Estudo e Analise de Projecto - R2
Estudo e Analise de Projecto - R2
Estudo e Analise de Projecto - R2
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2
2. ESTUDO E ANÁLISE DE PROJECTO .................................................................. 3
2.1. PROJECTO ........................................................................................................ 3
2.2. TIPOS DE PROJECTOS ................................................................................... 4
2.2.1. Projectos por Evolução ............................................................................... 4
2.2.2. Projecto por Inovação ................................................................................. 4
2.3. FASES DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROJECTO .............................. 4
2.3.1. Programa Preliminar ................................................................................... 4
2.3.2. Levantamento Topográfico......................................................................... 4
2.3.3. Programa Base ............................................................................................ 5
2.3.4. Estudo Prévio.............................................................................................. 5
2.3.5. Projecto Base Ou Ante Projecto ................................................................. 5
2.3.6. Projectos Das Especialidades ..................................................................... 6
2.3.7. Projecto Executivo...................................................................................... 7
2.3.8. Assistência Técnica .................................................................................... 8
3. GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE OBRA ............................................................... 8
4. SUSTENTABILIDADE DE UMA OBRA ............................................................. 11
5. PLANIFICAÇÃO DE OBRA .......................................................................... 15
6. ORÇAMENTO ....................................................................................................... 16
7. PROGRAMAÇÃO DA OBRA ............................................................................... 16
8. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 19
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 20
2.1. PROJECTO
Chama-se projecto o conjunto das ações a empreender para responder a uma necessidade
definida em prazos fixados. Assim, um projecto é uma acção temporária com um início e
um fim, mobilizando recursos identificados (humanos e materiais) durante a sua
realização, este possui igualmente um custo e é, por conseguinte, o objeto de um
orçamento de meios e um balanço independente da empresa. Os resultados esperados de
um projecto chamam-se "entregáveis".
O Projecto não representa apenas os desenhos e as soluções técnicas, mas toda a avaliação
inicial visando demonstrar a viabilidade e a conveniência da execução da obra ou do
serviço. Todos os estudos e projectos deverão ser desenvolvidos de forma a que guardem
sintonia entre si, tenham consistência material e atendam às directrizes gerais do
programa de obras e do estudo de viabilidade. A responsabilidade pela elaboração dos
projectos será de profissionais ou empresas, legalmente habilitados junto ao Conselho
Regional de Engenharia, Arquitectura e Agronomia . O autor ou autores deverão assinar
todas as peças que compõem os projectos específicos. Os projectos devem ser elaborados
de acordo com as leis, decretos, regulamentos, estaduais e municipais, directa e
indirectamente aplicáveis a obra pública, além das normas técnicas devidas. Os projectos
normalmente são elaborados em três etapas sucessivas: Estudo Preliminar, Projecto
Básico e Projecto Executivo
Documento técnico que resulta das medições topográficas efectuadas no local e que
representa a situação física existente. Este documento da responsabilidade do Dono da
Obra, é elaborado por um topógrafo e poderá ser fornecido pelo Município ou um
consultor independente.
O Programa Base, depois de aprovado pelo Dono de Obra, é utilizado como documento
base para o desenvolvimento das fases seguintes de Projecto.
Pode incluir desenhos à mão livre, desenhos produzidos em formato digitais, CAD ou 3D
e ainda maquetas de trabalho.
É nesta fase e sob a forma de Projecto de Licenciamento que o Dono da Obra submete o
projecto à apreciação das autoridades municipais e diferentes organismos para
licenciamento da obra.
3.1.Gestor de obra
O papel do gestor de obra é de garantir que a construção seja realizada dentro do prazo,
respeitando os custos previstos na viabilidade económico-financeira do empreendimento
ou do contrato e atendendo aos padrões de qualidade e desempenho desejados pelo
cliente. Ter conhecimento de todas as actividades a serem desenvolvidas e também saiba
montar um planejamento adequado.
O gestor tem de ter algumas habilidades fundamentais para poder fazer um bom trabalho,
como organização, liderança, habilidades gerenciais e capacidade de planejamento.
Cada uma das etapas tem uma enorme influência sobre as demais etapas do projecto, ou
seja, são interdependentes.
Por exemplo: o eventual atraso em uma das etapas da obra exigirá a recuperação do prazo
nas etapas seguintes, o que poderá comprometer os custos e também a qualidade final dos
serviços.
3.1.1.2.Administração Económica:
Administração da escolha, da quantificação, da compra, da recepção, da estocagem e da
aplicação dos materiais.
3.1.1.4.Administração de Segurança:
A segurança envolve todos os aspectos da obra.
Segurança dos colaboradores da obra.
Segurança da estabilidade da obra e da edificação futura.
Segurança dos usuários futuros da edificação.
Segurança da durabilidade da edificação.
O problema mais comum nas obras em termos genéricos é o improviso. É não haver, por
exemplo, esta integração da planificação de canteiro com as outras áreas da empresa. É
chegar material no canteiro de obras e não ter um local adequado para estocá-lo,
obrigando a descarregar o produto na calçada ou em um local impropio que ofereça risco
de acidentes.
Entre os fatores que causam este problema está a existência de fiscalização do Ministério
do Trabalho nas cidades. Localidade onde não existe fiscalização forte, a tendência é que
as construtoras não se preocupem muito, especialmente com questões ligadas às áreas de
vivência dos funcionários. Neste caso, os canteiros de obras não têm vestiário, não têm
banheiro, não têm um refeitório. Já em obras nas cidades maiores, e que são fiscalizadas,
as construtoras se preocupam mais em fazer um canteiro organizado.
Paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado
em conformidade com projecto, norma técnica ou qualquer disposição oficial
aplicável ao objecto do contrato;
A construção é um dos sectores que mais pode contribuir para a sustentabilidade, pois é
grande consumidor de recursos naturais e de energia para a fabricação de materiais e para
operação e manutenção das edificações, sendo também o grande gerador de resíduos de
construção e demolição, ao logo do seu ciclo de vida (a construção é responsável por
cerca de 40% dos materiais retirados da natureza e 40% de todos os resíduos gerados pela
sociedade). A importância social e económica é igualmente significativa, através da
participação no PIB e na geração de emprego e renda, por exemplo. Assim, é essencial
envolver a industria da construção na busca pelo desenvolvimento sustentável, através do
desenvolvimento de projectos e construções com características sustentáveis.
Fábrica móvel – depende do local e é temporária (não Construção sustentável – redução de perdas, reciclagem,
justifica a mecanização) reaproveitamento
Produção sujeita às intempéries (incerteza) e de baixa Industrialização e automação – mecanização/ produção em
qualidade fábrica/uso de TIC:
Alto nível de acidentes (condições de trabalho improvisadas) - componentes leves 2d e 3d vem prontos e são montados no local
Baixa precisão / alto nível de perdas (recursos humanos, com equipamentos adequados - construção mais previsível
materiais, financeiros) diminui riscos
- a diminuição de perdas diminui os custos e permite melhores
Mão de obra pouco qualificada (ambiente sujo e perigoso, salários
Sustentabilidade econômica, boas condições de trabalho e
trabalho cansativo e temporário) continuidade do trabalho: atração de pessoas mais
competentes e preparadas
Projeto complexo, fragmentado, confuso, sem memória –
difusão de responsabilidades, improvisação em obra
O projeto define uma significativa parte dos custos, dos consumos de energia e água e
da geração de resíduos que ocorrem ao longo do ciclo de vida da edificação, com
influência mais forte nas fases iniciais do projeto (Figura 1). Assim, percebe-se que
maior esforço deve ser dedicado nas fases de planejamento e estudos preliminares,
pois eventuais falhas dificilmente podem ser corrigidas posteriormente.
O gerenciamento do processo de projeto e, mais especificamente, da informação gerada,
é fundamental. Um dos aspectos a ressaltar é a importância da coordenação de projetos.
Segundo Rodriguez (2005), a coordenação favorece o desenvolvimento dos projetos e
a execução da obra. Essa atividade é beneficiada com o uso de ferramentas específicas
para gerenciar o grande número de atividades e informações inerentes aos projetos. As
soluções que tem sido propostas envolvem as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC), através de extranets de projeto, sistemas de apoio à decisão,
aplicativos com inteligência artificial e sistemas para Building Information Modelling (BIM).
Por fim, é importante referir que há um crescente esforço para projetar e construir
edificações com menor impacto ambiental, conhecidas como green buildings ou
construções sustentáveis. A sustentabilidade total não é possível nas condições
tecnológicas atuais, porém as soluções de projeto podem ser analisadas buscando a
redução do impacto ambiental. Existem vários sistemas que auxiliam a medir o grau
de sustentabilidade de materiais e técnicas construtivas, inclusive com a certificação
dos empreendimentos, tais como BREEAM, BEPAC e LEED. No Brasil, o LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design) é o sistema com maior utilização, com
dezenas de empreendimentos candidatos e dois já certificados. Há um esforço para
adaptar o LEED para as condições do país, visando uma avaliação mais adequada
(http://www.gbcbrasil.org.br/pt/).
Há uma relação próxima entre o prazo de execução e o custo da obra, em função das
limitações dos clientes. Os recursos disponíveis mensalmente podem definir um prazo
mínimo para a obra. Por outro lado, o prazo da obra implica em alguns custos fixos
mensais, tais como aluguéis de equipamentos e mão de obra envolvida na organização
(mestres, técnicos, engenheiros ou arquitetos responsáveis pela execução). Desta forma,
é importante examinar os condicionantes gerais, desenvolvendo um plano geral para a
obra, o qual posteriormente será detalhado. Existem vários tipos de orçamento, tais como
orçamentos paramétricos, pela NBR 12721, discriminados e operacionais. O orçamento
deve ser formalizado, constituindo-se então em documento fundamental para o
gerenciamento da obra.
Na visão tradicional, um orçamento é uma previsão (ou estimativa) do custo ou do preço
de uma obra. O custo total da obra é o valor correspondente à soma de todos os gastos
necessários para sua execução. O preço é igual ao custo acrescido da margem de lucro,
ou seja, C + L = P. Em diversos segmentos da construção civil, há um número de elevado
concorrentes (por exemplo, na produção de habitação vertical ou na área de manutenção
industrial) e se diz que o preço é dado pelo mercado, ou seja, o cliente ou comprador
pesquisa preços previamente e negocia a contratação com base nesta informação. Neste
caso, a empresa precisa gerenciar seus custos para manter a possibilidade de lucro. Assim,
P – C = L. De qualquer forma, o orçamento deve ser executado antes do início da obra,
possibilitando o estudo ou planejamento prévios, e também é útil para o controle da obra.
7. PROGRAMAÇÃO DA OBRA
Concluiu-se também que uma actividade é sustentável se pode ser mantida para sempre,
isto é, não se esgotará nunca. Uma sociedade é considerada sestentavel se não coloca em
risco os elementos do meio ambiente. O desenvolvimento é sustentável se melhora a
qualidade de vida do homem na Terra ao mesmo tempo em que respeita a capacidade de
produção dos ecossistemas nos quais vive.