes funcções na parte III. Arrendamento, fòro, troca e alienação dos bens moveis e
não alterada pela nova organisação g 2." Fóra da sede do immoveis do mun.; IV. Emprego, arrendamento e íiscalisação
Superior Tribunal de Justiça os juizes de direito julgarão os das rendas municipaes, organisando a con'petente escriptu-
conflictos de jurisdicção e attribuição entre os funccionarios ração ; V. Oliras publicas municipaes, illuminação, abasteci-
do Municij)io e conhecerão das suspeições postas ao juiz de di- mento e distribuição das aguas; VI. G uarda Municipal neces-
reito do i\Iunicipio visinlio Art. 76. O Superior Tribunal de sária ao policiamento dos districlos, salubridade, vaccinação e
Justiça será composto de sete juizes, e conhecerá em segunda revaccinação, limpeza e aformoseamento das cidade«, villas o
tí ultima instancia, por appellação, das sentenças proferidas povoações; VII. Construeção dos cemiti'rios, viação publica do
em primeira pelos juizes de direito, assim no civil, como no mun. e em geral sobre meios de transporte; VIII. Estabele-
crime, e doa conflictos de jurisdicção e attribuição entre as cimentos de beneficência publica, eschs. de qualquer grão,
autoridades existentes no Municipio da capilal, bem como entre sendo o ensino prim. gratuito e iicando a cargo da Munici-
os juizes de direito do Estado. Art. 77. Ao Superior Tri- palidade. E' garantido aos cidadãos o direito de ensinar,
bunal de Justiça incumbe o preparo dos processos de re- independentemente de licença; IX. Theatros, logradouros,
sponsal)iIidade dos respectivos membros e dos juizes de mercados, feiras, cadeias e serviço de extincção de incêndio ;

direito, bem como o julgamento destes e o preparo e julga- X. Desapropriação municipal precedendo indemnisação ao
mento de uns e outros nos crimes communs. Art. 78. Os Juizes proprietário mediante ajuste ou arbitramento e de conformi-
do Superior Tribunal de Justiça e os de direito receberão dos dade com as leis do Estado; XI. Divisão do território do
cofres do Estado os vencimentos que a lei fixar, sem mais Mun. em districtos XII. Organisação dos differentes serviços
;

retribuição alguma, a titulo de emolumentos ou de custas, que municipaes, creando os empregos necessários e regulando por
passarão a ser percebidas pelo Estado na fórma que for esta- I acta especial as condições de nomeação, vencimento, exercício
;

PER — 185 — PER

suspensão e demissão dos empregados do mun. ; XIII. Recla- serão distinctas em todos os gráos de jurisdícção. Art. It.õ.
mação ao governador do Estado contfa os abusos prejudiciaes Crear-so-ha um Tribunal de Justiça administrativa. Os casos
aos direitos do mun., praticados por autoridades de qualquer em que esse tribunal devA julgar, sua composição, competência
hierarchia não municipal, e proceder contra ellas sendo caso e processo para os seus julgamentos, serão regulados por uma
disso, pai-a serem punidas e iiidemnisado o mun. XIV. Orga-
; lei especial. Art. 116. Ém todos os casos em que a autoridade
nisação de estatística, fazendo arrolar de cinco em cinco annos administrativa, por força das leis actuaes ou futuras, tenha
H pop. do mun., com indicações relativas á exlensãoterri- de intervir para resolver contestações entre os cidadãos, a
torial, recursos industriaes e agrícolas, instrucção e movi- parte que se julgar lesada em seu direito pela decisão adrni-
mento dos diversas serviços da Municipalidade XV. Favores
; nístr.itiva pôde recorrer aos tribunaes judiciários. Art. 117. O
tendentes aos melhoramentos de caracter municipal XVI. Fi- ;
cidadão que se julgar lesado em seu direito por decisão ou
nalmente, sobre tudo que disser respeito á vida económica e providencia da autoridade administrativa, salvo o caso pre-
administrativa do mun. e não contrariar as leis federaes e as visto no artigo antecedente, tem a faculdade de reclamar
do Estado, respeitados os direitos dos munícipes. Art. 96. A perante o Tribunal de Justiça administrativa. Capit ilo VII —
execução das delibsrações relativas a empréstimo, aforamento Disposições gei-aes. Art. 118. As disposições da presente con-
e alienação de immoveís, de que tratam os §§ 2° e 3" do prece- stituição se deverão sempre entender de modo que não preju-
dente artigo, lica dependente de approvação do Governador do diquem as prerogativas do Poder Federal e de qualquer doa
Estado. Art. 97. Dous ou mais muna. conllnantes poderão de Estados da União, nem em caso algum possam servir de
mutuoa ccòrdo reunír-se para realisação de serviços que lhes obstáculos á prosperidade do Estado e ao livre exercício dos
interessem. Art. 98. Vagando qualquer logar no Conselho Mu- direitos do cidadão. Art. 119. As actuaes disiiosições legaes
nicipal por morte, renuncia ou algum outro motivo, será cha- reguladoras das relações de direito privado, a legislação pro-
mado a oocupal-o o immediato em votos ao conselheiro menos cessual, administrativa, financeira e policial, no que explicita
votado. Art. 99. No desempenho das funcções da Municipali- ou implicitamente não for contrario a esta Constituição, conti-
dade nenhuma ingerência terão quaesquer outras autofidades nuarão em vigor até que sejam alteradas pelo poder legislativo
estranhos á hierarchia municipal, salvo os casos previstos na do Estado. Art. 120. São mantidos os contractos legalmente
Constituição e leis do Estado. Art. 100. Não podem ser eleitos celebrados pelo antigo governo provincial e do Estado e em
membros do -Conselho Municipal: I. As autoridades judiciarias geral os direitos adquiridos de qualquer natureza preexistentes
e militares, quer federaes, quer do Estado ; II. Os empregados a esta Constituição. Art. 121 Terão fé publica neste Estado os
das repertíções iiscaes federaes, do Estado ou do mun. III. Os; documentos offlciaes, devidamente authenticados, do Governo
empreiteiros de obras municipaes. Art. 101. Não poderão Federal ou dos outros Estados. Art. 122. Quando em algum
servir simultaneamente no Conselho Municipal avô, pai, filho, mun. se perpetrarem crimes que por sua gravidade, numero de
genro, irmão e cunhado, durante o cunhadio. Art. 102. O pre- culpados ou patrocínio de pessoas poderosas, tolliam a acção
feito é. o chefe do poder executivo municipal. Art. 103. O pre- regular das autoridades locaes, o Governador determinará que
feito e o .sub-prefeito serão elpitos ao mesmo tempo e pela algum magistrado para alli se passe temporariamente e pro-
mesma forma que fòr o Conselho Municipal, e seu mandato ceda a rigoroso inquérito, foimiação de culpa e pronuncia dos
durará tres annos. Art. 104. O prefeito não poderá ser eleito criminosos com recurso necessário para o Superior Tribunal de
senão passados tres annos depois de findo o período de seu go- Justiça. Art. 123. E' concedida a extradição de criminosos
verno. Paragrapho único. O sub-prefeito que terminar aquelle reclamados pelas justiças dos outros Estados ou do Districto
período em exercício não poderá ser eleito prefeito nem sub- Federal, de accôrdo com as leis. Art. 124. O Governador, os
prefeito no período immediato. Art. lOõ. Além das attribuições membros do Congresso do Estado, os dos conselhos municipaes
que possam ser conferidas ao prefeito pela lei orgânica muni- e quaesquer funccionarios públicos, antes de entrarem em exer-
cipal, compete-lhe mais: I. Executar e fazer executar as deli- cício, deverão fazer o seguinte juramento ou promessa: «Juro
berações do Conselho Municipal devidamente promulgadas ou prometto guardar a Constituição Federal da Republica dos
II. Superintender todos os serviços do mun. ;III. Fazer ar- Estados Unidos do Brazil, deste Estado e suas leis, desempenhar
recadar a receita municipal, por intermédio de agentes de sua liei e lealmente o cargo que me foi confiado pelo Estado e sus-
conliança; IV. Nomear, suspender e demittir os empregados tentar a União, a integridade e a independência da Republica.»
não electivos do mun., exceptuados os da secretaria do con- Art. 125. Todos os funccionarios públicos do Estado e dos muns.
selho ; V. Abrir as sessões ordinárias do conselho, lendo por qualquer que seja a classe e categoria a que pertencerem, serão
essa occasião uma exposição das necessidades do mun. e das responsáveis civil e criminalmen te perante as justiças do Estado
occurrencias mais notáveis que se tiverem dado nos intervallos por prevaricação, abuso ou omissão no exercício de suas funcções.
das sessões; VI. Ordenar as despezas com serviços determi- Art. 126. Não os isentará de culpa a allegação de terem co-
nados pelo Conselho Municipal e autorisar o seu pagamento brado por ordeixi e determinações de seus superiores. § 1.» De-
pelo cofre da municipalidade VII. Formular a proposta do
; nunciados aquelles funccionarios pelos prejudicados ou por
orçamento municipal e o balanço e contas do anno antirior qualquer cidadão, a autoridade judiciaria competente, com ou
para serem pi'esentes ao consellio VIII. Convocar extraordi-
; sem requisição do ministério publico, mas mediante audiência
nariamente o ocnselho quando o bem do mun. o exigir. deste, é obrigada a fazer effectiva a responsabilidadj dos func-
Art. 106. Entendendo o prefeito que alguma deliberação do cionarios ciilpados. § 2." Além da pena criminal, ficam elles,
conselho é prejudicial ao bera do mun., poderá suspender a pelo damno cauíado, sujeitos á indemnisaçâo pecuniária arbi-
sua execução, apresentando ao dito conselho os motivos porque trada pelo juiz, com o limite qin' for marcado por lei, resolúvel
assim procedeu. Art. 107. O conselho, tomando conhecimento em prisão. Art. 127. A aposentadoria só poderá ser dada aos
das razões de não execiição, resolverá por votação de dous funccionarios públicos em caso de invalidez no serviço do Estado.
terços de seus membros si deve ou não ser mantida a sua Art. 123. Os juizes do Superior Tribunal e os de direito terão
deliberação. Art. 103 Nos casos de impedimento ou vaga, o as attribuições que por esta Constituição lhes competirem.
prefeito será sibstituido: 1», pelo sub-prefeito; 2", pelo imme- Art. 129. A inviolabilidade dos direitos relativos á liberdade,
diato em votos ao prefeito. Si a vaga, porém, se der no pri- segurança individual e de propriedade, é garantida pela pre-
meiro ou segundo anno, proceder-se-ha immediatamente á sente Constituição aos nacionaes e estrangeiros residentes no
nova eleição. Art. 109. As funcções do prefeito serão remune- Estado nos termos seguintes: § 1." Nenhum cidadão pode ser
radas mediante porcentagem da arrecadação, ou ordenado íixo, obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma cousa, senão em
arbitrado pelo Conselho Municipal, em uma das primeiras víriude de lei. § 2." Todos são iguaes pm-ante a lei. § 3." E'
sessões do triennio anterior ao em que tiver de servir o pre- livi"e o exercício de todos os cultos que não oITenderem á ordem
feito. Art. 110. Em cada um districio haverá juiz, um a tres publica e aos bons costumes. O Estado não adopta nem sub-
supplentes eleitos p;lo Conselho Municipal e servirão por tres venciona religião alguma. § 4." Os cemitérios tefão caracter
annos. Serão eleifos de preferencia os bacharéis formados. secular e serão administrados pela autoridade municipal. S 5.»
Art. 111. A esses juizes de districto, além das attribuições Não depende de licença ou intervenção da policia o cxercicio
constantes do art. 72 e seus paragraphos, competem mais as do direito de associação e de reuniões pacificas § (i." E' livre
funcções que até agora incumbiam ás autoridades policiaes. a manifestação do pensamento pela imprensa e pela tribuna em
Art. 112. Os juizes de districto terão o ordenado que lhes quaesquer assami)tos, respondendo cada um pelos abii-sos que
marcar o Conselho Municipal antes da eleição delles. Art. 113. commeller nos casos e pela lorma que a lei determinar. Fica
Não poderão ser eleitos para o mesmo triennio, juizes de dis- abolido o anonymato na imprensa. S 7." O domicilio do cidadão
tricto e supplentes, avô, pai, lilho, genro, irmão e cunhado é inviolável e, sem o consentimento deste, nelle só se poilerá
durante o cunhadio. Art. 114. A justiça e a administração peneti'ar nos casos e pela fórma que a lei determinar. § 8."

DICC. GEOG. ?i
PER — 186 — PER

Qualquer pessoa pôde, independente de passaporte, usur de seu Více-Governador, e depois da respectiva posse o Congresso dará
direitode locomoção, levando comsigo seus haveres. § 9.» So- ])(ir terminada a sua missão constituinte; e separando-se em
mente em virtude de mandado da autoridade judiciaria compe- Camara e Senado encetar:l seus trabalhos legisla tivus urdin irios
tente poderá o cidadão ser preso, excepto no caso i\f ilagrante deli- do corrente anno, eiu época não posterior a 2) de agosto. Os
cio. § 10. Ninguém poderá sar cunservado em jirisád sem cu!])a presidentes de ambas as Camaras fixarão dentro ilaqmdle pra/.o
formada, nem será levado á prisão ou nella detido se prestar época de reunião. Art. 9." IÍmi|uanto por lei ordinária nao
fiança idónea nos c.isos legaes. § 11. Nenhuma pena passará da forem delinilivamente arbitrados os vencimentos do Governador
pessoa do delinquente. § 12. Nenhum cidadão pode ser dis- perceberá, elle o honorário de trinta contos de réis e lerá mais
trahido da jurisdicção perante a qual deva responder, nem sen- cinco para despezas de estabelecimento, Art. 10. Na organi-
te"nciado sinão por autoridade competente, em virtude de ki sacão que se lizer do> diversos serviços do Es ado, o Governador
anterior e na lorma por esla prescripla. § )3. Dentro de 24 horas preterirá os funccionarios mais antigos e de mais merecimento
se entregará ao preso a nota da culpa assignada pela autori- mandando conservem como addidos, com seus ordenados, os
dade e contendo os nomes do accusador e das testemunhas. que excederem dos quadros do pessoal das repartições, Para-
§ 14. Em caso algum deixará de ser immedialamentí cumprida grupho único. Para a execução deste artigo lica o Governador
a ordem de habcas-corpiís, legalmente expedida. § 15.^ E' invio- autorisatlo, desde já, a reformar as repartições do Estado, de
lável o segredo da correspondência postal e t-degraphica. § 10. accòrdo com e.sta Constituição e sem augmento de despeza.
E' reconhecido a lodos o direiti de jietição e de reju^esenUição Art. 11. A' proporção que os Municipiof forem-se organizando,
perante qualquer pjder ou autoridade do Estado. § 17. Os cargos o Governo do Estailo lhes irá entregando a administração dos
publico? podem ser exercidos per qnaesquer cidadãos qiu' re- serviços, que pela Constituição lhes competirem, correndo por
unirem os requisitos exigidos por lei. § 18. E' garantido o livre conta dos cofres das Municipalidades as respectivas despezas.
exercidio de qualquer profissão moral, inlellectiial e industrial. Paragrapho único. O Muiiici|iio ou Municipios, que dentro de
§ 19. O direito de propriedade mantém-se em toda sua jdeni- um aiuio não se organisarem será annexado ou annexados a
tude. salvo as desapropriações por necessidade ou utilidade pii- outro: durante esse tempo as despe/.as miinicipaes continuarão
hlica, mediante indemnisação prévia. §20. Nenhum imiioslo de a cargo do Estado. Art. 12. Na organi.sação do magistério mu-
qualquer natureza poderá ser cobrado sinão em virtude de uma nicijjal deverão ser preferidos: 1." Os professores titulados actual-
lei que o autorise. § 21. Além dos direitos e.-ipecilicadns, são mente iirovidos. 2." Os que não sendo, contarem ídnco ou mais
garantidos todos os outros que decorrerem da fórma dc gdvernd ann(js de elléctivo cxeicicio do magistério. Paragrapho único. Os
estabelecida e dos princípios consagrados por esta Constnuição. que achando-se nestas condições excederem do quadro do pessoal
Art. 130. A promulgação da presente Conslituiç.-in se fará pela a])rovei tad(j, coul inii.i rão a perceber Seus ordenados dos cofres
Mesa do Congresso depois de approvada. A Mepa du Congn sso do listado, até que seja provido nas vagas que occoi^ridas nos
e os membrus presentes assignal-a-hão, fazendo-a imíjlicar ncs respectivos Municipio.s. devendo ser para isso prcleiãilos. Art. i3.

jornaes de maior publicidade.— Capitulo VIII Da reiomia con- Nas primeiras nomeações para a magistratura do Estado o Go-
stitucional —
Art. 131. Emenda ou emendas poderfm s.w aildi- vernador a quem cabem as nomeações preferirá os actnaes juiz 'S
tadas a esta Constituição, si, passados dous annos dcpuis de sua dire.t s e os desembargadores de mais nota, nos termos do art. 6°
execução, a experiência assim o aconselhar. (Jualquer das Ca- das Disposições transitórias da Constituição da Republica dos
maras poderá iniciar a discussão da emenda. Art. 132. Se a Estados Unidos do Brazil. Nes?a primeira o)'ganisaçào não terá
proposição da emenda fòr approvada pela maioria dos membros vigor o disposto noart. 79 e seu paragrapho. § 1." Por essa occa-
de ambas as Camaras, a emenda ou emendas propostas serão siao (j Governador poderá suppriniir logares de juizes municipaes
registradas na acta de sessão e devolvidas a decisão da seguinte e siibstitiii os, e bem assim remover esses jnizes e dispensal-os
legislatura. Art. 133. Dous mezes antes da eleição dessa 1 -gis- nos Muuiripius siiiiprimidos. § 2." Naquelíes Municipios, onde
latura, as emendas serão publicadas para que chegue ao conheci- não f>rem supprimitlos, conservando-se até vagarem, os logares
mento dos eleitores. Art 134. Se ambas as Camaras da nova de juizes municipaes e siibstit itos, servirão esses juiz':'s de pre-
legislatura, após tres discussões, approvarem as emendas por paradores e supplentes de juizes de direito, percebendo venci-
dous terços da totalidade dos membros de ca la uma das Camaras mentos do cofre do Estado. Mandamos, portanto, a todas
os iiresidentes destas as publicarão como addição constitucional. as autoridades, ás quaes o conhecimento e execução des a
— Disposições transitórias— Art. 1." No principio do anno da Constituição psrtencerem, que a execut-^m e a façam executar e
primeira íagislatnra, logo nos trabalhos primitivos, declarará o cumprir tão liei e inteiramentj como nella se contém. Publi-
Senado a 1^ e 2» turmas de seus membros, compostas aquel la que-se e execute-se em t)do o território deste Estado. Sala
dos sete menos votados e esta dos oito de maior volação. Para- das Sessões do Congress Constituinte do Estado de Pernam-
)

grapho único. No lim do triennio cessa o mandat da primeira > buco, aos dezesete de junho de ISOl, terceiro da Republica.
turma e em logar delles se elegei-ão novos no lim ilo 2 triennio
; ' O Estado de Pernambuco tem tido os seguintes donatários,
eleger-se-hão novos senadores em logar dos da segunda t irma. g )vernadorcs e presidentes : Duarte Coelho, carta assignada em
Art. 2." Emquanto não houver nova lei do Estado regulando o Évora aos 10 de março de 1.534 e foral de 24 de setembro do
processo eleitoral, ficarão em vigor, no que não fòr contrario á mesmo anno governou de 1532 até 7 de agosto de 1545, quando
;

esta Constituição, os acluaes e vigentes decretos e regulamentos falleceu. I). Brites de Albuquerque, governou por parte de seu
para as eleições de todos os funccionarios electivos do Estado filho ju-imegenito que estava era Portugal de 1554 a 15(30.
e Municiiiaes. Art. 3.» Até qu'^ sejam novamente organisados os Duarte de Albuquerque, segundo donatário, filho de Duarte
diversos serviços do Estado, permanecerão elles como se acham, Coelho, governou de 1500 a 1572, época em que se retirou para
conservados em seus ligares os funccionarios respectivos, em- Port gal ; falleceu na Africa na batalha de Alcacer-Kibir.
quanto bem servirem. Art. 4." iNa )U'imeira eleição para repre- D. Drítes de Albuquerque, governou de n^vo por procuração de
sentantes do Estado e tios Municípios, assim como para a de seu segundo filho Jorge de Albuquerque Coelho de 1572 a 1573.
Governador. Vice-Governador e mais funccionarios electivos, Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário, filho de
não terão vigor as disposições desta Cimstituição i-elativas á in- Duarte Coelho, governou de 1-573 a 1576. Jeronyrao de Albu-
compatibilidade e requisito de elegibilidade, Também não lerão ([uerque, irmão de D. Brites, governou em nome do seu sobrinho
vigor no período da prinieií-a legislatura a disposição do art. 24. Jorge de Albuquerque Codho, de 5 de marco de 1570 a 1580;
Art. 5." Vig rarão as actu.ies leis do orçamenio do listado e dos falleceu em Olinda em 1.594. Simão Rodrigues 'Jardoso, licen-
Municípios, emquanto outras não forem votadas, ficando, porém, ciado, const tuido logar-tenente por ter a .oecido Jei-onymo de
desde .]á revogado o § 57 do art. 1° do decreto de 4 de março .'\lbuq erque ;
governou de 1.589 a 1592. Pe.lro Homem de Cas-
de 189J i\rt. 6." Logo depois da promulgação da Constituição; tro, governou de 1592 a 1593. D. Philippe de Moura, governou
os deputados e senadores votarão em escrutínio secreto para de 1.593 a 1590. por provimento do 3" donatário e jior elle con-
Governador e Vice-Governador, que nos tres primeiros annos stituído seu logar-lenente. Manoel Mascarenhas Ilomein, go-
do primeiro período governamental serão eleitos por voto indi- vernou por ordem do governador -geral do Brazil, D. Francisco
recto. Paragragrapho único. Duran te estes tres primeiros annos de Souza, de 2 de maio de 1596 a 1597. D. Antonio Barreiros,
a eleição para preenchimento desses cargos no caso de vaga, por 3" bispo do Brazil e Duarte de Sá, vereador da Camara de
qualquer motivo, S' proced rá do mesmo modo, reuniiulo-se para Olinda, sub=tituiram a Manoel Mascarenhas Homem, em 1897.
esse fim o Congresso. Art. 7.» Serão eleít s Governador e Vice- Manoel Mascarenhas Homem, voltando da expedição do
Governador aqi:elles que obtiverem maioria absoluta de votos R. G. do Norte, tomou posse em 1O02 e governou até 1010.
na lu-imeira votação, oi maioria relativa na segunda, se na Alexandre de Moura, governou de 1610 a 1613, época em
primeira ninguém tiver obtido maioria absoluta. Art. 8." Pro- que o governador geral do Brazil veio residir em Pernambuco,
mulgada a Constituição do Estado, eleitos o Governador e o onde demorou-íe até lOlõ. Vasco de Souza Anno e Pacheco,
:

PER — 187 — PER

governou de 1615 a 1619. Fidalgo João Paes Bari-eto, foi est3 o governativa constitucional eleita pela citmar.i, cl >ro e nobr-za
ultimo governador nomeado p-^li 3' donatário Jorge de Albu- em 30 de agosto de 1824: Presidente, general Luiz do Rego
querque Coellij. Mathias de Albuquerque, governou p )r parte Barreto ; vice-presidente, marechal de campo L liz Antonio
de sei irmão o 4' dunatario Dua te de Albuquerque Co llio, Salazir M
scoso; membros: Tenente-coronel José Joaquim
íilho do 3', de 16,20 a 162G. André Dias da Franca, o ultimo Simões, capitão mór Antonio de Moraes Silva. Dr. Mmoel
governador, por parte dos donatários, govecnoude 1626 a 1629. José Pereira C.ikLis. Joaquim J nsé Mendes, Joaquim Antonio
Mathias de Albuquerque, nomeado por Patente réíia. tomou Gonçalves de Oliveira, Francisco José Corrêa, Vigário João
posse em 19 de oiitubi'o de 1629, recebendo o governo das mãos Paulo de Araujo e coronel José Carlos Mayrinlc da Silva Fer-
do governador antecedente. De 1631 a 1654, dmiinajão hollan- raz. Junta governativa temporária de Goyanna: Preside ite
deza, e dahi por deants foi a capitania incorporada ais bens Dr. Francisco de Paula Gomes dos Santos; membros: Padre
da coroa. Capitães-rjeneraes: Francisco Barreio dí Menezes, de Manoel dos Reis Curado, Bernardo Pereira do Carmo, capitão
6 de abril de 164S a 26 de março de 1657: André Vidal de Np- José Victoriano Delgado de Borba Cavalcante e capitão Joa-
greiros, de 26 de março de 1657 a 26 de janeiro de 1661 ;
quim José Coelho Lopes de Castro. Junta provisoiua da Pro-
Francisco de Brito Freire, a 5 de- março de 1664; Jeronymo de vinda, eleita pelos eleitores em virtude do D-^c. de 1° de se-
Mendonça Furtado, de 31 de julho de 1666 André Vidal de
; t?mbi'0 e Carta regia de 2i de outubro, tuio de lá21: Presidente
Negreiros, de 24 de janeiro de 1657 a 13 de junho seguinte; Gervásio Pires Ferreira, secretario pa ire Laurentino Antonio
Bernardo de Miranda tienriques, de 13 de junh-i de 1667 a 28 Moreira de Carvalho ; membros: Cónego Dr. Manoel ignacio
de outubro de 1670 B?rn:irdo ile Souza Coutinho, a 17 dí ja-
; de Carvalho, B>llppe Nery Ferreira, coronel Bento Jo"sé da
neiro de 1674 D. Pedro de Almeida, de 6 de fever-iro de 1674 a
; Costa, tenente-coronel José Victoriano ( Antonio Victorino ,

a 14 de abril de 1678 Ayres de íSouza Castro, a 21 de janeiro ile


; segundo outros ) Borges da Fonseca e Joaquim José de Mi-
1682 ; D. João do Souza até 13 de maio de 1685 D. João da ; randa, Junta temporária acclamada em 18 de sjtambro de 1822:
Cunha Souto-Maior, até 2^} de junho de Í6S8; F--rnando Cabral presidente, Dr. Francisco de Paula Gomes dos Santos, sec-e-
Belmonte, até 9 de setembro de 1688; Bispo U. Mathias de Fi- tario, José Mariano de Albuquerque Cavalo;inte. membros
; ;
gueiredo Mello, de 13 de setembro de 1688 a 25 de maio de 1689; Thonié Fernandes Madeira, e padre li;nacio de .-Vlmeida For-
Anionio Luiz Gonçalves da Camara Coutinho, até 5 de junho de tuna. Junta provisória el it i m
2) de etembro d^ 1823: pre-
1690 Marques de Monte Bello, até 13 de junhn de 169; Caetano
: ; sidente Affinso de Albiquí^rque Maranhão, secretario José Ala-
de Mello e Castro, até õ de março de 169J D. Fernando Martins
; riano de Albuquerque Cavalcante nit-inbros: Francisco Paes
;

Mascarenhas de Lencastro, até 3 de novembro de 1703 Fran- : Barreto, Francisco de Paula Gomes dos Santos, Francisco de
cisco de Castro Moraes, até 9 de junho de 1707 Sebastião de ; Paula. Cavalcante de Albuq lerque, tenente coronel Manoel
Castro Caldas, até 7 de novembro de 1710; Bispo D. Manoel Ignacio B^z^^rra de Mello e João Nepomuceno CarnMro da
Alvares 'ia Costa, de 15 de novembro de 1710 a 1 de outubro de ) Cunha. Junta eleita em 15 de dezembro de 182.3: presidente,
1711; Felix José Machado de Mendonça Kça de Vasconcelios, Mandel de Carvalho Paes de Andrade, secretario, Dr. Jose
até 1 de juniio d« 1715; D. Lourenç de Almeida, alé 23 de
o da Nactividade Saldanha; conselheiros: Dr. Bernardo Luiz
julho de 1718; Manoel de Souza Tavares, até 11 de janeiro de Ferreir?., Dr. Francisco Xavier l^ereira de Brito, Dr. Manoel
1721; D. Francisco de Souza até 11 de janeiro de Í722; Dom Ignacio de Carvalho, Felix José Tavares Lyra. vigário Luiz
j\íanoel l'oliim de Moura, aféO de novembro d'' 1727 D. Duarte : José de Albuquerque Cavalcanti Lins, e Dr. Mirmda Henri-
Solre Pereira, até 24 de agosto de 1737 Henrique Luiz Pereira
;
qu''s. Junta eLita em 12 de Janeiro de 1824: presidenie Ma-
Freire, até 2." de janeiro de 1746; D. Marcos de Noronha, até 5 noel de Carvalho Paes de .Vndraile secretario. Dr. José de
;

de maio de 1749 Luiz José Corrêa de Sá, de 7 de maio de 1749


; Nactividade Saldanha conselheiros: Dr. Manoel Ignacio de
;

até 16 de fevereiro de 1756 Luiz Diog.) L bo da Silva, alé 8 de


; Carvalho, Deão Bernardo Luiz Ferreira, Dr. Francisco Xa-
setembro de 1763 Con le de Villa Flor. até 14 de abril de 1768;
; vier Pereira de Brito. Manoel Paulino de Gouvêa, Manoel
Coniie de Pavolide, até 3 de outubr de 1769: Manoel da Cunha
i Silvestre de Araujo, Domiagos Alvares ^'ieira e brigadeiro
Menezes, até 31 de agosto de 1774; .José Cezar de Menezes, até Francisco de Lima e Silva, commandante da expedição e
31 de janeiro de 1787; D.Thomaz José de Mello, até 29 de dezembro governador miliiar, 12 de setembro de 1824. Presidentes:
de 1798, época em que relirou-se, assumindo então o governo da Francisco de Paes Barreto, não consta ter tnmado posse.
Capitania, de accordo como Alvará de 19 de dezembro de 1770 José (arlos Mayrink da Silva Ferrão, 1" vice-presidente, no-
um junta composta das seguintes antoidda ies Bispo I). José : meado em 25 de abril de 1824, posse a 22 de maio de 1825; Fran-
Joaquim d Cunha Azeredo Coutinho, do ch-fe de esquadra
i cisco de Paula Cavalcante d' Albtiqiierque, C. do Governo (lei
Pedro Sbeverim de Faria e do ouvidor geral desembirgnd r d- 20 de cutui.to de 1823). posse a 12 de abril de 182! José Carlos
:

Anionio Lvúz Pereiri, da Cunha. Durante o governo dessa Mayrink da Silva Ferrão (2^ vez), nome ado em 20 de janeiro
junta deram-se as seguintes substituições: em 19 de outubro de 1827, posse a 30 de janeiro de 1827 Francisco de Paula
;

de 1799 foi o desembargador Cunha substituído pelo ouvidor Cavalcant de Alnuquerpue (2' vez), G. do Governo (lei citada),
'

geral desembargador José Joaq lim Nabuco de Araujo em 15 : posse a 16 de maio de 1828; José Carlos Mayrink da Silva Ferrão
de julho de 1802 o Deão Manoel Xavier Carneiro da Cunha (reass •.mi-i o exercício), nomeado em 20 de janeiro de 1827,
subítituio ao Bispo D. Azeredo Coutinho; em 1» de fevereiro posse a 28 de outubro de 18í8 Thoniaz Xavier Garcia de Al-
;

de 1803 o brigadeiro D. Jcu-ge Eugénio de Loscio e Seilbitz ao meida (desembarga. lor), 2° presidente, idem em 27 d° set'mlu'o
chefe de esquadra Pedro Sheverim, e em 9 de julho de 1803 de 1828, posse a 34 de dezembro de 1828; Jo.tquiin José Pinheiro
foi o ouvidor Nabuco ie Araujo substit ddo pel ouvidor ge- i de Vasconcelios (desembargador), 3" presi^iente, idem em 9 de
ral desembargador João do Freitas e Albuquerque. A essa dezembro de 1829, posse a 15 de fevereiro de 18)0; Francisoo
junta substiluio Gaetano Pinto de Miranda Montenegro, de 24 de Panla Cavalcante de Albuquerque (i^ vez), C. do Governo
ou 26 de maio de 1804 até 17 de março de 18J8: quando reii- (lei citada), poRSj a 28 de fevereiro de 18)2; Francisco de Car-
rou-se para a Còrte, deixando o governo entr'gue, de accordo valho Paes de Andrade, 4" presidente, nomeado em 14 de
com a C.irta regia de 8 de fevereiro de 1808, á uma Junta setemtiro de 1831, posse a 23 do março de 1832; Bernardo Luiz
composta do Bispo D. Frei José Maria Araujo, presidente, Ferreira (lei citada), C. do Governo, pnsse a 4 de setembro de
Brigadeiro D. Jorge Eugénio de Loscio Selbiiz e do ouvidor 1832; Fr ncisco de Carvalho Paes de Andrade (reassumiu o
geral desembargador Clemente Ferreira Frnnça. A es^a junta exercicioi, posso a 11 de outubro de 1852 Manuel Zef-rino dos
:

substituio Caeiano Pinto de Miranda Montenegro, de 14 de se- Santos, 5" presidente, nomeado em 9 <le setembro de 1832, posse
tembro de 1809 ( oti 1808 segundo outros) até 6 de março de a 14 de novembro de 1832; Felix José Tavares de Lyra. C. do
1817, sendo presi pelos revoltosos e enviado ao Rio de Janeiro, Governo (lei citada), possi em 30 de setembro de 1833; Fr.in-
onde chegou a 2b. João Ribeiro Pessoa de Mello Montenegro cisco de Paula Almeida e .Albuquerque, 6° presidente, nomeado
( padre), Domingos Theotnnio Jorge Martins Pessoa (capitão), em 25 de sUembro de 1833, posse a 6 de d>zembro de 1833;
José Luiz de Mendonça (magistrado), Manoel Correia de Araujo Joaquim José de Miranda, C. do Governo (lei citada), posse a
(coronel e agricultor ), Domingos José Martins ( commerciant d) 17 de janeiro de 1834; Manoel de Carvalho P.ies de Andrade,
e secretários: José Carlos Mayrink e iMiguel Jonquim de Al- C. do Governo (lei citada), posse a 17 de janeiro de 1831; Fran-
meida e Castro ( padre ): governo republicano eleito e empos- cisco de Paula Cavalcante de Albuquerque (4-' vez), C. do Go-
sado a 7 de março de 1817. Rodrigo José Ferreira Lobo (chef.. verno (lei citada), posse a 31 de dezembro de 1834: Manuel de
de divisão ) commandante áx expedição e presidente do go- Carvalho Paes de .Andrade (2-^ vez), C. do Governo (lei cilada),
verno da reacção posse a 20 de maio de 1817. Luiz do Rego
: posse a 26 de setembro de 1831; Manuel de Carvalho Paes de
Berreto, governador e capitão-general, de 1 de julho ( 8 de ju- Andrade (3' vez), 7" presidente, nomeado em 22 de fevereiro
nho segunrlo outros ) de 1817 a 30 de agosto de 1021. Junta de 1831, posse a 3 de junho de 1834; Vicente Tliomaz Pires de
'

TER — 188 ~ PER

Figueiredo Camai-g", 1° vice-presidente, idem em 1° de abril Peretti (bacharel), 1" vice-presidente, idem em 19 de abril da
da 1835, |)i)ssr a 11 dc abril de 1835; Francisco de Paula Ca- 1861. ijosse a 1 de dezembro de 1864; Antonio Borges Leal
valcante de AlbuqiicrqTie, 8° presidente, idem em 1 de nbrii de Castello Branco (bacharel), 35" presidente, idem em 19 de
1835, posse a 1 de junho de 1835; Vicents Thomaz Pires de novembro de 1864, posse a 25 de janeiro de 18G5 ; Barão do
Figueredo Camargo, 9 president?, idem em 13 de dezembro d
' ; Rio Formoso (Manoel Tliomaz Rodrigues Campello), G" vice-
1836, posse a 1 de fevereiro de 1837; Francisco do Rego Barro?, presiileute, idem em 20 de abril de 1859, posse a 25 de junho
iO" pre-iidente, idem om 1(3 de agosto de 1837, posse a 2 de de 1865: João Lustosa da Cunha Paranaguá (bacharel), 36" presi-
dezemliro de 1837 Francisco de Paula Cavalcante de Albu-
;
dente, idem em 7 de julho de 1865, posse a 2 de agosto de
querque, l'i vice-presidente, idem em l de abril de 18 Í5, posse 1865; Manoel Clementino Carneiro da Cunha, 1" vice-pre-
a 12 de maio de 1838; Francisco do Rego Barros (reassumiu- o siilente, idem em 7 de fevereiro de 1866, posse a 6 de março de
exercício), nomeado em 16 de outubro de 1837, posse a 30 de 1863; Francisco de Paula da Silveira Lobo (bacharel), 37" pre-
outubro de 1838 Thomaz Antonio Maciel Monteiro (doutor),
;
sidem.?, idem em 22 de setembro de 1866, posse a 3 de novembro
2" vice-presidente, posse a 14 de outudro de 1810; Francisco de 1866; Abilio José Tavares da Silva, vice-presidente, posse a
do R"go Barros, reassumiu o exeíciclo, posse a 3 de novembro 25 de abril de 1867; Barão do Villa Bella (bacharel) Domingos
del8i0; iManoel de Souza Teixeira, 11° presidente, nomeado de SúUia Leão), 38" presidente, nomeado em 24 de abril de
om 18 de levereiro de 1841, posse a 3 de abril de 1841 Barão : 1867, posse a 10 de maio de 1867; Quintino José de INIiranda
de Bòa Vista (Francisco do Rego Barros), 12" presidente, idem (bacharel), 1" vice-presidente idem em 8 dejullio de 1868, posse
era 17 de novembro de 1841, posse a 7 de dezembro de 1841 ; a 23 de julho do 1868 Francisco de Assis Pereira Rocha, 1" vice-
;

Francisco de Paula Cavalcante de Albuquerque, 1» vice-presi- presidente, idem em 18 de julho de 1868, posse a 28 de julho de
dente (6=> vez), idem em i de abril de 1835, [losse a 13 de abril 1868 Condede Baependy (senador Braz Carneiro Nogueira da
;

de 1844 ; Isidro Francisco de Paula M^^squita e Silva, 5' vice- Costa e Gama). 39" presidente, idem em 25 de julho da 1868, posse
presidente, idem ejn 9 de abiul de 1844, possa a 9 de maio de a 23 de agosto de 1868 ; Manoel do Nascimento Machado Portella
184Í ;
Joaquim Marcelli no de Brito (magistrado), 13" presi- (doutor). 2" vice-presidente, idem em 18 de julho de 1868, posse
dente, idem em 16 de abril d> 1844, posse a 4 de junho de 1844; a 11 de abril de 1869 Frederico de Almeida e Albuquerque (sena-
;

Thomaz Xavier Garcia de Almeida (magistrado), Í4> presidente, dor), 40" presidente, idem em 20 de outubro de 18G9, posse a 5 de
idem em 23 de setembro de 1844, písse a 9 de outubro de 1814: novemliro de 18G9; Francisco de Assis Pereira Rocha, 1" vice-
Manoel de Souza Teixeira, 2" vice-president % idem em 18 de presidente (2^ vez), idem em 18 de julho de 1868, posse a 16 de
fevereiro de 1841, posse a 5 de junho de 1845 Antonio Pinto
; abril de 1870: Diogo \'ellio Cavalcante de Albu(|uerqiie (bacha-
Chichjrroda Gama (magistrado), 15' p;'esidente, idem em 18 rel). 41" ]u'esidente. idem em 12 de outubro de 1870, posse
de maio de 1845, posse ali de julho de 1845; Manoel de Souza a 30 de outubro de 1870; Manoel do Nascimento Machado
Teixeira, 2» vice-presidente (2» vez), idem em 17 de junho de Portella (doutor), 2" vice-presidente 12'' vez), idem em 18
1817, posse a 19 de abril de 1848 Vic:?nte Pires da iMotta
: de |ulho de 18G8, posse a 3 de maio de 1871 João José ;

(doutor), 16'' presidente, idem em 2 de abril de 1848, posse a 26 ae Oliveira Junqueira (bacharel), 42" presidente, idem em
de abril de 1848 Domingos Malaquias de Aguiar Pires Fer-
; 4 de outubro de 1871, posse a 27 de outubro de 1871;
reira, vice-presidente, idem em 2 de junho de 1848. posse a 17 Manoel do Nascimento Macliado Portella ( doutor), 2" vice-pre-
de junho de 1848; Antonio da Costa Pinto (magistrado), 17" sidenle (3'ivçz). Nomeado era 18 de julho de 1868 Posse a 26 —
presidente, idem a 14 do junlio de 1848, p is?e a 15 do julho de de abril dí 1872 Francisco de Faria Lemos ( magistrado), 43"
;

1818; Plerculano Ferreira Penna, 18'^ presidente, id3m'em 2 de presidriite. Idem cm 8 de maio de pl872, osse a 10 de de junho
outubi'0 de 1848, posse a 17 de outubro de 1845 Manoel Vieira
; de 1872 Henrique Pereira de Luci-na ( magistrado ), 44" pre-
;

Tosta (magistrado), 19» presidente, idem em 11 de dezembro siileute. Idem em 23 de outubro 1872 ; posse a 25 de novembro
de 1848, posse a 25 de dezembro de 1848 Honorio Hermeto Car-
; dc 1872 João Pi^dro Carvalho de iMoraes ( bacharel ), 45" jire-
;

neiro Leão (conselheiro), 20" presidente, idem em 31 de maio sidente. Idem em 3 de abril dc 1875; posse a 10 ãc maio de
de 1849, posse a 2 de julho de 18í9; José lldelbnso de Souza 1875. Manoel Clementino Carneiro da Cunha ( bacharel ), 46"
Ramos (conselheiro), 21° presidente, idem em 23 de abril de presidente. Idem em 12 do abril do 187(3 posse a i de maio :

1850, posse a 18 de maio de 1850; Victor de Oliveira (haclia- de 1876 ; Francisco de Assis de Oliveira Maciel (bacharel). 47"
rel) 22' presidente, idem em 13 d» maio de 1851, posse a presidente. Idem em 20 de outubro de 1877 posse a 15 de ;

IG de janeiro de 1851; ii'rancisco Antonjo Ribeiro (bacharel), novembro de 1877 ; Adelino Antonio de Luna Freire ( bacharel),
22" presidente, idem em 3 de fevereiro de Í852. posse a 9 de maio 1" vice-presidente. Idem em 30 de janeiro de 1878 ; jiosse a 15
de 1852; José Bento da Cunha Figueiredo (doutor) 24° presi- de fevereiro da 1878; Adolphe de Barros Cavalcante de Albu-
dente, idem em 21 de março de 1853, posse a 23 de abril de querque Lacerda ( bacht-rel ), 48" presiilente. Idem em 9 de
1853 ;
Sergio Teixeira de Macedo (bacharel), 25' presidenta março de 1878 posse a 20 de maio de 1878 Adelino Antonio de ;
;
idem em 26 de abril de 1856, posse a 28 de maio de 1856; Joa- Luna Freire ( bacharel ). l** vice-presidente ( 2'"* vez ) ; Idem em
quim Pires Machado Portella (bacharel), 3" vice-pred dente, 30 de da janeiro de 1878; posse a 18 da setembro de 1879;
idem em 24 de março de 1857, posse a S de abril de 1857 Be- ; Lourenco Cavalcanti de Albuquerque { bacharel), 49' presi-
nevenuto Augusto de Magalhães Taques (bacharel). 20' presi- dente. Idem em 29 de novembro de 1879; posso a 29 de de-
dente, idem em 3 de setembro de 1857, posse a 14 de outubro zembro de 1879 Adelino Antonio de Luna Freire ( bacharel ),
;

de 1857; Manoel Felizardo do Souza e Mello, 27" presidente, 1" viceqjresidente ( 3=» vez ). Idem em 30 de janeiro de 1878 ;
idem em 26 de outubro de 1858, posse a 6 de dezembro de 1858 p:isse a 9 de abril de 1880 Franklin Américo de Menezes Doria
;
;
José Antonio Saraiva (bacharel), 23" presidente, idem em 17 (baohard), 50' presidente. Idem cm 12 de junho de 1880 ;
de dezembro de 1858, posse a 27 de janeiro de 1859 Barão de
; posse a 28 de junho de 1880; José Antonio de Souza Lima
Camaragibe (Pedro Francisco de Paula Cavalcanti de Albu- bacharel), 51" presidente. Idem em 26 de fevereiro de 1881
( ;
querque), 1" vice-presidente, nomeado em 13 de abril de 1844 posse a 7 de abril de 1881 ; Antonio Epaminondas I5arro3
poss". a 29 de abril de 1859; Luiz Barbalho Muniz Fiúza Corrêa, vice-presidente. Idem em 30 do janeiro de 1878 ;
(bicharei). 29' presidente, idem em 14 de julho de 1859, posse a
posse a 17 de dezembro de 1881 ; José Liberato Barroso ( ba-
1.) de outubro de 1859; Ambrósio Leitão da Cunha (bacharel), 3J charel, conselheiro ), 52° presidente. Idem em 28 de janeiro de
presidente, idem em 20 de marco de J862. posse a 23 dc abril de
18S2 ;
posse a lide maio de 1882 ; Antonio K|iani inondas de
186J ;
Joaquim Pires Machado Portella (bacharel) 3" vic--pr^'si- Barros Corrêa, vice-presidente ( 2' vez ). Idem em 30 de janeiro
denle (2> vez), idem em 24 de imrco de 1857, posse a (! de
abril do 1878 posse a 1 1 de setembro de 1882 Francisco Maria
;
de 1861; Antonio Mircelliuo Nunes Goneulves (bacharel), 31" ;

Sodré Pereira ( bacharel), 53" presidente. Idem em 29 de ou-


pr,'sid 'nte, idem era 21 de fevereiro do 1851.
posse a 2J de abril tubro de 1882 ; posse a 17 de de novembro de 1882; Antonio
d.- 1861; Joaquim Pire; Muchado
Port dia (bacharel), 3' vice- l'3paminond s de Barros Corrêa, vice-presidente (3'' vez). Idem
prestilenle. ( vez), idem cm 24 fie marro de 1857. poss- a "-^O
í"-
em 30 lie janeiro de 1878 ))osse a 25 de al-.ril de 1883 José
de março de 1862; M;inoel Francisco (torreia (bacharel), 32' ; ;

iManocl de Fr.-itas bacharel ), 54" ])re.>ideiU.e. Idem em 30 de


presidanle. idf>ni cm 22 de marco de 1S62. posso
(

a 30 «le abril jiinhide 18^3 po-se a IS de |ulho de 18-;3; Sancho de Barros


:

de 18';2; João Silvpira de Souza (doutor), 3i' pivsident>, id^m


PiuifiUd (bacharel ),55" presidente. Idem em 9 de agosto de
em 9 de setembro de l-ír>2, possí a 2 de outubro d? 18!'i? Do- : 18S4 posse a 20 do setembro de iSii ; Augiislo de Souza Leão
:
mingos de Souza Leão (bacharel). 4" vi,-e-presidonl=', idem em ( Ijacharel
). vice-presidente. Idem em 13 de outubro de 1883 ;
24 de outubro de 1853, possí a 13 de janeiro de 18.)4 Domin- •
posse a 26 de setembro de 1885 ; João Rodrigues Chaves
gos de Sou/,a Leão (bacharel), 31' presidente, idem em 5 de
( desembargador), 56" presidente. Idem em 24 de janeiro de
março de ISil, posse a 11 de abril de 1864: Anselmo Francisco
1885 ; Posse a 8 de abril de 1885 ; Luiz Corrêa de Queiroz
. .

PER — 189 — PER

BaiTOs ( bacharel ), vice-pr-esidenta. Idem em 27 de agosto de N. S. da Estrella do Monte Libano, passando posteriormente
1885 ; posse a 7 de setembro de 1885 ;- José Fernandes da Costa a ter o nome de Pernambuco. Foi nella que se recolheu o
Pereira Jiinior ( bacharel, conselheiro >, 57" presidente. Idem 7" bispo D. Manoel de Almeida Carvalho, em 1798, desgostoso
em 19 do setembro de 1835 Posse a 27 de outuljro do 1885
;
;
pelas ordens que recelieu da Còrte, no Aviso de 2 de agosto do
Ipiiacio Joaquim de Souza Leão (bacharel), \ ice-prpsidente mesmo anuo. Hoje é essa fazenda propriedade de particular. um
Idem em 30 de margo de 1886; posse 30 de março de 1886;
:i,

Pedro Vicente de Azevedo ( bacharel) 58" presidente. Idém em PERNAMBUQUINHO Pov. do Estado do Ceará, no mun.
de Guaramiranga. Foi ci'eado ahi \im dist. pela Lei Prov.
4de setembro de 1886 posse a 10 de novembro de 1886 Ignacio
; ;
n. 1.795 de 3 de janeiro de 1879 e uma escli. publ. de inst.
Joaquim de Souza Leão ( bacharel ), vice-presidente ( 2'' vez).
prim. pela de n. 1.725 de 9 de agosto de 1876.
Idem em 20 de março de 1886 posse a 28 de outubro de 1887 ;
;

Manoil Eufrásio Correia ( bacharel ). 59° presidente. Nomeado PERNAMBUQUINHO. Enseada na costa do Estado do
em 24 de oiuubro de 1887; posse a 7 de novembro de 1887; Pará, perto da barra do Aracaty-assú. Nella fundeam barcos
Isnacio Joaquim de Souza Leão (bacharel), 1° vice-pi'esidente pequenos.
(3^ vez ). Idem em 20 de março de 1886 posse a 4 de fevereiro
; PERNUNDUVA. Bairro do mun. do Paranahyba, no Es-
de 1888 Joaq\tim José de Oliveira Andrade ( bacharel ), 60'^
; tado de S. Paulo, com uma esch. publ. de inst. prim,, creada
presidente. Idem em 25 de março de 1888 posse a 16 de aljril ; pela Lei Prov. n. 74 de 2 de abril de 1883.
de 1888 Innooencio Marques de Araujo Góes ( bacharel ), 61"
:

presidente. Idem em 15 de dezembro de 1888 posse a 3 de PERO. Ponta no littoral do mun. de Cabo Frio, no Estado
janeiro de 1889 Ignacio Joaquim de Souza Leão ( bacharel ),
;
do Rio de Janeiro. Forma com a ponta Emerina ou Emerência
;

1» vice-presidente { 4'> vez ). Idem em 20 de março de 1885; urna grande bahia denominada Praia Perdida. Mouchez situa-a
posse a 24 de abril de 1889 Barão de Caiai'á ( Augusto de Souza aos 22» 52' de Laf. Sul.
:

Leão), 1" vice-presidente. Idem em 15 de junho de 1889; PERO LUIZ. Rio do Estado de S. Paulo, no mun. de
posse a 20 de junho de 1889 ; Manoel Alves de Araujo (bacharel Gananéa.
conselheiro), 62-> presidente. Idem em 18 de junho de 1889; PEROBA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de Mara-
posse a 17 de julho de 1889; Segismundo Antonio Gonçalves gogy com duas eschs. publs. de inst. prim., creadas pelas Leis
;

(bacharel), 63" presidente. Idem em 26 de outubro de 1889 ; Provs. n. 350 de 1859 e n. 915 de 25 de junho de 1883.
posse a 14 de novembro de 1889 ; Barão de Lucena, eleito go-
vernador em 17 do junho de 1891 renuneiou o cargo. ; Desem- — PEROBA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
bargador José Autodio Correia da Silva, eleito e empossado em Itaborahy.
17de selembro de 1891 resignou ocargo em 16 dezembro ; Junta
: PEROBA. Log. no mun. de Bragança do Estado do Pará.
governativa acclamada e empossada em 18 de dezembro de A Portaria de 30 de março de 1874 creou ahi uma esch. puhl.
1891 e cojiiposta de General de Brigada Joaquim Mendes Ou- de inst. primaria.
rique Jacqiies, Dr. José Vicente Meira de Vasconcellos e Ambrósio
PEROBA. Pequeno rio do Estado do Pará nasce nas cam-
Machado da Cunha Cavalcanti Dr. Alexandre José de Bar-
;

bosa Lima, eleito em 7 de abril de 1892, posso em 20 do mesmo


pinas denominadas — —
Campo da Ismeria e banha o mun. de
;

Bragança. Esse rio com o Imborahy, Arahy, Boranonga fazem


mez Dr. Joaquim Correia de Araujo, posse a 7 de abril de
;
juncção para formar a bahia deste ultimo nome.
1896.
PERNAMBUCO. Log. do Estado de Peimambuco, no mun.
PEROBAS. Log. do Estado do E. Santo, no mun. de Santa
Izabel.
de Agua Preta.
PEROBAS. Dist. do termo de Piumhy no Estado de Minas
PERNAMBUCO. Pov. do Estado da Bahia, á margem esq. Geraes ; com uma esch. puijlica.
;

do rio S. Francisco, acima da cidade do Urubii. Immediatamente


atraz delia flca o moi'ro de egual nome, que se compõe de pedra PEROBAS. E' assim também denominado o rio Perequê-
calcarea, e que faz o começo da Serra Branca, que se estende para mirim ou Piraque-mirim ; no Estado do E. Santo.
o norte (Ilalfeld), PEROBAS. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
PERNAMBUCO João de). Dist. do Estado de Minas
(S. da Natividade do Carangola.
Geraes, no mun. da Boa Vista. Foi creado pelo Deo. n. 165 de PEROBAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, aíT. do rio
19 de agosto de 1890. Comprehende o pov. Sucuriú. Uberaba, no mun. deste nome.
PERNAMBUCO. Bairro da cidade de Bocay uva, no Estado PEROBAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o
de Minas Geraes. mun. do Prata e desagua no Anhumas. Recebe o Marianna.
PERNAMBUCO. Morro do Estado da Bahia, no mun. de PEROBAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do
Ilhéos, cl margem dir. do rio Cachoeira. S. Miguel, no mun. de Tlieophilo Ottoni.
PERNAMBUCO. Morro do Estado de S. Paulo, no mun. de PEROBAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do
Itanhaem rio S. Francisco, entre Piumhy e Formiga.

PERNAMBUCO. Nome de uma praia na ilha de Santo PEROBAS. Rio do Estado de Goyaz, nasce no morro do
Amaro, no Estado de S. Paulo. Tem cerca de quatro kils. de Facão e desagua no rio Veríssimo. Recebe o riljeirão da
extensão. Fartura.
PERNAMBUCO. Rio do Estado de Santa Catharina, em PEROCABA. Rio do Estado das Alagoas, aíf. da margem
Paranaguá-iuiriin. na villa de Paraty. dir.do Piauhy. Nasce na lagòa de Jatobá. Banha o mun. de
Penedo.
PERNAMBUCO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes,
banha o dist. de Santa Helena do mun. de Manhuassú e des- PEROCABINHA. Riacho do Estado das Alagoas, no mun,
agua no rio da Calielluda, aff. do Matipoó. de Penedo.
PERNAMBUCO. Lagoa do Estado do Rio de Janeiro, no PEROCABINHA. Na entrada do canal do Inferno, no
]nun. de S. João da Barra, entre o Vallao das Cacimbas e a rio Tocantins, grande e extenso banco separa as aguas em
um
Jãgòa do Campei lo, dous ramos. O de maior volume transpõe o banco que forma
uma grande bacia semi-circular, na (lual as aguas ao cahirem
PERNAMBUCO DOS FRADES. Ilha situada no rio Capim,
temam movimento gyralorio o descem em rodomoinhos. Antes
no Estado do Pará. Tira seu nome de uma fazenda que pouco
porém de precipitarem-se as aguas desse banco na bacia, es-
.icinia existe na margem dir. do rio. Dessa fazenda foi terceiro
capa-se um volume, peqtieno na étiaf/i- porém grosso nas cheias,
pussuidor Lourenço Malheiros Corrêa por cartas de sesmaria e
que, encostado a margem direita do rio, vae formar um canal-
data concedidas jior D. Pedro de Mello, capitão-governador do smbo denominado PcrocabinJia. Por este canal_ passam os
Estado, em 5 de julho de 1658, tendo então o nome de Tauá-
barcos que pro/uram o canal Capilary-quara, por falia de agua
purangá (lauá, argilla amarella e imrangá bonita). Fallecendo no da Itaboca.
C'irrèa em 173(5, d.;ixou-a em testameni,o af s frarles Carmelitas,
sob condição de dizerem annual e perpetuamente missas e PEROCÃO. Pov. do Estado do E. Santo a seis kils. ao N. de
oflicios por sua alma . Era prior frei Antonio de Araujo que, Guarapary, banhada pelo rio do seu nome. Os habitantes eni-
tomando jiosse delia, deu-lhe a denominação de Fazenda de pregani-se na pescaria.
. .

PER — 190 — PER

PEROCÂO. Monte perto de Guarapary, no Estado do E. PERUHYBE. Rio do Estado de S. Paulo :nascê da ser.-a
Santo. Tem 840 melros de altitude. Existe nesse logar um rio Cahipupii, rega o mun. de Lanhaem e desagua no Oceano.
com o m3smo nome. Receba o rio Preto.
PEROCÃO. Rio do Estado do E. Santo, rega o num. de PERUHYPE. Estação da_E. de Ferro Bahia e Minas, no
Guarapary desagua no mar. E' formado por tríís braços um
e :
kil.66. Serve para exportação dos productos da importante
que nasce do lado do N. nas serras de Iguapé, outro a NNO, nas colónia Leopoldina, onde existem grandes e bjas fazendas de
•serras da Fazenda do Campo ouiro a NO nas serras da Várzea
;
café e de ou ras culturas.
Nova. Subre elle e em freme á pov. de seu nome aclia-se con- PERUHYPE. Rio do Estado da Bahia, vega o mun. de
struida a ponte que dá passagem na estrada publica que atra- Viçosa e desagua no Oceano. E' ligado ao rio Caravellas por
vessa na mesma pov. E' navegável somente na extensão de tres um canal natural de mais de 30 kils. de extensão. Um chapadão
kils. e tem um curso de pouco mais de 12 kils. separa suas aguas das do ribeirão Pau Ai to. Tanto esse chapa-
PEROCAUA. Serra do Estado do Maranhão, próxima da dão como o rio são atravessados pela E. de F. da Bahia a
bahia de seu nome, entre os rios Gurupy e Maracassumé, no Minas, cujo ponto inicial é em Caravellas. Banha a colónia
mun. de Tury-assú. Acha-se nella estabelecida a companhia Leopoldina e a Villa Viçosa, que lica em sua margem direita.
franceza de mineração. Ligado já com o rio Caravellas, poderia esse rio o ser egual-
mente com o Mucury, que lhe fica ao S. e separa o Estado da
PÉROLAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aft. do
Bahia do do Espirito Santo, abrindo-se um canal que unisse o
rio S. Francisco.
Pau Alto, ali', do Peruhype, ao Mucuryzinho, aíf. do Mucury.
PERPERI. Pov. do Estado do R. G. do Norte, cerca de 36 •O Peruhype ferlilisa um extenso vaile em grande parte cultivado
kils. distante da cidade de S. José de Mipibú; com uma Ca- e onde abundam cafesaes. Oflérece navegação 1'ranca desde sua
pella e uma
esoh. publ. de inst. prim., creada p;la Lei Prov. foz na barra da Viçosa até cerca de 36 kils. além no porio de
n. 490 de 30 de abril de 18G0. S. José d'aqui, porém, para cima só o percorrem canoas maio-
;

PERPERI. Pov. do Estado de Pernambuco no mun. de res ou menores, conforme a esiação e a longitude da foz. Recebe
Bezerros. o Pau Alto, Congonhas, S. Miguel, das Fazendas, Peixoto,
Pitú-assú e muitos outros. Também escrêvem Peruhybe.
PERPERI. Riacho do Estado de Pernambuco, aff. do rio
Pirapama. PERURY. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Itambé.
PERPERI. Vide Pcry-penj.
PERÚS. Log. do Estado de S. Paulo, na freg. do O', termo da
PERPERITUBA. Pov. do Estado do P.irahyba do Norte, oipital. Ahi fica uma das estações da « S. Pauto Railw.iy Com-
no termo da Guarabiva, duas léguas ao NO., na estrada que pany, limited,» entre as estações de Agua Branca e Belém. Tem
segue para Bananeiras, em terreno muito fértil, com bòa feira.
duas eschs. de inst. primaria.
PERPETUA. Log. do Estado de Minas Geraes, a seis kils. PERY ou PARY. Nome dado no Estado de Matto Grosso a
da cidade de Diamantina com uma fabrica de fiação.; algumas escoantes ou corixas, talvez por nellas abundar
PERPETUA. Riacho do Estado de Sergipe desagua na ;
frequentemente a tabúa ou pery.
margem dir. do rio S. Francisco preximo á foz do riacho da PERY. Log. no mun. do Rosario do Estado do Maranhão.
Onça Ha lavoura do algodão, arroz e outros géneros e criação
alli ;

PERRIXIIi. Pov. do Estado de Santa Catharina, no mun, de gado.


da Laguna. ( Inf. loc.) PERY. Morro do Estado da Bahia, no dist, de N. Senhora
PERSIGAS. Pijv. do Estado das Alagòas, no mun. do do Resgate das Umburanas. (Inf. loc.)
Penedo. PERY. Rio aff. da margem esq. do Xingú.
PERSINUNGA. Ponta da costa do Estado das Alagòas : aos PERY. Rio do Estado do Pai'á banha o mun. de Bragança
;

8° õy 10" de Lat. S. e 7° 56' 12" E. ( Vital de Oliveira.) e desagua na margem esq. do Caeté. (Inf. loc.)
PERSINUNGA. Rio que extrema os Estados de Pernam- PERY-ASSU. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de
buco 6 das Alagòas desagua por 8° 56' de Lat. entre as pontas
; Santarém Novo. Tem um braço denominado Pequiá-teua.
de S. José e Persinunga. Tem 15 a 20 metros de largura e 0"\5
a O'", 8 d'agua em sua embocadura. PERY-ASSÚ. Igarapé do Estado do Maranhão, no termo
de S. Bento.
PERU. Log. do Estado de Pernambuco no mun. do Rio
P^ormoso. PERY DO MEIO. Igarapé do Estado do Maranhão, aff. do
rio Pericuman
PERU. Log. do Estado de Pernambuco, no 1° dist. de
Iguarassú. PERYPERY. Villa e mun. do Eslado do Piauhy,
situa la aos 4" 25" de Lat. S. e 1" 23' 25'-' de Long. B. do
10'
PERU. s. grande embarcação com a fórraa de
m. (R. de .Ian.) meridiano do Rio de Janeiro, em posição vantajosa e assaz
canoa e de bocca aberta, tendo um mastro vertical enfurnado em aprazível, á margem dir. do rio dos Mattos que percorre
uma bancada fixa no centro, e um grande redondo (Camara). todo o mun., e de uma estrada muito frequentada que dá
PERUA CHOCA. Log. no termo do Limoeiro do Estado de communicação ao transito commercial do Ceará, p^la serra
Pernani b ico. da Ibiapaba, á Campo-maior e outros centros de população e
commercio do Piauhy, tornando-se por conseguinte o local da
PERUA CHOCA. Riacho do Estado de Pernambuco, banha villa um ponto obrigatório de passagem e de parada, e assim
a com. do Limoeiro e desagua no rio Capibaribi. de muita imp^tancia. A villa consta de umas oitsnta cas?s
PERUASSÚ. Riacho do Estado de Minas Geraes desagua : cobertas de t dh e de um grande numero dí palha, arruadas
>

na margem esq. do rio S. Francisco, entre a foz do rio Iiaca- mais ou menos regularmente. Tem uma nova e bem construída
ramby e a do riacho da Cruz. « E' raso, tendo somente meio matriz, uma pequena capella de bja construoção, uma casa em
palmo d'agua nao é navegável Halfeld ).
; ( que funcciona a camará e o tribunal do jury, servindo também
PERUYBE. de cadeia e quartel, um grande cemitério e uma fonte publica.
Estado de S. Paulo, em Itanbaem
Biiirro do
com du:is eschs. publs. de iiist. prim. e uma capella dedicada
;
Sit lada em terras de uma antiga fazenda de criação de gado,
a .S. José. que tinba o mesmo nome, sua origem remonta-se ao anno
de 1841, quando seu proprietário, padre Domingos de Freitas e
PERUHYBE. Morro do Rstado de S. Paulo, no mun. de Silva, fundou alli uma casa para sua residência, e contigua a
Itanbaem. Este moiTO ( Pernibi ) dizia ein 1805 o sábio
« esta uma capella dedicada a N. S. dos Remédios, para cujo
Martim Francisco, divide-se em diiíérent's cabeços, e por con- património doou, em 1860, Irezentas braças quadradas de terras
se_qTiencia em diversos valles em quasi todos os vãlles ribeirões ;
; que demarcou judicialmente, assim como as alfaias de que se
não sei como estes homens, dados a s^^rrar madeira, se não acha ar/nada a dita cap;lla. Pioram por conseguinte aquelles
teem lembrado em levantar engenhos d'agua d'^ serrar madeira. dous edifícios os primeiros que se levantaram em 1'erypery, e os
As pedras são blocos de granito fie duas substancias e uma únicos que existiam até 1855, quando o padre Domingos Freitas
pedra quartzosa oryslalisada.» resolveu dividir as suas terras em pequenos lotes, otterecendo-as
. .

PER — 191 — PES

a quem alU quizesse edilicar, o que sendo yeraliueute acceito, PERYPERY. Rio do listado de Goyaz, alP. do Paranan,
começai-am a levantar-se miiilas casas; e tanta aflluencia houve nos limites do mun. do Forte. Recebe o córrego Veveda da Can-
de mora ioi"es que, em 1857, o l'ei-yiiei'y já apresentava o asiiecto nabrava
de \ima iiovoação s)HVivel e de promettedor futuro, lisse padre PERYPERY. Lagòa do Estado do Rio de .Janeiro, no rauii.
Freiías, que, por lues motivos, lei;ou um nome digno do ri^speito de Campos. Liga-se á antiga valia dos jesuítas e á lagoa do
dos i)iauhyenses, recomnienda-se também como um dirS martyres Canema.
da liljerdade do Piauliy, ]ie]a sua patriótica altitude nas lulas
da independência, sen(lo elle um dos promotores da sua procla- PERYPERY. São assim denominadas duas lagoas situadas no
mação na cidade do Parnahyba em 18á2, onde então exercia o mun. do Curvello do Estado de Minas Ceraes. (Padre S. de
magistério puljlico, regendo a cadeira de latim daquella cidade. Campos Rocha. Meni. hist. e topoyr. sobre o mun. do CarccUo).
— As terras do mun. de Perypery são ubérrimas e pj'estam-S3 PESA-SAL. Vide Pisa-Sal,
bem a todo o género de criação e de cultura a sua lavoura, ;

ainda que acanliada, é com tudo sufflciente para abastecer os PESCA. Ilha do Estado de S. Paulo próxima da ilha dos
mercados locae?, e em tempos normaes supprir aos visinlios, Porcos Pequena e defronte da bahia de Picinguaba.
consistindo ijrincipalmente no cultivo do arroz, milho, íVijão, PESCADA. Ilha do Estado do Pará, no dist. de Muaná.
mandioca, canna de ass icar, algodão e carrapateira a industria
pecuária, porém, feita com alguma animação, constitue a prin-
;

PESCADA GRANDE. Igarapé do Estado do Pará, no mun.


cipal fonte de riqueza do municipio. A villa é circulada, por
de Macapá, desagua no rio f^uriáú.
assim dizer, de fertilissimas e grandes mattas, notando-se as de PESCADAS. Riacho do Estado do Paraná, rega a ilha das
S. Felix, Angical, Mattões, S. Philippe, Chapada, S. Manoel, Peças. (Demetrio Cruz. Apontamentos de Paranaguá, 1863).
Boqueirão, Araras, Picos e Baixão, as quaes abundam em
madeiras de consti'ucção e marceneria, notando-se entre outras
PESCADINHA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de
Macapá desi^gua no rio Curiáú.
— o cedro, jacarandá, pão d'aixo, angico, aro;ira, talajuba,
;

gonçaPalves, maçarandulja, pereiro, candeia, violeta e carna- PESCARIA. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun.
úba, assim como em frutos e animaes indígenas. As suas de Mossoi-ó (Inf. loc).
terras são fertilissimas e cortadas por muitas correntes de boas PESCARIA. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de Ita-
e abundantes aguas, e não são muito sujeitas ás seccas. Tem petininga, com uma esch. publ. de inst. primaria,
grandes pedreiras de argila de óptima qualidade para trabalhos
de ollaria e cerâmica, e consta existir minério de oulo, prata e PESCARIA. Morro do Estado do E. Santo, em frente á
louza, no logar Pé da Serra, e outros de ferro, pedra hume, sabida da barra de Guarapary em uma distancia approximada
caparrosa e salitre, em localidades diversas. O commercio da de dous kils. a NNE.
villa de Perypery e de todo o mun. é feito exclusivamente (^om PESCARIA, Ilha do Estado da Bahia, no mun. de Santarém,
a cidade do Parnahyba e com o Estado do Ceará, pela cidade do E' habitada por pescadores. Entretanto seu sólo é fértil dando'
Sobral, das quaes importa, annualmente, quantia supei-ioi- a boa canna.
cincoenta contos de réis, em mercadorias o seu commercio de
exportação consiste em couros seccos e salgados, pelles miúdas,
;
PESCARIA. Ilha do Districto Federal, no littoral, próxima
solla, gado vaccum e cavallar. A villa dista cerca de 240 kil. de
da bahia de Sepetiba.
Pedro Segiuido, 66 da Batalha e 60 de Piracuruca e fica a 96 ; PESCARIA. Ilha do Estado do Paraná, na bahia de Gua-
dos limites do Estado do Ceará e 180 do do Maranhão. Não tem ratuba, (inf. loc). Saint-Hilaire cita-a.
meios de viação regular, e os de transporle são feitos por ani-
maes hoje, porém, acha-se unida á capital pelo fio telegraphico
PESCARIA (Barra da). No Guaporé, entre as ilhas do Li-
;
moeiro e das Capivaras, 40 kils. abaixo do destacamento das
e tem alii uma estação. Foi creada districio pela Lei Prov. n. .õ09
Pedras Negras, no Estado de Matto Grosso. E' o logar mais
de 25 de agosio de 1860 parochia pela de n. 608 de 15 de agosto
;
baixo do rio, notável por oocupar quasi toda a sua largura,
de 1870 e elevada á eathegoria de villa pela de n. 819 de 16 de
;
estendendo-se por elle abaixo algumas centenas de metros. Nas
junho de 1874, sendo instailada em 18 de setembro do mesmo
seccas fica completamente a descoberto, no emtanto que o rio
anno. Foi desmembrada da c^'marca de Piracuruca e incorporada
conserva em baixo a mesma velocidade de cima. (Dr. S. da
á de Pedro Segundo pela Lei Prov. n. 892 de iõ de junho
Fonseca. Dicc. cit.).
de 1875. Tem duasesch. publicas de inst. primaria. Agenciado
Correio. Sobre suas divisas vide, entr.^ outras, a Lei Prov. n. 830 PESCARIA BRAVA. Dist. do Estado de Santa Catharina,
de 2i de junho de 1874 n. 794 de 15 de junho de 1875.
;
no mun. da La.quna, de cuja séde disia 13 kils. Orago Senhor
Bom Jesus do Soccorro. Foi creado parochia pela Lei Prov.
PERYPERY. Log. do Estado do Piauhy, no mun. de Para- n. 437 de lõ.de maio de 1857, suppríraida pela de n. 466 de
naguá. 15 de abril de 1859 e restaurada pela de n. 759 de 14 de maio
PERYPERY. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun. de 1875. Por suas divisas correm 03 rios i\.fating:uiba e Ca-
de Macahyba. pivary. Tem 3000 liabs. e duas esch. publs, de inst. prim. Sobre
suas divisas vide Lei Prov. n. 813 de 29 de abril de 1876 e
PERYPERY. Log. do Estado de Pernambuco, no dist.
:

n. 856 de 27 de janeiro de 1880.


de S. Benedicto e mun. de Quipapá.
PESCOÇO, Pico bastante elevado da serra da João de Leão,
PERYPERY. Pov. do Estado da Bahia, no dist. de Pi- que fica nas divisas dos muns. do Prado e Villa Verde, no Estado
rajá,. com uma de inst. prim. creada pela Lei
eschl. puljl.
da Bahia.
Prov. n. 1.321 de 18 de junho de 1873 e uma estação da B. de
F. "da Bahia ao S. Francisco. PESQUEIRA. Cidade e mun. do Estado de Pernambuco,
séde da cora. de Cimbres, a 666 metros sobre o nivel do mar.
PERYPERY. Serra do Estado das Alagoas, no mun. do Orago Santa Agueda e diocese de Olinda. .-V Lei Prov. n. 20
Parahyba. de 13 de maio de 1836 transferiu para ella a séde da villa de
PERYPERY. Sei-ra do Estado da Bahia, no mun. de Po- Cimbres, creada por Alvará de 1810. .\ Lei Prov. u. 963 de 25
ções. E' uma ramilicação da serra das Almas. de j ilho de 1870 creou na villa da Pesqueira uma freg, des-
membrada de Cimljres, S. Bento e Brejo, sob a invocação de
PERYPERY. Riacho do Estado de Pernambuco, nasce na Santa Agueda. A de n. 1.484 de 2 de abril de 1880 elevou-a
lagòa do Getandy, ao pé do Taboleiro, banha o mun. do Bom á categoria de cidade. O mun. é regado pelos rios Ipanema,
Conselho e, i'eunido com o Ortiga e riacho Secco, fórma o Pa- Ipojuca, além de outros. E' cidade bastante commercial, pelo
pacacinha. Recebe o Boqueirão, Coruja e Mãe Luzia. K' também que a consideram como capital do serlão. Lavoura de algodão
denominado S. Romão (.Inf. loc).
e fumo. O mun. além da parochia tia cidade, comprehende mais
PERYPERY. Rio do Estado de Sergipe, nasce na serra a de N. S. das Montanhas de Cimbres e a de Ciuiceição ile
da Moita e desagua no Bica, aff. do Jacaracica. (Inf. loc). Alagoinhas, e os povs. Poção, Alagoinhns, Olho d'.\gua. Pão
de Assucar, Salobro, Genipapo, Sanharó, Fr:'cheiras, Agua Fria,
PERYPERY.
Jundiahy
Rio do Estado do R. G. do Norte. aH'. do Ipojuca, Serrinha, etc. Sobre suas divisas vide: art. da W
Lei Prov. n. 1220 de 21 de junho de 1875, n. 1105 do 28 de
PERYPERY. Riacho do Estado das Alagoas, aH'. da margem maio de 1873. Agencia do correio. Eschs. publs, do inst. prim.
esq. do Coruripe. A respeito do património da matriz da Pesqueira, escreveram-
»

PER — 192 — PER

nos dessa cidaíle « Em 1822 o sargento-mór Manoel José de


: nocturna. Foi classilicada com. de primeira entr. iJor Acto de
Siqueira tez doação á N. S. Mãi dos Homens, orago da capella 22 de fevereiro de 1892.
exisiente em sua lazenda ( hoje cidade de Pesqueira ) e então PESSINGUABA. Vide Pecinguaba.
Capella lilial da paracliia ( Cimbres para o seu património de
)

125$ em terras nesta mesma propriedade. Em 1852 o coronel PESSOA. Pontal na costa do Estado das Alagoas, aos
Pantalcão de Siqueira Cavalcante, herdeiro do dito sargento- 0" i4" 24" de Lat. S. e 7" 4!)' 1" de Long. E. do Rio de Ja-
niór, ampliando esse património, passou nova escriplura, fa- neiro (Vital de Oliveira). P^órnia com a ponta do Patacho a
zendo ainda doação de terras na mesma iirojnúedade de enseada das Quintas.
Pesqueira ú N. S. Mãi dos Homen? e a Santa Agueda, que PESTANA. Ilha do mun. de Chique-Chique, Estado da
passou á ser orago desla parnchia, quando pela I-ei n. 966 Bahia, no rio S. B"'rancisco.
de 1870. a Assembléa Provincial desmembi'ou-a da parochia de
Cimbres. Ainda alguns annos depois o mesmo coronel Pantaleão PESTANA. Riacho do Estado das Alagoas, aff. do rio Ta-
accrescentou o património de N. S. Mãi dos Homens e Santa tuamunha.
Agueda, doando mais uma parte de terras nesia mesma proprie- PETECA (Valia). Vai desaguar
na bahia de Guanabara,
dade de Pesqueira. . .
próximo á do Iguassu, no Estado do Rio de Janeiro. Com-
foz
PESQUEIRA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do munica comas valias do Gabriel e da Bocca Larga.
Bom Jardim. PETIM. Arroio do listado do R. G. do Sul, desagua na mar-
PESQUEIRO. Log. do Estado do Amazonas, no mun. de gem dir. do rio Guahyba.
Manáos. PETIM ANDEUA. Igarapé do Estado do Pará, aff. do
PESQUEIRO. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun- Inhangapy, no mun. da capital. Recebe o Bacury.
da S. Leopoldo, sobre o rio Cahy, com uma esch. publ. de insf PETINGA. VidePitinga.
prim., creada pela Lei Prov. n. 925 de 8 de maio de 1874,
PETIQUERA. Bairro do mun. de Pindamonhangada e
PESQUEIRO. Hha e paraná do Estado do Amazonas, no Estado de S. Paulo.
mun. de Manacapurú.
PETRIBU. Pov. do listado de Pernambuco, no mun. do
PESQUEIRO. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de E. Santo do Pau d'Alho, banhado pelo riacho do seu nome.
Cametá.
PETRIBU. Riacho do Estado de Pernambuco, aff, do Ca-
PESQUEIRO. Córrego do Estado da Bahia, banha o mun. piberibe. Corre só durante o inverno.
de Caeteté e desagua no rio Covas de Mandioca, ali', da Lagôa
Grande. (Inf. loc). PETROLINA. Antiga Capella da freg. de Sanla Maria da
Bòa Vista, no Estado de Pernambuco. Orago Santa Maria
PESQUEIRO, Pequeno rio do Estado do E. Santo, no mun. Rainha dos Anjos e diocese de Olinda. Foi creada parochia
da Serra. pelo art. I da Lei Prov. n. 530 de 7 de junho de 1862, que no
PESQUEIRO. Ribeirão do Estado do Paraná, aff. do rio art. Ill ellevou-a á villa e removeu para eila a séde do termo da
Jaguaryahiva. Bòa vista. Em virtude do art. Ill da Lei Prov. n. 530 de 7 de
junho de 1862 .a pov. da Petrolina foi elevada á villa, sendo
PESQUEIRO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, une-se ao para ella transferida a séde do termo da Boa Vista: Em virtude
Irapoan. do art. I da de n. 601 de 13 de m>io de 1864 a freg. de Santa
PESQUEIRO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. da Maria Rainha dos Anjos passou a denominar-se freg. do Senhor
margem dir. do rio Jacuhy, entre a foz e o arroio dos Ratos. Bom Jesus da Egrej;i Nova, ficando elevada á categoria de
matriz a cap^lla que sob a invocação do mesmo Senhor existia
PESQUEIRO. Lagòa, que se communica com a dos Barros, na pov. do Caboclo e pelo art. III res(aurada a villa da Bõa
;
no Estado do R. G. do Sul. Vista, cujo termo ficou então constituído com as fregs. da Egreja
PESQUEIRO LARGO. Log. no termo de Grajahú do Es- Nova e Santa Maria da Bòa Vista sendo pois rebaixada Pe-
;

tado do Maranhão. trolina da categoria de villa. Em virtude da Lei Prov. n. 758


de 5 de julho de 1867 foi a freg. do Senhor Bom Jesus da Egreja
PESQUEIRO VELHO. Praia no mun. de Soure do Estado
Nova removida para a pov. da Cachoeira do Roberto da mesma
do Pará, entre o Igarapé Grande e o Cambu. E' muito procurada
freg., servindo de matriz a capella de N. S. das Dores, sita na
pelos moradores das costas que ahi vão pescar excellentes
tainhas.
mesma povoação. Ficaram, pois, existindo a freg. e mun. da
Bòa Vista è a freg. de N. S. das Dores da Cachoeira do Ro-
PESQUEIRO VELHO. Igarapé do Estado do Pará, no berto. Em 1870, porém, a Lei Prov. n, 921 de 18 de maio em
mun. de Soure. seu art. I, transferio para pov. da Petrolina a séde da villa da
PESSANHA. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, na Bòa Vista, e no art. II iranslério egualmente para Petrolina a
com. do seu nome. ligada a S. José do Jacury por uma estrada séde da freg. da Cachoeira do Roberto, ficando assim, em virtude
atravessada pelo Suassuhy Grande, na margem esq. do Snassuhy dessa lei. extinctos o mun. da Bòa Vis'a e a freg. da Cachoeira
Pequeno. Orago Santo Antonio e diocese de Diamantina. Foi, do Roberto, e existindo o mun. da Petrolina com as parochias
em principio, a parochia de Santo Antonio do Pessanha, creada de Santa Maria Rainha dos .Vnjos e Santa Maria da Bòa Vista.
pelo Alvará de 1822, supprimida prdo art. Ida Lei Prov. n. 1.578 A Lei Prov. n. 1.057 de 7 de jiuihodel872 elevou B\:i Vista á
de 22 de julho de 1868, e restaurada pelo art. XIII da de villa o ari IV da de n. 1.377 de 8 de abril de 1879 devidio a
; .

n. 1.663 de 16 de setembro de 1870. Elevada á categoria de com. da Bòa Vista em dous termos: Bòa Visti e Petrolina; a
villa_ com a denominação de Rio Doce pelo art. I da de n. 2.132 de n. 1.444 de 5 de junho de 1879 elevou Petrolina á categoria
de 25 outubro de 1875, que constituiu seu município com as pa- de comarca. A cidade está assente na margem esq. do rio
rochias do Pessanlia, desmembrada do município do Serro, da S. Francisco defronte de Joaseiro, no Estado da Bahia. Foi
de S. José do Jacury, desmembrada do município de S. João installada em 24 de outubro de 1870. E' com. de primeira entr.
Baptista, e da de N. S. da Conceição do Cuiethé, desmembrada classificada pelo Dec. n. 8. 192 de 9 de julho de 1881. Sobre
do municipio de Ualiira. Foi installada em 7 de janeiro de suas divisas consulle-se o art. III da Lei Prov. n. 1.377 de 8 de
1880. Elevada á categoria de cidade com o nome de Suassuhy abril de 1879. Agenciado correio. Eschs. publicas. Foi elevada
pela Lei Prov. n. 2.766 de 13 de setembro de 1881. Perdeu a á cidade pela Lei n. 130 de 28 de junho de 1895.
denominação de Suassuhy pela de Pessanha pela Lei Prov. PETRÓPOLIS. Cidade capital do Estado do Rio de' Janeiro,
n. 3.410 de 28 de setembro de 1887. Das parochias que consti- séde da com. do seu nome, na serra da Estrella, atravessada
tuíam seu municipio, perdeu a do Cuiethé, adquirindo, porém, pelo rio Piabanha, que tem sobre si diversas pontes, antiga re-
as de S João Evangelista, Santa Maria de S. Felix, Imma- sidenca de verão da familia imperial, com magníficos iu'edios,
culada Conceição da Praia Fi-ueira, de sorte que actualmente
(!
em sua maior parte pertoneentos a capitalistas do Rio <lo Ja-
(188/) seu mun. consta de 7 parochias: estas ultimas, a do Pes- neiro, que vão passar nessa cidaile a estação calmosa; resi-
sanha,, a do Jacury e a de S. Pedro. Nelh' lioam diversos
povs., dência do corpo diplomático estrangeiro, tí' uma bella, pilto-
entro os qna<'S o denominado Bonito. A população da cidade é
resca e grande cidade, de inuila vida e animado commercio,
de 8.u0 lialjs., e a de todo mun. de 32.034 habs. Agencia do clima saluberrimo, ligada a jVlauá e á estação de S. Francisco
Correio. ,
A
cidade tem 3 eschs. de inst. prim., uma das quaes Xavier por estradas de ferro e a Juiz de Fóra e a outros pontos
36.9íõ
PET — 193 — PET

dos Estados do Rio de Janeiro e Miiuis Geraes pela magiiilica Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, a inlroducção das es-
estrada de rodagem União e Industria. Tem uma solTrivel matriz, tradas de ferro no Brazil. ligou o porio que lhe deu o titMlo
com tres aliares: tle S. Pedro, .S. José e Xos^a serdijia das a, r.iiz da serra por uma linliu de cerca de 37 kils. e mais tarde
Dores; em dons do-; quaes leem-se as seguinles inscriiiçòes. no uma nova empreza proseguiu a estrada iiela serra itcim;i [j-^lo
de S. José —
!t^ ad Joseph et quid qnid ipse vobis dixerit. Fa- systinia de cremalhcira central em uma extensão de (j.023
cite— ,uo de Xossa Senhora das Dore5 — Nubis salutem cou- motrjs. Até 1816 Petrópolis foi simples curato, nias pela ],ei
feraiit Dei paroB tot lacrimíe —
Além da matriz poísue a egrcja Prov. n. 397 de 2) de maio desse anuo, foi elevada á freg. s(dj
do Rosario e a do Sagrado Coração de Jesns, superior á matriz a invocação de S. P^dro de .VIcantara, passmdo a f izer.jiarte
e com quatro altares: Sagrado Coração, Santo Ant.mii), Nossa do mun. da Ei3i relia. Pela l ei também Prov. n. 931 de 29 de
Senhora das Dores e Nossa Senhora de Lourdes. Possue ainda setembro d^- 18.57, foi elevada a categoria de cidade, aiin-.-
capellas particulares, uma egreja protestante e os alicerces de xando-se ao seu mun. o 2i distr. di freguezia de 8. José do
uma egreja, que projectava construir a ex-princeza D. Izaljel. Ri') Preto, e angmentando-se post^rio.rment.í o sei território,
Contado asylq de Santa Isab d o asylo do Ampm-o, destinado a
: por Lei n. 1.830 do anno de 1^73, com a fazenda das Nnvcn<.
orphãs, situado em um grande palacete e com uma capella o ; que pM'teiicia ao mun. do Parahyba, e p la Lei n. 2.21.5 do
Collegio Sião, no antigo palácio do ex-imiierador, destinado á anno de 187.5 com as fizsndas da Cachoeira e do Oriente^ des-
educação de meninas* e com uma capella o hospital Santa The-
;
membradas tambern deste ultimo município. Por deliberação
reza, tendo annexo u)n outro destinado a moléstias contagiosas ; do governo prov. de ,5 de janeiro de 1360 fei extincta a admi-
)ia fachada do primeiro lè-se —
a seguinte inseri peão Hospital nistração colonial. Rápida e vistosimenie progredio Petró-
Santa Tliereza, inaugurado a 12 de março de 1876, reinando o polis, tornando-ss, em poucos annos, de uma p?quena e risonlia
Sr. D. Pedro II e presidindo a província o Sr. c jnselheiro Pinlo colónia de alleniães, .-ip^nas adornada de um palácio imperial
Lima — e na fachada do segundo —Hospital de isolamento. Ks- de verão, em uma cidade pouco extensa, é certo, mas enrique-
lado do Rio de Janeiro Presidência do Dr. Porciuucula. Ficam cida, de par com as belfv.-is naluraes, de todas as commodi-
ambos á margem do Piahanha e o segundo á cavalleiro do |)ri- dades da vida; mormente abastada ou rica. A residência do
meiro. Umtianco do listado do Rio. Fórum, que é um grautle Chefe do Estado durante a estação c dinosa havia de n^ce.=.-;a-
e sumptuoso edilicio; Lyceu de Artes e OUicios ; eschs. publs., riamente pari adi attrahir a muitos não só pelo dever do
diversos coUegios particulares; varias fabricas; muitos hot is ; cargo como pelo desejo de approximarem-se da realeza, como
e um estabilecimento de duchas, algum tanto retirado do cen>ro eflectivamente attraliio e attrahiria ainda que o local fosse o
da cidade, em um elegante edilicio, dispondo dos apparelho? menos apropriado mas Petrópolis é na verdade um logar en-
;

mais aperfeiçoados, com banheiros iiara natação e airavessado cantador pela sua belleza panorâmica e mais que tulo saudável
por um carrego, que precipita-sâ da montanha formmdo di- pelas suas condições de clima suave e puro por isso ainda
;

versas cascatinhas. líntre as praças nota-se a de D, AlTonso, mesmo independente da roda cortezã tornou-se bem depressa
cortada pelo Piabanha e por diversas avenidas, com o palácio do a vivenda favorita dos que dispõem de recursos para passar o
governo, hotel Orleans e luxuosas prédios. Acidade é illuminada verão naquellas alturas. Ainda em 18.59, ha 35 annos, descre-
a luz eléctrica. Compreli?nde os logs. Alto da Serra, Cascatinba, vendo a rápidos traços Petrópolis, dizia um escriptor brazileiro:
Rlienania, Pal;\tinado com fabricas de sedas, fiação, linhas, « Sob o intelligsnte machado do laborioíO allemão abateram-se
cerveja, phosphoros, etc. No mun. ficam os povs. Rio Bonito, as arvores que, despidas de sua verde còma, trasniutaram-se
Quissaman, Rhenania, Bingen, Mozella, Villa Thereza, Retiro, em excellente madeira cem que construíram as suas modestas,
Iiaipava, Pedro do Rio, Seci-etario, Aguas Claras, Figueira e porém cimmodas, habitações, que, cobertas de variegidas ta-
Calçado. Ainda não ha meio século, em 1845, Milliet Saint- bolnhas. dão-lhe certo ar pittoresco e elegante. Apezar da dilTi-
Adolphe, publicando o seu Diccioiiario Geoyraphico do Hrazil, culdade do só!o, que por montanhoso pouco se prestava, func-
escrevia unicamente a respeito de PctropÃis: «Palacio imperial cionou a charpúa e o arado, os methoilos mais aperfeiçoados
mandado edificar pelo imperador D. Pedro I!, no cume da serra da agricultura foram com vantagem empregados nesse mesmo
da Estrella, onde se intenta fundar >ima colónia; a nova estrada torrão. O amor da propriedade prendeu o colono a sus nova
de carro do Rio de Janeiro para "Minas Geraes deve passar jior pátria, e poucos houve qua não se esquecessem d.á nebulosa
perto do palácio e da colónia.» Essa estrada, a que se refere o Germânia, quando viam o sol dos trópicos alumiar-lhes o berço
autor do Dicoion irio Geographico. havia sido autorisada por L^ei dos filhos, ou quando os ossos dos pais foram ao cemitério es-
Prov. n. 193 de 12 de maio de 1840, e devia partir em direcção perar o derradeiro j.iizo. Fòlgamos de declarar que a i)opu-
ao Parahybuna . Em
1813 achando-se. como 1" vice-presidente, lação allomã de Petrópolis confirmou por sua ulterior condiicta
á frente da administração da província o Dr. João Caldas Vianna, o favorável conceito dos seus bons constumes e amor ao tra-
concebeu este a idéa de fundar nas vizinhanças daquelle palácio balho haviam form.ido os factores do pl.ano. Ao ver os colonos
uma colónia, conforme consta do seu R^latoHo daquelle aano. des 'mpeiihaado alii os seus serviços que em outras partes do
Ao senador .Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, posterior- Brazil são reservados aos escravos contemplando essas meninas,
;

mente Visconde de Sepetiba, coube, porém, a gloria da réali- tão cl-iras como a neve, indo bu.^car agua a") rio carregando-a
sação da idéa do Dr. Caldas Vianna. Em 17 de junho de 1834, em cântaros sobre os seus louros c.ibellos. j ulLi-amo-nos tran-
na qualidade de pi-esidente da província, contiacto"u Aureliano sportados pela imaginarão aos séculos vindouros em que o fla-
com a casa Carlos Delrue, negociante de Dunquerque, a intro- gello da escravidão, que a indolência ou a cubiça de n issos
ducção de 600 casaes de immigrantes, operários e olliciaes de avós nos legara, terá desapparecido em que uma raça vigo-
;

ofiicio, no intento de empregal-os nas obras da estrada da Es- rosa e intelligente renovará no Brazil os prodígios (pie hoje
trella. Mas em vez de GJO casaes. a casa Delrue, encontrando admiramos nos Esiadog-Unidos.» Para este bello resultado que
entre os alleraães o maior desejo de emigrai-em para o Brazil, no fim de 15 annos tanto admirava e exaltava o contemporâneo,
mandou 2.303 colonos, entre homens, mulheres e crianças ; ecom) muito concorreram dons homens distincios: o director da co-
esse pessoal chegasse quasi a um temjio, vio-se por isso em lónia, o major de engenheir s Kreller. natural de Hannover,
grandes embaraços o presidente da prov. para accomraodal-os, e o mordomo da casa inperial. o conseUvdr.) Paula Barbos. d
i i. i

tanto mais que nem havia ainda adquirido terras e menos demar- Silva enaenheiío também e distinclissi mo mineiro de não vulgar
cado os necessários lotes e levantado casas para tau ta gente. ill istração. .Vpip. da cidade era em 18 12 de 12.112 halis. Ftd
Nes a dilficil conjunotura mandou o ex-imperador ollérecer pelo .
declarad.i capit J do Estudo pe a L'i n. 89 de 1" de o it ibro de
seu jnordomo, Paulo Barbosa da Silva, as terras de l-'etropolis 1894.
para estabelecimento tios colonos. Para alli i)artiram então esses, PETRÓPOLIS. Colónia do Estado do Maranhão, uo mun. do
chegando a seu destino em 2J de junho de 1845, em que desde Coiló.
logo se considerou fundada a colónia, sob a direção do major
Julio Frederico Kceller. que ainda alli conta mais de um descen- PETRÓPOLIS. Log. na ex-colonia .Santa Leoiíoldina do
dente. Maudando dividir ys suas terras da antiga fazenda do Estado do E. Santo. A L-^i Prov. n. 18 de 17 de agosto de 1888
córrego Secco em lotes e distribuil-as pelos colonos, o imperador creou ahi uma esch. publ. de inst. primaria.
os isentou do pagamento dos foros por espaço de oito aunos. PETRÓPOLIS. Estação da E. de P. Grão-Pará, no lís',a;lo
A viagem para Petrópolis lazia-se entào, e fez-se por alguns do Rio de Janeiro, entre o .«Vllo da Serra e Gascatinha. E' o
annos, por muito tempo mesm<j, a carro e a cavallo, indo-se por ponto tarmin.Tl da E. de F. do Norte.
mar até o porto da listrella. O imperador, sua família e comi-
tiva guslavam mais de imi dia, pernoitando na raiz da serra, em PETRÓPOLIS. Morro do Districto Federal, no curai o de
casas de ]n'opriedade de D. Pedro, que ainda hoje existem mais Santa Cruz, ao lado da B. de F. Coniral do Brazil. Pelas suas
ou menos conservadas. Em 1852, ensaiando o benemsrito Irinèo fraldas corre o rio Cabiissú. Houve ahi alguma plantação do chá.
DICC. GBOG. 23

/
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PUI — 194 — PUI

PETUBA. Riacho do Estado do Ceará, no miin. de Ibiapina. PHILIPPE (S.). Ilha do Estado do Amazonas, no rio Branco,
air. do Negro.
PETURÚ. Ilio do Eslado do Pará, banha o mun. de Al-
meirim e desagua noUhy-Uhy, do Aquiqiii. PHILIPPE (S.). Primeira cachoeira do rio Branco, 64 léguas
acima de sua foz e 34 abaixo da confluência dos rios Tacutú
PEUA. Log. no mun. de Guimarães do Estado do Maranhão. e Uraricoera. Della começam as vastas campinas deste rio em
PEXERICA. Morro no mun. de Paranaguá do listado do ambas as margens (.Vraujo Amazonas).
Parami. (Inf. loc.) PHILIPPE. Riacho do Estado do Parahyba do Norte, no
PfiXETIS. Selvagens que habitavam as margens do rio mun. de Guarabira.
Tocantins, lírara bárbaros e intractaveis. S^ia existência nesse PHILIPPE (S.). Ribeirão do Estado do E. Santo, aff. do rio
rio é garantida pelo capitão Francisco de Paula Ribeiro que, Itapemirim.
em lí>15, fez uma viagem ás capitanias do Maranhão e de
Goy az. PHILIPPE. Ribeirão alf. do rio Preto, que o é do Para-
hybuna.
PEZO. Canal formado pela união de tres pequenos canaes,
que parlem da margem esq. do rio Jequitinhonha junto á foz. PHILIPPE (S.). Ribeirão" do Estado de S. Paulo, banha o
Tem esse canal uma pequena barreta ao N. de Belmonte cir- mun. de Batataes e desagua no ribeii'ão Sant'Anna, atf. do rio
cumdada de baixos de arèa. Pardo (Inf. loc.)

PHARAÓ Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de PHILIPPE. Córrego do Estado de Minas Geraes, na estrada
SanfAnna do Mac:icú, com eschola. do Grão Mogol a Diamantina.
PHAROL VELHO. Ilha do Estado do Pará, no dist. do PHILIPPE (S.). Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no
Curralinho e com. de Muaná. mun, de S. Miguel de Guanhães. Vae para o Corrente.
PHAROUX. Nome de um caes na bahia de Guanabara e PHILIPPE (S.). Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha
Districto Federal. E' o ponto onde costunian desembarcar os o mun. de S. João Baptista e desagua no S. João, aff. do Aras-
viajantes. AUi (ioam os dous estabelecimentos da companhia suahy.
Ferry. PHILIPPE. Ribeirão do Estado de Goyaz, banha o dist.
PHILADELPHIA. Vide Theophila Ottoni. de Crixás e conflue na margem dir. do rio Santa Maria, trib. do
Crixá-mirim.
PHILADELPHIA Dist. creado na com. e termo da Bòa
.

Vista pela Lei Prov. n. 369 de 10 de setembro de 1864 no Estado ; PHILIPPE (S.). Córrego do Estado de Goyaz, banha o mun.
de Goyaz. de Santa Luzia e desagua na margem direita do ribeirão Ponte
Alta, trib. do Alagado (Inf. loc.)
PHILIPPA. Ribeiro do Estado da Bahia, aíT. do Itanhen"
tinga, que o é do Itanhen no mun. de Alcoljaça.
: PHILIPPE CORRÊA. Córrego do Estado do Rio de Ja-
neiro, no mun. de Campos.
PHILIPPA. Lagõa do Estado do Ceará, no mun. do E-
Santo, cerca de seis distante desta villa. Tem seis kils-
kils. PHILIPPE DOS SANTOS. Estação da B. de F. de Gata-
de comprimento sobre braças de largura. E' bastante piscosa-
51)0 guazes, no Estado de Minas Geraes.
Tem communicação com o Banabuihú por um braço do rio de^te PHILOMENA (Santa). Villa e mun. do Estado do Piau-
nome, que forma nma linda cascata. Nunca secca e, durante o hy, na comarca de Corrente, á margem dir. do rio Parnahyba,
verão qua é de 6 mezes, atlrahe uma grande quantidade de na confl. do rio Tapuio com este, defronte da pov. da Cruz
pescadores, que ahi se installam em pequenos ranchos, sendo a das Almas (Maranhão), a 792 kils. da capital, a 300 da pov. de
pesca que elles ahi fazem, assaz abundante. O peixe ahi en- Parnaguá, a 200 da do Corrente e a 647 do porto da colónia
contrado é o curimatan. de S. Pedro d' Alcantara, até onde chegam os vapores da Com-
PHILIPPE (S.). Villa e mun. do Estado da Bahia, na com. panhia Fluvial do Parnahyba, emquanto não flcam terminadas as
de Maragogipe, 38, .5 kils. distante de Maragogipe. Diocese obras de melhoramentos do mesmo rio, que facilitem a sua na-
archiepiscopal de S. Salvador. Foi creada parochia eín 1718 vegação até Santa Philomena, onde já chegou um vapor em via-
e elevada á categoria de villa pelo art. I da Lei Prov. n. 1.952 gem de experiência. « A com. de Santa Philomena, diz o Sr.
de 2J de maio de 1880. Installada em 25 de novembro de 1883. F. A. Pereira da Costa, é wtna. das mais férteis da província,
Com prebende os povoados denominados S. Roque e Conceição mas sem desenvolvimento algum, não só por ser ainda muito
Velha. A freg. da villa tem entre 10 a Í2.0u0 habs. Foi incor- pouco povoada, corno pela diihciddade de transporte. O sólo é
porada á com. de Maragogipe pela Lei Prov. n. 2.4õ3 de 20 de montanhoso e cortado de serras que se ramificam da de Taba-
junho de 1884 e Acto de 3 de agosto de 1892. tinga, que limita esta província com a de Goyaz, e onde nascem,
entre outros,,os rios Parnahyba, Gurgueia, Urussuhy, Vermelho,
PHILIPPE (S.). Log. do Estado do Amazonas, no rio Ju-
que correm no raunici pio, tendo além destes, outras correntes que
ruá. Para esse log. transferiu o Dec, n. 125 de 11 de agosto de
18% a sede do mun. o cortam em direcção diversa e tornam suas terras fertilissimas
de Carauary,
e de muito boa producção. Em suas mattas encontram-se excel-
PHILIPPE Pov. do Estado do Amazonas, na margem
(S.). lentes madeiras de conslrucção, entre as quaes a copahyba, ce-
dir. do rio Negro, entre os rios Içana e Ixié e as povoações da dro, tataj dja, páo d'arco, jatobá, angelim, pequi e tamboril, e
Guia e Mabbé. nas encostas das serras encontram-se prodigiosamente o salitre,
PHILIPPE (S.). Tapera na margem esq. do rio Tacutfu pedra-hume, sal e outros mineraes... A villa de Santa Philo-
entre sua confluência e o ribeiro Saraurú, no Estado do Amazona'' mena é uma das mais modernas da província, pois sua origem
(Araujo Amazonas). remonta-se apenas ao anno de 1854. Descoberto n'este anno o
local, em que está situada, por José Antonio Barreii'os de Ma-
PHILIPPE (S.). Tapera na margem dir. do rio Branco, cedo, convidou elle a diversos parentes seus e outras pessoas para
correspondente á cachoeira a que deu seu nome, no Estado do
fazerem uma entrada de reconhecimento no local, qiie era então
Am;izon;is (Araujo Amazonas).
habitado por indígenas Cherens; e alli fixando-se, coraeçim a
PHILIPPE. Log. do Estado do Piauhy, no termo de S. João levantar algumas casas, fundou-se uma capella, e tal desenvol-
do Pianby. vimento foi tendo o logar pela aílluencia de diversos moradores,
que, dois annos depois, já era um prospero povoado, e foi crea-
PHILIPPE (S.). Piiv. do Estado da Bahia, no dist. e mun. da freguezia, sob a invocação de Santa Philomena, em virtude
de Saiilo Ant-inid da Harr;i
da Lei Prov. n. 413 de 8 de janeiro de 1856, tendo por li-
PHILIPPE. Moi-i',] d(, Estado do Ceará, no mun. da Inde- mites os mesmos do districto que formava, e continuando a fa-
pendência, na fazenda ila líarra. zer parte do território e comarca de Parnaguá.» Elevada á
PHILIPPE (S.). Serra do Estado do Geará. De uma das suas categoria de villa pela Lei Prov. n. 586 de 25 de agosto de
pontas, denominada S. Domingos, começa a linha divisória 1865. supprimida pela de n. 763 de 5 de setembro de 1871,
«ntre os termos do Milagres e Jardim. restaurada pela de n. 811 de 7 de agosto de 1873 e installada
em 26 de dezembro do mesmo anno. Foi com. de primeira entr.
PHILIPPE (S.). Serra do Entado do E. Santo, no mun. do creada pela Lei Prov. n. 850 de 18 de junho de 1874 e classi-
Cacaoeiro do Ilapemirim, ficado pelo Dec. n. 5.710 de 20 de agosto do mesmo anno ;
. .

PIA — 195 — PIA

supprimida pela Lei n. 85 de 12 de junho de 1896. Agencia ãp PIABAS. Rio do Estado de Pernambuco, aff. do rio Se-
correio. Sobre suas divisas vide a Lei Prov. n. 992 de 1 de in nhaem.
junho de 1880. Tem eschs. publicas.
PIABAS. Rio do Estado das Alagoas, aff. da margem esq. do
PHILOMENA (Santa). Log. do Estado do Rio de Janeiro, Manguaba
no dist. de S. José do Rio Preto.
PIABAS. Rio do Estado da Bahia, nasce na serra da Chapa-
PHILOMENA (Santa). Log. do Estado de Santa Catha- dinha não longe das fontes dos rios Mucugè e Combucas, corre
rina, no dist. de S. Pedro de Alcantara ;com uma esch. publ. entre ella a O., volta-se para E. e despenha-se ultimamente na
de insfc. prim. para o sexo masculino, creada pela Lei Prov. direcção d) N. Depois de um curso approximado de 24 kils.
n. 859 de 4 de fevei^eiro de 1880. lança-se no Paraguassú, no logar denominado Passagem do —
PIABA. Pov, do Estado do Ceará, no mun. de Mulungú.
Andarahy —
recebendo antes, no chamado Cousa-Boa, o rio
Chique-Cbique.
PIABANHA. Log. do Estado do E. Santo, sobre o rio do
PIABAS. Morro do Districto Federal, na freg. de Campo
seu nome, no mun. de Itaperairim.
Grande, á margem da lagòa Crumarim, próximo aos morros
PIABANHA. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. de da Bica, do Caeté e de Itapuca.
Santo Antonio do Rio José Pedro.
PIABAS. Riacho do Estado da Bahia, desagua na raaro-em
PIABANHA. Ribeirão do Estado da Bahia, afl*. do rio dir. do rio Sauipe, trib. do Oceano. Nasce no logar Quingóle.
de Contas. Banha o mun. da Barra do Rio de Contas. Banha o bairro do seu nome.
PIABANHA. Rio do Estado da Bahia, aft'. da margem esq. PIABAS. Rio do Estado do E. Santo, no mun. da Barra
do Pardo, onde desagua abaixo do Cachimbo 18 kils., percor- do S. Matheus. Desagua no S. Domingos.
rendo a distancia de 60 kils. Nasce na serra Pellada.
PIABAS. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff. do Otnm,
PIABANHA. Rio do Estado do E. Santo, banha o mun. de qusoé do Iguassu. E' formado pelas cachoeiras Boa Esperança
Itapemirim e desagua no rio deste nome. Diz o Sr. Daemon ser e Cantagallo.
esse i-io também denominado Canal do Pinto.
PIABAS. Lagoa do Estado do E. Santo, á margem do rio
PIABANHA. Rio do Estado do Rio de Janeiro ; nasce nas Doce, abaixo da lagoa de Aviz. Recebe as aguas de um pequeno
serranias da cidade de Petrópolis, margea a União e Industria e rio e desagua na lagôa do Meio.
lança-se na margem dir. do Parahyba próximo á estação de
Entre Rios, da Central do Brazil, tendo o eixo no sentido de PIABAS DE BAIXO. Log. do Estado de Pernambuco, no
S. para N. quasi na direcção do meridiano do Rio de Janeiro
mm. do Rio Formoso. Ha no mesmo mun. um outro Íog.
Banha os muns. de Petrópolis e Parahyba do Sul, sendo suas denominado Piabas de Cima,
margens constituídas de terrenos férteis. O Estado mantém PIABETÁ. Rio do Estado do Rio de Janeiro; vai para o
nesse rio as pontes da União e Industria, a de Pedi-o do Rio, em Inhomirim. Acha-se ligado ao Cayoaba por um canal.
frente á estação do mesmo nome, a do Areal e a da Boca do
Fogo. Seus aífs. principaes são o Pi'eto, o Fagundes, o Araras,
PIABUSSU. Riacho do Estado das Alagoas nasce no ;

engenho Agua Fria, 4 kils. a E. da Porto Calvo, recebe os


o Itamaraty e o Morto. E' margeado pela E. de F. Grão-Pará.
riachos do Moura reune-se com o Grupiunae
e Laranjeiras,
PIABANHA. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do com este vai desaguar na margem esq. do rio Manguaba.
Jequitinhonha. Banha o território do dist. de S. Sebastião do
Salto Grande. PIABUSSÚ Riacho do Estado de Sergipe, aff. da margem
esq. do rio Vasa Barris. (Inf. loc.)
PIABANHA. Lagoa no Estado doE. Santo ; tem communi-
PIACA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Brejo.
cação com o canal do Pinto.
PIABANHA. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. do To- PIACÊ. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Mojú.
cantins. PIAGIRA. Rio do Estado do E. Santo, aff. do Guarapary.
PIABANHA. Lagoa do Estalo do Rio de Janeiro, atra-
(Daemon)
vessada pelo canal de Campos a Macahé. PIAGUY. mun. de Guaratinguetá do Estado de
Colónia no
PIABANHAS. Log. do Estado de Sergipe, na freg. do Pé S. Paulo; com uma
esch. publ, creada pela Lei n. 101 de 24
do Banco, sobre o rio Siriry. de setembro de 1892. Começou a colonisar-se em 1893. Em
fins de 1894 contava 538 habs. e a sua producção durante o
PIABANHAS. Log. do Estado da Bahia, no dist. do mosmo anno foi de 99:6655000.
Jequié.
PIAGUY. Assim também denomina-se o rio Piauhy, aff, do
PIABANHAS. Aldeamento de Índios Cherentes e Chavantes, Pai'ahyba, no mun. de Guaratinguetá e Estado de S. Paulo.
no Estado de Goyaz. Acha-se estabelecido desde 1851 não longe
da confluência do ribeirão Piabanha com o Tocantins, e na PIAHY. Rio do Districto Federal, banha o curato de
margem dir. deste rio no mun. do Porto Nacional. Em 1884
;
Santa Cruz edesagua na enseada de Sepetiba.
contava 1500 habs. Tem uma egreja de S. Sebastião e dista do PIANA-G-HOTÔS. Gentio habitante do alto Trombetas,
Porto Nacional 120 kilometros. aff. do Amazonas. « São baixos, reforçados, de uma cor palli-
PIABAS. Log. do Estado do Parahyba do Norte, no termo da, cabeça grande, olhos rasgados, de expressão triste e cabei-
da Campina Grande. los negros e compridos, que trazem unidos e prezos no alto da
cabeça por um annel comprido de tecido de palha, as vezes en-
PIABAS. Log, do Estado de Pernambuco, no mun. de Se- feitado de pennas miúdas sahindo as ponfas que cahem pelas
ri nhaem .
costas. Usam também pulseiras e ligas de tecido de tbliolos
PIABAS. Log. do Estado das Alagoas, no mun, de S. Luiz de palmeiras. São os melhores intermediários entre os da Gu-
de Quitunde. yana. Suas casas são redondas e no centro da floresta (B. Ro-
drigues. Rcl. sobre orio Trombetas. Pag. 32).
PIABAS. Bairro do dist. dos Araçás, no Estado da Bahia.
E' banhado pelo rio do seu nome, muito povoado e cultivado. PIANCÓ. "Villa e mun. do Estado do Parahyba do Norte,
PIABAS. Log. no dist. de N. S. das Dòres de Macahé do na com, do seu nome, á margem do rio Piancó, 14 léguas ao .S.
Estado do Rio de Janeiro. do Pombal e 8(5 a O. da capital. E' uma das localidades mais
antigas do interior do Estado, sendo a descoberta e povoamento
PIABAS. Log. no dist. de Guaratiba do Districto Federal. do seu teri'itorio talvez mesmo anterior á do de Pombal Orago .

PIABAS. Serra do Estado do Parahyba do Norte, no mun. Santo Antonio. Foi creada villa pela Lei de II de novemliro
de Soxiza. de 1831 e installada em 2 de maio de 1832. Foi incorporada á
com. de Souza pela Lei Prnv. n. 27 de 6 do julho de l>!õi; creada
PIABAS. Riachão do Estado do Ceará, rega o mun. de Santa com. pela de n, 250 de 9 de outubro de I86(), e classificada do
Quitéria e desagua no rio Groahyras pela margem direita. primeira entr. pelo Decr. n. 3.710 de 24 de novembro de 1866 c
PIABAS. Riacho do Estado do Parahyba do Norte, na n. 5.079 de 4 de setembro de 1872. Supprimida como com. pelo
cidade da Campina Grande. Decr. n. 11 de 17 de abril de 1800. restaurada jiela Lei n. S de
. .

PIA — 196 — PIA

15 de dezembro de 18.)?. Tem duas esclis, publs. de instr. prim. aff. do Paranamuchy. Fica aos 3''52'24"3 de Lat. N. e 19»41'2r'0
e agencia do correio. Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 222 (ii'18"C)7' ,8)O. do Rio de Janeiro.
de 11 de outubro de 1805, n. 309 de 7 dezembro de 1868 e art, 2" PIASSABA. Morro do Districto Federal, no caminho do Jar-
da de n. 705 de 3 de dezemijro de ISSO. Comprebende, entre dim Botânico, á margem da lagòa Rodrigo de Freitas.
outros, os povs. Jucá ou Catingueira, Curema, S. .José, Garrotes
e S. Francisco. PIASSABA. Assim denominava-se a praia que, começando
na ponta do Forte de S. Thiago (hoje Arsenal), do Cafofo e
PIANCÓ. Serra do Estado do Paraliyba do Norte, no mun. depois do Calabouço ia terminar para as Ijandas da Lagoa Grande
de seu nome. E' um gaOio da Borburema. do Rio de Janeiro. Nessa praia con-
( Passeio Publico ), na cidade

PIANCÓ. Serra do listado de Minas Geraes. « Indo do Cur- struiu, antes de KilO, Duarte Correia Vasquane uma muralha que
vello ao Andrequicé e Gacboeira Grande, a linha de separação das foi destruída pelo mar. Havia ahi um trilho sinuoso, chamado
aguas do rio S. Francisco e rio das Vellias não está na serra posteriormente Cíi)?ii)//n do finUm e em eras antigas caminho
do Espirito imanto, como falsamente collocam os mappas da pro- da forca, pois esse instrumento de s ipplicio estava ahi sempre
vincia. Faz essa separarão um planalto extenso que recebe armado. Nes«a praia foi onde ergueu-se a ermida de Santa Luzia,
nomes diderentes em seus diversos trechos. N'essa parte do que mais tarde ari'uinou-se, erguendo-se pouco adeante a egreja
meu itinerário fazia a separação das duas bacias a serra do de Santa Luzi;i, ainda hoje existinte.
Piancò, em cuja continuação moi-re a serra do Espirito Santo, PIASSABA-MIRIM. Pequeno rio do Estado de S. Paulo,
marginal muito próxima do S. Francisco. Atravessei quasi rega a ilha de Santo Amaro e desagua na margem esq. do rio
despercebido a linha de separação das aguas dos rios S. Fran- deste nome. ('Baião de Telle. Caj-t.t JIydrogi:jplnc:i do Portada
cisco e das Velhas. Esperando encontral-a na serra do Espi- Santos)
rito Santo, comecei a notar mudanças bruscas no terreno ao
atravessar a serra do Piaiicú e d'ahi as suspeitas da mudança
;
PIASSABUSSÚ. Villa e mun. do Estado das Alagoas, na
de bacias. Com eíleito, entes de se chegar ao pico d'essa serra, com. de Coruripe, sobre uma planície baixa e a enosa, á mar-
gem do rio S. Francisco. Calcula-se a população em 12.000 al-
a 130 metros abaixo de Ouro Preto ou 1030 metros sobre o nivel
do mar, atravessei um riacho, afliuente do córrego das Facadas mas. O território do mun. e todo baixo e jilano, não havendo
que vai ter ao rio Bicudo e rio das Velhas, e depois de ter pas- nelle umasó lideira ou declive mais pronunciado: é coberto de
sado o ponto culminante da serra, quando descia do lado opposto basto coqueiral nas proximidades da costa, e de abundantes par-
atravessei afflucnt^s do ribeirão do Boi, tributário do rio São reiras havendo para o centro muitas lavras de mandioca, fei-
;

Bb'ancisco. Os córregos das Pindahybas e Buri tys foram as pri- jão, milho e outros legumes, o em todo oUe plantações de canna
meiras aguas que atravessei na vertente propriamente dita do de assucar. E' banhado pelos rios S. Francisco, Mariluba e por
S. Francisco, ambos descem da serrado l"'iancó e correndo sobre diverso? córregos de pouca monta. Pequeno é o desenvolvimento
quartzitos formam pequenos saltos e cachoeiras. i.'oda a serra c mmercial qvie se limita na villa ao estabelecimento de algumas
do Piancó compõe-se df scliistos, que, decompostos na supper- casas de negocio de fazendas, miudezas, ferragens, molhados e
íicie, constituem uma terra avermelhada ella é formada de géneros de estiva e nos povoados a pequenas tavernas.
: A
indus-

;

ondulações, subidas e descidas e no geral coberta de camjiinas tria que rnnis avulta é a destillação de aguardente de canna e
extensas, juncadas de cardos. » (Viagem aos terrenos diamanti- oxitros productos alcoólicos, como o vinho de cajú, o camlioim,
feros do Abaeté pelo Eng. A. O. dos Santos Pires. Annaes da os licores de genipap:) e outros fructos, havendo diver.íos alam-
Ksoh. da Minas. N. 4" 1893.) — biques de grande caiiacidade. Depois vem a pesca em que ss
emprega <l maior parte do proletariado do littoraL A canna de
PIANCÓ. Rio do Estado do Parahyba do Norte, rega os muns. assucar que se fabrica era diversos engenhos, a mandioca, a
do Piancó e Pombal e desagua na margem dir. do rio Piranhas. macaxeira, (ou aipim), o milho, feijão, arroz, mamona, araruta e
Recebe o Aguiar. hortaliça do toda a espécie, b.^m como a plantação e cultivo do
PIANCÓ. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem dir. coqueiro, da mangueira, cajueiros, da uva, do melão, melane as e
do rio Vermelho, trib. do S. Bartliolomeu (Inf. loc.) muitas outrasfructas de que se abastece o próprio mercado e o do
) Penedo, são os produotos agrícolas da loc;ilidade, na qual em al-
PIANCÓ. Rio do Estado de Goyaz. aíf. da margem dir. do guns sitios existem pequenas fazendas de gado bovino. Orago
Capivary, trib. do Corumbá. E' também denominado Anicuns. S. Francisco de Borja. Datados primeiros tempos da expedição
Recebe o Andrequicé. do baixo S. Francisco pelos donatários da capitania a que per-
PIANCOSINHO. Serra do Estado do Parabylia do Norte, no tenciao Estado de Abigòas, o principio da creação deste po-
mun. de Piancó. voado. Nas emigrações e viagens por terra para Pernambuco e
Biihia, as quaes se faziam pelo litloral, ou pelos sitios men s
PIANCOSINHO. Riacho do Estado de Pernambuco, banha afistados delle, era este logar o ponto preferido pa"a a travessia
o mun. de Flores e desagua no rio Pajchú (Inf. loc.) do caudaloso rio em pequenas canoas e toscas jangadas que por
PIÃO. Morro do Estado do Rio G. do Norte, na pov. da ahi (içavam mais a salvo de riscos, em virtude das d ias grandes
Ponta Negra. ilhas fronteiras que tornam mais fácil e menos perigos i a passa-
gem. Pelos annos de 16t)0 a 1670 levantou-se a capella de São
PIÃO. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de N. S. Francisco de Borja, a mesma que serve actualmente de matriz da
da Conceição do Paquequer (Sumidouro). E' assim denominado
fre.íueziíi,, sendo seu primitivo ediíicador André da Rocha Dan-
por ter a forma de um pião.
tas, da funilia dos Lins, que era tempos mais remotos viera de
PIÃO. Morro do Estado de S. Paulo, no mun. de Jacarehy Portugal para Pernambuco. Foi creada freguezia pela Lei Prov.
(inf. loc.) n. 359 da 11 de j ulho de 1859 e elevada á villa pelo art. 2" da
PIÃO. Morro do'Estado de Minas Geraes, na serra da Ibi- de n. 886 de 31 de maio de 1832, tendo sido installade a 7 de
tipoca, a E. Termina por uma ponta cónica que se distingue á janeiro do anno seguinte. Tem agencia do correio e duas eschs.
grande distancia, publs. Foi desannexada da com. do Penedo, e incorpoi'ada á de
Coruripe p;do art. 1" da Lei Prov. n. 866 de 31 de maio de 1882.
PIÃO. Morro do Estado de Minas Geraes, na freg. do Bom
Despacho e mun. do Inhaujna. PIASSABUSSÚ. Bairro do mun. de S. Vicente, Estado de
S. Paulo, com uma eích. publ. creada pela Lei Prov. n. 8 de
PIÃO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o rauii. de 15 de fevereiro de 1884.
Nazareth e desagua no rio Atibaia. (Inf. loc).
PIASSABUSSÚ. Bio do Estado de S. Paulo, aff. do rio
PIAPXTANGUY. Pov. no mun. de Vianna do Estado do E. S. Vicente, ou escoante occidenlal do lagamar de Santos. Corre
Santo. A Lei Prov. n. 2:) de 9 de maio de 1883 autorisou ah! a na direcção miis geral de O. para E. entre os mnuí de S. Vi-
.

creação de uma esch publica .


cente e Itanhaem (Azevedo Marques).
PIA PO. Lago
do Estado do Pará, no mun. de Santarém. PIASSABUSSÚ. Riacho do Esiado de S. Paulo, rega a ilha
PIAQUINHA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do de Santo Amaro e desagua na margem esquerda do rio deste
Brejo. nome. (Barão de Tetié. Carta Inidrograpbica do Porto dc Santos.
PIASHAUI. Serro na fronteira do Brazil coma Republica PIASSAGOERA. Nome antigo do porlo do Cubatão, onde
de Venezuela. Ao N. fica-lhe o serro Pacarahyma e aO. oCaichá. desembarcavam os viajantes t'nti'eS.Paulo o Santos, no Estado
Perto delle nascem o Mnquiary, aíf. do Uraricajiará e o Anapirá dc S. Paulo. (.\zevi'do Marques).
, .

PIA — 197 — PIA

PIASSAGOERA. Moatanba
no muu. de Sintos e Es-
e rin, PIAUGUY. Colónia no mun. de Guaratinguetá do Estado
tado de S. Paulo. O rio nasce na
do Paranapiacaba e
ssiu-a de S. Paulo. Vide Piaguy
desagua no Cauáú. Diz o Sr. Azevedo Marnu^s ser este rio PIAUGUY. (Rio.) Vide Correntes Piauguy é o nome
.
também chamado Cubatão-moay e desaguar no lag-nmar de com que, em algumas Curtas antigas, vem designado o Correntes
Santis. Da Sautos nos informam ser esse rio tambani denomi-
ou Pequivy, galho do Itiquira.
nado Mogy.
PIASSAGOERA. Bairro do niun de Paranaguá, no lis-
PIAUHY. Estado. Limites. — A posição astronómica deste
.
Estado é a seguinte
a lat. é toda austral, e o território do Es-
:

tado do Paraná; com uma esch, piiM. de insi. prim. creada tado encerrado entre 2" 45' e 11" 40'. A long. comprehende
fica
pelo art. I § I da Lei Prov. n. 450 de 6 de abril de 1870. 3' e 5' oriental e 3^ e 30' Occidental. Confina ao N. com o
PIATI. Ribeiro do Estado do Amazonas, na margem dir. ocf^ano .-Vtlantico ao S. com os Estados da Bahia e de Goyaz
;
;

do rio Uraricoera, entre os ribeiros Aiti e Tapuiquiri (.'\raujo a E. com os do Ceará e de Pernambuco e a O. com o do Mara-
:

Amazonas). nhão. «A linha divisória com a província do Maranhão é, diz


Candido Mendes, o rio Parnahyba desde a sua foz até ás nas-
PIATO. Dist. creado pela Lei Prov. n. 941 de 21 de março centes; cora a do Ceará é actualmente o córrego ou igarapé
do 1885, no Estado do R. G. do Norte. Comprehende os quar- Iguarassú ou Igarassú, que se lança no braço mais oriental do
teirões Piató e Curralinho.
rio Parnahyba, chamado também Igarassú, a Serra Grande ou
PIATO. Lagòa no mun. do Assu e Estado do R. G. do Norte. Ybiapaba, pela Pi-ovisão, Deor. ou Alvará do reinado de Dom
Tem cerca de 18 kils. do comprimento sobre tres de largua. Ape- João V citado pelo padre José de Moraes, na sua Historia da
nas enche quando recebj as aguas do rio Assú por meio do um Companhia de Jesus liv. 1. cap. 1 pag. 15, fixando esse limite em
braço que parte deste rio. E' muito piscosa, e nos últimos annos 3" e 15' ;
cuja serra com differentes denominações, Serra Grande,
de secca de 1877 e 1878 comportou para mais de 60 canòas que Vermelha, Dous Irmãos e do Piauliy circumda o território desta
diariamente apanhavam peixe para alimento da pop. PLin- província, e o limita também com Pernambuco, e actualmente
tam-s3 abi iodos os cereaes, canna e algodão. Nos olhos d'agiia com a provinda da Bahia, visto como o território desta ultima
que conteem a lagòa nasce um capim, quí denominam tabtia, província ao O. do rio S. Francisco periencia outr'ora á de Per-
cujo pello é semelhante á pluma do algodão. Já tem sido ex- nambuco. Como já dissemos no artigo da ultima província, sus-
portado, sendo vendido no estrangeiro por bom preço. E' de peitamos que o Alvará, Decr. ou Provisão do Conselho Ultra-
toda a conveniência para o mun. conservar-se a lagôa com pouca m;irino a que olhide o padre José de Moraes, é provavelmente
agua, sendo mui temidas as cheias. do anno de 1718, ou pouco antes, quando o território do Piauhy
foi organisado em Capitania, como governo subalterno depen-
PIAU. Estado de Minas Geraes, no mun. do Rio
Dist. do dente da do Maranhão, ligando-se o território próximo ao littoral
Novo: Drago Divino Espirito Santo e diocese de Marianna. com o do sertão, povoado por emigrantes da Bahia, o que só
Como dist. pertenceu ao mun. do Pomba, do qual foi desmem- veio a veriíicar-se em 1758, depois da creação da villa da Mocha,
brado e incorporado ao de S. Jocão Nepomuceno pelo § 111 e quando apresentou-se o primeiro governador João Pereira
art. XXVII da Lei Prov, n. 472 de 31 demaÍL. de 1850. Anni-xado
Caldas. Aquelle sertão, como todo o território a O. do rio São
depois ao mun. do Mar de Hespanha, foi deste desmerabrado Francisco, era na época conhecido pela denominação de Sertão
e incorporado ao do Parahybuna pela Lei Prov. n. 1.237 de 27
de Rodellas.» Com o Estarlo de Goyaz os limites estão na serra do
de agosto de 1864. Desmembrado da freg. de N. S. da Concei- Dnro, grande contraforte que liga a serra de Ibiapaba com a
ção do Rio Nov foi, pelo art. II § II da Lei Prov. n. 1.265 de Taguatinga e Mangabairas. Esses limites não foram determi-
19 de dezembro de 1865 incorporado á freg. da cidade do Pa- nados por lei alguma. Ha mais de c-jm annos que estão admit-
rahybuna. Foi o dist. elevado á categoria de parochia pela tidos s lu que ainda estejam demarcadas as linlias divisórias.
Lei Prov. ri. 1.571 de 22 de julho de 1868. Incorporado ao mun. Henrique Antonio Galluzi, engenheiro e geographo, foi o pri-
de S. João Nepomuceno pela Lei Prov. n. 1.600 de 28 de julho meiro que levantou a Carta topographica deste Estado, e fixa
de 1868 e ao do Rio Novo pelo art. IV da de n. 1.644 de 13 de estes limites na Carta que traçou assim como deu pela costa
setembro de 1870. Uma estrada de ferro liga-a áqaeila cidade.
:

o rio Timonha como a divisa deste Estado com o do Ceará. Era


Tem duas eschs.publs. deinst. prim.. tendo sido a do S3X0 le- este mesmo rio Timonha que extremava a partí do Ceará, que
minino creada pela Lei Prov.n. 2.065 de 17 de dezembro de 1874, dependia do Maranhão, da do Piauhf, antes da organisação
Agencia do correio. Sobre suas divisas vide. entre outras, ás deste Estado em Capitania, de que dá testemunlio, entre outros
Leis Provs. n. 1.190 de 23 df julho de 1864, n. 2.027 de 1 de de- documentos, a Carta Régia de 8 de janeiro de 1697, mandando
zembro de 1Í73 art. IX n.2.107 de 7 de janeiro de 1875, n. 2.223
:
fundar um hospício no Ceará para os padres da Companhia de
de 13 de julho de 1870, art. III. n, 3.157 de 18 de outubro Jesus, e distribuindo terras jielos Índios da barra do rio Aracaty-
de 1883 e n. 3.387 de 10 de julho de 1886, art. V. mirim até á do Theomonha (Timonhai, justamente onde se
PIAU. Pov. do Estado do R. G. do Norte, na freg. de consei"vou o limite entre os dons governos de Pernamb'ico e do
GoyaninhT, tem uma esch. publ. deinst. prim, creada pela Lei Maranhão, pelo Alvará, Decreto, Carta Regia ou Provisão do
Prov. n. 920de 14 de março de 1884, supprimida pela de n. 935 Conselho Ultramarino do anno de 1718. A falta deste documento
de 21 de março de 1885 e restaurada pela de n. 981 de 11 de priva a geograiihia do paiz de uni importante esclarecimento
junho de 1880. Tem uma capella. sobre esta matéria. Com a annexação ao Estado do Ceará do
território da comarca do Príncipe Imperial (do Estado do
PIAU, Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun. de Piauhy) e com a annexação do Estado do Piauhy da freg. da
Trahiry. Amarração (do Estado do Ceará) estipulou o Dec. n. 3.012
PIAU, Log. do Estado de Minas Qeraes, no dist. de Santo de 22 de outubro de 1880 que servisse de linha divisória entre
Antonio do José Pedro, á margem do rio Manhuassú. esses dous Estados a Serra Grande ou da Ibiapaba, semi outra
inti-rripção além da do rio Poty. no ponto do Boqueirão, e que
PIAU. Ilha no rio Balsas, aff. do Parnahyba : no Estado do
pertencessem ao Estado do Piauhy todas as vertentes occiden-
Maranhão.
taes da mesma serra, nesta parte, e ao do Ceará as oríentaes.
PIAU. Ilha no rio Paraliyba do Sul, mun. deste nome e Superfície; —
301.797 kils. qs. Noticia histórica : —A fundação
Estado do Rio de Janeiro. deste Estado é devida ao paulisti Domingos Jorge e ao por-
PIAU. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Santa tuguez Domingos iVfíonso Mafrense, que em 1674 interna-
Quitéria. i,
ram-se i)elo território do Piauhy. Comum avul tado numero tle
índios escravisados voltou Jorge para S. Paulo emquanto
PIAU. Riacho do Estado do Ceará, banha o mun. de Santa Mafrense, alcunhado o Sertão, conquistava dilatadíssimo
Quitéria e desagua na margem dir. do rio Jacurutú. tn'riiorio, onde foi estabelecendo fazendas de criação, e
PIAU. Rio do Estado do Ceará, no mun. de Campo tantas chegou a possuir que, por sua morte legou 30 aos
Grande padres jesuítas sob condição de empregarem os rendimentos
delias em dotar donzell is o socorrer viuvas desvalidas. De
PIAU. Rio do Estado de Minas Geraes. vai para o rio Pomba, posse de tão importante herança, ds jesuítas estabejleceram mais
Recebe o Pinho. ires fazendas, ignor;vndo-S(', iwrém, si, com os rendínieiuos d;i3
PIAU. Rio do Eslailo da Matto Grosso, pequeno afl'. esq. do que lhes foram legadas, cumi)riram a vontade du testador. Em
Vaccari 1, logo abaixo do rib.iirão dos Barreiros e acima do dos 1109, piir occasião da confiscação dos bens dos padres <la compa-
Esteios, nhia,, jiassaram as 33 fazendas pnra a corò.i,. Scib o domínio,
PIA — 198 — PIA

ora da Bahia, ora do Maranhão, conservou-se o Pianhy até que folado e o Parahim. O Parahim recebe os rios Corrente e Pal-
em 1 de outubro de 1811 1'oi declarada capitania independente, meiras, sangra a lagòa Parnaguá, recolhe as aguas de alguns
tendo como capital a viUa da Mncha, que depois denominou-se pequenos tribs. e vai fenecer na margem dir. do Gurgueia. O rio
cidade dj Oeiras, eni honra do Marquez de Pomiial. Gom a pro- dos Mattos, que nasce no sitio Santo Antonio, em distancia de
clamação da independência passou o Piauhy a constituir unia seis Idls. da cidade de Itamaraty, cort;a o mun. de Perypery,
das provs. do império. Aspecto: — Est* Estaiio seria central, entra no da Batalha, onde tem a sua foz, depois de imr curso de
si não fòra uma pequena parte que estende-se p^la costa do 120 kils. Reoebá o Caldeirão. Lagos e lagoas: —
A de Parnaguá,
oceano. Seu território alarga-se bastant? entre os Estados do no mun. deste nome, atravessada pelo rio Parahim; do Matto,
Maranhão, Bahia e Por.iambuco, estreitando-se pouco depois onde tem origem o rio Piauhy o lago de Itans, entre os rios
;

até o Atlântico. Em suas divisas com os Estados de Goyaz, Canindé e Tranqueira ; a lagòa Dourada e a das Pimenteiras ao
Bahia, Pernambuco e Ceará, achara-se suas mais altas cordi- S. do rio Gurgueia e algumas outras. Pharol : —
O da Pedra de
lheiras e nas divisas com o Estado do Maranhão sevi rio prin- Sal aos 2" 49" 00" de Lat. S. e 1" 26' 50" de Long. E. do Rio de
cipal, o Parnaliyba para onde correm quasi todos os rios que

Janeiro. Agricultura : —
A lavoura é ahi de pouca importância,
fertilisam seu território. Clima e salubridade; «A prov. do devido isso não só ao espirito rotineiro de sua população, como
Piaidiy. diz o Dr. Martins Costa, é geralmente salubi^e havendo á falta absoluta de boas estradas que facilitem o transporte dos
localidades nas quaes é avantajada a duração da vida humana. productos. Exceptuando 03 muns. atravessados pelo rio Parna-
Está neste caso o mun. de Jaicós onde « conta-se muitos ho- hyba, de cuja navegação se aproveitam os agricultores para
mens que teem chegado a uma edade avançada superior a 110 transportar os seus géneros, todos os outros liraitam-se á cul-
annos, e muitos outros a mais de 100.» A endemia do Estado é tura de cereaes, unicamente quanto baste para o próprio con-
a malária, cujas manifestações se observam nas margens dos sumo. O Estado é pobre e tendo suas rendas algum tanto com-
rios e nos campos alagados durante o inverno. A época do promettidas, nada pôde fazer em beneficio do desenvolvimento
seu apparecimento é no começo e no flm da estação das das forças naturaes de que aliás dispõe. A construcção da es-
chuvas. As moléstias agudas do apparelho respiratório são trada de ferro projectada da cidade de Caxias (Maranhão) á
frequentes. lípidemias de cachumbas, dyseuteria e sarampão, margem do Parnabyba, defronte de Therezina, muito concorrerá
desen volvem-se algumas vezes durante o inverno. A varíola tem liara o desenvolvimento commercial deste Estado, bem digno
por vezes flagellado o Estado, como succedeu em 1875, anuo em de ser attendido em suas justas aspirações. Entre as produ-
que, só no mun. de Campo Maior, fez cerca de 150 victimas. cções agrícolas do Piauhy, avulta o algodão, que entretanto não
Ophtalmias e coqueluche também ahi não são raras. No começo tem attingido ao desenvolvimento que era de esperar. «Desde
da secca de 1877 a 1878, desenvolveu-se na villa de Piracuruca que começou sua cultura, diz o Dr. Luna Freire, nenhum bene-
uma epidemia de febres de niáo caracter, que em poucos dias ficio se ha introduzido além das machinas americanas de des-
ceifou rauiLas vidas. A morphéa ahi é moléstia quasi desconhe- caroçar, que comtudo ainda não conseguiram excluir os enge-
cida. Em 1861, foi este Estado visitado pela febra amarella, nho» de páo movidos á manivella ou por animaes. O modo de
distinguindo-se porém oela sua extrema benignidade ». Orogra- preparar a terra, o melhoramento das sementes g as machinas
phia : —
Em suas divisas com os Estados limitrophes, encon- para formar as balas e saccas, que, facilitando o transporte,
trara-se as serras denominadas do Piauhy, Dous Irmãos, Ver- diminuem o seu dispêndio, são inteiramente ignoradas.» O
melha, Carirys Novos, Ibiapaba. Pelo meio de seu território fabrico de assucar, que é uma fonte tão abundante de riqueza no
acham-se as denominadas da Qiu-gueia, Curumatan, Urussuhy, Brazil, é lamentavelmente descurado nesse Estado, que apenas
entre o rio desse nome e o Parnahyba ;da Missão, enlre os rios possua toscos engenhos tocados por animaes e que se oecupam
S. Nitíoláo e S. Victor; dos Mattões, entre o Poty e o Longá, em fazer rapaduras. O fumo cultiva-se nas margens do Parna-
que nella nasce, além de outras. Potamographia : —
O Parna- hyba e do Poty, os cereaes e legumes mal chegam para o con-
hyba já descripto quando tratamos do Maranhão, recebe no sumo do Estado. Criação —
E' o Estado quasi exclusivamente
:

Piauhy, isto é, pela margem dir. o Parnahybinha, Taquarussú, criadoi", mas a criação, apezar de existir ha dous séculos no
Riachão, Galiota, S. Felix, Santa Rosa, Ur, i3Suhy-assii,Gurgueia, Piauhy, não tem feito grande progresso. A raça degenera visi-
Canindé, Poty, Longá, eto. O Urussuhy corre em um estreito velmente, não se procurando cruzal-a em períodos certos, e a
valle por uma extensão de 420 kils. Seu leito é estreito e pro- epizootia dizima a criação, sendo inteiramente desprezados os
fundo, e de deolividade forte : é de ambos os lados cercado de conselhos veterinários. Alã não tem sido aproveitada, não só
brejos ou baixões, onde abundantemente cultiva-se toda a es- porque o Estado não possue carneiros de raça, como porque
pécie de cere:ies, e extrahe-se sem o menor preceito o finíssimo ignora inteiramente o meio de preparal-a. A
esse respeito assim
e valioso oleo de eopahyba. Sua estreiteza e grandeza de vege- manifestou-se o illustrado Dr. E. A. Victorio da Costa, perante
tação das margens são os únicos embaraços á navegação por a asserabléa provincial, na sessão de 7 de junlio de 1884: « E'
vapores de pequeno calado e grande foi-ça. Não tem confluentes deplorável que a principal industria da província permaneça
de importância. O Canindé nasce na serra dos Dous Irmãos, quasi em completa inércia, tendo vasto campo para grande
no termo de Jaicós, banha a cidade de Oeiras e recolhe as aguas desenvolvimento, nas ricas pastagens que constituem quasi todo
dos rios Itay (rio das. Pediras), Piauhy, além de outros. Sias seu extenso território. Emquanto outros paizes, menos bem do-
margens são férteis e cobertas de óptimas pastagens e immensos tados de forragens, produzem somraas fabulosas, cora industrias
carnahubaes. Desagua no Parnahyba, na cidade do .Amarante. fabris, accessorias á criação do gado, o Piauhy se tem limitado
O Piauhy nasce no termo deS. Raymundo Nonato, na lagòa do apenas á industria de exportação de rezes vivas.» Finanças es-
]\Iatto, atravessa o Estido em uma grande extensão e renne-se tadoaes: — Damos em seguida um quadro demonstrativo da
ao Canindé. Reeeibe, pela margem dir., o Poções, Itaquatiara, receita e despeza eíléctuadas neste Estado, nos annos financeiros
Fidalgo, Tranijueiras, e pela esq., o S. João, Bom Jesus e Fundo. de 187:3 a 1885 :

O Poty nasce no Estado do C^ará, na serra de .Joanninha, corta


a serra de Ibiapaba, banha Caratheús, no Ceará, Alto Longá,
Marvão, Valença e Therezina, no Piauhy, Recolhe neste Estado
as aguas dos rios S. Nicoláo (que recebe o Sambito) e Berlengas
RECEITA DESPEZ\
pela margem esq. Desagua no Parnahyba kils. abaixo de The- ANNOS FIXANCEIaOS ARRErADADA BFFECTUADA
rezina. No Ceará recebe o Serrote, Itay ou Itahim, Jucá e outros.
O Longá, cora um curso de mais de 300 kils., nasce na serra dos
Maltões, corre na direcção mais geral de O. para L.; banha
os mune. de Campo Maior, Batalha e Barras, e vai desaguar 2?9:845.''022 399:19S.$033
no rio Parnahyba. Recebe o Surubim, Genipapo, Corrente, 256:708^491 304:i5l$707
(que depois toma o nome dePirapora). rio dos Mattos, Piracu- g25:0(iG$5ii9 2í)9:027.S653
ruca ,Mar,i tauan, Iniiiga Poção e diversos outros. O Gurgueia,
,
340:70-t.-j0?l8 .302:79i|i;339

vera da serra do seu norae nas e.xtremas occidentaes do Es- 392:0'.)9,-í739 330:039$366
343:S17$4ítí 308: 21 -.$933
tado, banha os muns. do Bom Jesus do Gui-gueia e de
415:151^10) il5:722$o84
Jeromenha e desagua no Parnahylia. Recebe entre outros o Es- g93:675$5lií 407::i79.í067
22Í :28l.'í0l2 270:25851554
332:130slii5 :i2í:354-!SlS
29S:(i28sr,o 302:7708055
324:973,;02'i b2í:331.'S642
' Desci-ipção mun. de Jaipns. Resposta ao Qneslionai-io da Hibl.
(lo
Nac. do Rio de Janeiro, 188S. Msc.

PIA — 199 — PIA

Em documento apresentado á administração poi- um


official Oeiras. E' ligada á Capital Federal pelo telegrapho. A cidade
piauhyense illusfcrado, o Sr.Odorico Rosa, inspsctor do thesoiiro tem 15 ruas principaes, não so encontrando nellas casa. alguma
provincial, lè-se : « O estadoda província é sumraamente critico. lufíi dl) alinhamento. A pnp. )[< 22.Uí)U li;ibs
i' O luiiiie que tem

.

Com avultado deficit, em relação aos seus recursos, o qual tende Íi.ii-Ihc datlo em honra d;( ex-Impi^rutriz. Cidades ])rincipaes
a crescer, ao passo que algumas verbas de receita hão de de- Amarante, nu margem Parnahyba. em valle estreito
dir. do rid
crescer inevitavelmente até desapparecerera de todo e sem meios e accidentado. banliada do lado du meio lia pelo riacho Mulato, i

de augmenlar sua receita porque não vejo mataria tributável barra naqiielle rid. FoioutrVira tima aldèa dos Cuegu^
qtie faz
sem levar o povo ao desespero a agricultura e industria quasi
: Acoroás. E' séile da com. do seu nome, e tem 17.001) habs. Seu
e
nullas; seu conimercio opprimido por diversas causas conhe- clima, no verão, é extraordinariamente quente. Oeiras, antiga —
cidas— sobretudo por falta de protecção dos poderes compe- Mocha, situada entre os morros da Paciência, da Sociedade e
tentes, toda ella empobrecendo a olhos vistos em marcha accele- Redondo; com clima ardeutissimo no verão. Tem tres pontes,
rada, tudo isto e o maia q le não posso prever ha de leval-a a sendo uma importante sobre o riacho da Mocha, tres egrejas,
estado de grande anniquillamento. » O illustre governador do casa da Misericórdia. Está em decadência desde que deixou de
Estado na Mensagem apresentada a Cama:-a Legislativa em 9 ser capital do Estado. Ahi nasceram o senador Francisco .José
de junho de 1893. assim se expressa; « Comquanto a nossa situa- Furtado, a 13 de agosto de 1818 e o Dr. Pedro F. da Costa
'

ção financeira não seja actualmente desesperadora, todavia pre- Alvarenga em 1826 -. —
Parnahyba, distante cerca de 18 kils.
cisamos marchar com passo S:^guro e certo, agora que estamos do porlo da Amarração, á marg:'m dir. do rio Iguarassii, em
entrando na primeira phase da nossa vida autónoma. O Estado uma linda planice que se prolonga de E. a S., licando-Ihe fron-
tem satisíeito ultimamente os seua compromissos, devido natu- teira a ilha grande de Santa Isabel, que lhe pertence e em cujo
ralmente ao facto de se ler feito uma boa arrecadação dos di- extremo N. ergue-se o magestoso rochedo Pedra do Sal, com clima
nheiros públicos. .. O Estado achava-se a dever até 31 de maio saudável e ameno em todas as estações tem duas egrejas, a de ;

próximo findo a quantia de 5i:038§471, proveniente de ven- N. S. da Graça que e um temido importante, e aJeN. S. do
cimentos a empregados e otitras despezas, sendo que exis- Rosario, mercado publico, etc. Foi esta cidade o primeiro logar
tia até aquella dala em cofre a quantia de 35:701S4y9, do Piauhy que adheriu a emancipação do Brazil, collocando-se
faltando ainda ser arrecadadas as rendas de abril de á frente desse pronunciamento patriótico o juiz de fóra Dr. João
algumas coilectorias e todas as do mez de maio, excepto as do Candido de Deus e Silva e coronel Simplício Dias da Silva.
capital. A divida activado Estado até 31 de dezembi'o ultimo Barras, próxima da margem esq. do rio Maratauan, att". do
montava em cerca de 150:000$. Durante o anno de 1892 Longá, 97 kils. NE. da União, a seis do Longa e a 84 do Par-
chegou-se a cobrar da mesma divida a quantia de 36 OOJiS nahyba. —
União, a 26 kils. da Capital na margem dir. do rio
e no primeiro trimestre deste anno a de 5:065>59.í —
só no mun. Parnahyba. — —
Campo Maior. Piractiruca, á margem dir. do rio
da capital, não contando com s arrecadação feita nos outros deste nome, em uma extensa collina, com ]avotu'a de canna e
muna. do Estado, por não terem ainda prestado conta os res- cereaes, e industria pastoril opulenta. Jeromenba, á margem —
pectivos agentes liscaes. Como vereis do relatório do zeloso dir. do rio Gtu'^tieia, cerca de 42 kils. acima de sua foz no Par-
secretario da Fazenda, o Estado arrecadoti, no trimestre de nahyba. —
Jaicós, sede do mun., regado pelos rios Curumatá,
janeiro a março deste anno, a quantia de 14iJ:896:>926, contra a Itay ou Itahim e Canindé, com grande criação de gado vaccum ;

de 38;400j453 em igual período do anno anterior rssultando um boas edificações e clima ameno. Valença, em um valle dividido
excesso da quantia de 102:496,s473 eni favor do l" trimestre do por um riacho qtie entra no rio Tranqtieira, um dos aíls. da
presente exercício Este augmento é proveniente dos novos im- margem dir. do S. Victor. Itamaraty, antigamente Pedro II e
postos creados,'do3 que nos foram cedidos pela União e também ainda Mattões, com um dos melhores climas do Estado, em uma
de se ter exercido mais iiscali sacão na stia arrecadação. E' pro- encosta da serra dos Mattões ou do Caranguejo. Picos á mar- —
vável que a arrecadação do segundo trimestre seja inferior á do gem dir. do rio Guaribas, em um- valle espaçoso, ameno e bordado
primeiro, em consequência da pouca exportação de gado que se de extensas várzeas. Villas principaes. xVmarração, situada no —
faz nessa quadra do anno e também da do algodão da qual
, littoral em tuna ponta formada pelo rio Igtiarassti, que se dilata
nos vem não peqtiena parte da nossa renda em compensação,; para O., pelo igarapé Igtiarassti, que lhe fica ao S. e pelo canal ,

no segundo semestre em que tem de ser arrecadado o imposto do do Funil, que estende-se para NB em terrenos arenosos em
. .

dizimo, que calculo attingir á cerca de i00:000í ou mais tendo parte alagados pela maré. Alto-Longá, entre Therezina e Cas-
sido calculado em 70, essa dillérença servirá para contrabalan- tello, a egual tlistancia de ambas. Apparecida —
Batalha, na —
çar alguns dos cortes que já soflreu a verba do orçamento. encosta de um monte, próxima da margem esq. do rio dos Mattões
Pelo orçamento que votastes o anno passado a receita foi cal- trib. tio Longá. —
Belém, á margem do Parnahyba. Burity dos —
culada em 666:000S e a despeza em 646:207pG4, resultando Lopes —
Castello. —
Gurgueia. a tim kil. mais oti menos do rio do
portanto um saldo de 19 792$ 130 isto no caso o mais favorável
: —
mesmo nome. Colónia, á margem tlir. do rio Parnahyba, em

;

de que todas as verbas orçadas fossem arrecadadas. Assim porém terreno desegual e argiloso é a antiga villa da Manga.
; Patro-
não aconteceu» Pojjulação. —
Pôde ser calculada em perto de cínio, antiga pov. de Pio IV.— Pery-Pery, na margem dir. do
300.000 habs. Instrucção. —
Além do curso de humanidades do rio dos Mattões. —
Porto Alegre, antiga pov. do Estreito.—
Lyceu e de diversas aulas avulsas de francez e latim, possue o Santa Philomena, á margem do rio Parnahyba, na conll. tleste
Estado 59 eschs. publs. de ensino prim. A Lei Prov. n. 1.0G2 com o Tapuio, defronte da foz do Medonho, a 792 kils. da capital,
de 15 de junho de 1882 creou na capital uma Esch. Normal a 300 de Parna.yiiá e a 200 do Corrente. S. Raymundo No- —
que foi installada ein 11 de agosto de 1833 e é destijiada a pre- nato, a 21 kils, da serra Piauhy. á margem est|. do rio Genipapo
parar ijrofessores para o ensino prim. Tem uma Bibliotheca — S. Antonio ile Gilboés. Constituição tio Estatlo. Titulo I — —
Popular com mais de l.OOi) volumes, fundada pela Sociedade Do Estado, seu território e sua orgauisação. Art. 1. O — —
Promotora da InstrucçãO' Popular e inaugurada em 11 de outubro Piauhy é um tios Estatlos soberanos da União Brazileira, nos
de 1874. Representação federal —
Dá tres senadores e 4 depu- termos festatuidos pela constituição Federal. Os seus limites são
tados. Divisão judiciaria —
Em 1890 existiam nesse Estado os mesmos tia amiga província, taes como indicam as tratlicções
17 comarcas. Governadores do Estado —
Capitão Cariolano de e os documentos históricos e legislativos. .Vrt. 2. — .V forma tio

Carvalho e Silva acclamado governador e empossado a 1 1 de


;
seu Governo é a reiiublicana fetlcrativa, sob o regimen represen-
fevereiro de 1892 eleito pelo Congresso em 13 de junho de 1892 tativo. Art. 3. —
O Estado do Piauhy exerce sua soberania
;

posse no dia segiinte. Dr. Raymundo Arthur de Vasconcellos, pelos órgãos dos seus poderes políticos legislativo, executivo —
posse a 1 de junho de 1896. X primeira Constituição foi pro- e fmiccioiuirào h irmonioamente, sem prejui 'o da
jtidiciario. ijiic

mulgada a 27 de maio de 1891 e aidtimaa 13 da junho de 1892. intlependeucia que entro si devem guardar, na orbita de sua re-
Capital — Therezina, na margem do rio Parnahyba, seis Idls. spectiva competência tlelinitla nesta Constittiição. Art. 4.
acima da barra do Poty, defronte de Cajazeiras, no Maranhão Como ttm dos Estatlos da (Jnião Brazileira, o Piauhy só acceita
Sua primeira denominação foi Chapada tio Corisco, por causa
das frequentes faíscas eléctricas que ahi cyhiam. Possue alguns
ediíicios notáveis, entre os quaes as duas matrizes de N. S. das
Doi'es, a egreja de S. Benedicto, a primeira do Estado, começada
em 1874 por Fr. Serafim de Catania, a fundição, a cailèa, o 1 O sjnador Furtado inirreu ii > Rio de Janeiro a 23 de junho
quartel, a casa da Misericórdia, a Cusa da feira e o thesouro de Í870.
estadoal. No centro da praça da Constituição ha uma co- 2 /vivarenga falleoeu e:n Lisboa a li de jullio do 1883. Foi
O Dr.
lumna de mármore elevada em hunra ao senador Saraiva a quem um medico celebre que exercflu clinica e u Portugal o escreveu divorias
o Estado deve a remoção da capital, que até 1852 estivera em obras de crande valor sciontitico.
PIA — 200 — PIA

em 3ua liberdadé governamental as retricçoes consagradas na attribuições e esfcipulando-lhes os vencimentos ; XX. Autorisar
ConstitMÍção Federal. Avfc. 5. — A sede do governo do Estado empréstimos e operações financeiras, determinando suas condi-
continha a ser a cida^le de Ther 'zini, e só pelo voto de dous ções e limitís ;XXI. Deliberar sobre ajustes e contractos com
terços do numero total dos memiji-os da camará legislativa, ma- os outros Estados da Republica, comtanto que não tenham ca-
nifestada em duas legislaturas siiccessivas, poderá ser transferida racter politico XXII. Delermin.ir a alienação ou arrendamento

;

}'ara outro logar. Secção I — Do Poder Legislativo Capitulo! de terras e outros quaes |uer bens do Estado: XXIII. Repre-
— Disposições Geraes — Art. 6. O poder legislativo é exercido sentar ao congresso nacional contra leis geraes ou de outros
pela camará dos deputados, que se comporá de 24 membros, Estados porventura offensivas aos direitos e interesses do Estado;
eleitos por todo o Estado, em quanto o contrario não for decla- XXIV. Conservar, augnientar ou diníinuir, mediante a infor-
rado por lei 01'dinaria e mediante s iffragio directo, garantiila mação do governo, a força militar, conforme lor mistn-, ))ara
a representação da minoria. § 1 A eleição para deputado se fará
. manutenção da ordem e segurança publica ; XXV. Resolver
no mesmo dia em todo o Estado. §2. O numero de dejiutadus sobre vencimentos dos magistrados ; XXVI. Deliberar sobre
poderá ser alterado conforme o exigirem as condiçjes de pop. obras publicas, estradas e navegação, sem oHénsa das attribiii-
do Estado. Art.7. A camará reunir-se-ha,_ na capital do Estado, ções do Congresso Nacional e dos co iselhos municipaes ; XXVII.
independente de convocação no di- 1" de junho, si a lei não de- Legislar: sobre a divisão civil e judiciaria ; sobre a ínstrucção
signar outro dia. § 1. Os trabalhos da Camara não poderão publica ; sob.'e a desaprojiriação por utilidade publica : sobre
ser prolongados por mais de 60 dias, salvo ocaso de prorogação immigração e colonisação ; ^obre organisação judiciaria sibre ;

quando os interesses do Estado o exigirem. §2. Cada legisla- casas de p 'isão, correcçãM e rpgimen das mesmas; sobre soc-
tura durará quatro annos, e as sessões serão annuaes. §3. E' corros públicos e casas de caridade ; sobre qualquer matéria não
facultativa a acceitação do mandato. Art. 8. Ocoorrendo vaga excluída de sua competência pelo poder federal e pelos princí-
na Camara, a mesa respectiva, se estiver fuuccionando, ou a pios reguladores da organisação municipal ; XXVIII. Decretar
secretaria, no caso contrario, a communicará ao Governador as leis do processo que pertençam á competência do Estado ;

do Estado para que providencie immediatamente sobre o preen- XXIX. Conceder privilégios, pjr tem])0 limitado, aos inventores,
chimento. Art. 9. As reuniões da Camara serão puljlicas, salvo aperfeiçoadores, e primeiros introductores de industrias novas,
quando o contrario for resolvido por maioria de votos. Art. 10. sem prej :izo das attríbuições do Governo Federal; XXX. Re-
Os deputados são invioláveis pelas opiniões que einittirera no clamar cumulativamente com o governador a intervenção do
exercício do mandato. Art. 11. Os de^iutados desde qu'. liverem (lOverno Foderal no caso do art, 5 n. 3 da Constiluição
recebido diploma, até a nova eleição não poderão ser presis nem Federal ; XXXI. Conceder ou negar licença ao governador
processados criminalmente sem previa licença da Camara, salvo para retirar-se do Estado por mais de oito dias. Art. 19.
caso de flagrância, em crime inafiançavel. Neste c.iso, levado E' vedidoá Camara decretar leis de excepção ou favor pessoal.
o processo até á pronuncia exclusive, a autoridade processante Capitulo III— Do processo Legislativo — Art. 2i). O projecto de
remettírá os autos á Camara, para resolver sobre a procedência lei adoptado pela Camara será enviado officíalmente ao gover-
da iiccusação, si o accusado não opiar pelo julgamento im- nador do Estado, que terá o prazo de 10 dias para promulgal-o e
mediato. Èssas immuridades são sómenle limitadas pelas res- publical-o como lei ou resolução. Paragrapho único. O silencio
trioções expressamente definidas em leis federaes. Art. 12. Os do governador no decendio íraijorta promulgação, e no caso de ser
membros da camará, ao tomar assento, contrahirão compromisso negada, quando já estiver encerrada a Camara, o governador dará
formal, em sessão publica, de bem cumprir os seus deveres. publicidade aos motivos de sua recusa, Art. 21. A recusa da pro-
Art. 13. Durante as sessões, vencerão os depiitadjs subsidio mulgação do proiecto de lei só terá logar nos seguintes casos '
pecuniário e ajuda de custo, que serão fixadas pala Camara, no I. Por inconstitucional; 11. Por contrario aos interesses do
fim de cada legislatura para a seguinte. Art. 11. E' vedado aos Estado; III. Por embaraços na execução Art. 22. Devolvido o
deputados durante a legislatura celebrar contractos com o poder projecto á Camara, esta, nos casos dos ns. II e III do artigo ante-
ex(?cutivo federal ou estadoal e dellos acceitar emprego ou com- cedente, o sujeitará a uma discussão e votação nominal, conside-
missão retribuída, salvo accesso ou promoção legal, sob pena de rando-se approvado se obtiver dous terços de votos dos membros
perdei-em o mandato. Art. 15. O mandato legislativo é incom- presentes. Nesfee caso o projecto será i-eenviado ao governador
patível com o exercício de qualquer outra fincção durante as para promul,iíal-o. Paragrapho único. A formula da promulgação
sessões. Art. 16. Poderá ser eleito deputado tolo o cidadão será a seguinte : « F... governador do Estado do Piauhy, faço
que reunir as condições de elegibilidade para o Congresso Na- saber a todos os seus habs. que a Camara decreta e eu promulgo
cionale residir no território do Estado por mais de dous annos, a seguinte lei (ou resolução) ». Art. 23, Não sendo a lei pro-
se dílle não for natural. Art. 17. O poder legislativo decla- mulgada dentro de 48 horas pelo governador, nos casos dos
rará em lei especial os casos de incompatibilidade eleitoral. arts. 22 e 24, o presidente da Camara, em igual prazo, promul-
Capítulo II — Das attribuições da Camara. Art. 18. A' camará gará, usando da seguinte formula: «F... presidente da Camara
compete: I. Verilicar e reconhecer os poderes de seus membros ;
(ou vice-p''esidente) faz saber aos que a presente virem que a
II. Elegera, sua mesa; III. Organisaro Síu regimento íntn-no ; Camara do Estado do Pialiy decreta e promulga a seguinte lei
IV. Regular o serviço de sua polícia interna; X. Nomeares (ou resolução) >> .\.rt. 24. A Camara, recebendo o projecto que
.

empregados de sua secretaria : VI. Proceder á apuração da elei- lhe for devolvido por inconstitucional, o remetterá immediata-
ção de governador e vice-governador, nos tenuos do art. 38 e mente ao tribunal de justiça para decidir sobre o caso. § 1." A
seus §§ ; VII. Dar posse ao governador e vii.-e-governador e promulgação do jirojecto de lei devolvido |ior inconstitucional
acceitar a renuncia dos mesmos; VIII. Reformar fsta Consti- sem a observância desse preceito não produzirá eíleito algum.
tuição na forma por ella i)rescripta IX. Autorisar a aocusa-
; S 2." Se o tribunal de justiça tiver julgado constitucional o jn-o-
ção do governador e seus substitutos nos crimes communs e de jecto de lei. a Camara o enviará ao governador para promul-
responsabilidade, só podendo semelhante deliberação ser tomada gal-o. Art. 2.5. Os projectos regei tados ou não promulgados não
em sessão publica, e por votação nominal de dous terços, pelo —
poderão ser renovados na mesma sessão legislativa. Secção il —
menos, do numero total de seus membros X. Eleger annual-
; Do Poder Executivo —
Capitulo I— Art. 26 O Poder Executivo
mente cinco cidadãos notáveis por sua reputação e sabor jiara é exercido pelo governa lor do Estado, como seu chefe. § l." Su-
fazerem parte do tribunal especial que tem de processar e julgar bstituo o governador, no caso de impedimento e succede-lhe, no
os membros do Iríbimal de justiça e o procurador geral do Estado de falta, o vice-governador, eleito simultaneamente com elle.
XI. Resolver snbre a mudança da capital nos termos do art. 5: § 2.0 No impedimento ou falta do vice-governador .=ão successi-
XII. Orçar a receita e lixara despeza do Estado annualmonte ;
vamente chamados a occupar o seu logar o presidente da Ca-
XIII Fixar annualmente a força publica XIV. Decretar im-
; mara e o do tribunal de justiça. §3.° São condições essenciaes
postos: sobre exportação de géneros e jiroduclos do Estado ;
para o cargo de governador e vice-governador: I. Ser brazileiro
sobre trrnsmissão do jiropriedade sobre titulo de nomeação de
; nat ) II. Estar no goso dos direitos civis e políticos; III. Ser
:

empregados públicos do Estido; sobre lotação de ofRcios de maior de 30 annos: IV. Não ter soífrido condemnação por crimes
justiça sobre industrias e profissões
; XV. Piegular os direitos e
; graves. .\.rt. 27. O cargo de governador é incompatível com o
emolumentos cobráveis pelas repartições publicas do Estado: exeroicio de qualquer outra funcção. Art. 28. O governador
XVL F'íxar taxa de sei lo, quanto os actos emanados do govevno exercerá o cargo por quatro annos; não podendo ser reeleito no
do Estado em negócios de sua economia ; XVll. listabelecer período governamental immediato. § 1." O vice-governador, qu9
contribuições concernentes aos telegraphos e correios d Estado i
;
estiver em exercício nos últimos síís mezes do quatriennio, não
XyiII. Estabelecer bases para organisação das rei>artições pu- poiJerá ser eleito governador para o período seguinte .§ 2." O
,

blicas, creando novas, supprimindo ou reformando as existentes ;


governador ou seu substituto deixará o exercício das f noções i

XIX. Grear e siipprímir empregos públicos estabelecendo-lhes as ímprorogavelmente no dia em que terminar o período governa-
37.05S
PIA — 201 — PIA.

mental, e lhe succederá logo quem houver sido eleito. Art. 29. o mesmo, será preferido o mais velho. § 3." Só se considerará
Si no caso de vaga, por qualquer causa, do governador e vice- constituída a Camara para proceder-se á verificação dessa
governador, não houver decorrido ainda dous annos do periodo eleição, com a presença de dous terços, pelo menos, do numero
governamental, proceder-se-ha á nova eleição. Art. 3D. Ao total de seus membros. § 4." Nenhum membro da Camara po-
empossar-se do cargo, o governador ou vice-govei'nador, pronun- derá abster-S3 de votar, no caso do § 1» sob pena de perder o
ciará em sessão publica da Gamai-a, se estiver reunida, ou, não mandato. §5." Todavia, por força maior, poderá retirar-se da
estando, perante o tribunal de justiça, a seguinte aííirmação : Camara, comtanto que deixe o seu voto por escripto, § G." O
« Pi'ometto cumprir e manter com toda lealdade a Constituição processo da eleição e apuração será regulado por h-i ordinária.
Federal e a do Estado, observar fielmente suas leis e promover Capitulo V — Das secretarias do Estado — Art. 39. O gover-
quanto eni mim couber o seu desenvolvimento moral e material». nailor será auxiliado por secretários de Estado, agentes da sua
Art. 31. O governador ou quem o substituir perceberá o subsidio confiança que lhes subscreverão os actos, e presidirá cada um a
fixado pela Camara, no periodo governamental anteceiente. Pa- uma das repartições em que se divide a administração. Art, 40.
ragraplio único. O subsidio, uma vez fixado, não poderá ser au- —
Haverá tres secretários de Estadj a do governo, a da fazenda
gmentado ou diminuído durante o periodo de quem o perceber, e a da policia. Art. 41. Os secretários do Estado não i)oderão
Art. 32. Os ascendentes, descendentes, irmãos ou cunhados do aocumular o exercido de outro emprego ou funcção publica,
governador, durante o cunhadio, não podem ser eleitos para nem ser eleitos governador ou vice-governador, deputado ou se-
exercer este cargo, em sua substituição. Art. 33. O governador nador de Estado ou da União. Art. 42. Uma lei definirá a com-
e o vice-governador não podem sahir do território do Estado por petência de cada uma das secretarias e as attribuições dos res-
mais de oito dias, sem licença, sob pena de perda do cargo. Ca- pectivos secretários. Art. 43. Os secretários de Estado não serão
pitulo II— Das attribuições do Poder Executivo — Art. 34. Ao responsáveis pelos consalhos que derem ao governador respon-
:

governador do Estado compete: § 1." Installar a Camara por derão, porém, pelos seus actos como funccionarios públicos pe-
meio de mensagem que lerá, na qual dará conta da situação do rante o tribunal de justiça. Secção Ilt — Capitulo I— Do poder
ICstado, do modo porque foram cumpridas as disposições orça- judiciário — Art. 44.0 poder judiei irio é conslituido por um
mentarias, indicando-lhe as providencias e reformas urgentes de tribunal de justtça, tendo sua sede na capital do Estado, por
que careçam as leis. § 2.o Promulgar e fazer publicar as leis e juizes de direito, juizes districtaes e jurados. Art. 45. O Tri-
resoluções da Camara. §3." Expedir decretos, instrucções e re- bunal de .Justiça compõe-se de cinco desembargadores tirados
gulamentos para sua fiel" execução. § 4.° Executar e fazer exe- dentre os juizes de direito do Estado que tiverem mais de 12
cutar as constituições e leis federaes e do Estado. §5.° Convocar annos de formados e mais de quatro de exercício na magistra-
extraordinaiúamente a Camara quando o bera publico exigir. tura, e dentre os cidadãos graduados em direito, de notável
§6." Organisar projectos de orçamento da receita e despeza do saber e reputação, que possuírem as condições de elegibilidade
Estado, reme ttendo-os á Camara no começo de suas sessões. § 7." para o Senado Nacional. Art. 46. A primeira nomeação dos
Applicar as verbas destinadas pelo Poder Legislativo aos di- desembargadores será feita pelo governador do Estado, de modo
versos ramos do serviço publico. § 8." Contrahir empréstimos au- que a maioria delles, pelo menos, seja de magistrados. Art. 47.
torisados pelo Poder Legislativo. § 9.° Providenciar sobre venda, Occorrendo viga de desembargador o tribuml de justiça orga-
arrendamento e administração dos bens do Estado, na fórma nisará uma lista dos cinco juizes de dereito mais antigos do
deliberada pela camai'a. § 10. Mandar proceder á desapropriação Estado, dentre os quaes um será escolhido pelo governador.
por necessidade ou utilidade publica, nos casos decretados pelo Art. 48. O Tribunal de Justiça decidirá, em segunda e ultima
Poder Legislativo, precedendo indemnisação. § 11. Organisar pro- instancia, todas as causas civis, commerciaes e criminaes, que a
jecto para a fixação de foi-ça publica e dispor delia, como for lei siibmetter ao seu conhecimento: competindo-lhe também o
conveniente, a bem da ordem, segurança e tranquillidade do Es- processo e julgamento do governador nos crimes communs^ dos
tado e dos muns., em casos extraordinários. § 12. Velar sobre o secretários de Estado e d-^s juizes de direito nos ci'imes com-
ensino publico. §13. Nomear, suspender e demittir empregados muns e nos de responsabilidade. Art. 49. Ao tribunal de justiça
públicos, na fórma da lei. § 14. Providenciar sobre obras pu- compete lambem na ausência da Camara conceder licença ao
blicas, estradas e navegação interior do Estado, de accordo cora governador e vice-governador para sahirem do Estado por mais
o disposto nesta e na constituição federal. § 15. Remetter ao de oito dias. Art. 50. O Tribunal elegerá annualmente presi-
Congresso Nacional cópia authentica de todos os actos legislativos dente um dos seus membros conforme a lei preceituar. Art. 51.
promulgados. § 16. Expedir ordens para serem eflectuadas, nos Organisado, es te tribunal se regerá pelas leis em vigor, relativas
dias determinados, as eleições do Estado. § 17. Celebrar com aos tribunaes de relação, em quanto outras não forem decretadas
outros Estados, mediante antorisação legislativa, ajustes e con- pelo poder competenie. Art. 52. Os juizes de direito serão no-
venções sem caracter politico. § 18. Requisitara intervenção do meados pelo governador dentre os doutores ou bacharéis em di-
Governo Federal para o restabelecimento da ordem tranquillidade reito que tiverem exercido cargo de justiça ou advocacia durante
no Estado, dando á Camara conliecimento dos motivos que deter- quatro annos, pelo menos. Paragrapho único. Para effectuar a
minaram seu procedimento. § 19. Reclamar contra a invasão do nomeação de juiz de direito, o Tribunal de Justiça organisará
poder federal nos negócios peculiares ao Estado. § 20. Solicitar uma lista de cinco doutores ou bacharéis em direito, nas con-
do governo da União, em caso de calamidade publica, os auxilies dições deste artigo e a enviará ao governador para dentre e;-tes
de que trata o art. 5° da Constituição Federal. §21. Representar escolher ura. Art. 53. Os magistrados são incompatíveis para
ao governo federal contra os fiinccionarios federaes residentes qualquer cargo de eleição popular. Art. 54. O jury conhecerá,
no Estado. § 22 Representar o Estado nas suas relações ofíiciaes quanto ao lacto, dos crimes cujo conhecimento alei lhe attribuir.
com o governo da União, e com os dos Estados. § 23. Decidir os Art. 55. Só se consideram magistL'ados os membros do Tribunal
conflictos de jurisdicção entre as autoridades administrativas. de Justiça e os juizes de direito. Uns e outros são viialicios, não
Capitulo III — Da responsabilidade do governador — Art. 35. O podem ser ser suspensos nem privados de seus cargos, sinão nos
governador será submettido a processo e julgamento, depois que a casos pi^e vistos por lei e em virtude de sentença formal do Tri-
Camara julgar procedente a accusação, perante o ti'ibuiial de bunal. Art. 56. A suspensão, mesmo nos casos em que for per-
justiça, nos crimes communs, e perante a mesma Camara, nos de mittida, não pôde ter logar sinão para ser o magistrado submet-
responsabilidade. Paragrapho único. Decretada a procedência tido immediatamente a processo. Art. 57. Os juizes de direito
da accusação, ficará o governador suspenso das suas funcçoes. são inamovíveis. Só poderão rer removidos a pedido, ou para com.
Art. 3ô. Uma lei, que será, feita no primeiro anno da legislatura, de entrancia superior, ou em virtude de processo, do qual lique
definirá os crimes de responsabilidade do governador e regulará provado ser perniciosa ao serviço publico a permanência do juiz
o processo, a accusação e julgamento dos mesmos. Capitulo IV na com. Art. 58. O i)rocesso p.ira remoção do juizde direito co-
— Da eleição do governador e vice-governador — Art. 37. O go- meçará por iniciativa do procurador g -ral do Estado. Art. 59. Pro-
vernador e vice-governador s?rão eleitos por suflragio directo e nunciando-se ó Tribunal de Justiça pela remoção, o juiz ficará
maoria absoluta de votos. Art. 38. A eleição se fará no dia 7 avulso até que, vagando alguma cora. da mesma entrancia, lhe
de abril do ultimo anno no periodo governamental, procedendo a possa ser designada. Art. 60. A vaga deixada em virtude de re-
Camara á ap iração geral dos votos recebidos e apurados nos moção ou por outra qualquer causa será preenchida nos termos
municípios. § í." Si nenhum dos votados houver alca,nçado raaioria dos arts. 52 e 63. Art. 61. O juiz de direito na sede da
absoluta de votos, a Camara iirocederá por votação nominal á com. preparará todos os processos civis, cominorciaes e ori-
eleição entre os que tiverem obtido as duas votações mais eleva- rainaes cujo julgainent) lhe pertença era primeira instancia. S
das na eleição directa. § 2." No caso de empate desta eleição, 1.° Fóra da sede da com., serão esses processos preparados pelo
oonsiderar-se-ha eleito o candidato que na eleição popular tiver juiz distriolal cm exercício até a pronuncia e julgamento exclu-
obtido maior numero de votos, e, quando nesta tiver acontecido sive. § 2." O juiz districtul não proferirá despacho do que caiba

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aggravo nas causas cujo iu'gamento em primeira instancia per- vindo ás leis e regulamentos fedoraes ou do Estado, e para or-
tença ao juiz de direito. Art. 62. Para o logar de juiz districtal çar stia receita e despeza, creando contribuiç' es que não aílec-
sei-á nomeada pessoa idónea. Art. 63. As coms. doE-tado serão de tem matéria privativamente tributável i^ela União ou jjelo Es-
duas eiitrancias, e o principiode antiguidade prevalecerá para o tado e não f irem incompatíveis com os princi|iios estabelecidos
accesso dos juizes. Art. ô4. Os membros do Tribunal de Justiça e nas respectivas constituições. Art. 76. As posturas e delibera-
o procurador geral do Es ado, nos crimes communs o de respon- ções dos conselhos municipaes só poderão ser annulladas pela
sabilidade, serão processados por um Tribunal especial, que se Camara I Quando contrariarem as leis do Estado ou as fede-
:

comporá cío presidente da Camara, dos membros do Tribunal de raes; II Quando oflenderem os direitos de outro mun. ; III
Justiça não envolvidos no crlmo, e de cinco cidadãos notáveis por Quando crearem contribuições mani lestamente excessivas, ha-
sua reputação e saber, eleitos annualmente pela Camara. Para- vendo representação de 50 contribuintes, pelo menos. Art. 77.
grapho único. Quando mais de ura desembargador estiver envol- Não estando reunida a Camara, ao governador compete suspen-
vido no crime de que se ti-ata, serão chamaios. na fórma da lei, os der taes posturas e deliberações, sendo obrigado a levar a sus-
juizeade direito precisos para completar-se o Tribunal. Art. 05. pensão ao conliec mento daquella na saa primeira reunião.
O secretario e escrivão do Tribunal de Justiça, e os tabelliães e Art. 78. Os consellios municipaes enviarão ao governador e á
escrivães do judicial serão nomeados a titulo vitalício pelo presi- camará, semestralmente, cópia da todos os seus actos legislativos.
dente do mesmo Tribunal. Excepto o secretario, todos os outros Art. 79. Na lei orgânica dos muns., o poder legislativo do Es-
serão mediante concurso. Art. 66. O Tribuna] de Justiça to- tado estabelecerá o numero dos membros dos conselhos munici-
mará assentos para regularisar a administração da justiça no paes, o numero e o modo das sessõ 'S deste, suas attribuições e
Estado, em relação aos pontis duvidosos da legislação civil, as do intendente executor, as substituições dos membros do con-
criminal 6 processual, enviando-os ao poder competente para selho e a do iutemlenle, os casos de suspensão das funcções dos
interpretação das leis. Art. 67. Em sua primeira sessão annual, mesmos, e qual a autoridade competente para decretal-a.
o Tribunal organisará a lista dos juizes de direito mais antigos Art. 80. A suspensão não terá logar sinão para scguir-se pro-
do Estado e tai"á publical-a. Art. fii- A lista dos jurados será cesso de responsaijtlidade. Art. 81. Nas eleições municipaes os
confeccionada p;lo Conselho Municipal na primeir.i sessão de estrangeiros residentes nos muns., por mais de tres annos, serão
cada anno e logo enviada ao juiz de direito da comarca § i." Pe- eleitores e elegíveis preenchidas as condições do alistamento.
rante o mesmo juiz requererá o órgão do ministério publico, por Art. 82. Não poderá ser eleito membro do conselho municipal:
meio de petição documentada, a exclusão das pessoas indevida- I Quem não for eleitor ; II O interdicto: III Quem não for rosi-
mente contempladas na lista. § 2." Também por meio de petição dente no mun. Art. 83. Não terão assento nos conselhos muni-
documentada poderá o cidadão injustamente excluido requerera cipaes: pae e filho, avô e neto, sogro e genro. — Titulo III.
sua inclusão. §3." Da decisão que julgar improcedente a re- Disposições geraes. Art. 84. O Estado do Piauhy, nos limites
clamação do ministério publico liaverá recurso necessário para de seu poder governamental, fará ellectiva a inviolabilidade dos
o Tribunal de Justiça e voluntário nos outros casos. Art. 69. direitos concernentes á líijerdade, á segurança individual, á
Para desempenhar asfuncções de jurados ó mister I. Residir no
; probriedade, proclamadas e garantidas pela constituição fede-
muii. ha mais de um anno ; II. iSer maior de 21 annos ; III. S=r ral. Art. 85. Todos os funocíonarios públicos serão responsá-
eleitor e achar-se no goso de tod';S os direitos civis e políticos veis p,;los abusos e excessos de autoridade, omissão e prevari-
Art. 70. E' facultada, sempi^e que nisto convierem as partes, o cação que commetterem no exercício do seu cargo e pela indul-
julgamento das caiisas civis por um arbitro escolhido a aprazi- gência em não responsabilisar seus subalte.-nos, pela fórma
rnento das mesmas, não seníio os interessados menoi-es ou intsr- devida. Art. 86. Nenhuma lei será feita sinão por motivo de
diclos. O juiz, porém; marcará prazo rasoavel, improrogavel utilidade publica. Art. 87. A obrigatoriedade das leis depen-
para decisão, e a homologará ou proferirá a requerimento da derá, na capital, do facto de sua pviblicaçãe na folha offlcial.
parte, S3 o arbitro não o tiver feito dentro do dito prazo. Capi- Nos demais pontos do Estado as leis só obrigarão depois de
tulo II— Do ministério publico. Art. 71. E' creado o ministério decorridos 45 dias daquella publicação. Avt. 88. E' garantida
publico para representar o listado, seus direitos e interesses, os a dívida publica do Estado. Art. 89. A constituição garante
da justiça publica, dos interdictos e atis?nt3s, perante os tribu- os soccorros públicos. Art. 00. Continuam a obrigar as leis
naes e juizes. Sua organisação será feita por lei, baseando-se no em víg(ir em quanto não forem revogadas. Art. 91. Os funccio-
seguinte: I. O procurador geral do EstKlo será nomeado pelo narios administrativos demíssiveis, independente de sentença,
governador dentre os cidadãos notáveis por sua reput ição e não são elegíveis membros do poJer legislativo. Art. 92. Esta
saber, ou dentre os juizes de direito do Estado. Terá a catego- constituição só podará ssr reformada mediante proposta da ca-
ria e vencimentos dos membros do Tribunal de Justiça e sua mará, approvada por dous terços da totalidade de seus membros,
nomeação será a titulo vit^vlicio. § i.» O procurador geral de em duas legislaturas successivas, em virtude de representação
Estado exercerá acção e promovel-a-ha até final em causas da de mais d^ metade dos conselhos municipaes. Art. 93. Os de-
competência do tribunal de justiça. § 2.'» Funccionará. como putados e funocíonarios piiblicos de qualquer categoria se obri-
representante do Estado, e, em geral, officiará e dirá de direito garão, no acto da posse, por compromisso solemne, ao cumpri-
nos feitos submettidos à jurisdicção do tribunal. § 3.» Velará mento dos seus deveres legaes. Art. 94. Somente no caso de
pela execução das l.'is, decretos e regulamentos que devam ser invalidez serão concedidas aposentadorias aos funccionarios
applicados pelos juizes do Estado. § 4.» Defenderá ajurisdicção pnblicos que tiverem mais dc 20 annos de bons serviços, fazen-
do triounal e dos maisjuizes do Estado. § 5.» Fornecerá instruc- do-se preciso que tenham pelo menos 10 annos de eílectivo ex-
çoes e conselhos aos promotores públicos e resolverá as consultas ercício no emprego em que se quízer aposentar. Art. 95. Fi-
destes sobre matéria concernents a administração da justiça do cam extiuct'js as aposentadorias concedidas ou dadas por qual-
Estado. II. Os promotores puldicos, com as attribuições actuaes, quer motivo a funccionarii.s públicos que não tenham preen-
as de denunciar, nos casos de injuria e calumnia iiTOgadas aos chido o numero de annos de serviço exigido no mínimo pela
depositários da autoridade publica em razno do carg , as do pro- lei em vigor ao tempo da aposentação. Paragrapho único. Serão
curador dos feitos da fazenda do Esta.do e as dos curadores geraes revistas todas as aposentaflorías para que se estabeleça a pro-
dos orphãos, interdictos e ausentes e promotores dos reziduos, porcionalidade dos ordenados do tempo de s -rviço pra&lado.
serão nomeados e demittidos pelo governador ;
dependendo, Art. 96. Quando no tempo próprio não for decretada a lei or-
porém, a nomeação de proposta do procurador geral do listado. çamentaria, vigorará a do exercício anterior. Art. 97. A ca-
Titulo II— Dos municípios. — Art. 72. O mun., autónomo e inde- mará, em caso de convocação extraordinária, só deliberará
pendente em tudo quanto respeita ao seti peculiar interesse, é a sobre o assumpto que houver determinado sua i-eunião. Art. 98.
base do regimen politico do Estadodo Piauhy. Art. 73. E' man- Fica instituído, com sede na capital do Estado: um tribunal
tida a divisão actual do território do Estado em circumscri ções de contas, para liquidar as contas da receita e de.speza do Es-
municipaes,^ em quanto nãj for alterada por lei. Art. 74. A tado e verilicar a sua legalidade antes de serem prestadas á
alteração só pede ter logar mediante representação dos habs. camará. Paragraplio único. Uma lei ordinária reg dará a sua
dos muns. interessados e que estiverem no goso dos direitos po- organisação. Art. 99. O Estado só reconhece vitaliciedade de
líticos ou por impnssilidade em que o mun. se ache de prover ao cargos pnblicos adquirida em virtude desta cons;ítuíção e de
seu serviço. Art. 75. O poder municipal é conferido a um leis posteriores a ella. Art. 100. Os vencimentos dos magistra-
conselho, que legislará sobre a matéria de s;ia competência e dos, uma vez lixados pela camará, não poderão ser diminuidos.
a um intendente, executor de suas deliberações. Paragrapho Art. 101. Os emolumentos dos magistrados, do procurador ge-
único. O Conselho Municipal e o intendente tem compe- ral do Estado e dos promotores públicos, serão cobrados como
tência para deliberar sobre todos os serviços que importarem renda do Estado. Art. 102. Os escrivães cío judicial, onde houver
á vida económica e administrativa do mun. não contra- mais de um, escreverão em t?dos os feitos por distribuição,
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exceptuados os do jury e os officiaes do registro liypothecario. Mendes, secretario. Junta governativa eleita em 24 de outubro
— Disposições transitórias: —Art. 1. Promulgada esta consti- de 1821 —Posse a 26 de outubro de 1821: Mathias Pereira da
tuição, a camará elegerá em seguida, por maioria absoluta de Costa (vigario-geral), presidente; Francisco de Souza Mendes
votos, na primeira vot ição, è, si ninguém a obtiver, por maio- (capiíão), secretario; J"Sé Antonio Ferreira (sargentn-mór),
ria relativa na segunda, o governador e vic^-governador do Mi-íuel Pereira de Araujo (capitão) e Caetano Vaz Portella
Estado. Art. 2. Concluída a eleição do governador e vice-go- (sargento-mór). Junta provisori.), na forma da lei de 1 de
vernador, a camará dará por terminada sua missão constituinte outubro de 1821 —Posse a 27 de abril de 1822; Manoel de
e entrará no exercício de suas funcções normaes. Art. 3. Eleito Souza Martins (brigadeiro), presidente Manoel Pinheiro de
;

o governador assumirá immediataraente o exercício das fmc- Miranda Osorio, secretario Ignacio Francisco de .\raujo Costa
;

ções do seu cargo e o deixará no dia 1 de jnllio de 1896. Art. 4. (capitão), iVliguel José Ferreiri e Honorato de Moraes Rego
Decorrendo vaga por qualquer modo do governador on vice- (teuMite), Membros eleitos da junta provisória, na forma da
governador eleitos na lórma do art. 1, sjrà elia preenchida lei de 1 de outubro de 1821 —
Posse a 24 de janeiro de 1823 ;

por eleição da camará que poderá sar convocada extraordina- Manoel de Souza Martins (brigadeiro), C. do Governo, na
riamente caòo não esteja funccionando. Art. 5. O governador fórma da lei de 21 de outubro de 1823. Eleito como presidente
terá os mesmos vencimentos e vantagens que o seu antecessor, temporário em 19 de setembro de 1824 —
Posse a 20 de setembro
não podendo sjr augaientados o'i dimínuidos. Art. 6. Os depu- 1824 Manoel de Souza Martins, 1" presidente, C. I. de 1 de
tados actuaes vencerão o subsidio diário de iO.-j e terão uma
;

dezembro de 1824 —
Posse a 1 de maio de 1825 Ignacio Fran- :

indemnisação pai'a despezas de viagem calculada na razão de cisco de Araujo Costa- (tenente-coronel), C. do Governo (Lei de
3*» por légua, dentro do Estado. Art. 7. Os actos legislativos 20 de outubro de 1823) —
Posse a 9 de dezembro de 1828 Barão ;

dos diversos governadores do Estado, desde a proclamação da da Parriahyba (brigadeiro Manoel de Souza Martins), presi-
Republica até a promulgação desta e que não lhe forem cou- dente t'mporario —Posse a 13 de feveireiro de 1829; João José
trarios. serão leis do Estado, cm quanto não revogados pdo Guimarães e Silva, 2" presidente. Nomeado em 16 de agosto
poder competente. Art. 8. Dentro do prazo de dous annos serão d^ 1828 —
Posse a 15 de fevereiro de 1829 Barão da Parnahyba ;

organisados a lei e o processo eleitoraes e no mais ijr<»ve prazo (brigadeiro Manoel de Souza Martins), C. do Governo (Lei ci-
deverão ser promulga'las as leis concernentes: I .-V organisação la la, 2' vez) —
Posse a 17 de fevereiro de 1831 Barão de Par- :

judiciaria; II A responsabilidade dos funccionarins públicos nahyba (brigadeiro Manoel de Souza Martins), 3° presidente
III A organisação municipal; IV A instrucção pnpular. Art. 9.
;

iS'^ vez). Nomeado em i de julho de 1832 —


Posse a 11 de agosto
Os màgisti'ados, cliefe de policia, promotores públicos o os de- de 183:*; José Ildefonso de Souza Ramos (bacharel), 4° presi-
mais funccionarios públicos gosarão das vant:igens ppcuniarias dente, Idem em 1 de setembro de 1843 —
Posse a ,30 de dezem-
que já p^^rcebem, emquanto seus respectivos vencimentos não bro de 1843; Conde do Rio Pardo (Thomaz Joaquim Pereira
forem fixados em lei da camará. Art. 10. Emqu mto nà') for Valente), 5" presidente. Idem em 10 de julho de 1844 Posse —
promulgada a lei orgânica dos conselhos municipaos, continua- a 9 de s;tembro de 1844 Francisco Xavier Cerqueira (ba-
;

rão as actuaes intendências a ser regidas pela lei em vigor. charel), 2° vice-presidente. Idem em 22 de fevereiro de 1845
Art. 11. Uma lei discriminará as rendas dos conselhos muni- — Posse a 20 de j inho de 184õ Zacarias de Góes e Vascon-
;


cipaes e dete -minará os encargos dos nii^smos. AH. 12. Para ceHos (doutor), 6° presidente. Idem em 4 de abril de 1845
a eleiçãodo governador e vice-governador de que trata o art. 1, Posse a 28 de junho de 1845: Marcos Antonio de Macedo (ba-
não haverá incompatibilidades. Paragrapho único. Si os elei- charel, 7° presirlenle. Idem em 23 de junho de 1817 Posse a 7 de —
tos, governador ou viçe-governador, forem empregados pnblicos setembro de 1847 Francisco Xavier Cerqueira (bacharel), 2"
não per^lerão os cargos : mas ser-lhes-ha vedado somente a
;

vice-presidente (2^. vez). Idem em 22 de fevereiro de 1845 —


acoumulação do exercido, e aos mesmos volt irão, findas as Posse a 14 de março de 1848 Anselmo Francisco Peretti (ba-
;

funcções administrativas. Art. 13. Pica autorisado o governa- charel), 8' p.-esi'b'nte. Idem em 11 de abri de 1848 Posse a
I

dor a reorganisar a magistratura do Estado, as secretarias, e 11 de julho de 1848; Ignacio Francisco Silveira da Motta (ba-
a policia, a fazer as primeiras nomeações dos serventuários de charel) 9' presidente. Idem em 31 de outubro de 1849 Posse a 24 —
justiça e a pi-oceder á organisação judiciaria e á divisão civil de dezembro de 1849; José Antonio Saraiva (bacharel), 10° pre-
e judiciaria. Poragrapho Tinico. Na iirganis:ição da magistra- sidente. Ideni em 19 de junho de 1850 —
Posse a 7 de setembro
tura, o g vernador nomeará os membros do tribunal de justiça, de 1850 Simplício de Souza Mendes (doutor), 5° vice presidente.
nos termos <!o art. 46, o os juizes de direito actuaes e os ex-
;

Idem eiri 27 de janeiro de 1851 —


Posse a 12 de março de 1853 :

juizes municipaes. Art. 14. Em


attenção aos relev:mtes ser- L-iiz Ca-los d-" Paiva Teixeira (bacharel), i" vice-pr -sidente.
viços prestados pelo fallecido Dr. Simplício de Souza Mendes Id m em 24 de janeiro de 1853 — Posse a 2 de abril de 1853;
ao Estado, fica concedida á sua viuva e filhas solteiras e viu- Antonio F -aneisco Pereira de Carvalho (bacharel), li" presi-
vas uma pensão annual de i:2'J0.>, que será dividida em partes dente. Idem em 1 de outubro de 1853 —
Posse a 5 de dezembro
iguaes, sendo uma para a primeira pensionista e a outra para de 1853; Krnesto José Baptista (coronel), 4" vice-presidenle.
as demais, proporcionalmente. Art. 15. Approvada esta Con- Idem em 6 do outubro de 1854 —
Posse a 9 de agosio de 1855 ;
stituição s^rá ella promulgada pela mesa da camará e as- Balduíno José Coelho (tenente-coronel), 3" vice-presidente. Idem
signada pelos membros desta. Mandamos, portanto, a todas em 6 de outubro de 1854 —
Posse a 10 d^ setembro de 1855 ;

as autoridades a quem o ccihecimento e a execução desta Frerlerioo de Almaida Albuquerque (commendador), 12» presi-
Constituição pertencerem, que a execdem e faç.'an ex- dente. Idem em 15 de setembro de 1855 —
Posse a 1 de dezem-
ecutar e observar fiel e inteiramente como nella se contém. bro de 1855: Lourenço PVancis!"o de .Almeida Cat-mho (bacha-
Sala das sessões da Cajnara Constituinte, na cidade de rel), vice-presidente. Idem em 27 de agosl" de 18.56 Posse a —
Theresina, em 13 de junho de 18.-12, quar'o da Pvppublica. 8 de outubro rle 18.56; João José de Oliveira Ju queira (bacha-
Pcelação dos cidadãos qiie tèm governado o Estado do Pianhy r"]), 13'' presidente. Idem cm 14 de marco de 1857 Posse a iO —

de 1808 até 1897 'larlos Cesar Burlamaqui (coronel), governador de junho de 18.57 Simplício de Souza Mendes (doutor). 4° vice-
esteve em exercício desde 1806 Francisco da Costa Rabello
;
;

presidente (2* vez). Idem em 10 d^ março de 18.53 Posse a 30 —


(coronel), governador interino. Nomeado em 29 de auosto de de dezembro d? 1858 José Mariano Lustosa do Amaral (ba-
1810 — Posse de 20 de oirtubro de 1810; Luiz José de Oliveira
;

charel), 1" vice-presidente. Idem em 14 de abril de 1858 Posse —


(ouvidoi-), Luiz Carlos de .Ab.-eu Bac^Uar (coronel) e Severino a 1 de janeiro de 1859; Antonio Corrêa do Como (bacharel),
Coelho Rodrigu 's (vereador), .lunta governativa em 13 de jullio 14" presidente. Idem em 10 de novembro de 1858 Posse a 24 —
de 1811; o mesmo ouvidor. João L<»i te Pereira Castello Branco de janeiro de 1859; Ernesto José Baptista (commendador), 2'^
(tenente-coronel) e João Gomes Caminha (vereador). Junta go- vice-presidente (2-^ vez). Idem em 9 de agosto de 1855 Posse a —
vernativa em 1813 ; João da Silva Furtado (ouvidor) e Francisco 27 de junho de 1859; José Mariano L\istosa do Amaral (ba-
Manoel da Cunha (vereador). Junta governativa em 1813 e charel), i" vice-presidente (2» vez). Idem em 14 de abril
1814; Bathazar de Souza Botelho de VasconceHos (coronel), de 1858 —
Posse a 26 de julho de 1859; Diogo Velho Ca-
governador. Nomeado em 28 de janeiro de 1813 — Posse a 1 de valcanti de iVlbuquerque (bacharel), 15" presidenle. Idem eui 21
— Posse a 5 de novembro de 1859; lírneslo
janeiro de 1814; Elias José Ribeiro de Carvalho (coronel), go- de jullio de 18-59
vernador. Idem em 1 de agosto de 1818 — Posse a 14 de julho José Baptista (commandador), 2" vice-presidente (3-'> vez).

de 1819; Francisco Zuzarle Mendes B irreto (doutor), presidente: Id m em 9 <le agosto de 1855 Posse a 16 de maio de 18t>0.
Manoel de Souza Martins (brigadeiro), vice-presidenle Malhias Manoel Antonio Duarte de Azevedo (doutor), 16" presidenle. No-
:

Pereira da Costa (vigário geral). José .\ntonio Ferreira (sar- meado em 9 de maio de 1860 —
Posse a 13 de julho de 1860 ;

gento-mór), Agostinho Pires (capitão), Miguel Pereira de Araujo José Mariano Lustosa do Amaral (bacharel), 1" vice-presidente
(capitão), Caetano Vaz Portella (capitão) c Francisco de Souza (3* vez). Idem em 14 de abril de 1858 —
Posse a 15 de abril de
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1861 Antonio de Brito Souza Gayoso (bacharel) 17" presidente. Moura (bacharel), 35° presidente. Idem em 17 de janeiro de
;

Idem em 23 de fevereiro de I8Gi Posse a 13 de maio de 1861 — ;


— Posse a 4 de março de 1880 Manoel Ildefonso de Souza
1880 ;

Josi Fernandes Moreira (Ijacharel), 18" presidente. Idem em 16 de Lima


(bacharel), 4° vice-presidente vez) Idem em 25 de ou-
(S-""

abril de 18(32 Posse a 13 de —


junho de 1862 Pedro Leào Velloso tubro de 1879 — Posse a 15 de abril de 1880 Firmino de Souza ;

(bacharel), 10" presidente. Idem em 22 de abril de 1863 Posse


;

— Martins (Ijacharel), vice-presidonte vez). Idem em 18 de ou-


(2^
a 3D de junho de 1863 Antonio de Sampaio Almendra (bacharel), tubro de 1878 — Posse a de maio de 1880; Sinval Odorico de
1
;2o vice-presidente Idem em 5 de novembro de 1863
;

Posse a 4 — Moura (bacharel), voltou ao exercício. Idem em 17 de janeiro de


1880 — Posse a 7 de fevereiro de 1881, Manoel Ildefonso de
:

de dezembro de 1833. Franklin Américo de Menezes Doria (l)acha-


rel). 20" presidente. Idem em 2U do fevereiro de 1864 Posse a — Souza Lima (bacharel), 4° vice-presidente vez). Idem em 18 (3°
28 de maio de 18:54 ; José Mano?l de Preitas (bacharel), 2° vice- de outubro de 1879 — Posse a 31 de dezemlDro de 1881 Miguel :

presidente Idem em 27 de junho de 1866 Posse a 3 de agosto — Joaquim de Almeida e Castro (bacharel), 36" presidente. Idem
.

de 1866 Adelino Antonio de Luna Freire (bacharel), 2P> presi- em 25 de fevereiro de 1882 — Posse a 12 de maio de 1882 ,
;

dente. Idem em 27 de junho de 1866 Possi a 5 de outubi'o de — Firmino de Souza Martins (bacharel), vice-presidente (3^ vez).
1866 Jose Manoel de Freitas (liacharel), 2° vice-presidente (2' Idem cm 18 de oiitubvo de 1878 — Posse a 5 de abril de 1883
;

vez). Idem em 27 de junho de 1866 Posse a 5 de novembro de — Torquato Mendes Vianna (bacharel), 37° presidente. Idem
;

1867 Polydoro Cezar Bnriamaque (liaoharel) 22» presidente, em 30 de junho de 1883 — Posse a 6 de setembro de 1883
:

nomeado em 20 de. novemlno de 1867 Posse a 9 de novembro — Manoel Ildefonso de Souza Lima (bacharel), 4° vice-presidente
;

de 1867 José Manoel de Freitas (bacharel, 2» vice-presidente (4"vez). Idem em 25 de outubro de 1879 — Posse a 18 de ou-
{3^ vez), idem em 27
:

de junho de 1866 Posse a 3 de março de — tubro de 1883; Emygdio Adolpho Victorio da Costa (bacharel),
1868; Simplício de Souza Mendes (doutor), 1» yice-presidente (3^* 38° presidente. Idem em 22 de selemliro de 1883 — Posse a
vez). Idem em 31 de julho de 1868 Posse a 24 de agosto dô — 6 de dezembro de 1883 filanoel Ildefonso de Souza Lima
;

1868 Augusto Ólympio Gomes de Castro (bacharel), 23" presi- ( bacharel ),


4° vice-presidente ( 5'^ vez ). Idem em 25 de
;

dente. Idem em 20 de julho de 28 1868 — Posse a de agosto outubro de 1879 —


Posse a 8 de setembro de 1884 Ray- ;

de 1868 Simplício de' Souza Mendes fdoutor), 1" vice-presi- mundo Theodorico de Castro e Silva (bacharel), 39* presidente.
dente (4" vez). Idem
;

em 31 de julho de 1863 Posse a — Nomeado em 9 de agosto de 1884 —


Posse a 1 de outubro
3 de abril de 1869 Theotonio de Souza Mendes (coronel), de 1884; Manoel Ildefonso de Souza Lima (bacharel), 4" vice-
1" vice-presidente.
,

Idem em 6 de abril de 1869 Posse — presidente (6"^ vez). Idem em 25 de outubro de 1879 Posse a —
a 21 de maio de 1869 Luiz Antonio Vieira dz Silva (ba- 1 de setembro de 18^5. Raymundo de Arêa Leão (bacharel),
charel), 24" presidente. Idem em 20 de outubro de 1869
;

Posse — vice-presidente. Idem em 12 de setembro do 1885 Posse a 14 —


a 6 de dezembro de 1869 Domingos Monteiro Peixoto (bacharel), de outubro de 1885; Manoel José de Menezes Prado (doutor),
vice-presidente. Idem em 24 de abril de 1869
:

Posse a 9 de — 40" presidente. Idem em 12 de setembro de 1885 Posse a 16 —


abril de 1870 Luiz Antêmio Vieira da Silva (bacharel), presi- de outubro de 1885; Antonio Jansen de Mattos Pereira (ba-
;

dente (reassumiu o exercício). Idem a 20 de outubro de 18G9 — charel), 41° presidente. Idem em 7 de agosto de 1886 Posse —
Posse a 22 de abril de 1370 Manoel José Espinola Júnior (ba- a 7 de setembro de 1886; Francisco Vieira de Castro (bacharel),
charel). 1° vice-presidente. Idem em 26 de março de 1970 Posse
;

— 42° presidente. Idem em 3 de junho de 1887 Posse a 6 de —


a 7 de maio de 1870 Manoel do R^go Barros Souza Lccão (ba- junho de 1887; Firmino Licínio da Silva Soares (bacharel),
;

charel), 25° presidente. Idem em 20 de outubro de 1870 Posse — vice-presidente. Idem em 19 dô julho de 1886 Posse a 27 de —
a 25 de dezembro de 1870 José Amaro Machado (tenente-coro- ; julho de 1888; Raymundo José Vieira da Silva, 43° presidente.
nel), 4l° vioe-pregidente Posse a 27 de fevereiro de 1872 José
. ; —
Idem em 18 de agosto de 1888 Posse a 26 de setembro de 1888 ;

Thnmaz de Aquino Cantanhedes (major), Presidente da camará. Firmino de Souza Martins, 2° yice-presidente (4^ vez). Idem
Posse a 17 de março de 1872 José Francisco de Miranda Oso- ;
em 15 de jimho de 1889 —
Posse a 27 de junho de 1889;
rio (coronel), 6'' vice presidente Posse a 19 de mai'ço de 1872 — ;
Tlieophílo Fernandes dos Santos (bacharel), 44" presidente.
Theotonio de Souza iVÍendes (coronel), 2° vice-presidente (2» vez). Idem em 18 de julho de 1889— Posse a 23 de julho de 1889;
Nomeado em 1 de maio de 1869 Posse a 18 de abril de 1872 ; — João da Cruz Santos (Barão de Urussuhy), 5° vice-presidente.
Pedro Affonso Ferreira (bacharel), 26° presidente. Idem em 30 Idem em 10 de julho de 1889— Posse a 10 de outubro de 1889
de dezembro de 1871 —
Posse a 23 de abi-il de 1872 José Fran- Lourenço Valente de Figueiredo, 45" presidente. Idem em 9 de
;

cisco de Miranda Osorio (coronel), 6° yice-presidente (2» vez).


;

outubro de 1889 —
Posse a 12 de outubro de 1889; Dr. Gabriel
Idem em 19 de março de 1872 Posse a 1 de fevereiro de 1873 ; — Luiz Ferreira, eleito governador a 27 de maio de 1891, posse
Gervásio Cicero de Albuquerque Mello (bacharel), 27° presi- no dia seguinte deixou o governo a 21 de dezembro de 1891.

;

dente. Nomeado em 13 de novembro de 1872 Posse a 22 de — Junta Governativa de 21 de dezembro de 1891 á 29 do mesmo
fevereiro de 1873 Adolpho Lanienha Lins (bacharel), 28° pre- mez. —
Coronel João Domingos Ramos de 29 de dezembro de
sidente. Idem em 21 de março de 1874
;

Possa a 27 de abril — 1891 a 11 de fevereiro do 1892. —


Capitão Coriolano de Carva-
de 1874 Odorico Brazilino de Albuquerque Rosas, vice-presi-
; lho e Silva, acclamado governador e empossado a 11 de feve-
dente. Idem em 18 de janeiro de 1873 Posse a 27 de novem- — reiro de 1892 eleito governador pelo Congresso em 13 de junho
bro de 1874 Delfino Augusto Cavalcante de Albuquerque (ba- de 1892. — ;

Dr. Raymundo Arthur de Vasooncellos, posse a 1


charel), 2J° presidente.
;

Idem em 20 de fevereiro do 1875 — de junho de 1895.


Posse a 28 de abril de 1875 ; Luiz líugenio Horta Barbosa (ba-
charel), 30° presid^mte. Idem em 21 de junho de 1876 Posse — PIAUHY. Pov. do Esfcado|de Sergipe, no mun. do Lagarto,
a 4 de agosto de 1876 Graciliano de Paula Baptista (bacharel), PIAUHY. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. de

;

31° presidente. Idem em 30 de novembro de 1876 P..sse a 2


Arassuahy, com eschola.
de janeiro de 1877 F^rancisoo Bernardino Rodrigues Silva (ba- PIAUHY. Serra bastante elevada que separa o Estado do
;

charel), 32° presidente. Idem em 4 de juUiO de 1877 Posse a — seu nome do da Bahia. Une-se á serra dos Dous Irmãos.
13 de agosto de 1877 ; Barão de Campo 'Maior (Augusto da Cu-
nha Castello Branco), 3° vice-presiden te. Posse a 22 de novembro
PIAUHY. do Piauhy nasce no termo de
Rio do Estado ;

de 1877 Raymundo Mendesde Carvalho,2° vice-presidente. ldi'm


S. Raymundo Nonato, na Lagoa do Matto, atraveíisa o Estado
;

cm 24 de novembro de 1877 — em uma grande extensão e reune-se ao Canindé. Recebe di-


Posse a 9 de janeiro de 1878 ;
versos tribs., entre os quaes o Poções, Itacoatiara, Fidalgo e
José de Araujo Cssta (coronel), 2» vice-presidente. Id''m em 19
— Tranqueiras pela margem dir., S. João, Bom Jesus e F\indo
de janeíi'o de 1878 Posse a 27 de fevereiro de 187S ; Sancho
pela esq. Banha os muns, de S. Raymundo Nonato, S. João
de Barros Pimentel (ba'diarel), 33" ]5residente. Idem em 9 de
fevei-eiro de 1878 ~
Pos^e a 15 de aljril de 1878 Constantino :
do Piauhy, além de muitas outras povoações.
PIAUHY. Rio do Estado das Alagoas, nasce na com. de
Luiz da Silva Moiira, 4° vice-presidente. Idem em 19 de janeiro
de 1S78 —
Posse a 13 de dezemljro de 1878; José Mariano Anadia, recebe o Marituba e o Perocaba e desagua no S. Fran-
cisco abaixo da cidade do Penedo, na barra das Laranjeiras,
Lufltosa do iVmaral (desembargador), 1° vice-presidente (4* vez).
Idem eni 19 de janeiro de 1878 Posse a 19 de dezembro de — tendo impropriamente o nome daquelle seu primeiro aflluente.
1878 1'u'mino rle Souza iVIartins, 3" vice-presidente. Idem em PIAUHY. Rio do Estado de Sergipe, nasce na serra dos

;

19 de janeiro rle 1878 Posse a 18 de março de 1879 João : Palmares, no logar denominado Curral dos Bois (Campos dos
Pedro Belford Vieira (baclui ivl), 31° presidente. Idem em 9 de Bois, segundo outros), separa o mun. do Lagarto dos do Riachão
janeiro de 1879 —
Posse a 7 do abril de 1879 Manoel Ildefonso ; e Buquim, banha o da Estancia, e desagua na margem esq.
de Souza Lima, 4° vice-presidente. Idem em 25 de outubro de do rio Real. Corre na direcção NS. e depois para E. Recebe
1879 — Posse a lide dezembro do 1879 Sinval Odorico de ; pela margem dir. o Gravata, o Arauá, o Guararema, além de
.

PIC — 205 — PIC

outros e pela esq. o Malhado, Jacaré, Machado, Piauhy-


;
propriedades diversas, e finalmente para encurtar a distancia
tinga, Fundo, além de outros. Seu leito é bastante lavgo. E' itinerária que vai de um a outro sitio. Moraes e Lacerda
caudaloso no inverno e cori-e sobre um terreno pedregoso até á mencionam este voe. como perfeitamente portuguez mas ;

cachoeira da Estancia. Suas margens são próprias para plan- Aulete, no seu artigo Picada, não o comprehende nas suas
tação de canna e de todos os cereaes próprios do paiz. Do mun. delinições com a significação que lhe damos no Brazil, o que
do Buquim nos informam nascer este rio na fazenda dos Pal- me faz pensar que não" é vulgar em Portugal. (B. Rohan.
marei, receber os affs. Arèas, Riachão ê Cipó e ter da origem Bico, cit.)
á cachoeira da Estancia 80 kils. Silva Lisboa, em sua Choropr. PICADA. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de Ana-
ãe Sergipe, dá os seguintes afts. Buril, Areia, Gravata, Man- jatuba.
gues, Pau Grande, Urubu, Agua Bòa, Vacca, Carnahyba e
Motumbo. O Dr. Laudellino Ereire diz lançar-se este rio no PICADA. Districto do termo do Ceará-mirim, no Estado do
Oceano, no estuário do Mangue Secco, depois de um curso de R. G. do Norte.
90 kils.. e receber os seguintes affs. Machado, Piauhy-tinga, PICADA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. do Ri-
Gaissá, Caboclo, Pau Grande, Grillo, Mombuca e Agua Bòa. beirão de SanfAnna.
PIAUHY. Riacho do Estado de Sergipe, banha o mun. de PICADA. Serra do Estado do Ceará, no mun. de Santa
Pacatuba e desagua no rio Poxim pela margem esquerda. Quitéria.
PIAUHY. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de Gua- PICADA. Serrado Estado das Alagoas, no mun. de Anadia.
ratinguetá e desagua no rio ParaTiyba. Os antigos moradores das
margens desse rio o denominam Piagiiy. « O rio Piauhy, escre- PICADA. Serra do Estado de Sergipe, no mun. do Lagarto.
vem-nos daquella cidade, é formado de duas grancies vertentes PICADA. Ilha no
Francisco e Estado de Bahia,
rio S.
que nascem de um dos pontos elevados da serra da Mantiqueira entre a foz do rio Paramirim e a cidade da Barra do Riò
e vem se juntar no logar Piauhysinho. Depois desta juncção .
Grande e próxima das ilhas denominadas Caraíbas, Timbó,
e de ter recebido diversos riachos, o rio Piauhy biparte-se, Sebastiões.
correndo umn. parte i)ara o Estado de Minas e outra para este
mun. Aqui percorre uma distancia de 28 kils. mais ou menos e PICADA . Riacho do Estado do Parahyba do Noi-te, no termo
reunido a outros riachos desagua no Parahyba, com um bem con- de Bananeiras.
siderável volume de agua. » O Dr. TheoJoro Sampaio diz « O : PICADA. Rio do Estado de Minas Gei>aes, desagua na
valle superior do Piaguhy é todo paulista. Num socalco da serra margem esq. do S. Francisco, entre a foz do rio Jequi e do
que desde o Cerco até além do Cayru apresenta como que duas Barreiro.
arestas correndo parallelamente uma mais baixa e distante da
:
PICADA. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da margem
outra cerca de 3 kils.abre-se o valle do Piaguhy cuja corrente mais dir. do ribeirão da Res-aquinha.
funda vem dos camposjdo Pai'aiso, passa em frente da fazenda
Galvão, na direcção de Nordeste até o pontoem que a estrada o PICADA. Ribeirão do Estado de iMinas Geraes, banha o
transpõe, volta bruscamente para Leste cortando os campos do mun. do Curvello e desagua na margem esq. do rio Cipó, aíl". do
Rio Abaixo donde despenha-se pela encosta alcantilada da serra Parauna.
em bellissima cascata de 45 a 50 metros de altura, que tivemos PICADA. Ribeirão do Estado de Goyaz, na com. da Boa
occasião de observar da opposta escarpa do Clemente. Depois da Vista do Tocantins.
cascata recebe o Piaguhy o córrego da Rapadura, o ribeiro dos
Pilões que traz as aguas do córrego do Cerco e penetra na várzea
PICADA. Lagôa do Estado da Bahia, no mun. do Brejinho, á
já livre das violências da serra que lhe dá um curso cheio de con-
margem do i'ioParámirim
torsões e de bruscos declives. Neste valle do Piaguhy jazem la- PICADA ANDRÉA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
tentes os germens de riquíssimas industrias. A força hydraulica mun. de Santa Cruz. com uma esch. publica.
ahi profusamente distribuída nos está lembrando á toda hora
essa phase do nosso futuro quando a nação apesar de tudo, tão
PICADA BOM JESUS. Log. no mun. de Pelotas do Estado
pobre ainda enveredar pela senda real dos seus destinos. »
do R. G. do Sul, com uma esch. publ. de inst. primaria.

PIAUHY, Arroio do Estado do R. G. do Sul nasce na serra


;
PICADA DE S. PEDRO. Log. no mun. de S. Sebastião do
Cahy do Estado do R. Q. do Sul.
de Santiago ou S. Thiago e desagua no Cambuiretan, trib. do
Camaquan, que o é do rio TJruguay. PICADA DO CAFÉ. Log. no mun, de S. Leopoldo do Es-
tado do R. G. do Sul.
PIAUHY. Rio do Estado de Minas Geraes, da margem
aff.
dir. do Jequitinhonha. Saint-Hilaire afflrma ter encontrado nesse PICADA DO ENGENHO. Log. no termo de S. João Ba-
rio muitas ehrysolitas. Atravessa a estrada de Arassuahy a Santo ptista do Camaquan do Estado do R. G. do Sul.
Antonio do Itinga. Ayres de Cazal diz: «Si é verdade o teste- PICADA DO HARZ. Log. nomun.de Santa Christina do
mimho de umsertanista, com quem conversei, o Piauhy principia Estácio do R. G. do Sul; cora uma egreja Evangélica.
na lagôa Doirada e recolhe as suas aguas transbordantes na
estação das chuvas. » « Nasce na serra das Esmeraldas e atravessa PICADA DO HER VAL. Log. no mun. de S. Leopoldo do
mattas povoadas de caça. Elie e setisaffs. abundam em ehryso- Estado do R. G. do Sul,
litas, saphiras, chrystaes, pingos de agua e outras pedras precio- PICADA DO HORTENCIO. A LeiProv. do R. G. do Sul,
sas. E' muito rico em peixe. » (Inf. loc.) n. 142 de 18 de julho de 1848 desmembrou, em seu art. 1, da
PIAUHY. Lagôa do Estado do Ceará, no mun. de Mecejana. freg.da villa do Triumpho a Picada do Feliz, e da de Sant'Anna
do Rio dos Sinos as denominadas Nova, do Hortencio e dos
PIAUHYTA. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de Quatorze e em seu art. II determinou que essas quatro Pi-
;

Alcantara. cadas constituíssem a freg. de S. José do Hortencio. Vide


PIAUHY-TINGA . Rio do Estado de Sergipe ; nasce no logar Hortencio.
Moendas, no mun. do Buquim corre sobre um terreno pedregoso,
;

formando diversas cascatas, que offerecem imi bello e ijittoresco


PICADA. DO RIO. Log. do Estado do Rio G. do Sul, no
mun. do Rio Pardo.
quadro. Divide a cidade da Estancia em dous bairros, que se com-
municam por uma ponte, e vai desaguar no Piauhy. E' caudaloso. PICADA DOS DOUS
IRMÃOS. A Lei Prov. n. 358 de
Seu curso é de cerca de 45 kils. Recebe á esq. o Pau Grande. Da 17 de fevereiro de 1857, em seu art. III elevou á categoria de
freg. do Buquim nos informan nascer este rio no sitio Pau Grande, parocliia a capella de S. Miguel na Picada dos Dous Irmãos, mun .

receber os afls. Grillo, Mombuca e Agua Bòa e ter 55 kils. de de S. Leopoldo, e a de n. 221 de 22 de novembro de 1851, em
curso. seu art. II elevou a curada a capella de N. S. da Piedade, sita
PIQAGA. Rio do Estado do Pará, naquella mun., na costa da Serra, no logar denominado En-
aff. do rio Villa Nova ; no
mun. de Macapá. Recebe o Piquiá. trada da Picada dos Dous Irmãos, no lilstailo do R. G. do Sul.

PICADA, s. m, caminho estreito aberto em matta e sempre


PICADA DO UMBÚ. Log. no mun. de Pelotas do Estado do
em linha recta, tanto quanto o permittem os accidentes do ter- R. G. do Sul.
reno, tendo por fim facilitar os trabalhos de exploração paia a PICADA FELIZ. Log. no mun. de S. Sebastião do Cahy do
construcção de estradas, collooação de marcos divisórios entre Estado do R. G. do Sul; com uma esch. mixta publ. deiuat.
. . . . ..

PIC — 206 — PIC

primaria. Ahi acliam-se 1200 colonos, que cultivam feijão, mi-


PICAPÁO. Serra do Estado de Minas Geraes, no dist. do
lho, batatas, ti-igo e vinha.
Parauna e mun, da Conceição,
PICADA FRANK. Log. na freg. da Teutonia, mun. da PICaPAO. São assim denominadas diversas ilhas que se
encontram no alto Jatapii, pouco acima das lages do Urubu
Estrella e Estado do R. G. do SuL Projecta-se a construcção
Nesse ponto o rio espraia-se n'uma serie de cachoeiras por
ahi de uma egreja Evangélica.
lodos os lados
PICADA GRANDE. Arroio do Estado do R, G. do Sul,
aíf. do rio Pardo.
PICAPÁO. Riacho do Eslado doR, G. do Norte, nasce na
serrada Gamelleira, banha o mun. de Trahiry e desagua no rio
PICADAS. Log. do Estado do Parahyba do Norte, no mun. deste nome. (Inf. loc).
do Pomijal.
PICAPAO. Rio do Districto Federal, nasce na serra do
PICADAS. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de Sete Machado e desagua na lagôa de Jacarépaguá.
Lagoas.
PICAPÁO. Cachoeira no alto Yatapú ou Jatapú, trib. do
PICADA VELHA. Log. do F:stado do R. G. do Sul, no Atumá. Fica entre as cachoeiras denominadas Parauá e lui.
mun. do Rio Pardo com uma esch. de inst. primaria.
;
PIÇARRA, Log. no dist. de Port;iras e Estado do Ceará.
PICADO. Arraial do Estado da Bahia, com uma capella
filial da freg. de N. S. d'Ajuda do Bom Jardim. Foi elevado á PIÇARRÃO. Log. do Estado de S. Paulo, banhado pelo
rio do seu nome, na estrada de ferro de Mogy-guassú a Casa
curato pela Lei Pro\-. n. 2.082 de 14 de agosto de 1880. Tem
uma esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 1.533 Branca
de 28 de junho de 1875. PIÇARRÃO. Antigo dist. do Estado de Minas Geraes. Per-
deu esse nome pelo de N. S. da Gloria em virtude do art. I,
PICANÉ. Serra do Estado do Amazonas, no Rio Branco
§ II da Lei Prov. n. 2.145 de 24 de outubro de 1857. Vide
(Araujo Amazonas.)
Gloria.
PICÃO. Pov. do Estado das Alagoas, na costa do Ocenno, PIÇARRÃO. Rio do Estado de S. Paulo, rega o mun. da
entre a ponta Verde e a barra do Gamaragibe. E' pouco habi-
Casa Branca e desagua no Jaguary -mirim.
tada e nada offerece de notável.
Santo, no mun. de Anchieta,
PIÇARRÃO". Rio do Estado de Minas Geraes, rega o mun.
PICÃO. Pov. do Estado do PI.
da Bagagem e desagua no rio Paranahyba.
com uma esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei Prov.
n. 20 de 28 de julho de 1802. PIÇARRÃO. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. da mar-
PICÃO. Pov. do Estado Minas Geraes, no dist. do Bom Des- gem dir. do rio das Velhas,

pacho, ua margem dir. do rio Picão. Foi elevada á dist. pelo PIÇARRÃO. Córrego do Estado de Goyaz, aff", da margem
art. 1 § 1 da Lei P^ov. n. 1.187 de 21 dejullio de 1804, 'que dir.do rio Fartura, no caminho de Goyaz para S. José de
constituiu-o com uma parte do território daquelle dist. Mossamedes. (Baggi. O Far-West do Brazil)
PICÃO ( Forte dotambém denominado do Mar,
). Forte, PIÇARRÃO. Ribeirão do Estado de Matto Grosso; suas
na cidade do Recif; Estado de Pernambuco. Parece quasi
e aguas vão engrossar o rio do Paredão, galho do Manso ou das
certo que saa existência é de data anterior á inva^^ão Hol- Mortes. Atravessa a estrada para Goyaz entre os riachos da
landeza, e isso porque em 15 de fevereiro de 1630 fez elle fògo Porteira, do qual dista 14 kils., e o do Pantano a dous -kilo-
sobre a esquadra hoUandeza, quando, pretendendo desembarcar metros.
gente no Pau Amarello, 12 kilometros ao N. de Olinda, lingia PIÇARRAS. Pov. do Estado da Bahia, no mun, de Lençóes,
demandar a barra do Recife, para melhor encobrir o seu á margem dir. do rio S. José.
ataque. Quando esse facto não bastasse para attestar sua exis-
tência em época anterior áquella invusãn, lembraríamos ainda PIÇARRAS. Log, do Estado de Santa Catharina, sobre b
que foi elle entregue a 2 de março de 1030. Era então conhecido rio Rat na estrada entre os dists. de Santo Antonio e São
)nes,
pelo nome de forte de S. Francisco ou da Lagem. Hoje está Francisco de Paula de Cannavieiras, mun. da capital.
em completo abandono. Nelle ha um pharol, a 8" 3' 30" de PIÇARRAS, Ponta na Costado Estado de Santa Catharina,
Lat. S. e 8° 15' 18" Long. E. do Rio de Janeiro; é girante, no dist. da Penha,
branco e vermelho catoptrico alcança 15 milhas accesso
em 1819.
; ; ;
PIÇARRAS. Rio do Estado de Santa Catharina, banha o
dist. de Santo Antonio do mua. da capital.
PICÃO. Serrote muito alto na
de Santa Quitéria e Es- freg.
tado do Ceará. Costuma nos annos invernosos arder por alguns PIÇARRAS. Rio do Estado de Santa Catharina, no dist.
dias, fazendo uma lucerna que se avista a mais de 10 léguas. de Itapocoroy.
(Pompeo). PICHATM. Morro do Estado da Bahia, a menos de dous
PICÃO. Riacho do Estado do Rio de Janeiro, banha o mun, kils. do lado occidental da margem esq. do rio S. Francisco,
do Piraliy e desagua no rio deste nome. pouco abaixo da foz do S. Onofre. ( Halfeld ),
PICÃO, Arroio do Estado do R. G. do Sul ; nasce na serra PICHANNE. Ribeirão do Estado da Bahia, banha o mun.
Geral e faz barra na margem oriental do rio dos Sinos. do Prado e desagua no Oceano.
PICÃO. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o território do PICHECERY. Log. do Estido de Ma,tto Grosso, no mun.
dist.do Morro de Gaspar Soares e desagua na margem dir. do de Nioac, em baixo da serra do Maracajú.
Santo Antonio. PICHOA. Rio do Estado de Goyaz, affl. da margem esq. do
PICÃO. Rio do Estado de Minas Geraes; atravessa a es- riodas Arêas, trib. do Corumbá. Recebe o ribeirão da Con-
tradada Abbadia para Pitanguy e desagua na margem esq. do tagem.
rio Pará. Nasce no dist. do Bom Despacho no logar denominado PICHORÉ. Pov. do Estado do R. G. do Norle, nomun.de
Garça. Recebe o Capivary de Baixo, ribeirão dos Santos, do Sant'Anna do Mattos.
Raposo, córregos da Arèa, Fazendinha, Burity, além de outros.
PICHUNÚ-ASSÚ. Lago do Estado do Maranhão, entre os
PICÃO. Pequeno do Estado de Minas Geraes, aff. da mar-
rio rios Mearim e Grajahú, a poucas léguas do logar denominado
gem esq. do rio das Velhas, trib. do S. Francisco. Tem uma Lagem Grande, ( Breve noticia sobre a Prov. do Maranhão
ponte no logar João de Souza. Banha o termo do Curvello. 1875 )

Nasce na serra do Boiadeiro ou morro do Guará. Recebe os PICIlVtGUABA, Bairro do mun, de Ubatuba do Estado de
córregos Pedras de Amollar, S. Gonçalo, Sacco Preto, Mutuca,
S, Paulo com uma ; esch. publ, de inst. primaria,
Capim Branco, Sumidouro e Massacará.
PICÃO DE BAIXO.
PrCIMGUABA. Enseada na extrema do Estado de São
Log. do Estado de Minas Geraes, dis- Paulo ( com o do Rio de .Janeiro ), entre a ponla da Cruz e a
tante cerca de 24 kils. da cidade do Curvello.
bahia de Ubatumirim,
PICAPÁO. Serrado Estado do Rio de Janeiro, no mun. de PICIMGUABA. Rio do Estado de S. Paulo nasce na serra ;
iviacabii •
do Mar, corre no mun, de Ubatuba e desagua na enseada do
. »

PIC — 207 — PIC

seu nome. Serve de divisa aos Estados de S. Paulo e Rio de PICO ALTO. Morro do Estado de S. Paulo, no mun. de
Janeiro. .\varé.
PICO. Log-. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de S. José PICOAN. Rio do Estado do E. Santo, aff. do Benevente.
da Boa Morte. (Inf. loc.)
PICO. Forte situado no lado oriental da baliia de Guanabara. PICO DAS CANNAS. Log. no mun. do Martins do Estado
Está assente sobre um alto morro que domina completamente a do R. G. do Norte.
fortaleza de Santa Cruz, da qual é a chave. Foi construído em
176á pelo marquez do LaTradio.
PICO DO AYUÁ. Serrote do Estado do Ceará, no mun.
de SanfAnna. (Inf. loc.)
PICO. Serra do Estado do Paraliyba do Norte, no mun. da PICO DO CARDOSO. Lagòa
Conceição. do Estado de S. Paulo, no
raun. de Cananéa. (Inf. loc.)
PICO. Serra do Estado do Parahyba do Norte, parallela á
PICO DO DIABO. Log. na E. de F. do Paraná, no Estado
estrada que, da villa do Balaibão segue para a de Patos. O deste nome. Ha ahi um tunnel no kil. 64. 931 e na altura
se'.i nome vem de uma enorme rocha granítica similliante a,o
Pão de Assucar e de maiores proporções, talvez, que se eleva da
de 629°S339.Tem 138'",80 de comprimento,
chapada da serra. «Em principio de 1889, diz o Dr. Irineu Jof- PICO DO JARDIM. Log. do Estado de Pernambuco, entre
fély, achando-me a negocio na villa do líatalhão, emprehendi Altinho e Caruarú.
com o Revm. vigário C. Ramos uma excursão á serra, distante PICOAN. Rio do Elstado do E. Santo, desagua na margem
tres léguas da referida villa. O accesso é dilflcil e ate perigoso,
meridional do Iriritiba.
e só consegui alcançar o cimo depois de grande esforço, e sem-
pi-e animado e por vezes amparado por maus dous guias, intré- PICOS. Cidade e mun. do Estado do Maranhão, séde da
pidos sertanejos. O meu companheiro não alcançou mais que cora. do Alto Itapeeurií, ámargem dir. do rio deste nome.
meia montanha e ahi deisou-se ficar extenuado de corpo e de Seu mun. comprehendia unicamente a parochia deS. Sebastião
animo. Quando firmei-me em pé em cima da immensa mole gra- da Passagem Franca, creada pela Lei Prov. n. 13 de 8 de maio
nítica, grandioso espectáculo se me apresentou em todos os de 1835. Villa na pov. da Passagem Franca, e com esta
quatro pontos cardeaes. Avistei ao Sul terras de Pernambuco denominação, pela Lei Prov. n. 67 de 23 de junho de 1838.
e do Rio Grande do Norte e em um raio de vinte léguas tinha
Extincta pela de n. 386 de 30 de junho de 1855, que transferio
;

debaixo de minhas vistas grande numero de serras, destacan- sua séde para a pov. da Mang%. Restaurada pela de n, 512
do-se de todas ellas, pela sua grande elevação, o Jabre ao de 29 de julho de 1858. Transferida sua séde para Picos pela
poente .
de n. 658 de 6 de julho de 1863, foi essa disposição revogada
pela do n. 696 de 1 de julho de 1864. Após tantas passagens,
PICO. Serrado Estado de Pernambuco, no mun. de Inga- foi a villa da Passagem Franca supprimida pela de n. 879 de
zeira. Do mun. de Gravata nos fazen^ menção de iima oatra
4 de junho de 1870, creando-se então a villa de Picos e trans-
serra com esse nome, ramificação da das Russas; e do dist. ferindo-se para esta a séde daquelle mun. Em
1834, a Lei
de Jacarará (mun. do Brejo) de uma outra do mesmo Prov. n. 1.305 de 18 de março elevou á villa a pov. da Pas-
nome sagem Franca: e em 1886 a de n. 1.388 de 28 de maio creou a
PICO. Serra do Estado das Alagòas, próxima do S. Fran- freg. de N. S. da Con3>lação, cuja séde é a villa de Picos.
margem esq. do rio Craunan.
cisco, á Pertencem-lhe os povs. denominados: Presidio de Baixo, Ma-
ravilha, Jenipapeiro, Floresta, Jaguarauna, Peixe, além de
PICO. Serra do Estado de Sergipe, entre os dists. de Campo outros. Pertenceu á com. de Pastos Bons, sendo incorporada á
do Brito e de Almas de Itabaiana.
Santo Antonio e
do Alto Iiapecurú pela Lei Prov. n. 1.052 de lide junho
PICO. Serra do Estado do E. Santo, no mun. do Cachoeiro de 1874. Tem 3 eschs. publs. de instrucção primaria. Agencia
do Itapemirim. do Correio. Sobre suas divisas, vide, entre outras a Lei Prov.
n. 879 de 4 de junho de 1870 (art. V), a de n. 1.021 de 18 de
PICO. Morro do Estado do Rio de Janeiro, nas divisas do junho de 1873 ; a de n. 1.177 de 17 de junho de 1878. Foi ele-
mun. de Capivary.
vada á cidade pelo Dec. n. 7 de 10 de abril de 1891.
PICO. Morro no dist. da Palma e Estado de Goyaz.
PICO. Ilha no rio S. Francisco, abaixo de Joazeiro. O ca- PICOS. Cidade e mun. do Estado do Piauhy, na com. de
seu nome, situada á margem dir. do rio Guaribas, em um valle
minho entre a margem esquerda do rio e essa ilha é extrema-
espaçoso, ameno e bordado de extensas várzeas, que na estação
mente perigoso, em consequência da grande velocidade com
invernosa produzem excellente pastagem. Consta de mais de
que ahi correm as aguas.
cem casas cobertas de telha, mal construídas e alinhadas, além
PICO. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, defronte da costa de um grande numero de choupanas. Tem um vasto e elegante
que lica entre a enseada de Paraty e a praia de Mambucaba. templo, reconstruído em 1871 i5elo padre Dr. José Antonio de
1'roximas licam-lhe as ilhas do Padre, Comprida, Ventura e Maria "Ibiapina, sobre a antiga e arruinada capella que existia,
Redonda. Segundo Mouchez tem 80'" de altiira. o qual serve de matriz, um cemitério ao laxlo. construído no
PICO. Ipoeira no mun. do Remanso do Estado da Bahia.
mesmo tempo casa da camará e jury ; um pequeno mercado.
;

Tem uma extensão de 4 milhas. E' abundante em peixe, priii- Fica a 72 kils. de Jaicós, 420 de Therezina e 300 de Amarante
cipalmentj em surubins, dourados, curimatás e curvinas. Tem As terras do município são, talvez, as que melhores condições
em um dos lados um grande morro de pedra. (Inf. loc.) de pastagens e outras vantagens olferecem, em todo o Estado,
para qualquer criação. Essencialmente agrícola, de um solo
"PICO. Lagoa do Estado de Sergipe, no mun. de Itabaiana, fertilissimo, tem uma lavoura em grande escala, em sua melhor
no alto da serra. parte feita por traballiadores livres, resentindo-se, porém, da-
PICO. Lngòa do Estado da Bahia, entre Remanso e Sento quelle gráo de aperfeiçoamento que é de desejar, e ainda mais
Sé. Dá peixe em grande abundância. Encostado ás suas aguas pela impossibilidade de uma grande exportação dos productos,
está o serrote do Pico, que se compõe de quartzo e ferro oli- pelas diííiculdades e dispêndios de transporte, feito por más es-
gisto, e do lado do N. começa a jnui elevada serra do Pico tradas e em costas de animaes, para Oeiras e outros pomos mais
com o morro do Chifre. « No curso desta légua (222'), diz distantes. O município produz principalmente o millio, feijão,
arroz, farinha de mandioca, tapioca, canna, cebolas, alhos e
Halftfld, enira pela margem esq. do S. Francisco o sangra-
douro da Barra do Pico, que vem da lagòa do Pico para o rio :
outros géneros próprios da zona tropical. A industria fabril é
mdla, e apenas existem alguns teares grosseiros, em que se
durante as aguas mais crescidas sabe daquella lagòa um san-
gradouro, que entra para uma outra lagòa atrá? da ilha deno- fabricam pannos de algodão de iníima qualidade; a industria
minada Pav. a pique, que existe defronte da pov. de Carapinas pastoril, que é feita em grande escala e constituo a principal
;

o terreno que, em tal occasião, é cercado por aquelle sangra- fonte de riqueza do município, segue a regra communi, isto é,
douro, tem igualmente o nome de ilha do Pau a pique ». ainda é feita como nos tempos primitivos do Estado, ha dous
séculos passados !O municipio é cortado por tres pequenos
PICO AGUDO. Bairro do mun. do Parahybuna, no Estado rios: o Guaribas, que banha a cidade, até onde é corrente o po-
de S. Paulo. renne o Riacbão, que desagua no Guaribas a 4 loguas acima
;

PICO ALTO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. da cidade; e o Itauera, que recebe as aguas daquellcs dous a 7
da Barra do S. João. léguas abaixo da mesma cidade, e é alguma oousa piscoso. Estes
.

