TCC Rodrigo Lemos Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos
TCC Rodrigo Lemos Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos
TCC Rodrigo Lemos Clínica e Cirurgia de Cães e Gatos
Canoas
2006
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Canoas
2006
3
Aprovado por:
___________________________________
Professor Supervisor
___________________________________
Professor membro da Banca
___________________________________
Professor membro da Banca
Canoas
Dezembro de 2006
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AGRADECIMENTOS
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SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS......................................................................................06
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................07
LISTA DE TABELAS.................................................................................................08
INTRODUÇÃO...........................................................................................................09
1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...........................................................................12
CONCLUSÃO............................................................................................................28
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...............................................................................30
ANEXOS....................................................................................................................XX
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LISTA DE ABREVIATURAS
Diâmetro
FA Fosfatase alcalina
FC Freqüência cardíaca
fl Fentalitros
FR Freqüência respiratória
VR Via Retal
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LISTA DE FIGURAS
Figura xx: Aspecto do intestino à laparotomia (A), retirada parcial do corpo estranho
(B) e (C) e fragmento ósseo retirado (D)......................................................................xx
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO
de 2006 a 22 de setembro de 2006 com carga horária total de 324 horas tendo como
uma secretaria acadêmica, seis salas de aula, sala com armários e vestiários para
serviços gerais, quatro consultórios, setor de Diagnóstico por Imagem com sala de
plantonistas que contam com quartos masculino, feminino e para professores com
A ala de internação é composta por uma sala de CTI para pacientes que
três canis, um gatil, 2 solários para caninos e uma sala para estoque de rações.
animais. Cinco médicos veterinários auxiliam nas atividades da rotina e outros dois
realizam os plantões noturnos. O Bloco Cirúrgico é assistido por uma técnica e duas
estagiárias.
boxes dos canis e gatil do HV-UPF e ainda ajudam no manejo dos pacientes
internados.
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1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Cirúrgica, sendo que nos turnos em que não haviam procedimentos nos referidos
horas aos finais de semana, nos quais o estagiário realizava o tratamento dos
11% 2%
13% Bloco Cirúrgico
Plantão Noturno
Internação
Isolamento
74%
100
80 Caninos
Felinos
60 Bovinos
Suínos
40 75
1
20 16 1
proprietário era alertado pelo clínico quanto aos riscos dos procedimentos
do mesmo.
nas fichas de internação eram prescritas as condutas pertinentes a cada caso. Com
necessário.
Músculo
Esquelético
10 10 Digestivo
10 10 Tegumento
Comum
Genito-Urinário
20 Nervoso
30
Respiratório
Fatia 7
Figura 5: Procedimentos acompanhados no período divididos por sistemas.
20
três meses o canino “Urso” deu entrada no HV-UPF para ser realizado o
idade e 5 kg, sendo reavaliado clinicamente nesta data e observado que não houve
Monócitos 890 05
venoso foi mantido por infusão de 10 ml/kg/h de solução de Ringer com Lactato de
posicionado em decúbito dorsal com a região lombar mais elevada o reto foi ocluído
com tampão de gaze. A seguir foi colocado o campo de quatro panos fixado por
sonda nº 6.
Prepúcio
Pênis
Testículos
Uretra
Ânus
Em uma primeira etapa foi realizada uma incisão transversal no períneo para
direcionado para a luz intestinal e o espaço morto reduzido com padrão contínuo
simples com mesmo fio. A pele foi suturada com fio de poliamida monofilamentoso
com fio de poliglactina 910 multifilamentoso 5-0 agulhado como mostra a Figura 8.
padrão Wolff nas áreas com maior tensão e pontos isolados simples adicionais para
pênis com ligadura transfixante envolvendo os vasos dorsais para que o corpo do
três pinças conforme ilustra a Figura 9, sendo aplicadas duas ligaduras ao cordão
multifilamentoso 3-0 agulhado. O espaço morto foi reduzido com padrão Sultan e fio
padrões Wolff (Figura 10) e isolado simples com fio de poliamida monofilamentoso
simples com fio de poliamida monofilamentoso 5-0 agulhado e a sonda uretral foi
afixada à pele por uma sutura tipo sandália de bailarina com fio de poliamida
morfina e cefalotina sódica nas doses, vias e freqüências de 2 mg/kg SC SID, 0,3
uretral fosse afixada à pele por sutura tipo sandália de bailarina e protegida por
foi utilizado o bloqueio local da pele e tecido subcutâneo com 4 mg/kg de cloridrato
de lidocaína.
para retirada dos pontos após 8 dias. O proprietário foi alertado quanto aos
lavagem da sonda com solução salina 0,9% para evitar obstruções, limpeza da
constatada cicatrização em primeira intenção como pode ser visto na Figura 12.
