Instalações Electricas
Instalações Electricas
Instalações Electricas
Eletricistas de instalações
ÍNDICE
Página
1 Condutores e Cabos Eléctricos 3
1.1 Circuitos e secções 4
1.2 Quadro com designação de cabos 5
2 Tubos e Canalizações Eléctricas 8
2.1 Tabela de condutores em tubos 9
2.2 Canalizações 11
2.3 Tipos de Canalizações 11
2.3.1 Canalizações embebidas 11
2.3.2 Canalizações à vista 12
2.3.3 Caleiras 13
2.3.4 Caminhos de cabos 14
2.3.5 Condutas 15
2.3.6 Travessias, ductos e caleiras 15
2.3.7 Calhas 16
2.3.8 Canalizações enterradas 17
2.3.9 Canalizações em piso técnico 18
3 Quadros Eléctricos 20
3.1 Quadro eléctrico de entrada 21
4 Protecções e Selectividade 26
4.1 Tipos de Disjuntores 27
4.2 Selectividade em aparelhos de protecção 28
5 Condutor de Protecção – Resistência de Terra 33
5.1 Condutores de Terra 34
5.2 Eléctrodos de Terra 35
5.3 Medição da Resistência de Terra 36
5.4 Como diminuir a Resistência de Terra 37
6 Instalações em locais especiais 38
6.1 Locais contendo banheiras ou chuveiros 38
6.2 Instalações em estaleiros 41
7 Bibliografia/fontes consultadas 43
2
1.Condutores e cabos Eléctricos
Os condutores utilizados nas instalações eléctricas são geralmente de cobre ou alumínio.
Poderemos ter:
‐ Condutor nu
‐ Condutor isolado
→ Os condutores ( a alma condutora) pode ser constituída apenas por um único fio (unifilar)
ou por um conjunto de fios (multifilar).
Cabo Eléctrico
• Cabo isolado é o condutor isolado que tem uma bainha, ou um conjunto de condutores
isolados devidamente agrupados, dotados de uma bainha, trança ou envolvente comum.
3
‐ Nas instalações de corrente contínua (DC), as cores mais utilizadas são o vermelho (condutor
positivo) e o preto (condutor negativo).
→ Segundo as RTIEBT, as secções dos condutores dos circuitos das instalações eléctricas dos
locais de habitação devem ser determinadas em função das potências previsíveis, sendo os
seus valores mínimos os seguintes:
•A vida útil dos condutores e do seu isolamento dependerá do esforço térmico que vierem a
suportar, isto é , do aquecimento provocado pela passagem de corrente de serviço (IB)
4
→ No quadro seguinte apresentam‐se símbolos utilizados nas designações internacionais de
cabos eléctricos. Este símbolos obedecem ao Documento de Harmonização ‐361
HD do
CENELEC, tendo sido adoptado como Norma Portuguesa com o nº NP ‐2361.
5
→ No quadro seguinte apresentam‐se símbolos para condutores e cabos isolados para
tensões acima de 0,6/1K:
6
Exemplos de cabos/condutores:
7
2.Tubos e canalizações Eléctricas
2.1 ‐ Tubos
8
→ Escolha do tubo a utilizar em função do tipo de aplicação, do número de condutores e
secção:
→ Cada tipo de conduta (tubo) possui determinado código IK (ver tabela de IK em anexo)
Tipos de conduta IK
VD IK07
VRFE IK08
VRM IK08
ERE IK08
ERM IK08
Tubos metálicos IK10
9
→ IK das canalizações e influências externas
• As canalizações devem estar adequadas aos tipos de influências externas a que sejam
sujeitas.
• O valor de IK deve ser apropriado às acções mecânicas que a canalização sofre e a outras
influências externas características desse local
Matéria‐prima: Polipropileno
Obs. Resistência elevada, rapidez na execução, redução
real da mão‐de‐obra.
10
2.2 ‐ Canalizações
O tipo de canalização a empregar deverá ser escolhido de acordo com as condições ambientes
e de utilização do local.
Por outro lado, as canalizações deverão ser estabelecidas de forma a poder ser assegurada a
sua boa exploração e conservação. Assim, deverá ser assegurada a possibilidade de verificação
do estado do seu isolamento, da localização ou reparação de qualquer avaria, da acessibilidade
dos aparelhos de ligação, etc.
A protecção das canalizações contra acções mecânicas deverá ter continuidade assegurada ao
longo de toda a canalização. O número de juntas ou uniões que assegurem a continuidade da
protecção contra acções mecânicas deverá ser limitado ao mínimo possível.