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dous rios são de immensa vantagem, e prestam grande utili- PICU. Serra do Estado de Minas Geraes. Vide Furnas, no
dade á criação e lavoura do município, pois as suas terras são supplemento do III vol.
sujeitas ás .seccas, quasi periódicas, que flagelam o visiiilio PICUA. Pequena peça ôca cylindrica, de chifre ou de qual-
Estado do Ceai'á, cujas zonas se confundem e são da mesma quer outra matéria, em que os mineiros costumam guardar os
natureza. O clima do município é pouco salubre, e na estação diamantes que extrahem.
invernosa reinam as febres intermitteiiles na estação calmosa
:

as suas condições de salubridade ainda peioram, faz um calor PICUERA. Pequeno rio do Estado de Pernambuco, banha
excessivo, apparecendo então as febres biliosas, quasi sempre o num. de Bom Conselho e desagua no Riachão. (Inf. loc.)
fataes. A indole do povo é boa. Ordeiro, trabalbor e muito re- PICUHY. Villa emun. do Estado do Parahyba do Norte,
ligioso, resente-se, porém, da falta de inslrucção, o que em ex-pafochia do mun. de Cuité. Orçigo S. Sebastião e diocese do
geral é peculiar ao povo do centro do paiz. O habitante dessas Parahyba. Foi creada parochia com o nome de Triumpho, pela
reo-iões, representa, quasi sem discrepância, o typo do verda- Lei Prov.n. 440 de 18 dezembro de 1871. Por suas divisas corre
deiro sertanejo: frugal, ignorante, religioso, não raro supers- os rios j\,cauã e Picuhy e fica a freg. do Acury pertencente ao
ticioso e ingénuo, porém sincero, cortez, de palavra e caracter Estado do R. G. do Norte. Tem duas eschls publs. de inst. prim.
honesto e sisudo. Fava dar uma idéa da boa indole desse povo, Sobre limites vide Leis Provs. ns. 440 e 5G> de 28 de setembro de
basta notar que se passam annos sem que se instaure um só 1874. Foi elevada á villa como nome de Picuhy pela Lei Prov.
processo crime, e em que não ha sessões do jury no município. n. 876 de 29 de novemljro de 1888. Fica 7 léguas além de Cuité,
Orago N. S. dos Remédios e diocese do Maranhão. Foi á margem do rio Acauã, trib. do Seridó.
creada fi'eg. pela Lei Prov. n. 308 de 11 de setembro de 1851;
villa pela de n. 397 de 20 de novembro de de 1855, sendo ins-
PICUHY. Serrota do Estado do Ceará, no mun. de Santa-
tallada em 13 de julho de 1859; e cidade pelo Dec. n. 76 de 10
Anna.
de abril de 1891. Tem duas eschs. publs. de instr. prim., PICUM. Riacho do Estado da Bahia, no mun. do Remanso.
croadas pelas Leis Provs. ns. 255 de 5 de agosto de 1850 e 600 (Inf. loc.)
de 9 de outubro de 1867. Agencia do correio. Sobre suas di- PICUSINHO. Bairro ao S. e a 6 kils. do dist, do Picú,
visas, vide, entre outras, as Leis ns. 594 de 6 de agosto de no Estado de Minas Geraes.
1866 928 de 30 de julho de 1875. Foi creada com. por Acto
;

de 26 de junho de 1890 e classificada de 1-^ entranoia pelo PIEDADE. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, na com. de
Dec. n. 553 de 5 de julho do mesmo auno. seu nome, á margem esq. do rio Pira pora, sobre o suave declive
de uma colina, no dorso da qual esfcendem-se cinco espaçosas
PICOS. Dist. do termo de Sousa, no Estado do Parahyba do i'uas com mais de cem casas e dous largos pittorescamente arbo-
Norte. risados distante 90 kils. da capital do .listado, 30 de Sorocaba,
;

PICOS. Morro do Estado do Ceará, no mun. dc Quixadá. 24 de Una, 50 de Sarapuhy, 42 do Pilar e 120 de Iguapé. Saas
ruas antigas são tortuosas e largas: as modernas, rectas e conve-
PICOS. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Santa nientemente niveladas por aterros. Seus ediflcios principaes são:
Quitéria.
a egreja matriz: em ruinas e (jue deve ser substituída por outra
PICOS. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Sant'Anna já em construcção ; a capella do Coração de Jesus, erecta no cimo
(Inf. loc). de xim monte, a 5tj0 metros da villa : a casa da Camara e cadêa ;
PICOS. Serra do Estado do R. G. do Norte, no mun. de e o ediUcio pertencente ao Club Litterario Pirapnrense. Sobre o
Acary Inf. loc) rio Pirapora e na pi'incipal rua da villa ha duas pontes de pe-
dra. A pov. teve começo no principio do século actual pela
PICOS. Serrote do Estado do R. G. do Norte, no mun. do
agglomeração de lavx-adores, d'entre os quaes um Vicente Gar-
Martins.
cia que, tendo achado uma imagem da Senhora da Piedade,
PICOS. Serra do Estado da Bahia, no mun. do Bom Jesus resolveu logo erigír-lhe uma capella, fazendo doação de úm
do Rio de Contas. terreno para património e sendo n'isso auxiliado por outros mo-
PICOS. Riacho do Estado do Maranhão, aff. do rio Corda, radores como Manoel Mendes Ribeiro, fallecido em 1870 com
que o é do Mearim. 111 annos de edade, capitão José Francisco da Rosa, capitão
José Jíjaquim da Silva e tenente Demétrio José Machado. Foi
PICOS. Rio do Estado do Maranhão, aff. do Manoel Alves creada parochia pela Lei Prov. n. 16 de 3 de março de 1847 e
Grande. Corre entre S. Pedro de Alcantara da Carolina e N.
elevada á villa pela de n. 8 de 24 de março de 1857. Tem agen-
S. de Nazareth do Riachão (Lei 491 de 6 de julho áe 1858).
cia do correio e eschs. imbls. de inst. prim. Lavoura de algo-
Recebe o ribeirão Fouce. Ha que o dê como aft. do rio Sereno.
dão, café, fumo, vinho, milho e feijão. Foi desmembrada da
PICOS. Lago do Estado da Bahia, no mun. da Casa Nova. com. de S. Roque e incorporada á de Sorocaba jiela Lei
PICOTES. Bairro da cidade da Christina, no Estado de Minas Prov. n. 66 de 14 de novembro de 1880. Elevada á com.
pela Lei n. 80 de 25 de agosto de 1892. O mun. é bastante
Geraes, comumaesch. publ. creada pela Lei Prov. n. 3.641 de
31 de agosto de 1888.
montanhoso e coberto de espessas mattas. Metade do território
ainda é sertão, parte do qual devoluto. Numerosos rios sulcam
PICU. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. de Pouso o território em todas as direcções, fertilisando-lhe o sólo. As
Alto, banhado pelo rio Capivary. Orago S. José e diocese de principaes elevações do território são as serras de S. Francisco
Maridnna. Foi creado parochia pela Lei Prov. n, 1,659 de 14 de e Nerjra, e os morros da Boa Vista, Cactesal, e da B-jirra. Os
setembro de 1870 e aunexido ao mun. de Pouso Alto pela de principaes rios do mun. são o Sorocaba, Parurú, Sarapuhy,
:

n. 2.079 de 19 de dezembro de 1874. «No meio de fértil planície Ribeirão Grande, Pocinho, Onças, Turvo, Bonito, Turvíiiho,
que se prolonga entre as sinuosidades de terrenos ligeiramente Claro, Pirapora, Cotianos, Ortize^. Barra, Lavras, Juqniá-
ondulados, por quem os vè do alto da grande serra, está a freg. Quassú, Peixe, Quatis, Juquiâ-mirim, Bracachata, Jiirupará,
de S. José do Pícú, que se alonga pela margem dir. do rio Ca- etc. A pop. é de 7.000 habs. Sobre sua divisa vide entre
pivary. Fórma uma bacia de bellos contornos, abaisando-se outras as Leis Provs. n. 37 de 29 de abi-il d-^ 1858 n. 51 de ;

aqui, elevando-se acolá, para ofíerecer em seu aspecto physico 10 de abril de 1872 ; n. 10 de 16 16 março de 1873 n. 26 de 29 de
;

e geographico um panorama seductor. O seu terreno é iértil, março de 1883. Comprehende os bairros: Sarapuhy dos Godinhos,
produz excellente fumo, acclímando-se nelle perfeitamente todas Funil, Ortizes, Oliveiras, Bòa Vista. Amola Faca e Perituba.
as arvores e fructos da Europa, especialmente as vinhas que dão Do livro .4 Prov. de S. Paulo (1888) tiramos o seguinte:
de um modo espan toso.» Tem duas eschs. publs. de inst. prim. «Divisas. Ao N, confina este mun. com o de Sorocaba, pela
uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 2.317 de 11 de julho de serx-a de S. Francisco, o com o de Una; a E. com o de Una,
1876. Agencia do correio. Além da matriz, possue uma capella por estradas qua seguem em direcção á Serra do Mar ;
consagrada a S. Francisco das Chagas. Os terrenos do dist. aoS. com terras do littoral da prov., pela mencionada Serra
são bastante montanhosos, cobertos de mattas e muito férteis. do Mar, conhecida no mun. com a denominação de Serra
PICU. Log. do Estado do tUo de Janeiro, no dist. de Negra; a O. com o mun. de Sarapuhy. (Vide Leis Provs.
^

Campo Bello e mun. do Rezende. de 29 de abril de 1858 e 16 de março de 1873). Aspecto geral.
E' o mun. bastante montanhoso e coberto de espessas mattas.
PICU. Serra do Estado do Rio de Janeiro. Da estação da Boa Metade do território ainda ó sertão, parte do qual devoluto.
Vista, na E. de Ferro Central do Brazíl, parte uma estrada, Numerosos rios sulcam o mun. cm todas as direcções, fei-ti-
que é cortada pelo ribeirão do Salto, e vae ao alto d'essa serra. lisando-lhe o sólo. Serras. As pi4ncipaes elevações do ter-
37.194
, .

PTE rd — PIE

j'ilorio são a serra de S. Francisco que travessa ao norte o


:i
do Recife. Della avista-se através dos coqueira^^s. j mio á beira-
mun,, a serra Nop-ra oii Serra do Mvr que dirige-se para os
e mar, um antigo convento, obra dos padres jesuitos, e na .summi-
lados de Apialiy. R,io;^. Os priucipaes vios do mun. são o das dode dos montes denominados Guarara,pes descobre-se a egreia
Lavi'as, o Sor 'caba. o Rib drào Urande. o Turvinlio. o Tiu'vo, dos Prazeres.
o riiro. o liiiailo, o Jurupnr.i, o Sarapuhj", o dos Cai t hinos e o
Pirapora, nenlium dos quaes é navegavi^l. Salubridade. Geral- PIEDADE, Log. do Estado de Pernambuco, no mun, de
mente s.dubre. gosa o mun. de clima beneíico. sem sentir rigor Iguarassú.
em estação alguma do nnno. Não La moléstias endeinicas. Mi- PIEDADE. Arraial do Estado das Alagoas, no mun. de
neraei. Cimsta haver minas de ouro e prata para os lados do Paulo .VUbnso. Ha outro log. do mesmo nome no mun. de S. Luiz
sertão, mas ninguém ainda o verificou. Existem boa pedra de de Quitunde.
conslrucção e bafro de olaria. Histor p,, A data da fundação dõ
]3ov. remonta aos princípios do século actual, época em que
PIEDADE. Log. do Estado das Alagoas, no mun. da Matta
Grande, á margem da estrada que communica o centro do Estado
íbram-se alii agglomt-rando diversos lavradores de outras loca-
lidades, eiilreos qua.es Vicente Garcia., qne. ao fazer ur-a der-
com o de Pernambuco, na juncção do riacho da Serra com o
riibada jimto á in;u-gem do rio Pirapora. ahi encontrou a
Craunau
imagvm venerada lioje como padroeira do logar. A iodos os PIEDADE (N. S. da). Arraial do mun, de Maragogipe, no
malteiros. denriminação esta que se applieava- aos habitantes do Estado da Bahia, com uma esoh. ]iubl. de inst. prim, creada pela
sertão, dirigi »-se Vicente Garcia, cheio .de zelo religioso, a Lei Prov. n. 2.106 de 23 de agosto de 1880.
pedir oHerendas para a erecção de uma Capella, dando-lhe para PIEDADE. Log. do Espado do Rio de Janeix'o, no mun, de
património ura terreno que ahi possuía, Pa.fa. essa construcí-ão Magé. no funiio da bahia de Guanabara, com uma capella e uma
concorreram também valiosissimamenie Manoel Mend s Uiheieo. esch. publ. Dabi parte a E. de F. de Therezopolis.
que falleceu em 1870 com 111 aunos de ida.de. Fr.incisco .Tose
Moreira, capitão José Franci.sco da Rosa e teneni"» Demeirio -José PIEDADE. Subúrbio do Districto Federal, na freg. de
iVíachado. Foi cx-eada íVeg. por Lei Prov. de 3 de mar. -o de Inhaúma, com uma pequena capella situada em um pequeno
outeiro e uma estação da E. de F. C;ntral do Brazil. A estação
1847 e elevada á villa por Lei de 21 de março de 1857. Topo-
fica entre as denominadas Encantado e Dr. Frontin (Cupertino).
graphia. A villa acha-se situada á margem esq. do rio Pira-
pora. entre O. e OSO. da capital da prov. Suas ruas antigas sfio Dista 13 kils. da cidade e está a 34™, 840 sobre o uivei do mar.
tortuosas e lai'gas as moderna», rectas c convenientemente ni-
;
E' logar muito povoado, muito salubre e pittoresco.
veladas por aterros. 0.^ principaes prédios são a egreja matriz,
: PIEDADE Bairro do Estado de S. Paulo, na cidade de
a Capella do Coração de Jes:is. siiuada sobre a collina do morro Taubaté, cam Bom Conselho e uma egreja.
o collegio do
do Jacueiro e um grande edifício pertencente a sociedade Chih
Litlerario Piíaporense. Sobre o rio Pirapora, na estrada que se
PIEDADE. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
Ponte Nova, com uma esch. publ. de inst. prim. Agencia do
dirige a Una, ha duas pontes de pedra. Populaxão. A pop. do
cori-eio. Foi creada parochia pela Lei Prov. n. 3.442 de 28 de
mun. é de 7.0ij8 habs. .Agricultura e pecuária. Os principaes
setembro de 1887.
productos da lavoura constam de milho e feijão, com que o
mun. abastece mercados de Sorocaba e Ytú, esportaudo
ns PIEDADE. Dist. da freg. da Madre de Deus do mun. do
lambem grande parte para a capital da prov. Gultiva-se tam- Turvo, no Estado .de Minas Geraes, com duas eschs. publs. de
Ijem o café, algo Ião, fumo e vinho. A média da producção an- inst. prim. oreadas pela Lei Prov. n. 2 680 de 30 de novembro
mial d'estes géneros é a seguinte: café. 15.000 kilogr., algodão, de 1880.
45.000. fumo. I5.000,_vinho. 4.000 litros. .-^ 3.3 kils. da" pov. PIEDADE {N. S. da). Dist. do mun. de Ouro Fino, no Estado
esiste grande e.ttensao de terras devolutas, próprias para o de Minas Geraes.
plantio de café e canna. que podiam ser vantajosamente apro-
veitadas para o estabelecimento de colónias, Possue o mun. PIEDADE {N. S. da). Pequena pov. do Estado de Matto
excellentes campos; não obstante, a criação do gado ainda é Grosso, na margem esq. do Araguaya, no local onde passa o
feita em pequena escala. Commercio e industria. Existem no caminho de Cuyabá a Goyaz. (B. de Melgaço.)
mun. 28 estabelecimentos commerciaes, sendo cinco lojas de fa- PIEDADE (N. S. da). Arraial hoje estincto; existio na Cha-
zendas e armarinhos e 23 armazéns de seccos e molhados. Ha pada, cerca de 42 kils. de Cuyaiiá, no Estado de Matto Grosso.
diversos estabelecimentos indu«triaes de somenos importância. (B. de Melgaço.)
Curiosidades naturaes. Existem grandes cachoeiras, das quaes a
mais notável é a do rio dos Cutianos, a meio kil. da pov. Dis-
PIEDADE. Serra do Estado do Maranhão, no mun. de
Loreto.
tancias. Dista esta villa 102 kils. da capital da prov. ; 28 de
Sorocaba; 55 de Sarapuhy e 26 de Una.» PIEDADE. Serrota no mun. de Quixeramobim, no Estado
do Ceará.
PIEDADE. do Estado de iVIinas Geraes, no mun. de
Dist.
Minas Novas, próximo do pequeno rio Santo .Antonio. Orago PIEDADE Garganta na serra de Valença, mun. deste nome
N. S da Pi 'dade e diocese de Diamantina. Foi crearlo parochia e Estado do Rio de Janeiro, Sua altura é de 708 melros acima
pela Lei Prov. n. 184 de 13 de abril de 184). Fica a 18 kils. de do nivel do mar,
Minas Novas. Solo fértil. Cultura de cereaes e canna. líntretem PIEDADE. Serra do Estado de Minas Geraes, nos muns. de
algum commercio com os dists. visinhos. Tem duas oschs. Sabará e do Caeté. Dá origem ao ribeirão dos Correas que. com
publs. de inst prim. .\geucia do C'>rreio. Soijre suas divisas vide, o Pimenta, forma o rio Vermelho que atravessa o dist, de Rocas
(Uitre outras, a Lei Prov. n. 3.331 de 5 de outubro de H85.
Novas. Km seu cimo acha-se collocado o celebre Sauctuario do
PIEDADE(iSI. S. da.) Dis doEstado de Minas Geraes. no mun.
. seu nome e na sua base o .\sylo de S. Luiz c a cidade do Caeté.
de Leopoldina, em logar alto, eivtre dous grandes morro, Diocese . O Dr. C. Mendes marcou-lbe 1783 metríis acima do nivel do mar.
de Marianna. Foi esia pov., em principio, um curato do mun. de Do seu cimo avistam-se Roças Novas, Santa Luzia, Lagòa Santa,
Mar de Hespanha, o qual o art. I § V da Lei Prov. n. 533 de Morro Ve-melho e Cattas Altas.
10 de outuliro de 1851 elevou á dist. e a de n. 2.027 de 1 de
dezembro de 1873 á categoria de parochia. Foi annexado ao mun.
PIEDADE Serra do Estado de Minas Gei-aes, no mun. da
cidade do Machado.
de Leopoldina pelo art. III da de n. 6G6 de 27 de abril de 1851.
Sobre suas divisas vide art. V da Lei Prov. n. 533 de 10 de PIEDADE. Ilha do Estado do Rio da Janeiro, no porto de
nutubro de 1^51. n. 3.049 de 23 de outubro de 1SS2 e n. 3.171 Angra dos Reis, próxima da ilha da Gipoia.
lie 18 dl:' (.ii|,ul)ro de 188^, (art. IV). Tem agencia do correio Duas
.

PIEDADE. Lago do listado de Goyaz, a 13.736 kils, dc São


esi;hs. i>ubls. de iust. priiii. Foi fundado o i)Ov. ]:>elo fallecido
José do Araguaya e a alguns metros do logar onde existio o pre-
Domingo,^ Henriques de Gusnrlo. .Vléni da inatL-i/., tem a egreja sidio da. Piedade, de que nenhum vestígio resta hoje. Desagua
do llosario e uma capella no eiuniterin ií' ateave.ssado pelo"; rios
.

na margem dir. do rio .Vraguaya.


Novo e Pardo e ji-dos rií eirõ ^s S. .João e i'ii'es. Lavoura d-.' cai'''
canna e fumo. Criarão d' gado. lísiiorla seus pro luctos para PIEDADE. Lagoa do Estado de Minas Geraes. no mun. do
as estaçõe-; da Leopoldina e ataguazes, disiautos do arraial
'
Rio Pardo, próxima da serra do Grão-MognI.
cerca de 18 kils. A pop. de todo o dist. é de 7000 almas, PIEDADE. Porto da cidade de Magé, no Estado do Rio do
PIEDADE. Pov. assás habitada, no littoral do Estado de Janeiro. Por occasião da vasante da maré, não permitte ([Uo as
Pernambuco, eutre o cabo de Santo Agostinho e a barra e porto barcas chegem até alli, oocasionando assim o incommodo de uma
DICC. GEOO. 27
PIE — 2L0 — PIL

lialileacuo ao=; ]ias=aseiiT)S. que [cm do ntilisarem- ?e de um


gfan- PI.SDADE DO BARUSL. Bai;'rõ do m in. de Mngy das
de bot3 cie íunilo fliato, a 4116 ('eiiojii in: ni caÍ![U'. A 7 de dewm- Gruz.?s no Estado de
; S. Paulo. Tem uma esch. p:ibl. da inst.

bro de 18v«2 luram j:iaugiiv:.-los os taiLalhos cio construcçào de


prima i'ia.
uma lí. di F. (jiís, partindo d'esse ijorlo, S3 diriye a Tliere- PIEDADE DO ESPERA (N. S. da). Assim denomi nava-S3
scjiiolis. dist. da Boa no Estado de Minas Geraes,
Esperança,
PIEDADE. Porto na margem dir. do rio Araguaya. cerca antes da Lei Prov. n. 1.380 de 14 de noveiubro de 1866.
de4:.)kils. abaixo da bivrra cio rio do Peixe e 30 acima dado PIEDADE DO RIO ACIMA. Bairro do mun. de Guará-
rio Crixás. N 'esse sitio lia terreno supe ior ás maiores enchen- tinguetá e Estado de S. Paulo!
tes. « Este terreno tem a vantagem de constar de barro mistu-
rado de grés ferruginoso e de seixo miúdo Cjue o_toi'n;im enxuto PIEOADE DO RIO GRANDE (N. S. da). Dist. do mun.
e apropriado para^recsber coust. uoções. e não [lódc; Jicar ilh.'do do Turvo, no Estado de Minas Geraes.
na epocha das máximas enchentes parque coatinúa a ser alto PIEDADE DOS GERAES (N. S. da). Dist. do Eslado da
para o interior. Nos arredores estão limlos campos de excel- Minas Geraes, no mun. Bom Fim.
Diocese de Marianna.
de
lente pastaria outrora desfrueíada em proveito da Fazenda Real. Foi crealo parochia pelo art. I § I da .Lei Prov. n. 181 de
Estes campus tornam-se de subi.lo valor pela circunistancia de 3 de abril de 184!) Sobre suas divisas viile, eatre outras, a
estarejn a 3 leguus do porto os t rrenos em que brota o sal Lei Pr. v. n. 3.181 de 18 de outubro de 1883 (art, II), n. 2.579
gemma, qne não"obstante a imperfeição dos methodos de purifica- de 3 de janeiro de 1830, n. 2.722 de 18 de dezembro cie 1880,
ção s Tve para os u'os culinários, para salgar e para a criaçcão n. 3.398 de 21 de j ilho de 1886 e n. 3.412 de 28 de setembro
de gado vacciim e cavallar.» de 1837. Tem daas eschs. publs. de inst. prim. Agencia do
PIEDADTii. Riacho do Estado de Permmbuoo, desagua no Correio.
rio Pajeú. Só leni agiui durante o inverno.
PIEM. Pov. do Estado do Paraná, distante da cidade do
PIEDADE. Rio do Eslado do Rio de .Janeiro, nasce nas Rio Negro cerca de 51 kils. 'i'em uma cap^lla da invocação de
s-rra^ de S. João Marcos e desagua no mun. de Mangaritiba na S. B3nt).
enseada da Praia do Sacco, depois do um carso de mais do ;?4
kils. tendo roceijido o rio do Sapé e as cachoeiras de Lourenço
PISM. Rio do Estalo do Paraná, trib. da margem dir. do
rio Negro. E' insignilicante para a navegação.
Alves, do Benguella, de Santo Antonio e a Cachoeira Grande.
E' também denominado rio do S eco. PIEMONTE. Uma das secções do terceiro teriitorio da cx-
PIjíDADS. Rio do Estado do Paraná; nasci na serra da colonia Rio Negro, no Estado do E. Santo.
Prata e desagua no Ritieirão, trib. da bahia de Paranaguá. PILÃO. Log. do termo de Bananeiras do Estado do Para-
Tem 8 kils. de curso. .Vtravessa o núcleo Alexandra. Entre hyba do Norle.
elle e o Torá acha-se si tuada a estação Alexandra da Estrada
de Ferro de Paranaguá a Ciirytiba. Tem uma ponte de 5™ de PILÃO. Ponta na Ilha Granie, mun. de Angra dos Reis e
vão e situada no kil. 1,5592, 1. Estado do Rio de Janeiro.
PIEDADE. Rio do Estado de Minas Geraes, desagua na PILÃO. Travessão no rio Araguaya, aíT. do Tooaniins,
margem dir. do rio das Velhas, trib. do S. Francisco. entre a ilba de Sant'Anna e a foz daquelle rio, no Estado de
Goyaz.
PIEDADE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aíF. do
rio Paranahyba, corre entre llonte .Alegre e Abbadia. Recebe PILÃO. Pequeno rio do Estado de Pernambuco ; nasce no
o Passa Tres. sopé da serra do Guilherme e banha o mun. da Gloria da >

Goitá. Não é navegável, chegando a Sácoar durante o verão.


PIilDADE. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o dist.
da Bocaina do mun. de Ayuruoca e desagua no rio Grande no PILÃO. Lago do Estado do Amazonas, no rio Juruá.
logar chamado Soljerbo PILÃO. Porto no rio Corumbá e Estado de Goyaz. Acima
PIEDADi!. A THEREZOPOLIS (Estrada de ferro da). No do no das Antas, enti^e o porto do Pilãe e o do Salta-Páo, o
Estado do Rio de Janeiro. Parte do porto da Piedade, na bahia Corumbá apresenta um ponto muito interessante duas pe- :

do Rio fie Janeiro, passa por Magé e subindo a serra dos Ór- dreiras fronteiras, uma em cada margem, adeantam-se para o
gãos, vae ter a Therezopolis, dividida em 3 secções. Na secção meio do rio, ahi já largo, na altura mais ou menos da linha
foi encetada e prosegue com grande impulso a construcção. O pri- d'agua, ficando separadas por uma dislancia apenas de quatro
mitivo contracto foi celebrado a 16 de junho de 1890 com o barão ou cinco metros, parecendo propositalmen te alli estendidas para
de Mesc|uita e Domingos Moutinho para a construcção de uma occultar a espaçosa cavidade cjue fica em baixo delias; o rio,
via-ferrea desde o littoral de Nyterõi até á sei-ra do Capim que tem ahi um grande volume d'agua, passa então maru-
passando por Therezopolis. Este contracto, Cjue foi adquirilo lhando por baixo clessa espécie de ponte natural, interrompida
pela companhia E. F. Therezopolis, foi novado pelo governo do no meio. Esse logar, provavelmente p ir caus i da pequena
Estado 1 or .Velo de 7 de julho de 1894. A estrada deve ter a distancia a que se reduz a largura do rio, tem o noma de Va-
extensão provável de 35 kils. Os trabalhos de construcção da radouro .

i'^ secção da Piedade ao Bananal tiveram inicio a 20 junho de PIL.VO ARCADO. \'ú\a e mun. do E.stado da Bahia, ex-
189.5, inaugurando-se essa sscção e começando a funccionar a i parocliia do mun. do Remanso, na margem esq. do rio São
de noveml)ra de 189.3. Tem tres es ações Porto da Piedade. :
Francisco. Orago Santo Antonio e dioscie archiepiscopal de
Magé e Bananal. S. Salvador E' treg. e villa antiga, tendo sido creada pela Carta
PIEDADE DA ARMAÇÃO (N. S. da). Dis. do Eslado régia de 18 de janeiro de 1810 e s ipprimida pela Lei Prov.
de Santa Catharina. Vide .Irmacão, n. 050 de 11 de dezembro de 1857 (art IglV). Em 1889, a
Lei Prov. n. 2.693 de 22 de julho eP-vou-ade novo á categoria
^PIEDAr.E DA BOA ESPERANÇA (N. S. da). Dist. do de freg. com a invocação de Santo Antonio e o Dee. de 31 de
Estado de Minas Geraes. \ido Boa Esperança.
outubro de 1890 á de villa. Foi creada com. pela l^ei n 2.682 de
PIEDADE DA CAPELLA DOS CORREAS. Bairro do 1 de julho de 1889 e classificada de 1"- entrancia pelo Dec.
mun. de Pindanionhangaba : no Estado de S. Paulo ; com uma n. 80 de 23 de dezembro do mesmo anno. .Annexada á com. do
esch. publ. de inst. primaria. Remanso por Acto de 3 cie agosto de 1892. Comprehende os
PIEDADE DA LAGE dists. de Salinas, Brejo da Serra e Santa Thereza. « Si-
(N. S. da). Dist. do Estado do Rio de
Janeiro, crcado parocliia pela Lei Prov. n. 225 de 21 de novembro tuada á margem esq. do rio S. Franisco, duas léguas abaixo e
dei8íjl, ne mun. de Itaperuna.
defronte da fo/, do no Verde, 16 abaixo da villa do Remanso e
Foi desmembrado do mun. de
30 da cidade da Barra do Rio Grande, em beila posição, vista
Campos e incorporado ao de S. Fidélis pela Lei Prov. n. 1.593 de
16 de novembro de 1871 mais tarde foi incorporado aosmuns. de
do rio. E' de edilicaçã') geralmente m;i, excíptuando uma ou
;

Sanio Antonio de Pádua e de Itaperima. Sobre suas divisas vide outra casa que é de pedra e cal. Formam suas cisas oito runs
e duas praças. Em umji delias, a da Matriz, acha-se a egreja
Lei Prov. n. 1.308 de 29 de dezembro de 1805. (Vide Lage).
parochial de N S. do Livramento, o sou melhor edificio. Os
.

PIEDADE DO BARREIRO. Log. do Estado de Minas habs. do mun. criam algum gado vacoum e cavallar, e em
Geraes, no dist. de Jaboticalubas e mun. de Santa Luzia do Rio parte oocupam-se também com a lavoura de cereaes em pe-
das Velhas. quena extensão, durante a vasante, nas ilhas, que, livres das
— —

PIL _ 211 — PiL

de grande fertilidade, Fabricara alguma ngiiardcnte


í?30ca3, são Estado é este o de que menor arrecadação se faz no tocante ao
aentreteem coinmeroio com todo o vallí do ri) até o Estado de imposto do dizimo do gado. —Mação. —
Consist" nas estradas
Minas e com o Pi:uilij',» e caninhos ordinários, p'los qua-^s os habitamos do jn in. se
c unniunicam por t?rra com os limi'roiihes e com o centro: nas
PILÃ.0 DA OISrÇA. Arraial do Estado das Alagòas, no mun,
canoas, barcaças e vapores da companhia de naveg.ição das
de Traiiuu
kií^òas, vehiculos de transportes de géneros e passageiros para
PILÃO DA PjSDRA. Córrego do Estado deS. Paiib, enlre o purto da capital das Alagoas, havendo na cidade uma estação
S. José dos Campos e Caçapava. (la linha telegraphica nacional. Egrejas. —
Na cidade existe a
PILÃOSINHO Log. do Estado do Parai-yba do Nort?, no matriz, vasto e elegante templo de solida construcção, e as
mim. de Guarabira. capellas hliaes de iSÍ. S. do Rosario e S. Benedicto, e ura ni-
cho de N. S. da Graça fóra da cidade, a de Santo Amaro,
PILÃOSINHO. Log. no num. de Yotuverava do Estado do
;

nopovoadodo mesmo nome: uma cap'llinha na Chã, outro uo


Paraná. povoado Pedro da Crnz, além do álgumas particulares nos
PILAR. Cidade e mun. do Estado das Alagoas, sé le da com. engenhos Novo, Lam irão. Giirjahú de. Baixo, Gurjaiui de Cima,
do seu nome, assente parlj em sólo baixo, ao longo da enseada Torra Nova e outros. — Popularão. —
Orça a do mun. por cerca
que apre-en a a lagòa Mangnaba em sua ex*remidade septen- de 13.000 almas; a da cidade e suburbana de 5 000 a 6 000.
trional, e partJ em sólo que d'alií se vai elevando pela encosta Jlistoria. — A l ocalidade sobre que h ije pompéa e floresce a
da alta coliina que lhe fica adjacente em direcção ao nort" e no- cidade ha meio século não éra mais que um pequeno a.ggre-
roeste A nieni^sde um kilonietroao sudoeste, desagua na mesma galo de habitações, residência de pescadores e simples
enseada o rio Parahyba: e quatro riachos (Bonga, Açúd . Uvubú porto onde embarcavam os viajantes e os productos que das
e Biquinli:i) íbrinadus pelas vertentes que brotam da colima, povoáçõ's do centro, principalmente as ribeirinhas do valle
orlam algumas ruas, ou corram parallelamsnte aos fundos das do Parahyba, demandavam a cidade das Alagoas ou a
casas de outras cujos quintaes atravessam e banhara. O aspecto capital no tru.fego de seu commercio, sendo antes disso a
physico da cidade é o de um grande amphitlieatro a quem a situação de um engenho movido por agua, do qual ainda
observa da lagòa, a certa di>tancia, desticando-se no cent;o delle restam vestígios. p3rtencen'e ao antigo pro]>rietar)o José de
a ejreja matriz e os dous trechos muito distinctos da íngreme Mendonça Alarcão Ayila, um dos antepassados da faniilia
ladeira, calçada de pedras, que se eleva a uma altura de 203 do actual Barão do Mun lahii. No decurs; de poucos annos foi
meti-os soljre o nivel das aguas da mesma lagoa. As diversas cescendo e melhorando a edificação, estabelecenclo-se al,gumas
ruas, que são foruiadis por cerca de 900 a 10)'.) casas, sendo pequenas casas de negocio e avohunando-se a população de
mais de metade de t-^lh:!, muit is outras consóruidas iJo sjlida mo !o que já em ISõl foi reconhecida a necessidade da creaçao
ah-enaria, e alguns sobrailos, são em geral sinuosas, desalinhadas de uma freg. naquelle pov., a qual eífectivamente foi creada
ou estreitas, havendo, perém uma vasta e bonita |)raça, a da por disposição da Lei n. 250 de 8 de m iio de í;.54, obtendo a
M itriz. que virá a ser muiio elegante, quando se realizar o pro- confirmação canónica sob o oragode N S. do Pilar. Mais tarde,
jecto de se nivelamento e calçamento, e si dei' esgoto ás aguas
i pelo raindo incremento que foi tomando no desenvolvimento de
de enxurrada que pelo inverno d> sceni da coUina e por ella se suas relações civis e sociaes, fez-se credora da graduação de
derramam, tornando-a lamaçosa, esxjrregadica e de transito viUa que lho foi conferida pela Lei Prov n. 321 de 1 de maio
incommodo. —
Salubridade —
No liitiral, devido ])rovave!mente
.

de 1857, continuando o termo a fazer parle da com. das Ala-


ás enianaçõe? perniciosas não só dos charcos ou alagados, como goas, da qual foi separado pela Lei n. 359 de 11 de julho de
também da iagòa. que em certas épocas se cobre de uma camada 1850^ passando a fazer parte da com. da Atalaia. Desta foi
d' substancia esverdinhada em putrefacção. e ainda porque não desligada novamente por disposição da Lei n. 62.4 de IG de
pôde a cidade ser livremente varrida pel is brizas do norte, que março de 1372, que o elevou á categoria de com., a qi e se aa-
ordinariamente reinam pelo verão, visto que são elltiS inter- nexou o termo de Santa Luzia dõ Norte, desmembrado da com.
ceptadas eni seu curso pela coliina que demora de t;^ lado; é a da capitil. E finalmente, tal foi a importância e excelleates
popula'.'ão muitas vezes assediada por febres interniittentes ou cendições de prospeiddade commercial e progresso material a
palustres, mas basta que se transponha a ladeira, para encon- que chegou, que se fez digna de gozar dos fijros de cidade, os
trar-se na chã-, tabol^lros adjacentes e ainda para o centro do quaes llie f)ram outorgados pela Lei n. 626 também de 16 de
mun um clima brando, amenissim.o e eminentímente saudável.
. março de 1872. E' com de se^-unda entr., classificada pelos
— Hios e riachos - Além do rio Parahyba, que atravessa o mun, Decs. ns. 4.911 de 3) de abril e 5.079 de 4 de setembro de 1872.
pela parte Occidental, desde os seus limites com Atalaia até á foz — —
Povoados. Depois da cidade os mais importanles são:
na lagòa Manguaba, o qual é naveaavel por canoas até 6 kils. Santo Amaro. Chã do Pilar, Mangabeira. Pedro da Cruz e
acima da mesma foz, e do Satuba. que pela parte do norte serve Chã do Tangil. Agencia do correio. Sobre suas divisas vide,
de extrema com o mun. de Santa Luzia do Norte, contam-se os entre outras^ o arí. 2" da Lei Prov. n. 933 de 23 de junho
seguintes riachos dentro mesmo da cidade, o Bonga, o do
: de 18SÔ.
Açude, o Urubu, que por detraz da rua do Commercio, recebe o
Biquinha. São ted is de pequeno curso, pois nascem da mon-
PILAR. Villa e mun. do Estado do Parahyba do Norte, na
com. do seu notue, a 72 kils. da capital. Diocese do Parahyba.
tanlia adjacente. Ainda outros existem no mun. dos quaes
Foi creada parochia pelo Alvafá de de outubro de 17ij5
1 ele-
;
mencionaremos apenas, por mais importantes, o Mucamb), o
— Commercio —A vada á categoria de vilia com o nome de Pilar em 5 de janeiro
Parangaba e o Camarão c iiidttst^^ia. locali-
de 17G5 em^^execução dos Alvarás de 8 de rnaio e 14 de setem-
sação da cidade no extremo norte da lagòa Jíanguaba, em sitio
bro dc 1758. Foi \'em ivida para a pov. de Itabaiana com a
a que vem ter a estrada por omle se coramunicavam com a ca-
denominação de Itabaiana do Pilar p da Lei Prov. n. 724 de 1
pital tolos os muns. e povs. do valle do Parahyba, deve ella o
de outubro da 1881. disposição esta que a Lei Prov. n. 8J0 de
rápido cr scimento que teve, o desenvolvimento e prosperidade
8 de outubro de 1385 revogou. Tem duas esohs. pnbis de inst.
coramercial a que chegou. Imporiantes ca as de negocio se
]3rim. Agencia do correio. No dia 26 de setembro de 1895 teve
estabeleceram alli, em algumas das quaes us r'=spe:'tivos pro-
logar a benção solemne da nova matriz. O mun.. alèm da pa-
prietários formaram consi-leravel foriuna em poucos annos.
rochia da villa, comprehende mais a de N. S. da Conceição
Os agricultores do mun. e do centro, que traz°m paia os
do Gurinhem e o dist. da Se.Tinha. Sobre suas divisas vide,
mercados do littoral os géneros de sua producção agrícola rentre otUras as Leis Provs. n. 12 de 17 de abril de 1837; n. 34
acham no Pilar não só compradores para o niesmi género de 28 de setembro de de 1861, u. 184 de 14 de agosto de
e quasi sempre melhor preço, mas tamb-^m estabelecimentos
1865. E' com. de 1-' entr. creida pelo art. 3" da Lei Prov.
bem providos em que se abastecem dos artigos de que preci- n. 27 de O de julho de 185Í e classificada pelos Decs.
sam. Com r-ílação. porém, ás artes mechanicise industriaes, ns. 1.615 de 29 de selamijro de 1855 e 5.079 de 4 de setembro
não tem havido alli egual desenvolvimento, pois alèm das pe-
do 1372.
quenas oíhcinas de sapateiro, alfiiate, marceneiro e oirtras,
bem como da pésca nas aguas da ligòa, limita-se ao preparo PILAR. Villa e mun. do Esta lo de S. Paulo. Foi creada
da aguardente e alguns outros productos alcoólicos, existindo parochia p^la Lei Prov. n. 57 de 12 do maio de 1377. Oragd
apenas uma fabrica para distillação de aguardente, em ponto N. S. e diocese de S. Paulo. Por suas divisas correm os rios
grande e a vapor. —
Agrioidtura a pecuária. —
K' a primeira, Bonito e Turvo. Soljre suas divisas vide: Lei Prov. n. 70 de 2
a maior fonte de riqueza do mun. que possue terrenos ubér- de abril de 1877, n, 20 d? 2.) de março de 1383 n. 120 de 25
;

rimos ô importantes engenhos de assuoar sendo, porèra, quasi


;
(U abril de 1880: n. 11 c!e 22 de março de 1879; n. 57 de II
niiUa a criafãq cio gado bovino, poin outro todo^s inuns, dfl ntaio de 1877. Tem duas eschs, publsj, d<^ \m, prini. Agaii-i
PIL 212 — PIL

cia do correio. Foi elevada á villa pelo Dec. n, 168 de 12 e S. Thereza. Tantos elementos de prosperidade para a. in-
demir'0 do 1801. Compi-chende s baii'i'os Turvinho, Alegi'e e
(
feliz comarca de Pillar jazem inertes e no mais criminoso des-
Ribeirão do Pilar. Fica na com. de Sarapuhy. cuido administrativo. A Camara municipal, que raras vezes se
reúne para discutir e propor mediflus attinentes ás neces-idades
PILAR, ^'ina e nuui. do Estado de Goyaz, na com, do seu do município, pirece que desconhece completamente a lei or-
nom?. h'oi cread i elo l>ec. de 11 dj novembro de 1831 e in-
i
gânica dessa corpo/ação, assim como outras muitas, que lhe
stallaila em 7 de janeiro de 1833. Incorporada á com. da Ca- impõem importa.ntes deveres. De.s^a criminosa mdiffer nça
pital jielo i)í-t. I § 1 da Lei Prov n, 19 de 6 de julho de iSõO : pela causa publica resulta para o município inqua liílcavel mi-
á do Rio Maranhão pela de u. 2 de 29 de julho de 1852 rein- ; séria, em que se d i>bate uma população de 4 .000 almas As auto-
.

corporada á da Capital pelo art. I da de n. 1 de 18 de setembro ridades policíaes e judiciarias sem força para cumprir os seus
de 18.51; á do Rio Maranhão pelo art. 1 da de n. 341 de 18 de deveres, veem-se forçadas a ligar-se com criminosos, que impu-
de dezembro de 1862 á do Rio Tocatins pelo art. II da de
: nemente, infestam as ruas. Existe uma só escola de meninos.
n. 370 de 10 de setembro de 1864 e art. 11 da de n. 385 de 11 de O município decadente de Pilar, porém, converter-se-ha em uma
agosto de 18C6, que deu â com. a denominação de Rio das importante e populosa comarca si os seus aijundantes rios, me-
Almas. Creada com. pela de n. 682 de 28 de agosto de 1882, diante coramoda e fácil navegação, constituírem para os seus
foi declarada de 1» entr. pelo Dec. n. 9.299 de 27 de setembro moradores em escoadouros para os productos agrícolas, que o tra-
de 1884. Passou a denominar-se Rio Tocantins pelo Dec. de 9 balho intelligente e activo rea.lizar, o que deixará de ser ura bello
de janeiro de 1890. Cunha Mattos em seu Itinerário diz : sonho si a administração deixar a j3oh'í?eaí/em, encarar seriamente
« Entrei no arraial do Pilar, assentado em uma profunda cova, os negócios públicos, e munir-se do preciso critério. Este muni-
cercado de morros elevadíssimos foi muito extenso o povoado,
: cípio é talvez o mais rico do Estado, pois qtie no seu terreno,
e tem varias x-uas bem calçadas. Alguns edifícios mostram a sua onde nasce espontaneamente o cafeiro enconti'a-se crystal, pedra
antiga opulência, mas agora acha-se o arraial grandemente de- calcarea, ferro, mesmo o ouro, que abunda em quasi todas as
teriorado pela dificuldade da mineração do ouro, únicas espe- vertentes de seus grandes rios e regatos, mármore e outras pedras
ranças dos seus illudidos baljitantes que ainda preferem as minas preciosas. O seu va-sto território, que confina com os dos muní-
á agricultura... no arraial existe a bella egreja pirochial de . cipios da capital e de Porto Nacional, ainda na maior parte
N. S. do Pillar, em que ha 7 altares : a Capella-mór é desconhecido, precisa de ser estudado scientificamente para
a cousa mais rica que tenho visto em Goyaz. He para la- patentear a riqueza colossal que encerra em seu seio. Porém essas
mentar a decadência em que se acha este arraial, cujos extensas e exellenies mattas de cultura, onde se encontra grande
habitantes pela maior parte são tão pobres, e tem tanta quaniidade de madeiras de pi-ímeira qualidade, como páu brazil,
falta de numerário, que se servem de novelos de flo de algodão vinhatico, peroba, aroeira e sebastião d'i.rruda e muitas outras
para fazerem as compras miúdas... Este arraial é cabeça de espécies, oleo de copahiba, carnaúba e grande numero de plantas
julgado : o seu prime iro nome foi arraial da Papuan — recebido medicinaes. A caça é abundante em suas macias ; os seus nos. na
de uma qualidade de herva que aqui existe muito bôa para sus- maior parte caudalosos, teem excellentes peixes. Nos seus inter-
tentação do gado. O rio Vermelho do Pilar passa pouco distants mináveis campos podem-se apascentar numerosos rebanhos de
do arrraial e as ires montanhas qae formam o profundo valle
; gado bovino, cavallar, menormino etc. A canna da-se ahi inuiio
onde se acha a povoação, chamam-se Moquemao S. ; Boa Vista bem, e produz excellente assacar, o cafeeiro é nativo no solo,
a L ; e Pendura a 6. As casas do arraial são 246, dispostas em onde vegeta espontan.jameiite ».
tres ruas e varias travessas ; e ha aqui 60 teares de algodão
Pilar. Dist. do Estado da Bahia, no mun. da Capital. Orago
grosso. As montanhas do Moquem e Bôa Vista foram abundan-
SS. Sa.cramento e díoces? archiepiscopal de S. Salvador. Foi
tíssimas de ouro. » Tem duas eschs. publs. de inst. prim. O.
fundado parochia em 1720. Tem as egrejas de S. Francisco de
mun. além da parochia da villa, comprehende mais as da Con-
Paula, SS. Trindade (Ordem Terceira), i.ospicio de N. S do
ceição de Crixás e a de Santo Antonio do Amaro Leite. Tem
agencia do cocreio. « Município de Pilar. Descoberto em 17.51
Carmo e seminário dos orphãos de S. Joaquim. Tem eschs.
publs. de inst. prím. Monsenhor Pizarro diz que essa parochia
por mineradores de ouro, açha-se a viilla do Pilar, out'rora
foi creada em 1718.
florescente e hoje em completa ruina, nos extremos de uma serra,
que partindo a pouca distancia, ao norte de Goyaz, segue em PILAR. Dist. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
linha recta até aquella povoação, em distancia avaliada em 30 Iguassu. Orago N. Senhora e diocese de Nyterõí. Não ó
léguas. Tinha Pilar da sua população, empregada em mineração, bem conhecida a época da creação deste dist. Combinando-se
10.000 aln'as, não se fallando na que se empregava na cultura a e.-criptura de doação de terras íeifca por Domingos Nunes
da terra, commeroio etc. que se presume serpeio menos egual Sardinha e sua mulher Mana da Cunha, á ermida de N. S.
á que fica mencionada. O fòro do termo do Pilar em a chronica das Neves com a informação do visitídor Araujo em 1737, co-
local, mantinha sufficientemente 10 a 14 advogados exclusiva- nheceu-se que a freg. foi erecta pouco mais ou menos em
mente dedicados ás lides forenses. Isto prova que o commercio 1612, funccionando a principio na reTerída ermida ( hoje com-
em Pilar era florescente, e que florescentes também eram as pletamente ari'uinada ) si tuada no alto do morro fias Neves,
industrias, que o alimentavam. Tinha a villa de Pilar 5 ruas bem fazenda do Cu,ngullo ; sendo porém pelo suno de 1006, translé-
alinhadas e calçadas de alguma extensão. 4 ricas egrejas, hoje rída para a nova egreja, sob a invocação de N. S. do Pi-
reduzidas a duas, e as.sím mesmo arruinadas, um bom chafariz lar. Em 1702 e 1704, Manoel Pires e s la, iivdhia- Caíharina
na praça municipal ; um aqueducto solidamente feito e cana- de Senne. doaram terras ao padre vigário. uiva'->a rias para a
lisado na distancia de umi légua mais ou menos, uma pequena, freg. do Pilar do Guag lassu, nas margens do rio iíurauahy
mas solida cadeia. O seu extenso território, regado de grandes antiga denominação do rio Pilar. Esiu pov. conta actual-
rios, alguns dos qaes navegáveis como o rio das Almas, mente 10 casas era estado regular e 28 em máu estado, das
Crixás, S. Thereza etc, rico de extensas mattas virirens, e de quaes 13 são de sobrado, quasi todas lia'ii[ada.s e em péssi-
vastos campos, projjorciona riquezas colossaes para centenares ae mas condições liygíenicas. Além disuo oícisie a egreja soli a
immigrantes, nacionaes ou estrangeiros, que quizei'em alli re- invocação de N. S. do Pilar, bem consn'vada e a estação da
sidir e trabalhar, explorando-as facilmente, quer no i-ei no ve- E. de F. Leopoldina. A não ser o cholera que em ISõl dísimoii a
getal, quer no mineral. Neste encontra-se o ouro, o crystal, o população, nenhuma outra epidemia a tem assolado. .A malá-
mármore, excellente ferro, e talvez muitos outros que a inves- ria é endémica nesta zona. Outr'ura o trafego dos dous rios.
tigação scientiflca e artística possa descobrir. Naquelle, encon- Pilar e Iguassu, era icito por grande numuro de barcos, pos-
tra se grande cópia de arbustos, arvores e raízes procuradas suindo algumas casas commsrciaes ntimero superior a 10 har-
nas pharmacias ahi vendidas por altos preços e trazidas do es- cos, porém actui linente com a deca'iencia da. zona licou
ti-angeiro : quantidade enorme de madeiras para construcção e reduzido o tridegu a 4 barco?, que Tazem o transporte de le-
jiara, innveis. As suas vias terrestres, que jasem ein estudo nha das m; rgens dos rios Iguassu e Pilar. O estado de
lasliMiav. l, podem ser melhoradas e tornar fácil o trajecto dos obstrucção desses dous rios é tal, que actualmente um barco
lavra. Iiiri's (j:ue se destinarem ao mercado da capital. Os seus cau- navega com diUiculilade. devido a granile quantidade de vege-
dalosns rios, quasi todos navegáveis, si até hoje não são servidos tação que exist; nos mesmos, a passo que antigamente dous
i

de ponts, nem canoas, nem Ixiicas, ofl.-recem franca navegação barcus se cruzavam fij|;^\id ni.'!;
i em qualqnei' delles. Sobre
em lançha a vapor conduzindo facílmeiiti^ "s |iri)'Iai;fcos agrícolas, sua fuadui-fio, .apenas ema j 'a mi
, 1cm Pi/a.rro (Mcm. hist.
1
i-;

i[uev para Goyaz, por via do rio das Ahna;, Siicury, Úruluí e Tomo 11. pag. 12;?): « .islin.ln o Pndai.lo .Vhorijn teve ori-
Canastras, quer para o porto de Leopoldina por meio dos rios gem a Ireg. dedicada a i\. S'. do Pilar, em Iguaçu, dist.
Crixás e Thezoura, quer para Tocantins pelos rios S. Patrício do Recôncavo da cidade, estabeleceudo-se o Curato na capella
. .

PIL — 213 — PIL

da invocação de N. S. do,s Neves, sit.i no mesmo território. PILAR. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Além da escriptura de 9 de junho de 1612 pela qiial Do- Goyaii na,
mingos Nunes Savdiaha e sua mulher Maria da Cunha, doa-
ram 500 bra':as em quadro á essa ermida, collo-
d.^ terras
PILAR. Pov. do Estado de Pernambuco, séde da freg. de
N. S. da Coni-eição de Itamaracá, com eschuia.
cada em L gar ao rio Jaguaré, nenhum dorumento
prusimo
appai'eceu que Urine a época do seu princip-o. O Santuário PILAR. Antigo dist. .da freg. do Curvello, no Estado de
Mariano, tratamlo da presente íVeg. no tom. 10 liv. 3 tit. 50, Miaas Geraes, annexado á parochia da Immaculada Conceição
nada disse sobre o seu c mieço, ^^ntretemlo-se apenas em adver- de N. S. do Morro da Garça pela Lei Prov. n. 1.272 de2'de
tir aos parocbos que deviaiu reedilicar as cgrejas. por perce- janeiro de 1866.
berem avultadas rendas, proveii nles das suas administrações PILAR. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
e do negocio dos mineiros, que naquelle porto paravam no Patos.
giro da,s Minas Geraes. O Dr. Araujo, na informação da sua
visita 1=^ do bispado em 1737, relatou esse facto pelo modo PILAR (N. S. do). Minas e arraial do Estado de Matto
seguinte : —
Esta freguezia foi creada ha muito mais de cera Grosso, situados na escarpa oriental da Chapada dos Parecys.
Distavam seis kils. do arraial de 6ant'Anna, 18 do de S. Fran-
annoa e servia de capella curada a d N. Senhora das Neves, onde
'

se faziam os Sacramentos e as funcções parochiaes e haverá ;


cisco Xavier e 66 da cidade de iMatto Grosso. .Vs minas foram
40 para 50 annos i)ue se fundou uma capella com o titulo do descobertas em 1741 pelo capitão João de Godoy Pinto da Sil-
Pilar, pouco distante da Matriz nova, que hoje se acha. e para veira e melhor exploradas em 1748.
ella veiu o revereudc» capellão curalo o padre Jriaquim Mo- PILAR. EsSação da E. de F. do Norte, no Estado do Rio
reira exercer as iuncções de parodio, passandc para elhi- o de Janeiro, a 28 kils. de S. Fr ancisco Xavier, no Dístricto
titulo de parochia, (|ue até então estava na dita cap.lla das Federal. Foi inaugurada a 27 de novembro de 1887.
Neves. Crescendo os anaoB, e o povo, depois que se abriu o
caminho novo das Minas se fez a Matriz existente para a PILAR. Ponta na ilha de Itamaracá, no Estado de Per-
qual... —Combinando a noticia sobredita com a doação refe- nambuco.
rida de Sardinha e sua mulher, certiflca-se a creação do Cu- PILAR. E' assim também denominado o morro de Gaspar
rato na capei ia das Neves, pelus annos, mais ou menos de Soares, no mun. da Conceição e Esta lo de Minas Geraes. Vide
1612, e a fundação do prim"iro templo dedicado a N. S. do Pil a-, Gaspar Soares.
ou antes de 1696, ou nessa mesma éra,em que Manoel Pires e sua PILAR. Rio do Estado do Maranhão ; vai para a bahia de
mulher Catharina de Senne. tendo pex-mittido o terreno, red i- Cunian
ziram a doação a escriptura publica em dias do mez de ago<;to,
e construído o edilicio em termos de servir de parochia, prin- PILAR. R,io do Estado do Rio de Janeiro vai desaguar no
;

cipiou a ter us^, depois de benzido pelo provisor Thomé de rio Iguassii pela margem esquerda. Era denominado antiga-
Freitas da Fonseca, no dia 3 do mez diio e auno de 1697 » mente Morabahy.
Levantado o templo com materiaes pouco duráveis, o povo tratou PILAR. Rio do Estado de Minas Geraes, no mun. de Lima
de construir nova egreja, nas margens do rio Pilar, para o que Duarte ; nasce na serrada Ibitipoca e desagua no rio Grande.
concorreu a fazenda Real com uma insignificante quantia.
Entrou essa egreja na classe das coUadas por Alvará, de 18 PILAR DE OURO FINO (N. S. do). Dist. do Estado de
de janeiro de 1696. Pertenceu inierinamente ao teimo de Goyaz. Vide Ouro Fino.
Nyterui pelo art. 1 da Lei Prov. n. 40 de 7 de maio d^^ 183') ; PILAR Da OURO PRETO (N. S. do) Dist. do mun. de
reincorporada ao mun. de Iiíuassú pelo art. IV da de n. õ7de Ouro Preto, no Estado de Minas Geraes. Vide Ouro Preto.
10 dezembro do mesmo anno annexada ao 'ermo da h^trella
:

pelo art. II da de n. 397 de 20 d^ maio de 1816; ao de


PILAR DE PiTANGUY (N. S. do). Dist. do mun. de
Inhomirim pelo Dec. de 9 de maio de 1891 e ao de Ig la^sú por Pitangiiy; 110 Estado de Minas Geraes. Vide Pilanguy.
Dec. de 28 de maiu de 1892. Tem duas eschs. publs. de inst. lu iiii. PILAR DO MORRO DE GASPAR SOARES (N. S. do).
PILAR. Dist. (lo E.-^tado de Minas Geraes. Vide Gaspar Soares.
Caiiella do mun. de Taubaté, no Estado de S. Paulo,
fundada, em 1 de dezembro de 1747. A Pi'ovisão, que a creou, PILARES. Log. do Disiricto Federal, na freg. de Inhaúma»
é a seguinte : « —O Exm. D. Bernardo Rodrigues Nogueira, na estrada nova da Pavuna, atravessado pela E. de F. do Rio
por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, primeiro bispo do Ouro, q le ahi tem uma estação e por uma linha de bonds.
de S. Paulo, do coaselho de S. Magestade... Aos que esta Tem uma capellinha e é percorrido p do riacho Falleiro.
nossa provisão virem, saúde e bençam. Fazemos saber que
attendendo ao que Thimoteo Corrêa de Toleilo nos representou
PILAR2INH0. Núcleo colonial do Estado do Paraná, nas
immediações de Gurityba. E' hoje um populoso arrabalde da capi-
por sua petição, dizeudo que para maior culto e veneração da
tal possue uma capella da invocação de N- S. do Pilar e uma ;
imagem de N. S. do Pilar da villa de Taubaté, queria fazer- ;

esch. prim., paga pelos cofres estadoaes. Seus habs. allemães,


Ihe a capella no rocio da mesma villa, fazendo a despeza pela
,

fraucezes e polacos, plantam centeio e batata. Entrou desde


quantia de õ'>)S que havia em dividas, as quaes elle tinha teito
muito 110 regimen conimuin.
segurar além de 92.5 que dons devotos queriam dar de ísmola.
e do mais que prete idia tirar pelos lieis para erecção da dita PILATOS. Log. do Estado de Pernambuco, na freg. de -Vfo-
capella. pedindo-nos por fim a eonclusão do seu requerimento gatlos 8 mun. da capital.
nos dignássemos mandar |ias3ar |irovisão |iara o dilo elfeito,
concedendo ao supplicante a administraçãn da mesma capella.
PILATOS. Vide Portão de Pilatos.
E sendo por nós visto o seu requerimento e as informações PILÕES. e mun. do Estado do Parahyba do Norte, ex-
Villa
que sobi-e elle vemos, e attendendo ser tão pio e para parochia do mun. de .Areia. Orag'0 SS. Coração de Jesus e
maior honra e culto da mesjna Senhora, havemos por bem dar diocese do Parahyba. Foi creada parochia com a invocação tie
faculdade e c nceder licença ara que se p'JS8a fundar e erigir
j
Senhor i3om Jesus pela Lei Prov. n. 579 de 7 de outubro de
a capella dedicada ã N. S. do Pilar como se nos supplica, 1871 f elevada á villa pela de 11. 755 de 4 de dezembro de 1883
com clausula que será no logar mais alto para decência delia e L-i 11. 26 de 2 de março de 1895. Perdeu aquella invocação
e commodidade dos l"re.:uezes, cuja eleição fará o i-everendo qui; foi siilistitiiida pela actual em viriude do art. I da Lei
parocho com o supplieante e as pessoas principaes da Ire;-., n. (dO de 1 de julho de 1876 Tem duas eschs. publs. de inst.
de que fará termo por todos assignado, que ser:i, remettido á prim. Agencia do correio. Sobre suas divisas vide Dec. n. 6
nossa camará e mandamos sob pena de excomm inhão maior o tIe 23 de janeiro tle 1892 e Dec. n. 11 de lO de fevendro
duzentos cruzados que nenhuma pessoa ecelesiastica uu secular de 1893.
Ijonlia escudo de armas ou quaesquer outras insip-nias ou le-
PILÕES. Log. do listado de Pernambuco, no mun. de
treirus nos portaes, paredes ou em outra parte de dentro ou do
Amaragy
fóra tia dita cap dia, com S|i iMa lie<aii a nossa ou de nossos siic-
1 I

cessores, por escripto. —


Dada u- sia, cidad de S. Paulo, sob nosso
' PILÕES. Log do Estado de Pernaralmco, no mun. de Qui-
signal e sello a 1 de tlezembro de 1747. -j- líirnardo, bispo ». papá. cerca fie 12 kils. distante dessa villa, atravessado pela E.
de l>'. do S. Francisco. Ha ahi um lunnel.
PILAR. Pov. do Estado do Parahyba do Norte, no mun-
de llabaiana tio Pilar com uma estação da E. de F. Cond^
;
PILÕES. Log. do Estado da Bahia, no mun. de Campo
d'Eu, no kil. õ4,884i^ (do ramal). Formeso.
.

PIL — 214 — PIM

PILÕES. Poy. do Estado do Rio de Janeiro, no mua. de PILÃOSINHO. Pov. do Estado do Parahyba do Norte, no
Italioi uliy, coín uma escbola. termo de Guarabira, ao poente.

PILÕES. Log. no mun. de Porto Feliz do Estado de S. Paulo. PILOTO. Serra do Estado do Pvio de Janeiro, no mun. de
Mangaratiba.
PILÕES. mun. de Guaratinguetá, no Estado de
BaiiTO do
S. Paulo, com uma esch. publ. de inst. primaria.
PILOTO, Igarapé do Estado do Amazonas, no mun, de
Coary.
PILÕES. Disfc. creado pela Lei Pi-ov, n 3.052 de 2C> do out i-
Ijro de 1S02 na freg. de Paracatú do Estadj de Minas Geraes. PILOTO, Igarapé do Estido do Pará, no dist. de Bemlica
e mun. da capital.
PILÕES. Serra do Estado das Alagòas, no mun. de S. José
da La ge
PILOTO, Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
de S. João Marcos. Vai para o mar, íí' tambjm denominado
PILÕES. Serra do Estado do E. Santo separa as aguas do
:
Lapa. (Inf. loc).
rio Norte Esquerdo^ aflluenle do Itapemerim, das do no Preto
depi'Í3 Itabapoana.
PIMARI. Ribeiro do Estado do Amazonas, no rio Içá, entre
o Icotè eo Jurupari-paraná. (Araujo Amazonas).
PILÕES. Serra do Estado de Santa Catharina, nas divisas
ocoidentaeí d.i freg. do Camboriú o próxima das serras denomi- PIMBUELA. Vide Pinguela.
nadas Macacos e Tíipera. PIMENTA. Dist. do Estado deMinas Geraes. no mun. do
PILÕES. Serra do Esta :1o de Minas Geraes, no mun. de Pa- Piumhy, nas abas meridion les da serra das Vertentes, ahi com
racatú. o nome de Piumhy. Orago N. S. do Rosario e diocese de Ma-
rianna. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 1..307 de 5 de
PILÕES. Corrpgo do Estado de Pernambuco, atravessado pela novembro de 1806, supprimida pela de n. 1.422 de 24 de dez-
E, de Forro do Recife ao S. Francisco, entre Quipapá e Agua embro de 18 57, restaurada p-via de n. 1.6Ô7 de 1(5 de setembro
Branca. de 1870. Lavoura de cereaes e de canna. Criação de gado.
PILÕES. Rio do Estado de Sergipe, aíT. do rio deste nome- E' cortado pela estrada geral que de Formiga se dirige a Pi-
umhy e Uberaba. E' p.'Voação bonita, florescente e commercial.
PILÕES. Riacbo do Estado de S.Paulo: desagua na margem Faz s u principal commercio. de importação de sal e exportação
esq.do ribeirão de Monte Alegre, trib. do rio Mogy-guassu. de cereaes, pela nave/ação dos rios Capetinga e Grande com a
PILÕES. Ribeirão do iSstado do S. Paulo, affl. do Piaguy cidade de Lavras. Agencia do correio. Sobre snas divisas vide
ou Piauhy. Recebe o córrego do Cerco. Banha o mun. de Gua- Lei Prov. n. 1.486 de 9 de jullio de 1868.. Tem duas eschs.
ratinguetá. publs. d» inst. prira.. uma creada p.da Lei Prov. n. 3 3J6
de 2? de julho de 1880,'
PILÕES. Rio do Estado de S. Paulo, nasce na"si?rra de Pa-
ranapiacabae desagua no rio Bertioga. PIMENTA. Log, do Estado de Pernambuco, no mun. do
Cabo.
PILÕES, da margem esq. do
Rio do Estado de S. Paulo, afF.
Ribeira de Iguapé. Atravessx a estrada que vae de Iporanga a PIMENTA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun, de
Xirioa. Sua extenscão e de 55,5 kils. E' formado pelos ribeirõeâ Magé.
das Mones, Santa Rita e Sani.'Anna. Suas margens ainda con- PIMENTA, Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist,
servam vestígios das lavras de ouro, que alii minerou-se em de N. S. da Conceição do Frade.
outro tempo.
PIMENTA. Bairro no mun. do Porto Feliz, no Estado de
PILÕES. Ribeirão do Estado de Jíinas G.M-aes nasce na ; S. Paulo.
serra da Arribada, no mun. do Mar de Hespanlia. atravessa
parte desse mun., ioda n parochia do Chiador até o logar de-
PIMENTA. Log. do Estado de Minas Geraes, no termo do
Sabará.
nominado Fazenda da Barra Alansa. onde ecebe o ritieirão de l

Santo AiUonio. Incorporados então vão desaguar no rio Pa- PIMENTA. Serra do Estado da Bahia, no mun. da Casa
rahyba do Sul coin o nome de Macuco. Nova.
PILÕES. Córrego do Estado de Minas Geraes desagua na :
PIMENTA. Illia da prov. do Rio de Janeiro, no mun. de
margím esq. do rio das Mortes próximo aos córregos do Fun- Angra dos Reis.
dangome e do Marmello, entre a barra desse rio e a estação de PIMENTA. Riacho do Estado do Maranhão, no dist. do
Ibitiíruna. Burity e mun. do Brejo.
PILÕES. Córrego do Estado de Minas Geraes, nasce nos PIMENTA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o
Mattos da Vere la, banha o território da freg. da Lagoa Santa e arraial de seu nome e atravessa a estrada que vae pata a For-
desagua no ribeirão da Matta (Inf. loc.) miga.
PILÕES. Ribeirão do Éstado de Minas Geraes, no dist. de PIMENTA,Rio do Estado de Minas Geraes nasce da ;

Serranos e mun. de Ayuruoea. serra da Agua Limpa e, junto com o ribeirão das Canoas, fórma
PILÕES. Rio do Estado de Goyaz, aft'. do rio Claro ou o rio Vermelho, que atravessa a freg. de Roças Novas.
Diamantino, que o é do Araguaya. Recebe o Fartura e o PIMENTAL, Ponta situada na margem esq. do rio Tocan-
S. Domingos. E' assim chamado de quatro pilões q ie ahi en-
tins é a extremidade N. da enseada do Coi^rèa ; no Estado do
controu Urbano do Couto, em 1722, ao passar pela tapera a lU
;

Pará.
fundada por Manoel Pereira Calliamaro, cunhado do 2" Anhan-
guera. Também o denominam Arayés. « Iiegua e meia á PIMENTAL. Igarapé do Estado do Pará desagua na mar-
;

jusante da pov. do Rio Claro, diz o Dr. Baggi. desagua pela gem esq. do Tapajoz pouco abaixo da cachoeira Uruá.
dir. o rio Pilões, cuja largura e volume d'agua hão um p.uoo
superiores á metade do rio Claro. Dá o Pilões vau perigoso, e
PIMENTAL. Igarapé do Estado do Para, na circumscripção
do Areão e com. de Baião.
adimitte canôas na passagem da estrada que vai desta capital
(Goyaz) á pov. do Rio Claro. Corta-o a estrada tres léguas PIMENTAL Rio do Estado do Pará, affl. do Gurupy banha
;

acima de sua confluência havendo cachoeiras acima e abaixo


; o mun. de Vizeu. Por elle communica-se o igarapé Cauichy,
do ponto por onde se o passa. Na secca dá o Pilões vau franco affl. do Capim, com o Gurupy.
em qualquer parte de seu curso. Compõe-se o Pilões do S. Do- PIMENTAS. Pov. no dist. da Capella Nova do Betim, Es-
min^/osedo Fartura.» tado de Minas Geraes, com uma esch. publ. mixla de inst. prim,
PILÕES. Cachoeira do rio Tietê ; no Estado de S. Paulo ;
creada pela Lei Prov. n, 3.396 de 21 de julho de 1886.
entre u do Bdijú e a do Garcia.
^
PIMENTAS. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de
PILÕES. Cachoeira no rio Sapucahy-mirim, pouco abaixo Santa Luzia e mun. deste nome.
da confluência do ribeirão dos Ouros no Estado de Minas
Geraes,
;
PIMENTAS. Riacho do Estado do R. G, do Norte ; banha
o mun. da Serra Negra e desagiia no rio Espinharas, adi. do
PILÕES, Gacheeirn no vio Grande e Efstadn fio Minnsi Geraes, PiranhaH,
. .

PIM - 2i5 — PIN

PIMENTAS. Puo no mun. de Vianna, no Estado do Espi- PIMENTEL. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do
rito Saa lo. Cabo.
PIMENTAS. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, banha o PIMENTEL. Rio do Estado do Parahyba do Norte, entre
mun, de Macahé e desagua no rio do Frade. Torna-se cauda- Brejo de Arèa e Pilar. Atravessa a estrada de Alagòa Grande a
loso na occasião das grandes cliuvas. Gurinhein
PIMENTEIRA, índios do Estado doPiauliy.No 1° Boletim, PINA, Assim denominou-S3 por algum tempo o morro de
Tomo II da Rav. da Scc edacle de Geng. do Rio de Janeiro S. Diogo, situado na japi tal Fede.al.
:

aclia-se publicado um documento sob o titulo « Informação dada PINA. Ilha na costa do Eslado de Pernambuco, na parte dessa
por Domingos Dias Soares, filho do ex-conr|uistador de Índios costa situada entre o cabo de Santo Agostinho e a barra e porto
José Dias Soares, sobre o selvagem Pimenteira, de que tem co- do Recife. E' separada da ilha do Nogueira por uma cambôa.
nhecimento por acom] anhar o dito seu pai em todas as con- Neila existe um lazareto destinado a quarentenas de estrangeiros
quistas, na qual lè-se « O indio selvagem Pimenteira existe no
:
e nacionaes, para as épocas epidemicas.
terreno que medeia das caljeceiras do Fiauhy acima procurando
os sertões de Pernambuco, o qual, sendo persegxiido pelos chi-is- PINAJAPON. Cachoeira no rio Uraricuera, no Estado do
tãos, a quem atacavam, roubavam e matavam, s?. recolheu ao A mazonas, logo acima da de laranjapon e próxima das do Afo-
centro. unindo-S' com outra nação selvagem, e ha desconfianças gado e .^rujaimã.
que elles projectam invadir o terreno que se lhes ha tomado a ; PINARE. Rio do Estado da Babia, no mun. de Camamú
sua Índole é má e insensível. Só com muita moderação e tra-
;

corre para o mar. (Inf. loc ).


balho se domam aos costumes humanos, por ís=o que a ídéa que
elles concebem do rigor e máo trato que até aqui se tem prati-
PINAUINY. Lago e furo do Estado do .Amazonas, no mun.
da Labrea. O lago tem communicação com o Cainaan e com a
cado, em suas conquistas, elles se refugiam aos mattos onde
vivem em plena liberdade, satisfazendo tão somente as necessida-
margem esq. do Purris.
des naturaes e por ess causa lazem suas plan tações de legumes
i PINDA. Serrota secca no termo de Canindé do Estado do
de caroço e fazem suas caçadas com que se sustentam, procu- Ceará
rando sempi'e os terrenos mais férteis, que. sem muito trabalho, PINDA. Lago no mun. da capital do Estado do Amazonas.
possam cultivar. As suas idéas são limitadise com trabalho
colhem algumas insinuações que se lhes faz todavia reconhe- ;
PINDAHY. Vide Santo Christo.
cem um ente supremo e, entre si, guardam leis e celebram for- PINDAHYBA Ilha no rio S. Francisco, Estado de Minas
malidades, como sejam a do casamento, que para etíectuar se Geraes. Fica entre as ilhas das Barreiras e da Merenda.
armam duas redes, uma em cima da outra, nas quaes deitan-
do-se o marido na de baixo e a mulher na de cima os pais lhes PINDAHYBA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. da
fazem entrega dos seus dotes a saber cabaças, cuias, arcos e
; :
margem dir. do Jacupiranga.
íiexas e algumas cousas indispensáveis pai'a o provimento de suas PINDAHYBA. Córrego do Estado de Goyaz. afl'. do rio
neces.3idades naturaes. Acai-ado este acto solamne julgam-ss ca- Preto.
sados, com direito i:m a outro, e morrendo algum dos esposos
tem preferencia ao segMudo desposorio o c mhado o cunhada. O i
PINDAHYBA. Córrego do Estado de Goyaz. banha o mun.
meio mais favorável a conciliar com os cbristãos e de os civili- de Santa Luzia e desagua na margem dir. do ribeirão Alagoinha,
trib. do xVlagado.
sar é eonliar-se-lhes no logar dí suas habitações, mui próprio
para seus aldeamentos, aquíllo que elles julgam ser util para PINDAHYBA (Rio). Uma das cabeceiras do rio Manso, ao
Ibrmarem um meio de sua sul^sisten ia, como ferramentas para qual íõrma ao confluir com o Jatobá, ambos nascidos na serra da
cultivarem as torras e dar-se-Ihes roupas para cobrirem a nudez, Chapada no Estado de Matto Grosso.
;

fumo e aquíllo de que elles mais gostarem, franqueando-se a PINDAHYBA. Cachoeira no rio do Sul no mun. do Prado
communicução com elles tudo debaixo das vistas de um dire-
:

;
e Esta,do da Bahia.
ctor capaz, que gose do mesmo indulto que Sua Magestade o
Senhor D. João de perpetua memoria, conferio a José Dias PINDAHYBA GRANDE. Córrego do Estado de Minas
Soares desta província, a saber o posto de capitão de infan'a-
:
Geraes, banha o mun. de Montes Claros e desagua no rio S. Fran-
ria addido ao estado-maior do exei'cito. com o soldo e cavalga- cisco.
duras precisas para esse flm, forneceiído-se gado e farinha para PINDAHYBAL. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem
sustento delles no principio dessa aldeação emquanto não lazem dir.do ribeirão Mesquita, trib. do rio S. Bartíiolnmeu (Inf. loc).
suas plantações. Na ribeira do Piaidiy existem seis Índias O mesmo informante faz-nos menção de um outro córrego desse
grandes e dez pequenas da dí ta nação Pimenteira, já domestica- nome, ;if{'. da margem esq do ribeirão .Alagado.
das, e um christáo denominado Jose Dias Bi abo que foi criado
com os gentios e prisioneiro pelos cbristãos conquistadores con- PINDAHYBAL. Ribeirão ou corixa que desagua á margem
tra quem elles pel javani, defendendo o terreno dos seus educado-
da confluência deste no S. Lourenço;
esq. 'do Iliquira, perto já
res, a quem julgava pertencer, visto elles o terem carregado
no Estado de iMatto Grosso, Atravessa a estrada do Pequiry.

paraomutt jde menor idade. Oeiras do Piauby, 22 de março PINDAHYBAS. Dist. da freg. da Venda Nova do mun. de
de 1827. — Barão da Farnahijbci, Presidenta. Sabará, no Estado de Minas Geraes: com duas esehs. publs,
de inst, prim., uma das quaes, a do sexo feminino, foi creada
PIMENTEIRA. Log. no Estado de Pernambuco, no mun. de
pelo art. 11 da Lei Prov. n. 2.7!)5 de 13 de setembro de íSii.
Timbauba. Agencia do correio. Sobre suas divisas vide art. IV da Lei Prov.
PIMENTEIRA, Log. do Estado das Alagoas, em AHçosa, n. 3. 170 de 18 de outubro de 1SS3.
Victoria e S. José da Lage.
PINDAHYBAS. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist.
PIMENTEIRA. Serra do Estaxlo da Bahia, no mun. do do Rio Preto. mun. da Diamantina. Por suas divisas passam os
Remanso. Dizem ser inaccessivel. rios Canna Brava, Capão Grosso e Jequitinhonha. Foi elevada a
dist. pela Lei Prov. n. 3.451 de 1 de outubro de 1887.
PIMENTEIRA. Riacho do Estado do Ceará, banha o mun.
deS. Benedicto e desagua no riacho deste nome. PINDAHYBAS. Arrabalde da freg. de Pequi, mun. do Pará
e Estado dí Minas Geraes.
PIMENTE RA. Arraial do Estado do Maranhão, á margem
esq. do rio Parnahyba, cinco kils., pouco mais ou menos, abaixo PINDAHYBAS. Log. do Estado de Minas Geraes, na freg.
do Remanso. do Pau Grosso, termo de Santa Luzia.
PIMENTEIRAS. Log. do Estado do Ceará, no termo de PINDAHYBAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha
S. Benedicto. o mun. do Curvello e desagua na margem esq. do ribeirão do
Boi, alf. do rio S. Francisco (Inf. loc).
PIMENTEIRAS. Ilha do Estado de Matto Grosso, no rio
Paraguay, entre os Castellos e a cidade de Corumbá. (Dr. S. da PINDAHYBAS. Córrego aíf. do rio Preto, que o o do Para-
Fonseca. Vico. cit hybuna, e esle do Parahyba do Sul.
)

PIMENTEIRAS. Córrego do Eslado do Rio de Janeiro, PINDAHYBAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nas
banha o dist. de Therezopolis e desagua no rio Paquequer. divisas lio dist. de \. S. das Dòres dc Santa Juliana.
.

PIN — 216 — PIN

egreja do Rosario, também com duas torres, em frente a uma


PINDAHYBAS. Con-ego do Estado de Minas Gei-aes, aff. da
pequena praça ajarilinada, sobre a qual eigue-sc um cruzeiro.
margem do rio Pouso Allo. trib. cio Parauna. (Inf. loc).
dii-.
A egreja de S. J 'Sé ao lado da tramara, M iiii-ipal e as capellas ;

PINDAHYBAS. Correge do Estado de Goyaz ; desagua na de Sant'.Anna e Santa (^.ruz. Os e lificios mais importantes da
lagôa Feia cidide são: i'S palacetes das Viscondessas de Itapeva e da
PINDAHYBAS DE CALABOUÇO. Pov. do Estado de Palmeira, o the itro, n 'uma gf nde praça, o Mercado, na pivaça i

mun. de Sete Lvgôas.


dist. de .Jequitibá e 15 de Novr'rabro, o Banco i\íunicipal Pindarnonhangabense, o
Minas Geraes. no
Giuipo Escholar. Possue ruas largas e compridas, casas de
PINDAHYBAS DE MANOEL ALJi;IXO Córrego do Es-
na regular appirencia e dois Jardins, ura no largo do Rosario e
tado de Minas Geraes, banha o mun. do Abaeté e desagua iro na praça Cornélio Less i.
1
A ciilade, que é atravessada
margem esq. do rio S. Francisco. (Inf. loc). pela E, de P. Central, é mais ou menos plana, não tendo
PINDAHY-MIRIM. Estacão da E. de F. de Bagé á Uru- morros. Clima muito bom. Na cidade ficamos arrabaldes Ri-
guayana, no Estado do R. G. ao Sul, entre as estações de beirão, Boa Vista, Gallega. Lava-pés e Soccorro. E' banhada
Toro-passo e Uruguayaiia, a 76"", 7 de altura. pelo rio Parabyba, pelo Ribeirão e pelo córrego Lava-pés.
.A pop. da cidade é de 2.000 habs. e a. do mun. 20.000. E' o
PINDAHYRA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. berço do coronel Moreira Cesar. Lavoura de cale e canna;
de [guarassú. criação de sado. Cnmprehende os bairros denominados Matto
PINDAHYTIBA. Bnirro do mun. de Guaratinguetá, no eníro, Alto, Ribeirão, Figu^ir.a, Piraquama, Campo do
Estado de S. Paulo, com uma escli. publ. creada pela Lei Galvão, Sapucaia, Gn.Uega. Barranco Alto, Campinas, Vargem,
n. 101 de 24 de setembro de 1892. Fica a uns 18 kils. da Mandú, Mombaça, Petiquera, Tahii, Bom Successo, .\.lva-
cidade. ren'^a. Tem coUegios particulares de instrucção secundaria
e diversas esehs. pabls, de insfc. prim.. uma das quaes
PINDAHYTUBA. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, creada pela Ln Prov. n. 8 de 15 de fevereiro de 1884.
aff. dlr. do rio Manso ou das Mortes, entre o do Peixe e o
da
Agenciado correio. O fallecido poel a Augusto Emilio Zaluar,
Lage.
em sua Peregrinação -pela Proinncia de S. Patdo (1860-1861),
PIND.^HYTUBA. Rio do EsSado de Matto Grosso. Tem assim descreve essa elegante cidade: « A 60 leuuas pouco mais
as suas origens próximas ás do Guaporé e Juruena e desagua ou menos do Ptio de Janeiro, seguindo a estrada geral de
na margem esq. do Sararé, trib. do Guaporé. Suas margens S. Paulo em direcção a capital desta província, e 7 léguas
são, na inaior parte, alagadas e seus mattos excellentes para i
adiante de Guaratinguetá, encontra-se sobre uma vasta emi-
mais pingue cultura. nência, formada por uma larga ondulação do terreno, e como
PINDAHYVAL. Log. do Estado de Matto Grosso, entre asíL-ntada no regaço de verdejantes cimpinas, a formosa cidade
os rios S. Lourenço e Piquiry, no dist. de Santo Antonio do do Pindamonhangaba. O rio Parabyba, em uma de suas infi-
Rio Abaixo, mun. da capital. nitas e ca priehosi s circumvoluçõcS, passa docemente, espre-
guiçando-se em uma voluptuosa curva, e parece, segundo a
PINDAHYZ. Duas pequenas ilhas entre as do Bom J.^sus e ph rase do Sr. Homem de Mello, imprimir nas orlas da cidade
Fundão, que se distinguem por Pindaliy de cima e de b.iixo. um osculo de amor O log ir para séde de uma povoação não
. . .

Nas Cartas de Barral e de Candido Mendes aquella l^,m o nome


I

podia, pois, ser melhor, nem mais poeticamente escolhido.


de Ilhota e esta de Outra Ban.ia. (Fausto de Souza. A Bahia A natare/a calina, mas opulenta, destas immonsas planícies,
do Rio de Janeiro). que se fecham no horisonte aos pés das duas grandes serras da
PINDAMONHANGABA Cidade e mun. do Estado de
. j\IantiqueÍL-a e Bocaina, tem um aspecto magestoso, e. contem-
S. Paulo, sede da com. de seu nome, aos 22" 58' de Lat. S. e plada aos raio? do sol poente ou ao reflexo pallido da lua, fórma
2° 19' de Long. O. do Rio de Janeiro, a NE. da capital do um painel arrebatador e sublime O sólo. como o Oceano em !

Estado, da qual dista 155,5 kils,, â margem esq. do rio Para- calmaria, desenrola-se em ondas de verdura, e de vez em
hyba, atravessada pela E. de F. Central do Brazil, ligada a quando, no seio de suas dobi^as esmaltadas, alveja ao longe uma
S. Bento do Sapucahy, ao Estado de Minas e a outros pontos casinha pittoresca que a vista alcança a 2 ou 3 léguas de dis-
do Estado de S. Paulo por estradas vicinaes. Sua egreja matriz tancia, e é uma fazenda isolada no ermo, que sorri como uma
tem a invocação de N. S. do Bom Successo e depende da mansão de paz e um asylo de felicidade. O firmamento arqueia-se
diocese de S. Paulo. Foi fundada pelo padre João de Faria puro sobre este painel encantador, e no liorisoute immaçulado
Fialho, que!nella edificou egreja e dotou-a com património pelos estampa-seo vulto ii-regular das serranias azuladas e transyia-
fins do século XVll. Foi elevada á villa pelo desembargador renles como as collinas da Itália e as montanhas da Grécia.
João Saraiva de Carvalho, que seguindo em serviço para o Rio O poder das idéas que o sopro da civilisação espalha nas azas do
de Janeiro e alli chegando, recebeu dos habitantes valiosos pre- pro'íi'esso tem germinado fructos abençoados nesta terra, de
sentes para que elevasse o povoado áquella categoria. Em uma predilecção. Ao lado da pompa, de uma natureza luxuriante
noite esse magistrado fez eleição para offlciaes da Cam ira, aoeelera-se o desenvolvimento material e brota, como espon-
levantou pelourinho e tudo dispoz de sorte que ao amanhecer tâneo o ta lento e g 'nio de seus filhos. S^ria curioso o esludo
do dia seguinte deixou, ao partir pira o Rio de Janeiro, a da influencia que os locares exL>rcem, não digo já snbre a imagi-
povoação erecta em viUa e os officiaes da Camara empossados naç.lo (lo homem,- o que ninguém di^serjnhe -e, mas ainda sobre a
de seus respectivos logares. Esse acto iUegil foi perdoado por sua Índole e caractei-. snlji-ft .as sna^ lavlencias, e sobre o seu
S. M. Fidelissima, que por Provisão de 10 de pdho de 1705 empenho nas conquisl is da mataria ut, dli'..:-encia e espirito. i

conlirmou a villa de Pindamonhangaba Pedro Taques diz que


. Pindamonhangal-a uma das cidades íIí. uurte da provinda de
i'

lambem foram fundadores dessa villa o alcaide-mór Braz S. Paulo em que -^l lact.is =e tm-naiii, p -r
assim dizer, visíveis
Esteves Leme, sen irmão .Antonio Bicudo L^me, seu filho ( Ijiaveis. E' preoi,^ admirar .a j)eelic,-i
i
architectura de sua
Manoel da Costa Leme e Pedro da Fonseca Magalhães, por iiiat:-iz. concepção grandics.i de um artista quasi ignorado, cujas
isso que foram elles que alcançaram de D. João Y approvacão flechas se levantam ao céo em linhas puras e suaves, como sin-
do acto illegal do ouvidor Saraiva, apezar da opposição que gelos pensamentos de piedade e de fé é ))reciso ver as constru- ;

faziam os moradores de Taubaté. Foi elevada á cidade por cções artísticas dos bem acabados prediris (jue adornam as largas
Lei Prov. n. 17 de 3 de abril de 1849. E' com. de primeira e formosas ruas da cidade é iireciso gos.ar da confVaternidade
;

entr., creada pela Lei Prov. n. 16 de .30 de m.irço de 1858, amável dos seus habitantes, apreciar a sua, sociaijilidade, conviver
supprimida pela de n. 61 de 20 de abril de 1866, restaurada com os distinctos talentos que a pnnnijreccin para justificar uma
pela de n. 27 ile 7 de maio de 187/ e classificada pel) Dec. theoria que ao menos aqui é aniplamen |,e i-ealisada. Entre os . .

n. 6.689 de 19 de setenibr) de 1877. Dista 122 kils, de Mogy das edificios que mais temos a notar aqui, ileve collocar-se em pri-
Cruzes, 79 de Jaoarehy, 52 de S. José dos Camiio=!, 5') dè São meira plana a matriz, que era uma '-v i-eja de gi.slo antigo, vasta,
Bento do Sapuc:ihy-mlrira, 39 de Guaratinq-uetá e 17 de T:iu- porém sem architectura. Em S4 dei io ram aliaixo as poredes da
I 1

baté. A cidade tem a matriz, que ó arrande, cora duas torres, frente para levantar-se nov.> fron tispici' recrmsl ruir-se o tem- i

5.ianellas de frente, tres portas e um gradil de ferro; tem 7 plo. Em 1812 lancaram-se os primeiros ulicc crs da, monumental
altares : o altar-raór com a imagem da padroeira e aos lados fachada que boje desafia a attenrão do viajtinte. E' uma peça do
as imagens de Santa Cecilia e S. Roque, o do Sacramento, o architectura dórica, cujo risco é devido ao hábil e intelligente
de N. S. do Rosario, o do Coração de Jesus, o da Mãi dos artista Antonio Pereira de Carvalho. Esta olira foi exclusiva-
Homens, o de N. S. das Dôres, e o do Coração de Maria. No mente feita á custa dos fleis.,. Além da matriz, ainda ha em .

alto do crucifixo ha um quadro com a Sagrada Familia. A Pindamonhangaba mais outra egreja, a do Rosario, capella aldeã,
37.3S0

PIN — 217 — PIN

edificada pelo ajudante José Homem de Mello, e a egreja de cujas obras importaram em 130:0)05; a do Pv,osario, edificada a
S. José, pequeua, mas bem acabada, com uma fachada singela e eslorços principalmente do ajudante José Homem de Mello; a
elegan e. Foi esie iiliimo lemplo construido pela familia Ciodoy. de S. José. construída em 1818 pdo padre João de Godoy Mo-
A quatro l'guas da cidade, seguindo a estrada de Taubalé, existe reira, auxiliado por membros de siia familia; a d? Santa Cruz,
xim-ã outra capella com a invocação de N. S. do Soccoi-ro, notável fira da cilade, e as capellas de N. S. da Conceição, de N. S.
pelos seus milagres... « S^bre as divisas do mun. consulte-se a do Soccorro. d? N. S. da Piedade e de Santa Rita. Acamara
Portaria de 22 de fevereiro de 1S3S e entre outras as Leis Provs. municipal fnncciona em espaçoso ediflcio, em cujo pavimento
n. 7 de 9 de fevereiro de 1842, n. 4 de 22 de março de 1851 ; térreo ach i-se a cadeia. Couta a cidade um bom theatro. Ha
n. 24 de 3 de maio de 1S.54 de 12 de março de 18.55; n. 12
: dous espaçosos cemitérios situados extra-muros o municipal —
de 18 de abril de 1863, de 2 de abril de 18GS de 18 de . e o do SS. Sacramento, em cada um dos quaes ergue-se uma
abril de 1870; n. 60 de 2 de abril de 1876. No livro .4 Prov. elegante capella. Tem um hospital de caridade, funccionando
dc S. Paulo, (18S8), lè-se : «Divisas —
Coníina este mun. regularmente. — População —
A pop. do mun. é da 17.811 habs.
ao N. coma prov. de Minas Geraes a lí. com o mun. de Guara-
; — Agricultura e pecuária —
As terras do mun. são geralmente
tinguetá a SE. com o de Lagoiaha
; ao S. com o de Taubaté
: ; férteis e prestam-se perfeitameute á cultura do café, cereaes e
a O. e NO. com o de S. Bento do Sapucahy. .\3 divisas com canna de assucar. O café é, porém o principal producto da
a freg. de Santo Antonio do Pinhal, mun. de S. Bento do lavoara do mun. o cultivo de cereaes é feito exclusivamente
:

Sapucahy, constam das Leis Provs. de 23 de março de i861 para abastecer a pop. ; a cultura da canna de assucar, outr'-
e 18 de abril de 170á; como mun. de Taubaté da portaria ora prospera, acha-se hoje muito reduzida. A média da
do i;overno de 22 de fevereiro de 1848 s Leis Provs. de 9 producção annual do café é estimada em 3.000.000 de kilo-
de fevereiro de 1842, 22 de marco de 1851, 3 oe maio de 1854 grammas ; a da aguardente de canna em 84.000 litros.
18 de abril de 1863 e 18 ái' abril de 1870; com o mun. de O mun. não é criador cria, comtudo, atgum gado vaccum e
;

Lagoinha da Lei Prov. de 26 de março de 1866 e Piesolu- suíno para consumo. Commercio e industria. O movimento cora- —
ção de 2 de abril de 1868. —
Aspectn geral-^ Ao N. e S. é o mercial e industrial é mantido pelos seguintes estabelecimentos :

território montanhoso a O.. L. e centro estende-se a vasta pla-


; 32 lojas de fazendas, ferragens, armarjnhos, chapéos e calçados ;
nície, mais ou menos ondulada, por onde serpeia o magestoso 125 armazéns deseocos e molhados, 1 hotel, 2 casas de-bilhetes
Parahyba. —
Serras —
Duas são as principaes elevações do solo de loteria, 6 de jogos lícitos, 6 armazéns de consignações, 3
no mun. a serra a Mantiq eira, que jjassa ao N., traçando di-
il açougues, 3 pharmacias, 12 kiosques e botequins, 2 padarias, 8
visas com a prov. de Minas Geraes e lançándo contrafoi'te> para olarias, 2 typographias. 1 faljrica de cerveja, 1 de licores, 2
o valle do Parahyba e a serra do Quebra-Cangalhas, que passa de carros, 3 engenhos a vapor para beneficiar café, 1 loja de
ao S. — Rios —
O rio Parahyba corta o mun. na direcção de O. cabelleireiro, 3 de barbeiro, 6 sapatarias, 10 alfaiatarias, 4 marce-
para E., recebendo pela margem dir. os rios Una e Pira|iitanguy narias, 2 relojoarias, 1 ferraria, 3 officinas de serralheiro, 2 de cal-
e os ribeirões Borba, Carapautuba e Ypiranga, e pela margem deireiro, 8 funilarias e mais 44 officinas industríaes de someaos
esq. o rio Piraquama e os ribeirões da Ponte Alta e Grande, —
importância. Instrucção. —Em
1886 funccionavam no mun. 6
além de diversos córregos e regatos. O rio Parahyba corre no eschs. publs. primarias para o sexo masculino e 5 para o femini-
mun. em leito baixo, de modo a vedar que, ainda nas maiores no. Naquellas achavam-se matriculados 182 alumnos, dos quaes
enchentes, sejam inundadas as planícies que o margeam. eram frequentes 152, o que produz a média de 25 frequentes por
Salubridade — E' geralmente salubre e gosa de clima puro e escola ; nesta achavam-se matriculadas 204 alumnas, das quaes
agradável, motivo que o torna procurado por enfermos e con- eram frequentes 192, o que produz a média de 38 frequentes
valescentes. Parte dos afamados Campos do Jordão, sit lados no por escola. Cada es.;h. publ. prim. do mun. corresponde a
cimo da serra da Mantiqueira, ainda pertence ao mun. Ahi 4.619 habs. O ensino privado conta 3 collegios para o sexo ma-
gosa-se dt! clima puríssimo, sem oscillações bruscas. A estis sculino e 3 para o feminino. O programma de ensino abrange o
circumstancias principalmente attríbue-se a sua influencia be- curso primário e matérias do secundário. Ha diver.sas associa-
néfica na cura de aftecções pulmonares. Historia— —
A pov. foi ções entre as quaes um club litterario que mantém uma biblio-
fundada em fins do século XVII pelo padre .João de Faria Fialho, theca com cerca de 2.000 volumes Publícam-se ne localidade 2
.

que nella edificou egreja, dotando -a de património. Ahi esiabe- jornaes hebdomadarios. —
Divisão eoclesiastica. O município —
lecaram-se diversos habitantes de Taubaté, entre os quaes o cont apenas uma parochia, sob a invocação de N. S. do Bom
I

alcaíde-mõr Braz Esteves L=me, seu irmão Antonio Bicudo Lemo, Successo de Pindamonliangaba. —Distancias. A cidade de Pin- —
seu filho Manorfl da Gosta L.-me e seus dous genros João Corrêa damonhangaha dista da capital da prov. 171 kils. da cidade ;

de Magalhães e Pedro da Fonseca Magalhães, irmão deste, todos de Taubaté 17 da


; cidade de Guaratinguetá 32 da villa de ;

lavradores abastados e pertencent es á primeira nol eeza de — —


Lagoinha 30. Viação. O mun. é servido pelaferro-vía S. Paulo
S. Paulo. Soba influencia destes homens desemolveu-se rapi- e Rio de Janeiro e por diversas estradas de rodagem, entre as
damente a nova pov., que, simples bairro de Taubaté, já con- —
quaes duas importantes a deS. Paulo ao Rio de Janeiro e a
sid--rava-se com forças sufficientes para, separando-so dessa então que do sul de Minas dirige-se á cidade de Pindamonhangaha».
villa, cunstitnir-se sua rival. Nesse sentido emprega.ram os mora- O Sr. Benedicto M. Homem de Aiello publicou ha annos a
dores da nova pov., mas sem resultado, os maiores esforços, quando seguinte noticia —
Pindamonhangaha ',
: O território que —
deparou-se-llies occasião de satisfazer s.nis desejos, comquanto constitue hoje o mun. de Pindanionhangalia, era, ainda em
de modo violento. Paisava pela pov. o desembariiador José Sa- princípios do século XMI, simples bairro da villa de Taubaté,
raiva de Carvalho, 2" ouvidor e corregedor da com. de S. Paulo. unia das mais antigas da capitania. Ahi se haviam estabelecido
Instado pelos principaes moradores para que erigisse o pov. em por esse tempo, em lavouras afastadas os moradores da primei-
,

vílla, deixou-se levar pelo grande donativo de dinheiro q ie lhe ra nobreza deS. Paulo, Braz Esteves Leme, alcaide mór, seu
foi feito e satisfazer áquellas instancias, crendo sem duvida que filho Manoel da Costa Leme, e seus dous genros João Correa de
esse acto. por isso que faltava-lhe a autoridade necessária Magalhães e Pedro da Fonseca de Magalhães, irmão de^te. Eram
para pratical-o, nenhum valor teria Em uma noite creou o esles paulistas oriundos da nobre casa de Manoel Pereira de
desembargador Saraiva juizes eofíiciaes para a camará, nomeou Vasconcellos, senhor e morgado da Villa de Sínfães, em Por-
empregados e fez levantar no silencio da noite o pelourinho, tugal. A' margem dir. do rio Parahyba, em uma extrema pla-
emblema da jurisdiccão municipal, de modo qu> mi dia S'guinte ntei^, a tres léguas de Taubaté e trinta da cidade de S. l*aulo,
estava a pov. erecta em villa. Contra esia Ilegalidade recla-
í erigiram est^s moradores uma modesta capella para ahi ouvirem
maram os moradores de Tanbuté a D. João V, a quem recorre- missa, e asstm teve começo a pov. de Pindamonhangaha.
ram também os de Pindamonhangaha. Por carta régia de 10 de Desenvolvendo-se esta, acclamoii-se em villa e separou-se vio-
julho de Í7U5 foi a villa considerada acclamada, sendo perdoados lentamente da sujeição ás justiças de Taubaté. Eis como o chro-
os compromettidos naqiella erecção. Por Lei Prov. de 3 de nista Pedro Taqúes refere este importante facto: «não querendo
abril de 1849 foi tlevada á cidade, sendo boje cabeça da com. estar sujeita á jarisdicção da villa de Taubaté. se congregaram
de seu nome. —
Topographif: — Acha-se a cidade (ie Píndamo- em um corpo para hospedar ao desembargador João Saraiva
nhinc-afea a Nlí. da capital da prov., á marg^mi dir. do rio de Carvalho, segundo ouvidor geral e corregedsr da comarca de
Parahyba, reclinada sobre uma collína verdejante, de onde a
vista espraia-se por vasti-simo horisonte. Por sua opulência e
renome é uma das mais importantes cidades da prov. O aspecto
dos ediflcios, assim públicos como particulares, revela pela sua
nobreza a abastança do logar. Possue os seguintes templos a ; 1 Piíida, anzol, mnnhamguba, f.abrica A 22' 55" <b' I-.it. austr.n
egreja matriz, vasta e imponente construção, concluida em 1860, (Saturuino).
DICC. GROQ. 28
PIN — 218 — PIN

S. Paulo, que por ordem régin baixava ao Rio do Janeiro, e tecto portugtiez, Francisco Antonio Pereira de Carvalho; autor
tendo clipgado á capella e sitio de Pindamonhang bi, se deixou de tudas as construcções elegantes que se encontram em Pin-
corromper com vileza de animo de um grande donativo de dinhei- damonhangaba. Além da matriz, existem na cidade as egrejas
ro, que os taes prlncipaes lhe deram para formar em villa do Rosario, edilicida principalmente a esforços do ajudante
aquel la povoação e como sempre foi poderoso este inimigo, se
; José Homem de Mello, e a o do patriarclia S. José, concluída em
f.icilitou o dito desemliargador S vraiva para obrar um attentado, 1818 pelo padre João do Godoy Moreira, auxiliado pelos mem-
porque em uma noite creou jniies e ofilciaes para a camará, bros de sua importante família. Esta egreja substituiu a outra
levantou pelourinho no silencio da mesma noite, e nella t ido capella mais antisra, da invocação de S José, que s.í demoliu por
dispoz, de sorte qu^, amanhecendo o dia seguinte, estava Pinda- ter cabido em ruinas. Era sitaao largo da Princeza Imperial.
innnliangaba leito villa; e o ditj rainist 'o seguiu jornada a Está em c jiistrucção já bastante adeantada um
espaçoso edifioio
demandar a serra de Paraty. Desla insolência se queixaram os para as sessões da camará municipal, servindo o pavimento
da villa d". Taubaté a Sua Mag-stade e ao mesmo senhor recor- terre > de cadèa civil. Existe em Pindamonhangaba um excel-
reram Oá da nova villa da Pindamonhangaba, Ei-rei, porém, com lente iheatro construído conforme todos os preceitos da arte :

a saa paternal clemência, perdoou aos c ilpados, e usando de está por acabar exteriormente, lia no mun. tres escs. publs.
sua ret-l grandeza, houve a dita villa por ao L'mada. como se vâ de prima. Isttras para o saxo masculino, as quaes teem matri-
na carta régia de 10 de julho de 1705, registrada no livro i" do culados 160 meninos. Tem duas es:^hs. publs.de prims. lettras
registro daa ordens reaes da ouvidoria de S. Paulo.» Sobre a '
para o sexo femenino, lendo matriculado 87 meninas. Além
fundação da ):)rimitiva capella e puv., esclarece q. respectivo livro destas escs. ha tre-; collegios de meninos, nos quaes ensinam-S3
de Tombo, aberto pelo vigário Antonio Gonçalves Chaves, em 10 desde primeiras lettras até os preparatórios precisos para a ma-
de j ilho de 1647, como Si segue ^ « ^ igreja desta
: freg. é da tricula nos cursos superiores do império, com 82 meninos.
invocação de Nossa Senhora do Bom Successo, hav. rá quarenta Dous cjllegios de meninas, com o numero de H
alumnas. Fóra
annos, era antes matriz e capella do Senhor S. José. KMeitade do mun., ha cerca de -10 eíludant^s em cursos superiores, e
taipa do pilão, é cobei-ta de madeira de ripa e coberta de telha. também cerca de .50 meninos que aprendem primeiras lettras
Tem uma torre de madeira com douí sinos. Tem sachristia e pia nas roças. Eleva-se a \np. escolar do mun. a 402 alumnos, que
baptisin:al de pedra fixa. Tem qua' ro irmandades, a sa er a do : frequ;ntam escolas. Desde muito tempo os enterramentos em
Santíssimo Sacramento, a de Nos a Senhora do Bom Successo, a de Pindamonhangaba, fazem-se fóra da cidade, em cem.terio
Nossa Senhora do Rosario dos Pretos, a de S. Miguel das Alms ^ apropriado. Ultimamente apromptou-se novo cemitério, mais
Em * i de desemb o de 18i7, o bispo do Rio de Janeiro, d. frei vasto e situado a maipr distancia da cidade, tendo no centro
Ant ni) Guadalupe, percorrendo a sua diocese, visitou a villa de uma eleganti cap:^Ila. lístá em construcção o ce.miterio do SS.
Pindamonhangaba e naandou que —
« no Altar Maior se collo- Sacramento. O rio Parahyba parte o mun. de Pindamonhan-
casse uma imagem de S. Jose, a quem dedicava, jiara que dahi em gaba em duas zonas quasi iguaes, ambas notáveis pela uberdade
deante assim se intilule. » A imagem devia ser feita com esmo- das terras; a da margem dir., lechada a E. pela serra de Quebra
las q-e o virtuoso prelado deixava em mão do capitão Manoel da Cangalha, é a mais fnvil e apropriada a todos os géneros de
Costa Leme. Teve ainda Pindamouh.mgaba a honra de sjr cultura a zo la da marg.;m es].. fechada a O. pela grande cadèa
:

visitada em 3 de outubro de 17S2]ielo bispa de S. Paulo. d. Fran- dl Mantiqueira, é mais fria, ssndo de qualidade inferior as
cisco Manoel da Resurreição, e em jul!.o de iS51 pelo egrégio terras junto ás fraldas da serra. No cimo desta licam o.= extens is
bispo da mesma diocese, d. Antonio Joaquim de Mello. E, em canip: s de criar, notáveis pela amenidade do clima, parte dos
1S74 pelo actual bispo d. Lino. Augmentando sempre em pop. e quaes n?rLenoe ainda ao mun. do Pindamonhangaba. O alto
riqueza a villa de Pind.imonliangaba, a Lei Prov. n. 17 de .3 de destes campos fica 1912"' acima do nivel do mar; ficando o logar
abril de 1849, conferiu-lhe os fórus de cidade. Fica esta coUocada denominado — Guarda, 1223'» e o meio da serra 935"^ conforme
á margem dir. do rio Parahyba, em uma extensa planície, acima observações baromefciMcas feitas em abril de lS7.ã. Devide est;
do nivel das .''guas do rio. em altura tal. que a preserva de ser com Taubaté pelo rio Una, a pouco mais de légua da cidade e
inundada, ainda nas mais e.s.traordinari .s encbeiitss, A iiobr. za com Guaratinguetá p-'lo rio Perapetinguy a tres léguas da
,

dos edificios public s e p u-ticulares era Pindami.nh ngaba, de- i mesma. A cuLaira principil do mun. é o cafe, de que se tem já
la meia ao v njante, ao primeiro lance de vist i, a abasiança do exportado a quantidade de duzentas mil arrobas, representando
logar e o gráo adeantado de sua civilisação. A egreja matriz, o producto de uma S) safra, iiumeram-se como quarenta fa-
cuja reconstrucçao terininou-se recenterae: te (18(jO*. 'é talvez o zendas, que colhem mais de mil arrobas anniialmente. Faz-se
primeiro templo do Estado yior sua esplendida ai-ch itectura e orna- igualmente a cultura de eereaes, destinados exclusivamente ao
mentação interior. Em 1811 ainda se vi i neste mesmo local a consumo dos luibitan tes NeitA cultura emprega-se grande parte
.

antiga matriz, egreja aldeã, embora vasta, de desagrailavel appa- da pop. livre, a qual leva todos os domingos os seus géneros á
rencia. Nesse mesmo anno derriboií-se a sua frente, e em 1812 quitanda, para os manifestar e vender, costume que licoii dos
lançaram-se os fundamentas do novo fr.mtispicio, o qual con- tempos passados. Cria-se lambem gado vaccum e suino para
cluiu-se em 1853. Proseguiu-se na reooustriicção do resto do consumo. A cullura da cunna, que outr'ora se fazia extensa-
templo, c ijas obras foram terminadas em l-6j. importando a mente, esta hoje quasi abaiidimada. A pop. do mun.. pelo senso
despeza lotai na somma de cento e trinta conto.5 de réis, ioda apurado ein 1874 é de fLiiili tndividuos, dos quaes 3.718 são
obtida por prestações dos fieis, sem o minimo auxilio dos cofres escravos. Monsenhor Pizarro, escrevendo em presença de docu-
públicos. O plano da obra foi organisado pelo eminente archi- mentns uutbenticos, dá em 1822, á Pindamonluiiigalia uma pop. de
5.02.") almas. Era 17l.)6, segundo os assentos da paroohia, era de
1.810 pessoas adultas distrilmidas por 312 fogos. A benigni-
'

dade do cliraa, e a fertilidade do solo e consequente abastança,


teem conlribiiido para essa expansão da população, que tende
1 Revista do Inslitiilo Historie, 1S47, Dags. 434 a 455. ainda a augmentar-se de maneira sensível. Em Pindamo-
2 Folhas 2. nhangaba cruzam-se duas estradas geraes, de grande importância :

^ Em
uin assento exar.ado na mesmo livro do Tombo a que vai da capital da prov. á corte, e a que vem do sul de
fl. 20 o 21 ) no
(

anno de 17 56 se declara o seguintH « Foi estn. frefjuezi i cles.iiembr.nda


:
Minas a esta. Para o Rio de Janeiro eram exportados em tropas
da fregue.íia de Francisco d.ns Chagas de T.aubaté, senlo pii iieiro os productos do mun. pelo porto mais visinho, que é o de Uba-
capella tiliai da dita fregu^zm. Foi fundada a dita capella por Antonio tulia. Presentemente esses géneros em sua quasi totalidade, vão
Bicudo Le lie, ha SO anno.s mais ou menos, sendo então este logar sitio ter á còrle pela estação da Cachoeira, na estro.da de ferro de
demorada do dit'i fundador.... Consta esta freguezia de 312°fogos e d. Pedro II. Por esta cidade passa a estrada de ierro do Norte,
de ISlO pessoas de confissão e cominunhíio no tempo presente, farte
por uma |,arte com a de Tauliaté e para este ten nina legoa de districto
destinada a ligar a cidade de S. Paulo á cajiltal do Império e ;

ate a passafie ii chamada —


Formigueiro por outra parte com a de espera se que seja entregue ao trafego em pouco mais de um anno.
;

Guaratinguetá, que tem de districto tres legoas até a passa-i-am cha- O commercio na cidade é muito limitado, i'eduz-se á venda de
mada —
rerapitinguy. géneros de cons mo nos domingos, e ao mingoado trafico entre-
« Nesta freguezia quasi todos morrem intestados, por serem pobres. tido ])or vinte lojas de fazendas seccas, das quaes apenas oito
« Tem esta freguezia duas capelkas filiaes a esta matrizi, que ve
ser a do Senhor S. José. Outra a de Nossa Senhora do Rosario
n a pertencem a uacionaes. Existe nesta cidade uma typographia.
do Rio
Abaixo, tres lesons pou o mais ou menos distante desta frerruezia.
fundada por José Corrêa Leite. » ° '

4 Livro de Capitules de visitas, folhas 2 a 4.


^ Livro dc Capítulos de visitas, folhas 2S. 1 Livro do Tombo Us. 20.
. .

EIN 219 — PIN

Possue um liospital de cai-idade fuiiccionando vegiilarmente e NepomuCdnD de Assis Salgado, (collado) passou a 20 de dezenibi-o
prestando bons serviços ao muuicipio. .\ gravidade de caracter de 1816 20." Cónego Tobias da Costa Kez.=índe, maio de ISÒS.
das familias de Pin(lamonliang;dja, é uma circums anela, que L' o que consta dos livros de visitas e do Tombi, com excepção
tem sido notada por mais de um esrriptor. O presbytern Ayres do ultimo. Pindamonhangaba. —
Be.xedicto M. Homem de
Casal, o pai da geographia brazileii'a, esc evenclo em 1S17, diz o Mello.
seguinte « Sevis habitantes teem fama de liomens prudentes e
comedidos. »
;

Milliet de Saint Adolphe, diz positivamente


PIN'DaM0);1HANGABA. Estação daE. de F. Central do
Brazil, na cidade lio seu nome e Estado de S. Paulo: enire as
que os habitantes de Pindamonhangaba i'assam pelos mais pru- estacões de R(Z3Íra e Taubaté. Foi inauccJrada a 18 de janeiro
dentes e honrados da provincia. Ainda hoje conservam-se na de 1877.
classe rica, em Pindamonhangaha, tendências aristocráticas
muile caracterisadas, e sentimentos de fidalguia e renome nas PINDARE. do Estado do Maranhão, creada em
Colónia
familias. lí a classe inferior da população acceiía espontanea- 1819 e situada á margem dir. do rio Pindaré, na treg. de
mente essa superioridade, e a reconhece sempre. Mesmo nos S. Francisco Xavier e mun. de Monção. ?j' de seis kils. a área
templos está, de tempo immemorial, recebido o uso, que se man- do aldeamento. Orago S. Pedro. La o ira de mandioca.
tsem inalterável, de occuparem as pessoas gradas o lado direito PINDARE. Rio do Estado do Maranhão; nascj na serra da
do altar mór; os de coiidiçfio menos nobre tomam o oatro lado, e Cinti, banha entre outros, os muns. de .Monção e Penalva,
não sj misturam com os ])rimeiros. Terminamos este artigo, e desagna margem esq. do Mearim. Em suas margens fica
la
transcrevendo as jialavras do nosso primoroso chronista Pedro a colónia Pimentel. Recebe entre outros, cs rios Carú e
Taq es, sob:'e o fundador de Pindamonhangaba. « Manoel da Maracú.
Costa Leme foi de-erapenho glorioso de teus nobres ascen-
dentes pelas moraes virtudes de que se ornoxi. Teve um respeito PINDAUVA Bairro do mnn. de Jac ipiranga. no Estado de
igual aos seus grandes merecimentos, e sempre jirimeiro voto S. Paulo.
nas matérias da republica, lanto na villa de Tanbaté, como de- PINDAUVA. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de
pois na de Pindamonhangaba, que elle foi o que com grandes Iguapé e desagua no Guarahú, aíl'. do Jacupiranga.
cabedaes, concorreu para esta erecção e obteve da real clemência
de el-rei d. João V a approvação; sem embargo de se ter accla- PINDAUVINHA. Rio do Es'ado de S. Paulo, aff. do Gua-
mado a dita villa sem ordem sua e só por ambição do desnn- rahú, que o é do Jacupiranga, no mun. de Ig lape.
bargador João Saraiva de Carvalho, 2" ouvidor g ral de PINDIUCA. Rio do Estado doE. Santo, na freg. de S. José
S. Paulo, que acclamou villa o logar e capei la de Pindamonhan- do Queimado.
gaba, onde a maior parte da nobreza de Taubaté e S. Paulo se
achava estabelecida, sendo naquelle tempo Manoel da Costa
PIND0AS3U. Ilha do Estado do Maranhão, na bahia de
S. José. próxima da ilha do Meio e do canal ou rio do Mosquito.
Leme o mais potentado e venerado de todos. Casou na matriz No atlas de Lomellino de Carvalho está mencionada com o nome
fie S. Paulo a 13 de abril de 1693, com d. Maria Domingues,
de Pindaiissú No mappa da ilha do Maranhão do coronel Pereira
lilha de João Paes Domingues e de sua mídher d. Cu-todia Dias
do Lago (1820) é figurada com o nome de Pindoas?i'i.
Em tit d; Bciame. » ^. Pindamonhangaba dista de S. Luiz,
sete léguas —
Cunha, 10 —
S. Bento, nove —
Tremembé, uma e PINDOBA. Pov. do Estado do Maranhão, na com de Caxias,
meia —
Lngoinha, cinco —
Ubatuba, 18 —
Guaratiiig letn, sete — cTiii uma
esch. publ. de inst. prim. creada pelo art II da Lei
Campos do Jordão, cinco —
Taubaté, tres. Lista dos vigários Prov. n. 1.264 de 22 de maio de 18S2.
de Pindamonhangaba 1 " Francisco Garcia Baptista, era
:
PINDOBA. Pov. do Estado do Ceará, com uma capella filial
vigário a 1" de dezembro de 1727. 2." Manoel Lopes Taiba. da matriz de Coité. Orago N. S. da Conceição. Tem uma esch.
era vigário a 26 de outubro de 1731. 3." Luiz Francisco publ. de inst. primaria.
Nunes, era vigário a 8 de fevoi^eiro de 1736. 4." Caetano
Gonçalves Chaves, era vigirio a 2G de julho de 1745. 5." João PINDOBA. Log, do p'ítado do Pernambuco, no dist. de
de Moraes, era vigário a 7 de setembro de 1752, e entre- Cruangy, com duas esclis. publs. de inst. ])rim. creadas pelas
gou ao G." Salvador de Camargo Lima, que t^mou conta a 7 Leis Provs. n. 1.530 de 28 de abril e 1.536 de 21 de junho, ambas
de setembro de 1752 e entr gou ao 7." Caetano de .-Vraujo Fil- de 1831. Fórma um dist. de paz.
gueira, que tomo i conta a 16 de março de 175'5 e entregou no PINDOBA. 1/ g do Estado de Pernambuco, no mun. de
8." Pedro da Fonseca Carvalho, que tomou conta a 17 de jan-^iro Palmares. Ha o tros logs. do mesmo nome nos muns. do Páo
de 1757 e entregou ao 9.° Firmino Dias Xavier, que tomou con(a d' Alho, Xazareth e Ipojuca.
a 26 de junho de 1762. 10." Timoiheo Coi'rèa d^ Toledo, já era
vigário a 18 de setembro do 1761. II. " Antonio Luiz Mendes, PÍÍ3D0BA. Pov. no termo de Anadia do Estado das .'Vlagòas.
já era vigirio a 30 do novembro de 1767. 12." Salvador de Car-
A Lei Prov. n. 916 de 28 de junho de 1883 creoa ahi uma esch.
valho Molem, já ora vigário a 2 dí novembro de 1770. 13 ° José mixta publ. de inst. prim. É' atravessada pelo riacho Paran-
de Andrade e Silva, ja era vigário a 30 de outubro de 1782, - gaba Ha mais Irgs, com o mesmo nome nos muns. da União
entregou a egi'eja ao 14." iNíanoel iMarques de Miranda a 15 de Viçosa, Santa Luzia do Norte, Plasstbussú e S. iMiguel dos
junho de 1783. 15." Luiz Justino Velho Columbreiro, (colhido) Campos.
era vigário a J5 de dezembro de 17J'J. 16." Francisco de Oli- PINDOBA. Pjv. do Estado d.is Alagoas, na barra do
veira Carvalho, (colhido) era vigário a 23 de janeiro de 1828. S. Miguel.
17." Antonio Manoel Ce=ar, era vigário a 6 de fevereiro de
1836. 18.0 Antonio Moreira Cesar de Almeida. 10." Cónego João
PINDOBA. Pov. do Eslado de Sergipe, no mun. de Villa
. .

Nova, com uma


esch. de ensino elementar niixto, creada jiela
Lei Prov. n, 1.293 de 25 de aliril de 1881. E' pequeno e está
assente á margem do rioS. Francisco.
PINDOBA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de
1 Ayres Casal, lo, 2io, 1S17. S. José do Barrido do mun. de Macahé.
- Francisca Romeira Velha Calirnl, natnrnl de S. I'anIo, casou c^un

Antonio Bicudo Leme, denominado o \ia-sncra, irmão do aloaide-iuór, F PINDOBA. Sea-r do Estado da? Alagoas, no muu. dc S. José
Braz Esteves I;eme. naturaes de S. Paulo, lava oito filhos :
da Lage.
1. Margarida Bicudo Romeira.
"^
PINDOBA. Ilha do Estado das .Alagoas, no rio S. Francisco.
2. " Maria Biiudo Cabral.
3. " T). Francisca Romeira Velha Cal)i'al. PINDOBA. Riacho qyo desagua no rio Parnahyba. pouco
4. " D. Helena do Prado Cabral.
abaixo das ilhas do Emparedado e da caclioeira do Cercado,
5. " Izihel Bicudo.
B." Frei Serafiir. de Santa Rosa. próximo da foz do riach(j Carnahubal.
7.0 Antonio Bicudo de Brito. PINDOBA, Riacho dn 'ratadn do Maranhão, nasce ao N. do
8.e Manoel da Costa Leme.
Nobliarchia Paulistam, por Pedro Tar)ue3 de Almeida Pnes Leme,
Caxias e desagua no rio Ilaiii'cuni-mirim.
manusoripto que f publicado pelo Instituto ílistorioo, de i-iBÍ) a 187^.
i
PINDOBA. R'acho do EUado de Pernambuco, ali', do rio
3 Teve dous filhos .loão Paes Domingues, casou eu Taubaté a
: Ipojuca
30 de Janeiro éom d. Izabel Pedrosa. D. Francisca Romeira Velha,
casou com Antonio da Cunha Porto, d'el-rei, tenente-coronel das PINDOBA. Pequeno rio do Estado de Pernambuco, banha o
ordenadças de Pindamonhangaba e Taubaté. mun. do Bom Conselho e desagua no Riachão. (Inf. loc).
.

PIN — 220 — PIN

PINDOBA. Rio do Estado de Sergipe, aíl'. do i-io S. Fran- PINGA.. Riacho do Estado do Parahyba do Norte, banha o
cisco mun. de Planoó e reune-se com o riacho das Bruscas.

PINDOBA.. Rio do Estado de Sergipe, aff. do rio Real. PINGA. Rio do Estado de S. Paulo, aff. do Piracicaba.
PINDOBA. Lagôa do listado de Pernambuco, ao mun. cio PINGOS. Ribeirão do Minas Geraes, reune-se
Estado de
Bom Conselho (Inf. loc). com o ribeifâo 'hry^olitas e juntos vão desaguar nã margem
i

dir. do rio .Vmericano. trib. ilo Pi'eto, que o é de Mucury pe-


PINDOBA. Lagôa do Estado de Sergipe, no lei-nio de
queno. (Chruchatt de Sá Mappa de Minas Geraes.)
Campos.
PINGUELA. Pov. assente na margem dir. do rio S. Fran-
PINDOBA DE CIMA. Arraial do Estado das Alagoas, no
da villa do Chique-Cliique e próxima das denomi-
cisco, abaixo
niun. da Unifio.
nadas Alto Grande e Matto Grosso.
PINDOBAL. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de PINGUELA. Riacho do Estado do Maranhão, alf. do rio
Agua Preta. Ha um outro log. do mesmo nome no mun. do
Parnahyba, desagua próximo das ilhas denominadas Garapa,
Pau d' Alho. Jacurutú e Mandacaru.
PINDOBAL. Log. do Estado das Alagoas, no mun. da PINGUELA. Córrego do Estado do E. Santo, aff. do rio
União. Ha um outi'0 log. do mesmo nome no mun. de Muricy. Iconha pela margem esq.
PINDOBAL. Igarapé do Estado do Pará, banha a ilha da PINGUELA. Riacho do Estado de Minas Geraes, banha o
Atalaia e desagua no Furo do Inferno. território do dist. do Coqueiros do mun. de S. Miguel de
PINDOBAL. Rio do Estado do Pará, na cora. de Igarapá- Guanhães e desagua no rio Santo Antonio.
mii'y. A L?i Prov. n. 923 de 19 de julho de 1879 creou uma
êsch. na bocca desse rio.
PINGUELA. Córrego do Estado de Goyaz, aff'. da margem
esq. do ribsii'ão Descoberto dos Montes Claros (Inf. loc).
PINDOBAL. Rio do Estado do Pará desagua na margem :
PINGUELA. Ptiacho do Estado de Matto Grosso cujas ,
dir. do rio Aripecurti no logar em que existe a cachoeira do aguas vão ter ao Taquai'y-mirim, largo de oito metros com um
Inferno. E' também conhecido pelo nome de Penecura. de profundidade. Vadeavel, nas seccas. impetuoso com qualquer
Também escrevem Pindoval. chuva, tem. na estrada do Rio Verde, a qual atravessa, 37
PINDOBAL. Igarapé do Estado do Pará, no mun.. de San- palmos de largura, quatro de fundo e quatro e meio de veloci-
tare m-Novo. dade. E' de margens altas e quasi verticaes, cobertas de bos-
PINDOBAL. Cachoeira no Paranatinga, 18 kils. abaixo do ques; seu leito arenoso. Corta aquella estrada entre o Barro
Tavares. E' de quasi um kil de exteusão. Passa-se á
s ilto .
Branco e o Bananal.
meia carga por um canal á esquerda. PINGUELA. Riacho que sabe no rio Galera, entre o do Vai-
PINDOBAS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. vém e o do Seixão ; no Estado de Matto Grosso
de Maricá, com esch. PINGUELA. (Riacho da). Denominação dada em 1783 por
PINDOBAS. Lago do Est;\do do Pará, no mun. de Soure. E Caetano Xavier de Almeida e Souza, quando investigou a posi-
piscoso e abundante de jacarés. ção do rio Igurey, a um riacho enti-e o Iguatemy e aquelle rio,
do qual dista 26 kils. Desemboca entre altos paredões de rocha,
PINDOBAS. Rio do Estado do Rio de Jaueiro, afF. do Ubá, mais alcantilados na margem septentrional. E' muito torrentoso
que o é do Parahyba do Sul. e encaohoeirado.
PINDOBINHA. Log. do Esíado de Pernambuco, no muu. PINGUELA. Lagòa do Estado do R. G. do Sul, une-se á
de Ig '.arassú. Ha outros log. do mesmo nome nos muns. do tioPalmital pn- um estreito formado entre a ponta ao Morro
Pau d'Alho e Ipojuca. Alto e á costa opposta.
PINDOBINHA. Pov. no termo de Viçosa do Estado das PINGUELINHA. Córrego do. Estado de Goyaz. banha o
Alaaôas : tinha uma
cadeira raixta de inst. prim.. creada pela mu de Santa Luzia e desagua na margem dir. do ribeirão
i.
Lei Prov. n. 921 de 10 de julho de 18S3, a qual foi removida Alagoinha, aff. do Alagado.
para o pov. do Cipó, no termo de Atalaia pel.i. de n. 918 de 27
de maio de 188.Õ. PINHAES. Vide José dos Pinhaes (S).
PINDOBINHA. Riacho do Estado de Pernambuco, na freg, PINNHAES. Rio do Estado do Paraná, aff'. do Jordão, que
de Serinhaem. o é do Iguassu.

PINDUASSÚ. Ribeirão do Estado de S. Paulo, rega o mun. PINHAL. Cidade do Estado de S. Paulo. Vide Carlos do
Pinhal {S).
de Iguapé desagua no Ribeira de Iguapé pela margem di-
e
reita (Azevedo Marques). PINHAL. Cidade e mun. do Estado de S. Paulo, séde da
PINDUAMIRIM. Ribeirão do Estado de S.Paulo, aff. da
com. de seu nome, ao N. da Capital. Orago Divino Espirito
margem dir. do Ribeira de Iguapé. Corre no mun. deste nome Santo e diocese de S. Paulo. Foi creada dist. pela Lei n. 3 de
(Azevedo Marques). 2i de março de 1860, parochia do mun. de Mogy-mirim pelo
art. III da Lei Prov. n. G >0 de 24 de março de 1'860 elevada ;

PINDUCA. Log. do Estado de Minas Geraes, no muu. de á villa pela de n. 17 de 9 de abril de 1877 e á cidade pela de ;

Marinnna, banhado pelo rio do seu nome. n. 14 de 10 de março de 1SS3. Com. pela de n. 62 de 28 de
PINDUCA. Rio do Estado de Minas G=íraes, no mun. de fevereiro de 18.S1 e n. 80 de 2õ de agosto de 1812: classificada de
Marianna, entre Barra Longa e Cachoeira do Brumado. 2-1 entr. pelo Decr. n. 9.295 de 27 de setembro de 1884 Tem
6.000 habits. .Vgencia do correio. Lavoura de café e cereaes.
PINDUCA. Rio do Estado de Minas Geraes. aff. do Feital, Uma esirada, que é atravessa'Ia pelo rio Mogy-guassú, liga-a
que o é de S. Domingos e este do Urucuia.
á Penha do iiio do Peixe uma outra communica-a com Mogy-
;

PINEL. E' assim denominada uma lindíssima cascata exis- mirim. Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 49 de 14 de julho de
tente na aprazível e saluberrima cidade de Nova Friburgo, no 1869 n. 2.5 de 22 de março de 187i): art. V d i de n, 49de 2 de abril
;

Estado do Rio de Janeiro. Não ha muito dizia um espirituoso de 1871. Os rios que atravessam o mun. são os ribeirões dos
e jntelligente folhetinista da /''oí/io. A''oi!a: «.\queUes que ainda Porcos, da Balèi, .\rea Branca. Orissanga, Mogy-giiassú e o
não foram á cascata do Pinel não viram a mais linda pagina Jaguary e as serras da. Boa Visla, dos Limas e de Caldas,
;

deste álbum de paisagens, que se chama Nova Friburgo.» q :e prendeni-se á cadea do Cane d. A sua lavoura principal é
PINGA. o cultivo do café, .A unira E. de F. que possue éo ramal desta
Log. do Estado da Bahia, no dist. dos Remédios
mun. de Minas do Rio de Contas. cidade construído pela Companhia, Mogyana. Dista 48 kils. de
e
Mogy-mirim, 30 de S- João da Boa Vista. 30 da vdla do Ca-
PINGA. Serra do Estado da Bahia, corre parallela á ser- racol o 18 de Santo .Vntonio do Jacutinga. Os seus edifícios
rania do Sincorá e do Cocai. Neila eleva-se, sobi-e todos, públicos sao: a Santa Casa de Misericórdia, a Cadea e casa da
um morro denominado das Almas, coberto sempre de nevna ; Camara, o Lazaret o o .Mercado e a Matriz. Compreheiíde os
delle nasce, pelo lado do 8., o rio Taquary e pelo lado do N. o bairros do Eleutério, Villa dõ Monte Negro, Villa Vicente Gon-
Paulo, os quaes vão desaguar no Brumado. çalves, Sertãozinho, Morro Grande, Catingueiro, Barreiro
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Grande, Matta, Jardim, Santa Ci-uz e Morro Azul. — Origem e dizer-se, e coiu verdade o que é, e por isso. tendo diio a ver-
fundação do Espirito Santo do Pinlial: De uma cartado tabel- dade, resta-me mais esta: .\ erecção da capella é devida a
lião Sr. Francisco Pereira Machado, dirigi la d' S. João da Romualdo de Souza Brito, não só porque deu tis terras, como
Boa Vista ;io solii-itadoi- M.uioel Carlos de Moraes l''es3òa. ex- porqiie muito concoireu om
dinheiros e o mais que era pos-
traliimos os seguintes apontamentos sobi^e a origem e rund icão siveL ajudado p ir José Romualdo, que se prestou de corpo e
da antigi cap^lla. hoje cidade ilo Espiíúto Santo do Pinhal; alma, sempre em ajudar a obra da cspella, tendo também
«Clieg'iiei p;ira aquelh-" logar no dia 2.j de agosto de ISõl. |jai'a part neste serviço Joaquim Corrêa Gomes, que se pre-tava igual-
alli fazer minha residência, vindo tamisem eommigo meu linado ment'. Eis os primeiros princípios da Capella do Pinbal,\oje
p.ie .Manoel Pereira dos Reis, nossas f imilias e escravos. Ti- cirlade! 1! Quando veio residir para alli o primeiro sacerdote,
vemos por n)ora,da, poucos mezes. uma chacfira áquem da Ca- que foi o po.dre José Bento, trazido por Joaquim Raivo, eutão
pella, chácara essa, então de Joaquim Correa Gomes, na es- boiadeiro do logar, e homem assás conceituado, antes de
trada doí Br^ganceiros para a capella, O hignr on le se achavnm ch'gar alli mandou avisar ao povo que elle trazia um padre
fincados seis esteios para a edificação da capellasinha. estava embooMa, novo para o logar. e que sí lhe fizesse uma recepção.
ainda, por traz do outão futuro da mcíma. iodo em matfcas. Junio vae a cópia da escriptura da doação do património dessa
cap >eiris e piíiheiraes. O lurgo todo da capella (boje cidade) cidade- para ser archivado na camará do logar, si acharem
estava juncado de madeiras derribadas na queimada, ten-lo que valem alguma cousa estes apontamentos históricos, e outros
apenas um caminho que, d casa de José Justino dé Toledo
i que aimla p derei fornecer dos tempos passados. S. João da
(inspector de quarteirão daquelle tempo, que servia de capitão- Boa Vista. 30 de janeiro de 1387, Francisco Pereira Machailo.
mór), subii para os lados da fazenda de Romualdo de Souza Cópia.— Livro de notas n. 4 a fls, .52 e v. Escriptura publica
Brito, e dali para Ouro Fino, etc. Tinha apenas as casas prin- de doação de terras que f izein Romualdo de Souza Brito e sua
cipiadas seguintes ; a de Romualdo de Sou/.a Brito, fazendo-se, mulher D. Thareza Maria de Jesus, ao Divino Espirito Santo,
estava por barrear-se da qual era official carpinteiro Domingos —
na fazenda denoiuinada Pinhal—, de quarenta alqueires da
de Souza Freire, irmão do dono da casa; ainda uma casiuha terras de culturas como abaixo se declara, para património da
pequena, abaixo desta, que era do finado Pedro Xavier, onde Capella do mesmo Divino Espirito Santo. « Sailjam quantos
morava Jorge Allemão, ferreiro, Joaquim Corrêa Gomes já este publico instrumento de escriptura publica de doação de
tinha fincado os esteios da sua casa, no fundo do pateo, sem terras virem, que, no anno do Nascimento de Nosso Senhor
ter mais bemfeitorias ; ao lado direito, descendo, tinha uma Jesus Christo de mil oitocentos e quarenta e nove annos, vi-
casa da venda de Rita Cardoso, irmã de Francisco Mendes, gésimo oitavo da Independência do Império do Brazil, aos vinte
valentão do bairro, e para baixo s() tinha o inspoetiir José e sete dias do mez de dezembro do duo anno, nesta íresuezia
Quintino de Toledo. No fundo da capella. estava principiado de S. João da Boa Vista, leriao da cidade de IMogy-mirim e
o engenho de serra que fazia José Antonio de Souza Briio, feito província de S. Paulo, em casa ile morada de liomualdo de
pelo machiuista Eleutério de Oliveira Prestes. Também tinha Souza Brito, onde eu escrivão de paz e tabellião fui vindo para
uma pequena casa (abaixo do largo hoje), que era de Luiz Brito, passar a presente escriptura, ahi estavam presentes os ditos Ro-
na qual casa morei dous a tres mezes: bem como Joaquim Pe- mualdo e sua mulher Thereza Maria de Jesus, ambos de mim
droso estava f izendo uma casa do lado direito, subindo para o conhecidos pelos próprios de que trato, e dou fé. e por ellea
pateo. Eram as c,:sas que haviam nesse tempo, e mais uma outorgantes, marido e mulher, foi dito perante duas testemunhas
pequena perto de José Justino, em que morava Manoel da Silva, abaixo assignadas. que elles ouiorgantea são senhores cie duas
ao pé do ribeirão Logo, Pioraualdo. Joaquim Corrêa e José partes de terras de cultura, na fazenda d-snominada Pinhal, —
Romualdo, q le eraii' os protectores da oipella, estando a fincar cabeceira do Ribeirão dos Porcos, no districto da freg-uezia de
os esteios deila, empreitaram a sua factura, isto é. por linhas Mogy-guassú. de c ajas duas partes de terras fazem doação de
travas, eatiebeiral-a cora caibros, ripal-a, abaldramal-a. as- quarenta alqueires, para servir de património de capella do
sentar portas e fazer um alt a- provisório, com o official Eleu- Divino Espirito Santo, que se intenta findar no dito logar. cuja
tério de Oliveira Prestes por 2 J0,S- e de ficto este deu principio doação de quarenta alqueires de terras fazem muito de suas
á obra. cobriu e abaldramou a capella em roda até melados de livres vontades, sem constrangimento algum, nem elles e nem
novembro ou dezembro, e parou cor^i a obra. Já disse que o seus herdeiros poderão derrogar ou annuUar essa doação em
largo da capella estava juncado de páos da derribada, sem tempo algum, e elles ouiorgantes, doadores, declaram que em
limpa alguma. Neste tempo, lendo-se meu pae mudado da dito terreno dos quarenta alqueires de terras, que ora dão para
chácara do Correa para a casa do Romualdo na capella (a qual o dito património, reservam para si cento e vinte palmos de
ja estava barreada, e até já rebocada parte delia), por causa frente e seus competenies fundos, para seus edifícios em qual-
de incommod"s de minha mãe, não tendo ;dli quasi recurso quer logar que lhes for da mais commodo ; bem assim, re-
algum, e multe menos de sacramentos, por ser distante de servam mais sessenta palmos de frente e seus competentes
Mogy-guassú, constou ao patriarcha Romualdo de Souza Brito fundos, para se edificar uma morada de casa para o vigário que
que em casa de D. Luiza, mãe de um tal s^rolota, no Abertão, alli for residir e Jodos os mais moradores q le alli se quizerem
se achava o padre Manoel José de Faria, que era parente delia, arranchar pagarão o fòro de cem réis por braça annualmente,
e que trazia ornamentos para dizer missa. Veio o patriarcha sendo applicado para as despezas daquella igreja, e protestam
Brito á casa de meu pae, couvidal-o para irem oonde se de a todo o tempo q le se mover alguma iluvida em dito ter-
achava o padre, afim de verem si este queria dizer missa no re 10, delles o itorgantes doadores, fazer Ijoa, lirme e valiosa a
dia 25 lie dezembro de 18.51 até o dia.de anno Bom de 1852, dita doação, livre e deseinbaraçatia de cpi ilqiier duvida que por-
e caso elle acceitasse, para ^e ajunta)* o povo afim de limpar ventura se mova. de como assim o disseram e out rgaram.
1'^

o largo das madeií-as que alli estavam, e se fazer com as ta- pe liram a mira tabellião que lhes acceitasse suas outorgas, e
boas que estavam em redor da igr ja um cerco na capella- lavrasse a presente em minha nota eu, como pessoa publica,
;

zinha. ura soalho provis irio, paj-a alli o padre dizer as missas lhes ticeitei e lavrei a presente, que lida acceitaram e assi-
que desejaram fossem ditas. De facto, fcram os dous velhos gnaram. sendo a ro.uo da doadora Thereza Mtiria de Jesus,
aonde estava o padre Manoel de Faria, vulgo Chapéo de Junco- Manoel José Cf imes de .Vbreu, sendo testemunhas ])resentes José
Este acceitou o convite, e veio na véspera do Natal, arran- Luiz de Andrade e José Garcia de Oliveira Filho, depois de
chando-se com meu pae. Logo que voltaram os velhos com o lida por mim José Antonio ile Abreu e Silva, tabellião, que
padre, trataram de convidar o povo do redor para a limpa do escrevi em publico e raso. Em
testemunho da verdade (es-
pateo e ao cerco da capella. Junto o povo, uns cortavam os tava o signal publico). O tabellião, José .-Vntonio de .-Vbreu e
páos, outros carregavam os cortados, e os que não podiam ser Silva, Romualdo de Souza Brito, Manoel Gomes de Abreu, José
carregados por pessoas, eram arrastados por bois, limpo o Garcia de Oliveira l*'ilho, José Luiz de Andr.ade.— N. i». 160
pateo todo, que hoje tem a cidade. Foi feita a cruz grande —
réis.— pagou e sello 160 réis S. João da Boa ^''ista, 27 de de-
que havia alli, de um cedro dado por José Garciti, e feita pelo zembro de 1819 —
.Vndrade.— Desta 240 réis. Trasladada do
carapina Joaquim .Serrador, á espnnsas de meu pae foi afln- ;
livro retro mencionado, vae cenf n'me o seu original, ao (piai
caila ua véspera do Natal. Eu e José Romualdo. com o irmão me reporto o dou fé. Cidade de S. João da Boa Vista, :íO de
Luiz. nos importamos com o oereo da capella ;
cercamos delia de janeiro de 1887. Eu. Francisc Per -ira Mtichado. tabellião,
>

o preciso para o nich fiz -rnns um assoalho alto. e alli se escrevi e as-igno em piiblico e raso. Em testemunho da ver-
edificou o altar provisori 1, aond o p.u.lre Manoel José da Faria, dade. — Franiseo Pereira Machado».
de sa idosa memoria, disse as primeiras missas, uos dias 2.5,
as 3 oitavas daquelle tempo, 26, 27 e 2S, ;ité o dia 1" de Ja- PINHAL. Villa e mun. do Esta lo do R. G, do Sul, na
neiro de 1852, sendo ajudadas as missas por mim, E' preciso com. do seu nome. Oi-ago Santa Christina e diocese de S.Pedro
. .

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do Rio Grande do Sul A Lei Prov. n 06 de 25 de novembro de


. .
PINHAL. Serra doEstado do R. G. do Sul, faz parte da
1847 creou uma Capella com a invoçação de Santa Christi na no Serra Geral.
centro do 2'^ disti'. do mun. de S. Leopoldo, no logar denomi- PliNTHAL. j\Ierro do Estulo de Mina? Geraes, na freg. cie
nado Pinhal, á margem es.], do rio dos Sinos; a de n. 40-t de Alagòa e mni. de Ayiiruoca (Inf. loc.)
18 de dezembro de 1857 elevou-a á fi-eg. annexa ido-a ao mun. de PINHAL. Ribeirão do Bsfcado de S. Paulo, aífl. do rio Ja-
Porto Alegre: a de n. 1.251 de 14 de junho de 1830 elevou-a á caré, qu3 o é do .\tibaia, no mun. de Itatiba.
catesoria de villa e de com.; o Decr.' n. 8.7(31 de 18 de no-
vembro de 1852 classilicou-a com. de 1» entrancia. Tem agencia PINHAL. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o mun. do
do correio e eschs. pubis de instr. prim. Amparo e desagiux no rio Camandocaia.
PINHiL. Distr. do Estado de S. Paulo, no mun. de Scão PINHAL. Ribeirão do Estado dí S. Paulo, banha o ter-
Bento do Sapucahy do qual dista 22,2 kil-i. Orago Santo Antonio ritório do dist. de Santo .-Yntonio da Bja Vista e desagua na
e diocese de S. Paulo. Foi creado paroohia pela L^i Prov.
n. 2 margem dir. do rio dos Carrapatos. (Inf. loc).
de 23 de março de 1861, supprimida pela de n. 9 de 4 de março PINHAL. Pv,ibeirão do Estado de S. Paulo, corre para o
de 1876, restaurada pela de n. 13 de 16 de março de 1880. Sobre Apiahy e este para o Paranapanema.
suas divisa=i vide L'^i Prov. n. 2 de 23 de março de 1865, n. 41
de 12 de juiho de 1869 e 18 de abril de 1870. Tem 200 habs. PINHAL. Ribeirão do Estado de S. Paulo corre para en- ;

Agencia do correio. Lavovira de café e cereaes. A instr. prim. grossar o rio Jacaré -pepira-assú, trib. do Tietê.
é °dada em 2 eschs publicas. Está situada no alto da serra da PINHAL. Rio do Estado de S.Paulo, afl'. do Piracicaba,
jMantiqueira, nas cabeceiras do rio Sapucahy -mirim. que o é do Tietê; entre os muns. de Campinas e Limeira.
PINHAL Distr. creado no mun. de Santa Maria da Bocca
,
PINHAL. Ribeirão do Estado de S. Paulo, no mun. de Ja-
do Monte do Estado do R. O. do Sul pela Lei Prov. n. 1.350 de carehy. ( Inf. loc).
24 de abril de 1882. Orago S. José e diocese de S. Pedro do Rio
Grande. PINHAL. Córrego do Estado cie S. Paulo, banha o mun. de
Avaré e desagua no ribeirão S. João.
PINHAL Bairro do mun. da Limeira e Estado de S.Paulo,
com uma esch. creada pela Lei n. 378 de 4 de setembro de 1895. PINHAL. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de
Campina Glande e desagua no Capivary-mirim, alT. do Capi-
PINHAL Bairro no mnn. de Jacareliy e Estado de S. Paulo. vary-Grande. (Inf. loc).
PINHAL Bairro do mun. de Bragança, no Estado de S.Paulo, PINHaL. Ribeirão do Estado do Paraná, aff. da margnn
cora a esch. publ. de instr. prim. crenda pelo art.
uii I da Lei
esq. do Paranapàniema próximo á foz do ribeirão do Ouro.
Prjv. n. 18 de 15 de fevereiro de 1881.
PINHAL Bairro incorporado á freg. do Pilar pela Lei
PINHAL. Arroio do Estado do R. G. do Sul, reúne si com
o arroio Lageado do Pintado e juntos vão desaguar na margem
Prov. n. 70 de 2 dc abril de 1887 no Estado de S Pavilo
;
dir. do rio P.irdinho, trib. do rio Pardo.
PINHAL. Log. no mun. de Porto Feliz do Estado de São PINHAL. Ribeirão aff. do Mogy-guassú corre próximo ás ;
Paulo. divi-as de Minas com S. Paulo. Recebe o Bòa Ventura.
PINHAL. Log. no mun. de Itapetininga do Estado de São
PINHAL. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, passa a
Paulo. uma emeia légua de distancia da freg. de S. Carlos do Jacuhy.
PINHAL. mun.
de Santa Izabel, no Estado de
Bairro do
PINHAL. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
S. Paulii ; com uma
publ. de instr. prim. creada pela
esch.
Bananal, que o ó do rio Preto.
Lei Prov. n. 33 de 24 de março de 1876.
PINHAL. Bairro do mun. de Itatiba, no Estado de S.Paulo;
PINHAL. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. da
margem dir. do rio Grande.
csni uma esch. publ. de instr. prim., creada pela Lei Prov.
n. 52 de 30 de março de 1876. PINHAL DE CIMA. Pov. do nvm. da Limeira, no Estado
de S. PaMlo.
PINHAL. mun.
de Guaratinguetá, no Estado de
Bairro do
S. Paulo com uma esch. publ. de instr. prim., creada pelo
;
PINHAL DO PICO AGUDO. Bairro do mun. de Parahy-
art. 1 § IV da Lei Prov. n. 50 de 22 de fevereiro de 1881. buna do Esiado de S, Paulo com uma esch. publ. creada pela
;

Lei Prov. n. 8 de 15 de fevereiro de 1831.


PINHAL. Bairro do mun. de S. Sebastião do Tijuco Preto,
no Estado de S. Paulo; com uma esch. p;ibl. de inslr. prim., PINHALZINHO. Bairro do mun. do Itapetininga, no Estado
creada pela Lei Prov n. 81 de 17 de junho do 1881. de S. Paulo: com uma esch. publ. de inst. prim., creada pela
Lei Prov. n. 51 de 2 de abril de 1883. Agencia do correio,
PINHAL. Log. do Estado do Paraná, no mun. de Votu- creada pela Portaria de 13 de seternljro de 1884.
verava.
PINHALZINHO. Bairro do mun. do Cunha, no Estado de
PINHAL. Pov. do Estado de Minas Ge^^aes, a nove kils. S. Paulo ; com uma esch. publ. de inst. i)rimaria.
da freg. do Carmo do Campo Grande no mun. de Tres
;

Pontas. PINHALZINHO. Bairro do mun. de Lorena, no Estado de


S. Paulo com escholas.
PINHAL. Bairro na freg. da Virgínia, mun, da Christina e
;

Estado de Minas Geraes. PINHÃO. Log. do listado do R. G. do Norte, no mnn. do


Martins, com um açude.
PINHAL. Log. do Estado de Minas u raes, no distr. de
S. João Nepomuceno do mun. de Lavras, PINHÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Bom
Jardim
PINHAL. Estação da E. F. de Santa Maria á Cruz Alta,
no Estado do Pv. G. do Sul, entre as estações de Santa Maria e PINHÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. do
Colónia S. João Baptista do mun. de Ilabiraby com duna esclis. ;

publs. de inst. prim., creadas pelas LeisProvs. ns. 1.855 de 23


PINHAL. Ranial da E. de F. Mogyana, no Estado de São de maio de 1873 e 1.759 de 30 de novembro de 1872.
Paulo. Começa na estação de Mogy-guassii e vae a E. Santo do
Pinhal. Tem as seguintes estações: Conselheiro Laurindo, PINHÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist de
Nova Louzan, Moita Paes e E. Santo do Pinhal. S. João Baptista do Arrozal emun. doPirahy.
PINHAL. S^rra do Estado de S. Paulo, no mun, do Soc- PINHÃO. Log. no mun. de Magé e Estado do Rio de Ja-
corro (liif. loc). neiro, no Iriry. Ha ahi uma fonte de boa agua.
PINHAL. (Serra do) Uma das ramificações da fertilissima PINHÃO. Bairro do mun. de Tauijaté, no Estado de S. Paulo ;

serra da Fartura, que esisnrie-se na margem esq. do P.irana- com uma esch. publ. creada pela Lei n. 101 de 24 de setembro
panema desde as proximidades de Faxina até ao Salto Grande de 1892.
e constitue a inimensa série de collinas que possuem tanto PINHÃO. Dist. do termo de Guarapuava, no Estado do Pa-
renome de fertilidade o que estão alé hoje na sua mínima parte raná. Tem uma esch. publ., creada pela Lei n. 221 de 15 de
cultivadas. dezembro de 18'J6.

/
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PINHÃO. Rio do Eslado do Paraná nasce nos campos do : inst. prim., uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 032
Guarapuava, desagua no rio Jordão, alt'. do Igua^ísú. iVtra-
e de 19 do )ullio de 1879. Foi elevada á categoria de villa pela
\tíssa a estrada que de Guarapuava vai ao Porto da União. Lei n. 321 de 6 de julho de 1835. O logar onde está boje Pi-
nheii'o chamou-se antigamente Ponta de ^{el. O governador
PINHÃO.
Córrego do Estado do Minas Geraes. rega o mun.
interino lenente- coronel Fernão Cirrilho concedeu ã Sebastião
de S. João d'El-Rei e desiigua no ribeirão das Vaccas. Corre
pelas divisas da freg. do Cajuru.
Gomes de Souza em 1701 a sesmaria das terras que correm do
igara);é Paracury até a dita ponta. Fundou o donatário nesti
PINHÃOZINHO. filo do Estado do Paraná; sa.lie dos Campos uma fazenda, que chamou Pinheiro, nome que se estendeu ao
de Guarapuava e desagua na margem esq. do rio Jordão. logar.
PINHEIRA. Ponta na costi do Estado de Santa Catharina. PINHEIRO. Villa e mun. do Estado de Maranhão, na com.
do seu nome. Drago Santo Ignacio e diocese do Maranhão. Foi
PINHEIRAL. Arroio do Estado do R. G. do Sul, do ;i.íf.
prjmilivam-'nte um aldeiamento de Índios. Creada parochia do
rio Taquary-jnirim. mun. de Guimarães pela Lei Prov. u.370 de 26 maio de 1855 e
PINHEIRINHO, Bairro do mun. da Redempção e Est do elevada á categoria de villa pela de n. 439 de 3 de setembro
de S. Paulo. de 185i). Creada com. pela de n. 1.333 de 8 de maio de 1884 e
PINHEIRINHO. Classificada de 1^ entrancia pelo Dec. n. 1-11 de 10 de
Bairro do Estado de S. Paulo, no mun.
janeiro de 1890. Tem duas eschs. publs. de inst. pr m. Agencia
de Taubaté.
do correio. A pop. é avaliada em 1500 habs. O mun. ao
PINHEIRINHO. Capella do mun. de Passa Quatro eEbtado N. e a L. é geralmente plano,- compòe-se de extensos campos
de Minas Geraes: com uma esch. publ., creada pela Lei n. 106 que ficam inundados na estação invernosa e desspecam pelo verão,
de 24 de julho de 1891. licando um ou outro Irgo ao S. e a O. compõe-se de capueií-as
:

PINHEIEINHO. e l.osques; e ao centro contem maltas em terrenos monta-


R-o do Estado de S. Paulo, banha o mun.
de Brotas e desagua no Jacaré-pepira (Ini'. loc). nhosos. E' banhado pelos nos Ribeirão, Pastos Bons, Pacas. For-
taleza, Santa Maria e alguns outros, ijs mineraes mais usiiaes
PINHEIRINHO. Córrego do Estado de S. Paulo. Fornece que encontram-se alii são a pedra de construcção, p.^dras de
agua ao abastecimento da cidade de Araraquara. amolar e barro de olaria; consta que jjossua minas de ouro.
PINHEIRINHO. Rio do Estado do Saata Catharina, alT. do Cultura dealg)dão, milho, arroz, feijão, canna de assucar,
Araranguá. cale e algam fumo. Criação de ga'io. O mun. é geralmente salu-
bre, npparecendo lorlavia no principio e fim das chuvas febres
PINHEIRINHO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, na intermittentes de fácil debellação. Comprehende os povoados
colónia Jaguary. Corre para o rio deste nome. Piricuman 3 Gama. Sobre suas divisas, vide entre outras as
PINHEIRINHO. Rio do Estado de Minas Geraes. banha as leis Provs. n, 557 de 31 do maio de 1860 n. 959 d>' 28 de junho
;

]) ir.ich as de S. Domingos e Sumidouro do termo de Marianna e de 1871 n. l.U31de 17 de julho de 1873 n. 1.151 de 29 de
; :

desagua no Gualaxo. agosto de 1876 n. 1.218 de 12 de março de 1881 n. 1.287 de


: ;

25 de julho d- 1883 n. 1.359 de 5 de maio de 1885 n. 1.363


PINHEIRINHO. Córrego do Estado de Minas Gerae?, aíl'.
de 13 de abril 1886.
; :

do ribeirão Passa Quatro, trib. do rio Verde.


PINHEIRINHO. Rio do Estado de Minas Geraes, na estrada PINHEIRO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun.
do Piranga. Orago N. S. da Saúde e diocese de Marimna. Sim-
que de Monta Santo segue para S. Sebastião do Paraiso. Tena ples dist., foi incorporado á parochia e mun. do Piranga pelo
uma po.ite no logar denominado Boa Vista. art. XXVI § IV da Lsi Prov. n. 472 de 31 de maio de 18.50.
PINHEIRINHOS. Bairro do mun. de S. Roque, no Estado Torno i-se séde da freguezia do Sumidouro pela de n 1.397 de 27 .

de S. Paulo com duas e^chs. publs. creadas pe as Leis n. 101


; de novembro de 1867 disposição essa que foi revogada jiola de
:

de 21 de setembro de 18J2 e n. 25'J de 4 de setembro de 1893. n. 1.630 ds 21 de setembro de 1870. Desmembrado da parochia

PINHEIRINHOS. Log. do mun. de Concha^!, no Estado do do Sumidouro e incorpora.do á do Piranga pelo art. V § I da de
n. 1.998 de 14 de novembro de 1873. Foi creado paracliia com
Paraná ; com uma
esch. publ. de instr. prirn., creada pelo art. I
da Lei Prov. n. 450 de 6 de abril de 187íj e uma capella da
a invocação de Sant'Auna pelo art. II da de n. 2. 139 de 28 de
§ I
oatuliro de 1875. Sobre suas ilivisas vide art. I da Lei Prov.
invocação do Senhor Bom Jesus. Dista da
:
villa de Conchas cerca
n. 2.308 de 11 de julho de 1876: n. 3.387 de 10 de julho de
de cinco kilometros.
188Ò (art. V). Do arraial parte uma estrada (jue vai ao da Ta-
PINHEIRINHOS. Pov. do Estado do R. G. do Sul, no pera e dalii á cidade de Viçosa de Santa Rita. Agencia do
mun. de Santo Antonio da Patrulha : com uma esch. publ. de correio, creada pela Portaria de 18 de março de 1885. Tem
instr. prim., creada pela Lei Prov, n. 723 de 14 de abril eschs. publs. de inst. prim. Comprehende o pov. Taquarassú.
de 1871.
PINHEIRO. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun.
PINHEIRINHOS. Pov. do Estado de Minas Geraes, ai^ de Diamantina coju duas eschs. publs. de inst. prim.. creailas
;

kils.da cidade de S. José do Paraiso com uma capella e mai''


; pelo art. I § l da L i Prov. n. 2.470 de 23 de outubro de 1878 e
de 20 casas. art. I § II da de n. 3.39jde2i do j:ilho de 18S6.
PINHEIRINHOS. Arraial novo do Estado de Minas Geraes, PINHEIRO. Estação da E. de F. Centr.il da Bahia, no
banhado por um
do rio Angahy, com a altura approximala
aíl. ramal da Feira de Sani'Anna, no kil. 18, a 248 metros ile altura
de 93J meti-os. Estava situado em más condições na mar:;'em do sobre o ni\el do mar.
Angahy porém, por iniciativa de fazendeiros, mudaram-o para
;

Pinheiriniios, onde edificaram uma egreja, uma casa pai'a esf.h.


PINHEIRO. Ponta na costa do Estado do Pará, a sete
e casas de morada, formando ruas alinhadas. E" o antigo Angahy.
milhas ao S. do Chapéo Virado. E' de terreno baixo e b^m
conhecida, não só por servir de guia para a navegação do rio
PINHEIRINHOS. Ribeirão do EstKlo de S. Paulo, aíl. da Pará como pela antiga casa. ipi-' ainda nella se vè, destinada
margem dir. do rio Tietê. outr'ora para hospital dos Lázaros.
PINHEIRINHOS. Rio do Estado de S. Paulo, nasce no mun. PINHEIRO. Ilha do Estalo do Pará no rij Xingú e mun.
de Xazareth, e entra em território da freg. de Juquery, onde de Souzel. (Inf. loc.)
toma este nome.
PINHEIRO. Ilha montanhosa, fronteira á pedra do Thi-
PINHEIRINHOS. Pvibeirão do Estado de Minas Geraes, baú, na costa de Inhaúma, da <|ual é separada por um estreito
banlia o mun. de Caldas e desagua no rio das Antas (Inf. loc). canal. Na carta de Candi !o jM^ndes ó desiiinada por ilha de
PINHEIRINHOS. Córregos do Estudo de Minas Geraes, Míninel I.>f'z e na da Marinha, levantada em 1810, tem o nome
nasce na Mantiqueira e desagua na margem esq. do rio B;in- dedilha de Iiilianma, (Fausto de Sauza. A b.ihiu, do Jl. de
deirinliM, aft'. do rio das Mortas. Janeiro.)

PINHEIRO. Villa do Estado do Pará, no mun.' da ca])ilal.


PINHEIRO, llhe do Estado do Paraná, no mun. de Guara-
Tinha por orago San' a kessava.
Isabel. Perdeu a denominação de Sania
Isabel do Pinheiro pela de S. João, em virtude da Lei Prov. PINHEIRO. Serra do Estado do P>.io de Janeiro, no dist. do
n. 1.167 de 16 de abril de 1883. Tèm duas esch. publs. de S. José do Ribeirão.
. ;

PIN — 224 — PIN

PINHEIRO. Rio do Estado do Pará, banha o mun. de Bra- Installada a 8 de janeiro de 1883. Tem duas eschs. publs. de
gança no rio Caeté pela margem dir. (Inf. loc.).
e (le<agiia inst. prim. Agencia do correio. Uma estrada liga-a á estação
de Lavrinha.s. Sobre suas divisas viile: art. VI da Lei Prov.
PINHEIRO. Rio do Estado do Ceará ; tem origem no termo n^ 31 de 10 de aliril de 1872. Comprebende os bairros do J icú e
do Tamboril e desagua no Poiy abaixo da villa de Caratheús do Rio Claro Este mun. conlina ao N. com o Estado de Minas
no logar Santo Antonio. Recebe o Bôa Vista. Geraes pela serra da Mantiqueira; ao S. e E. com o mun. de
PINHEIRO. Riacho do Estado do Rio de Janeiro, afli'. do Queluz pelos nos Claro e Parahyba e a O. com o do Cruzeiro
;

rio Pirahy. pelo rio do Lopes. 'O território é quasi todo montanhoso, sulcado
de bellissimi.is rios e coberto de densas florestas. E' airavtssado
PINHEIRO. Rio do Estado do Paraná, afl'. do Itararé.
por dilferenles ramificações da serra da Mantiqueira, e pelos
PINHEIRO. Rio do Estado de Minas Geraes, no mim. de rios Parahyba, Claro. Jacti, Ijopes, Jacii-mirim r do Braço.
Diamantina. Recebe o rio das Pedras, Caldeirões, o córrego Lavoura de café. fumo e cereaes. A pov. foi creada trimitiva-
Morrinhos. E'. formado pelos córregos Guinda e Irieri-Beri e mente por Manoel Novaes da Cruz e Honorio Fidélis do Espirito
desagua no Jequitinhonha. San to
PINHEIRO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nasce PINHEIROS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist.
em um contraforte da seri'a de Santa Riia, em terrenos da fa- de S. José do Rio Preto.
zenda do Pinheiro, toma a direcção E. O. indo desagu 'r na
margem esq. do rio do Peixe, trib. do rio das Mortes, próximo PINHEIROS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. do
ao Capão Comprido,
Pirahy, á margem do rio Parahyba. Cultura de café. .'\hi fica
uma estação da E. deF. Ceulral do Brazil (ramal de S. Paulo),
PINHEIRO. Córrego do Estado de Minas Geraes, vai ou é inaugurada a 2.5 de março de 1871, distante 13 j's0.ã8 da Capital
um dos formadores do ribeirão do Bom Jardim, aff. do rio das aederal, a 305'",.585 de altura sobre o uivei do mar e entre as
Mortes Pequeno. estações da Volta Redonda e Vargem Alegre. Tem agencia do
PINHEIRO. Córrego do Estado de Minas Geraes, aíT. da correio e estação telegraphica. A
parte dessa estrada da Vargem
margem esq. do ribeirão Alberto Dias. Alegre a Pinheiros (8is273) foi inaugurada a 25 de março de
1871 e de Pinlieires a Barra Mansa (23'',825) a 16 de setem-
PINHEIRO. Córrego do Estado de Goyaz. aff. da margem bro do mesmo anno, A Lei Prov. n. 2.795 de 17 de novembro
esq. do rio das Almas. Recebe o córrego do Guerra ( Cunha
de 1885 creou ahi uma esch. publ. de insi prim. para o sexo
.

Mattos). feminino, além de uma outra para o século masculino.


PINHEIRO. Córrego do Estado de Goyaz, aíT. da margem
PINHEIROS. Bairro do mun. de Xiririca do Estado de
dir. do ribeirão Alagado, trib. do rio Corumbá (Inf. loc).
S. Paulo. A Lei Prov. n. 60 de 2 de abril de 1883 creou ahi
PINHEIRO. Ribeirão do Esiado de Matto Grosso, desagua uma esch. prim. para o sexo feminino.
na margem dir. do Gnyabá, pouco abaixo da freg. da Guia.
E" também denominado Itamaraoá.
PINHEIROS. Bairro do mun. do Bananal, no Estado de
S. Paulo.
PINHEIRO. Lago do Estado do Maranhão, napov. do seu
PINHEIROS. (Sania Cruz dos) Bairro do Estado de
nome. « Todo
o lago do Pinheiro, dizia o coronel Pereira do
Lago, coberto de um forte tecido de capim á superlicie,
é
S. Paulo, no mun. da Natividade, com eschola.
chamado arroz bravo, e de um arbusto aquático, que com PINHEIROS. « Aldeia de indios da nação Guayanaz
tal união se entrelaçam horisontalmente suas raizes, e a tal outr'ora existente á margem do rio que lhe dá o nome, creada,
ponto de consistência, que por cima se anda de pé, impe- segundo a tradição, pelo venerável padre José de Anchieta.
dindo a livre corrente das aguas, a necessária navegação, Fica a 1 !4 legua, ou 8,3 kils. a Oeste da Capital (do Estado de
faltando o peixe, e augraentando só prodigiosamente o nu- S. Paulo). ('Im tempos anteriores foi alli creada uma parochia,
mero de cobras, jacarés, e muitos difFerentes bichos ; até se supprimida depois por Decreto de 21 de março de 1831. Este
vê unia ilha, a que chamam Ambulante, de 2U0 braças de logar é hoje um pequeno arraial da parochia da Consolação, no
comprimento e 20 de largura, e uma grossura de terra de 4 a qual existe creada uma cadeira de inst. publ. pnm. para ambos
5 palmos, o que observei metteiido uma vara, e onde ha já os sexos.» (Azevedo Marques. Ijíco, da Prov, de S Paulo.)
arvores, a que chamam faveiras, de tronco de õ isollegadas de Foi e^sa esch. creada pela Lei Prov. n. 10 de 15 de junho
grossura, e com 20 palmos de alto ; este nojento e perigoso de 1869.
charco se atravessa por um canal atra vez daquelles baleeiros,
apenas de 10 palmos, tanto quanta de boca temumacanóa. »
PINHEIROS. Pov. do Estado do R. G. do Sul, no mun.
de S. Leopoldo; com uma esch. publ. de inst. primai-ia.
Communica com o lago Turira.
PINHEIROS, Dist.- do mun. do Pouso Alto, no Estado de
PINHEIRO. Lagoa do Estado do R. G. do Sul, na costa do Minas Geraes.
oceano entre a do Capão Alto e a da Xarqueada.
PINHEIROS. Bairro do mun. do Carmo do Rio Claro, no
PINHEIRO. Porto no rio Mogy-Guassú, mun. do Ribeirão Estado de Minas Geraes.
Preto e Estado de S. Paulo. (Int. loc).
PINHEIRO. PINHEIROS. Morro do Estado de S. Paulo, no bairro do
Cachoeira no rio Uruguay, a 3'S869 abaixo da Pau Grande.
cachoeira do Cerne.
PINHEIRO GROSSO. PINHEIROS. Serra do Estado de Minas Geraes, no muu.
Córrego do Estado de Minas Geraes, do Carmo do Rio Claro, atravessada pelo rio Sapucahy.
do ribeirão do Campestre, que o é dj rio das Mortes. Re-
afl'.

cebe o Giiarda-mór. PINHEIROS. Morro do Estado de Minas Geraes, no dist.


do Carmo do Campestre.
PINHEIRO MARCADO. Serra do Estado do R. G. do
Sul. Faz parte da Serra Geral. PINHEIROS. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, banha
o muu. de Therezopolis e desagua no Gouvèas perto da ','argem.
PINHEIRO RALO. Aldeamento do Estado do R. G. do
Sul, no dist. de N. S. da Luz, mun. do Passo Euiido. Couta PINHETROS. Rio do Estado de S. Paulo, aff. da margem
2.5'4 imlios, sendo 15! homen> e Inl mulheres, dos quaes 90 bapti- esq. do Tietê. « Tem origem, diz Azevedo Marques, nos mont as
sados, e saliem ler dous. Plantam milho, feijão, arroz, etc. Oc- a poent^ da cidade de S. Paulo, jiela qual pa^-sa a pouco mais
cupam-S' também na fatiricação de lierva-matte. Tem um di- de legua, ou 5..") kils. <le distancia, na direcção Sul. Em lenipos
rector (Rdai da Agricultura. 1885).
.
m lito antigos l'oi conhecido com os nomes de Pio (iranilc e
(jeryb itiba. Corre na direcção mais geral do K. i ara O. e na
PINHEIROS. Villa e muu. do r:stado de S. Paulo, na altura da fi' guezia de S. Bernarilo curva-se um pouco para
com. rle (^tueluz, em lerreno elevailo, :i margem esq. do Para- .

Nu., e rega o.s muns. da Capital e Santo .Vniaro.»


hyba, a N. K. .la Capital, distante Ki.ij kils. i| Qu luz. 71,1 •

de Barreiros, :i.3.:'. de An ás e a Mn ,1o Bananal. Tem 3 7:^3 PINdEIROS. Iii0'io l':sta !o de S. Paulo, trib. do no Lou-
habs., cuja maioria cultiva, café e cereaes. (Jrago S. Francisco renço Velho. Corre na. dir ceãi' mais geral de E. para ()., no
de Paula e diocese de S. Pado. Foi erealu paiajcLia do mun. mun. de Ubatuba.
de Queluz pela Lei Prov. n. 32 de 13 de março <le 1846 e elevada PINHEIROS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, no mun. do
á categoria de villa pela de n, 87 de 27 de junho de 1881. Bom Successo corre para o Pa'rana()anema. (Inf. loc).
;

37.575
. .

PIN — 225 — PIN

PINHEIROS. Correg-o do Estado de S. Paulo, banha omun. Cruz: « Pov. situada na foz do Jacuhy, isto ê na juncção do
de Avai'é e desagua no ribeirão da Boa Vista. Jacuhy com o Guahyba, a dous kils. mais ou menos e ao NO. de
PINHEIROS. Rio do Estado do Paraná, binhaomun.de Porto Alegre. Conta approximadamente umas 40 casas, muitas
Guaratuba e desagua na bahia deste nome. (Inf. loc). das quaes de madeira, disseminadas ao longo das margens do
rio. A' dir., em terra firme, acha-se uma olaria, importan-
PINHEIROS. Rio do Estado
Santa Catharina, rega o
de tíssimo estabelecimento pertencente a um allemão. Aparte XE^
mun. do Bom Jesus do Para ty. A Lei Prov. n. 803 de 10 de da pov, fica sobre uma ilha muito alagadiça, porém coberta dê
abril de 1876 autorisou a abertura de um canal que désse livre frondoso arvoredo. Ao S. desta ilha corre o arroio da Jlaria
naTegação entre a lagòa dá Cruz de Ifcapocú e esse rio. Conga, pelo qual transitam "m dias de grande ventania os va-
PINHEIROS. Arroio do Estido do R. Grande do Sul, aíT. pores qne temem atravessar o largo defronte da capital.»
da margem dir. do Botucarahy. PINTADA. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun. do
PINHEIROS, Arroio do Estado do R. Grande do Sul, trib. Martins, com um açude.
oriental do rio Taquary. Ha um outro arroio do mesmo nome PINTADA. Serrote do Estado do R. G do Xorte, no mun.
aff. do Forqueta, trib. do Taquary. do Martins.
PINHEIRO SECCO. Pov. do Estado do Paraná, no mun. de PINTADA. Serra do Estado do Parahyba do Norte, no mun.
Tibagy. de cuja séde dista 6,6 iíils. e do pov. da Penha 13.2. Em da Conceição.
1387 tinha 3S fogos e 248 habitantes. (Inf. loc).
PINTADA. Ilha situada no rio Parnahyba, próxima das ilhas
PINHEIRO SECCO. Rio do Estado do Paraná nasce a O. ; denominadas Sabonete, Anta, Furo e Muqueai (J. M. P. d'Alen-
da serra dos Agudos e desagua no rio Tibagy, aff. do Parana- castro. Noticia da prov. do Píauby.)
panema.
PINTADA. Pequeno arroio que desagua no Guahyba um
PINHEIROS RALOS. Log. no mun. de Lages do Estado de pouco acima da cidade de Porto Alegre; no Estado do R. G.
Santa Catliarina. do Sul.
PINHEIRO TORTO. Arroio do Estado do R. G. do SuL ba- PINTADA. Lagòa do Estado do Maranhão, na freg. do Burity
nha o uiuii. do Passo Fundo e desagua no Jacuhysinho. (Inf. loc.)
PINHEL. Antiga parochia do Estado do Pará, extincta pela PINTADAS. Pov. do Estado da Bahia, no mun. do Camisão.
Lei Prov. n. 233 de 21 df dezembro de 1853. Orago S. José. Foi
incorporada ao mun. de Brazilia Legal {depois Itaitubaj ppla PINTADINHO. Log. do Estado do Ceará, no termo de
Lei Prov. n. 266 de 16 de outubro de 1854. Tem duas e-ichs. Lavras
publs de instr. primaria, um das quaes creada pela Lei Prov.
i PINTADO. Morro do Estado do Ceará, no dist. de Areas.
n. 842 de 19 de abril de 1875. Fica na margem esq. do Tap ijoz,
cerca de 15 kils. distante de Santo Ignacio do Boim. E" a antiga
PINTADO. Morro do Estado do Ceará, no mun. da Palma.
aldèa de S. José do Matapús, fundada pelo padre jesuíta José da PINTADO. Serra do Estado da Bahia, a seis léguas da villa
Gama, em 1722. Pertence ao mun. de Aveiro. Foi elevada á da Conceição do Coité.
pov. pela Lei n. 324 de 6 de julho de 1895. PINTADO. Riacho do Estado doR. G. do Norte, no mun.
PINHEL. Pov. do Estado do E. Santo, na estrada que do de Apody. Vai para o rio deste nome.
Cachoeiro de Santa Maria vae encontrar a de S. Pedro de Al- PINTADO. Rio trib. da margem esq. do Iguassu, aff. do
, cantara. Foi um quartel estabelecido pelo governador Rubim Paraná. Sua foz fica entrai.a dos rios Areia e Cachoeira.
em 1817.
PINTADO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha o
PINHO. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. da Pal- mun. de Iiaquy e desagua no rio Uruguay.
myra.
PINTADO. Córrego do Estado ds Minas Geraes, banha o
PINHO. Ribeirão do Estado de Minas Gôraes, aff. do rio mun. de Sabará e desagua no ribeirão Bento Martins, depois
Preto, que o é dò Parahybuna. Sarzêdas.
PINPIO. Rio do Estado de Minas Geraes, passa pelo mun. de PINTADOS. Rio do Estado de Goyaz, aííi. do Crixá-assú,
Palmyra e desagua no Piau. Recebe o Posse, e nasce na fazenda que o é do Araguaya.
de Manoel Maria de Sá Fortes.
PINTÃO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, no mun, de Bom
PINHO. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, banha o Successo. Corre para o Paranapanema (Inf. loc.)
território do dist. de Dattas e desagua na margem esq. do rio
deste nome. (Inf. loc.) PINTÃO. Lago do Estado do Pará, no mun. de Orisimina-
PINHO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do rio do ' PINTA-OCA. Igarapé do Estado do Pará, na circumscripção
Peixe do Serro. (Inf. loc.) de Alcobaça e com. de Baião. Desagtia na margem dir. do rio
Tocantins.
PINHÕES. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. de
Santa Luzia do Rio das Velhas. PINTAS. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. da
Conceição (Inf. loc.)
PINHÕES. Córrego do Estailo de Minas Geraes, banha o mun.
do Caeté e desagua no rio Sabará, aíF. do rio das Vellias. PINTO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Canho-
em Paquevira.
tinho,
PINHOS- Log. do Estado de Minas Geraes, sobre o rio Novo.
no dist. do Descoberto do mun. de S. João Nepomuceno. Ha ahi PINTO. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. de Bello
uma ponte. líorisonte, antigamente do Curral d'El-Rei.

PXNIRY. Rio do Estado do Amazonas, desagua na margem PINTO. Morro bastante elevado, no mun. do Joazeiro do
dir. do Purús entre os rios Catraquiry e Cuiarian. Estado da Bahia.

PINTA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de PINTO. Morro no mun. de Magé e Estado do Rio de Janeiro,
S . José da Boa Morte na Piedade.
PINTA., Serra do Estado do Maranhão, no mun. de Vianna. PINTO. Morro no Districto Federal, no disl. de SanfAnna.
PINTA.
Igarapé de Estado do Maranhão, no mun, de Vianna. E' muito habitado. Tem uma capella.
No mesmo mun. ha um outro igarapé denominado Pintainha. PINTO. Ponta na costa do Estado do R. G. do Norte, na
PINTA CACHORRO. Riacho do Estado do R. G. do Norte, parte comprehendida entre a ponta dos Búzios ea barra do R.
nasce na gruta do Rangel, banha o nmn. de Trahiry e desagua G. do Xorte.
no rio deste nome no logar Caigai-inha (Inf. loc.) PINTO. Ilha do Estado deE. Santo, na bahia deste nome,
PINTADA. abaixo da foz do Cariacica.
Pov,, distado do R. G. do Sul, no mun. da
Capital, á mai-gem air.,Sí> Guahyba. Tem
uma esch' publ. de PINTO. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no niuu. de
inst. prim. Nobi-e ella "^reve-nos (1887) o agrimensor, Alcides Angra dos Reis.
DICC. GEOG 29
.

PIN — 226 — PIP

PINTO. Ilha do Estado do Paraná, no mun. de Guara- PINTOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes. affl. da mar-
kessaya. gem dir. do Alberto Dias. Recebe pelamax'gem dir. os córregos
Freitas, no da Cachoeirinha e do Condé.
PINTO. Praia na lagôa Rodrigo de Dlstricto
Federal. PINTOS. Córrego do Estado de Goyaz, banha o mun. de
PINTO. Riacho do Estado do R. G. do Norte, no mun. de Santa Luzia e desagua na margem dir. do ribeií-ão Descoberto,
trib. do rio Corumbá. (Inf. loc).
Caicó.
PINTO. Rio do Estado do E. Santo, aff. do Itapemirim- PINTURAS. Rio do Estado do R. Q. do Nort3, affl. do rio
Liga-se ao rio Novo pelo canal do seu nome. Piranhas ; nas divisas da freg. de Jucurutu.
PINTO. Rio do Estado do Paraná, aff. do Nhundiaquara, PIO (S.). Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. do Rio
pela margem Na sua confluência acha-se o núcleo colonial
dir. Preto emun. de Paracatú com uma esch. publ., creada pela
;

denominado —
Rio do Pinto. —
Nasce na serra da Prata e tem Lei n. 106 de 24 de julho de 1894.
um curso de 30 kils Em sua margem dir. acha-se a poToação
.
PIOCA. Vide Ipioca. Na então villa desse nome nascsu a
de Anhaia. 30 de
abril de 1839 o benemérito marechal Floriano Peixoto,
PINTO. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, aff. da fallecido a 29 de junho de 1895 na estação da Divisii (fazenda
margem dir. do rio do Braço, trib. do Tijucas. do Paraizo), no Estado do Rio de Janeiro.

PINTO. Córrego do Estado de Goyaz, banha o mun. de Santa PIOCOBGÊ. Rio do Estado do Maranhão, affl. da margem
Luzia e desagua na margem esq. do ribeirão Ponte Alta. trib. do esq. do rio Grajahú (Atlas de C. Mendes). No Atlas de^Lo-
Alagado (Inf. loc.) Do mesmo mun. nos dão noticia de um mellino de Carvalho acha-se escripto Pisoóbyê.
outro córrego aff. da margem esq. do rio Corumbá.
PIOLHO. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
PINTOR. Rio trib. do Siriry, no Estado de Sergipe. de Sabará e desagua na margem es,][. do rio das Velhas
inf. loc.
PINTORES. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de ( ).

Inhaúma, ant. Santo Antonio do Monte. PIOLHO. Nome por que também é designado o rio Guari-
PINTOS. Log. do Estado do Ceará, no mun. do Jardim, leré ou Coariteré, trib. da margem oriental do Guaporé no ;

Estado de Matto Grosso.


PINTOS. Arraial do Estado das Alagoas, em Piassabussú,
PIO NONO. Parochia do Estado do Piauhy, creada no mun.
PINTOS. Pov. do Estado de Sergipe, na freg. de N. S. da de Jaicós pela Lei Prov. n. 1.078 de 13 de jaUn úe 1883. Or igo
Conceição do Riachuelo do termo desie njme. Tem duas eschs. N. S. do Patrocínio. Diocese do Maranhão. Tem uma esch.
publs. de inst. prim.. uma para o s?xo masculino, creada por )3ubl. de inst. prim. para o s^xo masculino, creada psla Lei
Lei Prov. n. 236 de 15 de março de 1849 e outra para o sexo Prov. n. 1.079 de 14 de julho de 1883. T«m dons templos, um
feminino creada por Lei Prov. n. 731 de Iode maio de 1865. cemitério e um açude. E' uma pov. prospera. Fica a 150 kils.
PINTOS. Núcleo colonial no mun. de S. Christovão do Estado de Jaicós e nas proximidades do Estado do Ceará. Foi elevada
de Sergipe. Foi creado por Dec. n. 44 de 12 de maio de 1890. á villa com o nome de Patrocínio pela Lei Prov. n. 1.193 de 9
de outubro de 1888,
PINTOS. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. de S. José
do Parahytinga, com duas eschs. publs. creadas pela Lei n. 217 PIOQUINHA. Riacho do Estado das Alagoas, desagua na
de 4 de setembro de 1893. enseada formada pelas pontas dos Pregos e S. Gonçalo.
PINTOS.Bairro do mun. de Itatiba no Estado de S. Paulo, PIORINY. Lago do Estado do Amazonas, no dist. de Bar-
com duas eschs. publs. creadas pela Lei n. 101 de 24 de se- cellos.
tembro de 1892. PIPA. Pov. do Estado do R. G. do Norte, no mun. de
PINTOS. Um dos quarteirões da cidade de Uberaba, no Es- Goyaninha
tado de Minas Geraes. PIPA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de Paulo
PINTOS. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. de Alfonso.
Oliveira. PIPA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. do Pará.
PINTOS. Pov. noda cidade de Christina e Estado de
dist. PIPA. Serrote no mun. de Juiz de I''óra do Estado de Minas
Minas Geraes, com umaeschpubl. de inst. prim. creada pela Geraes.
Lei Prov. n. 3.217 de 11 de outubro de 1884.
PIPA. Ponta na costa do Estado do R. G. do Norte, 17
PINTOS. Pov, do dist. do Pirangussú, mun. de Ifajubá milhas ao N. por 11" NO da barra do Guajú. ao N. da bahia
e Estado de Minaa Geraes. Formos.i, cujo extremo N. é por eUa formada, na lat. S. de
6° 13' 24" e Long. de 8'^ 1' 48''. E. do Rio de Janeiro. Apre-
PINTOS. (S. Sebastião dos). Pot. do mun. do Peçanha e
Estado de Minas Geraes. senta p-^lo lado do N. uma pequena enseada. «E~sa ponta, diz
o pratico Philippe, é alta e tem pelo lado do S. uma barreira
PINTOS. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de Juiz defronte da qual está, á beira mar, uma grande psdra que ao
de Fóra. As aguas que delia manam vão para o Parahybuna. longe assemelha-se a uma pipa, d'onde lhe provém o nome.»
PINTOS. ( Chapadão dos ) No mun. do SS. Sacramento do Na enseada acima referida ha um porto que offerece abrigo a
Estado de Minas Geraes. pequenas embarcações. Para eutrar-se nessa enseada dá
aquelle pratico as instrucções seguintes: «Costeie-sí a ponta, do
PINTOS. Rio trib. do Paramopama. no Estado de Sergipe. Pipa o mais próximo possível e quando descobrir-se toda a po-
PINTOS. Córrego do Estado de S. Paulo, nas divisas do voação ore; para o S. e logo que confrontar com a^; primeiras
mun. de í.Ionte Alto. Desagua no ribeirão da Onça. casas do N. da mesma, e que a t°rra do S. sa houver occul-
tado toda por aquella ponta, dê findo, devendo encontrar
PINTOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes affl. do rio nesse ancoradouro 9 metros d'agua (1 '/s braças). «A. ponta
Manhuassú.
da Pipa, diz Vital de Oliveira, é um alto e gi'ande outeiro de
PINTOS. Córrego do Estado de Minas Geraes, affl. do rio fórma oblonga coberto de arvores que ao longe figura uma
Dourados, que o é do Paranahyha. pipa deitada e em grande distancia uma bola.» Em frente á
PINTOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o mun. ponta da Pipa, diz. o Sr. Collatino, ha uma jiedra do tamanho e
de Oliveira e desagua no rio Jacaré, trib. do Grande. configuração de uma pipa de cabeça para cima; d'ahi derivou-se
sem duvida o nome d'aquella Ponta, assaz assigualavel. »
PINTOS. Córrego do Estado de Minas Geraes nasce de uma
ramificação da serra da Onça, banha a freg. do Empoçado e,
;
PIPAUA. Lago do Estado do Pará ; des igua na margem
após 'im curso de cerca de 7 kils., desagua no rio Pomba. esq. do rio Maecurú. (H. Smith).
PINTOS.Rio do Estado de Minas Geraes, afl. da margem PIPEIRA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
dir. doLourenço Velho, que o é do Sapncaliy. Parece provir da S. João d;i. Barra, com um esch. pub^de inst. prim.
Garganta do Capistrano. Recebe pela margem esq. o S. Fran- PIPIRIPÁU. Log. do Estalo d^'jinas Geraes, na freg.
cisco e o Negreiros. do Bom Jesus do Lambary.
.

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PIPIRIPAU. Rio do Estado de Goyaz|; reune-se com o Pa- PIRACABA. Lago do Estado do Pará, na com. de Monte
ranauá e juntos formam o S. Bartholomeu, trib. do Corumbá. Alegre, a O. da foz do rio Maycurú,
PIPOCA, Serra do Estado do Ceará ; no termo da Indepen- PIRACABU'. Pontal na costa do Estado do R. G. do
dência. E' secca, mas produz nas estações invernosas cereaes e Norte, situado, segundo Vital de Oliveira aos 5° 25' 38'' de
bom algodão. E' ella uma continuação da serra da Joaninha, Lat. S. e 70 47' 39 de Long. E. do Rio de Janeiro, nas pro-
que passa a 30 kils. da villa com o nome de serra das Pombas. ximidades do cabo S. Roque, Vital e Collatino escrevem
Piracabú o pratico Philippe Precabú.
PIPOCA. Serra do Estado de S. Paulo, no mun. de Uba- ;

uma ramiíicação da Serra do Mar. N'ella íica o pico


tuba. E' PIRACAHY. Rio do Estado do Paraná ;
desagua na margem
do Frade. esq. do rio deste nome.
PIPOCAS. Morro do Estado da Bahia, no mun. de Poções. PIRACAIMBAUA. Bahia na parte da costa do Estado do
E' bastante alto, tem dous formidáveis picos e fica á margem Pará, comprehendida entre a foz do Gurupy e a ponta Tijoca.
do rio de Contas. O Sr. Alves da Cunha escreve Piracaimhába.
, PIPUACA. Ilha do Estido do Amazonas, no rio Madeira, PIRACAMBU'. Serra do Estado do Maranhão, á margem
abaixo de Araretama (Araujo Amazonas). esq. do rio Tui-y.
PIQUARAÇÁ. Serra do Estado da Bahia, entre Monte PIRACAMBUÇÚ. Log. no mun. de Porto Feliz do Estado
Santo e Geremoabo, á margem dir. do Vasa Barris. de S. Paulo.
PIQUEIS. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de Sorocaba. PIRACAMBUÇÚ. Ribeiro do Estado de S. Paulo, afl. da
PIQUETE. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, ei-parochia margem dir. do rio Tietê.

do mun. de Lorena. Orago N. S, e diocese de S. Paulo. Foi PIRACANÃ. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Itai-
creaJa parochia pela Lei Prov. n. 10 de 22 de março de 1875- tuba.
Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Agencia do correio. Foi PIRACANGA. Praia nas proximidades da pov. de Mea-
creada villa por Dec. n. 166 de 7 de maio de 1891. Comprehende hype no Estado do E. Santo.
;
os bairros do Passa Quatro, Limeira, Itaquera e Godoy, todos
com esoholas. E' separado o mun. do de Lorena pelo rio do PIR AC ANG AUÂ . Bairro do mun. de Taubaté e Estado de
Konca. Sobre suas divisas vide Lei n. 48 Ide 24 de dezembro S. Paulo; com uma esch. Também escrevem Piracanguá e
de 1896. Piracangaguá. [Rdat. do Visconde do Parnahyba. 1866.)
PIQUETE. Pov. do mun. de S. José da Lage, no Estado PIRACANGAUÁ. Rio do Estado de S. Paulo, aff, do Qui-
das Alagoas, com uma esch. mista publ. de inst. primaria. ririm, qua o é do Parahyba. Banha o mun. de Taubaté e atra-
Agencia do correio, creada pela Poi-taria de 23 de julho de 1884. vessa a estrada desta cidade a Jacarehy.
E' séde do districto do Roçadinho. PIRACANJUBA. Cidade e mun. do Estado do Goyaz, na
PIQUETE. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de com. do Rio Piracanjuba (antigamente Santa Cruz). Orago
Lorena e desagua na margem esq. do Parahyba. Vem da Man- N. S. da Abbadia e diocese de Goyaz. Simples pov. pertenceu
tiqueira. ao mun. de Morrinhos em virtude do art 2" da Lei Prov. n. 2
de 5 de novembro de 1885. Foi creada parochia com a deno-
PIQUIRA. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, aÊF. do
minação de Pouso Alto pela Lei Prov. n. 6 de 22 de no-
PíCiuiry
vembro do 1855: incorporada ao mun. de Bom Fim pelo
PIQUIRA. Lagôa do fjEstado de S. Paulo, no mun. de art. :<i da de n. ô de 19 de agosto de 1859 installada em ;

ííoyy-giiassú. 6 de junho de 1874. Cidade com a denominação de Piracanjuba


PIQUIRY. Vide PcauWxj. pela Lei n. 786 de 18 de novembro de 1886. Desmembrada da
com. do Rio Corumbá e annexada á do Rio Piracanjuba pela
PIRA. Cachoeira no rio Uaupez no Estado do Amazonas.
;
de n. 654 de 22 de dezembro do 1881. Tem duas eschs. publs.
PIRA. Rio do Estado do Amazonas, aff. da margem esq. do de inst. prim. Agencia do correio. Dessa localidade enviou-nos
Apaporis. o Sr. Augusto da Costa Campos a seguinte informação : « O
território deste mun. é geralmente plano, todo cortado de
PIRÃ-ASSU'. Morros situados na costa do Estado do Pará, ribeiros, orlado de mattas, contendo apenas algumas pequenas
na parte comprehendid:!, entre a barra do Caeté e a pov. de
serras e possuindo extensos campos em geral col)ert"S de cer-
Salinas. Prolongam-se acompanhando a costa e vão terminar á
rados. A principal serra do mun. é a de Santa JLaria e os
beira-mar.
pi-incipaes rios o dos Bois, Meia Ponte, Piracanjuba, além de
:

PIRAEAS. Pov. do Estado do Pará. no mun. de Cintra, outros menos importantes. O clima é muito saudável comquanto
sobre o rio de seu nome. Orago S. José. A Lei Prov. n. 939 bastante quente no verão e frio no inverno. Encontra-se no
de 6 de agosto de 1879 creou ahi uma esch. publ. de inst. pri- mun. ouro diamantes. Esta cidade foi primitivamente um pov.
e
maria. '
fundado em
1833 p^lo guarda-mór Francisco José Pinheiro, por-
PIRABAS. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de tuguez naturalisado, o qual edificou uma capella da invocação
Salinas, á margem dir. do rio de seu nome. Terreno alto, de N. S. da Abbadia. A
cidade está edificada em logar alto e
pittoresco e saudável. Fabricas de cal. Esch. publica. plano, na forquilha de dous pequenos córregos que a abastecem
de abundante e excellente agua e fazem barra no rio Pira-
PIRABAS. Ilha do Estado do Pará, no mun. de Salinas, canjuba. Contém poucas ruas sem alinhamento particular;
entre o Inajá e oPirabas. Deve medir sete kils. de NO. a SE., algumas boas casas e uma excellente e espaçosa egreja matriz.
formando uma figura cónica ao correr para dentro das duas A pop. do mun. é de 5.000 almas. A lavoura consi^e na
bahias. Apresenta uma linda perspectiva e uma encantadora cultura do fumo, canna de assucar, milho, feijão, arroz,
praia muito piscosa e com uma grande cambôa de pedra para mandioca, algodão, café e trigo. Criação de gado. A industria
pegar peixe. fabril consiste no preparo do fumo que exporia em grande
PIRABAS. Rio do Estado do Pará, banha o mun. de Sa- quantidade, e tecidos de algodão eguaes aos di^ Minas Geraes.
linas e desagua na bahia do seu nome, onde também desagua o Dista 36 léguas da cap. do Estado 15 de Bonifini, 12 de Santa
Axindeua. Cruz e 9 de Morrinhos». Na Colleoção das Leis do 1886
It-se Paracanjuba. « Paracanjuba é uma cidadesinha igual a
PIRABEIRABA . Log. do Estado de Santa Catharina, no
Morrinhos, suas casas, porém, são juntas e edificadas em pito-
mun. de Joinville, situado no valle do rio Cubatão, á margem
resco local. O largo da matriz acha-se em um alto, fechado pelos
esq., estendendo-se até o valle do rio Pirabeiraba. Existe ahi
melhores prédios, quasi todos de um só pavimento. Desta praça
uma importante fabrica de assucar.
parte a rua principal da cidade e uma travessa que seguindo o
PIRABEIRABA. Rio do Estado de Santa Catharina nasce ; declive do terreno vae terminar em outro largo, o da Cadèa.
em uma das ramificações da serra do Mar (serra das Três Ha ainda mais uma rua regular e algumas vielas e beccos sem
Barras) e lança-se na margem dir. do rio S. Francisco. E' largo importância. A altura barométrica deste logar é de SOO metros
e muito fundo. Recebe diversos tribs. e na foz abre-se em uma acima do nivel do mar. Existem alli seis lojas de fazoidas, duas
.grande bacia. Enc<Çaira-se também escripto Pirabcirava e boticas dirigidas por práticos, quatro casas de molliados e va-
Firabiraba- 'I f rias tavernas com prateleiras e garrafas vazias. O povo do logar
;

PIR — 228 — PIR

é bom e a^^radavel e quanto â iiiduslrias, Paracaiijiiba caminha que nos rege. Accresce ainda o facto dessa denominação ter pre-
de bra-io ilaJo com as mais localidades yoyaiias». (Oscar Leal. velecido até 1877, recordando entretanto uma Constituição não
Viaycíii ãíi Terras Goyanas. sanocionada. ; salvo si isso assim acon teceu como uma miinifes-
tação hostil ao primeiro imperador, pelo acto violento da disso-
PIRACANJUBA. Rio do Estado de Minas Geraes, banha lução d'aquella assembléa, o que não é, acceitavel. O pelourinho
o mun. do Prata e desagua na margem dir. do rio deste nome. foi erecto em 10 de agosto de 1822. conforme consta do seguinte
JRecelje o Pei.\e. O Eng. Glirokatt de Sá escreve Piracajuba. auto original .-Vuto
: do levantamento do Pelourinho e demar-
PIRACANJUBA. Rio do Esiado de Goyaz, aíf. da margem cação de terrenos para as casas da camará, cadeia, casinhas e
dir. do rio Corumbá. Em uma informação que nos foi prestada açougue — Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Chrislo
de Goya/, a respeito desse rio li--se « Piraccmjnlin, que signi-
: de mil e oitocentos e vinte e dous, aos dez dias do mez de
fica peixe lie cabeça pintada de .imarello, é o mais extenso e agosto do dito anno, nesta Villa da Constituição, ba pouco
Tolumtisii idf. (jue recebe o Corumbá, antes doS. Bartbolomeu. erecta, onde se achava presente o Ministro Desembargador João
Ma;ce n.. m irro Limpo, 10 kils. a E. do arraial de_ S:int'-Vnna de Medeiros Gomes, Ouvidor Geral Corregeilor, commigo Es-
de Aulas. • engrossa-se necessariameute com o rio Barreiras, crivão de seu cargo ao diante nomeado, e sendo abi em um
que vem das contra vertentes de Caldas, com o ribeirão dos terreno fronteiro ao Pateo da Matriz, entre a rua Direita e as
Leites, com o .Jurubatuba (formado pelo .Salino, que recebe o casas de João Vicente, e para os fundos a rua nova do Conse-
Mosquil.. Fundo, Lages, descido do morro do Antoniuhol lho, foi demarcada uma praça de cento e oitenta e seis palmos
como Vei-ii,^ liio, cujas nascentes estão a menos de 12 kils. da de frente com quatrocentos de fundo, que vai contestar na dita
cidid-dn f^.mlim, e outros menores. Rega o muu. de Bomíim rua nova do Conselho, cuja frente foi destinada por elle Minis-
e, ciuT Miilõ em rumo de SE., vae cahir no Corumbá, com uma tro para a factura da casa da camará, cadeia e casinhas, ficando
corr;;ate di- 13S kils., logo abaixo de Montes Claros. Este Pira- no centro o Pelourinho, o qual achando-se já preparado, lavrado
canjubarião deve ser confundido com um o itro rio do mesmo e oitavado, de madeira de cabreuva grossa, e composto com qua-
nomo e também trib. do Corumbá. » Cunha Mattos, no seu tro braços de ferro com seus argoloens, nas quatro faces, tendo
Itinerário, Vol. I, pags. 124 e 125 dá noticia do rio Pira- em cima do caj)itel uma astia de ferro sustentando um braço
canjuba e de diversos tribs, que nelles desaguam. O Sr. Joseph com um cutello, e uma bandeirinha no cimo, havendo-se prepa-
de Mello Alvares, em uma informação com que nos obsequiou a rado todo o terreno e o mais necessário para o levantamento do
respeito do mun. de Santa Luzia assim descreve esse rio: «O dito Pelourinho, com a assistência de grande parte da Nobreza
rio Paracanjuba, aíT. do Corumbá, nasce na chapada do Por- e povo desta villa e seu termo, pessoas ecclesiasticas como
phyro, no mun. de Bomfim, atravessa parte deste e corta o de seculares: mandou elle Ministro a mim escrivão lerem alta voz
Santa Luzia, onde tem os seguintos tribs. á margem esq.: cór- a aucto da erecção desta' villa, e depois da dita leiíura foi por
regos: Agua Clara, Gabriel Corrêa. Baixada, Monjollo, Ex- elle Ministro proclamado vivas á Sua Alteza Real, ás Cortes do
trema, Homens, Comprido e Brito, que nascem no Plató das Brazil. e á Constituição, mandando levantar ao alto o dito
Covas e Moujollinho, Canoa, Borá, Fundo, Lage, Santa Barbara, Pelourinho, que ficou posto no centro da praça, ficando esta
Barreiro e Capão Limpo, que nascem na chapada do Deus me demarcada com quatra marcos de páo de Peroba lavrada nas
livre ». quatro faces, e em cada uma delias impressa a lettra — — C em
significação do nome Constituição, cora que é denominada esta
PIRACÃO. Rio do Distrieto Federal, banha a freg. de Gua-
villa concluindo-se todo este acto cora deraostrações de jubilo e
ratiba e desagua na enseada da Pedra.
;

contentamento pelos repetidos vivas e aclamações que naquelle


PIRACEMA. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, aíf. da acto se deram. E de tudo pai^a constar mandou elle Ministro
margem esq. do rio Macahé, próximo á foz deste rio no Oceano. fazer este aucto em que se assignou com as pessoas presentes, eu
José Manoel Lobo escrivão da Ouvedoria Geral e Correcção o
PIRACEMA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, rega o mun.
escrivi. — João ãe Medeiros Gomes. — O vigário Manoel Joaquim
e desagua na margem dir. do rio Pa-
de S.
rahyba.
José dos Campos do Amaral Gorgel. — O Padre Miguet Joaquim do Amaral
Gorgcl do Amaral.— O capitão Domingos Soares de Barros.
PIRACICABA. Cidade e mun. do Estado deS. Paulo, séde ( Seguem-se mais 52 assignaturas de pessoas que tiveram a
da com. do seu nome, na margem esq. do rio Piracicaba. « A honra de assistir o levantamento do Pelourinho, das quaes
primeira sesmaria concedida neste logar, diz o Sr. Azevedo Mar- ainda vivem nesta cidade — duas — que são .Felippe de Campos
ques, foi a Pedro de Moraes Cavalcante pelo capitão-mór Manoel Bueno e Antonio José da Conceição.) A Lei Pi-ov. n. 21 de 24
Peixoto da Motta a 15 de- novembro de 1639. O peticionário de abril de 1856 eleivou a villa da Constituição á categoria de
allegou que ia povoar com toda a sua familia, de uma e outra cidade, e a de n. 21 de 13 de abril de 1877 substituio esta ultima
banda do rio Piracicaba, ficando o Salto no meio Cartório da ( denominação pela de Piracicaba, que ainda hoje conserva. E'
Thesouraria de Fazenda deS. Paulo, livro ii^ de sesmarias com. de primeira entrancia, creada pela Lei Prov. n. 16 de 30
antijas mas o seu incremento só começou pela agglomeração
) ; de março de 1858 e classificada pelos Decs. ns. 2.187 de 5 de
de lavradores attrahidos pela fertilidade extraordinária do seu junho do mesmo anno e 4.890 de 14 de fevereiro de 1872. «Ouça-
solo, pelos annos de 1740 e 1748, e depois em 1769 deu-lhe mos, diz o Sr. Azevedo Marques, o que nos diz pessoa autorisada,
algum inpulso o capitão Anionio Corrêa Barbosa por ordem do residente, na mesma localidade: — A cidade é cabeça da com. do
então governador e capitão-general D. Luiz Antonio de Souza, mesmo nome e tem mais de 800 casas, e uma população corres-
no mtuito de fazer abrir uma estrada que facilitasse as commu- pondente, que não será exaggerado orçar em õ.OUO almas. O seu
nicaçues cnm o território da margem do Paraná. «Foi elevada á plateau é grande, formado por linlias parallelas que se cruzam
freg. pnr Provisão de 24 ile julho de 1770 do general D. Luiz de 40 em 40 braças, formando quarteirões de 1.600 braças ou
Antonio dl- Souza, com a denominação de Santo Antonio do Pi- tres kils. quadrados cada um, e ruas todas de 60 palmos ou
racicaba. Siibre a data em que foi elevada á categoria de villa as 13,™ 3 de largura, de sorte que é uma das cidades do Estado
opiniões são divex-gentes: uns dizem que em 1821, outros que em melhor arruadas. .V cidade está edificada, como fica dito, em
1822. ainda outros que em 1823. O consciencioso trabalho orga- um plateau á margem esq. do caudaloso rio Piracicaba, posição
nisadii p-la secção de Estatística e queacha-se annexo ao Rela- mui aprazível e pittoresca, queofferece lindíssimo panorama por
tório do império ( 1883) faz menção da dala 1822 como aquella qualquer ponto de suas entradas Nas proximidades da pov.
em (jue Piracicaba foi elevada á categoria de villa. O Sr. Aze- forma o rio um bello salto, precipitando suas aguas em toda a
vedo Marques alfirraa que foi em 1823, tomando então a povoa- largura, por sobre degráos de pedra, formando como que um
ção o seu nome primitivo, que foi substituído pelo de Consti- throno de espuma; nesie logar teem feito alguns particulares
tuição, .-illuíivo ao projecto do pacto funda.mental, que nessa derivação de pennas d'agua para tocar moinhos, cari'etões, en-
époclia, disciitia-se na Assemljléa Constituime. Em uma noticia, genhos de canna, etc, e muitas outras se podem ainda fazer.
que abaixo transcrevemos, e que nos foi remettida da cidade E' afamada e real a abundância de peixes que, acompanhando
de Piracicaba pelo illustrado Sr. Dr. Manoel de Moraes Barros, a estação quente, sobem o Tietê, entram no Piracicaba, que com
encontra-se a dada 1821 e outro o motivo pelo qual Ibi substituída difficuldade transpõem, e onde facilmente são pescados chegam
;

a denominação da cidade. Parece-nos ser a ultima data. aquella em cardumes nos mezes de noverubro e dezembro e voltam de
que exprime a verdade pelos motivos que o aulor conhecerá fevereiro em deante. Cerca de 111,1 kils. abaixo da cidade, o
d'entroerii pouco. A opinião do Sr. Azevedo Marques devemos rio, depois de muitas voltas, l&nça-se no Tietê, que agradecido
oppòr a consideração de que, não tendo sido sanccionado o por tão importante tributário, alarga suívs margens, m.is a na-
prqjeciro de Constituição elal)orada pela Constituinte, não podia vegação permanece sempre diíficil e trabalhosa pela frequência
a villa roceber o nome allusivo áuma Constituição, que não é a de cachoeiras, o que todavia não impede quase faça em todas
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as estações do anno algum commercio fluvial para SaufAnna do caba, tomam-no por encontrarem melhor fundo, sendo o Tieté
Pai-analiylja, da prov. de Matto Grosso, colónia de Itapurae ahi baixo e espraiado, razão pela qual o Salto desta cidade é
Avanliandava pontos. Como edifícios públicos conta a
e outros muito mais piscoso que o de Itú. Emoutubro, novembro e
cidade a egreja matriz, a da Senhora da Bòa Morte, fundada a dezembro chega o p^ixe ao Salto, onde pára impossibilitado de
esforços de Miguel Archanjo Benício Dutra, e a da Senhora do continuar a subida, tentando vencel-a aos pulos, ahi
Rosario a casa da camará e cadêa. e o hospital de Miseri-
: principalmente deixa-se apanhar em grande quantidade. De
córdia. O mun. tem de comprimento, de E. a O., das divisas de fevereiro em diante começa a tornaviagem para o sertão afim
Campinas até ás de Brotas 88,8 kils. e de largura, das divisas de fugir da estação fria. A cidade é uma das mais bo-
do mun. do Tielé ás do Kio Claro, isto é, de S. a N. ii,4 ki- nitas da província. Assentada em uma alta eaplan.uta, que
lometros. Essa extensão de 488,8 kils. compi-ehende uma. po- declina branda e longamente até o rio. offerece por todos os
pulação de 16.003 almas. Sua única industria é a lavoura, lados as mais lindas paisagens e vastos panoramas. .Sobre-
sobre-ahindo a do c:i fé e a da canna de que conta muitas e sahe por sua belleza excepcional a vista do Salto, que ele-
importantes fazendas. Encerra grande porção de terrenos vul- va-se em degráos, espraiado, imitando um gigantesco throno
cânicos, sobrecarregados de f-rro, que são as ubérrimas terras de prata. E' magnifica a ponte sobre o rio, logo acima do
rosas, menor porção de terras brancas e arenosas, e mui pequena Salto, com cerca de 200 metros de extensão, assentada sobre
de campos nativos. A exportação do mun. re.^ula, termo médio treze pilares de pedra e cimento. Custou ella 85;tjL)0.-5, foi
130.000 arrobas de café, 50.000 de assucar e 20.000 de feita por conta dos cofres provinciaes e por esse preço baixo,
algodão. A cidade distii para- E. 22,2 kils de Santa
. graças ao Sr. Dr Estevão de Rezende, que se poz á testa da
Barbara; Cii.i de Campinas; 33,3 de Capívary 66,6 de Itti ;
: administração até ooncluil-a. Logo abaixo do Salto esiá a fa-
para oN. 33,3 kils. da Lim.dra ; 38,8 do Rio Claro 77,7 de
; brica de tecidos do Sr. Luiz Vicante de Souza Queiroz, que
rrotaâ para O. 83.3 kils. de Botucatii
: 111,1 de Lençóes; para foi visitada por Suas Altezas, sendo ollerecidas a S. A. a Sra.
o S. 5(1 kils. da cidade do Tietê. O principio da povoação foi Princeza Imperial algumas peças de tiras bordadas feitas na
servir de degredo os capitães-móres de
; Itú e Porto Feliz, fabrica. Suas Altezas ainda visitaram a chácara e fazenda do
quando algurfi. dos ^eus sulniitiia lhes caliia em desagrado, fa- Sr. Dr. E. de Rezende e foram admirar o Salto, visto de
ziam-n'o embarcar em Porto Feliz, descer o rio Tietê até á foz baixo para cima, o que é encantador. Suas Altezas partem
do Piracicaba, subir por este, e larg.il-os em Piracicaba, então hoje para Itú e dahi a Campinas.» Em 22 de setembro de
deaoininada Sertão. O ultimo capilão-raór de Itii, A''icente da 1883, remetteu-nos o conspícuo cidadão Manoel de Moraes
Costa Taques Góes e Aranha, no avel por sua administração Barros a seguinte Carta ; «Este município confina a L. com
despoticí), ainda mandou gente para alli. Mas um desses des- o de Santa Birbara, ao N. com os da Limeira e Rio Claro;
graçados, não conformando-se com o seu destino, e calculando a O. com os de S. Pedro e Botucatu, e ao á. com os do
que, apez;!.r de bjnga a viagem por agua, não devia estar muito Tieté e Capivary, abrangendo uma área de 50 léguas quadradas,
longe de Itú, emprehenden romper o degredo, metteu-se nas mais ou menos. Desta área é insignificante a parte occupada
brenhas nessa direcção, e ao avistar do salto de Samambaia a por campos e carrascaes, imprestável para a lavoura. A sua
sua terra querida, deu um brado de satisfação. Pelos traços quasi totalidade é coberta de uma vegetação luxuriunt-;, e
deste desLrraçado, íoi aberta a estrada de Itú para essa locali- consta dessas tão afamadas terras roxas em extensão de léguas,
dade, e de então em diante foram ahi sendo dadas sesmarias de de terras barrentas de pederneiras ou calcareas, e de terras
lado a lado ». Em novembro de 1883, o correspondente do Jornal arenosas, que todas prestam-se no cultivo do café, qu.uido altas
do Conunercio, que acompanhou SS AA. Imperiaes ao Estado
. e livres de geadas, e sempre ás de géneros alimentícios, de que são
deS. Paulo, esci-eveu o S''guinte a respeito dessa cidade « : A muito productivas. Ainda existem algumas mattas virgens tão
povoação primitiva de Piracicaba foi estabelecida na margem frondosas, que não é raro encontrar-se nellas jequitibás de dous
direita do rio, pouco abaixo do Salto, no logar onde actual- metros e mais de diâmetro. Este aspecto geral das terras do mu-
mente é o pasto da fazenda do Sr. Dr. Estevão de Rezende ; nicípio contrasta singularmente com o de outros, aliás muito
seus principaes, sinão únicos edifícios, eram uma pequena Ca- importantes por sua producção de café, como Rio Claro, S. Carlos
pella, a casa do capellão e um grande telheiro debaixo do qual do Pinhal, Bethlem do Desoalvado, Pirassununga, Casa Branca,
os moradores se reunião para esperar a missa. Parece que a cujo aspecto geral é de campos e carrascaes, e só por excepção
povoação permaneceu neste logar bem pouco tempo, porque, em alguns espigões e serrotes de terras lavradias. O resultado é
obediência á ordem superior, no dia 31 de julho de 1784, pre- que a producção de géneros alimenticios aqui excede de muito
sentes o capitão-mór de Itú "Vicente da Costa Taques Góes o consumo local, e é exportado para S. Paulo, Campinas, Itú
Aranha e capitão-provedor Antonio Corrêa Barbosa, se diri- e Rio Claro, Corram mais algumas dezenas de annos e Pi-
giram com o capellão, depois de ouvir missa, para a margem racicaba será o celleiro da vizinhança, excepção feita de Ca-
esquerda do rio e ahi, no centro da planície que se eleva entre pivary. A grande, a principal riqueza do município é a la-
o córrego Itapeva e a margem esquerda do rio Piracicaba, de- voura de café. Sua producção não deve ser inferior a 300
marcaram uma área de 46 braças em quadra para nella ser mil arrobas de 15 kilos, segundo um calculo muito modesto
edificada a nova egreja e assignalaram aos lados dessa área da colheita de cada plantador. A despeza total de uma arroba
logares para os moradores construírem suas casas. Em
execução, (15 kilos) de café, vendido em Santos, pagando duas commis-
do plano dado por Nicoláo Pereira de Campos Vergueiro, o sões, é de 1$100 a 1|300, conforme a distancia da fazenda.
alferes José Caetano Rosa, ftillecido em Piracicaba a 9 de A producção de assucar estava muito decadente porém agora
;

dezembro de 1871, fez o arruamento da povoação, cruzando-se vai reanimar-se com o estabelecimento de um engenho central
todas as ruas em ângulos rectos e formando quarteirões de 40 com um capital de 750 contos e capacidade jjara So mil ar-
braças. Esse plano fez de Piracicaba uma das povoações robas, o qual já está funccionando em frente á cidade, logo
melhor arruadas da província. A povoação de Piracicaba foi abaixo do Salto, por cuja agua é movido. A producção do
elevada á fregu-^zia em 1810, e o seu desenvolvimento foi tão algodão, outr'ora muito avultada, é lioje insignificante e in-
rápido q':e em 1816 os habitantes reclamavam a elevação á suiliciente para alimentar a fabrica S. Francisco, do Sr. Luiz
villa. Apeiiar de serem as informações as mais favoráveis, só Vicente de Souza Queiroz, e que representa um capital supe-
foi defenda a petição em 1821 pelo governo provisório da pro- rior a 300 contos. Além do engmhi) central e da fabiica de
vinda, o qual mandou erigir a freguezia de Piracicaba era tecidos, existe mais uma fabrica de cortume, uma de sabão, al-
villa; porém, em vez de dar-lhe o nome de Villa Jounnina, por gumas de cerveja, algumas serrarias movidas por agua ou a
derivação do augusto nome de S. M. iíl-Kei D. João VI, e vapor, sobresahindo entre estas a da Agua /Iranca com ura
em sua iierpetua memoriu como haviam pedido seus habi-
, capital superior a 60 contos, duas fabric.is de cal. etc. O mun.
tantes, deu-se-lhe o nome de Villa Nova da Constituição para communíca cora os de Capivary. Indaiatuba, Jundiahy, São
Berpetuar a memoria da Constituição Portiigueza, promulgada Paulo e Santos por meio das estradas de ferro lluana (ramal
nesse anno. Era 1856 a Villa da Constituição foi elevada á e tronco) e Ingleza ; e por meio da navegação fluvial dos rios
cidade, restituindo-se-lhe em 1877 o seu antigo e popular nome Piracicaba e 'f ieté com os municípios do S. Pedro, Dous Cór-
de Piracicaba, o qual do Salto se estendera a todo o rio e regos, Jahú, Botucatu e Lençóes. Esta erapreza dispõe de Ires
dahi á povoação fundada em suas margens. Piracicaba é vapores-rebocadores, estando já eiiconimendados mais dous ;

uma palavra guaruny composta de pira, peixe, e cycaba, fim. o seu percurso é de 35 léguas, sendo de 21 a distancia por
O que quer dizer que aqui pára o peixe. O nome foi primi- terra desta cidade á barra de Lençóes. Esta navegação iiiter-
tivamente dado ao Salto e depois á cidade. A' proporção que rompe-se durante alguns mezes do anno por falta de agua no
a estação do anno vai se tornando mais quente os peixes veem rio Piracicaba e de vapores apropriados. No anno de 1882, a
subindo do sertão pelo rio Tieté, chegando á barra do Piraci- interrupção foi só durante o mez d» novembro. Está oiu con-
PIR — 230 — PIR

striicção por conta da Companhia do Engenho Central uma cidade está a 517™ acima do nível do mar. Dista, pelas estradas
linha de bonds alé o Canal Torto, a duas e meia léguas da ci- de ferro, 45 Icils. de Capivary, 90 de Itaicy, entroncamento para
dade, podendo dahi para baixo considerar-se desembaraçada Itú, 133 de Jundiahy, 193 de S. Paulo, 272,2 de Santos, 177,5
a navegação fluvial até pouco abaixo de Lençóes. Acha-se de Campinas. Dista, pelas estradas de rodagem, 33 kils. da Li-
ainda em explorações a continuação da estrada de ferro até meira. 39,6 do Rio Claro e de S. Pedro, 72.600 de Campinas,
S. Pedro, passando pela fazenda do Paraiso, do oommendador 105.600 de Botucatú, 52.800 da cidade do Tietê, 26.400 de Santa
Luiz Antonio de Souza Barros. O clima é secco e quente: o —
Barbara. E' bem nova a existência desta povoação entretanto,
;

ihermometro raras vezes desce a zero ou sobe além de 32» cen- não se pôde precisar a data de sua fundação. No século passado
tis;rados. e ainda isso por poucas horas. O terreno do muni- o rio Tietê era frequentado pelas monções, partidas de Porto
cípio é sempre ondulado, elevando-se alguns espigões bastante Feliz, as quaes entretinham as relações commerciaes entre esta
para licarem livres de geadas. A NO. e a 5 léguas da cidade e a capitania de Matto Grosso. Parece que na segunda metade
corre a serra, outr'ora dita de Araraquara, depois de Brotas, deste século, uma dessas monçoex, descendo pelo Tietê e che-
e hoje de S. Pedro, dividindo este município do Rio Claro, gando á barra do Piracicaba, resolveu explorar este rio e por
freguezia de Itaquery, e continuando pelos municípios de Sao elle subiu até o Salto, então povoado por indios, attrahidos pela
Pedro e Dous Correios, terminando entre este e o do Jahú em pesca abundante. Feita essa descoberi a os capitães-móres de Itú
altos espiarões. que constituem o bairro do Banharão. A SO. e Porto Feliz, entendendo ser impossível sahir-se daqui a não
e a 3 léguas da cidade existe ura grupo de montanhas, deno- ser por raeio dessa longa e difficil navegação fluvial, aproveita-
minado — Serra do Conponhal —notável pela sua fertilidade,
, ram-9e desta circumstancia e começaram a degradar para cá to-
onde existem não poucas fazendas muito productivas de café. Ao dos quantos por lá cahiam-lhe em desagrado. Especialmente o
S. corre o alto espigão do Seri-ote, também de excellentes terras celebre e despótico Vicente da Costa Taques Góes e Aranha,
e com fazendas importantes. Entre a serra de S. Pedro, á dir. o que denunciou em 1820 e 1821 o padre Diogo Antonio Feijó
Serrote e a do Congonhal, á esq. corre o rio Piracicaba, formado 5 como homem perigo o e cheio de idéas criminosas de liberdade,
léguas acima da cidade pela reunião do Jaguary e Atibaia, e vai dizem que mandou para cá muita gente. Mas uma dessas vi-
lançar-se no Tietê 14 léguas abaixo do cidade. Seus arJs. mais ctimas do despotismo, sertanejo destemido, embrenhou-se pelos
importantes no município são : á esquerda, os ribeirões do Bar- mattos em direcção a Itú, e, vencendo os maiores obstáculos,
bosinha, que serve de divisa entre este município e o de Santa conseguio chegar ao alto, denominado hoje do Samambaia, de
Barbara, o Tijuco Preto, o Piracicá-mirim, o Bernardo, Congo- onde, avistando o seu querido Itú, cahiu de joelhos e rendeu
nhal e Claro; á direita, os ribeirões d'Agua Santa, Guamiiim, graças ao céo. Por essa direcção foi aberta, primeiro, uma pi-
rio Corumbatahy. o ribeirão do Limoeiro que separa este mun. do cada, e pela picada uma estrad i, sendo logo demarcadas ses-
de S. Pedro. Nascem neste mun. e desaguam no Tietê os ribei- marias em uma e outra margem desta. Assim perdeu este logar
rões da Ciiboia, Anhumas e Muquem. Depois de desmembrados a grande vantagem da inooinmunícabilidade,qu8 o tornava apto
deste mun., o de Santa Barbara e o de S. Pedro, só ficaram-lhe para degredo. Logar de degredo leis o que foi Piracicaba em
pertencendo os seguintes núcleos de população a cidade, a Ca-
: seu berço mas também o vasto paiz de que faz parte não teve
;

pella de S. João Baptista da Serra Negra e a povoação do Rio mais honroso começo. A povoação primitiva foi estabelecida na
das Pedras, estação da estrada de ferro. —
A. cidade de Piracicaba margem dir. do rio, pouco abaixo do Salto, no iogar onde é
é uma das mais bellas da pi-ovincia. Assentada em uma alta es- actualmente parl:e da fazenda do Dr. Estevam de Rezende, pró-
planada que suave e longamenlo estende-se alé o rio, oíferece ximo ao engenho ; seus edifícios consistiam em uma pequena
por todos os lados aos olhos do observador encantado as mais ri- Capella, casa do padre e um g-rande telheiro, debaixo do qual o
sonhas paisagens e vastos panoramas de uma verde-negra vege- I30V0 esperava a occasião da mis^a. Ao que parece, pouco tempo
tação. Sobresahem, por sua maravilhosa belleza, a aprazível permaneceu a povoação neste logar, porque em data de 7 de
vista do Salto, que eleva-se em degráos, semelhando um gigan- julho de 1781 o capitão-general Francisco da Cunha Menezes,
tesco fchrono de prata : a do Rio Abaixo, em que o rio, ha pouco attendendo á representação dos moradores da nova povoação,
revolto e irascível contra as pedras que lhe impediam o transito, ordenou ao capitão-mór de Itú, o mesmo Gomes Aranha, que
deslisa agora manso e sereno por uma vasta e magestosa curva, com o capitão Antonio Corrêa Barbosa, ãpovoador da mesma,
orlada pelas alvas casinhas da rua do Porto ; e a do Alto do Ce- auxiliado pelos que se quizsssem prestar, mudassem a povoação
mitério, que domina todo o valle do rio, tendo ao longe, em para a margem esq. do rio, pouco abaixo do Salto, por ser ahi
frente, a serra de S. Pedro, correndo para o poente, parallela ao o terreno mais apropriado á sua situação e desenvolvimento.
rio. á esquerda a serra do Congonhal, e ao pé, em baixo, a ci- Em cumprimento dessa ordem, no dia 31 do mesmo niez de julho
dade estendida. Computamos hoje as casas da cidade em 1.200, de 1784, presentes os mencionados capitão-mór, capitão povoa-
sendo que para o lançamento do imp-isto pessoal em novembro dor e muitos moradores, depois de ouvirem missa, dirigiram-se
de 1871 foram contadas por sua numeração e achadas em ;
com o padre para o logar designado, e ahi, no centro da espla-
numero de 855, não incluindo as construídas dentro dos nada, que se eleva entre o córrego do Itapura e a barranca do rio,
quarteirões. Estão distribuídas por 28 ruas, todas rectas e demarcaram um pateo de 46 braças em quadra para nelle ser
com 60 ijalmos de largura, parallelas ou transversaes em angulo edificada a nova egreja e assignalaram os lados desse pateo os
recto, formando quadras de 40 braças por face. A população logares para os moradores construírem suas casas. Esse serviço
urbana, tomando por base 5 habí! antes para cada casa. é do delineamento da nova povoação terminou a 2 de agosto se-
de G.UOO almas. O recenesamento, manifestamente deficiente, guinte, como constado resppctivo termo. O terreno om que se
daya-lhe uma população de 4.126 almas para toda parochia, que estabeleceu a nova povoação foi doado pelo capitão-povoador
hoje só por si constítue o mun. 1.5.783. Possue tres egrejas : a Antonio Corrêa Barbosa e abrangia as terras desde a barra do
matriz, que é decente. Boa Mor^e e S. Benedicto, ambas em Itapura, pouco acima do Salto, até sua cabeceira, e dahi a rumo
construeção, paralysadas ha muitos annos ; extra-muros um até a barranca do rio. Em execução do plano traçado por Ni-
vasto cejníterío, com uma parle reservada para os acatholícos ;
coláo Pereira de Campos Vergueiro, o respeitável alferes José
um feio e não acabado theatro, todo de tijolos, com 130 palmos Caetano Rosas, falleoido aqui a 9 de dezembro de 1S7L fez o ar-
de fundo e 80 de largo casa nova da camará e cadeia con-
; ruamento da povoação, cruzando-se todas as ruas em angulo
struída por 36 contos á expensas do cofre provincial sobre planta recto e formando quarteirões de 40 braças, como já disse. Esse
traçada pelo Dr. Kiías Fausto Pacheco Jordão ; 6 eschs. publs., plano fez de Piracicaba uma das povoações mais bem acabadas
sendo 3 para o sexo masculino e 3 para o feminino, diversas da província, tendo entre suas ruas uma com o nome dé
particulares. Está quasi concluído um elegante edifício para Vergueiro e outra com o do alferes José Ca'?tano, justa home-
nelle installar-se o CoUegio Piracicabano, excellente estabele- nagem prestada á memoria daquelles distinctos cidadãos. A po-
cimento de instrucçao primaria e secundaria para o sexo femi- voação de Piracicaba foi elevada á freguezia em 1810, e o seu
nino, custeado por uma associação de senhoras dos Estados desenvolvimento foi tão rápido, que já em 1816 seus habitantes
Unidos, e que já funccíona ha dous annos, sob a direcção de miss reclamavam a elevação á villa. A representação que para esse
Martha Wath. Acha-se igualmente em construeção, próximo á fim dirigiram ao capitão-general conde da Palma e o at-
egreja da Boa Morte, um grande edifício para um collegio de testado com que a instruíram são documentos interessantes
Irmãs de Caridade, filial ao do Patrocínio de Itú. As 6 eschs. pelas informações que ministram sobre a fertilidade e ex-
publs. vão ser dotadas com especial e apropriada mobília, graças tensão do território da freguezia. sua crescente lavoura e
a uma sub?crípção particular a que se procedeu, uma vez ))er- população. Por menos extenso transcrevemos só o attestado:
dida a esperança de obtei-a do Governo. Existem na cidade duas — Manoel Joaquim do Amaral Gurgel, vigário colhido da fre-
typographías. a do Piracicabano, que é publicado liuas vezes por guezia de Piracicaba e Domingos Soares de Barros, capitão-
semana, e a da Gazeta de Piracicaba, que sahe tres vezes. — A commandante da mesma, attestamos o seguinte A fi-eguezia de
:
PIR — 231 — PIR

Piracicaba está situada em uma planície elevada sobre o rio do elevando-se alguns espigões mais ou menos considerav^ilmente.
mesmo nome, onde esfci faz um formoso e grande salto, do A NE., S. e SE. é o terreno montanhoso. Ilhas —Existem
qual facilmente se conduz agua para banliar um lado da algumas pequenas e insignificantes ilhas no rio Piracicaba.
freguezia e tocar todas as machinas possíveis. Seu território Serras— A NO. e a 33 kils. da pov., corre, na direcção mais
está parte do dist. davilla de Iiú, d'onde dista i4 léguas, e parte geral de SE. para NO., a serra denominada outr"ora de Arara-
no da villa de Porto Feliz, d'onde dista 12 léguas, ficando estas quara, depois — de Brotas, e actualmente— de vS. Pedro, nome
villas ao S. A L. confina com a villa de S. Carlos, que dista da villa que lhe lica quasi nas fraldas. A SO. e á distancia de
10 léguas. Ao N. tem moradores até sete dias de viagem, e 20 kils. da cidade, existe um grupo de montanhas, conhecido
segue adiante o sertão desconhecido que confina com Goyaz e com a denominação de serra do Congonhal, notável pela sua
Cuyabá. Ao O. tem moradores até cinco léguas pelo rio abaixo, uberdade, e onde existem muitas fazendas de café. Ao S. correm
e segue o sertão do mesmo rio, do Tietê e Paraná. O terreno os altos espigões do Serrote e da Milhã. cujas vertentes estão
é fertilissimo, abunda muito em maçapé roxo. o mais próprio dentro do mun. Rios e lagoas — Entre a serra de S. Pedro, á
para a producção da canna de assucar. Ao N. tem os campos dir., o Serrote e a do Congonhal, á esq., corre o rio Piracicaba,
de Araraquara, de que ainda se não conhece a extensão, muito formado, 33 kils. acima da cidade, pela confluência d Jaguary
>

próprios para a criação de gado. Tem ao presente mais de e Atibaia, indo lançar-se no Tietê, 92 kils. abaixo da ciílade.
duas mil e d iz^ntas almas, não tendo ha cinco annos talvez Seus affs. mais importantes no mun. são á esq., os ribeirões
:

metade, e está crescendo de dia a. dia com povoadores, que veem do Barbosinha, Tijuco Preto, Piracicá-niii-im, Bernardo. Con-
defóra. attrahidos pela fertili iade do terreno. Tem ao presente gonhal e Claro : e á dir. o da Agua Santa, o G lamium, o
14 engenhos de assucar, pela maior parte fabricados de novo ; Corumbatahy, o do Ceveiro e do Limoeiro. O ribeirão Corum-
quatro de aguardente e estão se dispondo mais 12, tendo capaci- batahy nasce nas montanhas existentes entre os muns. do R.io
dade para um numero incomparavelmente maior. Tem 22 Claro e Belém do Descalvado, recebe á dir., neste mun., o Passa
fazendas de criar, de que ha oit annos só existia uma. No meio
> Cinco e lança-se no Piracicaba, 6,6 kils. abaixo da cidade.
de circurastancias tão favoráveis, que prometiem o rápido Existem nas margens do Piracicaba, e alimentadas por este,
crescimento desta pov., sentem os moradores pacíficos grande algumas lagoas sem importância. Salubridade. — O clima é
incommodo e vexação na g-rande distancia a que precisam recor- em geral temperado e s^cco o thermomeiro rar i?; v^zes desce
:

rer a procurar a protecção das leis por meio dos magistrados ; a zero ou sobe a 32" centig. no verão, não havendo, pois,
e por isso nos parece de grande necessidade erigir-se em villa. excesso de frio ou de calor. O mun. é muito sulubre, desde que
Por ser verdade todo o referido, passamos a presente attestação tomem-se precauções contra as febres intermittentes. principal-
por um de nós escripta e por ambos assignada. Piracicaba, 17 mente nas proximidades de certos rios. Historia — Remonta
de junho de 1816. — Manoel Joaquim do Amaral Gurgel. — á segunda metade do século XVIII a época em que começou a

Domiagos Soares de Barros. Sobre a i'epreseniação foram ouvi- ser povoado o mun. Pouco abaixo do Salto, á margem do Pira-
das as camarás de Itú e Porto Feliz, e o ouvidor da com. Miguel cicaba, no logar onde é hoje o pasto da fazenda de S Pedro, .