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HV-UPF trazida pela proprietária que observou que vinham ocorrendo há seis dias
e dificuldade para subir escadas e para se deitar. Durante a anamnese foi citado
também que a proprietária havia medicado a paciente com uma única aplicação de
vezes ao dia durante cinco dias. Houve leve melhora após as aplicações de tilenol e
buscopam.
segundo de TPC, mucosas rosadas, 120 bpm, pulso normal e regular e não haviam
clínico.
5 dias e cloridrato de tramadol 100 mg/ml 8 gotas VO TID/ 7 dias e agendado retorno
Na reavaliação foi descrito que houve melhora durante os primeiros dois dias
posteriores. Foi realizada nova avaliação neurológica que revelou evolução negativa
do caso evidenciada pela ataxia observada e pela resposta inibida nos membros
compressão medular entre T11 e L2. Como terapia foram prescritos um comprimido
420.000 plaquetas/µl, PPT 8,4 g/dl, uréia sérica 58mg/dl, creatinina sérica 0,5 mg/dl,
por acesso na veia cefálica com cateter de poliuretano nº 22 e mantido pela infusão
nº 6,5.
tubos de vidro (um com e outro sem anticoagulante) como demonstrado na Figura x.
qual foi definido o protocolo anestésico com MPA à base de 0,05 mg/kg de maleato
da região dorsal.
clorhexidine 0,5% para que fosse colocado o campo de quatro panos. Os campos
foram fixados à pele com pinças de campo tipo Backhaus e o local da lesão foi
identificado pela colocação de uma agulha hipodérmica duas vértebras caudais para
subcutâneo com tesoura de Metzenbaum atingiu-se a fáscia dorsal e esta foi incidida
também com bisturi. Aos vasos sangrantes do tecido subcutâneo foram aplicadas
pinças hemostáticas que posteriormente foram retiradas por torção. Para expor o
arco dorsal das vértebras foi realizado o afastamento da musculatura lombar com o
hemorragia existente.
Para desgaste da lâmina óssea foi utilizada uma broca acoplada a um motor
elétrico e enquanto ocorria o desgaste a área era irrigada com solução salina 0,9%
canal medular pôde-se observar a compressão ventral por conteúdo discal extruso e
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observada na Figura x.
curetas odontológicas e a hemostasia por compressão manual. Por fim foram feitas
quatro lavagens com solução salina 0,9% no sítio operatório para retirada de
quaisquer debris com o cuidado de não gotejar diretamente sobre a medula espinhal
deve ter o êmbolo tracionado e depois fixado com uma agulha 40x12 para manter o
vácuo do sistema e deve ser colocado por orifício na pele independente da ferida
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cirúrgica. Esta seringa deve ser trocada três vezes ao dia ou mais, conforme a
drenagem observada.
contínuo simples com fio de poliglactina 910 multifilamentoso 3-0 e na dermorrafia foi
agulhado. O dreno de sucção foi fixado à pele por sutura tipo sandália de bailarina
com fio de seda 2-0 agulhado e a ferida cirúrgica foi protegida por compressas de
Voltou a caminhar...
37
A proprietária da canina “Hanna”, uma fêmea da raça Poodle toy com 1 ano e
Ao exame clínico foi constatado bom estado geral da paciente apesar desta
regular, após sondagem vesical a urina coletada tinha aspecto normal e não havia
inguinal.
da limpeza das feridas cutâneas com solução a 0,1% de PVPI diluído em solução
gaze posicionadas por ataduras de crepom e esparadrapo TID. Como analgesia foi
cada 6 horas.
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lateral revelou a luxação da articulação tíbio-társica como pode ser visto na Figura x
da articulação por transfixador externo que foi realizado após quatro dias devido à
além da troca duas vezes ao dia de curativos nos quais as lesões eram higienizadas
com solução salina 0,9%, recebiam solução de nitrofurazona tópica 0,2% e eram
região. Para a indução do plano anestésico foram aplicados 0,6 mg/kg de cloridrato
efeito com fluxo de oxigênio de 0,5 l/min em sistema circular. A fluidoterapia durante
uma compressa de gaze e o cirurgião colocou uma bota plástica estéril para cobrir a
extremidade do mesmo.
Foi realizado o acesso cirúrgico por incisão de pele na face lateral da região
O acesso medial foi feito pela curetagem com bisturi da laceração cutânea e
Foram colocados pelo acesso lateral três fios de Kirschner na tíbia (sendo o
osso calcâneo, um fio de Kirschner rosqueado no tarso e um fio de Kirschner liso nos
metatarsianos que foram dobrados com alicates e unidos com fio de aço nº 1 para
solução salina 0,9% em temperatura ambiente para evitar o aquecimento dos fios de
Kirschner.
resfriada.
agulhado.
sódica IV; 2 mg/kg de cetoprofeno SC SID repetido durante três dias mas reduzido
de quatro em quatro horas no primeiro dia e QID a partir do segundo dia pós -
operatório.
de zinco e citronela nas feridas que deviam ser protegidas por compressas de gaze e
resina acrílica.