Uma canalização embebida é constituída por condutores isolados ou cabos, rígidos, protegidos
por tubos, os quais por sua vez são embebidos em roços realizados nos elementos da
construção.
O diâmetro da tubagem utilizada nas canalizações embebidas deve ser calculado de forma a
que a soma das secções correspondentes ao diâmetro exterior médio dos cabos não exceda
33% da secção recta interior do tubo.
No traçado das canalizações embebidas nas paredes deverão ser evitados troços oblíquos,
devendo, na medida do possível, estabelecer‐se troços horizontais ou verticais a partir dos
aparelhos intercalados nas canalizações, ao longo dos rodapés, ombreiras e intersecção de
paredes.
11
2.3.2 ‐ Canalizações fixas em superfícies de apoio (canalizações à vista)
São canalizações instaladas sobre uma superfície de apoio (tecto, parede, divisória pavimento,
etc.) ou na sua proximidade imediata, constituindo um meio de fixação.A figura representa
canalização fixa, à vista, em superfícies de apoio, com cabo montado sobre braçadeiras.
12
A figura seguinte indica o raio mínimo de curvatura de cabos constituintes de canalizações
fixas.
É no entanto recomendado que o raio de curvatura não seja inferior a 10 vezes o diâmetro
exterior médio do cabo.
2.3.3 ‐ Caleiras
13
2.3.4 ‐ Caminhos de cabos
Um caminho de cabos é um suporte constituído por uma base contínua, dotada de abas e
normalmente sem tampa.
Os caminhos de cabos devem ser instalados de forma a que o ar possa circular livremente
entre os cabos e de forma a que os mesmos possam ser fixados por braçadeiras de fivela.
Os cabos devem ser espaçados de 2 vezes o diâmetro do cabo mais grosso e devem estar ao
abrigo da incidência solar. No caso de serem dispostos vários caminhos de cabos, uns por cima
dos outros, devem ser espaçados de pelo menos 30 cm de forma a evitar o aquecimento
mútuo.
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2.3.5 ‐ Condutas
Uma conduta é um invólucro fechado, de secção recta circular ou não, destinado à instalação
de condutores isolados ou de cabos por enfiamento. As condutas não circulares podem ser
compartimentadas.
2.3.6 ‐ Travessias
Uma travessia é um elemento que envolve uma canalização e lhe confere uma protecção
complementar na passagem da canalização através de elementos da construção (paredes,
tectos, divisórias, pavimentos, etc.).
‐ Ductos
‐ Galerias
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2.3.7 ‐ Calhas
Uma calha é um invólucro fechado por tampa, que garante uma protecção
mecânica aos condutores isolados ou cabos, os quais são instalados ou
retirados por processo que não inclua o enfiamento, e que permite a
adaptação de equipamentos eléctricos.
‐ Calhas de pavimento
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2.3.8 ‐ Canalizações enterradas
Nas canalizações enterradas apenas poderão ser utilizados cabos rígidos com duas bainhas ou
com uma bainha reforçada (XV, por exemplo), ou com armadura
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2.3.9 ‐ Canalizações em piso técnico
Um piso técnico é constituído por painéis (60 x 60 cm, por ex.) apoiados sobre pedestais,
debaixo dos quais se colocam as canalizações eléctricas e de informática. Os painéis podem ser
levantados, permitindo um acesso total às canalizações.
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- Canalizações em tecto falso
‐ Canalizações subaquáticas
As canalizações subaquáticas poderão ser simplesmente assentes sobre o fundo dos locais
submersos, devendo no entanto ser colocadas de forma a não se afastarem facilmente da
posição de assentamento.
19
CEARTE ‐ Pólo de Cabaços
20
CEARTE ‐ Pólo de Cabaços
Rede de distribuição
Entrada de uma
instalação eléctrica (2)
(1)
Circuitos
KWh finais
Circuitos (2)
DCP
finais
Circuitos
Origem da instalação (*) finais
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CEARTE ‐ Pólo de Cabaços
→ O quadro de entrada deve estar dotado de um dispositivo de corte geral, que corte
simultaneamente todos os condutores activos (fases e neutro).
→A função interrupção pode ser assegurada pelo disjuntor de controlo de potência contratada
quando existir no local.
→A corrente mínima para o aparelho de corte deve ser pelo menos correspondente à potência
prevista para a instalação, com um mínimo de 16A.
(*) Se não existir uma portinhola nem quadro de coluna (instalação colectiva dos prédios) a origem da
instalação é nos ligadores de entrada do aparelho de corte de entrada se estiver a jusante do contador.