Antonio de Azevedo Barros, que todos informaram favoravel- do Dr. Estevam de Rezende, e próximo ao seu esgenho, foi esta-
mente mas ella só foi attendida em 1821 pelo governo provisório
;
belecido o primeiro núcleo da pov,, que apenas consistia em
desta província, o qual por Portaria de 31 de outubro desse anno uma pequena capella, sob a invocação de Santo .\nto)iio, a casa
mandou erigir a freg. de Piracicaba em villa; porém, em vez do padre e um telheiro, sob o qual o povo aguardava a hora da
de dar-lhe o nom? de Villa Joannina por derivação do augusto missa. Parece que pouco tampo ji-^rmaneceu a pov. nesse logar,
nome de Sua Magestade e em sua perpetua memoria, como pedia porque já em 7 de julho de 1784 o capitâo-general Francisco da
a representação, dos habs., deu-lhe o nome de Villa Nova da Cunha Menezes, attendendo á representação dos moradores,
Constituição em attenção e para perpetuar a Constituição Por- ordenou ao capítão-mór de Ytú, o celebre Vicente da Costi
tugueza. promulgada nesse anno, e que aliás tão pouco durou. Taques Góes e Aranha, que, com o capitão Antonio Corrêa
Em execução dessa Portaria o ouvidor de Itú, João de Medeiros Barbosa, appellidado o Povoador, e auxiliado pelos que se
Gomes, transportou-se para esta pov. e no dii 10 de agosto de quizessem prestar, mudassem a pov. para a mar_'em dir., no
1822 a erigiu em villa no meio de grande concurso de povo, que logar em que se acha, muis apropriado a seu des;nvolvimento.
mostrou grande alegria pelo facto, como attesta o respectivo Em cumprimento dessa ordem, a 31 do mesmo mez e anno,
Aulo. Em seguida, e com assistência de grande parte da nobreza present;'S os mencionados capitão-mór, capitão-procurador, e
e povo da nova villa, o ouvidor mandou levantar o pelourinho, muitos moradores, depois de ouvirem missa, dirigiram-se elles
como sigaal de juris.licção, alçada e respeito á justiça, dando com o padre ao logar designado e ahi, no centro da esplanada
nessa occasião vivas a S. Alteza, ás Cortes e á Constituição, que se eleva entre o córrego do Itapira e a barranca do rio,
como consta do Auto, que por todos foi assignado- Então demarcaram um pateo de 16 braças (101,2 metros) por face, jiara
cornava a pov. lOlvizinhos, se^ido a pop. esparsa por S3U exten- nelle ser edificada a nova egreja, e ao lado desse paieo os
síssimo território de 2.200 almas. » O mun., além da parochia terrenos para as construcções particulares. O terreno foi doado
da cidade, compreheade mais a de Santa Mari.i, creada pela pelo capitão povoador, e abrangia as terras desde a barra do
Lei Prov. n. 42 de 2-^ de fevereiro de 1881. Sobre suas divisas Itapeva. pouco acima da ponte, por este acima, á dir., até as
vide Leis Prov. de 12 de abril de 1864, de 14 de março e de suas cabeceiras, e volvendo ahi, á dir., até barranca do rio.
'-.

12 de abril de 1865, de 16 de marco de 1866, n. 48 de 17 de abril O novo pov. foi elevado a freg. em 1810. Ksta inibrinação har-
de 1867, 15 de junho de 1869, art. II da de n. 38 de 9 de julho monisa-se com o que diz na sua obra Gconraphia di Pr.iv. dc
de 1869, n. 92 de 15 de maio de 1876. No mun. ficam os S. Paulo, pag. 83, o brigadeii-o José Joaijuim Machado de Oli-
bairros da Xarqueada, Bairro Alto, Sete Barras, Santo Antonio veira; mas não está de accordo cora o que escreve M. E. de
do Ibicalú. Pau d'Albo. Baptista, Tanquinho. Tem agencia Azevedo Marques em seus Apontamentos. Desta ultima obra
do correio e diversas eschs. jíubls. de inst. i^rim., duas das transcrevemos o seguinte trecho, d'onde re=alti. a desha -monia
quaes creadas pela Lei Prov. n. 8 de 15 de fevereiro de 1884. No citada : « Foi creada freg., sob a invocação de Santo Antonio
livro A Prov.de S.Paulo (1888) lê-se o seguinte a respeito de Piracicaba, por Provisão de 24 de julho de 1770. do mesmo
desse mun. : « Divisas— Confina este mun. ao N. com os de governador (refere-se a D. Luiz Antonio de Souzai, e elevada a
Rio Claro e Limeira ; a E. com o de Santa Barbara, pelo ribeirão villa, etc.» Segundo referem alguns, em 1816 os balis, recla-
do Barbosinha ao S- com os de Capivary e Tietê a O. com os
; ; mavam em representação dirigiiia ao conde de P.ilma. que a
de Botucaiii e S. Pedro, pelo ribeirão do Limoeiro. (Vide Leis freiíuezia fosse elevada a villa, co.m o titulo d- Joannina.
Provs. de 12 de abril de 1864, 14 de março el2 de abril de 1865. 16 Ouvidas sobre esta representação as camarás de Ylii e Porto
de março e 17 de abril de 1836, 15 de junho e 9 de julho de 1869.) Feliz e o ouvidor da comarca, Miguel Antonio de Azevedo Bar-
Aspecto geral — O mun., que abrange uma área de cerca de 5Ó ros, que informaram pessoalmente, foi «^Ua all-.Midida pelo go-
léguas quadradas, é, em sua quasi totalidade, coberto de esplen- verno provisório da prov., o qual. por Portaria de 31 dc outubro
dida e luxuriante vegetação, sendo raros os campos nativos, de 1821, mandou erigir a freg, de Piracicaba em villa. mas sob o
imprestáveis para a lavoura. O solo compõe-se da praconisada nome de Villa Nova da Constituição, jiara perpetuar a memo-
terra ròxa. em extensão de léguas, de terras barrentas e de ria da constituição portugueza. promuigada nesse anno. Esta
terras arenosas, t idas as quaes, quando altas e livrea de geada, data também não está de accordo com o ijue diz .Vzevedo Mar-
prestam-se ao cultivo do café, e sempre ao do algodão, fumo e ques, em cuja obra se lê que a freg. foi elevada a villa com n
géneros alimentícios. Existem ainda mattas virgens, tão fron- titulo que ora tem, de Constituição, por um decreto do anno de
dosas, que não é raro eacontrarem-se nellas jequitibás de dous 1823, allusivo ao projecto do pacto fundamental, que se discu-
e mais metros de diâmetro e perobeira de 16 a 18 metros de tia na assembléa constituinte. .4. verdade e que a Portaria man-
comprimento. O terreno é accidentado em mansas ondulaçÕ3S, dando erigir a freg. em villa é de 31 de outuliro de 1821, e que

PIR — 232 — PIR

a dita erecção foi realizada em 10 de agosto de 1822, pelo ou- apropriado para degredo. Logar de degredo: —
eis o que foi Pi"
vidor de Ytú. João de Medeiros Gomes, que levantou o respe- racicaba em seu berço mas também o vasto paiz de que faz
;

ctivo pelourinho. A Lei Prov. de 24 de abril de 185Ó a elevou parte, em seus primitivos tempos, não teve melhor sorti. A
a cidade e a de 30 de março de 1858 creoii a com. da Consti- pov. primitiva foi estabelecida na mirgem dir. do rio. pouco
tuição, comprehendendo mpis os termos de Capivary, Porto abaixo do Salto, no logar onde actualmente é pisto da fazenda
Feliz e Pirapora, hoje Tietê. Actualmente consta a com. de um do dr. Estevão de Rezende; seus principaes, senão únicos edi-
só termo com tres muns. — o da cidade, o de Santa Barbara e fícios, consistiam em — uma pequena capeila, casa do padre e
o de S. Pedro. A Lei Prov. a. 21 de 13 de abril de 1877
re- um grande telheiro debaixo do qual os moradores se reuniam
stituiu ápov. o primitivo nome de — Piracicaba, que segniíica: para esperar a missa. Ao que parece, bem pouco tempo perma-
loo^ar onde se junta o peixe. Top-igraphia. A pov. achi-se si- neceu a pov. nesse logar, porqtie em data de 7 de julho de 1784
tuad». entre NO. e SNO. da capital, á margem esq do rio Pira- o capitão-general Francisco da Cunha Menezes, attenilendo á
cicaba, formando bellissimo panorama. Tem cerca de 1.300 representação dos moradores da nova pov ordenou ao capitão-
,

casas, distiibuidas por mais de 30 ruas, que aão recias e com mór de Ytú, Vicente da Costa Taques Góes Aranha, que, com
13 metros de largut-a, cruzando-se em ângulos rectos, e for- o capitão Antonio Corrêa Barbosa, povoador da mesma, e auxi-
mando quadras de 88 metros por face, de modo que é uma das liado pelas pessoas que se quizessem prestar, mudassem a pov.
cidades melhor arruadas da prov. A planta foi dada pelo finado para a margem esq. do rio, pouco abaixo do Salto, pir ser ahi
senador Vergueiro e executada pelo venerando paulista José Cae- o terreno mais apropriado á sua situação e desenvolvimento.
tano da Rosa. A cidade é uma das mais bellas da prov. Possue Em obediência a essa ordem, no dia 31 do mesmo mez e anno,

tres egjejas matriz, S. Benedicto e Boa- Morte; um vasto ce- presentes os mencionad is capitão-móre capitão povoador e muitos
mitério éstra-muros, com parte reservada para ac;itholicos um ; moradores, dejiois de ouvir missa, dirigiram-se, com o pidre. ao
theatri', não concluído: nova casa de camará e cadeia; o edi- logar designado e ahi. no ceniro da planicie que se eleva entre o
fício em que funcciona o CoUegio Piraoicabano ; um vasto edi- córrego Itapeva e a margem esq. do rio Piracicaba, demarca-
fício que se destina a um coUegio sob a direcção das irmãs de ram um pateo de 46 braças em quadra para nelle ser e^lilicada
S. José, filial do de Ytú ; o iinportante prédio da fabrica de te- a nova earí ja e assignalara.m, aos lados desse pateo, logares
cidos S. Francisco; o do engenho central de assucar ; uma para os moradores construírem suas casas. Ess- serviço do deli-
praça de mercado: as importantes obras feitas por uma empreza neamento da noya pov. terminou a 2 de agosto de 1781, como
particular privilegiada para ab istecimento d'agua , duas gran- consta do respectivo termo. O terreno em que se delineou e esta-
des pontes sobre o Piracicaba e um jardim no largo aa matr.z. beleceu a pav. foi doado para esse fim pelo capitão povoador
População. A pop. do mun. é de 22.150 liabs. Agricultura. Os Antonio Corrêa Barbosa, e abrangia as terras desde a barra do
terrenos do mun. são de espantosa fertilidade e importantíssima Itapeva, pouco acima do Salto, até sua cabeceira e tlahi a rumo
é a sua lavoura de café. .\lém desse género, que é o principal, até a barranca do rio Piracicaba. Em execução do plano ;!ado por
produz o mun. grande quantidade de assacar e géneros alimen- Nicoláo Pereira de Campos Vergueiro, o respeitável alferes José
tícios, que são exportadas para a capital, Ytú, Campinas e Rio Caeiano Rosa, falleciilo aqui a 9 de dezembro de 1871, fez o
Claro A producção média anmial do café é de 4.500.000 kils.; arruamento da p 'V,, cruzando-se toilas as ruas em anuiilo? rectos
a do assucar 1,050.000- kils. Commercio e ind istria. O movi- e formando quadros ou quarteirões de 40 braças. Esse plano bem,
mento oommercial e industrial do mun. é bnstante activo e re- observado até hoje fez de Piracicaba uma das povoações melhor
presentado pelos seguintes estabelecimentos: 23 lojas de fazendas, arruadas da prov. tendo entre suas ruas uma com o nome de
calçado e armarinho : 170 armazéns de seooos e molhados, 6 Vergueiro e outra com o do Alferes José Caetano, justa, embora
restaurantes e botequins, 7 açougues, 6 casas de commissões, modesta homenagem prestada aos serviços e á memoria daquelles
2 typograpbias, 1 confeitaria, õ depósitos de cal, 3 de ma- distinctos cidadãos. A pov. de Piracicaba foi elevada a freg. em
chinas de costuras. 3 hotéis, 2 hospedarias, 3 padarias. 6 pliar- 1810 e o seu desenvolvimento foi tão rápido, que já em 1816 seu
machias, 1 refinação de assucar, 6 relojoarias, 8 sapatarias, 5 habitantes, cujo numero crescia por causa da uberdade de seus
funilarias, 1 foguetariaf, 3 lojas de couro e arreios, 1 chape- vastíssimo território, reclamavam a elevação avilla. A represen-
laria, 5 fabricas de cerveja, 3 fabricas de torrar café e descas- tação que para esse fim dirigiram ao capitão-general Conde de
car arroz. 1 fabrica de tecidos, 1 engenho central, 1 fabrica de Palma e o attestado, com que a instruíram, são documentos inte-
louça de barro e outros estabalecimeatos menores. Curiosidades ressantes porque ministram informações sobre a fertilidade e
naturaes. Além de algumas cachoeiras, mais ou menos impor- extensão do território que constituía o districto da freg., sobre
tantes, ha, próximo da cidade, o famoso Salto, formado pelo sua crescente lavoura e sobre sua ijopulação, por isso os transcre-
rio Piracicaba. Em toda a largura do rio precipitam-se as vemos : —
« lllm. e Exm. Sr» — Dizem os moradoras da freg. de
aguas por degráos de pedra, desenhando formosíssima perspe- Piracicaba que, tendo a felicidade de occuparem o terreno mais
ctiva. Distancias. Dista a pov. da capital da prov. 198 kils.; fértil conhecido e de verem cada dia augmentar o numero de
da cidade do Rio Claro, 46 da cidade de Limeira, 34 da Villa
: ; cultivadores, achando-se já leviíntados dezoito engenhos de
de S. Barbara, 26; da cidade de Capivary, 46; da cidade de cannas de assucar e mais doze em disposição de se levantarem,
Tietê, 59; da cidade de Botucatu, 99. Viação. A cidade é com 22 fazendas de criar, das quaes ha cinco annos só existia
servida pela ferro-via Ytuana. Pela navegação fluvial commu- uma e dos engenhos mui poucos, lhes é summamente doloroso
nica-se com os muns. de S. Pedro, Dous Córregos e Jahú, na verem que a população não pôde crescer ao ponto que prom -ttem
margem dir..e com os muns. de Botucatu, S. Manoel e Lençóes, suas favoráveis circumstancias, nem com aquella disciplina que
na margem esq. Por estradas de rodagem, mal conservadas, convém á boa ordem social e serviço de Sua Mage.stade, emquanto
communica-se com o Rio Claro, para onde existe uma linha não houver naquella freg. justiças que façam observar as bené-
de trolys com Limeira e com Tieié » No Almanak linarario ficas leis e mantenhaan o socego publico, o que jamais se poderá
encontra-se a seguinte noticia: « Piracicaba. Apontamentos his- obter sem que seja erigida em villa. A attestação junta mostra
tóricos, E' bem nova a existência desta pov., entretanto não que o numero dos habs. excede já a 2.200, que metade da freg.
se pôde precisar a data de su fundação. No século p iss ulo o
i
pertenc':' á vill i de Porto Feliz, de onde dista 12 léguas, e a outra
rio Ti"té era fcequentado pelas monções partidas de Porto Fe- metade á d^' Ytú, de onde dista 14, sem contar a distancia d^ 40
liz, que entretinham relações commerciaes entre esta e a ou 50 léguas em qtie para o outro lado estão espalhado os mo-
capitania de Matto Grosso. Refere a tradição que no fipi desse radores. Estas distancias ea mist ira das duas jurisdicções (que
século uma dessas monções, que descia d? Porto Feliz pelo também o./casiona graves inconvenientes) mostram com evidencia
Tietê, che_'ando á barra do Piracicaba, r solveu explorar esle a necessidaile d'' vilia, para a qual já b ista o mume"o dos liabs.
rio e subiu por elle até o Salto, então povoado por indios, A erecção desta villa terá tamljun grande influencia nos inter-
attrahidos pela abundância de peixe. Feita essa expl iração, os esses geraes desta capitania, de Goyaz a Hayabá, parque ficili-
capitães-mores de Ytú e P.)rto i^^eliz, entendendo ser impos- tando o roteamento da sertão desconbeoido entre as tres capi-
sível sahir-se daqui a não ser por meio dessa dilBcil e longa tanias, fara uni dia e não muito tarde, mais curtas as suas com-
viagem fluvial, aproveit ir.im-se dessa circumstaucia e come- municaçõe^, ]iara o que já se tem a vr.nçado muit no rote:iniento
)

çaram a 'legradar para cá as jieísoas que por lá não lhes agra- dos campos de .Vrai-i.quara. lí' por Ião pfm lerosos motivo:; que
davam. Mas uma dessas vict-imas do despotismo, sertanejo os supplicantes des iam inaplorar a Sua Magestade a mercê de
destimido, embrenhou-se pelos mattos em direcção a Ytú, e. mandar erigir em villa a dita freg.. supplicando ao mesmo t -lupo
vencendo todos os obstáculos, conseguiu chegar ao alto, deno- a mercê de a denominarem Joanina —por derivação do .Vui:usto
minado hoje do Samamliaia, donde avistou a p')v.. que o de- nome de Sua Magestade e em sua perp?t la memoria. Sendo
gradara. Por essa direcção ;ibi-iu-se um picada :e por esta o porém de tanta justiça e de tanto interesse publico a causa dos
caminho que fez este logar perder as vantagens, (jue o torn ivam supplicantes elíes se encontram sem meios de leval-a á augusta
37.719

PIR — 233 — PIR

presença de Sua Magestide em razão da grande distancia e da lução de 1842, fornecendo um contingente para a columna revolu-
falta de relações na còrte; felizmente conhecem os supplicant=s cionaria da Venda Grande. Em 1856 a villa da Constituição foi
o constante e activado zelo com que V. Ex. serve a Sua Mages- elevada á cidade, com o mesmo no ue e a Lei Prov. de 30 de
tade e promove os interesses desta capitania e por isso, nas cir- março de 18.58 creou a comarca da Conslitução, comprehendendo
cumstaiicias ponderadas, não duvidam merecer a me liacão de o termo desta cidade e os de Capivary, Porto Feliz e Piranora.
V. Ex. em objecto que toca a tantos interesses dignos de atten- Actualmente a comarca consta de um só termo. Não obstante
ção; é nestes sentimentos que os supplicantes recorrem e pedem as pèas e as innumeras difficuldades oppostas pela centralisação
a V. Ex. seja servido levar á augusta presença de Sua .^íages- que em nosso paiz vai ao ponto de extinguir a autonomia rtiu-
tade a pretenção dos supplicantes, parecendo-lh.es digna da nicipal, reduzindo -a á verdadeiro simulacro, a pov. tem cres-
mercê que imploram. E. receberão mercê.» O attestado que cido, suas edificações tem melhorado e o mun. figura entre os
acompanhou esta representação e a que a mesma se refere foi mais importan:es d'Oeste da província, tantos e tão poderosos
concebido nos termos seguintes: — « Manoel Joaquim do Amaral são os elementos de prosperidade, que encerra, os quaes vão se
Gurgel, vigário collado da freg. de Piracicaba e Domingos Soa- desenvolvendo, embora lentan^ente. Para promover o seu desen-
res de Barros, capitão-commandante da mesma, att>^stamos o volvimento, o mun. conta actualmpnte com dous poderosos auxi-
seguinte : — A freg. de Pirecieaba está situada em uma planície liares: a estrada de ferro, que ahi está em trafego desde feve-
elevada sobre o rio do mesmo nome,, onde est' faz um formoso e reiro do corrente anno, pondo-o em rápida communicação com
grande salto, do qual facilmente se cimduz agua para banhar a capital, a còrte e o porto de Santos, e á navegação fluvial a
um lado da freg. e tocar todas as machinas possíveis. Seu tei-- vapor, cujo serviço i-egular é prouiettido para breve, e que o
ritovio está par^e no districio da villa de Ytú, donde dista 14 p 'rá em contacto com os muns. de Lençóes, Jahú e outros ribei-
léguas, e parte na da villa de Porto Feliz, donde dista 12 le/ua_3, rinhos do Tietê. E convêm notar qu^ para a construcção da
ficando estas villas ao sul. A léste confina com a villa de São estrada de ferro, este mun. fornece á Companhia Ytuana cerca
i

Carlos (Campinas), que dista dez léguas. Ao norte tem mora- de 600:000,9, sem garantia de juros por parte do governo isso:

dores até sete dias de viagem e segue adiante o sertão desconhe- quando nem uma estrada se construía na província sem essa
cido que confina com Goyaz e Cuyabá. Ao oeste tem moradores garantia. A directoria daquella companhia disse aos piracica-
até cinco léguas pelo rio abaixo e seu^ue o sertão do mesmo rio, lianos que fcraria um ramal de sua estrada de ferro até esta
do Tietê e Paraná. O terreno é fertilissimo, abunda muito em cidade, em 18 mezes, se elles constribuissem com 600:000,$: os
maçapé roxo, ou marne o mais próprio para a producção da piracicabanos, movidos por sincero enthusiasmo patriótico, pro-
canna de assucar. Ao norte tem os campos de Araraquara, de moveram uma reunião em abril de 1872 e só nessa reunião sub-
que ainda se não conhece a extensão, muito próprios para a screvei-am a quantia que delles se reclamava como condição para
criação de gados. Tem ao presente mais de 2.300 almas, não dotar o S'u mun. com aquelle grande melhoramento. A estrada,
tendo ha cinco annos talvez a metade, e está crescendo de dia em vez de custar 1.200;000.> como então se calculava errada-
com povoadores que veem de fóra attrahidos pela fertilidade do mente, custou cerca de 3.000:000,^, em vez de concluír-se em 18
terreno. Tem ao presente 14 >ngenb os de assucar, pela maior mezes, como á hespanhola. ss promeltia, só concluiu-se depois
parte fabricados de novo 4 de aguardente e estão se dispondo
: de lima longa espectativa de mais de quatro annos. e isso mesmo
mais 12, tendo ca pacidade para uin numero incomparavelmente írraças ao auxilio prestado pelo governo da província á compa-
maior. Tem 22 fazendas de criar, de que ha oito annos só existia nhia... A Lei Pi'ov. n. 21, de 13 de abril do corrente anno,
uma. No meio de circurastancias tão favoráveis, que promettem o att^ndeado á justa representação da camará municipal restituiu
rápido crescimento desta povoação, sentem os moradoras pacíficos á esta cidade o seu antigo, popular e acertado nome de Piraci-
grande incommodo e vexação na grande distancia á que precisam cabi, o qual — do Salto se estendera á todo o rio e dahi á pov.
recorrer a procurar a protecção das leis por meio dos magis- fundada em sua margem, e que fòra em 1822 s ibstítuido pel»
trados ; e por isso nos parecí de grande necessidade erigir-se nome convencional de Constituição. Terminamos aqui estes
em villa. Por ser ver lade todo o referido passamos a presente ligeiros apontamentos, que poderão ser aproveitidos por alguém
attestação por um de nós escripta e por ambos assignada. Pira- que se proponha á escrever a historia deíte mun, Piracicaba, 4
cicaba, 17 de junho de 181(3.— Manoel Joaquim do Amaral Gur- de setembro de 1877. Prudente de Moraes.»

gel, Domingos Soares cie Barros.-» Sobre estas representações PIRACICABA. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun.
íoram ouvidas as camarás- de Ytú e Porto Feliz, e o ouvidor da de Santa Barbara, banhado pelo rio do seu nome. Ora.go S. Mi-
comarca Miguel .Antonio de Azevedo Barros, que informaram guel e diocese de Marianna. Foi creado parochia pelo Alvará
em sentido favorável ; mas, ella só foi attendida em 1821 pelo de 3 de n )vembro de 1750. Comprehende os povs. de Bicas e
governo provisório desta província, o qual, por portaria de 31 de Carneirinhos com eschs. publs. Sobre suas dívidas vide:
outubro dessa anno, mandou erigir a freg. de Piracicaba em art. XXI da Lei Prov. n. 1.190 de 23 de julho de 1864;
villa, porém, em vez de dar-lhe o nome de — Villa Joanninha
n. 2.242 de 26 de junho de 1876 ; n. 3.219 de lí de outidjro de
por derivação do augusto nome de Sua Magestade e em sua 1884. Foi incorporado ao mun. de S. Domingos do Prata pelo
'perpetua memnrii, como haviam pedido seus habs., deu-llie o Decr. n. 23 dei de março de 1890 e reincorporado ao mun.
nome de — Villa Nova da Constituição — em attenção eivara de Santa Barbara pelo de n. 196 de 29 de setembro do mesmo
perpetuar a memoria da Constituição Portugueza. promulgada anno. A Lei Prov. n. 1.925 de 19 de julho de 1872 cr ou ahi
nesse anno, a qual aliás bem pouco durou. Em execução dessa uma esch. publ. de instr. prím. pari o sexo feminino. Tem
portaria, o ouvidor de Ytú, João de Medeiros Gomes transpor- mais uma para o sexo masculino e uma nocturna, esta creada
tou-se para esta povoação e no dia 10 de agosto de 1822 a erigia pelo art. 1 § IV da Lei Pi'ov. n. 2. 162 de 18 de outubro de 1883.
em villa com a denominação de —
Villa Nova da Constituição
Dista 24 kíls. de S. Domingos do Prata e 36 da cidade de
em presença de grande concurso de povo. convocado por edital Santa Barbara.
e que mostrou grande al-gria e satisfação pela erecção da villa
e sua denominação, como attesta o referide auto. No mesmo dia,
PIRACICABA. Pov. do mun. de Baependy do Estado de
iMínas Geraes. Orag Santo .\nionii5 de Lisboa. Tem uma esch.
com assistência de grande parte da nobreza e povo da nova
>

publ. de instr. prím. Sobre sua fundação escrevem-nos o se-


villa, o ouvidor mandou levantar o Pelourinho, como signal de
guinte « Dous frades j>'suitas, provavelmente retirados do con-
jurisdicção, alçada e respeito ás justiça, áundo por essa oocasião
:

vento que tinha no Rio de Janeiro esta Ordem, atemorísados pela


vivas á Sua AÍteza Real, ás Cortes e á Constituição, como consta
perseguição que contra ella movia o Marquez de Pombal, refu-
do auto que se lavrou e foi assignado pelo ouvidor, vigário e
outras pessoas. Eleita e empossada a primeira camará da villa,
giaram-se nesta pov., cujas terras eram de propriedade do co-
ronel Henrique Dias, portuguez. Protegidos por este fazendeiro,
no dia 13 de agosto do mesmo anno, o ouvidor e a camará, em
construíram uma capellinha coberta de palhas, onde celebraram
observância ás ordens do governo provisório, demarcaram o
por algum tempo, até que, em 1702, construíram uma capella
rocio da villa tomando como centro o Pelourinho e medindo
maior, coberta de telhas, que atirahiu moradores ao legar, um
quatro rumos de um quarto de lejua cada um, em cujas extre-
midades flncou-se um marco , Tendo o rocio abrangido terras dos (iua'"s deu-lhe um património em terras, cujo valor actual
ó dt' 1:200,. « Foi elevada á dist. por Lei Municipal n. 1 de
'possuídas e cultivadas de um lad pela família Arr da Botelho
>

7 de abril de 1893.
*y e do outro pelo tenent >-coroni 1 Theobaldo da Fonseca o Souza,

dalii nasc eram entre estes e seus successores e a camará ou o PIRACICABA. Antiga com. de segunda entr. no Estado de
'povo innumera^ questões, as qums cessaram ha poucas annos. Minas Geraes, cr-ada e classilicada pela Resolução de 29 do
Por occasião da elevação á villa a pov. de Piracicaba constava julho d' 1829. Leis Provs. ns. 171 de 23 de março de 1840, 464
de 104 visinhos, sendo a população esparsa pelo seu districfco de de 22 de abril de 18.50, 719 de 16 de maio de 1854 o 1.740 de 8 de
2.200 almas. O mun. de Piracicaba tomou parte activa na revo- outubro de 1870 e Decrs. ns. 687 de 26 da julho do 1850 o 5.049
DIOC» OEOQ. 30
de 14 de ag'o=to de 1872. Compreliendia o termo de Itabira e o dezembro de 1889. E' com. de primeira enir. creada pela Lei
muii. de .S:int'.\.una do? Ferros. Priiv. n. i;2 de 9 de jullio de 1857 e cia s^ilicada pelos Dess.
n. 2.43.' de 8 ;le junho de 18')9 e õ.U i8 de de ajost d- 1872.
PIRACICABA. Rio do listado de S. Pauli, formado p4a Em 1881 contavam-se na cidade 3 largos e treze r ias. egreja
,

juncção dos rios Atibaia e Jaguarv, rega o mun. do seu nome e


matriz, casa da Camara e cemitério. Lavoura de canna de
desagua no Tietê. Seus afls. mais importantes nesse mun. são
assucar e cereaes. Criação de gado. A pop. da cidade é de
á esq. os ribeirões do Barbozinha, o Tijuco Preto, Piracicá-
1.000 habs, e a do mun. de 5000. Tem duas eschs. publs. de
mirim, Bernarilo, Concronhal e Cbiro á dir. o Agua Santa,
:
int. prim. creadas pelas Leis Provs. ns, 198 de 4 de outubro de
Guamium, rio Corumbatahy, ribeirões-do Ceveiro e do Limoeiro.
Sua navegação é estorvada q la^do o rio e^tá baixo, nos pri- 1845 e 324 de 2 de agnsto de 1852. Agencia do correio Cerca de
meiros kils. abaixo de Piracicaba, pelas corredeiras denomi- 24 kils. distante da cidade existem diversas peilras que, unidas
nad'is Enxofre, .^.Igo loal. On-las, Itapocú-mirim. Itapocú g iaisú,
umas ás outras, semelham casas, templos, fortalezas chaina- :

se a esse logar Seie-Cidades. O Joraal Piatihi/ de 10 de maio


Itapirú e Can:il Turto a cerca de 9 kils. da cida le: ilahi por
deante a nav 'ga-ão póJe ser considerada des^iribaraçad para i
de 187i) publicou o seguinte «
: \ villa de Pirac iruca, desta
província, acaba de solir r uma terrível catastrophe. Orio Pi-
vapoi-es apropriados até u.n pouco abaixo do ribeifão de L^-nçóes.
O iLustrado major de engenheiros .Jacquei Ourique iliz « Ua :
racuruca, que passa muilo perto da villa, encheu este anno
cidade de Piracicaba até á sua foz no Tietê tem este rio (Pira- extraiu-dina riamente, e assim se conservou, até que no
cicaba) 1.59 kils. de extensão. Sua largura varia entre 9 e lõO dia 28 de março, recebendo novas aguas, extravasou, inun-
metros. Sua pri)fundidade geral na estiagem ê de um metro, com dando toda a villa, cujas cisas principiaram logo a desabar.
excepção das corredeiras onde desce, algumas vezes, a O, '»õ. A A infeliz população da villa lioou aterrada e confusa, diante
velocidad ger i das aguas é de 0.™i346 por Sí-gundo, attingindo
I
de semelhante desgraça, e deixava ouvir gritos de desespero e
nas corredeiras a 1™,9. No porto de Piracicaba, onde veloci- .i
angustia. Toda ella se r fugiou para o ponto mais elevado do
dade ê de 0'".270, o dispêndio, na maior seofa, é, todavia, de log ir onde ainda se conserva abrigada em algumas casas que
23'"^, 709 por seg indo peno da confluência com o Tietê esse escapiram do desastre. Foram tres noit s terríveis para os lia-
;
liítaiiies de Piracuruca essas tres noites de inundação, em que
volume attinge a 59'"^, 689. Su,t direcção geral é de O. S. O. l£m
toda esta parte do seu curso, descreve o Piracicaba uma linlia os gri os e o pranto da população se confundiam com o medo-
mui sinuosa, cujas curvaturas não obstam a navegação. O vo- nho enampido do desabar das casas. Ruas inteiras loram
lume das aguas é unido e poucas vízes interrompido por ilhas levadas pela enchente, dentro da villa 43 casas licaram comple-
ou coroas de areia. Neste trecho tem o leito formado de rocha, tamentes aniquiladas, sendo 37 de telha e 6 de palha. Arrui-
pedra solta, areia e argilla predominando, quasi sempre, a pri- naram-se 24, sendo de telha 14. Os arraiiahles da villa sof-
meira. Suis barrancas, de eguil natureza, sustentam uma freram, como era natural, perdas inimensas quatro casas de
:

grossa camada de tírra, onde crescem vegetiesde grande porte telha foram aniquiladas e arruinadas quatro ile palha.» O Sr.
e onde to lo o género de cultura encontra seiva abun lante para F. A. Pereira da Costa, descrevendo essa cidade no seu trabalho
desenvolv.er-se. De Piracicaba ao Tietê não tem salto algam e, t Noticia sobre as comarcas da jrovincia do Píauhy il88.5),
diz « A villa de Piracuruca está situada em uma extensa e
somente, 15 corredeiras, onde a velocidade attinge a l'",9 na :

e-tiagem. liste rio, comquanto de velocidade p iuoo uniforme e bella planície, á margem dir. do rio do mesmo nome, que se es-
de muitos logires pouco profindos, é muito susc ptivel de me- tende de N. a N. E., demorando a 30 léguas abaixo de sua
lhoramentos, que lhe facilitem a navegabilidade em todas as nascente e a 8 acima de sua foz no Longa. A villa consta de
estacões do anno » Ha uma c im|ianliia fluvial que fiz o serviço
.
unias 120 casas cobertas de lelha e de um grande numero co-
de traasporte nesse rio e no Tietê om vapores, que só deixam bertas de palha, sendo aquellas, em geral, de edificação boa,
de funccionar nos mezcs denominados seccos (de agosto a solida e elegante, dispostas em ruo.s e praças alinhadas e rectas,
novembro), nos quaes é o mesmo serviço feito em barcas a arborisadas e illuminadas a kerosene, á expensas da munici-
vara. palidado. Os seus edifícios públicos são a egreja matriz, bello e
;

inagnittco templo, o paço da Camara Municipal, que comprehende


PIRACICABA. Rio do Estado de Minas Geraes nasce na ; também a cadeia, quariel e sala de audiências e jury. vasto
encosta oriental de um contraforte da serra do Garrafão, per- edilicio fundado em 1833 pelo padre ,lo.sé Monteiro Sá Palacio,
corre o dist. do llosario da Lagôa e o mun. de Baependy, onde vigário que foi da freguezia até 1843 a casa do mercado ; a casa
;

desagua no rio S. Pedro pela margem dir. Recebe, entre outros, da pólvora e o cemitério publico, com uma capella, fundado
o córrego da Prata. em 1857 e augmentado em 18á2. O lerreno do município é plano e
PIRACICABA. Rio do Estado de Winas Geraes. afl'. da mar- secco, e coberto de ricas pastagens próprias para a criação de
gem esq. do Doce. Banha os muns. de Sanla Barbara, S. Do- toda espécie de gado, cuj industria, em grande escala, consti-
mingos do Prata. Itabira e diversos outros. Recebe o Prata, tue o principal género de trabalho e riqueza local. A lavoura é
AHiê, Onça Grande e Pequeno, Alegre, Santa Barbara. São insignihcante e mal chega para abas ecer o município, e o com-
Francisco, Turvo Grande, Turvosinho, Caxambu, Cobras, Car- mercio, em pequena ecala, é feito por umas 16 casas de seccos e ,

neirinhos, Cururú, Peixe. Seu curso ê calculado em ,234 kils. molhados, cujos géneros importam da Parnahyba e Maranhão,
além de um grande numero de negociantes ambulantes, que en-
PIRACICÁ-MIRIM. Rio do Estado de S. Paulo, banha o tram com fazendas, café, aguardente e outros géneros da vi-
mun, de Pi racicaba e desagua na margem esq. do rio deste
zinha província do Ceará. O clima é salubre, mas na estação
mme, trib. do Tieté.
invernosa costumam appa ecer as febres int"rmittentes e diversas
PIRACUHIM. Dão
os índios este nome á conserva do peixe, outras. A villa fica a 45 léguas da capital e a 28 da Parnahyba,
que preparam seguinte modo : Depois de bera cozido, en-
do e limita-se com as províncias do Ceará e Mar.inhão, na extensão
chugam o peixe levam pira o lôrao até flcar beui secco.
e o de 30 léguas, pouco mais ou niMios, com ns comarcas liniitrojihes,
Assim preparado, conserva-se por muito tempo e delle fazem que são : —
Viçosa pelo lado do Ceará, e Brejo jielo do Maranhão.
uso pn- diversas formas. O piracuhim mais apreciado é o rio A data da creação da freg. de Piracuruca é inteirament- des-
peixe tucunaré. Na ultima exposição de Pariz foi esta conserva ço iheoda. No entretanto já o era em 1760, pois neste anno fez o
tida como a melhor. (Cónego F. B. de Souza. Leni br. e Cur. governad r a nomeação de José da Co?ta Oliveira para o logar
do Valle do Amazonas.) (le capitão das ordenanças da companhia da freguezia ile Pira-

PIRACUHY- Log. do Estado do cu -uca, secr.^taria do governo. A


como cansla do archivo da
Pará, n > mun. do Gurupá.
funifação da egr que serve de matriz, e a imm.ídiata edificação
'ja
PIRACURUCA. Cidade e mun do Estado do Piauliy. sêdp da povoa;ão que a contorna, prendem-se a um facto, que ó assim
da com. do seu nome, á margem dir. do rio Piracuruca, em uma narrado « Manoel Dantas Corrêa e seu irmão José Dantas
:
e.ítensa planície a 300 kils. da capital e a 72 da Batalha. Orago Corrêa, ambos porug lezes e bastante ricos, enp eliendendo em
N. S. do Carmo e diocese do Maranhão. Foi, em principio, unui princípios do s 'culo passado uma viagem de exploração ao inte-
pequena pov. fundada em 174,3 pelos do s irmãos purtuguezes rior desta ])r ivincia, cahiram prisioneiros dos indíos que babi-
Aiamael Corrêa Dantas e José Corrêa Dantas, que tendo cabido lavam o iittoral e reconhecendo a sorte que os aguartiava,
;
em poder de selvagens anthropophagos, promeiieram a N. S. fizeram iim voto a N. S. do Carmo de edícarem-lhe um sum-
caso se sah assem das ir.ãos daquelíes gentios, qu? erii;iriam uma ptuoso templo no próprio logar em qu" se achavam presos, se ella
Capella. Realizado o milagre, eiilicaram elles o te iiplo, que os livrasse das mãos dos b irba os indígenas Ouvido tão justo
.

ainda hoje serve de matriz. A pov. tbi elevada á categoria de appello, e recobrada a suspirada lib rdale, deram-se pres-a os
villa por Dec. de <i de julho de 1832 insi aliada em 23 de de-
; iriuao; Dantas Corrêa eni cumprir o voto e de facto, em
;
zembro do mesmo anuo elevada á cidade por Dec. de 2á de
; 1743 começaram a construcção da egreja de N. S. do Carmo,
PIR — 235 — PIR

aotiial mati-iz da ires., nm dos temiiloi? niai<! h^^ll s custos - •'i hyens^. que ;ihi te n uaia es^.ação Ongo Sant" Vnna e diocese
que pos=;ufí nsta provincii. A egrpja mele ^9 m't'Os ile ex- le Nyi li òii f iii ia a pelos mora lo 'e-; era t77J. teve provi-
'I

t nsão sobre 18 de largura, e é t ^la ar/nada, taaio interna meaio de oup?lla curada oor Pro.isãode 15 d' outubro de ISll
como externamente, de elegant' collumny.tas de pe Iras la- e por .Vivará de 17 de outubro de ISt? foi erecta em fie'/uezia
vrailas, que firmam na entrada um bell peristyllo. Constindo
-
Villa peia Lei Prov. n. 9d de (ide dezembro de 1837. installada
de três capellas e cinco altares eh-gant 'S e artistic meate i em 11 de novembro de 183-!. Cidade por Lei Prov. n. 2.011 de
dispostos, primando pela esculiitura, pintura de tallia, iiõt:uri-s3 17 d^ outubro de 1874. E' c >m de seg inda entr. creada pela
ain la muitos oulros "L>j 'Ctos cu-^t ^sos e d' subido mereciin^-nto L.H Prov, 11. .637 d ' 30 de novembro le 1871 e .•!asai!L'a la p-lo
I

artistioo. como a iiia baplismal, pu pito, um livatorin d' Dec. n. 4.8-8 de 19 dejineiro de 1872. ,\ par c.ia, la ciilade
mármore, alampadas de prata e o itrx objectos e parauiea os tem duas eschs publs. de inst, |)rim. .'Vge icia do correio. O
dignos de nota. Os irmãos Da Uas Corrêa nfio pouparam des- mun. lém do-list. di cid id", compi-eliende mais os di^ts de
,

pezas nem sacrifícios na construção le tão i^el o monuniHnti, S. J )sê lo Bom .Tardim e S, J ão Baptist i do .Irrozal e o- povs.
e par sua morte l^;íai'am o Jos os se is b ni p um o património d oiomina bis S. José d s Thomazes. Matlo D.^itro, Feliz Retiro,
da egreja. ain la h' je req dssima e avultado. Data por chií.'- Rosa Ma hado. J icii. Pinheiros, Rancho .-Vlegre e xlppir cida
guinte de começos do século passado a povoação de Piraouruca. do Rumo, Lilém de outros. E' regado pelos rios Parahyba,
Em 1807, já a povoação havia attingido a muito desenvolvi- Pirahy, João Congo, Minhocas, Turvo e différentes outros.
mento, e tanto, que o governador Carlos Cesar Burlaniarque Sobce suas divisas vide Leis Provs. n. 96 de 6 de dezembro de
propoz ao giver o di metro]iole a sua elevação á villa, dizen lo: 1837, n. 285 de 2 de maio de 1813, n, 532 de 16 de ouiubro
— t^m um m ignilico tMiiplo e muitos mor.idores, " serve de dí 1851 (art. I), n. 670 de 29 de outubro de 1853 (art. II),
escala do negocio que a villa da Par lahyba faz c im o sertão n. 858 de 26 de agosto de 1853 (art. II.)
Não foi, porém, c ncedi la semelliante graça, e si mais tar'le é
que foi el^^vada á categoria de villa por Decr.eto Imperial de PIRAHY. Villa e mun. do Estado 'Io Paraná, na com. de
Castro, entre os rios P.rahy e Pirahysinho. Orago Senhor Me-
6 de ilho dr- 183^, em virti lede proposta do Cous 1 lo GtiI
j
nino D-'NS e diocese deC irytiba. Foi creada parochia p la Lei
da Província, de 30 dejineiro d-^ 183il loi ina igurada p?lo
:
Prov. n. 323 de 12 de abril de 1872 e elevada á categ u-ia de
presiilent^ da oimara municipal da P.irnaliv ba. Siiuplicio Riy-
yil'a pela de n. 631 de 5 de março de 1881, installala eiii 24 de
muiido Dias da Silva, em 23 de dezembi'o d- 183^. SMido a sua
primeira camará comp.ista dos Vf-reador-^s seguinte jalhodel8S2. Tem eschs. publs. de inst. prim. Agencia do
\lbino :

correio. Sobre suas divisas vide entre outras, as Leis Prov.


Borg s Le;il, Francisc José do Rego Castello I3ranco, Vicente
)
11. 362 de 19 de abril de 1873, u. 75) de 17 de novembro de
Pereira dos Samos, Manoel Rodrigu -s de Carvalho. Vntouio das
183?. Dista cerca de 36 kils. de Castro, 45 de Jaguaryahiva e 69
Mercês Santiago, Pedro de Brito Passos e Lailisláo da Costa
de Tibagy. Cultura de cereaes e criação de gado.
Portella », Sobre s ias divisas vide, entre outrai, as L?is Provs.
n. S2) de de agosto de 1832; n. iot de 31 dc dezembro de 185.5 ;
PIRAHY. Bairro do mun. de Itapeva da Faxina, no Estado
n. 6J5 de Ití de agosto de 1870 n. 8}i de 15de junlio de 1875,
;
de S, Paulo; com uma esch. pub. de inst. primaria.
6 de 13 de junho de 1877.
PIRAHY. Bairro do mun. do Jambeiro e Estado de São
PIRACURUCA. Rio do Estado do Piauhy, nasce na serra Paulo.
de Ibiapaba (Ceará) banha o mun. do sau nome e desagua no
Longá, 5t kils. distante daquella cidade, no mun. da Bat ilha.
PIRAHY. Log. do Estado de S. Paulo, no muu. de Cabreuva.

PIRAGIBAHÉ. Log. do Estado de Santa Catharina, perto


PIRAHY. Bairro do mun. de Itú, no Estado de S. Paulo.
da cidade do l)esterro. PIRAHY. Log. do Estado de Matto Grosso, no dist. da
Santo Antsnio do Rio Abaixo.
PIRAGIBÚ. Pov. do Estado de S. Paulo, banhado pelo vio
do S3U nome, no mun, de Sorocaba, com uma esch. publ. de PIRAHY. Estação da E. de F. de_ Sant'Anna, no Estado
inst. primaria. do Rio de Janeiro, a 18 kils. da estação inicial, entre as pa-
radas do Engenho Central e Bella Vista.
PIRAGIBÚ. Ribeirão do Estado de S. Paulo afF. da margem
esq. do rio Sorocaba. Corre na direcção mais geral de E. para PIRAHY. Morro do Estado deS. Paulo, no mun. de Itú.
O. por enire os muns. de S. Roque e Sorocaba. Attravessa a es- PIRAHY Ilha no rio Cuyabá e Estalo de Matto Grosso.
trada de Soroca'ia a Uú. Azevedo ÍMarques erradamente o Jaz, segundo Ricardo Franco, na lat. de 16\ 18'
considera como aft', do Tisté.
e 52". O Sr.
Barão de Melgaço sitiia-a entre 16' 12' e J6'29'.
PIRAGIBY. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de PIRAHY. Igarapé do Estado do Maranhão, nasce nas mattas
Agua Preta. dos Índios em Vianna, percorre o campo de .-Vquiry e entra no
PíRAHAUYRA. Morro do Estado
de S. Paulo, no mun. lago do me -mo nome.
da Conceição d? Itanhaom (Inf. loc). Em nm:), outra inf que PIRAHY. Rio do Estado do Rio de Jin-iri nasce na
recebemos do mesmo mun. lè-se Pirahanai/ra. Xo livro .V — serra tio .Mar. nas divisas do mun. de Angra dos Reis, percorre
:

Prov.de S. Pa>ilo —
(1883, pag. 353) lè-se Pirahamjra. a tVpg. de Santo .Vntmio do Ciinviry, parte da villa do Rio
PIRAHÈj]. Ponti no fim 'la praia d? Marulpe, aos2)<'lGoO'' S. ('laro eo mun do seu no!n=!. Ant,'S do arraial do Capivary re-
e 2i'55'17" E. (.Moucliez), no Estado do E. Sanio. Foi assim C'b3 o rio das Pedras e no arraial o rio Capivary. Dahi para
denominada pelo almirante Roussiu. E' cambem c'';aiiia la do baixo recebe diversos ribMr(3,^s e correg is, entre os quaes os
Tubarão. Esta palavra vem da lingua tupi jju-íí. peixe o /wa doce, denomi lados; Cl iro, Itióca, Braço, ^'argem. Cachaças, Passa
sabo:'OSD, não salgado. Tres, Liranjal, Picão, Oratório, .Serra, Pedr.is, PinliMms, Ca-
rioca, Piracana, Divisa, S. Felix e Sacra Família. Di'sigiui na
PIPvAHEM. Pequeno rio do Estado do E. Santo, banha o margem dir. tio rio Parahyba fio Sul na cidade da liarra do
mun. de Nova Almeida e vae para o oceano. Pirahy. Tem uma ponte q le coinmunica a séde do mun. tio
PIRAHUBA. Pov. do Estado d'. íMinas Geraes, no mun, do Pirahy com a estação da E, de F. de Sant"Anua, tia Com))anhia
Pomba. Orago Foi elevada á dist. pelo Dec. n. 89
S. S^^bastião. Viação Ferr, a Sapu 'ahy, uma outra em freme á cidatle da
de 4 de junlio de 1890. Barra do Pirahy e uma outra junto ás estaçtjos de Sant". Vnna
da E. de F. Central do Brazil e da E. de F. de Suit-.Vniia
PIRAHUBA. Estação da E. de F. Leopoldina, no Est.ido de da Companhia Sapucaby,
Minas Geraes, no ramal da Serraria. Foi inaiigurada em 1883.
PIRAHY (rio do peise). Cidade e man. do Estado do Rio PIRAHY. Pequeno rio do Estado de S. Paulo, banha o
de Janeiro, pede da com. do seu nome, situada á margem do
mun . tio Jambeiro e tlesagua no no Capivary.
rio Pirahy, cu|o nome tirou, e entre risonhas e ver^lcjantes PIRAHY. Ribeirtio do Estado de S. Paulo, ali", da margem
moiitiiihas. Seu climaé mui sau'avel. No alto d", uma colima esq. dl Jundiíhv, Corre na direcção mais geral tio SE. para
e domiiian lo a ci lad- c^lii a Mitriz, templo el^L^ante e de deco- NO., eilr' os muns. tle It e Cabreuva. i

ração simples o superior a muitos ifi Capital Ki-deriil. E' um


dos mais ricos m uns. c leei ros ilo Estado. V exp irt;ii'ão de seus
PIRAHY. Rio dl) EUado ilo Paraná, banha o umi. do sou
nome
i

e d 's.igii i no Yapi).
prod ictos para o grande mercado da Ca-.ital Federal è feiti
pelas estações de SanfAnna, Barra do Pirahy, Vaigem Aleg.e e PIRAHY, Arroio do Estado do R. G. do Sul. alll. do rio
Pinheiros da E. de F. Central do Brazil e pela E. de F. Pira- Cahy.
. .

PIR — 236 — PIR

PIRAHY. AiToio do Estado do R. G. do Sul formado pelo palavra escripta por modos diversos — Pira-Iauara, Piraya-
Sanduy que descem da serra de Santa Tecla
e Pií-ahy-chico, uara, Pirájauara e Pirabyauara.
, Tapes) e desagua na margem dir do rio Negro, pouco acima da PIRAHYUARA. Rio do Estado de Amazonas, desagua na
íbz do S. Luiz, margem do rio Madeira, em frente á ilha do seu nonip
dir.
PIRAHY. Braço do rio Cuyabá, no mun. do Livramento e (Vide Pirahyauara.)
Estado do Matto Grosso. PIRAJA, s. m. aguaceiro acompanhado de vento, que se
PIRAHY. E" assim denominado pelos Guaycurús o rio Apa, manifesta frequentemente na parte da costa do Brazil compre-
aff. do Paraguay. hendida entre os Abrolhos e o cabo de Santo Agostinho. Em
geral, os aguaceiros se annunciam por nuvens densas de côr
PIRAHY ACIMA. Bairro do mun. de Itú, no Estado de
escura, que sobrm rapidamente do horizonte. Na custa do Brazil,
S. Paulo, com escholas.
porém, o Pirajá é apenas precedido per uma nuvem de singela
PIRAHY- ASSÚ, Rio do Estado do Paraná, nasce na serra apparencia, que illude o marinhe.ro o mais experimentado, e
das Furnas e desagua na margem dir. do Yapó, aft'. do Tibagy. torna-se por isso perigoso. (Dicc. Mar. Braz.).
Recebe o Tijuco Preto e Pirahymirim.
PIRAJA. Dist. do Estado da Bahia, no mun. da Capital,
PIRAHY-.A.SSÚ (Rio), Um
dos formadoi-es do rio Negro, ligado á esta pela E. de P. do S. Francisco. Orago S. Bartholomeu
trib. do Iguassu e este do Paraná. Recebe pela margem esq. o e diocese arcliiepiscopal de S. Salvador. Foi creado parochia em
ribeirão da Campina e pela dir. o Duas Fontes, Biboca e Pirahy- 1608. Occupa essa localidade ura logar de honra na historia das
mirim. lutas patrióticas em prol de nossa liberdade, pela vigorosa resis-
tência que fizeram os brazileiros commandados pelo general La-
PIRAHYAUARA, Ribeirão do Mundurucania, na margem
batut ás tropas portuguezas. No templo, ha um tumulo singelo,
do rio Madeira, entre o lago Murucutuba e o ribeiro das
dir.
Frechas. (Araujo Amazonas).
com a seguinte inscripoão —
Restos mortaes do general Pedro
:

Labatut commandante em chefe do exercito pacilicador, fallecido


PIRAHYAUARA. Igarapé do Estado do Pará desagua ; em 4 de Setembro de 1849, com 74 annos de idade. Tem cerca
na margem esq. do rio Capim, um pouco ao N. da confluência de 3000 habs. Na sede da parochia ha duas eschs. de inst. prim.
do igarapé Jacundá. Comprehende os povs. Perypery e Praia Grande. A Lei Prov.
PIRAHYAUARA. Lago do Estado do Amazonas, na mar- n. 2.0SO de 14 de agosto de 1880 transferio a séde,dessa freg. para
gem esq. do rio Punis E' regular e tem, no inverno cummu- a Capella de N. S. da Escada, na mesma freguezia.
nicação com o lago Hyapuá. PIRAJA. Log. a tres kils. mais ou menos, da capital do
PIRAHYBA. Igarapé do Estado do Pará, no dist, de Bem- Estado do Piauhy. Ahi existe uma casa particular que serve
fica e mun. i!a Capital. Vai para o rio Maguary. de paiól de pólvora.

PIRAHYBA. Canal formado pelos bancos denominados PIRAJA. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. de Agua
Corôa dos Ovos, na hahia de Cuman e Estado do Maranhão. Preta e Ipqjuca.

Vide Canal da Ptrahyba e Canal da Pedra. PIRAJA. Log. do Estado das Alagoas, na Branca.
PIRAHYBAS. Log. no mun, de Manicoré e Estado do PIRAJA. Pequeno rio do Estado da Bahia, rega o dist. de
Amazonas. seu nome e desagua na bahia de Todos os Santos.
PIRAHYBAS. Ilha do Estado do Amazonas, situada no PIRAJÁ. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aft'. do rio
rio Madeira. E' mencionada no Relatório que, sobre esse rio Cahy (lileuth. Camai'go).
publicou o Sr. S. Coutinho, em 1S61. Em uma desoripção da
capitania de Matto Grosso, escripta em 1797, faz-se menção dessa
PIRAJAHY. Ribeirão aff. dir. do Paraná, entre o de Ma-
racahy e o de Marumby. Sahem todos em frente á grande ilha
ilha mas com a orthograpbia seguinte —
Piravybas. Fica ella a
do Salto.
tres léguas de distancia das ilhas Arraias,

PIRAHYKÉ. Bairro do mun. de Villa Bella, no Estado de


PIRAJARARA. Igarapé do Estado do Pará, no dist. de
Sant'Anna do Rio Capim, mun, de S. Domingos da Boa Vista.
S. Paulo, com duas eschs. publs. de inst. primaria.
Desagua no rio Capim. Receije o Jutahyteua, o Umiry, o Aria-
PIRAHYKÉ. Rio do Estado de S. Paulo, nasce da serra da kaná, o Patauateua, o Anauá, além de outros.
Cubatão e desagua no rio deste nome. Tem quatro a cinco kils. PIRAJU. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, na com,
de extensão. Também é denominado Perequê. — de seu nome, á margem esq. do rio Paranapanema, na eneosta
PIRAHYKÉ. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de de um pequeno morro. Orago S. Sebastião e diocese de São
Villa Bella e desagua no mar. Paulo. A pov,, que p)rimitivamente pertenceu ao mun. de
S. João Baptista do Rio Verde, foi fundada por Joaquim de
PIRAHYKÉ. Vide — Perequê. Arruda. Foi com o nome de Tijuco Preto creada parochia
PIRAHY-MIRIM. Bairro do mun. de Castro, no Estado do mun, do Rio Verde pela Lei Prov. n. 23 de 16 de março
do Paraná, com uma esch. publ. de inst. prim. creada pelo de 1871 e elevada á categoria de villa pela de n. Ill de 25 de
art. I § III do Lei Prov. n. 45D de 6 de abril de 1876. abril de 1880. Foi desmembradi da com. da Faxina e incor-
PIRAHY-MIRIM. Rio_ do Estado do Paraná, porada á de Avaré pela de n. 3 de ii de levereiro de 1882.
aff. do
Pirahy-assú. Recebe o xnbeirao da Cachoeira. Creada com. pela Lei n. 80 de 25 de agosto de 1892.
Perdeu o nome de Tijuco Preto pelo de Pirajú pelo Dec.
PIRAHY-MIRIM. Rio do Estado de Santa Catharina, aft'. n. 200 de 6 de junho de 1891. Ao N. e E. é 'o território do
do Pirahy-piranga. mun. ondulado e formado de chapadas com declive suave para
PIRAHY-PIRANGA. Rio do Estado de Santa Catharina, os rios Paranapanema e seus alfs. Espigões de fraca eleva-
da margem esq. do rio Itapocú. Recebe, entre outros o Una,
aft'. ção separam as vertentes dos rios que pertencem ao systema
D. Christina, Cardoso, Pirahy-mirim, Quati, Anta, Campinas, hydrographico do Paranapanema. Ao S. é o terreno elevado,
Preto e Bonito ni4anao-se ahi a serra da Fartura, que separa as aguas do
Paranapanema das do Itararé. A O. e também montanhoso
PIRAHYS (SanfAnna dos). Pov. do Estado de Minas
Todo o território é coberto de vastas florestas existindo apenas
;
Gjraes, no termo de Leopoldida, na margem dir. do rio um pequeno campo a piargem esq. do rio Taquary. O mun.
Pirapitinga.
é atravessado por diversos contrafortes da serra de Botucatu
PIRAHYSINHO. Rio do Estado do Paraná, nasce na serra e pelas serra do Barão e da Fartura. Esta serra tem grande
das Furnas, banha o mun. do Pirahy e desagua no Yapó Suas elevação e é exfcfaordinariamente própria para o cultivo do
aguas são aproveitidas por quasi toda a pop. da vilia. E' tam- café, assim por sua uberdade, que e prodígios. i, como por
bém denominado Pirahy-mirim e Guararema. achar-se livre de geadas. O território e sulcado por diversos
PIRAHYTINGA. Rio do Estado
rios, dos quaes os mais importantes são o l'araaapauema, o Ta-
;
de S. Paulo, aff'. da
margem dir. do Tietê.
quary e o Itararé. Lavoura de cafc, lume canua e cereaes.
Dista 39(3 kils. da capital do Estado, 39 du iáo i\ovo, 4o de
PIRAHYUARA. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Santa Barbara do Rio Pardo e õ2 de Santa Cruz. Tem eschs.
Japurá, entre as ilhas Tamanduá e Poerá. Encontra-se essa e agencia de correio. Comprehende o baii-ro e capella do Dou.
.

PIR — 237 — pm
radão. Sobre suas dÍTisas vide Leis Provs. ns. 14 de 30 de PIRANEMA. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, aff. da
março de 1874, 5 de 7 de fevereiro de 18S4 e 497 de 7 de maio de margem dir. do rio Guandú.
1897. Uma estrada liga-a á Arèa Branca e uma outra ao Rio
PIRANEMA, Rio do Estado de Matto Grosso; suas aguas,
V erde unidas ás do Bento Gomes, derramam-se no pantanal de
PIRAJU. Ribeirão do Estado de S. Pa^lo, aflf. da margem Poconé. O Sr. Barão de Melgaço diz «Ribeirão ou escoaute
:

dir. do rio Paranaiiaaenia. que atravessa o caminho de Cuyabá a Poconé, e que na pas-
PIRAJU. Arroio do Estado do R. G. do Sul, desagua na sagem, ou ainda acima delia, àesfaz-se em um extenso pân-
margem dir. do Ibicuhy-grande, aff. do Uruguay, entre a foz tano, completamente secco na estação própria, mas de dilTicil
transito na das aguas, por ficar todo alagado. As aguas vão
dos rios rtu e Taquary.
reunir-se ás do Bento Gomes.»
PIRAJÚ. Salto formado pelo rio Parariapauema, na secção
comprehendida entre a cachoeira do Jurú-mirim e o S.ilto PIRANGA. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, na
Grande. E' também denominado S. Sebastião (En^,'. Th. Sam- com. de seu nome, á margem do rio Piranga. Orago N S. da .

paio). Conceição e diocese de Marianna. O Almaimk de Minas publicou


em 1863 a seguinte noticia a respeito dessa cidade « A pov.,
:

PIRAJUBA. Ponta na costa do Estado do Maranhão, entre que foima hoje ávida doPiranga, foi outr'ora denominada pelos
Alcantara e Itacolomim, ao N. da ponta de Monte Alegre. indigínas — Guará-Pyranga em razão de bandos de pássaros
PIRAJUHIA. Dist. do Estado -ia Bahia, no mun. de J,i- aquáticos còr de barro, ijue se encontravão nas margens do
guaripe. Orago N. S, tia Madre de Deus e diocese archiepiscop > 1
rio que atravessa a povoação. Ella foi elevada á categoria de
de S. Salvador. Poi crea^lo parochia em 1717 com a iiivoc.i.;ão parochia a 16 de fevereiro ile 1718. E' uma das pr. moiras povoa-
que hoje lem. A Lei Prov. n. i.2.i> de 17 de junho translerio-a ções ilesta província, como se vè de uma insjripção que se en-
para a capella da E icirnação, com esta invocii,'ão. Essa dis- contra em sua matriz, datada de 1751, sendo esta a sua segunda
posição foi, parem, vevogada pela Lei l'rov. n. 1.981 de ;'5 d: matriz, segun 'o as tradições do povo, confirmadas pela; ossadas
junho de 1880. Tem duas eschs. publs. de inst. prira., uma h imanas que forram encontradas no legar onde se construio a
das quaes creada pela Lei l'ruv. n. 1.856 de 17 de setembro de casa da cam ra munici)'al
I
O arraial de Guará-Piranga foi- no
.

1878. Agencia do correio, principio deste século um dos mais florescentes do império,
devido ás suas ricas minas de ouro, ainda bem pouco explora-
PIRAJUilY. Log. do Estado de Pernambuco, uo mun, de das e á cultura do café, que abastecia as povoações vizinhas, e
Iguarassú. era também exportado para a corte. A sua população era tál
PIRAJUSSARA. Morro do Estado de S. Paulo, na es- que se coutava mesmo dentro da povoação 29 sacerdotes. Com
trada da Cotia á Jaguaraé. diversas descobertas nesta parte da província denominada Matta,
PIRAJUSSARA. como sejão Ubá. Presidio e Muriahé, ella entrou era seu periodo
Ribeirão do Estad) de S. Paulo, aíí'. do
de decadência ; operou-se então uma emigração dos aventu-
rio Graade, que o é da margem es]. d-j Tietê.
reiros emprehendedores para ns terrenos devolutos. A um de
PIRAMA. Igarapé do Eítado do Pará, na com. de Gurupa. seus íillios, o commendador Francisco Coeiho Duarte Badaró,
Banha as.povs. de ArrayoUos e Bom Jardim. ella o deve ter-se conservado no pá em que hoje se acha. Foi
PIRAMANGA. Ilha do Estado do Pará, no rio Tocantins, esse distinclo e sempre lembrado cidadão que, prevalecendo-se
no mun . de Baião. de sua influencia, oiiteve para el!a os foros de villa em 1» de
abril de 1841, comprehendendo a freguezia do mesmo nome, as
PIRAMANHA. Igarapé do Estado do Pará, na ilha das da Ba rra do B icalhão e d^ S. José do Chopotó e os districtos
Onças e mun. da capital. do Pinheiro, Conceição e Dores do Turvo. A villa do Piranga
PIRAMBÓIA. Esiação da E. F. S-n-ocabana, no Evtado de tem uma ca^a de camará e cadeia para prisão dos réos, cun-
S. Paulo, cumeschoia. forme o plano determinailo pelo governo. Tem uma grande
matriz solidamente construída sob a invocação de N. S. da
PIRAMBÚ. Pov. do Estad.) de Sergipe, no mun, de Japara- Conceição ; a capella de N. S. da Boa Morte e a de N, S.
tuba, nafoz do rio dtíste nome. E' muito concorrido na estação do Rosario, também solidamente construída ha um anno.
dos banhos de mar. (inf, loc.) Tem alguns prédios elegantes e suas ruas calçadas de pedras.
PIRAMBUÈ. Pequeno rio do Estado de Sergipe,;afl'. do O seu termo hoje compõe-se das freguezias da villa. Oli-
Piauhy. veira, S. Caetano. S. José do Chopotó, Espera, Dôres do
Turvo e dos districtos da Conceição, das Dores, Braz Pires,
PIRA-MIRIM. Furo que, partindo do rio Amazonas, vai
Tapera e Calambaú, e dos arraiaes de Manja-legoas, Mestre
desaguar na margem dir. do rio Urubú.
de Campo e Bacalháo. Este é notável pela sua ca ella de |.

PIRÁ-MIRIM. Bahia na costi do Est.ido do Pará, entre N. S. do Bom Jesus de Mattosinhos, on le s» faz jubileo, que
a foz do Gurupy e a cidade de Belém. (Alves da Cunha, começa no dia 29 de novembro a contar 15 dias, em virtude de
Clior. cit.). um breve do papa. Ha grande romaria. A capella é um rico
PIRAMUJARÚ. templo. A sua população orça por 35.000.000 almas. Sua prin-
Ijarapé do Estado do Pará, banha o mun.
cipal industria consiste na cultura da canna e dos cereaes, tam-
de Muaná c desagua no riu deste nome.
bém se cultiva o fumo, algodão e algum oafé. » Foi creada
PIRANÁS. Arraial do Estado das Alagoas, no mun. da parochia pela Provisão de 1(3 de fevereiro de 1718 e elevada á
Victoria. villa pelo art. I §1 da Lei Prov. n. 202 de 1" de abril de 1841 ;
PIRANÁS. Arraial do Estalo das Alagôns, no mun. da supprimida p da de n, 1.249 de 17 de novembro de 186.'), restau-
União. rada, peladen. 1.537 de 20 de julliode 1868. Cidade pelo art. I
da de n. 1.729 de 5 de outubro'de 1870. E' comarca de primeira
PIRANGHIM. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. do entrancia, creada pelas Leis Provs. n. 1.740 de 8 de outubro de
Bananal. 1870 e n. 3.273 de 20 de outubro de 1884 e classilicada pelos Decre-
PIRANDUBA. Igarapé do Estado do Pará : ba:iha o mun. tos n 4.648 de 26 de dezembro de 1870 e 5.049 de 14 de agosto
da capital e desagua no rio Guamá. d^ 1872 e Acto de22 de fevereiro de 1892. Uma estrada liga essa
cidad' aMarianna uma outra, atrave-sadii pelo rio Piranga,
:

PIRANE. Fundeadouro em Nova Almeida, Estado do E. liga-a a Ubá, e unia oulra, atravessada pelo rio Pirapitinga,
Santo, á dir. da barra do rio Novu ou Timbuhy, a .59 Ijraças da ao Calambáo. Ainda é ligada ;i Oliveira e á Barl)acena. O
costa. Tem de 8 a 30 braças de fundo ; abrigado d^ todos os municipiii, além da par.ichia da cidade, comprehendia em 1892
veatos, menos do E., vento pouco frequenta nessa, part'' da costa. mais as seguintes N. S. d.' Oliveira. N. S. da Conceição do
:

PIRANEMA. Log. do Esta lo do Rio de Janeiro, no dist. Turvo, S into Antonin do Bacilháu, Saut-i Antmin do Calambáo,
de S. Francisco Xavier de Itiguahy, com escola. N S. da Saide do Pinhei ai, Sant,'Ann dn luaracialia, N. S.
. (

do Porto Seguro e os povoados denominados Mostre de Campo,


PIRANEMA. Igarapé do Estado do Pará; banha o mun. da Várzea, S. Domingos, Braz Pires. Sobre suas divisas vide :

capital e desagua no rio Guajará. Prov. n. 1 190 de 23 de juUio de l864 ;


art. VII da Lei
PIRANEMA. Rio do EstadM de Sergipe; rega o mun. da art VI da d n. 2. "35 de 1 de dezembro de 1873; art II da de
Estancia e limita o dist. do Sacco do iUo Real. Recebe o Far- n. 2.144 de 29 de outubro do 1875, art, I da da n. 2,660 de 30
nanyal. de novembro fl 1880 ; art. II § I da de n, 2.795 de 19 de setsra-
PIR — 238 — PIR

bro de 1881 n. 3.219 de 11 de outubro do 1881 e n. 3.272 de 30


: não mems importantes e em maior distancia. As casas estão
d' outubro de 1881. Tem 2 eschs. publs. de ini?t. prim. Agencia disseminadas pelas verte ntes da collina em que se acha con-
do correio. strui la a matriz. A c Itura do fumo é a mais usida. plau-
t 111 lo se também, a ém de cereaes, canna e café. xi matriz foi
PIRANGA. Log. do Estado do Pará, á margem dir. do rio
Tapajoz. Projecta-se uma estrada desse logar a Bjburé. fundada á esforços do cidadão Felizardo Ribeiro Cardoso.
P RANGA. Log. do Estado do Parahyba do Norte, no dist. PIRANGUSSÚ. Sírra do Estadi de Minas Geraes, no mun.
de Jíicoca do miin. da Capital. de Itajubá. A Portaria d^ 17 de abril de 18.58 estabeleceu-a como
divisa entre as fregs. de Itajubá e Soledade. Liga-se á serra da
PIRANGA. Pequena pov. no muii.do Tríumpho do Estado Candelária.
das Abigòas.com uma capella da inv x^ação de S. José. Ha um
outro li)g. com o mesmo nome em Anadia. PIRANGUSSÚ. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, vem
da serra do Pouso Frio e entra na margem esq. do Sapucahy,
PIRANGA. Pov. do Estado do Rio do Janeiro, a um kil. da a tres kils. de Ilajubá. Rejebe pela marseiu dir. os ribdrões
capei a de N. S. da Guia, a tres kils de i\íauá cmi uma escli. ;
Anhumas e do Pouso Frio, e o córrego da Boa Vista. Banha o
Fioa. na foz do riacho do mesmo name, tnn uns 400 liabs., que
dist do seu nome. Em algumas Cartas lè-se Piranguassú.
occupam-se em fazer linha.
PIRANGA. Pov. e morro do Estado de Minas Geraes, no
PXRANGY. Log. na freg. de N. S. da Lapa e Pias da São
Miguel. 110 Estado do Maranhão. Cult ira de algodão, arroz e
dist. de Pirangussú e mun. de It ijubá.
outros géneros.
PIRANGA. Igarapé do Est ido do Amazonas, aff. da mar-
PIRANGY. Pov. do Estado do R. G, do Norte, a 24 kils.
gem dir. do rio Marary, trib. do Pad^iuiry, e este do Negro.
da. villa de Papary, a cujo mun. p'rtence. E' separaila das
PIRANG.'\. Rio do Estado do Rio de Janeiro, banlia o fregs. de No<sa Senhora do O' de Papary e de Sanl'Anna da
dist. de Marapicú e desagua na margem esq. do Giiandii. cidade de S. José de Mipiliú, p.do rio 1'iraugy, qu> desa;-'ua no
PIRANGA. Rio do Estado do Rio de Janeiro, desagua na mar. Tem uma capella e uma esch. publ., creada pela Portaria
bahia de Guanabara, em frente á ilha dos Limões, e entre o rij de 23 de novi^mbro de 1869. Tem bom porto de pescaria.
Estrella e o riacho da Guia. PIRANGY. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
PIRANGA. Rio do Estado de S. Paulo, no raun. da Cana- Agua Preta. Ha outro 1),^-.do mesmo nome no mun. de Pal-
néa_. Nasce naserra denominada Mandirá. E' de pequeno curso mares.
e só navegável por canoas. Recebe o Pirang.iinha e desagua no PIRANGY. Ponta na co=ta do Estado do R. G. do Norte;
riodasiMinas (Inf. loo.) aos 6"1'36" deLat. S. e 7" .ô8' 24" de Long. E. do Rio de Ja-
PIRANGA. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de neiri. Ao N. delia estão sit"adas as barreiras do Infer.io, e
Iguapé e desagua no rio Juquiá. ao N. destas a ponia Negra.
PIRANGA. Rio cio E tado do Pari-ná, alll da margem dir. PIRANGY. Rio do Estado do Maranhão, aft'. da margem
do Guarakessava. dir do Itapecurú. (0. Mendes).
PIRANGA Rio do Estado de Minas Geraes; é um dos for- PIRANGY. Notável corrente do Estado do Ceará; nasce da
ma loresdo rio Doce. Nasce com o nome de Piranguinha no serra Azul, corre a L. e desagua no mar depois de um curso
termo d^ Barbacena, na sen a da Manúq íeira. nas proximidades de 1,50 kils. a 30 kils. ao NO. da barra do Jagiiai ibe, formando
do morro Queimado e reoebe, entre outros, os rios Palmital, pequeno esteiro na sua foz. Recebe o riacho Feijão. Banha os
Bacalháo, Vau-assú, Oratório. Carjno, Papagaio, Brejáhuba, muus. de Bdjerilie e Cascavel.
Mutuca, Carrapicho, Gaarará, Agua Su;a, Araçás, Laraini e Pi-
rapi tinga.
PIRANGY. Rio do Estado do R G. do Norte, desagua na
enseada do seu nome. E' também denominado Cajupiranga e
PIRANGA. Pv,ibeirão do Estado de Minas Geraes, no mun. Jap canga.
de S. Gonçalo do Sapucahy, corre para o rio deste nome.
( Inf. loc. ).
PIRANGY. Riacho do Estado de Pernambuco nasce no ;

logar Cachimbo, distante 24 kils. da villa de Qnipapá, dirige-


PIRANGA GRANDE. Lago do Estado do Amazonos, no se de N. a S., banha Quipapá. S. Benedicto. Pimenteiras;
mun. de Biirba e dist. das Araras. Ha ahi um oatro lago deno- recebe as aguas dos riachos Quipapá, Fervedor, Marmota, Cobra,
minado Piranga Pequeno.
Areas, Boi, Gravatá,, Inliamuns e Riacho-secco e despeja na
PIRANGASSÚ. Serra do Estado das Alagoas, no mun. de mar-íem meridional do rio Una. O seu curso é violento e con-
Anadia. « Subindo-se ao mais elevado cabeço de seu planalto, a serva agua to lo o anno,
duas léguas da villa, descorlina-se, nas manhãs claras, e nas PIRANGY. Riacho do Estado de Sergipe, afl'.dorio Arauá.
tardes lie verão, um bello panorama: éa fila azul do oceano e
os niveos lençóes de areia na costa do Francez, ao sul da capital,
PIRANGY. Rio do Estalo da Bahia, banha a com. do
Conde desagua na margem esq. do rio Itapecurú. E' nave-
e
que lhe Rea a vinte léguas de distancia.» ( Almanak do Estado
gável e:n pequena extensão por meio de canoas.
das Alagoas para 1891.) E' também denominada Ipirangassú.
PIRANGUINHA. Estação da Companhia Viação Férrea Sa- PIRAlVGY. Enseada na cçsta do Estado do R. G. do Norte;
possue b im ancoradouro com capacidade para navios de grande
pucahy, no mun. de Itajubá e Estado de Minas Geraes. Foi
calado. O pratico Philipp^ d:i as seguintes instrucções para
inaugurada a 19 de abril de 1892.
demandar-sa est enseadii «Ols-rve-se uma malha vermelha
i :

PIRANGUINHA. Rio
do Esta lo de S. Paulo, banha o que visivelmente mostra-se na terra grossa, um pouco ao N.,
mun. de Cananéa e desagua no rio Piranga, alll. do rio das conhecida pelo nome de —
Cd do Boi — e também ha uma bar- ,

Minas. ( Inf. loc. ). Outro informaute diz-nos ir esse rio des- reira que es á a beira-mar um pouco ao N, da f z do rio;
aguar n) rio das Minas. projecte-se a ponta 8. da barreira com a mencionada malha,
PIRANGUINHA. e com esta marca navegue-sj direetamente para a terra, e logo
Rio do Estado de Minas Geraes, affl. do
Sapucahy, pela margem esq. Nasce na serra dos Antunes e
que encontrar fundo sulficienle largue ferro ». O Sr. Collatino
banha o dist. do seu nome. Marques de Souza diz « Na-ponta do Pirangy encontra-se um
;

bom fundeadouro, o qual lica pelo N. desta ponta, e para de-


PIRANGUSSÚ. Dist. do Estado de Minas Geraes. no mandal-o deve-se fazel-o da maneira seguinte: procura-se
mun. de Itajubá. no sopé da serra de Pouso Frio. Drago N. S. avistar e distinguir perfei ta mente uma Barreira Vermelha e
,

da Conceição. Foi elevado a dist. pelo art. I da Lei Prov. circular, que existe no cume do morro, do Pirangy, na men-
n. 1.608 de 17 de setembro dí 1870 e á categoria de parochia cionada ponta, cbamada Olho de Jloi. e logo que esta Barreira
pela de n. 1.789 de 22 de setembro de 1871. Tem 3 OuO habs. licar p-ir cima de entra mais ao N., e que exist" no cordão da
e duas eschs. publs., s-nilo a do sexo masculino creada pelo cosia, prnxima á povoarão do Pirangy, f;-overne-s ilirei o para •

art. I da Lei Prov.n. 2.061 de 17 de d-zembro de 1874. S-gundo ellasatj e contrar-seo fnn lo de latro braras d'agu .Vssim i .
!|
informoii-nos o vit^ario dessa parorhia, é imponente o lugar em navegando, se ficará por dentr de lous recifes, que existem
)

que se ach edilioada a matriz, de cujo vestíbulo goza-s- de um nesie Ioí; ir. um ao N. e outro ao S.» «Vital de Oliveira, fa-
lindi; p inurama. descorlinando-se o magestoso morro do Pedrão, zendo menção dessa enseada,' diz « O recife que borda a en-
:

pertencente á freg. da Pedra Branca, e outros morros e serras seada do Pirangy continua para o S. sempre próximo da costa,
. ; .

PIR 239 PÍPv

a t6i'mlnar pelo S. da ponta dos JBusios, indo depois apparecer de 19 de janeiro de 1878, procde- aos estudos e construcção da
cercan^lo a punia rio Tabuti gM Junte das pedras encontra-se
.
dita estrada. Eui agosto daquelle anno tiveram começo cs tra-
24 e 32 palmi s d'a^u:i, e a pequeníi e s 'ail' dos Busius a baliios de exploração e a 23 de out hro sesuinte eram si.>lemne-
Tabatingy é limpa e lumla. Pelo N. delia cosluniam ancorai- meiíte inaogurailos oi de construcção. Era 25 de fevereiro de
as embarcações de pequena cabotagem». Nes=a enseada des- 1881 inaugurava-se o trafego entre Piranhas e a estação mais
agua o rio do mesmo nome. próxim do Olho d'Agua, na extensão de 28 kils., e em 1883,
a

PIRANGY DA PRAIA. Uin dos quarteirões em que se


terminados os tralialhos de construcçãe ecolloeaçâo dos trilhos
divide o mun. da capital do Estado do K. tí. do Norte. em toda a linha, foi ella entregue ao trafego de cargas e pas-
sageiros. A pov. de Piranhas lomou então considerável incre-
PIRANGY DE DENTRO. Um dos quarteirões em que se mento; boas casas térreas e de sobrado, pittorescos e elesrantes
divide o mun. da capital do listado do R. G. do Norte. chalets f .ram construídos e a pov. em breve tempo tomou novo
PIRANGYSINHO. Riaclio do Estado de Pernambneo, trib. e altrahente aspecto. Sendo egualmente levantada uma boa Ca-
do .rio Una pella sob a invocação de N. S. da Saúde e consirui-lp um ce-
mitério, a Lei Prov. n. 964 de 20 de julho de 1885 creuu alli
PIRANHA. Log. do EsUulo de Sergipe, no mun. de Siriry.
uma freg. Em
1887, por disposição da Lei n. 996 de 3 de junho
PIRANHA. Dist. creado no mun. do Pomba. Estado de foi a pov. graduada comos f iros de villa, cuja installação teve
Minas Geraes, pelo Dec. n. 57 de 7 de maio de 1830. O.ago logar nesse mesmo anno com a eleição e posse da respectiva
S. Sebastião. Camara Municipal mas sd em 1891 por acto do governador do
,

PIRANHA. Igarapé do Eslado do Pará, na ilha Marajó e


Estado, de 16 de abril, foi nella instituído o foro civil. Devido —
num. de Breves desagua no rio Jaburu. á natureza estéril dos terrenos, não ha propriamente industria
;
agrioola por este mun., e apenas algumas plantações de algo-
PIRANHA. Igarapé do Estado do Pará, na freg. de Barca- dão e pequenas lavouras de mandioca, arroz, milho e feijão
rena; desagua no Bacury e i^ste no Mucuruçá. nos poucos lugares, que a isso se prestam ha, porém, alguma ;

PIRANHAS. Yilla e mun. do Estado do Paraliyba do Norte, criação de gado bovino, muar e lanígero em diversas fazendas.
na com. de Orago S. José e diocese do Pat-:ihyl),i De
Cajasi-iras. .
— O mun. dispõe de fáceis meios de communicação com o in-
simples Capella filial da freg. de N. S. dos Remédios da villa de terior p la E. de F. de Pau!o .-Víionso, e com o littoral pela
Souza foi, pe'a Lei Pr>)v. a. 13 de 10 de novembro de i840, ele- —
navegação de vapores 6 em canòas. 9 mun. é atravessado por
vada á porochia com a denominacãa de S. José de iranhas de 1
diílerentss riachos, affs. do S. Francisco, e por diversas
Cima, e ainda uma vez conflraiada nessa categoria pela de n. 15 serras, entre as quaes as do Olho d'Agiia, de Craunan, da Ca-
de 7 de outubro de 1848. Foi incorporada ao mun. de Cajaseiras çamba —
do Taborda. Além da villa, que se divide em dous
e
pelo art. II da de n. 92 de 23 de novembro de 1863. Elevada á bairros, o tle Pirmlias de Cima e o de Piranhas de Baixo, onde

villa pela Lei Prov. n. 791 de 24 de setemliro de 1385. Está si- ha uma capellinha de Santo Antonio, cora 5J0 fogos, compõe-se
tuada á margem do rio Piranbas, na distancia de cinco léguas o mun. dos seg iin tes povs Entre Montes, que outr'ora se de-
. :

ao S. da cidade de Cajaseiras e 10 ao SO. de Souza. nominou Armazém, duas léguas abaixo da villa, na margem do
rio, com eJilícação regulare tres capellas, a de N. S, da Con-
PIRANHAS. Villa e mun. do Estado das Alagoas, termo ceição (que é a maior), a de N. 8. das Dores e a de S. Gon-
da com. do Pão de Assucar. Para os quo dos se toes de Per- çalo do .Vmarante; lendo no respectivo porto um grande rochedo
nambuco, Bahia e out,r;is partes da região banhada pelo alto de granito. qu3 ila margem prolonga-se para dentro do rio,
rio S. Franidsco. tinham de viajar p ira o littoral e vice-versa, servindo de encosta ás canoas que alli vão ancorar; Jacaré duas
foi sempre o porto de Piranlias o escolhido por es anciã ou en-
h^guas acima da viU i^ notável sómenie porque nella termina a
treposto onde terminavam as jornadas por terra dos ijue des- serie de cascatas que succedem á jusante da cachoeira de
ciam, e as viagens por agua dos quo subiam, visto ser d'alii que, Paulo Affonso, e por ter alli havido no cumeco.do serulo XYIII
emb-ira não de toda desempedida, começa a s^r praticável a uma fabrica de salitre: tem uma pequena Capella sob a invo-
navegação do baixo rio. Devido a isso foi esta localidade, enire cação de Santo Antonio; Olho dAgua do Casidoe Talhado,
as que demoram á margem do caudaloso rio, de Penedo para onde estão situadas as duas primeiras estações da E. de F. nos
cima. uma das primeiras que tomou conside/avel e importante kils. 28 e 41. —
A pop. orça por 5 a 6.000 habs. Tem duas
desenvolvimento commercial, ainda mesmo nos tempos em que esclis. publs ., agencia do correio e estação telegrapliica.
limitadíssimo era alli o núcleo de pop.: O estabr lecimento da
nave;;'ação por vapor no baixo rio, a qual teve começo em agosto PIRANHAS. Log. do Estado do Amazonas. Ahi tocam os
de 1867. faz'ndo os vapores da respectiva companhia ou empreza vapores da linha de Manáosa Hyutanahan no rio Punis.
uma viag 'm redonda por semana do porto do Penedo ao de Pi- PIRANHAS. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Solimões,
ranhas, e tocando nos da escala em ambas as margens do rio, entre a foz do Japurá e a do Juruá. próxima da ilha Varanapú.
troux;e ainda para esta pov. maior desenvolvimento das relações No rio Japurá ha uma ilha de egual nome situada logo acima
e gyi o de s u commercio e novas casas de negncio estabele-
; da denominada Arucaunim.
ceram-se alli, creando-se também uma feira muit concorrida, a )

qual, pela Lei Prov. n. 696 de iõ de maio de 1875, foi ti'ansf 'rida
PIRANHAS Serrote do Estado do R . G. do Norte, no mun.
dos sabba Ins para as quarlas-leiras de cada semana, por serem do Patú.
estes os dias em qiie alli chegam os vapores. Entr-^tanto a pov. PIRANHAS. Igarapé e lago do Estado do Amazonas, no
não crescia na mesma proporção de sua importância commercial mun, de Canutama. Vão para o rio Abufary.
não havia espaço sufficiente e commodo para estender-se a edi-
ficação de casas. Entalado entre a margem do rio e a monlanha
PIRANHAS. Rio do Estado do PiaiUiy, affluente do Par-
n aliyba,
pedregosa e Íngreme qu da mesma margem começa logo a er-
>

guer-s^, havendo apenas uma estreilae arenosa praia em uma PIRANHAS. Córrego do Estado do Ceará, junto da cidade
área de poucos metros quadrados, que dura te as enchentes do do Acarahú.
rio íicava fazendo part do seu leito, não restava nenhum local
apropriado para o levantamento de habitações, a nã serem as
PIRANHAS. Riacho do Estado do R. G. do Norte, banha o
mun. do Martins
i

e desagua no rio Uinary, ali. do .\pudy.


apertadas gargantas e pequenas contra-escnrpas da serra. Por
toda parta um sólo ingrato, estéril e árido, roclie los de granito PIRANHAS. Rio dos Estados do Parahybi e R. G, do
epentaascos inaccessiveis, orlados pela lita cerúlea das aguas, a Norte, nasce naipielie o desagua no Oceano com o nome de
remoinharem por entre os fraguedos sulimersos, tal era o aspecto Assú por ires embocaduras denominadas rios das Coitclias. Ca-
physico de Piranhas, ha 20 annos passados. Mas a conslrucção raílos e .Inuiriioso R ce! e iio Estado do Parahylia u Pia»CÓ
.

da ferro-via de Paido Aílbnso, pela qual está hoje libado o alto pela margem 'lir., e o Catolc e S Jo'io reunirlo ao rio do Peixe
ao baixo S. Francisco, com o percurso de 116 kils. entre o porto pela e q no do R. G. do Norlc o Scri^ló, Piíiilolin. (^(iraliú,
. e
de Piranhas e o de Jaiobá, no Eslado de Pernambuco, veio re- Pataohò eJoizeivo pela dir. e o Parnhíi. alem do outros jiela
mover em gcande parte os obítacuPjs creados pela nalureza, e esq. Banha as cidades do .Lssú e Macio. Milliel de Samt .\doI-
abrir margem para o alargamento daquella localidade. No in- plie, no seu « Diccionario Geograplii >. o ("osla l\ve]i-i, no
tuito de dar occupacão util aos retirantes flogella !os pela grande seu « Roleiro » consideram o rio dos 'a ve lios como o mais vo-
(

secca que assolou o norie do paiz n >s annos de 187<3 e .seguintes, lumoso e a principal (unlioeolmM cio rio ilas Piranhas Vital ;

os quaes para alli aííluiram ás dezenas de miliiares em busca de de Oliveira, no seu « Roteiro » considera como principal o rio
soccorros do Estado, mandou o governo imperial, por Dec. 6.941 Amargoso
. . . . .

pm — 240 — PIR

PIRANHAS. Rio do Estado das Alagoas, aff. da margem PIRAPITANGUY. Rio da Estado de S. Paulo, afl'. do
esq. do rio S. Francisco. Jaguary. .-Vtravossa a estrada de Mogy.nirim a Campinas.
Minas Geraes, no mun.
Também escrevem Pirapitinguy
PIRANHAS. Iliacho do Estado de
de Boa Vista do Tremedal. PIRAPITANGUY. Rio do Estado de S. Paulo, próximo a
Itú, na estrada dessa cidade á Cabreuva Desagua na margem
PIRANHAS. nasce com o nome
Rio do Estado de Goyaz ;
esq. do Tietê.
de Pa)itáno tii s^rra deste nome, toma 30
líils. abaixo a de.io-
minação de S. -João e cerca de 48 kils. ant,e=; de sua foz, no
, PIRAPITANGUY. Rio do Estado de S. Paulo, aff. da
Cayapoziíiho, adquii-e o nome de Piranhas. Recebe um rio tam- margem dir. do P.irahyha do Sul ií' atravessado pela E. de
bém denominado Pantano (Baggi O Par-West). Ferro Central do Brazil. Banha o mun. de Guara.tinguetá.
PIRANHAS. Ribeirão do Estado de Goyaz, no mun. de PIRAPITINGA. Dist. do E^tailo de Minas Geraes, no
Boa Vista do Tocantins. Recebe o Rancho Velho e o Branco. mun. de Manbuassú. Orago Bom Jesus e dioeesse de Marianna.
Foi creado parochia pela Lei Prov n. 2.7S2 de 12 de setem-
PIRANHAS. Córrego vindo da serra de Maracajú e que bro de 1881. Ti^m duas esclis. pubis. de inst. primaria.
desaguii no ri Tab ico ino Estado de Matto Grosso. E' tam-
:

bém denominado Piranhinhas. PIRAPITINGA. Dist. do Estado de Mina Geraes, no mun.


de S. José d'-\lem Parahyba, Orago Sant'.\nna. E' banhado
PIRANHAS. Lago do íístado do Amazonas, na margem pelo rio do seu nome. B^i crea lo parochia pela Lei Prov.
esq. do i'io Jaiiurá.
n. 1.240 de 29 de agosto de 1864. Tem duas eschs. publs. de
PIRANHAS. Lago do Estagio do .Vmazonas, na margem dir. inst. prim. uma das qua^s. creada pelo art. 11 da Lei Prov.
do rio Pui'ús, com o qual communioa por um canal de 40 bra- n. 2.779 de 17 de setembro de 1881. Àsencia do correio. Sobre
ças de largura. Fica entre os lagos Xaviana e Paricatuba. suas divisas vide, entre o itras, a Lei Prov. n. 3.181 de 18 de
PIRANH.A.S. Lagoa do Estado de Sergipe, no mun. de ouiubro de 1883. E' servido pela E. de P. Leopoldina. Possue
Siriry um commeroio regular e um estabelecimento para o preparo
do café.
PIRANHAS. Lagoa do Estado de Minas Geraes, á margem
esq. do rio das Velhas, entre a Coroa da Carioca e o córrego PIRAPITINGA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
Burity Pequeno (Liais). dist. do Bom Jesus de Habapoana e mun. de Itaperuna, com
esehola.
PIRANHAS. Lasôa do Estado de Minas Geraes, na'fazeada
Piraquara, pertencente á freg. do Bom Despacho. PIRAPITINGA. Bairro do mun. do Bananal, no Estado
de S. Pa'do. com esch Ias.
PIRANHAS DE CIMA. Vide Piranhas.
PIRANHINHAS. Aldeamento de Índios Terenas, junto ao
PIRAPITINGA. Pov. situada base da serra do Ita- m
córrego das Piranhas, formado com os que, na invasão pa-
tiiya. ao nascen'e, sobre a oh pada de morro, á margem
i
um
esq. do rio Pi rapitinga. at avessando a estrada que partindo
raguaya, puderam fugir de Naxedaxe no Estad de Matto
; i
da cidad" de Rezende con luz á freg. da Lagoa da Ayuruoca
Grosso. no Estado de Minas Geraes. Dista da freguezia de Santo .\n-
PIRÃO A. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Bom tonio da Vargem Gr.inde, a cuja j urisdicção pertence, 12 kils.
Jardim. Vide Pirauá. de péssimos caniinbos. Essa pov. principiou em 1872 com a
construc'.-ão de uma peq lena, mas bmila capella, dedicada á
PIRAOBA. Chamam assim os aborígenes ás chuvas de outu-
N. S. dV-Vpparecida. a expensas do povo do logar. Contém,
bro, que os ci^arenses denominam «chuvas de eajú ». O illustre
poeta G. Oias' no s?ii « Diccionario da liugua Tupy », diz que no terreno do património, umas 20 casas com uma pop. de
100 almas; cine casas de n>go;io; duas officinas de ferreiro;
>
Piraoba, é a chuva de agosto que destroe as flôr>=s do cajú. Con-
tra esta traducção discorda o Sr. M. .\. de Macedo, que diz não
uma de sePeiro, e uma esch. de meninos.
destruírem as chuvas de cajú as flores do cajueiro, mas pelo PIRAPITINGA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na
contrario as fazem desabrochar com mais vigor e contribuem freg. de Cattas .Vltas e termo de Queluz.
para o rápido desenvolvimento e maturação dos fructos. Vidí
«Observações sobre as seccas do Geará» por M. A. de Macedo,
PIRAPITINGA. Log. do Estado Minas Geraes, no mun.
do Carmo da Bagagem.
pag. 30, nota n. i.
PIRÃO SEM SAL. PIRAPITINGA. Serra do Estado de S. Paulo, entre
Serra do Estado do E. Santo, na e?lra- Taubaté e Boquira.
da de S. Pedro de Alcantara e no mun. de Vianna.
PIRAPAMA, PIRAPITINGA. Furo no rio Juruá, no Eslado do Amazonas.
Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
do Cabo. PIRAPITINGA. Rio do Estado do Amazonas, aff. do U i-
tumá, 40 legu is a^ima de sua foz (.Araujo .-Vmazon is).
PIRAPAMA. Estado de Pernambuco; desagua na
Rio do
barra das Jangadas pouco mais de duas legnas ao N. do cabo PIRAPITINGA. Rio do Estado de Sergipe, no mun. da
de Santo .Vgosiinho. Tem sua foz 60 a 70 braças de largura Estancia.
com 20 palmos de fundo. Segue elle a direcção de OSO. fa- ,
PIRAPITINGA, Rio do Estado do E. S-nto; nasce na
zendo o seu curso de algumas léguas nesta e no quadrante serra do Batatal e desagua na margem dir. do rio deste nome,
de NO; depois de légua são suas margens um poueo pedre- Também escrevem Prepetinga
jndas, tendo sido até ontão de iodo e mangue, liavendo na
margem e^q, nesta distancia uma lage solia que descobre PIRAPITIWGA. Rio do Esta.lo do Rio d.< Janeiro, aff. ilo
na baixa-mar seu fundo é sempre areado, e quando começa
;
Parahylia. pela margem esq. Banha o município de Rezende.
ser pedrejado apparece-laraa Com legua e meia da foz se
. PIRAPITINGA Córrego do Estado do Rio de Janeiro,
destaca o riacho do Junqueira, que com meia legui de exten- atr.do rio Paquequer, trib. doParahylia. Banlia a freg. de
são Analisa, se;í UÍndo o Pirapama muito estreito e secco para o N. S. da Conceição do Paquequer (Sumidouro)
interior. E' este rio de alguma correnteza, exporimentando-se
agua do/e logo em pequena distancia da foz. PIRAPITIKTGA. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff.
do Itabapoa a. Também escrevem Prepetinga.
PIRAPEMAS. Pov. do Estado do Maranhão, no 2° dist. do
PIRAPITINGA. Rio do Estado de S. Paulo ; nasce na
Coroatá; com uma esch. publ. de inst. prim. para o sexo mas-
culino, creada pela Lei Prov. n. 1.316 de 16 de abril de 1884.
serra do Ramos (ramificação da serra do Mar), banha o mun. do
Bananal e desagua no rio deste nome pela margem direita.
PIRAPEMAS. Igarapé do Esi.ndo do Maranhão, aff. da PIRAPITINGA.
marLiem dir. do rio lt:ipecnrú. E' muito piscoso. Córrego do Estado de S. Paulo, aff. da
Sua foz fica
margem dir. do
cerca de 7j5 kils. :ibai.TO da villa do Coroatá. Pary, que o é do Paranapanema. .No
rio
Boletim da Commis ãn Geogr. e Geol. do Estado de S. Paulo,
PIRAPENDIBA. IguMpé do Estado do Maranhão, no mun n. 4 pag. 7, lè-se Pirapitininga
de S. Virente Ferrer.
Banha os campos do seu nome,
PIRAPITINGA. da margem esq. do Parahyba do
Rio ali',
PIRAPITANGAS. Log. no mun. de Corumbá do Estado Sul. Nasce em Minas onde banha o mun. da Leopol-
Geraes,'
do Matto Grosso. Vide Piraputangas. dina e separa aquelle Estado do do Rio de Janeií-o. E' margeado
37.8Ô7
. .

PIR — 241 — PIR

pela E. de F. Leopoldina. Recebe em Minas, diversos tributários PIRAPITINGA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da
como o Pirapitiiiga Pequeno, o Alexandrino, o Bananeiras, o dir, do ribeirão da Onça, que o é do rio Corumbá.
S. Lourenço, Matlinha e diversos outros. «O rio Pirapitinga, PIRAPITINGA DE BAIXO. Ribeirão do Estado de Mi-
escreve-nos o vigário da freg. da Leopoldina, é formado de nas Geraes. banha o mun. do Curvello e desagua na margem
deus braços principaes. Pirapitinga Grmde e Pequeno ; ambos esq. do rio Cipi, aff. do Parauna.
nascem na serra do Rio Pardo e reunem-se nas proximidades
da fazenda di Barra. O Pirapitinga Gra iide recebe os córregos PIRAPITINGA DE CIMA. Rio do Estado de Minas Ge-
do Soccorro, Aranha e Atterrado pela marg. dir. e os da Flo- rais, banha o mun. do Curi'eUo e des.igua na margem esq. d°
resta e Conceição pela esq. O Pirapitinga Pequeno recebe os rio Cipo, trib. do Parauna.
córregos Arariba, Trimoute e Santa Úrsula pela margem dir. e PIRAPITINGA PEQUENO. Rio do Estado de Minas Ge-
o Jacutinga pela esq. Deijois da juncção dos duus brai;os, corre raes, alH.da margem dir do Pirapitinga. trib. do Parahyba do
o Pirapitinga para NE., recebendo a 1 1/2 kils. da fazenda da Sul. E' margeado pela E. de F. Leopoldina até a estação da
Barra o ribeirão de S. Lourenço, pouco adeante da estação de Provi'ie icia ( Kil. 43).
Santa Isabel o córrego Alexandrino pela margem esq. e m;ús
adeante pela mesma margem o córrego Lucindo e o ribeirão PIRAPITININGA Vide . Pirapitinga.
da Pedra Bonita e pela margi»mdir. os córregos Dous Irmãos PIRAPÒ. Rio do Estado do Paraná, affl. da margem esrj.
e Moinhos. Entrando no Estado- do Rio de Janeiro em frent? a do Paranapmema. Junlo de sua foz, diz .Vyres de Cazal,
«
um contraforte da Pedra Bonita, passa a dividir esse listado existiu por alguns annos a Redução de Nossa Senhora de Lo-
do de Minas; banha a import inte pov. de SanfAnna do Pirapi- reto, uma das treze que formavam as chamadas provin-
tinga, ao S. da qual recebe, pela margem dir. c Vallão ilas cias de Taiaó)a e Taiaty, tão ineptamente des3riptas pelo
Bananeiras indo linalmenie desaguar no rio Paraliyba do Sul, jesuíta Montoya, um dos seis fundadores, que só nos dá logar
após um curso approximado de 80 kils. » oiitro infor- Um a suspeitar que existiam no vastíssimo território, que se estende
mante f screve-nos « O Pirapitinga nasce entre Santa Isabel
: dc mesmo Paranapanema para o norte. »
e Providencia (estacões da E. de F. Leopoldina) na serra da
Providencia, ainda coniraforte da do Recreio, indo depois de
PIRAPO. Salto formado pelo rio Ibicuhy pouco antes de
desaeuar na margem esq. do rio Uriiguay no Estado do R. ;
algumas voltas vertiginosas passar na fa/enda da Boa Fé,
G. do Sul.
recebendo ahi os ribeirões da Eva e da Boa Fé e dahi diri-
gindo-se para o Parabyba do Sul vai banhar a poy, de PIRAPORA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
SanfAnna do Pirapitinga. Recebe na margem esq. o oorregi) Nazareth
do Vallão do Suino e na margem dir. o ribeirão da Pedra PIRAPORA. Bairro no mun. de Sorocaba do Estado de São
Bonita. » Paulo. A Lei Prov n. 16 de 3 de março de 1874 elevou á freg.
PIRAPITINGA. Pcibeirão do Estado de Minas Geraes, a Capella da Piedade desse bairro.
aff.do rio do Peixe, que o é do Paraliybuna. Nasce na serra PIRAPORA. Bairro no mun. do Parnabyba do Estado de
do Monte Verde. S. Paulo. Orago Senhor Bom Jesus. Tem duas eschs. publs. de
PIRAPITINGA. Rio do Estado de Minas Geraes, rega o inst. primaria.
mun. de S. Lourenço de Manhuassú e desagua no Jequitibá, PIRAPORA. Bairro no mun. de Una do Estado de São
aff. do José Pedro. Outros mencionam este ri) desaguando no Paulo; com uma esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei
José Pedro. Prov. n. 8 de 24 de fevereiro de 1882.
PIRAPITINGA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes ; PIRAPORA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na marg-m
banlia o mun. do Patrocínio e desagua no rio Quebra Anz.ol. dir. do rio S. Francisco, incorporada á parochia de Santo
PIRAPITINGA. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do Antonio do Paredão pela Lei Prov. n. 2.214 de 3 de junho
rio Jaguary, no mun. de Caldas. de 1876.
PIRAPITINGA, Córrego do Estado de Minas Geraes, banlia PIRAPORA. Zog. do Estado de Minas Geraes, no mun do
o mun. do Carino da Bagagem e desagua no rio das Perdizes Curvello. E' séde do districto de S. Gonçalo.
(Inf. loc) PIRAPORA. Nome que toma em uma parte do seu curso o
PIRAPITINGA. Rio do Estado de Minas Geraes; nasce rio Corrente, affl. do Longá no Estado do Piauhy.
;

na serra Redonda, em terrenos da fazenda do Capão Redondo, PIRAPORA. Riacho que nasce da sn-ra Maranguape, e
e, tomando a direcção S., vai desaguar no rio das Mortes reunido ao Gavião, outro ribeiro, engrossa o rio Maranguape ;

próximo á estação de Aureliano Mourão da E. de F. Oest^ de no Estado do Ceará. Suas aguas límpidas, frescas e salubres,
Minas. Recebe entre outros os córregos do Ferreira, (ou Fer- formando pequenas cachoeiras,' são justamente afamadas para
reiros ? d'Arèa. S. Domingos, Cascabulbo, do Meio, da Chá-
)
banhos, e procuradas por todos que visitam Maranguape
cara, Tartaria, Borges, Monjollo e Costas.
(Pompeo ). Informam-nosdo Estado nascer esse córrego na serra
PIRAPITINGA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes. de Maranguape, desaguar no riacho Tangueira, aiU. do Maran-
aff. da margem dir. do rio Cervo, que é trib. do rio Grande. guapinho, e receber o Gavião.
Pvecebe o Vargem Grande e o córrego do Capão Redondo. PIRAPORA. Rio do Estado de S. Paulo, aíll. do Sarapuhy,
Também escrevem Prepetinga. que o do Sorocaba e este do Tietê. Corre entre Sorocaba e
é
PIRAPITINGA. Ribeirão do Estado ds Minas Geraes» Gampo Largo. Banha a villa da Piedade e recebe os aílls.Cotia-
aff. do Indaiá, nas divisas de S. Sdjastião de Pjuso Alegi'3. nos, Ortizes, Lavras, além de outros.

PIRAPITINGA. Rio do Estado de Minas Geraes nasce ;


PIRAPORA. Rio do Estado de S. Paulo, corre pelo mun.
na serra de Santo Ignacio, banha os termos do Piranga e de do Paranahyba e desagua na margem esq. do Tietê.
Queluz e faz barra na margem esq. do no Piranga. Tem 18 PIRAPORA. Riacho do Estado de Minas Geraes; desagua
kils. de curso. A' sua esquerda Uca o povoado Manja Légua. na margem dir. do rio S. Francisco pouco acima da cachoeira
PIRAPITINGA. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes ;
de Pirapora. E' de insignificante largura e tem o leito cheio de
banha o dist. de Santa Hellena da Cabellu la e desegua no rio bancos de pedra e de areia, pelo que não dá navegação a
deste nome aff. do Matipoó. canoas.

PIRAPITINGA. Rio do Estado de Goyaz, nasce no morro PIRAPORA. Cachoeira do rio S. Francisco, no Estado de
do Facão e desagua no rio Veríssimo, alf. do Paranahyba Minas Geraes. Separa os l.SJS kils., francamente navegáveis
(Cunha Mattos. Itin-rario.) desse rio da pai le enoacho. irada « lOssa cachoeira é uma verda-
.

deira case ria. ain'la q le do pouca elevação e dividida em duas


PIRAPITINGA. Rio do Estado de Goyaz, banha o dist. ]iarte.*. que são s-paradas por um remanso de 600 meiros. A
dif-
de Calaças e mun do Catalão e desagua na margem esq. do f 'rença do oivel acima e abaix da cachoeira é dc 6 metros. SMido
rio Veri^^vSimo. Tem uma cachoeira. a casi-ala que íiaa mais ahoixo de dous metros ile altura No meio
PIRAPITINGA. Ribeirão do Estado de Gnyaz, banha o do leito .as aí: ias .leÍNam-M' cahir, porém, pelo lado direito, des-
lis ini-se por" um plano inclinado de 800 metros de comprimento,
mun. de Santa Luzia e desagua na margem dir. do rio Corumbá
(laf. loc.) por onde sobem e descem canoas na occasião das cheias, ipiando
DICC. GBO . 31
. ;

PIR - 242 —
a velocidade é de 2™ a 2i«i, 50, passando na esbiagem as canoas PIRAPUTANGAS. Ribeirão que nasce no terreno que me-
descarro.íadas por enire as peariis poi- ficar secoo o plano incli- deia entre os rios Cuyabá e Paragnay. e com grandes voltas vae
nado. Aljaixo, o talweg <lo rio é profumlo e do lado esquerdo at; afiluir na margem dir. deste ultimo um pouco acima do logar
corifundir suas aguas com ns do no das Velhas, cuja foz fica 27 1/2 on !e passa o
caminho de Cuyabá ao Diamantino, tomando nesta
kils. abaixo a aclioeii a do Pirapora. » A 55 kils dessa caclio-
i < passagem o nonie do rio dos Nobres no lí^stado de Matto Grosso
;

eira l;ca a foz do rio Jequilaliy e a 136 a do rio Paracatú. «A (B. do Melgaço) « Peque a o galho do Cuyabá, seis kils. abaixo da
caolioeira do Pirapora, t!iz Halfeld, ci m
2.41G palmos e 6,4 pol- cachoeira do Pendura e pouco acima da passagem da estrada para
leg:id'.s de altara sobr- o nivel do mar. tem entre os níveis da o Diamantino. Confluindo com o Serragem, t jmam es dous cursos
superficie d'aaua no seu começo e fim, 25 palmos de altura per- reunidos o nome de rio do Nobre. Nasce na encosta de um morro
pendicular. Ella é formada por um banco de pedra de areia (Grés junto ao Campo dos Veados, a E. da villa do Diamantino e pró-
traumático, Grauwacken-Sandstein ) de còr parda roxeada, de ximo ás origens do Paraguay^» (Lr. S. da Fonseca. Dice. cit.^
gi ão fino, compacto e duro. que jaz ein camadas liorizuntalmenle
assentadas, f rmanrlo parallelepipidos de 3 a G palmos de gros- PIRAPUTANGAS. Rio do Es'ado de Matto Grosso, na
sura e 20 a 30 palmos de comprimento, em direcção de 4 a 10 estrada de Cuyabá para o Diamanlino. Desagua no S. Lou-
grá s de N. a y. é excellente pedra para constriicções de edifl- renro.
:

cics, podendo-se tirar deste material maguificos c mbaes, hom- PIRAPUTANGAS. Escnante que sabe á margem dir. do
breiras, colcmnas e escadarias de toclos os tamanhos A margem ,
Paraguay. tres kils. acima da fóz do rio do Cabaçal no Estado ;

esq. do lio no logar da cachoeira, onde está o sitio de .Jo,sé Bahia de Matto Grosso.
e o curral de Pirapora, é um taboleiro alto e aprazivel não
exposto ás maiores enchentes e oííerece terreno próprio para a PIRAPUTANGAS. Ribeirão do Estado de Matto Grosso,
edificação de casas par. uma povoaçã j; os barrancos á dir. do
i.
afll esq. do rio Miran da,entre o (!a Divisa e o das Onças.
rio são baixos de 6 palmos até quasi ao nivel das suas aguas PIRAPUTANGAS. Escoante cujas aguas vão ter á cha-
ordinárias e a margem pantanosa. O rio tem no começo da ca- mada Bailia do Rio de Janeiro no Estado de Matto Grosso.
;

choeira 2.532 palmos de largura e divide-se em muitos braço.s que


serpenteiam e enoruzam-se emre os rochedos na extensão de PIRAPUTANGAS. Corrente que nasce nas proximidades de
5.000 palmos abaixo até ao pé da cachoeira, onde todos os braços S. Luiz de Caceres e vae engrossar o rio Novo; no Estado de
se tornam a unir, o que tem legarem frente do Porto de Pira- Matto Grosso.
pora. O canal principal, com a largura de 450 até 500 palmos, PIRAPUTANGAS. Ribeiro que vae desaguar na bahia do
corre encostado aos barrancos de pedra na margem esq., com a mesmo nome; no listado de Matto Grosso.
velocidade de 10,7 palmos por segundo não obstante isso alguns
navegantes temerários, dessem as suas canoas carregadas de
;

PIRAPUTANGAS. Bahia do Estado de Matto Grosso, á


manlimentos, fumo ou mercadorias, outros as descarregam no margem esq. do Paraguay, nove a 10 kih. abaixo do Barranco
começo da cachoeira, descendo com edas vazias, mesmo pela Alto.
cachoeira, ou arrastando-as sobre as pedras até ao porto de PIRAQUAMA. Bairro do Estado de S. Paulo, sobre o ribei-
Pirapora ; na subida segue-se o mesmo systema tornando-se a rão do seu nome; no mun. de Pindamonhangaba, com eschola.
carregar as canoas na part' superior da cachoeira. Durante as
enchentes do rio, torna-Sí a cachoeira mais violenta. nos PIRAQUAMA. Rio do Estado deS. Paulo, desce da Manti-
Est idos Unidos, ou btromsohnelle na Alleraanha), e mesmo esta queira e desagua na margem esq. do Parahyba do Sul, entre
ainda diminue C( m
a mais crescida altura da enchente. » 'Tremembé e Pindamonhangaba. Recebe o Ipiranga.
PIRAPORA. Vide Tabocas. PIRAQ.UARA. n\. e f. {S
.s.Paulo) .-Mcunha com que se de-
.

signam moradores das margens do Parahyba do Sul, e cuja


os
PIRAPORA CALEM S. FRANCISCO.creado Listr. industria consiíte na pesca (B. Homem de Mello) Etym. No
na freg. do Bom Successo da Barra do Rio das Velhas e Estado dialecto guarany, Piraqiiá significa pelle dura e figui adamente
de Minas Geraes, pelo art. II da Lei Prov. n. 1.112 de Iti de
se applica ao homem porfiado, pertinaz, obstinado, teimoso
outubro de 18'51, que o constituio com o teridtorio que se estende
qualidadei e^tas que cabem perleitamente aos que se dedicam á
desde á fóz do rio das Velhas no S. Francisco para o interior
induslria da pe.-ca.
até á fóz do rio Abaeté no mesmo S. Francisco.
PIRAPORA DE CRUSÇÁ. Era o nome pelo qual era des-
PIRAQUARA. Distr. do Estado do Paraná, no mun. de
S. José dos Pinhaes. Foi ahi creado ura distr. policial por Acto
ignada a actual cidade de Taubaté d,o Estado de S. Paulo. Vide de 22 de janeiro de 1884 e uma esch. publ. de instr prim.
Lei Prov. n. 33 de 12 de julho de 18l)7.
pela Lei Prov. n. 749 de 8 de noveml)ro de 1883. O ago Senhor
PIRAPORA GRANDE. Grande e perigosa cachoeira no rio Bom Jesus e di< cese de Curityba. Foi creado parochia pela Lei
Tiété e Estado de S.Paulo. As embarcações ou canoas que por ella Prov. n. 836 de 9 dc dezembro de 1885. Foi elevado a villa com
passam são forçadas a dobrar o numero de remeiros e serem pu- o nome de Deodoro pelo Decreto de 10 de janeiro de 1890.
chadas á sirga.
PIRAQUARA. Log. do Estado do Rio de Jineiro, no mun.
PIRAPOR A-MIRIM. Cachoeira no rio Tietê e Estado de de Angra dus Reis, com uma esch. publ. de instr. primaria.
S Paulo entre as cachoeiras de Pirapora e Itagassava-mirim.
;
PIRAQUARA. Log. e serra do Districto Federal, no dist.
PIRAPORINHA. Bairro do mun. de S. Bernardo, no Es- de Campo Grande.
tado de S. Paulo.
PIRAQUARA. Log. do Estado de S. Paulo, no dist. da
PIRAPORINHA. Log. do Estado de Matto Grosso, no distr. pLMíba de Franca, á margem do rio Tielé.
da Guia.
PIRAQUARA. Estação da E. da F. de Paranag lá a Cury-
PIRAPUCÚ. Igarapé do Estado do Pará, no dist. de tiba,no Estado do Paraná no kil 87,350™ (S7,300>" segundo o
;

Barcarena. engenheiro França) e na altura de 898.071. Agencia do correio,


PIRA PUNAS. Igarapé do Estado do Maranhão desagua no creada em fevereiro de 1885. Fica próxima da margem esq. do
;

rio Ilapecuni. E' mencionado no Roteiro da Viagem que fez o ca- Irahysinho. Estação telegraphica.
pitão í''rancisco de Paula Ribeiro ás fronteiras da capitania do PIRAQUARA. Serra do Estado do Pará, no mun. de Villa
Maranhão e de Gayaz no anno de 1815, em serviço de S. M, Franca. E' também denominada S. Sebastião.
Fidelissima.
PIRAPUTANGAS. Ribeirão nascido nas montanhas de São
PIRAQUARA. Serra do Estado de S. S. Paulo, no mun. de
Itanliaen
Domingos, da serra de Albuquerque, a S!í. de Corumbá corre
para NO. e lança-se na lagòa de Jacadigo no Estado de Matto ;
;
PIRAQUARA. Igarapé e serra do num. de Santarém, nD
Grosso. Estado do Pará.
PIRAPUTANGAS. ^Ribeiro das.) Uma das primeiras cabe- PIRAQUARA. (^mVíÍ, pei.ve e cííai'», buraco) Igarapé do Es-
ceiras do Aquidauana, no listado de iMatto Grosso. Nasce em tado do Pará, desagua na margem esq. do rio Nhamuadá acima
contravertentes com o rio da Vaccaria. Seu curso è de 80 a 90 da foz do Yauary-tmi (J. Rodrigues).
i

kils. e vae desembocar na margem esq. daquelle rio, entre os PIRAQUARA. Riacho do Estado do Ceará, banha o muu.
ribeirões da Cachoeira e Sucuryliu. de S. Benedicto e desagua no riacho deste nome.
. .

— 243 — PIR

PIRAQUARA. Rio do Districto Federal; nasce na serra do de 22 de abril de 1865 foi elevada á categoria de villa com fòro,
Bangúe-vai desaguar no Mei-iiy, Receb;, o Mariaiiguá. havendo a primeira audiência do juizo municipal no dia 1 de
PIRAQUARA. Rio do lísta-lo do Paraná, aff. da margem junho de 18Gí3 peli, de n. 20 de 31 de março de 1879 foi elevada
;

esq. do Irahy. Recebe os rios Gaiguiva, Butiatuva e Moinho. á cidade. Tem paço municii al; duas egrejas, a Matriz e a de
N. S. do Rosario umi capella de Santa Cruz e dous cemitérios,
;

PIRAQUARA. Lago do Estado de iMiiias Geraes, no disfc. um municipal e um dos aoatholicos. Lavoura de café, canna e
do Bom Despacho. Fic:i na fazenda do mesmo nome eé notável fumo. Criação de gado. Tem div-rs.is ftschs publs. de inst.
pela limi)idez de suas agua'-! e pela grande qu;inlidade de peixe prim. Agencia do correio. O mun., além dapa'-ochia da cidade,
que contém «Eslelagoé de pequena circumíe.^encia e admira- comprehende mais a de N. S. da Conceição de S-uita Cruz.
velmente dotado de ti'es granules ollios d'agua. que attingein a Dílle fazem parte os bairros do Cavalheiro, di Rosuio e do
ims 40 palmos de profundidade, onde enjoutra-se peixe em Pires. Uma estrada liga-a a Bethlém do D-sci]vado. Sobre
grande abumdancia.» suas divisas, vide entre outras, as Leis Provs.: n, 18 de 7 de
PIRAQQÈ. Ilha do Estado do E . Santo, no rio Doce, entre abril de 1849 n. 52 de 12 de ab il de 186.3 n. 36 de 10 de
; ;

Linhares e o Tatú. abril de 1836 n. 914 de 8 de julho e n. 'm de 19 de julho de


;

1867; n. 48 de 14 de julho de 1869; n. 32 de 23 de marco' ds 1870;


PIRAQUÈ. Rio do Districto Federal, bani: a o dist. de n. 89 de 18 de abril de 1870; n, 49 de 2 de abril de 1871; n. 51
Guavatiba e desagua na enseada -da Pedra. de iode abril de 1872; n. 92 de 15 de maio de 187:;; u. 34 de
PIRAQUE. Pequeno rio do Estado do Rio de .Tansii-o : atfa- 10 de março de 1885 e n. 4.57 de 26 de novembro de l,s'j(i. Foi
vessa a Ilha Grande e desagua na enseada das Estrellas. creada com. pelo Dec. n. 61 de 30 de junho de 1890 e classi-
ficada de fa ent. pelo D.-c. n. 518 da 5 de julho do mesmo
PIRAQUÊ. Rio do Esíado do Rio de Janeiro, aff. do Mam- anno
bucaba.
PIRAQUÈ-ASSÚ. PIRASSINUNGA. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no
Vide Perequè-£ssú. dist. da Boa Morte.
PIRAQUSMBAUA. Ponta no extremo E da ilha Cajutnba ;
PIRASSINUNGA. Serrado Estado doR. G. do Norte, no
no Estado do Fará.
mun. de Curraes Novos. E' também denominada Imburanas.
PIRAQUERA. Lagòa do Es'ado de Santa Ca^harina. PIRASSINUNGA. Rio io Estado do Rio de Janeiro, aff.
PIRARaRA. Rio do Estado do Amazonas, confluente do da margem esq. do Guapy-assú, trib. do Macacú. Banha o
Mahú. Mediante meio dia de jornada passa-se nelle ao Repnnun. dist. de S. José da B.:a Aiorte. Desce do morro Queimado.
(Araujo Amazonas). Na Geogr. physica de Wappoe^s (pags. 9,
103 e 104) acha-se escripto Pirara. Nasce no l:igo Am;icú.
PIRASSINUNGA. Rio do Estido de S. Paulo, Ijanha
o mun. de S. Sebas ião e dca^ua no rio Ju'[uery-querè
PIRARARA. l ha do Guaporé acima do bgav das Torres; (Inf. loc).
no listado de Matto Grosso (li. de Melgaço). PIRASSINUNGA. Cachoeira no rio Mogy-guassú, no lis-
PIRARARA. lUiado Estado do Aniaz-mas, no rio Solimôes, tado de S. Paulo, situada acima da de S. Bartholomeu.
próxima da ilha Cipotubae acima de Codajoz. PIRATAPUIA. Aldeamento de Índios da tribii do mesmo
PIRARARA. Furo qu! vai do S<dimões, onde desagua o nome, nas margens do rio Waupss, trib. do Negro no Estado ;

lago Codajaz e termina na bocca do lago d i On-a. Sepava do Amazonas.


a ilha do seu nome da margem esq. do riu Solimôes. PIRATARACA. Uma das corredeiras do rio Ti^^té, no Es-
PIRARARA. Laao daGuyana. nas abas meridion:ies dn cor- tado de S. Paulo. Segundo o Dr. Lacerda e Almeida, essa
dilheira do Rio Branco, com o q al conten tando-se os inglezss palavra é derivada de pirá, poxe e taraca, estalo. « Tomou este
pelo seu Parimá. se ilet^rmi iaram á invasão de 1812, cm solução nome, porqu? neste logar os peixes faziam rumor como sialos ». t

de cuja penilencia diplomática ficou considerado neutro até O major Jacq ies Ourique (Relai de 1888) diz ser essa corredeira
.

ulterior definitivo accordo (Ara ijo Amazonas.) também denominada Travessa Grande.
PIRAREMA. Fontanado Estado do Maranhão, entra
cosr.a PIRATARACA. Alta e formosa cachoeira do rio Sorocabi,
Alcantara e Itacolomim, ao S. da ponta de Monte Alegre. 'a seis kils. do salto do Voturantim no Estado de S. Paulo.
;

PIRARUACA Rio do Estado do Pará nasce do lago do ;


PIR ATEU A. Lago do Estado do Pará, no mun. de Mo-
mesmo nome, e atravessa os muns. de Faro e Óbidos e^desagna cajubi, nas cab:;ceiras do rio Icatú e próximo do logar Ma-
no Nhamundá « A origem do seu nnme, escreve-nos o vigário rariá. (Inf. loc).
de Óbidos, parece provir da abundância de pirarucu que, em PIR ATEU ASINHO. Igarapé do Estalo do Pará, no dist.
entres tempos, ahi houve. (Pirarucú-oca ou casa de pirarucu).» de Santarém Novo.
PIRARUAGÁ. Lago do Estado do Pará, no dist. de Faro. PIRATIBA. Log. no mun. do Rosario do Estado do Ma-
PIRARUCU. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Ga- ranhão.
me tá. PIRATINGA.. Vide Preatino-i--
PIRARUCU. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de PIRATINIM. Vide PiraUnij.
Macapá.
PIRATININGA. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no
PIRARUCU. Lago do Estado do Pará, no rio Mapuá, na ílist. <le S. Sebastião de Itaipfi. Tem uma caf cila consagrada a
ilha Marajó.
N. S. do Bom Suecesso e fundada por Alberto Gago da Camara,
PíRARUCÚ-QUARA. Furo no dist. de Atatá, no Estado a qual sí>rviu de matriz e curato.
do Pará. PIRATININGA (Peixe secco). Colónia fundada em 1532
PIRARUCÚ-QUARA. Rio do Estado do Pará, bmha o mun. por Mariim Alfonso de Sou^a á margem do rio Piratininga,
de Muanáe desagua no rio Atalá. nove léguas ])ara o interior, em fértil ]d:uiicio do outro lado da
Serrado .Mar, alli ul teriormeule cbania do C.ubatão. Pira a l;i

PIRAS. Lagòa do Estado de Sergipe, no mun. deGararú. fundação dessa colónia niuilo cur.correii .loão Ramalho, que
PIRASSINUNGA. Cidade e mun. do Esiado de S. Paulo, viera em companhia de seu sogro Tebirícáem auxilio da colónia
na com. de seu nome, entre o rio Mogy-guassií. do qual dista de S. Vicente, atacada pelo sfdvagcun. (guando em 1533 re-
nove kils., e a serra que fica á esq. do mesmo rio. a G40 meiros gress)U Martini Alfonso a Poriugal, liiou o coniniando militar
acima do nível do mar e a O. da cajiital, donde dista 247 kils. da colónia de Piratininga coMliaiio a Jo;m R;im:iIbo, que recebeu
pela linha férrea. Orago Senhor Bom Jesus dos Afllictos e diocese enião o titulo de gu irda-miu'. l'ros|;erou iininens.) a colónia
de S. Paulo. Foram s nis fundadores Ignacio Pereira Bueno e conliada ao zelo do exilado iiorhiguc/, quo. perlo delia, fundou a
Manoel Limn, que, no anno de lí>23, fizeram doação do terreno pov. de Santo André, eleviiila á nlla a 8 de abril de 15.53. Em
para património, edilicando pjr essa occasião uma ca])ella, sob lõõl. porém, s.iljfivloo padre .Manoel da Nóbrega que José de
aquella invocação, onde foi rezad a primeira missa pelo jíadre AiudiicLa tiv'r,i ordem de instituir no Bra/.il uma prov. da
Pliilippe Antonio Barreto Era curato emlSU. Pela Lei Prov. conip;inliia de Jesus e era o portador da patente ipic o nomeava
n. 13 de 4 de março de 1842_foi elevada á freg. pela de n. 7G ;
provincial, resolveu transferir o coUcgio da villa de S. Vicente
PIR — 244 — PIR

para um logar eminente entre o rio Tamandoatey e o ribeiro terra para roçar no campo, e me pedia um capão, que estava na
Anbangabaú, tres léguas distante da pov. de Piratininga. entrada de Piraúninga, que parte o dito capão de uma banda
Desde 1 )20, por instigações dos jesuitas, Marlim Aflonso, Tebi- com o matto que está á entrada de Piratininga, que é da banda
viçáe outros chefes do gentio já aldeailo deseriaram de Pira- do norte, e da banda do sul com os campos que vão sobre o Ypi-
tininga e foram residir Junto do collegin chamado de S. Paulo. ranga, e da banda de sudoeste com o campo Gerabaté, e da
Dahi em deaafce os dous núcleos coloniaes, ob,ectos constantes do banda de Nordeste, parte com o campo que está .da banda do
zelo e cuidados de João Ramalho, com-çárao a definhar. Tamanduatehy, que pôde se^- meia legua de terras, etc., etc.
Dada nesta villa de Santos, sob meu signal e sellada com o
PIRATININGA. No Diário da viagem de Martim Aílons^ sello das armas do dito Sr. governador, que nesta capitania
de
ás terras do Brazil, escripto por seu irmão Pedro Lopes manda servir. Hoje, 22 de setembro. —
Antonio Rodrigues de
Souza, que veio por commandante da esquadra, lè-se que, no Almeida, escrivão do meu cargo e chanceller em toda esta capi-
dia 22 de jineiro de 1,532 desembarcou Martim Aftonso em
tania, jielo dito senhor a fez. Anno de 1.559 do nascimento de
« a todos nos pireceu tão bem
S. Vicente e accrescenta que :

esta terra que o capitão Y determinou de a puvoar e


deu a Nosso Senhor Jesus Christo. —
Francisco de Moraes. Rio de —
Piratininga, eis a phrase que encontramos em mais de um
todos os homens terras para fazerem fazenda. Fez villa na ilha dociimento antigo, phrase que significa apenas que por Pira-
de S. Vicente e oiítras 9 laguas dentro pe!o sertão que sc tininga passa um rio, que pôde ser o Tamanduatehy, como
chama Pirati»in(/a, e repai-Uo a gente neftas duas villas e fez qualquer dos ribeirões seus afts. Vide Santo André. (Azevedo
nellas officiaes e poz tudo na bôa ordem de justiça, etc
»
Marques.)
Em nenhum dos arohivos mais antigos da S. Paulo, nem nos
escriptores que até hoje se teem ocoupado da historia do Brazil, e PIRATINY. Villa e mun. do Estado do R. G. do Sul, séde
especialmenie da capitania de S. Vicente, encontramos indícios da com. do seu nome. sobre a eminência de um serro escabro-
da existência de semelhante villa de Piratininga antes de 1560. so, á margem do rio Piratiny, 20 kils. mais ou menos abT,ixo de
E' provavelmente a aldêa de Índios existente nos campos de sua nascenie. Suas ruas são tortuosas contem uns 100 prédios,
Piratininga a que se reiere Pedro Lopes de Souza, a não ser
:

dos quaes seis d.^ sobrado e um de sofcéa, construídos de pedra,


apocripha esta parte do Diário, que se lhe attribue (.-Yzevedo tijolo e telha, na maior parte antigos. Tem egreja matriz, cemi-
Marques). tério com uma capdlinha de simples architectura. Sobre o rio
PIRATININGA. Campo na margem esq. do rio da Costa Piratiny, na distancia de .52 kils. da villa, encontra-se uma
e margem sul da bahia do Espirito Santo, no Estado deste ponte de alvenaria e cantaria rústica, construída sobre cinco
nome. pilares e dous pegões na altura de 9 metros, tendo 128 de com-
PIRATININGA (S. Francisco Xavier de) Fortaleza do primento por 7 1|2 de largura. « Piratiny, diz Herbert Smith,
Sobre ella diz o Dr, Fausto de Souza é um pov. de boni tamanho, bellamente situado em uma ])equena
Estado do E. Santo. :

«Chamada também fortaleza d i Barra; foi construída em 1702 chapada, abrigado por coxilas mais altas ao S. e a O. Vistas á
poror^lem do governador da Bahia D. Rodrigo da Costa, na distancia, as casas brancas de telhas vermelhas são admiravel-
base do morro da Penha, na margem meri lional da barra, mente pittorescas. São costeadas por uma linha de eucalyptus,
confrontando por um lado com a praia que se estende aié á que algumas pes-ôas emprehendedoras introduziram e no meio
raiz do monte IMoreno, e pelo outro com o morro da Ucharia e do pov. vem-se as torres meio arruinadas de uma egi-eia antiga.
que vae á Vida Velha. Em 1767, foi reparada, e levantada sua Esta egreja e outros edificios do logar são de grande interesse
histórico, pois Piratiny, durante muitos ann<is, foi a capital dos
planta, que se acha no Instituto Histórico. E' de forma circular ;

revolucionários rio-grandenses, a sede d stia legislatura repu-


foi armada com 15 boois de fo;o e em 1857 teve a classificação
:-

dP 3* ordem, mas posteriormente foi cedi ia ao minisierio da blicana, e, nominalmente p?lo menos de seu presidente». Dra-
marinha para servir de aritazens». go N.S. da Conceição e diocs^ de S. Pelro. Foi essa villa prí-
miti\amen!e uma pov. creada por -i8 casaes vindos do archipe-
PIRATININGA. Lagòa do Estado do Rio de Janeiro, no lago dos Açores, aos quaes em nome de S. M. Fidelíssima a
dist. do S. Sebastião de Itaipú. Ayres de Cazal diz « A lagòa
:
Rainha D. Maria I", o Vice- Rei do Estado concedeu tres léguas
de Piratininga, com tres quartos de légua leste oeste, e largara de terras, tocando a cada um 750 braças de frente e outras
proporcionada, fica pouco menos de nma milha afastada do
tantas de fundo. Esses povoadores edificaram na área de suas
sacco de S. João de Carahy. He piscosa, e st^parada do mar. terras uma capella com a invocação de N. S. da Conceição, de-
por um cômoro de arêa formado pela ressaca, o qual se rompe nominando o pov. wns Capelij, do Paraúny por ficar situado
lodos os invernos, para nao se alagarem as terras adjacentes. nas proximiilades das cabeceiras do rio desse nome, e outros
Perto de meia légua aleite da lagòa Piratininga fica a de Itay- Capella dus Casaes em razão de seus primeiros povoaYlores se.
pú». «Em logar pouco distante da Matriz de Itaipuyg, diz Pizar- rem chefes de familía. Este pequeno micleo de pop. attrahio
ro, está a lagoa nolavel de Piratininga, fertiiissima de peixe, novos moradores, que prospera vam pela excellencia dos campos
e communicavel como mar da costa e longe quasi uma légua
:
para a criação de gado vaceum e pela fertilidade do solo para
dessa, a lesle, fica a denominada de Itaipuy, de grandeza no- ; agricultura, especialmente para os cereaes produzindo regu-
tável e largura proporcionada». larmento o trigo de 30 a õO alqueires por semestre, sendo
PIRATININGA (Rio).«Em documentos e escripturas do este o artigo que constituía a maior riqueza de então.
século XVI consta a existência deste rio entre a aldêa, depois Foi creada parochia em 3 de abril de 1810 e elevada á
villa de S. Paulo de Piratininga e o logar chamado Borda do categoria de villa por Dec. de 15 de dezembro de 1830,
Campo, onde teve assento a ephemera pov. de Santo André. sendo ínstallada| eni 7 de junho de 1832, quando separou-se
Entretanto, nenhum rio existe hoje com tal nome ; mas. a ter do mun do Rio Grande, a que pertenci Foi algum tempo,
i .

existido, deve ser o ribeirão Ypiranga ou dos Meninos e durante a revolução do Estado, a capital e residência do Go-
Moinhos, que são os mais próximos da cidade de S. Paulo e da verno Republicano que, por Alvará de 6 de abril de 1836, ele-
freg. de S. Bernardo. Alguns suppõem que o Piratininga vou-a á categoria de cidade com a denominação de muito leal
dos antigos é o próprio Tamanduatehy, porém deste já e patriótica, prerogativa de que gosou até á pacificação em i"
faliam escripturas também muito antigas que compulsámos. de ma ço de 1845. E' com. de segunda entr. creada e classificada
O erudito fr. Gaspar da Madre de Deus, em suas —
Mem- pela Res. do Concelho Geral da prov. de 11 de marco de 1833 ;

orias para a historia da capitania de S. Vicente —


alfirma Decs. ns. 687 de 20 de julho de 18.50,5.080 de 4 de setembro de
que o Tamanduatehy é o rio Piratininga dos antigos. Cremos, 1872 e 5.178 de Itj de dszembro do mesmo anno e Lei Prov.
porém, que ha nisto engano, e que até nunca houve rio n. 779 de 25 de outubro de 1872. A villa tem perto de 1.000
com o nome de Piratininga. O trecho de uma sesmaria que h ibs., agencia do correio, eschs. ]uibls. de instr, prím. e um
encontrámos no archivo do Mosteiro de S. Bento inais corrnliora gabinete li ttera rio funiladn om janeiro de 1882. O mun. é de
a nossa opinião Eil-o: — Francisco de Mora s, capilao e ouvidor terreno moutanlniso '- de alta- cam|iinas onduladas e pedregosas,
com alçada nesta capitania de S. Vicente, pelo Sr. Martim abundante de riachos e alt 'rua tivamente coberto de pequenos
Alfonso de Souza, capitão e governador delia por El-Rei .\osso mattos, espinheir-is, aroeiras e í.utros vegetaes le ihosos. Sepa-
Senhor, e do seu conselho, etc. Kaço saber a quantos esta minha rando as ajuias d 'S rios Pira'iny e ('amaquan, é atravessado em
carta de data de terras de sesmaria virem e for mostrada, e o to la a sua lai^vueza i)ela Coxilha Gra nde que. estendendo-se por
conhecimento delia com direito pertencer, em como por Antonio 1110I f .'iilra extreinidadi' do iiiun., ramilica-<e |ior todo o Estado
Pinto, escrivão de or|)hãos e tabellião nesta villa de Santos e tomaado varias denominações locaes. A maior s -rra que possue
nella morador de 20 annos a esla parte, com mulher e filhos, é a das .isjjcrc^as. continuação da da Buena e oriunda da dos
me enviou a dizer por sua petição em como elle não tinha Tapes, que, alongando-se para leste, toma os nomes de serradas
PIR — 245 — PIR

Alegrias, do Velleda e outros. Além destas tema do Pedregal, Jardim, nease mesmo dia prestou juramento e entrou no exercicio
dos Madr"gas. do R. Santo, além de oulras. Spu território é do cargo. Mencionando est^s dous factos, tenho por fim recti-
regado pelos rios Piratiny. (Jan.aquan. Piratiny de Santa licar o erro em que muitos teem incorrido, dando-os como re-
Maria. Aittiines, Saho. Cirros. Iliaa, irroio Grande, Moinho, alizados em 1837. Por Dec. de 6 dc .abril deste ultimo annj, foi
Batalha. Pcdrcí/aZ i' diversos outros. O clima cio mun. é sau- f'Sta villa elevada á categoria de cidade pelo governo da Repu-
dável, ainiia que no verão se manifestem al'.;nns casos de typho blica, com a denominação de muito leal e patriótica, preroga-
O frio é intenso, determinando geadas e matando muit is vezes as tiva de que gozou até á pacíQcaçãu da prov. em 1 de março
plantações. Os mineraes mais usuaes .sãe a pedra de constmceão de 1845. Em 16 de dezembro de 1837, âs 11 h ras da manhã,
e barro de olaria; havendo também agatba, granito e pedra perante a municipalidade desta villa, prestou juramenta e as-
mármore. Consta que hi ferro, chumbo e nitrato de potassa, sumiu a presidência o general Bento Gonçalves da Silva. No
sal gemraa e onii. A lavoura consiste na cultura do milbu, dia 18 de novembro de 1889, reunida a camará municipal em
feijão, irigo, cevada, balalas, hervilhas. amendoim e favas: sessão extraordinária, a convite do seu presidente, o autor destas
cuítivam-se também diversas espécies de legumes e frnctas. linhas, adheria, por unanimidade de seus membros presentes,
Conta esie n:un. uma empreza exclusivamente destinada á á proclamação da republica dos listados Unidos do Brazil,
cultura do arroz. A granile criação consisle em gado vaocum,
oavidlar e lanígero. A industria fabril consiste em obras de
Pop. —O ultimo recenseamento, que teve logar em 31 de dezem-
bro de 18'.j0, accusou a existenciá de 8.859 habs. assim arrolados:
alfaiate, sapateiro, ourives, ferreiro, carpinteiro, marcineiro, 1" districto 2.540, 2> liistricto 4.0'J9, 3" districto 2.220: total
funileiro, padeiro, selleiro, corrieiro, cortujne, telha, lijollos e 8.850. Dentro dos limites urbmos verificou-se existirem 751
vinbos de uva e de laranja. A industria da seda apreseuta-se h ibs. O
recenseamento procedido em 1 de agosto de 1872
animadora. A exportação limita-se a arroz, colla, couro secco, indicou o resultado de 6.893 almas, Vê-se. portanto, que
Cabello, lã e gado vaccum, sendo este a maior riqueza do mun. em 18 annos o augmento foi apenas de 1.966 almas, dando
Os geuex'os são geralmente exportados para Pelotas, de onde pouco mais de 11/2 «/o do crescimento annual, que parece
vão quasi todas as mercadorias importadas. O transporte é feiío deficiente, embora tenha a mun. ficado estacionário, visto
em caivetas, tautipara dentro como para fóra do mun. A villa como não recebeu contingente alirum de iinmigrantes. O 3"
dista 320kils. de Porto Alegre, 39 de Cacimbinhas, 46 de Cau- dist. que, depois do ultimo recenseamento, foi dividido em
giissú. 1(33 de Caçapava e 132 do .Vrroio (Irande. O mun. tem dous, por ser o maior de todos, é o que entret.into accusou
uns 16.000 h ibs. e c .mpj-eh-^pde, além da parochia da villa, menos pop. Esta circumstancia por si só é bastante para
mais o Curato de N S, di Socoorro. Sobre suas divi- convencer que o trabalho não foi feito com a devida exactidão.
sas vide : Lei Pi ov. n de d de janeiro do 1862, n. 973 de Usos e costumes —Os usos e costumes dos habs. do mun.
8 de abril de 1875, n. 1.282 de 3 de maio de 18S1. O são simples, e no geral, com poucas excepções, são morigera-
Alaianach do R. G. do Sd (1893) publicou a seiíuinte noticia: dos e trabalhadores, são hospitaleiros e têm em grande conta o
Piratiny — Noticia histórica — O mun. de Piratiny teve a amor da pátria e o valor civico. São oriundos dos portuguezes,
sua orii^em nos tempos coloniaes e pertenceu administrativa- e por cousegaint" da raça latina, predominando es<e elemento,
mente ao termo do 11. Grande, do qual fez parte inteírrante. quer do cruzamento com a raça aborígene ou ameiicaua. que
Começou do seguinte modo: Por ordem da Rainha D Mai ia I, se pkle considerar exiincta, quer com outras raças, que aqui se
o seu governo pei-mutou com José Antonio Alves tres léguas de encontram em insignificante numero. —
Insfcrucção. Possue o
campo, que este possuía por concessão régia nas pontas do rio mun. cinco aulas publicas de inst. priin,, sendo duas na villa,
Piratiny, pela mesma extensão na coxilha de S. Sebasiião, no uma de cada sexo, e tres, todas do sexo m isculino, localisadas
mun. de Bagé. Essas tres léguas foram divididas em 48 datas nos 2", 3° 8 4° districtos, achaudo-se todas iuteirnamente pr 'vi-
de egual tamanho, e em nome de S. M. Fidelíssima e ordem das. Ensino secundário não ha. Pela n solução do governo
do vice-rei do listado do Brazil concedidas pelo coronel com- geral de 14 de janeiro de 1820, foi aqui creada a primeira es-
mandants do continente do R. G. do Sul, Joaquim José Ri- cola regia para o sexo m- sculino. Esta escola só começo a <

beiro da Costa, em 6 de julho ile 1789, a 48 casaes de ilhéos funccionar em 1837 com o professor Migue! Luiz Vieira, pouco
açorianos, com a condição de ahi residirem e trabalharem e depois substituído por João José de Abreu, ambos nomeados
de as não venderem ant'S de serem passados cinco annos. pelo Governo da Republica. Pela Lei Prov. n. 44 de 12 de
Esses colonos erigiram uma capella filial á mairiz da então maio de 1846 foi creada a eschola do sexo feminino e posterior-
villa de S. Pedro do Rio Grande, á expensas suas e em terreno mente as outras. A frequência actual de todas as mencionadas
doado a N. S. da Conceição por -Antonio José Vieira Gui- aulas não excede de 130 alumnos. Existio nesta villa um ga-
marães, sendo seu primeiro vigário o padre Jacinto José Pinto binete litterario, fundado por meio de assignnturas em 2 de
Moreira, collado a 17 de abril da 1810. De capella foi erecta janeiro de 1882, chegando a possuir 700 volumes. Durante tres
em freg. por Alvará de S. A. o príncipe regente D. João, em annos teve vida animada, até que, escasseando os recursos para
3 de abril de 1810. Foi elevada á categoria de villa por Dec. seu custeio, apezar de funccionar em um compartimento da casa
de 15 de dezembro de 1830. Foi installada a, villa em 7 de da camará, gratuitamente cedido, ficoii abandonado, achando-
junho de 1832, pelo conselheiro ouvidor geral e correcçedor da se actualmente todas as suas obras e mappas dispersos por
com. Dr. Antonio Rodrigues Fernandes Braga, sendo presi- varias mãos, existindo sómeute alguns moveis e utensílios em
dente da municip didade Vicente Lucas de Oliveira. O jura- poder da junta municipal. E' de lamentar que tão util quanto
mento dos vereadores, posse e primeira sessão tiveram logar a agradável associação baqueasse ante o indillerentismo p iblico,
13 de junho do mesmo anno. Ignora-se a data da installação o mais pernicioso inimigo da prosperidade dos povus e de toda
do foro. Consta, porém, do mais antigo protocollo do iirime'ro a ordem de pi'ogreíso. O mun. só teve até hoje um órgão de
cartório de orphãos, que a primeira audiência do respectivo publicidade denondnado O Pooo, jornal politico, lillerario e
juízo realizou-se em 25 de junhi de 1832, seudo juiz Seralim ministerial da Republica Rio-grandense Tenho á visia o
.

José da Silveira e escrivão João José Dias da Cruz Miranda. n. -36, de 2 de janeiro de 1839. Delle transcrevo o que se lè no
Foi esta villa. durante algum tempo, no decurso da revolução encal'eçamento: « liste periódico é propriediíde do Governo.
de 1835, capital e residência do govern republicano. Nesse
; Se publica na quarta-feira e stibliado de cada semana. Xan-
anno, a 8 de outubro, neUa entrou em ordem e sem a menor de-se em Piratinim na casa do redactor, omle t;inibem se rece-
resistência, o primeiro grupo de revolucionários, em numero de bem assignaturas a 48 em praia, cada semestre, pagos a lian-
100 homens, sob o commando do ca;'itão de milícias Antonio tados. Folha avulsa 80 réis. O poiler (jue dirige a revid icão
José de Oliveira Nico e do paisano Domingos de Souza N''tto, tem que prepara,r os ânimos dos cidadãos aos sentimentos da
fazendo a deposição das autoridades locaes que não adheriram fraternidade, da modéstia, da egualdade e desint.u-essado e
á revolução. Contava-se entre estas o juiz de dir. da cora. ardente amor da jialria. — Joven Itália. Vol. V.» — Força
Dr. Antonio Vieira Braga, que, sendo intimado |iara deixar o publica. A for-a publica do mun. é representada pela policia
cargo, assim o fez no mesmo dia, passando a irisdicção ao
|
e guarda nacional. Tem uma secção (tolici.il de 2-'> classe, com-
seu substituto legal e retirando-se Nenhum dos historiadores
. posta de 10 praças commandadas por um alferes. Tem tres
da republica rÍ0"grandense menciona este acontecimento, e por corp is de cavallaria de giiardtis nacionaes e um batalhão da re-
isso deixo aqui consignado. A 6 d.^ novembro de 1836, perante serva, sob um commanil" superior, que tem sua side nesta
a Camara municipal, em sessão extraordinária, acha ndo-se pre- villa e abrange os dous tesmos da comarca. —
Posição astro-
sentes os principaes chefes da revolução. leve aqui logar a nómica. .V villa de Piratiny está collocada a 31" 26' de latitude
eleição dos primeirLis magistrados da Uejiubtica. Estando preso aitsiral e ;i 52» 26' 21" de longitude ocoidenial do nieridi.ano
no Rio de Janeiro o presidente eleito, coronel Bento Gonçalves do Greenwich, 400 melros acima do nível do mar. —
Goi gra-
da Silva, o seu substituto capitão José Gomes de Vasconcellos phia physica. .A villa está. situada sobre o cume de uma ooxi-
PIR ^ 246 — PIR

lha escabrosa, á margem direita dos rios Camaquan e Piratiny, tiny-menor e Piratiny no Norte. Piratinyzinho —
Corre na
entre dous gallios dfste. Conta 122 prédios dentro dos limites divisa do campi) dos herdeiros do finado Clementino Luiz de
urbanos, comprehendidos os edifícios públicos, estamio, porém, Freitas e lança-se no rio Piratiny. Moinho do Jo^é Joaquim —
sujeitos ao impostn de d cima urbana somente luO, no valor l''em sua origem junto á casa do finado Manoel José Madeira e
locativo semesti-al de 929$700, sendo s'is de sobrado e uni de desagua no Piratinyzinho. Machado ou Correias —
Nasce na
sotéa. Entre seus edificios são notáveis ns casas da camará e tiase norte da se.u-a das Asperezas e lança-se no Piratiny-chico.
cadeia, formando ambas um qundro de 140 palmos de frente em Piratiny Orqueta ou Santa Maria —
Nasce á pouca distancia
cada face. A eirreja, edifício antigo e de vastas dimensões em das cabeceiras do Taquara e desagua no rio Piratiny. Antunes
relação á localidade, acba-se com o corpo e frontespicio em — Tributário do Piratiny da Orqueta ou de Santa Maria.
reconstruccão por uma nova planta, já estando promptas as Salso — Aff. do Antunes, (barros —
Tem sua origem próximo á
paredes lateraes e havendo em caixi. cinco contos e tanto para nascente do Salso e desagua no Machado ou Correias. Pedregal
o proseguimento das obras, contando mais com o beneficio de ou Gotilartes —Nasce na coxilha de Santo Antonio ao norte do

uma b-teria, que ainda não foi exlrahida Obras munioipaes. cemitério do Couto o, recebendo aguas do Camargo ou Camir-
Possue as casas da camará e cadeia, duas fontes com a.boliada guinlio, toma o nome de Bica e lança-se no Camaquan. Ca-
e um poço construído eui fórma d '
algib^, fornecendo b' a e margo ou (Jamarguinho —
Tem sua nascents na coxilha de
abundante agua um grande cemitério todo murado de tijolo
: Santo Antonio e nella pouco abaixo da sua dita origem o de
e com um bonito por ião de ferro, lendo ao fundo uma pequena passo do Medina, indo fazer barra no Pedregil ou Goulartes.
Capella para deposito de urnas e adoração dos fieis. Sobre o E' actualmente mais conhecido por arroio da Capella ou do
rio Piratiny na divisa dest;; mun. com o de Cangussú. encon- Domingues. Meio —
Nasce na cochílha de Santo Antonio e
tra-se uma ponte do alvena-ia e eaniaria rústica, construída de ag^iiu no Pedregal ou Goulartes. Olaria — Tem sua cabeceira
sobre cinco pilares e dous pegões i^a altura de nove metros, na serra dos Dutras e faz barra no Camaquan. Barracão —
Nasce
tendo 128 de comprimento por 7.50 de largura A villa está na coxilha de San^o Antonio, entre os campos dos iinados M.
collncada em terreno de jiropri^dade partio^ilar, par e das tres R. Barbosa e Pedro Vaz de Almeida, e desagua no Camaquan.
léguas que foram divididas pelo--, seus fundadores, sendo a Povo — Nasce na serra dos Garcias e vai lan;ar-se no Camaquan.
doada por Antonio .José Vieira Guimarães unicamente o espaço Arroio Grande —Tem sua origem na coxilha de Santo An-
comprehendido pela egreja matriz e pela praça actualmente nio, próximo á cabeceira do Piratiny-chico e desemboca no Ca-
denominada 7 de S'Hemliro. Não tem logradouro publico, por maquan. Ilhas, lagos e curiosidades naturaes —
Não ha no
não lhe ter sido concedido t-rreno algum para seu patri- mun. Flora — No reino vegetal encoutram-se innumeras es-
mónio, c uiforme se fez p ira outras povoações, de accordo com os pécies, porém poucas madeiras de lei. Entre as plantas medi-
regimens gua rdados nas cartas de sesmarias, .\spect a geral — cínaes, não cultivadas, existem aipo, arnica, altéa. avenca, bar-
O município tem a figura de am quadrilonsro irregala r, e todo o dana, baicurú. cipó fhumlio, calaguala, cambará, camomilla,
seu terri orio c alt'i e accidentado, formado de cosilhas e cerros cicuta, carrapicho, Santa Helena, cardo santo, ce tro vermelho,
pedregosos, abundante de riachos e alternativamente coberto de oarqueíja, estramonio, goiabeira, gervão. herva formigueira,
pequenos mattos, espinheiros, aroeiras e outros Vi getaes le- herva terrestre, herva de Santa Maria, herva lanceta jaborandy,
nhosos. Serras — O mun. é atravessado pela serra dos Tapes, japecanga branca e amarella, mamono, pariparoba, pitangueira,
nelle denominada das Asperezas, a qual, alongando-s^ para pi'aia, poejo, hortelã pimenta, salsaparrilha, soitacavallo, su-
oeste, toma os nomes de .'Vle^rias, do Velleda e outros. Possue a çuaya, salsa moura, tajujá, rhuibarbo, herva moura e herva
serra do Pedregal, a dos Madrugas, a dos Barbosas, a dos cancerosa. Fructas —
Entre as cultivadas abundam a laranja,
Dutras, a dos Garcias e a do Kspirí'o San o. que nascem e lima, limão, marmelo, maçã, pecego, figo, uva, ameixa, cidra,
morrem no mun Rios — Na linha divisória do mun. correm romã. ananaz, n"z, morango e abóbora. Fauna —
O reino
em parte os rios Piratiny e Camaquan, que passo a descrever : animal é imraenso e de tão grande variedade q\ie seria enfa-
Piratiny — Nasce neste mun 20 kil o metros, mais ou menos ao
. , . donho descrever. Referirei unicamente a parte concernente á
norle da villa, junto á coxilha de Santo Antonio e pouco i^cinia criações. A grande criação consis e em gado vaccum, cavallar
do logar denominado Capão dos Corvrs, próximo ao passo do e lanígero, sendo a raça vaccum a mais importante enumerosa.
Medina correndo na direcção sul, rec be vários tributários, e,
; A pequena criação limiia-se a ga lo muar, cabrum e suino,
após um curso de 132 kilomeiros, vai lançar-se no S. Gonçalo. —
como também a aves domestica. Mineralogia O mun. é abun-
Sua navegação é acc^ssivel a botes e canòas até cerca de 40 dan'e em pedra de construcção e barro de olaria, havendo
kilometros acima da foz, Hilário Ribei ro, em sua « Gecgraphia tami em. agatha e pedra mármore. Consta existir ferro, chumbo,
da província » não fd bem informado, dando a nascente deste nitrato de potassa, sal gemma, onyx e outros productos do
rio na serra dos Tap°- . Camaquan —Nasce na serra de Sanfa reino mineral, ainda não explorados. Estradas —
As estradas
Thecla e desagua por cine boccas na lagòa dos Patos, da qual, municípaes e as estadoaes que atravessam o mun. são geral-
depois do Jacuhy, é o mais imporiante trii)utario. Em seu estado mente péssimas, líxtendendo-se por terreno accidentado e ex-
natural é francamente nav''gavel para navios de pequeno cala'lo, clusivamente abertas pelas patas dos animaes e vehiculos de
desde a loz ou barra do Viannes até á corredeira da Sanga rodagem, essas estr das, com pequenos intervallos, dependem
Escura, na extensão de 110.5 kilometros. Seu curso é calculado de muitos concertos e obras de arte no sentido de as melhorar.
em mais de 250 kilometros. Em 1887 foi explorado até á dita Não só pela natureza do solo, como também devido ás tapa-
villa. Arroios — O território do mun. é reg.^do pelos arro os gens de grandes exiensões de terrenos marginaes, estreitando e
seguinles: iMaria Antónia — Nasce na coxilha de Santo Antonio mudando em muitos logares o leito das estradas a arbítrio
ao sul do cemitério do Couto, em frente á cabeceira do Pedregal, dos in t -ressados. teem-se tornado ellas cada v>z mais emba-
e recebendo em seu curs; as aguas do Bueno e outro, iança-se raçosas ao transito publico. Ao Estado e ao mun, na parte
no Piratíny-mirim . Bueno — Tem sua nascente, na coxilha que Ihi s corresponde, cumpre providenciar de modo a serem
de Santo Antonio, quasi em frente á cabeceira do Caniarguinho, reivindicados os seus direitos e realizados os melhoramen:os
e desagua no Maria Antónia. Píratiny-mirim — E' o principal mais urgentes. Geoiírapl ia poli ica —
O mun. é calculado ter
ramo do rio Piratiny, nome que adquire pouco abaixo do passo em ssu maior cumprimento 118 kils., e em sua maior largura
denominado Maria .\ntonia Corre a seis kilometros desta villa, 52 kils., e de área superficial 7.422 kils. quadrados approxi-
do lailo léste, lin.iiando pela margem dir. com as 48 datas de madamente, ou 7. 422. 200. 000 melros Limita-se. ao sul, com
terra concedidas a egual numero de colonos açorianos. Batalha o mun. do tlerval, pelo arroio Piratiny da Orquela ou de
— Nasce perto da coxilha de Santo Antonio, na tapera da Santa Maria ; ao norte, com o de (,'açapava. pelo rio Cama-
Catharina Camargo, a lésts do serro do Dioaysio. e, depois de quan a leste, com o de Canjiussú, pMo rio Piratiny e arroios
;

pequeno curso, deS'^niboca no Piratíny-inirim Guará . — Tem Maria Antónia e Pedegr.il ou dos Goulartes: e, a oeste, c m o
sua nascente na coxilha de Smto Amónio, próximo ao serro de Caci binhas, pelos arroios Antunes, Salso, vertente dos
11

do Dionysio e desagua no Barracão. Moinho do José de Mattos Alves, arr' ios Machado e Piratíny-chico acima, até um regato
— Lança-se no Piratiny-chico e tem suas cabeceiras na coxilha que nelle desagua, e por este até sua nascente e dahi pelo
de Santo Antonio, correndo a curta disi anciã a oeste desta villa. .Vrroio Grande. A vilU de Pir.itiny disia, jior terra, da ca-
Piratiny-cliico— Tem sua origem na coxilha de Santa Ant mio, pital do Estado, 330 Kils. ao norte, e das pnvs. limitrophes
no logar denominado Passarinho e desagua no rio Piratiny. nas seguin ti's il isiancías A" villa de Cacimbinhas 33 kils., á
:

Este arroio, além do nome com que o meneiono, e que é o freg. do Cei-rit" 4 ) kils á villa de Cangussú 58 kils., á
,

d^^signado no mappa do mun., organis.ado em 1860 sobre os freg. dii Biiy. Vista 79 kils., á cidade de Caçapava 165 kils.,
trabalhos dos engenheiros J. M. P. de Campus e Philippe de á villa do Ilerval 92 kils. 'Do primitivo território do mun.
Normann, é também conhecido por arroio dos Garcias, Pira- teem sido desmembrados, para constiiuir novos termos, em
.

— 247 — PIR

1849 o da parochia de Bagé, abrangendo o rincão do Contrato, meus conterrâneos.— Fevereiro de 1892.—./osê Bernardo Gomes
que não lhe pertencia em 1856 o das parocliias de Cangussú
; de Freitas. (Piratiny.)
e Cernto e, pela Lei Prov. n. 1.149, de 11 de maio de lf>r8, o
;

d;i parocliia de Cacimbinhas. Como termo rninido, acha-se o


PIRATINY. Rio do Estado do R. G. do Sul; nasce na
Serra Geral na m. rgem esq. do rio Uruguay.em frente
e desaiíua
de Caciml iiilias, sub a jurisdicção ellectiva do juizo municipal
á extiiicta fovo;ição de Conceição. Ptecel e o Inhacapetum,
de l^iratiiiy, tendo juizes supplentes que funccionam como
o Pece.nu i.o, Chuny. Itú, Santa Barbara, imanta Rosa, Chim-
simples pi-eparadores em todos os feitos c.iminaes e civis. A burti, Pirajú, Cambaliy, Taquaranchim, Guararahá e outros.
comarca de Piraliiiy tem sua sede nesta villa, e coir.põe-se
actualmente d'is d us refeiidos termos unidos, lendo a ella PIRATINY. Rio do Estado do R. G. do Sul nasce ao :

pertencido, não só a circuniscripção territorial que hoje lorina N da villa do seu n( me, junto á coxilha de Santo .-Vntcnio e
os nums. de B.igé, Cangussii e Cacimbinhas, como t mb.em a pouco acima do 1 igar denominado Ca [ião dos Corvos, próximo ao
de Jiigiiarão. Á villa de Piratiny está em 26" loirar na ordem pesso do iMedina; corre para o Sul. e após um curs de 132
da importância predial, entre as 55 cidades e villas que conta kils. vai lançar-se no rio S. Gonçalo E' na egavel até 36 kils.
esle Esta lo, seg mdo o balanço delinitivo da colirança do imposto acima de sua f até o pa-so do Ricardo. Tem como tribs. os
iz,

da decima urbana em 1S89 O mun.tein a istado 11.1/^3 eleilores, arroios .VlegrÍL's. do Meio, das Pedras, .Maria G mes. Palma,
inclusive 273 suppl.^mentares. Divide-se o mun em qu.itro dis- Serr^ Chato, Piratinysinho, Piratiny-Chicc-, Piratiny-.Mirim,
tr,ct' S de paz, que o são tambíin policiais, em 47 quarteirões. além de outros.
Pe/ionce. á diocese de S. Pedro do Pv,io Grande do S il e circura-
PIRATINY-CHICO. .\rr.o'o do Estado do R. G. do Sul,
screve-se a uma só freg., soba direcção ds um parodio, rue é tam-
atr. da margem do rio Piratiny, que o é do S. Gonçalo.
dir.
bém o vigário da vara ecclesiastica. Salubridade. O climado mun. E' também denominado dos Gai'cias. Reune-se com o Piratiny
é ameno e temperado, não se coniiecendo mulestias endémicas. da Orqueta. Recebe os arroio? iMacbado ou dos Correas e do
A estação invernosa que outr'ora se apresentava com intensi-
,
Alfa'at?. Tem sua origem na coxilha de Santo Antonio, nj
dade, chegando o lhermometro, em logar abrigL'do, durante o logar denominalo Passarinhos.
dia, a 5" e 2" de calor, e nas noites a í" e O", e não raras
vezes cahindo frocos de neve, geando todas as noites e gelando
PIRATINY DA ORQUETA. Arroio do Estado do R. G. do
Sul, no mun. do Piratiny. Reu.ne-se com o Piratiny-Chico e
as aguas; nestes últimos annos, comquanto ainda faça bas-
tante frio, não tem sido de tanto rigor, e parece que, ao per- fn^ma o lun.lo do rincão da Orqueta. Recelie o Antunes,
o Tamanduá e o Herval. E' também denominado Santa Maria.
passar do tempo, vai-se tornando cada vez mem^s sensível,
não obstant; ainda cahir geada e ás vezes matar algumas plan- PIRATINY-MIRIM. R' o principal ramo do Piratiny,
tações. — Rendas — .As rendas do mun. regulam annualniente nome que adquire pouco abaixo do passo denominado Mana
pelo seguinte: Collectoria geral, 11:0UU?; collect ria estadoal, Antónia no Eslado do R G. do Sul. Corre a seis kils. a E. da
;

6:0. 0"à; junta muniei|jal, 4:U00-ij estação teiegraphica, i:200'j;


;
Villa do Piratiny. Recebe o Maria Antónia, e o Baia ha.
.-Vs rendas municipaes, depois de baver-lhes a
correio, -IUO5. PIRATINYSINHO. Arroio do Estado do R. G. do Sui, aíl'.
assembléa provincial, pela Lei n. 1 403 de 9 de junhj de 1882, do rio Piratiny, que o é do S. Gonçalo. Recebe o Moinho do
tirado o jiedugio da pont- de Piratiny, ficaram reduzidas, José Joaquim.

como S3 vè, a exijua quantia. Commereio: Os ram> s de ex-
PiRATIVA. Igarapé do Estado do Pará, aff. do Curiaú, no
portação do mun. limitara-se aos seguintes: arroz, s da, co :ros
seccos, Cabello, lã e gadi) vaccum : o commereio de gados é mun. de Macapá, diif. Lc).
iraporiante. sendo o município uinda considerado jiastoril. A P.RATUBA. Rio do Estado do Pará, desagua no oceano a
importação consiste em fazendas, f-riag-ms, vid os, louça, dro- l"3i'30" Je Lat. N. e Go46"47" de Long. O. E' um ilos quarenta
gas, calçado e objectos de armarinho, assim como café. vinho, cursos d'agua que, seiiundo a exploração feita em 1791 por
aguardenie, assucar, sal e outros géneros alimentícios. O trans- i\íauoel Joaquim de Abreu, contam-se entre a ponta Jupaty e o
p rte é feito em carreias puxadas a bois. Não é dependente cabo N-rie. Sua foz fica entre a dos igarapés Sucurujú e Ara-
de despachos a importação e exportação, sendo por issu impos- quiçaua ou Ira-quiçaua.
sível precisar os respectivos valores. Conta o mun. muitas
cas.is de negocio, tendo sete na villa; tem esta duas boticas,
PIRATUBA. Igarapé do Estado do Pará, na ilha Marajó,
niiin. de Ponta de Pedras e desagua na margem dir. do
iim hotel, um açougue, ires padarias e varias officinas. — In- ban a o
loc).

dustria agrícola Esle mun. possue terrenos fertilissimos para
rio Marajó-assú. (Inf.

muilas culturas; entretanto límita-se á do milho, f ijào, PIRATUBA Lago do Estado do Pará, perto do cabo Norte:
ti-igo, arroz, bitatas, ervilhas, ameiidoiín, favas, outros grãos delle nasce o rio do mesmo nome que desagua no oceano.
e varias Iructas, predominando ainda o espirito rotineiro.
Conta uma empieza exclusivamen e destinada á cult na do
PIRAUÂ. Log. do Eslado de Pernambuco, no mun. do Bom
Jardim. Ha outros logs. do mesmo nome no mun. do Palmares
arroz, montada por uma sociedade brazileira-alleniã, e hoje
e no dist. da Vicencia.
pertence te a Domingos Ribeiro da Cunha. Esle estabeleci-
mento possue uma machina da força de oito cavallos, -servinJo PIRAUÁ. Pequeno rio do Estado de Pernambuco, aíl". do
de motor para, a pouco mais de meia força, dar movimento a Capibjribe.
engenhos para trilhar, limpar, descascar e polir o .irroz. Em- PIRAUAIA. lUia do Estado do Pará, na Iiahia dos Bocas.
prega orLlinariamente cinco traba.hadores e de 81 a 90 no tempo
PiRAUARA.. Lago do listado do Amazonas, na margem esq.
da colheita, tendo sido esta no ultimo anno cie 3.ÕU0 alqueires
Purús, onde desigua íibaixo da foz do Abufary.
e 1.800 saccos. —Industria fab il —
A industiia fabril Imiita-se do rio
PlRAUBA. Dist. creado no mun. do Pomba do Estado de
a obras de alfiiaie, sap.-iteiro, ourives, ferr iro, carpiu ieii'.',
marceneiro, lunileiro, padeiro, sellei]'0 correeiro, cortume, telhas, Minas Geraes elo Dec. n. 89 de 4 de junho de 189U. Sobre
1

tijolo e vinho. A viticultura tem dado os melhoies resultados, suas divisas vide Dec. n 434 de 21 de março de 1891.
e comquanto se conserve ainda estacionaria, d-vido á ignorân- PIRAUIRA. Serrote do Estado do Rio de Janeiro, atra-
cia de uns e ao indiflerr nlisnio de outrcs, será fituramente um vessado pela estrada do Commereio, próximo dos rius da Vargem
dos ramos de grande dcsenvi Ivimenlo e lucros incalculáveis; e do Secretario.
a videira se ostenta aqui com rebentos e fecundidade extra-
ordinária, produzindo excellente vinho; as terr;;S da margem
PIRAUjRA. Rio do Estado de Pernambuco, no mun. do
Limoeiro. Desagua no Capibaríbe.
dir. do Caniaquã, neste mun., pela sua uberdade e semelhança
com as do Alto Uouro, desde que a inioiativ.i individual appa- PIRAU1RI. Antiga aldeia administrada pel s jesuítas, l']'

reça ou se desenvolva o espirito de as.sociação, aproveilan'Jo-as hoje a freg. de S. João Baptista do P^-mbal, no Estado do
na cultura da vinha, serão um dos principaes elementos de Pará.
prosperidade industrial no município. A industria serica, PIRA.YAUARA (peixe caclmrro). Ilha no rio Negro, aíl'. do
outro ramo de immeiisa vantagem i^ara todas as classes sociaes. Aniaz)! as. no Estado deste nome, entre as ilhas denominadas
adapta-se perfeitamente ao clima do mun., aonde já foi ensaiada Caca tomo e Assahy.
e seu producto premindo nas exposições iiacionaes de 18i > e 18T.j
com med.dhas de prata de 1* classe, nade Vienna em 1873 com
PiRERA. Igarapé do Estado do Amazonas, aít'. da margem
e=q. do rio l adaiiiry, trib. do Negro, entre os igarapés Inajá e
menção honrosa e na de Philadelphia e 1875 com medalha
11
Miri ty
do mérito. Apresentando este despre tencioso trabalho, só viso
a utilidade que delle pôde advir ao publico e especialmente aos PlRES. Log. do Eslado do Ceará, no termo de Aquiraz.

I
.

PIR — 248 — PIR

PIRES. Bairro na freg. do O' pertencente! ao mun. da capital PIRIÁ. Dist. do mun. de Miritiba, no Estado do Mara-
do Eslado de S. Paulo, coivi uma escb. publ. de inst. priin. nhão. Orago S. Jósé. Foi creado freg. pela Lei Prov, n. 13 de
creada pela Lei Prov. n. 99 de 24 de abril de 1880. 8 de maio de 1835. Encontra-se lambem escripto Periá e Praá.
Vide Miritiba e Praá.
P.RES. Bairro no mun. da Limeira e Esrado de S Paulo,
cora eschola. PlRIA Serra do Estado do Pará, no mun. de Vizeu, E'
notável pela sua elevação, que é observada á grande distancia
PIRES. Bairro no mun. de Pirassinunga e Estado de
pelos navegantes aos quaes serve de guia.
S. Paulo.
PIRIA. Rio do Estado do Pará, no mun. do Curralinho.
PIRES.Log. do Estado de Minas Geraes, no termo de Sete Corre próximo ao Mutuacá e desagua na bahia dus Bocas.
Lagoas, no dist. do Taboleiro.
PIRIÁ. Rio e porto do Estado do Pará, no mun. de Viz°u.
PIRES. Log. do Estado de Minas Geraes, nas immediações Tem alguns bancos. Quasi na barra desse rio ha a ilha de Ita-
da estação de Bemlica, naE. de F. Central do Brazil, no mun. cupim. Informam-nos do E,stado ler esse rio origem em uma serra,
do Juiz de B^óra. onde nasce o Goroacy-paraná e ser seu curso de 150 kils. p ^r
PIRES. Pov. no dist. de Candèas e mun. de Campo Bello enire campos emattas abandantes de madeiras preciosas. Recebe
do Estado de Minas Geraes. o Piriá-toró .

PIRES. Pov. do Estado de Minas Geraes, distante cerca PIRIA. Rio do Estado do Pará, na ilha Marajó. Banha o
de seis kils. do dist. de .S^ Braz de Suassuby. mun. do Curralinho.
PIRES. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. de Ouro PIRIA- JUSSARA. Nome de um braço de mar ao lado di-
Preto e dist. cie Congonhas do Campo, com uma esch. muni- reito do rio Munim, no Estado do Maranhão; bastante largo.
cipal. Estende-se por mais de 12 kils. internando-se com direcção ao
PIRES. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de Rosario, tendo em certa altura um pequeno igarapé de 20U a
Nyterõi. Ha abi uma caixa d'agua. 300 braças de comprimento, que oommunica com o igarapé
d-nommado Santa Quitéria ou das Caixas. « Dizia o hnado
PIRES. Serra do Estado de _Minas
Geraes, entre os mtins.. Antonio Joaquim Lopes da Silva que, vindo-se da villa do Ro-
de Jaguiry e S. José do Paraisj. Dão-lbe também o nome de sario, sempre pelo no Munim, entra-se no igarapé das Caixas
Santa Luzia. e salíe-se no Piná-Jussara ». Antes de sahir-se do igarapé
PIRES. Serra do Estado de Minas Geraes, sepai-a as aguas Piriá-Jussara ha outro furo do lado esquerdo por onde passa-se
do rio das Velhas das do Paraopeba, para crio Munim.
PIRES, Ponta na lagòa de Rodrigo de Freitas, no mun. PIRIASSU'. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de
da Capital Federal, entre as praias da Pitangueira e Funda. Cintra.

PiRES. Riacho do Esiailo do Ceará, no mun. de Santa PIRIA-TINGA. Bahia na costa do Estado do Pará, entre a
Quitéria desagua no rio Acarahú entre a foz do Jacurutú e foz do Gurupy e a ponta Tijoca.
;

a do Macaco. ( Inf. loc.) Um


outro informante menciona esse PIRIÁ-TORÓ. Rio do Estado do Pará, aff. da margem esq.
rio como alll. do Jacurutú. do Piriá.
PIRES. Córrego do Estado de Pernambuco, banha o mun, PIRIA-UNA. Bahia na costa do Estado do Pará, entre a
de Bom Conselho e desagua no Papacacinhci, aff. do rio Para- foz do Gurupy aponta Tijoca.
e
hyha.
PIRICH ASEINE Rio da Guyana, na margem esq. do
.

PiRES. Riacho do Estado da Bahia, aff. do rio Parami- Waupez, entre o Iviari e o Buritasá (Araujo Amazonas).
rim, que o é do S. Francisco. Banha o mun. de Agua Quente.
PIRIOINIM. Lago do Estado do Amazonas, no mun. de
PIRES. Rio do Estado da Bahia, aff. da margem septen- Coary
trional do rio de Contas (Ayres de Casal).
PIRIPAU. Serrote do Estado de Minas Geraes, perto das
PIRES. Rio do Estado do E. Santo, entre os dists. de Man- Aguas Virtuosas do Lambary. E' um contraforte da serra de
garahy e Cariacica. Santa Catharina, que com os nomes de Piripáu e Cafundó
PIRES, Ribeirão do Estado de S. Pauio, da no separa as aguas do rio Lambary das do Sapucahy.
aff. Tietê,
nas divisas do mun. de Piracicaba. PIRIPAU. Rio do Estado de Goyaz, aff. do Parnaná. Re-
PIRES. Córrego do Estado da Minas cebe o Mestre d'Armas, o Sobradinho e os córregos Quaty e
Geraes, aff. do rio
Dourados, que o é do Paranahyba. Rajadinha.

PxRES. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nasce na PIRISAL. Lagòa do Estado do Pará, no mun. de Salinas,
serra do Descoberto, banha o dist. da Piedade da Leopoldina na ilha Atalaia.
e desagua no rio iSovo. PIRITUBA. Vide Pcrituba.
PIRES. Lagòa do Estado do E. Santo, no mun. de Caria- PIRIUNY. Lago á margem esq. do rio Sulimôes, perto do
cica .
Coary.
PIRES. Latíôa do Estado do Rio de Janeiro ; une-se a do PIRO. Log. do Estado das Alagoas, no mun. da Palmeira,
Juruiiiirim e esta a de Jagoroaba. Recebe o rio Jeriva. á marg m do Traipú.
PIRES. Lagòa do Estado de Matto Grosso, juno á serra PIROGA. Serro do Estado do Pará, uomun. de Santarém.
de S. Jeronynio. Tomou o nome do famigerado sertanista. E' inteiramente despido de arvores, mas todo coberto de uma
Antonio ['ires de Campos, que, ainda nieiuno viera com seu tensa gramínea desde a base até o ponto mais alto,
pai, e Anhanguera, na conquista de Índios e descoijerta de mi-
nas, entra as quaes as dos Martyrios. Eslava estabelecido em
PIROGABA. Rio do Estado do Pará, banha o dist. de Beja
S. Paulo, quando miiilou-se com Ioda sua íainilia e dependen-
e desagua no rio Tocantins.
tes para junto dessa lagòa. PIROCAUA. Bahia situada ao S. da foz do rio Gurupy. no
PIRI, s. m. (P.irá ) Nome que dão a certos brejos em que Estado do Maranhão. Neila ha uma ilha, eni cujo centro
se desenvolve a vegetação da heiva Piri. No M iranhão usam ergue-se um pequeno morro da mesma denominação. Próxima
deste vocábulo no plural: yiri:cs Etym. Pcrij, como es- á essa bahia Uca a ilha de S. Joãosjnho.
\

creve o fnw. Port. Uru:, ou P/rí, como o faz AJonloya. é o PIROUPAVA. Bairro do mun. de Iguapé, no Estado de
nome tupy de unia o mais espécies de junco, que cresce
t
nos S. Paulo ; com uma esehola.
alagadiços, e é a|Hn\m[ nli. para a fabricação de esteiras e ou-
tros misteres. (B. Roiíaii ). Vide Pery.
PIROUPAVA. Rio lio Estado de S. P.mlo, ali. da margem
esq. do Ribeira. O Sr. Dr. Godoy, no s u l. ilxillio .1 J^ro-
PIR. A.
Pov. no mun, de Vizeu do Estado do Pará; sobre riucia de S. J'aiilo, escreve Piriipaba. No /i'c/aí. do Visconde
o rio do sou nome. A Portaria de 30 de iVIarço de 1874 creou do Parnahyba (1886) lê-se Piropava. Recebe o Branco, Capinzal,
ahi uma esch, inibl. dé inst. primaria. Areas e Capivarii.
38.050
.

PlT — 249 PlT

PIRI5TTUBA. Pov. do Estido do Pnrolivbi d N>rt^. '""'


. r, .
""'A Po-- - ^i~t, le arapina do Estado do
termo dn Giiarabira com um dist. de paz. e Ui.i ps h |m!i
, i .
!ina s I i ist orimaria, ci'eada iJela Lei
d'' in^i. pi'im., creada pelo Poflari d' síi de feve.eii-o ile ííjò. i
Pruv u ..1 dtí 13 de novrmbro de 183J.
PIRUANH A.NGA. Pov. do Estalo di Bahia, no mmi. de PITANGA. Uma das estações da B. de F da Bahia ao São
Ilheos, á niafy^m esj. do rio [lahipe. (Inf. 'oc). Francisco, entre as estações da Matta e da Pojuca.
PIRUCA. Igarapé do Estado do Amazonas, aff. da margem PIT.ANGA Riacho do Estado de Pernambuco; desagua no
dir. do rio M.irary, ti'ib. do Padauiry e esle do Neyro. Fica rio Iguarassú.
entre oí igarapés lapiçá e Tamamacá.
PITANGA. Rio do Entalo de 'íergi ie, atravessa a estrada
PIRUHINY. do Amaziaas, no mun. de
Lago do ^'Istalo que de S. Christovão vai a .Vracaiú. Xa^ce na al l''a d' \gua
Co'a)Js. ligado .-lO le 'Jadajoz pelo igarapé do naesmo nomn Azeda, no mun. de S Cnristovã e de=emboca no rio "oxim. .\s
talvez o maior do mun., muito piscoso e cercado de impottan- a.'uas deste rio são consideradas as melhores do r.stado
tes seringaes e castanh e? é sezonatico. ;
PITANGA. Rio do Estado da Bahia, trib. da bahia de Todos
PIRULEIRAS. Bairro de mun. de Jacarehy, no Estado de 03 Santos. Defronte de sua foz acha-se a ilha da Maré
S. Paulo, com escliola.
PITANGA. Rio do Estado da Bania, no mun. da Matta de
PIRULEIRAS. Morro do EstVdo de S. Paulo, no mun. de S. -loão 10' de margens férteis e serve a diversos engenhos. .Se-

Jacaréliy. com um tunnel que é atravessado |) la E. de F. de gundo uma informação que recebemos, esse rio desagua na
S. P..uío . Peio de Janeiro, liojo Cent.al do Brazil. margem e=q, do Pojuca; segundo uma outra, desagua no Ja-
culilpe.
PIRURUCA. Córrego do Kst ido de Minas Gerae--. nlT do rio
Grande. Seu nome (i-irece sn- derivado de uns saibros giossos, PITANGA. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. de Va-
claros, q e S' apanham no lai o do cirrego e que em lingua- lença e desagua na margem dir. do Una
gem de minoi'a;ão sl^ chama pirttruoi. O-; aventa iciros do sé- PITANGA. Rio do l'>tado de Santa Catharina. alll. do rio
culo 11" quun^io. em b isi'a de ouro, chegi am a esse c-o rpgo do Braço, tributário do Ti jucás Tem ^sse nome (dizem-nos) por
deram-lhe o nome de ''cllouriiiho. de ;ominação que cous^ vou ter sido descoberto, quando o Dr. Olympio de Suuza i'itanga,
por muiio tempo e que se ene ntra iius [lapeis antigos da administrava a colónia Príncipe D. Pedro.
admiuisira-ão diamantin t<'elizmente porem, a denom;n,u;ãoi .

primitiva ainda é con e;'vada. PITANGA. Laròa do Estado do Rio de Janeiro, perto de
Cabo Frio. Tem meia légua de compriment ).
P SA-BEM. Ribeirão do 3stado de Minas Geraes, afT. do
Cuieté que o é do no Doce; no man. de Manliuassii (Inf. loc.) PITANGAS ( -Janto Amaro de), Dist. do termo de .-Vbrantes,
no listado da Bahia.
PISA-SAL. do Estado do R. G. do Norie desagua
Puach )

na bai'ra de Agnamaré. O pratico Phili]qe escreve no seu Ro-


;

PITANGA^. Pequena e deshabitada ilha, no meio do archi-


teiro "esa-<al Vual de Olivp ra escrevMi Pist-.a'. No Altlas
;
pelago sul de Paquetá, na bahia de Guanab ira, E' também de-
de Robiu é seguidi, esta ultima Innominação. nomina'la Pila

PISCAM -A. Córrego do Estado de Goyaz, ba iha o mun. PITANGAS, Riacho do Rstado de ^íinas Geraes, banha o
dl' Santa Luzia e desagua n.a margem dir. do rio í-í. Marcos
mun, lie Miguel de Guanhies e
S. de=agua no rio Sano An-
(luf. loc.)
tonio. Nu lo^ar deu iminad" Funil, esse rio some-se por entre
pedr s para r.eapparecer lahi a 100 metros abaixo.
PISCOBYS Rio do Estado do M iranhão. alT. da margem
esq. do rio Grajahú {Atlas de Lomellino de Carvalho). No
PITANGUEIRAS. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, es-
parochi do mun. de Jaboticabal. Orago S Sebistiãoe diocese de
Alias de C. Mendes lè-sa Pioc bgê.
>

S. P ulo. Foi creada dist. e p rochia ela Lei Prov. n. 138 de i7 i


]

PISTOLA. Pequeuo rio do Estado de Minas Geraes banha ; de julho de 1881. Tem duas eschs. publs. de inst. prim. creadas
o teritorio ilo dist. de Uattas e desagua na margem dir. do pelas Leis Provs. ns 19 de 17 e 37 de 30 ambas de março de
rio deste nome (Inf. loc.) 1882. Fui elevada á villa pela Lei n 1.52 de C de julho de 1893.
PISTOLA. Pequeno rio do Estado de Goyaz nasce na .serra ;
Dista dous kils. da margem do Mogy-g lassú. onde a C- mp.anhia
Dourada em um buritysal. e após um curso de 1 !í kils. des- Fluvial tem um poi to bastante frequentado e de grande com-
agua no nia''gem esq. do ribeirão Santo Antoa;o, que. reunido merc o. Lav iura de cate. canna e cereaes Cria-ão de gado.
ao Roncador, forma o rio Bagagem, trib. do Vermeliio Far- E' servida pela linha fluvial da Comaa hia Paulista e pela
West do lirazi )
estrada de rolagem de Ja oticabal. Dista 30 kils. de Jalioticabal,
24 do Beliedouro, 48 do Ribeirão Preto e 00 do E. Santo de
PITOLA Ca dioeira no . rio Balsas, aff. do Parnabyba : no Baiaiaes. Comprehende os |;ovs Caclioeira e Virador. Foi in-
Estado do Maranluio, corporada á, com. do Bebedouro pela Lei ii. 487 de 29 d- de-
PITA. Pequena ede^abit.i da ilha, no meio do archipelago zembro d.;' 1 9).
ao sul de Paquelá, na b ilua de Guanabara. Tamb.^m a deno- PITANGUEIRAS. Lng. do Estado de Pernambuco, no mun.
minam íHtangas. de s. Lo iren o la Matta.
PITAGOARE Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de PITANGUEIRAS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
Goyanna. dist. de N. S, da Conceirão do mun de Rezeudi;.
PiTAGOARY. Pequem pov. ao pé da SM-ra de s^u nome,
PITANGUEIRAS. Bairro do mun. de Bragança, no Estado
no mun. de Marangu ipe do Esta lo do Ceará, rigado pelo riacho
de S. Paula; com duas eschs. jinbls. de inst. primaria.
de seu uome Orago Santo .Vntonio. Foi da Potiguares que se
fundou essa povoação. PITANGUEIRAS. Bairro no dist. da Borda da Matta do
mun. de Pousi .VIcgre, no Estado de Minas Geraes.
PITAGOARY. Sfrrot^ do grupo da .Iratanha, no Estido
do Ceará Tem cerca de t e=, kils. de extensão e é bastante culti- PITANGU.^IRAS. Bairro do miin. de Monte Santo o Es-
vado. Fica e.itre P..catuba e Marangu ipe. tailo de Minas Geraes. iíncontr.!Í lambem escripto Pilan-
gu"iro3.
PITANGA. Log. do Estado do Ceará no mun. de S. Bene-
dicto. PITANGUEIRAS. Ilha do Estado de Matto Grosso, no
Ivinheyma, cinco kils. abaixo do Santa Maria.
PITANGA. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. de
Igiarassú e Nazareth. PITANGUEIRAS. Córrego do Estado de S. Paulo, aíT. da
marg -m es^. do rio Mogy-guassú.
PITANGA. Pov. do Estado de Sergipe, no termo de S. Chris-
tovão. com umaesch ]inl)l. de ensino mixlo, creada por Lei Pr<iv. PITANGUEIRAS. Arroio do Estado do R. 0. do Sul. aff.
n. l.áSS de 17 de abril de l.->84. da m irs' in cjq. do rio Ibicuhy, entre o.s arroios Santa Victoria
PITAriGA. e Lnneir e acima da foz do -^anta Maria.
do mun. de \'alen -a do Estado da Ba-
I

.Vrraial
hia, com uma e de inst. inãm., creada pi la Lei l'rov.
eh. ubl PITANGUEIRAS. Ribeirão aff. da margem esq. do ribei-
n. ^50 de 17 de setembro de 1878 e uma capella da invocação
1 i'ãii lia líarreira ;
próximo dos limites dos Esiailos de S. Paulo
de Santo Antonio, e Minas Geraes.
UIOC. GE 00. 33
.

PIT — 250 — PIT

PITANGUEIRAS. Rio do Estado de Minas Geraes ; des- 1719 houve nova eleição de Juizes e Officiaes, e foram —
Manoel
agua na margem do Ayuruoca. Parece nascer da serra Tra-
esq. de Figueiredo Mascarenhas, .Vntonio Leme do Prado, Estevão
hituba ou TreíLuba. Banha o dist. de S. Vicente Ferrer. Recebe Paulo de Miglio, e Procurador José Rodrigues Lima. As psr-
o Serra das Bicas, o dos Carneirí s, o da Prata, o Tijuco Preto, niciosas discensões que reinavam, como acima se disse, acoro-
pela margem esq. e o Espraiado e o Sesmaria pela dir., além çoadas por alguns poderosos descontentes que instigavain as
de outros. pessoas do povo a fazer sahir da tn-ra o Brigadeiro de Auxi-
liares, João Lobo de Macedo, que com o cargo de Regente en-
PITANGaEIRAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff.
viara em 1718 o Exm. Conde Governador para compor as dis-
da margem dir. do rio Turvo Pequeno.
córdias, tomaram vulto e determinar:im o assassinato de Manoel
PITANGUEIRAS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, de Figueiredo Mascarenhas, Juiz ordinário em 1719.-Fizerara-se
banha o mun. de Caldas e desagua no rio Capivary. (laf. loc). novas Justiç.is para o anno de 1720, foram Juizes ordinários
PITANGUEIRAS. Nome de uma praia situada na ilha do José de Campos Bicudo, e Miguel de Faria Sudré —
Vareadores
Francisco do Rfgo Barros, João Henrique de Alvarenga, e José
Governador, na bahia de Guanabara.
Rodrigues Betim e Procurador João Velloso de Carva.ho. Estes
PITANGUEIRAS. Porto do rio Pardo, mun. do Ribeirão homens todos hones os, amigos da paz, dn real serviço e do bem
Preto e Estado de S. Paulo (Inf. loc.). publico, deram favor ao Corregedor da Com. Bernardo Pereira
PITANGUINHA. Rio do Estado de Sergipe, afl'. do Irapi- de Gusmão, cuja entrada na Villa os sediciosos impediram a
ranga ou Vasa-Barris. mão armada, para que aquelle a pudesse effectuar e corrigir as
discórdias. C'im as la chegada e começo da devassa dos crimes
PITANGUINHA. Rio do Estado da Bahia, banha o mun commettidos, fugiram os revoltosos internando-se para os sertões
de Valença e desagua no rio Una. de Goyaz. Era um dos principaes revoltosos Domingos Rodri-
PITANGUINHA. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. de gues do Prado, homem poderoso, de muito valor e experiência
Valença e desàgua na margem esq. do Sarapuhy. em penetrar os sertões e descobrir o ouro. Foi elle que em 1715
deu motivo a que fosse enforcado e ;i elfigie o ouvidor portuguez,
PITANGUY. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, quaniio o povo, achando excessivo o imposto de 36 a.^de ouro
sede da com. do seu nome, a ires kils. do rio Pará, a 19" 21' de lançado sobre os povos de Minas p r conta dos reaes quintos,
lat. e 338' 15' de long ; estende-se pelas encostas de dous mon-
pegou em armas, e, do campo da revolta, r.. cusava-se ao paga-
tes de suave declive. No Almaiiak de Minas de 1873 encontra-se
mento. Com a sua ausência ficou a terra em paz. A população foi
a respeito desse mun. a seguinie noticia, que foi ministrada crescendo. A necessidade do pasto espiri'ual resolveu e edifica-
pe'o cidadão Luiz Antonio da Silva Gomes « Ha tradição de
;
ção de Capellas como a da Conceição do Pará, Sanf-lnna da
que em 1709 vieram alguns paulistas das partes de Sabará e Onça, S. Joanico. S. Gonçalo do Brumado (estas duas não existem
Caetbé em demanda das terras que nos ficam a.> poente, aonde mais ) Espirito Santo da Itapecerica e Serra Negra, N. S. do Bom
suppunham existir ricas minas de ouro. Pernoitando nas mar- Despacho, Santo Antonio de S. João Acima, Sani'Anna do
gens do córrego, que emão ohamava-se Cariirú e hoje Lavapés,
mesmo riij, S. Gonç.ilo do Pará, N. S. da Piedade do Patafufo,
tiveram a desdita de perder o guia que conduziam em uma rede todas filiaes da de N. S. do Pilar, que é a Matriz, além de o ;-
por velho e enfermo, mordido de uma cobra. Appareceu por isso
tras mais capellas dentro da villa, como são a de N. S. da
o desalento, e, pois, só cuidaram em voltar seguindo as mesmas
pegadas que haviam ti*açado quando entraram. A poucos passos,
Penha — no Batatal — a do Senhor Bom Jesus na Paciência, e
a da N. S. do Rosario dos Pretos Havendo parado, como Sí
porém, encontrou o sujeito que vinha adiante, em um buraco da disse, a bandeira dos Paulistas ema morte do guia e desco-
tatii, no morro que hoje se chama Batatal, na terra que aquelle
berta do o iro no Batatal, os moradores da villa nutriam a
animal havia a pouco lançado para fóra um pequeno grão de esperança de encontrar ricas minas nas terras do poente e por ;
ouro. Examinado por isso o terreno, acharam-no rico e fértil,
isso muitos paulistas, moradores neste dist., empehenderam
e daqui começara o descobrimento. Era este logar naquelle tempo
descobril-as. Então Antonio Rodrigues Velho e seu sogro José
sertão inculto e despovoado. Em 1711 com a noticia daqueile
de Campo Bicudo penetraram os sertões do rio S. Francisco
descobrimento sobre o Batatal entrou o primeiro povo. O ouro
e osd'alera, e só trouxeram muitos Índios bravos que, depois de
era copioso e de fácil extracção, não só no Batatal, como nos
mansos, viveram por muitos annos nesta terra. Depois Baptista
córregos e ribeiros chamados Brumado, S. João, Onça, Guardas,
Maciel, também paulista, sahiu desta villa com o mesmo de-
S. Joanico e outros muitos. A principio trabalhavam os homens
sígnio, e fez rosas e lavouras de mantimen os nas cabeceiras
nos logares onde cada. um se antecipava, sem repartição judicial
do S. Francisco para com mais facilidade explorar o sertão. Os
e só pela procedência que cida um tomava pois as primeiras
:
negros fugidos e calhambolas, que por aquelle tempo eram se-
concessões e posses conferidas -pelos guardas móres tiveram
nhores desses senões, em que viviam em grandes quilombos, ac-
principio em 1719. Discensões que se originaram desta maneira em uma mataram com
commetteram ao dito Ba|)tista noite e o
de fazer posse, trouxeram mortes e ruínas prevalecendo o p der
, muitos de seus companheiros. Poderam escapar 18 ou 19 pessoas,
da força contra a razão e a justiça. Em 1713 vendia-se oitava
que muitos feridas e malirataias, vieram eni canoas pelo São
e meia de ouro por uma mão de milho (quarta parte de um al-
Francisco a curar-se nesta villa. Este acontecimento teve logar
queire—L. 1° de Nottas á folha 4, v.). Do rio Pitanguy, que em 1750. Os negros, cada vez mais audazes, costumavam sahir
na liiigua vulgar do gentio da terra quer dizer rio de crianças, em partidas a ofl'ender e louhar os m radore=; deste dist., che-
proveio o nome de l^itanguy para estas minas, por serem desco-
gando 8.té aos moradores dos termos das Villas do Sabará e
bertas ein suas margens e haverem os primeiros conquistadores
S. José do Rio das Morteí Km 1759, por ordem do Exm. Conde
.

encontrado nellas uma pequena aldêa de Índios bravos com de Bobadela, então governador destas Minas, com ausiho de
muitas crianças. Este no chama-se hoje o Pará. Houve em despezas das Camaras, Bartholomeu Bueno do Prado, fillio de
1714 o primeiro tabellião de notas para as esoripuiras e
Domingos Rodrig les do Prado, e assist-^nto nas min is do Rio
mais papeis desse officio, e nelle se denominava esta terra
das Mortes, os distruiu e c nquist ui. O Exm Conde de Valla-
por minas de Pitanguy, freg. de N. S. do Pilar, até abril
dares foi o que mais se empenhou em diligenciar aquelle pre-
de 1815, em que já se denominava por villa de N. S. tendido descobrimento. Governando estas minas, em 1770. fez
da Piedade de Pitanguy. Em consequência disto devemos sahir do Paracatii varias bandeiras para o mesmo flm, e em 1771
entender que já então lhe fòra, por Sua Magestade Fide-
fez sahir desta villa o capitão João de Godoy Pint da Silveira
i

líssima conferido o titulo de Villa, supposto não se ter encon-


e o capitão Caetano José Rodrigues, que depois de cinco iiiezes
trado a carta de mercê e nem memoria alguma delia. Notável
de excursão voltaram sem esperança: fez sahir depois o capitão
omissão de nossos maiores!! Poder-se-hia com razão duvidar Ignacio de Oliveira Campos, commandante da orde.ianç desta
i

da concessão daquelle titulo e de sua legitimidade, se cartas


vllia, que viajando á sua custa, recolheu-se em principio do
régias dirigidas a esta Villa desde aquell data a não denomi-
anno do 1773, dizendo que encontrara mostras de ouro nas ver-

i

nassem Villa de N. S. da Piedade de Pitanguy. Os primeiros


Juizes ordinários eleitos foram —
.A^utonio Rodrigues Vellio e
tentes dos rios das Velhas, Pai'nahyba,e Dourados, —
que esses
sertões estavam em boas proporções para agricultura e minera-
Bento Paes da Silva ; Vereadores, João Cardoso, Lourenço Fraiico
ção, e que as terras eram férteis e sa idaveis, e us aguas boas.
do Prado, José P,i-es Mont-iro, e Procurador Antonio Ribeiro Pez o mesmo capitão duas roças de milho e outros legumes com
da Silva, os quaes serviram em 1718. A elles são dirigidas
seus monjolos para os moer — uma no Ivibeirão do Esmeril,
muitas cartas do E-^sm. Conde L). Pedro de .Vlmeida e Portugal, outra no dos Pavões. Dastr.tiiu um grande quilombo de negros
que governava esta Capitania, encarregando-lhes a cobrança fugidos nos mattos da Serra Negra, onde também disseque vira
dos reaes quintos e também o governo poliiico da terra. Em
mostras de ouro: apanhou mais de 50 negros e entre estes
PIT — 251 — PIT

muitos crioulos papões, os quaes remetteu a seus aenhores da guerra com o Paraguay prestou ella relevantes serviços.
no Paracatú. Tomou a Camara posse daquelle sertão pelo Em 19 de janeiro de 1865 dirigiu-se ella ao governo, por
que respeita á jurisdicção da justiça, pondo vários marcos, meio do presidente de Minas, o desembargador Cerqueira
para memoria do que se fizeram termos. No me^mo anno Leite offerecendo 2:W)^ para as despezas do Estado. A 25 de
de 1773 se rec dheu a Port igal o Exm. Conde Valiadai'es e março do mesmo anno partiram desta cidade 52 voluntários
suspenso o conliecimento e descobrimento daqnelles sertõ 's que a sociedade — Amor da Patria — obtivera. O seu digno
visto como os nfgros fugidos e a má visinhança do Gen- thesoureiro Pedro da Azevedo Souza Filho tornou-se nesta
tio Ciyapó, que patrulhava aquella terra, impunbão receio. occ.isião ainda mais credor da estima publica do que goza,
Existindo com o alferes Manoel Gomes Baptista a cópia de por seu pati-iotismo e cavalheirismo Foi elle o mais ardente
um roteiro que se dizia tora deixado pelo guia dos Paulistas, ca acqnisição e expedição de voluntários. Hospedou-os em
que morrera picado de cobra, ãi qual constava ser rica a sua própria casa, e promptilicou-os para a partida despen-
situação chamada dos —
Tres Irmãos —
aquelle Baptista e ;
dendo para isso mais de 3:000> de sua algibeira ; e foi em
o padre Anastácio Gonçalves Pimentel, fazendo bandeiras em pessoa leval-os á Capital. Sacrificou seus commodos, seu
1792, se internaram pira o sertão e descobriram que o rio dinheiro e sua pessoa ás necessi lades urgentes de seu paiz.
Andayá — era diamantino. Km um dos braç s do rio Abaeté O mun. de Piíanguy é fértil, especialmente de algodão e
acharam o grande diamante q pesou 7 oitavas e tanto e canna, sua maior riqueza ; suas campinas, vastas collinas,
o levaram para a Villa Rica. Npsse mesmo anno foi esta- mattas, serras, valles e ribeiros formam um quadro para ver-se
belecido o quartel do .\ndayá, cujo primeiro c 'mmandarite com encanto. Seus rios dão peixe com muita abundância. Ha
fui o alferes Antonio Dias Bicalho. Em 1798 o Dr. José pouco, em um pary na Barra, districto da Abbadia foi ne-
.Joaquim Velloso, naturalista, que, por ordem i'egja, lizera cessário fechar-se-lhe a porta para vedar a entrada de
entrada naquelle sertão com a arvore da quina, e outras mais peixe. O que havia cahido foi conduzido em carro. O
mais, descobi'iu uma mina de chumbo que S3 chamou de- rio Pará presta-se á navegação começando da ponte Mi-
pois Galena. Nesta mina por experiência que se fez, aohou- randa, 3 quartos de légua fóra da cidad» até o S. Francisco. »
se mistuva de prata. O anno de 1819 foi um dos mais A Realisação, folha litteraria e noticiosa que, em 1883, publi-
estéreis. O rio de S. Francisco chegou a tal baixa de aguas, cava-se na cidade, dizia no n 33 de 12 de agosto; «... Longe
que p=r;iiittiu a edificação de ura pary no logar chamado porém de nós taes apprehensões nós qiie haliitamos o coração
— Porto da Baixa Grande. —
Consta que a povoação de Pi-
;

de ouro da província de Minas, segundo a expressão de Mr.


tanguy foi erecta em villa com a denoniinajão de Nova — Gorceis, nós que habitamos um p iraiso conforme ouvimos, ha
do Infant»— pelo governador D. Braz Balthazar da Silveira. poucos dias, exprimir-se o Sr. Dr. Ransom, maravilhado ao
( Sant. Marian. L. 3» tit. 77). .A. sua j ustiça foi adminis- contemplar as riquezas e recursos de toda espécie com que a na-
trada por juizes ordinários, subordinados á correição do tureza prodigamente nos dotou, temos elementos de vida pró-
Ouvidor de Sabará, até que o Alvará de 15 de julho de pria, e por conseguinte pouco nos deve incommodar o destino da
1815 creou ahi nova magistratura de Juiz de Fóra do eivei, ferro-via. O q ie nos cumpre d sde agora é não nos conser-
crime e orpliãos, a que licou annexa a provedoria de de- varmos mais na indiílérença em que temos vivido acerca das
funtos e ausentes. Em 1778 os ofRcios judiciaes e de notas novas industrias: o qae nos incumbe é sabermos aproveitar os
deram novos direitos, de terças partes e donativos, o tital dotes com que a bondade de Deos nos cumulou. Larguemos de
de l:288§S9i. Com o rendimento annual de 1 2005 sustentava mão o systema rolineií-o da agricultura ;. . A cultura da uva e
.

a Camara as despezas á sni cargo. Guarneciam o território do trigo, que tanto lemos aconselhado, tome proporções. Estabe-
da Villa um regimento de cavallaria miliciana composto leçam-se engenhos centraes neste terreno em que é quasi nativa
de 8 companhias —7 ditas de ordenanças, organisadas com a canna de assucar e melhoremos a espécie desta plantação.
homens Ijrancos ; 5 de partos, e uma de pretor. Em um .-V quina, a jalapa, a ipecacuanha, a baunilha, a herva matte e
dos rios descobriram-se aljôfares, snbre cujas amostras falia mil outras riquezas vegetaes, que enchem os nossos campos e
o av. de 24 de janeiro de 1738. 1868. —
Hoje o Pitanguy mattas, sejam exploradas e figui-em como outros tantos géneros
é uma cidade que se torna notável pela fertilidade de seu de exportação. Iniciemos a cultura da seda que tanto e tanto
solo, pela Índole pacifica de seus habitantes e por sua hos- nospromette. A criação de ovelhas, com o melhoramento das
pitalidade, caridade e religião. Tem um magnifico templo, raças, torna-seuma nova especulação. Estabeleçam-se emprezas
que foi nitidamente reedificado por uma sociedade creida de mineração para aproveitarmos o precioso metal, que deu
pelo Dr. José Xavier di Silva Capanema denominada — origem a esta ciaade, enriquecendo os seus fundadores, os velhos
União Pitanguiense. —
Está quasi concluída a egreja de São da Taipa, e que puUula por todo o nosso território...» « A ci-
FrancisC'">, cujo acabamento se deve ao finado Dr. Francisco dade de Pitanguy, diz Gorceix, Annaes da Esch. de Minas de
Alvares da Silva Campos, de saudosa memoria, que obteve, Ouro Preto, vol. I pag. 69, foi começada com a mineração de
para aquella egreja uma loteria, quando deputado geral. ouro, que era tão rendoso nos seus arredores, que ainda existe
Tem mais as seguintes capellas —
de N. S. do Rosario, na?
: hoje o nome de Batatal, dado ao Ingar onde mais ouro se
Cavalhadas, de Senhor Bom Jesus, na Paciência, de S. Rita, encontrou, ecom abumdanciatal que assemelha va-se sua colheita
no Largo da Gadêa, de N. S. da Conceição, na rua de-Baixo, á das batatas. Actualmente a mineração acha-se de todo aban-
de N. "S. da Penha, no Batatal, e uma no Cem.iterio. Tem donada nesta cidade, que, pela sua importância commercial e
um bim e espaçoso hospital de caridade, fundado pelu falle- agrícola e pelo pessoal íllustrado que ahi se encontra, é consi-
cido José Theodoro da Silva. Tem um cemiteiúo em idênticas derada como uma das mais importantes do O. da província. A
circumstancias, fundado pelos missionários frei Eugénio e cidade foi construída na encosta de uma montanha de pequeno
Francisco. As ruas principaes da cidade são Rua Di- : — declive. E' grande, mas sem arruamento e ordem. casas são
reita, i'ua de Baixo, rua da Lavagem e da Egreja. Além bem edificadas, e algumas ha que assemelham-se a palacetes,
destas existem mais as ruas —
do Nascente, de João Cordeiro,
: hoje bastante arruinadas pela falta de conservação. A matriz é
Paciência, Calçadas, Batatal, Baiacú, S. Antonio, Rosario, grande e bem ornada. A cadèae casada caniaiv. estão situadas,
Alagôa, e ma Nova. E' extraordinário o gosto musical em um largo á entrada da cidade, em um prédio bem construído
que altamente se desenvolve nos filhos de Titanguy. Este e solido. Suas jirincipaes lavras foram nos córregos e rios, in-
paiz lem dado grandes músicos, cujas p.'oducções faz^m honra cluindo o Pará, que é o mais imp irtanle de sua cii-cumvi-
ao logar que os viu nascer, e tem uma excellente banda de sinhança. Das dos morros a mais nolav. foi a do Batatal, fron-
l

musica, cujo director é o cidadão Joaquim Antonio Gomes da teira e próxima á cidade, a qual dizem ser a primeira que alli
Silva Júnior. Alimentam-se pre-senteiiiente nesta cidade as houve e deu logar á sua fundação. Os veieiros foram também
seguintes associações úteis —
Uniao Pitanguiense, que vela
: explorados e alguns delles. de que extrahi amostras, com grande
sobre a matriz ; — Fraternidade Pitanguiense, que promove vantagem. Posto que me fosse impossível, na maior parte delles,
os interesses do partido liberal ; junta municipal, que pro- chegar ao corpo principal, comtudo, o pouco que me foi permitlído
move os dl) partido conservador —
Sociedade Theatral e
: oljservar, fez-me crer que a extracção do ouro apenas teve começo
sociedade Amor da Patria. Esta ultima foi fundada pelo ahi onde os veieiros são tão abundantes e de tão grande potencia,
Dr. Capr.nema. Sua instaUação teve logir a 2 de fevereiro que faz-me suppor comparáveis aos da Califórnia. Formados de
de 1SÒ3 para auxiliar o govern nas quesiões pendentes com
> quartzo escuro com iioiicas pyrit^s ordinárias, apenas pequenas
o governo britannico sobre as reclamações relativas ao prín- manclias. graiido iiuaoli l:. le ilooxyilo de maiiganez, de limonilo
cipe of-Wales. Seu fim é reunir e concertar os recursos do c de líthoinargia. te. m <'s|..s \eiL'ir.iS uma potencia variável do um

mun. afira de prestar efficaz e prompto auxilio ao governo a tres metros. Perto da cidade, no logar denominado Batatal, os
para a defesa do Brazil em qualquer emergência. Por occasiao veieiros são em tal numero que parecem formar um só. Dahi
PIT — 252 — PtT

extralii amostras do denominado Lapa Grande, por me parecer o dizendo-Ihe que a outra pertencia á sua filha. E' versão que sé
me hor e mais abor lavei, liste veieiro tem unia potencia de dons ouve muitas ve/.es ainda, e outras tantas applaudida». Mon-
metros A SE. da cidade visitei uma outra mina alr.Mi lonada no senhor Pizarro, o o suas Mems Hísls To no I.K pag. 115 diz :

morro do Fi'aga de quartzo negro tainbem, acoiri])aiiliadii de py- « .1 pov. do Pitang y, que s^ form. Usara nas margens orien-
rolusito, limonito e litliomargia e sem pyrites. lí' ainda um vei- laes do rio Pará, e nas septenlríonaes do rio S. João. cujas
eiro-caniada. situado entre talcitos argiUosos inclinados de 60" minas descobriu o paulista Domingos Rodrigues do Prado, (me-
com o horisonte, levantados para O. e dirigidos appro-ximada- morável por suas crueldades ahi praticadas que de aiii motivo
mento NS. O veieiro-camada tem a mesn^a direcção e incli- ao crime de uma sublevação, cujo pei*dão, permittido pelo Go-
nação que os talcitos e uma pcencia variável entre rlous e tres vernador D. Pedro de Almeida l'ortugal, estranbiui a C. R.
metros. A L. da cida']e. no log:-r denominado Caxingó, delia de 11 de janeiro de 1719, reprehend-^ndo-o, por se haver intro-
distanie legiia e meia, existem dous veleiros exploráveis de mettido uma matéria própria de Regalia Régia, advertlndo-o
quartzo negro com pequena quantidade de pyrites. O prinv^iro tem (|ue não devia p u" em pratica aquillo para q ;e não tinba juris-
uma potencia de 0«»,()0, perto do córrego, que passa pelo mesmo dicção, nem exerutar cousa alguma sem dar conta); foi erecla
lo,i;ar, é dirigido N 10' O, levanlado pari', O. e inclinada ile .50" pelo sobredito Governador D. Braz Balfchazar da Silveira -'m
como honsonte. Os encostos do veieiro são Ibrmudosde argillas, Villa, com a denoirinaçâo de Nova do Infante (Sanluar. Ma-
provindo da decomposição dos talcitos corcados pelo oxydo de rian. Liv. 3, tit. 77), no terreno plano, e situado nas visinhan-
ferroem verme lio, que vai-se tornando can egado á medida que ças do sertão ao NO. (ou ONO) de Sabará, donde dista 29 lé-
se afasta do mesmo veieiro. A' meia légua -ieste, está situa. lo o guas, e da villa de S. Bento de Tamanduá 29. sob a lat. austral
segundo que. conforme uma antiga tradicção. é de uma grande ri- de 19° ii' 30" e longit. de S3ô° 11' contada da ilha de Ferro,
qiieza, no logar denominado Capão do Ouro. Co npnslo, da mesma .'.'m que dia. mez e anno, teve principio essa fundação, não consta

sorte, iJe quartzo neg 'O com iio cas pyrites, grande quaniiilaiie com lirnieza. por se perder o Liv. I da Camara, do qual seria
de limonito nos inte sticius do quartzo, ijyroaisito e lithomargia, fácil extraliir essa notiiia: mas uma coU cção de memorias an-
é ainda um veieiro-camada inclinado de S."»" com o horisonte, tigas, e organisadas em particular caderno por André Maria,
dirigido N. 20" O. e levanlado para O. e que tem uma potencia certilic u o estabele.dmento Oa presente villa em 1715». Foi
ig lal a um metro... iim resumo, a mineração do ouro em Pi- creada parocbia pela Carta Regia de IO de fVv^uviro de 1724 e
tangiiy nos veleiros é tr;'ballio a começar e de grande vantagem elevada á categoria de cidade pelo irt. 1 da Lei Trov. n. 731
pai'a qualquer e:iipreza que alii se estabelecer, pois, não só as de 10 de maio d 1855. E' com. ile primeira entr., creada pelas Lpís
veias parec-m ricas como também não falta á força motriz, sendo Provs. ns. 719 de iG de maio de 1855 e J .740 de 8 de outubro de
possível, com abum trabalho, conduzir ás jazidas as aguas do 1870 e classificada pelos Decretos ns. 1.64^ de 22 df setembro de
rio do Peixe, que passa a quatro léguas a L. da ci la è. Ainda 1855 e 5.019 de 11 de agosto oe 1872 e ,\cto de 22 de fevereiri)
hoje, depois das grandes chuvas, ene urt am-se folhetas de i^uro de 18,'2, Tud'i augura a essa cidade um futuro auspici s o; sua
no cascalho conddo pelas aguas. O l)r, Marunlio Contagem posição, a salubridade do seu clima, a uberdade do seu sólo. a
oftereceu, jiara a Escli. de Minas de Ouro Pi-eio, u na que foi pureza de suas aguas e a indole laboricsa de seus munícipes. .V pop.
encontra a depids das ultimas chuvas de março, p(n' um cami- do dist. d ve exceder de 9.0J0 habs. .-Vo seu mercado concorrem
nhante na rTia da Pacienc a daque.la cidade. A folheta pesa os seguintes géneros: t(mi'inho, café, a«suc r, algoilà.o em rama,
cinco grs ,38. A exoloração do cascalho auriíero não está arroz, faiinha, fuba feijão, milho, polvilho, agiardente, azeite,
,

aindíi esgotada, lí' assim que, em certos pontoa, onde a dillicul- rapadura, queijos, sal e iunio. A Lei Prov. o. <;.79tí de 3 de ou-
di!de de laz-^r chagara agua não permifiu que ella fosse cace- tubro de 188' autoi isoii o G verno Prov. a co ce ler privilegio
tada, como porexemp:o, a região e oinina la Caruru e outras, exc ii.sivo para consfcrucção, usa e gozo. por 50 anno-', de uma
se. ia talvez vant jo^a a >ua e.vploração
. :> t- ieao em to U" da esir ida de ferro que. partin io do i:onto mais c nveniente da
cidade não é tão monta nhoso o ie serras Ião ing eines como nas Estrada de Ferro C ntral ilo lirazil, no valle do Pa aopebu vá
minas de Ouro Prelo Os seus montei são acha-lados. approxi- ter á ponte do Miranda, nas j-roximidades da cidade de Pitan-
mando sejáde planícies e isol a dos Ue Pitanguy em rlpaute co-
. guy. O niiin. de Pitang y, até 18. '7, comprelien iia. a ém da
meça a zona dos sohistos argillosos e não se encon tram para i). ])arochia da cidade, mais as de Sant'Ann i, do Onça do Rio de
mais minerações de ouro, que terminam nest legar. A' L. de
-
S. João Acima, Sant'Anna de Maravilhas. N. S. da Conceição
Pitanguy está a serra do Onça. Disseram-nie ser mui o aurífera do Pompeu e N. S. da .Vbbadia ; e os disirictos Conceição do
esraserra e ser minerada em certos logares com grande vanta- Pará e Cercado. A cidade p ssue um elegante theatro e tres
gem ». A egreja matriz da cidade tem a invocação de N. S. do eschs. publs. de Instr. prim. Agencia do correio. Uma
Pilar e depende da diocese de Marianna. Opov, t>ve origem na fabrica de tecidos com esch. publ. Enire as estradas
exploração aurífera. O jornal acima cita lo em seii n. 35 de 26 qiie ligam-n'a a diversas povs. do Estado, nota m-se a de Pilangiiy
de agos o de 1883 diz «Segundo preciosos documentos, que a Paracatú e que é atravess da pelos rios Marmellada Indaiá, ,

eram para estar mais resguardados da contingência do tempo, Abaeté e Borrachudo. O mun. é banhado, alem de outros, pelos
entraram os primeiros homens civilisados nestas, até en- riosLambary, Paraopeba, Peixe, S. João e Pará. Sol.re suas di-
tão deEconh"CÍdas paragens, no anno de 1709. Commandados visas vide; art. II da Lei Prov. n. 382 de 9 de o itubro de
por Vntonio Rodrigue.s Velho, depois conhecido por Velho das 1848; ,arls. Xll c Xlll da de n. 1.190 de 23 de julho de 1864;
Taipas, vinham alguns jiaulislas em bandeira, como >e cliama- art. II de n. 1.635 de 15 d' setembro de 1870; art. V da de
vaui as expedições ou comitivas de exploradores, e tiveram de n. 1.783 d(! 22 de setambro de 1871 art. I § X da de n. 2.685 de
;

poupar no logar, i|ue hoje se conhece jielo nome de Lagoa, na 30 de novembro de 188:J.
raiz da grande serra que fica ao N. da cidade. Isto ."egundo
uns segundo out os. o pouso dos paulistas f)i na outra ver-
PITANGUY. Log, do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
;
de Magé.
tente, no coriego do (.'arurú, hoje l,a\apés, o que não vem ao
caso discutir. O que ninguém contesta e que, sahindo al,-uns PITANGUY. .\ssim denominou-se por algum tempo a ci-
paulistas á linha, depararam no morro contíguo ao pou=o. com dade de P.inta Grossa, no Estado tio Paraná.
tanto ouro em terra escavada por latús. que vottnram a arti-
lhar a alegria com todos da comitiva, tomando-sc a r so:u-ão
|

PITANGUY. E= tacão da E. de F. Oeste de Minas, no Es-


tado deste nome, no kil. pj/, inaig irala a 1 do julho de 1891.
de não irem além, e de se occu]iarem na exploração do morro,
que ficou denominado liatalal, por ser o ouro então encontrado PITANGUY. ih) Estalo de Minas
E. de F. Gera-^. conce-
alli em pepitas, como batatas. De feito, aq iell'S paulistas se dida le em virtU'1e da
Lei Pr.iv. n. 2.7J6 de 3 de outubro do
entregaram por longos annos ao trabalho do ouro, a que foram 1831, que dea-lhe por ponto terminal a ponie do Mirandi, nas
muitos attrahi los, crescendo a pov. de Pitanguy e tomando taes proximidades de Pi angiiy. e modilicj la jjela de n. 2.333 de 22
proporções que, por seu isolanuuito no sertão, leve de ver erigido de outubro de 1881, que [lermitti fosse a cidade de Pitanguy
i

um governo próprio, cujas reileas eram sustentadas por aqualle o ])onlo terminal. Parte da es|a^-âo de Cbribtiano Ottoni, da E.
Velho das Taipas, cuja en gia e crite.io suppriam a lei e o faziam de F. í.entral do Brazil e, seguindo a principio o valle do rio
respeitado cumo i)atriarcha dos exploradores. De sua energia dão Paraopeba, pa-sa depois para o do Pará em ib-maiid.a daquella
testemunho varias resistências ao poder da Metrópole e a sen- cidade. K' cessionária do privilegio a «The jMinas Cenlral Rail-
tença que, sem jirocrsso, deu e execuiou contra um aventu- way of Brazil Coiiipany, liir.ited, qie goza dagiranlia de juros
i'eiro que, a trabido pelo dote em ouro, conseguiu illudil-c e de 6% ao anuo pagoí em ouro sobre o capital máximo de
desposar uma das lilhas. sendo que era ainda casado elie.undo
, 9.u0O:00i)->. Cs trabalhos de cíuislruceao foiam inaugurados em
ao velho um portador da |jrinieira niulber de s^u genro mau lo i 6 de janeiro de 1885. A bitola é de t"',0. Estão em constr c.-ão
e lie rachai" ao meio o bígamo, e entregou ao enviado metade, 56 kils., re.itanJo por estudar cerca de 164. E' a primeira
. . .

PIT PIT

etepreza de e^Tacla do ferro, que. orga'iis:ida em paiz estraii- doirado Pina Castello Braneo. A Lei Prov. n. 691 de 16 de ou
geiíM, conseguiu levantai' capitães apenas om a gai'yntia de < tubro de 1879 constituiu em uin só rauu. a villa de Alhandra e a
juros do listado, e eontractuu as obi'as com empreiteiros brazi- pov. de Pitimbu a de n 770 de 22 de set-mbi-o de
: trans-
leiros leriu a sede da freg. da Ta'"|iuira ]>:ira a villa de Pitimbii e ;i ile :

n. 819 de Ode fiet'iiibru de i>-< reb axou-a da categoria Ue villa.


PITANGUY. Ponta na costa do listado do R. G. do Norte, i

lira com. de segunda ontrincia. creada pela Lei ""Prov. n. 6,il


próxima á, de Fitiiá-mirim e Geiíipahu. K' Ijaixa e tem alguns
de l(j de outnliro de 1S79 e cla-siíicada |ielo Decreto n. 8.191 de 9 de
coqueiros
julho de 1881. Tem duas eschs. publs. de inst. iirim. O mun. era
PITANGUY. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff. da mar- con.- ti liiido p das paroclii as de 1'ilimbii, de N. S. da A=íSuniiieão
gem dir. do Magé. de -\lliand:ai c s S. da (òmteiçã da Jacoca. -Vgencia do cor-
.
i

reio. Faz hoje parte do mun. do Conde, ii' uma grande pov.,
PITANGUY Rio do Estado do Pai-aná. banlia o mun. de
du IS nu mais vezes maior d ijue a ]jro|jria villa do (^onde, da
Ponti Grossi e de.-agna na marg'm dir. do Tibagy. R'Cc'be os
ribeirões S. Miguel e l^uenos. qu d ilista seta legua^. .istá na jiraia, daa=i léguas ao N. da foz
(lo rio G.'yanna. a margem es j. de um ribeiro d.i Ine^mo nome
PITANGUY. Rio do Estnlo de Minas Gerae^ alT. do Santa que alli íb. ma uni maceió ou jiantauo. toco de febres palustres.'
Bapbai'a, que o é do Piracicaba, est^ do Doce.
i'
Tem urna egreja ile N. S. do Bom Fim, que é hoje matriz, co n a
PITAOCA. Ilha do Estado do Pará, próxima da margem dir. mudança da se le da freg. da Taq^iara.
do rio Tocantis. Pica ao S. da enseada Gumaiihã. PITIMBij. Pov. do listado de Pernambufi >, no fundo da en-
PITAOCA. Cachoeira no rio Tocantins, lintre ella e a de- seada do seu nome, com uma capella dedicada ao Senhor Bom
nomina la Chiqueiro desagua o riacho Pucuciihy. Jesus.

PITAS. Morro do listado de S. Paul), a seis kils, da cidade


PITIMBÚ. Uma das estações da E. de P. do Natal a Nova
da Bocaina, a cujo niun. pertence. Cruz ; nn .istado do R. G. do Norte, no kil. 12.000'" entre Na-
tal e Cajupiranga.
PITAS. (MorP" das). Nome que se dava ao 1 gar, onde edi-
ficou-se a pov. de Aibuqu rque; lio e Cornnibá, no Estad do >
PITIMBá. Rio do Estado do Rio Grande do Norte, alF. da
M;:tto Grosso. Também assim s-- den minava o logar, omle tun- margem es do ('ajupiiMni;a. Nasje no
-1. logar denom. nado Lan-
doxi-se Villa Maria, hoje cidade de S. L liz do Caceres. (B. de diráoem terras de taboleiro.
Melgaço). PITIjVEBÚ. Porto no Estado de Pernjmbuco. formado jielas
PITAS. Ribeirão do Hsiado de Minas Ger les, nasce na serra pontas de Prtimbú (Lat. S. de 7" 22' 31" e Lg. de 8° 20'38"ii)
do Salitre, no disfc. deste nom% divi le-o do dist. da B rra do e a dos Coqueiros (Lat. S. de 70" 25' 30" e Lg. de 21' 6" E).
E. Sanio e desagiia namargem es-^. do rio Paranahylja com ma enseada de 3 kils. de comprimento NS e outros tant )s
de la'gui-a nu logar mais esireilo. Oflerece abrigo seguro no
PITAS. Rio do Estado do Mafo 'Grosso. aíT. dir. do Parana- verã .porém, é perigoso no invarn i, em conseiuencia dos y.rre-
tinga, entr a foz do Vi^rds, que ilesNnbicci na mar.iein i'pp st:i, cif:.'S serem baixos e as marés baixas pouco d-sc brirem. Vilal
e a do Crystallino. Sua barra éde:33 iiietr js. de OliNCira eonsi lei'a essa en-eada antes ura abrigo do q le um
PITAS. Ria<^ho do Estado do Matto Grossa, aff. esq. do ancoradouro. Pimentd diz, jiorém, que ella tam aucoralouro para
Jaurú, t ib. do Parag lay. 12 uáo5. Ao pjrto lambe n denominam Porto dos Francezes.

PITAS. i'arranco á esq. do rio Arinos, m


Estado de Matto PITIMSÚ DjI baixo. Um dos quarteirões em que .se di-
Grosso, en re a cachneira 'Oi Paus e a ban'a do Sumidouro. vide o niuii .da capital do listado do li. G. do Norte.

«E-te l"gar Kii em teir po haldiailo porqir^ nelle S' havia aoliado PITIMBÚ DE CIMA, Um dos quarteirões em que se divide
minas de diamantes 'e que são abiin lantes as niargens t^rriis i'
o mun. da capital do ristado do R. G. do Norte.
do Arinos; as malditas, porém, fazem tanto estrago nos que vão
minerar nesta região, que todos teem desanimado -de formarem PITIMIJÚ. Serra do Estado das Alagoas, no mun. do Para-
alli qualquer estabelecimento ».
hyba.

riTAUAN. Igarapé do Estado do Pará, no dist. do Mos-


PITíNGA, Igarapé do Estado do Pará; desagua no rio Capim
queiro.
pela margem entre os igarapés Tapirussú e Juruna.
es.j.,

PITAUAInT. Rio do Estado do P:.rá, no mun. do Muaná.


PITINGA. Igarajié do listado do Pará, aff. da margem dir.
do rio Tocantins, na com. do Baião.
PITEIRA. Ilha no rio Tocantins. Em sua ponta meridional PITINGA. Rio do Estado ila Bahia, rega o mun. de SanIo
confuadem-se as aguas dos canaes Capitary-quara e inferno.
Amaro reune-se com o Subalié Muito tortuoso e estreito, so-
c
PITEIRA. Igarapé do Estado do Pará, banha a com. de Baião mente olTeiOce navegação a cunòas e pequenos saveiros até o
e desag la no no Tocantins [lela margem esquer la. ])orto il(^ um engenho de assucar. na extensão aiiprnximada de

PIT IRA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da ma gem dir. 2.5;J0 me ros A 100 m tros de sua confluência ci^m n .Snliahé. na
do ribeirão Alagado, trib. do rio Corumbá. (Inf. loc.) margem esq., esta a estio;ão d ('on'le, jumlo terininal dus Iram-
)

ways (le Sanlo Amaid. eujo trafego cnusiafe no Iranspiu-te dc


PITiAIÁS. Grupo de pedras na bahia do E. Santo, Estado Iiagagens e passageiíMS que viajam noi vapores da linha fluvial.
deste nome. Sii são visi veis na baixa-mar e toem sido por v. zes
fataes ás embarcações costeiras. PITIJSIGA. Rio lio Estado da Bahia, no mun. de Porto Seguro
(Inf. loc.)
PJ-TIASSÚ. Recife sit :ado a duas milhas ao SSE do cabo Joa-
cemaea uma milha e um quarto a ESE da ])onta J iricoara. Tem PITINGA. Ribeirão do Estado do Paraná, all'. da margem
meia milha de diâmetro e coberto por mei(j metro ila.gua nas dir. do rio Sagrado, que é trib. do Nliundiaquara.
marés Iraixas íintre elle eo contineUe encon trani-so s jte a oito PITINGUI. Log. do Estado das Alag ias, em Sania Iidiigenia.
metros em
qualquer .aitra direcção nove a 10 m;-tro5. Moucliez
e
PITITIiííGA. Log. do Eslado do Ceará, nodislr.de Poran-
situa-o aos l i» 4G' de Lat. S.
gaba.
PITIGARES. Aborígenes que dominavam em parte do actual PITITINGA. Pov. do listado do R. ('.. doNorle, na i)arle
Esta lo do Parahyba. Vide Potiguaras. eabn de ,S. Roque e a
da cosia, do list;n!(i eninpndumdida enU
PITIMANDEUA. Igarapé do Estado do Pará, alf. da mar- ponta d" Calcaiiliar. .S(Mis babs. s;\m ass ,z indiisi ri isos. « .\qui,
gem esq. do rio Inhangapy, no dist. desse nome. diz o lii-aiieo IMiilippe, lia uma irrandi» (oij. aula. junto á qual no-
la-se um bello e cerrado cninuar.il: n dia. aclia-Sfl um ancora-
PITIMBÚ. An iga Villa e mun. do Espado do Parahylia do ihmro eom 7 in.dii-(is de fumbi (3 1,2 braeas), licando-lhe a terra
Norte, próxima do oceano e do Estado de Pernambuco. Seu orago A ií.nE. desla en-
d.i S. (_m.- >b 'rUi pela pmila ile Sanla Cruz.
e.'a N. S. dl Ass impção de Alhandra. Foi creada parochia, em
seada enc(mtra-Sv' a barrota de ue nome com fundo de 9 a II
1758. Diocese do Para.hyb i. Seus terrenos são muito fert.ds e sua
metros ».
pop., c mip sta de Índios e b''ancos, em numero de 2.oO) habs.
emprega-'e na pesca e na agricultura. Vil a com a denomin.iça.o PITITINGA. Ponla na costa do Estado do R. G. do Norte.
de UrutuahiilLij al de junho e 1705, em exer-ução do .Uvara de Vilal d '
liveira,
( no seu liolciro, diz: « A pou a da Pilitin,.:a
21' 18"
14 de setembro de 1758 por acto do ouvidor Miguel Carlos Cal- lica mais 4 milhas por 27" NE. do Zumbi, na Lat. 5"
. .