5 mg/kg de enrofloxacina VO BID durante quinze dias e limpeza dos pontos e outras
feridas duas vezes ao dia com solução salina 0,9% seguida de aplicação de pomada
O retorno para retirada de pontos foi agendado para dez dias após o
procedimento.
A canina “Luna”, uma fêmea da raça Pit Bull com 7 meses e 16 kg foi trazida
durante a manhã do dia da consulta, não sendo medicada pela proprietária. Durante
ausculta torácica a FC era de 100 bpm e a FR 22 mpm, com pulso regular e normal.
Suspeita de GEV.
O procedimento foi realizado poucas horas após o atendimento e para tal foi
realizada ampla tricotomia do abdômen e o acesso venoso foi mantido pela infusão
mg/kg de sulfato de morfina, ambos IV. A indução anestésica foi obtida com a
utilizada sonda nº 8,0. A manutenção da anestesia foi obtida com isoflurano ao efeito
com 0,4 l/min de oxigênio em sistema circular e administração por bomba de infusão
mediana ventral pela incisão de pele com bisturi na região mesogástrica seguida de
permitindo a incisão da linha Alba com bisturi e a ampliação com tesoura de Mayo.
distal à lesão ocluídos com os dedos. O cirurgião fez uma incisão longitudinal na
retirado com auxílio de uma pinça hemostática conforme pode ser visto na Figura x.
A B
C D
incisão no intestino foi suturada em padrão isolado simples com fio de poliamida
Para a omentalização foi usado o mesmo fio em padrão Wolff (Figura x).
Figura x: Omentopexia.
cavidade abdominal foi lavada com solução salina 0,9% e seca com novas
compressas de gaze.
50
glicose 50% e complexo de frutose?. Foi mantido o jejum sólido da paciente por 24
O felino SRD “Back Cat”, macho, de oito meses de idade e com 3,3 kg foi
atendido no HV-UPF trazido pela proprietária que observou uma laceração cutânea
na face plantar do tarso direito quando o animal retornou após ficar uma semana
desaparecido.
à ausculta torácica.
mg/kg IM. Depois de anestesiado o paciente foi avaliado e podia ser observada a
descartaram lesões aos tecidos moles adjacentes pela presença de uma área
dosagem de PPT.
1,5 mg/kg e 15 mg/kg, ambos pela via SC e realizada limpeza da ferida com solução
cetoprofeno por mais dois dias SID e de ampicilina sódica por um total de doze dias
TID.
zolazepam e cloridrato de tiletamina na dose de 5 mg/Kg, todos por via IM. Após a
iniciou-se o debridamento com bisturi dos bordos da ferida que seguiu pelos planos
tecido cicatricial presente. A ferida cirúrgica foi lavada repetidas vezes com solução
de Ringer com Lactato e PVPI a 1% e por fim com solução de cloreto de sódio 0,9%
agulhado.
realizada através de acesso escrotal, pela técnica de três pinças e método aberto,
e uma transfixada com fio de poliamida monofilamentoso 3-0 agulhado aos cordões
foram liberados.
a sutura e o membro foi imobilizado sendo envolvido com algodão ortopédico para
tala no paciente.
duas vezes ao dia mediante limpeza dos pontos com solução de cloreto de sódio
SC.
partir de então a ferida foi tratada com curativo diário com pomada à base de
alantoína, clorexidina, óxido de zinco e citronela após limpeza com solução salina
movimentos de extensão e flexão durante quinze minutos três vezes ao dia após a
cura completa da ferida cutânea que ocorreu vinte dias após a realização do
procedimento.
ambulação do paciente e que o mesmo conseguia correr e pular após uma semana
de fisioterapia.
58
CONCLUSÃO
59
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Barker, I. K.; Van Dreumel, A. A.; Palmer, N. The Alimentary System. The Intestine.
Intestinal Obstruction. In: Jubb, K. V. F.; Kennedy, P. C.; Palmer, N. Pathology of
Domestic Animals. 4.ed. Vol 2. San Diego: Academic Press,1993.
Acessados em 02.09
Abma 1
http://www.abma.com.br/2005/internas/trabalhos/pdfs/049.pdf
Abma 2
http://www.abma.com.br/2005/internas/trabalhos/pdfs/016.pdf
ivis 1
http://www.ivis.org/advances/Concannon/meyers_es/ivis.pdf#search=%22hipospadia%20cani
no%22
61
Acta cirurgica
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502003000400011
ANEXOS