22
Leitura da informação técnica do diferencial
Simbologia:
Disjuntor diferencial
Interruptor diferencial
Simbologia:
x
Disjuntor
→ A protecção contra sobreintensidades apenas deverá ser efectuada nos condutores de fase
23
Exº de Quadro de entrada monofásico de uma habitação
1 – Iluminação
2 – Iluminação
3 – Iluminação
4 – Sinalização
5 – Tomadas
6 – Tomadas
7 – Máquina de lavar
8 – Termoacumulador
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Exº de Esquema unifilar do quadro eléctrico de entrada, com diâmetros de tubos, número de
condutores, secções e disjuntores.
25
4.Protecções e Selectividade
Exº Curva característica de um fusível
26
4.1 – Tipos de Disjuntores
Tipo B (equivalente ao tipo L na norma francesa e alemã): o seu limiar de disparo magnético é
muito baixo (ideal para curto – circuitos de valor reduzido).
27
→ Na ausência de defeito:
•Diz‐se que há selectividade dos aparelhos de protecção quando em caso de defeito apenas
actua o aparelho de protecção imediatamente a montante do defeito.
• A intensidade nominal do corta circuito fusível colocado a montante for igual ou maior
a três vezes a intensidade nominal do corta‐circuitos fusível colocado a jusante
(selectividade entre corta‐circuitos fusível).
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Selectividade entre corta‐circuitos fusível
INF1 ≥ 3 x INF2
Exemplo:
IND1 ≥ 2 x IND2
29
Selectividade Parcial
Selectividade Total
30
Selectividade entre disjuntores e corte – circuitos fusível
→ Como se pode ver pelo gráfico, para a mesma intensidade da corrente o fusível actua
primeiro que o disjuntor, assegurando‐se assim a selectividade na protecção eléctrica.
31
* Diferencial geral do tipo S – Protecção selectiva
* *
32
5. Condutor de protecção – Resistência de terra
5.1 ‐ CONDUTORES DE TERRA
→ Se servirem para ligações a um eléctrodo de terra devem ser dotados de terminal, amovível,
que permita verificar a resistência de terra. Devem ser montados em local e por forma que não
fiquem sujeitos a acções mecânicas, ou serão protegidos por tubos, quando tal sujeição for
inevitável (travessias, instalação junto dos pavimentos, etc.).
→ As braçadeiras devem permitir que os condutores fiquem afastados, pelo menos, 5 mm das
paredes ou estruturas onde se apoiam, quando situados‐ em lugares húmidos (locais do tipo
HUM), locais molhados (tipo MOL), lugares poeirentos (tipo POE) ou locais com ambiente
corrosivo (tipo ACO).
33
Exº genérico de interligação do eléctrodo de terra à instalação
→ São constituídos por elementos metálicos, tais como chapas, varetas, tubos, perfilados,
cabos ou fitas de cobre, ferro galvanizado ou outro material condutor resistente à corrosão ou
protegido contra ela por revestimento de boa condutibilidade, e enterrados em condições
convenientes.
→ As canalizações de água bem como quaisquer outras não eléctricas não podem ser
empregue como eléctrodos de terra.
→ Os eléctrodos de terra devem ser enterrados em locais tão húmidos quanto possível, de
preferência em terra vegetal e fora de locais de passagem, e a distância conveniente de
depósitos de substâncias corrosivas que possam infiltrar ‐se no terreno.
34
possíveis. A área de contacto dos eléctrodos com a terra, qualquer que seja o metal que os
constitua, não pode ser inferior a um metro quadrado para chapas (obrigatoriamente em
posição vertical) e para cabos fitas ou outros eléctrodos colocados horizontalmente.
2. Varetas:
3. Tubos:
Para os cabos ou fitas, aquela profundidade não deve ser inferior a 0,60 m.
35
Esquema exemplo de medição:
Nota: Utiliza‐se normalmente o método de medida em linha também chamado método dos
62%, consiste em utilizar dois eléctrodos de terra auxiliares, colocados no mesmo
alinhamento. Um dos eléctrodos, o que se coloca mais distante da terra a medir, serve para
injectar no solo a corrente de medida – chama‐se eléctrodo de injecção de corrente (Z) , o
outro serve para a referência de potencial nulo (Y). O correcto posicionamento dos dois
eléctrodos auxiliares (Z e Y) em relação à terra a medir (X) , tem uma grande importância para
se obter uma leitura correcta. O eléctrodo de potencial nulo (Y) deverá estar a cerca de 62% da
distância XZ. Fazem‐se três medidas com Y colocado mais à direita Y’ ou mais à esquerda Y’’. se
a leitura for igual para as três medidas então esse é o valor da resistência do eléctrodo a medir
(X), se se obtiverem valores diferentes para Y, Y’ e Y’’ então significa que na zona de Y o
potencial não é nulo e há então que afastar mais o eléctrodo Z e repetir as medidas.