PIT — 254 — PIU

S. e Long. 7» 46' 15" E. E' uma ponta de areia de dimas pouco 351^353 e da de Massapé 27'^187. E' de tijolo e cal. coberta com
mais elevadas que a lerra, que a precede, de uma còr amarellada, telhas, com 18'", 00 de frente e 9"\ 40 de fundo, tendo 2 portas de
e com uma arvore no cume. Pouco ao N. delia existe um cerrado fi-ente e foi construída em 1881. Está situada a 4^,00 á direita
coqueiral, e uma grande povoação. A quem vem do norte não do kil. 79,1 e em t -rreno ii-rtencente á estrada, o qual foi obtido
pode confundir nunca esta ponta com nenliuma outra, pelo co- por doação de .Inastacio da Silva Barros e sua mulher, por es-
queiral, que toma q lasi todo o centro da enseada e viudo-se do ;
critura de 25 de maio de 1882. Tem uma área de 810'". 35 qua-
sul, projecta-se o pontal de areia, muito saliente, que ao longe dradas. Fica a S7m,2í de altura, na Lat. S. de 3° 19' 8",28 e na
se fli^ura ser mais cabo que o de S. lioque. Forma ella com o Lnng, de 2" 45'3"60 E do Rio dn .laneiro. Foi inaugurada a 2 de
Zumbi uma enseado com grande curvatura, porém esparcellada, julho de 1881.
guarnecendo-lhe a ponta algumas pedras e uma pequena coròa.» PITOMBEIRAS Rio que banh o mun. de Ipiieiras e des-
i

PITIÚ. Ilha do listado do Pai-á, na circumscripção da Joroca' agua na margem dir. do Macambira. aff. do Poty, no Estado do
ecom. de Game tá, atravessa-la pelos igarapés Siriuba e Ca- Ceará.
choeira. PITOMBEIRA':;. Riacho do Estado do Ceará, aff. da margem
no mun. esq. do rio Quixeramobini.
PITIUM. Lago do Estado do Pará, de Monte
Alegre. PITRIBU. Log. do Estado de Pornambuco, no mun. do Páu
PITO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. de Taqua- de .Vlho.
rassú e mun. do Caeté .
PITRIBÚ. Riacho do Estadode Pernambuco, trib. da margem
'

PITO. .Vrrabalde do mun. de Guanhães e listado de Minas dir. do rio 'apibaribe


Geraes. PITRIBUSINHO. Log do Estado de Pernambuco, no mun.
PITO .\CCESO. Bairro do mun. de Tietê, no Estado de São de Páu d'.-\lho.

Paulo PITTORESCO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de


PITO ACCESO, Log. do Esi.adn de Minas Geraes, no dist. Palmares.
das Aguas Virtuosas do Lambary. PITU. Log. d) listado de Pernambuco, no mun, de Goyanna.
PITOMBA. Log. do Estado das .-Vlagôas no mun, i!e Sãu PITUÁ-MIRIl!vI, <:omeste nome o S.'. C. M. de Souza faz
Miguel lios Campos. menção em seu Rct iro de uma enseada situada ao N. da ponta
PITOMBAS. L'ig. do iístado de Matto Grosso, á niarge n de Maxarunguape r.a costa do Estarlo do R. G. do Norte. «Da
:

esq. do vio .Vragiiaya, próximo da pov. do Rio Grande, .\llirmani pontudo Ma xapanguape á Pituá-mirim ou Jacuman são 4 milhas
haver ahi muit ouro. )
jior Sli., logar eai (fis se observam uas medões de arèa com
',.)"

algum matto por cima. N.íste e^p iço ou pequena enseada e pró-
PITOMBAS. Riacho do Estado do Pv. G. do Norte, banha o ximo á primeira das pontas desagua o riacho Mussuapé e perto
mun. da Serra Negra e desagua no riu Espinharas, aft'. do Pi-
da S(gun ia um grande coqueiral e a povoação de Murihú. De
ranhas. Pituá-mirim a S 4 S3. com po ico ma;s d' légua está aponta
<

PITOMBAS. Rio do Estado de Sergipe, aff. do Real. de Pitangui (Vital de Oliveira). O pratico Philippe faz menção
PITOMBAS. Rio a tf. da margem esq. do .^Vraguaya. trib. d)
apenas da jionla de ./a^í/in.* e itre os morros de Pitangui e a
Tocantins.
enseada do Murihú.
E' originado, diz o Dr. S. da Fonseca, pir duas prin-
«
cipacs cabeceiras na serra das Divisões, perto do parallelo 19".» PITÚ-ASSU. Log. do Estado do Parahyba do Norte, no
termo do Pilar.
PITOMBAS. Rio do Estado de Matto Grosso, aíí'. esq. do
Cayapó-grande. E uma das suas principaes cabeceiras, contra- PITÚ-ASSÚ. Rio do Estado do R. G. do Norte, no mun. de
vertentes com o Piquiry e o Sant'.\nnado Paranahyba. Canguaretama. E' atravessado pela E de Ferro de Natal a Nova-
Cruz. Vae para o Curim.itahú,
PITOMBAS. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, aff. do
Jaurú, próximo ao Registro. PITUBA. Pov. do Estado da Bahia, no dist. de Brotas; com
uma cap?lia em construcção.
PITOMBEIRA. Log. do Estado do Piauhy, no mun. da
Picos. PITU.BA. Ilha do Estado da Bahia, no rio S. Francisco,
próximo e abaixo da foz do rio das Rans. (Halfeld).
PITOMBEIRA. Log. do Estado do R. G. do Norte, no
mun. de Macahyba. PITUBA. Pontal na costa do Estado das .Vlagòas. uma milha
ao S. do pontal do Posim, aos 10" 4' 41" de Lat. S. e 7» G' 34"
PITOMBEIRA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. Long. E. do Rio de Janeiro. E' bastante alteroso.
de Palmares.
PITUBINHA. Riacho do Estado da Bahia. aff. da margem
PITOMBEIRA Log. do Estado das Alagoas, no Pilar. esq. do rio S. Francisco, pouco abaixo da foz do rio das Rans,
PITOMBEIRA. Rio do Estado do R. G. do Norte; nasce que é aff. da margem direita.
nos limites desse Estado com os do Parahyba, atravessa oman. PIUJ3A.
de Luiz Gomes de S. a N.. entra no do Páu dos Ferros, no logar
Lo,', do Estado das .VI igôas, em Paulo Alfonso.
denominado Flechas, e por elle corre até lançar-se no rio Vpo ly PIUM. IV um
mosquito meu n- que o carapanã morde só- ,•

ou Páu dos '''erros. meiíte durante o dia e alimenta-s de assacai, pelo que é vene-
noso e produz chaga a sua picada. (Cónego F. B. de Souza.
PITOMBEIRA. Rio do Estado da Pernambuco, banha o Lenih. e Cur. do Valle do Amazou is .)
mun. do Salgueiro e desagua no Terra Nova.
PIUM. Rio do Estado do R. G. do Norte nasce no mun. de
PITOMBEIR ^
. Riacho do Estado de Pernambuco, aff. do S. ..losé do Mipiíiii. do qual leja gran le parte, entrando depois
;

Capibaribe pela margem direita.


no do Na lai, onde desagua na margem dir. do Cajupiranga.
PITOMBEIRA. Lagoa do Estado do R. G. do Norte, no PIUMA. Villa emun. do Estado do E. Santo, na com. de
)nun. de Canguaretama.
seu nome, em uma planície de '.res kils., mais ou menos, que vai
PITOMBEIRAS. Pov. do Estado do Ceará, no mun. de da foz do rio Icmhaaté o monte Aghá. circumdada de montes
Cascavel; com um dist. creado pelo art 1° da Lei Prov. n. 1.7:?3 pido lado de terra e por tres ilhas pelo lado do mar, sendo que
de 2.5 de agosto de 187<j. Tem uma capella e uma esch. pul)l. de entre a ilha primeira e uma pequona língua de torra, está
instr. prim,, creada pela Lei Prov. n. 2.005 de 6 de setembro situado o canal, por ond'> só passam embarcações até oito' pal-
d-. 1882 mos de callado. Os rios que reg.im o mun. são o Iconha, Novo, ;

PITOMBEIRAS. rtapoana. Preto, Jaracatiá, (.Irubixá, Pedra d'Agua. Ameri-


Pov. do Estido do Ceará, no mun. de
Sanf.Vnna com uniac.apidla (Inf. loc). cano. Pe Ira Lisa, Cecília. Campmlio. .Mineiro, Inhaúma. La-
:

PITOMBEIRAS. l'ov. do Estado do Ceará, no mun. guardya o Monte Alegre. Entre as serras e morros, no|,am-se
da :

Granja. o J.aracatiá. Tocaia. .Mineir'. Couro dWiita, liuas Barras,


Mont-^ .Vlegre, Rodeio e iclniioiíd. .-Vs ilhas são: as do Gambá^
i
!

PITOMBEIRAS. limadas estações da ferro-via do Sobral, do Meio e de Fora. C-alt ira.de café, mandioca, milho e feijão.
no Estado do Ceará, no kil. 79.133. Dista da estação de Angico Dista 12 kils. de Anchieta, 25 da Barra do Itapemirim, 36 do
. .

PIU - 255 — POA

Rio Novo e 46 de Alfredo Chfives. Contém os spgui .bes povs.; non.eada, e que se enconti-a á margem dir. do Paraguay, 10 kils.
Imbetiba, Iconha. Rodeio e S. Joaquim. Orago N. S. da Con- abaixo da foz do Miranda. Seu nome acfu il deve-o a uma grande
ceição e diocese doB. Sanlo. Foi creada paroeliia pela Lei Prov, arvore de ipè, no Estado chamada piuva, corrupção de ipê-
n. 14 de 4 de maio de 1883, villa em 1892 e com. pela Lei ulia.
n. 153 de 27 de novembro de 1895. Foi em seu principio um
aldeamento de Puris.
PIUVA. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, nasce na serra
Aznl desagua no Paranatinga. E' também denominado Ri-
e
PIUMA. Rio do Estado do E. Santo, nasce na serra Geral, beirão Grande.
ecom52kils. de curso vai desagu a- no mar 12 Jcils. ao S. do
Benevente e 24 Idis. ao N. do rio liapemiriin. Corre quasi
PIUVA. Ilha no rio Paraguay, logo abaixo do bracinho do

para llelamente ao Benevente. OlTerece aavegaçã a canoas até j


Periquito. Tem dous a tres kils. de extensão.
quasi 12 kils. da foz no logar denominado Bocaina. Sua pro- PIVOCA. Tribu indígena, no Estado de Goyaz. Muitos dos
fuadidade na barra é, terniu médio, de cinco a seis palmos, selvagens de menor edade, pertencentes a essa tribu, recebem
porém, em frente á foz existem tres iilias que formam uma instrucção no collegio Santa Label, fundado pelo Dr. Couto Ma-
enseada e ancoradouro seguro e abrigado, exc pto contra o galhães no valle do Araguaya.
S. violento. Recebe o Iconha. O Sr. .Amnncio Pereira (Gcogr. e PIXIBAS. Rio do Estado do E. Santo, no mun. da Barra
Hist do Estado do E. Santo) assim descreve esse rio: « O rio
.
do S. Matheu;.
Piuma, que tem por aiils. os rios iNovo, Iconha e Itapoama,
banha em Seu principio com o nome de Rio Novo o ex-nucleo PIXUNA. Igarapé do Estado do Amazonas, aff. da margem
colonial Monte Bello, lí' navegável por canoas tres léguas acima esq do rio Padauiry, trib. do Negro. E' o aff. mais próximo das
de sua foz no logar Mesa Gi ande, onde toma o nome de rio cabeceiras daquelle rio.
leonha. » PIXUNA. Igarapé do Estado do Amazonas, aff. da margem
PIUMA. Enseada no Estado ds E. Santo. « E' pequena, diz esq, do rio Marary, trib. do Padauiry, e este do Negro.
Machado de Oliveira, mas arredondada com regularidade desde PIXUNA. Igarapé do Estado do Amazonas, aff. da margem
o morro do N. que se ergue na sua extremidade austral ate às dir. do Japurá, trib. do Amazonas.
ilhas deste nome, que marcam o seu termo ao N. Uma zona de
areias brancas borda-llie toda a margem e se prende á ontra de
PIXUNA. Igarapé do Estado do Pará ;
desagua no .Amazonas
defronte da ilha Cavianna.
verdura que guarnece o terri orio ao oriente ila cordilheira da
Serra Geral, cujas formas colossaes sombre im ao longe o hori- PIXUNA. Igarapé do Estado do Pará, aff. do rio Curuá,
sonte com um exi enso ciiitão de azulclaro. As tres iliias de Piuma no num de Alemquer.
quasi que se ligam á ponta de terra que termi ia o semi-circnlo PIXUNA. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Abaeté.
da enseada. Enire as iihas mais exteriores, o ancoradouro é se- I esagua no rio deste nome pela margem direita.
guro e abrigado dos ventos do hemicyclo do N. ; mas, quando
reinam as brisas do sul, convém evil;>r-se essas paragens para PIXUNA. i^ago do Estado do .i.mazonas, no mun. da ca-
não correr-se o risco de naufragar ou dar a costa». pital.

PIUMAS. Ilhotas em frente da foz do rio Piuma no Estado


:
PIXUNA-QUARA. Corredeira no rio Tocantins, próxima
ás denominadas Puraquè-qiiara e Pedra do Jahú.
do E. Santo.
PIXUxNíUSSU'. Igarapé olo Estado do Maranhão, banha o
PIUM DE CIMA. Lagòa do Estado do R. G. do Norte,
mun. de S. Luiz Gonzaga e desagua no Mearim. Alguns es-
atravessada pelo rio Pium, alf. do Cajupiranga.
crevem Ipixunuassú
PIUMHY. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, séde PLÁCIDO. Igarapé do Estado do Amazonas, no mun. de
da com. do seu nome, ex-termo da comai-ca do Rio Cirande, Canatama.
situada entre o rio desle nome e o S. Francisco, no logar em
que estes dous rios se approximam, ligada a Formiga por uma PLÁCIDO. Uma
das nascentes do córrego S. Domingos,
(S.).

esirai-ia. A pov. é bonita e es á collocada ao pé da serra do aff. da margem esq. do no Estado da Bahia. Fica a
rio Vei'de ;

Piumby. Possue duas egrejas, fabricas de ferro, etc. Orago N. 15 kils. do Gentio. Em uma parte do seu curso denomina-se
S. do Livramento e diocese de Mai-ianna. Villa por Lei Prov.
riacho do Capim (Paulo de Frontin).
n. 202 de 1 de abril de 1841; insiallada em 1 de aliril de 1842. Pi_ANICia ALTA. Ribeirão do Estado de Santa Catharina,
Cidade pela de n. 1.510 de 20 de julho de 1868. Com. pela de desa,'ua no Guabiruba do Sul, que com o Guabiruba do Norte
n. 3.122 de 18 de outubro de 1883 e classilicada de 1^ entr. por corre para a esq. do rio Itajahy-mirim
Acto de 22 de fevereiro de 18U2. O mun. além da parochia da
cidade, comprehende mais a de N. S. do Rosirio da Pimenta e
PLATAFORMA. Pov. do Estado da Bahia, no dist. de Pi-
S. João Bíiplista do Gloria e os povs. denominados Perobas e
rajá ; com uma
esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei
Prov. 2.357
11.de 31 dejulbo de 1882, e uma estação da E, de F,
Araujos. Tem quairo eschs. puMs. de inst. pnm., sgndo nnia
nocturna para adultos, creada p-la Lei Prov. n. 3.116 de 6 d - da Mai;ia ao S. Francisco.
outubro de 188J. Agenciado cor/eio. Sibrc siias divisas vide; PLATAFORMA. Estação da, E. de I-^ de Re/ende a Arias,
art. 2" da Lei [-"rov. n. 406 de iZ de outubro de 1848 art. 31 da ; uo i^jStado deJaneuo. llo ive prujeuto de uma linha de
do iiio
de n. 472 de 31 de maio da 18SU art. 13 da de n. 533 de 10 de
; bonds por tracção animal entre essa etitação e a dos Campos
outubro de 1851; art. 10 da de n. 1.262 iie 19 de dezembro de l^lysios na estradado ferro Central do Brazil.
1865 ns. 1.486 e 1.488 de 9 de julho de 1868 n. 1.584 de 22 de
;

julho de 1868 n. 2.0J1 de 14 de novembro de 1873 (ari


;

4");
PLATAFORMA. Ilh do Estado de Pernambuco, na ensea-
i

de NO. da de Fernando de Noroub.v, de cujo grupo faz


; .

ila
n. 2.392 de 13 de outubro de 1877 ; n. 2.484 de 22 de Setembro de
parte. E' assim denominada pela forma qu- apresenta. Tem
1881. O mun. é regado pelos nos S. Francisco, Grande, Piamhy,
Capitiiiga, Samburá e córrego do Engenho.
um forte. E' representada na Cartas Inglezas e citada no Com-
jjejidío de Hy .royi-aphia do contra-almirante Julio Cesar de
PIUMHY. Log. do Esta lo de Minas Gera s, nomun. de Queluz, Noronha.
no pomo do entroncamento da estrada de S. João d'Ei-Rei para.
Ouro Preto e de Pitanguy para Barbacena.
PLATINA. Com este titulo creou a Lei n. 309 de 26 de julho
de 1894 um dist, na pov. do Saltinho do Paranapanema, no Es-
PIUMHY. Rio do Estado de Minas Geraes, rega a cida !edo tado de S. Paulo.
seu nome desagua no rio Grande pela margem direita.
e
POÁ. Estação da E. de F, do Norte, no mun. de Mngy das
PIURRAS. Ilio do Estado de Santa Caíha ina, na estrada Cruzes e Eslado de S. Paulo, entro as estações de Guayó e La-
do Rio Bonito ao Bom Retiro desagua no Arioca, trib. do goa do. Tem uma osch. publ creada pela Lei n. 101 de 24 de
,
;

Canòa*. setembro de 1892.


PIU VA. Pov. do Estado de Matto Grosso, na barra do rio POÁ. lihote do Estado do E. Santo, no mar, a OSO. do
dos Bugres, alf.do Faraguay. Tem capella e cerca de 800 liabi- Moreno.
tantes. POAIA. Dist. do Estado de .Minas Geraes. nomun. do Pes-
PIUVA. Montanha do Estado de Matto Grosso, pertencente sanha Orago Iminaculada Conceição. Foi creado parochia pela
ás serranias de Albuquerque, por cujo nome foi antigamente Lei Prov, n. 2.831 de 24 de outubro de 1881. Tem agencia do
. . , .

— 256

cori-eio eduas eschs. piiMs. ài inst. prira. Tem, seu-nndo o u'- ta-se hav»r ah! grande rinueza de diamantes. Tem-se feito
timo i-eoeiíseamenlo, 3 3 hiihilantes. varias tent.tivas, mas inutilmente, para hivr.il- se i'Io no- > ;

t; vel, i|u fez se II r'sultido o Dezembargado J.ião F man-


POA A. Uli i d) Estudo du E. Sai. to, no riu Doce, entre Li-
:(

des de 01iveir;i, contractador de diamantes no tempo colonial.


iiliares e o Tatú.
Está na base da serra do Poção.
POAIA. Rio do Estado de Minas G-raes, lí.jnlia o dist, de sau
POÇÃOSINHO. Riacho do Estado de Sergipe, Lanha o
nome desagua no rio Siussuliy. Em suas caljeceiras lica o al-
e
m m. d; Aquidaban e desagua no riacho Salgado.
deamento da"lmmaculada Conceição do Rio Dcce.
POASSÚ. Dist. do tefiuode Bidmonie, nj Estado da Baliia ;
POÇÃOSINHO. Po'to no rio Grande, no. mun. de Santa
Rita do P,irai=..j do r^st du de S. Paulo (Inf. loc.)
com escliola.
POASSÚ. Serra no nnin. de Belmonte do E4ado da POÇAS, Ribeirão do Estado de S. P.iulo, aíl'. da margem
Bahia.
e^q 1 o Paranjpan 'ma
POASSÚ. Canal Ibrmacto pela n:ituL'ezi, que principiando POyA-UWA. Rio do Estadi do Paraná; desagua na mar-
do Jequitiidionha, cerca de -18 liils. acima de Belnio ite, entra gem dir. do Iguassu en'r3 a toz da Bariguy e á do Verde. Fica
no rio da Salsi, que procuv o rio Pai-do com o qual se con- i
na secção de Curitylia á colónia militar de Jataliy. Encontra-se
fnnde seis Idls. antes de C.ninnvieiras, nu Estado da Baliia. escripto tambsm Possauna e Poço-una.
« O canal Poassú. diz o 1' tea-nie Alaiio,d E;nestode Sou'a P0 3HTTYS. Ayres de Cazal dá noticia desses s Ivag.ms
Fr.inca. comera ror uma pequena aljertur '
feita na c irvaluri haViitmdo nas ciroumvisinhanL^as do no Mojú no listado do ;

dn leito (lo Jequitinhonha em «ua ir.argem "S(.. qu ' nessa pnsi- Para.
ção oHere -e a concavi !a'le á massa das af;ai>s; ellas. port;into,
POCIJSTHO. Log. do Estado de Pernambuco, no dist. da
epxai ani do rm para o canal na direc -ão de uma linha, que
Lu/, e mun. de S. Loaren.jo do Matta.
lo ma um angula ma. o/ de 0.)', e abertura par a foz, com a i

tanuente á curva da margem n 'ss,=' ponto, e por isso recelje o POCI.^ÍHO. Log. do listado do Rio de Janeiro, no mun. de
cunal as aguas d> rio por um elTeito natural de expansão .lo Vasíiiuraa, a 12 kils. da cidadã, com eschola.
liquido em movim?nto reversivo, q ie não llie causa grande POCINHO. Bairro do mun. de Una, no Estado de S. Paulo;
perda na massi do leito. » com escholas.
POBRE. Igarapé do Estado do Amazonas, no mua, d; Ca- POCINHO, Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro nasce no" :
nutam i
morro do Pavão e desagua no rio Parahyba ela iiiarg-m dir.
POBRi). Cori-eii^o do Estado de Minas Geraes, no mun. da Banha mu i. o .lo Piraliy e receba o corr go da Cacho dra.
cidade ilo P.ii'ac i tú.
POCINHO. Córrego do Estado de S. Paulo, banha o mun.
POBRES. .Serra ('o Est ido do Ceara, no nr.in. do Riacho do da Pied ide e desag la no rio Sarapuhy.
Sang.ie. E' pedregos i e seoca.
POCINHO, Ribeirão do Estado de Santa Catharina, banha
POBPvE SOBERBO. Córrego do Estado de Minas Geraes, o território du dist. de S. Pedro Apost do e desagua no rio
no mun. de Entre Rios. Itajahy.
POBRETÁ. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mua. de POCINHOS do Parahyba do Norte, no
Pov. do E.stado
An^ra dos Rei^ c nn uma escli. piibl de inst. primaria.
; mun. da Cam]iina Grande, leguis ao NO. collocada entre
seis ,

POÇÃO (S. José d l). Pequeno pov. ao lado septentrion il da grandes penedias uma legia distante do rio Curi-
e serrotes,

vi lia fie .\najatub e delia dist.inte cerca de 12 kils


i, no E s- mataú. Tem umas 40 casas, uma sollVivel ega ja, casa de cari-
,
dade, fumlada pelo padre Ibiã pina e uma pequena feira semanal.
tado do Maranhão.
Em seu dist. nascem os ri s Mamangiiape, Araçagy, Bodocongó
POÇÃO. Dist. creado na com. de Cinibres, do Estado de e Santa Rosa. Es^a pov., cujo nome é devido aos pequenos
Pernambuco, pila Lei Prov. n. 1.230 de 24 de abril do 1876. poços qu> primitivamente formavam o seu olho d"agua. conver-
Tem uma Capella e scliola. i
tido depois em açude, principiou como fazenda de criação, sendo
POÇÃO. Log. do Esta'lo de Pernambuco, no mun. de Be- lie 181.^ a 1817 c anstruida a sua capell de N. S. da Conceição. i

zerros, com uraa capell:i. de S. Sebastião. Vide Campina, Grande. Foi cdevad á dist. piíla Lei Prov. n. 56J i

de 30 de setembro de 1874. Tem uma esch. putilica.


POÇÃO. Log. do Estado de Matto Grosso, no mun. de
S. Luiz de Caceres, á margem esq. do rio Paraguay. POCINHOS. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
CaMas, com exc.elleiit>s aguas raineraes.
POÇÃO. Serra do Estado de Sergipe, no mun. de Campos.
Ha um out:a serra do mesmo no ne no mun. de Simão Di:is.
i
. POCINHOS. Pequena serra do Estado do R. G. do Norte,
nos limites do mun. de Caraubas.
POÇÃO. Ilha do Estado do Pará, na circumscripção da Jo-
roca e com. dí Cametá. POÇO. Log. do Estado do Pará, no mun. de Ourem com ;

uma esch publica.


POÇÃO. Igarapé do Estado do Pará, na ilha Caviana.
.

POÇO, P iv. do E-ta'lo do Ceará, a 16 kils. da villa do


POÇÃO. Riacho do 'estado do Parahyba do \'ort.i; forma Brejo (los S mtos, a cujo mun. p:'rt"nce.
com o Aliii o rio da Serra Branca, alf. do Taperoá. Tem uns
30 kih. de curso. POÇO. Log.' do listado de Pernambuco, no dist da Luz e
POÇÃO. Riacho do Estado de Pernambuco, entre S. Cae-
mun. de S. Lourenço da Matta, Ha outros logs. do mesmo nome
nos muns, do Palmares e Goyanna.
tano e Bezerros.
POÇÃO. Riacho do Estado das .Vlagôas. aff. do S. Francisco, POÇO. Dist do t -rmo do Brejo da i\Iadre de Deus, no Estado
quasi defi-ontí da de Pernambuco. Ahi lica a e-;reja de S Vice its da Serrado
loz do riacho Coriiuba e da cach leua Ca-
beça de Negro, V'nto.

POyÃO. Rio do Estarlo da Bahia, aíF. da margem dir. POÇO. Log. do Estado das Migòas, no mun. da capital
do ;

S. Francisco, Rerebe o Poç Comprido )


com duaseschs. publ-. de inst. primaria.

POÇÃO. Kiheirão do Estado de Goyaz, aíf. da maigem ilir.


POÇO. Bairro do mun. da Conceição do Itanhaem, no Estado
do rio iMaranhão. de S. Pau'o, com eschola.

POÇÃO. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, afl\ do rio POÇO. Arraial du Estado, de Matto Grosso, no mun. de
Verde, no mun. do Diamantino. Ciiyabá, distante cerca de 42 kils. de.sta cidade e seis de Santo
An mio
t
POÇÃO. Lago do Estado do Amazonas, entre Maués e Ita-
coatiara .
POÇO Núcleo colonial creido em 1S7.Í na confluência do
ribeirão Fundo c in o líra o do Sul do rio Una, cerca de 12 kils.
POÇÃO. Lago do E tado do Pará, no mun. de Óbidos. acima da colónia Thteodoro, no 'Islado da B.ihia.
POÇÃO "'O MOREIRA. Poço do rio Jequi tinh uiha pouco POÇD. Serrote do Estado 'do Ceará, no mun. de Santa Qui-
acima da lavra do Mattos, no mun. da Diamantina. Acredi- téria.
38.274
. . . .

IPOÇ — 257 — POÇ

POÇO. mun. do Brejo doa


Serrota do Estado do Ceará, no POÇO DA CABRITA. Log. do Estado de PernamUico,
Santos. E'também denominado Cannabrava. no termo de Ingaz^ira.
POÇO. Serra do Estado das Alagoas, no mun. de Santa POÇO DA CANÔA. Serra do Estado do Parahyba do
Anna do Ipanema. Nort?, entre N. S. do Bom Consdho da Princeza, Miseri-
POÇO. Serra do Estado da lialiia, no mun. de Casa Nova. córdia e Pianco

POÇO. Um
dos quatro ancoradouros do porto do Recite, a POÇO DA CARAHYBA. Log. do Estado das Alagoas, no
NO. do O. do recife conhecido por Pedra Secca e a
ph:irol, a
mun. da Palmeira dos lodios.
E. da fortaleza do Brum. Tem fundo de sete a oilo metros e a POÇO DA CRUZ. Riacho do Estado do Parahyba do
extensão de 400 metros pouco mais ou menos. Eis sua descripção Norte; banha o mim. do Catolé do Rocha. Nasce na Nerra da
pelo Sr. Moucliez (pag. 77): «No prolongamento do recife do Agua Branca e corre para o Piranhas. E' tjimbem denomi-
porto, a uma amarra a NNE. do pharol, existe unuplat caii, de nado riacho do Gon
rocha isolado sobre o qual não ha mais de 2"'. 5 efe agua na
baixa-mar. Este plateau forma com acosta uma bacia, que pode
POÇO DA CRUZ. Lagòa do Estado de Pernambuco, na com.
do Brejo, a margem do rio Ipojuca. (Inf. loc).
ser considerada como o ante-porto e que se chama Poço. Ahi
encontra-se 6"^, O a 6™, 5 de agua na baixa-mar, tiindo de areia,
POÇO DAEGUA. Log. no termo de Canindé do Estado do
Ceará
o qual vai diminuindo regularmente para a costa. O Peço tem
duas amarras de comprimento ,e largura egual. A entrada ao POÇO DA EGUA. Log. no mun. de Cabaceiras do Estado
N. chama-se Barra Grande (onde não encontra-se menos de do Parahyba do Norte, á margem do rio Parahyba.
7™, O de agua), e Bari-eta ou Barra do Picão a entrada pelo sul,
entre o plateau e a ponta do Recife. Esta ultima é muito estreita
POÇO DA FIGUEIRA. Log. no mun. de Magé do Estado
e não tem mais de 3"', 3 de agua na baixa-mar. As duas barras
do Rio de Janeiro, á margem do Iriry, com bòa agua.

são assignaladas por tres bóias encarnadas, indicando as duas POÇO D' AGUA. Igarapé ao NO. do do Barro Duro, que fica
entradas N. e S. e os baixios, que ha junto á ponta do Recife. próximo; ambos desembocam perto da ilha do Coroatá, do lado
No Poço podem ancorar simultaneamente 18 a 20 navios em do continente, no Estado do Maranhão.
duas linhas parallelas á costa fundeados a quatro amarras, e
tendo a pròa a ESE. Este ancoradouro só é supportavel no POÇO D'AGUA. Rio do Estado de Minas Geraes, ó ura dos
verão é perigoso no inverno, de março a setembro.» Con-
formadores do Agua Limpa, aff, do Arassuahy, no mun. de
;

sulte-se o Relatório do Sr. Galvão Filho, de 31 de outubro de


Diamantina. (Inf. loc.).

1870 e os estudos sobre as obras necessárias ao desenvolvimento


; POÇO D' AGUADA. Log. no mun. de Canindé do Estado
do porto de Pernambuco por Victor Fournié. do Ceará.
POÇO. Enseada no muu. de Paraty do Estado do Rio de POÇO DA LAGÔA. Log. do Estado das Alagoas, em
Janeiro, comprehendida entre a ponta de Cajahyba e a da S. Braz.
Meza. N'ella ficam o sacco da Pavuna e a ilha Itaóca.
(iVIouchez)
POÇO DA MANDIOCA. Córrego do Estado do Pará, no
dist. de Barcarena.
POÇO. Riacho do Estado do Piauhy, aff. do Parnahyba. POÇO DA MATTA. Log. no mun. de S. Matheus, no Estado
POÇO. Riacho do Estado de Pernambuco, banha o mun. do do Ceará. Vide Poço do Matto.
Brejo da Madre de Deus e desagua no rio Capibaribe.
POÇO D'ANTA. Estação da E. de F. Leopoldina, no
POÇO. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. do Curra- Estado do Rio de Janeiro, no ramal férreo que segue do Rio
linho e desagua no Paraguassú. Bonito para Macahé. Foi inaugurada em 17 de julho do 1888.
Fica entre as estações de Juturnahyba e Indaiassú, distante
POÇO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha a villa do
110'', 035 de Nyterui e 9'S741 de Juturnahyba.
Paranapanema e desagua na margem esq. do rio das Almas,
afl'. do rio daquelle nome. (Inf. loc.) POÇO D'ANTA. Log. c'o Estado do E. Santo, no mun. da
POÇO ALEGRE. Log. do Estado do Piauhy, no termo de Serra.
S. João do Piauhy. POÇO D'ANTA. Serra do Estado da Bahia, no mun. da Feira
POÇO ALTO. Pov. do Estado de S. Paulo, no dist. de Ja- de Sant'Anna.
cupiranga. POÇO D'ANTA. Ribeirão do Estado do Paraná, nasce na
POÇO AZUL, Log. no mun. de S. JoãoMarcosdo Estado serra do Pellado e vae desaguar no Piedade.
do Rio de Janeiro, com uma eschola, POÇO D'ANTA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no
POÇO AZUL. Lagòa do Estado de Sergipe, no mun. de mun.. de S. Paulo do Muriahé. Corre para o rio deste nome.
S. Chistovão. POÇO D'ANTAS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
POÇO CERCADO. Log. no termo do Cabrobó do Estado de de Agua Preta Ha outro log. do mesmo nome no mun. de S. Lou-
.

Pernambuco renço da Matta.


POÇO COMPRIDÔ. Antigo dist. do termo de Garanhuns, POQO DA ONÇA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de
no Estado de Pernambuco. Supprim ido pela Lei Prov. n. 9G9 Sant'Annado Ipanema. Ha outro log. do mesmo nome no mua.
de 30 de março de 1871. de Paulo Aílbnso.

POÇO COMPRIDO. Pov. do Estado de Pernambuco, no POÇO DA PANELLA. Dist. do Estado de Pernambuco, no
mun. de Correntes; com uma capella de N. S. da Conceição. mun. da capital, á margem esq. do rio Capibaribe. cerca de seis
kils. distanteda cidade do Recife. Comprehende divers)s povs.
POÇO COMPRIDO. Log. no termo de Quipapá do Estado (Casa Forte, Caldeireiro, Monteiro e Apipucos), que são lindis-
de Pernambuco. Ha mesmo nome no dist. da
outro log. do simos, aprazíveis e de muita vida principalmente na estação
Vicencia, calmosa, com elegantes prédios. Ora'.''oN. S. da Saúde e iliocese
POÇO COMPRIDO. Log. do Estado do Sergipe, sobre o de Olinda. Foi creado part>chia pelo Alvará de 6 do junho de 1821.
rio Piauhy, no mim. do Lagarto. Tem eschs. pnbls. de iiist. prim. e uma pop. approximada de
POÇO COMPRIDO. Rio do Estado da Bahia, aíf. do Poções, 6000 liabs. Sobre suas divisas vide entre outras as Leis Provs.
n. 38 de G de maio de 1837 (art. II) n. 117 de 8 de maio de 1843
que o é do S. Francisco. Na confluência deste rio com o Ba- :

(art. II) n. 173 de 20 de novembro de 1346 (art. Ill) n. 1.416 de


runha fica a estação de Angico. Recebe ainda o Angico. ;
;

12 de maio de 1S79; n. 1.589 de 21 de junho de 1S81 (art. II).


POÇO CORTADO. Logs. do Estado das Alagoas, em São Até 1843 fez parle do mun. de Olinda, seu lo nesse anno pela
Luiz de Quitunde e Urucú. Lei Prov. n. 117 de 8 de maio incorporada ao mun. do Recife.
POCO CORTADO. Riacho do Estado das Alagoas, aíf. do POÇO DA PEDRA. Log. no mun. de Barras dn Estado do
rio Santo Antonio Grande. Piauhy. E' assim denominado por possuir um poço natural, todo
POÇO DA ABELHA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de pedra, com cerca de 3.") palmos do profundidade o uma cir-
da Palmeira dos índios, com uma capella de Sant'Anna. cuinferencia de 80 a 90 palmos.
DICO. GEOG. 33
. .
.

POÇ — 258 — POÇ

POÇO DA
PEDRA. Pov. do Estado do Ceará, no mun. do POÇO DO PAU. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. do
Brejo Sei'co. Pei'tenceu ao termo de iVssarc do qual foi des- Limoeiro.
membrada ppla Lei Prov. n. 1.350 de 27 de novembro de 1870. POÇO DO PINTO. Riacho do Estado de Pernambuco, aill.
Tem uma esch. publ. de inst. primaria. do rio Ipojuca.
POÇO DA PEDRA. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de POÇO DO VEADO. Log. do Estado de Pernambuco, no
SantVÍnna do Ipanema. mun. do Bom Conselho (Inf. loc).
POÇO DA RITA. Log. no mun. da Capella do Estado de POÇO DOIS BOS. Log. do Estado de Sergipe, no nmn. de
Sergipe Propriá,
POÇO DAS TRINCHEIRAS. Dist. creado no mun. de POÇO DOS CAVALLOS. Log. doEstíidodo Ceará, no mun.
SanfAnna de Ipanema, do Estado das Alagoas, pela Lei Prov. do Soiiral.
n. 927 de 10 de julho de 1883. Elevado á parochia com a
invocação do Martyr S. Sebastião pela Lei Prov. n. 960 de 18 POÇO D^S CAVALLOS. Riacho do Estado do Ceará, aff.

de julho de 1885. da margem dir. do Bastiões, trib. do Salgado.


POÇO DA VOLTA. Rio do Estado das Alagoas, desagua na POÇO DOS FRADES. Log. do Estado do Espirito Santo, no
margem esq. do Mundahú, abai.TO da foz do Capapy. mun. de Nova Almeida.
POÇO DE DENTRO. Lagôa no mun. do Remanso do Es- POÇO DOS FRADES. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
tado da Bahia. No mesmo mun., existe uma outra denominada mun. deS. Gonçalo.
Poço da h óra.
POÇO DOS HOMENS. Log. do Estado do Ceará, no mun.
POÇO DE PEDRAS. Lagôa do Estado do R. G. do Norte, da Granja, á margem do rio Camocim.
no mun. de Aitody, ao N.
POÇO DOS PADRES. Poço existente no mun. de Nova Al-
POÇO DE SANTA ANNA.
Córrego do Estado de Minas meida do Estado do E. Santo. iS' assim denominado por ter sido
Geraes, desagua na margem dir. do rio Jequitinhonha, acima feito pelos jesuítas. Nelle encontra-se excellente agua po-
da serra dos Aymorés e entre o rio Piabanha e o córrego Chi- tável. O ex-imperador, em sua visita ao Estado do E. Santo, che-
nellas. Fica a 117™ de altura (Chrokatt de Sá). gando á villa de Nova Almeida e bebendo agua desse poço, deu
POÇO DO ANTÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no para os precisos reparos dessa obra jesuítica a quantia de 500S.
termo de Ingazeira. Bano mesmo muii, uni outro poço o de iS. Sebastião Mirim
(nome de um indio do século passado), hoje denominado Poço da
POÇO ^>0 BOI. Log. do Estado de Pernambuco, na com. Conceição, também de excellente agua, mas carecendo de asseio.
de Garanhuns.
POÇO DO BOI. POÇO DOS PAUS. Log do Estado do Ceará, no mun. de La-
Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de vras, sobre e riacho do Meio.
S . Braz
POÇO DO CACHORRO. Log. do Estado do R. G. do
POÇO DOS VEADOS. Pov. do Estado das Alagoas, na com.
Norte, no mun. de Mossoró da Palmeira.
(Inf. loc.)
POÇO DO CAPE, Cachoeira no rio Paraguassú e Estado da
POÇÕES. Villa e mun. do Estado da Bahia, na com. da
. Bahia. Condeuba, situada ás margens do rio Poções que a atravessa ;

suas ruas são, em geral estreitas e as casas mal alinhadas :


POÇO DO CAPIM. Log. do Estado do Ceará, no dist. da tem uma praça basíante comprida, quasi quadrada, onde está
União a egreja matriz. A' excepção de algumas casas ultimamente
POÇO DO CAVALLO. Lagôa do Estado de Pernambuco, no construídas, suas propriedades são térreas e de má edificação.
dist. do Peres, em terras do engenho Uchòa. Seus principae.s edifícios são: a egreja matriz, que é pequena,
POÇO DOGE. verdadeira capella, e que não comporta a grande pop. que a
Pov. do Estado do Ceará, no município de
Paracurú. frequenta, e o cemitério que é grande e foi edificado á expensas
da pop. em 1872. O mun. é geralmente montanhoso dos lados
POÇO DOCE. Log. distante tres kils. da villa de S. Bento, de O. e E., sendo coberto por esse lado por immensa floresta,
no Esta>lo de Pernambuco. continuação da do mun. da Victoria, e que se estende até os
POÇO DOCE Log. do Estado das Alagoas, no mun. de Pi- muns. visinhos da Areia e Amargosa. Seu terreno no centro
ranhas .
é onduloso havendo ao S. muitas planícies, erradamente lam-
bem conhecidas por veredas, e onde se desenvolve com abun-
POÇO DO COELHO. Log. do Estado de Pernambuco, no dância a criação cavallar e vaccum. A O. notam-se terrenos
dist, do Angelim e mun. de Garanhuns. de catingas, pequenos bosques de terras fracas, porém as mais
POÇO DO COSME. Pov. no termo do Bom Conselho do Es- preferidas pela pop. para a plantação de leçumes e cereaes, e
tado de Pernambuco. pela facilidade que ha nas derrubadas dos bosques, e pequeno
POÇO DO GADO. trabalho no plantio. Ahi se cria com grande vantagem a
Log. do Estado do Ceará, no mun, da
Boa Viagem. raça cavallar, bovina, caprina e suina. As serras que formam
a parte montanho.5a do mun.. suppõe-íe ser uma ramificação
POÇO DO JACU. Log. do Estado do Cearú, no termo do da cordilheira que atravessa o Estado, e que no mun. lem o
Saboeiro. nome de serra do Gongogi. Entre as serras e morros mais
POÇO DO MARANHÃO. importantes do mun, notam-se a do Sentiilo, a do Peripery. a
Lagôa do Estado do R. G. do
Norte, no mun. de Cangiiaretama (Inf. loc.)
do Descadeirado, a dos Caetanos, a da Mattinha, o das Pi-
pocas e o Agudo. Os rios que b:inham o mun. são: o Gongogi
POÇO DO MARCO. Arraial do Estado das Alagoas, no o Gavião, o de Contas, o Formiga, o Uruba, o Cachoeirinha
mun. do Traipú. o do Macário, o Páo Brazil, o Poções, o das Mulheres e outros.
POÇO DO MATTO. Pov. do Estado do Ceará, no mun. de O mun. é muito salubre, principalmente nos terrenos de
S. Matheus. catingas, havendo, porém, nos terrenos das maltas, e nas mar-
gens dos rios após o inverno, febres de mau caracter, attri-
POÇO DO MATTO. Riacho do Estado do Ceará, aíf. da buidas ás exhalações mephiticas que surgem após as innun-
margem dir. do Cangaty, tributário do rio Jaguaribe.
dações dos rios. O clima é temperado, a pop. gosa em geral
POÇO DO MOCO. Log. do Estado de Peru ambuco. no rio de boa saúde e tem boa constituição, e dedica-se á lavoura e
IliojiicM, e mun. de Grava.tá. «O rio fórma ahi uma pequena ca- á criação. Ila no mun. grande numero de mineraes, os mais
choeira, ciijns aguns somein-se i)ara reapparecereni ])ouoo geralmente nsuaes —
sào> a pedra de constriicção, o barro de
adiante, desortc (|ue passa-se a ]ití enxuto sobre a cachoeir^a.» olaria ,a taliatinga, o salitre, o f'rro. Consta que existem
POÇO DO NEGRO. niiiiiis de di:iinantes as quaes não estão exploradas. Existem,
Riacho do Estado de P erjiambuco, ,no
mun. da Floresta.
|ii)róni, minas de ouro no riacho do Salgado, de agua saloba,
ilisianie légua e meia tia villa de Pdçiies, o na serra do Ti rao-
POÇO DO PAU. Lo.. 110 dist. do Brejo dos Santus, no Esta- ranlo a Oriente 10 léguas distante da villa, com boa jazida
do do Ceará. desse metal, tendo ja .sido explorado com proveito pelo capitão-
.

POÇ — 259 — POÇ

mór João Gonçalves da Costa e seus filhos. Sabe-se também, POÇÕES. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. deJequi-
diz Accioly, em suas Memorias Históricas, pag. 160, "v. 5 : tiná e mun. de Sete Lagoas.
desde 1808 que é summamente aufitera a serra da Arubá
POÇÕES. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. do
(alias) Uriiba (dist. da Conquista no fertão da Ressaca) termo
Curvello.
hoje de >S. Antonio da Barra), conhi^cimento esse devido ao
respectivo capitão-mór João Gonçalves da Costa, quando na- POÇÕES. Serrá do Estado de Minas Geraes, entre Grão-
quelle anno percorria tal continente, commandando uma ban- Mogol e Rio Pardo
deira contra os Índios selvagens que haviam lioslilisado algu- POÇÕES. Canal situado entre os bancos de Bragança e o da
mas fazendas, iynorando-se, todavia, o motivo por que deixou Tijoca, tem duas a tres milhas de largo e 2i) a 22 metros d'agua
de progredir em outras indagações locaes, como lhe fora orde- no Estado do Pará. Segundo o pratico Philippe faz-se da se-
;

nado em Av. de 2 de outubro do mesmo anno, expedido ao guinte maneira a entrada desse canal «Vindo de E. lojo que:

governador desse Es'.ado peio ministro de Estado, o conde tiver montado a ponta do Piraquembaua, siga a O. até que a
depois marquez d'Aginar, a quem o capitão-mór havia vemet- ponta do Curuçá lhe demore ao SSO.; estando nesta posição
tido uma amostra do ouro de sua descoberta, que verificou no siga para SC, procurando a ponta da Tijoca, e assim que es-
Rio de Janeiro ser de qualidade superior». Orago Divino E. tiver pioximo a esta, siga a O. até enfiar por cima de uma
Santo e diocese archiepiscopal de S. Salvador. A villa de malha de areia, que está na dita ponta, uma moita que se
Poções foi primitivamente pov. creada por Timotheo Gonçalves avista nesse logar cheia esta marca, siga com ella ao NO.,
;

da Costa com seus filhos Bernardo e Roberto Gonçalves da dando resguardo ás arrebentações dos bancos de Bragança que
Costa, depois da conquista, dos índios pelo capitão-niór João alli se observam. Navegando com attenção, quando ach ir-se
Gonçalves daCnsta, e seus filhos. «Já se viu na descripção da fronteiro com a ultima arrebentação, onde pula o mar, a qual é
historia da Victoria, a cujo território pertenceu estemun., a coròa do Espadarte, vá costeando-a podendo passar próximo
a attitude enérgica e patriótica que assumiram João Gonçal- a ella pelo lado de SO., e assim que a ilha das Gaivotas lhe
ves e seus filhos nos princípios deste século, na conquista dos demorar a SO. 4 S, siga a SO. por já se achar no canal do
índios. Neste empenho s^pararam-se, fixando residência o ca- rio Guajará. Pelo SO. doe mal dos Poções estão as coroas do
pitão João Dias de Miranda na Manga, cinco léguas distante da Tubarão e Coroa Nova, por terra das quaes temos a Bra/ança
villa dos Poções e ao N. da mesma; Antonio iJias fixou resi- Velha e a coroa do Fuzil por entre estas e as outras passa
;

dência na Urúba, meia légua distante da Manga, e quatro e o canal do Tapary, pelo qual se vai ter a Barra de S. Cae-
meia da villa: e o sargento-mór Raymundo nos Morriahos, tano ».
havendo-se casado com uma lilha de Timotheo Gonçalves da
Costa. Ap demorado pleito jurídico, que teve de sus eatar
)S
POÇÕES. Riacho do Estado do Piauhy, nasce na faz?nda de
Bernardo Gonçalves da Costa com os fidalgos de Portugal Santa iMaria, banha o mun. deS. Raymundo Nonato e desagua
sobre as terras havidas por compra ao capitão Bento Garcia no rio Piauhy, na fazenda Picada.
Leal, dí)OU aqiieUe Timotheo meia 1 gua de terreno em quadro POÇÕES. Riacho do Estado do Piauhy, rega a com. de Barras
por escriptura passada pelo padre Vicente de Araujo Franco, e desagua no iMaratauan. Possue uma ponte de madeira cons-
sendo testemunha José Joaquim Fragata, em 3 de agosto truída pelo antigo governo provincial.
de 1830. ao Divino Espirito Santo dus Poções, para nella se
edificar a casa de oração com essa invocação. A capella ini-
POÇÕES. Riacho do Esiado do Ceará, nasce de uma rami-
ficação dos morros da Forquilha, banha o mun. de Ipueiras e
ciada por Jo=é Joaquim dos Santos, genro do sargonto-mór
desagua no rio Acarahú.
Raym\indo foi edificada pelo capi tão-mór João Dias de Aiifanda
em 1842 e terminada por seu sobrinho o capitão .Antonio Co- POÇÕES. Rio do Estado, da Bahia, nasce no morro Preto,
elho de Sdmi)ai<i. » A Lei Prov. n. 1.848 de 16 de agnsto de tendo suas cabeceiras em matta virgem, cinco léguas distante da
1878 elevou-a á parochia , e a de n 1.986 de 26 de junho de 1880
. villa de Poções, afcravessa-a e faz barra no rio dn Cachoeirinha
á categoria de villa. Foi installada em 25 de abril de 1883. distante uma légua da villa. Seu curso é pequeno, de pouca
Sua pop. é calcidada em IS.OOiJ almas. A livoura consiste profundidade e de agua pesada.
na cultura do café, canna de assncar. mandioca, t ilíaco, algo- POÇÕES. Riacho do Estado da Bahia. afi'. do rio Gavião,
dão, milho, arri'Z, feijão, havendo tambom o cultivo d'" algu-
que o é do rio de Contas.
mas espécies de fructas. A principal criação é de gado cavallar,
muar e vaccum, em que consiste o principal ranio de expor- POCÕSS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o
tação, além da criação de gado lanigero e suino para con- mun. do Curvello, e desagua na margem esq. do rio Bicudo.
sumo do mun. A industria fabril consiste em assucar, aguar- (Inf. loc).
dente, faraó, farinha de mandioca, e milho; obras de olaria, POÇÕES. Serra e córrego do Estado de Goyaz, nas divisas do
como sejam louças de barro, telhas e tijolos. A exportação se presidio de Santo Antonio. O córrego desagua no rio das Arêas
limita ao café. assucar e aguanlente, já extrahidos da canna, pela margem esquerda.
já da jaboicaba que ,se presta maravilhosamente para o vinho
(delia e do maracujá se extrahe tamt)em bom vinagre),; fumo, POÇÕES. Rio do Estado de Goyaz, ali. da margem esq. do
farinha de mandioca, feijão arroz, milho, queijos e requeijões: S. Bai-tholuraeu, que o é do Corumbá.
gado vacoum, cavallar. muar e toucinho. Contém os seguintes POÇÕES. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. da margem esq.
arraiaes : Areào. Bocca do Matto, Porto Alegre, Passagem de do ri.) Claro, trib. do Arag':aya. Nasce na serra do Cayapô-
Sant',Vnna. Gavião. Jequié. Morrinhos e Benguela. Tem além sinho; corta na secca. chegando entretanto nas aguas a empatar
da egreja matriz, as capellas do Areâo, dedicada a N. S do
dedicada N. da Purificação, a de
passagem e a espraiar-se muito. (Ba.ugi O Far-West do —
Livramijnto. da Volta a S. Jirasil )
Monte Alegre, dedicada a S. .vntonio. a das Salinas dos Cae-
tanos, dedicada a Santo .Antonio, a da Boa Viagem dos Gomes, POÇÕES. Bahia á margem dir. do Guaporé, acima logo do
dedicada a S. José, e a dos Morrinhos dedicada a S Antonio. Galera ; no Estado de Matto Grosso.
Tem duas eschs. publs deinst. prim. creadas pelas Leis Provs. POÇO ESCURO. Log. do Estado do Ceará, no termo do
n. 717 de 18 de novembro de 1858 e 1.562 de 28 de junho de .\carape. Depende do distv. policial de Calaboca.
1875. Agencia do correio. Dista 12 léguas da Victoria, 25 do
Brejo Grande, 40 de Maracás e 60 mais ou m -nos de Arèa. POÇO FEIO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dislr. de
Por Acto de 3 de agosto de 1892 foi incorporada á com. de S. Peilro.
Condeuba. POÇO FEIO. Riacho do Estado das .Vlagòaa. Banha o mun.
POÇÕES. Florescente e populoso pov. na com. de Cimbres de "\'i)la Viçosa a desagua no Parahyba.
e Estado de Pernambuco.
POÇO FRIO. Arraial do Estado de Pernambuco, no termo do
POÇÕES. Pov. do Estado das Alngôas, no mun. do Penedo. Villa Bella.
POÇÕES. Antigo dist. creado no termo do .Araxá do Estado POÇO FUNDO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
de Minas Geraes pelo art. I § I da Lei Prov. n. 1.198 de 9 rte de Agua Preta.
agosto de 1864. Orago S. Jeronymo. Foi esse dist. supprimido
pelo art. II § II da Lei Prov. n. 1.713de 5 de outubro de 1870 e POÇO FUNDO. Ldg. do Estado de Pernambuco, no mun. do
restaurado pelo art. VIII da de n. 1.999 de 14 de novembro Brejo da Madre de Deus comumaesch. publ. de insir. prim.,
;

de 1873. creada pela Lei Prov. n. 786 de lide abril de 1868.


. . . .

POÇ — 260 — POÇ

POÇO FUNDO. Lo"-. do listado do Espii'ito Santo, no mun. do extenso lago Piranema, que secca no verão, não tem Poconé
fonte alguma, o os seus liabs. servem-se de cacimbas, ou da
de Vianna com uma esch. piibl. de instr. prim. cpeada
pela
;

Res. Pres. de 3 de de/.emlira de 1880.


agua do corrego-Bento Gomes. Possueuns 2.000 habs. Foi creada
com. pela Lei Prov. n. 598 de 19 de maio de 1883, que consti-
POÇO FUNDO. Log. na E. F. d^ Campos a Caransolla ; tuiu-a com o termo de seu nome, desligado da com. de S. Luiz
com uma riuencia do correio, creada pela Portaria de 20 de junho de Caceres, e classificada de 1^ entrancia pelo Dec. n. l49 de 13
dn i8S5. Fica no mun. de Santo Antonio de Padiia do Estado do de janeiro de 1890. Agencia do correio. Sobre suas divisas vide:
Rio de Janeiro, á margem esq do rio Murialié E' o ponto ter-
. .

Lei Prov. n. 530 de 5 de setembro de 1881, n. .590 de 19 de maio


minal do ramal do Patrocinio e dista lk,857 da Cli:ivJ, da qual de 1883. E' ligada a Cuyabá por uma estrada cortada pelos ri-
é separada por aquelle rio. beirões Aguassú e Formigu iros. O mun. é regado pelos ri-
POÇO FUNDO. Log. do Estado do Paraná, á margem do beirões Bento Gomes, Frei Manoel, Cacunda, Sangrador Grande,
rio Cnbatão-mirim Macacos, Flexas e outros. Tira seu nome dos seus primeiros habs.
da E. de E. do Caranpola, no Estado a nação dos Beri-pocoiiés que ahi vivia. Descobertas minas de
POÇO FUNDO. Ramal ouro em 1774. tres annos depois, em agosto, fez-se a repartição
do Rio de Jan-ir). Tem as estações de Iiaporuna, Retiro,
das terras au iferas e em janeiro de 1781, de ordem do capitão
;
Lage e Poço Fundo. general Luiz d'.Albuquerque. o mestre de campo Antonio José
POÇO FUNDO. Serra do Estado de Minai Geraes, no mun. Pinho de Figueiredo impoz-lhe o nome de Arraial de S. Pedro
de Santo Antonio do iMacliado. Pa%?a a 18 kiís. do dist. do de El-Rei, em honra do rei D. Pedro 3" o que se executou em 21
Campestre desse mez, tendo então de pop. mais de 2.100 habs.
POÇO FUNDO. Ribeirão do Estado do Paraná, alT. do rio POÇO PRETO. Pov.do Estado de Pernambuco, no dist. de
Capão das Almas. N. S. do Rosario da Várzea.
POÇO FUNDO. Ribeirão do Estado de Santi Catba"ina, POÇO PRETO. Log. do Estado das Alagoas, no Poxim.
affl. doGuabiruba do Norte, que o é do Itajahy-mirim.
POÇO RASO. Cachoeira no rio Paraguassú e Estado da
POÇO FUNDO.
Ribeirão do lOstado de &-'anta Catharina, Bahia
corre para o (Jasj.ar Pequeno. Recebe o ribeirão do Rucha. POÇO REDONDO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
POÇO FUNDO. Rio do Estado de INIinas Geraes, affl. da de Goyanna.
margem dir. do Andrequicc, trib. do Parauna (inf. loo.) POÇO REDONDO, Arraial do Estado das Alagoas, na
POÇO FUNDO. CachoMra no rio INIuriahé, tiib. do Parahyba Branca.
do Sul, nas divisas do Estado do Rio de Janeiro. POÇO REDONDO. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. do
POÇO FUNDO. Porto á margem dir. do rio Grande, na Purtoda Folha. Criação de gado.
estrada de Campo Bello para Dores, no mun. do Campo B-dlo, POÇOS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. da Ga-
Estado de Minas Geraes. melleira
POÇO GORDO. Log. no mun. de Campos do Estado do Rio PÓÇOS. Log. do Estado da Bahia, no mun. de Campo
de Janeiro, com uma esc. pub. de inst. primaria. Formoso.
POÇO GRANDE. Log. do Estado do Paraná, no mun. da PÓÇOS. Serra do Estado da Bahia, a cinco léguas da villa
Palmeira. da Conceição do Coité.
POÇO GRANDE. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de POÇOS, Ribeirão do Estado do Paraná, aíf. do rio Negro.
S. Luiz de (Juitunde.
POÇOS. Serra do Estado de iMinas Geraes, no mun. de Poços
POÇO GRANDE. Log. do Estado do E. Santo, no mun. de
de Caldas. E' um galho da serra do Carocol, perten'.-ente ao
Itaiieiiiirim. 11a ahiumvallão.
systema da Mantiqueira.
POÇO GRANDE. Bairro do mun. de Taubaté do Estado de
POÇOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, nasce na serra
S. Paub), com uma e;c. publica.
do seu nome, no logar denominado Teixeira, percorre a pov.
POÇO GRANDE. Log. do Estado de Minas Gíraes, no mun. de PÓÇOS de Caldas e desagua no rio das Antas. Recebe o ri-
da Ponte Nova. beirão da Serra e o córrego do Meio.
POÇO GRANDE. Log. do Esiado de Coyaz. nas margens do POÇO SAGRADO. Log. do Estado de Pernambuco, no dist.
rio Crixás, mun do Pil a". Por Acto de 23 de março de 18SG foi da Luz e mun. do S. Lourenço da Matta.
para abi transferida a sé le do presidio de Nova Belém.
POÇOS DE CALDAS. Pov. do Estado de Minas Geraes,
POÇO GRANDE. Log. do Estado de Matto Grosso, á mar- no mun. de Caldas, cerca de 25 kils. desta cidade; cm uma
gem dir. do rio Cuyabá, no distr. de S. Gonçalo. immensa bacia orlada por montes de pequena elevação e corta-
POÇO GRANDE. Riacho do Estado das Alagoas, afll. do rio
da por dous riachos de chrystallinas aguas. Em frente da pov.
Parahyba. ergua-so uma grande serra coberta de luxuriante vrgetaçãu,
sobresahindo as palmeiras e os pinheiros no meio das arvores
POÇO GRANDE. Riljeirão do Estado de Santa CatUarina : seculares que ahi existem. Ao longo do ribeirão, que passa no
desagua na margem dir. do rio liajaby-assú abaixo da foz do centro da pov., existem tres fontes thermaes, conhecidas pelos
Gaspar. nomes de Pedro Botelho, Mariquinhas e Macacos. Não está
POÇO GRANDEDE TREMEMBÍI. Bairr > do mun. de bom averÍLTuado si estas aguas são ou nã sulpluirosas, vist não
i i

Trenr-nibc do listado de S. Paulo; com uma esch . publ. creada terem ellas sido submettidas a um exame chymico, a julgar-se
pela Lei ii. 101 do 24 de setembro do 1S'JÍ. porém, polo cheiro que ellas exhalam, parece conterem sulphur.
POÇO LIMPO. Districto da fr,-g. de Macahyba, no Estado O que, porém, está fura de duvida é que ellas muito aprovei-
tam na.s moléstias syphiliticas, rheumaticas e até nas dispeji.íias
do R. G. do Xorto com uma sch. pubi. niixta do inst.
mais rebeldes. Formava antigament um dist. a queo art. V.
; c

'
prim., creada pela Lei Prov. u ',120 de 13 de mar^'o de IS."^4.
.

da Lei Pr iv. n. 2.085 de 24 de dezembro de 18S4 donominnu .Y.


POÇO MAGRO. Log. do Estado do Piauliy, no rio P.ity. .S. (l í Sande das Aguas de Caídas. Foi creada IVeg. pela Lei
POCONS. Cidade o mun. do listado de Maito Grosso, na Prov. n. 2.542 de 6 de dezembro de 1.879. Villa com a denomi-
com. u nome, na margem occ. do rebeii'ão Beiílo Oonies, uns
il" si nnçãn de Poços de Caldas, Lei n. 3.0.59 de 1 de s'tembro d? 1888.
lOJ a 1 lo da capital. Orago N. S. do líosario o diocese de
liils. .\gencia do correio. O Sr. Dr. Eiras, em nmas Tmpre<fuís de via-
Cuyabá. Foi estabel cida a 21 de janeiro de 17^1 com o nome de gem, ]jublicudas em abril de 1881 no Jornal do Co)nníarcij, á\'í
S. Pelro d'liI-Rci. O seu nome actual lhe foi dado em 18 de o se.iruiule a respeito das aguas de Caldas. « Antes ne entrar
dezembro de elo general Caceres. l''oi cieula jiarocliia
| na de5ci-ipção exacta da vida desouidiula que alli .se pa^sa.devo
pela líesol. de 'J (b; agosto de I8l7. eleva l.v á categoria de villa iJiii iilnno da verdafte. como testemunha occiilar, e na qualidade
)
or lie;, de 2'> deruitubi-o de 1831 e á cidade por Lei Prov. n. 1 de medico alle.5tar as vantagens doí elementos naturaes. ricos e
de Ide julho de 1863. A sua maior riqueza consiste na grande cliei ís de encantos daquelle local tornando-se- por isso mais
;

quantidade de líado. cm razão da natureza de .seus campos e da saliente a incúria do homem \ povoação de Poços de Caldas
!

existência dás salinas. Nâoobstant! esiar situada a uma hgua csUi em uma elevação de 1,2<I0 metros acima do nivel do mar.
POÇ — 261 — PQÇ

A sua afchmosphera é pura e a sua temperatura muito agradá- regimen no tratamento, via que para a maior parte dos doentes
vel no verão, isto é, coimo se diz : temperada. A povoação é tudo isso era inútil, porque elles faziam o que entendiam. As
toda cercada de montanhas algumas pedregosas e a maior parte aguas dos poços já descobertas, e que são aproveitadas, offere-
coberta de relva e matfco virgem. Tem uma grande praça cuja cem á humanidade sotfredora elemento? therapeuticos de se-
área talvez sej i de 3.500 sabre 2.000 metros, e algumas ruas, gura edicacia para a cura de muitas moléstias e allivio de outras
E' naquella que se acham os edifícios principaes, occupados por tudo demonsirado em factos qne_ se i'epetem ha muitos annos,
hotéis e casas de negocio. Nestas também se encontram algu- não obstante o seu usoe applicaçao não serem feitos de um modo
mas casas bjas, armazéns, etc. A sua população lixa é de 1.500 conveniente e scieii tilico. Ku experimentei estes desagradáveis
habitautíS. Não possua nenhum templo! Não ha comraercio, resultados, porque tentei tomar alguns banhos sem a menor
industria e nem lavoura. Toda a sua vida depende de suas precaução. Quiz apenas observar a temperatura, a sensação
aguas raineraes. Acredita-se que a formação daqualle terreno do agradável principio bareginoso ter o estimulo de quê o
;

seja de origem vulcânica, já consolidada pela sua longa exis- organismo se resante com este? banhos thermaes. Não obsiante,
tência. Atravessa o povoado um grande rio e um riacho; em têl-os usado na Europa em Wildbad, em Vicby etc Quiz co-
pequena distancia de seu entro, existe uma bonita cascata de meçar por onde todos acabam, pelo Pedro Botelho, porém, renun-
um lado, e do outro, junto a uma floresta, nascentes de crystal- ciei em vista do conselho que me deu o empregado doz banhos,
lina e pura agua. Predomina em suas montanhas o granito e que me preparou uma banheira dizendo-me ser fonte Botelho
o cobalto ; em sua superfície plana a celebre terra roxa formada Júnior, isto é aquella primeira modificada. Entrando no tal
sobretudo por elementos ferruginosos, e outros que resultam banho, julyuei-me escaldado, não obstante, procurei mergulhar
de estudos sévios feitos pelo professor Gorceix. A sua ri- a cabeça. Este ultimo e imprudente acto, auxiliado pelo calor
queza e importância nasceu de suas aguas maravilhosas, ma- do sol (2 horas da tarde) que abafava o tal gabinete de madeira,
ximé pela sua thermalidade, de incontestáveis vantagens determinou-me um affluxo de sangue para a cabeça e uma
nas moléstias articulares clironicas, rheumaticas, syphi- tal dyspnéa que pulei como gato passando sobre brazas. O pri-
liticas, escrophulosas, paral.yBÍ:JS funccionaes, etc, etc. e em meiro Ímpeto f li de sahir em acto continuo da tal gaiola po-
;

todas em que o principio salutar da sudação, isto é, da illimi- rem, o juizo não tinha de tudo desapparecido além disso
:

nação pelo suor dos elementos mórbidos for indicada nas af-: um abundante suor sobi-eveio, derivando tnda aquella fluxão
fecções da pelle de forma chronica e nas que são determinadas sanguínea. Preparei-me e sahi leve e fresco. A' vista do
nos paizes quentes pela viciação da nutrição alterando o pig- occorrido mudei de plano. Fui á fonte Macaco por onde todos
mento. Se da analyse das aguas dos Poços da Caldas se veri- começam, e ainda assim fiz baixar a temperatura a 36 grãos.
fica que ellas são alcalinas, brandas, contendo gaz sulphydrico Tomei este banho ás 3 1/2 horas da tarde, quando o thermo-
livre e matéria animal, etc, os seus effeitos salutares em ou- metro marcava 15 gráos. Depois de uma immersão de 10 se-
tros estados mórbidos como me refirio o digno medico do logar gundos e repouso com alguma transpiração de meia hora, vol-
o Sr. Dr. Pedro Sanchos, como sejam nos catharros das mucosas tei para a minha residência sem a menor cautela, recebendo um
em geral, maximé dos órgãos respiratórios mesmo na asthma, frio glacial ! Resultou-me uma formidável angina que me poz em
nos do útero, nos engorgitamentos dos órgãos abdominaes (por apuros durante alguns dias. O histórico destas minhas explicações
elTeito mesmo ria acção purgativa) não podem ser ejcplicados é umal ição para o? que forem usar daquellas a?uas não procede-
somente pela thermalidade mesmo porque os doentes também rem da mesma forma. Si succíssos mais desagradáveis ainda não
são subordinados ao uso interno das aguas. E' principio cor- tem occorrido aos imprudentes, não estão por isso livres delles ».
rente que a analyse das aguas mineraes não attinge jamais á O Dr. Pedro Sanches de Lemos publicou na Rev. do Archivo
sua composição intima. Os seus elementos mineralisadores são Publico Mineiro (.Vnno 1, Fascículo li) a seguinte noticia a
estudados em separada. Determinar a maneira por que elles se resjieito desse muu.; «Este mun que unicamente compre-
,

associam e o estado de combinação em que elles se achavam, é hende o território da freg. e hojeVilla de Poços de Caldas, está
possível de um modo approximativo, em virtude dos progressos situado aSO. do lOstado de Mi. ias, entre. Caldas. Campestre,
da sciencia, porém em condições exactas e seguras não nos é S. José dos Botelhos, Cacoude (S. Paulo), Sapecado (S. JPaulo),
dado affirmar ; o mesmo em relação a sua acção sobre o organis- S. João da Boa Vista (S. Paulo) e a Villa do Caracol, a 2 1/2
mo, pois, o corpo do homem representa um laboratório, onde léguas da serra limitrophe com o Estado de S. Paulo; a área
associações chimica-; diversas se operam entre os princípios da villa, gratuitamente cclida ao antigo governo da Prov. de
competentes das aguas e os da economia animal. As analyses Minas pelo proprietário Junqueira e sua família, no dia 6 de
tendo em alta importância os principies minoraes e salinos das novembro de 1872, consta de 96 hectares e oito décimos de ter-
aguas, pouco consideram a matéria animal, limitando-se ape- reno. As divisas do dist. com a parochia de Caldas começam
nas a mencional-a no entretanto, estes princípios orgânicos
; na barra do ribeirão das Campinas com o rio Pardo, por
bareginosos (baregina. glerina, sulfuraneo, etc), que existem aquelle acima subindo pelo córrego do Maribondo, e da cabe-
em quantidade, não poderão ter grande acção therapeutica ? Eu ceira deste em linha recta até o rio das Antas e por este
estou disso convencido, lista matéria bareginosa que observei abaixo até fazer barra coin o rio Pardo, donde segue rio acima
nas aguas dos Poços de Caldas, em quantidade tão considerá- até a barra do ribeirão das Campinas, onde as divisas ti-
vel, não pôde ser despi-ezada, deve psssuir propriedades thera- veram principio. «A villa, escreveu o Ur. lízequiel Corrêa dos
peuticas bem assignaladas .Dizia com alguma paridade um Santos, está assentada sobre um largo valle formando uma área
medico vergado na hydrologla, que o caldo de vacca, não devia de terreno perfeitamente plano, circulada por uma linha de
a sua propriedade nutritiva senão á matéria animal, e não aos morros, em geral apenas cobertos de relva, entre os quaes se
saes que tinha em dissolução. Continuando a analyse do estado nota uma collina pedregosa, completamente despida de ijual-
presente desta localidade vè-se que os estabelecimentos balneá- quer vegetação, de cujo cimo se divisam para todos os lados
rios teem melhorado um pouco. São construídos de madeira, magníficos panoramas. Do lado opposto existe uma serra
inclusive as banheiras estas são, porém, insufficientes, não
; mais elevada, serra dos Poços, em cuja base se vè uma bella
oflerecendo o conf irto e as precauções indispensáveis para o uso matta O terreno sobre o qual assenta a pov. é cortado por
de banhos thermaes. iCxiste hoje, em Poços de Caldas, quatro um pequeno rio, ribeirão dos Poços, que corre muito próximo
lontes d'aguas mineraes: Pedro liotdho. Mariquinhas, Clii~ ás fontes thermaes, quasi encostado a ellas e em cujo -elo des-
quinhi e Alacaois .A primeira tem a temperatura de 45" na pejam estas constantemente o excesso de suas aguas, sempre
superfície e 46° no fundo. As duas outras de 44 e a ultima de abundantes ha, além deste, dous outros, o ribeirão da Serra
:

Ai" nas banlieiras e 42° no poço Não conheço a origem destas e o córrego do Meio, aíls. e tributários daquelle.» Como o ri-
denominações, a não ser a da primeir:i, que parece depender, de beirão dos Poços caiie no rio das Antas e este no rio Pardo,
s la alta temperatura, por serem as caldeiras do inferno, conhe- que desagua no rio Grande, podemos dizer que esta vill i está
cidas entre o vulgo pelo nome de Pedro Botelho. O uso das situada no valle do rio Grande e na bacia do rio da Prata. O
Mguas dos Poços é principalmente em banho. Também se pres- ribeirão de Poços, qiie nasce na serra dos Poços, a mais de
creve internamente, porém tudo é feito de um modo arbitrário duas léguas do património, no ponto denominado 'Ici.vcira,
e inconveniente : sorpreendendo que muitas vezes não determine |iercorri' toda a área da povoação de nasceu |i' a poenle, iuilo en-
ronseqiiencias de-agradaveis. .'Vinda me lembro da ingenuida-
de com que um dos aquáticos me disse, que em muitos dias cn-
liara — dous Botellios —
isto é, tomara dons banhos de tMiípc-
ratura de 46* ! O illustrarlo medico do logar, o Sr. Dr. Pedro • Ksta matta quasi que closappareceu lioja, por, .amor do in.icli.nfo
Sanches, me refirio que, não olistante os seus conselhos aos que o e do fogo, apezar dos nossos Jiiiíiis xeiíeioeiítesj; protestos. Nunca s©
ííjnsuUaram, lazeado-lhes sentir a necessidade de melhodo c vui maior despreso poios ooiisollio.s da liygioaa.
POÇ — 262 — POÇ

contrar o rio das Antas apouca distancia da -villa. A serra de porque podemos fornecer-llie, a par de tim clima ameno, carne,
Poços é um D-allio da serra do Caracol, e esta pertence ao sys- pão e vinho. Quanta riqueza desaproveitada. Ainda ha na
tema orographico da Mantiqiieií-a. A pov., lioje villa de Poços villa grandes quedas dagua, que podem mover maehinas desti-
de Caldas, começou em março de 1873, época em que o enge- nadas ao preparo da lã e da seda, assim como ao faliríco dos
nheiro Honorio Henrique Soares do Couto, por ordem do ex- artefactos correlactos. E tudo jaz para ahi, desaproveitado e
senador Joaquim Floriano de Godoy, então presidente da an- sem destino As mattas do mun., scfi-ados e capunras. estão
!

tiga Prov. de Minas, dividiu em lotes a parte do património, para os campos, nas seis fazendas do dist., como tres para uma.
que foi primitivamente edificada: antes de se executar aquelle Ha ainda aqui florestas virgeLis em todas as fazendas, que per-
serviço, só existiam aqui quatro casas cobertas de telhas: tencem ao coronel Agostinho José da Costa Junqueira,
quem vinha usar as aguas thermaes ou mandava construir ao major Joaquim Candido da Costa Junqueira, ao capitão
rancho ou trazia barraca; disto posso dar testemunho, porque Manoel Junqueira, ao cidadão Joaquim Bernardes Junqueira,
me mudei para Poços naquelle anno. Esta pov. Ibi elevada a ao cidadão Amónio de xVndrade Junqueira e ao cidadão Manoel
dist. de paz. sob o nome de freg. de M .S. da Saúde das de Andrade Junqueira. Antes da P.eptiblica, se vendia em
Aguas de Calda", pela lei n. 2.542 de 6 de dezembro de 187Í), Poços o alqueire de campo por 60Ç e a de matto entre 40§e 50^.
e elevada á villa em 1890 pelo então governador de Minas Hoje, fazendeiro algum vende terras, iiorque ninguém quer irocar
Dr. João Pinheiro da Silva. Os intendentes —
Dr. Oscavo Corrêa o que tem um valor real por pedaços de papel, que pouco valem.
Netto, presidente, coronel Agostinho José da Costa Jimqueira, Como quer que seja, vamos em progresso, por amor do influxo
capitão Manoel Junqueira, Aureliano de Campos Camargo e suggestivo de S. Paulo. Na fazenda do Barreiro, graças a inter-
Antonio Ferreira Rodrigues foram nomeados por acto de l'J de venção do dr. Martinho da Silva Prado Júnior, ha bois, vaccas,
maio daquelití anno e a villa installada no sobrado de residên- cavallos, jumentos, porcos, carneiros e cabritos de superior
cia do cidadão Francisco Joaquim Pinto, no dia 30 do mesmo qualidade, o que sem duvida muito tem melhorado a nossa ron-
mez. O progresso de Poços de Caldas, que se pode datar do ceira industria pasioril. Nas fazendas do município empre-
dia 22 de outubro de 1886, porquç naquelle dia se inaugurou o gam-se o arado, as maehinas de debulhar milho e de preparar o
ramal de Caldas, pertencente á linha Mogyana, com a assis- fubá, assim como excel lentes engenhos de serra, movidos a vapor
tência dos soberanos do Brazil, naquella época, tem sido ex- ou á agua, para o beneliciamento da madeira. Infelizmente,
traordinário, e, podemos dizsl-o, em inteira contraposição com por causa da escassez do braço, o cultivo dos cereaes tende
o que se nota nas outras povs. do sul de Minas. Querem a diminuir ; todos quei-em plantar e colher café. Os traba-
uma prova ? Ha cinco annos que o auotor desla noticia, for- lhadores agrícolas são estrangeiros em geral, prinoipalij-iente
necendo dados ao hoje illustre director desta Revista, e do Ar- italianos; elles se dedicam ao serviço dos cafezaes, que já
chivo Publico Mineiro, para a patriótica obra da confecção da recebem plantados pelos trabalhadores nacionaes mas explo-
;

Chorngraphia Mineira, deu como existentes nesta villa 282 ram a pequena lavoura, cujos géneros são consumidos no
casas e 50 em consti-ucção, 20 ruas e uma praça —
a Praça do mercado de Poços, fartamente abastecido. Pela formação de
Senador Godoy. Pois bem: neste curto espaço de tempo tudo cada alqueire de café, com 75 X 75 braças o fazendeiro paga
mudou: temos hoje em Poços 541 casas construídas, 53 quasi a quantia de 800$ anniiaes por espaço de quatro annos, sendo
concluidas e 93 em começo de constnicção tres praças— a os pagamentos feitos na fórm<i ajustada. O que é certo é que a

:

Praça do Senador Godoy — a Praça da Independência


, e a única colonisação que nos convém é a italiana, a portugiieza e
Praça da Columbia — , ao passo que as ruas são hoje (27 de a hespanhola, porque só aquella gente tem comnosco a com-
junho de 1896) 28. Não será este progresso verdadeiramente munidade de raça, de religião e de hábitos sooiaes, diversili-
americano? Certo que sim. E note-se: entre as casas cons- cando po';co as respectivas lingua.s neste particular Oliveira
;

truídas em Poços ha vivendas de primeira ordem, com agua, Martins tem carradas de razão ( O BraziC c as C"lo>nas portu-
esgotos de aguas servidas e matérias fecaes, banheiras, guezas). Inferir-se-ha daqui que outras colónias estrangeiras
chuveiros e latrinas modernissimas. . .Póde-se dizer que não não nos possam prestar serviços? Absolutamente não. Basta
ha casa nova construída em Poços que não tenha estes melho- dizer que ha aqui em Poços uina chácara modelo, pertencen te a
ramentos, que se notam em quasi todos os hotéis da localidade. allemães ( Dwt hhixc Landgtit de Carlos Maynald & C. ). a
Ha mais: é raro encontrar-se em Poços uma casa que não tenha qual se recommenda á attenção dos visitantes pela sua grande
agua dentro, e como a agua é aqui abundante, agua da Serra área e importantes traba' hos, referentes ao plantio da videira,
e batida pelo ar. denti'0 de pouco tempo não teremos na pov. uma das batatas e das hortaliças, assim como pelos serviços de
habitação que não seja perfeitamente saneada, mormente por- apicultura. Era Poços de Caldas, á excepção dos dous estabele-
que a Camara Municipal trata com sério empenho de estabe- cimentos balneares — o EsUiliclecimento Velho e o dos Macacos
lecer quanto antes uma rede de esgotos para toda a villa, a — e da Capella do Senhor Bom Jesus, não temos edifícios pú-
qual será seguida de outras medidas de saneamento geral. blicos basta dizer que a Casa da Camara, provisoriamente
;

Mais ainda: Calculando que cada casa em Poços custasse o assim denominada, é propriedade do capitão Manoel Junqueira,
preço de 5:000$, o que aliás é modestíssimo, porque ha aqui que a cedeu á municipalidade para que nella se realizassem as
riCMS habitações (e o custo das edificações é caríssimo), temos sessões da Camara e servisse de cadeia, até que o municijiio
que o capital aqui immohilisado em construcções orça, diga- tivesse recursos para edificar prédio adequado áq lelles lins. A
mol-o assim, por 3.500:000$. Não será isso pai'a admirarem Capella, do Senhor Bom Jesus, edificada á custa dos esforços
uma pov. cujo progresso é em geral de uma desanimadora mo- dos prestimosos cidadãos Antonio Ferreira Rodrigues, José
rosidade? Em 1891. escrevendo sobre este mesmo assumpto, Pinto Barbosa e tenente-coronel Sebastião Fern.indes Pereira /

avaliei em 2.000 os habits. de todo o dist. Pois bem. a pop. os dous primeiros infelizmente já fallecides, é pequena e mo-
fixada da villa pôde ser avaliada hoje em 3.500 habts. e a do desta mas se acha perfeitamente apparelliada. Os dous esta-
;

dist. todo em 4.000. Já não será isto caminhar para a frente ? belecimentos balneares, cada qual guardando a forma de uma
Situado na zona do campo, o distiúcto de Poços, como de razão, barca da Companhia, Perry, só facultam presentemente aos ba-
tem ao demais bellas mattas, que são aproveitadas para o cul- nhistas o uso de banhos do agua corrente ou dormente, de tem-
tivo dos cereaes e o plantio do café. o qual vai sendo feito ein peraturas diversas: o velho tem 59banh'iras, 26 de pruneira
larga escala na fazenda do Barreiro, propriedade do coronel classe e 33 de segunda, semlo as jirimeiras de cimento e as se-
Agostinho José da Costa Junqueira, que, com seus lilhos e gundas de cedro o novo, o dos Macacos, inaagurado no dia 27
;

genros, já colhem boa porção do precioso prodncto. íVs mattas de fevereiro do corrente anno ( 1896 ), tem 24 banheiras, li de
do dist. fornecera estimadas madeiras, o pinho, o oleo verme- primeira classe e 13 de segunda. As banheiras dç primeira
lho, o oleo pardo, o páo Brazil, a peroba, a pereira, o ipé, o classe são de azulejo, perfeitamente trabalhadas, as de segunda
jacarandá, a canjerana, a massaranduva, o dedal, o sassafraz. o classe são de cedro, mais liem feitas do que as antigas o antigo
;

cedro e a amoreira, que são empregadas na construcçâo das estabelecimento, inaugurado a 7 de aljril de 1885. tem dous
casas e no fabrico da mobilía, pelos marcineiros e constructores reservatórios de peroba, cada um com a capacidade de 20.000
allemães e it.ilianos, que abundara em Poços de Caldas. Os litros, destinados a receberem, durante a noite, a agua da fonte
campos, cobertos de capim mimoso, são aproveitados para a dos Macacos, habilitando assim a Empreza Balnearia a fornecer
criação do gado e a exploração da lã (em p-quena escala), banhos de diversas temperaturas ; o velho estabelecimento tem
assim como para a venda do leite e dos lacticinins mas os cam-
; um re.servaiorio de cimento, deforma ovolar, de uma capaci-
pos de Poços servem perfeit mente para a criação de carneiros
i
dade de 12.000 litros, porque do contrario seria impossível
merinos, que fazem a riqueza do Rio da Prata, para o plantio darem-se banhos, por isso que a fmte dos í^Iacacos só tem um
do trigo, que é uma das riquez.as da Rússia, e para a e.^iplora- deliilo de 128.160 litros era 24 horas. Sabe-se. porém, que a
ção da industria vinhateira ; aqui o immigrante se pode lixar, Empreza Balnearia foi encampada pelo Governo do Estado a

1
POÇ — 263 — POÇ

30 cie março deiste aano e arrendada ao auclor desta noticia José Caetano de Oliveira Guimarães, David Ottoni e o auctor
pelo prazo de 22 annos. Nos termos do conti'acto celebrado com desta noticia, e todos elles se interessam vivamente por esta
o Governo, o arrendatário .srganizou nnia socieilad^^ composta dos magna questão, sempre dispostos a s cundar os esforços da j- m
Drs. Antonio de Pádua Assis Rezende, Gabriel de Oliveira nicipalidade. Ainda bem A curioddade natural, que existe na
!

Santos e Marçal José dos Santos, sol) a firma de Rezende, pov., são as fontes thermaes e sulfurosas, as quaes compõem
Santos & C,da qual é elle simplesmente sócio commanditario, dous grup s hydrologicos: o de «Pedro Botelho» e o dos «Ma-
com o fim de expiorar o contracto de 30 de março, qne exige cacos». Antigamente as fontes thermaes constituíam < bar-
serias reformas nos actuaes estabelecimentos, d^, modo que se|am reiros » ou «bebedouros» frequentados pelos animaes do senão,
elles collocados a par dos melhores da Europa. O actual antas, veados, etc, de sorte que não é para admirar que
gerente da nova sociedade, Dr. Antonio de Pádua Assis os caçadorí^s portuguezes, nas snas excursões venatorias,
Rezende, homem activo, trabalhador e intelligente, está á viessem- ter aos Poços por alguns dos carreiros que alies con-
testa de todos os serviços de reforma dos estabeleciinentos duziam e a analogia entre essas aguas e as Caldas de Por-
;

e do Hotel da Empreza, animado da melhor vontade e tugal deu necessariamente origem á denominação de Poços
cheio de esperanças de ultimar em breve a sua pesada tarefa. de Caldas, que até hoje as fontes conservam. Foi daqui o nome
Tudo leva a crer que dentro de pouco tempo esta estancia bal- da cidade vizinha e do seu mun. (1). A elficacia das aguas ther-
nearia será doiada de importantíssimos melhoramentos, recla- maes de Poços de Caldas na cura do rheumatismo era conhecida

mados pela sciencia e pela nossa adiantada civilisaeão O grande muito antes de 1815, pois foi naquelle anno que o capitão Joaquim
negocio de Poços de Caldas é a exploração de hotel e de casas Bernardes da Costa, pai do major Joaquim Bernardes da Costa
para alugar aos banhistas. Assim, temos aqui, actualinenle, Junqueira emorador.na Conceição do Ri) Verde, distante de
15 hotéis: Hotel da Empreza, Hotel do Globo. Grande Hotel do Poços cerca de 30 léguas, vindo passar neste logar a sua terceira
Sul, Hotel Solferini, Hotel Central, Hotel S. Paulo e Rio, Hotel estação balnearia, tomou a resolução de fazer com que s^us fi-
da Estrella, Hotel da Aurora, Restaurante da Itália, Restaurante lhos requeressem diversas sesmarias nestas paragens; daqui nas-
Garibaldi, Hotel do Emygdio, Hntel dos Banhistas, Cassino, ceu a actual fazenda do Barreiro, que consta quasi toda das ses-
Restaurante de Roma e Hotel dos Macacos outros, porém, estão
; marias então requeridas, posteriormente compradas a seus ir-
em construcção. O numero de casas para alugar é assaz avultado mãos pelo major Joaquim Bernardes da Costa Junqueira. Foi o
— Ha aqui duas aulas publs. de primeiras lettras, a de D. Idalina conselheiro D. Manoel de Portugal e Castro, governador e capitão
Guilhermina de Andrade para o sexo fem., e a de D, Evange- general da capitania de Minas Geraes, quem concedeu, no dia
lina Mourão para os dous sexos, mas em salas separadas. As 23 de julho de 1819 a José Bernardes da Costa Junqueira uma
duas aulas teem a frequência legal. Ha tres coliegios excel- sesmaria de umaleqv-a df, terra cm quadra por serem campos na
lentes: o dí D. Laudelina Jerocy para o sexo feminmo o col-
; paragem do Pinhal, no sertão que fica entre a serra das Caldas a
legio Rosa, que pôde receber até 40 iilumnos e se acha bem o Rio Pardo, termo da villa da Campanha da Princcza. A
montido, e o do cidadão Bento Dias Ferraz de Arruda para o sentença civil da sesmaria do sesmeiro José Bernardes da Costa
sexo masculino. Todos estes estabelecimentos são muito frequen- Junqueira no logar e paragem do Pinhal, freg. deN. S. do Pa-
tados já por causa da excellencia do nosso clima, já por causa da trocínio do' Rio Verde de Caldas, foi dada, depois de sat sfeitos os
proficiência dos seus directores. O coUegio Ferraz já passou por tramites legaes, pelo Dr. Faustino José de Azeredo, juiz das ses-
grandes reformas e melhoi-amentos, de modo que pôde receber marias e demarcações da Campanha da Princeza, no dia 7 de
110 alumnos. O collegio Jerocy, que já comporta 50 alumnas, dezembre de 1820. sendo 1° tabellíão do publico judicial e notas
vai passar por transformações que o habilitem a receber mais — Manoel Lopes de Figueiredo. O auto de posse é assim conce-
discípulas. No collegio Ferraz en,sinam-se todas as matérias bido « Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cnristo, de
:

exigidas para a matricula nos cursos superiores e também His- 1820, aos treze diasdomez de novembro do dito anno, nestes
toria Natural, physica e chimica. No collegio Jerocy leccionamrse campos das Caldas e Ribeirão do Pinhal ou das Caldas, freg. de
todas as matérias estudadas em congéneres estabelecimentos. N. S. do Patrocínio do Rio Verde das Caldas, termo da villa da
Vai ser também installado, brevemente, o collegio Mourão, em Campanha da Princeza, Minas e com. do Rio das Mortes, e dentro
prédio bom, propriedade do Sr. Xandó. Destina-se ao sexo femi- das terras mencionadas na carta de sesmaria e Mercê feita ao
nino — Ha em Poços uma typographia, que publica a « Villa de sesmeiro José Bernardes da Costa Junqueira, aonde foi vindo o
Poços», sob a redacção do cidadão Adolpho Guimarães Corrêa; diio sesmeiro, junto com o Dr. Faustino José de Azeredo, juiz
a publicação é semanal. Antigamente, sob a redacção do tenente das sesmarias e demarcações da mesma villa da Campanha da
coronel João Pereira Elias Amarante, se publicou aqui o«CoiTeio Princeza. por provisão competente, e comigo escrivão do seu
de Poços», que começou a lõ de agosto de 1889 e parou em outubro cargo, adiante nomeado, ahi sendo sol fôra e dia claro, demos
de 1892 seguiu-se-lhe então a «Villa de Poços», cuja publicação
;
posse actual, real e judicial e corporal das terras medidas e de-
nunca foi regular. Como se vê, em que pese ao nosso progresso, marcadas, constantes do auto de medição, nestes mesmos autos
em Poços de Caldas está quasi tudo por fazer: não temos ruas descriplo, ao dito sesmeiro José BernardíS da Costa Junqueira,
e praças que prestem ; não temos serviço de aguas e de esgotos ;
quebrando elle ramos, cavando terra, lançando-a ao ar, e olhando
não temos illuminação publica ; não temos edificios públicos para a extensão das terras com animo de tomar posse delias, em
sinão em projecto, sendo que o nosso «Mercado», aliás farta- cujo auto disse eu escrivão tres vezes, era voz alta, clara e intel-
mente abastecido, é um edifício alpendrado, tosco, pequeno, ligivel. quí se havia quem se oppuzesse á dita posse —
apparecesse
immundo e grotesco! Não obstante a nossa falta de esthetica e e proferidas estas palavras, e feitas as ceremonias da Lei. não
de hygiene, vamos vivendo menos mal, porque este clima, que houve opposição alguma em vista do que houve elle ministro
:

é excellente, tem uma atmosphera rica de oxygenio, o qual vai por empossado das ditas terras, quanto em direito se requer, ao
queimando os detrictoa orgânicos accumulados na superfície do sesmeiro dito José Bernardes da Costa Junqueira, o que tudo
solo; mas dia virá, por amor do augmento da nossa população, presenciaram as testemunhas Manoel Cardoso da Silva e Elias
que o gaz vivificante não bastará mais e tremendas epidemias José Pereira e para constar faço este auto, em
; que todos as-
de febre typhoide farão aqui a sua apparição, si não tratarmos signam, o dito juiz, o procurador do sesmeiro e testemunhas
de sanear já e já este villa. E esle estado de cousas não p()de acima referidas, depois de lido jior mim, Manoel Lopes de Fi-
continuar. Poços de Caldas é uma estancia balnearia de pri- gueiredo, primeiro tabellíão do publico, judicial e notas, que o
meira ordem, frequentada annualmeiiti por mais de 2000 pes- escrevi e o assignei. —
Dr. .V/ereilo —
Manoel Lopes de Figuei-
soas e aqui tem vindo parar tudo que a pátria possue de mais redo —
José Bernardes da Cosl;i. Juni|ueíra —
Manoel Cardoso da
notável na politica, na sciencia, na litteratura, na arte, na in- Silva e Elias José Pereira » São qualro as fontes minero-thcr-
dustria, no commercio e na agricultura li pois necessário que maes que existem nos Poros de Cabias: Pedro liotelho 4l)'> —
, '

a nossa terra seja digna de nós e digna daquelf^s que a visitam MariqiiinJuí c Cliiqninha, hoje reunidas, —
44"; Macaeos — ;

anaualmente, e ella não o será emquanto não tiver hygiene, 37", 2 na nascente a temperatura desta fonte é de 41" 2. Não se
;

isto é, asseio, porqtie a limpeza é a própria civilisaeão; o asseio l)óde censurar a empreza lialnearía por haver mislurad" a se-
é a ordem, o methodo, a economia, a belleza, a saúde, a mora- gunda e a terceira fontes primo, porque entre ellas não ha
:

lidade e os bons costumes. Felizmente a nossa municipalidade,


qne está sob a direcção de um homem superior, comprehomle
tudo isto ejá metteu mãos á obra, de modo qne esta Icrra seja
bella e seja limpa, livre de outras moléstias que não as agudas
1 A fi-eguezia da cidade de Caldas foi creada \ie\o ;dvar;i de 27 d<>
do apparèlho respiratório, as quaes são próprias dos climas de março de liSi:i, e olevada a villa pelo S ío do art. lo da Lei ii. TM de
altura como o nosso. Ha mais: ha em Poços cinco facultativos, 1.S3U ; teve a categoria de cidado pelo art. I J da Lei u. tH;! de y do ju-
os Drs. Pi-ancisco de Faria Lobato, Augusto de Toledo Mattos, nho de 1S5'J.
foç — 264 — POÇ

differença de composiçfio chimici< aendo para notar que a tem-


; balneo-therapicos, augment mdo o seu Talor therapeutico o
;

peratura da Mainqicinha na. nascente é de 44'\ e a da Chi- estabelecimento balnear dos Poços da Caldas, á s.'melhança do
qi/ivha é de 44", (3; secundo, porque até 1877 as duas fontes não de Neris (Allier), do de Aix (Provença), do de Aii (Sabóia), só
se distinguiam, ambas eram usadas sob o nome de Mariquinha. fornece aos balneantes banhos do agua corrente e dormente ;

com a temperatura de 44".". Naquelle anuo o Sr. Manoel mas como o de Bagneres de Luchon pôde fornecer aos doentes
Franco de Araujo Vianna, de Santos, lembrou-se de uiilisar banhos, duchas geraes e locaes, piscina de natação, pequenas
M
uma das nascentes da ariquiiilia para banhos de demora, e piscinas, estufas, inhalação, humagc e pulverisação. Aciual-
para esse fim mandou fazer uma banheira, a que deu o nome de mente, fora do estabelecimento, no reservatório de Pedro Bo-
Paulista. Em 1878 houve unia-g'rande enchente do ribeirão dos telho, os doentes pod^^m fazer a inhalação dos gazes e a hiJinaf/e
Poços e a Paulista foi carregada pela enxurrada. Então os bal- ou respiração dos vapores da agua, e brevemente, dentro do es-
neantes. que na occasião estavam nos Poços, manda- tabelecimento, em banheiras de P classe, encontrarãc os doeiites
ram fazer outra banheira e recebeu ella do Barão de Campo estufas, que preencherão os seus fins. Como todo banho thei--
Myslico o nome de Chiqiíiiilia porque se verificou então
,
mal, o dos Poços de Caldas excita a superlicie da pelle, mas é
que as duas nascenles eram diversas, por causa da diíTerença uma excitação inteiramente especial, como diz Durand- Fardel:
da temperatura entre a MariquinJia e a Chit/iiitiha. A « E' esta especialidade, diz elle, que determina a conveniência
temi)era1;ura das fontes pôde ser considerada como fixa, e do banho salino para os escrofulosos, do banho sulfuroso para
isto está de accordo com o que diz Ch. Contejean á pag. 343 os darthrosos, do banho de Néris ou do Vidbad para os nevro-
dos seus Elementos de Geologia « A temperatura é constante
: paticos ». E é esta especialidade de acção, dizemos nós, que col-
para as fontes quentes ou muito quentes, e pouco variável loca as aguas thermaes dos Poços de Caldas, no terreno clinico,
para as outras. » Sabe-se que o centro da terra é incandes- ao mesmo nivel do grande e rico grupo hydrologico das aguas
cente e que o calor vai crescendo um grão centígrado por 25 sulfúreas sódicas de França, cuja riquez.a mineralógica não se
metros á medida que nos adiantamos na profundidade do solo. pôde comparar com a pobreza das nossas fontes. E para explicar
Portanto, a temperatura das aguas dos Poços de Caldas depen- esta especialidade de acção não ha a appellar para a penetração
de, como a de todas ai aguas termaes, da maior ou menor na economia dos princípios medicamentosos do banho, porque
profindidade em que nascem, em relação á pyrosphera. No dia está hoje demonstrado que a pelle sã os não absorve. Não é
16 de outubro de 1883 e Dr. Herculano Velloso Ferreira Penna também uma questão de temperatura, porque nestes casos os
mediu o deliito das fontes, e servia-se para esse fim de uma banhos de Teixeira & Irmão bastariam. Portanto, força é convir
medida d» 92 litros. A fonte dos Macacos encliuu a medida em que a theoria therapeutica da balneação thermal nos escapa
1' 2", a Pedro liotclho em 0'58", a Mariquinha em 1'49", a Chi- completamente ; estamos reduzidos, neste particular, a um
quinha em 1'42''. Em 24 hs. o debito da Botelho é de 136,944 li- verdadeiro empirismo. « Entretanto, diz Durand-Pardel, um
tros, a dos Macacos é de 128,160 litros, a da Chiquinha é de facto de observação, recentemente introduzido na sciencia, e de
77,904 litros, a da A^ariquinha é de 72,864 litros. O debito de que a pratica começou a tirar algum proveito, põe-nos talvez no
todas as fontes em 24 hs. é de 415,872 litros. Deve-se ao Dr. caminho de uma explicação: quero fallar da metallotherapia.
João Alfredo Corrêa de Oliveira, quando ministro do império, o Eftéitos physiologicos incontestáveis resultam do contacto de
conhecimento da analyse qualitativa e quantitativa das aguas uma superlicie metálica com a pelle revestida da sua epiderme.
thermaes dos Poços de Caldas. A commissão medica por elle Acções therapeuticas sensíveis teem resultado deste facto.
nomeada, composta dos Drs. Ezequiel Corrêa dos Santos, Agos- A relação destes phenomenos com os que determina a appli-
tinho .Tosé de Souza Lima e José Borges Ribeiro da Costa, veiu cação da electricidade foram estudados. Não é permittido, no
aos Poços no anno de 1874 e apresentou o seu trabalho no anno momento em que escrevo estas linhas, tirar conclusões e fazer
seguinte a 6 de fevereiro. Como as aguas mineraes de Vizell.i, applicações determinadas de phenomenos ha pouco verificados e
em Portugal, cuja analyse foi feit pelo Dr. Agostinho Vicente
i cuja critica está apenas esboçada. Não se pôde negar, entretanto,
Lourenço, lente de chimica da Eschola Polytechnica de Lisboa, que a applicação, sobre a pelle, de uma superficie metallicadá
as dos Poços de Caldas apresentam uma composição chimica logar a phenomenos reflexos em relação de especialidade com o
muito análoga, diversificando apenas em insignificantíssimas metal empregado. Portanto, não é illogico pensar que os prin-
proporções de alguns dos seus elementos mineralisadores mais cípios metallicos ou outros, contidos em uma agua mineral
importantes. Portanto só transcreverei para aqui a analyse da poderiam determinar, por seu contacto com a pelle, eíleitos
fonte dos Macacos, até porque foi a única analyse interpretada physiologicos e curativos de uma ordem egualmenee especial.
pelo illustrado Dr. Souza Fernandes, de saudosa memoria. Isto não passa de uma hypothese, á qual vem juntar-se o ca-
Agua dos Macacos ; « Agua clara, limpida, transparente, de racter hypothetico da constituição das aguas mineraes, tanto no
cheiro e sabor hepático e tocar unctuoso. Temperatura de 41», ponto de vista dos princípios mineralisadores, cuja existência
tomada n'agua das banheiras, e 42" na do poço onde está a ainda não se pôde revelar nellas, como das condições estranhas
nascente. Densidade 0,0006 sob a pressão de 663™ e tem a tem- á sua composição analytica, e que assim não foram definidas.»
peratura de 22". Um litro d'agua forneceu de resíduo fixo A estação balnearia dura em geral de 25 a 30 dias, e são duas as
0,6541), constituído pelos princípios seguintes : acido sulfúrico épocas do anno escolhidas para estada nos Poços de Caldas:
0,0566, silica 9,0200, acido carbónico 0,2293, chloro 0,0042, cal março, abril e maio, agosto, setembro e outubro. Hoje, por
0,0110, potassa 0,0165, soda 0,2973. matéria orgânica e perdas causa das accommodações que se encontram aqui, pôde-se fazer
0,0191, magnesia e ferro (vestígios), totalidade 0,6540. Quanto estação balnearia em qualquer tempo. As nossas aguas conveém
aos g:izes, encontrou a commissão 10 cc, por litro, sendo os principalmente ás moléstias chronicas. cujo fundo é de ordinário
mesmos das outras fontes (azoto e hydrogeno sulfuretado) e o constituído por alguma das tres diatlie-es, de que pôde a eco-
acido sulphydrico na mesma dóse ». A analyse interpretativa é nomia ser presa :a escrofulose, a arthrites e o nerpetismo.
esta, para um kilog. d"agua : sulfato de jiot issio 0,0305 grams., Cura-se aqui o rheumatismo chronico á frigorc. Melhora-se o
sulfato de sódio 0,0756, chlorureto de sódio 0,0069, carbonato estado geral e pôde haver parada do processo mórbido no tltóú-
de cálcio 0,0195, carbonato de sódio 0,4450, Silica 0,0200, acido matismo articular chronico jirogressivo, no rheumatísmo chro-
sulphydrico 0,0027. azoto 0,0013, matéria orgânica e perdas nico parcial, nas nodosidades do Heberden. Cura-se nos Poços a
0,0191, carbonato de magnesia e dito ferroso (vestígios), totali- bronchite chronica, e modifica-se o catharro pulmonar depen-
dade 0,0206. Assim as aguas termaes dos Poços de Caldas, des- dente de lesão no centro circulatório. As aguas conveem sempre
criiitas neste trabalho, são thermaes e em alto gráo, pois a sua ás dermatoses, quer se trate de herpetides, escrofulides e arthrí-
temperatura varia de 41 c. a 4(5 0. Todas elUis são francamente tides ; fazem sempre bem nos engorgitamentos chronicos do
mineralisadas, pois amais rica em substancias mineraes, atonte útero e dos ovários ; curam as coryzas chonicas e as rhinites
dos Macacos, só fornece por litro 0,6540 de residuo fixo. A base ulcerosas ; e aproveitam muito na eystite chronica, na blenor-
que nellas predomina é a sóda, a exemplo das sulfúreas sódi- rhéa, na leucorrliéa, nas anginas e laryngites chronicas.
cas. Separam-se, porém, das sulfúreas sódicas pela ausência A chorréa, a escrófula e a asthma teem perfeita relação com as-
do sulfureto de sódio ; pela sua inalterabilidade ao contacto nossas aguas. As paralysias funccionaes curam-se aqui ; as
do ar; pela presença do hydrogeno sulfuretado livre desde a orgânicas modiflcam-se. Na syphilis, quando se lança mão da
sua sabida do si'do c independentemente da acção da atmosphera. modificação apropriada, a acção das aguas é evidente. Os
A iama, a notoriedade das aguas thermaes lios Poços de Caldas, asthmaticos e os ditibeticos dão-se sempre bem nos Poços de
dependem de tres circumstancias :

a presença de gaz hydrogeno Caldas. As ulceras, seja qual for o seu fundo, tendem á cicn-
sulfuretado, a tliermalida de da agua e a alcalinidade do banho; trização sob a acção das nossas aguas. Como se vè acontecer
mas estas tros circumstancias de nada valeriam, si não fosse a nas outras estancias balnearias da mesma natureza que a nossa,
abundância das fontes, que podem prestar-se a todos os processos o banho thermal aqui é contra-indicado aos cardíacos, na phase
38.i2y
POÇ — 265 — POÇ

asystolica, e aos que já sofIVeram insultos cerebraes, feja qual mente a temjieratura ? E chegando a agua dos ^Macacos ás ba-
for a S';a fórma. São esfcns as pi-incipaes indicações tliTaiieuticas nheiras com c 2, não se approximará ella iniís da tianp ra-
37
das aguas tlierraaes dos Poços de Caldas, que coUiemos duiante tura de 3ij c,qual deve ser o ideal para o baiilio therma 1. nv
a.

23 aniios de i^ratica medica nesta localidade hi, porém, uma


;
jjhrase de Duran t-Fardel ? Mas a agua dos Macac 'S. dizíiu per-
ultima, e para ella cliamamos a attenção dos nossos colL^gas. de saes atravez dos encanamento, e isto altera. coinpusi,;ão do <.,

A estancia balnearia dos l-''oços de Caldas não convém unica- banho. E' outra inverdaJe e outra censura infundaila. lOm jn-i-
mente aos doentes, cujas moléstias teem relações tlierapeuticas meiro logár, a analyse chimica derruiu pela bas3 esta asserção,
com estas aguas deve também ser considerada como ele-
; como peremptoriamente o demonstra o relatório d nosso illus-
mento hygienico, como meio de conservar a saúde e pro- trado mestre e amigo dr. Souzi Lima. Em segundo logar, a
longar a existência, e pelas seguintes razões. A boa ex- fonte dos Macacos não deposita saes atravez do encanamento :

ecução das funcções da pelle é uma condição necessária do mas sim a matéria or,-anicaque sa acha em suspensão na agua,
equilibrio orgânico. Aqui nos Poços goza-se de excellente clima, a qual é conhecida pelo nome de glerina. O que é verdade,
respira-se o ar purissimo do campo, ácerca de 1.290 metros porém, ó que a glerina não se deposita diariamente no enca-
acima do nível do mar. o solo é enxuto e desprovido de pântanos, namento dos Macacos muitos dias se passam sem que o phe-
;

e si a esias circunistancias juntarmos a acção de um banlio nonieno seja observado. Seja como fòr, o facto nada tem de
alcalino e sulfuroso, excitante das funcções da pelle, que sobre extraordinário, e não pude ser levado á conta de erro da Em-
ser agradável resti'ue ao tegumento externo todos os seus cnra- prezi. Balnearia, porque elle se observa mais ou menos nos
cteres physiologicos, não sabemos que haja outro logar melhor encanamen'03 das aguas sulphurosas cm todos os jiontos da
apparelhado pela natureza do qnè os Poços de Caldas para pas- terra, desde que o mundo existe. « As aguas sulphurosas. diz
sar-se o verão, readquirirem-se forças e fazer-se provisão de Sénac-Lagrange, ob. cit. pag. 1.51, levam com ellas e depositam
sáude. Uma questão merece ser ventilada nes a rápida noticia: no seu percurso uma matéria gelatinosa, que possue ás vezes
a da pretendida alteração das aguas sulfurosas de Poços de os caracteres de um vegetal bem determinado.» Esta nia'eria
Caldas, por causa do seu encanamento desde a nascente até o pôde ser orgânica ou organisada no primeiro caso, temos a
í

estabelecimento Bilnear. Muta gente acredita que as nossas baregina qu; existe sempre em dissolução, ou a glerina, que
fontes themaes, mormente a dos Macacos, cuja nascente dista se encon tra em suspensão no segundo caso temos a sulphura-
;

do Estabelecimento mais de 500 metros, aoham-se alteradas, ria, substancia fundamental, verdadeira conserva, que pôde
porque a sua temperatura baixou o de quando em vez entram existirem liberdade, ou envolvida na glerina. Mais ainda!
nas banheiras fragmentos de uma substancia, qne com justa « Nos conductts e reservatórios das aguas sulphurosas, diz
razão o povo compara á nata da cangica. « São os saes qu; se Sénac-Lagrange, ob. cit. pag. l.">3, depõe-se de ordinário uma
depositam nos encanamentos, diz elle, alterando pi'ofundamente matéria branco-encardida, de apparencia gelatinosa, iranslu-
a constituição chimica das fontes. « A esta acc isação responde cida ou opaca por causa da mistara com substancias estran-
victoriosamen te a analyse chimica feita pelo dr. Souza Lima, nhas, macias e unctuosas ao tocar. Esta substancia recebeu o
a qual demonstrou que a agua não se altera no seu percurso, nome de glerina.» Si o facto, portanto, do deposito da nuateria
e esta demonstração é peremptória, porque a prova experimen- orgânica no encanamento dos Macacos é observado sempre que
tal se impõe com toda a brutalidadB das exigências Jogicas. se b?neíiciam as aguas sulphurosas porque razão se ha de in-
:

Como quer que seja, vem aqui de molde algumas considera- criminar a Empreza por elle, quando certo qne ella, tornando
ções a respeito. Em
relação ás fontes Pedro Botelho e Mari- impermeável o encanamento e prjcurando proporcionar o de-
quinha, a accusação da baixa de temperatura não collie, por- bito da fonte á capacidade dos tuijos de Manilha, fez o que a
que ella não variou sensivelmente por causa do trajecto da agua sciencia aconselha para prevenir a precipitação da glerina ? »
das fontes atravez dos encanamentos. Resta a fonte dos Maca-
cos, cuja temperatura é de 37 e 2, correndo a agua do encana- POÇOS DE CALDAS. Ramal férreo concedido á Companhia
mento para a banheira n. 4 de primeira classe. Damos, porém, Mogyaiia, por Dec. de 17 de fevereiro de 1883, e cujos estudos,
de barato, por amor á argumentação, que os encanamentos hou- executados a 5 de abril, foram terminados a 11 de junho Tem
vessem baixado de alguns grãos a t-mperauira de todas as fon- a garantia de juros annuaes de 6 "/o pelo governo geral. O
tes. A que montaria isso ? A
temperatura das aguas mineraes j
Diário Popular de S. Paulo assim descreve ess ramal: «O ^

não é uma virtude, mas uma


qualidade, que nellas pôde ser ramal de Poços de Caldas tem uma extensão de 77 kils a p !r- .

augmentada ou diminuída, conforme as exigências balneothe- tir do entroncam nto da linha, já em tralégo, isto é, da estaç.io
rapicas. « Certas aguas suliurosas, diz Sénac-Lagrange. Estu- do Cascavel que íicanokil. 123. Esse ran;al compos-se de duas
dos sobre Cauterets, pag. 167, surgem do seu ponto de emergên- parles bem distinctas, uma de 42,0 kils do Cascavel á raiz da
cia em um gráo insuííloiente para serem administradas em serra de Caldas e outra de 35 kils. em que sobe a mesma serra
banhos, em rfííc7ies. Para accommodal-as a estes usos, é cos- com declives fortes,, de 3 "/o, c irvas apertadas e importantes
tume aquecel-as artificialmente ». Sendo assim, como se poderá obras de arte. A bitola do i-araal, como de toda a estrada ?ilo-
acreditar que a temperatura domina a acção do banho mineral ? gyana é de um metro entre trilhos. A
linha ao s.diir de Casca-
E' o caso de repetir 6i : —
fosse assim, o banho sulfuroso de vel vai em direcção á cidade de S. Jcão da Boa A isla, passando
Teixeira & Irmão, cuja temperatura póde-se variar á vimtade, ]ior tenenos qne não são muito accidentados, e atravcs-andn
bastaria aos usos balneários, não haveria necessidade de vir a antes de chegar áquella cidade o rio .Tagu iry-mirim jor uma
Poços de Caldas. Mas podemos cerrar a questão mais- de perto. ponte de 24 metros de vão. De S. Jnái- da Boa Vista segue a
A fonte dos Macacos cuja tempjramra primittiva é de 41 c 2, linha em direcção ao rio Prata, chi gando á base da serra no
chega ao estabeleciment j com 37 c 2, perdendo por consequên- kil. 4í, onde está a estaçã da Prata. Desta stação até a da <

cia 4 grács centígrados, durante o seu trajecto atravez do en- Cascata sobe-se a serra, sendo esse trecho o mais interessar te
canamento que se desdobra por mais de 500 metros. Será novo não só pela importância das obras qu ahiexist-ra ciueo pelos -

o facto ? Envolverá elle miis um capitulo de accusação contra a lindos parioramas que se avistam. Logo no conieeo Ha S3rra
Empreza Balnearia de Poços da Caldas ? Não. Só os que igno- passa a estrada j^or uoia garuanta aoerlada. entre duas mon-
ram os mais rudimentares princípios de hydn logia medica po- tanhas cortadas \'erliea Imenie c in 50 a n;etí- is de ahura e

derão afflrmal-o. lí se não leia-se: « A distancia a percorrer, que por ser tão lúgubre cha iiia-R> (iargaiil — do Inlerun. Da i

diz Sénac-Lagrange, ob. cit. pag. 167 é ás vezes considerável estarão da Prata a Cascata, o terreno oaia-s.' mais d liicil jK-ra
t

para uma agua quente, a f mte dos Ovos, em Caul 'rets, per- a cnnstruc ão da estrada, baveiid.o cmu' <'s aie' M= e cniaes,
corre um espaço que não attínuem as aguas quentes eui geral, semlo muitos destas em rochas, o al,:,:nu ater ais i^nr.i n ido^ [lor I

pouco mais ou menos 2 's kils. Durante este longo trajecto, paredões. Ha n sse 'r^cho uui peq :eno tanncl de Iu5 metros de
ella perde perto de 9 gráos e chega a uma temiieratura que ne- comprimento, em c'urva, loilo aluu-." em rocha vivn.t^nd'. só
cessita a sua mistura com a a^'ua fria pira uso d s liynhus. as boccas revestida.s we alvenarcis e um viadiu-lo. ehamailo i\o
;

Além dos conductos de Manilha, máos cunduet u-es do caljric i, PiLiilo, em curva, d.' metros, com seis vàns t\c t. iiiiUi'- s cada
a fjiite é ainda protegida por uma espessa parede de pedra ». A um. liiodo 17 nn-íros ile altura mi centro. Sahiuiluda Cascata
vista disto, como r,e poderá censurar a Empreza por ter enca- Conti úaalinliá, a subir até dous kils auiant', clc g. nlo á al-
nado as aguas do Macacos á uma distancia de 501 metros de sua tura lie 1.282 metros acima dn nível do mar, Des le a raiz da
nascente, guardando no respeciivo encanamento f-s mesmos serra ate o poulo ciiliu iia n i si.he a liulia 4iii("'. Sci^iie ile[iois
t

preceitos observados na celebre estancia liatnearia de Cauterets ? por um iifinalbi atravcs> ludo no das Aiil.is |mu- unia poi.le
,)

Acaso não disporá o estabelecimento do ha iho de 41 e 2, como de 44"' de cnmprinu^nto cjurposla dc Ires va. s. t udo o do centro
.

é o banho dos Macacos na sua nascente? P"is a comiiosição 20"', e os da,s e^lrcmida h-s 12'" cada um dahi desce até os ,•

chimica das fontes dos Poços não será idêntica, variando só- Poços de Caldas que tem a altitude de 1.18'.''". Antes de cl:o-
DICC» GEOU. 3i
POJ — 266 — POL

gar-se aos Poços constrniclo o viaducto dos Poços nas


acba-se e Barriguda. Enriquecido com estas aguas, entra o Pojuca no
mesmas condições technicas do do Mudo, sendo a altura no mun. de Santo Amaro dividindo-o do da Purificação, onde se
centro de 20™. As distancias das estações são as seguintes ; lhe junta o Camorogy e banha uma porção de engenhos, todos do
termo da Purificação e muitos outros do de Santo Amaro, por
um dos qnaes, o Aramaré, passa a estrada que traz para Santo
Estações De Cascarei De Caiupiuas De S. Panlo Amaro os productos dos districtos do Pedrão, Jesus Maria José,
Santo Antonio dos Brejões, Periperi e Oriçangas e da cidade
de Inhambupe, villa de Itapecurú, cidade da Jacobina, villa de
Ok 128k 232. 5k Sento Sé e rio S. Francisco. Seguindo, atravessa o Pojuca os
30.5 158.5 2;3 termos de S. Francisco e de S >nt'Anna do Catú, banha esta
170.5 275 ultima villa, recebendo abaixo delia os rios Catú, Quiricó-
59 187 291.5 Grande e Quiricó-mirim e procura o Oceano, meia légua antes do
77 205 309.5
qual precipita-se de uma cachoeira e desagua no mar jumo da
torre de Garcia d'Avila, em uma enseada antigamente conhecida
por Tatuapara. Todo o território que atravessa pertence aos
As altitudes desses diflerentes pontos são as seguintes S. Paulo :
mais férteis do Estado e onde se desenvolveram muito as
(Luz) 742™, Campinas 693,2™, Casciivel 655™, S. João da Boa lavouras de canna e fumo. Principalmente pela cachoeira que o
Vista 73á™, Prat i 819™, Cascata 1.270™, Garganta do Vallo intercepta perto de sua barra não é navegado. Além dos rios
1.282™, Poçns de Caldas 1.189. O ramal lem as seguintes obras acima citados recebe o Jacuhype, Pitanga, Cabussú, Ingazeira e
(le ar!,e 71 boeiros abertos, 78 de capa, 2 de arco, 6 paredões'
:
diversos outros. Tem uma bella cachoeira no logar Pau Grande.
10 pontilhões, 5 pontes de 10™, 1 de 24™ sobre o rio .Jaguary-
inirim, 1 de 44™ sobre o rio das Antas, 1 tunnel do 105™ e os POKRANE. Pequena pov. no mun. de Caratinga do Estado
Yiadiictos do Mudo e dos Poços, de 60™ cada ura. O declive má- de Minas Geraes banliada pelo ribeirão do seu nome. Foi um
;

ximo do ramal é de 3 "/o e a curva menor de 82™, 06 {14»). aldeamento. Suas terras são de primeira qualidade. Foi des-
membrada da íreg. de Santo Antonio do José Pedro, mun. de
POÇO TRISTE. Riacho do Estado de Minas Geraes, no S. João do Caratmga, e incorporada á freg. de Santo Antonio
mun. de Boa Vista do Tremedal. Desagua no rio Verde Pe- do Manhuassú, do mesmo mun., pelo Dec. n. 56 de 7 de maio
queno. de 1890. Elevada á dist. pelo Dec. n. 171 de 22 de agosto
POÇO-UNA. Rio do Estado do Paraná, na estrada da Gra- de 1890.
ciosa.Vide Poça una. POKRANE. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
POÇO VERDE, Dist. do termo do Assú, no Estado do R. Caratinga.
G. do Norte. PO.KRANE. Rio ilo Estado de Minas Geraes, aff. da margem
POÇO VERDE. Pov. do Estado de Sorgip-, no mun. de ejq. do José Pedro. Recebe o Figueira.
Campos do Pvio Real.
POLACA. Ilha do Estado da Bahia, na foz do Jequitinhonha.
POÇO VERDE. Pov. do Estado da Bahia, no mun. de Bom Ahi fica a Atalaia, o Pharol de Belmonte, na Lat. de 15°5r00" S.
Conselho, a 42 kils. da villa deste nome; com uma capella. eLong. de 4''17'20" a E. do Rio de Janeiro, ou 38"53'U0" O, de
POÇO VERDE. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. Greenwich e 41"13'10" O. de Pariz O apparelho é do systema
dioptrico de 6° ordem, luz branca e fixa e está collocado no alto
de S. José da Boa Morte.
da Atalaia. E' visivel a 10 milhas de distancia,
POÇO VERDE. Córrego do Estado do Ceará, entre S. Ber-
POLACOS. Serra do Estado do E. Santo, entre o mun. de
nardo e União. Vai para o riacho das Rus.sas.
Santa Thereza e o do Porto do Cachoeiro de Santa Leopoldina.
POÇO VERDE. Pequeno rio do Estado do Rio de Janeiro,
POLACOS. Morro do Estado de Santa Catharina, nas divisas
banha o território do dist. de S. José da Boa Morte e desagua
no do mun. de S. Luiz Gonzaga, ao S.
rio Guapy-assú. (Inf. loc.)
POÇO VERMELHO. Riacho do Estado do Parahyba do
POLAKIA. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, aff. do
Encano, que o édo Itajaby-assú.
em S. José de
Norte, Piranhas.
POCU. Lago do Estado de Amazonas, no mun. de Co- POLDRINHA. Riacho do Estado do Ceará, banha o mun.
dajaz. de Santa Quitéria, e desagua na margem esq. do no Jacurutú.
PODEROSO. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de Pe- POLDROS. Ilha do Estado do Maranhão, entre a barra do
nedo. Canárias, o oceano e a barra do Meio.

PODEROSO. Riacho do Estado de Sergipe, aff. do Vasa- POLÉ. Ilha no rio Parnahyba, entre Therezina e Santa
Barris, (S. Lisboa. Chrorogr. de Sergipe, pag. 24.) Philomena, acima da cachoeira do Cercado e abaixo da foz do
riacho Carnahibas.
POEIRA. Antiga propriedade nacional e estabelecimento
rural fundado em 1815 á margem dir do Miranda, 18 kils. ao POLEIRO. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de S. Bento
S. da villa, no Estado de Matto Grosso. Jaz abandonado. dos Perizes.
POERA'. Ilha do Estado do Amazonas, no i'io Japurá, entre POLEIROS. Riacho do Estado do Parahyba do Norte, rega o
as ilhas Ita-anga e Pirá-Iauará. mun, de Bananeiras e entra no Curimataú.

POIARES Antiga pov. assentada nas margens do rio Ne- POLICIA. E' assim chamada uma estrada do Estado do
gro, no Estado do Amazonas. AíHrma o cónego André em suas Rio de Janeiro. Começa na Pavuna eslende-se com cei'ca de
Noticias Geographicas da Capitania do Rio Negro, ficar ella 120 kils até o rio Preto atravessando o mun. de Iguassu, o centro
era distancia de 17 léguas de Carvoeiro. Seu padroeiro era Santo das cidades de Vassouras e Valença. E' dividida em quatro secções.
Angelo. Neila ficara as serras de Sant'Anna e Botáes além de outras.
O rio Santo Antonio atravessa-a.
POJUCA. Arraial do Estado da Bahia, no mun. do Catú
com duas escbs. publs. de inst. prim.. uma das qnaes creada pela
;
POLÓNIA. Igarapé do Estado do Maranhão, rega o iermo de
Lei Prov. n. 1.283 de 2 dj maio de 1873 e uma estação da estrada Guimarães e desagua no rio Calháo.
de ferro da Bahia ao S. Francisco. Agencia do correio. POLUCENO. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o
POJUOA. Rio do Est ido da Bahia nasce no dist. de Santa
;
mun. lio Caeté e desagua no rio Sabará, aíf. do rio das Velhas.
Barbara, termo da Feira de Sant'Aana, no logar chamado POLVARINHO. monte calcareo, abundante em
Pequeno
Lages; separa este ti'rmo do da Purificação, recebendo, pouco no caminho
ferro oligisto, perto das cabeceiras do Piraputangas,
an tes da fazenda Coqueiros, o Salgado, perto de cuja confluência de Caceres a Poconé, no Estado de Matto Grosso.
pag. a a estrada geral de Inhambu|ie e Purilicação á cidade da
Feira. Pouco abaixo do engenho Barriguda recebe o Parami- PÓLVORA. Pequeno sein'o junto da cidade de Jaguarão, no
rim. junto do qual passa a estrada pela qual descem os pro- Estado do R. G. do Sul.
ductos dos districtos de Bento Simões, Coração de Maria e dos PÓLVORA. Illia ilo Estado do E. Santo, na bahia deste nome.
engenhos Zabelè, Carrapato, Furna, Lagòa dos Porcos, Fortuna Denominava-sc — Marçal.
POM — 267 — POM

PÓLVORA. Ilha do Esloxio do R. G. do Sul, pimima á dos 2» secção da E. de F. de Cantagall). Recebe o Jacutinga e o do
Wariulieiros. Registro.
POIiVORA. E' um pequeno do Taquary, no Estado de
trib. POMBA. Rio dos Estados de Minas Geraes e Rio de Ja-
Matto Grosso. Ati'ave=;sa a estrada do rio Verde. Tem 12 palmos neiro; nasce no primeiro, na serra da Mantiqueira, banha os muns.
-de largura, margens altas e despidas. do Pomba, Cataguazes, Leopoldina e desagua no Parahyba do
Sul pela margem esq. Em seu trajecto, calculado em 264 kils.
POMADA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, á margem da
dos quaes 48 no Estado do Rio de Janeiro, recebe muitos tribs.,
linha férrea de Macahé ao Rio Bonito, no mun. de Macahé. entre os quaes os rios e ribeirões S. Manoel, Tijuco, Parao-
POMBA. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, na com. peba, Novo, Kagado, Bom Jardim, Gabriel, S. João. Lage, La-
do seu nome, na margem esq. do rio Pomba, em uma encosta ranjal, Capivara, Chopotó. Feijão Crú, Bagres, Pardo, Bocaina,
elevada a 20 metros acima do nivel do mar. Foi outr'ora uma Pi esídio, Passa Cinco, Pury, Monos, Vista Alegre, Diamante, For-
importante aldeia de Índios Caropós e Coroatós, que, em 17G7 se moso, Divino, Teimoso, Agua Limpa, Santo Antonio e Bom Suc-
aldearam sob a direcção do padre Manoel de Jesus Maria, no- cesso. Atreíkils. da cidade do Pomba ha nesse rio um sumidouro
meado para tal fim pelo governador capitão- general de Minas, demais de 600™ de extensão. O rio some-se completamente em
D. Luiz Diogo Lobo da Silva. A 25 de dezembro do referido anno, um alto da serra, entre rochedos de caprichosas formas e po-
foi dita, no seio da primitiva floresta e em um altar portátil, a lidos como aço, arredondados na firma e de altura sempre su-
primeira missa pelo referido sacerdote, provido vigário dos sertões perior a tres metros. Percorre-se todas a extensão do Sumi-
do rio do Pomba e Peixe, Co.oatós, Coropós e Botocudos, como douro, pisando-se soljre os rochedos sem que ao menos se ouça
se denominana o sertão. Foi ci-eada freg. por Provisão Régia de o marulho das aguas que atravessam o abysmo. Depois desse
16 de fevereiro de 17(57 e o referido vigário Manoel de Jesus, percurso o rio reapparece na fralda da serra em ondas de es-
também descendente de indígenas, foi propositalmente escolhido puma. A 10 kils. da cidade do Pomba existe ainda no mesmo
para o encargo da catechese das referidas tribus, muito numerosas rio uma esplendida cachoeira com tres saltos consecutivos,
e bravias, sobresaUindo, entre outras, a dos Bocayús. Com o sendo cada um delles de 10 a 15^ de altura. Nesse ponto as
consorcio de blandícias e rigor, aqueile valoroso soldado da aguas do rio já muito avolumadas pela confluência dcs ribei-
egreja conseguiu em pouco tempo domesticar os indómitos rões do Tijuco e Formoso, apresmtam um espectáculo imponente.
indigenas e ainda hoje, entre elles, se encontram tradições Tem esse rio sobre si uma ponte, que foi atravessada pela pri-
do civilisador das aldeias, que outr'ora viviam em con- meira vez por uma locomotiva da E. de F. Leopoldina a 4 de
tinuas e sangrenta^ guerras. i'or muito tempo ficou estacio- junho de 1883. Além dessa ponte, tem uma outra denominada
naria essa freg. até que, com a eiuigração de muitas famílias que Ponte do Sarmento, na freg. do (jluarany, uma outra denomi-
vinham em demanda da fertilidade do valle do Pomba, creou-se nada do Barão na freg. das Mercês, projectondo-se uma outra
a Villa do Pomba por Dec. de 13 de outubro de 1831, tendo sido nas immediações do logar denominado Barra do Laranjal,
o mun. installado em 23 de agosto de líi32. Foi elevada á cidade entre o dist. deste nome e o do Campo Limpo.
pela Lei Prov. n. 881 de 6 de junlio de 1858, sendo intsallada POMBA. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. do rio Verde,
em 20 de janeiro de 1859. Era termo da com. do Rio Novo, no entre Espirito Santo de Torres do Rio Bonito e Dores do Rio
anno de Í8á3, porém, a Lei Prov. n. 3.121 de 18 de outubro Verde.
elevou-a á categoria de com. e foi declarada de primeira entrancia
pelo Dec. n. 101 de 30 de dezembro de 1889 e de segunda por Acto POMBAL. Cidade e mun. do Estado do Parahyba do Norte,
de 22 de fevereiro de 1892, Suas ruas são geialmente rectas e sede da com. do seu nome, á margem do rio Piancó, cerca
largas, tendo tres k'rg s planos e esjiaçosos. A mór parte das de 582 kils. distante da capital. Orago N. S. do Bom Suc-
casas são térreas, á excepção das do largo principal, que são bons cesso e diocese do Parahyba. Sobre sua fundação diz Pizarro:
e elegantes sobrados. Seus principaes ediíicios são a egreja matriz «Sendo anteriormente assento de um julgado, foi esta pov. erecta
da invocação de S. Miguel, a do Rosario e o Fórum. Tem uma em villa a 4 de maio de 1772 pelo Ouvidor Geral da comarca
bibliotheca municipal com cerca de 3lJ00 volumes e diversas José Januário de Carvalho, executando a ordem do Governador
eschs. publs, de inst. prim. Agencia do correio. Diocese de e capitão-general de Pernambuco Manoel da Cunha Menezes,
Marianna. O mun. é geralmente accidentado, sendo mais mon- Conde de Villa Flor, que para esse efteito se achava autorisado
tanhoso para o poente, onde é atravessado por uma cordilheira, pela Carta Regia, já relérida, de 22 de julho de 1766.» Foi instal-
ramificação da Slantiqueira, que toma os nomes de Capivary, lada a 3 de maio de 1772. Cidade por Lei Prov. n. 08 de 21
Roncador e Garamonas, nos dists. do Bomflm, Mercês e Dores. de julho de 1852. E'com. de primeira entr., creada e classifi-
Poucas mattas virgens encontram-se hoje no mun. por ser elle cada pela resolução do conselho do governo em sessão extraor-
geralmente cultivado, as terras são de primeira qualidade. dinária de 9 de maio de 1833, Decs. ns. 687 de 26 de julho de
O território é banhado pelos rios : Pomba, Formoso, Bomlim, 1850 e 5.079 de 4 de setembro de 1872, e Lei Prov. n. 27 de 6 de
Paciência, S. Manoel, Acácio, Tijuco, Passa Cinco, Paraopeba, julho de 1851. Comprehende o dist. do Paulista. Tem agencia
Novo e diversos outros. Ha no mun. abundância de pejras de do correio e duas eschs. publs. de instr. prim. «A 85 léguas da
construcção de primeira qualidade. Apedra, geralmente conhe- capital está assentada á margem dir. do rio Piancó, na dis-
cida por pedra sabão, própria para o fabrico de panellas, tancia de uma légua do sua confluência no Piranhas. Tem
alguidares e outros utensílios domésticos, constituindo essa 230 prédios, duas egrejas, uma das quaes ainda não concluída,
industria profissão lucrativa, especialmente no dist, das Mercês, e cadeia, a maior e melhor do interior do Estado. Pombal,
kaolim, amiantho, ouro da escellente qualidade e em quantidade apezar de ser, como villa, a mais antiga do sertão, é a menor
digna de ser explorada na serra das Caramonas. Cultiva-se caie, das dez cidades do Parahyba. Acha-se estacionaria desde muitos
canna de assacar, manilioca, milho, arroz, feijão, etc. Criação annos. Pincipiou por uma aldêa de indios Carirys, da tribu
de gado vaccum, lanígero e suino. A industria fabril consiste Péuas, tendo o nome de Piranhas. Por Carta Régia de 22 de
emassucar, aguardente, queijos, farinha de mandioca e demiiho, julho de 1766 foi elevada á villa; mas a sua installação só
obras de olaria, fumo em rolo, tecidos de algodão e lã. O mun. teve logar a 4 de maio de 1772, sendo mudado o nome de l^ira-
nlias para Pombal, em honra do celebre ministro. A sua jiiris-
além da parochia da cidade, cumprehende mais as de Guarany,
N. S. das Mercês, Senhor do Bomlim e Senhor Bom Jesus cia dicção então estendia-se a vastíssimo t^rrit rio na Paruliylia, e
Canna Verde do Taboleiro. A cidade dista 135 kils. de Ouro também no R. G. do Norte, desde Patú aié Seridó. Esta cidade
está para os muns, vizinhos nas seguintes distancias: ]iara a
Preto, 39 de Ubá, 42 de S. João Nepomuceno, 30 do Rio Novo,
cidade de Souza, 10 léguas para a villa de Piancó, 14 para
84 de Barbacena e Piranga. Sobro suas divisas vide: art. LX da ; ;

a de Patos, 18; para a de Catolé do Rocha, 12; e linalmenta


Lei Prov. n. 312 de a de abril de 1846; art. XXVllI da de
para a do Brejo da Cruz, 14. Pombal é jiatria do celebre natu-
n, 472 de 31 de maio de 1850 n. 2 144 de 29 de outubro de 187o
ralista Manoei de Arruda Camara. Em íeu mun. existem as se-
:
:

n. 2.242 de 20 de junho de 187(3; n. 2.267 de 1 de julho de i876j


guinte? povs.: Malta, l^aulisla e Vargea Comprida» (Jollily).
ns. 2.405 e 2.421 de 5 de novembro de 1877; ns. 2.600,2.671 e 2.(i8o
de 30 de novembro de 18á0 n. 2,990 de 14 de outubro de 1882;
;
POMBAL. Villa e miiu. do Estado da Bahia, na com. de
n. 3.14(5 de 18 de ou tubro de 1883 u. 3.589 de 28 de agosto de 1888.
:
Bom Conselho, a 273 kils. da capilal. Drago Santa Tlioroza e
A 14 de outubro de 1894 foi inaugurado o palácio do Fórum diocese archiepiscopal de S. Salvador. Foi croada parocliia por
nesta cidade. Carla de 8 de m;iio de Lir.l. Villa em 1751. Foi incorporada a cjni.
de Itnpecurii pelo art. IV S da Lei l^-ov. n. 51 di' 21 t\c março
I

POMBA. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff. do Macacú. de 1837 art. I g I da de n. 395 de 28 de junho de iS50. Crea^la com.
Tem uma ponte do pedra de seis melros de vão no kil, 90 d^', lielo art. I da Lei Prov. n. 2.270 de' 10 do agosto da 1881, que
.

POM — 268 — POM

coustibuiu-a om
os termos de Pombal e Bom Conselho, esle POMBAS. Ilha no rio Araguaya, aff. do Tocantins. Nesle
ultimo desmembrado da com. de Gei-emoabo essa disposição
;
ponto o Araguaya émuito largo e tem por isso carência de
foi, porém, revogada pela de n. 2.337 de 22 de julho de 1882. aguas.
Tem 3Ó90 liabs. e esclis piibh. de inst. prim.. das q\iaes uma POMBAS. Ilha do Estado da Bahia, no mun. de Belmonte.
creada pela Lei Prov. n. 1.208 de 10 de maio de 1872. Agencia
do carreio. O mun., além da parochia da villa, comprehende POMBAS. Ilha do Estado da Bahia, no mun. de Ca-
mais a caiiella do Mirandella. Sdire s ias divisas vide Leis nnmú.
Provs. n. 51 de 21 de março de 1837, n. 473 de 3 de maio de POMBAS. Ilha do Estado do E. Santo, em frente á Pedra
1853 e n. 2.030 de 21 de julho de 1880. Foi creada com. pela d'.Vgua. Já serviu para deposit) de gado.
Lei Pfov. n. 2.270 de 10' de agosto de 1881, supprimida pela
de n. 2.337 de 22 de julho de 1882. restaurada pela de n. 2.452
POMBAS. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, na lagòa de
de 19 de junho de iSií e classificada de primeira entrancia
Araruama, no Boqueirão.
peloDec. ii. 83 de 23 de dezembro de 1889. Foi incorporada á POMBAS. Ilha do listado do Rio de Janeiro, no mun. de
com. do Bom Conselho por Acto de 3 de agosto de 1892 Si- Angra dos Reis.
tuada em um v sta taboleiro á esq. do rio Itapecui-ú. 30 kils.
i

da viila do Amparo e 36 do Bom Conselho e do Tucano, com-


POMBAS. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
S. João da Barra, no rio Paraliyba.
posta de umas 200 casas, que formam sete ruas e duas praças.
Dista da Bahia cerca de 330 kils., communicando-se pelas es- POMBAS. Ilha do Estado do R. G. do Sul, próxima á dos
tações da Serrinha (do Prolongamento) e Timbó (do ramal Marinheiros.
deste nome). Lavoura de canna, mandiooa, milho arroz, feijão
e fumo.
POMBAS. Ilha do Estado do R. G. do Sul, no sacco de
Itapoan, no rio Guahyba e defronte do arroio do Conde. E' pedre
POMBAL. Dist. do Estado do Pará, no mun. de Porto de gosa, o que não impede que nella cultive-se canna.
Moz, na margem dir. do Xingú. Orago S. João Baptista e POMBAS. Coròa próxima da ilha do Medo, na co?ta do Es-
diocese do Pará. Era a antiga aldêa de Pirauiré, a^lminis-
tado do Maranhão.
trada pelos jesuitas. Acha-so bem situada na foz do Tucano-
coara, mas, como muitas outras povs. desse Estado, vai em de- POMBA.S. Rio do Estado do Maranhão: desagua no Par-
cadência. Foi creada parochia em 1C39. Tem 400 habits. nahylja, onde entra quasi defronte do Poty. E' também deno-
minado Comboieiro.
POMBAL. Log. do Estado de Pernambuco, nos dists. da
Boa Wslà e dl Vicencia. POMBAS. Córrego do Estado de S. Paulo, banha a com. de
Santa Rita do Passa .Quatro e reune-se com o córrego Quatro
POMBAL. Esta-.ão da E. de F. Central da Bahia, no kil.
Córregos.
20. E' toda construída de alvenaria de pedra.
POMBAL. Estação da E, de F. Central do Brazil no Ra- ;
POMBAS. Ribeirão do Estado do Paraná, ali', da margem
esq. do dos Papagaios, que é
rio trib.do Iguassú. {Planta dos
mal de S. Paulo, no Estado do Rio de Janeiro, entre Barra estudos do prolongamento da E. de F. do Paraná 1883 ). Em
Mansa e Divisa, a 164'sG51 distante da Capital Federal e a algumas cartas ó mencionado um rio com o mesmo nome, mas
380'". 600 de altura sobre o nivel do mar. Foi inaugurada a 24
tributário do Iguassu.
de setembro de 1873. Agencia do correio. Estação telegraphica.
POMBAL. Serra do Estado do E. Santo, estende-se na di- POMBAS. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de Gua-
rapuava e desagua no rio S. Franciscí.
recção do SE. para NO. dividindo as aguas do rio do Castello
das do Itapemirim. POMBAS. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de Pa-
ranaguá e desagua no Guaraguassú ( Inf. loc).
POMBAL. Pequeno porto no mun. de Vigia do Estado do
Pará. POMBAS. Rio do Estado de Santa Catharina, banha o mun.
de Blumenau e desagua no Itajahy.
POMBAL. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. da margem
esq. do rio Paraopeba, trib. do S. Francisco. Recebe o córrego POMBAS. Rio do Estado de Sania Catharina, banha o mun.
da Chácara. de Curitybanos e desagua no Canoas ( Int'. loc).

POMBAL. Riacho do Estado da Bahia, rega o mun. de POMBAS. Cachoeira no rio Paragua?su e Estado da Bahia.
Alcobaça o desagua no rio Itanhem. POMBAS. Lagòa do Estado do Ceará, no dist. de Meoejana,
POMBAL. Cachoeira no rio Pardo, abaixo do salto do não longe da Ingò i denominada Guaribas.
Curau, entre as cachoeiras do Sucurihu e de Manoel Rodrigues, POMBAS. Lagòa do Estado do R. G. do Sul. Communica cora
do Estado de Matto Grosso. a dos Veados e cum a de Tramandahy.
POMBAS José das), Pov. do Estado do Paraliyba do
(S.
POMBEBA. Ilha na bahia de Guanabara, sobre o banco ou
Norte, no termo de S. João, a O., distante 24 kils. dessa coròa fronteira á praia de S. Christovão. Está nella montada
villa; com uma casa de Caridade e uma boa capella.
uma fabrica de prodiictos chimicos.
POMBAS. Log. no mun. de Votuverava dó Estado do Pa- POMBEBA. Ilha do Estado de S. Paulo, no mun. de Santos,
raná. um da Tem
a kil. praia de Guarujá. 300 metros de com-
POMBAS. Log. de Estado do R. G. do Sul, no mun. de primento.
Viamão.
PO.MBEBA. Ponta na entrada da bahia de Marambaia, no
POMBAS. Serra do Estado de S. Paulo, no mun. de Santa littoral do Estado do Rio de Janeiro.
Rita do Passa Quatro (Inf. loc).
POMBINHAS. Log. do Estado do Maranhão, no termo de
POMBAS. Ilha do Estado do Amnzonas, no rio Japurá, aff. Itapecurii-mirim
da margem esq. do Solimoes. Fica pouco acima das ilhas Pa-
xiuba e Peixe-Boi. POMBINHAS. Ribeirão do Estarlo do Paraná, é uma da?
cabeceiras do rio Jordão, fci'ib. da bacia do Iguassu.
POMBAS. Ilha do Estado do Amazonas, no lago da Gloria, POMBINHAS. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, no
que lica no rio Urubú {Carta do 1" tenente Sliaw) Não é men-
cionada na Planta do Sr. B. Piodrigues. mun. de Rlumenati; desagua no Itajahy.

POMBAS. Ilhas (2) do E,?fcado do Pará, no rio deste nome POMBINHO. Pequeno rio do Estado de Minas Gerae?. aíí'.
(Tocantins), uma próxima da ilha Marajó e da foz do rio Ma- da margem esq. do Pouso Alto, trib. do Parauna ( Iid'. loc).
rajó-assú e outra próxima do continente e defronte da bahia POMBO. Bairro do dist. de S. Gonçalo do Tijuco no Estado ;

do Sol. de Minas Geraes.


POMBAS. Ilha no rio 'J'a|'ajo7,, acima dos rápidos do Cha- POMBO. Serrotado Estado do Ceará, no mun. de Sant'Anna
corão. Em frente delia desagua o igara]<c Uechielapiri. (Inf. loc).
POMBAS, llluis do Estai;lo do Pará. no lago grando do POMBO. Riacho do Estado de Scrgi|ie, no mun. de Simão.
Amapá. Dias. Vai para o Vasa-barris.
.

PON — 269 — PON

POMBO, Córrego do Estada de S.Paulo, aíT. do ribeirão Luiz Manoel de Lima e Silva e as dissidentes, cabendo a Vi-
Figueira, nas divisas do mua. do Jahú. ctoria ás primeiras. Nasce próximo á Cruz de S. Pedro, marco
POMBOS. Pov. do Eistado de Pernambuco, com uma egreja da linha divisaria e na coxilha do Haedo; percorre 79 kils. ap-
da invocaç.ão de N. S. dos Impossiveis. proximadamente.
POMBOS, Serrotado Estado do Ceará, no muii. de Uraary. PONCIANO. Córrego do Estado de Goyaz. banha o mun. de
Santa Luzia e desagua na margem dir. do ribeirão Santa
POMBOS. do Estado do Pará. nafreg. do Mosqueiro
Illia e Maria. (Inf. loc.)
mun. da capital, á pouca distancia da iilia do Mosqueiro.
PONCIANOS. Serra do Estado de S. Paulo, no mun. de
POMBOS. Ilha no rio Parahyba, Estado de Minas Geraes, nas S. José.
divisas com o iísiada do Rio de Janeiro. Sobre o Parahyba,
entre o Porto Novo e o Velho da Cunha ha uma ponte ligando as
PONCIANOS. Nome de uma estrada que communica o mun.
de Jaguary no Estado de Minas Geraes, com os de Jacarehy,
margens do rio a essa ilha.
S. José e outros no de S. Paulo.
POMBOS. Riacho que desagua no rio Parnahyba, na parte
PONGA. Rio do Estado de Minas Geraes,
desse rio comiirehendida entre Tberezi na e Santa Philomena. aff. da margem
esq. do Douradinlio, que é aíl". do Tijuco, na estrada de Ube-
Próximo íica-lhe a foz do riacho Pedra de Fogo.
raba em direcção a Goyaz. No Mappa do Dr. Chrockatt de
POMERANIA OCCIDENTAL. Log. do Estado do E. Santo, Sá lè-se Panga.
na ex-colonia Santa Leopoldina.
PONGAL. Rio do Estado do E. Santo, aff. da margem dir.
POMERODA, Pov. do Estado de Santa Catharina, no do rio Benevente. Em sua margem esq. flca o morro do mesmo
mun. de Blumenau (inf. loc). nome.
POMERODA. Rio do Estado de Santa Catharina, banha o PONTA. Log. do Estado do Pará para onde a Lei Prov.
mun. de Blumenau e desagua no rio Testo. n. 7.36 de 27 de abril de 1872 transferio a séde da freg. de São
POMMER-STRASSE. Ribeirão do Estado de Santa Catha-
Domingos da Bòa Vista.
rina, aíll. do Guabiruba do Norte. PONTA. Pequeno pov. do Estado do Maranhão, no mun. de
POMONGA. Rio do Estado de Sergipe, desagua no Cotin- Guimarães.
guiba, pila margem esq., confrontando coma foz do rio do Sal PONTA. Dá-se esse nome, no Brazil, ao logar do rio onde a
e prestando-s3 a boa navegaç.cão por 20 kils, até o porto do An- l^assagem édifficil. Diz-se Ponta forte quando a corrente do rio
gelim, Dahi por deante o canal estreita-se, com pouco fundo, torna-se muito forte e ás vezes com queda notável em razão das
tornaiido-se muito tortuoso, na extensão de 21 kils., parallelo á pedras ou ramos de arvoi-es, etc que se prolongam pelo meio do
costa, até o logar denominado Barracão. Nesle ponto começa rio.
o canal artificial, de 1980 metros de extensão, para communif-ar
com o tortuoso riacho Jequitibá, pelo qual se naveía 550
PONTA. Igarapé do Estado do Pará, no di.str. de Barcarena.
metros até entrar no Japaratuba, 6,G kils. acima da respectiva PONTA. Riacho que o mappa oflicial do Estado de Matto
barra. O canal do Pomonga lein 88 metros de largura na superfí- Grosso indica como alfluente do Araguaya, na margem esq.,
cie, e no fu.ido 22: suas margens são paludosas, e não obstante o abaixo da ilha do Bananal ('B. de Melgaço.)
t-Treiío ser consistente, o escorregamento das terras lhe diminue
a profundidade, que é apenas de 1"',G5 nas marés vivas actual-
PONTA AGUDA. Bairro do mun. de Ubatuba; no Estado de
S. Paulo.
mente, e só no periodo dessas marés é que tsm logar a na-
vegação das barcaças {Relat. de F. A. Pimenta Bueno. Outubro PONTABLE, Log. do Estado de Pernambuco, no mun. da
de 1881). Ganielleira

POMPEO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. PONTA D" AGUA. Log do Estado do R. G, do Norte, no
de Pitanguy, em terreno plano, com importante producção termo de Apody.
de canna da assucar. Orago N. S. da Conceição, diocese de PONTA DA BARRA DA PRAIA. Log. no mun, de
Marianna, Foi creado parocnia pela Lei Prov. n. 1.378 de 14 de Santos do Estado de S. Paulo com uma esch, publ. de instr.
;

novembro de 1866. Sobre .suas divisas vide: art. XII da Lei Prov. prim. para o sexo feminino, creada pela Lei Prov. n. 63 de 2
n. 1.19J de 23 de julho de i864 art. II da de n. 1.635 de 15 de
; de maio de 1883.
setembro de 1870. Tem duas esch. publs. deinst. primaria.
PONTA DA FACA. Córrego do Estado de Minas Geraes, no
POMPEO. Log. do Estado do Ceará, no termo de Canindé. mun. de Tres Pontas.
POMPÈO. Pov. do Estado de Minas Geraes, na freg. da PONTA DA FRUCTA. Pov. no mun. do Esiii.-ito Santo e
cidade de Sabará. Estado deste nome. Tem uma esch. publ. de inst. prim., que,
POMPÊD. Estação da E. de F. Oeste de Minas, -no Estado supprimida pelo art. Ida Lei Prov. n. 37 de 14 de novembro
deste nome, enli-e S. Francisco e Paraopeba. de 1874, foi restaurada pela de n. 4 de 6 de agosto de 1877.
POMPÈO. Igarapé do Estado do Amazonas, no mun. de PONTA DA FRUCTA. Cabeço de uma das ramilicações da
Coda j ás. serra de Guarapary, nolittoral do Estado do Espirito Sanlo.

POMPEO, Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no mun. PONTA DA IGREJA. Log. do Dislricto Federal, na ilha do
de S. Miguel de Guanhães. Vai para o Corrente. Governador, com uma Capella de N. S. da Conceição.

POMPEO. Cachoeira no rio Tiété e Estado de S. Paulo, PONTA DA ILHA. Ribeiro do Estado da Bahia aff. da
entre o Salto de Itú e a cidade de Porto Feliz. E' também de- Itanhentingaj que e é do Itanhen ;no mun. de Alcobaça.
nominada Avacucaya (Luiz PMlippe Gonzaga de Campos). PONTA DA ILHA. Riacho do Estado de Minas Geraea,
PONADIGO. Aldeia de indios, .seis léguas a ESE de Mi- banha o mun. de S. Romão e desagua na margem dir. do rio
randa ; no Estado de Matto Grosso (B. de Melgaço). S. Francisco.

PONCE. Ribeiro do Estado de S. Paulo, banha o mun. de PONTA DA LAMA. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no
Tiété e desagua na margem dir. do rio deste nome. dist. de Macabú.
PONCHE. Pequena lagòa situada no terreno que medeia PONTA D'ARÈA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
mun. deNyterõi; com tres eschs. publs. de inst. prim. uma
entre o Oceano e a lagòa dos Patos, no Estado do R. G. do
Sul. (las quaes creada pela Lei Prov. n. 768 de 14 de setembro
de 1855.
PONCHE. Rio do Estado de Santa Catharina, banha o
Estação inicial da E. de Ferro Bahia
dist. de Theresopolis. PONTA D'ARÈA.
e Minas, distante tres da cidade de Caravellas.
kils.
PONCHE VERDE. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aíll. PONTA DA RIBEIRA. Log. do Districto Federal. na freg.
da margem esq. do rio Santa Maria. Em suas margens teve
logar em 2G de maio di 1843 um combate entre as forças im- dcN. S. da Ajuda da ilha do Governador com unia eapella de ;

periaes commandadas pelos generaes Bento Manoel Ribeiro e N. S. do Monie do Carmo.


. . . —

PON — 270 — PON

PONTA DAS CANNAS. Log. no dist. de Cannavieiras ;


PONTA DO BISPO. Log. no mun. de Mangaratiba do
no Estado de Santa Catharina. Estado do Rio de Janeiro, á beira mar.
PONTA DA SERRA. Dist. do termo de S. Raynnindo PONTA DO BOTE. Log. do Estado de Santa Catharina, na
Nonaio do Estado do Piauhy. ilha deste nome.

PONTA DA SERRA. Log. do Estado do Piauhy, a 10 kils. PONTA DO GIRÁO, Log. no mun. de Saquaroma do Estado
da cidade de Itamaraty. Alii existe uma mina de pedra liume. do Rio de Janeiro.
PONTA DA SERRA. Bairro do mun. de Itapevada Faxi- PONTA DO MORRO. Log. do Estado do Piauhy, no mun.
na, no Estado de S. Paulo. l''oi elevado á parochia coma deno- de S. João do Piauhy.
minação de Santo Antonio da Bòa Vista por Lei Prov. de 10 de PONTA DO NORTE. Log. do Estado do E. Santo, na freg.
abril de 1874. do Alegre
PONTA DA SERRA. Ilha no rio Balsas, aff'. do Parnahyba,
PONTA DO PEDRÃO. No Estado da Bahia. Denomina- se
no Estado do Maranhão. hoje de Santo Antonio da Barra. Ahi desembarcou em 1.549
PONTA DAS MONGUBEIR AS. Log. do Estado do Pará, Thomé de Souza.
no mun . de Óbidos.
PONTA DO FOÇO. Log. do Estado de Santa Catharina,
PONTA DA TAPERA. Ilha formada pelas enchentes do na Tapera, dist. da freg. do Ribeirão.
inverno nos campos que rodeiam o mun. de S. Bento dos Peri-
zes do Estado do Maranhão (Int. loc).
PONTA DO QUILOMBINHO. Log. na freg. dos Gua-
rulhos do mun. de Campos, com uma esch. publ., no Estado do
PONTA DE COQUEIROS. Log. do Estado do Parahyba Rio de Janeiro.
do Norte, no lilloral, no mun. do Conde.
PONTA DO RAMOS. Pov. no rnun. de Curuçá do. Estado
PONTA DE LESTE. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, na do Pará com uma esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei
;

freg. de Jacuacanga do mun. de Angra dos Reis. Prov. n. 812 do 19 de abril de 1875. Foi elevada á pov. pela Lei
PONTA DE MANGUE. Pov. do Estado das Alagoas, no n. 324 de 6 de julho de 1895 e installada a 15 de agosto de 1896.
mun. de Maragogy PONTA DO REMO. Pequena cachoeira, ou antes correnteza,
PONTA DE MATTO. Log. do Estado das Alagoas, ein Porto no rio Negro, aff, da margem esq. do Amazonas. Fica entre
de Pedras. S. Gabriel e a cidade de Manáos.
PONTA DE MATTO. Praia em frento ao pharol da Pedra PONTA DO SERNAMBY. Pov. no mun. de Ipojuca do
Seeca, que serve de balisa á barra da capital do Est ido do Pa- Estado de Pernambuco, no littoral
rahyba do Norte. Nel'a existe um pequeno próprio nacional. PONTA DOS RAMOS. Log. do Estado da Bahia, na termo
PONTA DE NOSSA SENHORA. Pov. do Estado da Bahia, de llliéos.
no dist. da Madre de Deus do Boqueirão; com uma esch, publ. PONTA DO VAQUEJADOR. Log. no mun. de Vizeu do
de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 2.121 de 26 de agosto Estado do Pará, entro a enseada denominada do Jenipapo e a
de 1880.
do Retiro.
PONTA DE PEDRA. Estado das Alagoas, em
Log. do PONTA DO VIGIA. Log. do Estado de Santa Catharina,
Piassabussú. Ha um mesmo nome no Poxim.
outro log. do
na freg. de Garopaba.
PONTA DE PEDRAS. Villa e mun. do Estado do Pará, PONTA GORDA. Era assim denominado o cabo S. Roque,
sede da cora. de seu nome, na ilha Marajó, á margem esq. do
situado no Estado do R. G. do Norte (Vital de Oliveira.
rio Marajó-assú, distante de sua foz tres kds. mais ou menos.
Mouchez).
Orago N. S. da Conceição e diocese do Pará. Fui creada paro-
chianm 1757. VUIa por Lei Prov. n. 886 de 18 de abril de 1877; PONTA GRANDE. Pequeno cabo no mun. de Porto Seguro
Insfcallada em 30 do mesmo mez e anno. Tem
duas eschs. publs. e Estado da Bahia.
de inst. prim. O mun. está situado á margem esq. da bahia PONTA GROSSA. Cidade emun. do Estado do Paraná,
de Marajó, começando seus limites da bocca do rio Carapanaoca, sede da com. de seu nome, no planalto dos Campos Geraes, á
seguindo bahia acima até á bocca do rio Araraijana. O solo é mais de 1000 metros acima do nivel do mar, com um clima sa-
formado de terras firmes e várzeas, e é próprio para cul tura de luberrimo, ligada a Castro e a outras povoações do Estado
mandioca, milho, arroz, aliio Ião, tabaco, canna de as.sucar, café, por estradas. Em seu mun. encontram-se jazidas de carvão de
cacáo, etc. ; pi'ssue campos próprios para a criação de gado pedr;»e depósitos de pedra hume, Sua egreja matriz tem a in-
vaccum e cavallar. E' banhado pelos rios e igarapés Marajó- vocação de SanfAnna e depende da diocese de Curytiba. Foi,
assú, Fabrici, .Jupatituba, Marcos, Piratuba, Mauá, Bacabal, com a denominação de Ponta Grossa, elevada á categoria de
Puxador. Curral, Igarapé-assú. Frechai, Careipetaba, Igarapé- villa pela Lei Prov. n. 34 de 7 de aliril de 1855; installada em
grande, Jupuuba, Paracatuba, Marajó-ité, Qaira-paraná, S. José, 6 de dezembro do mesmo anno. Cidade por Lei Prov. n. 82 de
Pacaquara, Machoeirinha. Mojú, Purinho, Bòa Esperança, 24 de março de 1862. Trocou o nome de Ponla Grossa pelo de
Cascalheira, Cupichaua, Armazém, Cacoeiro, Panema, Uriuduba Pitanguy em virtude da Lei Prov. n. 281 de 15 de abril de 1871.
e diversos ou ros. A industria consiste no fabrico da birracha, Passou de novo a chamar-se Ponta Grossa pela de n. 309 de 5
fumo, cachaça e rêdes de diversas especie5. O clima é temp rado de abril de 1872. Ecom. de primeira entr. Foi creada pela
e saudável. Tornou-se sede da com. da Cachoeira pelo art. V Lei Prov. n. 469 de 18 de abril de 1876 e classilicada pelo Dec.
da Lei Prov. n. 1.286 de 13 de dezembro de 1880. F"oi creada n. 6.305 de 12 de setembro do mesmo anno. líxtincta pela Lei
com. ptr Acto de 17 de maio de 1890 e classilicada de 2=^ Prov. n. 492 de 16 de abril de 1877, foi restabelecida pela de
entvancia pelo Dec. n. 403 do mesmo dia, mez e anno. n. 572 de 8 de abril de 1880, classificada pelo Dec. n. 8.759 de
PONTA DE PEDRAS. Log. do Estado de Pernambuco, no 18 de novembro de 1882 e instillada em 20 de março de 1883.
mun. de Goyanna, com eschola. Tem 9 a 10.000 habs., diversas eschs. publs. de inst. prim.
Agencia do correio. Comprehende a capella dos Pinheirinhos.
PONTA DE PEDRAS. Ponta no Estado de Pernambuco; Sobre suas divisas vide art. Ida Lei Prov. n. 34 de 7 de abril
é oextremo E. do Brazil e fica aos 8" O' 57" S. e 8" 19' 26" de
de 1855, n. 34 de 7 de abril de 1858, n. 59 de 14 de março de
Long. E. do Rio de Janeito.
1860, n. 81 de 18 de março de 1862, n. 195 de 31 de maio de
PONTA DE S. GONÇALO. Log. no mun. deS. Gonçalo 1869. n. 383-de O de abril de 1874, n. 408 de 15 de abdl de 1874,
do l'<stado do Rio de Janeiro; com uma esch. publ, de inst. n. 434 de 24 de abril de 1875, n. 680 de 27 de outubro da 1882 e
IJrim., creada pela Lei Prov. n. 1.206 de 1861. n. 738 de 25 de outubro de 1883. No mun. íicam os povs. de-
PONTA DO ABBADE. Log. do Estado do Pará. A Lei nominados Rio dos Patos, Carrapatos, Taquarussú, Periqtiitos e
Prov. n. 269 de 10 do outubro de 18.^)4 transferio jiara ahi a sede Lageado.
da então villa de Curuçá. PONTA GROSSA. Log. do Estado do Pará, no mun. de
PONTA DO ALEGRE. formada pelas enchentes do
Illia
Itaitubn.
inverno nos campos que rodeiam o juun. de S. Bento dos PONTA GROSSA. Pov. do Estado do E. Santo, no mun. de
I'erizes do Estado do Maranhão. (Inf. loc). NoYa -Vlmeida.
,

PON — 271 — PON

PONTA GR0S3A. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no PONTAL, Estação da E. de F. Muzambinho, no Estado
dist. de S. Gonçalo do mnn. de Campos, com esch. publ. uma de Minas Geraes, situada na juncção do rio Verde com o Sa-
de inst. prim., oreada pela Lei Prov. n. 1.759 de 30 de novembro pucahy, a 83 kdometros de Tres Corações. Foi inaugurada em
de IS72 19 de noveniliro do 1S.>5.
PONTA GROSSA. Log. no mun. de Maricá e Estado do Rio PONTAL. Mnrro á margem esquerda do rio S. Francisco,
de Janeiro, com eíchola. á entrada d l b irra. E' areno.so, coroado de pequenas cabanas
PONTA GROSSA. Log. do Distvicto Federal, no dist. de e alguns cajuein.is.
Giiaratiba. PONTAL. Morrj do Estado do Rio de Jandro, próximo ao
PONTA GROSSA. Log. no mun. de Ubatuba do Estado de morro de Beimontí e da serra da Divisa. E' notável por sua
S. Paulo. altura eln'ada e contorno elegante. E' também denominado
Pico do Capitão Euphrasio.
PONTA GROSSA. Log. no dist. da villa do As.sunguy e
Estado do Paraná. PONTAL. Morro do Estado de Minas Geraes, no mun. do
Espirito Santo da Varginha.
PONTA GROSSA. Pov. e morro do Estado de S;mta Ca-
tharina, no mun. de Imaruhy. PONTAL. Serra do Estido de Goyaz, no mun. do Porto
Nacional.
PONTA GROSSA. Ilha no rio S. Francisco e Estado das
Alagoas. PONTAL. Ilha pertencente ao mun. do Remanso do Es-
tado da Bahia, no rio S. Francisco.
PONTA GROSSA. da margem
Rio do Estado do Paraná, alT.
dir. do Ribeira. Atravessa a estrada de Curitybi a Assunguy, PONTAL, Ilha e riacho do Estado de Pernamlnico. O
na qual tem uma ponte com 5"^ de largura e 25™ de comprimento ri icho desagua no rio S. Francisco, próximo das divisas desse
Recebe o Barra Bonita. Estado com o do Piauhy.
PONTAL. Estado de Minas Geraes, no mun. da Var-
Dist. do PONTAL. líha do Estado do Rio de Janeiro, dependente
ginha, ligido á cidade da Varginha e ao mim. de Trís Pontas do mun. de S. Gonçalo. Tem caoiras.
por uma estrada atravessada pelo rio Verde. Orago Divino PONTAL. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
E. Santo e diocese de Marianna. Foi. com o nome de Mutuca, Cabo Frio, um pouco ao N. da ponta do Ponial. Della se des-
creado parochia pela Lei Prov. n. 769 de 2 de maio del85i. (acam diversos recifes submarinos.
Não longe delia passam os rios Verde e Sapucnhy, Tem tres
egrfjas a matriz, que se eleva no alto de uma pequena montanha,
;
PONTAL (Ponta e Sacco do). No mun. de Cabo Frio do
Estado do Rio de Janeiro. O sacco fica entre a ponta do Pontal
a de N. S. do Rosario e a do Pretório. Tem tres eschs. publs.
e a do Gabriel, e a ponta entre a praia e o sacco do Pontal.
de inst. prim. uma das quaes a do sexo feminino, creada peio
art. I § 1 da Lei Prov. n. 2.391) de 13 de outubro de 1877. Agencia PONTAL (Praia do). Estende-se desde os morros meridio-
do correio. Sobre suas divisas vide art. I § XIV da Lei Prov. naes do Gabo Frio até á baiTa da cidade deste nome; no Estado
n. 2.405 de 5 de novembro de 1877, art. V da de n. 3.387 de 10 do Rio de Janeiro.
de julho de 1886, n. 3.442 de 28 de setembro e 3.489 de 4 de ou-
tubro, ambas de 1887. Perdeu a deuominação de Mutuca pela de
PONTAL. Rio do Estado de Pernambuco, aff. da margem
esq. do S. Francisco.
Pontal pelo Dec. n. 194 de 22 de setembro de 1800, que egualraente
desmembrou-a do mun. da Campanha e incorporou-a ao da PONTAL, Riacho do Estado das Alagòa"5 banha o muii. ;

Varginha. de Piassabussú e desagua na margem esq. do rio S. Francisco,


abaixo do foz do Caranha ou Coronha.
PONTAL. Dist. do Estado de Minas Geraes. creado parochia
pela Lei Prov. n. 2.941 de 23 de setembro de 1882. Em suas di- PONTAL. Riacho do Estado de Sergipe, no mun. de Santo
visas flcam o córrego da Lage e rio Grande. Orago S. José. Tem Amaro.
escliola. PONTAL. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da
PONTAL. Antiga parochia do Estado de Goyaz, ao pé da margem dir. do rio das Velhas.
serra de seu nome, do lado esq. do Tocantins. Orago Senhora PONTAL. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, desagua na
Sant'Anna. Foi supprimida pelo art. III da Lei Prov. n. 14 de margem esq. do rio Angii, trib. do Paraliyba do Sul.
23 de julho de 1835, que incorporou seu território á parochia do
então Porto Imperial. Dista 28 kils. desta ultima cidade. PONTAL. Cachoeira no rio Balsas, aff. do Parnahyba ; no
Estado do Maranhão.
PONTAL. Log. do Estado do Maranhão, á margem do rio
Findará. PONTAL, Porto na coníl. dss rios Mogy-guassú e Pardo;
no Estado de S. Paulo. Foi inaugurado a 10 de janeiro de 1887.
PONTAL. Pov. do Estado de Pernambuco, no termo da ^oa A navegação a vapor do rio Mogy-guassú em 1887 estendia-se
Vista. até esse logar.
PONTAL. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. "de Seri- PONTAL DA BARRA. Pov. do Estado das Alagôas, no
nhaem. mun. de Maceió.
PONTAL. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de Gururipe. PONTAL DA BARRA. Pov. do Estado das Alagòas, na
Ha ainda outros logs. do mesmo nome em Alagoas e Traipú. Barra do S. Miguel.
PONTAL. Pov. do Estado da Bahia, no mun. de Ilhéos, PONTAL DA BARRA. Dist, do mun. de Piassabussú, no
com uma esch. publ. de inst. prim. creada pela Lei Prov. Estado das Alagoas.
n. 2.235 de 6 de í gosto de 18S1.
PONTAL DA BARRA. Pov. do Estado das Alagòas, no
PONTAL. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de mun. do Penedo.
Cabo Frio, á beira mar.
PONTAL DA GABANGA. Lug. do Estado de Pernambuco,
PONTAL. Log. do Districto Federal, no dist. de Guara- no 2" mun. da Capital.
dist. de S. Jose,
tiba. Esse log. dá uma perfeita idéa do morro da Gloria, na
Capital Federal. B?m no alto, avista-sa a capellinha de N. S. de PONTAL DA CRUZ. Bairro do mun. de S. Sebastião no ;

Monte-Serrate, com suas paredes brancas, tendo para todos os Estado de S. Paulo com uma esch. juibl. de in.st. prim, oreada
; ,

lados casinhas guarnecidas de arvoredos. O mar Jica em baixo. pela Lei Prov. n. 56 de 22 de marco de 1888.

PONTAL. Log. no mun. de Ubatuba do Estado de São PONTAL DE CORURIPE. Pov. no termo de Traipú do
Paulo. Estado das Alagòas. A
Lei Prov. n. 916 de 2S de junho de 18S3
«eou ahi uma esch. publ. mi.^cta de inst. primaria.
PONTAL. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. da
Ponte Nova. PONTAL DO GONGOGI. Pov. do Estado da Bahia, no
mun. da Barra do Rio do Contas.
PONTAL. Dist. creado no mun. de Morrinhos do Estado
de Goyaz, pela Lei Prov. n. 543 de 29 de julho de 1875. Tem PONTAL DO PRATA. Log. do Estado de Mallo Grosso, no
uma Capella da invocação de Santa Rita. dist. do Aporé e mun. de .'^ant'Anna do Paranahyba,
PON — 272 — PON

PONTAL DOS UNBUS. Pov. do Estado das Alagoas, no PONTE. (Igarapé da). No mun. de Barcellos do Estado do
mun. de Piassabussú. Am:i zonas.
PONTAL DO TRIUMPHO. Log. no num. do Triumpho PONTE. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. de Ma-
do listado do R. G. do Sul com uma esch. publ. do inst. pri-
; capá e desagua no rio Amazonas (Inf. loc).
maria.
PONTE. Cerca de 500 braças acima de Tresidella está o ce-
PONTALETJE. Estação da E. de P. Miisambinho, no Estado lebre riacho da Ponte, famoso e conhecido p las suas ajuas tão
de Minas Geraes, na linha principal. crystalinas, límpida e leves. Não ha quem passe por Caxias
PONTA MOFINA. Pov. do Estado das Alagoas, no num. que não banhe-se nas frescas aguas desse riacho (Almanak do
do Penedo. Maranhão 1860).
PONTA NEGRA. Pov. na costa do Estado do G. do R PONTE. Igarapé do Estado do Piauhy, no mun. de Par-
Norte, 18 kils. ao S. da Capital Suas terras produzem páo-brazil,
. nahyba.
tatajuba e diversas outras madeiras. Exporta peixe e oleo de PONTE. Córrego do Estado do Ceará nasce na serra do
batiputá. Tem uma pequena casa de oração; uma esch. publ.
;

Araripe, corre parallelo ao Grangeiro, e incorporados ao Mir"anda


para o sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. 289 de 11 de (Jaguar) Jazem barra no Itaytera. Em 1794 houve um desmoro-
agosto de 18.5-1 e uma para o sexo feminino, creada pela ,de
namento da serra do Araripe sobre esse córrego. Alguns o deno-
n. 935 de 21 de março de 1885,
minam Cafunãó.
PORTA NEGRA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
PONTE. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do rio Pi-'
mun. de Maricá, com duas eschs, publicas. nheiros.
PONTA NEGRA. Rio do Eslado do Rio de Janeiro; nasce
PONTE. Arroio do Estado do R. G. do Sul nasce no serro
na serra do seu nome, banha o mun. de Saquarema e desagua ;

da Fortaleza e desagua na margem septentrional ou esq. dorio


na lagòa de Jacuné. Tem dous tribs. sem denominação.
Jacuhy, quasi defronte do arroio rios Ratos.
PONTÃO. Passo no rio Pelotas, mais tarde Uruguay. De- PONTE. Corr=go do Estado de Minas Geraes, aíf. da mar-
riva o nome de um pontão de serra que vem expirar nestas i-a-
ragens. Em virtude da collectoria ahi estabalecida, foi edilicado
gem esq. dorio Carandahy.
um extenso barracão de madeira, onde ella funocionava foi ,
PONTE. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, no mun. do
deste facio que também o logar tomou o nome de Passo do Bar- Diamantino. Vai para o ribeirão da Divisa e recebe o córrego
racão, como é hoje conhecido e que nenhum mappa da-lhe tal Mutum.
denominação. Ha quem o confunda com o passo D. Anna, 30
ou 36 kils. abaixo. Algumas Cartas dão ao Pontão a errada
PONTE. Ribeirão trib. dir. do Itiquira, provindo da serra
do Cayapó ; no Estado de Matto Grosso.
denominação de Portão.
PONTÃO DE SANTA RITA. Serra do Estado doE. Santo, PONTE ALTA. Bairro do mun. de Mogy das Cruzes, no
Estado de S. Paulo; com uma esch. publ. de inst. prim., creada
no mun. do Gachoeiro do Itapemirim. pela Lei Prov. de 1874.
PONTA PORÃ. Log. nos extremas do Estado de Matto PONTE ALTA, Bairro do mun. de Campinas, no Estado de
Grosso com a Republicado Pnraguay. Foi ahi a 17 de janeiro S. Paulo.
de 1882 creada uma agencia fiscal para arrecadação do imposto
a que está sujeito o gado exportado para aquella Republica. ^
PONTE ALTA. Bairro no mun. de Avaré do Estado de
S. Paulo com uma esch publ. de inst. prim. para o sexo mas-
PONTA RASA. Pov. do Estado de Santa Catbarina, no
.

culino, creada pela Lei Prov. n. 49 de 2 de abril de 1883,


mun. da Laguna e dist. de Villa Nova.
PONTA RASA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun.
PONTE ALTA. Bairro no mun. de Santa Rita do Paraiso
do Eslado de S, Paulo, com uma esch. publ. de inst. isrim.,
do Triumpho ; com uma
esch. publ. de inst. prim., creada
creada pela Lei Prov. n. 59 de 2 de abi-il de 1883.
pela Lei Prov. n. 1.545 de 17 de dezembro de 1885.
PONTA RASA. Ilha no rio Jaculiy, mun. do Triumpho e PONTE ALTA. Log. a dous kils da villa do Rio Bonito ; no
Estado do R. G. do Sul. Estado de S. Paulo.
PONTA RASA. Arroio do Estado do R. G. do Sul; nasce PONTE ALTA. Bairro do mun. de Itapetininga ; no Es-
no serro da Fortaleza e faz barra na margem septentrional do tado de S. Paulo.
rio Guahyba (Dr. D. Araujo SilvaJ. PONTE ALTA. Pov. do Estado do Minas Geraes, no dist.
PONTARAT. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do Uru- de Itaverava e mim. de Queluz.
puca. PONTE ALTA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist.
PONTAS DE PAUS. São assim denominadas umas coroas da cidade de Lavras do Funil.
de cascalho pedra, existentes no canal ou rio de Cot?gipe, na
e PONTE
ALTA. Dist. creado no dist. da Forquilha e termo
bahiade Todos os Santos. Descobrem-se nae grandes marés, do SS. Sacramento, no Estado de Minas Geraes, pelo art. I da
havendo entre ellas enseadas de 3 a 5 metros de profundidade Lei Prov. n. 2.260 de 30 de junho de 1876. Orago S. Francisco.
nas grandes baixas marés, que se prestam a ser fnudeadouros de Tem tuna esch. publ.
pequenos navijs.
PONTAS DE SEPÈ.
PONTE ALTA (S. Sebastião da). Arraial do Estado de
S. Log. do Estado do R. G. do Sul, Minas Geraes, no dist. de Dòres da Victoria e mun. do Mu-
nomun. de Caçapava,! riahé.
PONTAS DO QUEBRAXO. Log. no mun. de Bagé do PONTE ALTA. Log. no mun. da Campanha do Estado de
Estado do li. G, do Sul. Minas Geraes.
PONTE. BairrDdo mun. de e Caçapava Estado de S. Paulo,- PONTE ALTA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist.
com escholas.
de Serranos e mun. de Ayuruoca.
PONTE. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de Mon-
tes Claros ; com escholas publicas.
PONTE ALTA. Dist. do mun. de Uberaba, no Estado de
Minas Geraes.
PONTE. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. do Alto
Rio Doce. PONTE ALTA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist.
da Espera e mun. do Alto Rio Dòce,
PONTE. Pov. do Estado de Goyaz, a 48 kils. de Formosa.
PONTE ALTA. Log. do Eslado de Goyaz, no mun. de
PONTE. Morro do Estado de Pernambuco, no dist. de Ouro Fino.
S. Lourenço de Tijucopapo (Inf. loc.).
PONTE ALTA. Log. do Estado de Matto Grosso, no dist.
PONTE. Serra do Estado de Sergipe, no mun. de São da Chapada e mun. da capital.
Christovão.
PONTE.
PONTE ALTA. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, aíf.
Morro do Eslado da Bahii, no mun. do Brejinho. da margem esq. do rio Parabyba.
33.711

i
. . r

PON — 273 — PON


PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff, da PONTE ALTA. Ribeirão que desagua á margem esq. do
margem do Itapetininga. R cebí os ribeirões Quaresma,
dir. Taquaral Grande, galho do rio das Mortes, no Estado de Matto
Pissarão, Taboão, Serra alem de. outros. Grosso. Passa na estrada de Cuyabá a Goyaz. 30 kils. a O. do
PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aif. da rio Aragnaya e ao nascente d > ribeirão José Dias.
mai'g'em dir. do rio Capivary. PONTE ALTA DE CANÔ AS. Pov. do Estado de Santa
PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do Catharina, no mun. de Cunty banos.
rio Rancho Queimado, trib. do Mog-y-guassú. PONTE ALTA DO RIO DAS PEDRAS. Pov. do Estado
PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de S, Paulo, banha o de Santa Catharina, no mun. de Curitybanos,
muri. do Apiahy e desagua no liibeira (Inf. loc). PONTE ALTINHA. Rio do Estado de Santa Catharina,
PONTE ALTA. Riacho do Estado de S. Paulo, banha o banha o mun. de Curitybanos e desagua no rio Canoas.
mun. de Guaratinguetá e desagua na margem dir. do rio Pa- PONTE BELLA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
rahyba do Sul. mun. de S. João Marcos, ã margem do ribeirão da Lage. A Lei
PONTE ALTA. Córrego do Estado de S. Paulo; desagua Prov. n. 2 7o3 de 12 de outubro de 1885 autor isou a contracta
a construcção de uma E. de F. de bitola reduzida, que-partindo
na margem esq. do rio Tieté, entre a cidade de Lençóes e o
salto de Avanhaudava, próximo dos corr.'gos do Sucury e do
do porto de Mangaratiba vá terminar nesse logar.
Varejão. Tem uns tres meiros de"largo. PONTE BONITA. Córrego do Estado de Goyaz, banha o
PONTE ALTA. Rio do Estado do Paraná, aíT. da margem mnii. de Santa Luzia e desagua na margem esq. do ribeirão
dir do rio Nhundiaquara. Al.igoinha, afl". do Alagado (Inf. loc).

PONTE ALTA. Rio do Estado do Paraná, afl'. do Ivahy PONTE DA JULIA. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no
dist. da Apparecida, mun. da Sapucaia, cora uma esch. mu-
PONTE ALTA. Rio do Estado de Santa Catharina, no nicipal.
mun. de Curytibanos; desugua pelo lado do N. no rio
Canoas.
PONTE DA SAUDADE. Log. do Estado do Rio de Ja-
neiro, nomun. de Nova Friburgn, com eschola.
PONTE ALTA. Rio do Estado de ftfinas Geraes, aff'. da
PONTE DA VOVO". L-^g. no mun. de Magé e Estado do
margem esq. do rio fará, próximo ás suas cabeceiras. (Cliro-
Rio de Janeiro.
ckatt de Sá, Mappa do Estado de Minas Geraes)
PONTE ALTA. Riacho do Estado de Minas Geraes, banha PONTE DE ANNA DE SA'. Log. do Estado de Minas
Geraes. no dist. da C isa Branca e termo do Ouro Preto; com
o dist. de Pequi e desagua no rio Paraopeba.
uma esch, publica de ins( prim. para o sexo feminino, creada
.

PONTE ALTA. Rdx^irão do Estado de Minas Geraes, Ijanha pelo art. I, § II da Lei Prov. n. 2.847 de 25 de outubro de
o mun. de S. Paulo do Muriahé e desagua no rio Preto. 1881 e uma oulra para o sexo masculino creada pela de
n. 2.393 de 13 de outubro de 1877.
PONTE ALTA. Rio do Estado de Minas Geraes, nasce
no chapadão das Estacas e desa.niia na margem dir. do rio PONTE DE JACAREHY. Baixo no mun. de Jacarehy do
Grande. A Lei Prov. n, 2.137 de 27 de outidjro de 1875 decla- Estado de S. Paulo, com ureia esch publ. de inst. primaria.
rou-o limite entre os niuns. de Uberaba e Sacramento. E' atra- PONTE DE LUIZ PEREIRA. Log. do Estado de Minas
yessado pela E. de F. Mogyana. Géraes, no dist. de Santo Antonio da Lagoa e mun. do Cur-
PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff, vello.
do rio do Mello, que o é do Piranga. Banha. o termo de Queluz. PONTE DE PÁO. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da
PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. margem esq. do ribeirão Alagado, trib. do rio Corumbá (Inf.
loc.
do rio Quebra Anzol, no mun. do Patrocínio. )

PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff.


PONTE DE PEDRA. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
no dist. de S. Lourenço do mun. de Nyterõi com duas es-
do rio do Machado.
;

cbolas.
PONTE ALTA. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, PONTE DE PEDRA. Log. do Estado de Minas Geraes, no
banha o dist. de Serranos do mun. de Ayuruoca e desagua mun. de Theophilo Ottoni, na estrada que se dirige dessa ci-
no rio do Francez. dade á do .Arass:iahy, sobre o ribeirão Santo Antonio.
PONTE ALTA. Rio do Estado de Goyaz, aff'. da margem PONTE DE PEDRA. Córrego do Estado de Minas Geraes,
dir. do rio das Areas, trib. do Corumbá. Recebe o ribeirão banlia o mun. do Abaeté e desagua na margem esq. do rio
Arrependido e os córregos Duas Pontes, Lage, Canguera, Agua Borrachudo
Fria, além de muitos outros.
PONTE DE PEDRA. Rio do Estado de Minas Geraes, aff.
PONTE ALTA. Ribeirão du Estado de Goyaz, aft'. *do Car- do Pouso ."Megre. Recebe o córrego da Taquara.
retão Grande, que o é do rio S. Patrício, este do das Almas e
ainda este do Maranhão (Cunh.i Matlos. ItÍ7ierario). Receb.' os PONTE DE PEDRA. Ribeirão do Estado de Matto Grosso;
córregos do Cascavel, da Boa Vist e do Pouso do Ouvidor.
i
é Uiua das cabeceiras do Suoury. Passa pelo caminho novo de
(^uyabá a Goyaz, aberto em 1867, cerca 200 kilomjtros a ESE.
PONTE ALTA. Rio do Estado de Goyaz, aff. do Corumbá, de Cuyabá.
que o é do Paranabyba. R'iCel)e o ribeirão dns Alagados (3unha
Mattos. Itinerário).' Informam-nos do mun. de Sant L izia i
PONTE DE SANT'ANNA. Log. do Estado do Rio de Ja-
neiro, nomun. do Parahyba do Sul, na confluência do rio Fa-
que esse rio é aff. dos Alagados. «Nasce na Vargem da
Benção e recebe á dir. os cori^egos Tamanduá, Barreiro, Capi- gundes com o Piabanba.
vara, MonjoUo, S. Philippe, Buracão, Salto e Sitio Kovo e á ; PONTE DE SANTA
RITA. Córrego do Estado de Minas
esq. o Pinto, Fundo, Lopes, Lambedor, Fundinho, Socca e Geraes, banha a cidade de Uberaba. Junta-se com o Capão da
Lobo.» Egreja abuixo da egreja de Santa Rita.
PONTE ALTA. Rio do Estado de Govaz, aff. da margem PONTE DE SANTO EDUARDO. Log. do Estado do Es-
dir. do S. Marcos. pirito Santo, no mun. do Cachoeiro do Itapemirim ; com duas
eschs. publicas.
PONTE ALTA. Córrego do Esiado de Goyaz, banha o mun.
de Santa Luzia e desagua na margem esq. do ribeirão Tai|)a, PONTE DE S. GONÇALO. Log. do Estado do Rio de Ja-
trib.do rio Corumbá (Inf. loc). neiro, no mun. de S. Gonçalo ; com uma esch. publ. de inst.
primaria.
PONTE ALTA. Grande, entre os muns. do Sa-
Porto no rio
crameiito do Esiado de Minas Geraes e Santa Riia do Paraíso, PONTE DE TABOAS. Log. no mun. de Nova Friburgo
no de S. Píiulo. do Estado do Rio de Janeiro.
PONTE ALTA. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, atr. PONTE DE TERRA. Córrego do Estado de Goyaz, aff.
dir. do rio da Casca, galho do Manso ou das Mortes. da margem dir. do rio S. Bartholomeu (Inf. loc.)
Dicc. geog. 35
roN — 274 - PON

PONTE DO ATIBAIA. Baii-i-o no mun. de Campinas do S. Paulo. Foi creada parochia do mun. de Botucatit pela Lei
Eítado de S. Paulo : com uma escli. pulil. de inst. pi'imaria. Prov. n. 3 de 20 de fevereiro de 1836. Incorporada ao mun.
da Constituição (Piracicaba) pela de n. 11 d- 8 de julho de 1867;
PONTE DO BURRO. Peque;io rio do EsUido de Minas
essa disposição foi, porém, revogada pelo art. I da de n. 33
Geraes. ali', da mai-gem dir. do Pouso Alto, Irib. do Parauna
de 9 de julho de 1869. Elevada á villa pelo Dec. n. 158 de 15
(Iiif. loo.).
de abril de 1891. Nesta villa tem o rio Tietê 150 metvos de
PONTE DO CARMO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, largura e uma profundidade sulficiente para navios de seis palmos
vem do Alto dos IVcpgueiros, na serra da Cachoeira. Passa de calado. Sobre suas divisas vide Lei Prov. n. 9 de 3 de
Tres Pontas e lança-so na margem dir. do rio Verde. março de 1866; art. II da de n. 38 de 9 d- julho de 1869, e
POínTE do CARNEIRO LEÃO. Log. ilo Estado do Rio de Lei n. 144 de 14 de j mho de 1893. Tem duas eschs. publs. de
Janeiro, no mun. dí Piraliy com uma eschola mixta creada
;
inst. prim,, uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 52 de 18
por Acto de 25 de junho de 1801. de ab.dlde 1866 e outra pela de n. 3 de 5 de fevereiro de 1881.
Agjncia do correio.
PONTE DO GAMA. Log. do Estado de Minas Geraes, no
mun. de .Uarianna. PONTE DO ZACHARIAS. Log. do Estado do Rio de Ja-
neiro, sobi-e o rio Preto, A parte em trafego da 2-' secção da
PONTE DO JAGUARY. Bairro no mun. de Bragança do linlia Sapucahy (trecho da Barranca do Rio Preto á Pacau)
Estado de S. Paulo com lunaescli. publ de instr. prim. crea-
:
tem 36 kiis. comprehenJidos entre a Ponte d') Zacharias. onde
da pela Lei Prov.n. 8 de 15 de feverei ro do 1834. se liga com a linha de Saula Izabel, e a estação do Pacau.
PONTE DO JEQUIÁ. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. Nessa extensão existem tres estações e um poste telegrapliico.
de S. Mig icl dos Campos com uma escli. puul. de instr. prim.
;
As estações são Santa Rita, Imljuzeií-o e Pacau.
:

creada pela Lei Prov. ii. 839 de 8 de junho de 1880. PONTE ESCURA. Log. do Estado do Rio da Janeiro, no
PONTE DO KAGADO. Log. no dist. de San t'Anna do De- mun. de Magé.
serto, no mun. do Juiz de Fóra do Estado de Minas Ge aes, com PONTE FALSA. Vide Taquaral.
dua? eschs. pulils. de instr. prim. creadas pela Lei Prov. n. 3.33Ò
de 21 de juUio de 188(1. PONTE FEITA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. do rio
Corumbá,. Provem esse nome de ser o logar da passagem uma
PONTE DO MEIO. Córrego do E-tado de Minas Geraes, pente natural.
nas divisas do dist. do Carmo do Campo Grande. Vai para o
ribeirão deS. Paulo. PONTE FIRME. Córrego do Estado de Minas Geraes ;

desagua na margem esq. do rio Abaeté, próximo da barra deste


PONTE DO MEIO. Córrego do Estado de Goyaz, aíí'. do rio no S. Francisco.
rib.drão Alagado.
PO^JTE DO MIRANDA. Log. do Estado de Minas Geraes, na
PONTE FUNDA. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro,
aff. da maA'gem esq. do riljeirao D. Florência.
E. cleF. Oesle de Minas, al65kils. da estação de Oliveira.
PONTE FUNDA. Riljeirão do Estado de S. Paulo, no mun.
PONTE DO MONTIJO. Log. do Est ido de Minas G-raes> de Santa Rita do Paraiso. Corre para o rio Grande (Inf. loc).
no ar. aial do Porto Real do S. Francisco, termo da Formiga.
PONTE FUNDA. Córrego atf. da margem esq. do rio Ca-
PONTE DO MUaUI. Log. do Estado do E. Santo, no mun. mandocaia : corre próximo ás divisJS dos Estalos de S. Paulo
do Caclioeiro do Itapeaiirim. com Minas Gei'aes.
PONTE DOPARAUíjA. Pov. do Estado de Minas Ge- PONTE FUNDA. Córrego do Estado de Goyaz. banha a ci-
raes. n i mun. do Curvello. Foi elevada á dist. pela Lei Prov. dade de Entre Rios e desagua no ribeirão do Vae-Vem.
n. 1.294 'le 30 de outubro do 1S6!3. Tem duas esclis. publs. de
inst. primaria. PONTE GRANDE. Log. do Estado das Alagoas, em Curu-
ripe e Pioea.
PONTE DO PIABANHA. Log. do Estado do Rio de Ja-
neiro, no mun. do Parahyba do Sul. Agencia do correio. PONTE GRANDE Bairro no mun. da Capital do Estado de
S. Paulo. E' cercado por uma extensa várzea. Tem eschulas.
PONTE DO POVO. Log. do Estado di Minas Geraes, sobre
PONTE GRANDE. Pov. do Estado de S. Paulo, no mun.
o rio das Veihas, na estrada que do Rio das Pedras segue p ira
S. Gonçalo do Monte.
de Mogy das Cruzes, com essholas.

PONTE DO RlBEíRÃO. Log. do Estado de Minas Geraes,


PONTE GRANDE. Log. do Estado de Minas Geraes, no
no mun. dos Montes Claros. mun. de Santa Luzia do Rio das Velhas.
PONTE DO RIBEIRO. Parada da E. de F. de Santa PONTE GRANDE Ribeirão do Estado de Goyaz, aíT. do ri-
Anna, no Es'ado do Rio de Janeiro. beirão do Retiro, que é o do Onça e este do rio Corumbá.
PONTE DO RIO NEGRO. Pov. do Estado do Rio de Ja- PONTE LAVRADA. Log. do Estado de G yaz, no mun. de
neiro, no mun. de S. Sebastião do Allo. Morrinlios, distante do porlo de Santa Rita do Paranahyba, que
é o pov. mais próximo, cerca de 42 kils. E' banhado pelos cór-
PONTE DOS CARVALHOS. Pov. no mun. do Cabo do regos Bebedor, Brejo do Bezerra, Barreirinho, Sauta Maria o
Estado de Pernambuco, na margem dir. do rio Jaboatào, no Macuco.
ponto de liifuroação de duas estradas de rodagem, com uma
egreja da invocação de N. S. do Bom Conselho. POTE NATURAL. Córrego do Estado de S. Paulo, aff. do
rio ííombuca. Serviu de divisa ao dist. de Santa Rita de Passa
PONTE DO SIMÃO. Subúrbio da cidade de Montes Claros ; Quatro.
no Eitado de Min:is Gerae?.
PONTE DOS LEITES. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
PONTE NOVA. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes,
na c m. do seu nome, á margem dir. do rio Piranga, ligada á
no dist. de S. Sebastião de Araruama ; com uma esch. publ. Marianna por uma estrada, edilicarla sobre duas cullinas que se
de iust. prim., creada pela Lei Prov. n. 1.630 de 1871. tocam em fórma de um T. A cidade está sep irada da estação
PONTE ^DOS LEITES. Largo ou Imcia da lagòa de Ara- ]ielo rio Piranga, no qual ha uma ponte. Collocada sobre uma
ruama do Estado do Rio de Janeiro. E' também denominado elevação, é a cidade de bonito aspecto e tem alguns edilicios Ijons:
do Engeitado. Ha ahi um porto de embarque, onde locam os ha vida e animação no seu commercio, e grande movimento dí
vapores da companhia de Jordão & C. mercadorias na estação, exportando-se especialmenie assucar.
PONTE DOS TElXEIRAS. Log. do Eítado do Rio de Orago S. Síbastiãí e diocese de Marianna. Foi creada parochia
pela Resolução de 14 de j lho de 1832 (1833, segundo o itr is).
Janeiro, no dist. de S. Joaquina e mun. da Barra Mansa, com
eschola.
Elevada á villa pela Lei Prov. n. 827 de 11 de junho de 1857 ;

inst:i]lada a 26 de abril de 1863. Cidade jiela de n. 1.300 de 30


PONTE DO TIETÊ. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, de outubro de 1866. E' comarca de segunda enlraneia, creada,
ex-parorhia do mun. de Botucatu, a 288,8 ki!s. da capital, 50 com o nome de Rio Turvo, pela Lei l'rov. n. 2.002 de 15 de
de Piracicaba, 27,7 de Lençóes e 38,8 de Botucatú, Lavoura de novembro de 1873 e com 'o de Ponte Nova pela de n, 3 125
algodão e canna. Orago N. S. dos Remédios e diocese de de 18 de outubro de 18S3 e classilicada por Acto de 22 de
PON ~ 275 — PON

de fevereiro fie 1S92. Tem 300) liab,. e quatro es lis. pubis. capitão Manoel Francisco de Souza e Silva, e mais vereadores os
de instr. prim. O lerritorio do iiiun. é assaz lei'til. Cultura ci-ladãos Miguel Martins Chaves, I,uiz Jo=é Pinto Coelho da
de café, fumo e cerenes. Criação de gado. R gam-no os rios Cunha. Sebastião José Pereira do Monte, Antonio Carlos Corrêa
Piranga, Baoal' áo, Vau-nssú, Oratório, Carmo. Casca, Matipoó, Mairynk. Joaquim Rodrigues Milagres e Antoni Justiniano Gon- >

Sanf.Vnna, Romeiro f diversos outros. O mim. em 18J2 era çalves Fonte? Foi elevada á categ u-ia de cidade pela Lei n. 1.300
cimstituido pelas jiarochias da cidade, de Santa (a'uz do ("Escal- de 30 de outubro de 186 i, sendo jiresidente da camará o advogado
vado, de N. S. da Concíição da Serra, de N. S. da C inceição Francisco de .'\ssis Mart'ns e Castro, perfc-^ncendo á comarca de
do Casca (ou Bicudos), de Sant'Aana do Jequery, de S. Se- Marianna, passando depois em 1880 a categoria de comarca com
bastião da Grota, de S. Pedro dos Ferros, Urucú e Piedade. a denominação de —
Rio Turvo , —
sendo ''seu primeiro juiz de
Comprehende ainda os povoados Sant'Anna d'> Pão de Cedro, direito o Dr. Manoel Teixeira de Souza Magalhães: em 1884
Trindade, Santa Cruz, Barra de SanfAnna, Cachoeira Torta, passou-se a denominar comarca da Ponte Nova. sendo nomeado
Urucú, S. Sebastião do Soberbo, S. Be ito, Ribeirão, S. José juiz de direito o Dr. Ventura José de Freitas Albuquerque». E'
dos Oratórios, Lage^, Boa Visia. Pontal, Poço Grande e di- servida pela E de F. Leopoldina e sel-o-ha em breve p^la E.
versos outros. Sobre suas divisas vid». entre outras, a Lei Santo e Minas. Tem casa da Camara ;\Iatriz, CHlIegio dos
Prov. n. 406 de 12 de outubro de 18(8: n 2 77.5 de 19 de Salesianos, Hospital e as cap'llas do Rosario. Santo .Antonio,
setembro de 1881, n. 1.903 de 14 de novembro (art. XII) Bom Jesus e 4J0 prédios. Dista 31 kils. de Santa Cruz do
n. 2.03Õ de 1 de dezembro, -ambas de 1873. Agencia do Escalvado, 50 de Bicados, 40 do Rio Doce e 23 de B.irra Longa.
correio. Por occasião da visita deSS. MM-. II a es=:ã cidade a
redacção do liio Doce jiublic ,u a 30 de junho de 188:5 um nu-
PONTE NOVA. Dist. do Estado do Maranhão, no mun. do
Brejo. Orago N. S. da Piedade e diocese do Maranhão. Foi
mero especial desse jornal, onde lè-se a seguinte no'.icia :
creado parochia pelo art, I da Lei Prov. 1.255 de :^0 de abril
A Ponte Xova. O Podre João do Monte de Medeiros no dia 30 ii

de 1881. Tem duas eschs. pubs. de primeiras lettras, uma das


.

de outubro de 1772 fez doação d>- um terreno á m rgem direita do quaes creada por Lei Prov. n. 1.241 de 19 de maio de J832.
rio Piranga, para património de uma capella de S. Sebastião e
Almas, terreno que. partindo de um córrego que fica fronteiro á PONTE NOVA. Dist. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
mesma Capella, desagua no rio Piranga, fazendo a partilha da de S. Fidélis. Orago N. S. da Conceição e diocese de .Nyterõi.
pai'te debaixo nos espigões sobi'e a cachoeira do córrego para Foi creado pirochia com a invocação de S. João Baptista, no
cima com os do Revm. doador, ficando considerado lilial de Iogar_Vallão dos Veados, pela Lei Prov. n. 9i)5 de 17 de out ibro
freguezia de S. Bom Josus do Forquira. No anno de 1832 foi de 1857 e transferida para a pov. de Ponte Nova com a invo-
elevada á freguezia. e a 22 de agosto de 183!. sendo vigário geral cação d^ N. S da Conceição pela dí n. 1.288 ile 23 de dezem-
e provisor do Bispado de ^Jarianna o con go Miguel de Noronha bro de 1864. Tem duas escs. de inst. primaria. Comprenhende
Peres, tomou possa da mesma como seu primeiro parooho o padre as povs. Colónia e Timbó.
João José de Carvalho, que falleceu em 183.5. A i'5 de janeiro PONTE NOVA. Dist. do Estado de S. Pau'o. no mun. da
de 183ÍT principiou a exercer o cargo de vigário o padi'e José Fra'ica, a 950 acima do nivel do mar, distant? cercada
m:;'ti'os
Miguel Martins Chaves, que fez doação de um terreno contíguo 36 kils. da Franca, de Santa Rita do Paraizo e de S nto -An- :

ao lado esquerdo da Pílatriz para n^lle se conslruir o cemitério tonio da Rifaina e 24 do dist. de N. S. do Carmo. Está coUo-
No anno de 1850 foi reconslruida a matriz, que se achava com- cado em h g ir aprasivel; sa lavei promettedur do mais auspicioso
pletamente arruinada, tendo o Revd. parodio crea.do uma com- futuro, já pela abundância de agua e uberlade do sólo, já pela
missão, que obteve donativos para SS' fim. No anno de 1802, por
'
puresa do clima. Tem uma egrja bem constrnida e da invo-
occasião da estada nesta freg. do virtuoso missionário capu- cação de S. Sebastião. A dcição do terreno para património
chinho Frei Francisco Coriolano d'Otranto. de saudosa memoria, remonta ao anuo de 1876, como s^vé da escriptura passada pelo
foi construído o novo cemitério, ò. exiiensas do povo. e foi b nto capitão Anioaio Joaquim de Souza Costa e sua esiio=a D. Maria
a 22 de novembro do dito anno. sendo o primeiro cadav 'r ali Hyppolita de Oliveira. Possue um cemitério com uma elegante
sepultado o de D. Domiciana, mulher que ioi de Antonio Joaquim capellinln, s^b a invocação do Archanjo S. Miguel. Tem duas
Ferreira Rabello. No mesmo anno por motivo de ter perdido a esclis. publicas. Foi elevado á parochia ela Lei Prov. n. 3) de
)

vista obteve aposenta lo: ia o Revd . vigário José Miguel, sendo 10 d^ março de 1885 e creado dist. pela Lei n. 40S de 8 de
substituido provisoriamente pelo Revd. Francisco de Paula Ho- julho de 1896. Por seu território e divisas correm o? rios Ponte
mem, que parochiou esta fr^g. até 25 de janeiro de 1^64. ép^ícha Noia, Indaiá, Chrystaes, Corrente e Jeronymo Lourenço.
em que tomou posse da freg. o actual vigário Revd. João faulo
Maria de Brito, que S3 collou á 14 de setembro do mesmo anno. PONTE NOVA. Dist. do Est,ado de Minas Geraes, no mun.
A 17 de abril de 1877 fal eceu o Revd. José iMiguel Martins Cha- do Sacramento. Orago S. Miguel e diocese de (^íoyaz. Foi
ves, que, além dos serviços acima, ornamentou a matriz com os creado di^tr. pela l.ei Prov. n. 1.906 de 19 de julho de H72 e
paramenios necessários ao culto, tendo o finado Barão do Pontal elev do á p rochia peia Lei Prov. n. 2.916 de 26 d' setunbro
Manoel Ignacio de Mello e Souza doado um terno de paramentos de 1SS2. T mduas esciis. ]iub3. de inst. prini. creada^ pelas
para missas solemnes, e uma rica banqueta, e mais lunacoinmoda Leis Proví ns 3.053 de 31 de outubro da 1882 e 3.217 de II do
para guarda das alfaias. Obteve ma is a construcção da.eaoella do outu'íro de 1884.
Rosario, e iniciou a de Santo \ntonio, bem assim, a de N. S. do PONTE NOVA. Dist. do Estadn de Minas Ciera-s, no mun.
Bom Successo, e competente cemi terio, distante da sé ie da matriz de La.vras' O.ago .Santo Antonino di^ce^c d" Aíariann. Foi em
24 kilometros De 1861 os serviços prestados pelo actual vigário principio um dist. do mun. de .S. .J.)'i') d'151-Hey. doiiu-l o
são; melhoramento do c"iiiiterio, levantaiido-se os smis muros de art. Ida Líi Prov. n. 2.702 de 30 de novembro de 1882 deíineiíi-
pedra, sendo a sua frenl^e com grades e po: tão de ferro mudança
: broii para eL'V:;r á categoria rle iiir.ichia do mun. de Livrai.
de localidade e construcção da capella de Santo Antonio, conti- T"m ag-ncia de cirreio e duas e.=chs. pubs. d inst. primaria.
nuação das obras da capella do Rosario; rec nistrucção d..' capella E' um bonito arraial, situado na ponta da serra de Ouro Gr. isso,
e c.=>miterio e criação 'a povoação do Bom Su°c-jsso hoje districto : cerca de tres kils. do rio (jraiide e a cinco da Po it? .N v.a, sobi-e
construcção da capelbi e creação do povoado na lioj^' fre?. da e-te rio. ]ionte q n' deu o n ane á jiov a -àii. Casas regu-
Concei ão da Serra, e da capella do B m Jesus nesta cidade, lares, firmando um largo tri iiigiil.a r, ])!ani>. de ;'s|iecto agra-
sendo tamliem ref Ji-maila a ''greja matriz, não só na sua c )n- dável. O commereio. mais desMivolvido cm oiilr.is to iip s.quan lo
struccão como nos paramentos, devendo notar-seque á exce;i'ã df • pi'r alli pissav:.ni c nsl n "inen t g,M iid ^s triq a.s de li-stis im-
i t '

2:500.-;. dados em dive sos exercicioí pe'a a=s inbléa provincial porlailas de .Sorocaba e lioia las em demanda das cíiacões do
para as ob;'as da mat.iz. todos est^s serviços tem sido feitos c m Siiio e Bemfica, é aiiula de certa importância existem casas ;

donativos de particulares, isto desde a creacão da freguezia. Foi commerciaes liem regiTares. Passa ness'^ arraial a antiga es-
a Ponte Nova elevada a categoria de villa pela Lei Prov. n. 826 trada que ligava Ouro Prelo ás antigas cidades da Campuiha,
de 11 de julho de 1857, que tendo cíihido em comisso Ibi revali- Raepíndy, Cliristina. Itajubá. etc. Saa altitude é de cerca de
dada pela Lei Prov. n. 1.111 d'^ 16 de outubro de 1861. Obtida a 1010 m-Hros.
casa da camará e cadèa por subscripç.To [lopular levantada pelos PONTjí nova. Lcg. do Estado do Rio de Janeiro, no
cidadãos José Caetano ria Silva Brandão, de faudo-a mem^nna, mun. d'^ Magé.
e Baliloino José Rodrigues di-s Santos, hoje 1" tabdlião e es-
crivão do Registro de Hypothecas, sendo auxiliares o capitão
PONTE NOVA. Pov. do ICstalo do Rio de Janeiro, no dist.
de Santo .Vntoaio de Teresopolis.
Manoel Francisco de Souza e SiLa e o coronel iMiguel Martins
Chaves, anilios de saudosa memoria. A 2 de dezemb o de 1862 PONTE NOVA. Bairro no mun. da Lagoinha, no Estado do
foi eleita a primeira camará municipal, sendo seu presidente o S. Paiuo, com uma esch. pub. de inst. prim., areada pela Lei
. . . . ?

PON — 276 — POR

Prov. n. 70 de. 13 de abril de 1871 e uma capella de Santa


NTINHA. Correso do Estado (je Matto Grosso. B' uma
Cruz. r'asmnis afastadas caberpiras do \1'ndauana Dpsce, segundo .

PONTE NOVA. Bairro no mun. de Itapirn, no Estado de Castelna t d^i cbapndão de Cimapuan Outros mencionam um
.

S. Paulo, com escholas. cnrrego ria Pontinha como uma das mnis afastadas cabeceiras
de do Tnqiiary, contravertente cjm o Camapuan. e que atravessa a
P^^NTE fS. Sebastião da). Dist. da freg.
NOVA no listado estrada de Pequiri. entre o correuo S. Pedro e o ribeirão das
S Miguel, da Ponte Nova, mun. do SS. Sacramen!o. Aguas Claras. Serão dous cort-egos differenles
do Carmo da lia-
de Blinas Geraes. Foi desmembrado do termo
gagem pelo Dec. n. 50 de 30 de abril de 1890. PONTINHA. Estreito ou canal m
lagôa de Ararinma
mnn. do Estado do Rio de Janeiro, lambem denominada Fr.
Pov. do Estado de Mina<! Geraes, no
lí'
PONTE NOVA. João.
da Fox-miga.
Dist do termo de S. João d'Kl-Rey,
no PONTINHA DO CEMITEIRO (Riacho da). Na estrada
PONTE NOVA. prim., de Cnvabá. a Goyaz, entre o
das Vertent°s Grandes o o dos
Estado de Minas Gera°s, com uma esch. publ de inst- .

Dous Irmãos. Toma o nome de um sitio chamado cemití^rio,


creadapela Lei Prov. n. 3.217 de 11 de outubro de 1834. onde uma grande cruz assi?nnla o logar de um morticínio
PONTE NOVA. Pov, do Estado de Minas GeraeS, no dist. feito pelos Índios (Dr. S da Fonseca, Dícc. oit.).
de S Miguel do Piracicaba
.
PONTO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. da
PONTE NOVA. Ribeirão do listado de S. Piulo, banha os Barra Secca e mun. de S. João da Barra, com duas escholas.
muns. de Santa Rita do Paraiso e o do Carmo da Franca e ren-
ne-se ao ribeirão do Carmo.
PONTO. Morro do Estado de Sergipe, no mun. de S. Cbris-
tovão
PONTE NOVA. Córrego do Estado de Minas Geraes; vem PONTÕES. RioVIo^E.stado do E. Santo; banlia o mun. de
das fraldas fio Monte Mário, perí^ori-e t^^rras da colónia Rodrigo Affonso Cláudio e desagua no rio Guandu.
Silva, até perto da fTzenda da Ponte Nova, cortando ahi larga
várzea pantanosa. Entra na margem dir. do rio das Morte = , PONTÕES DO MUQUI. Tres bellos picos de pedra, al-
1..500 metros acima da Ponte Nova. quasi em fren te á foz do cantilados, situados no mun. do Cachoeiro do Itapemirim e
ribeirão Fundo. Estado do E. Santo.
PONTE NOVA. Cachoeira no rio Grande, no Estado de Mims PONTÕES DOS índios. Serra do Estado do B. Santo, no
Geraes. acima do arraial do mesmo nome, cerca de quatro kils. e mun. do Cachoeiro do Itapemirim.
por cima da qual esi^^te uma ponte. PONTO EUXINO. Rio do Estado de Minas Geraes, aff. do
PONTE PEQUENA. Pov. do mun. de Sabará. no Estado Arassuahy.
de Minas Geraes: com eschola. PONTUDO.'; Morro do Estado de Minas Gei-aes, no mun. da
PONTE PEQUENA. Córrego do Estado de Minas Geraes, cidade de Baependy.
banha a pov. do seu nome pertencente ao mun. de Sabará. POPA VERDE. Dá-s; este nome a alguns coraes sempre
PONTE QUEIMADA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes. coberios, sit ados a 16 milhas a OqSO. dos Abrolhos ea sete
trib. do rio Grande. Banha o mun. do Sacramento. milhas ao S. das Paredes; no littoral do Estado da Bahia.
Esse banco nunca descobre e é pouco conhecido pelos pilotos da
PONTE QUEIMADA. Córrego do Estado de Minas Geraes,
localidade ( Mouchez)
no mun. de Itapeeerica.
POPOCA. Rio do Estado do Parahyba do Norte, no mun. de
PONTE RIBEIRO (Lagoa do). Nome dado pela conimissã^, Pitimbú. Vai para o Abiahy.
demarcadora de limites, em 1876, em honra do Barão dá Pontg
Ribeiro, á lagôa chamada Grande, situada mais ou menos ao^ POPUNHAS. Ilha e paraná do Estado do Amazonas, no rio
150 25' de lat. e 17° 3' O., próxima ás cabeceiras do rio Verde_ Madeira, no mun. de Humiytá.
PONTES. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. deste nome PORACEA. Serra do Estado de S. Paulo, no mun. de Santos,
nas praias da'Bertioga. E' uma ramificação da Serra Geral
PONTES. Arraial do Estado das Alagoas, em Piassabussú.
( Inf. loc).
PONTES. Bairro do termo de Bragança, no' 'Estado de
PORANGA. Igarapé do Estado do Pará, bahha o
S. Paulo. mun. de
Vizeu e desagua no rio Gurupy (Inf. loc).
PONTES. Riacho do Estado da Bahia, no mun. do Conde;
alimenta com outros a lagôa do Sitio flnf. loc). PORANGABA. Comeste nome a Lei Prov. n. 2.097 de 25
PONTES FRANCO. Pequeno
do Estado do rio Amazonas, de novembro de 188.'5 elevou á categoria de villa a freg. de Ar-
aff. da margem esq. do Aquiry, Uaquiry, nu Acre, ronches, no Estado do Ceará. Possue um asylo de Alienados
inaugurado a 1 de março de 1886. José de Alencar, em seu ro-
PONTESINHA. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. do mance Iracema (notas —
2»- edic.) diz «Porangaba. Significa —
Muribeca. bfflleza. —
E' uma lagna distante da cidade uma légua em sitio
PONTESINHA. Ribeirão do Estado de Goya7,,'afI".'i'da "mar- api'azivel. Hoje a ch imam Arronches ; em suas margens está a
gem esq. do rio Paranan. decadente povoação do mesmo nome.» O senador Pompêo es-
creve Parangaba, seguindo assim a linguagem popular. A villa
PONTE VELHA. Log. do Estado de Minas Geraes, perto está situada sobre uma planície corta !a de varias correntes. O
do arraial da Terra Branca, sobre o rio Jequitinhonha. mun. é atravessado pelo rio Maranguapinho e tem as seguintes
PONTILHÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no dist. lagoas Acarahuzinho, Itapery, Jorge, Aracapé, Mondubim, Ma-
:

de Afogados. raponga, Porangaba, Passaré e Cachorros. A lavoura consta de


PONTINHA. Ponta no Estado da Bahia, ao S. da ponta do legumes e cereaes, algodão, mandioca e canna de assucar. In-
.1 aguaripe e ao N. da de Jequiriçá. dustria vinho de cajú, que vai em grande desenvolvimento.
:

E' o.travessada pela E. de F. de Baturité e ligada á capital,


PONTINHA. Córrego do Estado'i de^ Minas Geraes, aff. da Mecejana. Maranguape, Pacatuba e Soure, por estradas de roda-
margem dir. do rio Treme, que é uma das cabeceira do Pa- gem. Dista da capital e de Mecejana seis kila.. de Maranguape
rauna (Inf. loc. ).
12. Além da matriz e da casa da Camara, notain se na villa o
PONTINHA. Carrego do Estado de Minas Geraes, aff. da Asylo de Alienados ea Estação do Caminho de Ferro. E' ligada
margem esq. do rio Turvo Grande. á Fortaleza por uma linha de bonds d» companhia Ferro-Carril
de Porangaba, inaugurada a 1 de setembro de 1895. Tem 8.000
PONTINHA. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. da margem habis. e comprehende os povs. Barro Vermelho e Mondubim,
esq. do rio Monteiro, trib. do Verde.
Limita-se cum os muns. da capital, Soure, Maranguape e Paca-
PONTINHA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem tuba. Vide Arronches.
esq. (lo rio Crixá-Assú. (Cunha Mattos, Itinerário).
PORANGABA. Antiga .missão de índios Porangabas, fun-
PONTINHA. Córrego do Estado de Matto Grosso; vai ao dada pelos jesuítas perto da lagôa, que hoje se chama Arron-
Paranatinga. ches ; no Estado do Ceará
. .

POR 277 — POR


PORANGABA. Estação daE. de F. Batiirité, no Estfido do das) Nasce na estacão do Cascavel pertencente ab mun de São
. .

Ceará, entre as estações da capital e de >[oiulubim. aos 3" 43' 00" João da Boa Vista, atravessa este mun. e vai terminar na es-
de Lat. S. e -ÍO^ 51' 55" de Long. O. de Pariz Situada ni villa tação dos Poços, mun. de Caldas e Estado de Minas Geraes.»
do mesmo nome, considerada subúrbio da capital, exporta para (Inf. loc.)
os mercados desta, materiaes de co:istruccão, predominando
tijolos de barro para alvenaria e pequena quantidade de
os PORCOS. Rio do Estado" de S. Paulo, banha o mun. de São
madeira José dos Campos e desagua no rio do Peixe, aíT. do Jaguary
para cmbustivel. A sua r^Mida média annual é de 10:000$, sendo
(Inf. loc).
de viajantes 6:'J00$; e -l:000.|de cargas.
PORCOS. Ribe irão do Estado de"S. Paulo reune-se ao São
PORANGABA. Lagòa do Estado do Ceará, no mun. do Lourenço, e juntos vão á margem dir. do Tteté. Banha o mun.
;

mesmo nome. Sobre ella passa a avenida Caio Prado, que a de Araraq liara.
divide em duas partes. Neila existe um poço que conservou
sempre ag ia durante o tempo da s?cca. PORCOS. Ribnrão do Estado de S. Paulo, a£F. do rio Mogy-
guassú, entre Espirito Santo do Pinhal e Mogy-mirim.
PORANGABUSSÚ. Lagoa e morro do Estado do Ceará, na
estrada de Maranguape. PORCOS. Rio do Estado de Santa Catharina, banlia o mun.
da Laguna e desagua no Araranguá pela margem esq. Vem
PORAQUÈ. Vide Puraquê. •

da serra da Mãe Luiza. E' bastante fundo e navegável.


PORARANGABA. Vide Porangaba. PORCOS. Ribeirão do Estado de Santa Cailiarina, afl'. do
PORCA MAGRA. Log. do Estado do Ceará, no mun. do ribeirão do Salto, que"o é do rio do Braço ( Inf. loc).
Jardim, sobre o rio Cravatá.
PORCOS. Ribeirão do Estado deTSanta Catharina,' aff. da
PORCA MAGRA. Riacho do Estado do Ceará, no mun. do -margem dir. do rio Tijucas ( Inf. loc).
Mulungú
PORCOS. Rio do listado de Minas Geraes, desagua no São
PORCO. Pviaelio do Estado do Maranhão, banha o termo de Fi-ancisco pela margem esq. defronte da ilha do Ribeirão. Ha
S. Francisco e desagua no Parnaliyba. um outro rio do mesmo nome, que desagua pela margem dir.
PORCO DO MATTO. Cachoeira no dis'. de S, Joaquim do entre a foz do Cambahuba e a do Tapera Grande.
mun. de Barra Mansa e Estado do Rio de Janeiro. PORCOS. Púbeirãol do Estado de Minas Geraes, banha o
PORCO MAGRO. Log. do Estado do Rio 'de Janeiro, no disf mnn. do Serro e desagua no rio do Peixe (Inf. loc.)
de N. S. das Neves do mun. deMacahé. PORCOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes. aff. do rio
PORCOS. Log. do Estado da Bahia, no mun. da Barra do Vieira, que o é do Verde Grande, e este do S. Francisco.
Rio de Contas. PORCOS. Ribeirão do Es lado de Minas Geraes, arf. do rio
Sapucahy. Desagua um pouco abaixo da estação do Piran-
PORCOS. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Santa
guinho.
Quitéria.
PORCOS. Estado de Pernambuco,
PORCOS. Riacho do Estado 'de Mina3"Geraes, banha o mun.
Serra do no mun. de do Curvello e desagua no rio Bicudo pela margem dir. (Inf.
Gravata. (Inf. loc).
loc).
PORCOS. Ilha no rio Amazonas, immediat imente abaixo da PORCOS. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem dir.
foz do Madeira, próxima da ilha do E Santo. do ribeirão Descoberto, trib. do rio Corumbá (Inf. loc.^.
PORCOS. Ilha do Esfado do Pará, ao N. da ilha Cavianna e PORCOS. Lagôa do Estado de Pernambuco, no mun. do
próxima da ilha grande de Gurupá. Bom Conselho (Inf. loc).
PORCOS. Ilha do Estado da Bahia, entre a de Carapeba e a PORCOS. Lagôa do Estado de Minas Gerass, no mun do
de S. Gonçalo. Grão-Mogol (Gei-ber).
PORCOS. Ilha do Estado"do Bahia, no mun. da Barra do Rio PORCOS. E' o nome de uns outeiros que ficam a O. da
de Contas. Páo Amarello, no Estado de Pernambuco.
fortaleza do
PORCOS. Ilha no mun. de Cabo Frio e Estado do Rio de PORCOS, Com este nome é designado um grande rochedo
Janeiro, na entrada oriental da enseada de Cabo Frio, entre a que existe no centro da bahia de Mangaratiba, quasi em frente
ilha deste nomê e o continente. ao canal formado pelas ilhas da Marambaia e Grande, na costa
PORCOS. Ilhas (2) do Estado do Rio de Janeiro, no littoral do Estado do Rij de Janeiro. Seu conhecimento é de summa
do mun. de Angra dos Reis, vantagem para os navegantes.
PORCOS. Ilhas do Estado de S. Paulo, no mun. da-Ubatuba. PORCOS. Cachoeira formada pelo rio Cuyabá, ent'e a foz
Ha lima denominada Porcos grande e outra Porcos pequena. dos rios Bahú e das Pedras, no Estada de Matto Grosso.
A primeira constituo um dist. e possue uma pequena capella PORCOS CORTADOS. Log. do Estado das Alagòas, no
do Senhor Bom Jesus. Unicú.
PORCOS. Riacho do Estado do Ceará, nasce das extremidades PORE. Rio do Estado do Amazonas; desagua na margem
da Araripe, passa por Milagres e desagua no rio
serra do dir. do Japurá, com o qual se communica mais adeante pelo
Salgado. Um dos seus principaes braços é o riacho do Jardim. furo leuery.
Além deste recebe o Caldeirão, Lages, Genipapeiro, Macacos,
além de outros. POR-KM-QUANTO.' Porto no rio Parnahyba, no mun. do
MÍL'ador. no Estado do Maranhão.
PORCOS. Riacho do Estado do Ceará banha a com. de So- ;

bral e desagua pelo lado dir. no Acarahú. POR-EM-QUANTO. Porto no rio Poty e" Estado do
Piauhy.
PORCOS. Riacho do Estado do Parahyba do Norte, no mun. Me-
do Catolé do Rocha. Nasce no logar Olho d'agaa do Arruda e PORIRY. Lagôa do Estado do Ceará, no mun. de
desagua no Piranhas, no Rio Grande do Norte. cejana

PORCOS. Riacho do Estado de Sergipe, aft'. do Vasa-Barris. PORÓ. Ilha do Estado do Ceará, no rio Jaguaribe, perto
de Limoeiro.
PORCOS. Riacho do Estado''da Bahia, no mun. de Carinha- POROCOTÓS. índios do Estado do Amazonas, habilam as
nha Inf. loc.)
(
margens do rio Uraricoera.
PORCOS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, nasce nos Pinhei-
POROJNiGOS. Serros ao NO. da villa de Cac imbinhas, no Es-
ros,mun. do E. Santo do Pinhal e desagua na margem esq. do
tado do R. G. do Sul.
rioJaguary IG kils. abaixo da cidade de S. João da Boa Vista.
Recebe os córregos Campo Limpo. Santo A ntonio. Campo Triste, PORONGOS. Arroio do Estado do R. G. do Sn'; nasço na
além de outros Inf. loc). O «ribeirão dos Porcos, também aff.
(
Coxillia Gran le e desagua no Ijiiliy Grande. Nesse logar >
do Jaguary, atravessa a linha férrea entre a estação de S. João Barão da Jaculiy destroçou as forças dissidentes ao raando do
e a do Cascavel ( ponto de partida do ramal doa Poços de Cal» genBral David Canavarro. Recebe o Cacbambú.
.

~ 278 — roR

BORORÓ. laarapé do Eílado do Pará desagua no rio


;
POR.TAO. Log. do Estado do Paraná, nas margens do rio
C ipim ].iela mir;jem Jir. entre rs igaiMpés Caetano e Pahy. Iguassu, próximo ao dis da Palmeira. O RãUorin do vice-
.

presidente Henrique de Bsaurepaire Rohan, de 1" do mar -o de


PÓRÔRÓCA. .5.
f-: macnré-), obser-
pli»nom°no íiue se .185'5, açcusa a existência de uma mina de mercúrio nessa loca-
va em algii is rios do Pará e Maranhão. \ Etym. E' voe. de lidade.
orig?m lupi 110 sentido le avrelisntar, estourar. Em gnarany,
povorcg sianiíi;a estrondo, ruid-) de coasa qu^, arrebenta.
PORTÃO. Arraial do Estado de Santa Catlnrina, no mun.
de Lages; com uma esch. publ. mixta, creado pela Lei Prov.
(Montoya). Vide Araguary.
n. 1.118 de 6 de setembro de 1886.
POROROCA. Um dos qiiarteirõe? em que se divide o in. m
de .-VIemquer, no Estado do Pará. Em 1892 tinlia 233 liabi- PORTÃO. Log. no mun. de S. Leopoldo do Estado- do R. G.
lantes.
do Sul A Lei Prov. n. 1.517 de 2G de novembro de 1835 creou ahi
uma esch. mixta de inst. primaria.
POROROCA. Pov. do Esta Io de Peraambuco, no mun. de
Itambi. PORTÃO. Log. do Estado de Goyaz. Vide Uacopary

POROROCA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de PORTÃO. Log. do Estado de Matto Grosso, no dist. de Brotas.
Taquar tinia. PORTÃO. Estação da E. de F. do Paraná, no Estado deste
POROROCA. Log. do Estado dis Alagoas, no .Junqueiro. nome, a 8'Sl70 de Curytiba.
POROROCA, Praia no mun. de Macahé e Estado do Rio de PORTÃO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, desagua na
JíUieiro. margem dir. do rio dos Sinos, abaixo da cidade de S- Leopoldo.
Nasce na serra do Faxinai e recebe o Cascatinha, Xavier e Boa
POROROCA. Nome porque é também conliecido o rio Ma- Vista.
raió-as?ú, no Kstado do Pará.
PORTÃO. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da margem
POROROCA. Riiclio do Estado de Pernambuco, aff. do
esq. do rio Ayuruoca.
rio Ipojuca. Rega o mun. de Caruarú.
PORTÃO. E' o nome de uma mina existente no mun. de
POROROOAS. Se ra agrieola no mun. de Cabaceiras do Es- Palmeira, no Estado do Par. má. A' espo=iição nacioiial de 1875
tado do Par.ihyba do NortJ. f li enviado um pequeno frasco ch>io de mercúrio, achado ne^^a
PORORORAI. Rio do Estado do .\mazonas, aff. da niar^ mina. «O mercúrio, diz o Dr. Saldanha da Gama, não é dos
gi^n dir. do rio Uraricapará, aff< do Uraricoera, que com meta°s mais frequentes no Brazil, nem parece provável ser elle
Tacutú forma o rio Branco. nativo, estado em que se encontram o ouro, a prata, a platin.i,
o palladio, et'. Tu'1o nos induz á opinião de proceder a amos-
PORQUIISTHA. Kha no rio Parngiay, seis Icils. acima do tra de Palmeira de uma jazi la de cinaln'io, ou sulphureto de
Formigueiro, Ijocca do Taquary. Tem um e meio a dons l-;ils. mercúrio, decomposto em seus elementos soh a influencia dí
de "xtensão. Acima delia ha um extenso piifcel, dando, ^ausas naturaes. Terá a mina do Portão quantidarle s illiciente
porém, bom canal do lado da margem esq. do rio. fundo para unia industria extractiva, q e v ilha a pena ser emprelien-
de 12 metros. (lida? E lucrarão com elia a medicina, e qna-^squ^r ramos das
PORQUINHOS. Pequena ilha na costa do Es ado do Parái soas applicações? Tudo depende da quantidade, e para clipgar
pro7:imo da ilha Bailique, no mun. de Mazagão. « O natura- a este conhecimento convém que se façam estudos no próprio
lista americano John 0. Branner no seutr;;biIho Aporomraoii Jog.ir onde se tirou o mei-curio.»
macaréo rio Anta^onas, diz: « H ponta occidental da ilha dos PORTÃO. Lagòa do Estado de S. Paulo, no mun. de Mo-
Porquinhos era conhecida pelo nome d-' ilha Franco mas o ; gy-gU:rSSÚ.
canal (que a separava da dos Porquinhos foi-se obs ruindo gra-
dativamente e as duas ilhas ligaram-se em uma única, embora PORTÃO DE PILATOS. Ribeiro que atravessa o caminho
apontado cima seja ainda conhecida por Franco.» de ("liyabá a Goyiz e vii em pequena distancia affluir na
margem esq do Barreiros; no Estado de Matto Grosso. (B. dí
PORRUDOS (Rio dos). Nome por que primitivamente foi Melgaço).
conhecido o rio de S. Lourenço, e hoje conservado por alguns
geogriiphos somente pa 'a o curso supe 'ior acima do Paranahyba.
PORTÃO DE ROMA. E' uma curiosidade natural, que con-
Peram-lhe tal nome os se s primeiros descobridoras pela co i-
siste em dons massiços de grés argiloso e concreto, próximo ás
cabeceiras do Taq iary e o ribeirão Verde no Estado de Matto
fusão que lhes trou e a extravagância de ornatos do gentio que \ ;

Grosso.
viram em suas margens ornatos que c nsisliam em uma
',

cabaça cylin irica, muiti comnuim no Estado, e que usavam PORTÃOSINHO. Log. do Estado do R. G. do Sul no mun.
como preservativo ás mortíferas dentadas das piranhas, peixe de S. Jeronymo com uma esch. publ. de inst. prim., creada
;

yoracissim i, também muito commum nos nossos rios. pela Lti Prov. n. 1.545 de 17 de dezembro de 1885.
PORTA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha a co- PORTÃO VERMELHO. Log. do Districto Feder.al, no dist.
lónia de Santo Angelo do mun. da Cichoeira. do Engenho V
lho. «Os terrenos do P^Ttão Vermelho perten-
cer im na primitiv.i aos padres jesuítas. Arrendados em hasta
PORTA. Riacho do Estado de Minas Gerass, banha o mun. ]ii;blica pjr Antonio Pinto de Miranda, passaram, c.un a casa
do Gurvello e desama no rio S. Francisco. Nasce na s^rra do
de vivenda que existia, escravos, rannaviaes, etc, por sentença
Boqiieirão e tem cerca de 18 ki s. de curso. (Vigário Almeida
de sequesir a Nxoláu .\nlonio Bonarote Por h 'rança da
Rolim).
viuva deste, osbms couberam a jMiíuel Gmicalv 'S Duarte, que
PORTA. Lago do Estado do Pai'á, no mun. dc Óbidos. os trasp.assou, em 30 de setembro de 1S02, ao capitão Manoel
PORTA. Lagôa do Estado do Maranhão, no dist. do Burity Ribeiro Gaimarães, de quem foi herdeiro em 18!G Antonio da
(Inf loc.) Cruz Kangel. Do tempo doste foi a grande cas.i de ^ngenho,
qoe se achava edificada onde é presentemente o hospital mili-
PORTA. Lagòa do Estado do R. G. do Norte, no mun. do tar. D^epois que o engenho deivou de fabricar assucar, agran le
Ceará-mirim. chácara foi transformada em fazenda de café, e cli>'gou a colher
PORTA. Lagòa do Estado de Pernambuco, no mun. do Brejo 1,200 arrol)as por anuo, A causa de chamar-se Portão Verme-
(Inf. loc.) lho a esse logar foi o portão pintado de vermelho, que dava
entrada á vastíssima prop -iedade.» (Do .Vrchivo do Districto
PORTA. Lagôa do Estado das Alagoas, entre a cidade do Federal). 13' mui to habitado.
Pão de Assiicar e o respectivo cemitério, na estrada que segue
para Entre Montes e Piranhas. PORTA ROMAWA. A 20 kils. da cidade da Conceição, no
Es';ado de Minas Geraes, ha um grande rochedo com esso nome,
PORTA. Lagòa do Estado de Sergipe, no mun. de Campos, eni cuja frente nota -se a imitação de uma porta colossal, e com
E' a princi|ial do mun. e fica quasi dentro da villa.
l'ortaes com.o se fossem de madeira lavrada.
PORTA D'AGUA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. PORTAS DE S. BENTO. Linha de fortificações cobrindo a
de Serinliaem.
cidade do Salvador, na Bahia, de co is rucção anterior a 16?4.
PORTÃO. Pov, do Estado da Bahia, no dist. de Itapuan, Prestaram muitos serviços durante as invasões, e desmorona-
POR - Í79 — PÓll

^am-se ém 1732 sob o govenio do Conde de Sabugosa (Fausto PORTEIRINHA. Log. do Estado doR. S. do Sul, no mun.
de Souza). do S. J^ronymo com uma escli. publ. de inst. prini., creada
;

PORTEIRA. do mun. do Jequitahy do Estado de


Pov. pelo art. 11 da Lei Prov. n. 887 de 5 de maio de 1873.
Minas Geraes. Foi sede da viUa do Guaicuhy. li' ijouco sainbi-e. PORTEIRINHA. Pov. do Estado de Minas Gíraes, no dist.
PORTEIRA. do Estado de Minas Gecaes, á
Seri-a dii'. da de Jatoljá e mun. de Grão-Mogol.
foz do rio das Velhas no S. Francisco. PORTEIRI-NHA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aft.
PORTEIRA Arroio do Estado do R. G. Sul, alf. da mar- da margem dir. do rio Jaculiy, no mun. de S. Jeronymo, quasi
gem dif. do Ijuhy, trib. do Uruguay. defronte da fjz do Taquary.

PORTEIRA. Rio do lístido de Minas Geraes. buiha o dist.


PORTEIRiNHA. Arroio do Estado do R. G. do Sul ;

de Barrr-iras e corre para o iVrassuaby. (Iní. loc.) desagua na margem esq. do rio Jaouhy abaixo do Diogo
Trilho e a O. de S. Jeronymo.
PORTEIRA. Riicho do Listado de Minas Geraes desagua ;
PORTEL.
no rio S. Fraiici ico entre a cachoeira do Pir.ipora e a barra do e raun. do Estado do Pará, na com. de
Villa
rio das Velhas. Breves; liituada em
terreno alto da c Sta meridional da babia
cie seu nome e junto á ponta A/aiiarijó. que guarnece do lado
PORTEIRA. Córrego do Estado de Goynz, banha o presidio orientil a barra do ri Pacajá: dislant.í de Melgaço cerca de
i

de Santo .Vntonio e desagua "na margem dir. do rio das 22 kils. Situação aprazível; terras lereis por toda parts
Avêas. e perfeitamente veniilalas. Alguns dos fiancezes, q le tinham
PORTEIRA. Riacho do Estado de Goyaz ;
desagua no rio fundado S. Luiz do Maraabão, foram os primeiros e iropeos que
S. Domingos com o nome de rio Manso. visitaram essj logar e entabolaram relações com os iudios que
o habitavam. Os portuguez s s-guiram este exemplo e muitos
PORTEIRA. Córrego do Estado de Goyaz, afl". da margem estabel.-ceram-ne entre indio's. O logir lomou o nnne de
esq. do rio Monteiro, trib. do rio Verde. al lèa Arncará, que mais tarrle foi raissio lad.i pelos j-'Suitas.
POKTEIRA. Corrente que atravessa a estrada de Cuyabá a Em 17Õ7 (s gundo outros 1758) foi erect em villa. S ipprimida
i

Goyaz e leva suas ng as ao Agua Branca, galho do S. Lou- em 1813 pelo Conselho do Governo Provincial, foi resta irada pela
renço ; no listado ãi Matto Grosso. Lei Prov. n. UU de 25 de setembro de 1843 e reinslallada tm
8 de janeiro de 1845. .A população não excede de 300 habitan-
PORTEIRA. Riacho do Estado de Matto-Grosso, trib. do
tes e a do mun. deõ.OOO. Até i8)6, era aagriculturi a pria-
Nioac, entre o Ariranha e a confluer.cia no Miranda. C^ rla a
cipal occupação dos habitante^, hoje, a principal é o fabrico da
estrada de j\íiranda.
borracha, que constituio-se também o seu primeiro género de
PORTEIRA. Co-rego do Estado de Matto-Grosso, aíf. esq. do expirtação. Cultiva-se, porém, ainda e exporla-se em pequeaa
Taquary-mirim, onde ao desembocar é largo de 12 met 'OS sobre quantidade cacau, café, tabaco, etc. .\ mandioca é cultivada
um de fundo, entre os ribeirões d i Matta e da Fortaleza. era maior escala, exportan Io-sí uma grande quantidade de fa-
PORTEIRA. Cachoeira no Paranatinga, tres kils. abaixo rinha para Melgaço, Gurupá, para as ilhas do Estuário e até
da do Tuoam e seis acima da do S. João da Bocaina, no Estadj para o mun. da Mazagão. Ha tamoem exportação avultad i

de Mallo Grosso. de castanhas, que ab .ndam nas margens dos nos Paca|á e
/Vnaiui. S?u clima era tido por pouco snlubr^. concorreado para
PORTEIRA. Lagòa do Estudo do R. G. do Sul, na cosia isso, entre outras causas, o usoqu^ alii fazia de plantas vene-
.-le

do oceano, entre a do Rincão d is Éguas e a do Capão Al o nosas como o timbó. assacii, camará e sernamby na pesca, as
(Kiig. Eleuth, Camargo.) N'uma Carla annexa ao tral'a ho quaes, extinguindo o peixe, davam l jgar a escassez do mesmo e
L'aif'1 Priiicipe D. Affonso. do E'ig. E J. de Moraes, ligara ao appar ciuiento de febres, prove nientes 'las aguas saturadas
es5a lagòa com o no ne de Parraira. do veneno d'aq lellas plantas e da decomposição vegetale a linial.
PORTEIRA CAIADA (Girganta da). E' assim (ambem Contra es.se pernici. iso ineio oe pesca por vezes a i'espectiva
denouiinailo o Ibaté. qu' é o pjnio mais elevado da ferro-via Camara reclamou não se descurando os poderes pnblicos de dar
Central do Brazil. Yíáelbaié. as necessárias pr.ividencias em ordem a sustar a co iti nação
de semelhante pratica Entretanto removido esse inconveni-
PORTEIRA DO COELHO. Log. do Estado de Minas ente, reputado como um poieroso agente para ins ilubrilicação
Geraes, no distr. da Conceição da Barra e termo de S. João do clima, reinam na localidade febres in lerin ittentes, princi-
d'El-Rei. palmente á margem dos rios e igaiapés. Sua egreja-matriz
PORTEIRAS. Villa e mun. do Estado do Ceará, na com. do tem a invocação de N. S. da Luz Foi incorporada á com. da
Jardim. Tem uma feira mui concorrida, um dist. de paz, creado Breves p?la Lei Prov. n. 497 de 11 de abril de 1865. Agen-
pela Lei Prov. n. 81G de 9 de agosto de ISõ'! e uma escli. ; cia do correio. Sobre suas divisas vide Lei Prov. n. 17(3 de 3 de
publ. de inst. prini, creaila pela Lei Prov. n. 1.018 de 8 de dezembro de 1850.
novembro de 1Ç62. P^oi elevada á categoria de villa pela Lai PORTEL. Bahia do Estado do Pará, formada pelas aguas
Prov. n. 2. 100 de 17 de agosto de 1880 e instilla:la -em 15 de riiis Anapú e Pacajá. Começa acima ea NO. de Port:'re
dus
dezembro do mesrn anno. Liuiita-se ao na^^cenl^ cora a lagòa
>

termina abaixo e a SE. do Melgaço, tomando quasi a forma de


do Matto; ao poente com a serra do Araripe; ao N. com o
mun. do Brejo dos Santos e ao S. com o do Jardim Tem
:
um grande S.
10.000 habs Lavoura d'^ canna e café. PORTELLA. Log. do Estado do E. Santo, á margem do
ribeirão José Lucindo, no mun. de Linhares.
PO i-iTEIPvAS, Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun.
de Canguaretaraa. PORTELLA. Estação terminal do Ramal Ferro de Can-
tagallo no Estado do Rio de Jane ro, 235k, 188 distante de
PORTEIRAS. Pov. assente á margem do rio S. Francisco,
Nyterõi
;

e 8kll0 da da Barra do Pumb.i.


á pequena distancia da foz deste rio no Oceano. Fica além do
fandeadouro do Betume e próximo ao regato do Aracaré. Per- PORTELLA. Estação do E. F. Melhoramentos do BrazII,
tence ao Estado de Sergipe. no Estado do Rio de Janeiro. Alii acaba a 2" secção e começa
a 3" dessa estrada.
PORTEIRAS. Pequeno rio do Estado de Pernambuco, banha
o mun. do Brejo desagua no rio Capibaribe. (laf. 1)C.)
e PORTELLA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, afl". da mar-
gem dir. do rio Paraliyba.
PORTEIRAS. Riacho do Estado de Sergipe, banha o mun.
do Gararii e desagua no rio S. Francisco. PORTILHO. Furo nos muns. do Curralinlio a S. Sebas-
tião da Boa Vista, no Estado do Pará.
PORTEIRAS. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. do
Curralinho e de^^agua no Paraguassu. PORTiLHOS. Ilha do Estado do Pará, no mun. de Ca-
metá.
PORTEIRAS. Ribeirão do Estado do Paraná, ali. do ribei-
rão Izabel Alv s, que o é do Iguassu. PORTINHO. Arraial do Estado da B.ihia, no tarmo de
Nazaré th.
PORTEIRAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o
território do ilist. de S. Pedro do Jequitinhonlia e desagua na PORTINHO. Log. do Estado do Rio do Janei.-o, no dist.
margem dir. do rio deste nome. (Inf. loc.) de S. .José da Boa Morte.
POR — 280 — POR

PORTINHO. Bairro no mun. de Villa Bella do Estado de Conceição e Menino Deus, que pertencem á cidade, constituem o
S. Paulo; com xnna esch. publ. de inst. prim., creada pela respectivo mun, A área superficial do mun. de Porto- -Alegre 1

Lei Prov. n . 125 de 30 de abril de Í8á5. de 2.5.56 kils quadrados e divide-se ao N. pelo mun. de Grava-
tahy, ao S. pdo rio Guahyba, a E pelo mun de Viamão, ao
PORTINHO. Praia no mun. de Villa Bella do Estado de
S. O. polomun. deDòres ch' Camaqnane pelo rio Guahyba, e a O.
S. Paulo.
pelo mun de S. Jeronymo pelo mesmo rio.') terreno é ondulado,
PORTINHOS. Log. do Estado de Sergipe, sobre o rio Pi- formado de collinas pouco elevadas, e entre as quaes, de dis-
auhy na cidade da Estancia. tancia em disiancia, se encontram várzeas de pequena extensão.
PORTINHOS. Rio do Estado do Rio de Janeiro, banha o Porto .\legre possue nm porto excellente e um ancoradouro abri-
muD. de Rezende e desagua na margem septentrional do Para- gadissimo e limpo de rochedos O clima é muito variável, assim
ó que, devendo te:' as quatro estações, tem cabido geada nos
hyba do Sul.
mezes de novembro e dezembro e havido dias cálidos em maio,
PORTO. Na pittoresca gyria de beira-mar, é uma desembo- junho e jnlh.i. A temperatura dentro da cidade tem, mais ou
cadura de caininho aberto na borda do matto, sobre a praia, e menos, as seguintes médias no decorrer do annn janeiro 22''5,
:

que c nduz á habitação de alg'um pescador. fevereiro 24°, março 23''5, abril 20», maio 15', juníio 13", julho
PORTO. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun. de 1505, agosto 16», setsmbro 17", outubro 18»5. novembro 20»5 e
Mossoró. (Inf. loc.) dezembro 23°d, á sombra. As tempei^aturas máximas chegam,
mas raramf nte, até 38° á sombra em um ou outro dia de verão,
PORTO. Bairro do mun. de Itapetininga, no Eslado de São
e descem com a mesma raridade a O» em um ou outro dia do
Paulo: com uma esch. publ., creada pela Lei n 101 de 24 de inverno. Nos arredores da cidade, e em vários logares do mun.
setembro de 1892. o frio é mais intenso e o thermometro registra ás vezes no in-
PORTO. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de Lorena, verno 2» e 3», chegando a formar-se gelo com alguma espessura
bairro dos Meiras com uma esch. publ., creada pela Lei n. 211
; na superficie das lagoas e de vasillias com agua expostas ao
de 4 de setembro de 1893. tempo. Não nos consta que tenha cabido neve no mun., mas
PORTO. Log. do Estado de S. Paulo, a uns 16 kils. da villa
em muitos invernos tem havido geadas notáveis, podendo citar-se
do Paranapanema. a manhã de 27 de julho de 1870, em que os morros próximos á
cidade, do lado da Cascata, appareceram completamente brancos
PORTO (N. S. do). Núcleo colonial do Estado do Paraná, de geada. Os ventos reinantes mais notáveis são E. e NE. na
:

próximo da cidade de Moi-retes. primavera e verão, e S. e O. no inverno. Os habs. do mun. de


PORTO (Santo Antonio do). Dist. do mun. da cidade do Porto Alegre dedicam-se á pequena criação de gado, á a.:ricul-
Turvo, no Estado de Minas Geraes Foi creado pelo art. II da tura, commeroio, industria e artes. O estado de salubridade,
Lei Prov. n. 2.775 de 19 de setembro de 1881. posto que nã possa ser taxado de máo, não gosa comtudo dos
1

bo s créditos dos tempos anteriores, em que um viajante


PORTO. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun da São descrevendo, em 1835 as bellezas que encontrou nessa ci-
João d'El-Rei, sobre o rio das Mortes. Ha ahi uma ponte. dade diz : « que iiella se desfruotava boa saúde, sendo
PORTO. Ilha no Estado das Alagoas. Pelo canal dessa ilha o ar balsâmico, puro e salubre, razão pela qual os facul-
coramunica-se a lagoa Manguaba com o Cumbe. Mede o c.uial a tativos não grangeavam fort mas e as boticas convertiam-se
extensão de 1012 metros com a lurgura de 18". O e a profundi- em casas de perfumarias. » Na cidade principalmente, dão-se
dade de 1™,0 abaix ) do nivel das marés ordinárias. Como com- muitos casos de enfermidades dos órgãos respiratórios e do tubo
plemento deS 5? canal projecta-se rasgar a ilha do Riacho com a digestivo, grassando com car.icter epiclemico mais ou menos
mesma profundidade e secção transversal, sendo de 110"" a r .s- intenso o sarampo, a escarlatina e a coqueluche, manifest indo-se
pectiva extensão. também alguns casos de variola. A cidade conta 15 egrejas, um
convento, um recolhimento, tres asylos de orphãos e um de
PORTO. Ilha do rio Paraná, defronte da foz do Santo Anas- mendigos, este fundado pelo padre Joaquim Cacique de Barros.
tácio e próxima das ilhas do Meio e da Vacca. As egrejas são: de N. S. da Madre de Deus ( cathedral), levan-
PORTO-ALEGRE. Cidade capital do Estado do R. G. do tada em 1772 em terreno então do moi'ro de SanfAnna, perten-
Sul, á margem esq. do rio Guahyba, edificada em amphitheatro cente a Ignacio Francisco e mandado desapropriar 'pelo gover-
sobre uma collina e fórma um pequeno promontório, nos 30" 1' nador Antonio- da Veiga de Andrada possue cinco altares,
:

51" de lat. S. e 8" 7' 17" de long. Occ. do Rio de Janeiro. A sua existindo annexa uma capella sob a invocação do SS. Sacra-
perspectiva é lindissinia, sendo arrebatadora a visia que se gosa mento com tres altares e as imagens do Senhor dos Passos,
não só do lado N., onde se divisam a grande vegetação das Senhor da Paciência e N. S. do l-'arto. —
N. S. do. Rosario
ilhas fronteiros á cidade " as confluencias dos rios Gravatahy, (matriz), cuja pedra fundamental foi lançada em 3 de outubro
Sinos, Caliy e Jacuhy, como do lado S., de onda se descortinam de 1817; tem cinco altares. —N. S. das Dòres, cuja pedra fun-
prados e collinas e uma infinidade de chácaras de uma vege- damental foi lançada em 2 de fevereiro de 1807 tem sete altares.
tação luxuosa. A
E. e S. da cidade e á distancia de 14, 10 e 5 — N. S. da Conceição (matriz cuja pedra fundamental foi
;

kils., eucontra-se a cordilheira de morros, que se denominam: lanç.ula em 8 de dezembro de 1851 tem cinco altares.
; Menino —
Sant'Aiina, Cascata e Crystal, que não excedem de 300™ acima Deus (matriz), com tres altares. —
N. S. do Livramento das
das planícies. O rio Gualiyba, que banha a cidade e vai d^^sa- Periras Brancas (matriz), no alto de uma colina, com quatro
guar na lagôa dos Patos, é formado p.da juncção das aguas dos altares — N. S. de Belém (matriz) A antiga egreja de N. S. de
já citados Jacuhy, Sinos, Cahy e Gravatahy. listes rios tejn tal Belém, onde foi out'ri.'ra a séde da freg.; Foi edificada em 1826,
configuração, que, vistos do alto da collina, onde se fundou essa sendo franqueada ao culto dos fieis em 2 de fevereiro de 1829.
cidade, representam perírfitanieate a mão humana com os cinco Achando-se parte dessa egreja em ruínas, foi ella apeada, tra-
dedos afíastados, pe o q"e, é de tradição, foi dado a essa ca- tando-se da sua reconstrucção. Reconhecendo os poderes públi-
pital o nome de Viamão, que então t-ve Estão situadas, fron-
. cos a conveniência da mudanç do local da freg. para a
1,

teiras á cidade, as ilhas da Casa da Pólvora, dos Pavões, de margem do rio Guahyba, foi, por acto da presidência da prov,
Maria Conga, da Pintaila, das Pombas, das Pedras Brancas e de 3 de julho de 1876, e em virtude da faculdade conferida pela
outras. O mun. de Porto- .Vlegre está sit lado sobre ambas as Lei n. 764 de 4 de maio de 1871. eseolhido no logar denominado
margens do rio Guahyba, que o separa em dous territórios um : Arado Velho o terreno preciso para séde da freg. edificação da,

oriental sobre a margem esq. e outro occidental sobre a margem nova egreja, cemit-rio, etc ,
para este lim doado. Abi teve
dir. No território oriental se acha fu idada não só a cidade de começo a construcção da actual egreja matriz no citado anno de
Porto Alegre, que é banhada pelo N. S. e O. pelo mencionado 1876. Foi benta solemneraente nw 7 de março de 1880 tem cinco ;

rio Guahyba, como tanil]em o disi de Belém, que se acha a 33


. altares. — Capella de N. S. dos Passos, pertencente á Santa
kils. ao S li. da cidade. No território ucciden ale á margem Casa de Misericórdia, edificada em 1819 e concluída em 1825;
dir. do mesmo rio está o disl. tie N S. do Livramento das Pe-
. tem cinco altai-es. —
CapePa de S. Raphael, começada em 1877
dras Brancas sobre uma collina, euualinente á beira-rin. liste e concluída em 1888; tem ties altares. No adro, á entrada da
dist. tem uma área superficial de 1862, 19 kils.*, é cortado pelos capella, se acha uma bem construída gruta com a imagem de
arroios Confie, Passo Fundo, Santa Maria ou Petim, Capivara, N. S. de Lourdes. —Capella d- N. S. do Carmo, fundada em
Ribeiro e Araçá, que desaguam no Guahyba, e dista da cidade 1S51, t^m ciiico altares. — Capella do Divino lispito Santo,
19,8 hils. Estes do is dists. conjunctamente com os de N. S. da cuja pedra fundamental foi lançada em 25 de março de 1882,
Madre de Deus, N. S. do Rosario, N S. das Dores, N. S. da ficando concluida em 1884. —Capella de N. S. dos Navegantes,
39.002
POR — 281 — POR

situada no arrni il dos Navegantes, a cinco kils, da cidade. Tem sendo seu exemplo seguido annos depois por Francisco Carvalho
xim só altar — Capella de Santo Antonio, edificada na estrada da Cunha, que em 1751 arrendou um campo para formar uma
de Matto Grosso, no arraial do Parthenon, a pouco mais de fazenda, e nelle fez construir a capella acima referida. Foi
quatro kils. da cidade, cread i por Provisão episcopal de 9 de elevada á freg. a 10 de novembro de 18 i8 e s 'rviu de capital até
junho de 1873. —Capella de S. José, na estrada de Matto 1772, até que o governador José .Marcellino de Figueiredo iran-
Grosso, no arraial d S. José, em terreno doado, a seis kils. da
-
sferio a sé le do governo para o Port dos Casaes. .V 12 de julho
>

cida'le, creada por Provirão episcopal de 3 de outubro de 1875, dess»; mesmo anno o governador interino teneute-dronel -Vn-
— Capella de S. João Bipti^sta, erguida na estrala dennminada tonio da \'eiga de ndrade ordenou ao capitão Alexandra José
i

Passo da Arêa, a quatro kils. da cidade, creada por Provisão M-intinha quedas terras de Ignaei Francisco desapropriasse e
>

episcopal de 9 de agosto de 1871 tem dous altares, sendo um


; demarcasse os terrenos precisos para edificação de div rsas casas
com a imagem de se orago e outro com a de N. S. do Rosario.
i e da egreja matriz de X. S. Madre de L>eui. então s ib a invo-
Capellii de S. Pedi-o, creada por Provisão episcopal de 21 cação 'e S, Franc sco. .V 18 de janeiro d^ 177 j eiTecluou-se a
de novembro de 1887. —
Capella do Senhor do Bom-Fim, no s destituição do orag de S, Francisco pelo de N. S. M idre de
)

Campo do RcibMupção. Sua pedra fundamental foi coUojada em Deus. Foi o governador Mareei ino d^^ Figueiredo quem lhe deu
30 de maio de 18(37, tem tres altares e as imagens de N. S, do o nome de Porto Vlegre, e o primeiro vigário encommendndo da
Bo -Fim, N. S. da Conceição e Santa Catharina. — Capella de freg. foi o padre José Gomes de Faria. A 24 do julho de 1773
S. Manoel, no arraial de S. Manoel, Foi lançada a pedra fiu- ordenou o mesmo governador aos ofticiaes da camará do Viamão
damental em 24 de fevereiro de 1878, tendo sido creada por Pro- que lizessem suas reuniões em Porto .Vlegre, o que c impriram,
visão episcopal de 18 de fevereiro do mesmo anno Ainda não vindo reunir-se pela primeira vez a G de setembro do mesmo
tiveram começo as obras, —
Capella de S, José, pertencente aos anno. Em consequência do procedimento que levo com os
Catholicos allemães. Foi auctorisada sua erecção i)or Pro- dissidentes ern 15 de junho de 183G, o Dec. Imj erial n, 103 de
visão episcopal de 13 de dezembro de lb71 tem tfes altares com
; 19 de outubro de 18 H conreriu-lhe o titulo de leul e imperial.
as imagens de S. José, Senhor dos Passos e Coração de Foi eL>va la á villa pelos .Vivarás d^ 23 de agosto de 1808 o 27
Jesus.— Templo Lutherano, inagurado em 8 de janeiro de de abril de í^íiJ. Iiistallida em 11 de dezembr de 1810. Ci-
i

1865. Porto Alegre, tem 141 ruas, sete travessas, 15 pra- dade pela Carta Iinpe:dal de 14 de novembro de 1822. O mun.
ças. Ires estradas e 20 avenidas. .\s prinoipaes ruas são: é constituído pelos dists. de N. S. Madre de Díus, N. S. do
Andradas, Independência, Sete de S'Hembro e Voluntários da Rusario, N. S. das Dures, N. S. de B^lem de Guahyija, N, S.
Patrii, não só por contarem os mais bellos editicios como do Livraraenti das Pedras Bran as, N. S. da Conceição e
também por possuírem os mais importantes estabelecimentos curato do Menino Deus. Partem de Porto Alegre diflérentos
commerciaes. As ruas são em quasi sua totalidade calçadas de linhas de vapores que estabelerem communicações quasi diárias
pedia, com passeios la-ieados, illuminadas á gaz, luz eléctrica e com diversos pomos do interior. Tem uma im|iortante alfan-
a kerozeiíe nos arrabaldes. As praças mais iniport.intes -ão : dega. E' cabeça de com. e séde do bispado do Rio Grande do
Martins de Lima, Senador Florêncio, Marechal Deodoro, Menino Sul, que foi cread por Dec. de 27 de agosto da 1847 e bulia de
Deus e Quinze de Novembro, todas arborisadas. Os prédios Pio IX ad oves pcKcendas de 7 de maio de 1848. Foi seu pri-
existentes no mun, attingem a 9.820, sendo prédios particulares meiro bispo D. Feliciano José Rodrigues Prates, nomeado por
térreos 8.238 e públicos seis; assobradados pai-ticulares 704 e Dec, de 5 de maio de 1851 e bulia de Pio IX de 26 de setembro
publico um: sobrados particulares 8i6 e públicos 10, Os edi- de 1852, sendo sagrado na egreja do mosteiro de S. Bento,
fícios mais importantes da cidade são Supremo Tribunal do
: no Rio de Janeirii, a 29 de maio de 1853. T m-i posse da
i

Estailo, theatro de S. Pedro, Casa de Correcção, o For im. diocese a 3 de julho do mesmo anno e falleceu a ^'T 'le maio
Secretaria de Obra^ Publicas, Eschola Normal, todos estes per- de 1853 com 77 annos de edade. O bispo D. Sebaslião Dias
tencentes ao Estado, Eschola Militar, no Campo da Redempção, Laranjeira, nomeado por Dec. de 28 de março de 1800 e bulia
o .-Vrsenal de Guerra, pert?ncent-s ao Governo da União, o de Pio ÍX de 28 de setembro do mesmo anno. Foi sagrado pelo
Mercado Publico, que se distingue por suas dimensõ s e fornia Santo Padre Pio IX na capella sextina em Roma, a 7 de
arohifceclonica, a Cathedral, as egrejas das Dores e da Conceição, outubro de 1860, e tomou posse da diocese a 28 de julho de
as capellas do Senhor dos Passos e a de S. Raphael, o vasto 186t, por seu procurador padre-raestre Juliano de Faria Lo-
Asylo de Santa Thereza, situado no pittoresco arrabalde do bato.
mesmo nome, o Palacio do Groverno, o Seminário Episcopal, PORTO ALEGRE. Villa e mun, do Estado do Piauhy, na
residência do bispo diocesano, Biblioiheca Publica com mais de margem do Parnahyba, Tem uma egreja da invocação de.
dir.
8,000 volumes, o Atheneu Rio Grandense, onde funociona a Bi- N, S. da Conceição. Os habs. euiiire^am-se na cultura e pre-
bliotheca Publica, vasto e imponente edifício de archi ectura paro do fumo e da pesoa. Foi eivada á villa pel Dec. n. l.>de
>

moderna, Santa Casa de Misericórdia. Benelicencia Portng leza, 10 de março de 1390 com o nome actual. Era o pov. do Estreito.
etc. O mun, tem 73 eschs, publs., diversos collegios particula-
res, 10 egrejas e capellas, um convento, um lecolhiinento, tres
PORTO ALEGRE. Villa o mun. do Estado do R. G. do
aSylos de orphãos, ura de mendigos, fundado pelo padre Joa-
Norte, na com, do .Martins, na serra do seu nome. O mun. é
atravessado pelo rio Ap idy. Limita-S3 ao N. com o mun de
quim ('aeique de Barros, Escholas de Engenharia, de Phnr-
macia e de Medicina, esta ultima inaugurada a 1 de janeiro de Apo ly, a E. com o do Martins, ao S com o de Pau dos Ferros
e a O. com o Estailo do Ceará. Clima ameno o suave. Cultura
1897. Ainda a cidade conta a estatua do conde de Porto Alegre
de algodão, canna de assucar e algum café. Industria pastoril.
(Manoel arques de Souza), inaugurada a 2 de fevereiro de 18J5.
Tem fabricas de calçado, cerveja, sabão e velas, oleos, gelo, Orago S. João Baptista. Foi elevada á categoria de villa com
o nome de Regente (ido juiz de tora Miguel Carlos Caldeira de
vidros, oijras de vime. vinagre, fogos ile artilicio. pregos, de
descascar arroz, moveis, tecidos, papel, chita, charutos, pianos,
Pina Castdlo Branco, p u- .Vivará de G de dezembro de 1761.
Mais tarde perdeu a denominação de Regente, que foi substi-
chapéo.s e olíicinas de ourives, ferreiros, f inileiros, marceneir as,
tui la pela que hoje conserva. Tem duas eselis publs, de st, i

carpinteiros, amieiros, sirigueiros, marmoristas, tintureiros,


prim. o agencia do correio Sobre suas divisas vide Leis Provs,
colchoeiros, tanoeir is, relojoeiros, alfaiates, tainanqueiros, sel-
n. 216 de 5 de junho de 1850, n. G.d de 3 de agosto do 187 i.
leiros, ly thograpliias, ealalielecimentos pho' ographicos e typo-
n. 928 de 20 dé março de 1881 e n. 959 de 20 de abril de 188(5.
graphias, onde se imprimem mais de 12 jornaes, sendo o mais
notável a Federação. Ha também importantes fundições, ser- Tem 4.000 habitantes.
raiúas, trapiches e estaleiros. A cidade é perco rrida por bonds. PORTO ALEGRE Villa e mun do Estado da Bahia, na com.
E' servida por linhas telephonicas e telegraphicas ;
ligada a de Caravellas, ao S. do Fatado, Orago S. José é diocese archi-
S. Leopoldo, a Hamijurgo-berg e a Urug layana po estradas episcopal dc S, Salvador. Foi creada parochia pelo Alvará dí.
de ferro. .\ pop. do mun. é de 100.0)0 habs. .V ren !a actual 22 de dezembro de 1795. Villa pelo dezembargador e ouvidor»»
do mun. é superior a mil contos A fundação da cidade de géral da com. Josi X ivier Macha lo Monteiro pela Carta
Porto .\legre data do anno de 1742, no qual alguns casaes R"gia de 10 de outubro de 1769. Insiallada em lõ do outubro d -

açorianos, ahi estabeleceram-se e rleram principio á cidade, 177.), Terrenos ler: ilisiraos. Export i jacarandá, farinha di'.
que por esse facto foi denominada Porto dos Casaes. Por Pro- mandioca e algum cifé Tem 2. .501 habs. duas cschs. lUibU.
visão lora erigido em capella o Campo d-^ Viamão, sob a invo- de ins. prim. e dons dists: Porto .Vlegre e Peruliype. .Vgoiicia d"
cação de N, S. da Concidção. Cosme da .Silveira, que fazendo correio. D'essa villa recebamos uma inlbrniaçào, da quai ex-
parte da terceira expedição, que ao mando do João de Magalhães, tractaremos o seguinte. « Do lado do S. e ao N. éo mun. geral-
partira de .Santa Catharina, alim de explorar as campinas do mente plano ; a O é monianhoso e coberto de mattas pelo ;

Estado, foi o primeiro' que se aventurou a residir ali só, lado de E. é banhado pelo mar c aiiresenlii um porto, que o o
DICC. GIÍO . 3j
POR - 282 — POR

da barra do rio Mucury, poi* onde podem entrar na prea-mar PORTO ALEGRE. Pov. do Estado de Minas Geraes, no
navios calando 12 palmos d'agua A única Sírra do mun. e que dist. de Perdões.
o separa do Estado de Minas é a dos Aymorés. O território é PORTO ALEGRE. Bairro do dist. de Santo Antonio da
regado pelos rios Mucury, Mucuryzinlio, Pau Alto e diversos Itinga, no Estado de Minas Geraes.
outros insignificantes. A villa foi primitivamente uma aldêia
denomina Mucury. creada villa em 10 de outubro de 1779 com PORTO ALEGRE. Log. do Estado de Minas Geraes, no
as formalidadps decretadas na Carta Piégia de 3 de março de dist. da Boa Morte e mun. do Bom Fim.
1775 pelo Dr. Desembargador José Xavier Machado Monteiro. PORTO ALEGRE. Log. no dist. do Rosario do Estado de
Está situada á margem esq. da foz do rio Mucury em tsrreno Matto Grosso.
plano e arenoso. —A lavoura é a do café, canna de assiicar,
PORTO ALEGRE. Log. do Estado de Matto GroSvSO, á
milho, arroz, feijão e mandioca, achando-s^' iniciaila a do
cacáo. A industria fabril consiste em aguardente e farinha de
margem esq. do rio Gipotuba, no mun, de Caceres.
mandioca.» Saint Adolphe diz que esta villa foi creada a 15 de PORTO ALEGRE. Serra do ^^stado do R. G. do Norte, no
outubro de 1769 e assevera com Ayr^-s de Cazal existirem no mun. do seu nome. Diz Ayres de Casal que essa serra er antiga- i

mun. mineraes de ferro. No Relat. da Rep. de Estatisca en- mente designada pelo nome de Regente.
contra-se a data de 10 de outubro de 1769.» Situada á margem
esq. e foz do rio Mucnry, era dist. de terrenos férteis, compo=íta
PORTO ALEGRE. Ilha no rio S. Francisco, acima de
Sento Sé, no Estado da Bahia.
de ca as de construcção commum, com a matriz de S José,
insignificante casa do Conselho e duas eschs. Seu pequeno PORTO ALEGRE. Ribeirão do Esta lo do Rio de Janeiro,,
commercio exporta café. cacáo, ma leiras e piassava. Cora a aff. da margem esq. do rio Muriahé.
producção desses artigos é que se occupa a pop. do mun., já
em fazendas de café e cacáo, já nas grandes mattas. Nasceu PORTO ALEGRE. Córrego e sangrador do Estado de
Minas Geraes, na margem dir. do rio S. Francisco, abaixo do
esta villa da aldêa do Mucury, formada pela reunião de alguus
degradados da Bahia e Rio de Janeiro, com os quaes fie jun-
pov. Ema.
ctaram os idios fugidos de outros aldeamentos das visinha nças, PORTO ALEGRE. Cachoeira no rio Paraguassú e Estado
edificando-se uma egreja a S. José, coberia de palmas. Pui esta da Bahia.
elevada á categoria de villa em virtude da Ca'ta Régia de 3
de ma.rço de 1755 de D. José I, que concedeu-lhe por limite
PORTO ALEGRE A URUGUAYANA.
E. de F. do
S. o riacho Doce, e Ordem Pv^gia de 10 de outubro de 1769, que
Estado do R. G. do Sul. —
Legislação e histórico. A Lei
n. 2.397 de 10 de setembro de 1873, autorisou o governo a
marcou-lhe definitiva e legalmente os limites, os quaes se es-
mandar construir esta estrada abriu o credito de 40'J:0003
tendem para o S. do rio Mucury até á margem do mesmo ;

para occorrer ás despezas com os estudos e trabalhos ))relimi-


riacho acima mencionado. Installada a 15 deo itubrode 1779
nares e fixou o máximo de seu custo em 40.000:0005- Os estudos
pelo ouvidor geral da com. de Porta Seguro, Dr. José Xavier
foram contractados com o conselheiro Christiano Bmedicto
Machado Monteiro.»
Ottoni. engenheiro Herfulano Velloso Ferreira Pi^nna eDr. Cae-
PORTO ALEGRE. Log. no mun. de Muaná do Estado doPará. tano Furquim de Almeida, e o Dec, n. 5.500 de 10 de dpzembro
nas cabeceiras do rio Anabijii. Alifuncciona a Sociedade Pro- do mesmo anno approvou as condições do contracto. Ao minis-
tectora Pastoril, importante
associação de fazendeiros que a tério da agricultura foram, a 15 de julho de 187-1, apresen-
constituiram para favorecer a industria da criação de gados e tados os estudi.s préviamente feitos, de conformidade com uma
pôr termo ao furto dos mesmos. das condições do contracio para determinar a direcção do tra-
PORTO ALEGRE Log. do Estado do Maranhão, á margem çado, se devia passar por S. Gabriel ou por Santa Maria. Pelo
esq. do rio Parnahyba, próximo do riacho Pouca Vergonha. Aviso n. 263 de 1 de agosto de 1874, do ministério, foram de-
terminados os pontos obrigados do traçado, assim como o ponto
PORTO ALEGRE. Log. do Estado de Pernambuco, no de entroncamento com alinha a partir da cidade do Rio Grande,
mun. de Serinhaem.
o qual flca na coxilha de Cacequy, áquem do rio Santa Maria.
PORTO ALEGRE. Log. do Estado das Alagoas, no mun. do A 24 de agosto de 1875 foram apresentados á secretaria da
Passo do Camaragibe. agricultura o relatório, plantas e orçamento dos estudos reali-
PORTO ALEGRE. Arraial do distr. do Caldeirão e termo de zados pelos contractantes e a 14 de fevereiro de 1876 foram
Maracás no Estado da Bahia com uma esch. mixta, creada
; ;
chamados concui-rentes para a constr:icção da estrada, não
pela Lei Prov. n. 2.298 de 7 de junho de i882. Fica ao S. de Ma- dando isso resultado algum por não convirem as propostas apre-
racás, de onde dista cerca de 60 kils. Tem poucas casas. A pop. sentadas. Pelo Aviso de 31 de agosto de 1876 foram mandadas
dedica-se á lavoura de cereaes; ha algumas fazendas de criar. vigorar, para a direcção e administração dos trabalhos, as in-
strucções de 26 de fevereiro do mesmo anno. organisadas para
PORTO ALEGRE. Arraial do Estado da Bahia, á margem
idênticos serviços das estradas de ferro da Bahia e Pernambuco.
do rio S. Francisco, mun. da Barra do Rio Grande ; com
Tendo o governo resolvido que as obi-as fossem realizadas por
uma esch. public. de inst. prim. creada pela Lei Prov.
pequenas empreitadas parciaes, nomeou uma commissão de
n. 1.322 de 18 de junho de 1873.
engenheiros, incumbida da revisão dos estudos e direcçãu e lisca-
PORTO ALEGRE(Santa Clara de). Arraial do Estado da lisação dos trabalhos. A commissão, tendo por chefe o Dr. Firmo
Bahia, nos extremos desse Estado com o de Minas Geraes, e ao José de Mello, partiu do Rio de Janeiro em dezembro de 1876 e
N. do rio Mucury. Foi elevado á dist. pela Lei Prov. n. 2,380 em janeiro de 1877 iniciou os trabalhos de revisão. As condições,
de 9 de junho de 1883. especificações e tabeliãs de preços para a execução das obras até
PORTO ALEGRE. Arraial do Estado da Bahia, a O. e NO. Santa Maria, na extensão de 267 kils., foram approvadas por
do mun. de Poções, na margem dir. do rio de Contas. E' log. Portaria de 4 de maio de 1877 e a 16 do mesmo mez chamados
novo, por onde passa a estrada que vai ter ao a'to sertão, pela concurrentes Tendo o governo resolvido que a linha partisse
.

Passagem de Sant'Anna e Areão, e que, atravessando o rio, da margem dir. do rio Taquary, foram, a 23 de dezpmbro de
segue para o termo de Maracás e cidade da Cachoeira. O prin- 1877, inaugurados os trabalhos de construcção. A Portaria de
cipal ponto de pop, c na margem esq. do mesmo rio, perten- 22 de dezembro de 1879 approvou as tab3llas de preços e espe-
cente ao mun. e com. de Maracás. cificações, propostas pelo engenheiro chefe, para as empreitadas
PORTO ALEGRE. Log. do Estado do E. Santo, sobre o de construcção de edificios e a de 7 de março de 18ál approvou
rio Preto, na estrada que communica a cidade de S. Matheus as condições geraes, tabeliãs de preços e especificações pira a
com a Barra Nova. execução das obras do trecho da estrada comprehen lido enire
Santa Maria e Cacequy. O regulamento para o s rvi^o con-
PORTO ALEGRE. Arraial do Estado do Rio de Janeiro, strucção e trafego da estrada foi app!'o\ ado pelo Dcc, n. o ^93 de
l i

no 2" dist. da freg. da Natividade do Carangola, á margem


9 de dezembro de 1882 e o de n. 8.814 de 23 do mesaio mo/, c
esq. do rio Muriahé com uma esch. publ. de inst. prim. para
:
anno ai)provou as instrucções regulamentares e tarifas. A 7 de
o sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. 2.676 de 6 de ou-
março de 1883 foram inaugurados e entregues ao ti'al'ego
tubro de 1883. E' séde do mun. do Avahy.
147 kils. -(-357 ms., istoé, da estação de Taquary aié estação ;i

PORTO ALEGRE. Log. do Estado de Minas Geraes, no de Cachoeira; a 20 de dezembro do mesmo anno, lé elação .

dist. da Lag)a Santa, mun. de Santa Luzia, á mai'gem do rio de Jacuhy no kil. 179-Í-.597 ms. em outubro d,e 18
;
aié a .")

das Velhas. estação de Sanla Maria, no kil. 261-)-847 ms,; a 23 de ab;-il de


I'OR — 283 — POR

1888 até o kil. 305+924 ras.: a 7 de julho de 1839 até o kil. concluídos a 2 de fevereiro de 1895 tendo sido corridos 65 kils.
315; a 1 de junho de 1890 até o kil. 329+738 ms. ; a 27 de e 1320 metros de linha e 34 kils. e 100 metros de variante ao
setembro até o kil. 353+405 ras. e a 23 de dezembro ainda do todo 99 kils. e 420 metros. Os trabalhos de escriptoi-io foram
mesmo anno até á estação de Cacequy no kil. 374+718 ms. A 5 concluídos a 29 de março de 1895 e remettidos com a memoria
de março de 1884, foi inaugurado o serviço de trafego reciproco justificativa a 17 de abril seguinte. As despezas com a lo-
com a Companhia Fluvial, para o transporte de passageiros e cação da linha do prolongamento de Taquary a Porto Alegre,
mercadorias, entre Porto Alegre e a estação de Taquary em durante o anno de 1895, foram orçadas em 50:0005 e essa quan-
virtude de contracto celebrado a 28 de fevereiro do mesmo tiafoi votada pelo Congre>so. Por Dec. n. 2.050 de 22 de julho
anno. O Dec. n. 9.156 de 23 de fevereiro de 1884 mandou de 1895, foram approvados os estudos e orçamento para as
adoptar nesta estrada a tabeliã de vencimentos e obser- obras do prolongamento de Taquary a Porto Alegre, adoptada
vações annesas em vigor no pru longamente da E. de F. da a linha entre a estação de Taquary e os Navegantes pela
Bahia. O Dec. n. 9.323 de 18 de setembro de 1884 approvou o variante entre as estacas 1329+7 metros e 1911 e 18^,50
;
traçado delinitivD desta B^strada, na parte comprehendida entre ficando encarregado de taes obras o actual director engenheiro
a margem dir. do rio Taquary e as proximidades do Cacequy. chefe, conforme o Dec. n. 2.043 de 15 de julho de 1895. Para
O Dec. n. 3.351 de 2 de outubro de 1887 concedeu o credito
'
a execução dessas obras no exercício de 1896 foi votada pelo
especial de 18 220:633.^096, afim de serem applicados 3.220:633!g0J6 Congresso a respectiva verba. Pontos extremos actuaes da es-
á conclusão do prolongameuto da E. de F. da Bahia ao S. Fran- trada — Valles atravessados —
Descripção do traçado. A —
cisco, e 15 000:0005 á construcção da E de F. de Bagé a Uru- E. de F. de Porto .VIegre a Uruguayana. na parte entregue
guayana passando por Cacequy ; e autorisou as operações de ao trafego, tem 374 kils. e 726 metros de extensão desde a margem
credito que fossem precisas para occorrer a essa despeza. O do Taquary até Cacequy, comum ramal para o estabelecimento
Dec. n lO 364, de 2! de setembro de 1889. determinou que a do Paredão com 3.1 '92 metros d:' extensão entroncando no kil.
direcção das obras da E. de F. de Bagé a Uruguayana ficassem 142,888 e a 4 487 metros aquém da estação de Cachoeira. Sua
á cargo da adn)inistracão da E. de F. de Porto Alegie á Ca- estação inicial é localisada na margem dir. do ri^j Ta.'iuary a
cequy. O Dec. n. 505 de 20 de junho de 1890, reuniu em uma 5,5 kils. acima de sua foz do rio Jacuby, a 50 kil^. do distancia
só, as duas estradas de ferro de Porto Alegre á Cacequy e de minima de Porto Alegre, a 63=974,5 de distancia laml.iem de
Bagé á Uruguayana, separando, porém, os serviços do trafego e Porto Alegre ]ieIo traçado obtido pela revisão dos e.studos para
da construcção em duas administrações di^tmctas. Tiveram exe- o prolongamento de Taquary a Porto Alegre, a 71,5 kils. de
cução nesta Estrada as tarifas e Instrucções Regulamentares ap- traçado fornecidos pelos estudos primitivos eiTectuados por
provadas provisoriamente em 13 de maio de 1887, modificadas Ottoni, Furqinm e Penna, e 62,5 kils. de distancia ainda da
por Aviso n. 168 de 5 de novembro de 1890 e com as novas ta- cidade de Porto Porto Alegre, medidos sobre os rios Jacuby e
beliãs approvadas por Aviso n. 15 de 15 de maio de 1893. -Vs Taquary. São esses excessos de extensão sobre a dislaneia mi-
primitivas tarifas e Instrucções Regulamentares para essa Es- nima, directa, devidos ás curvas e declives nos traçados e á
trada, approvadas por Dec n. 8.814 de 23 de dezembro de ^&S2, grande volta obrigada nesses estudos pela bacia 1'õriiii da pela
já soííVeram quatro modificações, sendo a primeira radical no confluência dos rios Jacuby, Cahy, dos Sinos e Gravai ali v dando
sentido da reduoção das taxas de fretes que eram naquellas origem ao rio Guahyba. O excesso de extensão medida, sobre o
muito elevadas e que baixaram demasiadamente. Esta primeira rio Jacuhy é devido também á volta obrigada pelas ilhas desta
modificação teve execução provisória autorisada por Aviso n. 7 bacia, e ás sinuosidades desse i-io. E' naquella estação inicial
de 7 de janeiro de 1884. O Acto de 13 de maio de 1887 d"tou a que se fez o transbordamento das quantidades de trafego entre
Estrada de novas tarifas e Instrucções Regulamentares appi'o- a via férrea e a navegação fluvial, que dahi até Porto Alegre
vadas também provisoriamente e mantidas quasi todas as taxas substitue presentMiiente o trecho de linha férrea rojectado. i

das preceilentes, apenas extendida a tarificação ao trecho de Entre a barranca dir. do rio Taquary, no local eseiill ido para
Santa Alaria a Cacequy. A modilicação conslante do .Vviao n. 168 ponto de partid.i da Estrada, e os terrenos elevados da coxilha
de 5 de novembro de 1890, elevou de 100 "/o as taxas para ba- próxima, onde assenta a actual pov. da Margem do Taquary, me-
gagens e encommendas, de 8 °/o as taxas pu-a mercadorias e de deia uma várzea, inteiramente col erta pelas aguas do rio por occa-
30 °/o as taxas para passageiros. Por Dec n. 8.798 de 9 de de- íião das cheias, e de cerca de 500 metros de extensão; es-a várzea
zemljro d(^ 1882 foi approvado o regulamento para o serviço da foi transposta por um grande aterro de 13 metros de largura no
construcção e trafego dessa Listrada. Este regulamento foi sub- vértice e oito metros de altura, protegido á mont-inte nr um cus- i

stituído pelo que em 28 de agosto de 1890 fora approvado pelo toso enrocamenio depedras até meia altura e toilo n. ado,
Dec. n. 691, o qual, por sua vez, acaba de ser substituído pelo e por um viaducto deinundaçâoci.instruido j unto a b :lha.
que foi apres- ntado pela actual Directoria da Estrada e que foi No extremo do aterro, a beira «Io rio, lõi edificada a ção na .

approvado pelos Decs. n. 2.043 de 15 de julho de 1895 e n 344 altura do grade qxie se aclia a 1.')">,2S acima das miaiii, as aguas
de 5 de dezembro de l'-95 Até o anno de 1891 a Estrada deu do rio Taquary, observadas duraut a stia^-em de lins de 1892;
- f

deficit e lie 1892 em deanta tem deixado saldo sempre crescente, sustentam e elevam esse diflcio grossos pilare- de alvenariade
>


s-'ndo o de 18 .'4 de 709:0U0> Ramal da Xarqneada do Paredão: pedra, deixados os vãos livres para as a;:iin= das enchentes e
Foi inaugurado em 1885. com a extensão de 3382 metros e mais guarnecida a ponta do aierro e exlriun ria ilo ediíici i pelo
>

!
;

tarde prolongado até 3692 metros. Ramal de SanfAnna do Li- lado de ferra por allos muro.s em alas Iam' ar: de alvenariade
vramento: Pelo Aviso n li)9 de 6 de novembro de 1890, do Mi- jiedra. Da outra extremidade do edilicio da eslação avança para
nistério da Industria, ^'iação e Obras Publicas, foi mandado o rio um alto U'a])iche demaibara (p"nte) com linhas de trilhos,
proceiler aos estudos para a construcção da linha. A 13 de e cuja torre recebui um guindaíle a vapor pava 10 tou-dadas e
dezembro de 1890. seguiu a turma encarregada de fazer o dous elevadores de cargas, tauilieiu vapor, para 5 toneladas
i

recoidiecimento, inieiando-o a 27 do mesmo niez e eoncluindo-o cada um, material esse fornecido pela 'oir.iianhia Fives Lille.
f

a 29 de março de 1891. tendo feito o reonliecimento de 281 Sobre oquello aterro foram eo struiilos os desvios da estação
kils. A 13 de janeiro de 1892, loram iniciados os estudos de cujo serviço de moNiiiienlo ile h eiíse de manobras de vvagoiis,
exploração de Saycan para SantWnna do Livramento e a 12 de avulta o em corrcs|iO id' iiei:i oiu as necessidades impostas pelo
i

maio do mesmo anno, de SanfAnna para S. Sebastião, pas- niovim.Mito industrial de transpo les no ponto inicial de uma
sando por D. Fedrito. Suspensos os tiabalhos a 22 de ai;osto, via-ferrea des a ordi ui, é reili.'ado em cou lições cada vez mais
por f ilt de verba, foram a 6 de novembro reenceta l'is, e logo
1 penosas pela exlrema cxc assez do espaço. Uma rampa de 12 "/o
depois, interrompidos por causa da revolução, tendo sido explo- em aterro enrocado e a niadei no extremo do edificio da estação
l

rados i?8 kils. + 315™ de Sayi'an para SanfAnna e 78 de dava accesso do cba la
> nuuvem do rio para essa estação,
lendo sido mais t.arde suts iluida por uma escada de pedra em
SanfAnna para S. Sebastião, destes 48 cnipletos. As plantas,
perfis e or.:amento, foram enviad^is ao ídini^sterio da In lusfcria, vários lances e o ra nsborda imoi (o do^; passageiros e das cargas,
; I

em diverfas datas, sendo a penúltima remessa de 29 março de que se fazia por essa rampa e por um anterior guindaste ,a
1894, extraviada no porto do Rio Grande; foram exlrabiilas có- vapor de 10 ton da las Ibrneciilo pela casa « Il:insomes e Rapier »,
pias e remettidL^s a 20 de julho do mesmo anno. Estes estudos insfcallado na extremidade da ponte de madeira em nivel de
foram approvados pelo Dec. n. 1.913 de 18 deiiezembro de IS94. l'»,50 acima dai ma\iiiias e: (dienles. foi midluu' attendido post,»-
Prolongamento de Taquary a Porto Alegre: Por proposta da riormente eoiu a e^ nsinua-ão ile iim pajueno cães de alvenaria e
Directoria dessa Estrada, foi incluido no orçamento do Ministério rampa de pi ilr.i imu se extremo, e
: cm
uma linha em um plano
para o anno de 1894 e votada pelo Congresso a verba necessária inclinado de 420 metros de desenvolvimento, sendo 276 metros
para os estudos e revisão do traçado deste pndongamento Os .
lie iiivel e tilem rampa de O'". 1121)5, o qual vence a diller.Miça
trabalhos de campo foram iniciados a 3 de fevereiro de 1891 e de nivel de8 metros entre o terreno baixo d-i margem do rio e o

POR — 284 — POR

alto do aterro ondeseaehara os trilhos da estação. Um pequeno 1,8 %, ssndo a cota mais alta 75,606: corta o arroio .'Vnast ioioe
cáes de madeira, em máo prolongameato do de alvenaria, deixando a estação de Pederneiras no kil. 100,575 procura
alguns treebos de desvios a^seIltes normalmente ao rio em di- approximar-se outra vez do rio Jacuhy chegando á barr.mca
recção a esse cáes em uma área de terreno reduzidíssima e outro desse rio no kil. 120, depois de tn- vencido o trecho acciden-
cáes de madeira com armazém que foi construído á montante tado entre os kils 106 e 12) e de t«r cortado os arroios Laran-
da estação, alem de outros desvios que se assentaram, completam jeiras e da Guardinha. Afasta-se do rio Jacuhy procurando as
os minguados recursos de que dispõem os importantes serviços f -aldas das coxilhas e evitando as várzeas alagadiças, chega á
de baldeação de passageiros, e de carga e descarga de merca- estação de Bexiga com o kil. 123,787, vence o arroio ÍBexiga e
dorias nas embarcações surtas no porto, e de carregamento e depois a pequena coxilha que separa as aguas do arroio Bexiga
descarr>gainento dessas mercadorias nos wagons desta Estrada das do rio Botucarahy, atravessa a várzea que precede a este no
em sua primeira estação de linha em trafe,_(o. A estação linalé com um aterro de cerca de 3,5 kils. quasi todo em recta, e
presentemente a de Cacequy, coUocada na várzea da margem transpõe o rio B:)tucarahy no kil. 131,9)9 com uma ponte de
dir. do rio Cacequy, a poucos kils. de distancia debite e na fralda 80™. 20 de comprimento de tres vãos de 25 metros çada um. si-
da coxillia de Santa Victoria, divisa de aguas do rincão consti- t lada a 4 kils. acima da sua confluência com o rio Jacuhy.
tuído p dos rio5 Ibicuhy, Cacequy e Santa Maria. Essa localidade Segue em perfil accident ido. que se extende até o kil. 150, deixa
foi considerada como um ponto estratégico pela sua posição no kil. 142,888 o entroncamento do ramal para o Paredão o cliega
defendida suppostamente pelos dous últimos rios do lado das á estação de Cachoeira no kil. 147,375 ao norte da cidade, as-
fronteiras, e pelo regular liorisonte de observação do alto da sente sobre elevada colliua e banhada ao sul pelo rio Jacuhy.
coxillia que ó local próprio pura fortificações e situação central A estação tem a cota 79,086. Do kil. 150 até a estação do Fer-
no território do Estado. Por taes fundamentos foi escolhido este reira no kil. 161,316, a linha^^ir?ea atravessa terrenos levemente
pont para enti'oncamento da E. de F. de Porto Alegre a Uru-
1 ondulados transpondo os arroios do Passo da Areia e da Fer-
guayana com o seu ramal para Ba^gé (("acequy a Bagé). A di- reira. Até o kil. 167 percorre terrenos dobrados que obrigam a
recção geral da E. deF. de Porto Alegre a Urugu iyana é Este- rauit:is curvas de gráo pequeno, e deste kil. em diante segue
Oesie, acompanhando a direcção principal dos valles dos rios pelas fral las das coxillrvs que margeiam a várzea do rio Jacuhy,
Jacuhy e Ibicuhy depois que elles, deixando o rumo trazido de passando sobre o arroio da Sanga Funda atravessa essa várzea,
;

Cima da Serx^a, desde as suas nascentes, voltam-se em sentidos com um aterro de tres melros de altura e o arroio Jacuhysinho
oppostos, procurando aquelle a lagoa dos Patos e este o rio com um viaduto de I5J'",20 de comprimento e de 6 vãos de 2ij™,0
Uruguay e o rio da Prata. Percorre, portanto, a Estrada os cada um, situado no kil. 178,277 e chega de frente ao rio Jacuhy,
dous grandes valles dos rios Jacuhy e Ibicuhy no sentido longi- que nesse ponto tem ainda seu curso com o rumo ger;il de
tudinal, separados pela Coxilha Grande, transposta no Pau Norte-Sul, trazido desde as suas nascenças, para logo abaixo
Fincado, sendo estes rios os principaes sulcos dos dous systemas tomar o rumo geral Oesfce-Leste parallelo á direcção geral da
hydrographicos mais notáveis do Rio Grande do Sul, e as Estrada. A linha-ferrea transpõe o rio Jacuhy no kil. 180,329
grandes artérias das duas rèdes fluvlaes cujas aguas molham as acerca de 2 kils. ao sul do ponto em que elle recebe o rio Vac-
duas mais vastas, férteis e ricas regiões do Estado ; a do rio cacahy-mirim e a 6,5 kils. ao norte do ponto em que recebe o
Jacuhy, pela facha de terrenos cob Ttos de mattas virgens e rio Vaccacahy-grande ;
a travessia do rio Jacuhy é feita por um
próprios pa. a cultura, cheia s de antigas e novas colónias esiran- viaduio de 275™, 5 de comprimento seguido de uma ponte de
geiras, no degrau para o planalto superior simulando uma serra 177™, õO de comprimento, sendo o viaducto de 10 vãos de 25
e formado com o desvio do prolongamento da Serra dos Órgãos, do metros de abertura cada um, e a ponte a mais importante da
oriente para o occidente, e pela pujança dos campos de criação Estrada, de 4 vãos dos quaes dous de 46™, 5 cada um, um de
de Cima da Serra ; e a do Ibicuhy, como melhor zona pastoril e 56™, 5 e um de arco de pedra com 10™, O de diâmetro. Trans-
cujos campos são reputados superiores aos das outras regiões. posto o rio Jacuhy a linha-ferrea afasta-se delle por entre
A linha-ferrea partindo da Margem do Taquary. cora a cota arbi- aquelles dous afts da sua margem dir. o Vaccacahy e
traria 21.946, posto que approximada da altít ide verda leira, Vaccacahy-mirim ;
passa pela es ação de Jacuhy com o kil.
transpõe logo o viaducto de inn indação do Taquary com um só 182,266 e com a cota 40,946; percorre a grande várzea cha-
vão de 4i) metros deaberiura, ganha em rampa a Parada da Mar- mada do Araçá com uma recta demais de 10 kils. de extensão ;
gem, no kil. 2, que serve ao povoado, atravessa os campos do antigo corta os arroios do Araçá e da Estiva; deixa a estação da Es-
Ri ncão do Bom Successo e terrenos accideirtados nas proximi- tiva no kil. 196,000 e procura approximar-se do rio Vacacahy-
dades da villa de Santo Amaro que attinge com o kil. 19.280, mirim trilhando o valle deste e approximando-se da sua bar-
passando entre a pov. e a barranca do rio Jacuhy do qual se ranca no kil. 206. Ainda pelo valle da margem dir. do
approximou cortando os arroios Bom Successo e do L:i geado. Vaccacahy-mirim acima, deixando muiio á esq. o curso do
Afasta-se, de novo, um tanto do rio Jacuhy evitando os banhados, Vaccacahy-grande, atravessando ora capões de matto, ora campos,
corta os arroios do Passo das Pedras, do Pantano Grande e do —
de criação, a linha-f-rrea passa pela Parada Restinga Secca
Passo das Carretas, tendo nesse trecho curvas quasi reversas e no kil 211, pela estação do Arroio do Só no kil. 233,497 e pela
das de menor raio na Estrada ; deixa a estação de Monte Ale- estação d-^ Çolonia no kil. 250,135. Entre os kils. 206 e 25Sdesse
gre no kil. 38.490 e attingindo ainda a barranca esq. do rio trecho a única elevação do traçado é quando este transpõe um
Jacuhy no kil. 50, chega á estação de João Rodrigues com o kil. contra-forte da coxilha que separa as aguas dos rios Vaccacahy
56.0Í1, afastada do rio por uma volta deste tendo cortado os e Vaccacahy-mirim, com a cota 86,946 o os arroios atravessados
arroios da Olaria e de João Roilrigues. ^'ence depois dous são o da Olaria, o da Restinga Secca, o Salso e o Arroio do-
grandes serros ou eminências em perfil accident;ido com rampas Só. Do kil. 258 em diante a linha-ferrea começa a subir pata
e contja-rampas de 1,8 % nas mais extensas da Estrada, sendn a vencer as divisas de aguas dos dous rios Vaccacahy junto á
cota 77,946 a mais elevada nesse ponto, e guardando certa dis- Serra de S. Martinho e sóbe até á cota 141,946 no kil. 260,000;
tancia do rio Jacuhy atravessa os arroios Diogo Trilho, com chega á cidade de Santa Maria da Bocca do Monte pelo lado do
uma ponte de 77 metros, da Rua Velha, do Ferrão e do Cnuto : norte no kil. 261,847, e com a cota 122,946 ficando do lado esq.
passii pela estação ds Couto no kil. 77,684 e chega á cidade do a cidade no alto da c .llina e do lado dir. a estação da E. deF.
Rio Pardo no kil. 81.185 edificada sobre a coxillia que fica de para Cruz .\lta e logo após o começo da serra do Pinhal. Tran-
permeio entre a E. de F. e rio Jacuhy. A estação de Rio Pardo spõe no kil. 264,860 o arroio do Passo da Areia, aff. da margem
acha-se na cota 30,106. Logo após a cidade a via-ferrea trans- esq. do Vaccacahy-grande, e depois um braço da coxilha do Pau-
põe o rio Pardo, de aguas médias de 90 metros e máximas de Fincado, o qu il separa as aguas desse urroio das do arroio dos
1820 metros de largura, sobre uma ponte situada no kil. 82,945 Ferreiros, sendo a cot mais alta 146,946, corta o arroio dos
i

com_115'",89 de comprimento, precedida de um viaduto de inun- Ferreiros e inicia a subida da coxilha do Pau-Fincado que faz.
dação, coniiguo, na margem esq. com 9i;"M0 de comprimento, parts da C^ixilha Grande, para que, deixanilo o valle do rio
e seguida de outro de 96^.20 de comprimento, logo depois de Jacuhy, vencida essa coxilha, ganhe « valle do rio Ibicuhy e
um aterro sobre o chamado arroio do Camargo. Encontra de-
r.
aguas do Uruguay. Sóbe com rampas de 1,8%; passa pela es»-
pois o arroio do Cabral, e cortando este deixa a Parada do tação de Bocca do Monte no kil. 275,104 com a cota 135,446 e
Gabrad no kil. 87.800 e afasta-se do rio Jacuhy para não acom- attinge no kil. 278 a cota 175,946, a mais elevada de todo o
panhíir a forte sinuosidade delle transijõe o arroio Vi,;ente traçai lo por ser essa a maior eminência vencitla pela estrada. Per-
;
Portuguez, vence a coxilha que separa as aguas dos arroios Vi- corre então a via-ferrea o valle da margem esq. do rio Ii)icuhy
cente Portiiguez e Saldanha, passa por este arroio e vence em
seguindo o rumo deste atravessa os banhados do Raio e Redondo,
;
seguidít já na extremidade, a alta coxilha que divide
,
as hacias approxima-se do rio Ibicuhy passando a dous kils. de distancia,,
dos nos Pardo e Botucarahy, subindo descendo em rampas
e de atravessa o banhado do Tigre e chega á estação do Rincão de-
POR - 285 — roR

S. Pedro com o kil. 305,924 com


a cota 117,046; corta os ba-
e pela indxistria pastoril, que é importante e quasi única em al-
nhadas do Pan Fincado de Santa Catharina e o arroio
e guns muns., como Caçapava, Encruzilhada, R.osario
S. Ga.briel,
S. Lucas, passa pela estação de S. Lucas no kil. 330, ponto do e Alegrete. A região missioneira ou serrana é ubérrima e
traçado inai-; próximo do rio Ibicuhy, e transpondo os arroios da produz herva-matte, fumo, oanna de assucar, café, chá, linho,
Sotéa, Ibicuhysinho, Inhacurutum, D. Paulinn, Corticeira e da algodã) e toda a espécie de cereaes. A importaçã> de^ta zona
Divisa, ails. do Ibicuhy, chega á estação de Umbú com o kil. é superior a 5. OOOiOOOS ea exportação, tem siiio nos últimos
353,405 e com a cota de lU0,'J4i). Segue ainda ^uardandn, como annos, de 500.0)0 arrobas de herva-matte, 12.000 arrobas de
até alii. a distancia de qnairo liils. mais ou menos, do rio Ibiculiy, fumo e de dezenas de milhares ile cabeça de gado exporta :

percorrendo a várzea da sua margem esq. junto ás fraldas das também para S. Paulo grande quantiilade de mulas. A. ci-
coxillias do Pau Fincado que separam aguas do Ibicuhy das dos dade de Cruz Alta é o ponto centnil d^ toda região, para ella
Vaccacahy-grande cota os arroios do Umbú, do Areal- Vei--
;
convergem todas as estradas que vão ter aos o atros muns. está ;

melho, do Gavião, D. Flora, Sobradinlro, Limeira, Pitangueira actualmente ligada á Santa Maria pela Estrada de Ferro Sud-
e Santa Victoria, ainda affs. da margem esq. do rio Ibicuhy e ; Oeste; neste mun. está situada a colónia de Ijuhy, com 6.500
deixa o valL deste rio transpondo a coxilha de Santa Victoria habs. e uma área de 44.5!)0 hectares de terras ubérrimas: a
ou do Cacequy com a cota 111,800, desce para o valIe do rio Ca- producção miuim foi em 1894 em 300:00')S- -'^ colónia Uru-
i

cequy, chegando á estacão de Cacequy com o kil. 374,418 e Cnm g lay, com 27!) habs. e 15.011 hectares de t;rras demarcadas,
a cota 93,046. Desde Taquary aié Cacequy a li ilia-lerrea per- e.stá situada no mun. de Santo Angelo. A c^ilonia Comandahy,
corre terrenos do campos de cria';ão pertencentes :i estancias e a no mun. da S. Luiz, tem 882 habs. e 31.283 hectares de terras
pequenos criadores, sendo e^ses campos, ora" ligeiramente ondu- demarcadas, t ndo jiroduzido em 1894 106:0L)0.J. A Cíilonia Ja-
lados, ora dob ados, afora lis varze is dos rios e as coxillias íjMiary, no mun. do Boqueirão, tem 7.972 habs. e 41.760 hectares
notadas, e cobertos de grammineas fracas e pobres e de vegetação de excellentes terras demarcadas ; a producção miniina em 1894
rasteira, ilhados, até Bocca do Monte, de capões com maUo? de foi de õ63;00DS. Esta colónia dista 41 kils. de Umbú. Todas
valor aquém do das mattas virgens e entrecortados também por estas colónias produzem fumo, canna e toda espécie decereaes.
fachas de niatlos idênticos bordando os rios, arroios e singas. Os muns. atravessados pela Estrada sã»' ricos pela industria
Em sua direcção geral, dtsde a e^t-ação inicial na margem do pastoril e pela agricultura. Cachoeira é importante pelo seu
Taquary até á coxillia do Pau Fincado, o traçado mantém-se commercio com a ex-coionia Santo Angelo, que tinha 14.895
com rumo mais ou menos idêntico ao rumo da Serra que atra- habs. em 1890, todos agricultores, produz vinho e tuia espécie
vessa o Estado de Este a Oeste, onde se contam colónias agrícolas de c?reaes o fabrico da banha para a exportação esli niaitj
;

como a de Santa Cruz e outras servidas pelas estações do Couto desenvolvido. No mesmo mun., junto á cidade da i o b.
' n-a, e
..

e de Besiga, a de Santo Angelo e outras servidas pelas estações na barranca de Jacuhy, está situado o important-^ e-tabfleci-
de Cachoeira, Jacuby e Estiva e a Silveira i\lartins e outras ser- mento denominado Paredão, que abat^ annualmente 4U.U00
vidas pelas estações do Arroio do Só e Colónia de Santa Maria, rezes, para o fibrico de xarqu^ tcarne secca) e conservas todo:

pontos estes em que o traçado se approxima miis da Serra. o movimento de exportação e importação é feito por esia Es-
Outras colónias são servidas, a de Toropy pela estação de São trada, á qual esiá lig.ulo por um ramal de 3.692 metros, |ierten-
Pedro e a de Jaguary pela estação de Umbú. Altitudes das centes á mesma Estrada. Santa Maria é o centro para onle
estações. convergem os productos serranos, tem commercio importante.
A colónia Silveira j\Iartins, que tinha em 1887, 6937 habs. e
39.710 hectares de t?rras ubérrimas demarcadas e producção
annual superior a 300 contos, pertence a es e mun. e está situada
Differença solire
Desiguaçao Altitndes a cota Ja es-
na Serra Geral no mesmo anno de 1887, importou 84 contos e
:

tação precodeiite exportou 46. O mun. de Santa Cruz, ex-colonia, é importante


pela uberdade de seu silo e pela importância de sua producção
e commercio, tendo exportado annualmente para mais de 12.0)0
Estação de Porto Alegre...: fardos de fumo. O seu movimento annual de importação e ex-
Estação de Taquary .-rT 21,946 portação é superior a 1.200 contos. A população deste mun.
Parada da Margem . . . 31,946 +10,000 em 1890 era de 15.576 habs. No mun. do Rio Pardo, fica a
Estação de Santo Aiiiaro^ 21,946 +10,000 colónia particular Rio Pardense, á margem esq. do rio Pardo ;
Estação de Monte Alegre 24,946 +• 3,000 produz fumo, canna, forragens, txla espécie de cereaes, e al-
Estação de João Rodrigues 24,745 — 0.200
godão 6 linho, que são empregados no fabrico de roupa pelos
Estação
Estação
do
do
Couto
Rio Pardo ,
37,607
30,108
+ I2;.S60
— 7,.-)00 próprios colonos. A colónia S. Feliciano pertence ao mun. de
Parada do Cabral 30,606 + 0,500 Encruzilhada, e é de partic dares, tem 2436 habs. e 11,737
Estação de Pe Jerneiras 31,006 + 0,400 —
hectares de t^^rras demarcadas a producção média é de 260
Estação de
Estação de
Bexigas
Cachoeira
33,006
79,0,S'6
+ .5,000
4-53,080
contos. Os muns. de S. Gabriel, Alegrete, Rosarin, S. Sepé e
Caçapava, são essencialmente criadores, importam lodos os gé-
Estação de Ferreira 41,326 —37,760
Estação de Jaouhy 40.916 — O,.380
neros necessários para o consumo, fazendas, ferragens, etc,
Estação de Estiva 48,246 •
7,300
e exportam gado, couros seccos, lãs, cabellos, ossos, etc. O
Parada da Restinga Secoa.j. 52,916 - i,700 mun. de S. Sepé exporta ouro, et.: o de Caçapava exporta
Estação do Arroio dõ Só 68,196 15,250 ouro, cobre, ferro, cal, e;c. Em
resumo, a zona servida pela
Estação de Colónia 86,326 •18,130 Estrada comprehende 20 muns., especialmente, inclusive oito
Estarão de Santa Maria 122, 9 i6 35,620 colónias com mais de 40.000 liibs., área superior a 200.000 he-
Estação de Bocca do Monte. 135,416 2,500 ctares e producção annual de mais de 200J c intos. — l^xtensão
Estação de Rincão de S. Pedro..
Estação de S. J^ucas
117,956
10.T,9Í6
n,500
12,000 da Estrada em Trafego —
A extensão total da linhi em Iralego
Estação de TJmbti 100,946 5,000 manteve-se durante o anno de 1895 a mesma do anno anl uior,
Estação de Cacequy......... 99,946 1,000 isto é, 378.410 kils. assim separados Linha principal desde
:

Taquary até Cacequy, 374.718; Ramal da Xarqueada do Pa-


redão, entroncamento no ki! 142.888 e a 4IS7 kiio. áquem
.

da estação de Cachoeira. 3692 total, 378 410. No uiez de maio


;

(Estas altitudes foram calculadas pela cota approximada de de 1893 deviam ter sido entregues ao traf-go, no ramal em
21^,946 em que foi avaliada a altitude da estação de Taquary construcção de Cacequy para Bagé, as estações de S. Gabriel (a
acima do nivel do max). Zona servida pela estr.ida A zona — 76 kils. de Cacequy), a de S. Seliastião (a 37 kils. de Bagé) e
servida p-^la estrada, abrange quasi toda a região missioneira no prolongamento em construcção de Cacequy para llruguayana,
e os muns. de Santo Amaro, Rio Pardo, Cachoeira e Santa a estação de Touro Passo (a 54 kils. de Uruguayana), conforme
Maria, atravessados pela estrada Santa Cruz, ao norte de Pv,io
; communicação do Sr. engenheiro cliele da construcção do pro-
Pardo S. Gabriel, Alegrete, Rosario, Caçapava, Encruzilhada
; longamento e ramal, Dr. José .\yrosa Galvão, em 'iflicio n. 85
e S. Sepé, ao sul da estrada. Na região missioneira estão de 1 de dezembro de 1892. Além da extensão da linha em
comprehendidos os muns. de Cruz Alta, Santo Angelo, Passo trafego acima indicada existem 6102 kils. de leito preparado
Fundi., Palmeira, S. Luiz, 8. Martinho, Boqueirão, S. Fran- para receber trilhos, logo após a estação de Cacequy, até ao
cisco de Assis e S. Vicente. Toda esta zona com 300,000 habs. hm da antiga 5^ Secção de construcção. correndo as despezas
(recenseamento de 1890), occupa uma superlicie, pouco mais ou de conservação desse trecho por conta desta Esli-ada em tra-
menos, de 103,0001t™% quasi toda utilisada pela agricultura e fego.
POR — 286 — POR

PORTO AMAZONAS. Estação da E. de F. do Paraná, no a do Manaya ao sul da primeira e as do Teixeira e Lino a


;

Estado deste nome, a 127 k.236 de Curityba. léste da Manaia. O agrimensor Rocha de Andrade em uma
'lescripção que fez sobre a povoação de Leopoldina afllrma que
PORTO BELLO. Villa do Estado de Santa Catharina, ex- ahi se encontra calcareo, do qual se tira cal virgem superior
parochia do mun. de Tijiicas. Drago Senhor Bom Jesus dos e preferível á cal do polypeiro, e o granito próprio para construr
AllUctos. Foi creada paroohia por Alvará de 18 de dezembro de cções civis e urbanas. Não se conhece, porém, nenhuma jazida
1824. Elevada á villa por Dec. de 13 de outubro de 1832 só foi
installada em 1833, pm virtude do Dec. de 22 de julho do mesmo
de metaes, com excepção do ferro em forma de pyrites. Em —
relação á industria, o mesmo atrazo que por todos os outros
anno. Ficou reduzida a simples freg. em consequência de ter muns. do Estado se nota, não obstante haverem por todos elles
o art. IV da Lei Prov n. 4G4 de 4 de abril de 1859 mandado
e particularmente neste, abundantes elementos e matéria prima
.

transferir a sede di villa para a de S. Sebastião de Tijucas.


para disputar o seu desenvolvimento. O commercio, tributário
então creada. Foi restaurada villa pela Lei n. 140 de 29 de da praça de Pernambuco, que lhe fica mais próxima, não tem
agosto de 1895. Agencia do correio, e csohs. pubis. Sobre attingido ao gráo d^. prosperidade e desenvolvimento que da
suas divisas vide: Lei Prov. n. 883 de 15 de março de 1880 e situação topographica da cidade, a mais septentrional do Estado,
Lei n. 245 de 20 de outubro de 18Ji3. E' banhada pelos rios Pe-
se devia esperar. Em todo caso contam-se alli, b?m como na
requè e Joaquim Rabello e limitada a E. pelo Oceano, a O. pov. da Leopoldina, alguns estabelecimentos de fazendas e mo-
pela ffeg. de Tijucas e ao S. pelo rio dos Botos.
lhados em regulare? condições de solidez e credito. Dotado—
PORTO BELLO. Porto no Estado de Santa Catharina, na pela natureza de um sólo feracissimo, verdejantes maltas e
bahia de Garoupas. E' perfeitamente abrigado dos ventos. « Com frescas várzeas, especialmente no valle do Manguaba; banhado
13 a 20 metros d'agua, diz Carlos Van-Lede, grandes frotas po- por numerosos e perennes riachos e nascentes d'agna que por
dem ancorar com toda segurança é assaz fundo e não tem o
:
toda a parte se encontram, a maior riqueza do mun. provém do
menor escolho, como observei com o Sr. Fontene, delegido da trabalho agrícola, principalmente do cultivo da canna de as-
sociedade commercial de Bruges, sondando-o e p3rcorrendo-o sucar, posto que da uberdade do sólo se pudesse tirar também
em todas as direcções.» grande producção do café, fumo, algodão, arroz, milho, feijão,
etc. A primeira, porém, d'estas culturas, a (canna) é a única
PORTO BOM. Pov. do EstadodeMinasGeraes.no mun. de
explorada pela grande propriedade. A criação de gado bovino
Cabo Verde.
e outros é limitadíssima, chegando apenas e mal ]);ira o abasteci-
PORTO CALVO. Antiga villa de Pernambuco, hoje cidade mfnto e constimo di localidade. —
São péssimas as estradas e
e mun. do Estado das Alagoas, séde da comarca do seu nome. caminhos vicinaes ladeiras Íngremes, barrancos, aloleiros, e
:

Assentada sobre o ponto mais elevado de uma collina cuja ba^e nem uma só ponte em qualquer dos nos ou riichos que tran-
é banhada de um lado pelas aguas do rio Manguaba, de cuja sbordam com as cheias no inverno e seriem de estorvo ao traa-
margnm esq. se ergue, e de outro lado pelas do riacho Com- síto. .1' distancia de 14 a 16 ieguas da cidade, e 7 d,i, pov. da
mandeituba e ainda pelas do Tapa Monde e Mocaitá, acha-se a Lopoldina passa a vía-ferrea Sul-Pernambu -o pela qu il se faz
cidade, cuja edificação e irregularidade das poucas ruas e communícação com a praça do Recife. Ha também a viação por
viellas que a compõem são attestado do máo gosto dos antigos barcaças e lanchas do porto da cidade com aquella praça e a de
na contrucção dos prédios que tinham de haljitar Apenas pou- Maceió; mas, ainda assim, este meio de communicaçân, que é o
cas casas existem de construcção mais aperfeiçoada e moderna, mais constante e permanente, eneontia em certos mezes («le ou-
havendo entre ellas dous fobrados bons, a matriz, a casa da tubro a maio) grande embaraço e diíliculdades nos 42 kils. de
Intendência, etc. As ruas são foriuosas e accideni adas pelos de- navegação fluvial até á foz do rio Manguaba, cuja superfície
clives e ondulações dosólo, e por falta do calçamento, muilo la- cobr.'-se da encheria vulgarmente conhecida pelo nome de baro-
macentas na estação das chuvas. —Nas proximidades dos rios ou neza, verdadeira praga, que de alguns annos a esta parte, alli.
brejaes, as evaporações paludosas que se manifestam na pas- se reproduz com espantosa rapidez e fecundidade, em prejuizoda
sagem da estação do inverno para o verão, dão logar ao appa- navegação, a qual só vem a ser des-mpedida durante o inverno^,,
recimento de febres intermi tentes ou biliosas, algumas vezes quando a força da corrente das aguas doces as levam de en-
de caracter pernicioso, sendo frequentes as coqueluches, asth- contro ás salgadas, a cujo contacto não resistem e morrem. Ha
mas. defluxos e rheumaiismos Em geral, porém, é dotado o
. tamliem na cidade uma estação da linha telegrapbica nacional,
mun. de boas condições de salubridade e ameno clima. Além que, luncciona desde 30 de setembro de 1876 e a põe_em commu-
da matriz e da Capella filial de S. Sebastião, na cidade, con- nicação com a capital e os demais Estados da União. —
Orago
tam -se A Capella de S. Caetano em Jacuhype, cuja edificação
:
N. S. da Apresentação e Diocese de Olinda. Notável por suá
data de 1098 ; a de N. S. do Carmo na Leopoldina ; a de antiguidade e por successos famosos, de q\ie foi theatro sangui-
N. S. do Livramento no Peripery e as de N. S. da Concição
; nolento durante a guerra e conquista dos batavos, que por
no engenho Crasto, S. Manoel na Cachoeira e Sagrada Família diversas vezes occuparam o território da nascente pov., sendo
no Genipapo. Na direcção approximada de NO. a SE., o mun. outras tanto rechassados delia pelo esforço, patriotismo e
é cortado pelo rio Manguaba, que nasce próximo á serra do bravura de nossos antepassados, foi também este logar um dos
Lino no dist. de Leop ildina, e depois de um percurso de 110 que primeiro foram habitados por co'onos portiiguczes t:'azidos a
kils. leva suas aguas ao Atlântico na latitude austral de 9» 10' Pernambuco p^los primeiros donatários da antiga Capitania.
e lon-it ide oriental de 7o 47' do meridiano do Rio de Janeiro. E' Posto intermediário onde estanciavam em suas jorna las de
navegável por canoas, barcaças e lanchas, já o tendo sido em exploração por terra os que de Pernambuco se encamiubavam
épocbas afastadas por embarcações de maior porte ; desde a para a região austral da Capitania em demanda das p<'vs da
foz até o porto da cidade, na distancia de 42 kils., até onde Aliigoa do Sul e do rio S. Francisco, fo'-am por aqui lixniido sua
chega a repreza das marés, e é alimentado em seu curso pelos residência alguns d'esses colonos o exploradores, cominiskmdo
riachos Manguabinha,Botijão,Tapa Mondé, Mocaitá. Cannavieiras palmo a palmo o território aos índios Potiguares qu ddlo ei^ain
>

e Ourives na margem direita; e pelos Bernardo Costa, Tipy- senhores, de modo que pelos últimos decennios do seculu .vVI
sinho, Tipy, Piabas, S. João dos Rios, Commandeituba e Gru- já Porto Calvo era um pequeno povoado, que foi angmentaudo
piíina na margem esquerda. O rio Jacuhype, a cuja margem dir. progressivamente durante os primeiros 20 a 30 annos do século
está situada a pov. do mesmo nome, e a de Leopoldina, limi- XVII. Passa, pois, como provável que o primeiro findador
trophes de Pernambuco, recebe pela margem esq. o riacho Tq,quára da pov. de Port Calvo fora Cristóvão Lins, neto de um
>

no trecho pertencente a Alagoas. O Japaratuha, que nasce no fidalgo italianj do mesmo nome e casado com D. .\dria de
engenhos. Francisco deste mun. e depois de breve cursi, entra Hollanda, o qual fumlnu ahi uma egreja c nsagrada ao c lio da
polo de Maragogy. Delle trataremos, quando passarmos á des- Santa Virgem e lov nt 'U seie engenhos do fazer assucar, ruleados
cripção desse ultimo município. O Piabussú, que mana das gru- p lotralnlh do numerosa escravatura. Aquella senliora, que
i

tas do engenh Agua Fria, 4 kils. a léste da cidade, desauua no


i

sempre corrrsp uideu ao espirit emprehendedor e activo dõ'


i

riacho tVloura, recelie o Larangeiras. e vai cahir no Grupiúna seu maridi), vivia ainda, segundo r^ zão as chronicas, no anno
adianto do língenho Crasto. E finalmente o Macaquinho que de 1047, contando de odade 110 e uma nuinerosissinia descen-
vem do engenho Cruzeiro do Sid e desagua no Mocaitá. Pro- dência. Em todas as épocas coube sempre a Porto Calvo papel
priamente ditas não ha serras no mun., poslo que se|a quasi muito importante e siliiuite nos diver-^os acont?cim -n tos sociaes
todo elle accidentado d montanhoso, e os montes mais elevados e políticos, quer da antiga Capitania, quer da ex-pr >vincia das
e notáveis, vulgarmente denominados serras, encomram-so Alagoas. Foi ahi que immortalisou-se D. .\ntonio Febppe
a NO, no dist. de Leopoldina e são: as serras de S. João e da Camarão por seu denodo e. bravura militar, ao mesmo t-rapo
Macuca, aquella á margem esq. e esta á dir. do rio Jacuhype; que se coroava com os louros de horoina D. Clara Camarão
POR — 21187 — POR

— Joanna d'Arc do BL'azil, filha do logar e esposa d'aquene, Pedras; e passando finalmente a ser galardoada com os foros
mulher de coração varonil, que, ou só ao lado de seu marido, de cidade por Decreto n. 10 de 10 de abril de 1890, promulgado
ou á frente de algumas senhoras, a quem tornara com seu pelo governador do Estado coronel Pedro Paulino da Fonseca.
exemplo bellicosas, achava-se sempre nos pontos mais arris- Dr. Thomaz Bomflm Espindola em s la Geograpliia Alagoana
cados do combate, obrando prodígios de valor e bravura em diz: «.Porto Calco, outr'ora /íom Successo. A' margem e^q. do
defeza da pátria e fortalecendo com a sua coragem e galhardia Manguaba, a 27 kilomeiros da foz, a poucas léguas d i Estrada
os qu^ por ventura fraqueassem na pugna. Si no século XVIl de ferro do Recife, circumdada de excellentes engenhDS de fa-
fez-se notável esta localidade pela parte que tomou na guerra bricar assucar, de bellas florestas, situada em um terreno fresco
com os hoUandezes, menos importante não íbi a que lhe coube e argilloso com limboas várzeas á margem de correu'OS pe-
desempenhar no século XVIII, durante o período da de^itruição rennes. Este povoado é um dos mais antigos da província e é
do celebre quilombo dos Palmares, pois era ahi o centro das fora de duvida que elle, Alagoas e S. Francisco (Penedo) foram
forças expedicio;;ariys contra os negros : e no ssculo actual elevados á villa em 23 de abril de 1836 Pela sua posição
tem-lhe egiialmente cabido figurar activamente, quer nos acon- topographica p;irecia destinado a ser o primeiro povoa lo do
tecimentos (la independência, na sedição de 1824, na guerra norte, e ate a sede de uma florescente cidade no entreianto ma-
:

dos cabanos de i83l a 1334 e ainda na revolução praieira de ravilha que não prospere quanto era de esperar e que de ha
Pernambuco em 1S48 e 1849. Na escuridão do passado acha-se muito se conserve estacionaria, cedendo a dianteira á villa do
occulti a data ein que este pov. teva o predicameii to de fi^egue- Passo de Camaragibe, cuja posição topographica é certameuts
zia, havendo apenas noticia, de que, conferindo el-rei de Por- inferior á sua! Contém um numero de logos um pou(;o inferior
tugal o posto de capitão e alcaide-mór de Porto Calvo, em ao da villa do Passo e poucos sobrados, uma boa matriz, que
remuneração de serviços e com obrigação de erigir ahi uma suppõe-se ter sido outr'ora arruinada pelos hoUandezes, depois
villa. ao dito Cristóvão Lins. emprehendeu este, pelos fins do reconstruída; uma Capella de S. Sebastião, uma casa da camará,
século XVI ou priiicipios do século XVII. a coastrucção da pertencente a municipalidade, com um salão para o jui-y e um
matriz a que então se chamava e,_:reja niva, cuja vasta bom archivo. . uma cadeia. . » E'eom. de
. . entrauL-ia clas-
circnmscripção parochial abrangi i todo território entre as sificada pelos Decs. ns. 1.079 de 4 de dezembro de t852 e 5.070
frrguezias de Serinliaem (Pernambuco) e a da villa da Mag- de 4 de setembro de 1872. Agencia do correio. Comprehende
dalena (Alagoas.) Pelo tempo da guerra hollandeza era vi- as seguín tes povs. Leopoldina, Jacuhype, Jundiá e Saut,'.\.nna.
:

gário de Porto Calvo o padre André Jorge Pinto. Em 1636 Nessa cidade, si não teve seu b?rço, teve se tumulo o intrépido
i

teve a graduação de villa, cora o titulo d' Bom Sucesso, Domingos Fernandes Calabar, que esteve ao serviço doí hol-
que em virtude de auctorisação régia que tinha, lhe foi ou- landezes desde 20 de abril de 1632 até 22 de julho de 1635.
torgada pelo 4'' donatário da Capitania, Duarte de Albu- Terminou o valoroso brazileíro enforcado, sendo sua cabeça e
quei-qiie Coelho, na mesma data (12 de abril) em que tam- seus quartos collocados no.; logares mais públicos. Quando a
bém foram levantadas em villa as povs. d^ Penedo e Alagoas. 26 de julho deste ultimo anno, o general hollandez Segisinundo
Em 1036, aos 12 de abril, estando de assistência nessa pov. entrou em Porto Calvo, lioou dolorosamente impressionado ao
o próprio donatário o governador da Capitania, Duarte de ver a cabeça de Calabar espetada num poste e seus membros
Albuquerque Coelho, na volta que havia feito da Alagôa do Sul, suspensos sobre estacas, e mandou ímmeiiatameD te recoltier os
(hoje cidade das Alagoas) em companhia do conde de Bagnuolo, restos mutilados de seu inditoso companheiro de glorias em um
conferiu-lhe a graduação de villa com o tiiulo de Bom Successo, caixão e o fez depositar na egreja da pov. Recorda essa cidade
denominação allegorica do memorável leito de armas e êxito ainda a batalha de 18 de fevereiro de 1637, em que tantj se dis-
feliz alcançado pelas forças que Mathias de Albuquerque, seu tinguiram os hoUandezes e os denodados Hem-ique Dias e D. An-
irmão, commandava em julho do anno precedente, quando foram tonio Philippe Camarão.
sitiados os hoUandezes, forçados a rende.-em-se e a entregarem o PORTO DA
BARRA. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
heróico Calabar acontecimento este, cuja memoria aquelle go-
:
no diat. de S. José da Bòa Morte.
vernador o donatário quiz ficasse perpetuadano titulo que para a
villa eS3olhera. Dos papeis e documentos públicos existentes nos
PORTO DA BOCAINA. Pov. do E-tado de Minas Geraes,
cartórios, veriflca-se que de tal denominação constantemente
dodist. da Pimenta E' o ponto terminal da navegação fluvial
usaram os nossos antepassados até 1830 e ainda em 1840. E' na E. de F. Oeste de Minas.
verdade que o nome actual teve-o a localidade desde o começo PORTO DA CAÇADA. Log. do Estado de Santa Catharina
de sua fundação; e nos mappas e plantas levantadas pelos hol- no mun. do Paraty, Desse lugar parte uma estrada que vai en-
landezes, durante o periodo que estiveram assenhoriados da conti^ar com a estrada geral de Santa Catharina.
capitania de Pernambuco, figura este logar algumas vezes com
o nome de Portum Calvum e outras de Portus Calvi, bem que
PORTO DA CAEIRA, Log. no dist. de Mostardas do Es-
tado do K. G. do Sul.
em algumas chi-onicas desse tempo se nos Qepare tamliem a de-
nominação topographica de pov. de Santo Antonio dos Quatro PORTO DA CANÔA. Log. do Estado das Alagòas, em Santa
Rios, piovavelmente allusiva á invocação que tivesse a primeira Iphigenia.
Capella que alli existiu, antes da matriz construída por Chris- PORTO DA CHAPADA. Pov. fundada em 181Lá margem
tovam Lins, e ao facto de acliar-se o local circumdado por do rio no Estado do Maranhão. Foi destvnida em
Grajahú,
quatro fluentes manancíaes de agua doce. O termi da villa e 1814 pelos Índios Timbiras Piocobjés, morrendo queimadas 38
mun. de Porto Calva abrangni. por dilatados annos, lodo o ter- pessoas, que elles apanharam desapercebidas dentro das casas, a
ritório, não só do actual mun. como os de Camaragíb^, Porto que barbaramente lançaram fogo, tendo já antes assassinado
Pedras, Maragogy e parte do de S. Luiz do Quitunde. Tamanha Manoel José de Assumpção, homem valente que, com 40 paisa-
circumscrípção municipal foi, porém, se restríngiudo, em pri- nos, intentou oppor-se ás suas tleprodações. Annos depois pre-
meiro logar com a creação da villa e mun. de Porto de Pedras tendeu-se, com um destacamenl de tropa de linha, fundar so-
)

por Alvará Régio de 5 de dezMnbro de 1815 depois com a crea-


;
bre as ruínas da primeira uma neva jiovoação com o nome de
ção di villa emun. de Camaragibe pela Lei Prov. u. 197 d.e 28 S. Paulo do Xorte, que foi desamparada pelo terror incutido
de junho de 1858 e finalmente pela Resolução n. 631 de 24 de
; pelos índios, o que deu logar a ser para alli enviado Fran-
abril de 1875 que erigiu em villa, com a deniminaçao de Izabel, cisco José Pinto de Magalhães com 40 soldados e fundar o pre-
a pov. do Gamella, a qual passou depois a cliamar-se villa de sidio Leo])oldina. Comquanto conseguisse elle relaciona --se com
Maragogy por disposição da Lei n. 733 de 3 de julho de 1876. os Píocobgés, dentro de r^nno e meio, estes, quebrando a paz.
Com o regimen e divisão judiciaria que vigorou até 1833, era ostentaram tanta ferocidade, que forçoso Ibi abandonar o pre-
PorloCafvo sujeito á Ouvidoria Geral de Alagòas. única co- sidio, êscapando Pinto com 18 homens. Fi ainuuilc, novas ban-
marca então existente na prov subdividida na-; onz> viUas aié deiras, mais felizes que as anteriores, ecnuc^-ui ani fund r a i

então exisl^'ntes, cada uma das qnaes com su.i justiça ordinária. 1
ovoação da Chapada, hoje cidade, e pr^ximamc ile a da Barra
Promul^'ado o código do processo criminal e sendo o território do Corda. (Cruz Machado. Rei. 1856).
da prov. dividido em quatro comarcas, passou a villa de Porto PORTO DA COLÓNIA. Bairro do mun. de Canauéa do
CaUo á. sujeição da comarca de Maceió, que então abrangia todo Estado de Paulo
S. cjiu duas eschs. i)ubls
;
creadas pela Lei
;

norte da pi'ov., da qual se desmeinlirou pela Lei Prov. n. 197


11. 101 de 21 lie setembro de 1892.
de 23 de junho de 1852, que lhe conferiu a graduação judiciaria
de comarca,, send como tal installada aos 20 de abril de 1353
)
PORTO DA CONCEIÇÃO. Log. do Estado do Rio de Ja-
pelo seu l» juiz de direito o Dr. Luiz de .Vssis Mascarenhas, neiro, na IVe-T. de (Jiuitis e mun. da Barra Mansa, com o.sch.
com j urisdicção nos termos reunidos de Porto Calvo e Porto de .Viíenciado correio, creada por Portaria de 1() de agosto de 1887.
, .

POR — 283 — POR

PORTO DA ESPINHA. Log. do Estado de Minas Geraes, PORTO DA OLARIA. Lig. do min. da Capital do Es-
no uiun. de Uberaba. tado do FMauhy.
PORTO DA FARINHA. Pov. do Estado de Sergipe, no PORTO DA OLARIA. Porto em ura braço do rio Iriry,
termo da Estancia, á margem do rio Fundo. E' centro agrícola no mun. de Magé do Estado do Rio de Janeiro.
e de ciiação de gado. PORTO DA OLARIA. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
PORTO DA FIGUEIRA. Log. do Estado de Minas Ger.ies, no rio Guapy, mun. de Magé e Estado do Rio de Janeiro.
no fio Doce. E' ligado por uma et rada á cidad':" de Suassiihy, PORTO DA PIEDADE. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
projeclando-se imia outra que o ligue com o disb. do Patr.)-
á beira da bahia do Rio de Janeiro, no mun de Magé ; com wma.
cinii-i do muii. de S. Miguel dos Guanliães. Foi elevado á dist.
esch. publ. de instr. primai-ia. Vide Piedade.
com a denominação de Baguary pela Lei Prov. n. 3.077 de 6
de novembro de 1882 e á de parocliia com a denominação de PORTO DA POLÓNIA. Log. do Estado de Minas Geraes,
Figueira pela de n. 3.198 de 23 de setembro de 1884. Vide sobro o rio Pomba.
Figueira PORTO DA PONTE. Log. do Eslado do Rio de Janeiro, no
PORTO DA FOLHA. Cidade e mun. do Estado de Ser- mun. de S. Gonçalo; com duas eschs. publs. de ínstr. prim.
gipe, sede da com. do Garará, á margem dir. do rio S. Fran- e uma capella dj S. João á beíra-mar.
cisc >.Orago. N. S. da Conceição e diocese archiepiscopal de PORTO DA PRAINHA. Estação á margem do rio Mogy-
S. S-alvador. Foi creada parochia pelo Dec. de 16 de agosto de
guas^ú, no Eílado de S. Paulo. A Portaria de 14 de setembro
1832 e villa com a denominação de S. Pedro do Porto da Folha
de 1885 creou ahi uma agencia do c.rreío.
por Lei Prov. de 19 de fevereiro de 1835. Transferida sua sede
para a pov do Buraco do mesmo raun., com a denominação de PORTO DA REPARTIÇÃO. Log. na com. do Brejo do
villa de N. S. da Conceição do Porto da Folha, pela Lei Prov. Estado do Maranhão, com uma esch. publica.
de 23 de fevereiro de 1836; transferida para o logar em que se PORTO DA RIBEIRA. Bairr ) no mun. de Iguapé do Es-
achava a sede da villa psla d; n 60 de 19 de fevereiro de 1S41
.
;
tado de S. Pa'ilo; cora uma
esch. publ. de instr. prim. e nma
transferida para Curral de Pedras pela de n. 478 de 28 demarco capella da invocação de S. João.
de 1^57, disposição esta que foi revogada pela de n. 664 de li de
maio de 1864. Removida para a Ilha do Ouro pela do n. 841 de POBTO DA RUA. Pov. na costa do Estado das llagòas,
3 de março de 1870, disposição esta que egualmente foi rev.ig.ida próximo á foz do riacho Tatuamunlia e da ponta Taturé.
pela de n. 1.153 de 28 de abril de 1880, queno ajt. 2" transferiu a PORTO DA SALINA. Pov. do Estado do Espirito Santo,
séde da parochia, que passou ater a invocação de N. S. da no mun. de Anchieta; com uma esch. publ. de instr. isrim.
Conceição. O mun. é regado pelos rios S. Francisco, Gararú, creada pela Lei Prov. n. 26 de 29 de outubro de 1873.
Porteiras e diversos outros. Comprehende os povs. denominad is:
Ilha do Ouro, Belmon.e, Curituba, Canindé, Olinda, Ourrali- PORTO DAS ALMAS. Outeiro no termo de Larangeiras
nho, Mociimbo, S. Pedro, Araticum, Poço i<.edondo. Sua pip., do Estado de Sergipe.
pela maior parte, composta de Índios, ou de descendentes destes,
ooca]ia-se na lavoura, na caça e na pesca. Agencia do correio.
PORTO DAS ARGOLAS. Log. do Estado do E. Santo, no
mun . da Capital.
Sobre suas divisas vi'le, entr.^ outra-^, a Lei Prov. n. i88 de 13
de julho de 1847. A cuJade teve origem em uma fazenda de criar PORTO DAS CAIXAS. Dist. do Estado do Rio de Janeiro,
gado, denominada Buraco, razão por que ha q'iem ainda a de- no mun. de Itaborahy, banhado pelo rio Macacú. Orago N. S.
nomine hoje villa do Buraco. A Lei n. 82 de 13 de out ibro de da Conceição e diocese de Nyterõi. Foi creado parochia pelo
1891 transferiu asédedacom. de Gararú para Porto da Fulha. art. I da Lei Pi-ov. n, 912 de 30 de outubro de 1856 Tem duas
Foi elevada á cidade p?la Lei n. 195 de 11 de novembro de 1896. eschs. publs. de inst. prim. Agencia do correio. E' atravessado
pela E. de F. de Cantagallo, que ahi tem uma estação, si uada
PORTO DA FOLHA. Lagoa do Estado de Sergipe, no mun. entre as de Itamby e Sarabahitiba. Dahi parte um ramal férreo
de s^u nome. para a villa do Bio Bonito.
PORTO DA FORMIGA. Log. do Estado de Minas Geraes, PORTO DAS FLORES. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
sobre o rio Tanque, no dist. do Carmo e mun. deltabíra. no mun. de Santa Thereza, á margem do rio das Flores, ligada
PORTO DA FORMOSA. Log. do Estado do Maranhão, á a Santa Thereza de Valença por uma E. de Ferro, que parte da
margem do Parnahylia, 3 kils.abaixo da barra do Santo estação do Commercio, e cuja 1^ secção foi inaugurada a 14 de
Eugénio. setembro de 1882. Agencia do correio. Tem duas eschs. pu-
blicas.
PORTO DA ILHA. Na cidade de Mos^oró, Estado do Rio
Grande do Norti. Do porto Branca s>gue uma camboa
xVreia PORTO DAS FLORES. Dist. do termo de Juiz de F.ua, no
navr gavel até o Ingar —
Porto da Ilha —
que demora 6 kils. da Estado de Minas Ger^^es. Foi creado pelo Dec. n. 64 de 12 de
cídad'í. Pequenas embarcaçõ-s vão constantemente a esse porto maio de 1890. Tem 1272 habitantes.
descarregar e. tomar carr gamentos, cora muita faciiiilade. E'
consid 'ravel o movimento diário entre a ilha e a cidade. A Lei
PORTO DAS MALEITAS. Log. do Estado de S. Paulo,
Prov, n. 6í0 de 6 de agosto de 1873, autorísou o Presidente da
sobre o rio Pardo, que ahi tem uma ponte, entre S. Simão e
Batataes.
província a contractar uma estrada de rodagem desse porto até
á cidade, mediante concessão de privilegio por trinta ajmos. PORTO DAS OSTRAS. Log. do Estado das Alagòas, em
Porto de Pedras.
PORTO DA LARANGEIRA. Log. do mun. de Magé e Es-
tado do Rio de Janeiro. PORTO DAS PEDRAS. Log. no mun. de Icatú do Estado
do Maranhão.
PORTO DA LENHA. Log. no distr. da Penha do Estado
da Bahia. PORTO DAS PEDRAS. Pov. do Estado. da Bahia, á mar-
gem dir. do rio Francisco, abaixo de Joazeiro (Halfeld).
PORTO DA MADAMA. Log, do Estado do tlio de Janeiro,
.S.

no mun. de S. Gonçalo: com uma estação da E. de F. de PORTO DAS PEDRAS. Log. no dist. da Villa Nova de
Cant:igall), distante 5k3'j0 de Nyterõi. Sant'Anna, mun. da Laguna e Estado de Santa Catharina.
PORTO DA MADAMA (Ramal férreo do.) No Estado do A Lei Prov. n. 50 de 16 de juíiho de 1836 tranferiu para ahi a
séde daquelle dist.; essa disposição, porém, foi revogada pela
Rio de Jaii°iro. Tem a r-xl^nsão de tres kí's.; parte da estação
Paulo L"r.>nx im kil. 5x100 da E. de P. Cantagallo e vai ter- Lei Prov. n. 329 de 6 de maio de 1851.
minar no l'(irlii ^Madamá. Serve exclusivamente para ex- PORTO DAS REDES. Pov. do Estado de Sergipe, no termo
portação d.' c:irga:5 o produclos da pequena lavoura pelo Porto de Maruim, c m
duas eschs. publs. de inst. prini tendo sido .

da M adam a. a do sexo l'.;rainino creada pela Lei Prov. n, 1.0')4 de 12 de


abril de 1875. Tem a capella de N. S. dos Navega'ites e um
PORTO DA MAGDALENA. Log. do Estado do Rio de Ja-
bem montado traiúche. Ma um braço do Cotingiiiba que vai a
neiro, no dist. de S. Gonçalo,
e?se porto, onde forma uma bacia finda, com bom ancoradouro,
PORTO DA MATALOTAGEM. Pov. do Estado da Bahia, onde outr'ora clu-gavam os navios, quando ahi fiinccionava a
no mun. de Chique-Chique alfandega. Nessa bacia entraro os rios Sergipe e Ganbamoroba.'
39.07
.

POR — 289 — POR

PORTO DAS VACO AS. Log. do Estado das Alagoas, em a do sexo feminino creada pela Lei Prov. n. 2.065 de 17 de
S. Miguel dos Campos e em Alagoas. dezembro de 1874. Agencia do correio. Ccomprehende o pov.
Jacaré banhado pelo rio do mesmo nome. Sobre suas divisas
PORTO DA TELHA. Pov. no mun. do Porto da Folha do vide, entre outras, a Lei Prov. n. 2.585 de 3 de jineiro de 1880,
Estado de Sergipe. a de n. 2975 de 7 de outubro de 1S82 (art. III).
PORTO DA TELHA. Pov. no mun. de Itaparica do Estado PORTO DE IGUAPÉ A ITÚ. E. de F. do Estado de
.da Bahia ; com uma esch. publ. creada pela Lei Prov. n. 2.697
S. Paulo. A
Lei Prov. n. 8 de 1 de março de 18S3 decretou
de 24 de julho de 1889. o ssguínte An. l.° Fica o governo da província autorísado a
:

PORTO DA UNIÃO. Log. do Estado do Paraná, no mun. conceder ao commendador José Vergueiro, ou a quem melho-
de Palmas; com duas eschs. publs. de inst. prim.. creadas res vantagens oflerecer, privilegio exclusivo por noventa annos,
pelas Leis Provs. n. 577 de 8 de abril de 1880 e art. 1 § III da para, por si ou companhia que or?anisar, construir, custear
de n. 450 de 6 de abril de 1876. e gozar de uma estrada de ferro da biiola que for mais con-
veniente e Iracção a vupor, que, partindo do pori de Iguapé,
PORTO DA VALLA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
tenha por objectivo a cidade de Itú, resalvados os direitos de
i

dist. de S. José da Boa Morte.


zona privilegiada da Sorocabana, nos pontos em que for cor-
PORTO DA VILLA. Log. do Estado de Santa Catharina, tada. Art. 2.0 A estrada partirá da margem esquerda do
no mun. do Tubarão. rio da Ribeira, seguindo por ella e pela dos rios Juquiá-
Guassú e Assunguy, galgando o alto da Serra Negra Para-
PORTO OA VILLA. Porto na lagôa Mirim, 6"^,600 distante napiacaba ), e proseguirá de modo a interessar os municípios
(

de Santa Victoria do Palmar no Estado do R. G. do Sul. Há


;
do Pilar, Sarapuhy, Piedade, Una, S. Roque, Araoariguama,
entrada:) embarcações de pequeno calado em aguas médias, as
Parnahyba, Pirapora e Gabreuva, até ao ponto terminal.
quaes o demandam annualmente em numero superior a 100.
Art. 3.^ A província não garantirá juro algum sobre o ca-
Resente-se de um pharolete.. Denominava-se antigamente
pital empregado, nem tomará a si qualquer ónus pecuniário,
Sacco do Felizardo.
mas intervirá para que a empreza obtenha do g averno impe-
PORTO DE ARÊA. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. rial isenção de direitos jjara o material importado para o
do Parahyba. serviço da linha, e concessão de terras devolutas que houver
PORTO DE BELÉM. Log. do Estado do Maranhão. Foi na zona da estrada. Art. 4." A empreza ficará obrigada a
ahi, ha tempos, creada uma
directoria parcial de índios, na promover o melhoi-amento do porto de Iguapé, adaptando-o á
margem dir. do rio Itapecurú, e para onde deveriam ser cha- navegação de longo curso, aperfeiçoando o canal que une o
mados os Índios das aidêas que demoravam na barra do rio rio da Ribeira ao chamado —
Mar Pequeno —
e Barra do Ica-

Corrents. para. Art. 5." IIo contracto que for celebrado entre o governo
e a empreza serão guardadas todas as mais clausulas que
PORTO DE BURITYS DA ESTRADA. Log. do Estado forem necessárias para perfeita garantia, tanto do governo,
Pompeu e mun. de Pítanguy.
de Minas Geraes, no dist. do como da empreza e dos dii-eitos adquiridos. Art. 6." O go-
PORTO DE CIMA. Villa e mun. do Estado do Paraná, na verno marcará prazos razoáveis para organisação da empreza,
com. de Antonina, no planalto do Estado, á margem dir. do apresentação das plantas, começo e conclusão dos trabalhos,
e, uma vez marcados, só poderão ser es])açados por mais metade
rio Nlnindiaquara. Orapo S. Sebastião e diocese de Curityba.
Foi creada parochia do mun. de Morretes pelo art. I da Lei do tempo, improrogavelmente, por justa causa, cabalmente pro-
Prov. n. 32 de 7 de abril de 1855. Elevada á categoria de vílla vada, sob pena de caducidade da autorisação, privilegio e
pelo art. I da de n. 294 de 7 de março de 1872 e ínstalladaem contracto. Art. 7.» Si findos tres annos, a contar da data
8 de janeiro de 1873. Tem eschs. publs. de inst. prim., uma desta lei, não tiver o governo feito o contracto por ella autori-
das quaes creada pela Lei Prov. n. 141 de 20 de abril de 1866. sado, caducará o privilegio concedido. Art. 8." Revogadas as
disposições em contrario. Foi celebrado o contracto a 8 de maio
Dista cerca de seis kils. de Morretes e 60 da capital. Agencia
do correio. Lavoura de canna, arroz, mandioca e café. de 1883.

PORTO DE CIMA. Salto no rio Tibagy e Estado do Paraná,


PORTO DE JOÃO FERREIRA. Bairro de Pinheiros, no
Estado de S. Paulo com uma esch. publ. de inst. primaria.
;
9,9 kils. antes de chegar á sede da freg. do Jatahy. (Inf. loc).
PORTO DE MARTIM AFFONSO. Era assim outr'ora
PORTO DE D. MANOEL. Aldeamento situado á margem denominada a Praia da Saudade, situada no DisLricto Fede-
do ribeirão do Capim, no mun. de Suassuhy, a 10 kils., em ral. Varnhagen, em uma nota da secção XIX, da Historia
rimio recto, do rio Doce e a igual distancia do Suassuhy Geral do Brazil, apresenta as razões que tem para suppòr que
Grande no Estado de Minas Geraes. Em 1884 o numero de
:
foi nessa praia o logar em que Estácio de Sá fundou a Villa
índios aldeados subia a 241. Tem esch. de inst. prim. Cul- Ve/ha.
tura de milho, arroz, canna de assucar, mandioca e outros ce-
reaes e legumes.
PORTO DE MORRETES. (N. S. do) Parochia do mun.
de Morretes, no Estado do Paraná. Vide Morretes.
PORTO DE GALLINHAS. Pov. no mun. de Ipojuca do PORTO DE MOZ. Cidade e mun. do Estado do Pará, na
Estado de Pernambuco. com. do seu nome. Orago S. Braz e diocese de, Belém. E' a
PORTO DE GUANHÃES. Dist. do Estado de Minas Geraes, principal pov. do Xingu, e a única que não tem retrogradado.
no mun. da Conceição, junto ao rio Guanhaes, e a 22 kils. CoUocada no fundo de uma extensa enseada, em terreno plano
ao NE. de S. Domingos do Rio do Peixe. O terreno que se e enxuto, notável ainda pela sua salubridade, a feliz situação
estende entre essas duas localidades fórma um grande valle de dessa cidade, quasi defronte dos furos do Uruciry-caia e Aqui-
excellentes terras de cultura, fechado por uma longa serie qui. a tem constituído ponto obrigado de escala dos vajiores, que
de coUinas, que se tornam cada vez mais elevadas á medida navegam o Amazonas. A cidad^ é bastante populosa durante o
que se approxima do rio. e na entrada do povoado estreita- liiaverno; algumas de suas casas são de mui bna ooust.rucção,
se consideravelmente, formando uma garganta que dá passa- suas ruas são mais ou menos alinhadas, e, em alguns loi;ares, ha
gem ao ribeirão do Trigo. « Penso, diz o engenheiro C. Sena, calçadas. De Porto de Moz para cima até grande distancia, o rio
que a conservação deste arraial será diflicilima ; os grandes Xingú corre em linha recta, vendo-se ao N. e ao S. o horisonte
corrimentos de terra, aliás tão frequentes, cedo ou tarde tra- como no mar. O Dr. Pedro Vicente de Azevedo, no seu, tantas
rão sua rui na. Todas as casas se acham ediíicadas na fralda vezes citado, Relatório de 1875, diz: —« Foi Porto de Moz, desde
de um outeiro, formado por uma camada de 8™ a ÍO"^ de o principio da colonisação do Pará, uniaaldeia de Tuinnambás
terra vegetal, proveniente de rochas subjacentes. Os elementos que linha o nome de MaViíriá. Os hullandezes eslabeleceram-se
feldpsathicos, decompondo-se mais facilmente q\ie as micas por alguns mezes naquelle pnulo que domina o Xingii mas os;

dão origem ás camadas de argilla entre a rocha em via de portuguezes, auxiliados pelos índios, que levaram do Pará e
decomposição e a. terra vegetal, que, graças a seu grande peso logares intermédios, os surprehenderam, de modo que logo seus
e á inclinação do terreno, deslísa sobre ellas com grande inimigos abandonaram o logar. Os padres capuchos da Piedade
facilidade, estando já em estado de immínenie ruína uma estabeleceram alli uma missão que conservaram e auguientaram
parte do povoado. » Oraso N. Senhora e diocese de Diaman- durante 40 annos com grande utilidade, até que em virtude da
tina. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 778 de 30 de uma ordem regia, foi ella, como todas as missões do Pará, en-
maio de 1856. Tem 2 eschs. publs. de inst. prim., tendo sido tregue á administração dos jesuítas. Em 1757, estes jesuítas, em
DICC> GEOG» 3"

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vista de seus actos desregrados, foram expulsos d'essa aldeia, prosperar como sua visínha, e ainda hoje não passa de um ag-
que foi erecta em villa cum o aome de Porio de Moz. Sua ])op. gregado de casas, a maior parte coberta de palhas, e quasi todas
varia, conforme as estação, de 30 a 40 pessoas durante o verão e ellas pequenas, baixas, mal construídas, ou arruinadas as mais
400 até 30 durante o inverno. O mun. contém 3721 moradores.
' antigas. Por Alvará régio de 5 de dezembro de 1815 foi erecta
Esta cidade está situada á margem direita do Xingii, sobre um em Villa, abrangendo então o respectivo termo e circumscripção
aterro que esle rio formou ao longo da margem. Airás ou a E. municipal todo o território contido entre a margem dir. do rio
deste aterro natural as aguas ))luviaes e do rio ficam estagnadas e Manguaba por onde se extremava com o mun. ae Porto Calvo,
produzem febres intermiltantes em certo periodo do anno: seria e a margem esq. do rio Santo .'Vntonio Grande, que lhe ficou
de grande interesse humanitário rasgar-se um on dous legares servindo de limite com o de Maceió, creado também pelo citado
nesse aterro para dar prompto escoamento ás aguas. A agricul- Alvará. Na ordem judiciaria era a esse tempo sujeito o mun. á
tura está exti neta no município delta villa e a única industria com. de Al.agòas, única existente em toda o Estado até 1833,
dos habitantes é o fabrico di borraclia. Os gMip.ros alimen- quando por deliberação do Conselho do Governo, senlo creadas
ticios são os dos importados da Capital. Bem que durante o ve- as de Penado, Atalaia e Maceió, passou a pertencer a esta ul-
rão a villa liqutf quasi deserta, esporia-se grande q\iantidade de tima, até que pela Lei Prov. n. 197 de 28 de junho de 1852 foi
borracha, produzida nas ilhas do Xingu e nas marg.ns dos rios creada a com. de Porto Calvo com o termo do mesmo nome e a
vizinhoá. Os meios de transporte são uS vaporei que tocam nesse de Porto de Pedras, do qual foi então desmembrado parte do
porto e as canoas que para e.Ie transportam a borracha para ser território para forir.ar o da Villa do Passo do Cimaragibe,
exportada. A cidade não tem de edilicios pnblicos sinão a creado por esta mesma Lei. Pela Res. n. 17 de 28 de abril de
matriz. A cadêa está em ruinas e a caca do camará precisa de 1835 deu-se-lhe também o predicamento de freg., cuja séde a
promptos reparos. O estado sanitário, tem sido bem pouco satis- Res. 11. 417 de 9 de junho de 1864 (art. V) transferio para a
factorio, desde o começo do anno de 1873, por causa das f bres Capella de N. S. Mãi do Povo na pov. de S- iMíguel dos Mi-
intermittenies e paludosas» — .Era com. de primeira entr., lagres, donde voltou de novo para Porto de Pedras em vir-
creada pela Lei Prov. 1.065 de 2.5 de junho de íSSl é cLissiflcada tude da Res. n. 509 de 19 de dezembro de 1868. Naquelle
pelo Decreto n. 8.762 rie 18 de novembro de 1882. Em
1883, com- mesmo anno de 1864 perdeu a pov. de Porto de Pedras os
prehendia os termos de seu nome e de .Souzel. O mun. , além da fóros de villa, que foi supprimida por Lei n. 438 de 4 de julho,
parochia da cidade, comprehendia mais em 1883, as de S. João passando o seu território a fazer parte do termo de Camara-
Baptista de Veiros, S. João Baptista do Pombal, e Bòa Vista. Como gibe, conseguindo, porém, a restauração e a nova posse de
Termo pertenceu ácom. de Macapá, da qual foi desmembrado suas regalias municipaes por dísijosição da Lei n; 505 de 26
eincorporado á de Gurupá pela Lei Prov. n. i'8S a 18 de se- de novembro de 1868. —Dotado de um sólo fecundo e produ-
tembro de 1836. Sobre suas divisas Lei Prov n. 147 de
vide: ctivo, especialmente para a cultura da canna de assucar,
24 de outubro de 1818 ; n. 320 de 25 de setembro de 1858 art. I
: para cujo fabrico contam-se no mun. bons engenho?, é esta a
da de n. 830 de 5 de abril de 1875 n. 855 de 28 de marco de
; fonte de sua maior producção e riqueza, havendo também no
1876; art. IV da de n. 886 de 18 de abril de 1877. Ahi tocam littoral ao longo da praia denso coqueiral de que os respectivos
os vapore.-! da linha de Belém a Manáos. Tem agencia do correio proprietários tiram avultadas colheitas e lucros, exportando còcos
Foi eltn'ada á categoria de cidade pelo Dec. n, 218 de 19 de em grande quantidade para o mercado de Pernambuco, Além —
novembro de 1890. do rio Manguaba é o mun. banhado pelo rio Tatuamunha.
PORTO DE PALHA. Log do Estado de Pernambuco, no Tem duas eschs. pubs. de instr. prim. e agencia do correio. Com-
mun. da Boa Vista. prehende a pov. de S. Miguel dos Milagres e Tatuamunha.

PORTO DE PEDRAS. mun. do Estado das Alagoas^


Villa e
PORTO DE PIUVA. Log. do Estado de Matto Grosso, á
margem do rio Cabaçal, no mun. de Caceres.
termo da com. de Porto Calvo, á margem ilir. do rio Manguaba,

junto á foz do mesmo rio, estreitamente comprimida entre o PORTO DE SANTA CRUZ. Pov. do Estado da Bahia, no
mar e uma encosta de pedra, que deu-lhe o nome. Orago N. S. termo do Campestre.
da Gloria e diocese de Olinda. Parti integrante do território de PORTO DE SANTA MARIA DA VICTORIA. Villa e
Porto Calvo durante o largo periodo colonial, ligada áquella mun. do Estado da Bahia, na com. de Correntina, á margem do
pov., depois villa e hoje cidade, não só pela visinhança e pro- rio Corrente. Orago X. S. da Gloria e diocese archiepiscopal de
ximidade, mas também pela reciprocidade de interesses, homo- S. Salvador. Com o nome de Rio das Éguas foi elevada á cate-
geneidade de usos e costumes, a historia desse mun. prende-se goria de villa pela Lei Prov. n. 973 de 15 de maio de 1866, sendo
intimamente á de Porto Calvo, em cujos acontecimentos sempre installada em 13 de maio de 1867. Incorporada á com. de Cari-
tomou parte, cabendo-lhe o quinhão correspondente não só dos nhanha pelo art. II § V da de n. 1.311 de 28 de maio de 1873.
soflrimen tos como das glorias em todos os feitos e movimentos Em virtude da Lei Prov. n. 1.960 de 8 de junho de 1830 foi a
que tiveram por theatro esta parte das Alagoas. Durante a séde da parochia e villa do Rio das Éguas transferida jiara o
guerra, invasão e domínio dos hoUandezes, até á sua expulsão, arraial do Porto de Santa f.íaria da Victoria, que foi elevado a
pagaram os filhos e habs. desta loralidade o tributo de sangue villa. Tem 26.835 habs., duas egrejas, a matriz e a do Senhor
e valor patriótico a que naturalmente estavam sujeitos como jMenino Deus ; eschs. publs. de instr. prim., duas das quaes
visinhos, pois que pela barra e pelo porto da pov. passavam ou creadas pelas Leis Provs. ns. 1.383 e 1.404 de 4 de maio de 1874.
ancoravam as embarcações do inimigo ou as nossas, que do O mun. além da parochia da villa, comprehende mais a de
Recife conduziam mantimentus e munições de guerra para S. Cionçalo dos Brejos, esta ultima creada pela Lei Prov. n. 2.361
Porto Calvo. Dis devastações e atrocidades qtie o inimigo bár- de 1 de ago.sto de 1882. Agencia do correio. A Lei Prov.
baro lazia em nossas povs., por onde tinha de passar, não podia, n. 2.558 de 14 de maio de 1886 mudou a séde da villa do Porto
liois, ficar isenta esta pov., situada no lilfcoral á porta da en- de Santa Maria da Victoria para a pov. do Rio das Éguas: essa
trada de Porto Calvo pela via marítima. Quando, a 14 de maio disposição, porém, foi revogada pela Lei n. 2.579 de 4 de maio
de 1633, os hollandezes, guiados por Domingos Fernandes Ca- de 1888 O Acto de 3 de agosto de 1892 incorporou-a á com. de
labar, entraram pela barra de Porto ile Pedras com seis navios Correnlina. Em 1893 recebemos do Sr. J. J. C. Athayde a se-
e oito barcaças e queimaram tres embarcações portuguezas que guinte informação: « A villa do Porto de Santa Maria da Vi-
nas aguas do rio se achavam, invadiram a pov. que fm destruída ctoria, situada á margem esq. do rio Corrente, 120 kils. acima
pelo saque e pelo fo.no, degollarara diversos de seus habs., que de sua foz. edificada sobre um terreno ligeiramente accidentado,
pela fuga não puderam escapar-lhes das mãos, e conduziram com pequenas depressões, onde em epocha invernosa a agua
alguns outros prisioneiros. Foi também na Matta Redonda, accuniuiada fórma pequenos alagadiços. Quasi a meio da villa
actualmente do mun. do Porto de Pedras, que, aos 18 de ja- eleva-se um morro de 50 metros de altitude, mais ou menos,
neiro de 1636, ferio-se a grande batalha, tão desastrosa para onde está edificada uma capella da invocação de Menino Dense
os nossos, contra as forças commandadas pelo general .Vrticho- o cemitério municipal. O extremo norte estende-se sobre uma
fski, Ijatalha em que perdeu a vida o bravo general hespanhol elevação que em declive não muito mais termina a mesma-
D. Luiz de Rojas y Boi-ja, successor de Mathias de .VUiuquer- altura do morro de que falleí. estende-se dahi ein diante na
que. Entretanto, a pov. de Porto de Pedras, não obstante haver mesma direcção norte uma larga planície. Divide a villa em
sido fundada pela mesuia época em que o foi a de Porto Calvo, dous bairros um pequeno riacho que corre na direcção de oeste
possuía como esta terrenos feracissimos para a cultura dacanna para leste, desagiíanuo no Corrente. Este riacho que é apenas
de assucar, nos quaes se estabeleceram muitos engenhos, e lendo um vallo completamente s?cco no verão, avoluma de tal forma
sobre aquella a vantagem de estar situada no littoral com uma nas aguas com as chuvas do inverno que transpõe seu pequono-
bari'a e porto para embarcaçõís, nunca púde desenvolver-se e leíto, innuaclando parte da villa, como vio-se este anno, feliz-
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mente, porém, é rara esta abundância d'agua. A villa com a do peratura é quente de setembro a abril ; de maio até agosto
Rio das líguas. hoje Correntina, fórma uma só parochia com modiflca-se, s^ndo os dias quentes e as noites frias, especial-
séde nesta ultima. Banha o território da villa o rio Corrente mente emjunho e pilho em que muitas veze=í faz frio dia e
assim chamado, pela extraordinária correnteza de suas aguas. noite. Nao se pôde dizer propriamente que ha moléstias en-
Nascendo nas vertentes da serra geral, limites do Estado de démicas. Apparecem ás vezes na época da vasante algumas
Goyaz com este (Bahia), corre em uma estensão de 480 kils. até febres sezonaticas, como dá-?e quasi em todos os povoados á
o S. Francisco, junto a Sitio do Matto, recebendo por sua vez margem de rios; nia« em geral são de caracter benigno. A
vários tribs., entre os quaes notam-se como mais importantes o causa a que se attribuem estas febres é a p rrnutação de
Formoso, tres kils. acima desta villa, o Arrojado dous acima folhas e arbustos apodrecidos : porque durante a cheia o rio
deste, o rio das Éguas oito acima da foz do Arrojado, finalmente transborda alguns metros .ilém do leito, cobre e faz apodrecer
o pequeno rio do Meio 66 kils. acima desta villa e 34 da foz do os arbustos que flcani-lhe á margem, aliás bem ensombradas,
rio das Éguas. Não posso precisar a extensão kilometrica do os quaes, depois com a vasante, ficando expostos ao sol, dão
curso d-^stes rios; variando entre 300 a 363 para cada um. logar a exhalações miasmaticas. O povoado dos Brejos do
O Corrente tem aguas verde-negras, mas de extrema limpidez, Espirito Santo e dos Brejos de Santo Antonio, na parte per-
vendo s; pei-feitarcente padras ou outros objectos na parte mais tencente a este mun., estão ligados á villa por estrada de ro-
profunda de seu leito- E' além disso extraordinariamente dagem, por onde passam an:iualmenie centenas de carros ti-
sinuoso, formando em algumas partes verdadeií-os SS.— Devem rados por bois, que trazem ao commercio os productos dos
s = r mencionadas as seriMs do Cruzeiro, do Fundão, do Cafandó brejos, especialmente a rapadura. A primeira além de ligar
dos Crioulos, tendo a, ultima, onde ha grandes minas de salitre, Espirito Santo á villa serve aos pontos intermédios de Brejão
varias ramificações. Querem alguns que estas denominações e Fundão. Além destas es radas ha outros caminhos que,
pertençam a diversas partes de uma serra, outros pensam ao não sendo verdadeiras estradas de rodagem, dão conitudo pas-
contrario, julgindo-as distinctas. Não se pôde aifirmar com sagem franca á pessoas, servindo assim de communicação
segurança a que cadeia de montanha pertencem ;é possivel que entre a villa e vários louares circumvisinhos. Assim é que
á chamada Serra Geral, mas a imperfeição de estudos solire o temos a estrada desta á villa Correntina com 72 kils. de ex-
assumpto não deixa chegar a conclusões positivas. Notam-se tensão, ao Alegre, arraial do mun, de Carinhanlia com 90
no mun, apenas duas lagoas que merecem menção: a da Cl'uz kils., a villa de Santo .Intonio dos Brejos com 72 e outros lo-
seis kils ao N. da villa e a da Barra, na fazenda do mesmo gares como Porto Novo, Sitio do Matto, etc. Esta vill;i dista
nome, seis kils. ao S. A pouca distancia da villa, subindo o rio, 72 kils. de Sant'Anna dos Brejos e de Correntina, ficando
encontra-se uma pequena ilha que alguns chamam Can'agallo, estas em direcções oppostas, 90 de Alegre, l:)2 de B jm Jesus
por ficar perto da fazenda deste nome, e a da Posse pouco maior da Lapa, 180 de Urubú, 422 da Cidade da Barra, 240 de Campo
do que a primeira, a nove kils. de Santa Maria. Ambas Largo por terra e 612 por agua, 372 de Santa Rita por terra e
carecem de importaniúa. Portos não os ha na significação pelo rio 612, 504 de Chiquechique, 612 de Pilão Arcado, 720 do
prup;'ia da palavra. Não obstante chara:im porto ao logar onde Remanso, 840 de Sento-Sé, 820 do Puacho de Casa N' va. 960
está edificada a vilfi, por que ahi encontrani-se durante o anno de Joaseiro. 924 de Cachoeira. Estas distancias são tiradas na
railhai'es de barcas (embarcações próprias do S. Francisco e maior parte das Vescripções praticas da prooincAa da líahia,
affs.) que fazem o commercio entre este mun. e as diversas pelo coronel Durval Vieira de Aguiar (typ. do Diário da
cidades e villas do S. Francisco, constituindo meio de trans- Bahia, 1888). Sob o ponto de vista histórico ou ant^s tradi-
porie mais fácil e ordinário nestas regiões. Não havendo fortes cional o povoado mais importante é o dos Brejos do Espirito
ventos, não teem as barcis necessidade de serem abrigadas Santo, antiga séde do districto de paz e que dependia da
por isso reune-se em grande numero junto á villa ; especial- actual séde da villa. Este povoado, hoje decadente, fica 9 kils.
mente na epocha da safra, sem incidente algum. Na serra do da villa e é, como todos os do mun., geralmente chamado
Cafundó dos Crioulos encontram-se grandes lapas, espécie de Brejos, centro productor de rapatiura e assucar. Segue- se em
tunneis naturaes com trinta metros e mais de extensão : em importância o dos Brejos de Santo Antonio 18 kils. a XO da
muitas delias estão as mina=. de salitre de quo fallei e por isso villa, o qual é cortado por um riacho sem import.ancia per-
.

são ordinariamente frequentadas pelas pessoas que se entregam tencendo a parte além do dito riacho ao mun. de Sanf.Vnna
á extracção deste minei^al. A curiosidade, porém, mais impor- dos Brejos, subdividi ndo-se a parte áquem, entre este mun.
tante é a que se ohserva no riacho Santo Antonio, o qual atra- e ode Correntina. Temos ainda o dos Macacos, 72 kils. a
vessa a pov. do mesmo nome. Como ficou dito acima seis kils. SO, de Inhumas a 308 kils. na direcção a O, o de Malhados a
abaixo do pov. está a serra do Cuscuzeiro, posta na direcção do 48 kils., o do Mellado na mesma distancia e do Cafundó dos
pequeno córrego, de modo que vista ao longe parece um obstáculo Crioulos sit;iado na fralda da sei-ra do mesmo nome, a 36 kils.
contra o qual vai esbarrar importante a estreita faixa d'agua ; da villa e banhado pelo riacho dos Curraes. Temos apenas
mas, uma arcada de tres a quatro metros de alturj, mais ou o edifício do Conselho Municipal, sobrado de um andar e pe-
menos aberta na face que olha para a pov. dando passagem quenas proporções, a capella do menino Deus de que f;illei a
relativamente franca, o riacho corre na extensão de 24 kils. principio e uma igreja pequena, porém melhor do que a pre-
por baixo da serra, vindo apparecer de novo na fazenda ganna- cedente quer pela construcção, quer pala situação, pois está
brava, seis kils. acima de sua foz no Corrente. Aos rios que levantada numa das duas praças da villa perto do edificio
offei-ecem esta particularidade denominam ingrimados. Além municipal. Esta ultima não está ainda concluída. Estti villa
disso no alto da serra observam-se cavidades em fórma de um deve seu desenvolvimento a dous factores: sua siiunção a mar-
cone cujo vértice está voltado para, o súlo, semellianiio a cratera gem do rio próprio para ser um centro conimercial e á visi-
de um vulcão, de modo que na cheia a agua, emergindo por nhança dos brejos cujos productos só aqui encontram fácil
astas aberturas, fórma pequenas e piscosas lagoas. A prin- escoadouro. Em 1830 viam-se apenas umas quatro casas e
cipal lavoura do mun. ó a da canna de assacar, que dá frondosas gamelleiras, sob cujas copas abrigavam-se aquelles
abundantemente nos brejos, não só pela fertilidade natural do que vinham fazer transacções commerciaes e ahi dnrmiam e
solo, como também porque, aproveitando os diversos rios e ria- moravam, póde-so dizer, durante a safra. Era então o porto
chos, os lavradores tiram regos para os sítios, niMlhando-os frequentado por ajojos (canoas ligadas entre si por travessas
abundantemente nos tempos seccos. Como mercadores desta la- de madeiras), que se entregavam ao commercio, levando ns pro-
voura vem a industria saccarina, consistindo na faliricacão ductos dos Jogares próximos, especialmente a rapadura, pro-
de assucar, de rapadura de tres libras cada uma e de caxaca, duzida nos brejos do Espirito Santo. Em 1840, pouco mais ou
principaes fontes de rendas do mun. e de sua grande expor- menos, construiu-se a prim!>ira barca por um operário vindo da
tação. A de rapadura excede talvez a mais de um milhão an- cidade da Barra e com a chegada de pessoas de vários logares,
nualmenle. Infelizm.ente os instrumentos para o fabrico são attrahidos pelas lucrativas transacções desenvolveu-se o com-
ainda muito airazados: engenhos de madeira movidos a bois. mercio e com este o povoado, chegando a ter hoje umas 800 casas,
Segue-se em importância a industria constructora de barcas, até que por Lei Prov. mandou-se que a séde da villa a que jier-
sendo esta villa e a cidade de Januaria (Minas) as supridoras tencia o pov. até então estabelecido no rio das líguas passasse
de todo^ S. Francisco. Cultivam-se tamljem os cereaes para o Porto de Sauta ]\Iaria. Dahi certa rivalidade entre os
Além destas temos em mui pequena escala a lavoura dous logares, raudando-se a séde da villa ora para um. ora
do fumo, ao que, segundo dizem, prestam-se magnifica- para outro, segundo a pcditica dominante. Com o advento da
mente os terrenos, e a industria de fiação de tecidos para Republica extinguiu-se esta rivalidade, porque estando a séde
vestes e redes, exercidas muito limitadamente por velhas, o da villa aqui, creou-se outra uo rio das Éguas com a denomi-
que é commum em todo sertão, e a da renda de crivo. A tem- nação de Correntina. Continuou sempre' a villa em cresceuia
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desenTol jimento, passando a ser por acto de 3 de agosto do PORTO DOF COELHO (Valia do). Rio |[do Estado do Rio
anno passado séde de uma das comarcas do Estado denominada de Janeiro, Desagua na valia do Mosquito. Vide Mosquito. —
Gorrentina.» PORTO DO CORRÊA. Log. do Estado do Rio de Janeiro,'
PORTO DE SANTO ANTONIO. Dist. do Estado de Minas atravessado pelo ramal férreo de Cantagallo, que ahi tem uma
Geraes, no mun. de Cataguazes, ao longo do rio deste nome. estação denominada Passagem.
Fertilisam o seu territoi-io os rios Pomba, Paraopeba, e os ribei- r-'ORTO DO ENGENHO. Pov. do Estado do B. Santo,
rões do Monjollo, Jacaré, Boa Vis Da, Agua Limpa, Sant'Anna, no dist. de Gariacica, com uma esch. publ. de inst. prim. creada
S, João e Diamante. E atravessado pela serra Branca e de
'

pelo art. I da Lei Prov. n. 18 de 4 de maio de 1877.


Dona Rosa. Exporta café. fumo, toucinho, aguax'dente e assuoar.
Drago Santo Antonio e diocese de Marianna. A Lei Prov. n. 969 PORTO DO ENGENHO
D' AGUA. Log. no dist. de Jaca-
de 3 de junho de 1859 creou a parochia do E. Santo do Pomba; répaguá, no Districto Federal.
o art. 1" § 2" da de n. 1.188 de 21 de julho de 1864 transfei^iu a PORTO DO FERRADOR. Log. do Estado de Minas Ge-
séde da parochia do arraial do E. Santo para a capella do Porto raes, sobre o rio Pará.
de Santo Antonio ; o art. 4» da de n. 1.676 de 21 de setembro de
1870 transferiu para a pov. do E. Santo a séde da freg. do PORTO DO FIUSA. Log. n|0 dist. da Penha e mun.^de
Porto de Santo Antonio o art. 1° da den. 2.035 de 1 de dezembro
;
Itaperuna do Estado do Rio de Janeiro; com uma esch. publ. de
de 1873 creou a fi-eg. do Porto de Santo Antonio, composta do inst. prim. para o sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. 2. 796
dist. do mesmo nome desmembrado da freg. do E. Santo. Foi de 17 de novembro de 1885.
transferida do termo do Pomba para o de Cataguazes pela Lei PORTO DO GRADIM. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
Prov. n. 3.589 de 28 de agosto de 1888. Tem agencia do correio, no mun. de S. Gonçalo.
duas eschs. publs. de inst. prim. eumapop. avaliada em 5000
a 6000 habs. E' ati-avessado em grande parte do suu território PORTO DO GUIMARÃES. Pov. do Estado do R. G. do
pela E. de F. Leopoldina. Sobre suas divisas vide, entre outras,
Sul, no mun. de S. Leopoldo ; com uma esch. publ. de inst.
primaria.
as Leis Provs. ns. 3.442 da 28 de setembro de 1887, 2.345 de 12 e
2.267 de 1 de julho de 1876, 1.586 de 23 de julho de 1868 e 472 de PORTO DE JEREMIAS. Log. no mun. do Curvello do
31 de maio de 1850. Estado de Minas Geraes, ámargemda rio das Velhas.
PORTO DE S. LOURENÇO. Log. do Estado do R. G. do PORTO DO LASSERRE. Log. no mun. da capital do
Sul, no mun. de Pelotas com uma esch. publ. de inst. prim.,
; Estado de Pernambuco, á margem do rio Capibaribe.
creada pela Lei Prov. n. 868 de 14 de abril de 1873.
PORTO DO MATTO. Ilha do Estado da Bahia, na costa
PORTO DO ALGODÃO. Log. do Estado de Sergipe, sobre o do Oceano, formada pelo rio Poxim, canal do Porto do Matto
rio Po.-íim. Ahi existe uma ponte que prende a estrada da capital e r o Patipe. O canal do Porto do Matto communica as aguas
á Atalaia. do Poxim com as do Patipe.
PORTO DO AMARAL.
Estação á margem do rio Mogy- PORTO DO MEIO. Pov. do Estado do Maranhão, no mun.
guassú, no Estado de S. Paulo. A portaria de 14 de setembro de Miriiiba.
de 1885 creou ahi uma agencia do correio.
PORTO DO MEYER. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
PORTO DO APIAHY. Bairro no mun. da Faxina, no no dist. de S. Lourenço e mun. de Nyterõi.
Estado de S. Paulo; conta uma esch. publ. de instr. pri-
PORTO DO OUTEIRO. Outeiro na cidade
maria. de Larangeiras
do Estado de Sergipe (Iní, loc).
PORTO DO ATTERRADO. Log. do Estado do Rio de
PORTO DO PADRE. Log. do Estado do Maranhão, á mar-
Janeiro, no mun. deS. Gonçalo.
gem dir. do rio Itapecurú, nas divisas do mun. de Caxias.
PORTO DO BARCO. Monte na costa do Acarahú, junto á
PORTO DO PESQUEIRO. Po\ do Estado de Sergipe, á
barra deste nome, no Estado do Ceará. .

margem do rio S. Francisco, próximo ao povoado da Tapera e


PORTO DO BARCO. Rio do Estado do Ceará; desagua nas defronte da coroa denominada Tororó.
costas do mun. de Acarahii, dist. de Almofalla.
PORTO DO PULADOR. Estação á margem do rio Mogy-
PORTO DO BENTO. Log. de Estado de Pernambuco, sobre guassú no Estado de S. Paulo. A Portaria de 14 de setem-
;

o rio Capibaribe, no dist. da Mag'dalena. bro de 1885 creou ahi uma agencia de correio.
PORTO DO BENTO. Log. na freg. de Mirity do Estado do PORTO DO COQUEIRO. Log. do Estado do Rio de Ja-
Rio de Janeiro. neiro, no dist. de S. Lourenço.
PORTO DO BOM FIM. Log. do Estado da Bahia, no dist. PORTO DO QUILOMBO. Log. do Estado das Alagoas,
da Penha do mun. da capital; com escholas. em S^nta Luzia do Norte.
PORTO DO BOQUEIRÃO. Log. do Estado do Piauhy. PORTO DO RIBAS. Log. do Estado do R. G. do Sul,
entre Barras e União. na cidade de Pelotas, á margem de S. Gonçalo, aos 31° 47' 14"'
PORTO DO CAGHOEIRO. Com este nome foi elevada de Lat. S. e O''. 4' 27" 1 de Long. O. de Greenwich.
á categoria de cidade a villa do Cachoeiro de Santa Leopol- PORTO DO ROSA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
dina, no Estado do E. Santo. —
Vide Cachoeiro de Santa mun. deS. Gonçalo.
Leopoldina.
PORTO DO CAIANA. Log. do Estado de Minas Geraes,
PORTO DO SALGADO. Pov. do Estado de Minas Geraes,
no mun. da Januaria.
sobre o rio Bambuhy.
PORTO DO CAJÚ. Log. do Estado do E. Santo, no mun.
PORTO DOS ALVES. Log. do Estado de S. Paulo, sobre
o rio Camandocaia, na estrada do Amparo do Soccorro.
do Itapemirim.
PORTO DO CARMO. Porto no rio Iriry, mun. de Magé
PORTO DOS BOIS. Assim denominaram á lagoa Guahyba
os conquistadores que primeiro subiram o rio Paraguay ; no
e Estado do Pvio de Janeiro. Estado do Matto Grosso.
PORTO DO CARVÃO. Log. do Estado do Rio de Ja-
PORTO DOS CAVALLOS. Ilha no rio S. Francisco, abaisO'
neiro, no mun. de Magé. á margem do rio Guapy.
de Remanso ; no Estado da Bahia.
PORTO DO CASSIANO. Log. do Estado de Minas Ge- PORTO DOS índios. Ribeirão do Estado de Minas Geraes,.
raes, sobre o rio Bambuhy. Ha ahi uma ponte. aff. do rio Preto, que o é do Parahybuna.
PORTO DO CEDRO. Log. no termo de Larangeiras do
PORTO DOS MENDES. Antiga capella da freg. de Campo
Estado de Sergipe. Bello, no Estado de Minas Geraes, á margem dir. do rio-
PORTO DO CEMITÉRIO. Log. do Estado de Minas Ge- Grande. Orago S. Sebastião. Foi elevada á dist. pelo art. I
raes, no Grande, ligado a Dores do Campo Formoso por
rio § II da Lei Prov. n. 1.198 de 9 de agosto de 1864. Poi annexada
uma estrada que é atravessada pelo rio Douradinho, ao mun. de Dorês da Boa Esperança pelo art. Ilda de n. 2.085-
. ;

POR — 293 — POR

de 24 de dezembro de 1874 e mais tarde reincorporada ao de para descoberta de minas de ouro. Posteriormente para ahi diri-
Campo Bello. Seu fundador chamava-se José Alexandre. Sobre giram-se ituanos e indivíduos de outras localidades, que deram
suas divisas vide art. II da Lei Prov. n. 3.081 de 7 de novem- impulso á nascente pov., que teve por núcleo uma capella edifi-
bro de 1882 art. Ilida de n. 3.170 de 18 de outubro de 1883.
;
cada em 1721 por Antonio Cardoso Pimentel e Antonio Aranha
Tem duas esohs. publs. de instr. prim., uma das quaes creada Sardinha, sob a invocação de N. S. da Penha de Ararytaguaba
pela Lei Prov. n. 2,030 de 1 de dezembro de 1873. Fica na es- {Ita pedra e giiaba cdmer segundo Mart. a traducção é Pedra
; :

trada de Campo Biello para o Rio Verde. em que a arara come), da qual foi primeiro parocho o padre Phi-
lippe de Campos, natural de Itú. Sendo iusufficiente a capella para
PORTO DOS MENDES. Log. do Estado de Minas Geraes,
a pop. do logar, dirigio esta ao Ijispo da diocese, D. Fr. Antonio
no distr. de S. João Nepomuceno de Lavras. de Guadelupe, em 1735 uma petição, solicitando que lhe fosse
PORTO DOS MORAES. Log. do Estado do R. G. do Sul, concedido accrescentar a referida capella. Obtida a concessão,
no rio Taquary, entre o mun. deste nome e o de Santo Antonio notou-se que a capella havia sido mal construída, pelo que re-
da Estrella. solveram em 1744 a construcção de uma oiit!'a, influindo para esta
PORTO DOS PINHEIROS. Estação do rio Mogy-Guassú ; deliberação o missionário Fr. Angelo de Siqueira, e neste sen-
no Esiado de S. í^ulo. Tem uma agencia do correio creada em tido dirigiu a pop. outro pedido ao então bispo Frei João da
abril de 1887. Cruz, successor daquelle. Por Provisão de 27 de novembro desse
anno foi-lhe concedida a impetrada permissão, sendo designado
PORTO DOS SANTOS. Pov. do Estado da Bahia, na ilha o vigário da vara de Itú, Miguel Dias Ferreira, para designar o
de Itaparica, a E. logar em que deveria ser erecta a referida e actual matriz, sob
PORTO DOS TAINHEIROS. Log. do Estado da Bahia, no a invocação de N. S. Mãi dos Homens o que realisou-se em
;

distr. de N. S. da Penha. 1745. A esq. do rio Tietê, junio á cidade, ha um porto denomi-
nado Porto Geral, que era antigamente o ponto de partida para
PORTO DOS TOUROS. Distr. do mun. de Touros, no as monções que, por conta do governo e de particulares, fa-
Estado do R. G. do Norte. Orago Senhor Bom Jesus dos Na- ziam-se para Matto Grosso, em grandes canòas. Esse porto, que
vegantes. Vide Touros.
era para os viajantes o termo de grandes riscos, foi natural-
PORTO DOS TROPEIROS. Log. do Estado de Minas Ge- mente qualificada por elles de — Feli: —
de onde procede a
raes, no mun. de Campo Bello, no rio Grande, 24 kils. distante denominação do pov. desde que foi elevado á villa, o que teve
da cidade. logar em 1797, por ordem do governador e capitão-general An-
PORTO DO TABOADO. Log. no distr. de S. José da Boa- tonio Manoel de Mello Castro e Mendonça. Ciilade pela Lei Prov.
Morte e Estado cio Rio de Janeiro, com uma esch. publ. de inst. n. 24 de 16 de abril de 1858. Foi creada com. pela Lei Prov. n. 8
prim., Cí-eada pela Lei Prov. n. 1.832 de 3 de Janeiro de 1873 de 7 de fevereiro de 1885 e classificada de 1» entrancia pelo
;

uma esirada que vem deSanfAnna do Macacú passa por essa Decr. n. 126 de 9 de janeiro de 1890. A freg. da cidade tem
localidade e vai ao distr. de S. José, diversas eschs. publs. de inst. prim. agencia do correio. O mun.
:

confina com os de Capivary, Itú, Sorocaba, Tatuhy e Tietê. E'


PORTO DO TATÚ. Log. no distr. do Rio Doce e Estado do mais ou menos ondulado e p ssue muitas mattas; divisam-se a
E. Santo. Agencia do correio, creada pela Portaria de 16 de espaços campos de criar. Ha uma cadêa de montanhas que parte
setembro de 1884. da estação da Villeta da estrada Sorocabana, estende-se atê Porto
PORTO DO TICO. Log. do Estado de Minas Geraes, sobre o Feliz, onde uma se divide em dous ramaes, um que está edificada
rio Pará, que ahi tem uma ponte entre S. Gonçalo do Pará e a cidade e outro que se prolonga na direcção do N. —
E' ba-
Saúde. nhado pelo Tietê e ao N. por um ribeirão que faz barra nesse rio
no logar em ^ue está edificado o Engenho Central. O Tietê, com-
PORTO DO TURVO. Cidade do Estado de Minas Geraes. quanto muito encachoeirado, presta-se á navegação a vapor,,
Vide Turvo. desde o Salto de Itú para baixo, sendo dentro dos limites do
PORTO DO UNA. Pov. do Estado do E. Santo, no mun. do mun. a sua navegação a vapor feita por conta do Engenho Central.
Cachoei ro de Santa Leopoldina, com uma esch. publ. de instr. Tem o porto muito frequentado, denominado Porto Geral e uma
prim., creada pela Lei Pi-ov. n. 13 de 21 de novembro de 1870. ilha exactamente êm frente a esse porto e que divide em duas
partes o rio: essa ilha no lempo da enchente é quasi toda co-
PORTO DO VELHO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, berta pelas aguas. — E' o mun. actualmente um dos mais salu-
no mun. de S. Gonçalo com duas
eschs. publs. de instr. prim.,
;
bi-es do Estado. Os terreno.s são seccos e o clima temperado. Na
creadas pela Lei Prov. n. 1.855 de 29 de maio de 1873; e uma
estação chuvosa os rios e ribeirões transbordam e alagam as
estação de parada da E.de F. de Cantagallo. margens mas, ainda assim, raros são os casos de felires palus-
;

PORTO D. PEDRO II. Estação da E. de F. de Paranaguá tres. Emquanto houve plantações de algodão ás margens do
a Curiiyba, no Estado do Paraná. Fica no"kil. 2.200, e na altura Tietê reinavam as febres intermitentes com grande intensidade,
de 5,190. B' a mais importante da estrada, situada em um •
o que foi attribuido, e a salubridade actual do logar o confirma,
ramal que partindo daquelle kil., vai até o mar. Ten^ uma á putrefacção das sementes lançadas nas margens do rio ou con-
área de 2538™''', 50, coberta por um edilicio para viajantes, servadas em deposito junto ás fabricas de beneficiar. —Os prin-
vastos armazéns para mercadorias e materi;ies, depósitos de cipaes produotos da lavoura do mun. são; canna de assucar,
locomotivas e carros, offioina provisória de reparação e reser- algodão, café e fumo. A industria consiste na fabricação de
vatório d'agua Existiam nesta estação uma ponte de embarque
. assucar no ISngenho Central e de aguardente. —
Não possue es-
e desembarque, de 130"" de comprimento, dos quaes 45°^ são pro- tradas de ferro, mas é ligada ás estradas Sorocabana e Ituana
visoriamente de madeira, onde podem atracar navios de grande pelas 5 estradas de rodagem seguintes : a que vai a Capivary,
calado Boetuva (estação), Sorocaba. Tietê, e Itú. —
Dista de Capivary
e de Tietê cerca de 30 kils., de Boetuva 23, de Sorocaba o Tatuhy
PORTÕES. Log. do Estado das Alagoas, em Sant"Anna do 33.— Comprehende as povs. Caicatinga e Itapema. —
E' digno
Panema. de nota o paredão denominado Aranj-tagiiaba. formado por
PORTÕES. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. do um rochedo salitroso, talhado a pique, á margem do rio Tietê.
Areal e mun. do Parahyba do Sul. Do cimo dessa elevação goza-se de um lindíssimo panorama,
divisando-se as curvas graciosas do rio e a cidade reclinada á
PORTO ESCURO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no beira das aguas. Bandos de aves vinham sempre pousar nesse
mun. de S. João da Barra.
paredão e como procurassem os insectos, que se aninhavam nas
PORTO FE5.IZ. Cidade e mun. do Estado de S. Paulo, na cavidades, ou o salitre que ainda hoje se vè ao lado ilos ténues
com. do seu nome, a ONO da capital e delia distante pouco mais fios d'agua que de espaço a espaço deslisam pela superlicie do
de 130 kils. á margem do Tietê, no alto de um morro. Suas ruas,
, alteroso peredão, os indígenas acreditavam que ellas comiam a
em geral, são tortuosas e estreitas, mal calçadas. As casas são, própria pedra; dahi o nome dado á localidade, no qual cm sua
pela mór parte térreas, havendo alguns soljrados. Seus princi- linguagem pittoresca expriiyiam esse facto. —
Sobre suas divi-
l^aes edifícios são a pgr<íja matriz, que é
: dos melhores tem-um sas vide: Lei Provs. de 22 de abril de 1833 (n. 18). de 28 de
plos do Estado a casa da camará e cadèa ;
; um
theatro ; a egreja março e 25 de abril de 1865, de 20 de fevereiro dc 1860; de 19
de N. S. da Bôa Morte e um engenho central inaugurado em 28 de julho de 1867 de 15 de junho de 1869 de 5 de julho de 1869
: :

de outubro de 1878. Teve origem pela frequência dos explorado- (n. 28); de 7 de abril de 1871 ; de 10 de abri] de 1872 e de 13 de
res do sertão em direcção ás regiões de Goyaz e Matto Grosso, março de 1874.
POR — 294 — POR

PORTO FERREIRA. Villa e mun., ex-parochia do mun. uma das mais antigas, a maior e a mais afamada do seu tempo.
de Pirassununga no Estado de S. Paulo, coui duas eschs. publs.
;
Floresceu no começo deste século. Uma epidemia desoladora
de inst. prim. uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 59 de 2 victimou quasi toda a sua pop. e acabou por extinguir a in-
de abril de 1833. Agencia do correio. Estaca.) da E. de F. fluencia desse logar, hoje em ruinas. Foi habitada pela tribu
Paulista. E' desse logar que começa a SJr navegável o Mogy- Urubu e por outros Índios de diversas tribus.» (Inf. loc.)
o-uassú. cuja largura varia ahi eatre 80 e 90 metros. Foi creada PORTO GRANDE. Arraial do Estado das Alagoas,, no mun.
freo-. pela Lei Prov. n. 3 de 9 de fevereiro de 1888 e mun. deste nome.
pela Lei u. 424 de 29 de julho de 1896. Sobre suas divisas vide
D3CS. n. 183 de 29 de maio de 1891 e a. 110 de 1 de outubro PORTO GRANDE. Pov. do Estado de Sergipe, no mun.
de 1892. Foi desmembrada do mun. de Belém do Descalvado de Santo Amaro, no rio Japaratuba; com uma esch. publ. de
inst. prim. e uma capella. O art. III da Lei Prov. n. 1.028 de
e incorporada ao mun. de Pirassununga p->la Lei n. 110. O
Almanak Litterario ãc S. Paulo de 1885 publicou o seguinte a 10 de maio de 1875 transferiu para ahi, cora todas as funcções
respeito dessa pov. Porto Ferreira
:

Deu o nome a esta pit- designadas na Lei n. 688 de 20 de junho de 1864, o curato
toresca localidade o barqueií-o .João Ignacio Ferreira, que ahi da Barra dos Coqueiros. E' estação balnear.
viveu por muitos annos, dando passa^iem em uma barca sobre PORTO GRANDE, Log. do Estado do*Bahia, na ilha dos
o rio Moiry-g:jassú, aos viajantes que demandavam o centro Frade.i, dist. deda Madre de Deus do Boqueirão do
N. S.
desta província. João Ferreira é um nome bastante conhecido, termo de S. Francisco; com uma esch. publ. de inst. prim.,
por essa motivo, não só nesta província como nas de Minas creada pela Lei Prov. n. 546 de 6 de junho de 1855.
Geraes, Matto Grosso e Goyaz. Era ahi, no Porto Ferreira,
que outr"ora estacionavam as monções vindas do deserto para
PORTO GRANDE. Log. do Estado da Bahia, no dist.
de S. Domingos da Saubara do termo de Santo Amaro.
conduzir-ím sal e café para longínquas paragens. Nesse bom
tempo, apenas havia no Porto Ferreira a pobre habitação do POPv,TO GRANDE. Log. no dist. de S. José da Boa Morte
honrado barqueiro: era uma pequena casa coberta com telhas. do Estado do Rio de Janeiro. Passa-lhe perto o rio do Ra-
P.-^roccasião de enchentes, e que o rio inundava as suas mar- bello.
gens á distancia de muitis metros, João Ferreira retirava-se PORTO GRANDE. Arraial do Estado de Santa Gatharina,
para uma outra habitação que possuía á disiancia de tres no mun. de Paraty com uma esch. publ., creada pela Lei
;

kils. dn poi-to, onde demorava-íe até que passasse a estação Prov. n. 1 136 de 24 de setembro de 1886.
das aguas. No anno de 1879, e com 62 annos de edade, falleceu
.

.João l?erreira, deixando o seu nome immoi-talisado perante a PORTO GRANDE. Log. no mun. do Taquary do Estado
historia. O Porto Ferreira, que, ha seis annos. era um local do R, G. do Sul. Ha ahi uma esch. de ensino prim.
remotíssimo, é hoje um dos logares que mais rapidamente tem PORTO GRANDE. Ilha do Estado da Bahia, no mun. de
progredido nesta provinda- O anno passado (1883), contava Belmonte.
apenas dez casas cobertas com telhas hoje, segundo uma re-
;

cente estatística que fiz, conta 30 casas cobertas com telhas, PORTO JOÃO ALFREDO. Estação da E. de F. da Com-
sete coberlas com palha e muitas em construcção. O seu com-
panhia União Sorocabana e Ituana,na secção Ituana no Es-
;

mercio consta de tres lojas de fazendas e ferragens, tres arma- tado de S. Paulo.
zéns de commissões, cinco casas de seccos e molhados, um hotel, PORTO LENÇÓES. Estação da E. de F. da Companhia
uma padaria, uma làotica, um bilhar, uma ferraria, uma hospe- União Sorocabana Imana, na secção Sorocabana no Estado
e ;

daria e uma esch. particular. Esla pequena, porém florescente de S. Paulo. Fica entre S. Manoel e Morro Alto.
povoação está situada em terrenos da Companhia Paulista, e dá
obedieuicia ao mun. de Belém do Descalvado. ifstá em projecto
PORTO MÃO DE PAU. Log. do Estado de Goyaz, distante
cerca de 33 kils. da cidade de Catalão, sobre o rio Parana-
a edilicação de um templo, porém ainda não foi determinado o
hyba.
local para a sua edificação. Também resente-se da falta de
uma estação na linha férrea, visto que a que está servindo, PORTO MARINHO. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
ainda é a que foi provisoriamente feita. No entretanto, estão á margem dir. do Parahyba. A 2 de maio de 1876 fez o pre-
bem adiantados os trabalhos na margem do rio, onde vae ser sidente da prov. do Rio de Janeiro um contracto para a con-
edificada a estação de Navegação Fluvial, que vai ser inaugu- strucção de uma E. de F. entre o ponto fronteiro á estação do
rada por todo o mez de setembro próximo vindouro. Com a aber- Porto Novo do Cunha e o Porto Marinho, com um ramal j)ara
tura dessa navegação pelo rio Mogy-guassú, rapidamente se o Carmo de Cantagallo.
desenvolverá o commercio do Porto Ferreira. A naveaação PORTO MARTINS. Log. do Estado de S. Paulo, á mar-
attrahe, sem duvida, grande parte do commercio da cidade de gem do rio Tietê. A 24 de abril de 188G a Companhia da
esq.
Uberaba, que é a alfandega do sertão, e das localidades inter- B. de F. Ituana contractou com o Estado a construcção e gozo,
mediarias do Porto Ferreira ás margens do Rio Grande. De pelo prazo de 75 annos, de uma ferro-via de bitola estreita qtie,
todos os pontos de commercio central, desta província, nenhum pariindo do Porto Mari ins vá t^r á freg. de S. Manoel. Per-
dispõe de tão bellos elementos para um brilhante futuro como tence ao mun. de S. Manoel do Paraíso. Tem uma esch. publ.,
seja Porto Ferreira, que ainda hontem dormia sobre as fimbrias creada pela Lei n. 101 de 24 de setembro de 1892.
da túnica da solidão; e hoje, qual creança despertada do somno
infantil, brinca com o silvo da locomotiva que passa, e espera PORTO MIRIM. Enseada na parte da costado Estado do
ouvir o echo do vapor que singrando as aguas do Mogy, breve- R. G. do Norte comprehendida entre a birra do rio Grande e
mente levará ao sertão a noticia do s^u progresso. Pirassu- o cabo S. Roque. Presta-se a pequenas embarcações.
nuno-a, 15 de agosto de 1884. /. P. da Motta Júnior.
PORTO NACIONAL. Cidade e mun. do Estado de Goyaz
PORTO FRANCEZ. Igarapé e ilha do Eslado do Pará, no na comarca do Alto Tocantins, á margem dir. do rio Tocantins.
território do Amapá, no lago grande deste nome. Drago N. S. das Mercês e diocese de Goyaz. Foi creada paro-
chia pelo art. 2" da Lei Prov. n. 14 de 23 de julho de 1835 villa
PORTO FRANCO. Pov. do Estado do Maranhão, no mun.
piu- Decreto de 14 de novembro de 1831 iustallada em 24 de
:

da Imperatriz; com uma esch. publ. de inst. prim., creada ;

Cidade por Lei Prov. n. 333 de 13 de julho de


abril de 1833.
pelo art. 11 da Lei Prov. n. 1.264 de 22 de maio de 1882.
1861. Tem duas eschs. publs. de instr. prim. Agencia do cor-
PORTO FRANCO. Pov. do Estado de Santa Gatharina, á reio, creada em 1832. O município, além da parochia da
margem ribeirão do mesmo nome. E' um dos principaes
<lo cidade, comprehende mais a de N. S. do Caraao e a, de S. Ifedro
dista" das ex-colonias Itajahy e Príncipe D. Pedro. Tem uma do Tocantins, o districto de Pedro Alfonso e as povoações Ipo-
capella. eiras e Por-em-quanto. Sobre suas divisas vide, entre outras,
PORTO FRANCO. Ribeirão do Estado de Santa Gatharina, a Lei Prov. n. 14 de 23 de julho de 1835. A pop. regula por
da margem dir. do rio Itajahy-mirim. uns 5.000 habs. Denominava-se antigamente Porto Imperial,
aff".
don''minação que foi substituída pela de Porto Nacional por
PORTO FUNDO. Pov. do Eslado de Sergipe, no termo da Decr. de 7 de março de 1890. O mun. é percorrido pelas ser-
Estancia, á margem do rio Fundo. ras do Carmo e Pontal, e regado pelos seguintes rios: Tocantins
PORTO GRANDE. Pov. do Estado do Pará, no mun. dc Manoel Alves do Sul, Arèas, Mangues, Somno, Manoel Alves do
Ourem, á margem do Guamá. « Distante da pov. do Igarapè- Norte e ribeirões do Popto, Agua Suja, Matança, Açua Fria,
assii, cerca de 13 kils. rio a^.ima, existe a pov. de Porto Grande Taquarussti, S. João, Lageado e Santa Luzia. Em todo o mun.
POR — 295 — POR

lia ouvo em grande quantidade e cpystal de diversas cores : lia de seus planos e projectos, trataram logo da edificação de uma
hidicios da existência de ferro e salitre. Perto da cidade fica o Capella no logar em que hoje se acha a matriz da fr-^g., e logo
morro S João. Lavoura de mandioca, milho, feijão canna de após deram começo á fundação de um convento ou collegio para
assucar e tabaco. Criai^ão de gado em gi-ande escala. sua residência, do qual ainda ha pouc s annos restavam as
paredes arruina las, que posteriormente f)ram de todo demo-
PORTO NOVO (Ramal do). E' assim denominado um ramal lidas. Este collegio era construído de pedra e cal S( bre pilares,
da E. dí F. Central do Brazil, qae partindo da estação de En- que o punham ao alirigo das grandes enchentes do rio. tendo o
tre Rios vai a Po:'to Novo do Cunha. Conta as estações de Sania vignmento na altura de oito palmos, com frente para os quatro
Fé, Chiador, Anta, Sapucaia, Benjamin Constant, Teixeií-a pontos cardoaes, sendo a principal para o nascenie, na q lal
Soares e Conceição. Tem a extensão de (53.764 metros. Da sua existiam oito cellas e uma bonita eseada de cantaria, que dava
estação terminal, que é Porto Novo, parte a E. de F. Leopol- commuiiicação para a capellinha com uma porta e duas ja-
dina. nellas de frente. Sabe-se ainda hoje pela tradicção que em
PORTO NOVO DO CORRENTE. Pov. á margem do rio 1715 existiam ahi em missão dos gentios os padres recoletos do
Corrente, no mun. de Santa Anna dos Brejos e Estado da Uruba, hoje Cimbres, em Pernambuco, Depois do decreto de
Bahia. • expulsão dos jesuítas, sendo as aldeias entregues a directores
PORTO NOVO DO CUNHA. Arraial do min. de S. José para ellas escolhidos pelo Governo, em 1822 era director da
d'A]ém Pavahyb:i, no Estado de Minas Geraes; com duas eschs. aldeia de Porto Real, José de Sant'.\.nna Reis, nomeado p-^lo
e duas estações de E. de F. Central do Brazil e da Leopoldina. Governo Provisório, e quando Reis ia a este aldeamento tomava
A 12 de outuiiro de 1893 lançou-se ahi a pedra fundamental de pousada no edíUcio do antigo collegio, que já então se achava
um hospital de caridade. Fica a três kils. da cidade, á qual em parte arruinado pelo desabamento de uma parede. A ca-
é lijada peia E. de F. Leopoldina e por urna linha de bonds ;
pellinha ainda existia então, mas posteriormente foi demolida
á margem esq. do rio Parahyba, que o separa do Estado do para no mesmo local levantar-se a actual matriz. Não ha cer-
Rio de Janeiro, e que tem ahi uma grande ponte de ferfo. E' teza da data em que nesta pov. foi erecta a actual fr^g. de
logar muito povoado e de commercio animado. Tem uma ele- N. S. da Conceição, mas é muito provável que o fosse pelos lins
gante Capella de N. S. da Conceição siiuada no morro do do século XVIII, em virtude do Alvará de 1795, creando paro-
mesmo nome e com tres altares o altar-mór, o de S. Sebastião
: cliias em todos os aldeamentos de maior importância, insti-
e o de S. Roque. Parte do arraial está no alto e parte na tuídos pela antiga, missão dos jesuítas. Por Lei Prov. n, 737
planície oi várzea. Em frente íica-lhe a fazenda do Lordello de 7 de junho de 1876 foi elevada á vilb, sendo ins allada em
de propriedade do Barão do Paraná. Possue ura theatrinho, 18 de novembro do mesmo anno. Lavoura de algodão, arroz,,
um hospital de S. Salvador, ainda em constrncção, uma typo- milho, feijão, mandioca e mamona. Criação de itado. Tem
graphia, onde se imprime o Porto Xovo, tres pharniacias, oito duas eschs. puhls. de inst. prim e agencia do correio. Foi
"hoteis, cino'1 bilhares e muitas casas d^ commercio de diversos visitada pelo es-imperador em outubro de 1859, Comprehende
géneros. Os edilicios das estações são grandes e de bella appa- os povs. da Barra da Itiuba. Marabá e Mombaç.a. Sobre su-\s
rencia. Nesse arraial t?m~se concentrado quasi toda a vida de divisas vide, entre outras, a Lei Prov. n. 927 de lU de julho
S. José, que é uma cidade modesta e de pouca animação. de 1883.
PORTO PADILHA. Log. no mun. do Serro do Estado de PORTO REAL DO S. FRANCISCO. Dist. do Espado de
Minas Geraes, com esch. Minas Geraes, no mun. da Formiga. Orago N. .S. da .-Vbbadia

e diocese de Marianna. Foi creado parochia pelas Leis Provs.


PORTO PALACIO. Log. do Estado de Matto Grosso, á n. 1.532 de 20 de julho.de 1868 e n. 1.99y de 14 de novembro
margem dir. do rio Paraguay, no mun. de Corumbá. de 1873. Incorporado ao muu. de Bambuhy pela Lei Prov.
PORTO PINHEIRO. Ilhote pertencente ao* dist. de Mana- n. 2.785 de 22 de setembr de 1881
> reincorporado ao da For-
:

capurú; no Estado do Amazonas. miga pela de n. 3.058 de 28 de outubro de 1832. Projeeta-se


ligal-o por m°io de uma estrada ao ponto terminal da nave-
PORTO REAL. Dist. do Estado do Rio de Janeiro, no
gação do rio Grande. Tem uma escli. publ. de inst. prim..
mun. de Rezende; com eschola. elementar para o sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. 2.336
PORTO REAL. Log. no mun. de Tiradentes do Estado de 12 de julho de 1876, além de uma outra para o sexo femi-
de Minas Geraes. nino creada pela de n. 3.396 de 21 de julho de 1886. Agencia
do correio. Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 3.139"de 18
PORTO RE.AiL. Colmia situada no Estado do Pv,io de Ja-
de outubro de 188!. A pov. fica na margem dir. do rio São
neiro está a 22» 14' 4.5" de lat. S. e a 1» O' 50" de log. Oc.
;
Francisco.
do Rio de Janeiro ; á margem do rio Parahyba e a quatro kils.
da estação da Divisa na 4» secção da E. de F. Central do PORTO RI30. Log. do Estado do Amazonas, á margem
Brazil. Aárea total do estabelecimento comprehende pouco esq. do rio Jurua, nomun. de Teílé.
mais de 2.03:? hectares ou20.333.719 melros quadrados, dos PORTO SALVO. Pov. do Estado do Pará. no mun. de
quaes se acham IG. 321. 071occupados por 187 lotes rústicos, de Vigia. Orago N. S. da Luz. Foi creada parochia pelo art. IV
10 hectares cada um. O terreno agricultado, em que llgrescem da Lei Prov. n. 966 de 12 de março de 1880 e supprimida pela
plantações de c lé, canna, manrlioca, milho, arroz, feijão, com-
i

de n. 1.094 de 6 de novembro de 1882. O art. I da Lei Prov.


prehende 650.000 metros quadrados, e após o esgoto do solo, n. 842 de 19 de abril de 1875 creou ahi uma escli. publ. de
que, encharcado pelas chuvas e pelas innundações chi Parahyba, inst. prim. para o sexo feminino, lístá assent» na margem
foi saneado p(ircn'ca de 4.000 metros de canaes, ofiérece todas dir. do furo da Laura, que vai da bahia do Sol á cidade da
as condições desejáveis para a cultura. As oommunicações Vigia, da qual dista cerca de cinco kils. Exporta farinha e
interiores fazem-se por caminhos com a extensão de 10.000 diversas fructas. Communica-se a vapor com a sede da com. e
metros. A pop. colonial conta 670 colonos, pela mor parte capital. Tem umas 8J cisas, egreja. e 200 babs. Foi elevada á
italianos e francezes, compreheudendo cerca de 150 famílias. villa pela Lei n. 3.57 de 11 de abril de 18'..)6 e inaugurada a 8
E' catholica a grande maioria. A instrucção é dada em de setembro do mesmo anno.
duas escholas, uma diurna e outra nocturna. Tem agencia do
correio.
PORTO SANTO. Log. do Districto Federal, na ilha do
Governador, situada na bahia de Guanabara.
PORTO REAL DO COLLEGIO. mun. do Estado
Villa e
das Alagoas, na com. do Penedo, a margem esq. do rio PORTO SEGURO. Cidade e mun. do Estado da Bahia, nu
S. Francisco, 40 kils, acima da cidade do Penedo e em frente com. do seu nome, no littoral, na
foz do rio Buraiihem divi- ;

dePropiá, sobre um
plano e pedregoso, junto á laíôa do
sólo dida em dous bairros : (/idade Alta e Baixa, aquella assente
Coqueiro. Orago N. S. da Conceição e diocese de Olinda. em terreno elevado defronte da barra, esta na planície á
Pelos melados do século XVII, os padres jesuítas, em cumpri- margem esq do rio. Orago N. S. da Pena e diocese archi-
menlo das instrucções e projectos de sua Ordem sobra catbe- epíscopal de S. Salvador. Foi creada parochia em 1795, villa
chese e civilisação, obtiveram a concessão de duas léguas de pela Carta Regia de 27 de maio de 1.534 e classificada com. pelo
terras com uma de fundo, á margem do rio S. Francisca, na Dec. n. 687 de 26 de julho de 18.50 e .Veto do 3 de agosto de
distancia de sete léguas acima do Penedo, e ahi fundaram um 1892. Além da egreja matriz, tem a capella da Santa (Uísa da
aldeamento de índios composta de tres nações diversas os : Misericórdia, a de N. S. do Rosario na (íidadc .Vila, e a de
Carapotis, os Aconans e os Cayriris. Industriosos, activos^e X. S. da Ajuda no arraial do mesmo nome, seis kils. ao .S. da
diligentes, como sempre foram os daquella Ordem na realisação cidaile. .-V pop. do mun, é de 8.000 habs. Cailtura de mandioca.
. .

roR — 296 — POS

milho, feijão, café, cacau e canna de asssucar. Criação ãe PORTO VELHO. Riacho do Estado de Pernambuco; des-
gado. A pesca dá para o consumo diário e para a exportação. agua no S. Francisco entre as cachoeiras do Tacuruba e do
Tem duas eschs. publs. de ensino prim. Agencia do correio. Porto Velho.
Foi elevada á categoria de cidade pelo Dec. de 30 de jnnlio PORTO VELHO DO ARINOS. Paragem aos 13'' 56'de Lat.
de 1891. «Situada á margem esq. do rio Buraohem, dividida e 13" 4' O. do Rio de Janeiro, na margem dir. do rio, abaixo do
em cidade alta e baixa, ou aliás em tres bairros, dos q-aes rio Pardo, e uns 60 kils. distante da villa do Diamantino;
dous quasi em seguida á margem do rio, e ura onde se acha a no Estado de Matto Grosso. Era o ponto de partida e de chegada
mati-iz e a bem construída casa do Conselho. A morada na das canoas, que navegavam pelo Tapajoz ao Pará. Fica a 120
cidade alta é excellente pela belleza de vista e bons ares. e na kils. acima do Arraial Velho e mais de 600 distante da foz do
baixa, que é maior, é húmida e ás vezes doentia. A occupaçao Arinos.
geral da pop. é a extracção e export ição de madeiras e a pesca
de garoupas feitas nos Abrolhos. Além disto ha alguma constru-
PORTO VELHO DO CUNHA. Log. do Estado do Rio de
Janeiro, no termo do Carmo com duas eschs. publs. de instr.
cção de barcos. Apezar dos férteis terrenos do mun., não ha
:

pi'im., uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 1.759 de 30 de


lavoura. Foi fundada pelo primeiro donatário Pedro de Campos
Tourinho, a quem foi doada a capitania de Porto Seguro a 29 de
novembro de 1872. Agencia do correio. Existe ahi uma capella
e um cemitério construidos por subscripção popular, bem como
maio de lõ34, apezar de já ter a Lei, em 1504, fimdado uma
feitoria, a mais antiga do Brazil. Durante a vida do primeiro
um theatrinho.
donatário prosperou muito a villa, mas começou a delinhar com PORTO VILLA MARIA. Estação da E. de F. da Compa-
os constantes assaltos dos bárbaros, particularmente em 1654, nhia União Sorocabana e Ituana, na secção Sorocabana; no
com o feito por Abatirás, o chefe dos Aymorés. Sendo então Estado de S. Paulo.
reedificada, foi atacada por diversas vezes pelos Guerens, que,
segundo Rabello (Chor.) talvez a fariam desapparecer si o cele-
PORTUGAL. Pov. do Estado do Pará, no mun. de Muaná,
nas cabeceiras do rio Atuá.
bre Tatêno, cacique do rio Santo Antonio_e grande flagello dos
outros indigenase amigo dos chri-;tãos, os nao soccorresse, apesar PORTUGAL. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha
de suas moléstias não lhe permittirem fazer marcha sinão em o distr. de N. S. das Dores da Victoria e corre pora o rio
uma rêde aos hombros dos seus mais robustos camaradas. » Muriahé.
PORTO SEGURO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no PORUBA. Bairro do mun. de Ubatuba do Estado de São
mun. do Piranga, banhado pelo rio deste nome. Orago N. S. Paulo ; com uma esch. public. de inst. primaria.
da Conceição e diocese de Marianna. Com o nome de Tapera PORUBA. Serra do Estado de S. Paulo, enti^e Ubatuba e
foi elevado á dist. e com o de Porto Seguro á categoria de
Cunha
parochia pela Lei Prov. n. 2.402 de 5 de novembro de 1877.
Lavoura de fumo e coreaes. E' banhado pelo rio Piranga e por PORUBA. Rio do Estado de S. Paulo, nasce na Cordilheira
alguns tribs. deste, como o Tapera, Surub}', Santo Antonio e marítima, rega o mun. de Ubatuba e desagua no mar,
Jacuba. Comprehende o pov. Varsea. A Lei Prov. n. 2.324 de PORUNGA. Rio do Estado do Pará, no mun. de Vizeu. Vai
12 de julho de 1876 creou ahi uma esch. prim. para o sexo para o Gurupy. (Inf. loc.).
masculino.
PORUNGOS. Morre do Estado do Paraná, no mun. do Ti-
PORTO SEGURO. Pov. do Estado do Pará, no mun. de bagy. (Inf. loc).
Santarém Novo, elevada á essa categoria pela Lei n. 324 de 6
de julho de 1895 e installada em 3 de dezembro do mesmo anno.
PORUTY. Riacho do Estado de S. Paulo, no mun. de Santos.
Também escrevem Puruty.
E' o antigo logar Acarapy.
PORTO SEGURO (Bahia de). Assim denominou Pedro Al- POSSAUNA. Vide Poça Una.
vares Cabral á bahia de Santa Cruz, no Estado da Bahia. POSSE. Villa e mun. do Estado de Goyaz, na com. do seu
nome, a 726 kils. da Capital. Orago SanfAnna e diocese de
PORTO TEIXEIRA. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. Goyaz. Foi creada parochia pela Lei Prov . n. 11 de 24 de no-
de Pacatuba. Tem um trapiche para deposito de assucar e uma vembro de 1855: elevada á categoria de villa l ela de n. 485 de
fabrica de distillação E' de tamanho regular e serve de porto
.
19 .le julho de 1872; installada em 20 de julho de 1874. E' com.
ás embarcações que levam e trazem géneros. de primeira entr. creada pelo art. II da Lei Prov. n. 4i'l de
,

PORTO "VELHO. Log. do Estado das Alagoas, em Piassa- 29 de julho de 1872 e classificada pelo Dec. n. 5.091 de 21 de
bussú. setembro do mesmo anno. Tem eschs. publs. de instr. prim.
Agencia do correio. O mun. é banhado pelos rios Agua Quente,
PORTO VELHO, Log. do Estado do Rio Janeiro, no mun. Prata, Piracanjuba, Burily, Riachão, Vermelho e CoiTente, além
de Santa Thereza, com eschola. de outros. Cultura de canna de assucar, mandioca, tabaco, mi-
PORTO VELHO. Log. no distr. de Irajá, na estrada do lho, arroz, feijão e algum café; grande criação de gado. A in-
rio Merity, que desagua ná bahia de Guanabara. E' habitado por dustria consiste na fabricação de assucar, aguardente, fumo,
pescadores. farinha de mandioca, milho e obras de olaria. A villa foi
primiiivamente uma pov. creada em 1831 por Nazário da Silva
PORTO VELHO. Bairro do mun. de Jacarehy e Estado de
Ribeiro.
S. Paulo.
PORTO VELHO. Log. do Estado de Minas Geraes, no POSSE. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. do Rio
pov. do Porto Novo do Cunha, á margem esq. do rio Paraliyba
Bonito ; com uma esch. publ. de instr. primaiúa.
,

do Sul. E' couvenient? não confundir esse log. com outro deno- POSSE. Log, do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de
minado Porto Velho do Cunha. S. José do Rio Preto.
PORTO VELHO. Log. do Estado de Goyaz, a 30 kils. da ci- POSSE. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de
dade de Catalão. Cordeiros
PORTO VELHO. Log. do Estado de Matto-Grosso, á margem POSSE. Bairro do mun. de Mogy-mirim, no Estado de
esq. do rio Arinos, distante cerca de 60 kils. da villa. do Dia- S. Paulo. Foi elevado á dist. pela Lei n. 179 de 16 de agosto
mantino. Jaz, segundo Chandless aos 13o 57' q" de Lat. e 56o de 1893.
9' O" de Long. O. de Greenwich. POSSE. Morro do Estado do Rio de Janeiro, a dous kils. do
PORTO VELHO. Porto na foz do rio Marinho, no Estado e dist. de Jacutinga (Maxambomba).
Bahia do Espirito Santo. Fica por mar a 800 metr(js da cidade POSSE. Morro do Districto Federal, no dist. de Campo
da Victoria e possue bastante fundo para ancoragem de navios Grande.
de alto bordo. POSSE.
Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
PORTO VELHO. Ilha do Estado da Bahia, na foz do Jequi- S. Domingos do Prata. Faz parte da serra de Mombaça.
tinhonha, próximo da ilha Goiabeira. POSSE. Serrano mun. de Santa Luzia do Estado de Goyaz.
PORTO VELHO. Ilha do Estado de S. Paulo no mun. de Dá origem ao ribeirão da Contagem da Extrema, aft'. do rio
S. Luiz do Parahytinga, no rio deste nome. iVIaranhão.
39.241
.

POS — 297 — POT

POSSE. Ilha no rio Parnahyba, distante nove a 10 kils. abaixo POSSES. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
da cidade da Uniíio. Tem tres kils. de extensão. Baependy. Toma, em pontos diversos, as denominações de Ma-
POSSS. Ilha do Estado da Bahia, a nove kils. do Porto de ribondo e Barrocada.
Santa Maria da Victoria. POSSES. Morro do Estado de Minas Geraes, no dist. de
POSSE. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, na estrada do Serranos mun. de Ayuruoca.
e
Commercio desagua nS, margem esq. do ribeirão d:is Galli-
; possas. Morro do Estado de Minas Geraes, no mun. da
nhas, íilll. do rio S. Pedro (Inf. loc.) Um outro informante Pedra Branca. Dá origem ao ribeirão Vermelho (Inf. loc).
faz menção desse córrego como affl. da margem esq. do rio
S. Pedro'.
POSSES. Serra do Estado de Minas Geraes, a nore kils. do
dist. do Campestre (Inf. loc).
POSSE, Pão do Estado de S. Paulo, rega ó mun. da POSSES.
Franca e desagua no Sapucahy. Ribeirão do Estado de S. Pa i!o, aft'. esq. do Pa-
ranapanema, que o é do Paraná; entre o mun. do Bom Successo
POSSE. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aíF. do rio Qui- ã o dist. de Santo Antonio da Boa Vista.
lombo.
POSSES. Ribeirão do Estado de S. Paulo; banha o mun.
POSSE-Ribeirão do Estado de Minas G raes nasce na
; do Ribeirão Preto e desagua no rio Pardo.
fazenda de José Ferreira Armond, banha o mun. de Pal-
myra e reunido ao Pinho vae jíara o Piau. POSSES. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
Barabuhy.
POSSE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes aff. da mar-
gem dir. do riacho do Freire, trib. do rio
das Mortes. Banha o
POSSES. Ribeirão do Estado de Minas Geraes nasce na ;

fazen la do seu nome, banha o mun. da Pedra Branca e desagua


pov. de seu nome e nasço no divisor das aguas do Carandahy.
Recebe o córrego do Curtume. (Bng. Augusto de Abreu
no rioAnhumas (Inf. loc).
Lacerda) POSSES. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
Capivary, trib. do rio Grande. Recebe o Criminoso.
POSSE. Ribeirão do Estado de Gpyaz, rega o mun. do Pilar
e d-'S;igaa no rio Vermelho, ali'!, do rio das Almas, que o é do POSSES. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do ri-
Maranhão. Attravessa a estrada do Pilar para Agua Quente. beirão Ubá.
POSSE. Córrego do Estado de Goyaz, aíT. da margem dir. POSSES. Ribeirão do Estado de Minas Geraes; nasce no
do rio AVrissimo. (Cunha Mattos. Itineraraio. Tomo I pag- 112.) Brejo da Lapa e desagua na margem esq. do rio Ayuruoca.
Uma informação da localidade ailirma desaguar esse córrego POSSES DA
FIGUEIRA. Bairro do mun. de Ribeirão
no rio do Braço, aíTl.do Veríssimo. Preto, no Estado de S. Paulo, com uma esch. mixta creada pela
POSSE. Córrego do Estado de Goyaz, banha o mun. de Lei Prov. n. 134 de 15 de maio de 1889.
Santa Lnzia e desagua na margem dir. do rio S. Marcos, POSSES DO PARNAHYBA. Bairro do mun. de Bata-
(Imf. loc). taes, no Estado de S. Paulo, cora eschola.
POSSE. Córrego do Estado de Goyaz, aff. do rio Vae-vem. POSTAL. Dist. do termo da Boa Vista, no Estado de Per-
POSSE. Lagôa do Estado do Piauhy, no mun. de União. nambuco.
POSSE DA SOCIEDADE. Log. no mun. da Estrella do POSTO, Passo do rio Vaccacahy juncto á foz do arroio
Estado do Rio Grande do Sul. Inhajetuba ; no Estado do R. G. do Sul.
POSSE DOS COUTINHOS. Log. do Estado Rio de Janeiro, POSTO. Arroio do Estado do R. Q. do Sul, aff. dir. do
no dist. do S. Joiio Baptista do Itaborahy ; com um cemitério, Preguiça, trib. do Jacuhy.
cujos obras começaram a 1 de setembro de 1876, e duaseschs. PÔSTO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aft'. da margem
de inst. prim. creadas pela LeisProvs. ns. l.OõO de 1857 e 1.759 esq. do rio Ibicuhy,
de 1872. Agencia do correio, creada em junho de 1887,
POSTO BRANCO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff.
POSSE GRANDE. Córrego do Estado de Minas Geraes, da margem dir. do rio Jacuhy.
affi. da margem esq. do rio Pirapitinga.
POTE. Tribú de Naknenuks, que habita o aldeamento de
POSSES. Bairro do mun. de S. Simão, no Estado de Itambacury, no Estado de Minas Geraes. Pertence á nação dos
S. Fauio com uma esch. mista, creada pela Lei Prov. n. 8
;
Botocudos.
de 1.5 de fevereiro de 1884.
POTE. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
POSSES.Bairro do mun. de S. João da Bòa Vista e Theophilo Ottoni.
Estado doS. Paulo, com eschola.
POTE. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Santa
POSSES. Bairro do mun. de Guaratinguetá do Estado de Quitéria.
S. Paulo.
POTE. Serra do Estado da Bahia, no dist. do Bom Des-
POSSES. Bairro do mun. de Lorena e Estado de S. Paulo, pacho e mun. da Feira de Sant'.A.una (Inf. loc).
com escliolas.
POTECAS. Rio do Estado de Santa Catharina. aff. do rio
POSSES. Bairro do mun. de Baependy, no Estado de Minas Forquilha, trib. do Imaruliy. Nasce no morro di Serraria,
Geraes, com eschola. mun. de S. José, corre na direcção do N. E. para S. O. e de-
POSSES. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de sagua cerca de õ kils. acima da pov. Potecas. Essa palavra
Patos; cnm umaesoh. creada pela Lei n. 106 de 24 de julho de parece ser corrupção de hypothecas. talvez pnr algum facto
1894, removida para o Curralleiro pela Lei n. 201 de 18 de se- que desse também o nome de Demanda ao morro onde nasce
tembro de 1896. o rio Forquilha.
POSSES. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. de São POTENGY. Com. creada no Estado do R. G. do Norte
Domingos de Marianna. pela Lei Prov. n. 845 de 26 de junho de 1882. Tom sua sede
na villa de Macaliyba. Foi declarada de 1» entrancia pelo
POSSES. Dist. do mun. de Ayuruoca, no Estado de Minas Dec. n. 131 de 9 de janeiro de 1890.
Geraes.
POSSES. Dist. do termo de S. Sebastião do Paraizo, no
POTENGY. Arraial do Estado das Alagoas, no mun. de
Piassabussú.
Estado de Minas Geraes, Oi'ago S. João Baptista. Sobre suas di-
visas, vide Decreto n. 247 de 24 de novembro de 1890. POTENGY. Rio do Estado do R. G. do Norte, na dislancia
de 15 milhas da ponta dos Busios. Eni sua barra existe um
POSSES. Serrado Estado de S. Paulo, a SSO. do mun. de recife, sobre o qual está collocada a fortaleza dos Tres Reis
S. João da Boa Vista (Inf. loc).
Magos, ficando a entrada do rio no extremo do mi'smo recife.
POSSES. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. do Ao N. do picão do recife da fortaleza eslá a pedra que se de-
Turvo.Dá origem a alguns ribeii'ões que vão ao rio Grande. nomina —
Cabeça de Negro —
Pelo lado de lerra tia mesma
Também se denomina Matutú. fortaleza e deste cabeço está o recife conhecido por Baixinha.
DICC. GBOG. 38
. ,

POT — 298 — POU

«Si viermos do S., diz o pratico Philippe, passaremos para o POTREIRO BONITO. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
N. do picão da f^rtalezi, e pelo S. da Cabeça de Negro e ao mun. da Palmeira, com uma esch. publ,, creada pela Lei Prov.
mar da Baixinlia, costeando aquelle cabeço e vindo do N., ; n. 96'J de 8 de abril de 1875.
naveaue -se pelo mar do referido cabeço, a passar entre o re- POTREIRO DA VÁRZEA. Log. no mun. da capital do
cite da fjrtaleza e a Baixinha, e quando S3 fôr approximando Estado do R, G. do Sul,
ás bjias arribi irameJiatamente para O. a passar entre as
mesma?, devendo em todo o caso encostar-se á que lhe fica por POTREIRO GRANDE. Log. no mm. de Ponta Grossa
EB. daqui siga direito a terra, que se acha nessa occisião
:
do Estado do Paraná.
pela prôa, e quando estiver approxiniado a ella, orce para o POTREIRO GRANDE. Log. do Estado do R. G. do Sul.
S. devendo passar encostado oos cômoros de arêa, que estão ao no mun, de Viamão com uma esch mixta creada pela Lei
:

lado da cidade (Natal), levando projeUaias as torres da nia- Prov. n. 1.899 de ,31 de julho de 1889.
ti'i/. pelo frontespicio da igreja do Rusario e com esta marca
prosiga a dar fiindo em fi^ente á ciiade em 13 e i5 metros POTREIRO GRANDE. Log. do Estado do R. Q. do Sul,
d'agi"a». A ciiale de Natal, sita á margem d-reita do Po- no dist. do Couto do mun. do Rio Pardo.
tingy, apresent dous planos que se denominam
i o alto ci- : — POTREIRO GRANDE. Arroio do Estado do R. G. do Sul.
dade —
e de baixo-rib?ira, neste está o palácio da Presidência alT.da margem e;q. do rio Paráinho, trib. do rio Pardo. Corre
e a capitinia do Porto. No plano eL-vado eí;á a matriz, a ao N. da cidade de Santa Cruz.
casa do thesouro, o paço da Assembléa, o Quartel, e Lyceu,
etc. E' também denominado liio Granjc do Norte.
POTRIBÚ. Bairro do mun. de Itú, no Estado de S. Paulo.
POTENGY PEQUENO. Log. do Estado do R. G. do POTRIBU Morro que jaz na extremidade boreal da serra de
Norte, no dist. do Poço Limpo. S. Francisco, abordando a marge n es j. do rio Tietê, e no
ponto fronteiro ao do lapy no Estado de S. Paulo. E' escalvado
;

POTE PIISTTADO. E' assim também denominado o ribei- na grimpa e de vegetação baixa nos contornos. Também escre-
rão do Cacác, aíH. do rio Guaporé no Estado de Matto ;
vem Apotribú. Os antigos escreviam Apoteroby (Azevedo Mar-
GrOi=o. ques.)
POTERITÁ. Rio do Estado do Pará, afi. do Capim. POTRIBÚ. Ribeirão do Estado de S- Paulo, corre entre os
POTIM. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de Guara- muns. de Itu e S. Roque e desagua na margem esq. do rio
tinguetá. Orago Senhor Bom Jesus. Tem uma esch. publ. Tieté.
de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 7G de 17 de junho POTUMUJÚ. Log. do Estado da Bahia, no termo de Ilhéos.
de 1877.
POTUMUJÚ. Serra do Estado da Bahia, no mun. de Ilhéos
POTIM. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. da margem esq. (Inf. loc.) Tambelii escrevem Putumvjú.
do rio Parahyba do Sul. Banha o mun. de Santa Branca.
POTUiMUNGÚ. Rio do Estado da Bahia, afl'. da margem
POTINGA. Pdo do Estado do Paraná, aíí'. da margem dir. que é trib. do Jaguaripe.
dir. do rio iístiva,
do Iguassu. Tem da foz 16'', 2 de navegação franca. POTUNDUBA. Cachoeira do rio Tieté, no Estado de São
POTINGA. Peio do Estado do Paraná, aff'. da margem dir, Paulo, entfe a do Estirão e a de Itapeva.
do Tagassava. POTUVERÚ. Bairro no dist. de Itapeceric no Estado
POTIU. Pov. no mun. de Baturité do Estado do Ceará sobre ; de S. Paulo.
o rio do seu nome; com uma esch. publ. de inst. prim., creada POTY. Pov. do Estado do Piauhy, no rio do seu nome.
pela Lei Prov. n. 1.992 de 14 de agosto de 1882.
POTY. Rio dos Estados do Ceará e Piauhy nasce na serra ;

POTIU. Pequeno rio do Estado do Ceará, no mun. de Batu- da Joanninha, no Estado do Ceará, corta a serra da Ibiapaba ;
rité. Recebe o riacho do Meio ou das Flores. banha Caratheús no Ceará, Alto Longú, Castello, Valença e
POTON. Tribu de Naknenuks que habita o aldeamento de Therezina, no Piauhy. Desagua na margem dir. do Parnaliyba,
Itambacury, no Estado de Minas Geraes. Pertence á nação dos seis kils. abaixo de Therezina. Recebe, no Estado do Piauhy,
Botueudos. entre outros o S. Nicoláo reunido ao Sambito, o Berle.igas, o
Marvão e o Inuçú, e no do Ceará, o Serrote, Itahim, Jucá,
POTOSI. Log. do Estado de Pernambuco, no termo de Verde, do Gado, Pinheiro, do Matto, Tourão, Carrapateira, etc.
Agiia Preta. Ha um outr-o log. domesmo nome no mun. do Descrevendo a villa de Caratheiis, disse alguém em 188G :

Cabo. « O Poty, que corre a poucos passos em direcção de E a O .


.

POTOSI. Ribeirão do Estado de Minas Gerres, no mun. de fórma diversos poços, e dahi em diante até encontrar o Parna-
Theophilo Ottoni. hyba conserva-se sempre com bastante agua. Os poços offerecem
magnilicos banhos, para onde afflue desde pela madrugada
POTREIRO. .5. m. {Estados merid.) campo coroado com grande parta da população. Mas o que surprehende a todo
pasto e aguada, destinado a animaes cavallares e iares. m Em
Minas Geraes dão também a nome de Piquate
isso o Posto é — aquelle que chega a essas paragens, é ver como a cordilheira da
Ibiapaba partiu-se de alto a baixo para dar passagem ao rio,
um i casa nos fundos de uma estancia, onde moram homens para
acontecendo que para cima, em alguns togares, são tão pró-
vigial-a
ximos s talhados, que de um salto se pode transpor o preci-
I

POTREIRO. Bairro do mun. do Pirahy, no Estado do Pa- pício. Nas immediações convém a maior vigilância, visto como
raná. não S3 apercebendo o viajor da abertura dos cortes, pois que o
POTREIRO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, alf. do Jacaré- capim cresce de um e outro lad) ene djrindo a fenda, pôde
subitamerite cahir no rio, que rola suas aguas a centenares de
pepira. no Bja Esperança. Uma
mun. do Dourado. Receba o
informação que recebemos do Estado dá como ali. do Jacaré-pe- metros abaixo. De alguns pontos vê-se a Ibiapaba a NO. que
pira o Bòa Esperança. se prolonga na dis!ancia de 54 kils. da villa».

POTREIRO. Córrego do Estado de S. Paulo. aff. do ribeirão POTY VELHO. Pov. no mun. da capital do Estado do
do Morro Azul, nas divisa.s de Atibáia e Campo Largo. Piauhy.

POTREIRO. Arroili do Estado Rio R. G. do Sul, banha o


POUCA DEMORA. Log. do Estado do Amazonas, m rio
Antimary e mun. da Labrea.
mun. de Taquary e desagua no arroio Çapivara,
POTREIRO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, desa:na POUCA FUMAÇA. Ilha do Estado do E. Santo, na bahia
da Victoria.
na margem esq. do rio Taquary, entre os arroios Boa Vist i e
Santa Crii7.. Recebe á esq. o Meia Branca. Suas nascentes de- POUCA MASSA. Pov, do Estado de Minas Geraes, junto
moram no morro dós Mutucas. ao rio Sapucahy, a 24 kils. do Machado e 12 do Doíiradiíilio, na
estrada que ssguj para Alienas. P-rtence ao dist. de Santo An-
POTREIRO. Córrego do Iiístado de ^'inas Geraes, nas divi-
tonio do Machado. Orago Santa Isabel. Tem uma esch. mixta
sas d j disL. de .S, João Baptisti das Cachoeiras.
creada pela Lei Prov. n. 3.217 de lide outubro de 1884. Suas
POTREIRO. Porto no rio Mampituba, á pequena distaicia divisas com a freg. do Douradinho foram determinadas pela
da villa dc Torres, pertencente ao iistado do R. G. do Sul, Lei Prov. n. 3.341 de 8 de' outubro de 1835.

J
— . —

POU — 299 — POU

POUCA SAÚDE. Riacho do Estado de S. Paulo, nasce na tura bem encaminhada; terceiro, cultura em embryão. Ao pri-
várzea grande de Santo Amaro e desagua no rio deste nome. meiro gráo pertencem : A canna de assucar, de que o mun.
possue talvez de plantação dez mil hectares, havendo muita pro-
POUCA VERGONHA. Riacho do Estado do Maranhão;
babili^lade para s jr ampliada (ha idéa da creação de um engenho
desagua no Parnahyba, junto ao logar Porto Alegre e acima da
foz do riacho das Curvinas.
centi-al). —
O café, cuja lavoura começada ha poucos annos, já
exporta annualmente 6')0.000 kilogs, sendo isso poiquissimo
POUCA VERGONHA. Córrego do Estado do Piauby. aff. comparada como que virá a ser, quando estiverem formados e
do Mocha, que o é do Canindé. Banha a cidade de Oeiras (José fructificados os cafezaes agora em começo. São estes os dous
M. P. de Alencastro. Mem. chron. hist. chorogr. do Piauliy). ramos que, como V. Ex,sabe, que mais preoccupam oí agricultores
POUCA VERGONHA. Lagôa do Estado do Maranhão, no brazileiros. Se esla lavoura não alcançou ainda elevar-se ao
dist. do Burity (Inf. loc).
estado em que a vemos em outros muns., deve-se isto a duas
causas: primeira, vias demoradas de communicação, qu;isi im-
POUCO TRISTE. Córrego do Estado de Minas Geraes, prestáveis em uma parte do anno segunda, crença rotineira e
;

banha o mun. da Boa Vista do Tremedal e desagua no rio nutrida muitos annos de que os noss-js terrenos S(S se prestavam
Verde Pequeno. á industria pastoril. Felizmente acha-se esta desarraigada, e
POUSADA. Morro no dist. da cidade da Piranga e Estado aquella, temos fé, o será também em virtude das largas vi-tas
de Minas Geraes. nos nossos homens de es ado, auxiliando a iniciativa despertada
pela evolução do século. Ao segundo gráo portancem, prtqDria-
POUSO. Log. do EstadodoRio de Janeiro, no dist. de Pa- mente fatiando, os géneros alim?nticios de consumo local, como
raty-mirira arroz, milho, batatas e muitos outros legumes, assim como
POUSO ALEGRE. CiJade e mun. do Estado de Minas Gsraes, grande variedade de plantas hortic ilas. E' esta a lavoura dos
.séde da com. do Sfu nome: assenlada em teri-eno ligeiramente pequ'nos agricultores. Dá somente para o consumo do mun. e
accidentado e entrecortado de grandes planícies. Correa seus pés de outros limitrqjbes. Restricta como se acha, não podendo seus
o rio iMandú, que outr'ora dtu seu nome á nascente pov. A' productos concorrer com outros similar. s nos grande? mercados,
tão íavoraveis condições topographicas e ás abundantes culturas é ella apenas espectante, o que é um irai porvir embora indi-
e pastagens que a cercam, deve a cidade de Pouso Alegre a fun- rectamente, inici&r, proteger ou radicar a ociosidade. Ao ler-
dada esperança de próximo e grandioso porvir. Sua egreja matriz ceiro gráo pertencem a cultura do chá, da vinha etc. A industria
tem a invocação do Senhor Bom Jesus dos Martyres e pertence pastoril é aqui importante: O mun. pnssue actualmente 45.000
á diocese de S. Paulo. Foi creada freg. por Alvará de 6 de no- rezes, mais ou me ios, havendo tendência pa^a au.íínientar. Ha
vembro de 1810 villa pelo Decreto de 13 de outubio de 1831 e
; : mais a exportação annual de 36.000 cabeças, mai? ou menos,
cidade pela Lei Prov. n. 433 de 19 de outubro de 18-18. Seu de gado suino ; e ainda a de gado lanígero, a de aves .de que
termo, depois de pertencer ás coms. do Rio Verde e Sapucaby, não temi. s dados regulares. Nada ha por hora quanto á sericul-
fez parte da com. de Jaguary, da qual foi designada sede no tura ao contrario a epicultura já é uma industria em embryão
;

anno de 1572. Possue duas egrejas, sendo uma delias a matriz comparada com o que pôde ser em vista do que já supp:e o
dedicada ao Senhor Bom Jesus, e a ou'ra dedicada a N. S. do mun. e outros mercados, em quantidade soflVivel. En^^ontra-se
Rosario dous estabelecimentos particulares de instr., entre
; também a fabricação de velas de sebo. sabão, m?) de fumo, ci-
os quaes o Lyeeu Pouso Alegrense; quatro eschs. publs., de garros e c. Pelo exposto verá V. Ex. que o nosso mun.. pos-
instr. prim.. uma das qiuxes creada pela Lei Prov. n. 2.721 de 18 suindo umtarreno de c dtnra tão variada, auxiliado pela diver-
de dezembro de 1880. Foi Pouso Alegre o primeiro logar de todo sidade de climas, só pede ao homem um pn^ueno estorço de sua
o sul de Minas que teve imprensa. Sendo ainda anvaial e quando actividade: este já existe em parte, falta-nos o csf -rço collecfcivo
ainda fiindava-se o império, já neste logar esistia uma typo- que já começa a manifestar-se aqui e fóra. Deus guarde a
grapliia em que foi publicado o — Progresso
Constitucional — V. Ex. Paço da Camara Municipal de Pouso Alegre. 9 de março
Nes-a mesma typographia foi q-ie imprimiu-se pela primeira de 1883 —
illm. e Exm. Sr. presidente da província de Minas.»
vez no império o projecto de Constituição, a qual é foi conhe-
cida por Constituição de Pouso Alegre —
O mun. é regado POUSO ALEGRE. Dist. do Estado de Minas Geraes, no
pelos rios Cervo, Sapucahy, Mandú, além de outros muitos; A mun. de Abaeté. Ora go S Sebastião e diocese de iSíarian na. Foi
Lei Prov. n. 2.798 de 3 de outubro de 1881 áutorisou a con- creado parochia pelo art. II § II da Lei Prov. n. 1.905 de 19 de
cessão de um privilegio exclusivo por 50 annos para construcção, julho de 1872. Foi incorporado ao mun. de .Vbeté pelo art. I
custeio e goso de uma estrada de ferro de bitola estreita (um § XVI da Lei Prov. n. 2.500 de 12 de novembro de 1878. Tem
metro), que, partindo da cidade de Pouso Alegre, vá terminar eschs. Agencia do correio, creada pela Portaria de J3 de novem-
nas raias do Estado de S. Paulo, no ponto mais conveniente bro de 1883. Sobre suas divisas vide art. I da Lei Prov. n. 1.662
:

do mun. de S. Bento do Sapucaby-mirim . A mesma Lei áuto- de 16 de setembro de 1870 art. V da de n. 2.1.53 de 15 de no-
;

risou o Governo a conceder ao concessionário ou á companhia vembro de 1875. Passou a di^nominar-se S. Galhardo pela Lei
por elle organisada dentro ou fóra do paiz, para aquelle fim, Prov. n. 3.300 de 27 de agosto de 1885.
a juro de 7% annuaes, por espaço de 15 annoa, sobre o capital POUSO ALEGRE. Log. no mun. de S into Antonio da
que eliectivamente fosse empregado até ao máximo tle dous mil Bocaina, Estado de S. Paulo. Dista cerca de dous kils. daquella
contos de réis; e o direiío de prolongar essa linha até á ci- cidade.
dade de Alfenas, sem garantia de juros. A cidade é liuada a
Alienas por uma estrada que passa por SanfAnna do Sapucaby.
POUSO ALEGRE. Bairro do mun. de Santa Isabel, no
Estado de S. Paulo; com uma esch. publ. de instr. prim.,
O mun., além da parocbia da cidade comprehendia (1882) mais creada pela Lei Prov. n. 53 de 2 de abril de 1883.
as de Sant'Anna do Sapucahy, N. S. da Conceição da .Xppa-
reoida da Estiva, N. S. do Carmo da Borda da Matta, e S. José POUSO ALEGRE. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de
do Cungonhal. Sobre suas divisas vide art. II da Lei Prov.
: Batataes.
n. 2.085 de 24 de dezembro de 1874, art. I da de n. 2.137 de 27
de outubro do mesmo anno ; art. II da de n. 2.454 de 19 de ou-
POUSO ALEGRE. Log. do Estado de Minas Gerjies, no
dist. da Formiga
tubro de 1878. art. I da de n. 2.658 de 4 de novembro de 1880 ;

art. Ill da de n. 2.975 de 7 de outubro de 1882 ; n. 3.350 de 10 POUSO ALEGRE. Lng. do Estado de Minas Geraes, no dist.
de outubro de 1885. A parochia da cidade comprehende os quar- da cidade do Jaguary.
teirões denominados Affonsos, Curralinho, Sertãosinho e Sa-
:
POUSO ALEGRE. Paragem do rio Taiiuary aos 18" 12' S.,
pucaby. Tem uma agencia do correio. Foi classificada com de .
60 kils. abaixo da estrada de Ciiyabáá Miranda, assim denomi
terceira intr. por Acto de 22 de fevereiro de 1892. « Illm. e nada pelos antigos sertanistas, por ser, no tempo das cheias, o

Exra. Sr. Em rosposta á circular que em 15 de fevereiro pró- logar mais alto, confortável e próprio para descanço, reunindo
ximo pretérito enviou V. Ex. á esta camará, cumpre-nos dizer; ainda o ser sobremodo pittoresco. D'alii cortando a rumo, iam
A agricultura deste mun. é a mais variada possível ; é o nosso por sobre os campos subiiicgidos saliir no S. Lourenço, noutro
mercado supprido com os recursos próprios sem haver necessi- ponto egualmente alto e prasiuiteiro, nuo recebeu idêntica deno-
dade de permuta e ainda com as vantagens a supprir os mer- minação, hoje simplilicada pela de Alegre.
cados de muns. visinlios, onde ha ramos deteiminados de
cultura. Apezar, porém, dessa variedade, podemos dividir em POUSO ALEGRE. Córrego alT. da margem esri. do rio

diversos gráos os ramos da cultura agrícola, o que íazemoa do Camandocaia; corre próximo ás divisas dos Estados de Minas
seguinte modo: primeiro, cultura desenvolvida ; segundo cul- Geraes com S. Pau o.
POU — 30D — POU

POUSO ALEGRE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, POUSO ALTO. Bairro do mun. de Jacupiranga no Estado
banha o mun. de Caldas e desagua no rio Machado (Inf. loc.) de S. Paulo.

POUSO ALEGRE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, POUSO ALTO. Alto á esq. do Ivinheima, poucos Idls. acima
nasce na faz^^nda da Fortuna e tem o nome de córrego da For- da Dourados, coberto de alta e formosa mattaria, sem-
foz dos
pre pi'ocurado pelos navegantes para descanço de seus labores
tuna até á fazenda de Pouso Alegre, onde elle passa a deno- ;

ininai'-se Pouso Alegre, nome este que conserva até á foz na


no E.stado de Matto Grosso.
margem esq. do rio Capivara, aff. do Pomba. Recebe o Ca- POUSO ALTO. Uma das estações da E. de F. Minas e 'Rio
choeira. no Estado de Minas Geraes; com uma esch. publ. de inst.
POUSO ALEGRE. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, prim., creada pela Lei Prov. n. 3.479 de 4 de outubro de 1887.
afif. da margem esq. do rio José Pedro. Banha o distr. deste Uma estrada vai d'ahi ao bairro dos Pintos, passando pela
nome. Bocaina. Tem agencia do correio c estação telegraphica.

POUSO ALEGRE. Córrego do Estado de Minas Geraes, POUSO ALTO. Morro do Estado de S. Paulo, situado ao S.
rega o mun. do Coromandel, reunç-se aos córregos do Barreiro do rio S. Lourenço, entre a confluência do Bananal e do mesmo
e da Divisa e todos juntos vão desaguar no rio Santo Ignacio, S. Lourenço no Juquiá. Da sua mais alta grimpa domina-se para
aíf. da margem esq. do Paranahyba. o S. toda a região fluvial dos GuavivoTiva e Una, últimos aft's.
septentrionaes do Ribeira de Iguapé (Azeredo Marques).
POUSO ALEGRE, Rio do Estado de Minas Geraes, banha
POUSO ALTO. Serra do Estado de Minas Geraes, no dist.
os muns. de Itapecerica e da Formiga e desagua no rio deste
nome, trib, do Lambary, que o é do rio Grande. Forma-se do Abre Campo
de nascentes que descem do morro Candonga, próximo á cida le POUSO ALTO. Pequena collina do Estado de Minas Geraes
de Itapecerica, e Taquara. A direcção de seu curso é de E. a O. no dist.Bom Despacho
do e mun. de Inhaúma.
Recebe o Ponte de Pedra. POUSO ALTO. Rio do Estado do Espirito Santo, banha o
POUSO ALEGRE DE BAIXO. Bairro do mun. do Jahú mun. de AfFonso Cláudio e desagua no rio Guandu.
e Estado de S. Paulo. POUSO ALTO. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro no
;

POUSO ALEGRE DE CIMA. Bairro do mun. do Jahú e mun. da Natividade do Carangola.


Estado lie S. Paulo. POUSO ALTO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes; nasce
POUSO ALTO. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, na serra da Lage, banha o bairro da Jeronyma, fazenda do Ri-
sede da com. de seu nome, a 2k,5 de distancia da E. de F. beirão, Compo Alegre e a cidade do mesmo nome e vai desaguar
de Minas e Rio, banhada pelo rio Sapucahy-mirim, ligada a Bae- na margem dir. do rio Verde próximo ao kil. 62 da E. de F.
pendy por uma estrada. Orago N. S. da Conceição e diocese de Minas e Rio. Recebe pela margem dir. o córrego das Pedras.
Marianna. Foi creada parochia pela Ordem Régia de 1752. POUSO ALTO. Rio do Estado de Minas Gera°s nasce na ;

Elevada á villa pela Lei Prov. n, 2.079 de 19 de dezembro Pedra Redonda, banha os muns. da Conceição e Diamantina e
de 1874 e á categoria de cidade pela n. 2.461 de 18 de outubro desagua no rio Paraixna. Passa em um notável funil, onde es-
de 1878. Foi desmembrada da com. da Christina pela Lei Prov. conde-se entre duas serras no espaço de pouco mais de 1 kil.
n. 2.462 de 19 de outubro de 1878, que elevoii-a com. sendo
;i
Recebe o Tijucal, Derrubada, Espinho, Lambedor, Seri'ador,
classificada de primeira entrancia pelo Dec. n. 7 141 de 25 de
Olaria, Ponte do Barro, Pindahyba, Lages, Arrudas, Amola-faca,
janeiro de 1879 e Acto de 22 de fevereiro de 1892. O mun. em Mocó, Pombinho, Guaribas, além de outros.
1890, ei'a constituido pelas paroohias de N. S. da Conceição,
S. .José do Picú, SanfAnna do Capivary, N. S. da Conceição POUSO ALTO. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes: des-
da Virgínia e Santa Rita do Passa Quatro. Esta ultima foi agua na mai-gem dir. do rio José Pedro entre a foz do Ovidio e
nesse anno elavada á villa pela Lei Prov. n. 3 657 de 1 de se- a do Fama.
tembro. Comprehende os povs. Tranqueiras (na freg. do Passa POUSO D'ANTA. Pov. do Estado de Minas Geraes, ao S. e
Quatro), Samambaia e Rio Verde (na parochia da cidade). Sobre a tres kils. da freg. de Santa Rita do Sapucahy. Tem umas 30
suas divisas vide: art. I § XVI da Lei Prov. n. 2.405 de casas.
5 de novembro de 1877 : n. 2.481 de 9 de novembro de 1878; POUSO D'ANTA. Serra do Estado de Minas Geraes, nos dists.
ns. 2.527 e 2.530 de 6 de dezembro de 1879 n. 2.630 de 7 de janeiro,
;
deS. João Baptista das Cachoeiras (mun. de S. José do Pa-
ns. 2.650 e 2.659 de 4, ns. 2.662 e 2.695 de 30 de novembro todas
raíso) e Santa Rita do Sapucahy (mun. de S. Gonçalo do Sa-
de 1880 ; n. 3 219 de 11 e 3.272 de 30, ambas de outubro de 1884. pucahy)
Neila fica a estação do Capivary. Tem duas eschs. pubis. de
.

instr. prim., uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 2.241 de POUSO DO MELLO. Córrego do Estado de Minas Geraes,
26 de junho de 1876. Agencia do correio, E' má a collocação aff. da margem dir. do rio Elvas, acima do córrego do En-
desta cidade que, entretanio, possue bons prédios, alguns de genho.
solida construcção. Possue, além da matriz a capella de N. S. POUSO DO OUVIDOR. Córrego do Estado de Goyaz é um ;

do Rosario. O clima é ameno e saudável e a agua que abastece dos braços do ribeirão da Ponte Alta, trib. do Carretão Grande,
a cidade de superior qualidade. Está em decadência. que ò é do S. Patrício e este do das Almas. E' citado no «Itine-
rário» de Cunha Mattos.
POUSO ALTO. Antiga villa do Estado de Goyaz, elevada á
categoria de cidade com o nome de Piracanjuba pela Lei Prov. POUSO DOS CARREIROS. Log. do Estado do Minas Ge-
n. 786 de 18 de novembro de 1886. raes,na estrada que soguedo Carmo da Bagagem para a Abbadia.
Limita o dist. da Abbadia dos Dourados.
POUSO ALTO. Antiga pov. do mun. da Diamantina, no
Estado de Minas Geraes, á margem esq. do rio de seu nome, com POUSO FALSO. Ribeirão do Estado de Goyaz, desagua na
uma capella regular. Elevada á distr. pela Lei Prov. n. 1.295 margem esq. do rio dos Bois, aff. da margem dir. do rio Crixá-
de 30 de outubro de 1806, e incorporada á parochia de Dattas assú (Cunha Mattos «Itinerário». Tomo II pag. 111). Recebe o
pela de n. 1.3j7 de 6 de novembro de 1866 e art. XIV da de ribeirão do Meio.
n. 1.999 de 14 de novembro de 1873. E' ligada á Diamantina POUSO FRIO. Bairro do mun. de Taubaté, no Estado de
por uma estrada. Tem duas eschs. publs. de instr. prim,, uma S. Paulo; com duas eschs. pubs. de inst. prim., umadas quaes
das quaes creada pela Lei Prov. n. 2,390 de 13 de outubro de creada pela Lei Prov. n. 37 de 2 de abril de 1883.
1877. Pertence ao mun. deGouvêa. Foi creada parochia pela Lei
Prov. n. 3.442 de 28 de sjtembro de 1887. POUSO FRIO. Serra do Estado de Minas Geraes, nos muns.
de rtajubá e da Chri.stina. Della nascem o rio Aterrado, aff. do
POUSO ALTO. Assim denominava-se até 1682 a freg. do Verde, e o ribeirão Pirangussú, aíT. do Sapucahy. Em seu sopé
Carmo do Rio Verde, pertencente ao mun. de Christina; no está situada a fi-eg. do Pirangussú. Entre ella e a serra da Pedra
Estado de Minas Geraes. Vide Rio Verde. Vermelha corre o rio Sapucahy,
POUSO ALTO. Log. do mun. da Franca do Estado de São POUSO FRIO. Ribeirão que passa pela freg. do Pirangussú,
Paulo. mun. de Itajubá e Estado de Minas Geraes. E' de sua agua que
POUSO ALTO. Bairrc do mun. da Natividade e Estado de se abastece a pop. daquella freg. Desagaa na margem dir. do
S. Paulo, com eschola. Pirangussú,
. )

POX 301 — PRA


POUSO FRIO. Rio do Estado de Minas Geraes, afF. da mar- de 1866 e restaurada pelo Dec. n. 78 de 16 de fevereiro
de
gem dir. do Lourenço Velho. 1891. Lavoura de algodão, canna de assucar, mandioca, milho
e
POUSO SECCO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. outros legumes. A população do mun é de seis a 7.00Q habs.
do Rio Claro com uma esch. pub., creada pela Lei n. 111 de 27 Tem duas eschs. publs. de instr. prim. e agencia do correio!
de outubro de 1894. Comprehende o pov. Jequiá da Praia. Ignora-se precisamente a
data em que foi elevada á categoria de parochia. Sobre suas
POUSO TRISTE. No sitio do Pouso Triste em Mangaratiba divisas vide Lei n. 180 de 8 de junho de 1897.
(Estado do Rio de Janeiro), desfiladeiro no único caminho que
seguia para S. João Marcos, estrada para a Capital Federal, POXIM. Pov. do Estado de Sergipe, no mun. de Pacatuba.
houve uma fortificação irregular com dous canhões, construída Os habs. vivem da lavoura e da industria pastoril.
por Jo=ié Custodio Henrique em 1822, mediante o posto de alferes POXIM. Rio do Estado dns Alagòas nasce no termo de ;
de ordenanças mas essa posição perdeu toda a importância
; Coruripe, atravessa a lagôa Escura, banha a pov. do
seu nome
desde que foi mudada a estrada. (Fausto de Souza). e desagua no Oceano, depois de um curso de mais
de 24 kils
POVINHO. Log. do Es ado do R. G. do Sul. Ahi creou a Não é navegável.
Lei Prov. n. 589 de 26 de dezembro de 1866 a freg. de S. Thiago POXIM. Rio do
Estado de Sergijje nasce nas fraldas da ;

do Boqueirão. Agencia do correio. cordilheira de Itabaianna corre a N. O., e vai desaguar perto
;

POVO. Pov. do Estado do Pçiraná, no mun. de Tibagy, em da barra do rio Cotinguiba


é navegável por canoas na dis-
:

terreno plano e baixo, sendo ao redor montanhoso. Dista 6.6 kils. tancia de 12 a 15 kils Recebe o Telha, Baiacú, Cosme, Furado
'

daquella vUIa e 9,9 do pov. Santa Rosa. Em 1837 tinha 28 fogos Vermelho, Poxim-mirim e Timbó.
com 181 liabs. POXIM. Rio do Estado de Sergipe : nasce no sitio Porteiras,
POVO. Ilha do Estado da Bahia, no rio S. Francisco, entre
mun. de Japaratuba e faz sua foz no rio S. Francisco no siiiò
Boa Visi a das Esteiras e Pilão Arcado, e próxima das ilhas Sa- Betume com 100 kils. de curso. (Inf. loc Vide Betume. Al- )

linas, Barro, Cajueiro e Manga da Porta (Halfeid). guns o conside/am como trib. do Betume. Recebe o Badaiôs
Pedras, Piauhy, Estiva Funda e Inhumas. Também é chamado
POVO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, nasce na serra Poxim do Norte.
dos Garcias, banha o mun. de Piratiny e desagua no rio Ca-
maquan. POXIM. Rio do Estado da Bahia, nasce na lagoa do seu
nome e desagua no oceano ao N. de Cannavieiras. Communica
POVO. Lag-ia do Estado de Sergipe, no mun. de Aquidaban. com a barra de Comjnandatuba por um canal interior que se-
POVOA. Log. distante cerca de 18 kils. da capital do Estado para do continente a ilha de Commandatuba e com a barra :

de Goyaz. do Pati, e pelo canal denominado Porto do Maito. Sua barra


ofierece entrada a navios de alto bordo, sendo até melhor que
POVOA. Ribeirão do listado de Goyaz na estrada do Sul. as barras de Belmonte e Cannavieiras, porque o rio não é tão
POVOAÇÃO. Serra da Estado de Minas Geraes. Vide Negra caudaloso e arrasta por isso menos quantidade de areia para
(Serra. a foz.
POVOAÇÃO. Ilha do Estado da Bahia, no mun. da Barra POXIM GRANDE. Log. do Estado das Alagòas, no Poxim.
do Pão de Contas. POXIM MIRIM. Rio do Estado de Sergipe, aff. do Po.xim,
POVOAÇÃO. Ribeirão do Estado do E. Santo : reune-se ao que o ó do Cotinguiba.
Caxise PRAÇA. Serra do Estado de Sergipe, no mun. de Campos,
POVOAÇÃO. Porto no rio S. Francisco, abaixo da barra do importante por suas dimensões. ( Silva Lisboa, Choronr. da
Paraopeba e na confluência do ribeirão da Extrema no Es- ;
Sergipe, 1897.;
tado de Minas Geraes. «OS. Francisco tem na Povoação um PRACAJURÁ. Log. do Estado do Pará, no mun. de Portel,
aspecto mais mage-toso que na Cachoeir Grande, onde não
i

margem do rio Anapil.


a
obstante c mais avolumado. Achando-s3 acima das cachoeiras,
suas aguas são mais ou menos represadas, o que torna o rio PRACAJURÁ. Ilha do Estado do Pará, situada com a ilba
mais largo e profundo. Elie corre, segundo a direcção N. S., a Tayapú na bahia de Camuhy, formada pelo rio Anapú.
500 metros abaixo de Ouro Preto ou 660 metros acima do nivel
do mar mosti'a-se na extensão de qiiasi meia légua, tendo as
PRAGATÚ. Pov. de Estado da Bahia, no mun. da Serrinha,
;

margens formadas de altos barrancos do schisto argilloso, orla- á margem do riacho do seu nome.
das de espessas mattas. No porto da Povoação não ha barcas, nem PRACATUBA. Rio do Estado do Pará, atravessa a ilha Ca-
tão pouco ajoujos o transporte de passageiros e bagagens se
; vianna dependente do mun. de Chaves. Recebe o igarapé do
faz em canoas, conduzidas alternativamente a vara e a remo.» Limão.
(Eng. S. Pires. Annaes da Esch. de Minas, 1885.) PRACAXrS. Rio do Estado do Pará desagua no Tajapurú ;

POVOAÇÃO REGULY. Log. na colónia S. Lourenço, mun. defronte da ilha do seu nome. Quem vai de Breves para Gu-
de Pelotas do Estado do Pv. G. do Sul. rupá passa pela bocca desse rio. Recebe o Masceno.
POVOADO. Ilha do Estado do Pará. no rio Trombetas, no PRACINHA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun, de
mun. de Orisimina. Barreiros.
POVOÇA. Ilha do Estado do Paraná, na bahia das Laran- PRACUPIJÓ. Rio do Estado do Pará, banha o mun. de
geiras, próxima das ilhas do Retiro e Raza. Tem uma capel- Portel e desagua na margem esq. do rio Anapú. Vide Pi-acupyjó.
linha do Senlior Bom Jesus, mui venerada,
PRACUPY. Rio do Estado do Pará banha o mun. de Por-
;

POVO MIÚDO. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. tel e desagua na margem esq. do Anapú.
de Alvimnopolis.
PRACUPY. Bahia formada pelo rio Anapú, no Estado do
POVO NOVO. Dist. do Estado do R. G. do Sul, no mun. do Pará. Neila desagua o rio do mesmo nome.
Rio Grande. Orago N. S. das Necessidades e diocese de São
Pedro. Foi ci'eado parochia pelo art. I da Lei Prov. n. 35 ile 6 PRACUPYJÓ. Rio do Estado do Pará ;
desagua na bahia
de maio de 1846. Tem duas eschs. publs. de instr. primaria. de Anapú, formada pelo rio deste nome.

POVO NOVO. Antigamente assim denominava-se o actual PRACUUBA. Pov. moderna, á margem direita do rio
Cupijó, no mun. de Cametá do Estado do Pará. Tem egreja,
dist. Afilia Rica no Estado do R. G. do
de N. S. da Piedade de
Sul. Vide Villa Rica.
algumas casas e uma população de cerca de 300 habs., espalha-
dos em habitações pelas margens do rio.
POXIM. Villa e mun. do Estado das Alagòas, na com. de PRACUUBA. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Soli-
Coruripe, á margem e.sq. do rio Poxim. Orago S. José e dio-
môes, logo acima da foz do rio Juruá e defronte da ilba Tai-
cese de Olinda. Foi elevada á villa por ordem do governador
assntuba.
de Pernambuco de 8 de julho de 1779 e installada em 21 de
agosto de 1821 pelo ouvidor Manoel Jo.iquim de Mattos Cas- PRACUUBA. Ilha do Estado do Pará, no estuário do -Ama-
tello Branco. Foi extincta pela Lei Prov. n. 484 de 23 de junho zonas .
PRA — 302 — PRA

PK.ACUUBA. Este rio, que é um simples desaguadouro das vavelmente o celebre rio Jucurucú com as suas formosas dezesete
baisas e bamburraes das mattas do S. do Atuá, não é notável caehoeiras. Ha poucos annos todo o commercio reduzia-se á
sinão pelo bello estuário que se forma em sua barra e nade pe- extracção da piassava e ao corte de madeiras das mattas; mas hoje
quenos outros rios, em uma extensão de 26 milhas desde a barra ocoupa-se uma grande parte da população com a plantação do café
do Muaná até a ponta superior da iili.i de Santa Cruz. Em uma e do cacáo. O mun. é regado pelo rio Jucurucú, que tem franca
das suas ilhas está a villa, nova e decadente, da Boa Vista. A navegação uns 30 a 40 kils. da cidade para cima, até o começo das
borracha abunda nes',e rio. (D. S. F. Penna, A Ilha cJe Ma- cachoeiras para patachos. Dizem que é desconhecida por ora a
rajó, 1876.) origem do rio, consiand porém, que nasce em Mmas Oeraes, e
>,

atravessa a cordilheira dos Aymorés, onde tem muitas cachoeiras,


PRACUUBA. Lago. do Estado do Amazonas, na margem,
e as mattas virgens, e entra no mun. do Prado, onde recebe pela
esq. do rio Purús, prox.imo á foz. Tem uma milha de diâmetro.
maigera esq. os seguintes tribs. conhecidos Hom-Viver, Beija-
:

PRACUUBA. Lago do Estado do Pará, desagua namargám Flor do Norte, Ribeirão da Lage, Furados, Ribeirão, Agua
dir. do rio Amapá. Ilrancj,, e riaoh.0 das Pedras, e pela margem dir. os ribeirões
PRACUUBA-MIRIM. Log. do Estado do Pará, nomun. do Quebrado, Perigoso, Bcija-Flor do Sul e Riaclio Grande da
de S. Sebastião da Boa Vista, com eschola. cima pela margem esq. do rio do Sul, Canudos, Quilombo, Ri-
beirão da Cachoeira e Ribeirão ã'i Pedrinha, e pela margem
PRACUUBA-MIRIM. Furo que do rio Pará vae ao Pi-a- dir. o Córrego do Nascimento. O rio do Sal, que nasce perto
cuuba. no Es ado daquelle nome. Junto á sua entrada íica a de S. iMig lel, em IMinas Oeraes, cerca de quatro léguas distante
pov. de S. Sebastião da Boa Vista. dessa cidade, une-se com o rio do Norte, cerca de 24 kils. dis-
PRACUUBINHA. Ilha do Estado do Pará, no estuário do tante da cidade do Prado, no logar de sominado « Fazenda
Amazonas. Duas Barras», pertencente ao fazendeiro Osmundo da Silva Go-
mes, e toma, deste ponto em diante, o nome indígena «Jucu-
PRAl)U. Cidade mun. do Estado da Bahi.i, na com. d®
e
rucú ». Navios e vapores sobem perfeitamen'e até as «Duas
Alcobaça, na margem esq. do rio Jucurucú, tres kils. acima da
Barras » e desse ponto em diante navegam canoas até os cortes
foz. em terreno plano, á beii'a-mar, Orago N. S. da Purillcação de madeiras r.a matta virgem, tanto no rio Norte como i.o rio
e dioces? archiepisoopal de S. Salvador. Sobre sua 0i'igem
Sul, passando, porém, em certos logares com grandes difíioulda-
consta o seguinte: Como por ox'dem regia se devia crear uma des, e por vezes por cima das pedras, puchadas a bois, por causa
villa no sitio próximo ao rio Jucurucú, longe 12 léguas ao S. das cachoeiras. As cachoeiras por ora conhecidas são: a ca-
de Trancoso, entre Porto Seguro e Caravellas, distante cinco choeira de Ilaixo, Bom Socego, Sccca, Grande, Tope, T- imoso,
léguas da freg. de S. Bernardo de Alcobaça, e não havendo no Arrependido, Massaranduba, Santa Clara, S. Benediclo, Funil,
logar templo algum onde os habitantes pudessem cumprir os Trapézio, S. Ped< o, S Paulo, Santa Isabel, Santa Barl/a: a, e
.
deveras da religião catholica, foi de mister que anles do preten- S. Francisco . O rio Corumbá, que serve de limite entre o mun.
dido estabelecimento se erguesse uma egreja, que servbsse de do Prado e o de Porto S guro, é bastante caudaloso, e o Ria-
matriz. Em taes circmsiancias, por oíiicio de 2 de janeiro de
cho Grande do Norte, Embassuaba, Rio do Peixe Grande, Rio
1764, requereu o desembargador ouvidor-geral da comarca de do Peixe Pequeno, Coro,nochaliba e Gahy desembocam no
Porto Seguro, Thomé Couceiro de Almeida, as providencias ne- oceano pelo norte, Riacho do Ouro, Bous Irmãos, Areia Preta,
cessárias, que o bispo promptameiite deu, creando pela Portaria Japamii iin, .Tapará Grande, das Ostras, da Paixão, Viçosa e
de 8 de maio seguinte a nova viuararia, sob a invocação da das Barreiras desaguam pelo lado Norte da cidade do Prado.
Virgem N. Senhora, e commettendo ao padre João Alvares de Sobre essa cidade diz iNícuchez: « Bien qu'ayant le nom de vil-
Barros a sua parochiação annual. Subsistiu esta egreja com a le depuis 1764, le Prado n"est qu"un village d'un millier d habi-
natureza de amovível, até que foi elevada á categoria de [ler- tants, mais c'est le point le plus important que l'on rencontre
petua pelo Alvará de 20 de outubro de 1795 e carta regia de 11 depuis Porto Seguro 11 est situe à une mille au N. de Tem-
de novembro de 1797, desempenhando o padre Antonio Martins bouch ire do Rio Jucuruçú et resserré entre la plage et un coude
Lomba, desde o anno de 1797, o logar de sou primeiro proprie- que fait cette rivière avant d'arriver á la mer. Le pays envi-
tário. No mun. cultiva-se mandioca, café, cacáo, feijão, mdho. ronnant est assez riche et produit principalement une grande
Criação de gado. Tem diversas lagoas, entre aa quaes as deno- quatité de manioc : malheureusement Tindolence naturelle des
minadas Duas Barras, Curral, Cavallo, Cajurú, Craveiro, habitants, presque tous indiens ou mulàtres, le voisinage fort
Viola, Despique, Palhal, Candêas, Coqueiro e Buraco do Bicho; incommode des tribus Botociidos, qui venaient de temps à autre
e algumas serras, como as de Pau Vermellio, Negra, João de saccager la ville jusqu'.à, une époque assez i-écente, et enfin la
Leão e Santo André. Foi elevada á categoria de villa em 3 de mauvaise réputation très-méritée de la barre, ou Ton trouve fort
março de 17.Õ5, sendo installada em 12 de dezembro de 1764. peu d'eau et beaucoup de mer, sontautant de causes qui arrètent
Tem a villa 1.400 babs. e o mun. 8.O0O. Tem duas eschs, publs. le développement de cetfce population. La barre est si mauvaise
de inst. prim., uma das quaes foi creadapela Lei Prov. n. 1.856 que ))endant les deux jours que nous avons passée devant le Pra-
de 17 de setembro de 1878. Agencia do correio e estação ts- do, nons y avons vu se perdre un caboteur et chavirer la balei-
legraphica. Dista 24 kils. de Alcobaça e 85 do Trancoso. niére du D' Eirtrccastcaux Le mème accident faillit m'arri-
.