36
5.4 ‐ Como diminuir o valor da resistência de terra
→ Enterrar no solo um número de elementos suficiente para que, uma vez ligados em
paralelo, se atinja o valor desejado da resistência de terra, convindo que os vários elementos
fiquem a uma distância entre si de cerca de 2m a 3m, ou, no caso de cabos ou fitas disposto
radialmente, estes formem entre si ângulos não inferiores a 60º;
→ Aumentar a profundidade a que o eléctrodo se encontra enterrado por forma a atingir uma
camada de terra mais húmida e melhor condutora;
37
6. Instalações em Locais Especiais (pontos 700 e seguintes das RTIEBT)
Neste contexto, estabelece regras e exigências especiais para a execução das instalações e
para o uso de equipamentos eléctricos
• As regras técnicas definiram algumas instalações assim como alguns locais como especiais
devido ao elevado risco de electrocussão para as pessoas, bens e animais domésticos e tendo
em atenção duas importantes considerações:
Neste contexto, estabelece regras e exigências especiais para a execução das instalações e
para o uso de equipamentos eléctricos
→ Relativamente aos Locais contendo banheiras ou chuveiros, (ponto 701), as RTIEBT nste
tipo de instalação fazem distinção de 4 volumes diferenciados:
38
→ Dimensões obrigatórias a
considerar dos volumes
relativamente às banheiras
39
→ Em função do volume, poderá ser necessário recorrer separadamente ou em
simultâneo a:
Volume 0
Canalizações • Proibido
Aparelhagem • Proibido
Aparelhos de Utilização • Proibido
Volume 1
• Da classe CII ou isolamento equivalente e só as
Canalizações
indispensáveis para alimentar aparelhos neste volume
Aparelhagem • Só interruptores de circuitos a TRS (com cordão isolante)
• Só aparelhos de aquecimento de água protegidos por DR
Aparelhos de Utilização
com IΔn≤30mA
Volume 2
• Da classe CII ou isolamento equivalente e só as
Canalizações indispensáveis para alimentar aparelhos nos volumes 2 ou
1
• Só interruptores de circuitos a TRS (com cordão isolante)
• Só tomadas alimentadas a TRS
Aparelhagem
• Só tomadas alimentadas por transformador de
separação da CII
• Só aparelhos de aquecimento de água protegidos por DR
com IΔn≤30mA
• De iluminação, se da classe CII ou protegidos por DR com
IΔn≤30mA
Aparelhos de Utilização
• De climatização ambiente, se da classe CII ou protegidos
por DR com IΔn≤30mA
• Banheiras de hidromassagem com tensão de
funcionamento não superior a 50 V em CA ou 120 V em CC
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Volume 3
• Da classe CII ou isolamento equivalente e só as
Canalizações indispensáveis para alimentar aparelhos nos volumes 3, 2
ou 1
• Protegida por DR com IΔn≤30mA
• Alimentadas a TRS
Aparelhagem
• Alimentada individualmente por transformador de
separação
• Protegidos por DR com IΔn≤30mA
Aparelhos de Utilização • Da classe CII
• Da classe CIII se alimentados a TRS
• Obras públicas;
• Trabalhos de terraplanagem;
• Competência mais usual das pessoas – (comuns, que podem não ter consciência dos
graves riscos que podem existir nestes locais);
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Protecção contra contactos Directos Protecção contra contactos indirectos
Protecção por isolamento das partes
Considerar UL≤ 25V
activas
Protecção por barreiras ou invólucros Para tomadas usar uma das seguintes
Protecção por obstáculos medidas de protecção:
(apenas por períodos curtos) - Protecção diferencial com IΔn≤ 30
Protecção por colocação fora do alcance mA
(só para linhas aéreas e desde que - Protecção por TRS
cumpram distâncias regulamentares) - Protecção por separação eléctrica
Canalizações:
Equipamento de utilização:
3) Tomadas;
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7. Bibliografia/Fontes Consultadas
O autor deste manual recorreu a textos integrais, fotos e imagens retirados da página de
Licínio Pereira Araújo
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