Comprehende as povs. Coromochaiiba e Escondido, O mun. ver peu après avec une autre três bone embarcation, bien que
é composto da actual cidade do Prado, que tem cerca de 700 j'eusse pour patron le pilote même de la barre. Nous en fumes
casas, todas munidas de passeios, 12 ruas largas e algu- quittes pour remplir jusqu'aux banes, et cependant le temps
mas mais estreitas, completainente alinhadas, um trapiche, uma était magnifique au large. Eu dedans de la barre on trouve
egreja, Camara Municijjal, uma philarmonica, cerca de 7 a 8.000 2 ij —
4 mètres d'ea'i ju-qu'à 2 lieues au dessus de la ville. Posi-
habs. e mais cerca de 1.000 emigrados na maior j)arte de Assú tion delabarre: latitude 17" 21' 40", longitude (Rio) 3" 55' 47",
da Torre, que residem na pov. Es -ondido, e cerca de 300 na longitude (Paris) 4t°3ri3", Déclinaison, 5° 10'. E'tal)liss^ment
pov. de Coromochatiba. na maior parte antigos Índios. Na du ^port, 3 heures 1/2. » Foi elevada á cidade em 18D6 pela Lei
primeira pov. tem um.a capella, e na s^g inda uma egreja e um n, 129 de 3 de agosto.
cemitério, sendo a instrucção publica representada por um pro-
fessor e uma professora. Além de um grande commercio de ma- PRADO. Colónia do Maranhão, fundada com immigrantes
deiras, exporta já cerea is, 5.000 kilos de café, que dobrará em cearenses no antigo mocambo do Limoeiro. Projecta-se a aber-
pouco tempo, pelas numerosas plantaçães feitas nos últimos dous tura de uma entrada que cimiraunique essa colónia com a cida-
ou tres annos. O terreno, excepto, duas léguas de pi aia, é ferti- de de Turyassú.
lissimo, e consiste em grés e argillas ferruginosas, s ndo rega- PRADO. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. de
do e cortado por innumeros córregos e regatos. O clima é Nazareth e da Gamelleira.
muito sadio, pois não ha pântanos nos grandes e extensos terre-
nos entre Prado, Alcobaça, e Porto Seguro esperam anciosos
;
PRADO. Banco de areia e coral, de uma centena de metros
a chegada dos colonos activos e morigerados, para fazerem desta de diâmetro, situado a tres léguas a E da Barra do Prado,
vasta e rica zona um empório de lavoura, de industria e com- na Lat. 17''21'S. (Mouchez). Descobre na baixa mar. Entre
mercio, visto que é auxiliada por bons portos e fácil conimuni- elle e a costa encontram-se nove metros d'agua e da parte de
cação pelos rios para os portos do mar, e destas para a fora 12 a 13 metros.
capital da Bahia. A cidade do Prado tem um grand futuro, e PRADO. Arroio do listado do Paraná, aff. da margem dir.
tem um clima muito ameno cerca d^ duas leguaes distante
; do rio Santo Antonio, trib. c'o Iguassu. Entra com 18 metros
da cidade começam as soberbas mattas virgens, onde nasce pro- de largura na bocca.
.

PRA — 303 — PRA

PRADOS. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes. ex- PRAIA. Riljeirão do Estado de S. Paulo nasce na cadêa de ;

parochia do mun. de Tiradeiites. Sua matriz é riquíssima, tem morros da ilha de Santo Amaro e desagua no mar a SE. da
a infocação de Nossa Senhora da Conceição e depende da dio- mesma ilha.
cese de Marianna. Foi elevada á pai-ocliia por Ordem Regia
de 1752 e annexada ao mun. de S. José d'El Rei pelo art. I
PRAIA. Rio do Estado do Paraná, aíl", do Guaraguassú.
trib. da bahia de Paranaguá.
da Lei Prov. n. 452 de 20 de outubro de 1849. Sua população
é calculada em 4.000 habitantes. Tem duas eschs. publs. de PRAIA. Córrego do Estado dí Minas Geraes d^sce d :

instr. prim., uma das quaes foi creada pela Lei Prov. n. 3.it5 morro do Morcego epasía pelo pov. do seu nome. E' engrossado
de 6 de outubro de 1883. Agencia do correio. Cultura de pelo Morro da Telha e entra na margem esq. do rio das :\lr.i 'es
cereaes. Criação de gado. Industiúa de sellins. Comprehonde p luco acima da estação do Barroso. E' lambem denominado
a pov. da Patusca. E' ligada á S, João d'El-Rei e á Lag"ia Cantagallo.
Dourada por uma estrada, atravessada pelo rio Carandahy. PRAIA. Assim denominam na cidade de S. João d'Ei-Piei,
Sobre suas divisas vide, entre outras, as Leis Provs. n. 3 2l9 Estado de Minas Geraes, ao córrego do Lenheiro que passa pelo
de 11 de outubro de 18S1 n. 3,332 de 8 de outubro de
:
meio da cidade e desagua no rio das Mortes. Vide Lenheiro.
1885 e Dec. n. 30 de 22 demarço de 18'JU. Suas ruas são cal-
çadas, mal alinhadas e alguai tanto Íngreme?. A matriz tem PRAIA. Ribeirão do Estado de Minas G roes, aíf. da margem
três capellas ílliaes, a do Rosario, a de N. S. do Livramento e a es|. do rio Carandahy. Nasce no morro do Ibaté. Seu valle é
de Santo Anto :io. Seu terriiorio é fertilissimo. Dista 120 seguido p. la E . de F. Central do Brazil e s a foz e? á um kil.
kils. de Ouro Preto, 22 de S- João d'El-Rei o 30 de Barbacena. acima da estação de Carandahy. O percurso é de 16 kils. e sua
Foi elevada á villa pelo Dec. n. 41 de 15 de abril de 1890 e Ijacía bastante estreita.
á cidade p'la Lei n. 23 de 24 de maio de 1892 e classificada PRAIA ALEGRE. Praia junto ao disir. das Pedras Bran-
com. de 1^ entr. por Acto de 22 de fevereiro do mesmo anoo. cas, no Estido do R. G. do Sul.
Comprehende, além da parochia da cidade, mais a de Dores de
Campos, anl. i)ov. da Patusca. Situada numa grota funda, PRAIA ALTA. Log. do Estado de Matto Grosso, á margem
onde nasce o ribeirão de Prados, o seu nome está em completa do Piquii-y, no distr. da freg. de Herculanea. E' muito s ijeita
desharmonia com o aspecto topographico. Experimentaria, aos assai os dos índios Coroados.
pois. uma desillusão todo o viajant? que pensasse encontr.Tr PRAIA ALTA. Log. no mun. de Mangaratiba do Estado
liadas campinas, ignorando que o nome de Prados, dado á ci- do Rio de Janeiro com uma esch. publ. dí instr. prim.. creada
;

dade, vem de uma família desse appellido, que alli se estabeleceu pela Lei Prov. n. 1.759 de 30 de novembro de 1872.
e iniciou as primitivas explorações de ouro nesse logar. Casas
regulares, ruas tortuosas e mal calçadas. Desde muito tempo PRAIA ALTA. Ilha do Estado do Pará, no mun. de
tem alli grande incremento o fobrico de si.dlins, que se exportam Baião.
para todo o Eslado e para a Capital Federal. Esta industria, PRAIA ALTA. Igarapé do Estado do Pará, aff. da margem
que ocoupa quasi toda a população pobre da cidade, da grande dir. do rio Tocantins, na circurascripção do Areão e com.de
importância ao commercio de exportação e importação. De- Baião.
veria haver, nas proximidades da cidade um cortume para o
preparo de soUa, que, entretanto, não existe, de modo que PRAIA ALTA. Corredeira no rio Tocantins, próxima ás
a matéria prima é importada, O commercio é servido pela E.
denominadas Puraque-coara e Pedra do Jahú.
de F. Oeste de Minas pela estação de Prados, ligada á cidade PRAIA BRAVA. Enseada no littoral do mun. de Cabo Frio
por péssima entrada, margeando em grande extensão o ribeirão e Estado do Rio de Janeiro, entre a ponta dos Olhos de Boi e a
de Prados, o qual atravessa muitas vcíbs. A distancia de pont i da Espera.
Prados á estação é de cerca de 12 kils. Sua altitude é de l,05o
metros. Comprehende o pov. Cachambú.
PRAIA BRAVA. Riljcírão do Estado de Santa Catharina ;

corre ao N. do distr. de Cambriú.


PRADOS. Bairro do mun. do Jahú, no Es ado de São
PRAIA COMPRIDA. Arraial do Estado de Sarita Catha-
Paulo.
rina, no mun. deJosé S, ; com
imia capella da invocação de Santa
PRADOS. Pov. do Estado de Minas Geraes, no termo de Ja- Philomena. D'ahi parte uma estrada que se dirige a S- Pedro
guary. com uma esch. pubt, de instr. prim,, creada pela Lei de Alcantara. Tem duas eschs. publis., uma para cada sexo,
Prov. n. 3.162 de 18 de outubro de 1883. creadas pela Lei Prov. n. 859 de 4 de fevereiro de 1880.
PRADOS. Estação da E. de F. Oeste de Minas no Esiado PRAIA DA BALÊA. Log. no mun, de S. Sebastião do Es-
deste nome, a tres kils. do dist. de Prados, entre Barroso e t ido de S. Paulo.
S. José. A
Portaria de 4 de dezembro de 1885 creou ahi uma
PRAIA DA BARRA. Praia no mun. de Ubatuba do Es-
agencia do correio. Dista 20 kils. do Barroso, 10 de S. Jusá e
69 do Sitio. Está a 83S metros de altura sobre o nivel do mar. tado de S. Paulo.
Estação telegrapbica. PRAIA DA CIDADE. Praia no mun. de Ubatulja do Es-
PRADOS. Ribeirão do Estado d& Minas Geraes, rega a ci- tado de S. Paulo.
dade do seu nome e desagua no rio das Mortes, pela margem PRAIA DA CRUZ. L'ig. do mun. de Mangaratiba, Estado
dir., tres kils. acima do Estribo da Esperança. Recebe o cór- do Rio de Janeiro, na enseada de seu mme. E' notável pelas
rego do Muniz. conchis nacarada que poss :e.
PRAIA. Diz-se assim no Estado de Matt) Grosso á ribeira PRAIA DA FIGUEIRA. Pov. do Estido de S. Pavio, no
do rio,qiiando o talude é considerável. Estendem também esse mun. de Ubatuba.
nome aos baixios, ai.nda que não contíguos ás margens.
PRAIA DA GUARDA. Log. na ilha de Paqu;tá, na bahia
PRAIA.Pov. no mun. do Remanso c Estado da Bahia, á de Guanabara.
margem dir. do rio S. Francisco.
PRAIA DA HORTA. Log. do Estado do Rio de Janeiro,
PRAIA. Log. do tarmo do Triumpho do Estado do R. G. no dist. de N. S. da Conceição da Jurujuba.
do Sul
PRAIA DA LAG-OINHA. Bairro no mun. de Ubatul)a e
PRAIA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de Santa Estado de S. Paulo, cora eschola.
Anna do Sapucaby. Compõe-S3 de umas 40 casas espalhadas
em uma lindo várzea du rio Dourado, debaixo da serra de PRAIA DAS PALMAS. Log. do Estido do Rio de Ja-
neiro, no mun. de Angra dos Reis com duas eschs. publicas.
Cakbs. ;

PRAIA. Morro do Estado de Minas Geraes, no mun. de PRAIA DAS TORRES. Grando praia, situada na costa do
S. Gonçalo do Sapuoahy. Fica para os lados do Retiro, Ma- Oceano entre os morros das Torres e o obo de Santa Martha,
chado, Machadinho, etc. e estendendo-se do N. E. para S. O tem pouco mais ou me-
:

nos 30 braças de extensão, e a 3 milhas da costa enconira-se


PRAIA. Igarapé do Esiado do Pará, no mun. de Santarém. 30 braças de profundidade, sendo a parte contigua ás Torres
PRAIA. Riacho do Estado de Sergipe desagua
;
no rio menos profunda do que a contigua ao cabo de Santa Marília.
S. Francisco entre a foz dos rios Perpetua e da Onça. E" em frentí a esta praia e fronteiro ás Torres que se encan-
. ,

PRA — 304 — PRA

tra o pequeno vecife denominado — Illia dos Lobos. Fica no PRAIA DOS CARNEIROS. Pov. do Estado de Pernam-
Estado do R. G. do Sul. buco, na barra do rio Formoso, na margem direita. Pertence
ao mun. do Rio Formoso, de cuja cidade dista nove kils.
PRAIA DE BOTAFOGO. Vide Botafogo. (Inf. loc).
PRAIA D2 FÓRA. Dist. no mun. da Capital do Estado de
PRAIA DOS INGLEZES. Log. do Estado de Santa Catha-
Santa Catharina. Foi creado parocliia pela Lei Prov. n 674 de rina,no dist. de S. João Baptista do Rio Vei-melho, com uma
27 de iniiio de 1870. Sobre suas divisas vide Lei Prov. n. 687 de
escb pulil. de inst. prim,, creada pela Lei Prov. n. 844 de 4
25 de maio de 1872 e 701 de 11 de abril de 1874. Tem duas de maio de 1877.
escholas
PRAIA DE FORA. Bateria situada na costa oriental da PRAIA DO TIBAU. Pov. no mun. de Goyaniriha do Estado
do R. G. do Norte; com uma esch. publ. de inst. prim.,
babia de Guanabara, no Estado do Rio de Janeiro
creada pela Lei Prov. n. 667 de 30 de julho de 1873.
PRAIA DE PERNAMBUCO. Granda praia arenosa, situa- PRAIA DURA. Bairro no mun. de Ubatuba do Estado de
da na costa do Oceano ao S. das Torres ; tem pouco mais ou
e
S. Paulo, com uma esch. de inst. primaria.
menos 30 léguas de extensão, e estende-se de NE. para SO.,
variando a 4 milbas de distancia a sua profundidade de 30 PRAIA FORMOSA. Estação da E. deF. Central do Brazil,
a 40 braças : Estado do R. G. do Sul. entre as estnções a de S. Christovão, ao lado do
Central e
Canal do Mangue, e com frente para a praia do seu nome;
PRAIA DE SANTIAGO. Log. no mun. de S. Sebastião do no Districto Federal. Foi removida de S. Diogo.
Estado de S. Paulo.
PRAIA FUNDA, Morro no Districto Federal, próximo do
PRAIA DE SANTO ANOTNIO. Log. do Estado do Ama- morro de Cantagallo e da lagôa Rodrigo de Freitas.
mun. da capital.
zonas, fronteiro á ilha do Marapatá,
PRAIA FUNDA. Praia na lagôa Rodrigo de Freitas, no
PRAIA DE S, BRAZ. Log. no mun. de Mangaratiba do Districto Federal.
Estado do Rio de Janeiro com uma esch. publ. deinst. prim.
;

creada pela Lei Prov. n. 1.205 de 19 de outubro de 1861. PRAIA GRANDE. Um dos subúrbios da cidade de Nyterõi
do Estado do Rio de Janeiro. Dá frente para a Capital da Re-
PRAIA DE UNA. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. publica. Tem uma estação das barcas Ferry, a matriz de
de Iguapé. S. João Baptista, o jardim Pinto Lima, o theatro Santa The-
PRAIA DO ALTO. Bairro do mun. de Ubatuba, no Estado resa, a Camara Municipal, a Eschola Normal e outros edifícios
de S. Paulo. importantes. E' a parte mais commercial dessa cidade. Tem
bonitos prédios, bellas chácaras, importantes estabelecimentos
PRAIA DO BARRO. Bairro no mun. de S. Sebastião do commerciaes e é percorrida por linhas debonds. Preude-se ao
Estado de S. Paulo com duas eschs. publs. de inst. prim.,
:
bairro de S. Domingos, antiga residência dos presidentes do
creadas pela Lei Pi'jv. n. 81 de 12 de abril de 1870 e Lei Estado. A Lei n. 2 de 31 de março de 1835 determinou que a
n. 101 de 24 de setsmbro de 1892. villa da Pria Grande fosse a capital da então prov. e a de n. 6
PRAIA DO ESTREITO. Grande praia, situada na costa de 28 de março do mesmo anno elevou a villa Real da Praia
do Oceano entre a de Pernambuco e a barra que demora na Grande á categoria de cidade com o nome de Nyierõi. Em 1893
lat. S. de 32° 6' 50" elong. Occ. de 8" 57' 59" do meridiano do e 1894 resistiu com denodo aos constantes bombardeios da
Rio de Janeiro. Esta praia corre de NE. para SO. e tem cerca esquadra revoltada.
de 35 léguas é por detrás delia que ach.a-se a lagôa dos Pa-
:

tos; no Estado do R. G. do Sul.


PRAIA GRANDE. Pov. do dist. de Pirajá, no Estado da
Bahia, com uma escb. pnb. de inst, prim., creada pela Lei
PRAIA DO ETINGUÁ. Bairro no mun. de Ubatuba do Prov, n, 1,556 de 25 de junho de 1875,
Estado de S. Paulo, com uma escb. publ. de inst. prim. para o PRAIA GRANDE. Log. no dist, de N. S. da Guia, no
sexo feminino ci-eada pela Lei Prov. n. 79 de 2 de abril de
anúgo mun, da Estrella e Estado do Rio de Janeiro com uma
e uma para o sexo masculino, creada pela de n. 37 de 30
;
1883
esch. pub. de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 1.786 de 20
de março de 1882.
de dezembro de 1872.
PRAIA DO FELIX. Bairro no mun, de Ubatuba do Estado PRAIA GRANDE. Log, do Espado do Rio de Janeiro, no
de S. Paulo ; com uma escb. publ. de inst. primaria.
dist. de Monte Serrate emun, do Parahyba do Sul.
PRAIA DO FORTE (Porto da). No mun. da Matta de í'
PRAIA GRANDE, Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
S. João, 6 Estado da Bahia. E' de grande profundidade, podendo
mun. de Angra dos Reis; com uma esch. pub.
abrigar navios de grande calado (Inf. loc). pov. que ahi A
existe é habitada por pescadores e tem uma só rua com casas PRAIA GRANDE, Bairro no mun. de Tielé do_ Estado de
cobertas de palha. S. Paulo. Seus primeiros povoadores foram o capitão Joaquim
PRAIA DO GOES. E' o nome de uma pequena praia si- Corrêa Leite Moraes e Joaquim José de Mello.
tuada ao lado esquerdo da fortaleza da Barra Grande da cidade PRAIA GRANDE. Log. do Estado de S. Paulo, no mun.
de Santos. O forte, em ruinas, quealli existe, foi mandado construir de S. Vicente, com esch. publica.
pelo capitão-general D. Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão,
pelos annos de 1766 a 1767, com proporções pai-a montar 12
PRAIA GRANDE. Bairro no mun. de Villa Bella da Prin-
ceza do Estado de S. Paulo, com uma esch. publica.
boccas de fogo. Neste logar por carta regia de 2 de maio de
1757, havia sido mandada construir uma armação para a pesca PRAIA GRANDE. Pov. do Estado do Paraná, no mun.
de balèas, o que não foi levado a effeito (Azevedo Marques). de Campina Grande.
PRAIA DO MILAGRE. Log. do dist. do Mosqueiro e PRAIA GRANDE, Mori-o do Estado do Rio de Janeiro,
mun. da capital do Estado do Pará. no dist. de S. José da Boa Morte.
PRAIA DO PEIXE. Ribeirão do Estado de S. Paulo, PRAIA GRANDE, Morro do Estado do Rio de Janeiro,
aff.da margem dir. do rio Ribeira de Iguapé. Tem 22,2 kils. no mun, de Angia dos Reis.
de extensão (Azevedo Marques). PRAIA GRANDE. Ilha do Estado do Amazonas, no rio
PRAIA DO PEIXE. Log. do Districto Federal, á beirada Solimões, entre a ilha Pacetapera e a foz do rio Jundiatuba,
bahia. Ahi lica a Praça do Mercado.
PRAIA GRANDE, Ilha do Estado do Pará, entre Belém
PRAIA DO PINTO. Bairro no mun. de Villa Bella da e a fuz do Gurupy
Princeza, no Estado de S. Paulo, com uma esch. publ. de inst.
primaria. PRAIA GRANDE. Ilha no rio Tapajoz, abaixo da grande
ilhado Cururú e próxima das ilhas Janarisal, Sumahuma, Re-
PRAIA DO PINTO. Log. do Districto Federal, á margem donda e Tucano.
dá lagoa Rodrigo de Freitas.
PRAIA GRANDE. Praia na margem do Norte do rio
PRAIA DO SAPATEIRO. Assim denominou-se por algum Negro, acima da ilha de S. Gabriel, no Estado do Amazonas.
tempo a praia do Flamengo, pertencente ao Districto Federal, Neila principia apov. de S, Gabriel, Defronte ficauma cachoeira,
39.515
.

PRA — 305 — PRA

denominada Crocobí pelo Dr. Alexandre Rodrigues Ferreira F. Bernardino de Souza, no seu trabalho Commissío do Ma-
e capitão-tenente Araujo Amazonas. No Relatório da commissão deira publicado em 1875 diz « A freguezia di Pi-ainha vai em
:

de limites com Venezuela, lê-se «Defronte da Praia Grande


: crescente decadência, e contrista a alma do viajante o espe-
de S. Gabriel ha a notável cachoeira de Curucui ou do Bento ctáculo que apresenta essa tão antiga povoação, digna sem du-
€ mais acima a do Forte. y> vida de melhor sorte. As casas, em geral, apresentam um as-
pecto ruinoso ou de imminente desmoronamento, entretanto,
PRAIA GRANDE. Praia no littoral do mun. de Bra-
que a matta próxima, por assim dizer, invadindo a povoação e
gança e Estado do Pará. (Inf. loo.).
as trepadeiras cobrindo os tectos das casas, denunciam ao via-
PRAIA GRANDE. Praia no mun. de TJbatuba do Estado jante admirado a incúria e o deleiso dos habitantes. A causa
de S. Paulo. principal de todos esses males, dessa decadência lamentável ou
PRAIA GRANDE. Enseada na bahia de Angra dos Reis, antes dessa morte a que parece condemnada aquella localidade,
no mun. de Mangaratiba do Estado do Rio de Janeiro. é sem duvida a peregrinação que a maior parte da população
faz todos os annos para os sezonatioos e mortíferos seringaes
PRAIA GRANDE. Rio do Estado do Rio de Janeiro ;
dos rios Jary e Tamatahy, onde vai á extracção da borracha,
nasce na serra do Mar, no logar denominado Sesmaria, per- seduzida por fabulosos e imaginários lucros, voltando mezes de-
corre o mun. de Mangaratiba e desagua no mar depois de um pois pobre, carregada de dividas e cheia de enfermidades adqui-
curso de seis kilometros. ridas nesses logares paludosos, mephiticos e insalubres... e, en-
PRAIA GRANDE. Rib?iro do Estado de S. Paulo banha ; tretanto, não desilludida! E tanto é mais censurável e repre-
o mun. de Tietê e desagua na margem dír. do rio deste nome. hensivel essa annual peregrinação dos habitantes da Prainha
para os seringaes, quanto é certo que as férteis campinas que
PRAIA GRANDE DA GRAÚNA. Log. no mun. de Pa-
a circumdam, muito apropriadas para a criação, esis em co-
raty, do Estado do Rio de Janeiro.
bertas de grandes rebanhos de gado vaccum, cujo numero se
PRAIA GRANDE DA ILHA. Log. do dist. de N. S. da eleva de 14 a 16.000 cabeças. Entretanto, apezar dos recursos
Ajuda da ilha do Governador, na bahia do Rio de Janeiro. que alli ha para a criação do gado e subido lucro que esta in-
PRAIA GRANDE DE ARROIOS. Log. do Estado do dustria deixa aos criadores, ainda assim a seringa llies é prefe-
rida. A lavoura parece ser alli completamente abandonada e
Pará, á margem dir. do rio Tocantins. Neila existiu outr'ora
uma colónia militar ha muito abandonada. Cresceu o matio e desconhecida, posto que o terreno seja em estremo fértil.» Se-
hoje, como únicos vestígios, Acaram uns cafeceiros e larangeiras gundo o Sr. Costa Azevedo a matriz da Prainha fica na Lat. S.
que os soldados plantaram, e a custo vegetam, quasi afogados de lo 48' 44" eLong. O. de 10" 18' 50". Foi essa pov. elevada
á categoria de villa pela Lei Prov. n. 941 de 14 de agosto de
no matagal que os encerra.
1879; installada em 7 de janeiro de 1881. Tem pouco mais de
PRAIA GROSSA. Log. na ilha de Paquetá, na bahia do 1.000 habs. e duas esohs publs. Agencia do correio. No muni-
Rio de Janeiro ou de Guanabara. cipio ficam os rios e igarapés Joary, Caminahú, Outeiro, Ca-
PRAIA MOLLE. Rio do Estado do E. Santo, desagua no jueiro, Limão, Tamatahy, Uruará, Camapú, Purús, Tamanduá,
mar, na praia situada duas milhas ao S. da barra do Cara- Arassandeua. Ahi tocam os vapores da linha de B^lém a Ma-
pebtis. Não é mencionado no Dice. Gaogr. da Província. náos. Tem alguns lagos de pequena importância, taes como o
Camapú, Inferno, Socoró, Bocca Serrada, Mutuca e diversas
PRAIÃO. Log. do Estado da Bahia, no rio Paraguassú, serras, Mapequé, S. Roque, Marapy, Paraaquara eTauerií. Cul-
e foz do rio Santo Antonio, a uns cinco kils. da cidade do tiva farinha e milho em pequena quantidade. Industria pastoril,
Andarahy que pôde elevar-se em todo o municipio a 15 mil cabeças de
PRAIA PEQUENA. Log. do Districto Federal, á margem gádo, e a pesca que consiste na salga do pirarucu que exporta
da bahia do Rio de Janeiro, próximo de Bemfica; atravessado para capital em quantidade regular.
pela B. de F. do Rio do Ouro, que ahi tem uma estação.
PRAINHA. Dist. do Estado de S. Paulo, no mun. de
PRAIA PERDIDA. Grande bahia formada pela ponta do Iguapé Orago N. S. das Dòres e diocese de S. Paulo. De
Pero com a Emerina, no do Estado do Rio de Janeiro.
littoral simples bairro da parochia do Juquiá foi elevada a esta ultima
Ao N. delia existe uma ponta que, com a Emerina, fórma a categoria pela Lei Prov. n. 35 de 6 de abril de 1872. Tem
pequena bahia de Caravellas (Mouchez). 2.000 habs. e duas escbs. publs. de inst. prim. uma das
PRAIA REDONDA. Log. no mun. de Iguapé do Estado quaes creada pela Lei Prov. n. 37 de 30 de março de 1882.
de S. Paulo. Agencia do correio. Foi creado dist. pela Lei Prov. n. 35 de 6 de
abril de 1872.
PRAIA VERMELHA. Log. do Districto Federal, conti-
nuação da Praia da Saudade, entre os morros do Urca e S. João. PRAINHA. Log. do Estado do Amazonas, no dist. de Taua-
Ahi fica o importante edificio da Eschola Militar e foi ahi que pessassú.
desembarcou Estácio de Sá quando veio desalojar os francezes PRAINHA. Pov. do Estado do Ceará, no mun. de Aquiraz.
do Rio de Janeiro. Entre as praias da Saudade e Vermelha,
próximo á Urca, existe uma casa ^barracada, mas solidamente PRAINHA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Rio
construída ha séculos. Dizem ter nessa casa residido Estácio Formoso.
de Sá. E' esse logar ligado ao centro da cidade por uma linha PRAINHA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist.
de bonds. de Mambucaba e mun. de Angra dos Reis com eschola.
;

PRAIA VERMELHA.
Bairro no mun. de Villa Bella da PRAINHA. Log. do Estado de S. Paulo, no dist. de Iguapé ;
Princeza, no Estado de S. Paulo. com duas eschs. publs. de inst. primaria.
PRAIA VERMELHA. Pov. do Estado de Santa Catharina, PRAINHA. Log. do Estado de Santa Catharina, na Ibi do
no mun. de Imaruhy. rio Itajahy. Projecta-se ahi a construcção de um lazareto.
PRAIA VERMELHA. Enseada na ilha Grande e mun. de PRAINHA. Pov. do Estado de Santa Catharina. no mun. de
Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. Imaruhy.
PRAINHA. mun. do Estado do Pará, na com. de
Villa e PRAINHA. Pov. do dist. de Santa Rita do Rio Abaixo, no
Monte Alegre, ámargem esq. do rio Amazonas, duas milhas Estado de Minas Geraes.
abaixo da toz do Urubuquara e em uma pequena enseada, onde
o Amazonas faz um remanso, defronte da foz do rio Uruará. PRAINHA. Ponta no littoral do mun. de Cabo Frio e
Orago N. S. da Graça, e diocese do Pará. Esta pov. substi- Estado do Hio de Janeiro. Entre ella e a ponta da Pedra Verme-
tuio a que existia no interior com o nome de Aldêa de Urubu- lha fica a enseada do Cherne.
quara, depois com o de logar do Outeiro, situada á margem PRAINHA. Morro do Estado de S. Paulo, no mun. de Uba-
dir. do rio Urubuquara, muito acima da foz deste rio. A aldêa tuba.
de Urubuquara era missionada pelos padres de Santo Antonio.
Em 1758 foi elevada á categoria de Logar com o nome de PRAINHA. Praia no mun. de Ubaluba do Estado de São
Outeiro, nome apropriado ao logar em que estava situada. Paulo.
Hoje não existe esta povoação, mas a da Prainha que, collocada PRAINHA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, no mun. de
á margem do Amazonas, tem podido conservar-se. O cónego Ubatuba ;
desagua no mar.
DICC. GB^G. 39
.

PRA — 306 — PRA

PRAINHA. Piibeii-ão do Estado de Minas Geraes, enti-e An- O mun. é regado pelos rios Paranahyba, Prata, S. José, Tijuco,
tonio Dia« Abaiso e S. José da Alagòa. Verde e diversos outros.

PRAINHA. Córrego do Estado de Matto Grosso, banha a PRATA. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de Miritíba.
cidade de Cuyabá. PRATA. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. de Bom
PRAINHA. Lagia do Estado do R. G. do Sul, no meio da Conselho, a,o pé da serra do seu nome com uma capella da
;

serie de lagoas que fioim entre os parallelos de Itapoã e o que invocação de Santa Cruz. Ha outros logs. do mesmo nome nos
passa pela barra do rio Mamiiituba (Eleiíth. Camargo). Commu- muns. de Palmares e Bonito.
nica com o de D. y\.atonia, PRATA. Pov. do Estado da? Alagôas, na com. de S. Miguel,
PRAINHA DA CASdANDOCA. Praia no mun. de TJbatuba, á margem do rio Jequiá.
no Estado de S. Paulo. PRATA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, a 12 kils. do
PRAINHA DA ILHA. Única praia da ilha de Cabo Frio dist. de Santo Antonio de Therezopolis.
entre a ponta do Guriry de Baixo. E' um dos
o Boqueirão e
PRATA. Log. no dist. de Santo Antonio de Jacutinga,
pontos de pescaria de Cabo Frio. Fica no Estado do Rio de Ja- mun. de Iguassú, Estado do Rio de Janeiro, com uma egreja em
neiro .
minas. Foi por algum tempo séde da freg. de Jacutinga.
PRAINHA DA PESCARIA. Praia no littoral do mun. de
PRATA. Pov. do Estado de S. Paulo, no mun. de Lençóes,
Cabo Frio e Estado do Rio de Janeiro, entre a ponta do Cal-
a do Sururu. E' ponto de pescaria,
banhado polo ribeirão do seu nome com uma esch. publica.
;
deiro e
PRAINHA DA PICIMGUABA. Praia no mun. de Ula- PRATA. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. de São
João da Boa Vista, com escholas.
tuba dj Estado deS. Paulo.
PRAINHA DAS DÔRES DE JQQUIÂ. Vide Prainha. PRATA. Pov. do Estado de Minas Geraes, a seis kíls. do
dist.da Ventania, a O. Tem mais de 30 casas habitadas por
PRA.INHA DE FORA. Log. do Estado do Rio de Janeiro' pequenos lavradores.
no dist. daJurujuljo.
PRATA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de São
PRAINHA DO ALTO. Práia no mun. de Ubatuba, no Gono lio e mun. do Pará.
Estado de S. Paulo.
PRATA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de
PRAINHA DO LÉO. Bairro do Estado de S. Paulo, no S. Domingos do Rio do Peixe e mim. da Conceição: com uma
mun. de Ubatuba. esch. publ. de inst. prim. creada pela Lei Prov. n. 3.396 de
PRAINHA DO PAGÃO. Praia no mun. de Ubaluba do 21 de julho de 1886.
Estado de S. Paulo. PRATA. Log. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
PRAMAJHÚ. Log. do Estado do Pará, no mun. dè Mara- Contendas.
paniiii. Também dizem Paranahú. PRATA. Estação do ramal férreo denominado Poços de Cal-
PRAMAJÒ. Furo no dist, de Abaeté do Estado do Pará. das, a 42IS5 distante de Cascavel, 170,5 de Campinas e 275 de
S. Paulo. Fica a 819™ de altura e no Estado de S. Paulo.
PRATA. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, séde PR.ATA. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. do Bom
da com. do seu nome, á margem dir. do rio da Prata, ligada
a Monte Alegre ])or uma estrada atravessada pelos rios Tijuco Conselho. E' coberta de mattas frondosas, donde manam diver-
e Babylonia e a S. José do Tijuco por uma outra atravessada sas e pequenas fontes. Um
dos seus galhos princípaes vae até ao
pelo rio Douradinlio, rodeada de peq ienas colliaas, com clima rio S. Francisco, tendo as seguinte denominações Jerimongo, :

bom e saudável. O mun. cultiva cereaes, legumes, canna e em Escalvados, Leão, Batingas. Palmeiras, Limga, etc. Ura outro
pequena escala o café. « Um dos mais ricos do Triangulo Mi- galho termina na cidade Garanhuns, onde se communica com a
neiro, ahi está com suas vastas campinas de variadíssimas Borburema, tendo os nomes seguintes; Bastiões, Catimbáo, Jus-
qualidades, e com suas mui longas mattas á espera da mão do sara, Fójos. etc. (Inf. loc.) O ponto culminante desta serra é o
trabalhador intelligente, que, com o empreg de meios adian- >
Serro do Frio, donde se avista distinctamente o pov. do Bom
tados, processos novos, tire do sólo ludo quanto delie o homem Conselho.
pôde tirar para exportar a outras partes de uma natureza menos PRATA. Serra do Estado de Pernambuco; forma com a
compensadora. Além do meio rotineiro e quasi b rbaro das serra do Estrago um valle onde acha-so assente a cidade do
derrubadas das mattas virgens, que se estendem pelas margens Brejo da Madre de Deus.
dos rios Prata, Tijuco, Douradinho, Paraiiahyba, Verde, Grande PRATA. Serra do Estado de Sergipe, a E. da villa de
6 outros, nada mais faz o lavrador. No reino mineral tudo está Campos
nor se explorar. E sabe-se que o só!o guarda em seu seio o
diamante, o ouro e o ferro. E' da indu.stria pastoril que vivem PRATA. Serra do Estado do Rio de Janeiro, no disb. de
os que habitam no campo. A exportação do gado vaccum, suino
Santo Antonio do Rio Bonito. Alguns a denominam serra dos
Velhacos.
e lanígero já se faz em grande escala. Não é erro o dizer-se que
dentre o? muns. visinhos, é este o que mais concorre eam o gado PRATA. Serra do Estado do Paraná, ramificação da serra
destinado ao consumo da Capital Federal e também de o rtras do Mar, no mun. de Paranaguá. E' avistada do alto mar em
cidades de Minas o S. Paulo, e segundo consta de uma estatistica uma distancia considerável por sua vantajosa posição. Segue no
feita janeiro de 1883, os criadores teemaqui 28 i 785 rez3S».
em rumo geral de E. a O. até os muns. de Antonina e Morretes.
Com denominação de Carmo de Morrinhos foi creada parochía
a
PRATA. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. da Leo-
pela Lei Prov. n. 1G4 de 9 de março de 1840. Elevada á villa
poldina. Delias nasce o rio Pardo.
pela de n. 363 de 30 de setembro de 1843. foi rebaixada dessa
categoria pelo art. XIV da de n. 472 de 31 de maio de 18.J0 e PRATA. Morro do Estado de Minas Geraes, no dist. da
resta irada com o nome de Prata pelo art. I da de n. GóS de Santa Helena.
27 de abril de 1854. Installa'la em 2 de dezembro de 18.55. PRATA. Serra do Estado de Goyaz, no mun. de Arraias.
Cidade pelo art. IV da de n. 2.002 de 15 de novembro de 1873.
E' com de primeira entrancia, cr.'a(la pela Lei Prov n. 1.740 .
PRATA. Igarapé do Estado do Marahão, aff. da margem
esq. do rio Itapecurú. Nasce no logar Sumidouro. Banha o
de 8 de outubro de 1870 e classificada pelo Dec. n. 5.040 de 14
de agosto de 1872 e Acto de 22 de fevereiro de 1892. A cidade
mun. de Codó.
tem (1883) tres ejchs. publs., sendo uma nocturna. Ageacia PRATA. Riacho do Estado do Maranhão, banha o mun. de
do correio. O mun. è constituído pel.is po.r.:chias de N. S. do Miritíba e desagua no rio Preá.
Carmo, de S. José do Tijuco e de N. S. do Rosario da Boa PRATA. Riacho do Estado do Maranhão; nasce na lagòa
Vista do Rio ^'erde comprehende diversos povoados, eatre os mesmo nome e desagua na margem dir. do rio das Flòi-es,
;
do
quaes o denominado Bom Jardim. Sobre suas divisas vide: trib.do Mearim (Cruz Machado. Rdat. do Maranhão. 1856,
art. n da Lei Prov. n. 363 de 30 de setembro de 1848 art. II ;
Atlas de C. Mendes).
da de n. 608 de 27 de abril de 1854 n. 793 de 21 de maio de
;

1856 art. II da de n. 1.664 de 16 de setembro de 1870: n. 3.3.^5


;
PRATA. Riacho do Estado do Maranhão; corre para o rio
de 5 de outubro de 1885 e n. 3.337 de 10 de julho de 1886 (art. V). Preguiças.
. . .

PRA — 307 — PRA

PRATA. Rios (2) do Estado do Piauliy, aíls. do Parna- Francisco pela margem dir.,e cerca de 10 kils. acima do Ca-
hyba choeira, Banha o dist. de S. Roque.
PRATA. Riacho do Estado do Parahyba do Norte; banha PRATA. Rio do Estudo de Minas Geraes: nasce na Matta
o mun. d'Alag'ôa do Monteiro e desagua no rio Sucurú. do Chumbo (serra da Matta do Corda); lianha o mun. de Para-
PRATA. Córrego do Estado de Pernambuco; banha o mun. catú 6 desagua na margem dir. do rio deste nome. E' bastante
do Bom
Conselho e desagua no Riachão. Nasce na serra do encachoeirado. Recebe o Caracol (Quirico), Andrequicé e Onça.
seu nome
e recebe o Caldeirões e Camaratuba. Fórma uma Atlirmam ser navegável na extensão de 133 kilometros.
grande cachoeira nos Itapecurús. (Inf. loc.) PRATA. Corrígo do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
PRATA. Riacho do Estado de Pernambuco, aff, do rio
de Theophilo Ottoni e desagua no ribairão S. Paulo, t-.'ib. do
rio Todos os Santos.
Capibaribe.
PRATA. Riacho do Estado de Pernambuco ; banha o mun. PRATA. Rio do Estado de Minas Geraes, banha a pov. de
do Altinho e desagua no rio Una. S. Domingbs do Prata e desagii i no rio Piracicaba, cerca de
seis kils. acima da pov. de S. José da Lagòa. Recebe o ribeirão
PRATA. Pequeno rio do Estado de Sergipe banha o mun. ; do Berrantes. Tem um curs? de mais de .50 kils. Nasce na serra
de Santa Luzia do Rio Real e desagua no Priapú, aff. do de Mombaça. Recebe ainda o Bateeiros e o Cobra pela esq. e
Mussununga, que o é do Guararema (Inf- loc) o Cantagallo, Paiva, Morro da Sella, Cachoeira e Matto Dentro
PRATA. Rio do Estado de Sergipe nftV do Paramopama. pela direita.

PRATA. Riacho do Estado da Bahia: banha o mun. de PRATA. Rio do Estado de Minas Geraes, nasce na serra do
Lençóes e desagua no rio Cochó. Abertão, banha o mun. de Caldas e desagua no rio Pardo.

PRATA. Rio do Estado da Bahia no mun. do Curralinho. PRATA. Ril)eirão do Estado de Minas Geraes, nasce no
do Bom Destino, em terrenos da fazenda da Prata e
;
alto
Vae para o rio Paraguassii.
desagua na margem dir. do rio do Peixe, trib. do rio das
PRATA. Rio do Estado da Bahia banha o mun. da Villa; Mortes
Bella dasQueimadas e desagua no Itap3cuni. PRATA. Córrego do Estado de Minas Geraes; vae para a
PRATA. Pequeno rio do Districto Federal, ali', da margem margem esq. do ribeirão Pitangueiras, trib. do Ayurucca. Re-
esq. do Guandú-mirim. cebe o córrego da Cascata.
PRATA. Córrego do Estado do Rio de Janeiro; banha o PRATA. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o
territoi-io do dist. de Santo Antonio do Rio Bonito e desagua mun. de Minas Novas e desagua no rio Itamarandiba.
na margem esq. do rio Bonita. (Int. loc.)
PRAT.l. Córrego do Estado de Minas Geraes desagua ;

PRATA. Pequeno
do Est.ido do Rio do Janeiro; aff, da
rio na margem esq. do rio S. Francisco entre os rios Pardo e
margem esq. do Sant'Anna, um dos formadores do Quandú. Urucuia
PRATA. Córrego do Estado do Rio de Janeiro; aff. do PRATA. Rio do Estado de Minas Geraes; banha o mun. de
rio do Fagundes; no mun. de Vassouras. Caeté e desagua no Taquarussú (Inf. loc ).

PRATA. Ribeirão e serra do Estado do Rio de Janeiro, no PRATA. Córrego do Estado de Minas Gera;s, alf. do rio
mun. do Carmo, Muriahé.
PRATA. Ribeirão do Estado de S. Paulo; banha o mun. PRATA. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o mun. do
de Ijençóís e desagua no rio deste nome. (Inf. loc.) seu nome e desagua no Tijuco, aff. do Paranahyba. Recebe o
Piracanjuba, S. José e o ribeirão Grande. Na obra de Wap-
PRATA. Ribeirão do Esta'lo de S. Paulo, banha o mun. posus, pag. 135, coasidera-se o Tijuco como aff. do Prata e
de S. Manoel do Paraiso e reune-se ao ribeirão Claro. este do Paran ihyba.
PRATA. Ribeirão do Estado de S. Paulo; dá origem ao PRATA. Ribjirão do Est:ido de Minas Geraes. no mun. de
rio Jahú, que depois de passar pelo território da IVfg. do Sapé, Araxá. Vai para o Quebra-anzol.
toma o nome de Jacaré-pepira.
PRATA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes; nasçe na fa-
PRATA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do rio Pardo ; zenda do 39U nome, banha o dist. do Bom Despacho do mun. de
corre ende
;nuj5:3. do Botucatu e Lençóes
cs e banha o laun, Inhaúma e desagua no Capivary de Cima, aff. do rio Lambary.
de S. Simão. Recebe o córrego da Pratinha.
PRATA. Cori-ego do Estado de Minas Geraes. no dist. de
PRATA. Rio do Estado de S. Paulo; nasce na serra do S. Miguel do Jequitinhonha. Desagua no ribeirão d'Agua B-dla.
S3U nome após um curso approsimado de 26 kils., desagua
e, (Inf. loc).
no J; guary nos subúrbios da cidade de S. João da Boa Vista.
PRATA. Ribeirão do Estado de Goyaz ; banha o mun. da
PRATA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do Batataes Posse e corre para o Piracanjuba.
que o é do rio Sapucahy.
PRATA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem dir.
PRATA. Rio do Estado do Paraná, afl'. da margem esq. do rio Corumbá, acima do ribeirão Bagagem.
do Cubatão-minm, trib, do Cubatão Grande.
PRATA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem dir.
PRATA. Rio do Estado de Santa Catharina, nasce na Serra do rio Samambaia, trib. do S. Marcos. E' também denominado
Geral, contorna a serra da Tromba e vae de^^aguar na margem Lageado.
dir. do rio Gubaião Grande, ou Cubatão do Norte. A' margem
desse rio existe um engenho de serrar pertencente ao Príncipe
PRATA. Ribeirão do Estado de Goyaz, alT. da margem dir.
do rio Salinas, trib. do Maranhão.
de Joinville.
PRATA. Rio afl'. da margem dir. do Igua^isii, trib. do
PRATA. Ribeirão do Estado de Goyaz; corre entre Palma
e Cavalcantee desagua na margem esq. do rio Paranan. Re-
Paraná.
cebe os ribeirões das LagdS, o Claro e outros. Na^ce na chapada
PRATA. Rio do Eslado do R. G. do Sul nasce na Serra ; do Bictido.
Geral com rumo S. toma a direcção do N., toma novamente a
,

do S., descrevendo como que ura semi-circulo e des.igua no PRATA. Ribairão do Estado de Matto Grosso, alf. da mar-
gem esq. do rio Miranda (Dr. Pimenta Bueno, no liv. A Terra
rio das Antas, depois Taquary, 60 kils. abaixo do Passo Geral,
depois de ter fechado um rincão em fórraa de semi-circulo.
e o Homem, pag. 151.
Sua extensão é de 60 kils. (inf loc). Recebe o Turvo, Faxinai, PRATA. Ribeirão do Estado de Matto Gros-o; desagua no
Segredo e Segredinho. rio S.Lourenço em sua margem dir., (piasi fronteiro á foz do
PRATA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. da mar- Paranaliyba e cerca de 55 kils. aoma do Agua Branca.
gem dir. do rio das Mortes. Vem do logar denominado Geraes. PRATA. Rio do Estalo de Matto Groso. Vide Pcnatcquc,
PRATA. Rio do Estado de Minas Geraes; nasce na serra PRATA. Riaclio di Estado de Matto Grosso, alf. dir. do
da Confusão, na fazenda que dá-lhe o nome, e desagua no São Arinos, 28 kils. abaixo do Porto Velho.
,

PRA — 308 PRA

PRATA. Lago do Estado do Amazonas, no município de PRATIQUARA. Rio do Estado do Pará, no dist. do Mos-
Barcellos. queiro. Recebe o igarapé Guariba. Também escrevem Para-
tiquara.
PRATA. Lagoa do Estado de 'Minas Geraes, no mun. de
Inhaúma, antigo Santo Antonio do Monte. PRATIUSINHO. Riacho do Estado do Ceará desagua na ;
parte da costa comprehendida entre o morro Sucatinga e a
PRATA. Porto formado pelo rio Muqui do Sul, cerca de 18 ponta do Mucuripe.
kils. acima de sua confluência com o Itabapoana no Estado do ;

E. Santo. E' navegado por canoas e pranchas e por elle se faz a PRATO GRANDE. Pov. do Estado de Pernambuco, no
exportação do valle do Bluqui do Sul e de parte do do Itabapoana. termo de Agua Preta.
PRATA DO MEIO. Log. no mun. de Jeromenha do Estado PRATUCU'. Rio do Estado do Pará rega o mun. de Faro e
;

do Piauhy. desagua no Nhamundá ou Jamundá, cerca de 36 milhas acima


PRATA FINA. Log. do Estado de Pernambuco, no termo daquella cidade. Seu curso é bastante sinuoso e por entre montes
Agua Preta. ou serras pouco altas, e em sua barra divide-se em três braços
de
desêguaes por ter alii de permeio duas ilhas.
PRATAGY. Riacho do Estado das Alagoas, nasce na baixa PRAZERES. mun do
do Curralialio, banha o mun. de Maceió e depois de um curso Villa e Estado de Pernambuco,
creada pela lei n. 128 de 28 de junho de 1895, que para ella
de cerca de 30 kils. desagua no Atlântico.
transferiu a séde do mun. de Muribeca.
PRATAG-Y. Morro de arêa situado na costa do Estado do
PRAZERES. Dist. do Estado do Ceará, no mun. de Campo
R. G. do Norte, na parte comprehendida entre a barra do rio
Grande e o cabo de S. Roque. Grande. Drago Nossa Senhora dos Prazeres e diocess do Ceará.
Foi creado p:irochia pela Lei Prov. n. 2.125 de 25 de outubro de
PRATA VELHA. Log. no distr. de Tresidella do mun. de 1886, coníirmada e instituída canonicamente a 19 de junho de
Caxias, no Estado do Maranhão. 1883. Tem escholas.
PRATEADO. Pov. do Estado de Minas Geraes, no distr. PRAZERES. Dist. do Estado da Bahia, no mun. de Entre
d'Alagòa e mun. de Ayuruoca. «Consta que esse pov. é assim Rios. Era uma capella filial da freg. de Inhambupe. Foi creada
denominado por ter existido ahi, no começo daquella freg. um parochia pelo art. I da Lei Prov. n. 308 de 1 de julho de 1848.
individuo tão amante da prata que levava o seu fanatismo ao Foi elevado á villa com a denominação de Entre Rios pela Lei
ponto de pratear todos os objectos do seu uso, ainda mesmo os Prov. n. 1.178 de 3 de abril de 1872.' Vide Entre Rios.
domésticos».
PRATEADO. Serrado Estado de Pernambuco, 15 kils. dis-
PRAZERES (N. S. dos). Encantadora ermida situada num
montículo, atrás do qual desagua no rio S. Francisco o riacho
tante de Flores. E' secca, escalvada e coberta de pedras.
Panema, no Estado das Alagoas.
PRATEADO. Riacho do Estado de Pernambuco, no mun.
PRAZERES. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
de Ingazeira.
de Magé.
PRATEADO. Riacho do Estado de Minas Geraes, banha o
PRAZERES. Log. do Estado de Minas Geraes, no
distr. de N. S. do Rosario da Alagòa; nasce na serra do Qui- dist. de
lombo e foriua com o Bahia o ribeirão Vermelho. Theophilo Ottoni.

PRATES. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da PRAZERES. Uma das estações da Estrada de Ferro do Re-
margem dir. do rio Jequitinhonha. Banha o território do distr. cife ao S. Francisco, no Estado de Pernarabueo. Ficanokil. 12,
112"". Fiea no mun. de Muribeca. Agencia do correio e estação
de S. Miguel.
telegraphica.
PRATICAIA. Ilha do Estado do Pará, no mun. de Cametá.
PRAZERES. Morro do Estado do S, Paulo, no dist. de
PRATIGY. Vide Paratigy. Santo Antonio da Boa Vista.
PRATINHA- Distr. do Estado de Minas Geraes, no mun. PRAZERES. Ilha do Estado das Alagoas, no rio S. Fran-
de Araxá, ligado á Confusão por uma estrada, que é atravessada cisco e com. de Traipú. Divide o rio em dous braços, sendo
pelo rio Santa Thereza. Orago Santo Antonio. Foi creado paro- mais profundo o que passa ao lado occidental delia. No
chia pela Lei Prov. n. 1.819 de 2 de outubro de 1871. Sobre suas alto dessa ilha ergue-se a capella de N. S. dos Prazeres. « E'
divisas vide: art. V, da Lei Prov. n. 2.084 de 24 de dezembro de tradicção corrente, diz o Sr. Valle Cabral, que a imagem foi
1875 art. III dade n. 2.281 de 10 de julho de 1876. Agencia do
; achada na ilha e que debalde a quizeram transportar para o
correio. Tem duas eschs. publs. de inst. primaria. Seu ter- Panema; se n'umdia a traziam para ahi, no outro apparecia
ritório é banhado pelo rio Santa Thereza. ella de novo ao alto da ilha. A insistência da imagem repetiu-se
PRATINHA. do Estado de Minas Geraes, no mun.
Dist. por tantas vezes que afinal lhe edificaram a capella, que faz
de S. Sebastião do Paraiso, em meio de graciosas collinas, as delicias de quem a vê, dizendo-se que sua construcção da ta
banhado pelo riacho Palmeiras. Orago Divino Espirito Santo. de 1694.»
Foi creado dist. pela Lei Prov. n. 1.546 de 20 de julho de PRAZERES. Ilha no rio Doce e Estado do E. Santo.
1868 e parochia pela de n. 2.087 de 24 de dezembro de 1874.
Agencia do correio. Sobre suas divisas vide: art. III da
PRAZERES. Ilha do Estado de Minas Geraes, no rio São
Francisco, defronte da foz do córrego do seu nome.
Lei Prov. n. 2.012 de 1 de dezembro de 1873; art. V da de
n. 2084, de 24 de dezembro de 1874. Tem duas eschs. publs. PRAZERES. Rio que banha o mun. de Ipueiras e desagua
de inst. prim., uma das quaes, a do sexo feminino, oreada na margem esq. do Macambira, aff. do Poty, no Estado do
pela Lei Prov. n. 3.503 de 4 de outubro de 1887. Ceará
PRATINHA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de PRAZERES. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, no dis.
Gouvêa, á margem do ribeirão das Dattas. Foi assim denomi- de Monte Serratômun. do Parahyba do Sul.
nado p^^la sua riqueza em pedras preciosas. Está hoje em grande
decadência. PRAZERES. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do rio
Pardo. Vem da serra de Caraguatatuba
PRATINHA. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de
Miritiba. PRAZERES. Córrego do Estado de Minas Oeraes aff. da
PRATINHA. Riacho do Estado do Maranhão, aff. do rio
margem dir. do rioS. Francisco.
Mearim. PRAZERES. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no
PRATINHA, Riacho do Estado de Pernambuco, confluente mun. de S. Paulo do Murialié. Desagua no João do Monte, aff.
com o Capema, do riacho da Prata. do Muriahè.
PRATINHA. Córrego do Estado de S. Paulo, banha o mun. PRAZERES. Lago do Estado do Pará, no mun. de Macapá,
de S. Simão e desagua no rio da Prata. na bacia do rio Macuacury ( Inf. loc.)
PRATINHA. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes, banha PRAZERES DE EXTREMOZ (S. Miguel e N. S. dos).
o território do dist. de Dattas e desagua na margem esq. do Dist. domun. do Ceará-mirim, no Estado do R. G. do Norte.
rio deste nome (Inf. loc). Vide Ceará-mirim.
. . . . .

PRE — 309 — PRE

PRAZERES DE GOYANNINHA (N. S. dos). Dist. do PREGOS. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
mun. de Qoyaiiniaha, no Esiado do R. G. do Norte. Vide Saquarema, entre os logares denominados Jundiá e Rio Secco, na
Goijanninha estrada que vem da serra do Tinguy, e na geral de Campos.
PRAZERES DE ITAPETININGA (N. S. dos). Dist. do PREGOS. Rio do Estado de Santa Gatharina, entre Pescaria
mun. de Itapetininga, no Estado de S. Paulo. Vide Itape- Brava e Piedade do Tubarão.
tininga
PREGUIÇA. Pov. do Estado do Parahyba do Norte, no
PRAZERES DE LAGES (N. S. dos). Dist. do mun, de mun. de Mamanguape. B' a antiga villa de Monte Mór. Pica á,
Lages, no Estado de Santa Cathariua. Vide Lages. margem septentrional do rio Mamanguape.
PRAZERES DE ITAPECERICA ( N. S. dos). Dist. PREGUIÇA. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. de
do mun. de Itapecerioa do Estado de S. Paulo. Vide Itape- Agua Preta, com duas
eschs. publs. de inst. primaria.
cerica PREGUIÇA. Serrota do Estado do Ceará, faz parte de um
PRAZERES DE MACEIÓ ( N. S. dos). Dist. do mun. da grupo de montanhas que percorrem o centro do Estado. E' se-
capital do Estado das Alagoas. Vide Maceió, parada de outras serrotas por valles mais ou menos estreitos e
quasi todos de cultura.
PRAZERES DE SOURE ( N. S. dos). Dist. do mun. de
Soure, no Estado do Ceará. Vide So?íre PREjUIÇA. Serra do Estado do R. G. do Norte, entre os
dists. de S. Miguel de Jucurutu e Campo Grande.
PRAZERES DO MILHO VERDE (N. S. dos). Dist. do
Estado de Minas Geraes. Vide Milho Verde. PREGUIÇA. Serra do Estado do Rio de Janeiro, nas divisas
do mun. de Petrópolis.
PREÁ. Dist. do Estado do Maranhão, no mun. de Miritiba,
á margem do rio do seu nome. Orago S. José e diocese do Ma- PREGUIÇA. Morro do Estado de Minas Geraes, no dist. da
ranhão. Vide Miritiba, Conceição da Estiva e municipio de Pouso Alegre.
PRE
A. E' assim denominado um archipelago composto de PREGUIÇA. Ilha do Estado do Pará, na villa de S. Bene-
tiversas ilhas desertas, situadas a NE. da bahia de S. José ; dicto, no rio Tocantins, defronte da foz do Carapajó.
no listado do Maranhão. A
maior e a mais seplentvional tem PREGUIÇA. Ilha do Estado do Pará, no mun. de Óbidos,
o nome de Sant'Anna e possue um piíarol. no Lago Grande.
PREÁ. Seri-ote do EsJtado do Ceará, no mun. de Santa PREGUIÇA. Ponta do rio Negro e Estado do Amazonas,
Quitéria próxima da ilha Jumpary. « Dobrando-se essa ponta, começa-se
PRE A. Rio do Estado do Maranhão, corre de S. a N., a avistar na margem dir. a serra Curiouriari. Deste logar
banha o mun. de Miritiba e desagua na enseada denominada avista-se a margem dir. do rio formando como que um grande
do Veado. Recebe entre outros o Ribeira, o Gloria, Bacabal, Iago em que estão collocadas tres pequenas ilhas. »
Prata, Riacho d'Areia, Barra e Sarampo. PREGUIÇA. Furo do Estado do Amazonas e mun. de
PREACA. Pov, do Estado das Alagoas, no mun, do Traipú. Teífé.

PREAGA. Serra do Estado das Alagoas, no mun. do Traipú.


PREGUIÇA. Pequeno rio do Estado do Pará, no mun. de
Breves desagua no Boiussii. Recebe o Preto.
E' muito elevada e do seu cume descortina-se magnifico pano- ;

rama e largo horisonte Passa por aurífera, mas não ha certeza


. PREGUIÇA. Riacho do astado de Pernambuco, desagua no
disso, nem ainda se fizeram explorações a este respeito que au- Cacliaça, aft'. do rio Capibaribe.
torisem uma affirmação positiva. O que se tem visto delia são PREGUIÇA. Ribeirão do Estado da Bahia, aff. da margem
pedaços de bellissimos crystaes de rocha, branco e de côres. Della dir. do rio de Contas, nas divisas do mun. de Jequié.
brotara abundantes vertentes d'ag'ua, que refrescam e fertilisam
ostei'reno5 baixos que lhe ficam adjacentes. PREGUIÇA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, afl'. esq.
do rio Jacuhy. Recebe o arroio do Posto.
PRE AC AS.
Serra do Estado do Parahyba do Norte. Seus
PREGUIÇA. Nome de um tunnel na ferro-via Central do
agudos cimos imitam o instrumento cynegetico de que tira o
Brazil,pioximo do rio Pirahy, aff. do Parahyba do Sul, no
nome. (Inf. loc).
Estado do Rio de Janeiro.
PREÁS.Pequena ilha situada entre a cidade do Rio Grande PREGUIÇA. Lago que desagua na margem esq. do Braço
e a ilha dos Marinheiros, no Estado do R. G. do Sul.
Esquerdo do rio Araguaya, aft'. do Tocantins, pouco abaixo da
PREATINGA. Ilha do Estado do Pará, entre Belém e a foz do rio Crystallino
foz do Gurujjy. O Sr. Alves da Cunha {phr. cit.) escreve Pira-
PREGUIÇAS. Igarapé do listado do Pará, no mun. de
tinga.
Óbidos.
''
PRECABURA. Lagoa do Estado do Ceará, nas divisas de PREGUIÇAS. Rio do Estado do Maranhão, desagua no
Mecejana. oceano cerca de 30 kils. ao poente da barra da Tutoya. Tem
PRECES. Riacho do Estado de Pernambuco, aft". do rio comraunicação coma Barra do Lago formando a ilha do Larão,
Pajeú. iim sua barra entram pequenas embarcações por ser circulada
de bancos. Ao NO. delia, á distancia de seis milhas, estão os
PRECIOSA. Igarapé e lago do Estado do Amazonas, no cabeços de pedra denominados Baixo das Preguiças, qne formam
mun. da capital. pelo lado de terra um canal com seis metros de fundo, terminando
este em frente aos bancos que circulam a bax'ra do rio. Na barra
PRECISÃO. Riacho do Estado do Piauhy. Corre somente
no inverno. Fórma nove desse rio naufragou em setembro de 1881 a canhoneira da armada
kils. abaixo da villa do Livramento
uma lagôa. nacional «Principado Grão-Pará ».

PREFERENCIA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. PREGUIÇAS (Baixo das). Cabeços situados ao NO. e á
de Amaragy. distancia de seis milhas da Barra das Preguiças, no jistado
do iMaranlião. Formam elles, pelo lado de terra, um canal com
PREGO. Log. do Estado das Alagoas, na Pioca, seis metros de fundo que termina defronte dos bancos que cir-
PREGO.Ponta na costa do Estado das Alagôas, a pouco culam a barra.
mais de duas milhas e meia da ponta de S. Gonçalo ou das PRELADO. Log. do Estado de S. Paulo, na estrada de
Corujas. Jaz aos 9» 32' 52" de lat. e 7° 32' 23" de long. B. do Iguapé para Santos.
Rio de Janeiro (Vital de Oliveira). Essas duas pontas formam
uma enseada, a meio da qual fica o riacho Pioquinha. PREPETINGA. Ribeií-ão do Estado de Minas Geraes, aft'.
do que o é do Grande. Recebe o Vargem Grande e o
rio Tui-vo,
PREGO. Riacho do Estado do R. G. do Norte, no mun. de córrego Capão Redondo Vide Pirapitinga. .

Goyaninha.
PREPIGÉ. Pov. e ilha do Estado da Bahia, no mun. de
PREGOS. Serra do Eíftado do E. Santo, no mun. de Santa Chique-Chique, A pov fica na margem eaq,. e a ilha no rio São
.

Thereza. Francisco.

\
.

PRE — 310 — PRE

PRESIDENTE. Ilha formada por dous braços em que se PRETO. Rio do Estado do Pará, affl do Charapucú, no
divide o rio Negro ao desaguar no Iguassu no Estado do Pa-
;
dist. deAffuá.
raná. PRETO. Igarapé do Estado do Pará, affl. do rio Tajapurú,
PRESIDENTE PENNA. Estação da E. de F. Bahia e no mun. de Breves.
Minas, no Estado de Minas Geraes; Foi inaugurada a 24 de no- PRETO. Rio do Estado do Pará, banha a cidade de Mazagão
vembro de 1895. e desagua no Amazonas.
PRESIDENTE SOUTO. Rio do Estado de Santa Catharina, PRETO. Rio do Estado do Maranhão, affl. da margem dir.
aft'. do rio do Testo, que o é do Itajahy. do Iguará.
PRESIDENTE TAUNAY. iNiioleo da colónia Alexandra, PRETO. Rio do Estado de Sergipe desagua no Japaratuba-
no mun. de Paranaguá do Estado do Paraná. Denominava-se ;

mirim, abaixo da foz do rio Vermelho.


Morro do Inglez,
PRETO. Rio do Estado da Bahia, no rio de Contas.
PRESIDENTE TAUNAY. Porto no rio Timbó, aff. do affl.

Iguassu. Foi e=ise o ponto ultimo a que o vapor Cruzeiro che- PRETO. Rio do Estado da Bahia, vem da serrania do Sin-
gou, qumdo em março de 1886 sulcou pela primeira vez as corá e desagua, após um curso de 24 kils no rio Paraguassu-
aguas daquelle rio. sinlio, 12 kiis. abaixo da foz do rio Negro. E' diamantino
(Ur. Benedicto Acauã). « O rio Preto, que" nasce a 45 kils. da
PRESIDIO (S. João Baptista do). Vide Visconde do Rio
cidade de S. João do Paraguaasú e correndo de N. a S. desem-
Branco boca no Parag iassú, a 2 kils. desta cidade pela margem esq.
PRESIDIO. Aldeamento do Estado do Maranhão, depen- depois de um curso de 43 kils. » (Inf. loc.)
dente da sede é no mun. da Barra do Corda.
directoria, cuja
Cultura de mandioca, milho, arroz e batatas. Foi creado por
PRETO Córrego do Estado da Bahia, banha a mun. do
Morro^do Chapéu, reiíne-se aos córregos denominados Ventura
Portaria de 4 de agosto de 1873 na com. da Chapada, e com-
e Lagòa de L'«ntro e vae desaguar no rio Jacuhipe.
posto de seis aldèas de Índios Guajajaras que ahi existiam.
Contava 900 liabs. PRETO. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. de Tran-
coso e desagua no rio Carahy va-mem.uan. (Inf. loc.)
^
PRESIDIO. Log. do Estado do Maranhão, no mun. do Alto
Meavim. PRETO. Rio dos Está-los daGoyaz e da Bahia, affl. da mar-
gem esq. do rio Grande, trib. do S. Fr mcisco. Nasce na lagòa
PRESIDIO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de Feia. em Goyaz e dá navegação até cerca de 192 kils. acima de
Agua Preta. sua foz. Recebe, entre outros, o Sapão. Rega o mun. de Santa
PRESIDIO. Pov. do Estado da Bahia, na ilha Tinharé e Rita do Rio Preto na Bahia. « O rio Preto é ainda navegável
mun. d Cayrú, ' por barcas durante i6 léguas acima da villa, até o arrai il da
Formosa, e da Foi-mosa para cima em canòa' durante 12 léguas
PRESIDIO. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. do até o porto do Jacaré, recebendo nessas alturas um affl. a que
Visconde do Rio Branco.
chamam Sapão. Assim póde-se afiançar que o curso navegá-
PRESIDIO. Ilha na costa do Estado do Ceará, formada por vel do referido^ rio é de 44 léguas, contadas 16 do Boqueirão,
um dos bra(,'os do rio Acaiahú. E' rasa, coberta de mangue e que é a toz, até á villa, 15 da villa á Formosa e 12 da Formosa ao
pelo lado de fora muito esparcellada, consideravelmente estreita porto do Jacaré. » « O rio Preto, escrevera-nos de Santa Rita
para O., terminando em uma ponta angulosa. (1888), desagua no Grande, no logar Boqueirão, distante da villa
PRESIDIO. Rio do Estado de Minas Geraes; nasce da 96 kils. E' esireito, porém fundo, navegável por canôas e pe-
serra do seu nome e reune-se ao Chopotó, trib. do Pomba, que o quenas barcas na extensão de 240 kils. desde sua foz até o porto
é do Parahyba. de Santa Maria. Recebe o Sapão, Vau, Batalha, Morrinhos,
Serra, Caiçara, Formigueiro, Brejão e Tábua pela esq.; o Ria-
PRESIDIO (Barra do). No littoral do Estado do Ceará, chão. Ouro, Timbó, Sangradouro, Santo Antonio e Sitio pela
entre a ponta Tapagé e o morro Jericoaquara. Presta-se a pe- dir. Dão-lhe um curso total de 360 kils. »
quenas canôas. E' formada na confluência dos dous braços do
rio Acarahú, um dos quaes fórma a ilha que dá o nome á PRETO. Rio do Estado da Bahia ; reune-se ao rio da Dona
barra. e juntos vão desaguar no Jequiriçá.

PRESIDIO DE BAIXO. Log. do Estado do Piauhy, no PRETO. Rio, cujas nascentes ficam na serra do Mar une- ;

mun. de Picos. se com João e reunidos vão constituir as cabeceiras do


o S.
Itabapoana. O viyario de Tombos infornia-nos ter a juncção
PRETA. Serra do Estado do R. G. do Norte, no mun. do logar nessa freg. Recebe ag:uas dos rios Santa Martha, S. Romão,
Patú. Veado, S. ThiagoeS. Domingos.
PRETA. Serra do Estado de Sergipe, ao N. O. da cidade de
PRETO. Rio affl. da margem N. do Mucury, que separa o Es-
Itabaiana, da qual dista 30 kils. Silva Lisboa em sua Chrorogr.
tado da Bahia do do E. Santo.
de Sergipe, cita uma serra com esse nome no mun. do La-
garto . PRETO. Pequeno rio do Estado do E. Santo. Depois de receber
PRETA. Lagòa do Estado do R. G. do Norte, no mun. de
as aguas do Cascalho, atravessa a estrada de Vianna a Ourem e
lança-se na margem esq. do Jucú.
Touros.
PRETA. Lagòa do Estado de Sergipe, no mun. do E.
PRETO. Rio do Estado do Espirito Santo, desagua na lagòa
Juparanan. Daemon menciona-o como affl. do rio Uoce.
Santo.
PRETA. Pequena lagòa, situada perto do morro da Vigia; PRETO. Rio do Estado do E. Santo; desagua no oceano, entre
as pontas de Santa Cruz e a das Flecheiras.
no Estado de Santa Catharina. E' profundíssima e julga-se
que tem communicação subterrânea com o oceano, visto como PRETO. Rio do Estado do E. Santo, aff. da margem dir. do
segue o movimeato das marés. Dizem ter 100 braças de com- S. Matheus.
prido .
PRETO. Rio do Estado do E. Santo, banha o mun. de Piuma
PRETINHA. Serra do Estado das Alagoas, entre os rios e desagua no Iconha.
Panema e Capiá.
PRETO. Rio do Estado do Rio de Janeiro rega o dist. de ;

PRETO. Rio do Estado do Amazonas, affl. do Padauiry. S. José do Rio Preto e desagua na margem dir. do Piaba-
E' de aguas pretas e muito volumoso Suas cabeceiras são des-
. nha, trib. do Parahyba. Entre seus adis. nota-se o Paquequer
conhecidas. O facto do Padauiry perder a cor bi-anca de suas Pequeno. Sobre sua barra, junto á estação do Areal, na es-
aguas pela cor das do Preto depois da foz deste rio para baixo, trada União e Industria, ha duas pontes. O Estado possiie nelle
faz crer ha muito ser o Preto o rio principal e o Padauiry seu as pontes de S. José do Rio Preto, das Aguas Claras, da Figueira,
affluente. da Confluência e da Barra.
PRETO. Rio do Estado do Pará, banha o mun. de Breves PRETO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, affl. do rio Ben"
e desagua no Preguiça, affl. do Boiussú. galas.
. .

FRE — 311 — PRI

PRETO. Ribeirão do Estado de S. Paulo. afíl. do rio Fardo. PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes, rega ò dist. de
Banha o mim. do Ribeirão Preto e receb?, entre outros, os rios S. Gonçalo do Rio Preto e desagua no Arassu^ahy. aff. do
Reliro, Palmeiras e Lauriano. Jequitinhonha. Recebe o Meira, Toca, Manoel Antonio, São
PRETO. Rio do Estado de S. Paulo, affl. do Turvo, que o é do Christovão, Cachoeira, Pedras, Santa Críiz, Sant'Anna, S. João,
rio Grande, mais tarde Paraná. Passa perto de S. José do Rio Lages, Embira e S. Silvério Gomes.
Preto. PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes; nasce próximo ao
PRETO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o mun. de Coromandel e vae desaguar no Paranahyba. Recebe os cór-
S. João da Boa Vista e dosagua no rio Verde, affl. do rio Pardo regos da Sepultura, da Lacra ia, do Cafundó, de Sant'Anna,
'

( inf. loc.
Olaria e da Matta.
)

PRETO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, affl. da margem di.-.


PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes, reune-se ao rio
do rio Parahyba. Corre entre os muns. de Taubaté e Ca.ç.i- Pardo, e juntos vao ao Paraopeba e este ao S. Francisco. Pró-
pava. ximo de suas cabeceiras liei a serra do Duni. Separa Pompeu
de Maravilha no mun. de Pitanguy. No Mappa do Dr Chrockatt
PRETO. Rio do Estiido de S. Paulo, rega o mun. de Itanhaen de Sa é (igurado o rio Preto ciesa^uando na margem esq. do
e desagua no rio deste nome. Paraopeba acima da foz do rio Pardo.
PRETO. Rio do Estado de S. Paulo, baulia o mun. de Ita- PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes, separa o dist. de
nhaeii e desagua no rio Peruhybe. Roças Novas do de Taquarassú pelo lado da Mutuca e desagua
PRETO. Rio do Estado de S. Paulo, rega o mun. de Iguapé no rio Vermelho. Nasce na serra da Mutuca.
e desagua no Piroupava. Corre na dit-ecção mais geral de N. PRETO. Córrego do Estado de Minas Geraes, nas divisas do
a S. dist. de S. Geraldo pertencente ao mun. do Visconde do Rio
PRETO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o m. do m Branco.
Rio Novo e desagua no ribeirão Bonito, affl. do rio Pnranapa- PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes, nasce na serra do
nema. mesmo nome e desagua na margem esq. do rio Muriahé, na
PRETO. Rio do Estado do Paraná, desagua no Cubatão Grande, cidade deste riome, no bairro chamado Barra. Recebe os rios Fii-
próximo da junção deste com o Cubatão-mirim maça e Sem Peixe, córregos do Mello, Chorona, Embahubas,
Capetinga, Passagem, Passa Tempo, Samambaia, além de
PRETO. Ribeirão do Estado do Paraná, nasce na Serrinha e outros,
desagua na margem dir. do rio Assungiiy.
PRETO. Rio do Estado de Goyaz, ail". da margem dir. do
PRETO. Rio que, nascendo na Serra Geral, limita as terras rio Maranhão
que foram do património de SS. AA. Imperiaes e desa^^ua
na margem esq. do rio Negro, trib. do Iguassu, que é o do Pa- PRETO. Rio do Estado de Goyaz, aff. do rio Verde, que o é
raná. dos Bois. Recjbe o ribeirão do Rochedo.

PRETO. Rio do Estado de Sonti Catharina, affl. do Pirahy


PRETO. Rio do Estado de Matto Grosso, nasce ao N. O. da
Piranga. villa do Diamantinoe vai desaguar no Arinos perto do Porto
Velho.
PRETO. Rio que nasce na serrada Mantiqueira, atravessa
o Estado de Minas Geraes, separa-o do do Rio de Janeiro e PRETO. Lago do Estado de Santa Catharina, notável mais
desagua na margem dir. do rio Parahybuna, affl. do Para- por sua profundidade do que por sua grandeza, tem de com-
hyba. Banha o mun. de Valença, no Estado do Rio de Janeiro, primento 220 metros e 120 de largura, e acha-se situado raaba
onde dá o nome ao dist. de Santa Isabel, e os mims. do Rio do morro da Vigia Velha, na cidade da Laguna. Julga-se que
Preto e Juiz de Fóra, em Minas Geraes. Ao sahir da bacia, tem communicação subterrânea com o oceano, porquanto segue
o movimento das marés.
onde nasce, o rio Preto fórma tres cascatas entremeiadas de
rápidos a primeira mede cerca de tres metros de altura, a
: PRETOS FORROS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
segunda 20 e a terceira perto de 30. Tem uma largura de mun. de Magé, na estrada de Santo Aleixo.
3 a 10 metros e uma profundidade de O"', 30 a O™, 50. « A
bacia, em que esse rio nasce, tem o aspecto de um meio elli-
PRETOS FORROS. Serra do Districto Federal, no dist. do
Engenho Novo.
psoide com o seu maior eixo em direcção leste-oeste proxima-
mente». Recel)e, entre outros, -os ribeirões Bananal ou Jacu- PRETOS FORROS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes,
tinga, Pirapitinga, Santa Clara, Tres Barras, Taguá, S. B^ nto, banha o mun. da Conceição e desag la no rio do Peixe do
Santa Martha, Retinto, Quartéis, Pedras, Batatal, S. José, Seri-o (Inf. loc),
Bom Retii'0, Porto dos índios, Pindahybas, Pinho, Barreado, PREVENÇÃO Rio do Estado de Minas Geraes. no mun.
Leaes, José Amâncio, Monta Cavallo, Joaquim Rodrigues, João do Muriahé. Recebe os córregos do Macuoo e Ubaseiro.
Gonçalves, Flores, Magalhães, Palmital, S. Philippe, Santa
Justa, Tres Ilhas, S. Gabriel, União, Crystaes (do lado de PRIACA. Serra do Estado das Alagoas, distante cerca de
Minas), Zacharias. Dutra, Santa Clara, S. Fernando, Pa- 66 a O. de Penedo, 18 abaixo de Traipú, tres da margem
kils.

triarcha, S. Luiz, Ubá, Batatal, S. José, Criminosa, Santa Del- esq. do rio S. Fi-ancisco e 108 da foz. Dizem haver uella metaes
fina, Bom Retiro, Pyndahibas, Coroas, Philippe, Machado Mag-o, preciosos. Próxima fica-lhe a serra da Itiubx. Ayres do Casal
Garcia, Flores, Jequitibá, Areas, Samambaia, S. Fidélis e Sant'Anna situa-a cerca de 43 kils. ao NO. do Penedo. Vide Preaca.
(do lado do Rio de Janeiro). PRIANA. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. de
PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes. Vide Ilha do Pão. Gravata. (Inf. loc).

PRETO. Rio affl. da margem ea:]. do Paracatú, trib. do PRIAOCA. Serra do Estado do Ceará, entre Aquiraz e Cas-
S. Francisco. Nasce em Goyaz, na lagòa Feia e atravessa o cavel, a menos de 30 kils. do mar. Neila plantam iegume.5.

Estado de Minas, onde tem sua foz. Dá o nome ao dist. do PRIAPU. Arraial do Estado de Sergipe, edificado no termo
Rio Preto do mun. de Paracatú. Tem uma ponte no logar de- de Santa Luzia, 12 kils. ao sul desta villa, á margem esq. do
nominado Capim Branco. Recebe pela margem dir. o ribeirão rio do mesmo nome fórma uma grande feira todas as semanas.
;

Santa Rita, o córrego do Retiro, o rio Jardim, os ribeirões São


Bernardo e Estiva, os córregos da Marianna e da Vereda e pela
PRIAPU. Rio do Estado de Sergipe, banha o niun. de
Santa Luzia do Rio Real e desagua no Mussununga, affl. do
esq. o rio Bezerra, e além de muitos outros.
Guararema. Recebe o Prata.
PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes ;
banha o mun. de PRICOARA. Ilha do Estado do Pará, na parte da costa
Itabira e desagua no Santo Antonio.
que medeia entre a bahia de Caeté e as Salinas. E' comprida
PRETO. Rio do Estado de Minas Geraes, afl'. da margem e forma uma praia um pouco extensa, que se denomina da Ja-
dir. do Caratinga, que o é do Doce. Recebe, entre outros, o rio pirica. CfíoíaVo do Ph. F. Pereira).
do Peixe pela dir. e o Batatal pela esquerda.
PRICOARA. Pequeno rio do Estado do Ceará; desagua
PRETO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do Cuieté, entre a enseada do Peoem e o rio Mundahd. (Poleiro, de Pli.
que o è do Doce (Inf. loc). F. Pereira).
.

PRI — 312 — PRI

PRIMAVERA.. Log. do Estado do Pará, no mun. de Mel- príncipe. Ilha do Estado do E. Santo, na bahia da Vi-
gaço. ctoria ;
pertencem aos jesuítas. Denominava-se Boa Vista.
PRIMAVERA. Log. no termo da Imperatriz, no Estado príncipe. Em 1799, quando os terrenos diamantinos do
do Maranhão. sertão deMinas Geraes eram disputados pelo governo e pelos
garimpeiros, uraaventureiro. Gomes Baptista, garimpando em
PRIMAVERA. Povoação do Estado de Pernambuco, a seis uma ilha, formada por um pequeno córrego com o rio Abaeté,
kils.da estação de Freieiras, á margem dir. do rio Ipojuca, no aff. do S. Francisco, encontrou um bonito rubi de qnasi 8 oi-
mun. de Amaragy e com. da Escada. Próximo dessa pov. fica tavas de peso, que doou ao príncipe D João VI. Por is.so a
a ca hoeira do Urubú. Tem duas pontes, sendo uma de ferro ilha recebeu o nome de Ilha do Prinoipe, nome que facilmente
para a E. de P., uma capella da invocação de Santo Antonio e se estendeu também ao rio que a forma.
duas esclis. publicas.
príncipe. Córrego do Estado do Rio de Janeiro; nasce no
PRIMAVERA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. logar Imbuhy, banha o distr. de Theresopolis e desagua no rio
de Agua Preta. Ha do mesmo nome nos muns.
outi'og logs.
Paquequer.
do Rio Formoso e Nazareth.
príncipe. Rio do Estado de Santa Catharina, aff. do
PRIMAVERA. Dist. da freg. de Tracunhaem, no Estado de Cuba tão, que o é do S. Francisco.
Pernambuco
príncipe. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. da
PRIMAVERA. Log. do Estado do.E. Santo, no Mucury margem dir. do rio Abaeté, trib. do S. Francisco. Entre esse
do Sul. córrego e o do Burity está edificado o arraial de Nova Lorena.
PRIMAVERA. Riacho do Estado do Maranhão, na cidade príncipe. Porto na ilha da Trindade, a SE. Foi assim
de Caxias. denominado por ter ahi desembarcado a nossa tropa, enviada
PRIMEIRA. Lagoa do Estado de Pernambuco, no mun. de em 1782 por Luiz de Vasconcellos para expellir os inglezes que
Bom Cons?lho (Inf. loc), estavam de posse dessa ilha.
PRIMEIRA CRUZ. Districto do termo de Miritiba, no PRÍNCIPE DA BEIRA. Forte situado sobre a margem
Estado do Maranhão. Dista daquella villa cerca de 120 kils. dir. do rio Guaporé, no Estado de Matto Grosso, aos 12" 36' S.
por terra e de 72 a 95 por mar. E' um centro de communica- e na long. de 41» 28"^ 15^ ou 67" 3' 45'' O do meridiano da ilha
ção entre as comarcas do Brejo, Vargem Grande, Icatú e Ita- de Ferro (astrónomos da commmissão demarcadora de limites
pecurú-mirim e mesmo ao Estado do Piauhy. (Vidê discurso em 1782) ou 21" 26' 28" O do Pão de Assucár. Forma um
do deputado provincial Ricardo de Carvalho em 27 de março quadiado de 4 baluartes e fronteia a NE. Seus alicerces
de 188 -i). Tem escholas. foram lançados a 20 de junho de 1776 pelo general Luiz de
PRIMEIRA CRUZ. Porto no mun. de Miritiba, no Estado Albuquerque Pereira e Caceres. Está situado em uma elevação,
45 palmos acima da borda do rio. Sobre um grande portão
do Maranhão.
lê-se gravada em uma pedra a seguinte inscripção ;

PRIMEIRA ILHA. Pov. do Estado de S. Paulo, no mun.


de Xiririca. Cultura de arroz. Josepho Primo
Lusitancs et Brasilice Rege Fidelíssimo
PRIMEIRAS PEDRAS. Log. no mun. de Canguaretama, I^udovious Albuquerquius a Mello Perezius Caoerss
no Estado do R. G. do Norte. Regiua Magoestatis a consiliís
Amplissiiuoe liajus Matto Grosso Provinciai
PRIMEIROS MORROS. Rio do Estado do Maranhão, affl.
Gubernatoi- ac dux supreaios
da margem esq. do Grajahú. Ipsius Régis Fidelissimi nuta
Sub Augustissimo Beirensis Principis Numine
PRIMOROSO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Solidum hujus areis fundaraentuin jacendum curavit
Agua Preta. Et primum lapidem posuít
PRINCEZA. Villa e mun. do Estado do Parahyba do Norte, na Anno Cristi MDCCLXXVI
com. do seu nome. Orago N. S. do Bom Conselho e diocese do
Die XX raensis Junii

Parahyba. Seu território, que foi desmembrado da parochia de O Barão de Melgaço, em seus Apontamentos para o Dicc.
Santo Antonio do Piancó, é regado pelos riachos Genipapo, Gra- Chorogr. da Prov. de Matto Grosso, diz: «Foi erigido para
vata, Bruscas, Sant'Anna, Garra e Palmeira. Limita-sa ao S.
substituir a arruinada fortaleza da Conceição ou Bragança,
com o Estado de Pernambuco. Foi creada parochia pelo art. I situada 2 kilometros abaixo. A primeira pedra foi lançada aos
da Lei Prov. n. 596 de 2(5 de novembro de 1805 e elevada á ca- 20 de junho de 1776. E' um quadrado forte fixado pelo systema
tegoria de villa com nome de Princeza pelo art. I da de n. 597
de Vauban, revestido de cantaria, e destinado a montar 56
de 26 de novembro do mesmo anno. Ambas essas Leis foram re- peças de artilheria. E' fundado em terreno solido, e o único
vogadas pelas de n. 659 de 5 de fevereiro de 1879. Foi restau- que ahi não se alaga nas grandes cheias do Guaporé, as quaes
rada parochia pelo art. I da Lei Prov. n. 705 de 3 de dezembro neste lugar se elevam a 45 palmos. Esta construcção era uma
de 1880 e elevada de novo á categoria de villa com o mesmo nome empreza colossal, em relação aos pouquíssimos recursos da
pelo art. III da mesma Lei n. 705. Por Acto de 30 de abril de
capitania, em pessoal, material e dinheiro. Foi preciso mandar
1883 foi creado fòro civil nesse município. A Lei Prov. n. 751
vir de fóra operários, ferro, ferramentas e outros materiaes
de 27 de novembro de 1883 desmembrou-a da comarea de Piancó sem exceptuar a cal. Deste género vieram do Pará perto de
e elevou-a á categoria de com. Foi classificada de 1» entr.
mil alqueires; veio depois de Cuyabá, da povoação de Albu-
pelo Decr. n. 76 de 21 de dezembro de 1889. Agencia do cor-
querque, e afinal do registro do Jauru, por ter-se achado, não
reio e duas eschs. publs. A villa fica na distancia de 22 léguas
longe, pedra calcarea. O goverdador Luiz de Albuquerque, que
ao S. de Piancó e 5 quasi ao N. da cidade pernambucana do
concebera o projecto desta gigantesca obra e fez os maiores
Triumpho. Comquanto seja localidade de recente fundação, tem esforços para realizal-a, não dissimulava as difBouldades que
progredido tanto, que póde-se considerar a maior villa de todo o
tinha a superar. Era oíficio de 30 de novembro de 1778, diri-
Estado, superior mesmo em numero de casas, população e mo- —
gido ao ministro, dizi i Na construcção do forte do Príncipe
:

vimento comraercial a algumas de suas cidades. O seu primeiro


da Beira... continiio em fazer proseguir com todo aquelle
nome foi Perdição por estar visinha de uma lagôa deste nome; maior vigor e diligencia de que se fazem susceptíveis os es-
depois um missionário o substituio pelo de Bom Conselho e com
cassos meios deste paiz, onde, além do dinheiro, que é o
este nome foi conhecida até ser elevada á villa com o de Prin-
indispensável instrumento com que se aplainam as difficuldades
ceza.
e adiantara-ge semelhantes trabalhos, faltam ainda verdadeira-
PRINCEZA. Antiga villa do Estado do R, G. do Norte, menie vários outros recursos necessários, como sejam os compe-
berço do senador B'rancisco de Brito. Foi elevada á cidade com tentes artífices e operários, que se deveriam empregar, de
o nome de Assú pela Lei Prov. n. 124 de 16 de outubro de 1845. maneira que, sobre alguns remettidos do Pará, depois das mais
excessivas delongas e despezas, fui obrigado, por ultimo, a
PRÍNCIPE, Assim denominava-se a actual cidade do| Se-
mandar vir um mais considerável numero delles, que hão de
ridó no Estado do R. G. do Norte.
ser escravos do Rio de Janeiro, onde a referida encommenda,
PRÍNCIPE. Assim denominava-se antigamente a [actual sobre conta da real fazenda, se fez ha perto de um anno mas ;

cidade do Serro do Estado de Minas Geraes. antes dos fins do corrente de 1779 não poderá chegar a esta
39.844
TRI — 313 — PRI

capital, sendo fácil de calcular por esta demora os obstáculos ediíicios, dos reparos de artilharia, da palamenta e armamento,
que quasi insuperavelmeiue se olTerecem nest:is tão despi-ovidas destruído peljs cupins. Os artigos de metal, carcomidos de
como remotas regiões, apezar do grosso cabedal que tudo custa, ferrugem, tendo sido grande porção de ferragem dos reparos das
e por maiores que sejam os esforços de zelo e economia. Em — portas, da palamenta, etc. arrancadas e vendidas aos Boli-
officio de 4 de janeiro de 1783 : —
O novo forte do Príncipe da vianos, a troo de viveres, sem exceptuar os g itos de ferro, que
Beira, em cuja regular fortificação se tem sempre trabalhado prendiam a obra de cantiria. O equipameata de artilharia e
desde 1776, ao menos com 20J pessoas, dahi para cima ex- infantaria ínservivel não ha um cartuch j de artilharia, nem
;

actamente mantidas e pngas de seus vencimentos atá hoje e ; com que fazel-o ; só existem o. to libras de pólvora; não ha
combinando-se o? m^^smos esforços com os diminutos meios e bandeira ; só existe uma peque. la canòa de mouta-ia perten-
faculdades de que só posso prevalecer-nie, de alguma íorma se cente a uma mulher. A guarn ção compje-se de um alferes, um
poderiam comparar aos de um pigmeu, que com os seus pequenos cadete servindo do sargento e 10 soldados, 4 dos quaes estão
braços se propuz?sse a abarcar algum vasti e mal seguro edifício, destacados nas Pedras e 3 no lionanius. ficando 3 para o ser-
no meio dos desertos, sastemando-o e preservando-o das muitas viço do forti. A povoação outr'ora conside.-avel (mil pelo menos)
ruínas e de amparos a que p:-ecisamente se achava exposto em de m-^stiços e índios, que moravam nas immediações, está
semelhantes termos. .
.

O andamento destas obras affrouxou reduzida a poucos incliyiduos, quí entre todos mal chegam a
com a retirada de Luiz d' Albuquerque, em 1700, para Portugal. pia itar um alqueire de milho, raros pés de maudioca e njnhum
Os generaes seus successores tiveram de repartir a s la aUenção feijão; a semente do algodão até p^^rdeu-se, e alguns tecidos, de
e os poucos recursos de que dispunham, par o itros pontos da
i que nncessitão são comprados dos índios Mojos, de onde tiram
fronieira de Matto Gross e ainda pela do Baixo Paraguay. também o necessário para o sustento. » Na actualidade, á vista
O sargento-uiór José Manoel Cardoso da Cunha, mandado do estado de marasmo em que vai exting.iindo-se Matto
ao forte, em 1797, com um reforço de cento e tantos homens, Grosso a re-tauiação do forte do Príncipe não se poderá eííe-
escrevia ao governador... Para se concluir ludo isto se carece ctuar sem enormíssimo dispenrao e máximas dífficuldades.
de muita cal e muitos obreiros, de mil para cima que, com os : Talvez que a abertura da estrada de ferro do Madeira ao Ma-
que aqui se acham, me parece que nem em 10 annos se acabão moré venha a tempo de livrar da morte aquelle infeliz districto.
as referi-las obras.» A artilheria, que aié então existia, era e ficilitar a ref-rida restauração. O logir é pjuco sadio e
12 canhões de calibre 6, tres de 3, e um de 1, todos de ferro, sujeito a febi-es in termittentes, particularmente na passagem da
e só 6 reforçados. Desde entáo a correspondência official mostra estação s 'cca para a das aguas. Em
1814 alli appareceram as
a progressiva decadência do forte, a qual torn ui-se mais rápida bexigas, até então desconhecidas nesta proviacia, a qual não foi
sob o governo provisório, na época da independência do império. então contaminada, pelas providencias que se ileram para evitar
O comuiando qus fora. outr'ora, conliado aos mais distinctos o contagio. Morreram 40 pessoas». « A' margem dir. do
officiaes e de mais elevada paten'e, passou a ser exercido por Guaporé, aos 12" 25' 47"89 S e 21° 17'10. 20 O.
. é uma impo-
;

subalt?rnos. Em
1824 recahiu em um velho miliciano, José nente e magestosa obra de arte, essa fortaleza, construída con-
Francisco da Cunha, que havia muito morava com sua forme os i)receítos da arte de guerra, todos menos um; mas
família junto ao forte. Era um homem de cjr e quasi anal- esse de ordem tal que, sua falta faz desnecessária a existência
phabeto ; não lhe faltavam porém zelo p;lo serviço e conheci- dos outros, e por conseguinte desnecessário por absurda essa
mento do esiado das cousas, como se vè dos seguintes trechos formidável machina de guerra. E' que está situado na mais
da sua tosca correspondência, que patenteia o mísero estado do imprestável p^isíção. Apezar de erguido n'um monte, contra-
forte: «Eu vou participar a V. Ex. o miserável estado em forte da cordilheira dos Parecys, que ahi vem morrer no
que encontrei o armamento desta reparlição, que indo man- Guaporé, é completamente iiivisivel de quem desce o rio, e mal
dal-o limpar, fui achar umas cheias de terra até a boca... entrevista dos que o sobem, que somente ú custo podem descor-
ha 11 para 12 annos que se não limpa o armamento de tinar por sobre as cimas da matta o frontal da entrada e a
mão... os aquartelamenios todos descobertos e com falta de linha superior do parapeito das baterias da frente o que não ;

ferragens e fechaduras... Estes (os soldados) todos vivem des- deixaria de ser uma vantagem si por sua vez, não fosse com-
^gostosos, sem perceberam cous.i alguma. Em 12 de março pletamente invisível ao forte, o curso superior do rio; e de
de 1830: Será possível, Exm. Sr., que estes miseráveis pequena extensão, quando muito na primeira milha, o que
um anno e dous se hão de vestir com quatro oitavas ?. . também . descortina do seu curso inferior. Ao navegante que se lhe ap-
vou por meio destas, com a maior submissão e respeito, pedir- proxima e o desconhece não é dado avaliar que soberba e alte-
Ihe que me claree si ha alguma ordem para se destruir este rosa mole é; e, chegado ao porto, é somente depois de galgar-se
presídio, pois me vejo cercado de licenças sem que me mandem quasi Ioda a ladeira, que elle se revela aos olhos, agora ma-
gente alauma... mas eu lembro, que ha 55 annos, que giro ravilhados do viajor, formidável, magestoso e imponente. Qual
nesta fronteira, e me não é occulto o modo por que eram tratados a necessidade dessa obra monumental em taes regiões não se
meus antigos predecessores, e que era o brinco dos antigos comprehende, quando o Guaporé corre-lhe pela frente lítteral-
predecessoi'es de V. Ex. esie importante forte, onde se gastaram mente atravancado de pedras, desde acima de Itonamas até
uns poucos de milhões... Eu, Exm. Sr., sem guarnição cerca de 30 kils. abaixo do seu porto; quando os terrenos
alguma, como já propuz na presença do Exm, Sr. governador fron eiriços são almargeaes e brejões, impossíveis de serem ha-
das armas, por uma rdaçãp, a guarnição que tenho; e esta bitados e transitados, e quando o leito do rio com summa
guarnição grila, os soldados da 2* Imha chorão, o hospital dilficuldade deixa uma canòa, como a que montamos, vencer-lhe
geme, sem eu ler com que o^ possa curar. As doenças de cir- as pedras e corredeiras ; e quando emlím não poderia esperar
cumstancias eu sou que administro o modo de as curar por aggressão alguma pela dir., terrenos brazileiros encravados
não haver cirurgião. A quem se ha de dizer, Exm, Sr., que na mesma rede de vastos pantanaes. Que Rolím de Moura
ha quatro annos que não vem uma libra de assucar, nem um fundasse o fortim da Conceição, comprehende-se bem: era jiara
frasco de cachaça, e não fallemos na farinha, ao menos para defender a posição tomada aos castelhanos e limiar os direitos
attender a esses miseráveis ... já não veai uma onça de remédio,
. de posse á coròa porlugueza; e também comprehende-se que
já não vem um meio de sola. já não vem uma libra de sebo.. mais tarde buscasse-se essa collina para o posto militar, visto
JKu não sei, Exm. Sr., o que pretendem s.>bre isto... Com aquelle for im iícar sob as agua. nas grandes enchentes do rio.
resp-nto e submissão vou prostar-me aos beníguos pés de Mas para taes lins, e para servir de guarda ao rio o defesa á
"V
. Ex., pedir-lhe o meu rendimento, pois ha 8 annos, Exm. sua navegação, um simples rcdiicto bastava, naquello tempo
Sr., a tra'^alhar com o m'^u filho para poder subjuuar esti que a artilharia ainda estava nas fachas da infância. O que
presídio, sem termos recebido iim só vintém, etc.» Eallecendo não se pôde compr^hender é os motivos que induziram Luiz
«ste commandante em 1830, sucçedeu-ihe interinamente seu de A buquerqiie á erguer essa formidável fortificação n'uin
filho. caiJÍtão de milícias. Este foi substituído por um alferes local onde, quando mesmo sua existência não fosse complela-
do exercito, contra quem se levantou a guarnição, e bem assim menle nulla pela posição nada coavinhavel, seria desnecessária
«ontra outro alferes, que foi nomeado coramandanie em 1851. pela natureza do seu campo de acção. Para servir de ([uartel.
Alguns jiresidentes deram providencias que foram inefficazes e tão sómenie, ís tropas de vigilância, é machina de=proposi-
por fali arem os meios indispensáveis para accudir ás mais neces- tiula si Ibí intentada para imiiedír a navegação aos hespanhóes.
;

sárias precissões daquelle estabelecimento. Em 18(54 o presi- nas melhores condições de êxito só o iiodería fazer do It.mamas
dente, general Albino de Carvalho, incumbiu o exame do estado para baixo, ficando áquelles livre toda a navegação, do
do forte a um ofíicíal, de cujo r datorio cinsta que «... estão Itonamas e do Baures para cima, e ijelo Mamoré lodo o resto
se desmoronando as muralhas, sobre as quaes desde ha muito do Guaporé e a própria navegação do Madeira. Si ao menos
cresce m itto e até arvoredo corpulento. O madeiramento dos tivesse sido erguida em sitio donde fosse avistada, bastaria

DICC GE )!-. . 40
PRI — 314 — PRI

Sua simples catadura para infundir respeitoso temor; mas ha compostas, a mais próxima de seis edificios que eram destinados
um século passado, como agora, invasoi'es ou inimigos que a armazéns, offlcinas e quartéis da tropa, e a interna de outras
se aventurassem, nessas regiões de rios encacboeirados, nem tantas casas para oíficiaes, commandancia, capella e enfermaria,
podiam vir tão numerosos, nem tão armados de macliinas de estas tres na face fronteira á da entrada do forte. No centro ha
guerra, que fosse mister tal espantalho para conter-lhes os ím- uma grande cisterna, com os escoadouros necessários para o
petos. Si no verão de 1766 Juan de Pestana poude trazer um excesso de aguas, cuja abertura de sabida vê-se na barranca do
exercito a acampar em frente ao fortim da Conceição, a falta de rio, como um corredor quadrado, de dous palmos de face, fe-
aguas, que deu-lhes o transito por terra, trancava-lhes o rio ; chado por uma grade de ferro. Fóra da fortaleza houve, nos
e o adiantado da estação foi o principal inimigo que os fez des- seus bons tempos de mocidade, um pov., e também chácaras
alojar e fugir precipitadamente. E' deveras iznponente e mages- e sítios. Em frente ao baluarte de N.E. (Santo Antonio) tinha
toso ;e confesso, á puridade, que ao contemplal-o tive pena, o commando uma grande chácara, toda cercada de grossa e alta
pezar verdadeiro, de existir tal monumento em logar onde muralha ;e dividida em grandes canteiros orlados de can-
apenas um ou outro degredado, um ou outro selvagem — e o taria, e dispostos symetricamente affectando a fórma de uma
raríssimo viajante que de necessidade lhe chega ao porto —terá estrella. Está apenas a uns 200, ou pouco mais, metros do fosso
occasião de contemplai- o. Ainda hoje, apezar de meio século de e todavia, apezar de irmos com o commandante do forte, que já
abandono, apezar deínssrvivel por irem-se ruindo em escombros é pratico desses sitios, custamos a encontral-a, tão alta, densa
as suas dependências, apresenta- se tão grandioso que produz a e cerrada é a matta que ahi cresce e encobre se is muros, ainda.
mais inesperada surpresa a quem, galgada a c.llina, vè, de re- hoje em pé. O que ainda mais revela a desídia, preguiça, des-
pente, e quasi de um jacto, surgir, no meio do profundo fosso communal indolência e imprevisão do futuro de todos quantos
que o cerca; semelhando as arestas de seus baluartes ás prôas teem, ha longos annos, vivido nesse forte, que melhor local não
de gigantes couraçados, pelo b3m traçado das linhas, a incli- poderiam encontrar para suas plantações, a não ser os próprios
nação sobre o terreno e a côr férrea de suas muralhas, feitas de baluartes e cortinas que converteram em roça, o que entretanto
parallelipipedos dessa arkoze quasi ferruginosa, conhecida na ninguém poderia esperar. Dos vegetaes que acompanham o-
província com o nome de pedra «canga». E' cjnstruido sobre homem, ainda ahi vimos todos os communs nessas paragens,
um quadrado de 119 '4 metros de face, com quatro baluartes, no beldroegas, carurii de sapo, tanchngem, labaça, etc, apezar de
systema Vauljan, de 59 metros sobx-e 48 na maior largura. As decorrerem já talvez mais de cinco lusti"0S do seu completo
cortinas que os ligam dous a dous, tem cada um 92 metros abandono. Das arvores de fructo pelos antigos plantadas apenas
e quatro decinetros de extensão, á borda do fosso. Os baluartes vimos bananeiras não sendo crivei que de tantas outras que os
;

eram conhecidos pela denominação de « N. S. da Conceição », antigos cultiraram e que naturalmente deviam ornar a chácara dos
« Santo Antonio », « Santa Barbara » e « Santo André Avelino ». governadores, não existam hoje arvores de laranjas, limas, limões,,
O fosso varia na largura, guardando, porém, effectiva a profun- attas, café, cannas, etc; talvez que a matta occulte ainda os destro-
didade de dous metros; na frente e flanco esq. é de 30 metros ços do pomar no mais, o elemento selvagem, como de costume,
;

e dous decimetros de largo; junto aos baluartes tem de metro matou e destruiu as plantas da civilisação. Goncluiu-se o forte em
e meio a dous metros, excepção feita do da esq., « Conceição », agosto de 1783. Seu primeiro commandante foi o capitão de dra-
que é de nove metros. Em frente ao portão atravessa-o uma gões da companhia de Goyaz, José de Mello de Souza Castro e
ponte de 31 metros, parte da qual na extensão de quasi qiiatro Vilhena, que se aclnva desterrado em Matto Grosso. A 31 daquelle
era levadiça e recolhia-se ao forte. Fronteiro lhe ficava um mez foi oocupal-o com a guarnição do forte da Conceição,
revelim, e entre este e o fosso imi caminho coberto. O portão cujas ruinas, só com algum custo, podem ser descobertas hoje.
fica a meio da cortina de N. na face occidental e parallela ao
: O novo ha de de custar a derrocar-se, nas suas obras princi-
rio ha uma poterna que se abre no fosso. Cada baluarte tem paes, tão solidamente foi contruído. Todas as suas dependências,
14 canhoneiras; ti'es em cada flanco e quatro em cada face. internas e externas, casas, quartéis, depósitos, ponte, porias,,
A «gola» é de 22 metros, e de oito e doxis decimetros a altura e.ítradas, chácara e mesmo o fosso, uns destruiram-se e os ou-
das muralhas da esplanada ao fosso. Sobre o portão, na altura tros vão pouco a pouco, já estando a maioria em ruina completa.
de 10 metros e tres decimetros, lè-se esta inscripção, a que já Mas essas muralhas são tão fortes, tão bem alinhadas, tão bem,
faltam algumas lettras de cobre, antigamente dourado, e pre- acabadas — tão —
quasi, perfeitas, que bão de passar os séculos
gadas n'um rectângulo de granito: antes que se derruam e ainda hoje, mantendo pelo menos exte-
;

lOSEPHO riormente, toda a idéa da grandeza e poder que lhes imprimia


I
LUZITANI/E ET BRAZILI.E ReGE FIDELÍSSIMO o seu autor, testificam a consciência do trab:ilho e o esforço
LuDOVicus Albuquerquins a. Mello Pererius Cáceres assignalado dos seus obreiros. A' perfeição da mão de obra jun-
ta-se a boa qualidade do material; e, cousa notável, o ferro,
Amplissim^e Huju3 Matto-Grosso Provinci.e
GUBERNATOR Ao DUX SqpPvEMUS que tão facilmente se decompõe nos paizes quentes e húmidos ;

Ipsius FiDELissnii Régis Nutu


no Egypto estraga-se em uma dezena de annos que aqui na ;

còrte, nas grades expostas, vemol-o em poucos annos comple-


Sub Augustissimo Beirensi Prixcipis No.mine
SoLiDUM Hujus Arcis fundamentum Jaciendum Curavit tamente carcomido nas suas barras, corroídas pela oxydação ;
ahi, no forte, conserva-sé inalterável e tão puro 'como si
Et Primum Lapidem Poshit
fora novo. apezar de um século de exposição, os gatos de
Anno Christi MDCCLXXVI
ferro que prendem as pedras das muralhas, e que ostentam
Die XX Mensis Jaxii.
nitidamente a côr azulada do ferro de fresco forjado. Os edilícíos
O portão, que nunca foi collocado, devia ter a largura de i'Uernos, hoje em ruína, foram também construídos com a mesma
dous melros e 63 cents. : uma parede provisória o fecha em consciência do trabalho mas eram relativamente mais débeis
;

parte, em mais de metade do vão a elle destinado, deixando necessitavam do zelo para conservarem-se suas paredes são
:

para entrada uma porta de metro e tres cents. de largura, de pedra o cal, e o arcabouço de tal ordem, que poucns são as
também provisória, mas tal que nunca foi nem será substituída. vigas que esfcej?m prejudicadas. Estragadas as ripas e os caí-
Abre-se n'um saguão de pouco mais ou menos dez metros de bi'o=i, abatidas as telhas, a])pareceram as giitteíras eo t?mpo;

comprido, composto de duas partes distinctas, das quaes a an- começou sem óbices o seu processo de destruição. São as mu-
terior é um quadrado perfeito de quatro e meio metros de lado, ralhas da frente as que guardam amais esplendida integridade :
e a outra de cinco e meio metros de fundo sobre quatro e 38 o mesmo já não se dá cora as outras, que vão cedendo á força
cfints. de largo. Nesta ficam, â'esq., a casa da guarda e da vegetação que ahi se desenvolve por entre as fendas do muro,
xadrez, e á dir. os calabouços, tudo abobadado, e estes muito ou sobre os parapeitos. Enormes embaíbas e gamelleiras já as-
escuros, húmidos e faltos de ar. A casa da guarda é dividida soberbavam seus troncos, empurrando com as raízes os blocos
em dous compartimentos, amijos de quatro metros e quatro de- da pedra, quando visitamos o 'forte. Os terraplenos dos baluar-
cimetros de largura, mas o primeiro comprido de oito metros e tes, as cortinas e a praça, seriam matta virgem, si a
dous decimetros, eo outro de tres e 38 centímetros. O calabouço guarnição, temerosa das onças e dos selvagens, não preferisse
que se abre em frente a esta sala tem quatro metros de fundo e fazer nell>s os seus roçados de mandioca e milho, feijõe;, canuas.
de largura mais quatro decs. o outro a este contíguo, com
; e melancia. Em todos os quartéis e casas vive grande, immensj
respiradouros para a praça d'armas, guarda a mesma largura, numei'o de morcegos, a praga dos povoados velhos da piovincia ;

tendo oito metros e 35 cents. de comprimento. Ao sahir do mas, assim mesmo, não em tanta quantidade como n'outri s
seguão, na praça, nma escada, á esq., conduz á meia cortina da logares (a), e como ahi mesmo em outros tempos, em que, s?-
frente, donde póde-se circular toda a fortaleza pelas cortinas e gnndo diz Pizarro —
« principiando a sahir uma hora antes da
baluartes. Na praça, parallelas ás cortinas, ha duas ruas de casas, entrada do .?ol, o encoln-iam formando uma densa nuvem ps!o
. .

I'RI — 315 — FRO

da sua carreií-a, até os campos de Espanha, donde


-espaço dilatado a S.O. desta villa. Foi fundada em 1807, afim de conter os Índios
voltavam de madrugada. » Ao coiilemplar-se essa fortificação Timbyras que assolavam e destruíam todas as fazendas daquelle
que tem tanto de grandiosa como de estólida, não se sabe o que districto, as quaes só depois da fundação do arraial se tornaram
mais admirar, si o mérito da obra, o dinheiro e tempo gastos, a estabelecer.
as fadigas e misérias dos trabalhadores, isto é, a somma de PRÍNCIPE WILLELIM. Assim denominavam os hollan-
esforços nessa construcção empregados si aphantasiadocapitão-
;
dezes o porto dos Afogados, no Estado de Pernambuco.
general em querer ligar o seu nome a uma obra de guerra no
género das de Macapá e Cabedello, talvez cioso das glorias e PRINTES. Ilha do Estado do Pará, ao poente da cidade de
recompensas que obtiveram os constructores destas. Não ha- Santarém e próxima á ilha do Amador. Foi denominada Bo- —
vendo pedra calcarea no sitio, íoi a necessária para as obras lonnaise — por Tardy de Montravel em 1844, e Mamarú pela
conduzida das margens do Paraguay ao registro do Jaurú, dahi commissão de limites em 1864.
por terra á Villa Bella e Guaporé abaixo aié o forte; e essa obra PRIVILEGIO. Log. do Estado de Pernambuco, nomun. de
monumental íicou concluida dentro de sete annos, tempo dimi- Agua Preta.
nutissimo, si attendermos ás difficuldades que deveriam acom-
panhar uma construcção tão longínqua e tão balda de recursos PRÔA GRANDE. Ilha do Estado de Minas Geraes, no
próximos : o que é um padrão do esforço e da tenacidade de rio das Velhas, aíHuente do S. Francisco.
Luiz de Albuquerque. Para bem se o avaliar, basta consignar-se PROBETÁ. Serra do Estado do Rio de Janeiro, na freg.
que, annos depois, em 1825, quatro canhões de bronze, de ca- da Ilha Grande e raun. de Angra dos Heis.
libre 24, remettidos do Pará, pelo Tapajoz, com destino a elle,
só conseguiram chegar a Matto-Grosso em 1830. Mas já o forte
PROCHNOW. Ribeirão do Estado de Santa Catharina,
tinha perdido sua importância e o presidente deliberou fazel-os
:
na ex-eolonia Blumenau.
de novo remontar o Alto Guaporé até a estrada de Guyabá, com PROCOPIO. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes,
direcção a essa capital; e alli jazeram por uns vinte annos, afíi. da margem esq. da Manhuassú.
até que em 1851 o barão de Melgaço as fez descer para o forte
de Coimbra. Eguaes na grandeza, mas incontestavelmente su-
PROCURA, Serra do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
de Macahé.
periores na utilidade, eram aquellas duas outras fortalezas. A
de Macapá, começada em 25 de janeiro de 1764 pelo sargento- PRODÍGIO. Log. no dist. de Morro Grande e mun. de
mór engenheiro Henrique Antonio Galuzzi, foi-o por ordem do Araruama do Estado do Rio de Janeiro, com eschola.
capitão-general remando da Costa e Athayde Freire. Seu plano PROENÇA. Log. no mun. de Batataes do Estado de
'
foi o mesmo seguido pelo major José Pinheiro de Lacerda no
S. Paulo.
forte do l^rincipe um quadrado flanqueado por baluartes de
:

quatorze canhoneiras. Difteria que seus quartéis e depósitos PROGRESSO. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. da
eram abobadados e á prova de bomba. O portão fica na face de Gamelleira. Ha outro log. do mesmo nome no mun. de Na-
O, tendo também um revelim fronteiro, separado pelo fosso e zareth.
ligado pela ponte levadiça, havendo uma outra que liga o re- PROGRESSO. Estação daE. de F. do Ribeirão ao Bonito;
velim á esplanada. Suas muralhas são de quasi oito metros, no Estado de Pernamljuco.
estando o terreno, onde se elevam, á mais de cinco das aguas
normaes. O forte do Cabedello, construído noutro systema, é um PROMIRIM. Ilha do Estado de S. Paulo, defronte do porto
polygono em fórma de estrella irregular. Quando por ahi pas- de Ubatumirim, no mun. de Ubatuba. (Inf. loc.)
sámos, notei com pezar que dous desses raios marchavam para PROMIRIM. Rio do Estado de S. Paulo, no mun. de
completa ruina ; sendo de lamentar que as forças do Estado lhe Ubatuba.
Tião permitiam reerguel-os e conservar esse monumento. Passa
esta localidade por altamente insalubre; eo autor das Noticias
PROMOMBÓ. Córrego do Est-ido de Matto Grosso, banha
sobre a Província de Matto-Gi osso, que não a visitou, declara-a o dist. de desagua no rio Taquary
Coxim e
um dos pontos mais insalubres do Império, como também con- PROPRIÁ, Cidade e mun. do Estado de Sergipe, na com.
sidera-o o seu ponto mais occidental. Situado como está á borda de seu nome, á margem do rio S. Francisco, entre duas lagôas.
-de um grande rio, e entre pantanaes e alagadiços, tendo na Orago Santo Antonio e diocese archiepiscopal de S. Salvador.
sua frente o vasto estuário do Baures, Itonamase iSÍamoré, que si Foi creada villa em 1800. Cidade por LeiProv. n. 755 de 21 de
em tempo de aguas é um oceano, é quando volta o estio um fevereiro de 1866. E' com. de 2^ entr., creada com o nome de
foco immenso de eshalações palustres; deve com effeilo ser real Villa Nova p?la Lei Prcv. de 6 de Março de 1835 e com o de
.a fama de que goza, ou pelo menos approximada. Entretanto, Propriá pela den. 461 de 20 de fevereiro de 1857; e classi-
com excepção de uma mulher aíTectada de hysterismo, nenhum ficada pelos Decs. n. 5.213 de 1 de fevereiro de 1873 e da 26 de
outro enfermo encontramos no forte, e isso quando seus mora- abril de 1895. O terreno do mun. é fértil, produzindo canna,
dores, abandonados do resto do mundo, ahi vivem quasi como algodão e cereaes. Regam-no diversos rios, entre os quaes o
os próprios selvagens, quer nos commodos da e?:istencia, quer Japaratuba-mirim Além da matriz possue a capella de N. S.
.

nos cuidados da hygiene. Ao descrever a cid ide de Matto-Grosso, do Rosario e a de Santa Cruz. Tem uma pop. de 4.000 habs.
citei casos de longevidade., Já o mesmo observára neste forte, e e duas eschs. publs. de inst. prim. Denominou-se outr'ora
disso falia o Dr. Alexandre Pvodrigues Ferreira e também o Urubú de baixo. Foi visitada pelo ex-Imperador em ouuibro de
erudito alagoano Dr. Mello Moraes, na sua Chorographia Ili';- 1859. Comprehende os povs: Telha Malhada dos Bois, Amparo,
torica, tomo 2", pag. 281, citando, entre outros, Ignacio Ferreira Visgueiro, Tamanduá e Sitio do Meio. Sobre suas divisas vide,
Mai-iniio, fluminense, nascido em 1773 e alli fallecido com 114 entre outras, a Lei Prov. n. 188 de 13 de Julho de 1847.
annos: Antonio Alves, portuguez, fallecido com 109 annos, e
Maria Pinheira, paulista, já centenária, ambos em 1778; _e PROPRIÁ. Rio do Estado de Sergipe, aff. do S. Francisco.
Banha a cidade de seu nome,
como sendo ainda vivos em 1789 os pretos José i\ndré com mais
de 110 annos, Sebastião da Silva com 107 ; este trabalhador PROPRIEDADE. Pov. do Estado de Pernambuco. A Lei
ainda de fouce e enxada na sua roça, fazendo marchas de légua Prov. n. 496 de 29 de Maio de 1861 transferio para ella a sede da
c meia sem cansar, e que aos 106 annos ainda pret^sndera ca- freg. de Una, que mais tarde, em 1868, foi transferida para
s&r-se, tão bsm disposto se sentia. Além desses citam ainda o pov. Tamandaré.
outros cinco centenários; o que para uma população de oito-
centas almas que, segundo aquelle naturalista, seria nessa época
PROQUETEUA. Igarapé do Estado do Pará, no dist. de
S. Domingos da Boa Vista. E' tamijera denominado
Prata.
a do forte, era uma formosa proporção de centenários, qual a
de um por oitenta (Dr. S. da Fonseca). PROTECÇÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
príncipe guilherme. Forte fundado por Mauricio de do Rio Formoso. Ha outro log. do mesmo nome no mun. de
Nasspu junto á pont3 dos Afogados, sobre o rio Capiberibe; no Palmares.
Estado de Pernambuco. Era também denominado Orange. PROVEDOR. Riacho do Estado do R. G. do Xorle, banha
PRIICCIPE IMPERIAL. Assim denominava-se a villa de o mun. de Apody e desagua no rio deste nome pela margem
Carátheús, no Estado do Ceará. direita

PRÍNCIPE REGENTE. Pov. do Estado do Maranhão, na PROVEDORES. Arroio do Estado do R. G. do Sul ;


des-
margem esq. do rio Parnahyba, na com. de Pastos Bons, 55 Idls. agua na lagòa Mirim pelo lado oriental.
. .

PUA — 316 — PUI

PROVIDENCIA. Log. do Estado do Amazonas, no rio PUAPUÁ. Ribeiro do Estado do Amazonas na mogem esq.
Purús, dist. de N. S. dos Remédios. E' um dos pontos de esoaia do rio Japurá, abaixo das cachoeiras, t-m frente do Mauapiri '
dos vapores da linha de Manáos a Hyutan.ilian no rio Purús. (Araujo Amazonas) Baena cita-o e diz que desse riacho se pôde
Tem uma cscli. imbl. de inst. prim., creada pela Lei Prov. ir por terra ás vertentes do rio Uiniuini, que desemboca no rio
n. 043 de 2 de junho de 13S4. Negro. O sargento maior de artilharia Henrique João AVilcliens
t-m seu Diário de Viagem (17S1) far. menção de um lago Piapoá
PROVIDENCIA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
que communica com o lago Maiaua-riui-ui. Em uma carta
do Cabo.
da comarca do Alto Amazonas, levantada nos annos de 1780
PROVIDENCIA. Pov. do Estado de Minas Geraes. no mun. e 1789, existente na Bibi. do Inst. Hist. acha-se figurado rio o
da Leopoldina. Foi elevada á dist. pelo Uec. ii. 61 de 9 de Puapiiá.
maio de 1890.
PUBA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de Santa
PROVIDENCIA. Uma das estacões da E. de F. de Bra- Maria de S.Felix emun. do Peçanha, com nma esch. mixta,
gança, no Estado do Pará, entre as estações de Souza e Ana- creada pela Lei n. 106 de 2-1 de julho de 1894.
nindeiia.
PUBAS. Dist. do termo de Campo Maior, no Estado do
PROVIDENCIA. Morro do Districto Federal; nelle ha um Piauhy
tunnel atravessado pelo ramal fei-reo que da Estação Central da
praça da Republica dirige-se á praia da Gamboa. PUCA. Log. do Estado do Pará, no mun. da Ponta de
Pedras, sobre o igarapé Pucá. Tem eschola.
PROVIDENCIA. Rio do Estado de Gnyaz, banha o mun. PUCA. Rio do Estado de S. Paulo nasce nos morros da
do Porto Nacional e desagua no Tocantins. ;

Serra Geral, banha o mun. de Santos e desagua no braço de mar


PROVISÃO. Log. do Estado da Bahia, no dist. do da Bertioga. Tem quatro kils. de curso (Inf. loc.)
Jequié.
PUCATAPAXIRU. Tapera da primeira situação da freg. de
PROVISÃO. Rio do Estado da Bahia, hanha o mun. da Malxirá, na magem dir. do Solimões, entre os ribeiros Aruti e
B irra do Rio de Contas e desagua no rio deste nome. Maturá (Araujo Amazonas).
PROVISÓRIO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. PUGAUA. Igarapé do Estado do Maranhão ;
separa a costa
de P.ilmares. de .^Vraçagy da pequena ilha de Curupií.
PROVISÓRIO. Rio do Estado do E. Santo, na segunda PUCHADOR. Rio do Estado do Pará, na ilha Marajó hanha ;

secção da E. de F. que se projecta entre a cidade da Victoria o mun. de Ponta de Pedras e desagua na margem dir. do rio
e o Esiado de Minas Geraes. O valle deste rio cuntorna um.i Marajó-ass\i ou Pororoca. Communica-se com o Carapanaoca
série de e'evadissimas cachoeiras, que se encontram ao subir o por meio de um canal artificial. (Inf.. loc).
valle do rio Timbiihy.
PUCIARY. Rio do Estado do Amazonas, aff. da margem
PROVISÓRIO. Córrego do Estado de Goyaz, afl'. da dir. do Ituxi, trib. do Purús. O Dr. S. Coutinho escreve
margem esq. do ribeirão Jacobina, trib. do rio Corumbá. A2:>iiciari/
(Inf. loc).
PUCU. Igarapé do Estado do Pará, desagua no rio Purús,
PRUÁ. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de defronte da cachoeira Maranhãosinho.
Itambé.
PUCÚ. Lago situado na ilha Piquiá, que fica no rio Japurá, •

PRUDÊNCIA. Caverna no mun. de Iporanga do Estado de no Estado do Amazonas.


S. Paulo. « A caverna da Prudência é apenas um salão de
40 palmos quadrados. Logo na entrada avista-se uma espécie
PUCUMURY. Lago do Estado do Amazonas, no mun. de
de consolo que parece estar coberto com uma toalha de már-
Canutama.
more, cujas pontas chegam ao solo da caverna. » PUGURAHY Vide Pucwr-uhij.
PRUDÊNCIA. Riacho do Estado do R. G. do Norte, hanha PUCURUHY. Riacho do Eslado do Pará, aff. da margem
o mun. de xVpody e desagua na margem esq. do rio deste esq. do rio Tocantins, na com. de Baião. Nasce, segundo Baena,
nome. das cabeceiras do rio Pacajás e desagua no intervallo das ca-
choeiras Pitaoca e Chiqueiro. Encontra-se também escripta
PRUDENCIO. Lagòa do Estado do R. G. do Norte, no
PuGurahy,
mun. de Touros.
PRUDENTE. Log. no mun. de Queluz do Estado de São
PUCURUHY. Rio do Estado do Pará, no mun. de Gurupá.
Paulo. PUETANAS. Selvagens que hahitavam as margens do rio
Içana, no Estado do Amazonas.
PRUDENTE. Rio do Estado do Pará, na ilha Marajó
e mun. de Breves. Recebe o Jupatituba e o Aturiá. PUGA. Outeiro contíguo ao morro do Conselho, banhado
pelas aguas da bahia do mesmo nome, no Estado de Matto
PRUDENTE DE MORAES. Estação da E. de F. de Batu-
Gros,so. Tem algum;is grutas notáveis, exploradas em 1795. Pela
rité, no Estado do Ceará, entre Quixeramobim e Antoni Olyn- i

pi'incipal andaram os exploradores uns 300 passos sem chegarem


tho, no kil. 73. Foi inaugurada no dia 20 de setembro de 1896.
Denominavam ao lim. I,argura 58 passos, altura oito p:ilmos, pavimento de
a esse logar Muxuré.
pedra de diversas còres, inundado na estação das aguas (B. de
PRUDENTE DE MORAES. Estação da E. de F. Central Melgaço).
do Brazil, no Estado de Minas Geraes, ignaugurada a 12 dè
eetemliro de 1896, entre Mattosinhos e Sete Lagoas.
PUGA. Bahia entre o morro do mesmo nome e o do Conselho,
á margem dir. do Paraguay, no Estado de Matto Grosso.
PUA-ASSU. Ponta situada no rio Tapajós, pouco acima da
PUGA. Rio do Estado do Paraná, bunba o mun. da Pal-
extincta Missão de Santi Cruz, no Estado do Pará. Quasi de-
fronte delia desagua o rio Cupary.
meira e corre para o Tibagy reunido ao arroio Palmeira e
rio Bemfica.
PUAJANARA. Log. no dist. do Capim do Estado do Pará.
PUGAS. Era o nome de um dos núcleos existentes na ex-co-
A Lei Prov. n. 842 de 19 de abril de 1875 creou ahi uma
lonia Sinimbú, no Estado do Paraná.
esch publ. de inst. primaria.
PUAMPE, Ilha do Estado do Pará, no mun. de Chaves.
PUIAPAIA. Gentio anthropophago que, segundo Baena, ha-
bita as margens do rio Xingú, trib. do Amazonas.
PUAMPESINHO. Ilha situada ao N. da ilha Marajó, na foz
PUIJÚ. Rio do Estado do Ceará. Vide Puyú.
do rio Amazonas, no mun. de Chaves e Eslado do Pará. E'
também denominada Bonito.
PUANEMA. Rio do Estado do Amazonas, trib. do Madeira,
em cuja margem dir. desagua próximo á fóz do Gi-paraná.
PUANPU.-\N. Log. do Eslado do Amazonas, á margem esq. 1 Miniciphi, escrevo o Sr. Am.izonas na pag. 221 e MoAim-api -nSk
do Purús, onde desagua entre os rics Pauiny e Thiuiny. pag. 201.
. .

PUP — 317 — PUR

PUIISrARÉ. Ilha e igarapé do Estado de Jíatto Grosso, no PUPUNHA. Ilha no mun. da capital do Estado do Ama-
rio Madeira. O igarayé aíílue-ll.e pela esq. 12 kils. abaixo do zonas.
Jamary. PUPUNHA. ígai-apé do Estado do Amazonas, desagua na
PUITENAS. Selvagení: habitantes das margens do rio Içana, margem dir. do Solimões, entre a foz dos rios Caiamé e Genipava
trib. do Npgro, que o é do Amozonas (Dr. Alexandre Rodri- (oapitão-tenente .Amazonas).
gues Ferreira. Viário. 17S6) Vide Uercquenas.
PUPUNHA. Pvio do Estado do Amazonas, afl'. da margem
PUJICHÂS. Tribii indígena que habita o aldeamento de direita do Abacaxi, cerca de 903 kils. da foz. (AVappoius).
Itambacury, no Estado de i\Jinas Geraes. A maior parte habita
ainda as niattas do S. Mathe'is. São os silvioulas mais ter-
PUPUNHA. Lago do Estado do Amazonas, na margem dir.
do rio Purús. E' grande, muito piscoso e cercado de terra firme
ríveis que existem nas proximidades daquelle aldeamento. Per-
onde abundam sálía. ca-^tanheiros e copahibeiras As serin-
tencem á nação Botociida. .

gueiras achani-se profusamente nas várzeas. « Este lago, diz o


PULADA. R,iacho do Estado de Matto Grosso; é uma das Dr. S. Coutinho, dista da margem do rio 700 Ijraças proxima-
cabeceií-as do Coxim, entre os ribeií-os do Buracão e mente, communicando jom elle durante a enchente por um
Fundo canal de 60 hraças ds largura e que nesta época permitte a
PULADOR.Rio do Estado de S.Paulo, aíll. do Tiirvinho, que liassagem de canoas grandes.» Com o mesmo nome de Pupunba
o é do Pardo. ha um lago á margem do Madeira, atf. do Amazonas.
PULADOR. Arroio do Estado do R. G. do Sul, ali', dir. do PUPUNHA-MIRIM. Log. do Esiado do Amazonas. E' um
Jacuhysinho. dos pontos de escala dos vapores da linha de Manáos a Marary
PULADOR. Arroio do Estado do R. G. do Sul no rio Juruá.
;
desagua na
margem esq. do arroio S. Joaquim ou Bernai-dino José, aíil. da PUPUNHAS. Dist. do Estado do Amazonas, no rio
margem, esq. do Uruguay. O Sr. A. Varella faz menção de Madeira.
um arroio desse nome que é a vertente O. que fórma o Paredão, PUPUNHATEUA. Igarapé do Estado do Pará, no dist. do
trib. do Uruguay e q';e recebe pela esq. o Pontão.
Caraparii e mun. da capiíal.
PULADOR. Ribeirão do Estado de Goyaz. aíH. da mar-
PURA'. Rio do Estado do Pará, no dist. de N. S. da Graça
gem esq. do ribeirão Macacos, trib. do rio ;'as ^ireias da Prainha.
( inf. loc. ).

PULADOR, Porto no rio Mogy-guassú,


PURACE, s. m. (Vcãlc do Amaz.) Espécie de baile em que
Estado de São folgam os Índios, depois da festa que celebram, por occasião da
Paulo. admissão dos mancelíos ás filas dos guerreiros, festa que con-
PULCHERIA. Porto na pov. de Camaragibe e Estado das siste em se açoutarem alternadamente com duros azorragues,
Alagoas. p: r espaço de oito dias. durante os quaes as mulheres jjreparam

PULGAS. Log. do Estado de Sergipe, no os licoi'es e comidas. (L. Amazonas). Etyrn. E' voe. de origem
dist. de S. Paulo,
-termo de Itabaiana. tupi. No dialecto amazone;.se puraçai significa dansa.

PULGAS. Morro do Estado do Ceará, á margem da Estrada PURANGA. Igarapé do Estado do Amazonas, no mun. de
de Ferro do Sobral, próximo á estação do Massapé. Manicoré.
' PUMACAA. Nação indígena do Solimões, no rio Juruá. PURAQUÈ. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Japurá)
(Araujo Amazonas). próxima de sua margem esq., entre asilhas Sarapó e Veado.
PUNAHÚ. Pov. do Estado do R. G. do Norte, na parte da PURAQUE (peixe eléctrico ). Igarapé do Estado do Ama-
costa comprehendida entre o cabo de S. Roque e a ponta do zonas, afF. da margem dir. do rio Padauiry, trib. do Negro. Sua
Calcanhar. Serve de marca para poder-se bordejar por dentro foz fica entre a dos igarapés Sumaúma e Cambira,
do canal de Santa Cruz. PURAQUÊ. Igarapé do Estado do Amazonas, aff. da margem
do rio Marary, trib. do Padauiry e este do rio Negro. Fica
PUNAHÚ. Rio do Estado do R. G. do Norte, nasce no logar esq.
entre o igarapé Uiaira e o rio Tiquiiúday.
Colónia, pouco acima do logarejo denominado Bebida Velha,
banha o mun de Touros e desagua no Oceano, após um curso
. PURAQUÈ. Riacho do Estado do Maranhão, forma com ou-
de 30 kils, mais ou menos. Recebe o Catolé. tros o rio Itapecurusinho, afF. do Itapecurú. O Sr. João Nunes
PUNCA. Lago do Estado do Amazonas; desagua na mar- de Campos, que desse riacho faz menção no seu Relatório sobre
gem esq. do rio Madeira. a estrada nova de Caxias a Therezina, escreveu «Porakè».

PUNCAN. Ilha no rio Madeira, aííl. do Amazonas (Rdat. PURAQUÊ. Lago do Estado do .Amazonas, na margem dir.
do Jupurá, trib. do Solimões. Communica-se com um Paraná-
doDr. S. Coutinho).
mirim, que fica a O. da ilha do Carará.
PUNCAN. Igarapé do Estado de Matto Grosso, aíH. esq. do
PURAQUÈ-QUARA. Log. no distr. de N. S. dos Remédios,
Madeira, entre os igarapés Puinaré e Pauanema.
termo de Manáos Estado do Amazonas com uma esch. publ.
e ,

PUNCAN. Lago do Estado do Amazonas; desagua na mar- de instr. prim., creada pela Lei Prov. n. 013 de 2 de junho
gem esq. do rio Siadeira entte o rio Ipanema e o ribeiro Ma- de 1884.
paraná, proximamente a primeira cachoeira. Também escrevem
Punção.
PURAQUÈ-QUARA. Ilha do Estado do .Amazonas, no rio
Branco, aff. do Negro.
PUNGA. Ilha e bahia do Estado do Pará, entre Belém e a
foz do Gurupy PURAQUÈ-QUARA. Igarapé trib. do Amazonas jiela
margem esq. próximo da foz do rio Negro. José Velloso Barreto,
PUNHAMPÉ. Ilha do Estado do Pará, no dist. de Ara- ,

em seu Roteiro, diz que na foz desse igarapé existem as pe-


pixy e mun. de Chaves. dras denominadas do Morona, pelo desastre que ahi em IS62
PUNICICI. Rio aft'. da margem dir. do Ituxi, trib. do soffreu o vapor peruano Morona. Deii-se porem mais tartle, diz
Purús, no Estado do Amazonas. Recebe o Punitre. ainda V. Barreio, uma grande catasLrophe, em resultado da
abalroação que houve nas proximidade deste local, moiivando
PUNITRE. Rió do Estado do Amazonas, aff'. do Punicici, a perda total do vapor Purús.
que o é do Ituxi e este do Purús.
PURAQUÈ-QUARA. Coi-rente no Amazonas, abaixo da
PUPLEBÁ. Nação indígena do Estado do Amazonas, no rio confluência do rio Negro, entre Jatuarana e aboca inti?rior do
Japurá. (Araujo Amazonas. Meo.). canal Maraquiri Capitão-tenente Amazonas).
(

PUPOS. Log. do Estado do Paraná, no dist. do Tibagy. PURAQUÈ-QUARA. Igarapé do Estado do Pará, banlia o
PUPUNHA. Log. do Estado do Amazonas, á margem dir. mun. de Ourem e desagua na margem dir. do rio Guaraá
do rio Javary, no mun. de S. Paulo de Olivença. (luf. loc.)

PUPUNHA. Pequena aldèa situada á margem do rio Uaupés PURAQUÊ-QUARA. Corredeira no rio Tocantins, próxima
trib. do Negro, Estado do .'Vmazonas. ás denominadas Sumaúma e Pixuna-quara.
;

PUR — 318 — PUR

PURAQUÊ-TEUA. Igarapé do Estado do Pará, no man. de pêriodicamente rigoroso jejum, que s? lhes torna fatal si
S. Domingos da Boa Vista. Desagua no rio Capim. E' também adoecem, porque nao o interrompem. Costumam vestir-se, ou
denomina la Prata. antes ornar-se, com tecidos de missangas, que adquirem am paga
de seu trabalho, assim na extracção de drogas, como na pesca
PURENUMÁ. Nação indigena do Estado do Amazonas, nos de pirarucu, peixe boi e tartaruga, para o que ha grande afflu-
rios Puréos e Japurá. Distingue-se pelos beiços pintados de
encia em seu rio pela vasante. São tratáveis e fáceis de per-
preto (Gapitão-tenente Amazonas).
suadir e dirigir. Reduziram-se consideravelmente pela perse-
PURERUHAN. E' assim denominado pelos Guarayos o rio guição que soíTreram dos Muras (Araujo Amazonas). Ayres de
Abuná, aff. do Madeira. (Coronel Labre. Do Amaionas á Bo- Cazal faz também delles menção.
lina).
PURU-PURU. Log. no dist. de N. S. dos Remédios do
PUREUS. Rio do Estado do Amazonas, desagua na margem mun. da capital do Estado do Amazonas, com uma esch. publ.
dir. do Japurá, abaixo das caclioeiras, entre o rio Yauraemerim de inst. prim. creada pela Lei Prov. n. 613 de 2 de julho
e o igarapé Curacéu. Communica com o Içá mediante li- um de 1884.
geiro trajecto por terra.
PURUPURÚ. Igarapé do Estado do Pará, aff. do rio
PUREZA. Dist. do mun. de Touros, no Estado do R. G. do Inamarú. Banha o mun. de Muaná.
Norte. Foi creado pelo Dec. n. 110 de 23 de maio de 1S91.
PURÚPURÚ-CAUERA. Paraná do Estado do Amazonas,
PUREZA. Pov. do Estado de S. Paulo, no mun. de São na margem do rio Purús. «Tem, diz o Dr. S.Coutinho, 30
dir.
Carlos do Pinhal. Foi fundada em 1891 pelo major Manoel A. de braças de largura; entra no rumo de N. 14" O. e vai. sahir
Mattos e sua senhora D. Fausta de Arruda Mattos, e íica situada acima do Purús pouco mais de uma milha. Forma assim uma
a O. da cidade, fazendo divisa com o património. Contém ilha que fica completamente alagada no inverno, e além da
38 quarteirões com 48 braças por face, e que formam 380 datas qual segue um banco com o mesmo nome do Paraná. Neste
de oito braças de frente por 2'i de fundo. A primeira escriptura ponto houve um grande combate entre os Pamraarys (conhecidos
de venda dos ditos ten^enos foi passada em 2 de dezembro de geralmente pelo nome de Piirupurú, que designa a moléstia de
1891, havendo actualmente diminuto numero de datas em dis- que soffrem) e os Muras. Est?s sahiram vencedores, tendo
ponibilidade. « A Villa Pureza está situada em um dos pontos morto grande numero de contrários os cadáveres apodreceram
;

mais agi'adaveis dos arrabaldes. Divide -se em 14 avenidas, na praia, e achou-se ainda muito depois os ossos espalhados.
tendo no centro uma praça destinada á erecção de uma capella Por isso deu-se ao lugar o nome de Purupurú-cauera, que quer
consagrada a Santa Cândida.» dizer ossos de Purupurú. »
PUREZA. Estação da E. de F. Santo Antonio de Pádua, PURUQUAMIRIM. Rio do Estado do Paraná, aff. do Pu-
no Estado do Rio de Janeiro, entre Lucca e Cambucy, a ruquara.
341'',772 distante de Nyterõi e lõ''763 de Lucca.
PURUQUARA. Ilha do Estado do Paraná, no mun.de
PUREZA. Rio do Estado do Maranhão, afl'. da margem Guarakessava.
esq. do Parnahyba. Não comporia navegação alguma
rio
PURUQUARA. R,io do Estado do Paraná, no mun. de
suas margens, porém, são próprias para a lavoura. Guarakessava. Nasce na serra Utinga e recebe o Bronze, o Pu-
PURGATÓRIO. Log. no dist. de Trasidella do mun. de ruquamii-im e o das Varas.
Caxias, no Estado do Maranhão. PURURÚ. Ilha do Estado do Pará, no rio Tocantins. Na
PURGATÓRIO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. Carta de Vellozo Barreto lê-se Parurú.
de Iguarassú, PURURUCA. (Cascalho grosso) Córrego do Estado de Minas
PURGATÓRIO. Serra do Estado de íiinas Geraes, nas divisas Geraes; fjrma com outros o Ajunta- Ajunta, trib. do ribeirão
do dist. da Virgínia. do Inferno, que o é do rio Jequitinhonha.
PURGATÓRIO. Ponta na ilha Maracá e Estado do Pará. PURURUCAS. Expressão usada em Minas para indicar os
seixos rolados qne alastram o leito dos rios diamantinos, e que
PURGATÓRIO. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, aff'. geralmente provem da lavagem do cascalho.
do rio Jíacahé.
PURÚS. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Solimões,
PURIFICAÇÃO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. defronte da foz do rio do seu nome.
de Theophilo Ottoni.
PURÚS. Rio do Estado
do Amazonas, principal aff. da
PURIFICAÇÃO DO PRADO. Dist. do mun. do Prado, margem do rio deste nome, na parte em que esse rio tem
dir.
noEstadjda Bahia. Vide PrarZo. o nome de Solimões. Era antigamente denominado Coxiuara.
PURIFICAÇÃO DOS CAMPOS. Vide Irará. Nas.'e nas cordilheiras do Perú, não muito distante da cidade
de Cusco, aatiga capital do império dos Incas, Corre parallela-
PURUBA. Bairro do mun. de Ubatuba do Estado de S. Paulo mente ao rio Madeira de S. a N. Por quatro bocas, ou mais,
-com uma esch. publ. inst. primaria. póde-se entrar no Purijis em grande parte do anno: o canal Pa-
PURUINI. Ribeiro do Estado do Amazonas, desagua na ratary, que sahe mais de duas léguas acima do rio Manacapurú,
margem na enseada de Uarumanduba e dist.
dir. do Solimões, que fica na margem esq. do Solimões; o canal Cocbiuara, supe-
de Fonte Bòa, enire os ribeiros Gurumaty e Manaruá (Ayres de rior á barra principal seis léguas o canal de Coyuana, seis e
;

Casal, Araujo Amazonas, B. de Marajó.) meia léguas acima do Cochiuara e o canal Aruparaná, que fica
;

na enseada do Camará. O padre Dr. João Monteiro de Noronha,


PURUITÁ. Igarapé do Estado do Amazonas, desagua na
Baena e Accioly dão uma quinta boca. Baena dá as cinco se-
margem dir. do rio Içá, entre os igarapés Yuctirapá e Utué.
uuintes a 1*, que é a principal, dista duas léguas para cima
;

PURUNAN. Dist. do Estado Paraná, creado pela Lei


do do sitio Guajaratuba e a sua posição geographica é o parallelo
Prov. n. 815 de 7 de novembro de 1885. Drago S. Luiz e diocese austrino 3" 4õ' cruzado pelo meridiano 316» 3J' a 2», é denomi-;

de Cui-ityba. Pertencs ao mun. de Campo Largo, de cuja ci- nada Paratary a 3*, Cochiuara, afastada da barra principal
;

dade dista 25 kils. Tem uma esch. publ. de inst. prim., creada seis léguas a 4^, Coyuana; a 5:^, Aruparaná, que demora na
;

pela Lei Prov. n. 567 de 34 de março de 1830. Agencia do cor- enspada do Camará. O padre Christovão de Acuna dá o canal
reio, creada pela Portaria de 26 de julho de 1884. E' cortado de Cochiuara como a principal embocadura do Purús. E' esse
pela estrada de Matto Grosso e assente em logar baixo e húmido. rio formado, segundo Chandless, aos 10" 44' 55" de lat. S. e
Em 1887 não estava ainda canonicamente provido e tinha 71» 50' 30" de long. O. deGreen., ou segundo Labre, aos 11» 4'
jimas 12 casas mais ou menos. 15" de lat. S. e 27" 10' 25" de long. O., por dous braços vindos

PURUNAN. Serra do Estado do Paraná, entre Palmeira e


um do N. e outro do S. Extraordinariamente sinuoso em toda a
extensão do seu curso, atravessa das cabeceiras á fóz densas
Campo Largo.
florestas, as quaes, em grande parte, nas maiores enchentes, são
PURUPURU. Nação indigena do Estado do Amazonas, no invadidas pelo transbordamento das aguas em uma facha de 12 a
rio Purús, da qual provém a população do Coari. Nota- se-lhes 15 milhas. Além das zonas invadidas, e que constituem as
defeito de pelle que os torna foveiros, o qual por em nada terras baixas, ha outras elevadas onde não chegam as aguas.
incoramodal-os tomam por distinctivo nacional. Observam Como se vê terras baixas e terras altas formam as margens do
.
.

PUR — 319 — PUR

Piirús. « As terras sujeitas ás inundações, diz o coronel Labre, Urubuan, Salpico, Acre ou Aquiry, Yaco e Aracá, estes tres
são misturadas e de côr parda com grandes camadas de estrumes últimos com as cabeceiras na Bolivia e á esq. Ayapuá ou :

Tegetaes, e tendo nos fundos das baixas e lagos grande quanti- Hayapuá (lago redondo), Abufary, Tapauá, Wainipaissé (rio
dade do argila. As terras altas são de barro vermelho granitado pequeno em Pammary), Apituan, Cainahan, Mamoriá-mirim,
e terrenos mui porosos e nos logares povoados de palmeiraes
; Mamoriá-grande, Pauiny, Thiuiny, Quinihan, Mapiá, Inauiny
são pardacentas na superfície e misturadas ligeií-amente de e Cangiiity. Em sua margem dir. enconiram-se ainda as
arêa e boas camadas vegetaes, sendo o fundo de barro ver- bocas dos seguintes lagos Jary, Chapéo, Magoary, .4riá
: e ;
melho». Em tres grandes secções se divide o Purús determi- na esq. o Ayapuá, Pirauara, Tauariá, Inissapè, Uajahan,
nadas pela natureza especial do sólo, que elle percori'e, ou pela Puan-puan, Montipuá e Salpico. Era o Purús conhecido, ante-
maior ou menor elevação de suas aguas sobre o nivel dos riormente a 1852, por alguns collectores de drogas em uma
mares. Temos assim o Baixo Purús, da foz ao rio Tapauá, na extensão de 180 a 200 léguas sem qne todavia tivesse havido
extensão de 505 milhas Médio Purús do rio Tapauá
; ao rio nunca a menor tentativa de exploração. O primeiro presidente
Mamoriá Grande, na extensão de 385 milhas, e Alto Purús da do Amazonas mandou o pratico Serafim dos Anjos fazer um
foz do Mamoriá Grande ás cabeceiras, na extensão de mais ou reconhecimento até onde fosse possível navegar, gastando esse
menos 976 milhas. E' esse rio geralmente largo, tem muito pratico quatro mezes e 11 dias em subir até á 9* maloca dos
poucas ilhas e não tem cachoeiras sinão muito próximo de sua ori- Índios Cocamas, declarando não poder continuar a viagem em
gem. Presta-se á navegação a vapor no tempo da enchente até além consequência do achar-se o rio obstruído, a ser além disso
da barra do Yaoo ou Hyuacú, e dahi por deante em embarcações muito estreito dessa paragem em diante. Em maio de 1861 o
pequenas, miúdas até próximo das cabaceiras. Na secca é presidente do Amazonas incumbiu ao pratico Manoel Urbano
difficil navegai- o em grandes embarcações além do rio Aicinam da Encarnação de fazer novo reconhecimento. Em 1862 foi elle
ou Aciman, que entra-lhe pela dir.,em consequência de baixos de novo explorado pelo capitão de engenheiros João Martins da
que a intervallos arrasam o leito. Formado aos 11° 4' 15" de Silva Coutinho, que em 1 de março de 1863 apresentou um im-
lat. S. e 27° 16' 25" de long. O. (segundo o coronel Labre) portante relatório, no qual declara ter sido acompanhado nessa
por dous braços, vindos um do N. e outro do S., recebe pela exploração pelo naturalista allemão G. Wallis, porH. Shãuss
esq. o Curumaha ou Curinaha, e pela dir. o Aracá, Yaco e e pelo pratico Manoel Urbano. Nesse relatório diz o engenheiro
o Aquiry, o maior de todos que augmenta-llie consideravel- Coutinho ter chegado somente até ás barreiras de Hyutana.ham.
mente o volume e é navegável até próximo á barra do rio das Vide Diário Official de 16, 17, 18 e 29 de setembro e 1 de outubro
Pontes. Dahi bastante largo e com uma corrente moderada de 1863.
segue, fazendo numerosas curvas e recebendo muitos afts., como
o Ituxi pelo qual se julgava que communicava com o Ma-
PURÚS. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun. de
Breves
deira, o Mary, o Mucuim, donde se passa facilmente ao Madeira,
o Jacaré e o Paraná-pixuna e pela esq. o Tapauá, pelo qual
;
PURUS. Igarapé do Estado do Pará, banha o mun, da
os Índios passam ao Juruá. Nasce a O. do Chamisca, afl'. do Prainha e desagua no rio Amazonas.
Ucayali, e no ssu curso muito sinuoso percorre diversas direc- PURÚS. O conega André Fernandes de Souza, em suas No-
ções ^. Desagua mais de 12 kils. acima do rio Manacapux'ú, ticiasgeographicas da capitania do Rio Negro, dá noticia de
que fica na margem esq. do Solimões. « Em
1865, era todo des- um riacho desse nome trib. do rio Madeira e accrescenta « Este :

povoado, quando o distincto geographo, Mr. Chandless, com- riacho é communicavel com o grande rio Purús, que desagua
missionado p;da Sociedade Geographica de Londres, o explorou, no Solimões, não immediatamente, mas vencendo um pequeno
levantando iima excellente planta, ou mappa, desde sua foz aos isthmo de terra, como mostra o facto seguinte ;No anno de 1808,
3° 19' 50" de lat. S. e 18° 13' 40" de long. O. do Rio de Ja-
fugiram algumas famílias de ciganos, que de Portugal vieram
neiro, á forquilha ou confluência de dous braços, que formam sua para povoadores do Crato, e conduzidos pelo gentio Mura por
extensa corrente aos 11° 4' 15'' de lat. S. e 27° 10' 25" de long. este riacho se passaram ao Puvús e deste ao Solimões, seguindo
O. do Rio de Janeiro. Em
principio de 1871, quando lá fundou por elle acima até á barra do Japurá; e seguindo por este, deram
um estabelecimento, tendo antes viajado á guiza de explorador, comsigo em S. João do Principe, aonde acharam guia, que lhes
era ainda pouco povoado: poderia ter por essa época 2.000 mostrou caminho, por onde se passaram á America Hespanhola.»
habs. no baixo Purús com a navegação a vspor, iniciada então
;
Este rio é hoje denominado por muitos Purusinho e por elle e
pela Companhia Fluvial do Alto Amazonas, cuja inauguração pelo Paraná-pixuna vai-se ao Purús.
teve logar em Manáos, em dezembro de 1869, augmentou logo a
sua pop. e riqueza. Subi este rio no vapor Purús, em sua PURUSINHO. Log. no dist. da cidade de Monte Alegre do
viagem inaugural. Voltando o vapor de sua primeira viagem Estado do Pará, á margem dir. do Amazonas.
apenas fez 200.S de frete. De 1870 a 1887, 17 annos decorridos,
sua pop. cresceu muito devido ás facilidades de communicação,
PURUTY. Riacho do Estado de S, Paulo, banha o mun. de
que, auxiliada immensamente pela producção da gomma elás-
Santos. Também escrevem Porutij.
tica, explorada desde então com grande vantagem para o com- PURY. Rio do Estado do Espirito Santo, aff. da margem
mercio, navegação e riqueza publica, contribuindo para esse re- esq. do rio Benevente.
sultado. Hoje, não obstant3 nossa pouca actividade, conta o PURY. Córrego do Estado de Minas Geraes, aff. do rio
Purús uma pop. de 60.t)00 habs. fóra os aborígenes (100.000 Pomba
pelo menos) espalhados em umaextensão de mais de 6.000 kils.,
percorrendo seus innumeros aíis. e lagos tem apenas uma villa,
;
PURYS. índios que habitavam o território comprehendido
que é séde de suas autoridades e uma vigararia; sua receita entre a da Mantiqueira e o rio Parahyba, capitania de
serra
eleva-se amais de 100 0003 annualmente. Sua navegação franca, S. Paulo. Alli nos mais recônditos logares tinham ligeiras ca-
é regularmente feita por tres companhias, além de muitos va- banas de suas residências plantavam pouco, tirando seu princi-
;

pores particulares que fazem commercio próprio. » Sígundo pal alimento da caçada não usavam do vestuário, á excepção
;

ainda afirma o coronel Labre, mantém esse rio um commercio dos pannos da honestidade, trazendo em nudez o resto do corpo.
de 9.000:030$ ou mais de exportação e oito de importação. Paliavam um idioma totalmente diverso da lingua geral Bra-
E' excessivamente rico em borracha, castanha, salsa, copahyba, zilica não tinham commercio cem homens de cor diversa da
:

cacáo, pirarucu e diversos outros prodiictos. Recebe á dir.: o sna, aos quaes consideravam como inimigos. A respeito de re-
Paraná-pixuna, pelo qual vai-se ao Madeira passando-se pelo ligião acreditavam que liavia um Dens, autor de todas as cuusas,
Purusinho (aff. deste ultimo). Jacaré, Mucuby,_Wany-Afiirrá mas não rendiam-lhe culto sabiam que a alma do homem é
;

(rio que secca), Mai'y, Paciá, Ituxi, Sepatiny, Aciman ou Aici- immortal e crentes de que todas iam para o céo, depositavam
nan, Tumian, Chiruiny, Gatraquiry, Piniry, Cuiarian, Cuyarú, nos sepulchros uma escada, querendo significar com isto a su-
bida das almas para o Empyreo. O seu nome de Ptiris ow Pu-
ckris, significava— gfnte mansa ou tímida—, e com elleito apenas
observavam alguns homens civilisados, deitavam a correr, mas
não feriam, nem matavam. O governador da capitania de
S. Paulo, Antonio Manoel de Mello Castro e Mendonça, no
em-
O Ituxi recebe ú dir. o Uacaclialian, I-Iybaribe, Turihan, Cui-u- penho de conquistar e reduzir esses bárbaros iiificis, mcumbio
1

quetê, Turipian, Capissurity, Punicicy e l^uciary, e pela esq. o Mo-


nopaia, Jlyureneii, Mangutery, Entiinary e Anguitiany. E' navegável de uma commissão que tivesse esse fim ao caiutão Domingos
a vapor durante o inverno em uma extensão deõOO kilometros. Goncalves Leal, que houve-se cora zelo c actividade prendendo
conseguiu aquello
3 Vide Wappjeus, A terra e o Homem. a alguns desses selvagens. Dentro em breve
.

PRY - 320 —
overnador, sem derramamento de sangue, chamar esses filhos na da Mantiqueira, como se tem supposto ultimamente, e sim
as selvas ao grémio da civilisação, concorrendo para esse desi- na Serra de Goyaz denominada montos Pyrineos». Liais assim
deratum um Índio velho, denominado Vufci pelo gentio, o qual se exprime sobre este importante ponto da Geographia physica
P'^rsuadiu a seus companheiros a virem aldear-Sii pois seriam do Brazil :« Não está averiguado que o píncaro do Itatiaya
bem tratados. São também denominados Puckris. Consta que na seja o ponto mais elevado do Brazil. Sem duvida é este o pico
matriz de Queluz, existe uma Memoria sobre esses Índios, que culminante das serras da Mantiqueira e do Mar. Mas o Sr.
habitaram aquella cidade. Thomas Ward dá aos montes Pyrineos, perto da cidade de Goyaz,
a altitude de 9..oOQ pés in^lezes, ou 2.896 metros ». O Sr. Hartfc
PURYS. Serrado Estado do Espirito Santo, estende-se na cita uma carta do Sr. Henrique R. des Genettes, declarando
direcção de SE. para NO. separando as aguas doi rios Veado e
haver medido o pico mais elevado destas montanhas, verílieando
Itabapoana das dos rios Alegre e Muqui do Sul.
tor este a altitude de 2.932 metros. Assim a altura deste pico
PUSSIARY. Rio do Estado do Amazonas, aff. do Ituxí, que excederia o Itatiaya em mais de 200 metros. O Dr. Cruls asse-
o é do Punis. Também escrevem Puciary. vera que a altitude do mais elevado dos picos dos Pyrineos é
de 1.370 metros. « Os picos, diz elle, são em numero de cinco,
PUTA. Log. do Estado de Pernambuco, no mu.i.da Ga- sendo tres mais destacados, dos quaes o do meio divíde-se em
melleíra. tres. De longe, porém, notam-se apenas tres picos que se levantam
PUTANGA. Rio do Estado de Santa Catharína, aíf. da de cerca de GJ metros sobre o dorso do chapadão que lhes serve
margem dir. do Itapocú (Inf. loc.) de base. A constituição geológica di?sses i^icos é essencialmente
de ítacolomite e a base é de schistos micaceos que encontramos
PaTCHICHÁS. índios do Estado de iMinas Geraes ;
-'ha"
em toda a região percorrida. Contrariamente ao que disse
bítam as maltas do mun. de Philadelphía. Cunha Matto?, e, como aliás já o fez notar Augusto de Santo
PUTEIRIPAN". Cachoeira no rio Urarícoara, no Estado do Hilário, pouca ou antes nenhuma vegetação encobre os picos dos
Amazonas. (Rslat. da commissão de limites). Pyrineos. »

PUTERA-US3Ú. Ilha do Estado do Pará, no rio Xingii e PYRINOPOLIS. Cidade e mun. do Eslado de Goyaz, sede
mun. de .Souzel (Inf. loc.) da com. do Rio Maranhão, á margem esq. do rio das Almas;
PUTHEY. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff'. do rio Pa- na lat. de 15" .50' O'' e iong. de 4° 2' O" Oc. do Rio de Janeiro
rahyba, entre Jacarehy e Mogy das Cruzes. (D'Alincourt). « O arraial, diz Cunha Mattos, tem mais de um
quarto de légua de extensão o terreno é desigual, mas a parte
;

PUTÍRITÁ. Rio do Estado do Pará, aff. da margem dir. mais considerável da povoação fica em uma chapada. Tem a
do Capim bella rua das Bestas, e outra do Rosario, além da diversas de
PUTIRY. Pequeno rio do Estado do Pará, no mun. de Mo- menor extensão ;
algumas elegantes e espaçosas casas, pela
cajuba. Nasce no lago Quiandeua e i-eune-se com o Icatú; juntos maior parte térreas as dos Frotas são de sobrado, mas não se
:

formíim o rio Tauarehesinho, que desagua na margem dir. do acham concluídas tem casa de conselho do julgado e cadêa ;
;

Tocantins (Inf. loc.) a espaçosa egrèja de N. S. do Rosario, matriz parochial outía ;

da mesma invocação a do Senhor do Bomilm com uma devota


;
PUTUHY. Lago do Estado do Amazonas, no mun. de São imagem deestatura ordinária, e sem nenhumas proporções nos
Paulo de Olivença. seus membros: nesta egreja ha ricos ornamentos a egreja da
;

PUTUMAIO. Nome do rio Içá no território da Republica do Lapa, e a do Carmo estas duas estão muito arruinadas. No
:

Equador. arraial existem 307 casas, tem muita gente branca e bem luzida ;
mas ha muitos doentes. » Saint Hilaíre que qualifica de encan-
PUXACÁS. Rio do Estado de Matto Grosso, aff. do Qua-
tadora á povoação de Meia Ponte, diz ficar ella situada por 15" 30'
jejuz, galho do Corumbiara. de lat. S,. em logar sadio, no ponto dejuncção das estradas do
PUXADOR. Rio do Estado do Pará, nas divisas do mun. Rio de Janeiro, da Bahia, de Matto Grosso e de S. Paulo, dis-
de Ponta de Pedras. tante 27 léguas de Villa- Bôa, e cercada de terras férteis. Diz
ainda esse ili%istre viajante : « que a povoação tem quasi que a
PU 'IM. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de Cururipe,
fórma de um quadrado, possue (1819) tresentas e tantas casas,
á margi=m do rio do seu nome. Vide Posím.
cuidadosamente caiadas, cobertas de telhas e bastante altas ;
PUXINANÃ. Lagoa do Estado do Parahyba do Xorte, no ruas largas e perfeitamente rectas; e que da praça onde acha-
mun. de Cabaceiras. se situada a egreja parochial, descobria o panorama mais agra-
PUYÚ. Rio do Estado do Ceará, nasce na serra da Ibiapaba, dável como talvez nunca presenciara egual desde que viajava
mun. de S. João de Inhamuns e desagua no Jaguaribe. pelo interior do Brazil falia com encarecimento da salubridade
banha o ;

O senador Pompeo escreve Puijú. do clima de Meia Ponte, afflrmando todavia ser enfermidade
muito commum no povoado a hydropísia. O logar, em que acha-
PUYÚ. Lagoa do Estado de Pernambuco, no mun. de Buique, se situada a cidade de Meia Ponte, foi descoberto em 1731 por
a 40 kils. a O. da villa. Della extrahe-se o sal. Manoel Rodrigues Thomar » Pizarro em suas Memorias IX,
.

PYRAMIDE. Pico bastante elevado da ilha Fernando de 212, conta que, tendo-se collocado sobre o rio uma ponte for-
Noronha. Esse pico torna a ilha visível na distancia de 10 a 12 mada de duas peças de madeira, e que tendo as aguas arrastado
milhas. uma delias, ficou apenas uma, pelo que deu-se a esse logar o
nome de Meia Ponte. Cunha jVIattos, porém, era seu Itinerário,
PYRILAMPO. Log. d:> Estudo de Pernambuco, no dist. da
vol. I, pag. 155 diz « O nome do arraial iirovem de uma pedra
:

Vicencia.
que ha no rio de Meia Ponte que vae para o Corumbá, no sitio
PYRINEOS. Serra do Estado de Goyaz, faz parte da serra denominado Bom Successo, a qual tem a ligura de meio arco de
das Divisões. Sobre esta notável montanha diz o marechal ponte... E' portanto menos fundada a explicação que a respeito
Cunha iVIaitos « Os Pyrineos são reputados como a miis ele-
: do nome apresenta um escriptor estimável». Foi fundada pelos
vada cordilheira do Brazíl. talvez com as únicas excepções das aventureiros que ahi aflluix'am, quando o governo^da metrópole,
serras dos Paricis em Matto Grosso, e Cayapó de Goyaz, onde impressionado pela riqueza do sólo de Goyaz, conferio, pela
nasce o Araguaya. » O iiadre Luiz Antonio da Silva e Souza, em
. ordem régia de 14 de março de 1731, a Bartholomeu Bueno da
sua McviO)'ia sobre a Gcogr.iphia de Goyaz, diz sobre esta serra Silva a patente de capitão-mór com o governo das terras por
o seguinte « 15' um gi-upo da montanli is altíssimas em forma
: elle descobertas e com a faculdade de distribuir as auríferas.
de torrões, apresentando entre uns e outros profundos valles, em Sua egreja parochial tem ainda hoje a invocação de N. S. do
que correm os ribeirões, que se despenham em altas catadupas. Rosario e depende da diocese de Goyaz. Foi creada parochia
Estes montes, dizem, que são os mais elavados do Brazíl ». O pela Carta Régia de 10 de agosto de 1751. Villa por Dec. de IG
erudit esci-iptor brazileiro Visconde do Rio Grand^, referindo-se
1 de julho de 1832 ; installada em 14 de abril de 1833. Cidade
á opinião de Castelneau, de que a superflcie do sólo central do pela Lei Prov. n. 3 de 2 de agosto de 1853. E' bastante notável
Brazíl baixa gradualmente de nivel da Serra do Mar para o pela producção agrícola do seu mun. o pelo commercío. Sobre
interior, assim se e-ipres a sobre a altitude dos montes Pyrineos : suas divisas vide Resolução do Presidente em Conselho de 1 de
:

« Hoje parece estar averiguado não ser exacta a opinião de abril de 1833 ;arts. 1 e II das Leis Provs. ns. 15 e 18 de 1 de
Castelnau e mesmo já se pretende que o ponto mais elevado de
; setembro de 183G L^is Provs; n. 6 de 2 de julho de 1841 ; n. 6
:

nosso paiz não só não está na Serra do Mar, mas nem mesmo de 20 de junho de 1846 n. 5 de 5 de agost) de 1848
, n. 3.336
;

40.029
;

QUA — 321 — QUA


de 31 de julho de 1861 Acto de 13 de janeiro de 1S73 Lei Prov.
; ;
30° 30' de Lat. S. Orago S. João Baptista e diocese de
n. Gíi de 30 de março de 1880. E' banliado pelos rios e córregos S. Pedro. Foi creada parochia no Passo do Baptista e
das Almas, Prse'*'i, Lava-pés, Mar e Guerra, Goiabal Denomi- . mun. de Alegrete polo art. 1 da Lei Prov. n. 442 de 15 de de-
nava-se Meia Poata denominação que foi s-ibstituida pela de zembro de 1859; elevada á categ^oria de villa pelo art. I da de
Pyriaopolis pelo Dec. de 27 de fevereiro de 1S90. n. 972 de 8 de abril de 1875 e á de cidade pelo Dec. n. 15) de
PYRRHO. Morro do Estado de Sergipe, no mua. 26 de março de 1890. Sobre suas divisas vide art. 11 da Lei
da ca- :

pital. Prov. n. 972 de 8 de abril de 1875. Foi creada com. pelo Dec.
n. 149 de 26 de março de 1890. Também escrevem Quarahy.
QUARAHIM. Rio do Estado do R. G. do Sul: nasce na
Coxilha Grande, ramificação da Serra Geral, que tem o nome de
Cosilha do Haedo e desagua no rio Uruguay na Lat. S. d2 3°
11' 12" e Long. de 14» 29' 20'' O. do R. de Janeiro. Serve de
QUACIMBA, Pequeno rio do Estado da Bahia, rega o mun. limite entre esse Estado e a Republica do Uruguay. Corre no
de Jaguaripe e desagua no rio Grande, que termina no rumo de NO. até á foz do arroio Camuatim, tomando neste
Oceano. ponto o rumo de SO. e depois até sua foz a direcção de O.
São seus prinoipaes tribs. pjla esq. o arroio da Invernada,
Q.UADI. Lago do Estado do Amazonas, desagua na margem pelo qual se prolonga a linha divisória, com o Estado Oriental
dir. do rio Solimões entre as ilhas Ganariá e Cupaoá..
e pela direita os arroios Gatim, Areal, Quarahim-mirim,
QUADRA. B.iirro do mun. de Tatuhy, no Estado de São Irarapó, Garupá, Camuaiim, Coguaté, Capivary, Guapiíanguy
Paulo; com uma esch. pubi. de inst. primaria. (Tabatinguy segundo outros).
QUADRADO. Ilha no rio Uruguay e Estado do R. G. do QUARAHIÍ.I A ITAQUY. E, de F. do Estado do R. G.
Sul, 'entre S. Borja e Itaquy. do Sul. Em
20 de agosto de 1887, inau2urou-se o trecho desde
QUADROS. Lagòa do Estado do Rio G. do Sul, ao S. da o Quarahim até Uruguayana, na extensão de 74 kils. 2 de Em
julho de 1SS8. foi aberto "o trafego até ao Ibicuhy, e em 3J de
lagôa. de Itapeva. Tem um p?rimetro de cerca de 36 kils.; é
dezembro do mesmo anno até Itaqny. A extensão tolal da estrada
limpa e funda, apresentando mais de 12 kils. na sua maior
é de 174 kils. As distancias das extações a partir de Uruguayana
extensão. Na sua costa oocidental vem desaguar o rio Maquine,
são as seguintes: Itapitocay 14kil3., Guterres 53, Quarakim74,
navegável até certo ponto. « Esta lagòa em todo o tempo per-
Toro Passo 27, Ibicuhy 64,"ltaquy 100.
.

mite navegação entre quaesquer pontos de sua costa, e em


todos os sentidos. Suas aguas se communicam com as da la- QUARAHIM-MIRIM. Arroio do Estado do R. G. do Sul,
gôa de Itapeva por um sangradouro de duas léguas de extensão, afí'. da margem dir. do rio Quarahim.
bastante fundo e correntoso. Permitte navegação, a qual porém QUARAJÚS. Ribeirão do Estalo de Matto Grosso: desagua
torna-se muito demorada em consequência de grande numero na margem esq. do rio Guaporé, cerca de 12 kils. abaixo da foz
de voltas que existem, e de lances estreitos, e que quasi de todj do Paragahú e na lat. de 13» 29'. Quatro léguas ao O. da <^
fica impossibilitada por dous bancos que existem nas suas bar-
margem do Guaporé, di/, o Dr. Ricardo F. de A. Serra. íicam
ras, formados pelos depósitos de terras acarretadas pelas as minas de Quarajús ou de Si'nto Antonio, descobertas no tempo
correntes e que no verão apresentam um fundo de dous ou tres do Conde de Azamb ija e trabalhadas algum tempí peh.s portu-
palmos d'agua somente. Por meio de um sangradouro, que guezes. Estas minas pagavam bem a sua lavra, susp^Midida ha
parte de sua extremidade sul, se estabelece a communicação poucos annos, quando ellas davam as mais ricas esperanças. »
dessa lagòa com a do Palmitar. Esse sangradouro é fundo,
O Dr. S. da Fonseca escreve Garajãs.
mais ou menos largo, e muito sinuoso. Dá actualmente (1856)
navegação em todo o seu curso, apresjntanlo somente obstá- QUARENA. Rio do Estado do Amazonas, alT. da margem
culo nos dous bancos existentes na sua embocadura nessa lagòa, dir. do rio Branco, ali', do Negro. Ha uma ilha no mesmo rio
e na sua extremidade Norte na dita lagòa dos Quadros». (Ext.) com o mesmo nome.
QUASS. Ilha no rio Uruguay e Estado do R. G. Sul, entre QUARBNTA. Log. do Estado do Piauhy, no mun. do
S. Borja e Itaquy. Parnahyba. Ha ahi uma lagòa da mesma denominação.

QUAJURUTEUA. Ilha e bahia na costa do Estado do QUARENTA HORAS. Igarapé do Estado do Pará, no
Maranhão, entre a ilha Mangunsa e a de S. João Evangelista. mun, da Capital.

QUANAInY. Rio do Estado do Pará desagua no Oceano QUARENTA MIL RÉIS. Assim é chamada uma volta
22 milhas ao N. da foz do rio Amapá.
;
no rio Santa Maria. (Dicc. Geogr. da Proo. do Espirito Santo).

QUANATICU. Um dos mais importantes rios da costa S. da QUARESMA. Pov. do Estado das Alagòas, no mun. do
ilha Marajó, nn Estado do Pará. Vem dos igapós (mattos ala- Penedo.
gadiços) que ficam ao S. do Anajás, segue o rumo geral SSE. e QUARESMA. Log. do Estado das Alagòas. nos muns. do
entra no rio Pará, pouco abaixo da cidade do Curralinho. Seu Muricy e do Triumpho.
curso é longo e navegável a vapor em grande extensão. Suas QUARESMA. Morro do Es!ado das Alagòas, ao N. do
margens tem ricos serin^aes e são povoadas de grande numero de Itamaracá.
barracas de individues empregados na preparação da borraclia.
-Recebe o Aramá-quiry. Também escrevem Canaticú.
QUARESMA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, a!f. do ri-
beirão da Ponte Alta, que o é do Itapetininga.
QUANDU. Log, do Estada de Pernambuco, no mun. do
QUARESMA. Porto na cidade de Larangeiras do Estado
Bom Conselho.
de Sergipe. Ahi ancoram os vapores da navegação fiuvial e
QUANDU. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de pequenas embarcações que conduzem géneros para a capital.
SanfAna do Panema. QUARIMANDEUA. Igarapé de Estado do Pará banha o
;

QUANDÚ. Igarapé no mun. da capital do Estado do Pará. mun. de '^'izeu e desagua no rio Gurupy (Inf. loc).
QUANDU. Córrego do Estado de Pernambuco, banha o QUARITERÉ. Rio do Estado de Matto Glosso. Vide
mun. do Bom Conselho e desagua no Frecheirar, alf. do Coa ritiré.
rio Parahyba (Inf. loo.)
QUARTA-FEIRA. Log. e rib?irão do Estado de Minas
QUANDÚS. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. do Geraes, em Philadelpliia.
Altinho. QUARTÉIS. .Vrroio do Estado do R. G. do Sul desagua ;

QUANDÚS. Riacho do Estado de Pernambuco, afll. do rio no rio SanfAnna, aíf. da margem esq. do rio Uruguay.
Pirapama. QUARTÉIS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes. banha
QUANDUSINHO. Riacho do Estado de Pernambuco, banha a cidade do Rio Preto a desagua no rio deste nome, ali", do
o mun. de Palmares e desagua no rio Una (Inf. loc.) Parahybuna.
QUARAHIM, Cidade e mun. do Estado do R. G. do sul, QUARTÉIS. Córrego do Estado do Goyaz, ali", da margem
na margem dir. do rio de seu nome, na fronteira do Estado, a dir. do rio S. Marcos, trib. do Paranahyha.
DICC. GBOG. 41
QUA — 322 — QUA

QUARTEL. Porto no rio Itapeciirú, mim. doCodóe Estado QUATI. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem esq,
do Maranhão, acima do riacho Agua Fria. do rio S. Bartholomeu. (Inf. loc.)
QUARTEL. Porto no rio Paraahyba, no Estado do Piauhy. QUATI. Córrego do Estado de Goyaz, aff. do rio Piripau.
QUARTEL. Ribeirão do Estado do E. Santo; dflsagna na
QUATI. Lago na margem esq. do Purús, aff. do Amazonas,
lagòa do Aguiar.
Tem communicação com aquelle rio.
QUARTEL. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de QUATIAHY. Igarapé do Estado do Amazonas, aífl. da mar»
S. João da Boa Vista e desagua na margem dir. do rio da gem dir. do rio Padauiry, trib. do Negro.
Prata, alf. do Jaguary, Recebe o rio das Pedras. QUATI-BEBÉ. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes,
QUARTEL. Córrego do Estado de Minas Geraes desagua na desagua na margem dir. do rio Manhuassú, abaixo da foz do
;

margem dir. do rio S, Francisco, entre as ilhas Nazareth e o José Pedro.


córrego S. Sebastião. QUATIÉ. Igarapé do Estado do Amazonas, aff. da margem
QUARTEL DO INDAIA". Log. do Estado de Minas Geraes, dir. do rio Padauiry, trib. do Negro. Sua foz fica entrea dos
com uma igarapés Ucuqui e Tarihyra.
ao muQ. da Diamantina, esch. publica.
QUARTEL DO PBINCIPE. Pov. do Estado de Minas Ge- QUATIGUA. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
raes, próxima das divisas com o Estado do E. Santo.
Jaguary.

QUARTEL DO RIO PARDO. Log. do Estado de Minas


QUATIGUABA. Pov. do Estado do Ceará, no mun. de
Geraes, no mun. de Diamantina. Viçosa, a nove kilometros de distancia.

QUARTEL GERAL. Dist. do termo do Abaeté, no Estado QUATIGUABA. Rio do Estado do Ceará, banha o mun. de
de Minas Geraes. Viçosa e desagua na margem dix'. do Itacolomy.

QUARTEL MESTRE Arroio do Estado do R, G. do Sul, QUATINGA. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. de
com uma
.
Jacarehy, esch. publ. de inst. prim, creada em 1874.
aíT. do rio Jaguarão pela margem esquerda.
QUARTO. Riacho do Estado do Rio de Janeiro, banha o QUATINGA. S. Paulo, próximo ao Mar
Morro do Estado de
Pequeno, aos de Lat. S. e 4''20'23" de Log. Occ. Tem
24<^ 39"44r"
mim. de Itaboraliy e desagua no rio da Várzea.
512"" de altura. Também escrevem Coatinga.
QUARUNAS. Selvagens do Estado do Amazonao, habitan-
QUATIjSTGA. Rio do Estado do E. Santo, desagua na margem
tes das rio Sepatinim. O Dr. J. M. da Silva Couti-
margens do
esq. do rio Benevente entrea foz dos rios Baiatal e Curindiba.
nho, no seu Relatório sobre o rio Purús (Í8ò3) diz « M. Urbano
só vio uma vez dous Índios desta tribú (Quarunás), que existe
;
Na Planta de parte desse Estado organisada pelos enge-
nheiros Cintra e Rivière figura esse rio também com o nome
ainda em estado pírfeitamente selvagem. A giria tem alguma
de CacodePole. Daemon escreve Guatinga.
semelhança com a dos Hypurinás, porém estes repellem o pa--
rentesco, attribuido aquelles o vicio da antropophagia. Habitam QUATINGA. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. da
nas margens do Sepatinim, na região dos campos. Os Pammarys margem dir. do rio Parahyba do Sul. Corre entre os muns. de
respeitam profundamente os Quarunás, mas não os poupam, im- Lorena e Silveiras. Alguns escrevem Coatinga.
putando-liies as mais feias acções. Em Hyutanaham, os Pam- QUATINGA. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. de
marys empenharam-se fortemente com M. Urbano para, coa- Santos e desagua no largo do Caeté.
djuvados pelos Hypurinás, destruir aquella tribú antipática.»
QUATA'. Cachoeira no rio Tapajós, aff. do Amazonas, (R. QUATIOBA. Ilha do Estado do Pará, no mun. da Capital,
pouco além da ilha das Onças.
Tavares. O Rio Tapajós. 1876, pag. 7.) Ferreira Penna escreve
Ctiatá R. Rodrigues, Cocítá.
;
QUATIPURÚ. Villa e mun. do Estado do Pará, na com.
de Bragança. Orago N. S. de Nazareth e diocese do Pará. Foi
QUATAL. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, aff. do rio creada parochia pela Lei Prov. n. õOi de 26 de outubro de 1868,.
Verde, no mun. do Diamantino,
que designou-lhe para séde a localidade S. Valentim, á margem
QUATEPE. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. esq. esq. do rio Quatipurú. Foi elevada á cathegoria de vila pela
do Areal. trib. do Quarahim. Lei Prov. n. 934 de 31 de julho de 1879, instailada em 1 de
julho de 1883. Tem duas eschs. publicas.
QUATI. Log. do Estado das Alagoas, na Palmeira.
QUATI. Morro do Estado do Ceará, no mun. da Aurora.
QUATIPURÚ. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Japurá
trib. do Solimões. Fica entre as ilhas dos Botos, Tatú e Ará-
QUATI. Morro da Estado do Parahyba do Norte, no mun. suquira.
de Cajaseiras, a O.
QUATIPURÚ. Rio do Estado do Pará, nasce nas mattas do
QUATI. Serra do Estado de Pernambuco, no dist de Papa- Curral do Meio. e depois de um curso de 48 kils. lança-se no
caça. Oceano, formando na foz a bahia de Quatipurú. Cerca de 24 kils.
QUATI. Ilha do Estado do Pará, no dist. de Atatá e com. de abaixo da sua origem eatra nos campos a que deu o nome.
Muaná. Divide o mun. de Bragança do de Quatipuni.
QUATI. Igarapé do Eslado do .-Vmazonas, aff. da margem QUATIS. Dist. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. da;
esq. do rio Marary, trib. do Padauiry e este do Negro. Barra Mansa. Orago N. S. do Rozario e diocese de Nyterõi. Foi
QUATI. Igarapé do Estado do Pará. aff. do Tapuruquara» creado curato pela Lei Prov. n. 487 de 30 de maio de 1849
que o ,é do rio Atatá- Banha o mun. de Muaná. e parochia pela de n. 549 de 30 da agosto de 1851. Tem duas
eschs. publs. de inst. prim. Agencia de correio. Ficaá margem
QUATI. Fiio do Estado do Pará, no mun. de Porto deMoz. esq. do rio Parahyba e dista cerca de 20 kils. da cidade
QUATI. Pequeno rio do Estado de Pernambuco, banha o da Barra Mansa, pela estrada do Passa Vinte, Por seu
mun. de Bom Conselho e desagua no Riaclião. (Inf. loc.) território correm os rios Parahyba. Quatis, Pedra e Turvo. Seu
principal fundador foi o padre Francisco do Carmo Froes. La-
QUATI. Rio do Estado de Santa Catharina. aff. do Piraliy- voura de café, canna e cereaes. Entre as estradas que o ligam
piranga, que o é do Itapocú (Inf. loc.) a diversos pontos do listado, notam-se a que parte da estação
:

QUATI. Pequeno rio na divisa dos Estados do R. G. do Sul da Divisa, passa pela ex-colonia Porto Real, margeando o Pa-
e Santa Catharina. alf. do rio Sant'Anna, que o é do Soccorro rahyl)a, que é atravessado quasi defronta do engenho central da
e este do Pelotas. Tem 21 kils. de extensão. Em algumas Car- ex-colonia, enlra no dist. dos Quatis, continua a margear o rio
tas figura como nome de (Juarteis. na extensão de dous kils. e depois se dirige ao encontro da es-
trada do Passa Vinte no lugar denominado Carrapato: a estrada
QUATI. Rio do Estado de Minas Geraes, afll. da margem do Passa Viníe que vae da cidade da Barra Mansa ao Estado de
esq. do Manhuassú, próximo á foz deste rio no Doce.
Minas e que corta o dist. na extensão de nove kils. as que ;

QUATI. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, corre pelo ligam Quatis a Vargem Grande e S. Vicente Ferrer de llozende,
território do dist. do Cuieté e desagua na margem dir. do rio e a S. Joaquim, Amparo e Estação do Pomljal de Barra Man^sa,
Doce. (Inf. loc.) além de outras. Comprehende o pov. Porto da Conceição.
. .

QUA - 323 — QUE


matriz uma pequena capella edificada em 1847 pelo
'Serve-llie de QUATRO VINTÉNS. Recife no rio Cuyabá logo acima da
cidadão Antonio Marcondes do Amaral, ssgundo informações fozdo riacho Xavier e da cachoeira das Cinco Oitavas, no Es-
do vigário monsenhor Manoel Joaquim da Paixão lida na As- tado de Matto Grosso.
sembléa Prov. na sessão de 30 de novembro de 1865.
QUAXINDEUA. Rio do Estado do Pará, no dist. de Inhan-
QUATIS. Log. do Estado das Alagòas, no Piquete. gapy.
QUATIS.Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de QUAXUMA. Insignificante riacho do Estado das Alagoas'
S. Sebastião do Areado. (Inf. I02.) desagua no Oceano próximo ao pontal da Garça Torta.
QUATIS. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, limita os QUEBEC. Log. do Estado de Pernambuco no mun. de
muns. de Barra Mansa e Rezende, e desagua na margem esq. Itaml.é.
do rio Parali}'ba.
QUEBRA. Log. do Estado do Maranhão, á mara-ern esq. do
QUATIS. Rio do Estado de S. Paulo, banha o mun. da no Itapecurú,
Piedade e desagua no rio Juquiá-guassú. (Inf. loc.)
QUEBRA. Log do Estado do Piauhy, na ilha Grande, no
QUATIS. Rio do Estado do Paraná, banha o mun. de Gua- rio Parnaliyba.
ratuba e desagua no Cubatão Grande. (Inf. loc.)
QUEBRA. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de
QUATIS. Arroio do .Estado de Santa Catharina. aff'. dir. do S. Vicente de Paula.
Sant'Anna, trib. do Pelotas.
QUEBRA. Riacho do Estado do Parahvba do Norte, aíT.
QUATIS. Córrego do Estado da Minas Geraes, aff. do rio do riacho B maneiras, queo é do rio Araçagy.
JLrassuahy.
QUEBRA-ANZOL. Log do Estado de Matto-Grosso, no
QUATORZE PASSAGENS. Riach) do Estado da Bahia* mun. do Diamantino,
banha o mun. da Gamelleira do Assuruá e desagua no rio
Verde QUEBRA-ANZOL, Rio do Estado de Minas Geraes nasce ;

na encosta da serra das Vertentes, separa o mun. do Patrocínio


QUATORZE VOLTAS. Grande morro,
situado a O. da do de Araxá e desagua na margem dir. do rio das Velhas, aff.
Várzea dos Pinheiros, no Estado de Santa Catharina. E' muitís- doParanahyba. Recebe o Salitre,''o Sanío Antonio, o Mizericordia,
simo Íngreme. e o S. João, p?la margem dir. e o Tamanduá pela esq. Calcu-
QUATRO BARRAS. Log. do Estado do Paraná, no mun. la-se seu curso em 240 kils. Além daquelles tribs. recebe o Que-
d3 Deodoro. bra-Anzol ainda o» seguintes ribeirões e córregos Cachoeira,
:

Sapé, Ouro, Cocaes, Barreiro, da Matta, Pirapetinga, Cemitério,


QUATRO CANTOS. Log. do Estado do Ceará, no mun. do Capão do Buraco e Capivara.
Pereiro. Existe ahi uma cacimba.
QUEBRA-ANZOL. Ribeirão do Estado de Minas Geraes;
QUATRO CANTOS. Log. do Estado de Pernambuco, no nasce na s^rra dos Canteiros lianha o mun, de Piumhy e des-
;
disb. de N. S. da Graça e mun. da CaiJital. agua no rio S. Francisco. Alguns o dão como aíf. do rio Grande.
QUATRO CANTOS. Dist. do mun. de Nazareth, no Estado QUEBRA-BOTE. Ilha no Guaporé, uns .50 kils, abaixo do
de S. Paulo. Temumaesch. pub. de inst. prim.. creada pelo
banco da Pesciria, e pouco acima da foz do rio Branco, no Es-
art. 1° da Lei Prov. n. 18 de 15 de fevereiro de 1831.
tado de Matto Grosso. Ahi vaio rio lodo atravancado de pedras
QUATRO CANTOS. Serrote do Estado do Ceará, no mun, e paroeis o que trouxe á ilha o nome que tem, pelas repetidas
do Pereiro. desgraças que os navegantes tem ahi experimentado.
QUATRO CASAS. Riacho do Estado de Matto Grosso, aíT. QUEBRABRO'. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o
-da margem dir. do rio Juhina. mun. de S. João Baptista e desagua no Arassuahy (Inf, loc.)
QUATRO CÓRREGOS. Córrego do Estado de S. Paulo, QUEBRA-BUNDA. Morro do Estado do Rio de Janeiro, na
aff. do rio Cachoeira. Sérvio de divisa ao dist. de I'assa estrada deNyterõi a Itaborahy.
Quatro QUEBRA-BUNDA, Ilha no alto Parnahyba, próxima e
QUATRO CÓRREGOS. Córrego do Estado de S. Paulo, aliaixo do port^ de Santa Philomena.
banha a com. de Santa Rita do Passa Quatro e reune-se com o
QUEBRA-BUNDA, Rio do Estado do Piauhy; desagua no
córrego das Pombas.
Parnahyba., na parte desse rio comprehendida entre a barra do
QUATRO IRMÃOS. (Morro dos) Nome que deram os explo- Parnahybinha e a do Riachão.
radores da fronteira, em 1784, a um grupo de 4 morros, por
onde passa a linha divisória da Republica com a Bolivia, segundo
QUEBRA-BUNDA. Lago do Eslado do Pará, no mun. de
N. S. da Graça da Prainha, na margem dir. do Amazonas,
o tratado de 1867, vindo do morro á Bôa Vista, e seguindo para próximo ao varador dos Tres Irmãos,
as cabaceiras do Rio verde. (B. de Melgaço. )«Grupo de pequenos
serros aos 16'^ de Long. e 16" de Lat. Nelle quebra-sj a divisória QUEBRA-CABAÇOS. Rio do Estado de Santa Catharina,
com a Bolivia, na direcção E. O. quj traz para a de N. a encon- entre o dist. de S. Evangelista eo mun. de S. José. Vai para o
trar as cabeceiras do rio Verde. O marco de limites ahi inaugu- Biguassú.
rado em 12 de setembro de 1876, provisoriamente, fica aos 16" 16' QUEBRA-CACHIMBO. Log. do Estado das Alagòas, nos
8", 67 S. e 16° 55' 36''» O. (Dr. S. da Fonssca, -Dião. cit.) muns. de Anadia e S. Miguel dos Cimpos.
QUATRO LÉGUAS. Log. do Estado do R. G. do Sul, na QUEBRA-CACHIMBO. Riacho do Estado das Alagòas,
-serra do Herval de S. João, nas divisas dos muns, de Santa entre S. Miguel e Anadia. Recebe o Aferventa.
Cruz eda Soledade.
QUATRO OLHOS. Pov. do Estado de Minas Geraes, no
QUEBRA-CANELLA. Ribeirão do Estado de S. Pauln, ba-
nha o mun. de S. Carlos do Pinhal o termina no Jacaré-pepira-
dist. de Guapiara e mun. de Ayuruooa ; com escholaa.
assú.
QUATRO RIBEIROS. Ribeirão do Estado de S. Paulo,
QUEBRA-CANELLA. Corredeira no rio Piracicaba e Es-
banha o mun. de Jacarehy e desagua no Parahyba.
tado de S. Paulo.
QUATRO VINTÉNS. Córrego do Estado de Minas Geraes, QUEBRA-C ANELL
AS. Serra do Estado de Minas Qeraes,
no mun. de Diamantina. Forma com outros o Ajunta- Ajunta, no dist. do Parauua e mun, da Conceição, (Inf, loc.)
-trib. do ribeirão do Inferno.
QUATRO VINTÉNS. Córrego do Estado de Minas Geraes, QUEBRA-C ANGALH A. Log. do Districto Federal, na frog.
de Jacarépaguá.
nasce no alto da estrada do Serro para Diamantina, atravessa o
valle em que está situada a cidade do Serro e vai desaguar na QUEBRA-CANGALHA. Serra do Estado de S. Paulo, entre
ponte do QueirOga, no rio Lucas, trib. do Guanhães. Guaratinguetá e Lorena. Tem a altitude de 1.500 melros.
QUATRO VINTÉNS, Córrego do Estado de Goyaz des- ;
aUEBRA-CANGALHA. Morro do Estado do Paraná, nas
agua na margem esq. do rio Crixá-ass», aíT, do Araguaya. divisas do mun. de Jaguaryahiva.
. .

QUE — 324 — QUE

QUEBRA- CANGALHA. Morro do Estado de Minas Geraes, QUEBRADINHA. Cachoeira no mun. de Paraty e Estado'
nas divisas do dist. da Virgínia. oRio de Janeiro. Desagua na margem esq. do rio Taquary.
QUEBRA-CANGALHA. Serrado Estado de Minas Geraes, QUEBRADO. Ribeirão do Estado da Bahia, banha o mun.
no mun. de Itapecerica. do Prado e desagua na margem dir. do rio do Norte, um kil.
abaixo da cachoeira da Jararaca.
QUEBRA-CANGALHA. E' assim também denominado o
ribeirão Paiva, ali', do Santa Maria; no Estado de Goyaz. Vide QUEBRADO. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem
Pa iva esq. do rio S. Bartholomeu {Inf. loc).
QUEBRA CANGOTE. Log. no termo do Saboeiro do Estado QUEBRADOS. Riacho do Estado de Sergipe, no mun. de
do Ceará. Divina Pastora.
QUEBRA-CANÔA. Cachoeira situada no rio S. Francisco, QUEBR A-FR ASCO. Rio do Estado das Alagoas, banha o
próxima ás cachoeiras denominadas Zaloque e Michamby. mun. do Penedo e desagua na lagôa do Camartello.
QUEBRA-CANOA. Caolioeira no rio S . Francisco, próxima QUEBRA-FRASCO. Córrego e morro do Estado do Rio da
ás cachoeiras Mocó e Caxauhy e da barra do Jiqui. no distr. de Therezopolis. O córrego desagua no rio
Jan-'iro,

QUEBRA-CANTOS. Log. na freg, de Campo Grande do Paquequer no logar Cascata.


Distfioto FederaL QUEBRA-GAMELLA. Serra do Estado de Matto Grosso^
QUEBRA-G ARRETA. Arroio do Eslado do R. G. do Sul, na estrada de Cuyabá ao distr. da Chapada.
aíf. esq. do Burrica-mono, trib. do Nhiimcorá ou Inliacorá, trib. QUEBRA-GARRAFA. Igarapé do Estado do Pará, no
do Uruguay. distr. de Macapá
QUEBRA-CARROS. Log. do Distrioto Federal, no dist. de QUEBRA-GIRÁO. Pov. do Estado de Minas Geraes, á
Guará tiba. margem do rio Laraim, aíT.do Piranga.
QUEBRA-CHIFRE. Ribeircão do Estado de Goynz, aff. da QUEBRA-GREDA. Córrego do Estado de Matto Grosso ;
margem dir. do rio S. Marcos. um dos formadores do ribeirão Maguavaré, trib. do Galera, que
QUEBRACHINHO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, o édo Guaporé, li' formado pelo Jaboty ( Dr. S. da Fonseca.)'
reunido com o Bagé vai ao Quebracho. QUEBRA-GUAMPA. Arroio do Estado do R. G. do Sul j
QUEBRACHO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, recebe as ali', dir. do braço septentrional do arroio do Dui'o.
aguas dos arroios Bagé e Quebrachinho e vai desaguar no rio QUEBRA- JEJUM. Log. do Estado de Pernambuco, no mun-
Negro. Nasce na coxílha de S. Sebastião e tem um curso de 26 do Limoeiro.
kils. mais ou menos.

QUEBRA-CÔCO. Pequeno pov. do Estado do Rio de Janeiro,


QUEBR A- JOELHO. Morro por onde passa a estrada da
Santa Thereza. Tem 400 braças de rampa e contra rampa.
no antigo mun. da Estrella. {Dicc. Gcogr. do Estado do B. Santo).
QUEBRA-CÔCO. Log, do Estado do Rio de Janeiro, no QUEBRA-MACHADO. Serra do Estado do E. Santo, pró-
mun. de Macacií. xima ao Iguapé, no mun. de Guarapary.
QUEBRA CÔCO. Log. do mun. de Ubá e Estado de Minas QUEBRA-MACHADO. Serra do Estado de S. Paulo, no
Geraes. dist. do B. Santo do Rio do Peixe, e mun. de Caconde..
QUEBRA-CÔCO. Morro do Estado do Rio de Janeiro, perto (Inf. loc).
da B. de F. do Norte e dos morros do Forno Velho, do Damião,
da Bôa Vista e dos Mariannos. QUEBRA-MACHADO. Riacho do Estado de Pernambuco,
banha o mun. do Bonito e desagua no rio Una.
QUEBRA-COSTAS. Log. do Estado das Alagoas, no mun.
QUEBRA-MANOEL. Log. do Eatado de Minas Geraes, no
do Triumpho.
dist' do Rio Preto do termo de Paracatú.
QUEBRA-CUIA. Serra do Kstado de S. Paulo, no mun. de
QUEBRA-M ASTRO. Ilha do Estado do R. G. do Sul, no
Casa Branca.
rio Camaquan, mun. de Pelotas. Tem cerca de seis kils. de.
QUEBRA-CUIA. Ribeirão do Estado deS. Paulo, banha o comprimento sobre dous de largura.
mun. da Casa Branca e desagua no rio Pardo.
QUEBRANÇAS. Baixos que ficam a B. da embocadura da.
QUEBRADA. Serra do Estado do Piauhy, no mun. da immensa bahia de Todos os Santos e a que os gentios chama-
capital, á margem do rio Parnahyba. vam Mairaguiguiig Em 1510 ahi naufragou um navio porlu-
.

QUEDRADA ( Serra Nome que toma


a serra da Ibiapaba?
).
guez, cujo destino ou emprego não é bem sabido. Acreditam
no termo da Independência do Estado do Ceará. E' secca, mas algims, entretanto, que nellc vinlia Diogo Alvares, o Cara-
presta-se bem ao cultivo de cereaes. muru. (Ext.).
QUEBRA.DAS. Ribeirão do Estado do Maranhão, banha a QUEBRANGULO. Antiga villa do Estado das Alagôas,
com. da Caro'.ina e desagua no rio Farinha, trib. do Tocantins. Denomina-se hoje Victoria.
QUEBRADAS. Riacho do Estado de Sergipe, aff. do QUEBRANGULO. Riacho do Estado das Alagoas, banha »
rio Siriry. mun. da Victoria e desagua na margem dir. do rio Parahyba.
QUEBRADAS DO SUBAHÈ. Log. do Estado da Bahia, QUSBRA-OSSOS. Riacho do Estado de Minas Geraes,
na estrada denominada do « Pé Leve », entre a ponte do Jericó banlia o mu)i. de Santa Barbara e desagua na margem dir.
8 o riacho do Barreto. do rio deste nome,
QUEBR A.-DEDO. Cachoeira no rio Suassuhy Grande, no QUEBRA-PaU. Córrego do Estado de Goyaz, afl'. da
Estado de Minas Geraes. margem dir. do ribeirão Jacobina, trib. do rio Corumbá.
(Inf! loc).
QUEBRA-DENTES. Arraial do Estado das Alagoas, no
mun. de Traipú. QUEBRA-PE. Log. no mun. da Diamantina do Estado d'e'
QUEBRA-DENTES. Serra do Estado de Santa Catharina.
Minas Geraes ; com uma esch, publ. mixta de primeiraslettras.
Serve de divisa das aguas do Tijucas e do liajahy-assú. Dá QUEBR A-PERNAS. Ribeirão do Estado de Paraná ; aff.
origem a diversos rios entre os quaes o do Engano. do rio Tibagy.
QUEBRA-DENTES. Rio do Estado de Santa Catharina ; QUEBRA-POTE. Log. do Estado do Maranhão, á dir. de
nasce na s?rra da Bòa- Vista, r^une-se ao Quebra-Pote e desagua qnem entra a bahia dí S. José e do lado da ilha do Ma-
no rio Tijucas. ranhão.
QUEBRA-DENTES. Serra e córrego do Estado de Minas QUEBRA-POTE. Pequeno rio do Estado de Santa Ca-
Geraes. O córrego dcsagaa no ribeirão do Amparo, aff. do rio tharina ; reune-S3 ao Qu^bra-Dentes e junctos vão ao rio-
Jacaré, que o édo rio Grande. Tijucas.

i
QUE — 325 — QUE

QUEBRA-POTES. Cachoeira do rio Trombeta?, entre as QUEIMADA. Lagòa do Estado do Ceará, no mun. de
denominadas Cachorro e Vira Mundo, no Estado do Pará. Cascavel.
QUEBRA-PRATOS. Forte que existia no legar em que QUEIMADA COMPRIDA. Log. do Estado das Alagoas,
Mathias de Albuquerque fundou o arraial do Bom Jesus. era S. Braz.
QUEBRA-PRÒAS. Cachoeira no rio Coxim, trib. da QUEIMADA DO CURRAL. Pov. á margem do rio S. Fran-
margem esq. do Taquary, aft'. do Paraguay no Estado de ; cisco, entre Sento Sé e Joazeiro.
Matto Grosso. Fica a 12 kils. da foz do ribeirão da Figueira.
QUEIMADA DO GATO. Log. do Estado de Pernambuco, no
QUEBRA-REMO. Ponta na costa oriental da ilha de mun. de Aguas Bellas.
Santa Catharina, no Estado deste nome.
QUEIMADA DO JOSÉ. Log. do Estado das Alagôas, em
QUEBRA-TSSTA. Nome de umas pedras perigosas exis- S. Braz.
tentes no rio Paranan, entre o porto da Palma e o arraial do QUEIMADA DO MEIO. Log. do Estado do Ceará, no mun.
Rio do Peixe, no Estado de Goyaz. do Jardim.
QUECEUENE. Nome indígena do rio Branco do Estado do QUEIMADA DO TAPUYO. Log. do Estado das Alagoas,
Amazonas. no dist. do Poço das Trincheiras e termo do Pão de Assucar.
QUEDA D'AGUA. Morro do Estado da Bahia, no mun. QUEIMADA GRANDE. Log. do Estado do Pará, no mun.
do Brejinho. Prende-se á serra de Maoahubas. Existe nes?e
de Oriximina, acima do igarapé iMongubal.
morro uma pequena cascata, de cerca de 18 metros de altura,
talhada a prumo, e de cuja agua se abastece a pop. da villa. QUEIMADA GRANDE. Log. do Estado do Piauhy, no mun,
QUEDAS. Uma das estações da Companhia Ramal Férreo de S. João do Piauhy.
Campineiro, no Estado de S. Paulo, entre as estações da Ca- QUEIMADA GRANDE. Logs. do Estado das Alagôas, nos
pTieira Grande e das Cabras. muns. de Paulo Alfonso e Traipú.
QUEIGINGUE. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. de QUEIMADA GRANDE. Rio do Estado da Bahia, aff. da
Soure e desagua no Itapecurú. Jacuhipe.
QUEIMA (Capão do). Log. que raramente fica inundado, QUEIMADA NOVA. Log. do Estado das Alagôas. no mun.
na margem dir. do Paraguay, pela lat. de 2)" 25': e onde re- do Pão de Assucar.
sidio por maior ou menor espaço de tempo o Queima um dos
principaes da tribu dos Gadioéos. QUEIMADA REDONDA. Log. do Estado das Alagôas, em
Piranhas.
QUEIMA. Pequeno riacho que afflue na margem esq. do rio QUEIMADA REDONDA. Log. do Estado da Bahia, no
Paraguay aos 20" 56', cerca de 9 Itils. acima do forte Olympo.
«Nasce, diz o B. de Melgaço, das terras altas do distr. de Mi- mun. de Campo Formoso.
randa, em não grande distancia. E' o l^ercris dos antigos serta- QUEIMADA REDONDA. Riacho do Estado de Pernambuco,
nislas. A principal aldeia dos Gadioéos existe nas suas margens. banha o mun. de Bom Conselho e desagua no Lages, aff. do
Chama-se também do Paula. Este nome e o de Queima são Garanhumsinho.
os de dous dos principaes dessa tribu dc s Guaycurús, que em
1791, foram a Villa Bella jurar a paz e homenagem ao ca-
QUEIMADAS. Villa do Estado da Bahia, na com. do Bomfini
pitão general João de Albuquerque. E' este riacho actualmente
ã margem do Itapecurú aos 10'', 56' 46" 35 de Lat. S. e
rio
3" 34' 47" de Long. E. do Rio de Janeiro. Drago Santo Antonio e
mais coniiecido pelo nome de NabiUque ou Nahilecuaya».
diocese archiepiscopal de S. Salvador. Era uma capella filial da
QUEIMA CALÇÃO, Log. do rio Parnahyba, entre a villa freg. deSanfAnna do Tucano. Foi creada parochia pelo art. Ida
da Manga e a barra do rio Gurgueia. Ha ahi grande accumulo Lei Prov. n. 168 de 19 de maio de 1842, que. no art. II, incoí--
de pedras. porou-a á Villa Nova da Rainha ; villa pela de n, 2 454 de 20
QUEIMAÇÃO. Lo^'._do Estado do Pai-ahyba do Norte, no de junho de 1884 e Dec. de 8 de julho de 1890. Tem eschs. publs.
dis:r. da villa de S. João do Carii^y. de inst. praim.; 3360 habs. e dista 74,1 kils. de Bomíim. O seu
mun. além daparochia da villa, comprehende mais a de Itiuba.
QUEIMA CAPOTE. Córrego do Estado de Matto-Grosso, Vide estação de Queimadas.
na estrada de Cuyabá a Goyaz.
QUEIMADAS. Põv. do Estado do Maranhão, no mun. da
QUEIMADA. Log. do distr. de Anory do Estado do Ama- S. Francisco.
zonas.
QUEIMADAS. Pov. do Estado do Maranhão, no mun. ds
QUEIMADA. Log. do Estado das Alagôas, no mun. de Santa Helena.
Traipú.
QUEIMADAS. Log. do Estado do Piauhy, no mun. de
QUEIMADA. Log. na freg. de Campo Grande do Districto S. João do Piauhy.
Federal.
QUEIMADAS. Pov. do Es'ado do Ceará, no dist. de
QUEIMADA. Serra do Estado de Sergipe, no mun. do Arêas.
Gararú.
QUEIMADAS. Pov, do Estado do Parahyba do Norte, no
QUEIMADA. Serra do Estado da Bahia, no mun. de Santo mun. de Fagundes.
Antonio da Gloria do Curral dos Bois (Inf. loc).
QUEIMADAS. Pov. do Estado de Pernambuco, no dist. de
QUEIMADA. Serra do Estado do E. Santo, no mun. de N. S. da Apresentação do Limoeiro, cora. e termo dest» nome.
Guarapary. Tem duas eschs. publs. deinst. prim., uma para o sexo masculi-
QUEIMADA. Serra do Estado de S. Paulo, no mun. de no creada pela Lei n. 655 de 18 de abril de 1866, e outra para
Itapetininga. o sexo feminino creada pela Lei n. 731 de 6 do junho
.de 1867.
QUEIMADA. O eng. Halfeld. descrevendo o rio S. Fran-
QUEIMADAS. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. de-
cisco pouco acima do Pilão Arcado faz menção de um banco de
arêa dos Queimados á esq. do rio, de uma pov. das Queimadas Quipapá.
sobre a mesma mai"gem e de uma serra Queimada próxima da QUEIM.^^DAS. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. do
mesma margem. Bom Jardim, com escholas.
QUEIMADA. Ilha alagadiça do Estado do Pará, no mun. QUEIMADAS. Pov. do Estado do Pernambuco, no mun. de
de Oriximiua, á margem do rio Tromfeetas. Ouricury, na distancia de 132 kils., Cdin uma capoUa de N. S.
QUEIMADA. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun. da Conceição, uma casa de feira e commercio animado.
de Angra dos Reis. QUEIMADAS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. da
QUEIMADA. Ilha do Estado de S. Paulo, no mun. de Taquaritinga. Ha outros logs. do mes no nome nos muns. da
Itanhaen, Barreiros, Bom Conselho e Brejo.
. . .

QUE — 323 — QUE

QUEIMADAS. Estação da E. de F. áé Alagoinlias ao Joaseiro ;


QUEIMADO. Serra do Estudo da Bahia, no mun. de Ilhéos.
no Estado da Bahi:i, enti-e as estacões do Rio do Peixe e Deita uma ramificação para E. até o mar, que é denominada
Jacuricy, a 275"", 306 de altura, e a 46.388 kils. de Santa Luzia, Serra de Santo Antonio ou Serra Grande. ( Inf. loc. ).
distante 349.333 kils. da cidade da Bakia e 226.959 de Alago- QUEIMADO. Igarapé do Estado do Amazonas, no mun. de
inhas. Foi inaugurada em 6 de fevereiro de 1886. E' atraves- Manacapurú. Vai para a margem dir. do rio SoUmões.
sada paio rio Itapecurú-assú. O solo é arenoso e i^roduz em pe-
quena escala cereaes e forragom. Tem 3.000 habs., duas eschs. e QUEIMADO. Arroio do Estado do Paraná, no mun. da
uma egreja de Santo Antonio. « A vegetação espontânea Capital.
da z jiia atravessada pelo novo trecho do prolongamento da E. QUEIMADO. Arroio do Estado do R. G. do Sul; afl'. esq.
de F. da Baliia, diz o Dr. Diogo P"erreira de Almeida, é consti- do rio Ij uhy-grande.
tuida por abustos, plantas rasteiras e poucas arvores, ssndo es-
tas em geral das farailias das theribintliaceas e leguminosas e
QUEIMADO. Lagoa do Estado da Bahia, na com. da Ca-
aquellas das bromeliaceas, liliaceas, verbenaceas, synanthereas, pital. Com o nome de Queimado existe neste Estado uma
solaneas, malvaceas, myrthaceas, euphorbiaceas, myct.igeneas, companhia qu3 abasiece de agua a cidade de S. Salvador. A
€to. A cultura, explorada pelos liabitantís é muito limitada; agua é retirada dessa lagòa e dos rios Camorogipe, Telha e
cifra-se ao indispe isavel ás necessidades de uma população só- Negrão. Também a denominam Lagòa de Santa Luzia. Com a
bria. Os principaes productos cultivados, que terão extracção e
denominação de Santo Antonio do Queimado ha também uma
abundante consumo, são —
farinha de mandioca, milho, feijão,
:
fabrica de tecer.
batata doce, legumes e hortalicps. O terreno presta-se â cultura QUEIMADOS. Pov. no termo de S. Francisco, no Estado
do fumo, que por difâculdade de transporte lem sido feita em do Maranhão.
pequena escala. Em alsiins pontos floresce bem o algodão. O
terreno é muito apropriado á criação, especialmente do gado ca-
QUEIMADOS. Log. i\o termo de Jaicós do Estado do
Piauhy
prino. O gado bovino e lanígero vinga muito quando não ha
secca. O flagello, que mata t jda a iniciativa, é a secca quando : QUEIMADOS. Log. do Estado da Bahia, no termo de
ella chegj, t ido morre, tudo falta, porque também faltamos Ilhéos.
meios 9 o recurso dos açu les. O terreno em geral é de rocha, QUEIMADOS. Pov. no dist. de Marapicú e mun. de
coberta em alguns pontos por uma camada de terra vegetal, Iguassú do Estado do Rio de Janeiro com uma estação da
;

massapé o\i arêa mais ou menos argillosa, que varia de altura E. de F. Central do Brazil, entre a estacão de Maxambomba
até dous metros. Entre as rochas encontram-se variedades de e Belém, 48'<.21i) distante da Capital Federal, 13^.465 de Belém
granitos, que se apresentam algumas vezes em massa compacta, e a 29"i.298 de allura sobre o nível do mar. Tem duas esclis.
tt, geralmente, desaggregados em decompo5Íção. Os terrenos se- publs. de inst. prim., uma das quaes creada pjla Lei Prov.
dimentarios e metamorphicos occupam pequena extensão, rela- n. 1.75) de 30 de novembro de 1872 e uma capella. A parte dessa
;

tivamente aos terrenos plutonicos. O trachyto, o basalto, o estrada entre Capital Federal e Queimados foi inaugurada a 29 de
diorito, e os depósitos metalliferos são raros eneontram-se ; março de 1858 e de Queimados a Belém a 8 de novembro de 1858.
apenas alguns veios intercal lados, interrompendo camadas stra-
tiíicadas de outras rochas. Pelo estudo dos cortes, em geral
QUEIMADOS. Pequeno rio do Estado de Minas Geraes,
pouco profundos, esses terrenos podem ser classificados, de pre- banha o dist. do Parauna do mun, da Conceição e desagua no
ferencia, como sendo de origem ignea.» Cipó, aíT. do Parauna. (Inf. loc).

QU3IMADAS. Serra do Estado do E,. Q. do Norte, no mun. QUEIMÃO. Lagôa do Estado doR. G. do Sul, na costa do
do Jardim. oceano, entre a lagôa Xarqueada e do Pinheiro (B. J. de Moraes,
« Canal Príncipe D. AfTonso »). O engenheiro Eleutherio Ca-
QUEIMADAS. Serra do Estado do Parahyba do Norte, no margo escráve « Quintão ».
mun. de Souza. Ha uma outra com o mesmo nome no mun. da
Campina Grande. QUEIMA-ROUPA. Serra do Estado de Minas Geraes, no
mun. do Alto Rio Doce.
QUEIMADAS. Serra e riacho do Estado de Pernambuco,
no mun. de Flores. Divide a com. deste nome dado Piancó, no QUEIMA-SANGUE. Morro do Estado de Minas Geraes, no
Parahyba do Norte. mun. de S. João d'El-Rei, á dir. do rio Grande e á esq. do
ribeirão do Chaves.
QUEIMADAS. Morro do Estado da Bahia. Vide Mc-
leiro QUEIRA DEUS. Log. do Estado de Pernambuco, no dist.
da Luz e mun. de S. Lourenço da Matta.
QUEIMADA.S. Ilha e porto do Estado da Bahia, no mun. de
Casa Nova. QUEIROGA. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
Manhuassú. Aiiirmam existir ahi ouro e outros mineraes.
QUEIMADAS ( Porto das ).No rio Parnahyba, pouco abaixo
do porto de Amarante ; no Estado do Piauhy. QUEIROGA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, afl'. da
margem esq. do rio Caratinga, que é trib. do Doce (Inf. loc).
QUEIMADAS. Lago do Estado do Maranhão, á margem do Outro cavalheiro nos informou ser esse rio aff. da margem esq.
rio Tury-assú, acima de Santa Helena Pereira do Lago. Bev.( do Cuieté.
do Iiist. cit. pag. 395 ).
QUEIROZ. Córrego que nasce no morro Azul, que pertence
QUEIMADAS GRANDES. Log. no termo do Bom Conse- á fazenda da Boa Sorte e vai desaguar no rio Pomba, trib. do
lho do Estado de Pernambuco. Parahyba do Sul, perto de Tapirussú.
QUEIMADINHAS. Pov, do Estado da Bahia, no mun. de QUEIROZ. Córrego do Estado de Goyaz corre próximo ao ;

Maracás. ari"aialda Barra e do rio do Ferreiro (braço do rio Vermelho)


QUEIMADINTHAS. Estação da E. de Feri'o Central, no E' profundo. Junto delle fica, segundo assevera Cunha Mattos,
Estalo da Bahia; inaugurada a 11 de janeiro de 18S5. um morro estreito e baixo, do qual se dosfructa um Iludo pa-
norama
QUEIMADO. Log. no mun. da capital do Estado do Ama-
.

zonas, no dist. de Manacapurú. QUEIROZES. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de


Santos.
QUEIMADO. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de Villa
Virosa, 18 kils. ao norte. QUEIXADA. Córrego do Estado de Minas Geraes, no dist.
de S. Miguel do Jequitinhonha. Desagua no rio Preto ou Ilha
QUEIMADO. Pov. do Estado do E. Santo, no mun, da ca- do Pão, aff. do Jequitinhonha. (Inf. loc).
pital. Orago S. José. Foi elevada á parochia pela Lei Prov.
n. 9 de 7 de julho de 1846. Tcansferida s'ia séde para o pov. do QUEIXADAS. Arraial do Estado de Minas Geraes. Para
Porlo do Gachoeiro com a denominação de Cachoeiro de Santa o art. da Lei Prov. n. 1.202 de 9 de agoglo de 1864 transferiu
I

Leopoldina, pela de n. 21 de 4 de abril de 1884, que elevou essa a séde da freg. de Joanesia do mun. de Itibira, com a deno-
ultima pov. á cat'-'goria de villa. Tem uma esch. publ. de inst. minação de freg. do Parahyba do Matto Dentro.
prim., creada pela Resolução de 12 de abril de 1828. Foi incor- QUEIXADAS. Ribeirão do Estado de S. Paulo; desagua
porada ao mun. da capital pelo Dec. n. 4 de 26 de dezembro na margem dir. do Paranapanema quasi defronte da foz do
ds 1889. rio das Cineas.
QUE — 327 — QUE

QUEIXADAS. Córrego do Estado de Matto Grosso, affl. do sentes os Vereadores F. e F. a cada um delles se deferio Jura-
Jaurú. galho do Coxim. mento depois do que se houveram por impossados dos seus
QUEIXADAS. respectivos togares os sobre ditos Vereadores e a Mila por
Córrego do Estado de Matto Grosso ; é um
Iiec[ueao subsidiáriodo Taquary. installada. A
primeira sessão foi celebrada no dia 7 de janeiro
do mesmo dia mez e anno».
QUEIXADAS. Cachoeira no rio Paranapaaema, na secção
comprehendida entre o Salto Grande e a barra do rio Tibagy. QUELUZ. Cidade e mun. do Estado de Minas Geraes, sáde
da com. do seu nome, ligada á Capit il Federal, a Ouro Preto, a
QUELENGUE. Ilha do Estado da Bahia, no mun. da Barra Sabará e a Sete Lagoas pela E. de F. Central do Brazil, distante
do Rio de Contas. uns COO metros da estação de Lafayette. A cidade é pequena, de
QUEIiEMBE. Rio do Estado da Bahia, no mun. de Ma- agradável aspecto e com hom clima. Tem um iheatrinho,
ragogipe. Apertado entre rochas, despenha-se em formosas cadéa, casa da camará e tres egrejas a matriz com duas torrres
:

cascatas. Abastece de agua a cidadade. Tem 3 pontes que ligam e 4 altares, sendo um de N. S. da Conceição, outro das
a cidade a 3 arrabaldes. Almas, outro de N. S. do Rozario e outro (na saohristia) do
QUELUZ. Cidade mun. do Estado de S. Paulo, sede da Coração de Jesus a de Santo Antonio, no alto do morro do
;

com. do ssu nome, a 268 kils. da capital, 12 de Areas, 22 de mesmo nome, com frente para a matriz e com um só altar e a •

Silveir IS, 44 de Lorena, 33 de Rezende e 19 de Pinheiros ;


do Ca rmo. Orago N. S. da Conceição e diocese de Mariana.
banhada pelo rio Parahyba que a divide em duas partes liga- Sobre sua fundação lè-se em Saiute Adolphe « No principio :

das por uma ponte de ferro ;atravessada pela E. de F. Centi-al do século passado, um certo numero de aventureiros, qni foram
do Brazil, que ahi tem uma estação. A parte á esq. do rio Pa- minerar na serra de Ouro Br.mco, junctarm-se com os indios da
rahyba é montanhosa, e a que fica á dir., encurralada entre a aldèa Carijós e eregiram uma egreja a N. S. da Conceição, a
Fortaleza e o Parahyba é mais ou menos plana, com ruas (õ ou 6) qual f li crada parochia em 1709 edificaram-se depois mais duas
;

gei'alment3 planas, largas e algumas calçadas; na primeira ficam das invocações de Santo Antonio e N. S. do Carmo. Em 1791 o
a matriz, em logar elevado, e a capella de S. Roque ; na se- governador Luiz Antonio Furtado de Mendoça, visconde de Bar-
gunda a Capella, do Rosario, baixa com a frente voltada para bacena, afinal elevou essa pov. á categoria de villa ». Segundo o
um dos lados, e construída sobre as ruinas do Theatro G'iarany i?e'a{. da Repartição de Esi atistica foi Queluz creada freg. por
;

a casa da camará e cadêa, na base do morro da Fortaleza e com Ordem Regia de 1752. Do Livro do Tombo da parochia, que
a frente voltada para o largo do Dr. Oliveira Borges. A matriz, consultamos, não consta a data da creação da freg. havendo
sem torres, está situada no alto de um morro, com tres janellas de o termo de abertura firmado em 1731 pelo Dr José de Souza
frente é interiormente. bem decorada, apresentando o alfar-mor,
:
Ribeiro Filho, o qual reza assim « Este livro hade servir de
:

o de Santo Antonio, S. Roque e N. S. das Dores e a capella do registro ás eleiçoens e mais determinaçoens para o bom do regi-
SS. Sacramento. Ao lado da matriz fica o cemitério. A cidade men da irrnandade ei-ecta com autoridade ecciesiastica de N. S.
apresenta um aspecto triste suas casas são quasi todas de
;
da Conceição, padroeira da fre?uezia dos Carijós », Foi elevada á
construcção antiga, não havendo nenhuma de bonita appa- cidade pala Lei Prov. n. 1.276 de 2 de janeiro de 1S6G. E' com.
rencia e de gosto moderno. Seu commercio é pouco animado. de segunda entr. creada pela Lei Prov. n. 1.867 de 15 de julho de
Orago S. João Baptista e diocese de S. Paulo. Foi primitiva- 1872 e clissificada pelo Dec. n. 5.049 de 14 de agosto' de 1872
mente uma aljêa dos Índios Purys, creada era 1800 pelo capitão e Acto de 22 de fevereiro de 1892. Tem estacão tele-rraphica
general Antonio Manoel de Mello Castro Mascarenhas. A di- agencia do correio e quatro eschs. publs. A freg. da cidade, onde
recção desse aldeamento foi confiada ao Padre Francisco das cultiva-se milho, feijão e asroz, é muito sujeita ? geada. Neila
Chagas Lima, que promoveu a prosperidade da aldèa. Não ap- ficam os morros Alto, da Mina, Azeite, Candéas e Padre Antonio
parecendo outro sitio mais próprio para accomodação dessess Seu mun. é constituído pelos dists. da cidade, de Santa
selvagens do que as terras fronteiras á freg. de Arêas, sobre o
'
Anna do Morro do Chapéo, de N. S. das Dôres da Capella
Parahyba, ahi se lhes consignou uma porção delias para sua Nova, de Santo Amaro, de Santo Antonio de Itaverava, de
morada, em que também se mandou erigir uma egreja com o S. José do Carrapicho, de S. Gonçalo de Cattas Altas da No-
titulo de S. .João Baptista de Queluz Foi creada parochia pela
:
ruega, do E. Santo do Lamim e da GloVia e dos povs, La- ;

Provisão de 22 de março de 1803, elevada á cat='goria de villa fayette, N. S. dos Remédios do Jequitibá, Rancho Novo, Pas-
por Lei Prov. n, 15 de 4 de março de 1842. e á de cidade pela sagem, Gagé, Redondo, S. Gonçalo diversos outros. A lavo.ira
Lei n. 15 de 10 de março de 1876. A pop. da cidade é de umas do mn. é a da canna, havendo diversos engenhos. Ha abun-
1,000 almas. Lavoura de café e cereaes. Tem agencia do correio dantes minas de manganez. Sobre suas divisas, vide entrj outras,
e quatro eschs. publs. de insfc. prim. das quo,es uma foi nocturna. as Leis Prov. ns. 24 de 2 de abril de 1835 52 de 9 de abril
:

E' com. de primeira entr. :, creada pela Lei Prov, n. 29 da 17 de 1836; 512 de 3 de julho de 1850 1.335 de 14 de novembro
;

de abril de 1875 e classificada pelo Dec. n. 5.918 de 15 de maio de 1863 e


; 2.286 de 10 de julho de 1876. A egrsja matriz foi
de 1875. O mun. confina ao N. com o Estado de Minas Geraes baleada durante a revolução de 1842, tendo morrido próximo á
pelo alto da serra da Mantiqueira, ao S. com o mun. de Arèas ella o filho do general Galvão, Fortunato Nunes Galvão.
pelo alto do morro da Fortaleza a E com o de Rezende (Estado
; .
QUELUZ. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
do Rio de Janeiro) pelo ribeirão Itagaçaba e com o de Pinheiros Ipojuca.
pelos rios Claro e Parahyba. O território é, em geral, monta-
nhoso, apresentando c,omtudo algumas pequenas planícies á QUELUZ. Estação da E. de F. Central do Brazil. no ramal
margem do rio Parahyba. O sôlo é coberto de mattas na fralda de S. Paulo, entre as estações de Engenheiro Passos e Lavrinhas,
da serra da Mantiqueira. No Parahyba ha algumas pequenas á margem dir. do rio Parahyba do Sul, distante 227''. 816 da.
ilhas, cujas terras em geral não são cultivadas. Os priaeipaes Capital Federal ,e a 470". 870 da altura sobre o nivel do mar.
.A parte dessa estrada entre Engenheiro Passos e Queluz (11''.507)
rios qTie atrsvessam o mun. são: o Parahyba, Claro, Entupido,
foi inaugurada a 18 de julho de 1874 e a de Queluz a Lavrinhas
Cruzes, Salto ô Itagaçaba. Coraprehende os bairros: Villa Quei-
(I7'í.8õl) a 12 de outubro do mesmo anno.
mada, Várzea, Salto, Leandros, Palha, Santa Cruz e Lavrinhas.
Encontra-se no mun. granito e no al to da serra da Fortaleza QUEM DIRIA. Log. no dist. do Anajatuba do Estado do
óptima argilla para a fabricação de vidro. O fundador da matriz Maranhão.
foi o alferes José Antonio Dias de Novaes, fallecido em 1842
yictima da revolução. Foi instalada a villa a 1 de janeiro de 1845 QUEMEUCURI. Igarapé do Estado do Amazonas, aíT.
como se vê do seguinte documento flelmenle extractado do livro da margem austral do rio Aegro, entre Barcellos e Thomar. O
cónego André, em suas Xoticias gcographicAs da Capitania do
.

do tombo da camará. «No 1" de janeiro do anno do nascimento


de Nosso Senhor Jesus Christo de 1845 nesta Freguezia de São Rio Npgro, escreve Qncmcucnj c o Sr. Araujo Amazonas,
\

João Baptista de Queluz, termo da Villa de Arèas, Província de em seu Diccionario, e Baena, em sua Chorogr., Quemeucitri, o
São Paulo, nas casas destinadas para Paço da Camara desta o Dr. A. R. Ferreira Quermeucuvi,
nova villa, estando presente o capitão João Lopes da Silva, como QUENDINA. Log. no dist. de Santo .'Vntonio o Almas do
vereador mais votado, conforme a acta da eleição de 7 de setembro Estado do Maranhão.
do anao findo, e havendo elle já prestado juramento perante a
Camara iMunicipal de Arèas no 1" de dezembro de 1844 em QUENQUENGUE. Rio do Estado das Alagoas, aff. da
observância do Dec. de 22 de julho de 1833 e Portaria do Exni.
margem dir. do ilanguaba.
Presidente da Província de 9 de agosto do pretérito anno, e Lei QUENTE. Riacho do Estado de Minas Geraes, banha •
da crèação deita Villa (segue a Lei). Achando-se também pre- mun. de Bòa Vista do Tremedal e desagua no rio Pajahú.
. .

QUI — 328 — QUI

QTJE-QUE. Ilhas e cachoeira no rio Negro, margem dir.; no QUICUNCa'. Serra do Estado do Ceará, entre S. Matheus
Estado do Amazona,?; acima da foz do rio Içana. e Asaaré Encontra-se também escripto Quincunquá e Quicunchá.
Neila existem bons sities, nos quaes se cultiva canna, que dá
QUER-DEUS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do boa rapadura e aguardente.
Limoeiro.
QUIEBO. Log. do Estado de Matto Grosso; no dist. do
QUERENCIA. Termo usado no Rio Grande do Sul para Diamantino. E' muito sujeito a aggressões dos indios.
desií;n:\r o logar ou paradeiro, onde habitualmente o guio
pasta, ou onde foi creado. Os animaes entropilhados dillicil- QUIEBÓ, Rio do Estado de Matto Grosso, aff. do Cuyabá.
mente se apartam para longe da querencia (Barnardo Taveira Suas cabeceiras, diz o B. de Melgaço, quasi se entrelaçam com
Júnior. Notas ás Provincianas.) as do rio Preto, aff, do Arinos. E' formado de dous galhos,
Quiebó-grande e Quiebosinho que unidos vão á distancia de
QUERENCIA. Log. do Estado do Rio Grande do Sul, no ,

30 kils., entrar na margem dir. do rio Cuyabá, cerca de 36 kils.


mun. do Mundo Novo. também denominado Taquarussú.
E' acima da boca do rio iManso, que affiue pela margem opposta.
QUERERÁ. Serra do Estado da Bahia, no mun. do Raso. QUIEBÓ-GRANDE. Ribeirão do Estado de Matto Grosso;
QUERICOCÁ. Serra do Estado do Ceará, no mun. de nasce no logar do Buracão, cerca de 84 kils. da villa do Dia-
Quixará. mantino e faz barra no rio Cuyabá D'Alincourt, que delle faz
menção, escreve Quibó. Recebe o Cerquinha.
QUERMEUCOVI. Rio do Estado do Amazonas, aff. do rio
Negro fDr. .Alexandre R-. Ferreira. Eeo. do hist. llist QUIEBÔ-PEQUENO. Ribeirão do Estado de Matto Grosso,
Tomo XLVIII, pag. 9). Araujo Amazonas e Baena escrevem : nasce no logar da Cerquinha, cerca de 60 kils. da villa do Dia-
Quemeiícuri o cónego André Quemeuenj.
; mantino, a rumo de ENE. e vai i-eunir-se ao Quiebó-Grande.
QUERO-CANGO. Sei-ra e córrego do Estado do Rio de QUIEPE. Ilha do Estado da Bahia, na entrada da bahia de
Janeiro. O córrego nasce na serra dos Crubisás e lança-se no Camamú, com duas milhas de circumferencia. Serve de guia
".Macabú, após um curso de cerca de iO kils. Não se presta á aos navegantes. E' coberta de grandes arvores e tem uma altura
navegação, pela natureza pedregosa do seu leito. total de 50 metros. « E' facilmente reconhecida, diz Mouchez,
por s.'u isolamento das terras vizinhas, que são mais afastadas
QUEROMANA. Arroio do Estado do Rio Grande do Sul,
a O. e mais baixas, tem cerca de 3U0 metros de diâmetro ».
atf. do rio Ca verá.
nome de um do? núcleos da co"
QUIETOS. Serrote do Estado de Pernambuco, no mun. de
QUERO-QUERO. Era o
S. Bento. Ahi fica um cemitério.
lonia Sinimbu, no Estado do Paraná. Possuía com o nucle''

denominado ^Capão da Anta — 218 colonos com 70 famílias. QUIGINGUE.
de Tucano e desagua no
Riacho do Estado da Bahia, banha o mun.
rio Itapecurú.
QUERO-QUERO. Rio do Estado do Paraná, aff. da mar-
gem esq. do Guabiroba, que corre para o Tibagy. QUINHA (pimenta). Rio do Estado do Amazonas, aff. do
Uftranatuba.
QUESSÈ. Pequeno lago do Estado do Pará, no mun. de
Oriximína. QUIIiOMBINHO. Log. do Estado de Miuas Geraes. na serra
d:i, Mantiqueira, á mai'gem da E. de F. Central do Brazil, entra
QUEUAlSrACAN. Nação indígena do Estado do Amazonas, Sitio e João Ayres, no dist. do Curral e mun. de Barbacena.
no rio Japurá (Araujo Amazonas).
QUEVEDOS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. meri-
QUILOMBINHO. Serra do Estado de Minas Geraes, no
dist. do Carmo de Cajuru e mun. do Pará.
dional do riu Gamaquan, trib da lagôa dos Patos.
QUILOMBINHO. Ribeirão do Estado deS. Paulo, banha o
QUIA'. Log. do Estado de iMaranhão, em Cajapió. mun. do Cunha e desagua no Jacuhy.
QUIABOS. São assim denominados uns campos de criar, QUILOMBINHO. Córrego do Estado de Minas Geraes, alf.
situados no município de S. Vicente Ferrer do Estado do i\Ia-
da margem e5q. do rio Bandeirinha, que é trib. do rio das
ranhão. Mortes.
QUIABOS. Serra do Estado de Minas Geraes, nas divisas de QUILOMBO, s. m. Habitação
clandestina nas mattas e de-
S.Paulo do Miiriahé, perto do ribeirão E"umaça. sertos, que Também lhe
servia de refugio a escravos fugidos.
QUIANDEUA (alDundante de quina). Igarapé do Estado do chamam Mocambo. Etym. vocábulo da lingua bunda, si-
lí'

Pará, desagua na margem esq. do rio Capim, entre os igarapés gnificando acampamento ( Capello e Ivens ). Na Bolívia, Repu-
Arraial e Mamourana. blica Argentina e Estado Oriental do Uruguay, tem o vocábulo
Quilombo a significação de bordel (Velarde, Moreno, Sagas-
QUXANDEUA. Lago do Estado do Pará, no mun. de Moca-
^urae;.
juba, nas cal)eceiras do rio Putiry, próximo do logar denomi-
nado Jambú-assú. QUILOMBO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Bezerros
QUIANDUBA. Rio do Estado do Pará, no mun. de
Abaeté. QUILOMBO. Log. no mun. das Duas Barras do Estado do
Rio de Janeiro
QUIARY. Nação indígena do Estado do Amazonas, no rio
Negro (iVraujo Amazonas). Os selvagens também designam pelo QUILOMBO. Log. do Estado do Rio de Janeiro; no dist. de
nome de Quiary áquelle rio. Guarulhos do mun. de Campos. Ha um outro com o mesmo nome
QUIBAANA. Nação indignia do Estado do Amazonas, no no dist. das Dores de Macabii.
rio Juruá (Araujo Amazonas). QUILOMBO. Log. do Districto Federal, na freg. de Jaca-
repagiiá.
QUIBANDÈ. Morro no dist. da Merity do Estado do Rio
de Janeiío. QUILOMBO. Bairro do mun. de Taubaté, no Estado de São
QUIBENGE. Morro do Estado do Rio de Janeiro, próximo Paulo, com duas
eschs. publs. creadas pela Lei n. 101 de 24 de
da margem dir. do rio Estrella e do morro das Neves. setembro de 1892 e Lei n. 378 de 4 de sete.nbro de 1805.

QUIBIBORIAN. Log. no mun. da Labrea, Estado do QUILOMBO. Bairro do mun. de S. Bento do Sapucahy-mi-
Amazonas. rim, no Estado de S. Paulo, com uma eseh. publ. creada pela
Lei n. 101 de 21 de setembro de 1892.
QUICHODÊ. Riacho do Estado do R. G. do Norte, banha o
mun. de Flores e desagua no rio Salgado. QUILOMBO. Bairro do mun. de Villa Bella, no Estado de
S. Paulo, com uma esch. publ. de instr. prim., creada pela
QUICIHAN. Dist. do mun. da Labrea, no Estado do Ama- Lei Prov. n. 8 de 15 de fevereiro de 1885.
zonas, no rio Purús. Orago Santo Antonio e diocese de Manáos.
.í'oi creado parochia pela Lei Provincial n. 479 de 21 de maio QUILOMBO. Pov. no mun. de S. Sebastião do Estado d«
de 1880. Tem escholas. S. Paido. Fabrica-se ahi excellents fumo ( Inf . loc.).
QUICÓ. Log. do Estado da Bahia, sobre o rio Subahé, na es- QUILOMBO. Bairro do mun. de S. Carlos do Pinhal, no
Irada do Pé Leve. Estado de S. Paulo.
40.33 2
. . . .

QUI — 329 — QUI

QtJILOMBO. Pov. do Estado de S. Paulo, no mun. do Cru- QUILOMBO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do rio
zeiro, com uma esch. publ. de instr. prim, creada pela Lei Atibaia corre entre os muns. deste nome, Bragança e Bethlem
;

Prov. 11. 9 de 23 de março de 1S7S. (Azevedo Marques).


QUILOMBO. Dist. do mun de Tres Pontas, no E.íta'lo de QUILOMBO. Ribeirão do Estalo de S. Paulo. aff. da
Minas GM'aes Orago N. S. do Rosario. Foi eivado pela Lei margem dir. do J iquiá. Tem poaco mais ou m^nos 83,3 kils.
Prov. n. 3.086 de tí de dezembro de 1882. Denomina-se hoje d^ extensão, sobre 22"", 2 de largura. Coi're ii duvc ão mais i

Martinho Campos. geral de NO. para SE. no mun. de Iguapé. E' mu to piscoso.
O terreno de suas margens é um barro talcoso mais ou menos
QUILOMBO. .-Vrraial do mun. do Serro, no Estado de Minas silicuso.
Geraes. Drago S. José. Tem eschola.
QUILOMBO. Rio do Estado de S. Paulo; nasce na Serra
QUILOMBO. Arraial no mun. de Juiz de Fóra do Estado Geral e, após um curso de cerca de 12 kils., desag a no laoamar
de Minas Ger:ies. A Lei Prov. n. 3.120 de 18 de o itubro de 1883 do Caneú a NE. de Sant s. E' de pouca pr ifundidade. Recebe
autorisou o presidente do listado a conceder privilegio sem ónus os riachos Morrão, Onça, Jundiahy e Cannavieiras.
algum para o listado a quem construir uma E. de F, entre
esse arraial e a E. de h\ Central çlo Brazil, QUILOMBO. Rio do Esta>lo de S. Paul), banha o mun. de
S. Carlos do Pinhal e desa,'ua no rio Mogy.
QUILOMBO (S.José do). Distr. do Estadode Minas Geraes.
QUILOMBO.
Vide União. Rio do Estado de S. Paulo, aff. da margem
dir. do rio Tietê.
QUILOMBO. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de
QUILOMBO.
G )nçalo da Ponte.
Rio do Estado do Paraná, banha o mun, de
S.
Guaratuba e desagua na baliia dtsie nome. (Inf. loc).
QUILOMBO. Pov. do Est idode Minas G^^raes, no dist. do
QUILOMBO. lUo do Es ado de S-.nta Catharina, banha o
Divino do Carangola. 0.'?goS. Seb istião. Tem uma e^ch. publ.
de inst. priiii.. creada pela Lei Pruv. n. 3.396 de 21 de julho
mun. deS. .Miguel, reune-se com o Tres Riachos no togar deno-

de 1886.
minado José .\ndrade, e vai des guar no rio Biguassú.

QUILOMBO. Log. do Espado de Matto Grosso, no distr. da


QUILOMBO. Vrroio do Estado do R. G. do Sul, alf. da mar-
Cliapa a e mun da capital.
gem esq. do l\dho, no mun. de Jagaarão.
,

QU LOMBO. Esticão da E. de F. da Companhia Uniã •


QUILOMBO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha o
Sorocabana e Ituana, na secção Ituana, no Estado de .São mun da Conceição do .A.rruio e desagua na margi^m esq. do ria
Paulo. Fica entre Mcmte Serrate e Ituicy. Cara há
QUILOMBO. Arroio do Estalo do R,. G. do Sul, aff. da mar
QUILOMBO. Serra do Estado do Rio de Ja eiro, no mun. gem es í , do rio Pardo.
de Cantagailo
QUILOMBO. .\.-roio d. Estado do R. G. do Sul, reune-se
QUILOMBO Morro do Estado de S. Paulo; serviu de divisa com o F^orqueta e junto vão disagu ir iia margem dir. do rio
ao dist. do Paiolinlio. S I
iitaMaria, aff. do rio dos Sinos.
QUILOMBO. Com este nome hi d-us morros no mun, d^ QUILOMBO. .Vrroio do Est ido do R. G. do Sul, aff. da
Cananéa do listado de S, Paulo: um de.iominado Quilombo maryem dir 'lo rio Cahy.
Grande outro Quilo Libo Pequeno. (Inf. Ijc).
QUILOMBO. Ribeirão do Est ido de Minas Ger ies, nasc^ em
QUILOMBO. Mor 'o no mun. de Santos do Estado de Bariiacen i, na s^rra do Q ilombo e des g 1 no rio do Peixe,
1

S. Paulo, na i^ha de S. Vicenie. trib. lio l'ar ihybuna. no mun. de Juiz de Fóra.
QUILJMBO. berrado listado de Minas Geraes, no dist. da QUILOMBO. Rio do Estado de Min is Geraes, banha o mun.
Ventjnia e mun. de Passos. do Curvello e desagua na margem esq. ilo Cipó, alf. do P.iraúna,
QUILOMBO. Serra do listado de Minis Geraes, ao nascente QUILOMBO. Ribeirão do istado de .Min is Geraes, no muu;
do dist. de S. Gon-alj do Ris Preto e mnn. da Diamantina. de .Vlfenas. nas divisas do disi. da S-ri'a N^gra.
QUILOMBO. í-erra e córrego do Estado de Minas Geraes, QUILOMBO. Córrego do iistidod- Minas Geraes, aff. do rio
no mnn. de vyuruicu. Mhseri' ordia, que o é do Quebra \n/.' le ste do riO das Velhas
QUILOMBO. Serra do Estado de Minas Ger.-ies, no mun. de e esie do Pa Mnahyba Banha o mun. ds Araxá.
BaeiM-^niiv- i ni suas fraldas acha-se as.seu te o dist. de S. Sebas- QUILOM_.0. Ribeirão do Estadode Minai Geraes, nasce na
tião da . ic zilhada. serra do Piuoihy e de^a/ua no rio 'ajil tiiig' i

QUILOMBO. Serra do Estado de Goyaz, no mun. de Santa QUILOMBO. Uibeirão do lisiacf de Goyaz, renne-s^ c.im o
Luzia. J icaré. com stenome ntra na margem esq. do' riu da P«lma. ^

QUILOMBO. Ilha do Estado do R. G. do Sul, na foz do rio Pai a aqunll s dous nos vão os córregos da Cachoei.-a ou da
Jacuhy, pi oxim i
das ilhas do Aguiar e de Lages. Poiteira e o das Catingas.

QUILOMBO. Praia na iPia do 'ver ador, situada G na bahia QUILOMBO. Correi-odo 'istado de Goyaz. aff. da margem
de Guanub ra e pertencente ao Dis ricto Federal.
dir. do rio S. Barthilomeu, acima do rio .Mcsqiut i.

QULOMBO. Ribeirão do E=tido da Bahia, banha o mun. QU LOMBO, (borrego do Esta lo de G yaz, banha o mun. de
do Prado e de^aguT na margem esq. do rio do Sul. oito icils. S int Luzia edesagna no rilipirão lo Mon.eiro, aff. do rio Ver le,
'

abaixo do Canudos e 2UQ mei. os acima da caidineira de Baixo. que o édoMuriiili iO (Inf. 1. c Po nie=mo mun. n s fi2'm )

men.'ão de uni ou tro corrê,u'o dess^; n inii', alf. da m gem s:{. i .


QUILOMBO. Pequi^ivi d no do
de Janeiro, Istado i Pvio
do ribeirão .Vlagado.
banha (I nmn. de Saqii rema un rio Palmi tal.
>
e 'I s gu i

QUILOMBO liii.eirão d Estido dt Rio de .lan^iro, banha ^ QUILOMBO. Ribeirão do E-^iado .


ip Mal ti -G. os<(i ali da .

m.a g^em dir. do rio Parag ay E' Iam m doiii minado rio
II m .n. de i'anagailo e desaguii no rio Parahyba; nasce na
Negro
. >

serra da Kiorest i

QUILOMBO. Riachi do Estado do Rio de Janeiro, aff. da


QUILOMBO. Ribei ão do lisiado do .Matl i (iro o. Corre para
o .\rinoÉi.
ma esq. do ribeirão das 1'almeiras, trib. do no SanfAniia.
geiíi
Atr,.vessa i estrada do Cou mercio. QUILOMBO, líilicirão do E.sludo do Ma Ito G o.sso._ alf. cs (.
d 3 rio d'> Casca.no dist. de Sai.t'A iina ila (ihapada .N':isce na
QUILOMBO. Rio do listado do Rio de Janeiro, rega o mun. chaiiada de S.a nt' A nua. recebe o ribeirão da L; goinha, i-ujas
de Iiagnahy e designa no Teixeira, alf. do Guandu. aiiiias V 'em mais possantes com as do Cachocirinha, quo o sou
QUILOMBO. Córrego do Esiad') de S, Paulo, banha a com. ^ribiilario.
de Pirassununga e desagua no ribeirão da Laranja Azeda. QUILOMBO (Banco do) Itaipava do arg ila concreta no rio
QUILOMBO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. do x-io Cuyabá, 10 Kils. abaixo ila cachoeira do Bano; no Estado da
Sorocaba. Matto Grosso.
mco. GEO , 'iZ
. . .

QUI — 330 — UQI

QUILOMBO. Cachoeira no rio Perequeguassú, no mun. de QUINQUmÂOS. Indígenas do Estado de Matto Grosso.
Pavaty e lisiado do Rio de Janeiro. QUINQUIO. Ilha do Estado do Pará, no mun. de Camela.
Q.UIL.0MB3LA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no disl. QUINTA. Log. do Estado do Maranhão, no mun; do Paço
de Macaini do Lumiar.
QUILOMBOLA. Illia pertencente ao Estado e situada na QUINTA. Pov. no dist. da Lagòa Santa e Estado de Minas
bahia de Guanabara, próxima ao porto das Neves. E' também Geraes.
denominada Maxingucra.
QUILOMBOLA. QUINTA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
Ponta de terra no rio Doce, na margem Januaria.
esq. e a uma légua, em frente da foz do rio Preto (Dicv. Gcogr.
da Provií.eia do K, Santo). QUINTA. Uma das estações da E. de F. do Rio Grande a
Bagé, no Estado do R. G. do Sul, entre Rio Grande e Povo Novo.
QUILOMBOLA. Pequeno rio do Estado do E. Santo, afl'. do E' de 3í> classe.
Riaclio.
QUINTA. Riacho do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
QUILOMBOLAS. Córrego do Estado de Minas Geraes, ba- de Januaria e desagua na margem esq. do rio S. Francisco.
nha o mun. de Diamantina e deragua no rio S. Domingos, alf.
do Jequitinlionha. QUINTA. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem dir.
do ribeirão Palmital, trib. do Santa Maria, que o é do rio
QUIMANGAS. (Barreta das). De nenliuma importância é esta Corumbá.
barreta por ser um ligeiro córtó na pedra, a qual se obtém de-
morando a ponta de Serinhaem pi.r 80'^. SO. Neila se en- QUINTA DOS LÁZAROS. Log. do Estado da Bahia, no
contra 20 a 25 palmas de fundo, cascalho grosso e, passando, — mun. da capital. Ahi fica o Asylo de Mendicidade, oreado pela
é para dentro totalmente secco (^'ital do Ullyeira). Fica no Es- Lei Prov. n. 891 de 22 de maio de 18(52, mandado estabelecer nesse
tado de Pernambuco. logar pela de n. 1.335 de 30 de junho de 1873 e inaugura,do em
2J de julho de 1876. Além desse pio estabelecimento notam-se
QUIMBAÇA. Igarapé do Estado do Maranhão, alT. do rio nesse mesmo logar um cemitério e o Hospital dos Lázaros,
Pericuman. destinado a prestar abrigo e soccorros aos indivíduos aflectados
QUIMBIRA. Log. do dist. de Macabú do Estado do Rio de morphéa. O património daquelle estabelecimento consiste no
de Janeiro, sobre o rio e na estrada do seu nome. Esia ultima ediliííio á Boa Viagem, em apjlices geraes e esiadoaes e acções
divide o disl. de N. S. das Dores de Macabú do de Santa Riu de diversas companhias O segundo é mantido por subsidio esia-
da Lagòa de Cima. doal, pro lucto liquido de loterias, foros de terrenos e tapagem
de carneiros e in. umações no cemitério.
QUIMBIRA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
de Santa Maria Magdalena. QUINTA DO SUMIDOURO. Log. no mun. de Santa Luzia
QUIMBIRA. Rio do Estado do Rio de Janeiro, na comarca
do Estado de Minas Geraes. E' também denominadS, Fidalgo.
de Campos; nasce do «Sertão do Quimbira », corre na direc- QUINTALEIRO ITALIANO. Log. do Estado do Goyaz, no
ção mais geral de S. para N. e desagua no rio Imbé. mun. de SanfAnna de Antas,
QUIMBURO Riacho do Estado de Sergipe, no valle do rio QUINTANILHA. Córrego do Estado de Minas Geraes, vem
dests nome e mun. da_ Divina Pastora. do pov. dos Crioulos e desagua na margem esq. do rio das
Mortes. Tem seis kils. de extensão.
QUINAS. Coxilha do Estado do R. G. do Sul ao N. da
Cruz Alta. E' uma ramificação da Coxilha Grande. QUINTÃO. Lagòa do Estado do R. G. do Sul, próxima ás
e Pinheiro, O esgenheiro Camai'go escreve
iagòas Charqueada
QUINAUARINli; (Canòa, na giria Pariqui). Cachoeira no Quintão; em uma carta annexa ao trabalho «Grande canal de
rio Capiicapú, ali', do .iatapú. juncção da Laguna a Porto Alegre», por E, J, de Moraes, lè-se
QUINCOÉ QUINQUÉ.
Riachão do Estado do Ceará,
0!i ivueimão.
banha o mun. de Iguatú
desagua na margem dir. do Trussú,
e
afí'. do rio Jaguariba. O Sr. Senador Pompeu escreve «Cum-
QUINTAS. Log. entre Campo Maior e Therezina, no Estado
do Piauhy. Ahi tem suas cabeceiras o rio Maratauan, aff. do
cué» ou «Quinculé». O nosso modo de escrever é o geralmente
Longá
usado em muitos relatórios.
QUINCOLE. Riacho do Estado do Ceará, nasce no mun.
QUINTAS. Pov. do Estado do R. G. do Norte, no mun. do
Natal. E' logar mui procurado no verão.
do Saboeiro, na serra do Flamengo, e desagua na margem
dir. do Trussú, aff. do rio Jaguaribe. Será o mesmo de cima? QUINTAS. Enseada na costa do Estado dasJAlagòas, entre a
jionta do Patacho e o pontal do Pessòa.
QUINCUNQUA". Sírra do Estado do Ceará, no mun. do
Quixará QUINTILIANO. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff'. da
margem dir. do ribeirão do Agjpito, trib. do rio Vermelho.
QUINDUA. Ponta na embocadura do rio Pericuman, aoS.;
no Estado do Maranhão. QUINTINO. Lagòa do Estado de Minas Geraes, no dist.
d'Abliadia do Pitaní,'uy, nas proximidades do rio Pará. E'
QUINDUMBA. Log. do Estado de Minas Geraes, sobre o também denominada lagòa Grande.
rio Carmo, no airaial da Barra Longa. Ha àhi uma ponte
QUINTO. Serra do Estado do Piauhy, no mun. de Itamaraty.
QuINGUINDÁ. Serra do Estado de Sejgipe, nas divisas (Inf. loc).
do mun. de Simão Dias.
QUINTOS. Morro do Estado do Ceará, no mun. de Aurora.
QUINGONGUE. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
dist. de Cordeiros. QUINTOS. Serra do Estado do R. G. do Norte, no mun. da
Serra Negra.
QUINH AMBINDA, E' este o nome com que vae desaguar
no Inhiuiibupe o rio da Serra, no Estado da Bahia (Inf. loc.) QUINTOS. Rio do Estado do R. G. do Norte, nasce nas
divisas desse Estado com o do Parahyba, reune-se com o Santa
QUINNIMURAS. O illnstrado Ayres do Casal (Clioro- Anna e juntos vão desaguar no Seridó. (Inf. loc).
(ji-aphia llraz., tomo II, pag. 100, edição de 15.33) diz gerem
o=i i) linniniurss (S primeiros
povoadores memoráveis do con- QUINTURARÉ. Rio do Estado do Parahyba do Norte, aflf.

torno da enseada de Todos os Santos; mas, observa Accioli, do Seri lii.

além d:i singularidade de tal proposição, cujiis bases não pude QUINZE. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. esq. do
desciM-iin ii', nota-se dar essa preferencia aos Tobayáras. Simão rio Taquary.
do ^',l-CIIn(('llos.
QUINZE CASAS. Log. á margem esq. do Guaporé Iros
QUINOTUPAQUEN. Rio do Estado do Amazonas, aíl'. da legua^ abaixo de Vizeii outr'ora povoado, mas já não existente
;

margem dir. do Uuraricapará, trib. do Urariquera. (Dos


rio em 1781: no Estado de Matto Grosso. (B. de Melgaço).
trab illiiis da commissão de limites de 1882).
QUINZE DE AGOSTO. Rio do Estado do E. Santo, no Tim-
QUINQUÉ. Vide Quincoé. buhy.
QUI — 331 ~ QUI

QUINZE DE NOVEMBRO. Praça siliiada no Disli-iclo Fe- REGALIBUS. MAXIMIS. IMPENSI3


deral, á beira mar. Neila aoham-se situados diversos edilicios ALOYSIO VASCONCELLO SOIS.E
BRASILI.E. IV. VK KS. RhGIS. OERE^TI
taes como a reparbiçào dos Telegraplios, a Calhedral, «greja do
CUJU3. AlISPIruS. .Í.El'. sr.NT. PERFECTA.
Carmo, Secretafia da Agricultura, Praça do Mercado; Ponte HOr, M iNI.MI.:NTUM.
das barcas da Compa'ihia Ferry uni eleganta clialariz; e a es-
;
PUS*.
tatua do general Ozoiio. O antipo Paço Irniierial Ibi residência TOT TANTISqUE. e.ius. deneficus.
dos vice-reis do listado do Brazil, desde Cionies Freire de An- GRATUS
drade, conde de Bobadella. Sobre o seu pórtico principal lè-se PO PU LOS. SE BASTIANO POLIS.
VI KAL. APRIL.
.

a seguinte inscripção lapidar AiS'N0. M.DOC.LXXX.l.X;.


Reynando ELRKY d. João V. N. S. E na face voltada para a pra^a, em um oval de mármore, lè-se
E SEM)) E C\1.>.1>1 Ci.l nilSTAS (AP.fS E DA. a seguinte estrophe:
DAS M.as G.a; GOMES FU.e DH ANDÍl.a, DO SEO
CON.tl, SAKIl» MAYOK DE B.a DOS SEOS HXEB.WS loNIFERO CURRO POPULUS DU.M P1KEBU3 ADURIT,
AiNO D'MDOCXLin. VasCO.\CELL' S AQUIS K.IECIT URBE SlTIM.
Pliai 'ERETRO PROPERA Er CELI STATIONE RELICTA.
A
:

Cathedral foi, constniida pelos carmelitas calçados pelos lins Prceclaro potius nitere adesse Viro.
do século XVI, ó um templo que não pertence a nmn ordem re-
gular de architectura. Está situada no começo da rua Primeiro Havia tun jardim todo gradeado, que ficava defronte da rua
de Março (antiga rua Direita), 1'azenda esquina com a v\ia Sete Sete de Setembro e inaugurado a 2.5 de março de 1877. E'
de Setembro (antiga rua do Cano) e era ligada ao antigo Paço a Praça Quinze de Novembro percorrida por diversas linhas de
Imperial por um pas=adiço de ferro. A egreja do Carmo lica hoiiãs. I)enominava-se antigamente Praça do Carmo e ainda
junto á Cathedral no começo da rua Primeiro de Março fazendo ultimamente Largo do Paço e Praça D. Pedro 11. Vide Rio
esquina com o becco dos Barbeiros. Sua pedra fundamental foi de Janeiro.
lançada em 1753 e em 1770 ficou concluida a egrejii, l'altan- QUINZE DE NOVEMBRO. Rio do Estado de Santa Ca-
do-llie apenas as torres, que foram terminadas, uma em 1849 e tharina, aíf. da margem dir. do rio do Peixe, trib do Uruguay.
a outra em 1850. Foi reslaurada taiilo externa como interna-
mente, conservando-se porém todas a=: suas notáveis obras de QUINZE DE NOVEMBRO. Porto á margem dir. do Pa-
arte..-v'sua esq. ha um longo corredor descoberto que communica raná, no Esiado de Matto Grosso.
a praça Quinze de Notembro com a rua do Carmo. Um gradil de QUINZE DE SETEMBRO. Log. do Estado de Santa Ca-
ferro cerca o adro. Foi esse gradil inaugurado a 5 de abril de tharina. no mun. de Blumenau, sobre o rio dos Cedros.
1884. Esse gradil é de ferro fundido e fabricado na Capital Fe-
deral. O corpo central é formado por 4 pilastras, ornamentadas QUINZE DE DEZEMBRO. Ribeirão do Estado deS. Paulo
cora painéis no centro, encimadas por capiteis do ordem com-' alT. do rio Dourados.
posita. As duas pilastras centraes são rematadas por dons an jos, QUIO.Igarapé do Estado do Pará, banha a ilha Marajó e
em posição de adoração, e as dos lados por candelabros de cinco desagua na margem dir. do rio Camará. Tem uma cachoeira
lampeões cada um. O portão principal é de dous batentes, que impede a navegação, ainda de pequenas embarcações.
formado ]ior painéis e folhagem do estylo Ranaissanre, desta- QUIPAPA'. Villa e mun. do Estado de Pernambuco, na com.
cando-se do centro dos painéis uma coroa de folhas de louro,
de Panellas, em uma pequena elevação, á margem dos rios Pi-
encimada por uma coroa real, tendo no centro um emblema rangy e Quipapá. « O mun., diz o Sr. Pereira da Costa, tem
allusivo á Santa Thereza de Jesus, a matriarcha, reformadora
por séde a viUa do mesmo nome, situada ao sul da villa das
da ordem do Carmello. O machinismo dos fechos du portão fica
Panellas, em uma larga chapada no alti de um morro que
ocoulto por um contra-halente. A imposta e bandeira, que re-
dá par.a os valles dos rios Pirangy e Quipapá, e na confl. dos
matam o portão, são também do estylo llenaissancc, tendo no mesmos: tem approximadamente tuna área de 120 ms. qua-
centro as armas do Carmello, sobre as quaes avultam uma cus-
drados, e apresenta uma perspectiva bella e agradável: edilica
todia com relevos artisticos de gosto. 0,3 dous portões lafceraoa
cão sollVivel, egreja matriz, cemitério com capella de S. Sebastião,
egualmente são do estylo Renaissancc. tendo no centro dous pai^
eschs. piibls., agencia do correio, etc. A zona do mun. é quasi
neis que os ornam o o emblema do Monte Carmello, e são ter-
toda accidentada e cortada em todas as direcções por grandes ri-
minados por impostas e bandeiras ornamentadas. Os corpos
beiros e córregos, e as encosias e valles do suas serras são de
lateraes são preenchidos por gradil de ferro fundido, com pai-
muita fertilidade em todos os ramos de cultura. O algodão e a
néis. O sôcco é formado por florões circulares e grega na parte
canna são os principaes géneros de cultura, sendo a ultima em-
superior do gradil, que é dividido por columnas qnadradas. Nos
pregada no fabrico de rapaduras em ma:s de 100 engenhos em
ângulos licam duas pilastras com iampeões. que como os outros cultiva-se também a mandioca, milho, feijão e
todo o mun.
são illnminados por gaz, A pintura de todo o gradil linge aço,
;

outros géneros, achando-se já bem adiantada a cultura do café e


com ornamentações de ouro íino. « Na igreja do Carmo, diz
do trigo. Graç.is á fertilidade da zona, que o mun. occupa, tudo
Porto Alegre, ha dous portões de um trabalho exquisitissimo, e
alli ))roduz admiravelmente; a canna de as^ucar chega a pro-
o que deita para o becco dos barijeiros, é uma obra maravilhosa
duzir de 18 aunos sem soIVrer replante, e o algodão nttinge a G,
naquelle estylo impossível será que o cinzel do sculplor possa
de constante producção. A cultura do fumo é muito ilesenvolvida,
:

talhar o mármore com maior morbidez e graça do que alli se


principalmente nos ligares apropriados ao seu planlio, notan-
acham. Estas duas portas seriam consideradas como dous nio-
do-se pela sua oxcellente qualidade o liom preparo os de Mo-
numentos perfeitíssimos da arte borroniinica em toda a sua
qu^m. Luz. Queimadas e Jurema, que são vendidos no Rpcile,
pompa em qualquer jiarte da Europa.» O edilicio fm que func-
ciona o Ministério da Agricultura, acha-se isolado, ttndo duas
como de Garanhuns. A villa de Quipapá lica a 2)1 kils. du ca-
pital e a 39 da estacão do Mayaral do prolongamento da K d.' l'\
entrada^ principaes, uma das quaes voltada para o mar é um
.

do S. Francisco». O mun. é regado pelos rios Pirangy. (^ii|i:ip;'i.


;

edilicio elegante e de grandes proporções. O chafariz repres nla


.Vrèas. Cocai, Anhumas, Boi, Gravata, Taquara e aUMins mitrns.
uma torreou prisma terminado por umapyramide; nesta existe Nelle flcam as serras Pelhiila, do Canzil e os mont>'S do Turco e
uma espliera armillar com as armas brazileiras sobrepostas, Boa Vista. Sua egreja matriz tem a invDca.ção d.^ N. S. il.a
executadas em metal. Na face, voltada i)ara o mar, observam-se
Conceição e deiiende da diocese de Olinda. Foi creada parocliia
as armas do vice-rei Luiz de Vasconcellos e Souza, trabalhadas
pe'o art. I da Lei Prov. n. 432 de ^3 d(- junho do 1857: transfe-
em mármore, tendo em baixo a seguinte inscripção lapitlar. rida sua séde para a povoação de Paiicdas pelo art. 11 da de
n. .50S de 29 de maio de ISiil incdrporada an termo do Bonito
:

MARIA. PRIMA.
pelo art. II da de n. (jUi de 9 de maio de 18 Em virlude do
i.").

rORTUfiALLl.K. HKGINA. ser ma-


,art. 11 da de n. 701 de 2 de junho de IStiG continuou a
PIA . O P TI M A . A U I'STA
H. \AVIBUS. IN.
i

TURRAM. FAfTO. EXSfENSU triz dessa freg. aquellaque era em 18()l, passando a egreja qiio
RRCIPROCANTIS. AESTUS. I.NFRACTO. IMPETU. existia em Panellas a constituir uma parochia separada. Foi in-
INGENTI. MOLE. corporada ao termo de Caruarii e desmembrada do do lionito
CONSTRCCTIS. PUBl.Ii-'H. SEDII.IliUS. pela Lei Prov. n. 720 de 20 de maio de
18i')7; incorpo-ada ao
FORO, FONTK. IMMIÍTATIS.
ET
termo de S. Bento pela de n. 827 do 2i de maio de 18ii8, e ao
mun. de Panell is i>elo art. II da de n. 919 de 18 de maio de
IN A.NGUSTIOREM. ET. COMMODIORRM. FORMAM.
1870. Foi elevada á villa pela Lei Prov. n. 1102 de 12
do maio
KBDACTIS,
. —

QUI - 332 — QUI

de 1879. No mnn. iicam as povs. e logarejos seguintes; S. Be- QUISANGa. Serra do Estado da Bahia, no limite meri-
nedicto, Pau Ferro. Queimadas, Jurema, Poço Comprido, Azei- dional do dist. do Bom Despacho.
tona, Meninos, Cinza, Larangeira, Esliva, Santa Rosa, Brejiniio
de Areia, Imbii'ib?ira, Agua Branca, Cavadas, Jacii, sierrinha.
QUISONGO. Serra do Estado de Sergipe, no mun. de
Itabaiana.
Serra Grande, Cabeça d'Anta, Canto Escuro, Serra Verde,
Canzil, Mangue, Timbó, Chã, Cascudo e diversos ouiros. Tem QTJISSAMAN. Dist. do Estado do Rio de Janeiro, ko mun.
uma. estação do prolongamento da E. de P. do S. Francisco, a de Macahé. Em seu território, que é geralmente plano, encon-
qual Ibi inaugurada a 15 janeiro de 1885- Sobre suas divisas tram-se ora campinas naturaes. ora brejos, e nunia grande ex-
vide, entre outras, as Leis Provs. n. 442 de 2 de junho de 1857, tensão restingas ou areaes. onde cresce uma vegetação rasteira
n. 4(34 de 2 maio de 1859 n. 701 de 2 de junho de 1866.
;
e mediana. Esta éa região destinada á criação de gado. Cami-
nliando-se para o interior, o terreno vai-se tornando mais acci-
QUIPAPA'. Eslação do prolongamento da E. de F. do Re-
cife ao S. Francisco, no Estado de Pernambuco, distante 721^6^3
dentadoe o solo mais argillos jdo c[uenas restingas. E" banhado —
pelos rios Macabii, Carrapatos e ah uns outros que formam o
de Palmares, 13's6G0 de S. Banedioto e i2's280 de Agua Branca.
Fica a 427"i,473 de altitude. Foi inaugurada a 15 de janeiro
denominado Furado. Nelle lica também a lagòa Feia. A la- —
voura principal é a da canna de assucar, possuindo o dist.
de 1885,
talvez o primeiro engenho central do Brazil. Possue campos
QUIPAPA". Riacho do Estado de Pernambuco, aff'. do Pi- como os denominados: Capivary, Furado, Tatti e Jagroaba,
rangy. Nasce no logar Amolar e tem um curso de 12 kils. aptos para agricultura. A industria consista na fabricação cie
QUIPARY. Lagòa do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de farinha lie mandioca, quejos, manteiga, e doces, principalmente
S. João da Barra. goiabada tem algumas serrarias a vapor.
; —
O dist. é cortado
pelas estradas de ferro Barão de Araruama, Macahé e Campos
QUIR.A.-PARANA'. Rio do Estado do Pará, na ilha Ma- e linalmente pela E. de F. do Engenho, Central de Quissaraan,
rajó :banba o mun. de Ponta de Pedras e desagua na margem que percorre o dist. na extensão de 35 kils. Possua ainda o
dir. do rio iMarajó-as3Ú ou Pororoca. (Inf. loc).
dist. boas estradas de rodagem e o canal de Campos a Macahé.
QUIRAU'. Ilha do Estado do Pará, no mun. da capital. O dist. tem communicação c m Campos, Jlacahé, Santa Maria
Também escrevem Cairaú. Magdalena e Rio de Janeiro pelo porto de Imbetiba e pelo
QUIRIA'. Riacho do Estado do Amazonas desagua na ramal férreo do Rio Bonito. — O dist. dista, pela E. de F. do
margem esq. do Solimões acima do rio Içá, entre os riachos
:
Engenho Central. 16 kils. da estação do Entroncamento da E.
de F. Macahé e Campos 64 kils. de Macahé 63 de Campos
Xomana e Suacá. ; ;

61 da estação do Triumpho ;e tre.i kils. do Engenho Central.


;

QUIRICÓ-GRANDE. Rio do Estado da Bahia, banha os Possue uma boa egreja matriz, muito decente, de sciida e antiga
muns. de Alagoinhas e do Catú e desagua no rio Pojuca. construcção tr?s cemitérios, um publico e dous particulares,
;

QUIRICÓ-MIRIM. Rio do Estado da Bahia; nasce ao pé sendo um pertencente á irmandade de N. S. do Rosario e outro
da serra denominada Maria de Brito, distante de Alagoinhas á familia Carneiro da Silva ;
diversas casas de goíto moderno
18 kds. corta este mun. e o do Catú e desagua no rio Pojuca. e um grandioso engenho central. —Sobre a fundação dessa freg.
Recebe os riachos Gamelleira, Fortuna eLobo. diz José Carneiro da Silva, depois 1° Visconde de Araruama :

« Em julho de 1694 foi fundada a capella de N. S. do Desterro,


QUIRIMIRY. Rio do Estado do Amazonas, no mun. de
na ilha do Furado (hoje pertencente ao mun. de Campos) pelo
Itacoaiiara.
capitão Luiz de Barcellos Machado, o qual alcançou do Bispo
QUIRINO. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. do do líio de Janeiro que a erigisse em cap°llania curada, tendo á
Desengano e mun. de Valença, na E. ue F. que do Desengano sua obediência todos os povos de Macahé. O ale lide-mór Caetano
vai áquella cidade. E' banhada pelo ribeirão do seu nome. de Barcellos Machado, neto do diio, mudando a fazenda para
Agencia do correio, creada pela Portaria de 31 de março de 188ij. Capivary (á margem da lagòa Feia) ahi fundou nova cap dlania
Tem uma eschola. no anno de 1732 com a mesma prerogativa, até que em 1749 foi
QUIRINO. Serra do Pastado do Parahyba do Norte, no mun. erecta freg.» Tendo-se arruinado essa matriz, o brigadeiro José
do Itabaiana do Pilar. Caetano de Barcellos Coitinho mandou edificar a actual em
1805. tendo ficado prorapta em 1815 debaixo da direcção do
QUIRINO. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Breves, 1" Barão de Ururahye 1" Visconde de Araruama, sobrinhos e
próximo do rio Jaburu. herdeiros daquelle brigadeiro, continuando a conservação da
QUIRINO. Riacho do Estado de Sergipe, afl'. do rio Vasa matriz a ser feita pela fami lia Carneiro da Silva, descendente do
Barris Visconde de Araruama — Dizem que o nome de Quissaman vem
QUIRINO. Arroio do Estado doR. G. do Sul de um negro africano, da nação Quissaman, que fòra encon-
; vai para o
rio Maratá, Irib. do Cahy.
trado pelos fundadores desse dist. quanrlo ahi foram estabe-
leoer-se. —O dist. tem duas eschs. publs. de inst. prim. Agencia
QUIRINO.
mun. de Paracatú
Ribeirão do Esta lo de Minas Geraes, banha o —
do correio. Comprehende os logares denominados Furado, :

e desagua no rio deste nome, abaixo da foz do Canto de Santo Antonio, Carmo, Venda Nova e Entroncamento.
Santa Thereza. O Rei. da repartição de Estatística e Saint Adolphe dão essa
QUIRINOS. Bairro do mun. de Dous Córregos, no Estado freg. creada por Alvará de 1.2 de janeiro de 1755, Engeiího
de S. Paulo, com eschola. Central de Quissaman. E' o primeiro estabelecimento deste gé-
nero construido no Brazil por iniciativa da familia Araruama.
QUIRINQQINDIM. Riacho do Estado de Sergip?, aff. da Contém 16 fazendas de canna, prosperas e bera cultivadas. Este
margem dir. do rio S. Francisco, no mun, de Villa Nova.
estabelecimento industrial móe diariamente cerca de 500 tone-
QUIRIRIM. Estação da E. de F. Central do Brazil, no Estado ladas de canna produzindo annualmente cerca de 2.500 toneladas
de S. Paulo, entre CaçapDva e Taubaté. Foi aberta ao trafpgo a de assucar e 1.700 pipas de aguardent; «Freg. de N. S. do
.

15 de julho de 188(3. A zona em que se acha essa estação contém Desterro de Quissaman. Teve origem na capella que na ilha do
importantes lavouras de café e cereaes. devendo para alli con- Furado edificou Luiz de Barcellos Machado, íi ho de João de
vergir todos esses produotos. Barcellos. em 1694. Pelo bispo Alarcão foi ella erecta em freg.
curada. Mudando pnrém Caetano de Bircellos, neto d' João de
QUIRIRIM. Ribeirão do Estado de S. Paulo, aff. da
Barcellos, a fazenda para Quissaman, alli levantou outra ca-
margem do rio Parahyba do Sul. Corre na direcção mais
dir.
pella em 1732, e com Hcença do bispo frei Antonio de Guadelupe,
gorai de S. pira N., entro os muns. de Caçapava e Taubatá.
para ella transferiu as imagens da capella da ilha do Furado,
Recebe o Piracaugauá.
A nova capella tornou-se séde da freg. om 1755. Os antigos
QUIRIRíM. Rio do Estaco de S. Paulo; nasce da cordi- moradores dessa zona eram Índios Puris. Em 1631 Miguel
lheira maritima, rega o mun. de ijbal\iba e desagua no mar. Ayres Maldonado obteve nessa zona uma vasto sesmaria de
Knconlra-se também escripto Quirtrij. campos conhecidos pelos nomes de (,)uissaman e Capivary».
QUIRY. Pov. do Estado do R. G. do Norle, no mun. do QUISSAMAN. Log. no mun. de Petrópolis do Estado do
Ceará-mirim, com capella. Rio de Janeiro, com eschola.
QUTSANGA. Riacho do Estado das Alagoas. Banha o mun. QUISSAMAN. Estação da E. de F. de Cantagallo, no
de Villa Viçosa no Parahyba.
e de.sagua Estado do Rio de Janeiro, distante 224"342 de Nyterõi. Della
.

QUI — 333 — QUI

parte a E. de P. Araruama e por ella passa a E. de F. de QUITÉRIA. Morro a O. da cidade de Santa Luzia, no
Imbitiba a Campos. Estado de Minas Geraes. Ha crença de que existem nelle the~
souros occultos e de difficil extracção.
QUISSAMAN. MoiTO do Estado do Rio do Janeiro, no
es-mun. de Iiaboraby. QUITÉRIA (Santa). Serra do Estado de Minas Geraes, nas
divisas do dist. de Santo Antonio do Bacalháo.
QUITANDINHA. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no
mun. da Eslrella. QUITÉRIA (Santa). Igarapé do Estado do Pará, no dist.
QUITAUAU. Rio do Estado do Amazonas, aff. da margem de Caraparú e mun. da capital.
esq. do Brunco, trib. do Negro. Nascs na serra da Lua,. QUITÉRIA (Santa). Ribeirão do Estado de São Paulo,
QUITEBAS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
banha mun. de Batataes e desagua no rio Pardo.
o

Serinliaem. QUITÉRIA (Santa). Pequeno rio do Estado de Minas Gs-


raes, aft'. do rio S. Lourenço, que o é do Itamarandiba.
QUITiiiNDE. Riacho do Estado de Sergipe, aíf. do rio Vasa
Barris. QUITÉRIA (Santa). Ribeirão do Estado de Minas Geraes,
QUITÉRIA (Santa). Villa e mun. do Estado do Ceará, na aff'. do rio Paraopeba
com. do Tamboril, a 12) kils. do Sobral, 78 de Aracaty-assii, QUITÉRIA (Santa). Córrego do Estado de Minas Geraes,
1.50 de S, Francisco de Uruijuretama e de Canindé, 210 de Qui- aff.da margem dir. do rio Extrema, que é tributário do Ita-
xeramobim e 90 de Ipíi e do Taiiíboril, na margem esq. do rio cambirussú.
Jaciifutú, a 18 kils. de sua cabeceira e 107 da sua fuz. O solo
da villa é desegiial, accidentado, aberto em taboleiros e atraves-
QUITÉRIA (Santa). Ribeirão do Estado de Minas Geraes,
afl'. do rio Claro, que o é do Sapucahy. Banha o mun. do
sado por serro es pedregosos. O mun. é regado pelos rios Groa-
Carmo do Rio Claro. Recebe os córregos Contendas e Morro
I

liyras, Jacurutii, Micacos e por diversas tribs, destes; e é


atravessado pelas serras das Mattas, do Salitre, Branca, Picada,
Cavado.
Ciinbâes, Lucas, Imburanas, Jatobá, Entre-Montos, Penedo, QUITÉRIA (Santa). Rio do Estada de Matto Grosso, no
Cobras e diversas outras. Criação de gado. Cultura de legumes e mun. de Saat'.\nna do Paranahyba. Recebe o córrego da
algodão. Industria de cortumes de couro ou pelles, da extracção Gapueira.
da borracha de manii;oba, etc. Foi creada parochia pelo L'ec. QUITÉRIA (Santa). O primeiro dos afts. á margem dir. do
de 22 de março de 1823. Transferida a sede da matriz com a sua formação, acima do riacho do Pantano
Paraná, depois de
mesma invocação para a capella de SanfAnna, na Barra do e do salto de Urubupungá.
Macaco, pela Lei Prov. n. -i5i de 31 de julho de Í84S. E evada
á categoria de villa pela de n. 782 de 27 de agosto de 185(5. QUITÉRIA (Santa). Porto no mun. de S. Bernardo do Es-
Incorporada á com. do Tamboril pela Lei Prov. n. 1.551 de 4 de tado do Maranhão, no rio Parnahyba.
setembro de 1873 e Lei n. 323 de 1 de setembro de 1806. Tor- QUITINDUBA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
mou-se sede desta ultima com. pela de n. 1.814 de 22 de janeiro de Serinliaem.
de 1879. Coraprehende os povs. de Entre Rios, Riacho dos Gui-
marães, Vidio, Cajazeiras e Imburanas. Tem duas esclis. pubis. QUITIBA. Pov. do Estado das Alagoas, na margem esq.
de iiist. prim. e agencia do correio. Sobre suas divisas, vide: do no S. Francisco (Halfeld). Defronte da Saúde, margem
Lei Prov. n. 224 de 4 de janeiro ile 1841 661 de 29 de setembro fronteira do rio, está a pequena ilha da Quitnba e logo depois
a da Sombombira » (De Villa Xoca a Paulo Àffònso por Valle
;

de 1834 704 de 31 de julho de 1855 1.617 de 2 de setembro de


; ;

1874 1.900 de 16 de agosto de 188LI e 2.003 de .30 de agosto de Cabral. (}az. de Notioias de 29 de novembro de 1888) Halfeld
;

1882. Neste mun. nasceu a 9 de junho de 1818 o P. Dr. Tho- (Relat. cit., pag. 240) escreve Sangombira.
maz Pompeu de Souza Brazil, que falleceu na cidade da Forta- QUITIMBÚ. Riacho do Estado de Pernambuco ; sM-ve de
ItZJ. a 7 de setembro de 1877. Limita-se com os muns. de limite aos dists. do Buique e Ingazeira.
Quixeramobin, Sobral, Tamboril, Canindé e Ipú. Tem 11.000
QUITITE. Rio do Districto Federal ; nasce no logar João
habiiautes.
Figueira, banha o dist. de Jacarepaguá e desagua na lagòa
QUITÉRIA Dist. do Estado de Minas Gerais, no
(Santa). deste nome.
mun. de Sabará Tem
duas eschs. pubis. de inst. prim.
:

Agencia do correio. Sobre suas divisas vide, eutre outra-;, as QUITOOO. Pequeno rio do Estado do Rio de Janeiro des- ;

Leis Provs. n. 522 de ÃS de setembro de 1831, n. 2.626 de 7 de agua na bahia deste nome e banha o ex-mun. da Estrella.
janeira de 188iJ e n. 3.276 de 30 de outubro de 1884. Foi creado QUITUMBA. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
l'reg. por Dec. de 14 de julho de 1832. de Angra dos Reis e dist. da Conceição da Ribeira.
QUITÉRIA. Log. do Estado do Pará, no mun. de Vizeu ;
QUITUMBE. Morro do Estado do Paraná, no mun. de
com luna esch. publica. Guarakessava.
QUITÉRIA (Santa). Pov. do Eslado do Maranhão, no mun. QUITUNDE. Cidade e mun. do Estado das Alagoas, termo
de S. Bernardo, com uma esch. publ. de inst. prim., na margem da com. do Camaragibe, á margem dir. do rio Santo Antonio
esq. do Parnohyb i. Pórma um porto no rio Parnahyba. Agencia Grande, em terreno baixo, plano, cercado de várzeas e pânta-
do correio, crea^la.pela Poi'taria de 11 de agosto de 1885. nos. As ruas são largas, arejadas e regularmente alinhadas,
QUITÉRIA (Santa). Pov. do Estado do C^-ará, no mun. de contando-Stí nellas cerca de 500 casas, em geral bem construídas
e de agradável aspecto a matriz, uma casa de mercado publico
Independência, com uma capella da invocação de N. S. da :

e trapiches para recolhimento e deposito de géneros destinados


Conceição. Foi elevada á dist. pela Lei Prov. n. 2.011 de 6 de
setembro de 1882. ao embarque. Orca por 2500 aproximadamente o numero de
seus habitantes. O território do mun. é em geral alto, acciden-
QUITÉRIA (Santa). Era o nome de um dos núcleos exis- t;ido por coUinas, montes e várzeas, banhadas por vertentes e
tentes na ex-colonia Sinimbu, no Estado do Paraná. Na ex- córregos, que fecundam os terrenos, sendo porém baixa e plana
colonia Octávio havia um núcleo de egual denominação. toda a área compreliendida entre a cidade e o littoral marítimo
QUITÉRIA Um e os terrenos próximos á margem do Getiluba, desde a foz deste
(Santa). dos quarteirões da parochia de
Curytiba, no Estado do Paraná, rio até ao engenho S. Salvador. No litt n^al, e ]>rinciiialmeute na
,
cidade, reinam febres de caracter ondeiuico, attribuindo-se goral-
QUITÉRIA (San.ta). Pov. do Estado do Paraná, no mun. me,nte'est facto aos pântanos que circunulam a citlade, e cujas
>

de Castro. emanações iniasmalicas são levad.is de encontro a ella peias


QUITÉRIA Pov. do Estado de Minas Geraes, dis- brisas de noroesie, que são consi antes pelo verão, durante as
tante c^Toa de lâ
('Santa).
kils, do dist. de S. Braz do Suassuhy do noites p pelas manhãs. —
Empório commercial o mais iiu; ortante
termo de Entre Rios. Tem umas 15 casas e uma capellinlia. do norte do Estado, no mercado da cidade de S. Luiz oníram
annualmento para mais de cem mil saocos com assucar, que
QUITÉRIA (Santa). Pov, do dist. de Mattosinhos de Con- nelle mesmo acham comprador s a preços vantajosos, e são
gonhas do Campo, mun. de Queluz e Estado de Min a Geraes. .

exportados em barcaças^ para as praças de Maceió c do Recife.


QUITÉRIA (Santa). Serra do Estado de Pernambuco, no Bòas casas de negocio sao alli estalielecidas com fazendas, mo-
mun. de Buique. lhados, ferragens, miudezas, etc, pelas quaes se faz lambem a
.

QUI — 334 ~ QUI

exportação de niadeií-as, algodão e outros géneros. A industria converta-S3 o Quixadá em grande empório dos sertões do s il
ainda é rotineira e ati-asada. —
A maioi- forca de pfodncção e do Estado. Actualmente é pequena a cidade, mas florescente.
riqueza do mun. consiste mo trabalho agricola. V;".stas plnnta- A Lei Prov. n. 2.107 de 28 de novembro de 1885 elevou-a
çôes de cannas e grande numero de engenhos de faljriear á categoria di comarca. « A cidade do Quixadá, situada
as^ucar alli existem. Cultiva-se lambem o alg odão, a mandioca, a 4" 51' 24" de latitude sul e 41° 25' 55" de longitude oeste do
feijão, milho, etc. No littoral, principalmente na pov. da Bana meridiano de Pariz, é um ponto importante e notável, não só
do Santo Antonio, o cultivo do coqueiro produz eguilmente uma pela salubridade do sei clima, aconselhado a todas ;is enfer-
boa fonte de receita. —
Orago S. Luiz. Foi creada villa pela Lei midades das vias respiratórias, como per ser o empório do
Prov. n. 815 de 23 de junho de 1879. Comprehende os seguintes commercio de todo o sul do Estado. Foi ahi o local escolhi-
povs.; Paripueir.is, Raiz, Freoheiras, Urucú e Santo Antonio do para o estabelecimento de uma grande barragem no Sitia,
Grande. Tem duas eschs. publs. de inst. primaria. Sobre suas com a capacidade de 100.000.000 metros cúbicos de agua e um
divisas vide: Lei Prov. n.869 de 22 de junlio de 1882 e Dec. regular systema de irrigação para uma extensa área.»
n. 19 de 19 de maio de 1890. Agencia do correio. Foi elevada á
cidade pela Lei n. 1.5 de 1(3 de maio de 1892.
QUIXADÁ. Estação da E. de P de Baturité, no Estado do
Ceará. Foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1891. Está
QUITUNDE. Riacho do Estado de Sergipe, aff. do rio Real. situada na cidade do mesmo nome, á margem da ravina Sitiá.
QUITUNGO. Pov. do Estado da Bahia, no termo de Ma- Exporta todos os productos do centro do sul do Estado, por ser
tambím Quitongo. presentemente, o empório daquella zona. A sua renda média
rahú. Encontra-se escripto
annual pode ser calculada em 60:000.5, sendo 20:000$ de viajan-
QUITUNGO. Rio do Estado da Bahia, no mun. de Marahú. tes e 40:0)0:? de cargas. Fica aos 4"^ 51' 3 1" de Lat. S. e 4lii 25'
Em sua entrada ha, no logar Zumbi, um pequeno morro de 55" de IjOQg. O. de Pariz.
pedras muito resistentes.
QUIXARA. Villa e mun. do Estado do Ceará, banhada pelo
QUITUNGO. Lag ja do Estado da Bahia, no mun. de Bel- rio Cariú, 48 kils. distante de Assará e a 72 de S. Matheus
monte. e do Grato. Foi elevada á dist. pela Lei Prov. n. 2.042 de 6 de
QUIUINI. B.io do Estado do Amazonas, na margem dir. do novembro de 1883 e á villa por Dec. n. 82 de 13 de outubro de
rio Negro, no distr. da Mariuá, entre o rio Cunimateú e o ribeiro 1890 installada em 15 de novembi'o do mesmo anno. Lavoura
;

Aratahi. Nasce próximo ao lago Codajaz ( Araujo Amazonas). de íumo, algodão e cereaes. O mun. é regado pelos rios Cariú,
Baena escreve «Quiuiiii»; o Dr. A. R. Ferreira, Quiuni e Souza :
Contendas, Mineiro, S. Romão, Barriga o Riacho da Roca.
Coelho ( Relat. cit.) Quiilini. Comprehende o dist do Barreiro. Tem duas e.schs. publs. de
inst. primaria. Em 1890 a sua pop. era de 3,012 habs. Limi-
QUIVE. Riacho do Estado do Amazonas; desagua na margem ta-se com os muns. de S. Matheus, Sant'Anna do Cariry, Vár-
esq. do rio Içá enire os riachos Mamoré e Lacaidii Araujo ( zea Alegre e Assaré.
Amazonas).
QUIXELO. Dist. do Estado e diocese do Ceará, no mun. de
QUIXABA. Log. do Estado do R. G. do Norte, na parte da Orago Senhor Bom Jesus. Foi creado parochia pela Lei
Igatii.
costa comprehendida entre o cabo de S. Roque e a ponta do Prov n. 1.429 de 14 de setembro de 1871. Tem duas eschs. publs.
Calcanhar. Vide Baixa de Quixaba. de inst. primaria. Sobre suas divisas vide: Lei Prov. n. 1.475
QUIXABA. Log, do Estado de Pernambuco, no mun de de 3 de dezembro de 1872. Foi elevada á villa pelo Dec n. 101
Flores. de 9 de dezembro de 1890 e rebaixada dessa categoria pelo Dec.
n. 8 A de 11 de março de 1892. Havia sido installada villa em
QUIXABA. Pov. do Estado da Bahia, distante GO kils. da 5 de fevereiro de 1891. O dist. ahi creado foi supprimido pelo
villa do Brejinho, com criação de gado.
Dec. n. 26 de 4 de maio de 1892.
QUIXABA. Serra do Estado do Ceará, no mun. de São
QUIXERAMOBIM. Cidade e mun. do Estado do Ceará,
Francisco.
séde da com. do seu nome, no centro do Estado, banhada pelo
QUIXABA. Serra do Estado do Parahyba do Norte. Sérvio rio do seu nome, atT. do Banabuibú, que o é do Jaguaribe. com
de divisa entre os dists. da cidade do Souza e N. S. do Rosario uma estação daE. do F. de Baturité. Orago Santo Autouio
de S. João. e diocese do Ceará. Foi creada freg. por Provisão do visitador

QUIXABA. Ponta no littoral do mun. de Touros, no Es- Manoel de Jesus Maria de 15 de novembro de 1855, villa por
tado do R. G. do Norte. E' também denominada do Calcanhar. Dec. de 13 de junho de 1789, cidade pela Lei Prov. n. 77) de
( Inf. loc). 14 de agosto de 1S56. E' com, de primeira entr.. creada e cia,--
silicada pela Res. do conselho .-Kiniinistrativo d^ 6 de maio de
QUIXABA. Riacho do Eslado do R. G. do Norte, naso3 na 1833 eUecrs. ns. 687 de 26 de julho de 1850 e 5.195 de 11 de
serra Verde, banha o mun. do Trahiry e desagua no rio deste janeiro de 1873. Sobre suas divi-as vide: art. I díi Lei Prov
nome, no logar Barra Velha. (Inf. loc). n. 317 de 1 de agosto de 184 1; n. 832 de 22 d^ setembro de
QUIXABA. Rio do Estado de Pernambuco, afl". da margem 1857 ; n. 937 do io de agosto de 1860: n. 1.167 de 8 de agosto
dir. do Garanhumzinlio e 1 169 de 17 d" agosto, ambas de 1865 n
. 1 893 de 2 de janeiro
; . .

de 1871; n. 1.4,i0"de 16 de dezembro de 1872; n. 1.633 de 15 de


QUIXABA. Cachoeira situada no rio S. Francisco, prox ima setembro de 1874 ;n. 1.900 de 16 de agosto de 1880 n. 1.9(56 ;

ás cachoeiras denominadas Brandão e Flores.


de 17 de julho de 1882. (Comprehende os povs. de Belém o Satiá
QUIXABINHA. Log. no mun. de Milagres do Estado d° ou Sitiá. A pop. da cnm., em 18J2, era de 4). 809 habs. e a
Ceará, coju terras seccas, mas férteis pelos açudes feitos pelo'' do mun. de 14. ('OO habs. Conlina cnm os muns. de (Quixadá,
proprietários. No tempo da secca, seccaram os açudes, rcorrendo Morada Nova, Boa Viagem, Pedra Branca, Cachoeira e Ben-
as arvores fructiferas e cannaviaes. Cria-se ahi gado. jamin Constant. E' percorrido pelas serras Saiita Maria e
QUIXABINHA. Praia na ilha Fernando Machado.
de Noronha.
QUIXADA. Cidade e mun. do Estado do Ceará, situada om
QUIXERAMOBIM. Rio do Estado do Ceará: aíf. do Ba-
nabuihii. Nasce no massiço de serras ao O. do Estado nos
bella planice de onde surgem enormes rochas massiças que dão
ternT s de (íuixeramídiim e Mombaça; recebe o Boa Viagem, o
á região um aspecto dos mais interessantes : com clima saluber-
rimo banhada pelo rio Sitia ou Saiiá, distante 50 kils. de Quixe- Machado e outros correntí's que descem da serra de Santa Rita.
;

ramoliim, aos 4» e 17' de Lat. S. Orago Jesns Maria José e diocese


Banha a cidade de Quiíírramnbim e 60 kils. abaixo engrossa
o Banabuihti depois de um curso rf^ mais de ISO kils. Uega
do Ceará. Foi cre:ida freg. do lermo de Quixeramobim polo
o sertão do Geará, mais rico em pastagens o criação.
art. III da Lei Prov. n. 1.305dp 5de novembro de 18G9 elevada :

á categoria de villa p?lo art. Idaden. 1.317 de 27 de outubro QUIXERE'. Braço que o v.o Jaguaribe deita da st e com o
de 1870 e á de cidade pela den. 2.10(3 de 17 de agosto de 18S9. qual vai encontrar-se dahi a 42 kils. Pórma com o rio uma
Comprehende o dist. de S. Francisco da Califórnia. ?obre suas ilha. onde lica a cidade do Limoeiro ; no Eslado do Ceará.
divisas vide: art. IV da Lei Prov. n. l .305 de 5 de novembro de
1869, n. 1.929 de 2 de outubro de 1880, Decs. ns. 69 de 13 de QUIXERE'. Rio do Estado do R. G. do iXorte, aff. do rio
setembro de 1890 e 192 de 3 de junho de 1891, As densas pastagens Sabogy . entre Seridóe Serra Negra.
que possue, sua temperatura agradabilíssima, suas lagoas magni- QUIXERE'. Lngòa do Estado do R. G. do Norte, no mun.
ficas, tudo concorre para que, com a estrada de ferro de Baturité. do Assii. E' pequena mas abundante de peixe saborosíssimo.
. .

RAB 335 RAI

QUIXOA. Lagôa do Estado do Coará, no miin. de Igatú. RABO TESO, Ponta na extremidade occidíntal da lagòx
(Inf. loc.)- Mirim; no Estado do R. G. do Sul.
QUIXODY. Serra e riacho do Estado do Parahyba do Norte, RABUDO. Log. do Estado da Bahia , no mun de Lençóes.
no iiniu da Soledade.
RACHA-BUNDA. Ribeirão do Estado de Goyaz, aíll. do rio
QUIZtLA. Ilha do Estado do Pvio de Janeiro, na l.)ahia de do Braço, que o é do Veríssimo.
Angra dos Reis. Na Cavta de Conrado lè-se Quiyila.
RACHADA. Ilha na bahia de Guannbara, próxima ás de
QUIZOjSTGO, Serra do Estado de Sergipe, no muii. de Ita- Taiba-;ys e de Paquetá. Gompôe-se de duas gr tndes pedras,
baiana afastadas dous melros uma da outra e que pelas faces planas
QUIZUMBA. MoiTO no dist. d? Suruhy e Estado do Rio de que se opõem, suppoe-S3 ter sido uma só peJracoriada por um
Janeiro. raio.

QUO' Nome de uma várzea existente uo niiui, do Assú do RACHA DE FOGO. Log. do Es',ado do Ceará, no tsrmo de
Estado do R. G. do Norte. Neila existe agua muito límpida Milagres.
para beber e para banhos. RACHADEL, Rfo do Estado de Santa Catharina, alf. do
Bíguassii, na estrada do littoral pai-a o Itajahy.

r' RAINHA. Ilhas do Pará, no rio Tocantins, próximas das


ilhas de Lago Vermelho. (Vellozo Barreto. Muppa do Rio To-
cantins.)
R. Ponta na ilha da Gotinga, no porto do Paranaguá e Es-
tado do Paraná. RAINHA. Igarapé do Estado do Amazonas, no muu. da
capital
RÃ. Vide Iia7i.
RAINHA. Igarapé do Estado do Pará : desagua no rio Ta-
RABÃO. Arroio do G. do Sul, banha o
Estado do R. pajoz mais de um kil. abaixo do Piranga.
mun, da Lagôa Vermelha e desagua
do lageado Bernardo
José. O Sr. A. Vai-ela faz menção de um arroio desse nome RAINHA. Pequeno rio do Districto Federal nasce nas ;

vertente B. que forma o Paredão, trib. do Uriiguay. e que desce


montmhas da Gávea e desagua no rio Branco, aft'. da l?gòa
Rodrigo de Freitas.
da cosilha da Estrema.
RABECA. Pov. do Estado do Maranhão, no mun. de Gui- Rainha DOS ANJOS. Log. do Estado de Pernambuco,
no mun. da Gamelleira.
marães, b inhado pelo pequeno rio do seu nome com uma esch. ;

de i;ist. primaria. RAINHA DOS ANJOS. I,og. do Estado da Bahí:), no mun.


RABECA. Pov. do Estado do Maranhão, no mun. de Miri-
de Itapecurú. E' logar antigo, mas muito atrasado.
tiba. ; com uma esch. publica. RAIO. Cachoeira no rio Doce, formada por uma protube-
rância da serra dos Aymorés.
RABECA. Lagòa do Estado de Matto Grosso, na comarca
deste nome. « Acha-se, diz Saint Adolphe, no meio de espessas RAIVOSO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun, de Ca-
mattas e se assemelha a uma rabeca delia nasce o rio dos Bar-
: nhotinho, em Paquevira.
bados, aíll. do Alegre. A uma légua ao S. desta lagôa existem RAIZ. Pov. do Estado de Pernambuco, no dist. de S. Caetano
algumas salinas. » « Fica, diz o Dr. S. da Fonseca ( nico. cit. ), da Raposa.
nos campos de Cazalvasoo, entre este ponto e o da"? Salinas, aos
15° 50' de lat. e 1(3° 43' de long. O., quasi beirando adestrada RAIZ. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de S. Luiz de
que vai para SanfAnna de Chiquitos. Tem na estação secca Quílunde.
quatro a seis kils. de comprimento sobre me!ade na maior lar- RAiZ. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de Canta-
gura, affec ando a forma do instrumento de que tomou o nome, gallo.
dado pelos engenheiros demarcadores.»
RAIZ. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. de Trahi-
RABELLO. Pequeno pov. á margem do rio S. Francisco ras e mun. de Curvello.
com uma capella da invocação de N. S. do Amparo. Fica abaixo
de Traipú, cidade do Estado das Alagoas, RAIZ. Serra do Estado do Parahyba do Norte, ramificação
da Borborema. Entra no Estado do R. G. do Norte, onde recebo
RABELLO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. d® a denominação de serra do Pires (S. Bento) sem duvida do nome
S. José da Boa Morte. do seu primeiro ou mais conhecido possuidor.
RABELLO. Igarapé do Estado do Amazonas, no dist. de
RAIZ. Riacho do Estado do Piauhy, no mun. da União. No
Arimã mun. de Canutama, no rio Purús.
e
inverno, enche consideravelmente dillicuUando a passagem e
RABELLO. Pequeno rio do Estado do Rio de Janeiro, adi. alagando os terrenos visinhos.
do Guapy-assú.
RAIZ. Riacho do Estado do Ceará, entre Sanl'Anna do Aca-
RABICHO. ( Monte do ) Extremidade oriental das serras de rahú e Meruoca. Recebe o Hayuhá-Secco.
Albuquerque, a 1(3 kils. do Ladario e a 25 de Albuquerque, no
Estado de Matto Grosso. RAIZ. Rio do Estado da Bahia, banha o mun. do Bom Jesus
dos Meiras e desagua no rio do Antonio.
RABICHO. Igarapé no mun. da capital do Estado d°
Amazonas. RAIZ. Rio do Estado de Minas Geraes, aíl'. da margem esq.
do Andrequiçé, trib. do Parauna. (Inf. loc.)
RABICHO. Bahia formada pelo Paraguay alimentada por e
um escoanti que vem de trás das montanhas de Albuquerque, e RAIZ. Ribeirão do Estado de Goyaz, no mun. do Bôa Vista
sahe pela face septentrional da montanha do Rabicho, quasi de Tocatins. Reune-se ao Gamelleira.
fronteira á bocca do Paraguay-mirim no Est;ido de Matto ;
RAIZAMA. Log, do Estado de Matto Grosso, no mun. do
Grosso. Diamantino.
RABINO. Segunda cachoeira do rio Braaco, no Estado do RAIZAMA. Serra do Estado de (joya/, na estrada de Trahi-
Amazonas. Ha nesse Estado uma serra com o mesmo nome. ras para Santa Luzia.
RABO D'SMA. Barranco á mai-gem dir. do Paraguay, cerca RAIZAMA. Rio do Estado do Minas Geraes, aíl'. da margem
de 80 kils. abiixo da bahia das Salinas; no Estado de Matto dir. do Urucuia.
Grosso (Pr. S. da Konseca. Dica. cit.).
RABO DO MERGULHÃO. Pouco acima da cachoeira Bi-
RAIZAMA. Ribeirão do Estado de Goyaz, alf. da margem
dir. do rio Paranan.
buré, lia um
canal formado por uma grande ilha junto á
margem dir. do rio Tapajós. Entre es?a ilha e uma outra RAI/ AMA. Córrego do Estado de Goyaz desagua na margem ;

coberta de gramíneas, ha outro canal, pir onde o rio corre com dir. do rio Críxá-assú llccebc o córrego do Cantagallo. (Cunli.a
.

grande velocidade, formando uma pequena queda denominada Mattos. Iiinara.rio. Livro 11, pag. 101). « Légua e meia dis-
'


Rabo do Mergulhão. tante do Crixá-mirím, lica o çorrigo da Raizama: corre á dir.
RAM 336 — RAN

a entrar na esq. do mesmo Crixá-mirim. (Cunha Mattos. Itine- RAMALHO. Morro no mun. de Jacarehy, Estado de São
rário, Liv. II, pag. lOC). Paulo (Inf. loc).

RAIZAMA. Ribairão que atravessa o caminho de Cuyabá a RAMALHO. Riacho do Estado de Pernambuco, banha o
Goyaz, 4 1/2 léguas a O. do rio Grande; no Estado de Matto mun. de Flores e desagua no rio Pajehú.
Grosso. Suas aguas vão ao rio do Peixe. (B. de Mi^lgaco). No RAMALHO. Riacho do Estado da Bahia, no mun. de Cari-
Mappa Geogr. da capitania da Villa Bòa de Goyaz (1819. Arch. nhanha (Inf. loc).
Mil.) é mencionado um rio com esse nome na estrada da Cuyabá
a Goyaz (Villa Bòa) e alF. da margem dir. do rio das Mortes. RAMALHO. Rio do Estado de Santa Catharina, banha o ter-
ritório do d isti-icto de S. Bento e desagua no rio Negro, aff. do
RAIZAMA. Cachoeira no rio Pardo, afí'. da margem dir. Iguassu.
do Paraná, entre as cachoeiras denominadas Taquarassaya e
Altinho.
RAMALHO. Córrego do Estado de Minas Geraes, nasce ao
N. da povoação de Santo Anionio do Monte, junta-se com o
RAIZAMA. Cachoeira no ribeirão Sanguesuga, aliaiso do Andresa e reunidos affluem para o Retiro, trib. do Diamante.
varadouro de Camapuan, entre as cachoeiras do Banquinho e
da Taquara paya, no Estado de Matto Grosso, RAMALHO. Rio do Estado de Minas Geraes, atravessa a
estrada que de Barbacena vai ao dist. de Santa Barbara.
RAIZ DA SERRA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
RAMALHO. Cachoeira formada pelo ribeirão do Raposo,
mun. d=! Magé, a 44 metros de altitude e 10 kils. de Mauá ;

com uma esch. publ. de iast. prim. Ahi fica a fabrica de pól- afT. do rio Pomba, a poucos kils. do arraial de Santa Barbara
vora. Agencia do correio. do Tugúrio; no Estado de Minas Geraes. E' uma queda de mais
de 6'.> metros de altura.
RAIZ DA SERRA. Log. do Ratado do Rio de Janeiro, no
RAMIRES. emun.
muii. de S iquarema e dist. de Matto Grosso, com eschola. Ilha, do Estado do Pará , no rio Xingú
de Souzel (inf. loc).
RAIZ DA SERRA. Estação da E.
de F. Grão-Pará, no
Estado do Rio 'le Janeiro, enti'e o .Vlio da Serra e Inhomirim. RAMOS. Pov. do Estado do Pará, na margem dir. do rio
RAIZ DA
SERRA. Uma das estações da E. de F. de São Curuca, a cnco kils. da cidade deste nome.
Paulo (The S. Paulo Raihvay Coinpany, limited), no Estado RAMOS. Log. do l'-stado de Pei^namliuco. no mun. do Pau
desti nome, entre as est icões do Gubatão e Alto da Serra. d"A ho ; com uma Capella da invocação de S. Severino.
RAIZ DE DENTRO. Log. do Estado de Pernambuco, no RAMOS. Estação da E. de F. do Norte, no Dlstricto Federal,
mun. de Amaragy. entre as estações de Bom Successo e Olaria.
RAIZ DE FORA. Lug. do Estado de Pernambuc\ no mun. RAMOS. Serra do Estado de S. Paulo, no mun. do Ba-
d« Amaragy. nanal.
RAIZ DO GAITEIRO Log. do Estagio de Minas Geraes, RAMOS. Ilhas no Estado do Ainazona=. no rio deste nome, em
naa divisas do dist. do Rio Manso, mun. da Diamantina. frente da foz d Paraná do Ramos, que vem lo Madeira; entre
i

Villa B-dla e S ^rpa ou Itacoatiara.


RAIZ NOVA. Log. do Estado de Pernambuco, no luun. de
Amaragy. RAMOS. Ponta no littoral d ) instado da Bahia, ao S. da foz
do lio de Contas.
RAJADA. Log. no termo de Itapipoca do Estado do
Ceará. RAMOS. Canal que do turo de Tii))inambarana Sabe ao
Amazonas, abra -ando a ilha sobi'e que está a f,-eu-. de Tupinam-
RAJADA. Serrote do Estado do Ceará, no mun. de Santa bai'ana. (Capitão-tene.ite .Vmazon.i s) . Fica no mun, de Silves,
Quitéria.
RAJADA. Serra do Estado do R. G. do Norte, noS muns. RAMOS. Rio do Estado do Rio de Jineiro, afl'. do Pilar.
E' também denominado Mantiqueii'a.
de Sanf.-Vnna do Mattos e Acary.
RAJADA. S'rra do Estad) do Parahyba do Norte, no mun.
RAMOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aíf. da
mai''-'em dir. do rio Casca. (Inf. loc.) Ouiro-i o mencionam
do Latolé do Riicha. como afl'. do rio Doce.
R4.JADA. Riacho do Estado do Ceará, banha o mun. do RAMOS. Cori-ego do Estado de Minas Geraes. nas divisas do
Pereiro e desagua no Thomé Vieira. dist. de S. Sebastião da Grota, pertencente ao mun. de Ponte
RAJaDINHA. Córrego do Estado de Goyaz, aíí. da margem Nova.
esj. do rio Peperipáo. RAMPA. Pov. do listado do Maranhão, no mún. de Jíiriti' a.
RAJÁS. Log. do termo de Ita'iai.-ina do Estado de Sergipe. RAN. Lago do Estado do Amazonas, no dist. de Janauacá
RAMADA. Log. no 4* dist. do tarmo de Santo Ant nio da e mun. da Capital.
PatiMilha do EslaJo do R. G. do Sul. RAN. Lagoa do Estado do Geará, no mun. de Beberibe.
RAMADA. S^rr^i do Esta lo do R. G. do Sul. E' uma RAKTCIÃO. Log. do Estado de Maito Grosso, no mun, do
ramificação da Coxilha Gi- nde que pas-a ao N. das nascentes
^

Diamantino.
do Ijuhy e ac. mpanha este no até findar no Uruguay com o
nome de serro. Peitados, RANCHÃO. Rio do Estado de Matto Grosso. E' formado nor
tre-; b.ajos, que na=cein de uma chapada e des gua n) rio
RAMADA. Lagoa do Estado do R. G. do Norte, no mun. de Ver le ; no inun. ilo idamantino. Recebe o Matrincban, o
Apody. ral:nital"inho e o Fundo.
RAMALH3TE. L^-g. do Estado das .-Vlagòas, no m-jn. da RA TCaARIA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no niun,
União. do Bi in Jardim.
RAMALHETE. Pov. do Estado de Minas Geraes, nomua. RANJHARtA. Log. do Estado do Paraná, m ninn. da
do Pessanha. Campina Grande.
RAMALHET;^. Riacho do Estado de Matto Grosso. E' um RA.^OHARIA Log. do Esta.io de Minas Geraes, no dist.
subsidiário ki i-ibeií-ão da C;ichoeir.nha, galho esq. do Bri- de Monte Bello e mun. de Cabo Verde.
lhante. Desagua na margem direita.
RANCHARIA Riacho do Estado do Piaiihy desEigu; na
RAMALHO. Pov. do Estado da Bahia, a uns 60 kils. da niarg m dir. do Canindé cnire a foz
;

dos riachos dos Patos e


yilla de Carinhanl.a. Game. leira Tem seis kils. de curso.
RAMALHO. E' o nome de «ta outeiro que fica junto á mar- RANCHARIA. Rio do Estado da Bahia, aíf. da margem
gem S. do rio Itamaracá. no Estaiio de Pernambuco. Encos- esq. do Soledade, trib. da dir. do S. Francisco. (luf. local).
tado a uma de suas margens passa a cambôa de Iguarassti.
RANCHARIA. Rio do Estado de S. Paulo; reune-se com o
RAMALHO. Serra do Estado da Bahia, no mun. de Cari- riodo Café e juntos vão ao Capivary, esta ao Capivara e este á
nhanha. margem dir. do Paranapanema.
40.6£9
RAP — 337 — RAP

RANCHARIA. Rio rio Estado de S. Panlo, banha o niun. Araraquara e desagua na mergem esq. do rio Mogy-guassú.
de Arai-aquara e desagua no Bom Fim, ali. do Mogy-guassú. Recebe o Rincão e Ponte Alta.
(Inf. loc).
RANCHO RASO. Rio pouco considerável do Estado do
RANCHARIA. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha Paraná, trib. do Cachoeira, na estrada que de Antonina vae a
o innii. do Carmo da Bigagem e desagua no rio Perdizes, Asíunguy.
loc).
(liil'.
RANCHO VELHO. Pov. do Estado da Bahia, no mun. de
RANCHARIA, Cachoeira no rio Cuyabá, entre a do Funil Arèa.
e a de Jaucoara ; no Estado de Matto Grosso. RANCHO VELHO. Ribairão do Estado de Goyaz, banha o
RANCHARIA. iMon^o do Estado do Piio de Janeiro, no mun. de Bòa Vista do Tocantins e desagua no Pirauhas.
num. de Cantagallo. RANGEL. Log. no dist. de Sauto Antonio de Jacutinga do
RA-NCHINaO. Arroio do Estado do R, G. do Sul, alT. da mun. de Iguassú ; no Estado do Rio de Janeiro.
margem dir. do rio Taquary trib. do Jacuhy. RANGEL. Morro do Estado de S. Paulo, entre Jundiahy e
RANCrlINHO. Ribeii'ão do Estado de Matto Grosso, des- Camiiinas.
agua na margem esq. do rio Alarde, galho do Paraná. Recebe RANGEL. Ilha do Eslado das Alagoas, no rio S.Francisco.
á esq. o riacho Fundo.
RANCHO. Pov. no mun. do Rosario do Estado de
RANGEL. Córrego do Estado do Rio dí Janeiro, aff. da
Sergipe. margem esq. do rio Macacú.
RANCHO. Arroio do Estado do Paraná ;
desagua no Tibagy RANHOSA. Serra do Estado de Minas Geraes, no dist. dos
quasi defronte d i í>z do rio Cará-Cará.
Buritys e mun. de Sete Lagoas.
RANCHO. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, alf. da RANS. Rio do Eslado da Bahia, nasce perto da cidade de
margem dir. do ribeirão Brilhante. Caeteté nos Brejos da Passagem da Pedra e desagua nu rio
RANCHO. Córrego do Estado de Minas Geraes, pasaa pela S. Francisco, recebendo os rios Carnahyba de i^^ora e de Dentro.
fazeuda do Rancho e faz barca no rio Cervo, aíl'. do rio Grande. Abaixo de Carinhanha, no logar denominado Parateca. entra
RANCHO, Lagòado Estado de Sergipe, no termo do Rosario.
um braço de S. Francisco, que vae unir-se ao rio na fazenda
Batalha. Nesie braço, no logar fíom, Retiro, faz barra o rio das
RANCHO ALEGRE. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no Rans. Pouco acima da barra r>cebe pe a margem dir. o rio
mua. da Barra, do Pirahy entre Dores e Turvo. Mocambo. Não ha rio Ipneira, como acha-se figurado em al-
RANCHO DA BOIaDA. Log. distante 18 kih. da villa do gumas cartas. Os habitantes do S. Francisco denominam Ipoeira
Cajuru ; no Estadn de S. Paulo. a um braço do rio, ao que sí chama Furo em outros Estados.
« O Jlicaionario Topographico ão Império, diz em seu Rela-
RANCHO DA ESTRADA. Log. no dist. da cidade de Ma- tório de 1845 o Dr. Acauã, dá o morro das Almas a fonte do rio
nliuassú (lo Estado de Jilinas Geraes. das Rans, quando é da serra do Caeteté, distante mais de 20
RANCHO DA VACCA. Log. do Estado das Alagoas, em léguas para O., que elle nasce. » I^ecsbe pela margem esq. o
Bello Mon t-. Sicopira, Brejo dos Padres, Carrapato, Pé da Serra e pela dir.
o Brejo dos Veados, Tabúa, Felix l^ereirae Gaunabrava. Banha,
RANCHO DE TABOA .Arroio do Estado do Paraná, ba- entre outros, os muus. de Caeteté e do Riacho de Sant'Anna.
nha o mun. de Palmas e desagua no rio I;;-aassu,
RAPA. Ponta na parte da ilha de "Willegaignon qu; olha
RANCHO DE ZINCO.
Log. do Estado do Rio de Janeiro, para a barra de Guanabara.
na S-* secção, de Cachoeira a Friburgo da E. de F. de Canta-
gallo. RAPA. Ponta na parte .septeatrional da ilha de Santa Ca-
tharina e Estado deste nome.
RANCHO DO BUGRE, Rio do Estado de Santa Catharina,
aft'. da mai"gem esq. do Urussanga. Banha a ex-colonia Azam- RAPADA. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, defronte da
buja. enseada de Paraty e próxima das ilhas do Araujo, Comprida e
do Alantimeuto.
RANCHO DO POMBO. Log. no termo do Pau d'Alho do
RAPADA. Ilha do Estado de S. Paulo, no mun. de Ubatuba.
Estado de Pernambuco.
E' redonda e não olferece abrigo algum, nem mesmo para pes-
RANCHO DO PRATA. Assim denominava-se a actual ci- cadores. (Inf. loc).
dade de Marvão do Estado do Piaidiy (.Vyres deCazal).
RAPADOR. Pov. do Estado do Parahyba_ do Norte, no
RANCHO DOS BURACOS. Log. do Estado do Paraná; A mun. de Alagòa Grande, distante légua e meia, na estrada
Lei Prov. n. 706 de 21 de novembro de 1882 autorisou a mu- que segue para a capital.
dança do Registro da Encruzilhada para essa localidade.
RAPADURA. Dist. creado pelo art. IV da Lei Prov.
RANCHO DOS FURACÕES. Log. do Estado de Santa Ca- n. 2 0Í7 de 1 de dezembro de 1373 na freg. do Tremedal, per-
tharina, no termo de Joinville. tencente então ao termo do Rio Pardo; no Estado de Álinas
RANCHO DO VIGÁRIO. Log. do Estado da Bahia, a 18 Geraes. Foi elevado á categoria de parochia com a denomi-
kils. de Canudos. nação de Santo Antonio do Matto Verde pelo art. I da Lei
Prov. n. 2.692 de 30 de novembro de 1830.
RANCHO GRANDE. Log. do Estado de S. Paulo, no mun.
do Bananal. RAPADURA. Chapada no mun. de Santa Luzia, no Estado
de Goyaz.
RANCHO GRANDE. Arroio do Estado do R. G, do Sul,
RAPADURA. Morro do Estado de Matto Grosso, no dist.
nasce no campo juuto á colónia de Santa Maria da Soledade e
desagua no arroio da B )a Vista. da Chapada e mun. da capital.
RANCHO GRANDE. Arroio do Estado do R. G. do Sul, RAPADURA. Ilha do Estado do R. G. do Sul, no rio
afl'. dir. do Boa Vista, trib. do rio Taquary. (A. Varela). Urugiiay, acima do grande salto de Mucanha.

RANCHO NOVO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no RAPADURA. Riacho do Estado do Maranhão; desagua no
mun. de Valença, a kils. dessa cidade e do dist. do Rio
1.5
rio Parnahyba, próximo a Santa Pliilomoua. que lica do lado
opposto.
Bonito, com uma esch. publ. de inst, primaria.
RANCHO NOVO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist.
RAPADURA. Córrego do Estado de S. Paulo, alT. do Pia-
guy ou Piauhy pela margem esq., proximn á cachoeira do
da cidade de O.ueluz, na antiga estrada que ia para Ouro Preto,
Piaguh/.
a um kil. do rio Ventura Luiz.
RANCHO QUEIMADO. RAPADURA. Rio do listado de Minas Goraes, no mun.
Log. do Estado de Santa Catha- de Boa Vista do Tremed.al; desagua no Paqui. Sobre elle o.s-
rina, no dist. de Theresopolis. lenta-se a poética cachoeira do Vianião, com 2.) metros de
RANCHO QUEIMADO. Ribeirão do Estado de S. Paulo: quéia; pouco acima dessa cachoeira extraliiram os antigos
nasce no Brejo Grande, fazeada das Cruzes, banha o mun. de I grande quantidade de ouro.
DIOC. fiUOG. -53
. . . .

ItAP — 338 — RAS

RAPADURA. Córrego do Estado de Minas Geraes banha ; RAPOSA. Rio do Estado de Santa Catliarina, banha a ex-colo-
o mim. do Abaetft e desagua na margem esq. do rio São nia Azambuja e desagua no Tubarão. Recebe pela margem dir.
Francisco. o rio do Armazém, e o das Pedras Gran les,
RAPADURA. Riacho do Estado de Matto Grosso, ali', dir. RAPOSO. Log. distante cerca de 12 kils. do dist, de São
do Nioac, eirtre o Estivado e o do Jacaré. Braz do Suassuhy, no Estado de Minas Geraes. Tem umas dez
casas.
RAPADURA. Cachoeira no rio S. Francisco, abaixo da qnal
i'ecebe este rio o Borrachudo no Estado de Minas Geraes.
; RAPOSO, Arroio do Estado do R. G. do Sul, alf. da mar-
gem esq. do rio dos Sinos.
RAPARIGA, Serra do Estado de Minas Geraes, no mun.
do Pará. RAPOSO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, lanha o
dist. (Je Jaboiicatubas e desagua na margem esq. do rio deste
RAPARIGA. Pequeno riodo Estado do Pará, na ilha nome
Marajó e mun. de Breves : desagua no rio dos Macacos, pela
iwirgem esq. RAPOSO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, bmha o
mun. de Inhaúma e desagua no rio Picão, ali', do no Pará.
RAPHAEL Pov. do Estado do R. G.
(S.). do Norte, no
tei'mo de Saut'Anna do Mattos. RAPOSO. Ribeirão do Es:ado de j\Iinas Geraes, aff. do rio
Pomba. Forma a cachoeira do Pv,amalho.
RAPHAEL. Log. do Estado do Espirito Santo, no mun.
de Yianiia. Ha ahi uma ponte. RAPOSOS. Dist. do Estado de Minas Gera"s. no mun. de
Sabará. Orago N. S. da Conceição e diocese de Marianna. Foi
RAPHAEL. Ilha do Estido do Rio de Janeiro, no mun. creado pai-ocliia pela (Jarta Regia de 16 de fevereiro de '724.
de Angra dos Reis. S"bre suas divisas vide: Lei Prov. n. 472 de 31 d-e maio de
RAPHAEL (S.). Cachoeira no rio Tapajós, entre a de 1850: n. 513 de 8 de outubro de 1851; n. 1.415 de 26 de de-
S.Gabriel e a de Santo Elias. Apresenta da todos os lados zembro de 181)7 e art. Ill § III da de n. l.'.X)5 de 19 de julho de
ilhas, ilhotas em grande quanlidude. 1872. Tem duas eschs pubh. de inst. primaria.
RAPHAEL (S.). Riacho do Estado do Piauliy ;
d^-sagua RAPOSOS. Pov. do Esta lo ds iMinas Geraes, no mun. de
na margem dir. do rio Parnahyba, pouco acima da cidade da Inhaúma, ant. Santo Antonio do Monie.
União, e.u uma convexidade que o rio ahi faz. RAPOSOS. Lavra aurífera no mun. de Sabará e Es ado do
RAPHAEL. Rio do Estado do E. Santo ;
desagua na lagõa Minas Geraes.
Juparanan. RAPOSOS. Estacão da E. de F. Central do Brazil, no mun,
RAPHAEL Arroio do Estado do R, G. do Sul
(S.). banha : de Sabará Estado de Minas Geraes, entre Honorio Bicalho e
e
o mun. de Caçapava e desagua na margem esq. do rio Santa Sabará, a margem esq. do rio das Vellias, que tem ahi uma
Barbara ponte de madeira.
RAPHAEL. Córrego do Estado de Minas Geraes, em Santa RAPOSOS. Rio do Estado de Minas Geraes, afl'. do Santa
Rita, jnun. de S. João d'El-Rei. Barbara, que oé do Piracicaba e este do Doe -.
RAPICAQUEN. Rio do Estado do .A^niazonas, alT. da mar- RAPUPAQUSSr. Rio do Estado do Amazonas, alf. da mar-
gem dir. do rio Uraricapará. gem esq. do Uraricapará, trib. do Uraricoera.
RAPINA. Lagòi do Estado do Ceará, entre os dista, de RASA. Ponta na ilha de Santo Amaro do Estado de S. Paulo,
Santa Cr z e Canindé, onde se encontram fosseis gigantescos de entre as pontas Monduba e Grossa
raças extinctas. (Pompeu.). RASA. Ilha pertencente ao archipelago de Fernando de No-
RAPOSA. Dist. do E-tado de Pernandjuco. no mun, de ronha, próxima da ilha deste nome e da do Meio.
Caruaru, próximo á margem esq. do rio Ipnjuca. Orago São RASA. Ilha de pedras a ([ latro milhas a, E. do porto de Gua-
Caetano e diocese de Olinda. Foi creado parocliia peloarí. VI raiíary, no Estado do Espirito Santo. Fica próxima da ilha Es-
da Lei Prov. n. 133 de 2 de março de 18-14. Tr.nisferida para calvada.
N. S. das Dores, em Caruaru, peío art. II da Lei Prov. n. 2Í.Z RASA. Ilha em frente á barra de Guanabara. Neila existe um
de 16 de agosto de 1848. Res!aura.i:i parochia pelo art. I da
pharnl. que jaz aos 23' 3' .30" de Lat. S. u O" 1' 1" ti. do Rio
Lei Prov. n. 462 de 2 de março de 185'J. .^obre sujs divisas
de Janeiro. A.íee.so em 31 do julho de 1829 girante, branco e
vide art. lil da Lei Prov. n. 157 de 31 de maio de 1846, ;

vermelho; eatoptrico.
n. 274 de 7 de abril de 1851, art. II da lei u. 402 de 2 de
maio de 1859 n. 1.287 de 9 de julho de 1877. Agencia do cor- RASA. Ilha na costa do listado do Rio de Janeiro e mun.
i"eio e eschs, pui.ls. de Cabo Frio.
RAPOSA. Log. do Estado do Ceará, no termo da Palma. RASA. Ilha na entrada da barra da Guaratiba, no litt.H'al do
Districto Federal, no Oceano.
RAPOSA. Pov. do Estado de Pernambuco, em Itamaracá.
RAPOSA. Log. do Estado de Santa Calharina, no mun. do
RASA Pequena ilha situada defronte da cgreja matriz da
,

ilha do Governador, na liahia de Guanabara (Fausto de Souza).


Tubarão.
RASA. Ilha do líst ido do Paraná, na bahia de Paranaguá.
RAPOSA. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. de «E' plana, l.iaixa e meile lL'gua e meia de comprimento: é pouco
S. José e mun. do Rio Pardo. ]iroductiva, alagavel e chareusa (.Apontamentos da cidade de Pa-
RAPOSA. Serroto nas divisas do Estado do R. G. do Norte ranaguá por Demétrio A. F. da Cruz)». E' separada da ilha Co-
lin ga por um riacho.
com o do Parahytia,
RAPOSA. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. de Ca- RASA. Ilha do Estado de Santa Catharina, no mun. de Ima-
ruaru. ruliy.

RAPOSA. Seriado Estado do R. G. do Sul, no mun, de RASA. Ilha do Estado do R. G. do Sul, no rio Uruguay.
S. Jeronymo. entre o rio Piratiny e S. Borja.

RAPOSA. Serra do Estado de Minas Geraes, no niua. de RASA. Lagòa do Estado do Ceará, no num. de Beberibe.
S. José do Paraiso.
RASA. Lagòa do Estado do R. G. do Norte, no mun. de
RAPOSA. Ilha do Estalo ilo Esjiirilo Santo, no mun. de Apody.
Gnarapary, na b.iliia deste nome, luoxima do morro da Pesi/a-
ria. pelo lado do S. RAS3AD:iHH0, Rio dl. Instado r,i .má, alV. da margem
dir. d(i líaSLjado que é t: ili. do Culj,-i '-mirim, c i'Stc" do
RAPOSA. lUia e corredeira no rio Paranapanema, próximas Cnbalao (Iranile, Outros o mencionam cuino aif. do Gubatão-
da Ibz de^tí rio no Paraná. miriin.
RAPOSA. Iliaclio do Estado do R. G, do Norie, banha o RASGADO GRANDE. Rio do Estado do Paraná, desagua
mun. do Jardim e desagua no Curnincdiauá na margem dir. do rio Cubatão-inirim.
.

PAT - 339 — RAT


RASGÃO. Córrego do Estado de Minas Gemes, banha a ci- interessante relatório reproduzindo a seguinte analyse quanti-
dade de S. Gonçalo do Sapucahy e desagua no rio Sapucaliy. K' tativa a que foi sujeita na Casa da Moeda uma amostrado
muito aurifero. phospliato, trazida pelo professor Derby:
RASGÃO. Ribeirão do Estado de Goyaz. aft'. da margem esq,
.loiílo pliosphoiãco
do rio Corumbá. l'le,ii oarboaico
, 2i 03t
3*300
RASO. Villa do Estado da Bahia, Vide Conceição do Raso. C^l-.- 32Í080
í;'"^''"'!?---. y.4io
RASO. Furo no mun. de Cametá e Estado do Pará. Vai para 0.'íyi)o íeiaaco
7.420
a marg'm dir. do igarapé Vilhena. , 0',50S
J^/"'^
Potassa, tiMoos
RASO. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, rega o mvui. Aciilo sul |jlmi'ico ,
iden i!..!!.'
de Rezende e desagua na margem dir. do Parabylja do Sul. Clll01'0, id 2111 ] . _ _ , . . .

(.4cido titânico
RASO. Córrego do Estado do S. Paulo, no mun. das Pedras Resíduo insoluvelHilic;i
, i.il-
,,,, 1.97/
e com. de Ibitinga. uo acido nitricoí.Muiniiia, l.OOl
RASaiJINHOS. ^O.xydo férrico
Log. na villa de Santo Amaro do Estado de Agua
3.7S'
S. Paulo. ,

Matéria orgânica (pequeaa quanlidado) 10.992


RASTEIRA. Log. do Estado de S. Paulo, no termo de Brotas. Animonia ^vestigios)

RASTEIRA. Ribeirão dò E,tadode S. Paulo, banha o mun. 99.501


dá Brotas o desagua no rio Jacaré-pepira (Inf. loc).
RATA. E' a ultima e a mainr de um pequeno grupo de ilhas A proporção de acido pliosphorico, verificada por esta analyse,
mostra-se muito maior do que a encontrada na ]irimeira amostra
e roclias (|ue se estendem ao Nlí. de Pernando de Noronha.
Tem C("i-c;i de 1 1 /2 kils. de comprimento e meio de largura. Do remettida pelo commandante do presidio de Fernando. Ainda
^'(•/Kíorio apresentado ao uoverno Imperial iielos Sr^. Orville A.
em outra analyse a que no mesmo estabelecimento 1'oi s ijeiía a
Derby e Dr. L. F. Monteiro de Barros, m^Mnbros da commissão amostia trazida pelo Sr. Derliy a proporção de acido phosphorico
incumbida de examinar os depósitos de phospho.to existentes mostrou apenas a média de 27, 26.5 0/0.
nessa ilha, extrahiraos as informações seguintes O facto de en- : RATES. Assim denominava-se uma antiga ilha existente
contrar-se a 35 metros acima do nivel do mar, no cume de uma na cidade do Recife, Estado de Pernambuco, no dist. e bairro
collina, rocha coraliferi (que só pôde lormar-se debaixo das da Boa Vista, sit;ada entre este iiliimo bairro e o de Santo
aguas do mar), prova que em época relativamente moderna Amaro. Nessa ilha ficavam os edilicios dò Gymnasio Pernam-
solfreu a illia um lorte movimento de sublevação que não só lhe bucano, da Assembléa Provincial, o da primeira estação da
augmentou a altura mas também a área. A existência de fra- E. de P. de Olinda e muitos palacetes particulares, enire os
gmentos de roclia oalcarea em Fernando de iMoronha prova que quaes se distinguiam o occupado lioje pelo Thesouro Estadoal
esta illia também particip"U do movimento. A sonrla dos depó- e o do Conde da Boa Vista. Com o aterramento do canal
sitos verificou que, em alguns pontos da parte oriental da ilha Riachuelo (18<S1-1882) ficou essa ilha ligada ao bairro da Boa
Rat !, des.;e o ]ihosphalo a uma profundidade fio tres metros. To- N'ista, desapp ri cendo a pequena ponte da rua da Aurora,
i

davia, sendo impossível ol.iter, ainda mesmo depois de numerosas estando ainda para o lado de Santo Amaro ligado a esle bairro
operaçô"S dessa natureza, idéa exacta da espessura média atlenta , por uma outra ponte na, mesma rua. lira assim denuninada
a extrema irregularidade da superlicie dn calcareo a commissão ; pelos seus antigos proprietários da 1'amilia Rates.
liniit'iu-se siibre este ponto a assegurar que. tanto quanto pikle
ava liar-se actualmeuie, não será exa-^^erado admittira i'spessin'a
RATIER. Tal foi o nome por que Willegaignon designou
o rochedo onde acha-se assente a fortaleza da Lage na bahia
média de um metro em toda a illia, salvo os dons longos e ;

de Guanabara.
estreiíos promon lorios rochosos, situados um ao oriente e oiuro
ao occidente, que formam nma espécie de espinhaço, de estru- RATO. Ilha na costa do Esiado do Ceará, pertencente ao
ctura geobgica dilferente da do resto da ilha. Apezar dos mun. do iVcarahú. Tem 200 braças de comprimento solx-e
poucos indícios que olIVrece de sua origem, consistindo em outras tantas de largura.
fragmentos de ossos, qiiasi microscópicos e de impossível iden- RATO. Illia do listado de Pernamluico, no rio S. Francisco.
flcaçáo, é claro ter-se formado o mesmo deposito no loga.r e nas
E' peqneaa o d: somenos importância.
condições em que actualmente existe, isto é, sobre a ]n'0])ria
ilha e ao ar livre, e não debnixo d'ag'ja. A sua natureza indica RATO. Ilha do Estado do Rio de .Janeiro, na grande bahia
ser elle o residiio iusoUtvel de um deposito de guano que, ex- situada entre a ilha Grande e o continente, defronte da praia
posto ás ab ind an fces chuvas da r."'giãN, ha perdido toda a parte de S. Qjnçalo e próxima das ilhas Comprida, S. Gonçalo e
iacihnenie solúvel na agua. E' como se explica a ausência dos Cedro
saes e ácidos orgânicos, potissa e soda, tão abundantes nos RATO. Ilha do Estado do Paraná, na bahia de Guaratuba
guanos da co-ta do Perú, onde não chove, bem assim a seme- emun. deste nome.
lhança do guano da ilha Rata com o de outras regiões chuvosas,
como o da ilha Baker no Pacifico, e da ilha Navassa nas An- RATONES. Fortaleza do Esiado de Santa Catharina, na
tilhas, conliecidos no commercio pelo nome de g lanos phus-
fozdo rio Ratones e em frente á vSaiita Cruz. Está desarmada.
phaticos em contraposição aos guanos aminoniacaes das ro,L:iões Vide Sanlo Antonio.
seccas da costa do Pacifico. E' impossível determinar, ainda RATONES. São assim denominadas duas ilhas que ficam
que anproxinia lamente, a quantidade de phospbaio existente na no ancoradouro N. do porto da cíipital do Estado de Santa
ilha Rata. Conitado, a commissão avalia o dep isito em 1 t):)l).(K)0 Callianna. Uma, é denomina Grande e t'"m um Ibpte des-
do toneladas métricas nos .36t).()00 metros quadrados da s iper- arni ido e a outra Pequena. A Grande fiua defronte da forta-
íicie da ilha,, sem contar os dous promontórios onde a quanli- leza de Santa (""ruz.
dade de guano é relal ivamente pequena e de inlimo valor,. Nas
ilhas do i\li^io e Rasa, pequenas, pouco altas, de lados escarpados,
. RATONES. Rio que banha a ilha do Santi flatharina. no
Estado deste nomo. Desagua em frente ás duas illias iK) seu
de formação calcareacomo a ilha Rata, com a qual provavel-
mente e-.tiverarn outrVira em continuidade', ligando-a a Fer- nome.
nando de Noronlia, é natural também exista guano, cujo depo- RATOS. Sorroto no termo de Maranguapo do Estado do
sito, tomando por liase a área de ,50.0t)0 melros quadrados e a Cea,rá. l'la.nla-se nclle algodão e legumes.
espessura média calculada para a, ilha liata., pôde ser estimado
em 130.000 tonelnilas métricas. ]']m Fernando de Noronha não RATOS. Ilha do Estado do Parahyba do Norte, na foz do
dejiarou a coniinissão ileposilos de i;uano aproveitáveis; na Sanhauá.
parle soptíaitrional <'xist"m extensos depósitos ile areia calcarea RATOS. Ilha no mun. da capital do Estado de Pernambuco.
quecont>''m uma ]iorção de phosjihalo ilemasiadamenle pequena
para Si-r utilisada o resto da illia é coliorto ]ior um hn rro pro-
RATOS. Ilha do Estado da líahia, entre a ilha do Itaparica
o o continente, E' também denominada Mirucaya.
;

veniente da, decomposição da roidoa |iln l.onicn sondo jiaro ju o-


,

Rumir que o phospliato, que ahi pôde existirem pequena, ((iian- RATOS. Assim donominava-so antigamente a ilha Fiscal,
tidade será de inlimo valor. Terminaremos este extracto do situada na bahia de (iuanabara. Vide Fiscal,
.

RAT — 340 — RAY

RATOS. Illia do Estado do Rio de Janeiro, no miin. de pedra do Arroio dos Ratos e de Candiota e as de cobre -.de
Paraty, próxima das ilhas do Algodão, Cocos, Meros e Com- Caçapava »
prida. RATOS. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no mun. de
RATOS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. do rio Itabira.
Guahyba. RAYMUNDO. Log. no alto da serra da Chapada Diamantina,
RATOS. Arroio do Estado do R. G. do Sul, nasce no serro mun. de Lençóes e Estado da Bahia.
do Roque da serra do Hírval, rega o mun. de S. Jeronymo e
desagua na margem dir. do rio Jaculiy. Recebe, entre outros,
RAYM JNDINHO. Igarapé do Estado do Amazonas, no
os arroios Santia Cruz, Divisa, Grande, Sepultura e Cachorros.
mun. da capital e á margem esq. do rio Negro.

Em suas margens ha imp(>rtantes iJiinas de carvão de pedra. RAYMrjNDO (S.). Bairro do Estado do Amazonas, no
Em sua foz é dividido por uma pequena ilha, que deixa de c ida mun. da capib;\l, á margem dir. do igarapé da Cachoeira Grande,
lado um canal, deseg-uaes na largura e também na profundi- com esch')la.
dade. Vide Rdat. dc Floriano Zoroiuski apresentado ao pr.;si- RAYMQNDO Tapera de uma freg. que existia no rio
(ò.).
dente do R. G. do Sul em 6 de setembro de 18õi. Em fins de Urubu, no Estado do Amazoms (Araujo Amazonas). O Sr. B,
1883 o Jornal do Commcrcio publicou em sua Gazetilha a Rodrigues no seu trabalho «O Rio Urubu » diz « Duas grandes :

segiinte noticia a respeito das minas do Arroio dos Ratos:


« Minas do Arroio dos Ratos — A mina de carvão de pedra do
íllias apresentam-se no lago da Gloria uma corre pela margem
:

dir. que denominei Santo Antonio e outra pela esq. e que dei o
Arroio dos Ratos, jaz no mun. de S. Jeronymo, da província ,

nome de S. Raymundo par perpetuar a lembrança da primeira


i

de S. Pedro do Sul, a 15 kils. do rio Jacuhy, navegável até esse missão que nella se estabeleceu depois da carnificina da Costa
ponto por navios de grande calado. Única deste género utilisada
Favella, a missão de S. Raymimdo ». Esta ultima illia figura
em todo o império é trabalhada aquella mina lia 20 annos. na Carta Hydrographíca do 1° tenente Shaw com o nome de
Das mãos do primitivo concessionário passou áí da Imperial Surijii.
Brazilian Coltery Compan;/ sociedade constituída em Londres
com o capital de 1.200:000$, mas por escassez do mesmo cipital RAYMUNDO (S.). Pov. do Estado do Maranhão, no mun.
e imprevidente direcção hão deu os resultados que podiam de Santa Helena.
esperar-se. Em vez de realizar estudos e sondns que paten- RAYMJNDO (S.). Pov. do Estado do Mjranhão, no mun.
teassem j izidas de carvão superior, a companhia limítou-se a de S. Bernardo.
abrir o poço precisamente na camada já conhecida e infructuosa-
ment"! lavrada que, p r ser superficial, não havia produzido RAYMQNDO. Ilha na bahia de Guanabara. E' montanhosa
sinão artigo de qualidade inferior. Dentro de alguns annos, e quasi circular. Está collocada entre o porto de Maria Angú e
esgotado o capital na construoeão de um ferro-carril e nas obríis a praia das Frecheiras, na ilha do Governador. Alfirma o illus-
do poço, do trapíchâ e mais dependências, a empreza teve de trado Sr. Dr. Fausto de Souza figurar essa ilha na « Carta Hy-
liqiiidar-se, adquirindo-llie o material os Srs. Holtzweissig drographíca» de Freycinet com o nome de ilha Cardoso. Dizem
& C."-, que mais tarde obtiveram privilegio para a mineração. ter ella outr'ora pertencido aos jesuítas, sendo então conhecida
Após as reparações e obras necessárias os actuaes concessio- por Jardim do Frade.
nários continuaram a extracção, tendo visto alargar-se, pouco RAYMUNDOÇÚ. Pov. do Estado do Maranhão, no dist. de
a pouco, o consumo. No primeiro semesire d^ste anuo o trabalho Santo Antonio e Almas. « Em 1860, segundo alfirma o « Almanack
estendeu-se de norte a oeste do poço, na distancia de cerca do do Maranhão» possuía para mais de .50 casas, porém não em
100 metros e na profundidade de 62 metros abaixo da superlicie arruamento, e c.jbertas de palhi, ». Seus liabs. cultivam a
da terra, tendo nesse nivei a camada carbonífera a espessura mandioca e exportam alguma farinha,
de um metro e 35 centímetros e apresentando carvão bastante
limpo. Durante aquelle período extraliiram-se 2099 toneladas RAYMUNDO NONNATO (S.). Villa e mun. do Estado do
de carvão que, cuidadosamente escolhido, foi classificado em Piauhy, sede da com. de sju nome. situada 24 kils. ao S. da
1887 de primeira qualidade, 212 de segunda e ;36 de refugo, serra do Piauhy, á margem esq. do riacho Genipapo. Dista
empregando-se neste serviço 37 mineiros e um capataz, e, nas cerca de 720 kils. da capital, 480 de Paranaguá e Gurgiieia,
officinas de ferraria e cariiintaria. 16 operários de diversas 420 de Jaicóse 163 de S. João do Piauhy. A freg., creada por
classes. O transporte foi effectuatlo da mina para a margem do Lei Geral de Ode julho de 1832 e desmembrada das de Jaieós e
rio Jacuhy. onde demoram os depósitos, p ip um ferro carril da Jeromenha, foi pela Lei Prov. n. 33 de 27 de agosto de 1836
bitola de um metro e extensão de 15 kils.. movido por sangue. transferida do logar das Confusões para o de Genipapo,
O carvão de 1^ foi vendido a 12^; no trapiche da mina, em comprehendendo a fazenda do Pé do Morro e todos os
S. Jeronymo, a 15§ em Porto Alegre, posto a bordo, e a 20$ era terrilorios que as aguas deitarem jiara a mesma freg. pela
Pelotas e no Rio Grande, também posto a bordo, sendo de ribeira do rio Piauhy ahí limitar com a de Pilão Arcado,
metade os preços de carvão de 2-' sorte. Do de 1» soi-te emprega- inclusive a ribeira do mesmo higar das Confusões até limitar
ram-se 450 toneladas na ferro-via de Porto Alegre a Uruguayana, com a dita de Jeromenha. Foi elevada á categoria de. villa
que começou a usar desto producto nacional desde principio do pela Lei Prov. n. 257 de 12 de agosto de 1850, installada
trafego até Cachoeira: 280 toneladas na ferro-via de Porto Alegre em 4 de março do anno seguinte. E' com. de primeira entr.
a Novo Hamburgo 132 na dragagem dn porto do Rio Grande, 97
; creada pela Lei Prov. n. 468 de 11 de agosto de 185'J e
na linha fluvial do Rio Grande para Pelotas, 90 na illuminação classificada pelos Decs. ns. 2.538 de 2 de março de 1860 e 5.068
de Porto Alegre, 130 na fabricas de chapéos de Cordeiro de 28 de agosto de 1872. E' o mun. regado pelos rios Piauhy.
& e Wiener, em Pelotas; 43 na fabrica de guano, pertencente S. Lourenço, Itaquatiara, Poções, Gamelleira e outros nelle ;

a G. H. lílste, na mesma cidade 80 na fabrica de tecidos de


: encontram-se diversas lagoas, entre as quties as denominadas
Rheighantz & C», no Rio Grande 43 na de tjolos de Spaldíng
; Caracol, S. Victor, Fartura e Cerca. Costuma soflVer seccas
Irmãos, do Triumpho ; 150 no vapor Arroio ilc Pelotas e 76 em rigorosas, já pela natureza do sólo, já pela pro.iimidade
diversos outros misteres, sendo 30 para uso dos vapores Cer- em que está dos terrenos, chamados geraes, onde quasi nunca
vantes. e Canora, Nenhum accidente occorreu durante o se- chove. Quando os invernos são bons, o mun. produz muito bom
mestre, continuando a dar bom resultado o systema de venti- gado, faltindo, porém, o inverno, seu estado torna-se de-
lação artificial das galerias. Os mineiros de S. Jeronymo, plorável. Agencia do correio e e.^chs. pubis. Sobre suas divisas
alguns dos quaes trabalham na mina desde começo da extrac- vide Lei Prov. n. 749 de 26 de agosto de 1871. n. 872 de 20 de
:

ção, mostr;im-se sadios e robustos. Segundo já tivemos occa- julho de 1874 e n. 912 de 23 de julho de 1875. O jornal do
sião de ni4ícíar, os Srs. Holtswelssig & C^ lizeram examinar e Piauhy, .1 Epo^lia, no seu ii. 405 dé 22 de maio de 1880 pubiicou
sondar (errenos mais próximos do rio Jacuhy e lograram deter- o arrolamento da paroidiia de S. Raymundo feito ])eln reS[)eetivo
minar a existência de diversas camadas de carvão, sendo parodio em 1884, o qual deu uma pop. de 9710 habs., sendo
uma da espessura de 0™,80 a um metro e de carvão que se diz 3121 no Ribeiro de Genipapo, 364 no Ribeiro ConfiSões, i20i no
rivalisar com o melhor da Inglaterra. O Sr. engenheiro João Ribeiro S. Lourenço, 411 no Ribeiro do Olho d'.\gua, 309 no
Cordeiro da Graça, que acaba de dar por terminados os seus Ribeiro do Cavalleiro, 579 no Reg') do Rio Piauhy, 409 no
estudos, foi commisaionado pelo governo imperial, nos termos Ribeiro de Sanl'.Vnna, 685 no Ribeiro do ('urrai Novo. 830 no
das iiistr icções de 31 de março ultimo, para examinar por Ribeiro do Pacutiara, 898 no Ribeiro de Sete Lagoas c 484
diversos aspectos os trabalhos de mineração no R. G. do Sul, no Ribeiro do Fidalgo. « Com. geral de primeira entr. creada
devendo ter em consideração especial as minas de carvão de pela Lei Prov. n. 468 de 12 de agosto de 1859. Consta de ura só
.,

RAY — 341 — REB

mun. e de uma íVeg. — S. R.aymundo Xonnato. A villa de Jaicós e passou a pertencer á com. de Oeiras mas, desmembrada ;

S. Raymundo Nonnato, sede da ftmi. está sit iada sobre terreno desta pela Lei Prov. n. 371 de 17 de agosto de 1854, passou o seu
baivo e deseguiil, apsrtando-se enti-e a marg:-!!! esj. do rio termo á c an. de Jaicós, creada por esta mesma lei, até que foi
Piauli)', que corre ao S. ; e ao jjé tem montaiiliis pedi-egosa i desmembrada, desta, quando foi elevada á categoria de com. pela
em torno, não muito altas, eai uma das quaes se nota unia bella L?i Prov. n. IdS de lii de agosto de 1809. Pela Lei Prov. n. 529
e espaçosa chapada, onde co;n mais vantagem se podejii t:i' de 6 de junho de 18G4, foi-llie annexada a freg. da S. João do
situado a vida, como promett.; sacce.ln' para o futuro, pelo Piauhy. qu3 em 1S71, sendo elevada á villa, continuou a fazer
desenvolvimento que vai teado a edificação para esse lado. Villa parte da mesma oim. de S. Raymundo Nonnato até 1874,
p quena, de condições mnliocres, contando apenas era seu perí- quando foi elevaila á com. Pela Lei Prov. n. 749 de 1871, que
metro uma pop. de mais ou menos 5)0 haiis., de commercio creou a villa de S. João do Piauhy, ficou esta se limitando
insignificante, sem industria alguma, e por assim dizer sem om a de S. Raymunlo p;los iodares Umbuzeiros, Cimpo- —
lavoura, pois a que tem mal chega para o consumo local, o seu Alegre, Macacos, Joaz, Curral- Velho e Pé do Morro limites ;

futuro, porém, depende da construcção da via-ferrea do Joazeiro, estjs que foram alterados pela Lei n. 872 de 20 de julho de 1874
pois achando-S3 situada nas raias de Pernambuco e Bahia, os quae, passaram a ser pela linha recta tirada das nascenças
:

muito próximas aquelle pooto, terá assim fácil communioação do riacho Poções, até a frente da serra ou cordilheira que
e meios de animação á industria, commercio e lavoura. O prin- divide ambas as fregs. ao S., ficando pertencendo a de S. João
cipal género de trabalho da com., a industria da criação de todo o território aquém desta linha. A Lei n. 912 de 23 de julho
gado. não offerece as vantagens que são de presumir, pela falta de 1875, detsrmiiiou que a linha divisória da freg. de S. Ray-
de aniixiação, desenvolvimento e garantia. Sujeita á seocas ri- mundo Nonnato com a de S. João do Piauhy, fosse de ora em
gorosas, já pda natureza do sólo, já pela approximação em que diante ao S., pelos limites já iraçados por lei e ao N., pelo
: ;

está dos terrenos cham:Klos gerass, onde quasi nunca chove ; rio Pacutiara ficando pertencendo á freg. de S. João toda a
:

seccando pelo verão a sua principal artéria, o rio Piaohy no- ; margem dir. do mencionado rio, e a de S. Raymundo toda a
tando-se por conseguinte, grande falti d'agua, que se obtém com margem esquerda. »
grande difficuldade por meio de escavações e poços que se praticam
no leito do rio, e essa mesma muito má e escassa, softrem por isso
RAYMUNDO NONNATO DA VÁRZEA ALEGRE (S.).
Dist. do muii. da Várzea Alegre, no Estado do Ceará. Vide
os fazendeiros incalculáveis prejuízos, pelos damnos causados á
Várzea Alegre.
criação. Independente, porém, desses inconvenientes, a industria
não tem desenvolvimento, e contam-se apenas alguns fazendeiros REAL. Rio que separa os Estados da Bahia e Sergipe. E'
em circumstancias mais ou menos vantajosas os gados não teem
:
assim denominado por nells ter ancorado a esquadra real. Des-
sahida no próprio mun., e levados á feira de SanfAnna, na Bahia, agua no oceano, após um curso de 250 kils. Nasce no tanque Ja-
em distancia de 150 léguas, ahi são vendidos por prsço tal, que oiiricy (S. Francisco, segundo outrosi no Esiado da Bahia e
em geral dão um resultado pouco satisfactorio. Ha também uma coiTe na dirc'Cção de O. para E. O seu curso, na distancia de
pequena exportação para a Bahia, de couros seccos e requeijões 180 kils., é feiío sobre montes c terrenos seccos, onde frequentes
A lavoura é também muito limitada e consta somente de farinha cachoeiras impedem a navegação. .A maré sob.i até a primeira
de mandioca e cereaes, de cons imo somente nos mercados locaeí ;
das cachoeiras, que fica a 54 kils. do mar. Somente é navegável
nos annos férteis, porém, chega para expoid-ar para os visinhos nessa extensão, em que corre com maior regularidade em seu
termos de S. João do Piauhy e do Remanso, no Estado da Bahia, iilveo largo, profundo e arenoso. Desagua no oceano, 42 kils. ao
O commercio de importação pequeno e limitado ás circumstancias N. do rio Itapecurú. Dessa primeira cachoeira para cima é pe-
do logar, é quasi exclusivamente feito com os Estados de Per- queno e .-secco nas suas cabeceiras. A ponta Mangue-Secco, que
nambuco e da Bahia e pôde ser calculado na cifra de uns 2õ:0J05
;
forma sua embucarlura de parte Sul, está entre IpJ 28' 9" de
na villa, e de uns 75:000?; em todo o mun. A villa de S. Kaymundo latitude, 39' 40' 28" de longitude oriental. Sua barra é perigosa
Nonnaio fica, pouco mais ou menos, a 140 leaaias da capitil, a e reclama praúcos para s^r demandada. Seus jjrincipaes tribs.
232 do littoral na villa da Amarração, a 170 da capital da Bahia, do lado de Sergipe são o Caripáu, Jabebiry, Saguim, Itá-mirim,
;

a 80 da vil a de Jaicós, a 16 do logar mais próximo nos limites Pary, Jacaré, Pastorado, Uriibú, Piauliy e do lado da Bahia ;

deste Estado, a 45 dos de Pernambuco, e a 70 da villa de Petrolina, o Taguas. Silva Lisboa, Chrogr. de S:rgipe, dá os seguintes
á este perteiícente. Difiioillima como é a viação para a capital, a tribs.: Eranco, Mucambo, Mangabeira, Caripáu, Pastorado, Sa-
com. de S. Raymundo Nonnato, além das relações officiaes que guim, Urubu, Jaburú, r:acho da Conta, Jacaré, Araticuiba, Ja-
com elle tem, mantida por dons correios ou estafetas mensiies. queira, EiyS'U, riacho Fundo, Jacoca, Pitombas, Lages, Cabeça
que geralmente chegam alli tardiamente, nã tem absidutamente
> Vermelha, Pary, Ro npj Gibão, Índio Caetano, loba, Ta- Pm
outras quaesquer, sendo todo o seu commercio de importação e quary, Serra, Salgado e Quitunde. E' o Itanhy dos indi-
exportação feito pelos logares mais pruxinr s de Pernambuco gciias.
e Bahia. Relativamente aos meios de viação e transporte para a REAL. Lagòa do Es ado de Sergipe, no termo de Campos.
com. informa a camará
- m micipal em 188-1, « o único que temos
é o de cavalgadura, ÍMto penosamente e com muita difliouldade, RtCALENGO. Pov. no dist. de Campo Grande do Districto
pela falta de estradas e máo estado das que existem —
tortiu sos Federal, ligaila á est; cão de Sapopemb pelo ramal férreo de
Santa Cruz. Teiii uma Capella dedicada a N. Senhora e uma
e Ínvias, abertas e mal conservadas somente pelo trabalho par-
ticular dos fazendeiros, sem o menor adjutorio dos cofres públicos. eseh. de tiro. Projecla-se ahi a construcça" de um Arsenal do
Uma única estrada que tivemos aberta pelo governo para o Guerra. Agencia do carreio.
transito desta á villa de S. João do Piauhy, nã tendo sido mais
)
REBANDÁ. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de
melhorada desde o tempo de s la abertura, cerca de 10 annos, está S. Pedro e S. Paulo do Ribeirão das Lages.
já quasi intransitável, não só pela obstrucção dos maitos que
teem crescido em t do esse longo tempo, c imo pelas excavaçõ^^s RSBANDÁ. C(ua-ego do Estado do Rio de Janeim, alf. do
das ag 'as fluviaes encanadas no caminho. Uma
vez fechada ella ribeirão das Laijes.
de lodo, como está prestes a acontecer, licará inteiramente REBELDE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
tolhido o transito desta para aquella villa. e mesmo para a Goyanna.
capital nos tempos invernosos, quando a enchente do rio oprohibe
completamente p^la estrada que o margina.» Por Dec. de (5 de julho REBELLO. Rio do Estado das Alagoas, a II'. do S. Fran-
de 1832, foi creada a fVeg. de S. Raymundo Nonnato, desmem- cisco.
brando para isso o territ irio preciso das fregs. de Jaicós e Je- REBiNGuDO. Log. do ]']stadj d; Pernambuco, nos muns.
romenha, desfcinondo o rendimento de seus dízimos para a de Palmares c Nazarelli.
edilicação da egreja matriz, e assignando para sede da nova
parochia o logar tienominado Confusões ma<, pela Lei Prov.
REBOJÍNHO. Log. no rio Giiapon''. 10 kils. abaixo do ilesta-
;
camento das Peilcas Xcgras. onde, (|iiando o rio cheio, fcuana
n. 35 de 27 de agosto de 1836, foi t ansferida para o logar Ge-
reileiíiniiihiiS perigoòos, ((U i.si a moio canal.
nipapo, em que se acha, comprehendendo —
do Pé do Slorro e
todos os territórios que as aguas deiíarem para a mesma frog. REBOJÍNHO, ('iiclioiora no rio Arinos, acim do ribeirão i

pela ribeira do rio Piauhy, até limitar com a de Pilão-Arcado na Sarjré. assim denominada por ser formada por tres^ordens de
Bahia, inclusive a ribeira do mesmo logar das Confusões alé recifes. E' a. ilas 'fres Irmai.s do Ani nio Tlmm,' da Franca.
limitar com a Ireg. de Jeromenha. Elevada á categoria de villa
pela Lei Prov. n, 257 de 12 de agosto de 1850, lendo o seu termo REBOJO. s. III. reiíorcussan, .Icsvio, cui mesmo la.dninoiíibo

por limites os mesmos da freg., foi desmembrada do termo de de veiild, por elfeito úe um corpo que iMicontrae lhe aliera a
.

REG — 342 — REG

primitiva direcção. Dá-se o mesmo nome na costa do Sul do ção hollandeza; Arsenal de Guerra, Tlieatro de Santa Isabel,
Brazil, a certos e determinados ventos esperados nas conjun- Èschola Maciel Pinheiro ou de Engenheria, Casa de Detenção,
cções de lua. Também ha rebojo d'agua produzindo os mesmos mercado publico, eíreja de N. S. da Penha, um dos templos
eífeito? (Dico. Alar. líraz.) Em
Goyaz dão o nome de fíebojo mais vastos e sumplu sos do Brazil: estações centraes da3
aos sorvedouros quo se ibrmam nos rios, pelo encontro das listradas de Ferro do Limoeiro, de S. Francisco e Central de
a°'uas vivas com as aguas mortas, e são accidentes perigosissi- Pernambuco Lyceu de Aid 'S e Oflicios novo ediflcio da Fa-
; ;

mos para a navegação fluvial, porque a emljarcação que nelle culdade de Direito (em construcção) Hospital Pedro II
;
Hos- ;

calie desapparece na voragem (Correia de Moraes). lingua Em pício de Alienados ; Recolliimenío dos líxpostos ; Hospitaes
tupi, o rc&ojo nos rios tinha o nome de jitpiá. Etijm.. Parece ser dos Lázaros e de Mendicidade; Instituto Benjamin Consiant
voe. pctuguez mas não o vejo mencionado em diccionario al- (antigo Gymna.'>io) ; e Assembléa estadoal. Ha, além desses,
gum da lingua. (B. Roh.an). outros edifícios de architectura inferior e onde fimcciona,m re-
partições puldlcas federaes e estadoaes e associações, como
REBOJO. Cachoeira no rio Paranapanema, entre a foz
sejam; a Alfandega, Correio, Camara MunicipTl, Faculdade de
deste rio no a do Tibagy, próxima
Paraná e das cachoeiras
Direito (velho ediiicio) Gabinete Portuguez de Leitura, Insti-
denominadas Laranjeira e Tombo do Meio.
,

tuto Arclieologico e Geographico, etc. Está em construcção o


REBOJO. Cachoeira no rio Tocantins, na cidade do Porto Paeeio Publico 13 de i^iaio, havendo além disso tres praças
Nacional e Estado de Goyaz. ajardinadas no centro da cidade; o parque do Campo da Re-
REBOJO. Ultima cachoeira do Arinos, entre o rio do Peixe pubica e os jardins da Praça 17 e da Pi'aça Maciel Pinheiro.
e o Juruhena, no Estado de Matto Grosso. A illuminação da cidade é feita a gaz carbónico, havendo al-
guns edilicios illuminados á luz eléctrica, como sejam a Casa
REBOJO EA
ONÇA. Cachoeira no rio Doce, entre a ca- de Detenção ea estação da E. de F. Central. E" cortada a ci-
choeira do M. e o rebojo de João Pinto. dade pelas linhas de l)onds de tracção animal da Compauhia
REBOJO DA PRaIA. Cachoeira no rio Paranapanema. Ferro Carril de Pernambuco, a qual serve a todos os dists. ur-
Precerle a liarra do Santo Ignacio. E' toda de diabase. banos. Para o serviço dos sub irbios ha duas estradas de ferro;
a do Recife a Caxang;i, que, além da linha principal, tem dous
REBOJO GRANDE. Ha no rio Paragiiay tres silios co- ramaes, e a do Recife a Olinda, que tem um ramal para a pov.
nhecidos sol) esta design.ição, devida aos fortes redonioinhos do Beberibe. Também faz o serviço dos subúrbios do sul a E.
em seu cannl. no l">tado de Matto Gro.sso. São: um, 14 l;i]s.
de F. Centi'al. As vias-íerreas de longo curso são tres, que par-
abiixo de Albuquerque outro, 22kils. abaixo de Coimbra e o
;
tem todas do Recife a Central, pi'0]u-iedade do Governo da
:

terceiro acima da VoU;i do Periquito. União, e as do S. Francisco e Limoeiro, propriedade de compa-


REBOJO GRANDE. Ilha no rio Guaporé, entre o rio nhias ir glezas. Dentro do perímetro d.i cidade existem tabricas
Branco e a bo -a inferior do S. Simãosiaho, no Estado de da chapéos, de calçado, de plioaphoros. ile fiarão e tecidos, de
Matto Grosso. pregos, de cerveja, de cartas de jogar, de perfumarias, de vinho
de caju, de tecidos de malho, de sabão de moveis, de óleos ve-
REBOJO GRANDE.
Furo ou braço do S. Lourenco que, getaes e uma de vidro. Existe uma Bibliotheca Publica e mais
partindo de sua m
irgem dir., vai á bailia de Caracará, no Es- as do Gabinete Portuguez de Leitura e da Faculdade de Direito,
tado de Matto Grosso. Toma o nome de um redomoinho que além de algumas outras d!> a^^saciações par ticidar ;s. Publi-
ha em sau curso. cain-se (1897) os seguintes jornaes : /jítíii de I'eriia''dnLCO,
REBOJO GRANDE. Cachoeira no rio Tapajoz, logo aljaixo .JoriiiiJ r/o Tlccifc. A P rocincia, Commcrcio âc Pernambuco,
da do Taquaralsinho, no Estado de Matto Grosso. Gazela <hi Turdi'. além de outros liltprarios .1 Cidadã e O
:

Estado, líxistem tamlipm ilo is periódicos illusti'ados A Lan-:

REBOJO GRANDE. Cachoeira no rio Paranatinga, entre terna' Magica eo I.^-ãJi do Xortc. As egrejas do mun. do Re-
o síilto das Side Quedas e a cachoeira do Miitnm, no hlstado cife são: Freg. de S. Pc Iro (ionçalves Matriz do Corpo Santo:
:

de Matto Grosso. lançou-se a primeira pedra pira .i raronstrucção. sendo


REBORDELLO. Pov. situada na costa oriental da ilha Ca- benta pelo bispo D. José Joaquim da Cunh Azeredo Coutinho i

viana. E', segundo Baena, logar de indios. Pertence ao miin. em 30 de sete níbro de 1800. Era então uma siin|d'S capellinha
de Chaves, no Estado do Pará. Foi el vada á pov. pela Lei erigida no melado do século XVI, por ppseadoi-es que escolheram
n. 37,3 de 18 de abril de 1896. a invocação de S. Frtd Pedro Gonçalves, em razão das afama-
das virtud 's e dos prodígios praticados iior esto patrono em fa-
REBOUÇAtí. I,og. do Estado de Pernambuco, no mun. de vor dos que se arriscaju aos iierigos do juar. Madre de Deus,
Barreiros. cuja funilação data de líiGi. filar, eregidaem 1(580 por João do
REBOUÇAS. Bairro do mun. de Campinas, do Estado de Rego Barros. Capella da Conoeie,ão (no arco do mesmo nome),
S. Pa do, com uma
escli. publ. de instr, prim., creada pr-la começada em 1040. Fregu^zia ile Santo Antonio, Matriz: ini- —
Lei Prov. n, 19 de 15 de fevereiro de 1881. ciada em 1752. foi teruiin.ida em 1790, cnslando sua construcção
34;()94s814. Conceição doa Militares, edilicada em 1777. Ro-
REBOUÇAS. Uma das estações da E. de F. Paulista, no sario di> Santo Antonio, eouíduida em 1777. Carmo, começou a
Estado de S. Paulo, entre as estações de Santa Barbara e Boa construcção era 1G87 e foi concluída em 1707. Santa Thereza
Vista. Agencia do correio. P^ica a .552 metros sobre o nivel (Ordem 3'') foi sagrada em 13 de outaibro de 1837 pelo diocesano
do mnr. Estacão telegraphica D. João da Purilicação Marques Perdigão, S. Pedro dos Cléri-
REBOUÇAS. Riacho do Estado do Paraná, afF. da margem gos, sagrada em 30 de janeiro de 1782, pelo bispo 1). Thomaz
esq. do rio Pntinga. da Encarnação Costa Lima. Livrau;ento, sua edificação é ante-
rior a 172.~>, (juondo foi reconstruída. Paraizo, con.struida era
RECANTO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
l('i8(> pelo ]\leslri' do Campo D. João de Souza e sua mulher
Serinhaem. Ha outros log. do mesmo nome nos muns. de Na-
D. Igiiez Barreto de Albuquerque. Espirito Santo, constiuiida
zareth e Correntes.
em 1089, foi sagrada pelo bispo D. Mathias de Figueiredo iMello.
RECIFE. Cidade capital do Estado de Pernamliuco, si- Em 8 de seiembro de 1855 rcconeiliou-a o bi^jjo D. João da
tuada aos S" 3' 33'" de Lat. S. e 37» 11' .52" de Long. Oec. de Purilicação BI. Perdi.uao. Congregação, concluída em 1708.
Pariz ou 8» 20' 15" de Long. lí. do Rio de .Janeiro, á margem dos S. Fi-aucisco, erecta lon lODii. N<4la foi se|)ultado o cidaver de
rios Capibaril;e e Beberibe, que a dividem em diversos bairns Henrique Dias, fallecldo em 8 de junho de 1002. Ordem 3' de
e entram no mar jior uma emhoccadura commnm, consliluimjo S. Fj-ancisco, principiou a construcção em 1653, em terreno que
o ancoi'adouro interno do porto da mesma cidade. Lig.Tin-se foi comprado aos frades pior .50 S ; foram susp"usas as obras em
enire si os dilferenlcí faiia-os da cidodc jior quatro grandes e 171ii por desavenças com os mesmos; em 172ii continuaram os
bellas pontes, a S^te de Seteinln-o, a Bu irque de jNIacedo, n de trabalhos que só em 17 72 foram conclnidos, isto é. 119 annos
Pedro 11 ou Boa Vista e a de Santa Isaljd o i>or duas outras depois de começados. Foi inaugurada era 1804. Arco de Santo
menores, também elegant"men le cunstruidas. que sâ'i as da Antonio construido em 1010. Freguczia de S José, Matriz . a : —
Magdalena e '1'orri'. Atém destas pontes ha ainda, |iarallolasás }u-imeira ]iedra foi solemnemeute assentada em 8 de setembro
de Santa Isabel e lioa Vista, as ilas Estra.das do hi^rro do Li- de 1>45 e b"nta jior I). João da Purificação, tendo sido alierta em
moeiro e do Caxangá. Pof,s\ie o arsoial de marinlia, jialaeio do S de dezembro de 1804, sagr.milo o vigário ca|.)i tular o Deão Dr.
Governo, edificado no mesmo local oudo existiin o primitivo pa- .Toaquim Fr.mcisco de Faria. Terço, a, primitiva construcção
lácio de Manricio de Na«sau, construido no tempo da domina- data do século i)assado, mas, reconsiruida a esforços da irman-
REC — 343 — REC

dade de sua iuvocai-ão, foi beata em 8 ile dezí^mbro de 1872 pelo declino teem estes de sa desviar ajienas dous a tres dias de sua
I)io<'esario I). Fcei \ik,l M u-ia Uoiu-alves de Oliveira. Mai-Iyrioí, derrota para ahi aportarem tanto para renovar provisões,
;

ediliciula eiii 178;'. ^> .


.Ic^ó Kib i .Mai' iniciada em 1(15:';, ini como pyra receber ordens » E c nn uma pop. dj cerca decénio
.

in:md:ula cnucliiii' |i>do ;i2'j io vniador D. Thomaz .Jixé de


(
e oitenta e cinco mil almas, convém acorescentar, é a cidade do
Mello, em 1787. Saal;i Ui la. o ilicada iirimitivameiit
1 entre os Recife iim grande centro coramercial, comum p n-to miiilo fre-
annus de 1773 a 1781, Ibi reodiisU-uida de 18G9 a 1870. Penha, quentado pelos nuviíxs e .urandes paquet s ipie fazem o trafego
Ibi saibrada em 7 de mairo de 178 í pelo bispo D. Frei José Fia- iivternacional com a tbiiíio. Já em ls.")2 mu illustre viajante
Ihii. Deiiiídida para ser reei nislniiíla, assenlou-se a prim.Mi-a iiv-jlez, M. Manslielil, eser -via sobre essa cíilole, dirigíndo-se
])cMlra rm (i de novembro de 1870, feijilo ,sas'rada a 28 de janeiro aos seus com[iatri.jtas « Agora é necessário qne formeis uma
;

de l.'^S:'. celebrando-e com toda a m:i i^u lieencia a [)rimeira 1'esla i


idéa lio modo p irq e eUá construído o ]iorto de Pernambuco
em Jde lever.-iio se-iii n t ollicia-ido i'iii aiiiLias as solemniilade.s porque certamente deve Ser contado entre as maravilhas do
;

nas (piiies assisliii O enUi.» bhp.. .b (dmd i, o Conde do Santo univeisi. emlHira não pareça tão verdadeiramente portentoso.
Agostinho D. .lo-é P. da Silva Parrns, o bispo do Maranhão Comipianto nãu esteja bastante' famíliarisado com a geographia
D. Ant-mio Candido de Alvarenga, lísle lemplo é do estylo do de do Ingar, posso, comtudo, dar- vos uma idéa do q:ie elle é.
Sant.i alaria Maior, de Roma. Fregiiezia tia Boa Vista, Matri/.: Parallelo ;i costa ciutc um estreito recife de rochas, que se levanta
— foi abenaem -1 de maio de 1784. ,^;aila Cruz, erecta em 1711 apenas sobre a superlioie ilas aguas, na maré, e no reflus do i

foi nella instituída a irmandade do .Senhor Bom Jesus da Via mar lica lora delbis quasi seis pés, parecendo seroe cin..'o a seis
Sacra pelo Breve Poniilicio de Clemenie XII, em 1732. S. G m- pés de largura. O porto de Pernambuco está f.irma'lo p ir este
çaln, reconstr lida ein 1712, era ante í des-ii época uma insi-ni- recife, ipie lhe serve de quebra-mar e entra-se nelle pela aber-
lioante cap-dlinha. Xi>spa .Senli a-a da Gloria, Ibi saarada em 171)1 tura teita no recife. Pernambuco poderia hirnar-se, sem cons-
pelo Deão Manoel de Araujo Carvalho G^indim. a enjii z do e e;n p:i- truir uma si'i pollegada mais. limp ndo e atnrnioseando siinples-
1

trimouio por elle doado, inieiou-s^ a eonstrueção da •; v.-k- ,;i|ud,in- me-nte o que existe, uma niagnitiea, ciifade. Um
laMço du mar,
do-o no emprehendimento seu irniãí)o P;iilre b'r.i n>-i!r. (i il' .i^aujo em qu-> desaguam do is rios, lava cem a brisa ioda a cidade,
Gondim. Na cnpella-nn.r do lemplo jaKcm sepulla lus .m vo-,im tendo uma e>ctrema ponte sobre cada um dos dmis ramaes ou
inortaes do Deão Manoel d'Arauio Car\allio GonJim. Sobdade, braços. E' necessário que conheçais que o terreno ao redor de
cujo terreno em (pie assent i do;ira em 171 1 o capitão do re-i- Pernambuco é uma extensa planície de areia, círcuindado por
meiítido linha do líecile líuz bio d'Oliveira Monteiro, foi lan- um semi-circulo de outeiros baixos de argila vermelha. A viala,
çada a primeira pe Ira pelo padre Antuni.. Manoel, Gov rnador da eminência destes morros, ó magnilica em todi a extensão
do Bispado, na ausência do liisp.j D. Manoel Alvares da L'os a, da planície que se esie ide aos nossos [lés como um vasto pano-
em 28 de setembro de 1716. Foi reconstruída em 1845. (Conceição rama dos verdes mais brilhantes. Pernamijuco jaz á borda do
do=! Coipieims. su:i, íiindação é devida a Christovão do Rego Bar- mar. .V redor da cidade, nas suas mais immediatus vísjnbanças,
ros ([ue nella. bn sepuHado. Está actualmente em obras e per- a planície é cortada di jardins e hortas, ca la uma de.stas e
tence a irmandade de Santa Cecdia. Kosario, sagr.ada em 1810 daquelles com a sua casa de campo ile facto, tudo é um
:

pelo cónego da catiiedral de Olinda, João Rodrigues Mariz. grande jardim um pouco descuidado». O illustre pernambu-
Conceição de João de Barros, fundada em li)7S pel padre João ' cano, Ur. Jo iquim Nabuco, a propósito da visita de Ram dho
José de Moura Jesus. Santo Amaro das Salinas, construída em Ortigão a esse !<lst:ido, escreveu em 1887 o seguinte « Voltando
:

lG8i. Nossa Senhora da Piedade, fundada por José Gonçalves de Olinda, Ramalho Ortigão percorreu esta cidade, que é para
Ferreira Costa, em 1871 não está ainda acabada. Capella do
: elle, como para lodos qne a teem visitado, a mais bella do
Asylode Mendicnlade. inangurinla em 28 de lullio de 1893 e sa- Brazil, e a sua impressão foi a mesma que tein o estrangeiro
grada pelo arcebispo do Uio ile Janeiro D. Joáo Esberard, e cora que aqui desembarca depois de ter estado no Rio e na Bahia.
assistência do da Bahia D. Jeronymo Thomé da Silva Capella O que primeiro fere a vista no Recife é a limpeza da cidade, a
do Senhor Bom Jesus da Redempção, no Cemitério Publico, co- brancura de toda ella. Vê-se bem acidado de uni povo de rio,
meeadaera 18.53, sob a direcção e plano do engenheiro Jose Jía- que vive na agua, como o pernambucano. E' um reflexo da IIol-
mede Alves Ferreira, foi terminada em 1855. Fregnezia da Graça landa que brilha ainda aqui No entanto. Ramalho vio esse
I

-^.M'triz, inaugurada em 3 de março de 1858. Nossa Senh ira branco das casas, das pontes, dos edilic'Os, dos navios, das velas
das Fron e ras 'la Estancia, fun lada por llenrhpze Uias, falle- e das nuvens, á luz do sol tro[)ical, que lhe dá o poder c Ici-
ci !o em 10 i2. Conceição de Belém, erguida em 1704 por Joáe nante dos espalhos de .Irchimedes, quando elle so é irresislivel-
Ignacio Ribeiro de Mello. S. José do Manguínho, edificada cm m 'Ute bell ao luar, que dá a essa cal crua e reverbera te um
) ii

1741 e rceon-tiui la em 1815. Fregnezia de Afogados Alatriz : — tom de pérola qne faz a cidade padecer toda de marmire, mas
edilicada em 1745, ten lo siih; reconstruída e augimmtada em de um mármore tirado das j izidtis dos sonhos e da alvura
1787, ipiando loi creada a irmandade de. Nossa Senhora, da Paz, immalerial dos phantasmas. Eu verdadeíramenie sinto que o
cujo primitivo compromisso foi apprtjvadoem 17J7, Rosario da imminente artista não se tenha demorado aqui á noit; para
Torre, reconstruída por João Carneiro Roiz Campello e sua mu- ver esse Recife, onde a imaginação de Castro Alves se povoou
lher D. Maria do Carmo R. Campello. Nossa Senhora da Boa de todos os seus sonhos de poesia, de liberdade e de grandeza,
Viagem, edilicada em 1707 pelo padre Leonardo Camello, em o Reoif.e do seu Pedro Ivo, —
« dormindo immerso ao luar. >> —
terreno doado por Balthazar da Costa e sua mulher D. Anna do Para conhecer imio ])aisagem não basta vel-a, é preciso muito
Araujo Custa. A cidade tem 184.000 habs. Em virtude da carta mais, é preciso qu:' as duas almas, a do contemplador c do
Regia de 10 de novembro de 1709 foi Recife elevado á cal -goria logar, cheguem a entender se quantas vezes ellas nem mesmo
;

de Villa, pelo que houve a sanguinolenta guerra denominada se faliam 1 Não é a todos que a natureza conta os seus segredos
âoB mascates. Pelo Dec. de 24 de fevereiro de 1823 foi elevada e inspira o seu amor, mas, mesmo com os poucos dc quom ella
á cidade. « O terreno em que assent a cidade, diz o Dr. Ro- i tem prazer eni fazer pulsar o coração, é preciso que elles se
dolphoGalvão (1893) é comple ;ime te plano o formado pela ac- i
approximem delia sem pressa de a deixar, com tempo para
eumnlaçào suecessiva de ma térias orgânicas e inorgânicas dopo- ouvil-a. Os viajan es nunca estão nessa disp isição de espirito
siíadas pelas enehent s dos dous rios. lí' pois, um solo de allii- em que é possível estabelecer->e o magnetismo da paisagem
vião, carecendo ser préviamente saneado com odas as cautellas i
sobre os sentiilos, de Iaci sobre o corarão. Felizmente Rama-
>

hygienicas, sempre que se (piiy.er construir soiíre cllc ipiali[ii''r Ihn l_)rligão é uma macliine |iliot. i^ie pb ica instanlanea, que
habd-ação. Na e.ítremidadi' norlee ao sul da eidad i:-;l..'(n |ian- apanha n'uin segundo o sen ulin eii .o Indo, o aconteci que as
tanos constit 'lidos pela mistura das aguas dos nos com ;is do mar, bòas machinas percebem c notam s mdiras na pelle ipie não se
sem que entretanto se nutem os defeitos perniciosos de suas em;i- vêem a olho mi, e que servem para conhecer a enfermidade
nações, por motivos que assignalarot depois. A zona dos r.xui- latente ! r^lle não terá sentido os ellluvios desta n.issa terra,
fjues, como são conheciilos taes pântanos entre w)<, estende al- os quaes talvez seja preciso ser pernambucano para sentir e que
gumas rarnilicações para o eesleda cid.idc e está sempre coberta podem não fr realidade e m.igia sinão ]iara nós mesni s, mas
))0r aljund.-i n U' v=L'-. t:i. ão arliores enli', ipie e(mi-.nTe em parte a impressão que lhe causou a nossa V<neziha de rnn ler-nos
para tte iiiai' e-mn i-onseipienci .s d is e\ baljeues jialusi.reg ». lim.i pintura qne d irará como as g avuras hol lanile/.as do
O almirante Onuehcz em seu importante l;abidlio intilulado La.-- século XVII. O Recife é com elfeilo uma Veneza... não pelos
còta^i du fíré.nl assim se exprime a respeito do llecife « .\ po- : paiacios de mármore do grande canal, que mostram, a meu ver,
sição desta cidade marítima na extrema oriental do continente a mais bella jibaso da architectura da Renascença, não pm* esia
americano é extr mamente vantajosa, listando muiio próxima da praça dc S. Marcos, que s^i (em uma rival no mundo, na praça
linh i de navegação de todos cs navios que atravessam o lilquailor da velha Piza, com os ipialro incomparáveis o sidilarioa edilicios
para entrar no hemispherio do sul, qualquer que seja o seu da sua gloria, não pela sua tradição de mascaras e barcarolas,
REC — 344 — REC

doges e pintoi-es, de amor e stylele, do cárcere e carnaval, que cado de S. José, ao oriente, os templos da Penha, S. José e do
flucfciia sobre as larguras e envolve no fundo de suas gôndolas Carmo, a multidão de torras, tudo concorre para dar a estes
a o-i-andi% a heróica, a deslumbrante Venezii em uma poeira de bairros um caracter distincto. Os bairros continen taes, Santo
gloria, dci:irada como as cupolas de S. Marcos. O Recife não Amaro e Bòa Vista, são unidos a parte iufular pelas pontes de
tem nada disso mas, como Veneza, ó uma cidade que salie
;
Santa Isabel e da Bòa Vista. A perspectiva desses bairros,
da o"ua e que s="nt3 a palpitação do Oceano no mais profundo allastados do ruido commercial e expostos obliquamente aos
dos seus recantos como Veneza, ellu Irm iim céo azul que
;
raios do sol, ofíérece mais enlevo em sua extensa linha de caes
parece lavado em suas aguas como se lavam os navios de grandes arborisado, em suas casas mais desaífogadas, em suas frontnrias
toldas brancas como nuvens, como Veneza, liasta uma caiieão m 'Ibor arcliitectadas, em sua ventilação nims livre e s iudavel.
na agua e uma band 'ira s )lta ao v<^nto para dar-lhe um aspecto A Bòa Visla |u-ende a attenção, não só quanto á edilicação par-
festivo e risonho, e por lim, como Veneza, ella tem um passado ticular, como á publica. Nesta avultam os eililici os do Gymnasio
que a coròa cnmo uma aureola e que brilha ao luar sobre suas Pernamb ica no Assembléa Priivincial, matriz da Bòa Visia,
,

pontes e as s as t >rr 'S, como a alma de uma nacionalidade H ispiuil Peilro II, até ao S. do biirro, cemitério publico, va^^t i,
morta Melhor, p réui, n-> que em Veneza, os canaes do líecife
!
arborisado, com s;ia elegante eapella gothica, palácio da Sole-
são rios, a cidaílo sahe da agua doce e não da maresia das dade. Mesquita Ingl^za, hospitaes Militar e Portugiiez e estação
lagrimas, o seu horizonte é amplo e descobei-to, as suas pontos da via-ferrea de Olinda. »
são compridas como terraços suspensos sobre a agua, e o Oceano RECIFE. (Porto do). No Estado de Pernambuco, fí' for-
vem se quebrar diante delia em um kncol de espumas, por mado pela juncção dos rios B;bn'ibe e Capibaribe, e limitado
sobre o extenso recife que a guarda, cnmo uma trincheira, pela praia e por uma muralha natural de pedras, que se deno-
geuuflexorio immeaso, onde o eterno aluidor da terra se ajoe- iiiina recife. Este recife tím a fórma quasi rectilínea e eslen-
lhará ainda por séculos diante da graça frágil dos coqueiros ». ile-se desde o S. da pov. da Boa Viagem até o pharol a sua;

Descrevendo esta cidade, escrevia em 187Õ o Dr. Manoel l'oreira largura varia de 22 a 66 metros. Ao N. do pharol, na distancia
de Moraes Pinheiro, '
m
sua 6t'o,7. especial de Perihi irib> i-o
:

de 70 metros, eslá a pedra denominada Tartaruga, donde co-


«. A cidade do Recife divide-se em tres partes: peninsular, meça a barra pequena ou do Picão, tendo de tres a quatro me-
insular e continent il. A parte peninsular, occupada pelo bairro tros de profundidade e 110 de largura. A partir de^te ponto o
de S. Frei Pedro Gonçalves, é banhada ao oriente e sudoeste pelo recife eleva-se na extensão de 500 metros até o exiremo S. da
Oceano e ao poente pelos rios Beberibe e Capibarile. No bairro Barra Grande, porém, sempre coberto por dous a tres metros de
do Recife, destaoara-s^ dentre a sua casaria esguia o Arsenal agua. Fórma a Barra Grande a depressão que o recife apresenta
de Marinha, os palacetes das associações Gommercial e Per- na extensão de 880 metros, pouco mais ou menos o seu fundo
;

nambucana de Navegação Costeira, singelos, porém vastos e varia de sete a nove metros nas mais balsas marés, na metade
elegantes; a Alfandega, vast e colossal, empório commercial
i

do sul, e de cinco a seis metros na metade do norte. Mo mão


do norie do Brazil o templo de S. Frei Pedro Gonçalves,
;
da barra do sul existe uma rocha indicada por uma boia, a
pesado e rígido nas suas fónnas aixhit ctonicas, tanto quanto o
qual divide em duas a barra do sul. Ao N. da Barra Grande, o
granito e cantaria que lhe vestem a fro ataria e alto a baixo
'

;
recife eleva-se, porém, sempre submerso, e segue em linha recta
a ponte do Recife, toda de íerro, largi e extensa, forte e ele- até os baixos de Olinda. Do pharol para o S. o recife conser-
gante ao mesmo tempo. » As-im qualilicando a ponte do Re- va-se fora da agua a'é o S. da Boi Viagem, tendo algumas
cife, não saltemos o que o Dr. iMoraes Pinheiro diria da ponte ab rtii as eni diversos logares, sendo a mais importanie a de-
Buarque de Macedo, que foi construída depois de escripta a nominada da Barreta, que lica cerca de 3.000 metros distante
sua Geographia, e que seguramente se pôde chamar uma aas do pbarnl, e tem pouco miiis ou menos tiô metros de abertura.
maravillias do mundo. Vamos dar uma idéa dessa obra prima, Fóra do recife o mar apresenta um anioradouro desabrigado,
apenas fallando de sua consti'Ucção. Foi ella iniciada no dia chaniado Lameirão, cujo fundo, fiu'mado de areia gros a, varia
16 de janeiro de 1882, sendo o seu primeiro director, o enne- á proporção que se afasta do mesmo recife. Na distancia de um
nheiro Antonio Vicente do Nascimento Feitosa, que a dii-igio kil. e parallelo ao recife, está o baixo de pedra denominado
até dezembro de 1885, quando assumio a sua direcção o enge- Banco Inglez; asna posição é fronteira á b;irra do Picão e ao
nheiro Alfredo Lisboa. Sua constrncção prolongou-se por oito recife submergido, que a esta se segue. Em
toda a ext'^nsão do
annos, nove mezes e quatro dias, e custou, alé o dia em que foi recife a parte interna é qunsi a prumo, mesmo naquella que
entregue aotransito publico, a quantia de i.037:800,;331, sendo íica submergida. O fundo do porto é de ureia: asna profundi-
104:985S1Õ7 correspondente ao custo, frete e seguro do material dade cresce á medida que se afasta da praia é variável no
;

meiallico. E' formada de dous encontros e 11 pi'ares de can- sentido longitudinal, segundo o canal, que fórma o porto, e é
taria, levantados sobre alicerces de concreto de pedra e cimento, mais ou menos estreito. Em frente á Barra Grande e ao recife
e da supt^rstructura de ferro, composta de seis vigas continu is, submerso, a profundidade do porto é de sete a nove metros, e
jungidas por forte travejamento, que sustenta, por meio de fórma um bom ancoradouro que se chama Poço, apezar da asi-
taboleiro de madeira, a calçada e lagedo dos passeios. O ta- tação das ondas provenientes da submersão do mesmo recife.
boleiro tem de comprimento 283™, 30, a calçada carreteira tem Vide esiudos sobre as obras necessárias ao desenvolvimento do
7m.42 de largura e a calçada dos p:isseio3 lateraes 3"\4-l. A porto de Pernambuco por Victor Fournié.
primeira caíçada, feita de p:) rallelipipedos de uma igualdade
absoluta, é a mais perfeita que conhecemos no género. A dos RECIFE GRANDE. Cachoeira do rio Arinos, abaixo dado
passeios lateraes é feita de bellos ladrilhos, terminando do lado Pieeife Pequeno. P,issa-se-a por um canal á esq. com as canoas
interior em uma sargeti de lerro, guarnecida de cimento. O descarregadas. E' o ultimo tropeço que se encontra na navega-
peso da superstructura metallica attinge a 997 tonelladas mé- ção do Arinos. JC também denominada Corredeii'a da Meia
tricas e as pilastras e o parapeito de ferro a 141, .5 tonelladas. Carga.
O parapeito é guarnecido de uma longa serie de columnas de RECIFE PEQUENO. Nome dado por Miguel João de Castro
ferro, terminadas em bellos lampeões de gaz, com magníficos e Antonio Thomé da F'rança á cachoeira, logo abaixo do rio Sa-
globos protegidos por guardas metálicas. A noite, a illumina-
' raré, no Arinos, e acima da do Recife Grande, onde o rio corre
ção da ponte, reflectida pelas aguas, produz um eifeito deslum- entre serras.
brante. « O Recife insular, continua o Dr. Moraes Pinheiro,
occupado pelos bairros de Santo .Vutonio e S. José, banhados
RECÔNCAVO. Dist. do Estado da Bahia, no muu. de São
Francisco. Orago N. S. do Soccorro e diocese archi-episcopal de
pelos dous braços do Capibaribe, não é menos pittoresco, obser-
S. Salvador. A matriz é edificada em uma montanha crca de
vado aos quatro pontos cardeaes, d'onde, ao oriente, fronteiam o um kil. distante do rio Matanpe. Tem 3.000 hal.s. ; diversos en-
bairro de S. Frei Pedro Gonçalves, a muralha dos arrecifes, e
genhos de assucar e fizendas de criação; duas eschs, publs. de
D porto repleto de navios ao sul, a Nogueira, ilhota florestal de inst. primaria. E' parochia antiga.
coqueiros, ao norte e ao occidenle, fronteiam os bairros de Santo
Amaro e Bôa Vista. O aspecto destes bairros é dist.incto do do RECÔNCAVO. Dist. do Estado da Bah ia, no mun. de São
bnirro de S. Frei Pedro Gonçalves, pelo alargamento das ruas, Francisco. Orago N. S. do Monte e diocese archi-episcopal do São
pelo desaffogo da armais ameno, pelo commercio
casaria, pelo Salvador. Já era parochia em 1608. Sua matriz é edificada em
a retalho mais amplo, porém menos nddoso, não excluindo o uma alta montanha, donde lhe vem o nome, perto do mar e do
movimento, a circulação, a vida emquantc o palácio do Go-
: rio Paramirim. Nes.=a parochia nasceu o capitão-mór Balthazar
verno, ao N. da o Theatro de Santa Isabel, ao seu lado, a
illia, Bulcão, primeiro Barão de S. F^rancisco. Tem quatro a cinco
Camara Municipal, em frente áquelle, o Jardim Publixio, ao mil habs. Exporta assucar, mel, farinha de mandioM. cereaes e
centro, a Detenção, &o longe, o Gazometro, além desta, o Mer- gado. Tem duas eschs, publs, de inst. primaria.
/jO,865
RED — 345 — RED

RECÔNCAVOS. Log. do Estado do Piauliy, no termo de REDINHA. Rio do Estado do R. G. do Norte, nasce na
S. João do Piauhy. lagòa de Estremoz, banha o mun. de S. Gonçalo e desagua no
oceano no logar denominado Redinha. (Inf. loc).
RECOSTA. Log. do Estado do R. G. do Sal, no mim. de
S. Francisco de Paula de Cima da Sei-ra. REDINHA. Ribeiro alT. do rio Potengy. Communica com
RECREIO. Log. do Estado do Piauliy, no mun. de S. João
o lago Guajerú por um estreito canal. (Inf. loc).

do Piauhy. REDOMOINHO. Log, do Estado de Pernamiuico, no rnun.


de Goitá.
RECREIO. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. de
Nazaré th e Muribeca. REDONDA. Log. no mun. de Mossoró do Estado do R,. G.
do Norte.
RECREIO. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de São
Miguel dos Campos. REDONDA. Uma das cinco ilhas que formam o grupo dos
Abrolhos, no Estado da Bahia, a O. de Santa Barbara e em
RECREIO. Log. do Estado do Rio de .Janeiro, no dist. da
distancia de um quarto de milha.
Bemposta do mun. do Paraliyba do Sul.
RECREIO. Log. do Estado de S. Paulo, no mun. de
REDONDA. Ilha do listado da Bahia, no rio S. Francisco,
entre Pilão Arcado e Remanso e próxima das ilhas do Estreito
Queluz.
e Traficante (Halfeld).
RECREIO. Estação da E. de F. Leopoldina, no Estado de
REDONDA. Ilha do Estado do Rio de Janeiro, no dist. da
Minas Geraes, entre as estações denominadas Santa Isabel e
Ribeira e mun. ds Angra dos Reis. Ha uma outra ilha do
Campo Limpo. Agencia do correio estação
telegraphica,
e
mesmo nome no mun. de Paraty.
Fica n'um pov., actualmente bastante florescente. Dista cinco
kils. da sáde da freg. da Conceição da Bòa Vista. Dahi parte REDONDA. Bella ilha montanhosa e deshabitada no archl-
o ramal do Alto Muriahé. Tem duas eschs. publs. Foi ele- p^lago ao S. de Paquetá é também conhecida por ilha das
;

vada á dist. pelo Dec. n, 123 de 27 de junho de 1890. Cabras, porque, ha alguns annos, ahi pasta um rebanho
desses animaes. (Fausto de Souza. A bahia do Rio de Ja-
RECREIO. Serra do Estado de Minas Geraes circumda a ; neiro).
O. o dist. da Conceição da Bòa Vista pertencente ao mun, da
Leopoldina. « Esta serra é um ramal da da Leopoldina ães- ;
REDONDA. Ilha do Estado de S. Paulo, no mun. de Ita-
taca-se desta a SE. da cidade e divide as aguas do ribeirão nhaen.
dos Monos das de diversos córregos ao N. Prolonga-se na di- REDONDA. Ilha próxima ao littoral de S. Francisco; no
recção ENE. e vai abaixando-se até o córte do Pacifico da Estado de Santa Catharina.
E. de F., que atravessa-a no kil. 70; formando deste ponto REDONDA. Ilha do Estado de Goyaz, no rio Araguaya,
em diante uma seriede coUinas que vão morrer no rio Pomba.» pouco abaixo de Santa Leopoldina»
(Inf. loc).

RECREIO. Ilha do num. de S. José de Alem Parahyba. no


REDONDA. Serra no mun. de Caxias do Estado do Mara-
nhão, nas mattas da estrada da Barra do Corda. E' mui
rio Parahyba Estado de Minas Geraes, ligada á cidade por uma
e
conhecida por sua altura e por frequentes phenomenos de
ponte, com um theatrinho e umas 14 casas. E' de propriedade
electricidade, a que é sujeita. Ouve-se ás vezes o estampido ale
particular, tendo a Camara Municipal inspecção nas ruas. E'
em Caxias e quando tem logar á noite vè-se a brilhante luz
também denominada do Esquerdo, eléctrica. Nessa serra houve antigamente uma aldeia de indios.»
RECREIO. Ribeirão do Estado de Alinas Geraes, aíf. do rio (Almanakào Maranhão. 1860).
Poml)a Recebe o córrego dos Barbosas e o ribeirão da Capi- REDONDA.
.
Serrota no districto do Canindé do Estado do
vara. Ceará.
RECREIO João do). Um dos portos
(S. em que fazem
escala os vapores que navegam no rio Guamá ; no Estado do
REDONDA. Serra do mun. de Cascavel e Estado do
Ceará.
Pará.
RECREIO DA FORMIGA. Log. do Districto Federal, no
REDONDA. Serra do Estado do R. G. do Norte, no mun.
do Patú.
dist. do Engenho Novo.
RECURSO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
REDONDA. Serra do Estado de Sergipe, no mun. de Ita-
baiana, 18 kils. a O. desta cidade. E' coberto de mattas e pres-
Palmares. ta-se á plantação de cereaes.
REDEMPÇÀO. Com este nome a Lei Prov. n. 2.167 de 17 REDONDA Serrado Estado do Rio de Janeiro, entre Ita-
de agosto de 1889 elevou á categoria de cidade a villa de Aca- borahy Saquarema.
e
rape, no Estado do Ceará.
REDONDA. Ponta na costa do Estado do U. G. do Norte,
REDEMPÇÃO. Villa e mun- do Estado de S- Paulo, na a menos de tres milhas da ponta da Redondinha, na Lat. S de
com. de Taubalé, ligada á esta cidade por uma estrada, ao 4"õl'36"e Long. de 6''8'40'' E. (Vital de Oliveira) Forma uma ,

sopé de duas montanhas e banhada pelo ribeirão do Palmital. pequena enseada em forma de meia lua, mas algum lunlo es-
Bra a antiga parochia de Santa Cruz do Paiolinbo, creada parcellada. «A ponta, diz o pratico Philippe, é formada por
pelo art. I da Lei Prov. n. 3 de 24 de março de 1860 e ele- um lagedo; ao mar delia existe fundo de 9 metros (4 1/2 braças),
vada á villa com o nome de Redempção pela .de n. 33 de 8 de na distancia de meia milha da costa: aqui ha um ancoradouro,
maio de 1877. Tem 3.000 habs. e duas eschs. publs, de inst. porém é inteiramente desabrig-ado por licar sujeito ás grandes
prim. Agencia do correio. Sobre suas divisas vidte Leis Provs. :
virações do ENE que ali combatem do meio dia para a tarde,
n. 7 de 7 de abril de 1864; n. 58 de 28 de fevereiro de 1881; commum em todo esse espaço da costa. Na enseada
o que é
n. 76 de 3 de maio de 1886. Comprehende os bairros : Pinhei- notam-se algumas casas de pescadores e coqueiros. » Na en-
rinho. Lagoa, Retiro e Paiol Grande. O mun. é geralmente diz Vital de Oliveira, se ]iodorá ancorar eni 20 e 24
seada,
montanhoso e abundante de mattas. Regam-no os rios Parahy- palmos de fundo; areia lina, porem nunca para dentro da
tinga, Pirahy, Paraoná, Aíionso, Retiro e Palmital. Lavoura ponta da Redonda, lísia i>onla é um
outeiro oblongo do areia
de café e cereaes. Dista da capital do Estado 180 kils., de sem a menor vegetação ». A pouco mais de 5 milhas da Redonda
Taubaté 30, de S. Luiz do Parahytiuga 30, da Natividade 19, por 73" SE. fica a ponta do Md ou do Mello.
de jambeiro 30 e da cidade do Parahybuna 24.
REDEMPÇÃO. Log. do Estado do Amazonas, na margem
REDONDA. Lagòa do Estado do Ceará, no mun, de Lmary.
esq. do rio Purús. REDONDA. Lagòa do Estado do R. O. do Norte, no mun.
REDEMPÇÃO. Estação da E. de F. União Sorocabaha. no de Apúdy.
mun. de S. Manoel o Estado de S. Paulo. REDONDA. Lagôa do Estado do Pernambuco, no mun. do
REDEMPÇÃO. Vide Campo do Bomfim. Brejo, á margem esq. do rio Ipojuca. (Inf. loc.)

REDINHA. Log. no mun. da capital do Estado do R. G. REDONDA. Lagòa do Estado das Alagoas, no mun . do Pão
do Norte. de Assucar.
DICC. GEOQ. 44
. .. . .

REF — 346 — REG

REDONDA. Lagoa do Estado de Sergipe, no mun. de Pi'o- REFRIGERANTE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun.
priá. de Amara gy.
REDONDINHA. Ponta na costa do Estado doR. G. do Norte, REFRIGÉRIO. Log. do Estado da Pernambuco, no mun. de
a seis milhas por?'?" NE. do pontal de Upanenia, na Lat. S. de Aniaragy
4" 55' 1" e Log. de 6" 6' 13" E. (Vital de Oliveira) Entre esses
dous pontaes lica o ãa. Entrada.
REFRIGÉRIO. Riacho do Estado do Geará, banha o mun.
de Santa Quitéria edesagua na margem esq. do rio Groa-
REDONDO. Pov. do Estado do Maranhão, na com. de Tury- hiras. ,

assu, com uma esoh. publica. REFUGIADO. Log. no mun. da Vaccaria do Estado do
REDONDO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. de R. G. do Sul, com uma esch. publ. de inst. prim. creada pela
Queluz; com uma esch. publ. de inst. primaria. Dista 18 Lei Prov. n. 1.461 de 30 de abril 1884.
kils. de Queluz. Tem uma capella. O terreno produz muito
cale. Nelle não oahe geada.
REFUGIADO. Galho O. do arroio do Julio, affl. da
margem dir. do rio Taquary, trib. do Jacuhy ; no Estado do
REDONDO. Morro do Estado do Parahyba do Norte, no mun R. G. do Sul.
de Cajaseiras. REGA. Ribeirão do de Santa Catharina ; desagua na
l!.stado
REDONDO. Morro do Estado de Sergipe no mun. do La- margem esq. do rio do Testo, trib. do Itajahy-assú. Rega o
garto. mun. de Blumenau.
REDONDO. Morro do Estado do Rio de Janeiro, entre Barra REGALIA. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun. de
Mansa e Rezende. Traliiry
REDONDO. Morro do Estado do Rio de Janeiro, no dist- REGALIA. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
do S. Francisco de Paula. S Lourenço da Matta. Ha outro log. do mesmo nome no mun.
de Barreiros.
REDONDO. Morro do Districto Federal, no dist. de Gua-
ratiba. REGALO. Pequeno rio do Estado do R. G. do Norte,
banlia o mun. de Canguaretama e desagua no rio Catú.
REDONDO. Morro do Estado de Paraná, no mun. da (Inf. Ice.)
Morretes
REDONDO. Morro do Estado do R. G. do Sul, no mun. de
REGALO. Porto no rio Parnahyba, cerca de 12 kils. abaixo
da cachoeira do Galheiro. Deve seu nome á uma fazenda que
Pelotas.
ahi existe.
REDONDO. Morro do Estado de Minas Geraes, no mun. da REG AME. Rio do Estado do Rio de Janeiro; vai dèsaguar
cidade de Baependy.
na lagòa de Araruama com
o nome de Leites ou Lavageno.
REDONDO. Mori'o do Estado de Minas Geraes, ao S. da cidade Recebe o Palmital, mais tarde Maribondo.
de Lavras.
REGÊNCIA. Rio do Estado do E. Santo, pertencente á
REDONDO. Monte pi-oximo á estrada de Goyaz, entre as Tor- bacia do Tauá, que é trib. do rio Santa Maria.
rinhas e o morro do Paredão, no Estado de Matto Grosso (Dr. S,
da Fonseca. Dião. cit.) REGENERAÇÃO. Villa e mun. do Estado do Piauhy, na
com. io Amarante, a 30 kils, da margem do Parnahyba, e a
REDONDO Montanha ao occidenie da villa do
(Morro). egual distancia da cidade do Amarante, em iima pequena emi-
Diamantino cerca de 90 kils.; no Estado de Matto Grosso. Neila nência, banhada por um riacho, trib. do rio Mulato, que faz
tem origem o riacho da Conceição da Serra. barra no Parnahyba. E' villa de pouca animação e decadente.
REDONDO. Morro do Estado de i\íatto Grosso, nas cabeceiras « Sua origem, diz o Sr. F. A. Pereira da Costa, remonta-se ao
do Paredão, perto dos ribeiros do Monjolinho ou Olho de Agua anno de 1772, quando depois de balidos os índios Gueguezes e
e do Jatobá, nas visinhanças da estrada de Cuyabá á Goyaz. Acaracozes, e expulsos das margens do Parnahyba e Urussuhy,
foram mandados aldeiar pelo governador Gonçalo Lourenco
REDONDO. Lago do Estado do Amazonas, na ilha Supea e
Botelho de Castro, em numero de 434, na missão ou aldeia que
mun. de Codajaz.
mandara orear á margem do rio Mulato, com a denominação
REDONDO. Lago do mun. de S, Bento, no Estado do Mara- de S. Gonçalo do Amarante, em homenagem ao Santo de seu
nhão. nome incumbindo da sua direcção o chefe militar que os havia
;

reduzido á obediência, o coronel João do Rego Castello Branco,


REDONDO. Lago do Estado de Goyaz, desagua no braço
Em virtude de ordem do governador, foram os Índios susten-
esquerdo do Araguaya, pouco acima da foz do rio Chrystal-
tados á custa da real fazenda, de carne e farinha, além de ou-
lino.
tros donativos particulares, mas como se tornasse considerável
REDONDO. Córrego do Estado de Goyaz, banha o dist. de essa despeza, aliás precisa, em quanto os Índios não recolhiam
São Sebastião do Alleraão e vae para o rio dos Bois. os fructos de suas primeiras plantaçõe?, foi comtudo supprimi-
REDUCTO. Log. da costa do Estado do R. G. do Norle, da, sendo, porém, lançada uma contribuição aos criadores da
entre a ponta do Calcanhar e a ilha de Cima. Tem ao N Parnahyba, Campo Maior e Marvão, para fazer as ditas despe-
uma pequena enseada, cujos recifes ficam mui próximos da zas durante o tempo que faltava. No entretanto foram bem
costa. escassos esses fornecimentos ; os índios viam-se na maior pe-
n'iría, lançaram mão do furto, e por fim, já desesperados, aban-
REDUCTO. Log. celebre do Estado de Pernambuco, á mar- donaram a Em
1773 contava a missão uma pop. supe-
aldeia.
gem direita do rio Formoso, distante desta cidade uma legua rior a 300 Índios, tinhaum capellão, e era seu difector o coro-
a leste, e meia da barra do mesmo rio. Na guerra Hollan- nel João do Rego Castello Branco, chefe da expedição que os
deza havia ahi uma fortificação deffendida por 20 homens havia trazido, ainda que cruelmente, ao grémio da sociedade.
commandados por Pedro de Albuquerque, que deu combate á E' assim que no anno de 1772 fogem da missão os Índios Aca-
esquadra das Províncias Unidas, escapando somente elle racozes, porém o governador fazendo partir uma força contra
coberto de feridas, a quem os hollandezes deram a liberdade os rebeldes, são elles reduzidos á obediência e tornam para São
pasmados de tamanha bravura (Vide, Historia da çjuerra liol- Gonçalo, Em
9 de julho de 1778 sublevam-se os índios Gue-
landc:a). Este log. foi visitado por D. Pedro II em 11 ou 13 guezes em 1780 ainda houve uma outra sublevação, e dahi
de dezembro de 1859 —
Nos arredores do monte em que esteve
;

por diante cessaram ellas e poude emflm a missão prosperar


o forte está a pov. da Pedra pequena e quasi insignificante. á sombra da paz e do trabalho, augmentando ainda mais em
RiíDUCTO. Log. do Estado de Matto Grosso, no dist, de 178G, com a extinoção da missão de S. João de Sende, depois
Santo Antonio do Rio Abaixo e mun. da capital. dos mais bárbaros massacres, cujos Índios foram mandados
REFOLES. Log. no mun. da capital do Estado do R. G. do
para a de S. Gonçalo. Em
1789 já era um pov. soflrivel, e já
se achava levantada a capella de S. Gonçalo. Era 1805, quando
Noríe.
foi creada a freg. do Amarante, e ínstallada em 1806 pelo seu
REFRESCO. Log. do Estado de Pernambuco, no dist. da primeiro parocho, o padre Joas Joel Leite Pereira de Castello
Luz e mun. de S. Lourenço da Matta. Branco, já a antiga missão de Índios era um pov. prospero e

I
REI — 347 — ROL

promeltedoi", e crescendo em desenvolvimento, foi mais tarde principal habitadora uma mxilher de nome Maria Rainha de
elevada á catliegoria de villa mas, transferida depois a séde,
;
França.
quer da villa quer da freg., para o local em que se acha lioje
a cidade do Amarante, flcou reduzida a uma simples pov., de-
REINO DE FRANÇA. Morro na cidade do Ipú do Estado
do Ceará, á esq. do riacho Ipuçaba. (Inf. loc).
cahio immenso, e ainda lioje não poude attingir ao g-i-áo de
prosperidade que já teve ». Foi creada parocliia pela Lei Prov. REINO DO BRAZIL. A Carta de Lei de 16 de dezembro
n. 751 de 2ó de agosto de 1871 e elevada á categoria de villa de 1815 que elevou o Brazil á categoria de Reino era assim
pela de n. 89G de 23 de junho de 1875, sendo installada em 2 concebida: D. João por graça de Deus, Principe Reeente de
de dezembro de 1882. Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Portugal e dos Algarve^, etc. Faço sabn- aos que a presente
Da antiga aldeia de S. Gonçalo do Amarante, hoje villa da Carta de Lei virem, que, tendo constantemente eni meu real
Regeneração, não i-estam vestígios; ssu? antigos hatis. indíge- animo os mais vivos desejos de fazer prosperar os Estados que
nas começaram a desapparecer. e em 1825 apenas existiam ali a Providencia Divina confiou ao Meu soberano regimen; e
40 Índios Acaroas, dirigidos pelo principal João MarcelUno de dando ao mesmo tempo a importância devida á vastidão e loca-
Brito, iiidio muito inteíligente e resoluto. lidade dos meus doiniuios da America, á cópia e variedade dos
preciosos elementos de riqueza que elles em si contêm e outro-
REGENERAÇÃO. Assim denominava-se antigamente a sim, reconhecendo quanto seja vantajosa aos meus íieis vas-
;

actual villa de Mazag.ão do Estado do Pará.


salos em geral uma perfeita união e identidade entre os meus
REGINALDO. Morro do Esta-do do Rio de Janeiro, no dist. Reinos de Portugal e dos Algarves, e os meus dorainios do
de Suruhy. Brazil, erigindo estes áquella graduação e categoria politica
REGISTRO. Bairro do Estado de S. Paulo, na estrada de que pelos sobreditos predicados lhes deve competir, e na qual
os ditos meus domínios já foram considerados pelos Plenipoten-
Taubaté a S. Luiz, no mun. de Taubaté, com uma esch. puhl.
ciários das potencias que formaram o Congresso de Vienua,
creada pela Lei n. 101 de 24 de setembro de 1892.
assim no tratado de alliança concluido aos 8 de abril do cor-
REGISTRO. Lcg. do Estado de S. Paulo, no mun. de rente anuo, como no tratado íiual do mesmo Congresso. Sou,
Porto Feliz. portanto servido e Me apraz ordenar o seguinte: l." Que desde
REGISTRO. Rio do Estado do Rio de Janeiro. Vai para a publicação desta Carta de Lei o Estado do Brazil seja elevado
o rio Cherem. Recebe ou é formado pelos rios Paraiso, Itape- á dignidade, preeminência e denominação de Reino do Brazil.
2.0 Que os meus Reinos de Portugal, AÍgarves e Brazil formem
ourú e Tinguá.
REGISTRO. Córrego do Estado do Rio de Janeiro, aff. do
de ora em diante um só e único Reino debaixo do titulo de —
Reino Unido de Portugal e do Brazil e Algarves. 3.» Que aos
rio Pomba, que pela E. de F.
o é do Macacti, E' atravessado titulos inherentes á Coroa de Portugal, e de que até agora hei
de Cantagallo sobre uma ponte de 5 metros de vão. feito uso, se substitua em todos os diplomas, cartas cie leis,
REGISTRO. Rio do Estado de S. Paulo, banha o num, de alvarás, provisões e actos públicos o novo titulo de Principe
Iguapé e desagua na margem dir. do rio deste nome. Regente do Reino Unido de Portugal e do Brazil e .Algarves,
d'aquém e d'além mar em Africa, de Guiné e da Conquista,
REGISTRO. Córrego aff. da margem dir. do ribeirão da navegação e commercio da Ethiopia, Arábia, Pérsia e da
Barreira próximo das divisas dos Estados de Minas Geraes e
;
Índia, etc. E esta se cumprirá como n^lla se contém. Pelo que
S. Paulo. mando, etc. Dada no Palacio do Rio de Janeiro, aos 16 de de-
REGISTRO GRANDE. Serra do Estado de S. Paulo, no zembro de 1815. —
Príncipe com guarda —
Marquez de Aguiar.
mun. de Xiririca, nas cabeceiras do rio dos Pilões. E' uma — « Com os registros competentes».
das denominações da Serra Geral nesse mun. REIS. Uma das estações da E. de F. Conde d'Eu, no Estado
REGISTRO NOVO. Pequeno córrego do Estado de Minas do Parahyba do Norte, no kil. 19,000"^; entre as estações de
Geraes, corta terrenos da colónia Rodrigo Silva e faz barra na Santa Ritae Espirito Santo.
margem esq. do rio das Mortes : tem um percurso de seis ki- REIS. Ilha no rio Urubu, aff. do Amazonas; no Estado deste
lometros. nome. Fica próxima da 2» cachoeira Iracema. (A. M. Shaw).
REGISTRO "VELHO. Córrego do Estado de Minas Geraes. REIS. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
E' um pequeno manancial cortado pela E. de F. Central e que
de Manhuassú e desagua no Entre-Folhas.
desagua na margem dir. do rio das Mortes.
REGO. Serra do Estado de Minas Geraes, a NO. do dist.
REIS MAGOS. Rio do Estado do E. Santo. E' formado
pelo Timbuhy e Fundão, corre para o Oriente, banha Santa
d'Alagôa, mun, de Ayuruoca. Cruz Nova Almeida e desagua no oceano na Lat. de 19" .57' 20"
e
REGO. Córrego do Estado do Ceafá, no mun. de Cascavel. Sobem por elle sumacas até Nova Almeida e d'ahi pm- deante
Ha ahi um açude publico. canoas até 30 kils. «Este rio é formado por dous braços: o
Sauauha ou Timbuhy e o F'unílão, este ao N. e aquelle ao S.
REGO DA MATTA. Log. do Estado das Alagôas, no dist.
recebendo o i" as aguas dos riachos Calugy e Crubixá e o 2" as
de Jaraguá. do ribeirão das Vollas e de outros ribeiros e córregos. A con-
REGO MOLEIRO. Pov. do Estado do R. G. do Norte, fluência tem logar no sitio denominado Duas Boccas a iluas
sobre o riacho do seu nome, ligada por uma estrada á margem léguas do oceano. Sobre a margem dir. do rio, que nase? dossa
do rio Salgado. coniduencia, e junto á barra foi assentada n'uma grande col-
REGO MOLEIRO. Riacho do Estado do R. G. do Norte, lina a aldêa dos Reis Magos, hoje villa de Nova Almeida. O
aff. do rio Potengy. rio tem na sua foz pouco mais de 40 braças de largura. A
barra apresenta nove a 10 palmos de profundidade no prea-mar
REGONE, Log. no mua. de Araruama do Estado do Rio de e cinco a seis na baixa-mar. íMeia légua além da foz só dá
Janeiro. navegação á canoas, que seguem sem embaraço pelo Fundão
REGRESSO. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Içá. até á distancia de 10 léguas ».
REGULY. do Estado do R. G. do Sul, na colónia
Pov. REIS MAGOS. Pharol na fortaleza do seu nome na barra ;

S. Lourenço e mun. de Pelotas com uma esch. pidjl. de inst.


; do R. G. do Norte. E' fixo; 5*^ dioptrioo. Alcança Í0 milhas.
prim., creada pela Lei Prov. n. 1.517 de 26 de novembro de Está a 3" 41' .50" S. e 40 28' 2'J" E. do Rio de Janeiro. Acceso
1885. em 29 de julho de 1872.
REI. Ilha do Estado do Amazonas, no rio Negro, próxima REISMUHLENBACH. Ribeirão do Estado de Santa Ca-
das ilhas denominadas Boiaquara e Assahy. tharina, no mun. de Joinville.
REI. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, alf. da mar- REIUNO. Córrego do Estado do S. Paulo, na com. da Ca-
gem esq. do rio Tijucas. pital,
REI. Lago do Estado do Amazonas ;
desagua na mai"gem RELÓGIO. Log. do Estado do Paran:í, na com. de Guara-
dir. do rio Branco (Alexandre Haag). puava .

REINO DE FRANÇA. Subúrbio da cidade de Ipú, no RELÓGIO. Córrego do Estado deMinasGcraes.no mun-
Estado do Ceará. E' assim denominado por ter sido sua do Carmo do Rio Claro.
. . '

REM — 348 — REM

REMANSXo. Ilha e lago do Estado de Goyaz, no rio Ara- da iMangabeira, ramificação da das Almas, cerca de 84 kils
guaya, ao S. do Ibz do rio Crixá. O lago desagua pela margem distante de Bom Jesus do Rio de Contas e Maoahubas, Cultura
direita. de canna, algodão, fumo, milho, arroz, mandioca e algum
cafc. Criação de gado. Possue muito 'ouro. Dista cerca de 228
RSMANSINHO. Riaclio do listado do Pará, nasce nas
kils. da estação Bandeira de filello da E. de F. Central.
terras da antiga colónia Santa Tliereza e desagua na margem
esq. do rio Tocantins. REMÉDIOS (N. S. dos). Dist. do Estado do Amazonas,
no mun. da Capital. Diocese de Manáos. Foi creado parochia
REMANSO. Villa e mun.
do Estado da Bahia, na com. de
pela Lei Prov. n. 264 de 15 de maio de 1873. Tem duas
seu nome, á margem esc£. do rio S. Francisco, a 994,5 kils. da
eschs. publs. de instr. prim. uma das quaes creada pela Lei
capital do Estado e a 8Í kils. abaixo de Pilão Arcado, bem Pi'Ov. n, 129 de 27 de julho de 1865. Sobre suas divisas vide:
povoada, com ruas paralisias ao rio, orladas de casas de cons-
Lei Prov. n. 264 de 15 de maio de 1873.
trucção moderna, com clima saudável. Orago de N. S. do
Remanso e diocese archiepiscopal de S. Salvador. Não consta REMÉDIOS (N. S. dos). Dist. do Estado da Bahia, no
dos ai'chivos do Estado a data da creação da parochia sa- ;
mun. da Feira de SanfAnna, 27,5 kils. distante da séde do
bendo-se apenas que o mun. foi creado por Alvará de 15 de mun. Diocese archi-episcopal de S. Salvador. Foi creado pa-
janeiro de 1810. Como nome de Pilão Arcado foi incorporado rocliia pela Lei Prov. n. 737 de 18 de maio de 1859. Tem 4.469
á com, do Rio S. Francisco pelo art. Ill da Lei Prov. n. 6 habs. e duas eschs. publs.de instr. prim. Por suas divisas
de 2 de maio de 1835, á de Sento Sá pela de n. 229 de 28 correm o? rios Jacuhype e Cavaco. Agencia do correio.
de fe\-ereiro de 1846, á de Chique Chique pelo art. I § IV da REMÉDIOS (N. S. dos). Dist. do Estado de iMinas Ge"
de n. 65IJ de 14 de dezembro de 1857, que tfansferio a sede rass, no mun. de Barbacena. Orago N. S. das Dores e dio"
da villa para o arraial do Remanso com a denominação de oese de Marianna, Foi creado parochia pelo art. I da Lei Prov.
villa de N. S. do Remanso do Pilão Arcado. Foi a dispo-
de n. 1.723 de 5 de outubro de 1870; supprimida pelo art. VIII
sição do § IV art. I da Lei Prov. n. 050 revogada pelo art. II da de n. 2.027 de 1» de dezembro de 1873 ; restaurada pelo
da de n. 910 de 23 de março de 18G4. A Lei Prov. n. 1.197 de art. VIII da de n. 2.085 de 24 de dezembro de 1874. O art. II
27 de abril da 1872 transferio a séde da i'reg. de Santo Antonio da Lei Prov. n. 2.770 de 17 de setembro de 1881 creou ahi
do Pilão Arcado, da pov. deste nome para a villa do Remanso. uma esoh. publ. de instr. prim. para o sexo feminino. Tem
Foi creada com. de primeira entr. por Acto de 3 de agosto uma outra para o sexo masculino. Sobre suas divisas vide
de 1892.. O mun. comprehende a freg. de Pilão Arcado e os Lei Prov. n. 3.040 de 23 de outubro de 1882. O território do
povs. Brojo do /lacarias. Barra, Peixe, S. José das Canastras dist. ó banhado pelos ribeirões Brejauba, que dista do arraial
e Pão a Pique. A pop. da -villa ó calculada em 17.971 habs. cerca de tres kils., e Mutuca cerca de seis. A lavoura consiste
Exporta ga'lo e sal. Agencia da correio. Até 1883 tinha duas
esohs. pubs. de inst. prim. Sobre suas divisas vide: art, III
em canna, café, fumo e cereaes. A
industria consiste na
criação de gado e fabricação de queijos. Também criam
da Lei Prov.n. 240 de 31 de março de 1846 e n. 287 de 12 de abelhas, de cuja cera fabricam velas. Possue os isovs. deno-
lunho de 1847. minados S. Domingos, Correas, Japão, Vai-gas, Maria Pereira
REMANSO. Logr do Estado do Piauhy, á margem do rio e alguns outros. A
pop. orça por umas 4.000 almas. Quanto á
Parnahyba, sohce um morro, a menos de dous kils. a,baixo do origem do pov. diz-nos o vigário dessa parochia, nada consta
logar denominado Desígnio e pouco acima do logar Madeira, •porque Jioure nm
capcHão que imiíillson lodos os documentos
que fica do outro lado do rio. que podiam dar alguns esolaraeimentos
REMANSO. Log. do Estado das Alagoas, em Piranhas. REMÉDIOS. Pov. do Estado do Ceará no niun. do Sobral,
a 18 kils. da cidade deste nome, na margem esq. do rio Aca-
REMANSO. Estação da E. de F. da Companhia Parilista,
rahú com uma capella.
no Estado de S. I^anlo, no kil, 9 da linha do Cordeiro a ;

Descalvado. Foi aberta ao trafego a 4 de novembro de 1884. REMÉDIOS, Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Goitá.
REMANSO. Igarapé no mun da
. capital do Estado do Ama-
zonas . REMÉDIOS. Log, do Estado de Pernambuco, no dist. de
REMANSO. Riacho do Estado do Piauhy, desagua no
Afogados e mun. da Capital.
rio
Parnahyba acima da foz do iUarcsllino. REMÉDIOS. Log. do Estado de Pernambuco, no mun, do
REMANSO DE E, Santo do Pau d'Alho.
S. FRANCISCO. E' também assim deno-
minada a corredeiíva dos Veados, no rio Parnahyba. REMÉDIOS. Log. do Estado das Alagoas, no mun. de
Santa Luzia do Norte.
REMANSO DO IMBUZEIRO. Pov. do Estado da Bahia'
na margem esq. do rio S. Francisco, acima da villa do Re-
REMÉDIOS. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
manso e junto do pov. da Praia. (Halfeld). da Bara Mansa.

REMANSO GRANDE. Log. do Estado das Alagoas,


REMÉDIOS. Bairro do mun. de Taubaté, no Estado de
no S. Paulo;com duas eschs. publs. de instr. prim. creadaspelo
mun. do Triumpho.
art. da Lei Prov. n. 10 de 15 de junho de 18G9 e Lei n. 101
II
REMANSO GRANDE. Riacho do Estado das Alagoas, aíf. de 24 de setembro de 1892. Tem uma capella.
da margem esq. do rio S. Francisco, (llalleld).
REMÉDIOS. Bairro do mun. de Jacarehy e Estado de São
REMATE DE MALES. Log. do Estado do Amazonas, no Paulo.
mun. de S. Paulo de Olivença, no rio Javary, foz do Ite- REMÉDIOS. (N. S. dos.) Capella antigamente erecta no
cuaby _

logar onde depois fundou-se o arraial do Medico, seis léguas a


REMÉDIOS. Log. do Estado de Pernambuco, no dist. da E. da cidade de Cuyabá e de ha muito extincta ; no Estado
IVlagdalena. de Matto Grosso. (B. de Melgaço.)
REMÉDIOS (n. Senhora dos). Villa e mun, do Estado da REMÉDIOS. Ponta no porto de Manáos, no Estado do Ama-
Bahia, ex-parochia do mun. de Bom Jesus do Rio de Contas. zonas.
Diocese arobiepiscopal de S. Salvador. Foi creada dist. pelo REMÉDIOS. Rio do Estado do Ceará, banha o mun. da
art. I da Lei Prov. n. 288 de 12 de junho de 1847 elevada á; Granja e desagua n'uma enseada que lica a O. do morro Ti-
paj^^ochia pelo ;irt. t da Lei Prov. n. 1.719 de 12 de abril de
puyú'.
1877, que dcsniemlirou-a da freg. do Bom Jesus do Rio de
Contas. 'J'('m duas nsclis. ]inbs. do inst. i)rim. criadas pelas REMÉDIOS. Rio do Estado das Alagoas, corre entre os
Leis Provi. iis. .Vi5 de 15 de jnulio de 1855 e 2.076 de 13 de nmns. de Santa Luzia do Norte e de Alagoas, e desagua na
agosto de i.SsO. lí' banliada peb) rio de S'-'U nome. Foi iaror- lagôa do Norte.
por.iila :'o iinm. (b' l.oiu Jesus pela Lei Prov. n. 2.348 de 27 de REMÉDIOS. Rio do Estado da Bahia, rega a parochia do
jiillui (Ir IN;;:'. I^ii (dcvada á villa por Dec. de 20 de janeii'o de seu nomecom. do IMinas do Rio de Contas e desagua no
e
18.(1 e incor|iiiiMd i com. do Minas dn Rin de Contas por Acto
,i
Paramirim, aíf. do S. Francisco. Do Estado nos informam
de 3 de agosln do IS'.)2. Com|jrehende os dist-i. de Remédios e nascer esse rio da serra do Brejo de Luiza de Brito, lançar-se
gom Succe:iS(>. IC_3l á si nada em um \'alle da serra ahi chamada
I

|
no rio da Caixa e ser também denominado S. Francisco.
. .

RES — 349 — RES

REMÉDIOS. Ribeirão do Estado de S. Paulo, no mun. de á categoria de villa pèla de n. 1.831 de 28 de junho de 1889,
Jacareliy. Corre para o Paraliyba do Sul.
que supprimiu a villa do Boqueirão. Foi rebaixada de villa,
pasíando á esta categoria o dist. de S. Lourenço pelo Dec.
REMÉDIOS. Rio do Estado do Paraaá, aíf, da margem n. 88 de 1.5 de fevereiro de 1890.
esq. do Tibagy.
RESERVA Serra do Estado de Minas Geraes, no mun . da
REMÉDIOS (N. S. dos.) Vide Medico. Christina. Vide Bocaina.
REMO. Poata na margem dir. do rio Negro e Estado do RESERVA. Lagòa no littoral do Estado do R. G. do Sul,
Amazonas, entre S. Gabriel e SanfAnna. Ha ahi uma próxima ás denominadas S. Simão, Rincão dos Veados e Poncho,
cachoeira do mesmo nome. A ponta é formada por uma grande com as quaes tem communicação.
pedra que tem a fórma da pá de um remo e dahi lhe veio o
nome, RESFRIADO. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. do
Grão-Mogol e divisas do dist. de Santo Antonio do Gorutuba.
REORICO. Log. do Estado de Pernambuco no mun. de
Bezerros. RESFRIADO. Ribeirão do Estado de Goyaz, entre Santa
Luzia e Entre-Rios desagua no rio Corumbá acima do porto
;
REPARTIÇÃO. Pov. do Estado do Maranhão, á margem denominado Burity após um curso de 39 kils.
esq. do rio Parnahyba. Serve de porto á villa do Brejo que
lhe fica a 12 kils. pouco mais ou menos para o poente. Tem uma
RESFRIADO. Córrego do Estado de Goyaz, alT. da margem
esch. publ. prim,, creada pela Lei Prov, n. 1.262 de 19 de maio esq. do rio S. Bartholomeu. (Inf. loc.)
de 1882. RESGATE. Dist. do Estado da Bahia, no mun. da Capital,
REPARTIMENTO. Travessão situado no rio Tocantins e com eschs. publs. de instr. prim. Orago N. Senhora do Resgate
próximo ao denominado Valentim. e diocese archiepiscopal de S. Salvador. Foi creado parochia
pela Lei Prov. n. 2.301 de 10 de junho de 1882, que desmem-
REPARTIMENTO. Log. onde o rio Nhamundá, divi- brou-a da freguezia de Santo Antonio Além do Carmo.
dindo-se em dous braços, vai com o nome de igarapé do Bom
Jardim lançar-se no Amazonas e com o de igarapé do Sapu- RESGATE. Bairro do mun. do Bananal, no Estado de
S. Paulo; com uma esch. mixta, creada pela Lei Prov. n. 56
cuá, constituir-se trib. do Trombetas.
de 22 de março de 1889.
REPARTIMENTO. Igarapé do Estado do Pará, no mun. da
RESGATE. Ribeirão do Estado de S. Paulo; rega o mun.
Capital.
do Bananal e desagua no rio Parahyba do Sul pela margem
REPARTIMENTO. Rio do Estado do Pará, banha o mun. direita.
de Melgaço e desagua no Jacundá.
RESGATE DAS UMBURANAS (N. S. do). Dist. do
REPARTIMENTO DIREITO. Igarapé do Estado do Pará? Estado da Bahia. Vide Umburanas.
na ilha Marajó, desagua no rio Mapuá, que tem um outro alf. RESPINGADOR. Ponta na costa do mun. de Paraty, Estado
denominado Repartimento esquerdo. do Rio de Janeiro, entre a ponta de Joatinga e a da Meza.
REPONTAR, Enxotar os animaes para
V. tr. (R. Gr. do S.j
RESSACA. Log. do Estado do Amazonas, no mun. de Uru-
um lado. ou também para a estrada quando, em viagem, delia curituba com uma esch. publ., creada pela Lei n. 122 de 16 de
se desviam (Coruja). Em outros sentidos o verbo repontar é
;

agosto de 1895.
portuguez, por exemplo quando se diz repontar a maré. Aulete
define assim « fazer conduzir ou refluir para um certo
: RESSACA. Bairrô no mun da Cotia, no Estado de S. Paulo
.
;

ponto. » com uma esch. pubL creada pela Lei n. 233 de 4 de setembro
Ama- de 1893.
REPOUSO. Log. no mun. da Labrea do Estado do
zonas . RESSACA. Bairro do mun. de Mogy-mirini do Estado de
S. Paulo ; com uma esch. publ. de inst. primaria.
REPOUSO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
Amaragy. RESSACA. Log. no mun. de Colombo do Estado do
Paraná.
REPRESA. Córrego do Estado do E. Santo, no espaço per-
corrido pela linha telegrapbica, entre S. Matheus e Mucury RESSACA (Sant'Anna da). Assim denominava- se a freg_
(Rep. dos lelegraphos) de SanfAnna do Carandahy, no Estado de Minas Geraes.
REPRESAS, Log. no mun. de Iguassu do Estado do Rio RESSACA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no antigo
de Janeiro. Era o ponto terminal da E. de F. do Rio do Ouro. dist. do Curral d'El-Rei.
Ahi ficam os reservatórios que recebem as aguas dos rios do RESSACA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de
Ouro e Santo Antonio. Dista dous liils. da estação do Rio do S. Gonçalo do Saj^ucahy; com uma capellinha dedicada a Santa
Ouro. Cruz.
REPUBLICA. Bairro no mun. da Mococa, no Estado de RESSACA. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. do
S. Paulo ; com duas eschs. publs., creadas pela Lei n. 101 de 24
de setembro de 1892.
Bom Despacho e mun. de Inhaúma.

REPUBLICA. Ilha no mun. da Faro e Estado do Pará, no RESSACA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de
Ibiturura e mun. de S. João d'El-Pvei ; com eschola.
rio Nhanuiadá
REPUBLICA. Ilha do Estado do Pará, no rio Tocantins, RESSACA. Pov. do Estado de Minas Geraes, na raagera
esq. do rioS. Francisco, abaixo da foz do Itacaramby. (Halfeld).
no Burgo Itacayunas e com. de Baião.
REPUBLICANO. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns. RESSACA. Estação da E. de F. Mogyana, no Estado de
S. Paulo, a 604'",7 de altura sobre o nivel do mar, entre as
de Amaragy Goyanna.
e
estações do Jaguary e Mogy-mirim, no kil. 54. A Lei Prov.
.

RERITIBA. Rio do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de n. 22 de 17 de março de 1883 autorisou a concessão de um
Paraty privilegio por 50 aunos para construcção, uso e goso de uma
RESERVA. Pov. do Estado do Paraná, no mun. de Tibagy, linha de bonds agrícolas movidos por animaes ou a vapor, a
distante 66 kils. da séde da villa e 6,6 do pov. dos Marins. Km qual partindo da estação da Ressaca e passando por diversas
1887 tinha 43 fogos é 346 habs. ( Inf. loc.) fazendas vá terminar na mesma estação. Agencia do correio e
estação telegrapbica.
RESERVA. Dist. do mun. de Guarapuava, no Estado do
Paraná. RESSACA. Morro no mun. de Ubatulia do Estado de
S. Paulo.
RESERVA. Log. do Estado de Santa Catharina, no mun. de
Lages. RESSACA. Furo que desagua na margem dir, do rio Ama-
zonas, aos 2" 47' de Lat. S. e 14" 37 de Long. Occ. no Estado
RESERVA. Antiga villa e mun. do Estado do R. G. do
daquelle nome.
:

Sul. Orago S. João e diocese S. Pedro. Foi creada parochia


pela Lei Prov. n. 4.703 de 13 de dezembro de 1888 e elevada RESSACA. Rio do Estado da Bahia, ali. do rio Gavião.
.

RES — 350 — RET

RESSACA. Ribeirão do Estado de S. Paulo; reune-se ao RESTiNGA. Morro do Estado de Minas Geraes, no dist.
rio M I3oy-mirim. dl) Cajuru e mun, de S. João d'El-Rei.

RESSACA. Córrego do Estado de S. Paulo; desagua no rio RESTINGA. Riacho do Estado de Sergipe desagua na
;

Parahyba do Sul, entre os córregos Comprido e da Divisa. E' margem dir. do rio S. Francisco, pouco acima do Pão de
atravessado pela E. de F. de S. Paulo ao Rio de Janeiro, hoje Assucar.
Central do Brazil, RESTINGA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. esq.
RESSACA. Córrego do Estado de Minas Geraes, afl'. da do Faustina, trib. do Ribeiro, que o é do Guahyba.
margem esq. do rio Capivary, trib. do Verde. RESTINGA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff. esq.
RESSACA. Ribeirão do Estado de Goyaz, aff. do rio Para- do rio dos Sinos
nahyba. Fica na divisa da Santa Rita do Paranahyba. RESTINGA. Arroio do Estado do R. G. do Sul, alf. do
RESSACA. Lago do Estado do Amazonas, na illia Supiá ou rio Uruguay, entre o Cambahy e o Ibictihy.
Supéa e mun. de Codajaz. RESTINGA. Córrego do Estado de Goyaz, banha o mun.
RESSACA. Lago do Estado do Amazonas, na ilba fron- de vSanta Luzia e desagua na margem esq. do ribeirão Ca-
teira ao Puraquequara, no termo da capital. clioeira, trib. do Samambaia, que o é do rio Corumbá.
(Inf. loc).
RESSACADA. Morro do Estado de Minas Geraes, no dist.
do Parauna e mun. do Curvello. (Inf. loc.) RESTINGA. Ribeirão que desagua á margem dir. do rio
Santa Gertrudes, galho do Brilhante no Estado de Matto
;
RESSACA VELHA. Córrego do Estado de Minas Geraes, Grosso.
aff. do ribeirão das Tres Poates, que oé do Ressaquinlia.
RESSAQUINHA (S. José da). Dist. do mun. de Barbacena, RESTINGA SECCA. Estação da E. da F. do Paraná, no
Estado deste nome, a 117,046 Itilms. de Curityba. Foi inaugu-
no Listado de Minas Geraes. Denominava-se Ribsirão de Alberto rada a 1 de novembro de 1892.
Dias. Fica nas proximidades da estação da Ressaquinha da E.
de F. Central do Brazil. RESTINGA SECCA. Estação da E. de P. de Porto Alegte
a Uruguayana, no Estado do R. G. do Sul, entre as estações da
RESSAQUINHA. Estação da E. de P. Central do Brazil. Estiva e Arroio do Só, a 52''', 946 de altura.
no Estado de Minas Gei-aes, distante 4021íils. da Capital Federal
e a 119™ sobre o nivel do mar. Agencia do correio, estacão RESTINGA SECCA. Serra no mun. de Santo Angelo, no
telegrapbica. Foi essa estação inaugurada a 12 de abril de 1882. Estado do R. G. do Sul.
RESSAQUINHA. Paraná do Estado do Amazonas, no mun. RESTINGA SECCA. Arroio do Estado do R. G. do Sul,
de Urucurituba. afl'. da margem esq. do rio Ibirapuitan, abaixo da cidade de
Alegrete.
RESSAQUINHA. Ribeirão do Estado de Minas Geraes,
nasce entre morros do Ibaté e Nené, perto da estacão da
os RESVALADOR. Arroio do Estado do R. G. do Sul, aff.
Ressaquinha a 1200 metros de altitude e reune-se com o Alberto do Urubuquara, trib. do Ijuhy-gi\ande.
Dias. Seu valle é estreito e tapetado de campos. Recebe á mar- RETINTO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aff. do
gem dir. os córregos da Picada, da Agua Limpa e o ribsirão rio Preto, que o é do Parahybuna.
das Tres Pontes e á esq. o córrego da Capitinga.
RETIRADA BONITA. Córrego do Estado de Minas Ge-
RESTAURADO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. raes, nas divisss do di^t. de N. S. do Rosario da Boa Vista do
de Cordeiros. Rio Verde, termo do Prata.
RESTINGA, s. f. Baixio de areia ou de pedra que, a partir RETIRINHO. Log. do mun. de Aracaty, no Estado do
da costa, se prolonga para o mar, quer seja constantemente Ceará.
visivel, quer aó se manifeste na baixa-mar. No Brazil meri-
dional se extende essa denominação não só á porção de terra RETIRINHO Rio do Estado de Minas Geraes, banha o
mun. da cidade do Turvo e desagua no rio Ayuruoca. E" tam-
arenosa comprahendida entre uma lagoa e o mar, como a
qualquer planície arenosa do littoral. No R. G. do Sul dão bém denominado Bicas. (Inf. loc ).
o nome de restinga á matta mais ou menos estreita que orla RETIRO. Dist. do Estado da Minas Geraes, no mun. de
as margens de um
rio; e no Paraná, além dessa signilicação, S. Gonçalo do Sapueahy. Orago N. S. da Piedade e diocese de
tem também a de matta estreita e comprida separando dous S. Paulo. Foi creado dist. da freg. de Sant'Anna do S 'p'icahy
campos de pastagem. ||
Etym. E' vocábulo de origem por- e termo de Pouso Alegre pela Lei Prov^ n. 1.721 de 5 de outu-
tugiieza. bro de 1870 elevado á categoria de i)arochia pelo art. I da de
:

RESTINGA. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de n. 2.402 de 5 de novembro de 1877; annexado ao mun. de São
Bello Monte, com uma capella. Gonçalo do Sapueahy pela de n. 2,454 de 19 de outubro de 1878,
Em suas divisas íicam os rio^ Sapueahy, Santa Barbara, Dourado
RESTINGA. Dist. creado pelo art. I da Lei Prov. n. 1.362 ribeirões da Estiva e Congonhal e o córrego Muquem. Sobre
de 4 de maio de 1882, no mun. do Passo Fundo do Estado do suas divisas, vide arts. I, II e III da Lei Prov. n, 2.775 de 19
R. G. do Sul. de setembro, e art. III da de n. 2.848 de 25 de outubro, ambas
RESTINGA. Pov. do Estado de Minas Geraes, no dist. de de 1.881 n. 3.267, de 30 de outubrede líi84. Tem umaescli.
Santa Rita do Rio Abaixo. publ de inst. prim. para o sexo masculino, creada pela Lei
Prov. n. 2.479 de 9 de novembro de 1878, e uma para o ^exo fe-
RESTINGA. Estação da E. de F. Mogyana, no Estado da minino, creada pelo art. II da den. 2.478 de 9 de novembro do
S. Paulo, entre as estações do Sipucaby-mirim e Franca, no
Foi aberta ao trafego a 24
mesmo anno. A respeito desta dist. informou-nos. em 1887 o
kil. 411 da linha do Rio Grande.
respectivo vigário. «Esta povoação, collocada em formosa col-
de junho de 1897. lina, domina um fértil 'valle, onde corre o rio Turvo. Possue
RESTINGA, lllia do Estado do Parahyba do Norte, na foz duas egrejas: uma pequena e humilde e era péssimo estado, que
do rio deste nome, próxima á barra do Cabedello, a 10 milhas serve cie matriz, e outra de N. S. do Rosario, que achando-se
da Capital. Houve ahi antigamente uma casa que servia de em melhores condições está inteiramente isolada da freg. Tem
Lazareto. Fórmadous canaes deseguaes, sendo que o principal, um cemitério regular e cerca de 100 casas. A lavoura é a da
ou o encostado á Fortaleza, tem a largura de pouco menos de canna, cereaes, algodão, fumo e café. A única industria
milha, correndo ao rumo médio de SSO e quasi cm linha recta. é a de tecidos de algodão e lã.» Segundo o Almanack Sul-
vSegundo Vital de Oliveira, essa ilha tem pouco mais de légua Mineiro (1884), foi pouco depois de 1850 que se realizou a
de extensão (N. S.) e menos de milha de largura; é baixa, fundação desse logar, que deve aos finados cidadãos Manoel
coberta de arbustos o quasi toda bordada de mangue. E' tam- Wencesláo Pimentel e capitão Possidonio Gonçalves de Ca-
bém denominada S. Bento. rvalho muitos serviços e o grande património que por elles foi
doado.
RESTINGA. Ilha na bahia do Espirito Santo, no Estado
desta nome, ao O. da ilha dos Papagaios e ao S. da restinga RETIRO. Pequeno, pov. do Estado do Maranhão, perto de
que da ilha do Boi vae para a praia de Suá. São João de Cortes. Ciilturg, de mandioca, milho e mamona.
.

RET — 351 — RET


RETIRO. Pov. no muii. de S. Francisco do Estado do RETIRO. Serra do Estado de Pernambuco, no mun. de
Ceará. Tem uma esch. mixta publ. de inst. prim,,creada pela Bezerros (Inf. loc).
Lei Prov. n. Si.UOõ de G de setembro de 1882,
RETIRO. Serra do Estado da Bahia, no mun. de Santo An-
RETIRO. Log. do Estado do Ceará, no mun. do Jardim. tonio da Gloria do Curral dos Bois.
RETIRO. Pov. do Estado do Pernambuco, no termo ela Flo- RETIRO. Serra do Estado do Rio de Janeiro, no dist. da
na serra de Arapuá. Ha outros logs. do mesmo nome nos
resta, Ribeira e mun. de Angra dos Reis. Ha uma outra serra de
muns. de Pulmaros, Nazareth, Goyana, Cabo e Gamelleira. egual denominação na Ilha Grande, do mesmo mun.
RETIRO. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de Piassa- RETIRO. Morro do Estado do Rio de Janeiro, próximo a
bussú. Ha
difterentes logs. no Estado conhecidos pelo mesmo E. de Ferro Grao Pará e do morro Sapicuará.
nome, no Pa.i-ahyba, eia Viçosa, Pão de Assucar, Branca,
Santa Luzia do Norte, S. José da Lage, Piranhas e Paulo RETIRO, Morro do Estado do Rio de Janeiro, no dist. de
Aftbnso. Suruhy.
RETIRO. Arraial do Estado das Alagoas, no mun. do Porto RETIRO. Serra do Estado de S. Paulo, no mun. do Ba-
Real do Collegio. nanal.

RETIRO. Pov. do Estado de Sei-gipe, no termo do Lagarto. RETIRO. Morro do Estado de S. Paulo, á margem do rio
Una de Iguapé.
RETIRO. Log. do Estado da Bahia, a 20 kiís. distante da villa
do Brejinho, com pequena lavoura de milho e feijão. RETIRO. Morro do Estado do Paraná, no mun. de Guara-
kessava.
RETIRO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. do
Vallão do Barro. RETIRO. Morro do Estado de Santa Gatharina, no dist.
da Lagòa.
RETIRO. Log. do Estado do P>,io de Janeiro, no dist. da Lage
e mun. de Itaperuna, com esch. RETIRO. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. do
Pará, nas divisas do dist. de S. José da Varginha.
RETIRO. Pequeno pov. do Estado do Rio de Janeiro, no dist.
de Santo Antonio do Jacutinga e mun. de Iguassu. RETIRO. Morro do Estado de Matto Grosso, ao S. da pov.
RETIRO. de Albuquerque, a cuja serra pertence.
Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. de
Maricá. RETIRO. Ilha do Estado de Pernambuco, no rio Capiba-
RETIRO. ribe,próxima á ponta da Magdalena pequena, mas occupada
Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. do ;

por muitas casas de campo. E' um ponto de recreio, no vrão


Pilar e mun. de Magé, com uma esch. mista de inst. prim. ;
para os moradores da cidade. E' ligada ao contineníe por
RETIRO. do Estado do Rio de Janeiro, no
Log. dist. da pequenas pontes.
Cascatinha e mun. de Petrópolis, na estrada da União e Indus-
tria com duas eschs. publs. de inst. prim.
;
RETIRO. Ilhas do Estado de Minas Geraes, no rio S. Fran-
cisco, pouco acima da foz do riacho Perú-assú e entre este
RETIRO. Bairro do mun. da Redempção e Estado de São riacho e o rio Itacaramby (Halfeld).
Paulo.
RETIRO. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de Óbidos,
RETIRO. Bairro no dist. de Santa Barbara do Estado da próximo do Apuhy.
S. Paulo.
RETIRO. Igarapé do Estado do Pará, desagua no Tocantins
RETIRO. Bairro no mun. de Itapetininga e Estado de São e fica próximo dos travessões Cagancho e Capote, na com. de
Paulo. Baião.
RETIRO. Bairro no mun. do Bananal do Estado de São RETIRO. Córrego do Estado do Ceará ;
desagua na lagòa do
Paulo. Matto.
RETIRO. Pequena pov. do Estado de S. Paulo, no mun. de RETIRO. Riacho do Estado do Rio Grande do Norte, no
Guaratinguetá. mun. de Caicó.
RETIRO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. do Ta- RETIRO. Rio do Estado da Bahia, atravessado pela E. de
boleiro Grande e mun. de Sete Lagoas. F. de Cax'avellas.

RETIRO. Pov. do dist. de Perdões, no mun. de Lavras do RETIRO. Rio do Estado do E. Santo, no mun. de Santa
Estado de Minas Geraes: com duas eschs. publs. de inst. prim., Cruz.
creadas pela Lei Prov. n. 3.396 de 21 de julho de 1886.
RETIRO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aff. da margem
RETIRO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. de Con- dir. do SanfAnna, que ó um dos fornaadores do Guandii.
tagem e mun de Sabará
.
RETIRO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, aíl'. da margem
RETIRO. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mun. de Inha- dir. do Iguassu. E' atravessado pela E. de F. do Rio do
úma, ant. Santo Antonio do Monte. Ouro.
RETIRO. Bairro no dist. de Pouso Alto do Estado de Minas RETIRO. Córrego do Estado de S. Paulo, ali. do Bebe-
Geraes. douro, que o é do Banharão, e este do rio Pardo. Banha o
mun. de Jaboticabal.
RETIRO. Estação da E. dé F. do Rio do Ouro, no Es-
mun.
tado do Rio de Janeiro, entre Itaipíi e Figueira. - RETIRO. Ribeirão do Estado de S. Panlo, banha o
da Redempção e desagua no rio Parahytinga.
RETIRO. Estação da E. de F. Central do Brazil, no Estado
de Minas Geraes, entre as estações de Juiz de Fora e Cedofeita RETIRO. Ribeirão do Estado de S. Paulo, banha o mun. do
a 26ò'',455 distante da Capital Federal, e a 619", 717 de altura Ribeirão Preto e desagua no rio Preto, alf. do Pardo.
sobre o nivel do mar. E' um dos logares mais lindos daquella RETIRO. Rio do Estado do Paraná, ali", do Medeiros; no
estrada. Tem um importante viaducto e é atravessada pelo rio mun. de Paranaguá.
Parahybuna. Agenciado correio. A parte dessa estrada entre
Cedofeita e Retiro foi inaugurada a 30 de dezembro de 1875 e RETIRO. Ribeirão do Estado de Santa Catharina, banha o
mun. de Blumenau e desagua na margem dir. do rio Itajahy-
entre Retiro e Juiz de Fóra na mesma data. Estação telegra-
phica. E' um dos pontos mais interessantes dessa E. de F. assú, próximo da foz do ribeirão da Velha.
que descreve ahi uma lindissima curva. Estação teiegraphica. RETIRO. Rio quo nasce nas terras da fazenda do Retiro e
RETIRO. Passo creado no mun. de Pelotas do Estado do vai desaguar no Santo Antonio, perto da fazenda do Campello,
R. G. do Sul pelo art. I da Lei Prov. n. 189 de 29 de outubro depois de atravessar aE. de F. de Macahée Campos.
de 1850. RETIRO. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o mun.
RETIRO. Collina no mun. de Ourem e Estado do Pará de Inhaúma, antigo de Santo Antonio do Monte e desagua no
(Inf. loc). Diamante, aff. do rio Lambary, que o é do Pará.
RET — 352 — REZ

RETIRO. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o mun. RETIRO DOS BRAVOS. Log. do Estado de Minas Geraes,
deste nome, com uma esch. publ. de
I

do Patrocínioe desagua no rio Dourados (Inf. loc.) )


no dist. do Curvello e mun.
inst. prim. creada pela Lei Prov. n. 3.39(3 de 21 de julho
RETIRO. Coi-rrego do Estado de Minas Geraes, no disfc. de 198(5.
d'Abbadia e raun. de Pitangny. E' um dos formadores do rio
Formiguinha, trib. do rio Pará. RETIRO DOS BRAVOS. Córrego do Estado de Minas Ge-
raes, banlia o mun. do Curvello e desagua na margem dir. do
RETIRO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aíl'. do rio rio das Almas.
Pardo.
RETIRO FELIZ. Logr do Estado de Minas Geraes, no
RETIRO. Ribeirão do Estado de Minas Gerees, banha o mun. dist.. das Aguas Virtuosas doLamliary.
de Caldas e desagua no rio das Antas. [Inf. loc).
RETIRO GRANDE. Log. do município de Aracaty, no
RETIRO. Córrego do Estado de Minas Geraes desagua na :
listado do Ceará.
margem (lir. do rio Grande, abaixo da cachoeira dos índios.
RETIRO GRANDE. Pequeno cabo do Estado do Ceará, ao
RETIRO. Riacho do Estado de Minas Geraes; desagua na N O. de Cajuaes, na Lat. de 4» 37' e Long. de 39" .51'. Perto
margem do rio S. Francisco entre a foz do Peruassúe a do
dir. fica-lhe um outro denominado Retiro Pequeno.
Itacaramby e junto do sangradouro do Pau Preto. (Halfeld).
RETIRO GRàNDE. Riacho do Estado do Ceará, no dist.
RETIRO. Córrego do Estado de Minas Geraes desagua na ;
de Arêas.
mnrgem es<i. do rio S. Francisco, entre a foz dos córregos da
Cachoeira e do Jenipapeiro, (Liais). RETIRO PEQUENO. Ponta na cosia do Estado do Ceará,
pouco ao S. da bahia de Cajuaes, na Lat. de 4" 50' e Long. de
RETIRO. Córrego do Estado de Goyaz, banha o mxm. de 39» 37' (Pompeu.)
Santa Luzia e desagua na margem dir. do rio Corumbá (Inf. loc.)
Do mesmo mun. nos informam haver ainda outro córrego RETIRO POÉTICO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, na
desse nome. aff. da margem dir. do rio Vermelho, trib. de estação de Cordeiros e mun. de Cantagallo.
São Bartholomeu. RETIRO SAUDOSO. Log. do Estado do Rio da Janeiro,
RETIRO. Córrego do Estado de Goyaz, aff. da margem esq. no mun. de S . Fidélis.
do córrego do Barreiro, trib. do ribeirão da Ponte Alta, afl'. RETIRO SAUDOSO. Log. do Districto Federal, na freg.
do rio Corumbá. (Inf. loc.) Na carta da commissão de estudos de S. Christovam, Fica a beira-mar. A sua praia é mui pro-
da nova Capital da União vem mencionado um córrego do Re- curada para banhos,
tiro, aff. da margem esq. do rio Ponte Alta, trib. do Alagado
e de um outro afl'. da mesma margem do rio Descoberto.
RETIRO VELHO. Rilieirão do Estado de S. Paulo, affl. do
Parahytínínga. Corre entre Guaratinguetá e Lorena. Recebe o
RETIRO. Córrego do Estado de Goyaz, afl'. do rio Prelo. córrego dos Carimbambas.
RETIRO. Córrego do Estado de Goyaz, aff. do rio Fundo, RETIRO VELHO. Córrego do Estado de Minas Geraes, afl'.
que o é do Pirapetinga. da maraem esq. do ribeirão das Vaccas, trib. do rio Grande.
RETIRO. Ribeirão do Estado de Goyaz, aft'. do rio do Ouro, RETIRO VERMELHO. Ribeirão do Estado de S. Paulo,
que o é do rio Coi'umbá. afl'. doParahy tinga. Recebe o córrego. Carimbambas.
rio
RETIRO. Córrego do Estado de Goyaz, aff'. do rio dos Patos. RETOVADO. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun.
RETIRO Ribeirão do Estado de Matto Grosso, ali", do Des-
.
de S. José do Norte com uma esch. publ. de inst.
; prim.
creada pela Lei Prov. n. 868 de 14 de abril de 1873.
barrancado, trib. do Miranda. Passa junto ao retiro da íuzenda
do Jardim, propriedade de José Francisco Lopes, o dedicado e REVESSO. Igapós no raun. de Humaytá e Estado do Ama-
infeliz guia das forcas expedicionárias de Matto Grosso, sob o zonas.
commando do coronel Camisão. Vide Penatcqiic. REVIRA. Log. do Estado de Pernambuco, no dist. da Vi-
RETIRO. Riacho do Estado de Matto Grosso; vai ter ao cencia.
Bento Gomes, REVIRA. Furo no mun. de Cametá, no Estado do Pará.
RETIRO. Ribeirão do Estado de Matto Grosso, aff. do rio Vai para a margem esq. do igarapé Vilhena.
Novo, que o é do Arinos. ! REVOLTA. Log. no dist. de Santa Margarida do mun.
RETIRO DA AGOSTINHA. Córrego do Estado de Minas de Manhuassii no Estado de Minas Geraes.
;

Geraes, banha o mun. do Abaeté è desagua na margem esq. do REZENDE. Cidade e mun. do Estado do Rio de Janeiro,
rio Borrachudo. séde da com. do seu nome, á margem dir. do rio Parahyba
RETIRO DA AMERICA. Bairro na dist. de S. Christovão do Sul, sobre uma eminência contornada por elle, e abrangendo
do Districto Federal. E' muito povoado. em seu perímetro os quarteirões mais baixos da Misericórdia e
da Sesmaria, com a Matriz e as capellas do Rosario e dos Passos;
RETIRO DA BOA ESPERANÇA. Pov. do Estado do ligada á Capital Federal pela E. de F. Central do Brazil.
Piauhy, no mun. de Porto Alegre, á margem do Longii, a seis A' margem esq. do rio e em frente da cidade estende-se o
kils. da cachoeira do Uriibú; com uma esch. publ. de inst. bairro dos Campos Elysios, onde estão a estação da E. de F.
prim., creada pela Lei Prov. n. 731 de 27 de julho de 1871 e Central do Brazil, bellas chácaras e diversas casas commer-
restabelecida pela de n. 1.056 de 12 de junho de 1882. Foi
ciaes. Rezende acha-se na altura de 406", 400 sobre o nível do
transferida para o mun. de Porto Alegre pelo Dec. n. 32 de 31 mar, a partir da soleira da egreja matriz, e e a 22" 28' 14"
de outubro de 1890. de Lat. S. a i" 16' 50" de Long. O. Sua pop. é orçada èm
RETIRO DA LAGE. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mais de 10.000 babs. Possue mais de J.OOO casas, entre as quaes
mun. do Curvello, com uma esch. publ. de inst. prim., creada alguns sobrados e chalets de bonito gosto, tres egrejas, além
pela Lei Prov. n. 2.478 de 9 de novembro de 1878. da capellada Misericórdia, um cemitério, um bom theatro parti-
cular, um pequeno jardim, uma ponte de ferro sobre o Parahyba
RETIRO DA MANGA. Córrego do Estado de Minas Geraes, e outra de madeira no Sesmaria, uma praça do mercado, eschs.
banha o mun. de Abaeté e desagua na margem esq. do rio publs., coUegioB particulares, pharmarcias, typographias, hotsis,
S. Francisco, Ha ainda nesse mun. uma lagoa com o mesmo officinas e fabricas e mais de lUO casas commerciaes. Orago
nome.
N. S. da Conceição e diocese de Nyterõi. Em lins do anno
RETIRO DAS FREIRAS. Ribeirão do Estado de Minas de 1744. Simão da Cunha Gago. vindo com outros da Lagoa de
Geraes, banha o dist. de Jaboticatubas e desagua na margem Ayuruoca (Minas Geraes) munido de faculdade para entrar em
esq. do rio deste nome. Denominava-se Campo Alegre. conquista do gentio estabeleceu domicilio á margem esq. do rio
,

RETIRO DO BARRANCO ALTO Parahyba no sitio a que deram o nome de Campo Alegre. O pa-
(S. João do). Dist. do dre Phílíppe Teixeira Pinto, que viera com elJes, obteve pro-
Estado de Minas Geraes. Vide Barranco Alto.
visão para levantar alli um altar portátil, erigindo ao depois, no
RETIRO DO CERVO. Log. do Estado de Matto Grosso, no lado dir. do mesmo rio a ca'pella curada de N. S. da Conceição
mun. de Miranda. de Campo Alegre em 1747, a qual foi elevada á classe de matriz
41.305
REZ — 353 REZ

permanente por Alvará de 2 de janeiro de i75G. A 16 de novem- dro Dias Paes Leme, seu pae, do qual o theor é o seguinte: Eu,
bro de 1715, em recompensa dos serviços prestados á coròa pelo el-rei, faço saber aos que este meu alvará virem que tendo res-
capitão-mór Jacintho Garcia Paes Leme (Garcia Rodrigues Paes peito aos sei-viços de Pedro Dias Paes Leme, fidalgo de minha
Leme, segundo outros), teve este mercê para crear uma villa casa filho de Graça Rodrigues Paes Leme e natural da freg. de
onde lhe aprouvesse. Seu neto, Fernando Dias Paes Leme ibi N. S. da apresentação de Irajá, dist. do Rio Janeiro, obrados
quem teve essa gloria, fimdando, em 29 de setembro de 1801, a no officio de guarda-mór geral das minas por espaço de doze
villa, que teve o nome de Rezende em obsequio ao então gover- annos, dous mezes e cinco dias, continuados de sete de março
nador José Luiz de Castro, conde de Rezende. Sua instailacão de 1738, em que tomou pesse por falleciraento de seu pae, até
teve logar a 29 de dezembro (setembro segundo eiitros) de tóUl
sob a presidência do ouvidor, José Albano Fragoso. Foi elevada
12 de maio de 1750, em que ficara continuando. — E no decurso
do referido tempo executar tudo quanto lhe foi encarregado por
á categoria de cidade pela Lei Prov. n. 43S de 13 de juUio Gomes Freire de Andrade, governador e capitão general das
de 1848. O mun. de Resende assenta na extrema Occidental do capitanias do Rio de Janeiro e Minas não reparando em des-
Estado do Rio de Janeiro, com uma snperlicie approximada peza de sua fazenda, como praticou com os contrabandistas
(•le 1975 kils. ou 197. 563 hectares. Limita ao N. com o Es- extrayiadores dos reaes quintos, tomando elle e seu irmão
tado de Minas Geraes pele rio Preto e serra do Itatiaya; ao O. Ignacio Dias Velho a seu cargo o impedir-lhes semelhantes
e S. com o Estado de S. Paulo servindo de raias o ribeirão do descaminhos; fazer tomadia de quasi tres arrobas de ouro
Salto e uma linha divisória pelas vertentes dos contra-fortes das que se carregarão em receita ao Almoxarife de fazenda real,
serras da Bicaiua; e a E. com o mun. da Barra Mansa. Sobre sem querer para si mais que a honra de servir-me, não lhes
um terreno notavelmente accidentado, produz o mun. o melhor fazendo embaraço para o executarem o odio de muitas pessoas
café, excellente canna de assucar, cereaes e legumes de toda a
espécie. No mun. flcam os rios: Parahyba do Sul, Preto,
poderosas.— Dever-se-lhes o desvio que fizeram no trabalhoso
caminho da serra do mar, voltando por terra para a cidade do
Sesmaria, Salto, Santo Antonio, Fernandes, Portinhos, Lam- Rio de Janeiro, pelo qual se coudusem os quintos reaes sem os
bary ou Alambary, Pirapitinga, Sant'Anna, Lage, Jeronyma, perigos de grandes Bahias de mar que se navegavam pelos
Formoso, Cruz das Almas, Taquaral, Raso, Barreiro, Cachoeiras outros caminhos, tudo devido as suas industrias pessoaes e
e vários outros. E' percorrido pela serra da Mantiqueira, e grandes despezas ; sendo preciso patentearem-se ás Esmeraldas,
por diversas ramificações desta, taes como as serras do ir pessoalmente, a sia custa, indagal-as de novo, em que se
Itatyaia, do jNIaia, do Rio Preto, da Pedra Sellada, etc. Hm gastara quatro mezes e despeza considerável, e se ollerecer a
1896 tinha o mun. 18 eschs. publs., sendo quatro na cidade, continuar neste descobrimento, portando-se, no exercício da
duas em S. Vicente Ferrer, uma no Lava-pés, duas na Vargem dita occupação de guarda mór geral, com capacidade e intel-
Grande, duas em Campo Bello, uma em Porto Real, duas ligencia necessárias, inteireza e zelo, e assim o mostrar no
em SanfAnna dos Tócos, duas nos Campos Elysèos, uma em socego e quietação em que pòz os povos das minas do rio Verde,
Babylouia e uma no Passa Vinte. Uma E. de F. liga-a a que se achavam alterados, onde passara por ordem do mesmo
Bocaina, no Estado de S. Paulo, e parte da estação de Suruby. governador e capitão general, acccmmodando as partes, pondo
E' com. de segunda enlr. creada e classiíicada pelo Dec. de 15 tudo em boa paz e harmonia. E aos segundos serviços de seu
de janeiro de 1833. Lei Prov, n. 14 de 13 de abril de 1835 e pae Graça Rodrigues Paes, que foi natural da cidade de S. Paulo
Decrs. ns. 687 de 26 de julho de 1850 e 4.868 de 19 de janeiro de e filho de Fernando Dias Paes obrados depois de despachado
1872. A pop. do mun. é superior a 40.000 habs. Dista 28 a 30 pelos primeiros no officio de guarda-mór das minas por es-
kils. de Arêas; 38 de Queluz pela lí. de F. ;27 a 28 de Bananal paço de 38 annos, contados do principio do anno de 1701 até
e 37.215 de Barra Mansa pela mesma E. deF. Sobre suas divisas 7 de março de 1738, em que falleceu. No anno de 1701
vide ; Leis Provs. ns. 340 de 18 de maio de 1814 485 de 30 de
: dar conta, em carta de 10 de julho, sobre o novo caminho que
maio de 1849: 2.452 de 19 de dezembro de 1879 e 2.718 de 23 pretendia abrir e havia principiado para os campos geraes e
de outubro de 1880. Publicamos em seguida a ordem para a minas do Sorabussú, e utilidade que delle se podia esperar
creação da villa de Rezende. « Como vosso mercê se acha mu- para a conducoão dos quintos reaes, e lhe ser resp-mdido, em
nido de todas as ordens e instrucçôes que expedi ao Juiz de carta de 7 de dezembro do dito anno, assignada pela minha
Fóra desta cidade para a criação da nova Villa que se deve real mão , que de seu zêlo se esperava continuasse na deligen-
erigir no districto de Campo Alegre, e de que hade ser donatá- cia da abertura deste caminho, em tal fórma que se podesse
rio o coronel Fernando Dias Paes Leme da Camai'a, vossa conseguir uma obra tão u til. Em 16 de janeiro de 1708 dar
mercê passará áquelle districto e porá em pratica a criação da conta do miserável estado em que se achavam as minas por
dita Villa, observando todas as formalidades que se achem es- falta de observância do regulamento, apontando os meios para
tabelecidas em semelhantes casos. Deus Guarde a vosso mercê. se evitarem as desordens e se augmentarem as minas ; e por
Rio, 20 de setembro de 1801. — —
Conde dc Bcsciide. Senhor Ou- carta por mim assignada, de 14 de julho de 1709, lhe ser res-
vidor da Comarca José Albano Fragozo. — Cumpra-se.— Fazen- pondido que se conhecia o zelo com que se empregava no real
do-se muito conveniente a criaçã.o de uma nova villa no dist. serviço, e que mostrava não faltar da sua parte a c imprir com a
de Campe Alegre, Termo desta cidade, não só em consequência sua obrigação, fazendo com isso logar a que Eu tivesse na
da permissão que dn, real Grandeza de Sua Magestade obteve o minha real lembrança. — Invadindo os iVancezes a cidade do
gnarda-mór geral Fernando Dias Paes L°me da Camara para Rio de Janeiro em dose de setembro de 1711, o ouvidor geral,
crear uma villa de que deve ser donatário, mis também pela que então era da dita cidade, conduziu e póz em seguro, no alto
necessidade que tem os moraderes daquelle dist. dista provi- lia Serra do Mar, o ouro que se achava na casa da moeda,
dencia, afim de cessarem os prejuízos que lhes resultara da deixando em sua guarda os thesoureiros e moedeiroa, os quaes,
grande distancia em que se acham desta cidade, quando se lhes com a noticia, do rendimento da cidade, o desampararam, fu-
faz preciso recorrer aos juizes ordinários, ordeno a vossa mercê gindo também a maior parte dos escravos e não podendo o
;

que, recebendo esta, p''sse ao dist. de Campo Alegre em com- dito ministro passar adiante escrevera D. Maria Pinheiro da
panhia do sobredito guarda-mór geral, e que nelle funde uma Fonseca, mulher do dito Graça Rodrigues Paes, que estava
nova villa, mandando levantar pelourinho, fazendo que se ele- ausente, pedindo-lhe escravos para poder continuar a conducção,
jam justiçai e offlciaes competentes na forma das renes ordens e llie mandar logo seu filho Fernando Dias Paes com 26 Índios
de Sua Magestade, e prescrevendo-lhes terreno particular, cujus e escravos, com os quaes conseguiu cl['>i;ar a Parahyba, e no
limites se elevem dignar peios rios e serras mais notáveis, dc caminho encontrar outro soccorro de inilios Pin-is armados que
sorte que se evitem para o futuro todas as contestações de limites a dita mandava para o Rio de Janeiro; e sendo depois neces-
e se attenda principalmente a utilidade publica, regulando-se s irio reconduzir o dito ouro para a me.sma cidade, dar a dita
tudo pela graça feita por sua magestade ao referido donatário. D. Maria os iudios precisos á sua custa, ^endo oa mantimentos
Isto feito, remeterá a secretaria deste Estado o Auto da crea- —
muito caros e os caminhes dilatados e trabalhosos. Na oceasião
ção e participará á Camara desta cidade a mesma criação e da passagem da gente de guen'a que, em soccorro da mesma
limites para que fique intelligencia do que lhe compete. Deus cidade, trazia das minas o governador Antonio de .Albuquerque,
Guarde vossa mercê.— Rio, 24 de julho de 1799.— Co7ide dc
a dilatando-se alguns troços alguns dias por ordem do mesmo go-
Bczenãe. —
Sr. Juiz de Fóra que serve de ouvidor e corregedor vernador, assistira a dita D. Maria com o sustento n.'cessario
da comarca José Bernardo de Castro. — cumpra-se e registre-se,, para elles, seus escravos e bestas, niandando-os passar pelas
— Fragoso. —
Eu, a rainha Faço saber aos que este meu Alvará suas embarcações o rio Parahyba, sem i|UO por estas grandes
virem que, por parte de Fernando Dias Paes Leme da Camara, desiiezas se lhe desse satisfação alguma, assegurando não quTer
mestre de campo de um dos terços de auxiliares do Rio de Ja- mais pagamento do qiio fazer-me serviço.— Enviando o governa-
neiro, me foi apresentado por certidão um alvará passado a Pe- dor das minas, D. Lourenço dc Almeida, uma companhia de
DIOO OEOO. 45
REZ 354 — REZ

dragoens para a fundação de Montevideo, o governador do Rio mencionados em verificação da primeira das duas vida nelles
de Janeiro. Ayres de Saldanha, a mandara demorar na Parahyba concedidas ao sobre dito sen Pae, a qual, cora esta mercê ficará
e fazenda do dito Graça Pv,odrigues Paes, onde se dilataram sete extincta. E no livro das commendas, existente nesta secretaria
mezes, em cujo tempo lhe lizeram os soldados muito prejuízo nas de estado dos negócios do reino, a margem dos assentos das
suas lavouras e criações, sem que deste damno pedisse satisfação referidas, ficam postas as verbas necessárias, na conformidade
alguma. Determinando o governador do Rio de Janeiro, Ayres do real decreto de 12 de junho de 1754. — Samora Corrêa. — Em
de Saldanha, mudar o regimento, que estava ao pé da serra, 28 de janeiro de 1780. — Visconde de Villa Nova da Cerveira.
para a sua fazenda, no Parahybuna, por ser conveniente a — A Rainha Nossa Senhora, ha por bem que. pela Portaria re-
meu real serviço, logo elle Graça Rodrigues Paes mandára tro escripta, se faça obra sem embargo do lapso de tempo. Pa-
fazer a sua custa casas para o provedor, escrivão e soldados. lacio de Lisboa, em 4 de setembro de 1786, — Visconde da
Assistir á sua própria custa com canôas, escravos e tudo Villa Nova da Cerveira. —Para cumprimento do q\ie, hei por
o mais trafego para as passagens dos rios Parahyba e Para- bem fazer mercê ao referido Fernando Dias Paes Leme da Ca-
hybuna, no caminho que para as minas, abriu a sua custa, mara, do senhorio de uma villa que o sobredito seu Pae devia
cobrando-se o lucro das passagens para a minha real fazenda, fundar á sua custa na passagem do rio Parahyba do Sul, e lhe
isto até o anno de 1734, em que foi relevado do dito encargo. To- permitto erigil-a no logar que lhe parecer mais conveniente,
das as diligencias de mais ponderação, que os governadores com declaração que só depois de ter a villa 100 visinhos se
pretenderam fazer nas minas, lhe serem recomme lidadas por poderá chamar senhor delia, sem que lhe compita por este ti-
conhecerem o seu zêlo e prom tidão, e que em tudo ju-ocedia tulo outra alguma jurisdicção ou prerogativa, bem entendido,
como bom, verdadeiro e leal vassalo. E a pertencer, por sen- que esta restricçào respeita só as datas dos otiicios e jurisdicções,
tença do Juízo das Justificações do reino, á acção destes serviços por não ser conveniente a meu serviço concederem-se aos do-
ao dito seu lilho Pedro Dias Paes Leme, e também o complemento natários no Brazil mas nella si não cemprehendem as honras
das mercês do senhorio de uma villa que erigiria á sua cusla que são devidas na fórma da lei ás pessoas que tem mercê da
na passagem do rio Parahyba do Sul, e ([iio havendo datas se chamarem sehores de algumas terras as quaes todas pertene
de terras, seria avantajado uma data de terras, no caminho cem ao sobre dito r'ernando Dias Paes Leme da Camara, veri-
novo das Minas, que havia feito com a natureza de Sesmai'ía, e ficado as condições com que lhe tenho feito esta graça a qual ê
que comprehendesse o mesmo numero de léguas, como se hou- em verificação da primeira das duas vidas na dita mercê conce-
vessem de dar a quatro pessoas, e a cada um dos 12 filhos uma didas ao mesmo seu Pae pelo alvará neste eneorporado, que
com que, além de outras, haveria sido deferido o mesmo seu ficará extincta com esta mercê. E este alvará lhe mandei passar
Pae. por perlaria de 20 de abril de 1703,_e carta de 14 de agosto para sua guarda, o qual se cumprirá inteiramente como nelle se
de 1714, assígnada por minha real mao, para Francisco de contem sem duvida alguma, e valerá como carta sem embargo
Castro Moraes, governador do Rio de Janeiro, as quaes áté o da ordenação do livro 2", titulo 40, em contrario, registrando-
presente não tem tido eíTeito. Ao que tendo consideração. Hei se nas partes a que tocar, a do conteúdo nelle se porão verbas
por bem fazer mercê ao dito Pedro Dias Paes Leme, além de nos registros do dito alvará nesle eneorporado. para constar que
outras que, pelos mesmos, respeitos, lhe fiz, em satisfação de lica com este mei-cê extincta a dita primeira das duas vidas no
todas e quaesquer acções que lhe possam pertoncer, ainda as mesmo alvará concedidas ao referido seu Pae. E pagou de novos
que não deduziram em seus requerimentos, e em remuneração direitos 10$, que se carregarão ao thesouro delles, á fls, 125,
de todos os serviços que tem feito e por qualquer motivo lhe verso do livro 2° de sua receita, como consta do seu conhe-
possam tocar até ao dia 23 de outubro de 1752, de que se veri- cimento em fórma, registrano livro 43 do registro geral, á fls.
fique a mercê da villa concedida a seu Pae, e llie permitta. 131. Lisboa. 20 de novembro de 1786. — Rainha. — Conde da
erigíl-a no logar qiia lhe parecer mais conveniente, com_ decla- Cunha, — Alvará porque vossa magestada ha por bem fazer
ração que só depois de ter a villa 100 visinhos se pudera cha- mercê a Fernando Dias Paes Leme da Camara do senhorio de
mar senhor delia sem que lhe compita por este título outra uma villa que seu Pae Pedro Dias Paes Leme devia fiuular á
alguma jurísdicção ou prerogativa, bem entendido que esta re- sua custa na passagem do rio Parhyba do Sul e lhe permitte
stricção respeita só as datas dos olhcios e jurisdicções, por nao erigil-a no logar que lhe parecer mais conveniente, com decla-
ser conveniente a meu serviço considerem-se aos donatários no ração que só depois de ter a villa 100 visinhos se poderá clia-
Brazil, mas nellas si não comprehendeu as honras que devidas mar senhor delia, sem que elle compita por este titulo outra al-
na forma da Lei ás pessoas que tem mercê de se chamarem guma jurisdicção ou prerogativa, bem entendido que esla res-
senhores de algumas terras, as quaes todas pertencem ao sobre triceão ríspeita só a data dos olficios e jurisdicções, por não ser
dito Pedro Dias Paes Leme, verificando as condições com que conveniente ao seu real serviço concedei-em-se aos donatários no
lhe tenho feito esta graça, a qual se verificará em duas vidas, Brazil, mos nelía se não comprehendem as honras que são devi-
além da do dito Pedro Dias Paes Leme. E este alvará lhe man- das na forma da lei ús jíossoas que com mercê de se chamarem
dei passar para sua guarda, o qual se comprii-á inteiramente scnlior de algumas terras, as quaes todas lhe pertencem, veri-
como nelle se contem sem duvida alguma, e valerá como carta, ficando as condições com que fez esta graça, a qual é em verifi-
sem embargo da ordenação do livro segundo, titulo 40 em con- cação da primeira das duas vidas concedidas ao dito seu Pae,
trario, o pagou de novo direito 6.>!j480, que só carregaram ao fallecído na forma que neste se declara. — Para a vossa mages-
thosoureiro Antonio José de Moura, á folhas 262 do livro primeiro tade ver.— Por portaria do secretario do Estado, Visconde de
de sua receita, e de fiança no livro primeiro delia, á fls. 148, a Villa Nova de Cerveira, de 28 de janeiro de 1786, e supple-
paga,r o que dever desta mercê, como constou do seu conheci- monto de 4 de setembro do mesmo anno. O secretario Joaquim
mento em forina, registrado no livro 5" de registro geral, á fls. Miguel Lopes de Lavre o fez escrever. — Registrado á fls. 232
260, Lisboa, 10 de maio de 1753. — Rei. — Marquez de Penalva. do livro 44 de olficios desta seretaria do conselho ultramarino o
— O secretario, Joaquim Miguel I,opes de Sarre, o fez escrever. posta a verba a que se requer. Lisboa, 2 do dezembro de 1786.
— Theodoro de Cabelos Pereií-a, o fez.— E assim mais por parte — Joaquim Miguel Lopes de Lavre. — José lí iceldi Pereira de Cas-
do dito Fernando Dias Paz Leme, da camará me foi apresentado tro. — Fica assentado este alvará no livro das mercês e posta a

uma Minha Portaria do theor seguinte: Por decreto de sua verqa necessária, e pagou 2,$030. — Pedro Caetano Pinto de Mo-
magestade, de 4 de janeiro de 1786. — A Rainha Nossa Senhora, raes Sarmento. — Pagou .5!|400, e aos ofiiciaes 5|720.— Lisboa,
attendendo o haver-lhe representado Fernando Dias Paes Leme 5 de dezembro de 1780. — D. Seliastião Mald, Jí-ronymo José Cor-
da Camara, Mestre deCam]:)0 do um dos Terços de auxiliares do rêa de Moura o fez. — Registrada, na clia nceliaria mór da
do Rio de Ja neiro, que sendo-llie julgado por sentença do juízo còrte reino, no livro de ofiicios e mercê, á ils. y2, — Lisboa, 5 de
da,s justificações do Reino o cumprimento da prenieira das duas dezembro de 1786 — Matheus Rodrigues Vianna. No livro da
vidas concedida o seu pae, já fallecído. Pedro Dias Paes Leme, da cliancellaria, que se acha neste real arcliivo da torre do
na alcaidaria mór da cidade da Bahia, no senhorio de uma tombo, a margem do alvará de que neste se faz menção, fica posia
villa que devia fundar na Parahyba, m quantia de 5.000 cruza- a verba, necessária na fórma ordenada. Lisboa 15 de dezem-
dos de renda, nas passagens do Parahyba e Parahyliuna, nas bro de 1786. Alexandre Antonio da Silva Camara. Cumpra-se
commendas cie Santo Erício de Sanfim de Nespereira, da ordem como sua magestade manda e rogistre-se nas partes a que
de Ghristo, no Bispado de Lamego e de Alverca do barão da tocar. Rio, 22 de março do 1794. Conde de Rezende. Registrado
mesma onlen), neste patriircado. lhe supplicava quízí-sse con- no liviNi 21, que >erve di' registro das ordens reaes, nesta
ferir-lhe os ditos bens na Corma que Ihi; pertenciaiu, ijara, com secretaria do listado á lis. lul. Rio a 26 de março de 1704;
decência, poder continuar no seu real serviço. E tontlo sua ma- O oJHcial maior da secretaria,, no impedimento de moléstia do
gestade consideração ao referido, ha por liem fazer mercê ao secretario de Estado, José Pereira Leão. Cumpra-se e regis-
mesmo Fernando Dias Paes Leme da Camara, de todos os bens tre-se. Rio, 29 de março de 1794. Dr. Silva, não se continha
— ..

RIA — 355 — RIA

mais cousa alguma ora as ditas portarias e alvarás que pelo RIACHÃO. Log. do Estado do Ceará, no mun. de Maurlty.
Dr. Ouvidor, ilesta Comarca José Albano Fragoso me foram
apresentado e lhe tornei a entregar, depois de conferido este
RIACHÃO. Lo^. do Estado do Ceará, a um e meio kils. da
garganta de Antonio José, sobre o rio do seu nome, na estrada
registro, e por achar conforme assignei nesta cidade do Rio de
do Sobral.
Janeiro, aos 23 dias do mez de set -mbro de 1801. Eu Salvador
Corrêa Alves Quintanilha, escrivão da Ouvidoria e correições RIACHÃO. Pov. no mun. de Baturilé do Estado do Ceará.
da comarca, que o conferi, subscrevi e assignei, Fragozo.— RIACHÃO. Pov. do Estado do Ceara, no mun. da Granja.
Salvador Corrêa Alves Quintanilha. Vide Noticias Históricas a
Estatísticas do mun. do Rezsude desde a siia fundação por
RIACHÃO. Log. no dist. da Sarra Pvedonda, pertencente ao
João de Azevedo Carneiro Maia (1891). termo do Ingá, no Estado do Parahyba do Norte.

REZENDE. Estação da E. do F. Central do Brazil, no ra-


RIACHAO. Log. do Estado do Pernambuco, no dist. de
Flores
mal de S. Paulo, entre Suruby e Campo Bello, lOC^.õOS distante
da Capital Federal, e a 304™, CUO de altura soljro o uivei do mar. RIACHÃO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de
A parte dessa estrada enti-e Divisa e R>^zeade (l7'Si^3í)) foi Panellas. Ha outros logs. do mesmo )iome nos muns. de Pal-
inaugurada a 8 de fevereiro de 1S73 e entre Rezende e Campo mares e Amaragy.
Bello (I2'\9tI5) a 23 de marco do mesmo auno. E' uma das mais
espaçosas e elegantes estações d.essa estrada.
RIACHÃO. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. do Para-
hyba. Foi creada dist. pela Lei Prov. n. 499 de 29 de novembro
REZENDE. Ilha do Estado da Bahia, no rio S. Francisco e de 1868. Tem uma capella da invncação do Senhor Bom Jesus da
mun. de Chique-Chique. (Ilalfeld ). Pobresa.
REZENDE. Rio do Estado do Pv,io de Janeiro, banha o dist. RIACHÃO. Pov. do Estado das Alagoas, no mun. de Traipú.
da Conceição das Duas Barras e desagua no rio Negro. RIACHÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. da
REZENDE. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, affl. da Jacutinga do mun. de Iguassu, cora esohola.
margem dir. do Burity. trib. do Paraopeba. RIACHÃO. Estação da E. de F. de Baturité, no Estado do
REZENDE A BOCAINA. Estrada de lerro, cujo ponto ini- Ceará, 4» 21' 14" de lat. S.
no.s e 41" 18' 45" de long. O. de
cial é na estação de Suruby da ferro-via Central do Bra/.il, no Pari/,, no kil. 119.600.
Estado do Ilio de Janeiro, e s:gue até á estação terminal do RIACHÃO. Serra do Estado das Alagoas, no mun. do
Formozo. no listado de S. Paulo. Tem além das csiações cita- Parahyba.
das mais as denominadas Plataforma, Babylonia, Estalo e
Bambus, sendo mais importantes as de Suruby, Estalo e For- RIACHÃO. Ilha no rio Parnahyba, a tres kils. da de São
moso. Martinho, E' tão rasa da parte doS., que em metade de sua
extensão tem apparencia de coroa. Precisamente no joonto em
REZENDES. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, aHl. do que ella começa a altear-se entra no Parnahyba pela margem
rio Sapucahy-mirim, no mun. deS. José do Paraizo. esq. o riacho do Engenho d'Agua. Sua ponta septentrional é
RHASSARD. Furo entre a ilha do Ooial>al e a de Marajó, fronteira ao logar do mesmo nome, situado á ma.igem dir. do
no mun. de Muaná e Estado do Pará, em communicação com o rio. A direcção geral do rio Parnahyba desde Therezina até
furo do Chiqueiro (Vellozo Barreto). esse ponto, na extensão total de 46 kils., é de Sul a Norte.

RHENANIA. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no mun. RIACHÃO. Ribeirão do Estado do Maranhão, ali', do rio
de Petrópolis, com duas escholas. das Neves ; entre a com. do Riachão e a villa de Loreto.

RHINOCERONTE. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. RIACHÃO. Riacho do Estado do Maranhão banha o logar
;

de Amaragy. Alto Bonito da com. de Barreirinhas e desagua no rio Pre-


guiças.
RIACHÃO Villa e mun. do Estado do Maranhão, sede da
RIACHÃO. Rio do Estado do Maranhão é formado pelo
com. á margem do rio do seu nome, que c trib. do Balsas, aos
e ;

7" 40' de lat. S. Orago N. S. de Nazareth e diocese do Maranhão. concurso dos riachos Burity Grande, Burity Doce, Cupim,
Foi creada villa pela Resolução Regia de 19 de Abril de 1833 e Vaccas, Agua Sumida e Inhuma, e desagua no Parnahyba, a
Lsi Prov. n. 7 do 19 de abril de 1835. E' com.de primeira entr., alguns kils. abaixo do Poty.
creada pela Lei Prov. n. 1.031 de 17 de julho de 1873 e classi- RIACHÃO. Importante aíl'. do rio Parnahyba; corre polo
iicada pelo Deo. n. 5.409 de 17 de setembro do mesmo anno. Estado do Piauhy e desagua abaixo de Santa Philoraena.
Comprehende o termo de seu nome. O mun. ó regado pelos rios
Balsas, Cachoeira, Cocai, Gado Bravo, além de outros. Compre- RIACHÃO. Rio do Estado do Piauhy, banha o mun. da
Capital e desagua no Poty.
hende o dist. de Santo Antonio de Balsas. Tem eschs, pnbls. de
inst. primaria. Agencia do correio. Sobre suas divisas vide art. II RIACHÃO Pvio do Estado do Ceará, banha o mun. do São
da Lei Prov. n. 1.255 de 9 de maio de 1882 n. 538 de 30 de
; Francisco o desagua no Caxitoré, trib. do Cuni.
julho de 1859 n. 827 de 8 de julho de 1867; n. 1.324 de 29 de
;

abril de 1884. Sua egreja matriz foi creada pela Lei Prov. n. 13
RIACHÃO. Rio do Estado do Ceará, reune-se com o riacho
do Castro e juntos vão desaguar na margem esquerda do rio
de 8 de maio de 1835. Pertenceu a com. da Chapada em virtude
Chorô
da Lei Prov. n. 113 de 31 de agosto de 1841 e á da Carolina
pelo art. VI da de n. 370 de 20 de maio de 1855. RIACHÃO. Rio do Estado do Ceará; nasce na serra Grande,
banha o termo do Sobral e desagua no Jaibara.
RIACHAO. Villa e mun. do Estado de Sergipe, na com. do
Lagarto. Orago N. S. do Amparo e diosese archiepiscopal de RIACHÃO. Riacho do Estado do Ceará, aíL do rio Ara-
S. Salvador. Foi creada parocliia peila Lei Pwv. n. 419 de 27 caty-assfi.
de abril de 1855; villa pela de n. 730 de 15 de maio de 18l)5, RIACHÃO. Pequeno rio do Estado do R. G. do Norte.
supprimida pela de n. 730 de 15 de maio de 1865, restaurada Ijanha o mun, de Touros e desagua no Maxarangiiape.
pela de n. 888 de 9 de maio de 1870 ; desraemlirada da com. do
Lagartoe incorporada a do Buquim pelo art. I da de n. 1.180 de RIACHÃO. Rio do Estado do Parahyba do Norte, nasce na
]iov.de lianaljuié, no mun. de Alagòa Nova, corre de O. para
30 de abril de 1881 reincorporada á do Lagarto pelo Dec. n. 43
de 8 de maio de 1890. Comprehende as povs. Samba, Tanque N., separa os muns. de Alagòa Xova do de Arèa o vai des-
Novo, Lagòa Vernielha. além de outros. Tem duas eschs. publs. aguar no Mamanguape, no mun. de Alagòa Grande. Recebe o
de inst. prim. Agencia do correio. riacho da Arèa.

RIACHÃO. Dist. do Estado da Bahia, no mun. da Jacobina RIACHÃO, Riacho do Estado do Parahyba do Norte, banlia
do qual dista 26 kils. Orago Santíssimo Coração de Jesus e o mun. de Alagòa do j\lonteiro e desagua no rio Sucnrú.
(Inf. loc).
diocese archiepiscopal de S. Salvador. Foi creada parochiapelo
art. I § II da Lei Prov. n. 67 dei de junho de 1838. Lem 5.982 RIACHÃO. Riacho do Estailo do Parahyl)a do Norte, ali. <lo
habs. Sobra suas divisas vide art. ÍI § II da Lei Prov. n. 6/ Pa rahy binha.
de 1 de junho de 1838.- Tem duas eschs. publs. de inst. primaria.
RIACHÃO. Rio do Estado de Pernambiu-o, no mun. do
RIACHÃO. Log. do Estado do Ceará, no mun. do Jardim. Bom Conselho. E' formado tias vertentes do l'au I'\>rro e Jus-
RTA — 356 — RIA

sara, cujas aguas coiTem de N. a S. e entram no Traipú, na RIACHÃO DE SANTA MARIA. Log. do Estado da
barra da Jussara. Recebe o Agua Vermelha, Baixa do Estribo, Bahia, no mun. dos Meiras.
Batinga?, Brejão, Buracão, Cafundú, Caissara, Caldeirão, C-a-
maratuba, Genipapo, Grolão, Lagoinha, Olho d' Agua do Ca-
RIACHÃO DE UTINGA. Dist. do Estado da Bahia, no
mun. do do Chapéo
iVlorro com duas eschs. publs. de inst.
;
chorro, Olho d'Agua do Felix, Olho d'Agua do Ignacio, Paca-
prim., uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 1.913 de 28 de
viva, Pindoba, Prata, Quat.y e Salobro. (Inf. loc). outro Um julho de 1879. Orago Senhor Bom Jesus da Boa Esperança e
informante no.3 menciona esse rio aff. do Garanhumsinho.
diocese archiepiscopal de S. Salvador. Foi creado parochia pela
RIACHÃO. Pequeno rio no Estado de Pernambuco, desagua Lei Prov. n. 2.577 de 22 de novembro de 1887.
na margem septentrional do rio Serinhaem.
RIACHÃO DO BACAMARTE. Log. no termo do Ingá do
RIACHÃO Pequeno rio do Estado de Pernambuco, banha o Estado do Parahyba do Norte, com uma esoh. publ. de inst.
mun. de Palmares e desagua no rio Una. primaria.
RIACHÃO. Riacho do Estado de Pernambuco, a(f. do rio RIACHÃO DO CACÁO. Arraial do Estado das Alagòas, no
S, Francisco. )nun. do Victoria.
RIACHÃO. Riacho do Estado de Pernambuco, banha o RIACHÃO DO CIPÓ. Log. do Estado das Alagòas, no mun,
num. de Flores edesagua no rio Pajehú. (Inf. loc), da Parahyba.

RIACHÃO. Riacho fio Estado das Alagòas, alT. da margem


RIACHÃO DO JACUIPE. Villa e mun do Estado da Bahia
.

na com. da de SanfAnna, á margem esq. do rio Jacuipe,


P."ira
dir. do rio Coruripe, no mun. deste nome.
a 30kils. da Conceição do Coité. Oi'ago N. S. da Conceição e
RIACHÃO. Pequeno rio do Estado das Alagoas, vem da diocese archiepiscopal deS. Salvador. Foi creada parocliia jiela
serra dos Bois, banha o mun. da Victoria e desagua no Para- Lei Prov. n. ,õ39 de 9 de maio de 1853 e elevada á categoria de
hyba, abaixo da estação da Gamelleira. Os terrenos do -valle villa pela de n. 1.823 de 1 de agosto de 1878; installada em 25
desse rio são muito férteis, frescos e raais altos que os do valle de outubro do mesmo anno. Tem duas eschs. publs. de inst.
do Parahyba, em posição correspondente. São comtudo mais prim. O mun.. alem do dist. da villa, comprehende mais o do
montuosos e mais estreita a parte plana ás ma.rgens do ri- arraial do Bom Fim e do Candeal. Lavoura de milho, feijão,
beirão. mandioca, tabaco e algodão criação de gado. O mun. é regado
;

RIACHÃO. Riacho do Estado das Alagòas, banha o mun. pelos rios Jacuipe, Boqueirão, Sucuriuyii, Peixe, Tocos, Cami-
de S. Luiz de Quitunde e desagua na margem esq. do rio sã sinhoe diversos outros. Agencia do correio, creada pela
Santo Antonio Grande. Portaria de 4 de fevereiro de 1881. Foi incorporada á com. da
Feira de SanfAnna por Acto de 3 de agosto de 1892. Seu lermo
RIACHÃO. Rio do Estado das Alagòas, afl'. da margem dir. possue bons terrenos para criação de gado, com o qual se oocupa
do rio Mundahii. a pop. de preferencia, sendo, porém, perseguido pela secca.
RIACHÃO. Rio do Estado de Sergipe; nasce nas mattas RIACHÃO GRANDE. Pequeno rio do Estado das Alagòas;
do Japão, no mun. de Campos, corre a E., passa pelo dist. do desagua na margem esq. do rio S. Francisco, próximo ao sitio
Riachão, a que dá o nome, na com. do Lagarto e desagua no Quixaba. Só admitte a passagem da cauòas pouco acima da sua
rio Piauhy. barra. Da fronte delle entra pela margem dir. do S. Francisco
RIACHÃO. Rio do Estado de Sergipe, banha o mun. de o riacho da Restinga.
Italjaianinlia e desagua
no rio Real. RIACHINHO. Pov. do Estado de Santa Catharina, no mun.
RIACHÃO. Pequeno rio do Estado de Sergipe, lianha o de Jaguaruna.
mun. da Capella e desagua no Japaratuba. Nasce com o nome RIACHINHO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, no
de Pilãosinho. mun. do Rio Pardo.
RIACHÃO. Rio do Estado da Bahia, aff. da margem dir. RIACHINHO. Córrego do Estado de Goyaz, alf. da margem
do rio do Peixe, trib. do Itapecurú. E' atravessado pelo pro- esq. do rio S. Bartholomeu. (Inf. loc).
longamento da E. de F. da Bahia ao S. Fi-ancisco.
RIACHO. Villa e mun. do Estado do E. Santo, distante de
RIACHÃO. Rio do Esiado da Bahia, banha o mun. de Santa Cruz cerca de 30 kils. e de Linhares 42, na embocadura
Valença e desagua no rio Sarapuhy (Inf. loc). do rio do seu nome. Orago S. Benedicto. e diocese do E. Santo
RIACHÃO. Foi creada parochia pela Lei Prov. n. 25 de 9 de dezembro
Riacho do Estado da Bahia, aff. do rio Gavião, ' de 1861. Tem 1500 habs. e uma esch. publ. ãc inst. prim.,
que o é do rio de Contas.
creada pela Lei Prov. n. 4 de 23 de junho de 185S. O território
RIACHÃO. Rio do Estado da Bahii, banha o mun. de do mun, é regado pelos rios Riacho, Araraquara, Comboios, '

Santa Rita do Rio Preto e desagua na margem dir. do rio deste Jemuhuna, e percorrido pelas serras dos Tres Irmãos, Crubixá,
nome (Inf. loc). Cavallinho e Capitão. Nelle ficam as lagoas de Baixo, do Meio,
RIACHÃO. Rio do Estado da Fábia, nasce no termo de Aguiar e Lag-oinha. Cultura de manilioca ea.lgodão. Foi creada
Entre Rios, entra no do Conde e desagua no rio Inhambupe. villa pelo Dec. n. 57 de 25 de novembro de 1890.

RIACHÃO. Riacho do Estado da Bahia, aft'. do riacho


RIACHO. Log. do Estado do Piauhy, no termo de S. João
Sant'Anna, iril). do rio Corrente. do Piauhy.

RIACHÃO. Rio do Estado da Bahia, ali', do Utinga.


RIACHO. Log. do Estado do Pernambuco, no mun. do Bom
Conselho.
RIACHÃO. Córrego da Estado da Bahia, aff. do rio Pa-
RIACHO. Log. do Estado das Alagòas, no mun. deste nome
raguassii.
com uma esch, publica.
RIACHÃO. Ribeirão do Estado do Rio de Janeiro, aff. do RIACHO.
rio Dourado. Log, do Estado das Alagòas, na Victoria e Picca,

RIACHÃO. Pequeno riodo Estado do Minas Geraes, banha RIACHO. Pov. do Estado da Baliia, á marpem dir. do rio
mun. do Abaeté S. Francisco, entre Remanso e Sento Sé, próximo da pov. do
o e desagua na margem esq. do rio Bor-
rachudo, Bebedor. Ha ahi também naquelle rio uma ilha do mesmo nome.
(Halfeld).
RIACHÃO DA JACOBINA. Pov. do mun. da Jacobina e
RIACHO. Pov. do Estado da Bahia, no termo de Entre Rios,
Estado da Bahia, com duas eschs.
banhado pelo rio Subahuma.
RIACHÃO DA SERRA. Log. do Estado das Alagòas, na
RIACHO. Pov. do Estado da Bahia, na margem esq. do rio
Branquinha e no Muricy.
S. Francisco, abaixo da villa do Urubú. (Halfeld).
RIACHÃO DAS PIRANHAS. Log. do Estado do Piauhy,
RIACHO. Log. do Estado de Santa Catharina. desmembrado
no mun. da Ujiião.
do dist. de S. Pedro de Alcantara e incorporado á freg. dc
RIACHÃO DE SANTA CRUZ. Log. do Estado das Ala- Santo Amaro do Ciibatão pela Lei Prov, n, 1.180 de 13 de fle-
gòas, na Matriz do Camaragibe. zembro de 1887.
RIA — 357 — RIA

RIACHO. Pov. do Estado de Sania Catharina, no muii. de RIACHO DA PALHA. Log. do Estado das Alagôas, no
Jaguariina. mun. da Palmeira dos índios.
RIACHO. Log. doKstado do Rio Grande do Sul, no 3» dist. RIACHO DA PEDRA. Lagòa do Estado do Ceará, no dist.
da capital; com uma esch. publ. de instr, prim,, oreada pelo de Arèas.
arfc. I da Lei Prov. n. 83-1 de 17 de março de 1873.
RIACHO D" AREIA. Log. do Estado do Parahyba do Norte.
RIACHO. Ilha do tístado da Bahia, no rio S. Francisco, As terras dessa localidade, posto que situadas no mun. de Ara-
que defronte delia divide-se em dous braços que se juntam de runa, pertencem ámunicipalidade de Bananeiras por doação que
novo pouco abaixo do pon tal da mesma ilha ambos estes braços : a estafi/.era Manoel Januário Beíerra Cavalvante.
são navegáveis, entrando pela margem esquerda um sangra- RIACHO DA SELLA. Pov. do Estado do Ceará, no termo
douro. Fica essa ilha pouco acima da povoação do Remanso.
do Arraial com uma esch. niixta, creada pelo art. II da Lei
;
Sobre o barranco da margem esquerda do rio, licam nesse Prov. n. 2.0ÕÕ de O de setembro de 1882.
logar Os povoados denominados Campo Largo, Limoeiro e
:

Riacho. RIACHO DAS PEDRAS. Log. do Estado de Pernambuco,


nos muns. de Agua Preta e Amaragy.
RIACHO. Pequeno rio do Estado do E. Santo, sahe da
lagòa de Aguiar e passando pelo grande brejo de Araraquara RIACHO DAS VARAS. Pov. do Estado de Minas Geraes,
corre sinuoso e lança-se no Ocea-no formando uma pequena no mun. de Diamantina.
Ibarra accessivel somente á canoas. Recebe o Comboios. Santa RIACHO DAS VOLTAS. Log. do Estado das Alagôas, em
Joanna, Pavão ou Pavonio, Jemuhuna, Gachoeirinha, Quilom- S. Miguel dos Campos.
bola. Brejo-Grande, Araraquara e pequenos córregos.
RIACHO DE BAIXO. Log. do Estado das Alagôas, no mun.
RIACHO. Pequeno rio no Estado de Santa Gatharina, banhg^ do Traipú.
o mun. de Jaguaruna e desagua na margem dir. do Sangão
RIACHO DE CANOAS. Pov. do Estado da Bahia, no mun.
RIACHO. Arroio do Estado do R. G. do Sul, banha o mun. da Barra do Rio Grande, cerca de 96 kils. acima da cidade, no
de S. José do Taquary e desagua no rio deste nome. rio S. Francisco, « Serve de passagem para as boiadas e cava-
RIACHO. Córrego do Estado de Minas Geraes, entre Con- lhadas que vem de Campo Largo, e que ahi atravessam o rio e
tagem e Carmo do Retiro. Desagua no ribeicão do Betim, ali', seguem para o morro do Chapéo, em cuja viagem, em logar de
do Paraopeba. gastarem por Jacobina umas 140 léguas ao primeiro ponto da
Estrada do Prolongamento, gastam apenas 112, calculadas 32 a
RIACHO (Lagòa do). No mun. de Umary e Estado do dita passagem, 02 ao Morro do Chapéo e 18 ao Sitio Novo, es-
Ceará. taçãodaE. de F. Central». (Durval Vieira de Aguiar. Biario
RIACHO BONITO. Log. do Estado das Alagôas, no mun. da Bahia de 23 de agosto de 1888).
de S. Luiz de Quitunde, RIACHO DE SANT'ANNA. Villa e mun. do Estado da
RIACHO BRANCO. Log. do Estado das Alagoas, no mun. Bihia, termo da com. de Monte Alto, a 118 Ivils.. de Monte
deste nome. Alto, namargemesq. do riacho de SanfAnna. Orago N. S. do
Rosario e diocese archiepiscopal de S. Salvador. Foi creada
RIACHO BRANCO. Serra do Estado das Alagôas, no mun. parochiado mun. de Monte Alto pela Lei Prov. n. 871 de 12 de
do Passo do Camaragibe. dezembro de 1861 elevada á categoria de villa pela de n. 1.826
;

RIACHO CEDROM. Log. do Estado do R. G. do Norte, no de 13 de agosto de 1878; incorporada á com, de Monte Alto
mun . de Nova Cruz. pelo art. I S I da d>^ n. 1997 de 9 de julho de 18S0, que assim
desmembrou-a da com. de Caeteté, e por Acto de 3 de agosto
RIACHO COMPRIDO. Córrego do Estado de Minas Geraes,
de 1892. Tem 6500 habs. e duas eschs. publs. de inst. prim.,
aíf. do rio das Velhas. creadas pelas Leis Provs. ns. 745 de 6 de junho de 1859 e 2.121
RIACHO DA BARRA. Log. do Estado das Alagoas, no de 26 de agosto de 1880. Agencia do correio. Sobre suas divisas
mun. da União. vide: art. Ilda Lei Prov. n. 871 de 12 de dezembro de 1861;
art. II da de n. 2.015 de 20 dejulho de 188i) ; n. 2.283 de 12 de
RIACHO DACANÔA. Log. do Estado das Alagôas, no mun.
setembro de 1881 ; n. 2.407 de 21 de julho de 1883. O mun é re-
do Traipú.
gado pelos riosS. Francisco, das Rans, SanfAnna, Norberto,
RIACHO DA CRUZ. Dist. do termo de Jequiriçá do Estado Sioopira, Brejo dos Padres, Carrapato, Pé da Serra, Brejo dos
da Bailia. Veados, Tábua. Felix Pereira, Cannabrava, Matta Virgem, Bo-
RIACHO DA GARÇA. Antiga freg. do Estado de Per- queirão, Bom Successo, além de outros. Lavoura de algodão, canna,
Parte do seu território foi incorporada á freg. de arroz, milho, feijão. Criação de gado. E' percorrido pelas serras
nambuco.
da Conceição, Boqueirão, Cabeceiras, Santa Isabel, Santa Rita,
S. Sebastião- de Ouricury, da qual foi desmembrada para ser
Brejinho, Veado. Santo Antonio, Cannabrava e diversas outras.
annexada á freg. de Santa Maria da com. da Boa Vista pela Lei
Con'tém as seguintes lagoas: do Pajebú, Agua Preta, Be/.erro,
172 de 20 de novembro de 184G. Esta ultima disposição foi porém
revogada pela Lei n. 2Õ-1 de 13 de maio de 1850, que declarou Agua Branca, Var/.ea de Arèa e Taboinha, e os povs. do Bo-
queirão, Santa Isabel e Mattas. Dista 92 kils. do Caeteté e do
em vigor a legislação anterior.
Bom Jesus da Lapa, 118 de Macahubas e 1.58 do Urubú, « Col-
p.,IACHO DA
GUIA. Arraial do Estado da Bahia, no mun. locada á margem dir, do rio Monte Alto, 12 léguas a E. do rio
de Alagoinhas, com duas eschs. pubis. de inst. prim., creadas S. Francisco, composta de uma rua de casas liaixas e uma
pelo art. Ilda Lei Prov. n. 1.881 de 20 de junho de 1879 e art. I grande praça, onde se acham a matriz de N. S. do Rosario e a
da de n. 1.272 de 25 de abril de 1873. Drago N. S. da Guia. casa do Conselho. O clima é secco, mas salubre, O m\m., apezar
RIACHO DA JACOBINA. Log. do Estado da's Alagôas, em de pessuir muitas fazendas de gado, corapõe-se de terrenos espe-
Bello Monte. cialmente aptos á agricultura, e esta emprega-se em pequena
escala na plantação do algodão».
RIACHO DA LAGE. Log. no dist. do Altinho do Estado de
SANT'ANNA. Quarteirão incorporado ao
Pernambuco. RIACHO DE
dist. deS. Gonçalo do mun. de Caicô polo l>c. n. 44 de 13 de
RIACHO DA MATANÇA. Log. do Estado de Pernambuco, a"'osto de 1890, que desmendjrou-o do dist. de S. Miguel de Ju-
no dist. do Arraial. curutú; no Estado do R. O. do Norte.
RIACHO DA MATTA. Log. do Estado de Pernambuco, no RIACHO DO ALGODÃO. Log. do Estado das Alagôas, no
termo de Agua Preta. mun. de Atalaia.
RIACHO D' ANTA. Log. do Estado de Minas Geraes, no RIACHO DO BARRO. Pov. do Estado de Minas Geraes,
dist. de Trahiras e mun. do Curvello. no dist. d'Abbadia e mun, de Pitanguy, banhada pelo córrego

RIACHO D' ANTAS. Log. do Estado de Pernambuco, no do seu nomc!.


mun . de Ipojuca. RIACHO DOCE. Pov. do Estado de Pornaiidiuco. no nuir\.
RIACHO DA PALHA. Log. do Estado de Pernambuco, no do Brejo da Madre de Deus com uma esch. niixla, creada polo
;

mun. de Correntes. art. I í5 111 da Lei Prov. w. 1.541 do 13 maio do ISSl.


. . , .

RIA 358 RIA

RIACHO DO FOGO. Log. do Estado de Pernambuco, no RIACHO DOS CAVALLOS. Pov. do Estado de Minas Ge-
mun. de Correntes. raes, no dist. do Rio Preto e mun. de Paraoatú.
RIACHO DO FUMO. Log. no termo de Campina Grande RIACHO DO SERTÃO. Pov. no termo do Bello Monte do
do Estado do Paraliyba do Norte. Estado das Alngòas, a seis kils. do pequeno pov. do Sertão-
sinho, com terreno apropriado á cultura do algodão. Tem uma
RIACHO DO GUIMARÃES. Log. do Estado do Ceará, nc
Capella, um cemitério e açude. um
mun. de Santa Quitei'ia a 30 kils. de Sobral, com uma capella
ds invocação de N. Senhora. Fica do lado esq. do rio Groaliyras, RIACHO DOS MACHADOS. Dist. do Estado de Minas Ge-
a i2 kils, da sua foz. raes, no mun. de Grão Mogol. Orago N. Senhora e diocese de
RIACHO DO MATTO. Aldeamento de indios do Estado de Diamantina. Foi creado parochia pelo art. 1" § 9" do Lei Prov.
Pernambuco; estincto por Acto Presidencial de 4 de abril de n. 2,500 de 12 de novemljro de 1878. Agencia do correio, creada
1873. pela Portaria de 2 de julho de 1884. Tem duas eschs. publs. de
inste, prim,, creada pela Lei Prov. n. 3.395de21 de julho de
RIACHO DO MEIO. Pov. na com. do Brejo do Estado do 1886. Comprehende o pov. Brejo Grande.
Mai-anlião ; com uma escli. publ. de primeiras lettras, creada
pela Lei Prov. n. 1.2(51 de 19 de maio de 1882. RIACHO DOS MANDANTES. Log. no termo da Floresta
do Estado de Pernambuco.
RIACHO DO MEIO. Log. do Estado do Ceará, no mun. do
Jardim RIACHO DOS PORCOS. Pov. do Estado do Ceará, amenos
RIACHO DO MEIO. Log. do Estado do Ceará, no termo
de seis kils. do cidade de Milagres, com uma capella.

de Ac:i rape RIACHO DOS PORCOS. Log. do Estado das Aiagôas, no


mun. de Anadia.
RIACHO DO MEIO. Log. do Estado do Parabyba do Norte,
no mun. de Fagundes. RIACHO DO TAQUARY. Log. no mun. do Taquary do
Estado do R. G. do Sul com uma esch, publ. de instr. prim.
RIACHO DO MEIO. Pov. do Estado das Alagoas, no termo
e uma capella de N. S. das Dòres.
;

do C uru ripe.
RIACHO DO MEL. Log. do Estado do R. G. do Norte, no
RIACHO DO TORRES. Dist. do termo de Ai-èas. no Estado
da Bahia.
mun. de Macaliyba.
RIACHO DO MEL. Log. do Estado das Alagoas, no nmn.
RIACHO DO VENTO. Serra do Estado de Minas Geraes,
no termo do Curvello. Serve de divisa ao dist. do Parauna.
da Palmeira dos índios.
RIACHO DO MOGEIRO. Log. do Estado do Parabyba do RIACHO FRIO. Pov. do Estado da Bahia, no mun. do
Brejinho, com algum commercio e criação de gado vaccum e
Norte, no dist. de Itabaiana.
cavallar.
RIACHO DO NAVIO. Dist. do termo de Floresta, no Es-
RIACHO FUNDO. de Minas Geraes, no
Dist. do Kstado
tado de Pernambuco.
mun. da Conceição. Orago Santo Anionio e diocese de Dia-
RIACHO DO OURO. Log. do listado das Aiagôas, em mantina. Foi elevado á parochia pela Lei Prov. n. 1.355 de
Mundahií-mirim. 6 de novembro de 1866 ; rebaixado dessa categoria pelo art. 1",
RIACHO DO PADRE. Log. do Estado de Pernambuco, no § 2" da de n. 1.682 de 21 de setembro de 1870; restaurado
mun. de Agua Preta. pelo § 8", art, 1" da de n. 2.500 de 12 de novembro de 1878.
Foi incorporada ao mun. da Conceição pelo art. I da de n. 2.107
RIACHO DO PARAIZO. Log. do Estado das Aiagôas, no de 7 de janeiro de 1875. Comprehende o pov. Vaccaria. Tem
Urucú. duas esclis. publs. de inst. primaria.
RIACHO DO POVO. Log. no termo de Aracaty do Estado RIACHO FUNDO. Log. do Estado do Piauby, no mun. do
do Ceará. S. João do Piauhy.
RIACHO DO PREGO. Log. no mun. de Goyaninba do RIACHO FUNDO. Log. do Estado do Ceará, no termo de
Estado do Pv,. G. do Norte. Cascavel
RIACHO DO SAL. Log. do Estado das Aiagôas, em Pi- RIACHO FUNDO. Log. do Estado do R. G. do Norte, no
ranhas. mun. de Macahyba.
RIACHO DO SANGUE. Villa e mun. do Estado do Geará, RIACHO FUNDO. Log. do Estado das Alagoas, em Santa
na com. de Benjamin Constant, no sertão denominado Riacho Anna do Panema e Anadia.
do Sangue, na margem esq. do ribeiro deste nome. Orago
N. S, da Conceição e diocese do Ceará. Foi creada freg. pela RIACHO FUNDO
DE BAIXO. Arraial do Estado das Ala-
Provisão de 6 de abril de 1784. Elevada á villa com a denomi- goas, no mun. da Pahneira dos índios; com unta capella da
nação de Riachuelo pelo art. I da Lei Prov. n. 1.179 de 29 invocação de N. S. das Dores. Ha no mesmo mun. mais dous
do agosto de 1865, que incorporou-a á com. de Quixeramobim logs. denominados Riacho Fundo de Cima e Riacho Fundo do
Rebaixada dessa categoria pela de n. 1.567 de 9 de setembro de Meio.
1873. Elevada à, villa com o nome de Riacho do Sangue pelo RIACHO FUSCO. Log. no mun. de Acarape ao Estado do
avt. I da de n. 1822 de 1 de setembro de 1879. Em 1881 o Ceará.
presidente negou sancção á Lei n. 14 de 23 de agosto que revo-
gava a de n. 1,822. Por Acto de 26 de maio de 1884 foi creado
RIACHO GRANDE. Log. do Estado do Ceará, no mun. de
Assaré,
nesse mun. furo civil e conselho de jurados. Tem duas eschs.
publs. deinst. primaria, Agencia do correio. Sobre suas divisas RIACHO GRANDE. I,og. do Estado das Aiagôas, em Santa
vide, entre outras, as Leis Provs.n. 1.074 de .30 de novembro de Anna do Ipanema, Pioca, Pão de Assucar e Traipú.
1863 n. 1.093 de 19 de dezembro de 1863; n. 1.167 de 8 de agosto
:
RIACHO GRANDE. Morro do Estado das Alagoas, á mar-
de 186.5: u. 1.964 de 15 de setembro de 1881 n. 1966 de 17 de
;
gem do rio S. Francisco, próximo da. cidade do Pão de Assucar
julho de 1882. B' mais conhecida pelo nome de villa do Frade e dos morros Quiraba, Trahiras e Algodão.
Grande criação de gado.
RIACHO DOS BOIS. Denominava-se assim a actual estação RIACHO GRANDE. Ilha no rio Balsas, alf. do Parnahyba;
no Estado do Maranhão.
Bandeira de Mello da E. de F. Central do Estado da Bahia.
RIACHO DOS CAMPOS. Log. do Estado das Aiagôas, no
RIACHO GRANDE. Riacho do Estado de Pernambuco,
banha o mun. de Bom Conselho e desagua no rio Paraliyba.
mun. da Palmeira dos Índios.
(Inf. loc.)
RIACHO DOS CAMPOS. Riacho do Estado de Pernam-
RIACHO GRANDE. Pequeno rio do Estado cíe Sergipe, banha
buco, banha o mun. de Bom Conselho e desagua no Traipú
o mun. de Dores desagua no rio Japaraluba (Inf.loc.) Do mun.
e
(Inf. loc).
de Aquidaban nos fazem menção de um Riacho Grande qiie des-
RIACHO DOS CAVAIiLOS. Log. do Estado do R, G. do agua com 24 kils. de curso no riacho do Jacaré do termo de
Norte, no mun. de Caicó, Própria.
RIB — 359 — RIB

RIACHO GUIMARÃES. Pov. do Estado do Ceará, no léguas. Está situada em uma eminência que ollia para a bahia
fceniio cie Santa Quitéria; com eschola. de S. José, e de onde a vista se derrama por sitios aprazíveis e
RIACHO MAURICIO. pittorescos, pelo littoral, foz do rio Itapecurú, Icatú e ilha de
Log. do Estado das Alagoas, no
mim. de Paulo Aflbnso. Sant'Anna. Deniora na extremidade da ilha do Maranhão e
na parte oriental da freg. de S. José dos índios.
RIACHO MORTO. Log. do Estado das Alagoas, no nuin. do
RIBEIRA. Dist. do Estadn do Rio de Janeiro, na com. e
Paraliyba.
termo de Angra dos Reis. Drago N. S. da Conceição e diocese
RIACHO SECCO. Pov. do Estado de Pernambuco, uo mun. deNyterõi. Foi creado parochia por Alvará de 13 de julho de
de Garanhuns, com eschola. 1824 com o território comprehendido entre a ponta do Tanguá-
RIACHO SECCO. Log.. do Estado de Pernambuco, no mun. Pequeno, onde termina a actual cidade de Angra dos Reis, e a
de Correntes. ponta de Piraquara de Fóra, juncto a Itaorna, onde prin-
cipia a de Mambucaba. Serve-lhe de matriz uma capella man-
RIACHO SECCO. Suburbio da cidade da Januaria, no Es-
dada consti-uir nas marinhas de sua fazenda da Ribeira por
tado de Minas Geraes. Custodio Gomes da Silva que, para esse flm, obteve a competente
RIACHO SUJO. Log. do Estado das Alagoas, em S. José Provisão do bispado, a 11 de julho de 1768. Concluída essa
da La^;e. capella em 1770, no dia 8 de setembro Je 1771, dia da Nativi-
dade de N. Senhora, foi ella benta. Dccupa uma .supeficie
RIACHO VERDE. Log. no distr. de Jubaia, termo de
de 149.08 kils. qs. Seu território é montanhoso, cercado de
Maranguape e Estado do Ceará.
morros, que se prendem á Serra do Mar. Regam-no os rios
RIACHO VERDE. Log. do Estado das Alagoas, no mun. Bracuhy, Japuliyba, Capotera, Ariró, Jiirumirim, Ambrozio,
de Paula Allbnso. Gratahfi, e diversos outros. Possue unias 50 ilhas, entre as
(luaes as denominadas: Feiticeií-a, Araçatiba, Anil. Feliciano,
RIACHO VERMELHO. Log. do Estado das Alagoas, no
Coqueiros, Ribsira, Cavalla. Arroz, Capitulo, Costa, José André,
mTin. de S. Miguel dus Campos.
Murtas, Redonda, Cavaco, Siind:ira, Cunhambeba, Paquetá. etc.
RIACHUELO. Cidade e mun. do Estado de Sergipe, na Lavoura de canua. Dista da, cidade de Angra õ a 12 kils.,
cojn. lieLarangeiras, á raax*gem do rio Jacarecicaou Sant Anna, conforme o ponto de partida para a cidade, por mar ou por terra.
a 20 kils. de Larangeiras. Drago N. S. da Conceição e diocese Tem duas eschls. publs. de instr. primaria. Comprehende os
arelii episcopal de S. Salvador. Poi creada villa pela Lei Prov. povs. Jurumirim ou Jerumirim, Enseada, Frade e Bracuhy.
n. OiildeSl de março do 1874, que determinou f|ue os limites
do mun. começassem na confluência dos rios Jacarecica e Ser-
RIBEIRA. Dist. do Estado de S. Paulo, no mun. do Apiahy.
Foi creado parochia pelo art. II da Lei Prov. n. 35 de 6 de
gipe c cjiie fossem por este acima, pelo ribeirão Camboatá, serras
abril de 1872. Tem duas eschs, publs. de instr. prim. Agencia
do Alecrim e grande de Itabaianna, rio Cotinguiba e riaclio Mas- do correio.
sapé, rio Sergipe até á confluência como Jacarecica. Poi creada
com. pela Lei Prov. n. 1.239 de 5 de maio do 1882, classilicada RIBEIRA. Log. do Estado do Maranhão, no mun. de Mi-
de 3* entrancia pelo Decr. n. 9.300 de 27 de setembro de 1884 e ritiba.
installada em 24 de novembro de 1894. Incorporada á com. de RIBEIRA. Pov. do Estado do Maranhão, a cerca de sei.s
Larangeiras pela Lei n. 39 do 16 de dezembro de 1892. Tem kils. de Icatú, a cujo mun. pertence.
duascschs. i)ubls. de instr. primaria. Agencia do correio. Foi
elevada â categoria de cidade pelo Decr. n. 10 de 25 de janeiro RIBEIRA. Bairro do Estado do R. G. do Norte, no mun.
de 1890. Lavoura de canna de assucar, algodão e café. Dista 30 da Capital. Tem uma praça de mercado, um Iheatriuho e
kils. da capital do Estado, sendo que o transporte la/.-se tanto
escholas.
embarcando pelo rio Sergipe, como por terra, 8 kils. de Laran- RIBEIRA. Log. do Estado de Pernambuco, no dist. da
geiras, 7 da Divina Pastora e 30 de Itabaianna. Denominava-se Vicencia.
pov. dos Pinlos. Comprehende os povs. Guimavdia, Malbador,
Roque Mendes e Sapo Torto. RIBEIRA. Log. do Estado das Alagoas, na Palmeira dos
índios, Pioca, Santa Luzia do Norte, Porto Real do Collegio
RIACHUELO. Pov. do Estado do Ceará, na com. do Jagua- e Triumpho.
ribe-mirim, com uma escli. publ. de instr. primaria.
RIBEIRA. Pov. do Estado de Sergipe, no dist, do Campo
RIACHUELO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. do Brito e mun. de Itabaiana.
de Palmares.
RIBEIRA. Pov. do Estado da Bahia, no termo do Conde,
RIACHUELO. Suburbio do Districto Federal, no distr. do á margem dir. do rio Itapecurú com duas eschs. publs. de
Engenbo Novo; com bellas chácaras, um elegante theatro euma inst. prim., crôadas pelas Leis Provs. ns. 1.343 de 4de julho
estação da E. F. Central do Brazil. Está em 1'requente commu- de 1873 e 1.415 de 15 de maio de de 1874.
nicação com o centro da cidade, não só por essa \ ia. férrea como
pelos bonds da Companhia Villa Izabel Estes percorrem a rua
.
RIBEIRA. Pov. do Estado da Bahia, no mun, do Raso.
Vinti?. o Quatro de Maio e aquella a parte com|)rebendida entre RIBEIRA. Bairro no mun. de Iguapé do Estado de S. Paulo,
essa rua ea de D. Anna Nery, que lhe é parallela. E' notável
RIBEIRA. Log. no mun. de Assunguy do Estado do Paraná.
pela sua salubridade. Tem agenciado correio, estação telegra-
phica, eschs puUls. mantidas pela municipalidade e alguns col- RIBEIRA. Pov. do Estado do Paraná, no mun. de Castro,
legios particulares. Fica situado entre os subúrbios denominados de cuja séde disla 48 kils. Tem uns 600 habs. e 80 casas.
Engenho Novo e S. Francisco Xavier e a estacão entre as do RIBEIRA. (Forte da.) Reducto rectangular na praia junto
Rocha e Sampaio. E' também ligado ao Engenho Novo, a ao Arsenal de Marinha na capital do Estado da Bahia. Montava
S. Francisco Xavier e ao Meyer por uma outra linha de bonds.
11 canhões em 1809. que cruzavam logo com os do forte do Mar.
A estação flca a sete kils. da Central. Era também denominado S. Fernando.
RIACHUELO. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. da
Mococa. RIBEIRA. Morro do Estado do Rio de Janeiro, á margem
esq. do rio Estrella, com 4"i,918 de altura.
RIACHUELO. Linha colonial do Estado do R. G. do Sul,
junto ao arroio Pirajá. A Lei Prov. n. 1.517 do 26 de novem- RIBEIRA. Alcantilada serra do Estado do Paraná, entra
de 1885 creou ahi uma esch. publ. deinst. primaria. Palmeira e Guarapuava. Faz o divortium aquarum do Tibagy e
Ivahy.
RIALTO. Estação na E. de F. Bananalense, a 12 RIBEIRA. Praia e ponta na ilha do Governador, situada
kils. da estação da Saudade da linha 'Central do Brazil. No dia
na bahia de Guanabara, lla ahi fabricas de cal. Na ilha de
8 de agosto de 1883 inaugurou-se o Ramal Bananalenst no per-
Paquetá existe uma praia com o mesmo nome.
curso de 12 kils. eiitre aquellas duas estações. Tem agencia
do cor>'eio, creada pela Portaria de 19 de setembro de 1883. RIBEIRA. Ilha do Esiado ilo Kio de Janeiro, no dist. da
RIBA-MAR. Capella do mun. do Paço do Lumiar, no Es- Ribeira e mun. de Angra dos Reis.
tado do Maranhão. Drago S. José. Erecta ha mais de 200 annos, RIBEIRA. Pequeno rio do l-^stado do Maranhão, banha o
na extremidade da ilha do Maranhão, de cuja cidade dista sete mun de Miritiba e desagua no Preá.
.

RIB — 3íj0 — RIB

RIBEIRA. Rio do Estado de Sergipe, aft'. do Cotinguiba. de 1880. Sobre suas divisas vide: art. II da Lei Prov. n. 29-1;
Lei Prov. n. 473 de 3 de abril de 1853; n. 2.030 de 21 de
RIBEIRA. Rio que nasce em terras do Duque de Aumale e
julho de ISSO: n. 2319 de 23 de junho de 1882. Tem 3.71G
faz barra no rio S. Francisco ; no Estado de Santa Catharina. habitantes.
RIBEIRA. Porto na península de Itapagipe, dist. deste nome RIBEIRA DO SERIDÓ. Foi a primeira denominação da
e num. da capital do Estado da Bahia. E' o centro do com- cidade do Príncipe, pertencente ao Estado do R. G. do Norte.
mercio dêsse dist. para o qual aflliiem constantemente graude
numero de pequenas embarcações. AM licam as oIHcinas da RIBEIRÃO. Dist. do mun. do Bom .Jardim e Estado do
Companhia Bahiana, Rio de Janeiro, enti-e duas collinas, á margem esq. do rio do seu
nome, Or.igo S. José e diocese de Ny lerõi. Foi cre do, parochia pelo
RIBEIRA. Rio do Estado do Paraná; nasce na serra do art. 1 da Lei Pfov. n. 960 de 1:^ de outubro de 1857 e villa por Dec.
seu nome e desagua no Umbetuva. de 6 de julho de 1891 rebaixado dessa ultima categoria por
;

RIBEIRA DA CANOA. Log. do Estado das Alagoas, em Dec. de 28 do maio de 1892 e resta^irado pelo de 17 de dezembro do
S. Braz. mesmo anno que mudou-lhe a sede para o dist. do Bom Jardim
com esta denominação. Sobre suas divisas vide art. II da Lei
RIBEIRA. DE CIMA. Log. do Estado do Paraná, no mun. Prov. n. 969 de 13 de outubro de 1857 e n. 2.681 de 10 de outubro
:

de Assiinguy. 1883. Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Por seu território
RIBEIRA DE IGUAPÉ. Bairro de Iguapé, no Estado de passam os rios Ribeirão, Amparo, Capitão, S. Domingos, Almas,
S. Paulo ; com duas eschs. publs. de instr. primaria. Barra Alegre e outros e as serras de Macabú, Vargem Alta e
;

do Pinheiro. Lavoura de café, milho, feijão, batatas, arroz,


RIBEIRA DE IGUAPÉ. Rio dos Estados do Paraná e São
canna, mandioca, etc. Clima saluberrimo. E' servido pela E.
Paulo. Nasce no primeiro e desagua no segundo, atravessando
de F. de Cantagallo e ligado a estação de Bom Jardim por uma
neste os mun. de Iguapé, Cananéa e Xiiúrica. E' ligado por um
estrada de rodagem. Dista 24 kils de Nova Friburgo, 17 da es-
canal áo porto marítimo de Iguapé. Suas aguns são chrystalí-
tação do Rio Grande, 8 para a do Bom Jardim, 33 para a de
nas e de muito bom paladar. Tem esse rio 1500 a 200 metros de
Cordeiros. Tem a egreja inatriz, benta e inaugurada em 18 de
largura e uma profundidade média de 2 a 20 metros. Na parte
baixa do rio as aguas tem pequena correnteza, porém da b^irra
maio de 1888; um templo protestante, um tliealro e um cemi-
tério. Diz a tradicção que fòra o celebre Mão de Luva quem pri-
do Etá para cima sua queda augmenta consideravelmente e
meiro habilou esse logar, então matta virgem.
d'ahi até á vílla de Xiririca já apparecem algumas pequenas
corredeiras como a da Ilha Raza e a da Formoza, corredeiras RIBEIRÃO. Dist. do Estado de Santa Catharina, no mun.
estas que os vapores de alguma força vencem com facilidade. A da Capital, ao S. da 'ilha de Santa Catharina. Orago N. S. da
12 kils. acima de Xiririca, no logar Meninos, encontram-se Lapa. Foi creado parochia pelo Alvará de 11 de julho de 1809.
alguns rochedos no canal que facilmente poderiam ser removi- Tem duas eschls. publs. de inst. prim. Agencia do correio,
dos. Logo acima a '-orrent^za das aguas avoiuma-se formando creada em 1884.
as corredeiras do Bananal Grande, Jaguary e Panupan. Além
dessas corredeiras notam-se ainda nesse rio as denominadas das RIBEIRÃO. Pov. do Estado de Pernambuco, no mun. da
Cordas, André Lopes e Ivaporonduva, além de muitas outras Gamelleira ; com uma capella de San t' Anna e uma esch. publ.
menos importantes. O conselheiro Martim Francisco, em sua Ha
outros logs. do mesmo nome no dist. da Vicenciae no mun.
«Viagem Mineralógica pela Província de S. Paido (1805)» diz o de Goitá.
seguinte: « —
Todas as margens da ribeira, e mesmo algum RIBEIRÃO. Dist. do Estado da Bahia, no mun. de S. Vi-
terreno decorrido, é argilloso. sílicoso e humoso, provenien te cente Ferrer d'Arèa. Vide Ribeirão Casca.
da decomposição dos vegetaes ; no logar do descampado acham-
se á flor d'agua bancos horizontaes de uma argília branca RIBEIRÃO. Secção do núcleo Muniz Freire, no mun. de Li-
pura; mais acima n'outro potiso ha um chisto argilloso fer- nhares, no Estado do Espirito Santo.
ruginoso, pobre, com alguma mistura de ferro de permeio ; estes RIBEIRÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
são de direeção oesnoroeste lessuéste. quasi horizontaes: em de Valença, com eschola.
diversas partes vè-se a flor d'agua a formação podinguica do
ouro e nestas brechas, além de outras pedras roladas, acham-se
;
RIBEIRÃO. Pov. do Eslado do Rio de Janeiro, no mun.
as chamadas pedras de capote, que julgo ser o graustein dos Al-
do Rio Claro, com uma esch. publ. de iust. primaria.
lemãeSi A esta ribeira vem ter diversos ribeirões e rios, como o RIBEIRÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no mun.de
Pai'iguéruçu, Paríguémirim e Jacajeiranga á esqqerda, e o S. João Marcos.
Juquiá. onde vou trabalhar, desprezando os outros por menos
nomeados em ouro. Esta ribeira, admirável pela sua extensão
RIBEIRÃO. Log. na cidade de Vassouras do Estado do Rio
de Janeiro, com uma esch. municipal.
e largura e pela facilidade de navegação até Yporanga, pela
fertilidade das tei-ras que flcam em suas margens, pela abun- RIBEIRÃO. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist. do
dância dc peixe, caça de pello e pássaros, como jacús antílopes, Paty (estação) e mun. de Vassouras, com uma esch. muni-
macucos, tetráo maior, nambu (ou tetrao ininor ? ) gralhas, cipal.
juritis, (Colomba passarina ) guirapongas, maitacas e papa-
gaios, espécies do género psitacus, carões e piassooas, etc,
RIBEIRÃO. Bairro do mun. de Pindamonhangaba do Estado
de S. Paulo; com uma esch. publ. de instr. prim., creada
seria um paiz admirável, e de grande rendimento para Portu-
pela Lei Prov. n. 8 de 15 de fevereiro de 1884 e uma capella
gal, si fosse mais povoado por gente mais industriosa e mais
de Sant'Anna.
abastada, pois que grandes fundos só são capazes de dar gi'an-
des lucros ; S. A. está muita longe, e só de perto é que pôde RIBEIRÃO. Bairro do Estado de S. Paiilo, a uns 8 kils.
veros melhoramentos de que carecem suas colónias». Recebe no da villa do Paranapanema com uma esch. publ., creada pela
;

Paraná o Ribeirinha, Assunguy, Ponta Grassa, Piedade, Ouro Lei n. Í08 de 29 de setembro de 1892.
Fino, Pomba e em S. Paulo o Itajurapuan, Ipiranga. Juquiá,
;
RIBEIRÃO. Bairro no mun. da Lagoinha do Estado de São
Pedro Cubas, Pardo. Jacupiranga, Batatal, além de outros. Paulo; com uma esch. publ. creada pela Lei n. 230 de 4 de
RIBEIRA DE S. VICENTE. Arraial do Estado das Ala- setembro de 1893.
goas, em Mundahii-mirim. RIBEIRÃO. Bairro do mun. de S. Roque no Estado de São
RIBERA DO APIAHY. Bairro na Capella do Apiahy do Paulo : com uma esch. publ. creada pela Lei n. 259 de 4de se-
Estado de S. Paulo ; com duas eschs. publs. de inst. pri- temçro de 1893.
maria. Foi elevado á dist. pela Lei n. 35 de 6 abril de 1872.
RIBEIRÃO. Bairro do mun de Paranaguá, no Estado do
RIBEIRA DO CAVACO. Log. do Estado das Alagoas, no Paraná; com uma esch. publ- de
.

instr. prim., creada pela Lei


mun. da Victoria. Prov. n. 608 de 16 de abril de 1880.
RIBEIRA DO PAU GRANDE. Dist. do Eslado da Bahia,
RIBEIRÃO. Log. do Estado do Paraná, no
no mun. de Pombal. Orago N. S. do Amparo e diocese nrchi- dist. de Campo
episoopal de S. Salvador. Foi creado parochia pela Lei Prov. Largo
n. 29-1 de 9 de maio de 1848. Tem eschs. publs. de insfc. prim., RIBEIRÃO. Pov. do Estado de Santa Catharina, no disf.
uma das quaeg creada pela Lei Prov. n. 2.068 de 11 de agosto de Imaruhy.
41.452
.

RIB — 361 — RIB

RIBEIRÃO. Log. do Esiado do Minas Geraes, no dist. do RIBEIRÃO. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha o
Senhor BomJesus do Amparo do Rio de S. João do inuii. de Santa num. de Montes Claros e desagua no rio Verde.
Barbara, cóni nma esch. publ. de insi"-. piúm., creada peia Lei
F^rov. n. 2.912 de 25 de setembro de 1882.
RIBEIRÃO. Rio do Estado de Goyaz, aff. da margem esq.
do Maranhão. Recebe, além de outros, os ribeirões do Toco e
RIBEIRÃO. Log. do mun. da Diamantina, no Estado de da Forquilha.
Minas Geraes.
RIBEIRÃO. Rio do listado de Goyaz, aíl". da margem es'i.
RIBEIRÃO. Bairro do mun. do Pouso Alto, no Estado de do Salinas, que o é do Maranhão.
Minas Geraes
RIBEIRÃO (Cachoeira do). E' a terceira do rio da Madeira, a
RIBEIRÃO. Pov. do Estado de Minas Geraes, a seis Itils. mais extensa, mais traballiosa, e das mais temíveis, eiteuden-
do dist. do Retiro, com cerca de 30 casas. do-se porquasi Skils., com vários saltos e correntezas. Sua dif-
RIBEIRÃO. Pov. do mun. de Ponte Nova, no Estado de ferença de nivel, na cabeça e cauda, é de 1/240. Os aborigene=;
Minas Geraes. chamavam-a i'/amoi'ír2e'. A cabeceira começa num morrote, á
margem dir., onde Uca o porto da Cachoeira. E' formada por
RIBEIRÃO. Pov. do Estado de Minas Geraes, no mim. do grandes lages coliertas de blocos de diorito e gneis, alguns par-
Alto Rio Doce. tidos, outros prismáticos, outros formando dykes. Nessas lages
RIBEIRÃO. Log. do Estado de Minas Geraes, no dist. da encontram-se caldeirões, perfeitamente redondos, formados peio
Lage e mun. de Tiradcntes com eschola.
; attrito de seixos rolados no movimento das aguas, e outros, elli-
RIBEIRÃO. Uma das estações da E. de F. do Recife ao ptico-i, longos de 2 e 3 centímetros, mais fundos no meio que
S. Francisco, no Estado de Pernambuco, na 3* secção da Escada nas extremidades, não excedendo sua profundidade de 1 cenli-
a Gamelleira. Fica no Isil. 8G,87G'" (Kng. Picanço). metro, e mais ou menos com a mesma largura, todtjsquasi
eguaes e disposíos em direcções uniformes, uns após outros, em
RIBEIRÃO. Ilha do Estado de Minas Geraes, no rio São duas e tres lil eiras, pelo que trazem a lembrança, ainda que sem
Francisco, entre a foz do rio dos Porcos e a do Jequi. semelhança alguma as pegadas do Isomem. Encontram-se-os
RIBEIRÃO. Igarapé do Estado do Pará, no dist. de Bem- também, noutras cachoeiras, principalmente nas da Madeira
íica e mun. da capital. Bananeira e Paredão. O Sr. LaJislau Netto attribue-os ao at-
trito das pedras de machado, abi aplanadas e aguçadas pelos
RIBEIRÃO. Rio do Estado de Pernambuco, no mun. da indio=i. xV cachoeira não dá canal em tempo algum e tem cinco
Gamelleira. saltos n"um espaço de 250 kils. O varadouro começa nimia lage
RIBEIRÃO. Riacho do listado da Balua, banha o mun. de grande e lisa, de 80 metros de largura e que prolonga-se da base
Lençóes e desagua no rio Cocho. Recebe o riacho Palmeií^as. do morrote, sobe por sua encosta uns 100 metros, e descendo uns
RI.BEIRÃO. Rio do Estado da l^ahia, nasce no termo de Ma-
40 chega ao cui'so de agua que deu o nome á cachoeira Ricardo .

racás, banha o mun. d'Amargo3a


com o nome de Jequiriçá-
e
Franco demarcou-a aos 10" 14' S na cabeceira e 10° 0'na cauda.
mirim faz barra no Jequiriçá Grande. Recebe o Corrente, o Vae-se á sirga, quasi sempre até esta, que fica a Ires kils.
Julião, o Timbó, o Massaranduba e o Barreiro. (Inf. loc.) «Rio abaixo. Seu varadouro é de cerca de dous kils. cortados de iga-
que banha o mun. da Tapera e desagua no Jequiriçá-mirim. rapés que devem ser torrentosos e largos na cheia.
Em sen curso toma o nome de ribeirão Salgado em razão de RIBEIRÃO ABAIXO. Dist. do Estado de Minas Geraes,
passar por uma lagòa sv.lgada. Recebe os riachos Tamanduá, no mun. e diseese de Marianna. Orago S. Caetano. Tem duas
Corrente e ISainha. (Inf. loc.) eschs. publs. de inst. prim. Não nos consta a data em que
RIBEIRÃO. Rio do Estado da Bahia, aff. da margem esq. esse dist. foi creado parochia.
do Gongogy. RIBEIRÃO BONITO, ^'illa e mun. do Eslado e diocese de
RIBEIRÃO. Pequeno rio do Estado da Bahia, banha o mun. S. Paulo, na com. do seu nome. Foi creada parochia pela Lei
do Brejo Grande e desagua no rio Sincorá. Prov. n. 16 de 8 de março de 1882. Tem duas eschs. p-ibls.de
inst. prim., tendo sido a do sexo femenino, creada pala Lei
RIBEIRÃO. Ribeií-ão do Estado da Bahia, banha o mun. do
Prov. n. 11 de 24 de fevereiro de 1882. Foi elevada á catego-
Prado e desagua na margem esq. do rio do Norte, ISkils. abaixo
ria de villa pelo Dec. n. 24 de 5 de março de 18í'0. Compre-
da foz do Furados.
hende o bairro da Pedra Branca. Foi creada dist. pela Lei
RIBKIRÃO. Rio do Estado do Rio de Janeiro, nasce na en- n. 10 de 8 de março de 1882 e com. pela Lei n, 80 de 25 de
costa da serra que circula a cidade de Nova Friburgo, banha o agosto de 1892.
dist. de S. José do Ribeirão e desagua no rio Grande. Recebe,
entre outros, o rio do Amparo.
RIBEIRÃO BONITO. Bairro do Estado de S. Paulo, no
mun. de Avaré ; com eschola.
RIBEIRÃO. Rio do Estado de S. I'aulo, banha a cidade de RIBEIRÃO BONITO. Log. do Estado do Paraiiá, uo mun.
Pindamonhangaba e desagiui no rio Parahyba do Sul.
do Tibagy.
RIBEIRÃO. do Estado do Paraná, nasce na serra da
Pv,io
RIBEIRÃO BRANCO. Villa c nma. do Estado de São
Pi'ata, banliaomun, de Paranaguá e desagua na bsira deste Paulo, ex-parochia do mun. da Faxina. Orago Senhor Bom
nome. E' navegável por canoas até até á< ])rnxiuMdA'-.^ de sua Jesus e diocese de S. Paulo, Foi creada parochia pela Lei
nascente e por maiores embarcações até á Colónia Alessandra, Prov. n. 28 de 29 de março de 1883, que substituio-lhe a de-
que se acha situa'la á margem esq. em logar bastante aprazível nominação dc Ribeirão Preto pela dc Ribeirão Branco. Eni suas
e até onde chegavam outr'ora os vapores da estincta Companhia divisas licam as serras de Samambaia e do Capote o o morro do
Progressista, líra sua cabeceira é atravessado pela E. de F.. Seit Jacu. Foi elevada á villa pela Lei n. 83 de 6 de setembro de
curso é de 10 a 12 kits. (de 20 kils. segundo ou+ros). E' muito 1892. Comprehende o bairro Caçador.
encaclioeirado em sua parte suijerior, tendo as nascentes em uma
altura de 500 metros sobre o nivel do i-;ar. Recebe o Veríssimo RIBEIRÃO BRANCO. Bairro do Estado de S. Paulo, no
Piedade e Tora. mun. da Natividade.
RIBEIRÃO. Rio do Estado do II. G. do Sul, banha o dist. RIBEIRÃO CASCA. Dist. do termo de Areia, no Estado da
da Vaccaria e desagua uo rio Pelotas 24 kils. acima do passo de Bahia.
Santa Victoria. RIBEIRÃO CLARO (S. Vicente do). Pov. do Estado de
RIBEIRÃO. Rio que nasce no Estado de Minas Geraes, S. Paulo, no mun. de Pederneiras.
atravessa o da Bahia, onde desagiui, na margem dir. do vio,
Pardo, abaixo da foz do rio do Mosquito (Candido Mendes).
RIBEIRÃO CLARO. Bairro do mun. de S. Simão e Estado
de S, Paulo.
RIBEIRÃO. Pecpieno rio do Estado de Minas Geraes, banha
o mun. de Tiradentes e desagua no rio das Mortes pela esq.
RIBEIRÃO DA BOMBA. Log. no mun. ilo Assuiigny do
Recebe o córrego da Mococa. Estado do Poraná.

RIBEIRÃO. Rio do Estado de Minas Geraes, banha o mun. RIBEIRÃO DA CAVA. Bairro do dist. do Carmo da
Cachoeira, mun. do K. S. da Varginha e Estado de Miuas
do Curvello e desagua na margem esq. do rio Bicudo. Recebe o
Geraes.
Facada (Inf. loc.)

DICC. GEOG. 4'3


RIB — 362 — RIB

RIBEIRÃO DA ONÇA. Bairro do mun. de Taluhy e Esta- RIBEIRÃO DE S. JOÃO. Log. do Estado de Minas
do de S. Paulo. Geraes, no mun. do Mar de Hespanha, no dist. da cidade.

RIBEIRÃO DA ONÇA. Dist. creado no Estado do Paraná RIBEIRÃO DO ALTAR. Log. do Estado de Minas Geraes,
pela Lei Prov. n. 915 de 27 de setembro de 1889, que deu-lhe no dist da Agua Limpa e mun. de Minas Novas, eom uma esch.
por séde o nueleo —
Alfredo Chaves. Denominava-se Veados. publ. de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 3.467 de 4 de ou-
tubro de 1887.
RIBEIRÃO DA POSSE. Log. do Estado de Goyaz, no
RIBEIRÃO DO CHAPÉU. Log. do Estado do B. Santo,
mun. de SanfAnna de A atas, banhado pelo ribeirão do seu
norae. no dist. de Santa Leopoldina.

RIBEIRÃO D' AREI A. Log, do Estado de Minas Geracs' RIBEIRÃO DO CUBAS. Pov. do Estado de Minas Geraes
no dist. de S. Sebastião das Correntes e mun. do Serro, com á margem do ribeirão do seu nome. Pertencia ao dist. de Sete
Cachoeiras do mun. de Ilabira, mas a Lei Prov. n. 279 de 19
escliola.
de outubro de 1878 incorporou-a ao dist. da Parahyba de Matto
RIBEIRÃO DAS ALMAS. Pov. do Estado de S. Paulo, Dentro, pertencente ao mesmo município.
no mun. de Taubaté, sobre o ribeirão de seu nome que depois
toma o nome de Una. E' considerada entre as mais férteis povs. RIBEIRÃO DO ENGENHO. Log. do Estado de Matto
Grosso, pouco distante da séde do dist. de Brotas.
do N. desse Estado, lem escholas.
RIBEIRÃO DAS ANTAS. Bairro do mun. do Socoorro, RIBEIRÃO DO LESSA. Log. do Estado de Minas Geraes,
no dist. do Pirapetinga do município de Manhuassú.
no Estado de S. Paulo; com uma esch. publ. de inst. prim.,
creada pela Lei Prov. n. 47 de 22 de fevereiro de 1881. RIBEIRÃO DO MACACO. Log. do Estado de Minas Geraes,
RIBEIRÃO DAS ANTAS. curato do Estado de
Antigo no dist. da cidade do Caratinga.
Minas Geraes, elevado á parochia pelo art. I § VIII da Lei Prov, RIBEIRÃO DO MARANHÃO. Pov. do Estado de Minas
n. 471 de 1 de junho de 1850, que deii-lhe a denominação de Geraes, no mun, de Carangolla, com uma esch. publ. de inst.
Bom Jesus do Campo Mystioo. Vide Campo Mystico, prim. para o sexo masculino, creada pela Lei Prov. n. 3.217 de
11 de outubro de 1881.
RIBEIRÃO DAS AREIAS, Log. do Estado do Pvio de Ja-
neiro, no mun. de Itaocara. RIBEIRÃO DO OURO. Log. no dist. i'o Porto Franco do
Estado de Santa Catharina, a 50 kils. da séde da antiga colónia
RIBEIRÃO DAS CONCHAS. Bairro do mun. do Tatuliy,
Itajaby, a cujo mun. i>ertence.
no Estado de S. Paulo; com uma escli. publ, de inst. prim.,
creada pela Lei Prov. n. 8 de 15 de fevereiro de 1884. RIBEIRÃO DO OURO. Serra do Estado de Jlinas Geraes,
no mun. de S. Sebastião do Paraiso.
RIBEIRÃO DA SERRA. Log. do Estado da Bahia, no mun.
de Jusseape. RIBEIRÃO DO PEÃO. Log. do listado de Minas Geraes,
no distr. do Caratinga e mun. de Manhuassú.
RIBEIRÃO DAS FLEXAS. Pov. do Estado de Minas
Geraes, no dist. de Sant'Anna de Ferros, com uma esch. publ. de RIBEIRÃO DO PILAR. Bairro do mun. do Pilar e Estado
inst. prim., creada pela Lei Prov, n. 3.398 de 21 de julho de S. Paulo.
de 1886. RIBEIRÃO DO POTE. Bairro do mun. de S. José do
RIBEIRÃO DAS LAGES, Dist. do Estado do Rio de Ja- Parahytinga, no Estado de S. Paulo; com uma esch. pubi.
neiro, nos muns. de Pirahy e de Itaguahy, banhado pelo ribeirão creada pela Lei n. 217 de 4 de setembro de 1893.
do seu nome e atravessado pela esti-ada que partindo de Belém RIBEIRÃO DO RAPOSO. Amigo curato da freg. de Ta-
vai a S. José do Bom Jardim Orago S. Pedro e S. Paulo e quarussú, no Estado de Minas Geraes. Elevado a parochia, com
diocese de Nyterõi. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 77 a denominação dô N. S. da Conceição de Jaboticatubas, pela
de 29 de dezembro de 1836, Confina com os dists. de Sacra Lei Prov. n. 912 de 4 de junho de 1858. Vide Jaboticatubas.
Família, SanfAnna do Pirahy eS. Francisco Xavier de Itaguahy.
Tem duas eschs. publs. de inst. prim. Sobre suas divisas vide RIBEIRÃO DO RETIRO. Log. do Estado de Matto Grosso,
entre outras a Lei Prov. n. 154 de 7 de maio de 1839. Cultura de no dist. de Brotas.
canna, café e cereaes. Possue dous estabelecimentos industriaes, RIBEIRÃO DO ROQUE. Log. do Estado de S. Paulo, no
um no log'ar denominado Macacos, onde fica a fabrica de tecidos mun. do Rio Claro.
e fiação pert^ncenie á Companhia Industrial, e outro no logar
Cascata na seiTa da Senhoria. Foi desmembrado parte desse RIBEIRÃO DO SACRAMENTO. Log. do Estado de Minas
dist. e encorporado ao mun. do Pirahy pelo Dec. n. 133 de 18 Geraes, no distr. da cidade do Caratinga.
de outubro de 1890. RIBEIRÃO DO SALTO. Log. do Estado de Santa Catha-
RIBEIRÃO DAS PEDRAS. Log. do Estado do E. Santo, rina, no mun. do Paraty.
no mun. de Santa Izabei. RIBEIRÃO DOS COUTINHOS. Pov. do Estado do Rio de
RIBEIRÃO DAS PEDRAS. Pov. do Estado de Minas Janeiro, no miin. da Barra Mansa, com uma
esch. publ. de
Geraes, no dist. de S. João Baptista das Cachoeiras e mun. de instr. prim., creada pela Caniiira Municipal em execução da
S. José do Paraiso. Lei n. 2.535 de 7 de dezembro de 1880.
RIBEIRÃO DAS PITANGAS. Antiga pov. do mun. da RIBEIRÃO DOS HESPANHÓES. Log. do Estado do Es-
Conceição, no Estado de Minas Geraes. Elevada á dist. pela em Santa Thereza
pirito Santo, do núcleo do Timbuhy,
Lei Prov. n. 1.387 de 14 de novembro de 1860. RIBEIRÃO DOS MOTTAS. Bairro no mun. de Guaratin-
RIBEIRÃO DAS VACO AS. Psv. do Estado de Minas guetá, no Estado de S. Paulo; com uma esch. publ. de inst.
Geraes no dist. deS. Vicente Ferrer e mun. do Turvo. prim., creada pela Lei Prov. n. 688 de 5 de aljril de 1862.
E' ligado á Apparecida por uma estrada. Grande cultura de
RIBEIRÃO DE ALBERTO DIAS. Dist. do mun. de Bar-
café. Tem uma capella e um cemitério.
bacena, no Estado de Minas Gei'aes. Passou a denominar-se
S. José da Ressaquinha pela Lei Districtal n. 7 de 15 de RIBEIRÃO DOS MUDOS. Bairro do Estado de S. Paulo,
marco de 1895 e Res, Municipal n. 5U de 19 de setembro no mun. de Caçapava.
de 189Õ. RIBEIRÃO DOS PARDOS. Pov. do Estado do Espirito
RIBEIRÃO DE FÓRA. Log. do Estado do Paraná, no Santa Leopoldina, com uma esch. publ. de
Santo, no dist. de
mun. de Colombo, com eschola. inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 18 de 4 de maio de 1877.

RIBEIRÃO DE SA:nT'ANNA. Pov. no dist. de SantAnna RIBEIRÃO DOS PORCOS. Log. do Estado de S. Paulo,
dos Tocos. mun. de Rezende e Estado do Rio de Janeiro, com no mun. de S. João da Boa Vista.
duas escholas. RIBEIRÃO DOS PORCOS. Pov do Estado de Minas Geraes,
RIBEIRÃO DE SANTO ANTONIO. Pov. do Estado de no dist. do Morro do Pilar e raun. da Conceição; com uma
Minas Geraes, no dist. de Dòres do Turvo e mun. do Alto esch. publ. de instr. prim., para o sexo masculino, creada pela
Rio Doce. Lei Prov. n. 3.217 de 11 de outubro de 1884. Tem 200 habs.
. .

R[B — 363 RJB

RIBEIRÃO DOS SANTOS. Log. do Estado de Minas Ge- alinhadas e com importantes prédios, ires typographias. sete
i-aes, no dist. do Bom Despaclio e mun. de Inhaúma. hotéis e diversos restaurantes. Perto da cidade iica a colónia
RIBEIRÃO GRANDE. Dist. do mun. de Botucatu do .'Vntonio Prado.
Estado de S. Paulo. GiM.go Senhor Bom Jesus. Tem duas RIBEIRÃO PRETO. Bairro do mun. de Botucatu e Es-
esch, publs. de inst. prim., creadas pela Lei Prov. n. 50 de 22 tado de S. Paulo.
de fevereiro de 1881. Foi creado parochia pelas Leis Provs.
ns. 258 de 21 de março de 188á e 6j ds 27 de março de 1889.
RIBEIRÃO PRETO
(Bom Jesus do-). Assim denominava-se
o dist. do Ribeirão Branco do Esiado de S. Paulo. Perdeu
RIBEIRÃO GRANDE. Bairro do mun. deGiiarehy, no aquella denominação pela Lei Prov. n. 28 de 29 de março de 1883.
Estado de S. Paulo; com uma esch. publ. creada pela Lei RIBEIRÃO PRETO. Uma das estações da E. de F. Mo-
n. 378 de 4 de setemlwo de Í8'J.5. gyana, no Estado de S. Paulo, no kilometro 321. Agenciado
RIBEIRÃO GRANDE. Bairro do mun. da Piedade, no Es- correio creada em 1881. Fica a .350"' de altura sobro o nivel do
tado de S. Paulo, com escholas. mar. Estação telegraphica.
RIBEIRÃO GRANDE. Bairro do mun. do E. Santo da RIBEIRÃOSINHD. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, ex
Boa Vista, no Estado de S. Paulo. parochia do mun. de Jaboticabal, encravada entre esta villa e
a de Araraquara. Foi creada parochia pelo art. Ida Lei Pi-ov.
RIBEIRÃO GRANDE. Bairro do mun. de Pindamonhan- n. 9de 16 de março de 1880. Tem duas eschs. publs. de inst.
gaba e Estado de S. Paulo. prim. Allirmam haver abi uma fonte de aguas salinas. Iln uma
RIBEIRÃO GRANDE. Log. do Estado do Paraná, no bairro estrada desta vil'a [lara Araraquara. Sobre suas divisas vide a
da Anta Gorda e dist, de Bocayuva. Lei Prov. n. 14 de 1 de março de 1887. Foi elevada á villa pela
Lei n. 60 de 16 de agosto de 1892.
RIBEIRÃO GRANDE. Pov. do Estado de Santa Catharina,
no mun. da cidade da Laguna. RIBEIRÃOSINHO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes,
desagua na margem dir. do rio Grande, proximamente á fazenda
RIBEIRÃO GRANDE. Log. do Estado do Matto Grosso, no do Rio Grande.
mun. de Diamantino.
RIBEIRÃOSINHO. Pequeno rio do Estado de Minas Ge-
RIBEIRÃO GRANDE. Ribeirão do Estado do Paraná, ba- raes ;
origina-s3 nas terras altas que o separam das cabeceiras
nha o mun . de Campina Grande
e desagua no rio Capivary- do ribeirão da Borda e entt-a na margem esq. do rio das Mortes
Grande. Recebe os ribeirões Bonito e do Cedro. (Inf. loc ) pouco acima do Registro Velho, com um desenvolvimento de 12
RIBEIRÃO GRANDE. Ribeirão do Estado do Paraná, kilometr. -s.

banha o mun. d > Serro Azul e desagua na margem dir. do RIBEIRÃO S. PEDRO. Log. do Estado do E. Santo, no
Ribeira, (inf. loc.) mun. de Ilabapoana.
RIBEIRÃO PARDO. Biirro de Botucatu, no Estado dc RIBEIRÃO VERMELHO. Bairro do mun. de Arêas, no
g. Paulo, com uma esch. publ. de inst. primaria. Estado de S. Paulo, com duas eschs. publs. creadas pelas Leis
ns. 210 e 248 de 4 de setembro de 1893.
RIBEIRÃO PEQUENO. Arraial no mun. da Laguna, no
Estado de Santa Catharina. RIBEIRÃO VERMELHO. Capella do mun. deS. João Ba-
ptista do Rio Verde, no Estado de S. Paulo; com duas eschs.
RIBEIRÃO PIRES. Núcleo colonial do Estadode S. Paulo, publs. creadas pela Lei n. 261 de 4 de setembro de 1893. Foi
no mun. de S. Bernardo, cnm uma esch. publ. creada pela Lei
elevada á dist. p;da Lei n. 288 de 7 de julho de 1894.
n. 101 de 24 de setembro de 1892.

RIBEIRÃO PRETO. Cidade e mun. do Estado de São RIBEIRÃO VERMELHO. Log. do Estado do Paraná, no
mun. do Rio Negro.
Paulo, sede da com. do seu nome, distante .39 kils. de Cajuru,
4G de Batatae^, 72 de Araraquara, 52 de S. Simão, 100 de Pi- RIBEIRÃO VERMELHO. Estação da E. de F. Oest? de
rassununga, 111 de Casa Branca e 423 da capital do Estado, á Minas, no dist. de Perdões do mun. de Lavras com uma esch. ,

margem dos ribeirões do seu nome e do Retiro, atravessada pela publ., creada pela Lei n. 106 de 24 de julho de 1894.
E. deF. Mogyana. A pov. foi fundada em 1856 em território RIBEIRINHA. Pov. do Estado de Alagoas, no mun. do
outr'ora pertencente ao mun. de S. Simão, por José Borges da Tri umplio
Costa, Manoel Fernmdesdo Nascimento, João Alves Pereira,
Antonio Pereira e Bernardo Alves Pereira, sendo feita pelos
RIBEIRINHA. Log. do Estado do Paraná, no mun. de
Assunguy de Cima. Foi creado dist. por Acto de 1 de abril
tres primeiros a doação de terras para património. A uberdade
de 1890.
do sólo foi attrahiudo para a localidade, não sodas povs. visi-
nhas, mas e principalmente, do Estado de Minas Geraes, mui- RIBEIRINHA. Dist. policial do Estado do Paraná, no termo
tos agricultores, que impulsionaram o progresso da pov., dando do Serro Azul.
ao mun. a importância que justamen te gosa por sua força pro- RIBEIRINHA. Rio do Estado do Paraná, entre Castro e
ductiva. Sua egreja matriz depende da diocese de S. Paulo e Assunguy de Cima Ilda Lei Prov. n. 589 de 16 de abril
(art.
tem a invocação deS. Sebastião. Foi creada parochia pela Lei de 1880).
Prov. n. 51 de 2 de abril de 1870. Villa com a denominação de
Ribeirão Preto pela de n. 67 de 12 de abril de 1871. Trocou
RIBEIRINHA DO -JACARÉ. Rio do Estado do Paraná, no
esse nome pelo de Entre Rios pela de n. 34 de 7 de abril de
mun, de Assunguy de Cima.
1879. Readquiriu a primitiva denominação pela de n. 99 de 30 RIBEIRINHO. Log. do Estado do R. G. do Sul. no mun.
de junho de 1881. Foi elevada á categoria de cidade pela de de Santiago do Boqueirão, com eschola.
n. 85 de 1 de abril de 1889. Creada com. pela Lei n. 80 de 25 de RIBEIRO. Estação da companhia viação férrea Sapucahy
agosto de 1892. Tem eschs. publs,, agencia do correio e estação no Estado de Minas Geraes, a 24 kils. da Soledade.
telegraphica. As terras do mun. são fertilissimas, roxas de pri-
meira sorte e próprias para a lavoura de café, canna, algodão e
RIBEIRO. Serra do Estado de Sergipe, no mun. de Ita-
oareaes. E' o mun. um dos mais importantes do Estado. Dis-
baianna
tinguem-se no mun. as serras do Lageado, Azul, além de ou- RIBEIRO. Porto no rio Tietê, mun. de Lençóes e Estado
tras, todus ellas occupadas com lavouras dc café. Os mais im, de S. Paulo.
porlantes rios do mun. são o Mogy-guassú, Pardo, Figueira, RIBEIRO. Riacho do Estado de Pernambuco, no mun. de
Preto, Retii'o, Lageado, Cachoeirinha, Fl )res, Pantano e além Aguas Bcdlas.
de outros. Confina com os muns. de B;rtataes, Cajuru, S. Simão,
S. Carlos, Araraquara e Jaboticabal. A cidade tem 1.500habs.
RIBEIRO. Arroio do Estado do R, G. do Sul, aff. dir.
eomun. Í2.0Q0. Comprehende,
entre outros, os bairros de
do Giiahylia, no dist. da Barra. Recebe o Faustino, o 1'alamo,
Cravinhos e daCapellinha. Sobre suas divisas, vide entre outras, o Banhado da Restinga, o Capivara e o Douradilho ou Antonio
Alves.
aLei Prov. de 12 de abril de 1871. n. 31 de 23 de março de 1882
e n. 73 dí 6 de abril de 1885. Tem um vasto theatro, situado RIBEIRO, Pequeno curso de agua que passa pela fazenda
na praça 15 de novembro, considerado como o primeiro do de Joaquim Ribeiro e desagua na margem esq. do rio das
Estado; e ura Banco. Tem duas praças, umas GO ruas, bem Mortes; no Estado de Minas Geraes.
.

RIC — 364 — RIN

RIBEIRO. Córrego do Estado de Minas Geraes ; nasce no RIFAINA. Dist. do Estado de S. Paulo, no mun. de Santa
Alto da Cruz, bairro de Barliacona, corta a E. de F. Ceiílral, Rita do Paraíso, unido á Franca por uma estrada. Orago Santo
e, desenvolvendo-se por um rasgado, passa na olaria de José Antonio e diocese de S. Paailo. Era o arraial do Cedro que a
Ribeiro. Atravessando tendas da colónia Rodrigo Silva, vai Lei Prov. n. 58 de 15 de abril de 1873 elevou á parochia, Tem
entrar na margem dir. do rio das Mortes, 1200 metros abaixo da eschs. púbis, de inst. prim. e cerca de 3.000 habs. Agencia do
Ponte do Cosme. correio. Foi em principio um arraial do mun. da Franca.
RIBEIRO DAS PEDRAS Log. no mun. de Campos do RIFAINA. Estação da E. de F. Mogyana, no Eslado de
Estado do Rio de Janeiro, no dist. deN. S. das Dòres de Ma- S. Paulo, entre Monte Alto e Jaguara.
cabii,
RIFAINA. Ribeiro do listado de Minas Geraes, banha o
RIBEIRO DO MEL. Lr.g. do Estado de Pernambuco, no dist. da cidade do SS. Sacramento, reune-se ao Borá e juntos
mun. do Limoeiro. vão ao rio Grande.
RIBEIRO FUNDO. Log. do Estado de Pernambuco, no RIGOR. Log. do Estado do Maranhão, á margem do rio
mun. do Limoeiro, com uma esch. publ. de inst. prim., creada Grajahú e próximo do igarapé Maracapií.
pela Lei Prov. n. 1.541 de 13 do maio de 1881.
; RIGOR. Igarapé do Estado do Maranhão, afl'. do rio Grajahú,
RIBEIRO FUNDO. Log. no dist. de N. S. das Dores de trib. do Mearim.
Macahé do Estado do Uio de Janeiro. RIJO. Ilha rodeada de pedras, que fica mais ao N., no grupo
RIBEIRO FUNDO,. Pequeno rio do Estado de Pernam- a E. da do Governador ; é um pouco alta e pela sua área e po-
buco, banha o jnun. do Lioioairo e desagua no rio Capibaribe sição foi indicada pelo astrónomo Dr. Liais como apropriada
(Inf. loc). a ser nella edificado o observatório astronómico, que mais cedo
RIBEIRO GRANDE. ou mais tai'de tem de sahir do morro do Castello, quer pelo
Log. do Estado de Pernambuco, no
provável desmoronamento dest», quer pela existência de ferro
dist. de Vicencia.
que perturba as observações magnéticas. (Fausto de Souza.
RIBEIRO MANSO. Córrego do Estado de Minas Geraes, .4 Bailia do Rio da Janeiro.)
alll.da margem esq. do rio das Velhas, nas divisas do dist.
de N. S. da Cone 'ição do Rio das Pedras.
RIMARE. Nome que o gentio dava ao rio Quiseramobim,
no Estado do Ceará.
RIBEIRO PINTO. Ilha do Est ido de Matto Grosso, no rio
RINCÃO. (Pv,. G. do Sul). Campo cercado demattos ou outros
Brilliante, acima da foz do rio Dourados.
accidentes naturaes, e onde se põe a pastar os animaes com a
RICA.Serra do Estado de Minas Geraes, nas divisas da certeza de não poderem fugir. Etym. Do castelhano Rincon, cor-
Cachoeira do Carmo. respondente ao portiiguez Recanto. Em
outras accepções Rincão
RICARDÍNHO. Passo do rio Quarahy, no Estado do R. G. é termo portuguez.
do Sul. RINCÃO. Log. do Estado do R. G. do Norte, no mun. de
RICARDO. do Estado da Bahia, no mun. Mossoró. (Inf. loc).
Illia da Casa
Nova. RINCÃO. Bairro do mun. de Itapetininga e Estado de
RICARDO. Ribeirão do Estado de Minas Geraes, banha o S. Paulo.
mun. de Pouso Alegre e desagua na esq. do rio Mandú. RINCÃO. Bairro do mun. de Araraquara e Estado de
RICARDO FRANCO (Serra do). Estado de Matto Grosso. S. Paulo, com eschola.
Alta cordilheira que se estende pela margem esq. do Guaporé RINCÃO. Estação da Companhia Paulista de Vias Férreas e
entre os parallelos 14" 35' e 15" C. Era também conhecida pelos Fluviaes. no pi-olongamento de Araraquara a Jaboticabal, no
nomps de serra de Matto-Grosso, serra da Villa, por ficar fron- Eftado de S. Paulo.
teira a Villa Bella, hoje cidade de Matto-Grosso, serra do Verde,
por nelles ter nascimento e correr o rio Verde, serra do Grão-Pará RINCÃO. Morro do Estado de S. Paulo, á margem da
denominação dada pelos engenheiros de 1782, e serra das Torres, E. de F. Central do Brazil, entre os rios Verde e Itaquera, alls.
pela singular curiosidade que se observa em um dos seus espigões
do Tietê.
mais septentrionaes. O nome de Ricardo Franco foi-lhe dado RINCÃO. Serra do Estado de Minas Geraes, no mun. de
pela commissão de limites de 1876, em honra do illustre enge- Ayuruoca. (Inf. loc.)
nheiro, a quem tanto deve o Estado. Eleva-se de 700 a 800 metros, RINCÃO. Serra do Estado de Minas Geraes divide junta- :

estando o seu pincaro mais alto aos 15" 1' 19". Dos seus cabeços mente com a da Divisa o dist. do Carmo do Campo Grande do
são mais notáveis o do Chapéo de Sol, assim chamado por sua de Dores da Boa Esperança. No Almanali Sul Mineiro (1864)
configuração, e o das Torres. Ao do Chapéo de Sol subiu Luiz lè-se Ranauo.
de Albuquerque, capitão-general em 26 de junho de 1782, com
toda a terceira divisão de demarcação, que calcularam sua RINCÃO. Lngôa no littoral do Estado do R. G. do Sul, pró-
altura em 2600 pés. xima ás denominadas Passo Fundo e Palmas. E' uma das mais
internadas dessa zona (Eleuth. Camargo).
RICHMOND. (Jma das .secções do 3» território da ex-colonia
do Rio Novo, no Estado do E. Santo. RINCÃO. Rio do Estado de S. Paulo, ali', do Rancho Quei-
mado, trib. do Mogy-guassú. (Inf. loc.)
RICHMOND. Serra do Estado do E. Santo, no mun. de
Piuma. No Estado dizem Rochimond. RINCÃO COMPRIDO. Los. do mun. do Rio Pardo, no
Estado R- G. Sul.
RIGO. Log. do Estado de Pernambuco, no mun. de Muri-
beca. RINCÃO DA CRIA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no
dist. de SanfAnna do Rio dos Sinos, com uma esch. publ. de
RICO. Lago
do Estado de Goyaz, desagua ne margem dir. inst. prim,, creada por Lei Prov. n. 1.218 de 14 de maio de
do rio Araguaya pouco acinui da foz do rio do Peixe. Ha nelle 1879.
uma ilha Carla do Uio Araf/iinja levantada pelo major R. J.
de M. Jardim. 1879).
RINCÃO DA GUARITA. Log. do mun. da Palmeira do
Estado do R, G. do Sul, com uma esch. publ. de inst. prim,
RICO. Córrego do Estado de S. I'aulo, nasce na serra do creada ]iela Lei Prov. n. 1.461 de 30 de abril de 1884.
Jaboticabal e desagua no rio Mdgy-guassú. Recebe o i^ilieirão
do Còco e atravessa a estrada de Jaboticabal a. Ri beirãosinlio
RINCÃO DA PEDREIRA. Log. do Estado do R. G. do
Sul, no nnnj. de S Martinho.
RIGO, Córrego do Estado de i^.Iinas Goraes, Ijanha o mun.
RINCÃO DA RESERVA. Log. no mnn. de Pelotas do Es-
lie S. João Nepomiiceno, reune-se ao riljeirão do Ouro no arraial
tado do R. fi. do Sul, junto ao arroio das Pedras.
do l)i'scol)prio e juntos vão desaguar no rio Novo. aíl'. do
Pomba. RINCÃO DA RONDA. Arroio do Eslado do Paraná, na com-
Córrego do Estado de Minas G 'raes, no mun, de Pa- de Ponta Grossa.
RICO.
racatii ;
atravessa a estrada que da cidade deste nome vae ao RINCÃO DAS ÉGUAS. Lagõa no littoral do Estado do Rio
Pai rooinio. G. do Sul, próxima ás lagòa,s denomidadas Porteira e Cerqui-
,

RIO 365 — RIO

nlia (Eleiith. Camargo). Communica ao N. com a da Cerquinba RIO ABAIXO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun.
e ao S. com a do Meio. da Santa Barbara, banhado pelos rios das Pacas. Una e Santa
RINCÃO DE BOSSOROCA. L<ig. no Estado do R. G. do Barbara. Orago S. Gonçalo e diocese de Marijnna. Foi creado
parochia pelo art. 1 § V da Lei Prov. n. 471 dei de junho
Sul, no mun. de S. 8epé.
de 1850. Tem cerca de 4.000 habs. e duas eschs. publs. de inst.
RINCÃO D'EL-REI. Grande fazenda nacional, no mun. do prim uma das quaes, a do sexo masculino, creada pelo art. Ida
,

Rio Pardo, sobre as margens dos rios Jacnby e Pardo, a 20 Lei Prov. n. 2.164 de 20 novembro de 1875. E' ligado a Cocaes
léguas a O. de Porte Alegre no lísiado do R. G. do Sul.
; por uma estrada. Agencia do correio, creada em 1879. Além da
RINCÃO DE NOSSA SENHORA. Um dos dists. em que se matriz possue a capella das Mercês. Comprehende os pequenos
divide o mun. da Cruz Alta no Estado do R. G. do Sul.
;
povoados Capão, Cedro e Batêas. Sobre suas divisas vide art. I
§§ III e XVI da Lei Prov. n. 2 .501) de 12 de novembro de 1878
RINCÃO DE S, JOAQUIM. Log. do mun. da Vaccaria do ns. 2.621 o 2.633 de 7 de janeiro de 18S0, n. 2.906 de 23 de setembro
;

Estado do R. G. do Sul ; com uma esch. publ. de inst. pri- de 1882 ;n. 3.387 de lO de julho de 1886 (art. V). Limita-se
maria. com a parochia da cidade de Itabira, arraial de S. José
RINCÃO DE S. LUIZ. Log. no mun. de Santa Victoria, n° da Lagòa, freg. de S. Miguel de Piracicaba, cidade de
Estado do R. G. do Sul. Ha ahi estabelecidas algumas xar" Santa Barbara, Cocaes e Bom Jesus do Anipuro. Lavoura de
queadas milho, feijão, arroz, mandioca e canna da assucar. Industria
pastoril.
RINCÃO Di. S. PEDRO. Log. do Estado do R. G. do Sul'
no 3" distr. do muu. de Santa Maria da Bocca do Monte. RIO ABAIXO. Dist. do Estado de Minas Ceraes, no mun.
de S. João d'El Rei. Fica a quatro kils. da estação de Santa
RINCÃO DE S. PEDRO. Estação da E. de F. de Porto
Rita da E. de F. Oeste de Minas. Orago Santa Rita e diocese
Alegre a Urugu.iyana, no Estado do R. G. do Sul, entre as es- de Marianna. Foi em principio um dist. do mun. de S. José
tações da Bocca do Monte eS. Lucas, a 117™,946 de altura. d'El-Rei. Elevado á parochia pela Lei Prov. n. 669 de 28 de
RINCÃO DO BURITY. Log. do Estado do R. G. do Sul» abril de 1854. Annexado ao m in. de S. João d'El-Rei pela de
no S" dis'.. da Encruzilhada, com uma esch. pub. de inst. n. 891 de 4 de junho de 18.58, reincorporado ao de S. José
prim., creada pela L?i Prov. n. 1.517 de 26 de novembro de d'BI-Rei pelo art. XIX da den. 1.190 de 23 de julho de 1804e
1885. ao de S. João d'El-Rei pela de n. 1.802 de 25 de setembro
de 1871. Ficá a 1. 000 metros acima do nivel do mar, em um
RINCÃO DO CASCALHO. Log. do mun. de S. Sebastião morro que serve de contralbrie á serra do mesmo nome. Tem
do Cahy do Estado do R. U. do Sul; com uma esch. pub.de
3.000 habs., e duas eschs. publs., uma das quaes, a do sexo
inst. primaria.
lémiaino tbi creada pelo art. I da Lei Prov. n. 2.164 de 20 de
RINCÃO DO HERVAL. Log. do Estado do R. G. do Sul, novembro de 1875. E' esse dist. em geral montanhoso, apre-
no mun. de Passo Fundo. sentando todavia vastas campinas entremeiadas de mattas
de cultura. Seu território é regado por diversos rios, entre os
RINCÃO DO ILDEFONSO. Log. no mun. de Caçapava do
quaes o das Mortes, que divide-o do dist. de S. João d*El-Rei ;
Estado do R. G. do Sul, com uma esch. mixta. de inst. pri-
o de Santo Antonio, mais conhecido por Gloria, que separa-o do
maria.
de Tiradentes, e o do Peixe que separa-o do de S.Thiago;
RINCÃO DO PADILHA. Log. do Estado do R. G. do e atravessado pela serrada Carioca. Tem os morros da Agua
Sul, no dist. de S. Martinho com uma esch. publ. de inst. ; Santa, Grande e do Chapéo. A lavoura principal é a da canna.
prim., creada pela Lei Prov. n. 802 de 28 de outubro de 1872. Fabricam-se queijos, excellente vinho de uvas e tecidos de lã e
RINCÃO DO REI. Log. do Estado do R. G. do Sul, no algodão. Comprehende os povoados Gloria, Pi-ainha e Restinga.
mun. do Rio Pardo. Foi desmembrado do mun. de S. João de E' atravessado pela estrada de rodagem que vem do centro do
Santa Cruz pela Lei Prov. n. 1.219 de de maio de 1879. Tem U Estado e segue para S. João d'El-Rei. Possue algumas casas
uma esch. publ. de inst. prim., creada pela Lei Prov. n. 1.517 regulares, formando uma longa rua donde partem beecos mal
de 26 de novembro de 1885.
alinhados, e em cujo centro, mais ou menos, eleva-se uma pe-
quena egreja.
RINCÃO DOS ILHÉOS. Log. do termo de S. Leopoldo
RIO ABAIXO. Dist. do Estado de Minas Geraes, no mua.
do Estado do R. G. do Sul.
da Conceição do Serro. Orago Santo Antonio e diocese de
RINCÃO DOS MOUROS. Log. do Estado do R. G. do Sul, Diamantina. Foi creado parochia pela Lei Prov. n. 2.103 de 4
no mun. de S. Francisco de Assis. de janeiro de 1875. Fica próximo da margem dir. do rio Santo
RINCÃO DOS PEREIRAS. Log. do Estado do R. Q. do Antonio. Sobre suas divisas vide art. 1 § IX da Lei Prov.
Sul. no dist. da Encruzilhada. n. 2.764 de 13 de setembro de 1881 en. 3.287 de 10 de julho
de 1887 (art. V). Tem duas eschs. publs. de instr. prim.
RINCÃO DOS POTROS. Arroio do Estado do R. G. do Agencia do correio. Cultura de milho, feijão, arroz, batatas,
Sul ali. do rio Pardo. mandioca, canna de assucar, cale e fumo. Fabricação de rapa-
RINCÃO DOS VALLOS. Log. do Estado do R. G. do Sul, duras e assucar. Criação de gado vaccum, cavallar, muar, suino
no mun. da Cruz Alta, com uma esch. publ. de inst. prim. e lanígero. E' esse dist. um dos pontos procurados pelos mu-
creada pela Lei Prov. n. 1041 de 20 de maio de 1876. ladeiros do norte do Estado, os quaes levam annualmente dabi
de 400 a 500 bestas. A pop. de todo o dist. é de tres a 4.000
RINCÃO DOS VEADOS. Lagoa do Estado do R. G. do Sul, habitantes.
na península do Estreito. Coinmuiiica com as lagoas da
Reserva, de S. Simão e do Ponclio. RIO ABAIXO. Bairro no mun de Jundiahy do Estado de
S. Paulo.
RÍNDUIVA. Log. do Estado de S. Paulo, no bairro do
Rio Pardo e mun. de Iporanga com duas eschs. publs. creadas
;
RIO ABAIXO. Bairro no mun. de Atibaia do Estado de
pela Lei n. 101 de 24 de seiembro de 1892. S. Paulo.

RIO ABAETÉ. Log. do Estado do Pará, no mun. de RIO ABAIXO. Bairro do mun. de Mogy das Cruzes, no
Abaeté : com unia esch. publica. Estado de S. Paulo. Tem uma esch. mixta creada pela Lei
Prov. n. 102 de 21 de abril dc^ 1885.
RIO ABAIXO. Villa e mun. do Estado de Matto Grosso
ex-parochia do mun. da capital, assente sobre a margem esq. RIO ABAIXO. Bairro do mu ti. de Jacarehy e Estado ile

S. Paulo, corn escholas.


do rio Cuyabá e do monte das Grutas, 30 kils, ao S. da capital.
Orago Santo Antonio e diocese dc Cuyabá. Foi creada paro- RIO ABAIXO Bairro do mun. de S. Luiz do Parahytinga
chia pela Lei Prov. de 26 de agosto de 1835. Tem 2.000 habs. e do Estado de S. Paulo. Tem duas escholas. No mesmo mun. ha
duas eschs. publs. de inst. prim., uma das quaes oreada, pela um outro liairro denominado Santo Antonio do Rio .\baixo.
Lei Prov. n. 8 de Ti de maio de 1837. Sobre suas divisas vide,
entre outras, a Lei Prov. n. 2 de 28 de maio de 1873 e n. 558 de
RIO ABAIXO. Bairro do Estado de S. Paulo, no mun. de
Bragança, com cscbola.
26 de novembro de 1880. Foi elevada á categoria de villa pelo
Dec. n. 2i de 4 de julho de 1890, que constituiu o seu mun. RIO ABAIXO. Bairro do mun. do Cabreuva e Estado de
com a parochia da villa e com a da Chapada. S. Paulo, com eachola.
RIO — 366 RIO

RIO ABAIXO. Pov. do Estado do Paraná, no mun. de RIO ACIMA. Bairro do mun. de Araçariguama, no Rstado
Castro, de cuja séde dista 18 kils, Tem nns 000 habs. e 60 de S.Paulo, com uma esch. i^ubl. creada pela Lei prov. n. 133
casas, de 15 de maio de 1889.
RIO ABAIXO. Log-. do Estado do Pai-aná, no mun. da RIO ACIMA. Bairro do mun. de Itanhaem, no Estado de
Campina Grande. São Paulo, com eschola.
RIO ABAIXO. Log. do Estado do Paraná, no disfc. de RIO ACIMA. Bairro do mun. do Cunha e Estado de São
Araucária. Paulo.
RIO ACIMA. Dist. do Estado de Minas Geraes, no termo RIO ACIMA
( S. Gonçalo do). Pov. do Estado de Minas
de Santa Barbara. Orago N. S. da Conceição e diocese de Ma- Geraes, no dist. de S. João do Morro Grande do termo de Santa
rianna. Foi creado parocliia pela Lei Prov, n. 3100 de 28 de Barbara ; com uma esch. publ. de instr. prim. creada pelo art. I
setembro de 1893. Tem duas eschs, publs. de inst, primaria. § I da Lei Prov. n. 3.038 de 20 de outubro de 1882.

RIO ACIMA, Dist. do Estado de Minas Geraes, no mun. RIO ACIMA. Corrego do Estado de Minas Geraes, desagua
de Villa Nova de Lima, á margem dir, do rio das Velhas, cerei no rio das Mortes perto dã estação de Santa Rita.
de 30 kils. ao S. de Sabará e 50 ao N. de Ouro Preto. Sua RIO ACIMA. Córrego do Estado de Minas Geraes, banha
fundação data de 150 annos e é devida aos Paulistas que ahi se a cidade de S. João d'El-Rei e desagua no ribeirão do Le-
internaram, attrahidos pelo ouro, que ábundava uo rio das nheiro.
Velhas. O terreno, em que estão edificadas as casas da povoa-
ção e a Malriz, pertenceu a Mathias da Costa Maciel, que delle
RIO ANABIJÚ.Log. do Estado do Pará, no mun^ de Muaná;
com uma esch. publica.
fez doação á Irmandade dò SS- Sacramento. Gosou por longo
tempo dos fóros de parochia, mas diminuindo a pop. em con- RIO ANAPU Log. do Eslado do Pará, no mun. de Igavapé-
sequência da decadência da mineração, foi por Dec. de 14 de miry com uma esch. publica.
,

julbo de 1852 annexado á freg. de Raposos. Em 1839, pela Lei RIO ANTOJSjIO. Dist. creado na freg. de S. Sebastião,
Prov. n. 138 de 3 de aljril foi restabelecida em sua :\ntiga ca- termo de Caeteté e Estado da Bahia pelo art. II da Lei Prov.
tegoria de parochia, a qual de novo perdoa pela Lei de 3 de n. 2.077 de 28 de junho de 1889.
abril de 1840, que transferiu sua ? éde para a egreja do Rio das
Pedras. Foi restaurada pela Lei n. 209 de 7 de abril de 1841 RIO ARAPIXY. Um dos quarteirões em que se divide o
( art. VI, § III) Sua egreja matriz tem a invocação de Santo mun. de Alemquer, no Estado do Pará. Em 1892 tinha 33G ha-
Antonio e depende da diocese de Marianna. Tem duas eschs. bitantes.
publs. de instr. prim. Agencia do correio. Sobre suas divisas RIO BACURY. Log. do Estado do Pará, no mun. da Ca-
vide Leis Provs. n. 1.366 de 7 de novembro de 186ii n. 1.445 ;
pital; com uma esch. publica.
de 26 do dezembro de 1867; n. 1.893 de 17 de julho de 1872
(art. III) n. 1.905 de 19 de julho de 1872 (art. III § III) RIO BAIO. Pov. do Estado do Paraná, no mun, de S. João
n. 2.160 de 19 de novembro de 1875 (ari. II): n. 3.049 do Triurapho.
de 2) de outubro de 1882 art. II ).
( De iima informação RIC BONITO. Cidade e mun. do Eslado do Rio de Janeiro,
que, em abril de 1887, nos foi prestada pelo vigário dess freg., i.
termo da com. de seu nome. Orago N. S. da Conceição e dio-
José Sabino Marques, extractamos o seguinte: « Cultivam-se cese de Nyterõi. Foi creada parochia por Provisão de 27 de
apenas, para o consumo do logar e dos viajantes e tropeiros que agosto de 1708, villa pela Lei Prov. n. 381 de 7 de maio de
por aqui passam, milho, feijãii, arroz, algumas batatas, canna 1846 e cidade pelo Dec. n. 37 de 16 de janeiro de 1890. E' com.
e hortaliças. A mineração, única industria que floresceu nesta de 2=^ entrancia, creada pela Lei Prov. n. 720 de 25 de outubro
zona, está hoje em notável decadência, podendo-se conside- de 1854, e classificada pelos Decs. n. 1469 de 4 de novembro de
ral-a quasi extiecta e substituída por um modesto commei"cio 1854 e 4.868 de 187:?. Comprehende o dist. da Boa Esperança e
dos productos da lavoura com os tropeiros rjue demandam os os povs. Rio dos índios. Rio Secco, Braçanan, Lav ras, Catimbáo
cinco ranchos que bordam a estrada principal. Cria-se ainda Grande e Pequeno, Posse, Bacaxá, Morro dus Moendas. Rio
alguni gado vaccum. cavallar e m\iar, mas eiu escala muito re- do Ouro, Duas Barras e Jacundá. Tem eschs. publs. e agencia
duzida, A séde da parochia tem 38 casas cobertas de telha e do correio. Pertenceu ao mun. de Santo Antonio de Sá até 1833
150 habs., podendo«se calcular a pop. de toda a freg, em 2. J00 e ao de Itaborahy até 1810. Sua primeira invocação foi Madre
almas. O clima pôde ser considerado como sadio, não oljstante de Deus e sua séde em uma fazenda, posteriormente deno-
terem-se verificado alguns casos de morphéa e grassar cdui ca- minada D Bernarda. Por diligencias do vig.irio Marcello
racter endémico a papeira ou papo, moléstia esta que se attri- Corrêa de Macedo, foi a séde transferida para o logar onde
bue á influencia das aguas de certas nascentes. A freg. é hoje está. No mun., além da matriz da cidade e da Boa Espe-
atravessada pela estrada geral, que. partindo de Ouro Preto, rança, ha a Capella de S.inia Anna no logar denominado
dirige-se para Sabará e d'ahi para o interior, ramiflcando-se Basilio e a de N. S. da Conceição no Rio Secco.
em diversas direijções ». Foi desmembrado do mun. de Sabará e
incorporado ao de Villa Nova de Lima pelo Dec. n. 364 de 5 RIO BONITO. Villa e mun. do Estado deS. Paulo, na
de fevereiro de 1891. con\. de Tatuhy. Orago N. S. da Piedade e diocese de S. Páulo.
A Lei Prov. n. 6 de 28 de fevereiro de 1866 elevou á categoria
RIO ACIMA. Dist. do Estado de Mi nas Geraes. no termo de parochia a capella de Samambaia do mun. de Botu-
de Santa Barbara. Orago N. S. da Conceição e diocese de catu com a denominação de Rio Bonito: a de n. 32 de 24 de
Marianna. Foi creado parochia pela Lei prov. n. 3.100 de 28 março de 1871 annexou-a ao mun. de Tatuhy ; o de n. 75 de 21
de setembro de 1883. Tem duas eschs. [mbls. de inst. prim. de abril de 1880 elevou-a á villa. Dista 208, 8 kils. da capital,
RIO ACIMA, Dist. do Estado de Matto Grosso, no mun, 38.8 de Botucatu 6 27,7 de Lençóes. Tem 3 a 400) habs. e duas
do Rosario. Vide Bosario. eschs. publs. de instr. prim. .Sobre suas tlivisas vide Lei Prov.
n. 39 de 6 de abril de 1872; n. 38 de 16 de abril de 1874
RIO ACIMA. Bairro do mun. de Mogy das Cruzes do Es- n. 36 ""'e 24 de março de 1880 o n. 9 de 21 de fevereiro de 1882.
;

tado de S. Paulo. As Leis Provs. ns. 50 de 22 de fevereiro e 71 Agencia do correio, creada enr 1872. Comprehende os bairros
17 de junho de 1881 crearam ahi eschs. publs. de instr. prim.
do Rio do Peixe e do Oleo.
e a de n. 101 de 21 de abril de 1885 transferiu dalii para o
bairro da Pante Grande a esch. publ. do sexo feminino. RIO BONITO. Viila e mun. do Estado de Goyaz, na
com. do Rio Verde, á margem do rio do seu nome. Orago
RIO ACIMA. Bairro do mun. do E. Santo da Boa Vista e Divino Espirito Santo das Torres e diocese de Goyaz. Foi creada
Estado de S. Paulo com uma esch. creada pela I^ei n. 378 de
;
parochia pela Lei Prov. n. 51 de 5 de novembro de 1855. Des-
4 de setembro de 1895. membrada do termo e com. da capital e incorporada ao termo
RIO ACIMA. Bairro no mun. de Areas do Estado de São ecom. do Rio Verde pela Lei Prov n. 454 de 30 de setembro
Paulo ; com uma esch. publ. de instr, prims.ria. de 1870. Elevada á categoria de villa pelo art. I da de n. .508
do :;9 de julho de 1873, que, no art. II, incori)oroxi-a á com.
Rio ACIMA (Santa Cruz do). Bairro do mun. de S. Luiz
do Rio Caxim installada em 7 de janeiro de 1874. Annexada
;
do Parahytinga, no listado de S.Paulo.
ácom. do Rio Verde, em consequência da suppressão da do Rio
RIO ACIMA, Bairro no mun. de It ipetininga e Estado de Coxim pela de n. 616 de O de abril de 1880. Tem duas eschs.
S. Paulo. publs. de instr. prim. Ó mun. é constituído pelo dist. da
RIO — 367 — RIO

villa e pelo de N. S. das Dores do Rio Coxim. E' o mun. o transporte de passageiros e mercadorias entre Porto das
regado, aléoi de outros, pelos rios Bonito, Coxim e Caiaposiiiho. Caixas e Nyterõi e vice-versa. A do mesmo mez achava-se
Sobre suas divisas vide, art. I da Lei Prov. n. 7 de 13 de no- esse trafego estabelecido. Em
26 de novembro de 1874, foi lavra-
vemliro de 1856 en. 554 de 9 de agosto de 1875. Dista do Rio' do novo contracto, novando o de 24 de janeiro de 1872 e ga-
Veide 1G8 Idiometros. Distant? da villa 2-í kils. existem duas rantindo á Companhia o juro de 7 % ao anno, pelo prazo de
altas montanhas que se denominam —
Portão de Roma e que — 15 annos, sobre o capital ellectivameate despendido, á razão de
oílerecem fácil passagem entre ambas, e d"abi se avista um i oiito 31:000$ por kil., não só para a linha construída como para a
branco pousado sobre uma espaçosa campina, é a villa do Rio que faltava construir até á lagoa de Juturnahyba com a clau-
Bonito. O rio que lhe dá o nome corre a um kil. de distancia sula de caducidade si a Companhia não levantasse os capitães
e ó abundante d"agua. Tem duas egrejas: a matriz que é grande precisos para a conslrucção da estrada, em prazo determinado'.
bem asseiada e tem ricos paramentos doados pelos habitantes do A 18 de dezembro de 1876 lavrou-se novo termo de novação
mun., e a egreja do Rosario que está ainda por acabar. E' modilicando os termos do anterior quanto á garantia de juros.'
miserável d'agua potável, que apenas abastece a pop. metade do Não tendo a Companhia conseguido levantar os capitães neces-
anno, e em alguns mezes de secca ella torna-se rara. Tem mais sários, incorreu na perda da garantia de juios. Finalmente
uma bonita ermida dentro do cemitério publico, muito limpa e por escriptura de 15 de dezembro de 1879, passou a estrada, em'
Ijeiu asseada. O cemitério é cercado de írondosas arvores nasci- trafego, ao domínio do Estado, sendo mais tarde, em 30
de' ja-
das dos troncos das madeiras que lhes servem de cerca, que de neiro de 1883, co)itractada a construcção do que faltava até
longe bem imita um bosquesinho assentado sobre uma virente i\íacahé, até que, pass.indo este ramal, assim como a estrada
de
campina, núa completamente de arvoredos. A casa da camará Cantagallo a ficar sob a direcção da Companhia E. de F. Leo-
e cadèa aclia-se acabada com quanto não oltereça a elegância
: poldina, por Deliberação de 25 de agosto de 1887, acargo desta
e segurança da do Jatahy, CDmtudo é um edifício, devidido aos ficou egualmente a construcção sendo em 1 de junho°de
18S8
exlorços do venerando capitão José Villela Junqueira. A prin- approvadas as tarifas provisórias para o trafego até Macahé.
cipal e única industria do Rio Bonito é a pastoril. A lavoura Extensão. A extenção da linha do Porto das Caixas a Macabé é
reseiit;-se dos mesmos inconvenientes do Rio Verde e Jatahy. de 146''.499. Condições tech nicas e descripção do traçado, .is con-
No reino mineral nada mais resta a desejar-se, pois que de dições são as seguintes: Bitola 1>".0Õ. Declividade máxima
tudo alli se encontra e em grande abundância: o ferro, o ourj, O™. 020 por metro. Raio minimo das curvas 80"i. Este ramal
a prata, o cobre, o estanho, o amiantho, a pedra de cal, de parte da estação do Porto das Caixas da E. de F. de Cantagallo,
diameute etc.,eic., e ainda ha pouco foi alli por acaso desco- e seguindo em direcção a Macahé, onde tem o seu ponto
ter-
lierta uma pedra molle que exalla um cheiro activo de kerosene minal, serve ás cidades do Rio Bonito e Capivary. Estações.
(é provável que seja schisto betuminoso) e que por isso bem se São as seguintes as estações dessa estrada, ás distancias Indi-
pode crer que a sciencia tiraria delia muito bom proveito e.xtra- cadas, a partir da inicial Porto das Caixas, Venda das Pedi-as,
:

hiiido o seu oleo. kil. 6.279. Tanguákil. 18.896. Rio dos índios kil. 23.762. Rio"
RIO BONITO. Dist. do listado do Rio de Janeiro, no mun. Bonito 29.592. Rio Dourado kil. .•. v.
Cesário Alvim kil.
de Valença. Orago S. Sebastião e diocese de Nyterõi. Foi 47.289. Capivary kil 55.972. Juturnahyba kil. 66.260. Poço
creado parochia pela Lei Prov. n. 2.790 de 17 de novembro de d'Aata kil. 76.000. Indayassú kil. 92.342. Rocha Leão kil.
1885. Tem duaseschs. j-iubls. de inst. primaria. 116.874. Califórnia kil. 126.221. Imboassica kil. 135.186. Ma-
cahé kil. 146.499.
RIO BONITO. Nas margens do rio Bonito, trib. do. Para- RIO BONITO. Uma das estações da E. de F. União Va-
hyba do Sul, mandou-se por uma Provisão, no anno de 1824 a lenciana, na 2'^ secção, entre Santa Ignacia e Guimarães, no
1825, fundar uma nova aldeia, cuja egreja, dedicada a Santo
kil. 41; no Estado do Rio de Janeiro.
Antonio, foi, por alguns annos, filiada matriz de N. S. da Glo-
ria de Valença. Para património dos indios Coroados, fugitivos RIO BONITO. Estação da E. de F. de Cantagallo, no Es-
da aldeia daquelle nome, que buscou-se concentrar neste agra- tado do Rio de Janeiro, no Ramal do Rio Bonito, entre as esta-
dável e fértil sitio, foi doada uma sesmaria delego a de terra em ções do Rio dos índios e Cesário Alvim, 63 k. 626 distante de
quadro ainda hoje conhecida pelo nome de « Conservatória». Nyteroôi.
A aldeia de Santo Antonio do Rio Bonito é hoje, um dist. da com. RIO-BONITO. Serra do Estado do Rio de Janeiro, no mun.
e muQ. de Valença, no Estado do Rio de Jnneiro. Foi elevada
a essa categoria jjela Lei Prov. n. 136 de 19 de março de 1839,
de Vale nça.Vem das proximidades de Rezende e se dirige para
NE. até perto do rio Preto, onde toma o nome de serra da
que desmembrou-a da freg. de N. S. da Gloria de Valença. Taquara. Não longe do ponto em que termina, fica o Porto das
Occupa uma superfície de 240,60 kils. quadrados e tem uma pop, Flores, pequeno pov.na foz do rio das Flores.
de 4430 habitantes. A instrucção publica é ministrada em duas
escolas. Lavoura de café. E' atravessada pela E. de F. Santa RIO BONITO. Serra do Estado de Santa Catharina, na es-
Isabel do Pv,io Pretr». trada de S. José a Lages.
RIO BONITO. Log. do Estado das Alagoas, no Urucú. RIO BRANCO. Log. do Estado de Pernambuco, nos muns.
do Bonito e Gamelleira.
RIO BONITO. Log. no mun. de Petrópolis e Estado do Rio
de Janeiro. RIO BRANCO. Log. do Estado das Alagoas, em S. Miguel
dos Campos.
RIO BONITO. Log. no dist. de Ouaratiba do Districto
Federal. RIO BRANCO. Antiga colónia no S. do Estado da Bahia.
Cultura de café, cacáo, milho, feijão e mandioca. Era a única
RIO BONITO. Bairro no mun. de Santa Branca do Estado das que existiam fundadas pelo Dr. Egas Muniz ]3arreto de
á9S. Paulo. Aragão e conselheiro Polycarpo Lopes de Leão.
RIO BONITO. Bairro no mun. de Santo Amaro e Estado
RIO BRANCO. Bairro na colónia Pereira, mun. de Anto-
S. Paulo, com escola.
nina e Estado do Paraná com uma esch. promíscua de inst.
;

RIO BONITO ( Ramal do ). Pelo contracto de 24 de janeiro prim,, creada pela Lei Prov. n. 889 de 31 de março de 1887.
de 1872, celebrado com a antiga Companhia Ferro Carril Ny-
teroiense, obrigou-se esta á constriicção da 1» secção da E. de
RIO BRANCO. Igarapé do Estado do Pará, no mun. de
F. de Nyterõi a Campos, cuja 2'"^ secção devia ser a estrada de
Abaeté. E' um braço do rio Tauera.
ferro de Macahé á Campos, já então em consti'ucção, compre- RIO BRANCO. Pequeno canal ou sanga. A sua foz lica na
hendendo, pois aquella 1* secção o percurso de Nyterõi a Macahé. margem esq. do Paraguay á distancia menor de uma légua
Em 26 de dezembro de 1872, lavrou-se um termo de novação abaixo da bahia Negra.
daquelle contrado autorisando o estabelecimento, cm caracter
provisório, da estação inicial no matadouro, Sant'Anna de
RIO CAPINSAL. Bairro do mun. do Jacupiranga, no Estado
de S. Paulo.
Maruhy. E'n 9 de junho de 1873, novo contracto foi lavrado,
modilicando o de 24 de janeiro de 1872, com o fim de permittir RIO CLARO. Cidade e mun. do Estado de S. Paulo, sede
á Companhia concessionaria da E. de F. de Nyterõi a Campos da com. do seu nome, a NO. da capital, distante 36 kils. de
a intercalação de trilhos no trecho da E. de F. de Canlagallo, Piracicaba, 28 da Limeira. 55,5 de Bellilém do Descalvado, 77
comprehendido entre Villa-Nova e Porto das Caixas. Em 4 de de S. Carlos do Pinha', 106 de Brotas, ,">5,5 de .Mogy-mirini e
iunho de 1874, foi lavrado novo termo de novação, regulando 50 de Pirassununga, á margem do ribeirão do seu nome, lig.ida

RIO — 368 — Rio

aS. Pedro, Brotas e ttnquery por estradas. « Da segunda me- beirão Bebedouro, subindo por este até á barra -de Santa Rosa'
tade do spculo XVIII, tão notável em Portugal e nas colónias dahi em linha recta ao espigão, e., seguindo este em direcção
pela administração do Marquez de Pombal, datam as primeiras á ponte do Morro Grande, d'ahi cortando em direitura á caba-
noticias que temos de pop. na com, do Rio Claro. A villa de ceira do córrego do Veado, descendo por este até á margem do
Mogy-mirim, já elevada a essa categoria em tempo do Marquez Corumbatahy, subindo por este até írontear a pedra do Cus-
de Pombal (1770), as de Itú e Porto Feliz, mais antigas, man- cuzeiro, voltando n dir. pílo espigão até encontrar a divisa
daram os primeiros povoadores á actual comarca do Ilio Claro, com o mun. de S. Carlos. Estas divisas acham-se alteradas
cujo terreno pertencia parte á villa de Mogy-mirim e parte á por diversas Leis de transferencia de fazendas. As divisas com
de Itú, e no presente século á de Porto Peliz... Em fins do os muns. de Brotas e S. Pedro constam das Leis Provs. n 49
século passado estabeleceram-se os primeiros posseiros no actual de 2 de abril de 1871 e n. 67 de 18 de abril de 1872. As divisas
mun. do Rio Claro homens com poucos meios de fortuna,
: traçadas por essas Leis foram alteradas do modo seguinte pela
acostumados ao trabalho difflcil da lavoura era raattas virgens, Lei n. 39 de 8 de abril de 1879: Partindo de uma pedra
foram os verdadeiros introductores da cultura e da civilisação existente no sitio de Antonio Tei-^eira de Bari'os Couto, no
no terreno então inculto que se estende além do rio Piracicaba. alto da Serra de S. Pedro, seguirá procurando os sitios de
O Dr. José Ignacio Ribeiro Ferreira, secretario do governador Pedro da Silveira P'ranco e Serafim da Çilveira Bueno, os quaes
Martini Lopes Lobo de Saldanha, foi o primeiro que procurou ficam pertencendo áfreg. de S. Pedro; continuará em direcção
tirar sesmarias nas actuaes comarcas de Araraquara e Rio aos sítios de João Cardoso de Moraes Gouvèa, abrangendo a
Claro. Não permittindo a sua posição tiral-as directa- capella da Conceição seguirá pela beira do paredão da Serra
mente, fez tiral-as em nome de terceiros, que im mediata-
;

até encontrar o ribeirão denominado — Ribeirãosiuho— seguindo


mente lhe transferiram a concessão. Tirou assim até cinco ses- por este até suas cabecíiras. Quanto ás divisas com os demais
marias, comprehendendo uma área de quasi 13 léguas qua- muns. confinantes nada consta da legislação prov., á excepção
dradas. Foram tiradas durante o governo de Martim Lopes de disposições decretando transferencia do fazendas de uns
(177Õ-1782), e de Cunha Menezes (1782-1786). O Dr. José para outros muns. Aspecto geral. AoN. é o terreno desegual,
Ignacio, posto que não cultivasse as cinco sesmarias, estabeleceu elevado em alguns pontos p?lo Morro Grande e serra do Bar-
uma fazenda em uma delias, fazenda hoje situada na freg. de bosinha a E. eS. é ondulado, a oeste, montanhoso.
; mun.
Itaquery, mun. de S. João do Rio Claro, e parece que a mais conta diversos campos, èntre os quaes os da fazenda Angelica,
antiga desse mun. Corria então o anno de 1832. /V nascente o do Coxo e os de Itaquery, que são os mais extensos.— Serras.
pov. de S. João do Piio Claro viu então formar-se em seu seio A mais importante elevação do território é a serra de Itaquery,
uma instituição que bom pouco tempo durou, mas que é um que atravessa o mun. a 0., estendendo-se a grande distancia
exemplo poiico vulgar de iniciativa popular e de autonomia até ao Banharão. Duas cadeias de montes conta ainda o ter-
municipal. Diversos cidadãos, os mais considerados na nascente ritório — a do Morro Azule a do Morro Grande, cujos contra-
pov. resolveram constituir uma sociedade que tomasse a si fortes approximam-se da cidade. — Rios e lagoas. E' o mun.
tratar das cousas publicas e religiosas da nova pov. A nova sulcado pelo rio Corumbatahy, atf. da margem dir. do Piraci-
sociedade denominou-se — Sociedade do Bem Commum — e caba e pelos ribeii'ões Claro, Cabeça e Passa-Cinco, além de
sm seus estatutos estabeleceu que o primeiro objecto dos seus diversos córregos e riachos. Ha qxiatro pequenas Ingôas.
cuidados seria a construcção da egreja matriz, e o culto divino, Mineraes. São abundantes a pedra calcarea, que fornece mate-
que também trataria de todas as outras obras, servidões e com- rial a sete fabricas de cal, e o barro de olaria, com o qual
modidades publicas, promoveria os bons costumes e a educação trabalham numerosas fabricas de telhas, tijolos, etc— Salu-
da mocidade. A ultima sessão de que ha noticia é a de 3 de bridade. È' geralmente saudável. — Historia. A pov. foi fun-
janeiro de 1839 » (Ahiianah do Rio Claro, Artigo de An- dada no começo do pi-esente século por lavradores attrahidos pela
tonio Augusto da Fonseca, datado de 28 de agosto de 1872). fertilidade das terras. Entre elles distinguiam-se Antonio Paes
Sua egreja matriz tem a invocação de S. João e depende de Barros, depois Barão de Piracicaba, Manoel Paes de Arruda,
da diocese de S. Paulo. Foi creada capella curada a 10 de ju- o capitão Francisco da Costa Alves e outros. Pertenceu primi-
nho de 1827 e freg. pelo Dec. de 9 de dezembro de 1830. Ele- tivamente ao mun. de Mogy-mii'im e mais tarde ao da Limeira.
vada á categoria de villa pela Lei Prov. n, 13 de 7 de A 10 de junho de 1827 foi creada capella curada, sendo ele-
março de 1845. Cidade pela I^ei Prov. n. 44 de 30 de abril vada á íreg. por Dec. de 9 de dezembro de 1830. Em breve
de 1857. Além da matriz, possue a egreja de Santa Cruz, que tempo a modesta freg., que ainda em 1842 era quasi desconhe-
teve Provisão para sua erecção em 20 de outubro de 1854 e para cida, tomou prodigioso impulso, como que a preparar-se para
benção e missa em 2 de abril de 1857, e a da Boa Morte, creada ser a cidade rica e opulenta que é hoje. Grande parte desse pro-
por Provisão de 26 de março de 1856. Possue um theatro, um gresso é devido á fazenda de Ibicaba, convertida mais tarde em
hospital, um matadouro a tres kils. da cidade, á margem dir. colónia Senador Vergueiro. A freg. foi elevada á villa pela Lei
do ribeirão Claro e alguns outros ediíicios menos importantes. Prov. n. 13 de 7 de março de 1845 e á cidade pela de n. 44
Sua pop. é estimada em 12.203 almas. A lavoura quasi exclu- de 30 de abril de 1857. —
Topographia. A cidade acha-se edi-
siva do mun. óo café; cultiva-se também canna de assucar, ficada á margem dó ribeirão denominado Rio Clai"o, a noroeste
algodão e cereaes. Criação de gado. Tem eschs. puljls. de inst. da capital da prov. Occupa uma planura de grande extensão,
prim. das quaes duas creadas pela Lei Prov. n. .56 de 2 de com pequeno declive, que dá prompto escoamento ás aguas plu-
abril de 1883 e algumas particiilares. O mun. além do dist. viaes. Suas ruas, em numero de 26, são rectas, bem alinhadas,
da cidade, comprehende mais os de Santo Antonio do Morro largas e abauladas os quarteirões perfeitamente eguaes. Conta
;

Pellado, de Santa Cruz da Boa Vista, Itaquery e Annapolis. diversas praças arborisadas, uma das quaes com ajardinamento.
E' atravessado pela E. de F. Oeste de Campinas a Rio Claro, Seus principaes edificios são: a casa da camará, uma das me-
pertencente á companhia Paulista, a qual põe esse mun. em lhores da província; a egrej^ matriz, a de Santa Cruz e a
communicação com Pirassununga, Araras, Limeira, Cam- capella da Boa Morte ; a Santa Casa de Misericórdia, edilicio
pinas e diversos outros. Do Rio Claro partem estradas, que bem construída o palacete da Philarmonica, propriedade de
:

vão ter a Brotas, a Belém do Descalvado e a S. Carlos do uma associação um óptimo theatro, propriedade particular e,
;
;

Pinhal, sendo esta ultima atravessada pelo rio Corumbatahy. finalmente duas casas convenientemente mobiliadas para eschs.
Sobre suas divisas vide Leis Provs. de 20 de abril de 1854, publs. Possue a cidade grande numero de pretlios assobradados
de 20 de fevereiro de 1866, de 8 de julho de 1867, n. 48 de 14 de e elegantes e alguns sobrados modernos construídos com apu-
julho de 1869, n. 49 de 2 de abril de 1871, n. 92 de 15 de i"ado gosto. B' illuminada a luz eléctrica e servida de agua
maio de 1876 e ns. 109 e 119 de 21 e 22 de abril de 1885. potável por dous chafarizes e bica, para os quaes é a agua con-
E' com. de primeira entrancia, creada pela Lei Prov. n. 26 duzida por encanamento de ferro. Separado do corpo da cidade,
de 6 de maio de 1859 e classificada pelos Decs. ns. 2.428 de 3 de por um pequeno riacho, ha o bairro de Santa Cruz, espécie de
junho de 1859 e 4.890 de 14 de fevereiro de 1872. Agencia do arrabalde, que conta grande numero de edificações novas e tem
correio, creada em 18.54. No livro A Prov. da 8. Paulo, egreja. Desse ponto, togar um pouco mais elevado, a vista es-
]ê-se: — « Divisas. Confina este mun. ao N. com os de S. Carlos praia-se por vasto horizonte, devassando toda a cidade e se-
do Pinhal, Belém do Descalvado e Pirassununga, a E. com o guindo as ondulações caprichosas do terreno, coberto de nume-
do Patrooinio das Araras, ao S, com os da Limeira e S. Pedro merosas plantações de café e semeado aqui e alli de olarias e
e a o. com o de Brotas. As divisas entre os muns. de Piras- fabricas de cal. E' attrahente o quadro. —
Pop. A pop. do
sununga, Belém do Descalvado e Rio Claro foram determina- mun. é de 20.133 habs., assim distribuídos peias seguintes pa-
das pela Lei n. 48 de 14 de julho de 1849 nos termos seguintes: rochias: S. João Baptista (cidade) 17.241 ; N. S. da Conceição
Começando na margem do rio Mogyguassú, na barra do ri- —
de Itaquery 2,892. Agricultura. As terras do mun., pela máxima
41.699
RIO 369 — RIO

parte roxas, são de extraordinária fertilidade e prestam-stí ge- nheiros, na estrada de ferro Central do Brazil, ou Angra dos
ralmente á cultura do café, canna de assiicar, fumo e cereaes. Reis e Mangaratiba. Actualmente a exportação e importação do
'A média da exportação anniial do café é avaliada em 9.000.000 município sao feitas pela estação do Passa Tres, na estrada de
de kilgL'. — Comraercio o industria. O commercio é bastante im- ferro Pirahyense, distante 18 kilometros da villa, e mais (arde,
poriante.Hacerca de 300 casas de negocio entre lojas de fazendas, inaugurado o trafego publico dessa estrada até S. Sebastião, terá
ferragens, armarinho, louças, pliarmaoias, armazéns de molhados, o município uma estação a 9 kilometros apenas da villa.
etc. Possue a cidade varias officinas de carpintaria, marcenaria,
funilaria e mecânicas. Entre estas ultimas distingue-se a da com-
RIO CLARO. Dist. do Estado de Minas Gerae?, no mun. de
Cabo Vei-de, assente em terreno elevado. « Do ponto mais alto
panhia daE. de F. Rio Clarense, que é importante. Na cidade
da localidade diz o autor do Almanak Sul Mineiro (1884), a vista
ha tres machinas de beneficiar café e uma typographia a vapor. alcança logares que distam 20 legoas de Santa Rita, reconhe-
Instrucção. — Em1886 funccionavam no município quatro eschs. cendo-se, entre outros pontos, Alfenas, S. Joaquim da Serra
publs. priras. para o sexo maculino e quatro para o feminino.
Negra os campos de Caldas, etc. E' um espectáculo bellissimo,
Naquellas achavam-,se matriculados 177 alumnos, dos quaes sendo Santa Rita uma das mais altas collocações que conhecemos
eram frequentes 126, o que produz a média de 31 frequentes por e a isso atlribue o povo do logar a frequência que ahi se nota de
escola nestas achavam-se matriculadas 180 alumnas, das quaes
;
moléstias do apparelho respiratório.» Sua egreja matriz tem a
eram frequentes 153, o que produz a média de 38 frequentes por invocação de Santa Rita. Foi creado parochia do termo de Ja-
escola. Achavam-se vagas duas cadeiras para o sexo masculino
cuhy pela Lei Prov. n. 1.292 de 30 de outubro de 1866 ; incor-
uma para o feminino. Cada esch. publ. prim.do mun. corresponde porado ao mun. de Passos pelo art. I § II da de n. 1.713 de 5
a 1827 ha bs. Ha diversos coUegios e escolas de ensino privado se outubro de 1870 ao mun. do Carmo do Rio Claro pela
;
todos mais ou menos frequentados. Entre as associações salienta- de n, 2.143 de 29 de outuljro de 1875: ao do Cabo Verde pela de
se a Philarmonica Rio Clarense, que funcciona em magnifico e n. 2.500 de 12 de novembro de 1878. Possue tres egrejas: a
espaçoso prédio de sua propriedade, mobiliado a capricho. Esta matriz a do Senhor dos Passos e a de N. S. do Rosario ; e a
,
associação, em sen género uma das melhores da província, foi Capella de Santa Cruz. A pop. é calculada em COOO habs. Cul-
fundada pelo Dr. Paula Machado. Na localidade imprime-se o tura de café, canna de assucar e cereaes. Criação de gado bovino
Diário do Rio-Claro. O Gabinete de Leitura Rio-Clarense mantém e suino. Tem duas eschs. publs. de inst. prim.. Sobre suas
uma bibliotheca regular. Divisão ecclesiastica. — Conta o mun. divisas vide, entre outras a Lei Prov. n. 2.778 de 19 de setembro
duas parochias — a de S. João Baptista e a de N. S. da Con- de 1881 ; n. 2.900 de 23 de setembro de 1882; n. 3.276 de 30
ceição de Itaquery, creada freg. pela Lei Prov. n. 5 de 5 de julho de outubro de 1884 (art. III): n. 3.442 de28 de setembro de 1887.
de 1852. As divisas entre as duas parochias foram traçadas pela
Lei n. 49 de 2 abril de 1871, nos termos seguintes :Começarão RIO CLARO. Dist. do Estado de Goyaz, no mun. da ca-
no paredão da serra, onde frontaia a cabeceira do ribeirão da pital, rio do seu nome. Orago N. S. do Rozario
banhado pelo
Lapa, seguem a i-umo a dita caljeceira, e descem pelo mesmo e diocese de Goyaz. Foi creado parochia pelo Decretou. 9 de
ribeirão até á sua barra no Passa-cinco, de cuja barra seguirão 5 de julho de 1883. Sobre suas divisas vide. Lei Prov. n, 7 de
a rumo até ao salto do morro da Guarita, e pelo mesmo rumo até 13 de novembro de lb5ô. Tem escholas.
á estrada velha que segue para o Rio Claro seguindo a mesma RIO CLARO. Pov. do Estado do Espirito Santo, cerca de
estrada a esquerda até ao Tijuco Preto, e pelo córrego do mesmo 12 kils. ao N. da cidade de Guarapary. Ahi existem estabe-
nome abaixo até a sua barra no ribeirão da Cabeça, pelo qual lecidas com cultura de café, milho, mandioca, batatas e outras
descerão até onde faz barra o ribsirão que vem do sitio dos plantações muitas lãmilias de allemães.
Ricardos, subindo por este até á barra do córrego que desce da
casa de José Antonio, por cujo córrego subirão até ás suas ca- RIO CLARO. Bairro do mun. de S. João da Bòa Vista e
beceiras e d'abi a rumo até á uma cruz que existe no alto do Estado de S. Paulo, com eschola.
campo, e da dita cruz a rumo á Pedra do Cuscuzeiro a encon- RIO CLARO (Santa Cruz do). Bairro do mun. de Santa
trar a divisa do Belém do Descalvado. Distancias. —
A cidade Rita do Passa Quatro, no Estado de S. Paulo com uma esch.
;

do Rio-Claro dista da capital da prov. 194 kils. da cidade de


; creada pela Lei n, 373 de 3 de setembro de 1895.
S. Carlos do Pinhal, 77, da villa de Brotas 79, da villa de
S. Pedro 42, da cidade de Piracicaba 46, da cidade dePirassu-
RIO CLARO. Bairro no mun. de Queluz do Estado de
nunga 83, e da cidade de Limeira 28. Viação — A cidade liga-se ,S.Paulo, com uma esch. pubi. de inst. prim. creada pela Lei
Prov. n. 19 de 17 de março de 1882.
á capital da prov. pelas estradas de ferro das companhias Pau-
lista e S. Paulo. Pela estrada de ferro da companhia Rio RIO CLARO. Bairro do jnun. de S. José do Parahytinga,
Claro e ramaes da Paulista communica-se com Brotas, Dous no Estado de S. Paulo; com uma esch. publ. creada pela Lei
Córregos Jahú, S. Carlos do Pinhal, Araraquara, Pirassu- n. 101 de 24 de setembro de 1892.
Dunga, Belém do Descalvado, Araras etc.
Pv,IO CLARO. Bairro do mun. do Parahybuna, no Esladii de
S. Paulo.
RIO CLARO. mun. do Estado do Rio de Janeiro, á
Villa e
margem do rio do seu nome, aff. do Pirahy. OragoN. S. da RIO CLARO. Colónia no dist. de S. João do Triumpho do
Piedade e diocesse de Nyterõi. Simples capella curada do mun. Estado do Paraná, na estrada de Palmas, com eschola.
de João do Príncipe, foi em 1839, pela Lei Prov. n. 152 de 7 RIO CLARO. Vide Carmo do Rio Claro.
de maio, elevada á categoria de parochia. Villa em 1849 pelo art. I
da de n. 481 de 19 de maio, installada em 1 de janeiro de 1850; RIO CLARO (Estrada de Ferro do). No Estado de S. Paulo.
rebaixada dessa categoria por Dec. de 6 de julho de 1891, que Concedida pelo Decreto n. 7.838 de 4 de outubro de 1880, foram
incorporou-a ao mun. de S. João Marcos, disposição esta quá approvados pelo de n. 8.313 de 9 de novembro do 18S1 os planos
foi revogada por Dec. de 25 de julho do memo anno. Consta que definitivos e orçamento da linha entro S. João do Rio Claro e
sua matriz foi edificada nos annos de 1835 a 1836 e doada ao S. Carlos do Pinhal; pelo de n. 9.127 de 26 de janeiro de 1884 os
piiblico pelo cidadão José de Castro e Silva. Tossue uma ma- estudos definitivos e orçamento do prolDUgameuto paru Ar.i-
gnifica imagem de N. S. da Piedade e acha-se provida de ricas raguara, e, finalmente, pelo de n. 9.466 di'. 22 de março do
alfaias doadas pelo cidadão José Ferreira Gonçalves, que a mesmo anno os estudos diffinitivos e orçamentos do ramal para
essa egreja prestou os maiores serviços. O mun. é fértil, entre- o Jahú. Deve ter a extensão total de 173,978. Parte da cidade do
gando-se os habs. á cultura docaíé. Todo elle tem oito eschs. Rio Claro, a 612"\460 acima do uivei do mar, com a cota de
publs. de inst. prim. sendo duas na villa, duas na freg. de 828>",660 e chega aS. Carlos do Pinhal cmw o tiesenvolvinuMito
Santo Antonio do Capivary, duas no Pouso Secco, uma no Alam- de 77'Sl24 melros, sendo de 8.5iii" a maior alliludo entrr esle dons
bary e outras nos logares "Azevedo, Sant' Anna, Rio das Canoas, pontos. O ramal que se dirige á villa ilo Jahii passa pelas im-
Rio das Pedras, Campo Verde, Campo do Meio e Ribeirão. mediações dacidadede Brotas c da viila di> Dous Córregos, e tem
Sobre suas divisas vido, entre outras, as Leis Provs. n. 285 de a extensão total de 134'=. O prolongamento para Ararqf.'uara tem
2 de maio de 1843 n. 377 de 7 de maio de 1840
; ;
Deliberação a de 50islOl metros. O raio miuimo aduiittido é de 120"' c a maior
de 12 novembro de 1849. Confina com os municípios da Barra declividado de 2 "/o. Na linha principal os alinhamantns
Mansa, Angra dos Reis, Pirahy, e S. João Marcos e com o rectos representam 61 "/o da e.ttensão total, ea extensão em
Estado de S. Paulo. Teve fòro civil por deliberação de 23 (le nivel 23, 77''/u. No ramal existem 54»/,, em linh'i voei a c 24,
fevereiro de 185Õ. Sua população é calculada em 12.000 halii- 06 o/o em nivel. Os Trilhos são do aço, do systoma \'ignolo, pe-
tantes.' As estações e portos máritimos por onde exportava os pro- sando IS'', 50 por niPtro corrente. Os dormentes sao do mud.ira
ductos de sua lavoura erão, até 1882, os da Barra Mansa e Pi- de lei de 2'" ,0X0"'. 2X0'". 10, espaçados de 0"',80 uns dos outros.
DICC. GBOG. 47
.

RIO — 370 — RIO

A linha telegrapliica é assen tada sobre postes de madeira com Tem duas eschs. publs. de instr. prim. uma das quaes creada
fios duplos, e os apparelhos adoptados são os de Siemens. pela Lei Prov. n. 1.328 de 23 de junho do 1873.
A 15 de outubro de 1884 foi definitivamente aberto ao t!'ufego RIO DA ILHA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun.
regular o treclio compreliendido entre S. João do Rio Claro e de Santa Christina do Pinhal; com uma esch. publ. de instr.
S. Carlos do Pinhal, inaugurado provisoriamente a 2 de maio prim , creada pela Lei Prov. n. 1.517 de 26 de novembro de 18S5.
de 1883. Conclaido o assentamento dos trilhos ate Arara-
,

quara a 17 de janeiro de 1885 Ibi inaugurado o traíego provisório RIO DA PEDRA. Bairro do mun, do Jabú, no Estado de
do prolongamento a 18 do mesmo mez. A 1 de julho de 1885 foi S. Paulo.
inaugurada a secção do ramal (do Jahú) até Brotas. Tinha RIO DA PEDREIRA. Log. do Estado de Santa Catharina,
até 1884 as seguintes estações Morro Grande Corumbatahy,
:
na cidade do S. Francisco.
Cuscuzeiro, Oliveiras, Visconde do Rio Claro, Colónia, S. Car-
los, Visconde do Pinhal e Fortaleza.
RIO DA PRATA. Log. do Districto Federal, na freg. de
Campo Grande.
mo CLARO. Cachoeira no rio Jucú, no Estado do E. Santo,
RIO DA PRATA. Bairro do mun. da Natividade e Estado
perto de suas cabeceiras. As aguas nesse logar são muito claras.
de S. Paulo ; com eschola.
RIO COMPRIDO. Distr. de paz da freg. de Garanhuns
no Estado de Pernambuco (Cónego Honorato).
;
RIO DA PRATA. Log. do Estado de Minas Geraes, uo
disir. de Taquarassú e mun. do Caeté.
RIO COMPRIDO. Pov. domun. de S. Christovão, no Es-
tado de Sergipe ; com uma esch. mixta, creada pela Lei Prov. R10D'ARÈA. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no dist.
n. 1.131 de 18 de março de 1880. do Palmital e mun. de Saquarema, com eschola.

RIO COMPRIDO. Lindíssimo bairro do Districto Federal. RIO D'ARÊA. Log, do Estado do Paraná, no mun. de
E' muito saudável, povoado e possue elegantes casas. Está em Entre Rios.
frequente communicação com o centro da cidadã por uma linha RIO DAS ALMAS. Com. de primeira entr. do Estado
de honds pertencente á Companhia de S. Christovão. Ahi fica de Goyaz, creada pelas Leis Provs. n. 370 de 10 de se-
um Seminário. tembro de 1864, n. 385 de 11 de agosto de 1866 e n. 598 de 5
RIO COMPRIDO. Bairro do Estado dc S. Paulo, no mun. de novembro de 1878 e classificada pelos Decs. ns. 3.439 de
de Taubaté. 11 de abril de 1865 e 4.973 de 29 de maio de 1872. Coraprehendia
o termo de Jaraguá. O termo do Pilar, que a ella pertencia,
RIO CORDA. Aldeamento do- Estado do Maranlião, croado passou a constituir uma com. pela Lei Prov. n. 682 de 28 de
por Portaria de 14 de agosto de 1873 á margem do rio Corda e agosto de 1882.
seus afis. Compõe-se de indios da tribu Canellas.
RIO DAS ALMAS. Bairro no mun. de Taubaté e Estado
RIO CORRENTF. Dist. do Estado de Santa Catharina, no de S. Paulo, com eschola.
mun. de Curitybanos. Orago Santa Cecília. Foi creado parochia
no logar denominado Corisco pela Lei Prov. n. 713 de 22 de RIO DAS ANTAS. Bairro no mun. de Taubaté e Estado de
abril de 1874. E' síparado do Estado do Paraná pelo rio Iguassu S. Paulo, com eschola.
e do distr de N. S. da Conceição de Curytibanos pelo rio Ma- RIO DAS CANÔAS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no
rombas. Tem duas escholas. mun. do Rio Claro ; com uma esch. publ., creada pela Lei
RIO CORRENTE. Dist. do Estado de Matto Grosso, no Prov. n. Ilide 27 de outubro de 1894.
mun. de SanfAnna do Poranahyba. Orago Senhor Bom Jesus RIO DAS CANÔAS. Pov. do Estado do Paraná, no mun.
dos Passos. Foi creado jiarochia pela Lei n. 145 de 8 de abril de de Guarakessava.
1896. Tem eschola.
RIO DAS CINZAS. Dist. do Estado do Paraná, no termo
RIO CORRENTE. Log no mun. de .^raranguá do Eatado de Castro.
de Santa Catharina.
RIO DASEG-UAS. Com o nome de Correntina foi elevada
RIO CORUMBÁ. Com. de primeira entr. do Estado de á categoria de villa a freg. deste nome, no Estado da Bahia.
Goyaz, creada pela Lei Prov. n, 5 de 18 de outubro de 1854 e Vide Correntina

classificada pelo Decr. n. 4.973 de 29 de maio de 1872. Compre-


hendia os termos do Bom Fim e Santa Cruz. RIO DA
SERRA. Uma das estações da E. de F. Ramal de
iilagoinhas ao Timbó, no Estado da Bahia ; no kil. 71,300'";
RIO COXIM. mun. do Rio Bo-
Distr. do Estado de Goyaz, no entre Lagòa Redonda e Timbó.
do Estado. Orago N. S. das Dòres e diocese de Goyaz.
nito, ao S.
Foi creado parochia pelo art. 1 da Lei Prov. n. 458 de 30 de RIO DAS FLORES. Pequeno pov. do Estado do Rio do Ja-
setembro de 1870, que no art. II incorporou-o á com. do Rio neiro, banhado pelo rio do seu nome, no mun. de Santa
Verde. Annesado á com. do Rio Coxim pelo art. II da de Thereza.
n. 508 de 29 de julho de 1873 e á do Rio Verde em consequência
da suppressão desta ultima pela de n. (316 de 6 de abril de
RIO DAS FLORES. Bairro do Estado de S. Paulo, no
mun. de S. Luiz do Parahytinga, com uma esch. publ. creada
1880. Tem duas eschs. publs. de instr. primaria.
pela Lei n. 241 de 4 de setembro de 1893.
RIO COXIM. Com. do Estado de Goyaz, creada pelo art. 1^
RIO DAS FLORES. Estação da E. de Ferro do Commercio
da Lei Prov. n. 508 de 29 de julho de 1873, suppriraida pela de
ao Poeto das Flores, no Estado do Rio de Janeiro. Foi inaugurada
n. ()16 de 6de abril de 1880 e restaurada pela de n. 708 de 26
a 28 de setembro de 1885.
de jnlho de 1884. Foi classificada de 1» entrancia pelo Decr.
n. 263 de 14 de março de 1890. RIO DAS GARÇAS. Log. na costa do Estado das Alagoas,
entre a ponta Verde e a barra do Camaragibe. E' pouco
RIO DA CACHOEIRA. Distr. policial do Estado do Pa- habitado.
raná, no termo de Antonina.
RIO DA COTIA. Bairro do mun. da
RIO DA SILVA. Log. do Estado do R. G. do Sul, no mun.
Cotia, uo Estado de da Taquara; com uma esch. publ. creada pela Lei Prov. n. 1.899
S. Paulo ; com uma
esch. publ. de instr. prim. creada pela Lei
de 31 de julho de 1889.
Prov. n. 8 de 15 de fevereiro de 1884.
RIO DA DONA. Distr. do Estado da Bahia, mun. da Con-
RIO DAS MINAS, Bairro do mun. de Cananéa, no Estado
ceição do Almeida, distante de Maragogipe 104,5 kils. Orago
de S. Paulo; com duas eschs. publs., creadas pela Lei n. 101
Sant'Anna e di.icese archiepiscopal de S. Salvador. Era uma de 24 de setembro de 1892.
Capella lilial da frcg. de S. Philippe de Roças. Foi creado pa- RIO DAS MORTES. Dist. do Es lado de Minas Geraes, no
rochia pela Lei Prov. n. 1.186 de 16 de abril de 1872; removida mun. de S. João d'El-Rei, banhado pelo rio do seu nome. Orago
sua séde para a capslla de N. S. do Livramento, no arraial do Santo Antonio e diocese de M:trianna. Foi creado parochia pela
Taboleiro das Almas, pela Lei Prov. n. 1.710 de 19 de agosto Lei Pi'ov. n. 2. 281 de 10 de jullio de 1876. Sobre suas divisas vide
de 1876, disposição easa que foi revogada pelo art. I da de n. 1.963 art. I da Lei Prov. n. 1.796 de 25 de setembro de 1871. Tem
de 10 de junho de 1880. Incorporado ao mun. de S. Philippe pelo duas eschs. publs. de inst. pjrim. e uma pop, não excedente de
art. 1 da de n. 1.952 de 29 de maio de 1880. Tem 11.770 habs. 1000 almas. Suas terras são de excellente cultura e seus campos,
RIO — 371 — RIO

si bem que pedregoeas, magniflcos para criação. E' atravessado RIO DAS PEDRAS. Estação da E. de F. Central do Bra-
pala serra do Lenheiro e banhado pelo rio das Mortes, Pequeno zil, entre Sapopemba e Madureira.
e diíTerentes tribs. deste.

RIO DAS MORTES. Aníigacom. de 3^ entr. do


RIO DAS PIABAS. Log. do Estado do E. Santo, no mun.
Estado de de Santa Thereza.
Minas Gei aes creada e classificada pelas Leis Provs.
; n. 46,1: de
22 de abril de 1850, n. 719 de 1(3 de maio de 1855 e n. 1.740 de 8 RIO DAS VARAS. Log. do Estado das Alagoas, na costa,
de outubro de 1870 e Decs. n. 687 de 26 de julho de 1850 e entre a ponta Verde e a barra do Camaragibe. E' pouco
;
habi-
n. 5.049 de 14 de agosto de 1872. Comprehendia os termos de tado,
S. João d'El-Rei, S. José d'EI-Rei e Bom Siiccesso. RIO DAS VELHAS. Dist. do Estado de Minas Geraes no
RIO DAS MORTES. Estação da E. P. Oesic, no Estado de mun. do Brejo Alegro. Orago SanfAnna e diocese de Goyaz
Minas Geraes, á margem esq. do rio das Mortes Grande e pró- Era parochia desde 1840, tendo sido em 1864. em virtude da Lei
xima da foz do rio Mortes Pequeno, disianteSl kils. da estação Prov. 11. 1.195de 6 de agosto transCerirta para a capella do dist.
de Santa Rita, 17 da de Nazareth e 149 da do Sitio; a 828 do Brejo jVlegre. Foi restaurado parochia |iela Lei Prov. n. 1.657
metros de altura sobre o nivel do mar, Foi inaugurada a 1 de de 14 deset?mbro íle 1870. DesmemlM-ado do mun. da Bacragem
e incorporado ao do Brejo Alegre pela Lei Prov. n.
maio de 1887. O arraial da Conceição da B:irra li ca 3 1/2 kils. 2.996'^ de 19
disliante dessa estação. Agencia do correio, creada em dezembro de outubro de 1882. Consta ler sido essa pov. fundada em 1741
de 1887. Estação telegraphica. próximo da margem dir. do rio que lhe dá o nome para resi-
dência dos Índios Bororós. Agencia do correio, creada pela
RIO DAS ONÇAS. Log. do Estado do Rio de Janeiro, no Portaria de 13 de agosto de 1881. Tem duas eschs. publs. de
mun. de Itaguahy, com uma eschola. inst. primaria.
RIO DAS OSTRAS Log. do Estado do Rio de Janeiro, no RIO DAS VELHAS. Antiga com. de segunda entr. do Es-
mun, da Barra do João; com duas eschs. publs. de inst.
S. tado de Minas Geraes, creada e classificada pelas Leis Provs
prim., uma das quaes creada pela Lei Prov. n. 1.708 de 30 de ns. 464 de 22 de abril de 1850; 1.390 de 14 de novembro de 1866-
outubro de 1872. 1.710 de 8 de outubro de 1870; e Decs. n. 687 de 26 de julho dè
RIO DAS PEDRAS. Villa e mun. do Estado de S. Paulo, 1850; 3.786 de 24 de janeiro de 1867; 4.618 de 26 de dezembro de
ex-parochia do mun. de Piracicaba; ahi fica uma estação da 1870 e 5.019 de 14 de agosto de 1872. Comprehendia em 1892 os
B. de F. Ituana agencia do correio, creada em 1881. Drago
:
termos de Sabará e Santa Luzia. A
Lei Prov, n. 3.139 de 18 de
Senhor Bom Jesus e diocese de S. Paulo. Foi creada parochia outubro de 1883 incorporou-lhe o termo do Caeté. O Acto de 22
pela Lei Prov. n. 95 de 4 de abril de 1889. Tem duas eschs. de fevereiro de 1892 classificou as coms. de Santa Luzia e Caeté
publicas. Foi elevada á categoria de mun. pela Lei n. 291 de como de 1* entrancia,
10 de julho de 1894. EIO DAS VELHAS. Estação da E. de F. Central doBrazil,
RIO DAS PEDRAS. Dist. do Estado de Minas Geraes, no no Estado de Minas Geraes, no ramal de Miguel Burnier à
mun. do Serro. Orago S. Gonçalo e diocese de Diamantina. Foi Sete Lagoas, distante 13.634 metros de Itabira, junto á foz do
creado parochia pela Lei Prov. n. 1.859 de 12 de outubro de 1871. rio Itabira. Foi inaugurada a 22 de janeiro de 1889. Tem es-
Tem duas eschs. publs. de instrucção primaria. tação telegraphica.

RIO DAS PEDRAS. Dist. do Estado de Minas Geraes, no RIO DA VACCA Log. no mun. do Buquim do Estado de
mun. de Ouro Preto. Orago N. S. da (Conceição e diocese de Sergipe.
Marianna. E' parochia antiga. A Lei Prov. n. 1.202 de 9 de RIO DA VÁRZEA. Antigo pov. do mun. da Palmeira, no
agosto de 1864 supprimiu-a e a de n. 1.649 de 14 de setembro Estado do Paraná, A Lei Prov. n. 254 de 16 de março de
de 1870 restaurou-a. Sobre suas divisas vide: art, XI da Lei 1871 creou ahi uma parochia com a denominação de S. João do
Prov. n. 1,999 de 14 de novembro de 1873, n. 3.387 de 10 de Triumpho.
julho de 1880 (art. VI). Tem duas eschs. publs. de inst. prim.,
uma das quaes creada pela Lei Prov. n 2.918 de 26 de setembro
.
RIO DE CONTAS. Vide Minas do Rio de Contas.
de 1882. Sobre suas divisas vide, entre outras, a Lei Prov. n. 3.387 RIO DE FARO. Nome que toma o rio Jamundá para baixo
de 10 de julho de 1886. da aflíiuencia do rio Pratucú.
RIO DAS PEDRAS. Com. de entrancia, do Estado de RIO DE JANEIRO. Estado do Brazil —
Limites. Este —
Goyaz, creada pela Lei Prov. n. 823 de 24 de dezembro de 1887 Estado confina ao N. com o de Minas Geraes pela serra da
e classificada pelo Dec. n. 3 de 3 de dezembro de 1889. Mantiqueira, pelos rios Preto, Parahybuna, Parahyba do Sul,
RIO DAS PEDRAS. Log. do Estado das Alagoas, era riachão Pirapetinga, rio e serra de Santo Antonio, serras Fre-
Campos. cheiras. Gavião e Batatal e com o Estado do Espirito Santo
S. Miguel dos ;

pelo rio Itabapoána a E. e S. com o Oceano e a O. cS. com


RIO DAS PEDRAS
: ;
{Santo Antonio do). Log. do Estado
o Estado de S. Paulo pelas serras do Paraty, Geral, Bocaina,
da Bahia, no dist. do Paripe. Ariró, Carioca e riachão do Salto. A sua posição astronó-
RIO DAS PEDRAS. Pov. do Estado do Rio de Janeiro, no mica é a seguinte Lat, austral 20050' e 23" 19' Long, orien-
: ;

dist. de Santo Antonio do Capivary e mun. do Rio Claro, com tal 2'-'9' e Occidental 1''42', A sua maior distancia de N. a S.
eschola. é de 45 léguas, desde a serra do Batatal a Cabo Frio; e de
E. a O. 80 léguas de S. João da Barra á serra do Paraty; e
RIO DAS PEDRAS. Log. do Districto Federal, no dist, de
pelo littoral perto de 120 leauas. A circumscripção, que
Jacarépaguá'.
conslitúe hoje o Estado do Rio de Janeiro, compõe-se de terri-
RIO DAS PEDRAS. Bairro do mun. de Jundiahy, no Es- tórios pertencentes ás antigas capitanias doadas a .Martim
tado de S. Paulo, AfFonso de Souza, a João Gomes Leitão com Gil de Góes da
RIO DAS PEDRAS. Log. do Estado de S, Paulo, no mun. Silveira e a Pedro de Góes a saber
; S. Vicente, Caljo Frio
:

do Carmo da Franca. e S. Thomé ou Paraliylia do Sul, A parte pertencente a


Martim AfFonso de Souza alcançava a ponta Negra a de João ;

RIO DAS PEDRAS. Log. do mun. de Paranaguá, no Es- Gomes Leitão era todo o espaço entro a ponta Negra ou
tado do Paraná; com uma esch. publ. de inst. prim., creada Eritiba e a foz do rio Macahé e a de Pedro de Góes seguia
;

pelo art. I da Lei Prov. n. 116 de 6 de junho de 1865. até á enseada ou baixos dos Pargos. A capitania de Cabo
RIO DAS PEDRAS. Log. do Estado do Paraná, no dist. Frio foi reconquistada aos Hollaudezes em 1615, sendo o
de S. Matheus e mun. de S. João do Triumpho. director da enipreza Constantino Menclau. governador do Rio
de Janeiro, o qual, depois de fundar a povoação de Cal)o Frio
RIO DAS PEDRAS. Log. no Estado de Minas Geraes, a com a prerogativa de cidade, deixou por oapilão-mi)r a Este-
30 kils. da cidade da Bagagem e a 10 do Paranahyba. Orago vão Gomes, Os limites dessa capitania se estendiam a jirin-
S. João. E' habitado por Índios descendentes dos Bororós. Foi cipio para o N, até Santa Catharina das Mós. Posleri(>r-
elevado á dist. pelo Dec. n. 199 de 6 de outubro de 1890. Tem mente, pela nova doação da capitania ilo Parahyba do Sul.
eschola.
foram os seus marcos fi.-cados em ('arapeluis, o por ultiiim na
RIO DAS PEDRAS. Log. do Estado de Minas Geraes, no foz do rio Macahé, pela fronteira oriental. Pela occidental
mun. de Tiradentes. alcançava a ponta Negra, coino já vinins, com uma extensão
;

RIO — 372 ~ RIO

de 29 léguas. A capitania de Cabo Frio, havendo sido gover- definitivamente as duvidas,em que até agora se teem conser-
nada por sele capitães-inóres até 1745, cessou de existir em vado as camarás municipaes das villas de Paraty, desta pro-
30 de outubro de 1749. Entretanto, cumpre declarar, nunca víncia, e de Cunhíi, da de S. Paulo, sobre os limites dos seus
vimos a Carta Regia ou Alvará decretando a doação em pre- termos confrontantes depois de proceder ás necessárias infor-
:

juízo do primeiro donstario Martim AíTonso de Souza. Ao mações e de ponderar as razões offerecidas de uma e outra :

eicellente porto do Rio de Janeiro, talvez o primeiro do mundo, parte, decreta Os termos das villas da Paraty e Cxmha fi-
:

cuja importância Martim Alfonso não coraprebendeu ou não cam divididos pelo alto da Serra, pertencendo a cada uma das
teve. tempo de examinar, não obstante liaver-se nelle demo- villas a parte da mesma Serra, que verte para o seu lado. »
rado tres mezes, de 30 de abril a 1 de agosto de 1531, s« Pelo lado da comarca de Rezende expediu-se em 1846 o Decreto
deve a creação deste Estado e sua denominação. Foi neces- n. 408 de 28 de maio, que assim se pronuncia « Constando :

sário que os Francezes viessi^m mostrar o alcance de tão ma- na minha Imperial Presença que se teem suscitado conflictos
gnilica posição tendo-se perdido da 1502 a 15(37, mais de 60 entre as autoridades da villa de Arêas, pertencente á Pro-
annos infructiferamente. Foi ainda necessário para conse- víncia do Rio de Janeiro, pondo-se assim em perigo a segu-
"uir a posse que os missionários Nóbrega e Anchieta, á rança e a tranquillidade dos habitantes daquelles logares por
custa de grandea sacrifícios e abnegação apostólica, obtivessem se não haverem guardado, entre o pé do morro de Santa
a paz com os indígenas Tamoyos, o que se teria talvez Anna e o logar denominado Máximo, os limites que na inau-
facilmente obtido, na passagem e demora de Martim Aflbnso guração desta ultima villa foram a élla demarcados pelo Ou-
em 1531. Poucos annoa depois da organisação do seu governo, vidor da comarca José Albano Fragoso, em 29 de Setembro de
dependente do da Bahia, tanta era a importância da sua posi- ISOl, época muito anterior á creação da villa de Arèas, que
ção que a metrópole desligou-o daque'la capitania, confiando teve logar por Alvará de 28 de novembro de 1816, e deixou
•m 1.572 a Antonio Salema todo o território meridional do subsistente aquelles limites ; e desejando concorrer cora o con-
Brazil, que se, limitava com o da Bahia pelo rio Jequitinho- veniente remédio para qua não continuem os mencionados
nha. Esta independência não durou mais de dous lustros, conflictos Hei por bem, tendo ouvido a Secção do conselho
:

porquanto na administração de Ijourenço da Veiga em 1.578, de Estado dos Negócios do Império, que d'ora em diante se
tornou esta capitania a ficar subordinada á da Bahia, onde se respeitem e observem os ditos limites, os quaes ultimamente
achava o governador geral. Não obstante, passados 80 annos, mandei avivar por uma commissão. tendo esta commissão
. . .

em 1658, Salvador Corrêa de Sá e Benevides foi despachado fixado, para maior clareza e perdurável memoria dos mesmos
para i-egel-a com todos os territórios ou capitanias meridio- limites, um marco no alto do morro de Santa Anna, 750 braças
naes, mas isento da dependência do governador da Bahia. distante do pé do mesmo morro outro na margem esquerda do
;

Mas esse privilegio limitou-se á sua administração. Passa- regato Carrapatinho em distancia de quatro milhas do primeiro
dos 105 annos, em 1863, a metrópole do Brazil foi transfe- marco e finalmen te outro na margem esquerda do rio Formoso,
;

rida da Bahia para a cidade do Rio de Janeiro, em razão em distancia de quatro milhas e meia do segundo comprehen- ;

das lutas do Rio da Prata, e de então para cá tem sido esta dendo a estrada em sua extensão vinte milhas e meia, contadas
cidade a capital de todo o território brasileiro. Mas antes pelas voltas do caminho, desde o morro de Santa Anna, que
dessa transferencia, o governo, ou capitania geral do Rio de divide a freguezia de Barreiros da de Arèas, até o rio Formoso,
Janeií-o, abrangia todo o território do Estado do Rio de Ja- que divide a freguezia de Barreiros da do Bananal, como tudo
neiro, menos o da antiga capitania do Parahyba do Sul, a se mostra do auto de avivamento de limites, que se lavrou e do
quasi totalidade do território mineiro, Goyaz, Matto Grosso, mappa respectivo, os quaes se conservarão annexos ao presente
S. Paulo, Paraná, Santa Catharina, Rio Grande do Sul, deno- Decreto. » Estas divisas não podem ser mais inconvenientes :

minada Capitania de El-Rei, e a colónia do Sacramento. São basta lançar os olhos solwe o mappa desta Estado. Não pôde
Paulo, outr'ora capitania de S. Vicente que dependia da Bahia, haver nada de mais vago em matéria de limites. Seria prefe-
obteve ser annexada ao Rio de Janeiro por Carta Regia de rível uma recta da serra Geral á fóz do riacho do Salto, ficando
22 de novembro de 1098, dirigida ao governador Arthur de para este Estado os municípios de Arèas e do Bananal, como
Sá e Menezes, na qual se lêem as seguintes palavras « Fui : os mesmos habitantes desses logares teem reclamado, e por ora
servido resolver fiquem nesse Governo do Rio de Janeiro como infructifei-amente. Entretanto já alguma cousa se tratou neste
pedem, com declaração que as causas que se moverem entre sentido a pretexto dos movimentos revolucionários de 1842, o
aquellcs moradores de S. Paulo, hão de ir por appellação para que consta do Decreto n. 180 de 18 de junho desse anno. Por
a Bailia, porque estas não podem acabar no Ouvidor do Rio fortuna do paiz, cessando aquelles movimentos, voltou o terri-
de Janeiro : de que me parece avisar-vos, e ao Governador tório annexado ao do respectivo Estado, em vista do Decreto
Geral do Estado para um e outro o terem assim entendido. n. 217 de 21 de agosto de 1842. A falta de senso geographico
Escripta em Lisboa a 22 de novembro de 1698. — Rey. Conde e administrativo é a causa destes desacertos, fáceis de corrigir
ãe Alvor. Para o Governador da Capitania do Rio de Janeiro. » na organisação dos territórios a que se tinha de dar a gra-
Em 1709, por Carta Regia de 9 de novembro, foi ereada a duação de Capitanias, ou de Províncias, ou de Estados. Com
nova Capitania Geral de S. Paulo e de Minas Geraes, em o Estado de Minas Geraes a linha divisória mais pronunciada
que se achavam envolvidos todos os territórios mais occidentaes, é a da serra da Mantiqueira, os rios Preto, Parahybuna, e Para-
sendo a cidade de S. Paulo a capital da nova capitania ; havendo hyba do Sul até á foz do riachão Pirapetinga. Mas essa mesma
pouco depois comprado á corôa, o Marquez de Cascaes por linha não se acha demarcada. Não conhecemos os actos do
quarenta mil cruzados toda a herança de Pedro Lojics de Souza Governo, que lixai'am taes fronteiras. Pizarro, que em suas
como realisou em 1791 por Decreto de 17 de dezembro a Memorias é o mais copioso em noticias deste Estado, não os
incorporação da capitania de S. Vicente, compensando-se o aponta, e apenas relata os respectivos limites da seguinte for-
Conde de Vimieiro, com mercês, o direito que ainda tinha na- ma « Abrangia o Governo da Capitania todo o território por
:

quelle territoi-io. Depois dessa segregação ficou a capitania do costa de mar desde Cabo Frio até á Colónia do Sacramento, em
Rio de Janeiro reduzida a um diminuto território, entre as cujo rumo ficava a nova Capitania do Rio Grande do Sul, e o
serras de Paraty e da Mantiqueira á ponta Negra alcan-
; Governo subalterno de Santa Catharina, e para o sertão tudo
çando a foz do rio Macahé pela incorporação da capitania de quanto se dilata aos confins da Corôa Porttigueza. Dividido
Cabo Frio em 1749. Mas neste século, peío Decreto de 14 de porém esse continente extensíssimo em Capitanias differentes
março de 1813 lançou os seus limites até o rio Furado, e pela de S. Paulo, Minas Geraes, Goyaz e Cuyabá ou Matto Grosso,
Carta de Lei de 9 de Agosto de 1832 incorporou ao seu ter- comprehende hoje o espaço de 75 léguas, contadas da borda-
ritório toda a antiga capitania de S. Thomé ou do Parahyba dura do mar desde o septentrião até o Meio-dia, e de 55 léguas
do Sul, como já havia feito com a de Cabo Frio em 1749. desde o Oriente até o Occidente. Em largura para o Poente,
Portanto, conhecida a historia da organisação do território desde Cabo Frio, terá 20 léguas com alguma differença que as
desse Estado é desde 1709 ou 1710 que devemos discriminar situações irregulares occaslonam para o Nascente se estreita
:

os limites deste Estado com seus conterrâneos. Já conhe- muito por finalisar no rio Camapoan (Itabapoana ) com mais
cemos a linha divisória com o Estado do Espirito Santo, e o ou menos de 6 léguas, segundo os mappas que por ordens es-
modo por que se alcançou a margem direita do rio Itabapoana, pecificas dos Governadores fizeram os engenheiros encarregados
e conseguintemente o thalweg do rio. Por S. Paulo, foi dessa diligencia. Pelos nascimentos dos rios Muriahé e Ca-
egualada a fronteira em dous pontos, nas comarcas de Paraty mapoan, seguindo a desemboccadura desse no Oceano, se di-
e de Rezende, Com a primeira nos dá testemunho o Decreto vide com a Capitania da Bahia do Norte no termo da Capi-
de 29 de janeiro de 1833, que aqui reproduzimos : « A Regên- fania do Espirito Santo. Separa-se de Minas Geraes a Oeste
cia, em nome do Imperador o Senhor D. Pedro II, resolvendo pelas cachoeiras ou origens dos mesmos rios a buscar por li-
RIO — 373 — RIO

nha recta o alto da serra Cordilheira, e dahi o encontro do rio centes ás antigas capitanias doadas a Martim Affonso, a João
Parahyba, seguindo-o á confluência dos rios Preto e Novo, fer- Gomes Leitão com Gil de Góes da Silveira, e a Pedro de
mentados na serra da Mantiqueira, de cujo cimo se vai encon- Góes a saber; S. "Vicente, Calio Frio e S. Thomé ou Pai'ahyba
;

trar o marco divisório. No mesmo rumo se aparta deS. Paulo do Sul . Durante a administração de Duarte da Costa
'

por outra linha recta tirada do mesmo marco, que, atraves- ( 1553-155S ), os francezes occuparam a bahia do Rio de
sando o sobredito Parahyba no logar denominado Funil, córta Janeiro (155S), fortalecendo-se em ilhas e no continente,
em rumo de Sul, a estrada geral de S. Paulo distante 4 léguas e só foram repellidos das posições que occupavam em 1567
ao Oeste da Guarda do Coutinho, e passando por meio dos rios por Mendo de Sá e Estácio de Sá, fandando-se então a ci-
Piratinga e Jacuhy, a Leste da Preguezia do Facão, atravessa dade de S. Sebastião do Rio de Janeiro e a capitania ad-
a estrada que dalli segue á villa de Paraty pelo cume de um nistrativa deste nome. Não tardou, porém, a ser reconhecida aua
morro, donde busea a guarda mencionada e por ella termina importância, pois metrópole desligou-a da capitania da Bahia,
i>,

ao mar na pequ^^na ilha das Couves, situada entre as ensea- confiando em 1572 a Antonio Salema todo o território meridio-
das de Cambory e das Laranjeiras; ao Sul e a Este tem por nal do Brazil, que se limitava com o da Bahia pelo rio Jequiti-
balisa o Oceano. » Além do que expõe este aulor, o primeiro nhonha. Esta independência, porém, não durou dous lustros,
documento que encontramos sobre este assumpto é o Alv»rá porquanto na administração de Lourenço da Veiga, em 1578,
de 9 de março de 1814, em que o rio Parahyba é designado tornou a capitania do Rio de Janeiro a ficar subordinada á da
como limite entre este Estado e o de Minas Geraes. Eis a sua Bahia, oude achava-se o governador-geral. Não obstante, pas-
integra « Hei por bem, conformando-me com o parecer da re-
: sados 80 annos, em 1658, Salvador Corrêa de Sá e Benevides foi
ferida mesa (do Desembargo do Paço) erigir em villa o dito despachado para regel-a com todos os territórios ou capitanias
arraial com o nome de S. Pedro de Cantagallo ;e terá por li- meridionaes, mas isento de dependência do governador da Ba-
mites todo o território que se comprehende desde o rio Para- hia. Esse privilegio, porém, limitou-se á sua administração.
hyba, no sitio que o Ministro encarregado do levantamento Passados 105 annos, em 1763, a metrópole do Brazil íbi transfe-
da villa lhe assignar. correndo pela alto da serra dos Órgãos rida da Bahia para a cidade do Rio de Janeiro, em razão das
a partir com os termos das villas de Magé, Macacú e Campos lutas do Rio da Prata, e de então para cá tem esta cidade sido
dos Goitacazes até fechar no mesmo rio Parahyba, o qual lhe a capital de todo o Bi-azil. Antes disso, porém, em 1710 a 1711,
servirá de divisa cm toda a extensão da parte da Provinda de foi a cidade do Rio de Janeiro, soba administração do imbecil
Minas Geraes. Ficará comprehendida nestes limites a Aklèa Francisco Castro de Moraes, mais uma vez invadida pelos fran-
da Pedra, qii» até agora pertencia ao termo da villa de São cezes commandados por Duclerc e Renato Duguay-Trouin Em .

Salvador dos Campos, do qual sou servido desraembral-a com 1808, a 7 de março, hospedou a familia real portugueza. emi-
todo o território do alto da serra a dentro, para ficar perten- grante de Portugal, recebendo por essa occasião importantes me-
cendo á villa de S. Pedro de Cantagallo e á comarca do Rio lhoramentos, quasi todos devidos ao conde de Linhares, D. lio-
de Janeiro. » Depois de nossa independência, surgiram ques- drigo de Souza Coutinho. Com a retirada de D. João em 1821
tões de limite? entre estes dous Estados no lado septentrional, ficou na qualidade de regente o principe D. Pedro, que a 9 de
e tao graves foram que o Governo tomou o encargo de, como janeiro de 1822, achando-se no Paço da cidade, mandou dizer
medida provisória, fixal-os pelo Decreto n. 297 de 19 de maio ao povo, alli reunido, que « Como era para o bem de todos e fe-
de 1843, que damos em seguida : « Tendo em consideração as licidade geral da Nação, ficava no Brazil ». Em vista de seme-
duvidas que diariamente se suscitam sobre a verdadeira demar- lhante declaração, occorreram aqui importantes acontecimentos,
cação de limites entre a Província do Rio de Janeiro e a de que apressaram o grito da independência, solto pelo Principe
Minas Geraes e querendo evitar os conflictos a que necessa-
; em S. Paulo no dia 7 de setembro. Até 1834 fez o actual Dis-
riament'' -jã.-; esse estado de incerteza
'.
: Hei por bem orde- tricto Federal parte do Estado do Rio de Janeiro, sendo neste
nar que, emquanto a Assembléa Geral Legislativa não resolver annodelle separado em virtude do Acto Addicionalá Constituição.
definitivamente sobre semelhante objecto, se observe o seguinte: Aspecto. — O sólo é desigual ;
para léste e suéste apresenta
Art. I. Os limites entre a Provincia do Rio de Janeiro e a muitas iagòas ao sul poucas serras de grande elevação, menos
;

de Minas Geraes ficam provisoriamente fixados da maneira se- na parteem que confina com o Estado de 8. Paulo no centro é ;

guinte Começando pela foz do riacho Prepetinga no Parahyba.


: percorrido pela grande serra do Mar. E' cortado por muitos
subindo pelo di'o Prepetinga acima até o ponto fronteiro á rios,sobresahindo o Parahyba, que em seu trajecto recebe numero-
barra do ribeirão Santo Amónio no Pomba, e dahi por uma sos triljs. Clima e salubridade. —
E'quente e húmido no littoral,
linha recta á dita barra de Santo Antonio, correndo pelo ribei- doentio nas partes baixas e pantanosas salubenúmo nos log'a- ;

rão acima até a serra denominada Santo Antonio e dahi a um res elevados. Therezopolis, Friburgo e Petrópolis são pontos não
logar do rio Muriahé, chamado Poço Fundo, correndo pela só recomraendaveis pelas bellezas naturaes como pela amenidade
serra do Gavião até á cachoeira dos Tombos no rio Carangola do clima. O Dr. Martins Costa diz « A prov. do Rio de Ja-
;

e seguindo a serra do Carangola até encontrar a Provincia do neiro, muito pantanosa nas regiões de serra abaixo, é também
Espirito Santo. » E' portanto uma medida provisória. Cum- muito victimada pelas moléstias de origem paludosa, que to-
pre notar que estes limites, bem que assignalados, ainda não mavam outr'ora a fórma de mortíferas epidemias, como a histó-
foram demarcados, e nem podei-iam ser attenla á natureza da rica epidemia denominada febres de Macacii, que reinou de
decisão mas não obstante ainda não poude extinguir as du-
;
1820 a 1834. Felizmente esse estado de insalubridade se tem
vidas e novas questões, e o Decreto citado está ainda sujeito a nos últimos annos modilicado muito com a drenagem e amanho
uma interpretação. Assim em 1865 sobre representação do do sóio. Em serra acima encontram-se febres palustres em al-
subdelegado da parochia de Tombos de Carangola, do Es- gumas localidades ribeirinhas d-i Parahyba e seus afUs., geral-
tado de Minas Geraes, queixando-se do 1° Juiz da parochia mente de caracter benigno. As moléstias pulmonares, aasthma,
da Natividade, deste Estado, mandou o Governo consultar o rheumatismo chronico, atíecções cardíacas, gastro-intestinaes
a Secção do Império do Conselho de Estado, afim de poder e hepáticas, as febres biliosas, a dysenteria, as febre? erupti-
expedir novo Decreto fixando provisoriamente .novo limi te por vas, a coqueluche e a syphilis são frequentes na prov. O gar-
aquelle lado. Até ao presente esta questão ainda está por rotilho ou croup (diphteria) tem se mostrado em alguns iiontos.
decidir. O Estado de Minas pretende uma divisa mais me- Tem se observado casos esporádicos, mas raros, de beri-beri. A
ridional, que partindo de um dos galhos do ribeirão Santo hypoemia intertropical apparcoe nos logares húmidos a hema- :

Antonio se dirija á foz do rio Carangola no Muriahé, e desse tochyluria não é rara. A morpliéa não é frequente. A lebre ama-
ponto rio acima até á linha em direcção ao Itabapoana, onde o rella appareceu pela primeira vez em dezembro de ISiO. Desap-
rio Onça faz barra; preterindo-se a linha que passa na foz parecendo a epidemia, ficou a febre amarolla sob o caracter en-
do rio Gavião, na cachoeira denominada do Fundão, no mesmo démico e assiTii reinou com mais ou menos iniensidade durante
rio Muriahé, e depois em direcção á cachoeira dos Tombos de o verão até 1861, quasi se extinguiu t()talmenti\ Im-
cm que
Carangola, pretenção que este Estado se recusa acceitar. Su- portada de por um navio italiano, o «Creola dei
novo em 1869
perfície. —
68.982 kils. qs. Noticia histórica. —
Ao excellente Plata», pôde ser hoje reputada mal endémico, emquanto acer-
porto do Rio de Janeiro, talvez o primeiro do mundo, cuja tados trabalhos de saneamento não lograrem extinguir-lhe a (u-i-
importância Martim Affonso de Souza não apreciou ou não gem reproductiva. O Mun. Neutro e a prov. do Kio ilc Janeiro
teve tempo de examinar, não obstante haver-se nelle demo-
rado três mezes, de 30 de abril a 1 de agosto de 1631, como
se mostra no Roteiro de Pero Lopes de Souza, seu irmão,
deve-se a creação desse Estado e sua denominação. A cir-
cumscripção que o constitúe compõe-se de territórios perten- 1 C. Mondas, Atlas do Brazi(.
RIO — 374 — RIÔ

foram d«as vezes invadidos pêlo cliolera-morbus em 1885 e recebe os ribeirões Claro, Itaoca, Braço, Vargem, Passa Tres,
1867.» Orographia. — As principaes serras do listado, exclusão I;aranjal, Oratório, Piracema, Divisa, S. Felix, Sacra Família
feita da Mantiqueira, que se estende por suas divisas, perten- e diversos outros. Desagua na margem dir. do Parahyba. O
cem ao systema da serra Marítima, ou são ramificações desta. Itabapoana que nasce na serra Geral, separa Minas e Rio de Ja-
Vindo do Estado de S. Paulo e entrando no do Rio de Janeiro neirodo Espirito Santo recebe no Rio de Janeiro o Varre Sahe,
:

essa extensa cordilheira toma diftei-entes nomes, como os de lís- SanfAnna, Santo Antonio, Santo Eduardo, Pirapetinga ou Pre-
trella, Órgãos, Subaio. Boa Vista, Friburgo, Crubixaes, Imbé, petinga e o Correnteza. Os rios tribs. da bahia do Rio de Ja-
Macabú, Vargem Alta, Pinheiro. São raniilicaçoes delia a do neiro e que atravessam esse Estado são o Imboassú, que nasce
:

Tinguá, Paquequer, S. João, (japim. Campestre, Qiiimbira e ou- na serra de S. Gonçalo, o Gu isindiba, que nasce na serra do
tras. A' margem esq. do Parahyba encontram-se as serras de- Taipú ou Itaipú o Macacú engrossado pelo Batatal, Casserebú,
;

nominadas das Minhocas, Cruzes, Rio Bonito, Taquara, Abóbo- Aldèa (que recebe o Capuaba e Cabuçu) além de outros o Guapy, ;

ras. As serras do Lagarto no mun. doltaborahy, das Lavras no oriundo da serra dos Órgãos, que recebe o Duas Barras, Ilinga
de Rio Bonito, da Beriha no de Macahé, do Leandro, Itaguahy, e Rabello ; o Magé ; o Iriry oSuruhy ; o Inhomirim ou Estrella;
;

Catumljy e Macacos no de Itaguahy, de Sapiatiba no de C;ibo o Iguassu, que desce da serra do Tinguá e recebe o Pilar o ;

Frio, são importantes. Potamographia.— O principal rio do Es- Sarapiihy : o Mirity, etc. Nesographia. As ilhas principaes —
tado é o Parahyba do Sul, que nasce lia serra da Bocaina, no sTio :as de Sant'Auna, próximas do porto de Imbetiba, distan-
Eatado de S. Paulo, com o nome de Parahytinga, nome que tes 7.830 kils. do littoral a Comprida, Focinho
; do Cabo, Por-
perde pelo de Parahyba depois que recebe o Parahybuna. Atra- tos, Francez, Papagaios, Pargos, no mun. de Cabo Frio a ;

vessa o Estado de S. Paulo, o do Rio de Janeiro, separa Minas Grande, sede da freguezia de Sant'Anna, dependente do mun.
Geraes do Rio de Janeiro e corre por este ultimo até desaguar no de Angra dos Reis, com diflerentes enseadas, taes como a de
Oceano aos 21" 37' de latitude sul e2° 1.5' 20" de longitude leste Abrahão, Estrellas, Palmas, Sitio Forte a da Gipoia ou Giisoia,
;

do Rio de Janeiro em uma costa muito baixa e arenosa. Banha do Jorge Grego, Barro, Coqueiros, Queimada, Almeida, Maia,
no Estado de S.Paulo, os muns. de Cunha, Parahybuna, S. Luiz, Peregrino, S. João, Francisca, pertencentes ao mun. de Angra
Santa Branca, Jacarehy, S. José, Caçapava, Taubaté, Pinda- dos Reis. A das Flores quasi unida á do Ajudante em frente
monhangaba, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Queluz, Areas ;
ao morro das Neves, tem uma importante hospedaria, onde são
no do Rio de Janeiro, os de Rezende, Barra Mansa, Parahyba alojados os immigrantes. Portos. —
Na vasta costa do Estado
do Sul, Vassouras, Cantagallo, S. Fidélis, Campos, S. João da existem, sem duvida, magnifioos portos, além da vasta bahia do
Barra, além de outros no de Minas, o de S. José d' Além Para-
; Guanabara. O porto de S. João da Barra, ponto terminal de
hyba. E' margeado em grande parte do seu curso pela E. de F. uma estrada de ferro que se liga á vasta rede da Leopoldina o ;

Central do Brazil, que por vezes atravessa-o sobre pontes. Suas de Macahé, no qual está terminada a alfandega no porto de Im-
margens são de grande fertilidade, produzindo quasi todos os betiba, para a qual concorreu o Estado com a quantia de 90
g-eneros que se cultivam no paiz, principalmente o café. São im- contos de réis. O porto tem pequenas proporções e é desabrigado,
mensos os tribs. que i'ecebe por ambas as margens, sendo mais apezar do quebra-mar alli construido, já em grande parte des-
importantes os seguintes pela mai'gemesq. o ribeirão do Salto,
: moronado pelas grandes ressacas. Separado por longo pontal
o Pirapitinga, o Turvo (reunido ao rio das Pedras) o iMun- existe o porto da Concha mais abrigado, sem ter comtudo a pro-
déos, o Santo Antonio, o Fernandes, o Portinho, o Lambary. o fundidade do primeiro. Ao de Angra dos Reis está fadado um
Boticário, o Quatis, o Barroso, o S, José, o Parahybuna grande commercio por ser o ponto terminal de uma vasta ar-
(reunido ao Preto), o Angú, atravessado pela E. de F. téria, que de Goyaz, Minas e Rio de Janeiro irá levar-lhe a
Leopoldina, o Pomba e o Muriahé (que recebe o Belmonte, vida. A E. de F. Oeste de Minas trabalha com ardor para
o Domingos, o Carangola, assim denominado do chefe dos transpor em boas condições technicas os flancos da Serra do
Purys) ; e peladireita o Vermelho, Santa Anna, Lage, Mar 6 tern, dentro de dous annos, seu trafego aberto ás neces-
Jeronyma, Formoso, Cruz das Almas, Taquaral, Barrei- sidades do commercio. OGoverno da União mandou fazer os es-
ros, Cachoeira, Bananal, Barra Mansa (apenas notável por dar tudos do porto, que esperamos serem deíinitivos, e a Companhia
seu nome á cidade da Barra Mansa), Brandão, Tres Poços, Pi- Oeste de Minas, por sua vez, trata de construir alli docas e vas-
rahy, Piabanha (engrossado pelos rios Preto e Fagundes), Pa- tos armazéns, onde a carga e descarga se faça sem os incom-
quequer e o Dous Rios, este ultimo formado pelos rios Grande e modos existentes na bahia do Rio de Janeiro. O de Búzios, éo
Negro. Recebe ainda o Quilombo (no mun. do Carmo), João Congo melhor da costa, segundo Mouchez. A Assembléa concedeu um
e Pocinho. O rio Grande recebe o S. José do Riljeirão (cujos privilegio para construir-se alli um porto com todos os acces-
aflls. são o Amparo, Capitão, Almas, S. Domingos), o Bengalas, sorios necessários para o trabalho da carga e descarga, e estudos
que banha Nova Fi-iburgo, o Bai-ra Alegre, que nasce na serra já foram encetados para dotal-o desses elementos imprescindí-
de Macabú, os ribeirões dos Passos, das Aguas Frias, Macapá, veis. Collocado na parte média da costa, quando ligado por es-
Santo Antonio, S. Lourenço, Neves, além de outros. O Negro tradas de ferro e abastecido fartamente de agua potável, se tor-
recebe o Rezende e o Bahú. O Macahé nasce na serra do seu no- nará um porto importante, por onde se fará futuramente grande
me e desagua no Oceano, em frente das ilhas de SanfAnna, apoz parte da exportação e por onde entrarão os immigrantes que
um curso de perto de 200 kils., dos quaes cerca de 60 são nave- —
demandarem o Estado. Cabos. Os de S. Thoraé e Frio e as
gáveis por pranchas e canoas ; recebe os riosS. Pedro, Jurumi- pontas Criminosa, Negra, Itaipti, dos Castelhanos e do Drago
rim. Anta, Sabiá, Genipapo, João Manoel, Atalaia, Rio Morto, (estas duas na Ilha Grande) de Joatinga e de Cayrussú, estas
;

Crubixás, Serra Verde, Ouro, Trahiras, Aduelas, Bonito, etc. duas no mun. de Paraty Lagos e Lagoas. A de Araruama,que
. —
Na sua foz e em frente da cidade de Macahé íica o Pontal deste começa na cidade de Gabo Frio, onde se liga como Oceano, do
nome, que é um cômoro de aréa com cerca de 600 metros de ex- qual é ella propriamente um braço, sinào bahia, que entra cerca
tensão e que divide o rio do Oceano. O S. João vem da serra do de 42 kils. pela terra dentro até a Ponte dos Leites, ou antes
seu nome e desagua no Oceano, banhando a villa da Barra do até o porto do Capitão-mór, que é a sua extrema mais Occiden-
S. João ; recebe o Crubixás, Dourado, Ipucá, Bacaxá, S. Lou- tal ;banha parte desse mun., todo o de Araruama e parte do de
renço, Lontra, Aldèa Velha, e outros. O Macabú nasce na serra Saquarema. Compõe-se de vários baixos ou largos, ligados uns
de Macahé, recebe o riacho Caro-Cango eo ribeirão da Soledade aos outros por canaes ou estreitos ou boqueirões, mais ou menos
e desagua na lagôa Feia. O Imbé, trib. da Lagòa de Cima, re- compridos, mais ou menos apertados. Tem diversos portos de
cebe o Quimhira, o S. Matheus, o Agua Limpa, o Socego, o embarque, entre os quaes os denominados: Cabo Frio, Carro, do
Mocotó, o Opinião e o Segunilo Norte. O Ururahy, trib, da la- Baixo, Aldeia de S Pedro, Iguaba e Boqueirão. Neila íicamas
gôa Feia. O Flores aíT. do rio Bonito e o ribeirão Manoel Pe- ilhas S. Luiz, Palmyra, Pombas, Macacos, Ferreiros, Andori-
reira, O Paquequer, aíf'. do rio Preto, que o è do Piabanha, e nhas e Coròa da Barra. A de Saquarema, onde desaguam os
este do Parahyba. O SanfAnna nasce na serra Marcos da Costa, rios Urussanga, Tinguy, Jundiá e outros a de Cururupina e a ;

faz juncção com o ribeirão das Lages, cerca de 2 kils. distante de Maricá, na costa do Oceano a Piabanha, de Jesus, do Pau-
;

de Belém, tomando desse ponto em diante o nome de Guandu com lista,de Carapebús, de Jeribatilia, todas atravessadas pelo canal
o qual vai desaguar no mar, entre a costa do Estado e a res- de Campos a Macahé a de Cima, em cuja mar.-iem está assente
;

tinga da Marambaia recebe o S. Pedro, ribeirão dos Poços,


, apari;cliia de Santa Rita e onde desaguara os rios Urubii e Imbê,
Guandumirim e outros. O Mambucalia vem de S. Paulo e des- ó ligada á lagòa Feia jielorio Ururahy, tem 8 k . 500'" de com-
agua a O. da enseada do Pai-aty. O Piraliy nasce na sen'a de primento e abrange uma superfície do 16 kils. qs. a de Boacica, ;

Angra dos Reis, percorre a freg. de Santo Antonio do Capivary a de Jacuné, a Feia, abrange a superfície avaliada em 370 kils.
e parte da villa do Rio Claro. Antes do arraial do Capivary re- qs. e onde vão dosaguar ôs rios Macabú e Ururahy. Pharóes.
cebe o rio das Pedras e no arraial o Capivary. Dahi para baixo —O do cabo da S. Thomé, aos 22» 2" 00'' de lat. Sul e 2" 10'
RIO — 375 — RIO

30" B. do Rio de Janeiro; o de Cabo Frio, aos 23" O' 46" de Porto Novo do Cunha, onde encontra-se com a E. de F. Leo-
lat.S.e 10' íl" de loiíg. E. do Rio de Janeiro. Agricultura poldina. A E. de F. do Grão Pará apresenta uma bella appli-
e Industria. —
A |iarte principal da riqueza agricola desse Estado cação de cremalheira central em uma extensão de 6028 metros.
é o café, depois deste o assucar. Os muns. de Cantagallo, Va- Nu de Cantagallo ha um trecho de linha de 13 kils., 373 me-
lença, Vassourns, Barra Mansa, Pirahy e Rezende são iinpor-
tantissimos, não só pela quantidade como pela qualidade do café
lros, onde o systema FoU foi applicado. Finanças. A receita —
total do exercício financeiro de 1894 importou em 22.417:810^362
que produzem e exportam. Os muns. do littoral, entre os quaes e a despeza em 15.612;399.-^S84, verilicando-se uin saldo de
os de Campos, S. Fidélia, Barra de S. João, Macahé e S. João 6.80õ:410,'5l78. Deduzind.i-se da receita a importância de
da B irra cultivam, além daquelle producto, mais a canna de 6^534:3S8§)26 que lhe foi legada como saldo do exercício de 1893,
assucar, possuindo muitos delles importantes engenhos, s»ndo vè-se que a arrecadação elfectuada naquelle exercício attingio a
dignos dc menção o de Quissaman, no mun. de Macahé e a Usina 15.883:421%;736. que excede em 4.030:5õl§736 á estimativa orça-
Barcellos, no de S. João da Barra. Além do café e da canna de mentaria de 11. 852:870$000. A receita do 1» semestre de 1895
assucar cultiva-s; no Estado a mandioca, de que se faz a fari- importou em 14.796:463$435, inclusive o saldo de 6.805:4105478
nha, sendo muito afamada e bastante procurada a de Suruhy. que passou do exercício anterior, e a quantia de 1.650:160§345
Nos muns. como os de Petrópolis, Nova Friburgo, onde enrai- escripturada em movimento de fundos —
vindo a ser de
zou-se a colonisação estrangeira, os preparam ex-
habitantes 6.310:892$611 a arrecadação elfectuada no 1" semestre de 1895,
cellentes queijos e manteiga fresca que exportam para o Rio de ou mais 638:4'J5;r;413 do que a de 5.702:397$198 arrecadada no
Janeiro. Os que flcam á margem da bahia do Rio de Janeiro correspondente periodo de 1894. Na proposta formulada para
exportam diariamente para o mercado da Capital Federal diver- o exercício de 1896 foi a receita calculada em 13.675:284§296
sos productos taes como legumes, fruclas, aves. ovos, lenha, etc. e a despeza em 13. 104;223$323. População.— A poimiação actual
Entre as fabricas importantes desse Estado notam-se a da Cas- é de 1.053.817 habs. Instrucçâo. —
A instrucção secundaria é
catinha, situada na confluência do Piabanha com o Itamaraty, dada nas Escholas Normaes (Nyterõí, Campos e Barra Mansa)
servida pela estação da Cascatinha, da via-ferrea Grão-Pará, á e nos Lyceus de Nyterõi, Barra Mansa e de Campos. Ha diffe-
qual se acha ligada por um ramal de 500'", que vai até ao pateo renies collegios era quasi todas as cidades e villas do Estado.
central do edilicio a fabrica de sedas pertencente á Companhia
: A instrucção publica primaria, em 1896, era dada em 900 es-
Petropolitaua a Companhia Tecelagem Santa Luzia, situada
;
colas. Ha ainda um gyranasio Fluminense em Petrópolis, Bis-
nodist. de 8. Pedro e S. Paulo do mun. de Itaguahy ; a fa- —
pado. Pela Bulla Ad uniccrsas orbis cederias do Papa Leão
brica de Tecidos de Macacos, pertencente á Companhia Brazil XIU de ode maio de 1892, foi creado uia bispado nesse Estado.
Industrial, situada no lugar Ãlacacos e servida pela E. de F. Divisão judiciaria. —
Em 1895 dívidia-se em 29 coras., sendo 12
Central do Brazil, da qual dista cerca de 2 kils. e á qual está li- de 2» entrancia e 17 de 1.» Representação Federal. Dá três —
gada por um ramal que leva os carros da Central até á fabrica; senadores e 17 deputados. Governador do Estado. Dr. Joaquim —
o importante engenho central em Quissaman, no mun. de iNIacahé, Mauricio de Abreu. A primeira Constituição foi promulgada
o primeiro fundado no Brazil em 1877; a Comp:inhia UsinaSão a 29 de junho de 1891 e a segunda em 9 de abril de 1892.
João, situada á margem esq. do rioParabyba, no mun. de Cam- Capital. —
Petrópolis, na serra da Estrella, a 803 metros acima
pos, onde se notam as usinas do Queimado, Limão, Dores, (lo nível do mar. banhada pelo rio Piabanha, ligada a Maná pela

Cupim, Santa Cruz, S. José, Figueira e Barcellos. Estradas de E. de F. Grão Pará, e a Capital Federal pela E. de Ferro do

Ferro. Propriamente do Estado do Rio de Janeiro são : a K. Norlie, refugio da população abastada durante o verão, clima
de F. de Cantagallo, que vai de Nictheroy a Cachoeiras e de muito salubre, bellas casas e algumas fabricas. Possue o Gym-
Cachoeiras a Macuco, com a bitola de 1 m. e com a extensão de nasio Fluminense e a Eschola l3omestica deN. S. do Amparo.
178 kils. 5/0; o ramal do Sumidouro, de Mello Barreto a Sumi- Denominava-se antigamente Córrego Secco e pertencia ao patri-
douro, com a extensão de 34 kils. 484; o prolongamento do mónio imperial Foi povoada por colonos allemães. E' capital
.

Sumidouro, de Sumidouro a Conselheiro Paulino, com 58 kils. do Estado desde 1894. Cidades principaes —
Nyterõi na
288 ; o ramal do Rio Bonito de Poi'to das Caixas a Macabé, com margem oriental da bahia do Rio de Janeiro, defronte da ca-
146 kils. 499; o ramal de S. Fidélis, de Campos a Lucca, com pital da Republica, com quem está em frequente communicação
g2 kils. 3; a Carangola, de Campos a Santo Antonio, com 1G3 pelas barcas Ferry, que partem do caes Pharoux, na praça 15 de
kils. 432; o Ramal do Patrocínio, do Entroncamento a Poço Novembro. Foi a séde do governo estadoal. Divide-se em dous
Fundo, com 33 kils. 261 o Ramal de Itabapoana, de Morundú
: bairros Praia Grande, onde se achavam situadas as reparti-
:

a Santo Eduardo, com 20 kils. 530; Grão Pará, de Maiuí a São ções publicas e o commercio, e S. Domingos onde residia o
José do Rio Preto, com 92 kils. 038 ; a do Norte, de S. Fran- presidente. Este ultimo possue aprazíveis chácaras, contém o
cisco Xavier á Juncção, com 45 kils. 310 a do Barão de Ara-
;
magniílco arrabalde denominado Icarahy, tão procurado pela
ruama, de Quissaman a Triumpho e de Triumplio a Visconde excellencia dos seus banhos e pelo encantador panorama que
do Imbé, com 86 kils. 300e 48 kils. 066 em construcção; todas ostenta, o possue o forte batalhão Académico, antigo Gragoatá,
estas linhas são pertencentes á Companhia Leopoldina ; a Cen- que tão assígnalados serviços prestou durante a revolta de
tral de Macahé, de Macahé a Glicério, com 42 kils. 700 ; a de parle da esquadra. A cidade possue uma matriz regular, o
Santo Antonio de Pádua, de Lucca aMiracema, com 97 kils. 213; Lyceu e a Eschola Normal, o Asylo de Santa Leopoldina, o
o Ramal Férreo de Cantagallo, de Cordeiro a Portella, com 77 hospital de caridade, a bella praça Pinto Liraa com um
kils. 413; a de Imbetiba a Campos, com 96 kils, 520 ; a de elegante jardim. E' illuminada a gaz e percorrida porbonds.
Campos a S. Sebastião, com 22 kils. 972 ; estas cinco ultimas Na Jurujuba lica o novo hospital marítimo de Santa Isabel cuja
administradas pela Companhia Leopoldina; a de Maricá, que pedra fundamental foi lançada a 5 de julho de 1889. Foi pri-
que partindo do Porto das Neves, no mun. de S. Gonçalo, se mitivamente uma [lovoação de indígenas. Por Alvará de 10 de
dirige a Maricá, onde tem sua estação terminal, depois de um maio de 1819 fui-lhe conferido o titulo de Villa Real da Praia
percurso de 50 kils. a Valenciana, 03 kils. 920 a de Santa
: Grande e por Lei Prov. de 26 de março de 1835 tornou-se ca-
Izabel do Rio Preto, pertencente á Companhia -Sapucahy, 73 pital da prov., couferíndo-se-lhe a categoria de cidade com o
kils. 783 ; a de Rezende á Bocaina (Estados do Rio de Janeiro nomo de Nyteròi a 28 de março do mesmo anno e o titulo de
e de S. Paulo) ; a de Santa yVnna a largo da Companhia Sa- imperial por Decr. de 22 de agosto de 1841. Sua população é
pucahy, com a extensão appi'oximada de 38 kils. a Vassonrense, superior a 20.000 hab?. Seu mun. com prebende cinco parochias:
6 kils. 600 a B.manalense
; a do Rio das Flores, com 61 kils.
;
João Baptista, S. Lourenço, N. S. da Conceição da Jurujuba,
E' ainda o Estado atravessado pela Melhoramentos do Brazil,
que parte da estação da Mangueira, no Oistncto Gederal; a
do Rio do Ouro, que começa em S. Christovão na Capital
Federal, pela de Theresopolis, que pa-te do porto da Piedade;
a de Angra dos Reis a Barra Mansa, ainda em construcção 1 o intelligent«í e trabalhadiir Sr. A. tio Vnlla Cabral no seu Guia
e pela Cenrral do Brazil, que nelle tem tresramaes ; o do Viajante no Rio de J.aneiro, diz á pag. 9 o seguinte : — A etymologin
que parte da estação de Belém e vai a Macacos ;a de- mais àcceitaval da pahivra Nytenii i', agua escondida, de Y agua e
a sisnilicarão daila por Ayres do Casal. « (^mi
nominada linha do Centro, que da Barra do Pirahy nit''r"i oculta, lista i''

torcer-se, t'urtar-se, oscon-


elíeito, diz o lli-. B. Caetano, tiTÔ sí muIic
o denominado
i

dirige-se para Sete Lagóas (Minas Geraes) e


der-se i-terôi, aquillo que so osc indo, e y-i-t>'ròi afçua que se esconilo,
Ramal de S. Paulo, que desse mesmo ponto dirige-sea S. Paulo
;

tendo-se o luetaplasnio de y-i om ny, rluiido Nytoròi. .\Uini disto Ilans


O i'amal da Linha do Centro ainda bifurca-se na estação de Stadenquo foi prisioneiro dos Tainoyos, r.os primeiros tempos do des-
Entre Piios em dous outros, um que, cora o mesmo nome, diri- cobrimento, escreveu Iteroenno e Iterrono, que pronunciado .A allenm
ge-se para Sete Lagoas (Minas) e outro, o de Porto Novo, que vai concorda com a explicação dada por Ayres do Casal

RIO — 376 — RIO

S. Sebastião de Itaipú, e N. S. da Conceição de Cor- lena. — S. João Marcos, antigamente S. João do Príncipe.
deiros Angra dos Reis, edificada em uma pequena pia- Maxambomba. —
Nova Friburgo, no fundo de um valle estreito,
nicie cjrcada de morros, que se prendem á serra do Mar com ; contornado de montes alpestres, cujos altos cabeços apresentam
os conventos do Carmo e Santo Antonio e uma casa de caridade. graciosas formas cónicas, atravessada pelo rio Bengalas e pela
E' uma das mais antigas povoações do Estado. Possiie um E. de F. de Cantagallo, com clima saluberrimo, a 851", 51 de
lindo e espaçoso porto maritimo e a pequena distancia da cidade, altura. —
Santo Antonio de Pádua, ligada pela E. de F. do
o engenho central de Braculiy. Barra Mansa, á margem do S3U nome a S.gFideles. —Itaperuna. —
Itaborahy, berço de Joa-
Parahyba, junto á foz do pequeno rio Barra Mansa, atravessada quim José Rodrigues Torres e do Dr. Joaquim Manoel de Ma-
pela E. de P. Central do Brazil e pela E. de Ferro Oeste de cedo (n. em 24 de junho de 1820 e ni. em li de abril da 1882).
Minas, com importante lavoura de café, uma Eschola Normal Villas principaes. —
S. José do Bom Jardim. —
S. Pedro d'Al-
e uma casa de caridade. Campos sobre o Parahyba, com activo dèa. — S. Gonçalo. —Mangaratiba. —
Duas Barras. — Itaguahy.
commercio e edifícios da i-egular apparencia Casa de Miseri- Sant'Anna de Macacú. —
Sumidouro, á margem dir. do rio
:

córdia,, hospital de beneficência portugueza, estação da E. de Paquequer. —Itaocara. —


Cordeiros. —
S. Francisco de Paula. —
F. Mac;ihé a Campos, theatros. varias egrejas, etc. K' ligada a S. Sebastião do Alto. —
Santa Thereza. — Monte Verde.
Macabé por um exteiíso canal, illuminada a gaz e pela luz Maouco. — Barra do S, João, na foz do rio do seu nome, na
eléctrica. Tem 20.000 habs. Foi annexada á capitania do Es- costa ahi nasceu Casimiro de Abreu a 4 de janeiro de 1837, que

:

pirito Santo por Decr. de 1 de junho de 1753, passando a fazer morreu a 18 de outubro de 18G0 com uma casa de caridade
; .

parte do Estado do Rio de Janeiro pela Sei de 3 de iigosto de Rio Claro, á margem do rio do seu nome, aíf, do Pirahy ahi ;

1832. — Cantagallo atravessada pela E. de Ferro de seu nome, nasceu o poeta Fagundes Varella, a 17 de agosto de 1841, que
com importante lavoura de café. —
Cabo Frio, n'uma penín- morreu a 18 de fevereiro de 1875. —Constituição do Estado.
sula de restinga separada do continente ou terra firme pela lagoa Titulo primeiro. —Da organisação do Estado. — Art. 1."
Araruama, communicando-se com aquelle por meio de uma O Estado do Rio de Janeiro é a associação politica dos habitantes
barca de passagem no estreito do Itajurú com as egrejas matriz
, do território da antiga província do Rio de Janeiro, e faz parte
e de S. Benedicto, convento de N. S. dos Anjos, capellinha da integrante da Republica dos Esiados Unidos do Brazil. Art. 2."
Guia, paço municipal, casa de caridade, hospital e cemitério de O Estado é autónomo, nos limites da Constituição Federal e o ;

Santa Isabel; fabricas de cale importante commercio de café, seu governo é republicano, constitucional e representativo.
assucar e madeiras de construcção. Ahi nusceu o po:?ta e roman- Art. 3.0 A soberania do Estado reside no povo, e é exercida
cista Teixeira e Souza a 28 de março de 1812. —
Magé, sobre o pelos poderes legislativo, executivo e judiciário, independentes e
rio do mesmo nome, que fói-ma ao desaguar o porto da Piedade, harmónicos. Art. 4.° A base da organisação do Estado é o mu-
com máo clima, atravessada pela E. de F. que vai a Theresopolis, nicipio, cuja autonomia a Constituição garante no Título II.
passando pela serra dos Órgãos. —
Macahé, na margem dir. e Secção I — —
Do poder executivo Capitulo I —Da assembléa
junto á foz do rio do seu nome, a ENE. da cidade do Rio de legislativa — Art. 5 " O Poder Legislativo é, em regra, exercido
Janeiro, com lavouia de café, canoa de assucar, algodão e pela Assembléa Legislativa, com a sancção do Presidente do
cereaes. Tem paço municipal, theatro, casa de caridade, com- Estado. Art. 6." A Assembléa Legislaitva é, composta de ses-
panhia de carris urbanos, duas estações das estradas de ferro senta deputados, eleitos de tx-es em tres annos por suffragio po-
do Rio Bonito e Macahé e Campos, engenhos centraes. Alfandega pular directo. § 1." Para a eleição dos deputados o Estado será
inaugurada a 6 de dezembro do 1896, etc. —
Parahyba do Sul, dividido em cinco districtos. § 2." A representação das mino-
entre o rio Parahyba e a serra de Covanca, que parle do Páo rias será respeitada nesta eleição. Art. 7.» A Assembléa Legis-
Ferroe vai terminar no logar denominado Chacarinha, á mar- lativa reune-se na Capital do Estado, independentemenle de
gem esq. do ribeirão do Fiúza. E' perfeitamente alinhada e convocação, no dia 1 de agosto de cada anno, se por sua deli-
convenientemente nivelada, atravessada pela E. de F. Central beração não for determinado outro dia. Paragrapho uníco. A
do Brazil, com lavoura de café. —
Paraty, na extrema do Estado sessão annual durará tres mezes, podendo ser prorogada ou
de S. Paulo. — Pirahy, á margem do rio de seu nome, com uma adiada por deliberação da Assembléa, sob proposta do Presi-
estação da E. de F. SanfAnna e lavoura de café. —
Rezende, dente do Estado ou de um deputado. Art. 8.° A Assembléa
a pouco mais de 405 metros acima do nivel do mar, atravessada Legislativa pode ser convocada extraordinariamenta pela sua
pelo Parahyba, com lavoura de café, uma elegante estação da Mesa ou pelo Presidente do Estado, Pai'agrapho uníco. Nas
E. de F. Central do Brazil no logar denominado Campos Elysios sessões extraordinárias, não poderá a Assembléa deliberar sobre
e diversos templos, aos 22" 27' 3". de Lat. S. e a Long. de 1" matéria diversa da que motivou a convocação. Art. 9." Por
13' 8" O. do Rio de Janeiro : —
Rio Bonito. —
S. Fidélis, á mar- motivo de conveniência publica, poderá a Assembléa Legisla-
gem do Parahyba, entre a foz dos rios do CoUegio e Dous Rios, tiva funccionar em outro qualquer logar que não seja a Capital,
com estação de E. de F., lavoura de canna de assucar e café. — se assim o resolver o Presidente do Estado, a maioria dos mem-
S. João da Barra, na foz do Parahyba; ahi nasceu a poetisa bros da Mesa, no intervallo das sessões, ou a própria Assem-
Narcisa Amália. —Valença sobre collinas pouco elevadas, bléa quando reunida. Paragrapho único. A mudança da séde da
em uma bacia formada pelas serras das Cruzes e das Cobras, Assembléa, feita pela Mesa ou pelo Presidente do Estado, será
com 4.000 habs. e alguns edificios notáveis, taes como a matriz, sujeita á approvação da Assembléa depois de i-eunída. Art. 10.
casa da camará, cadêa, theatro, hospital de Misericórdia e esta- A Assembléa Legislativa não poderá ser dissolvida. Art, 11.
ção da E. de Ferro União Valenciana. Foi em sua origem uma As sessões da Assembléa Legislativa serão publicas, salvo deli-
aldeia de índios Coroados e é denominada Valença em honra de beração em contrario da maioria dos deputados presentes. Art. 12,
D. Fernando José de Portugal, descendente dos nobres de Va- A' Assembléa Legislativa compete, além das attribuições do
lença. — Vassouras, entre morros escalvados e despidos de vege- art, 26, elegera sua Mesa, verificar os poderes dos seus mem-
tação, com uma importante casa de caridade, fórum, bello bros, nomear os empregados da sua secretaria, regular a sua
paço municipal e diversos templos é ligada á estação do Vas-
: polícia e economia interna eorganisar o seu regimento. Art. 13.
souras por uma estrada de ferro tem os asylos Furquim e Por»
; Os deputados são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos,
ciuncula. —Carmo. —Maricá, situada á margem da lagoa do no exercício de s

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