Apocalipse

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REVELANDO OS MISTÉRIOS DO APOCALIPSE

PROFº JOÃO CLAUDIO RUFINO

AULA 01- O QUE É A LITERATURA APOCALIPTICA?


Antes de mais nada é importante saber que o Apocalipse é um livro que não dá para ser
entendido fora do seu contexto.
Na aula de hoje veremos:
1- TERMINOLOGIA FUNDAMENTAL
2- O QUE É APOCALIPSE?
3- O QUE É UM GENERO LITERÁRIO?
4- ELEMENTOS DO GENERO LITERÁRIO APOCALIPTICO
5- EXEMPLOS DE LIVROS APOCALIPTICOS DA BÍBLIA E APÓCRIFOS

1- TERMINOLOGIA FUNDAMENTAL
A palavra Apocalipse é grega apocalipses; Apo (preposição: “para longe de...”) + kálypsis
(vem do verbo: kálypto, significa: “cobrir”, “esconder”, “ocultar”, “velar”).
Apocalipse então significa REVELAÇÃO.

2- O QUE É APOCALIPSE?
No senso comum, essa palavra designa: “destruição”, “fim do mundo”. Mas, na realidade,
apocalipse é um gênero literário e não apenas um livro.
O primeiro uso atestado do termo para se referir a uma obra literária está no versículo de
abertura do livro do apocalipse, “A apocalipse de Jesus Cristo”.

3- O QUE É UM GÊNERO LITERÁRIO?


Um grupo de textos escrito, marcados por características recorrentes distintas que
constituem um tipo de escrita reconhecível e coerente.
Embora os “apocalipses” compartilhem elementos fundamentais do gênero literário, não
necessariamente estão historicamente relacionados ou derivados de um protótipo comum.

4- ELEMENTOS DO GÊNERO APOCALIPTICO.


Os elementos fundamentais podem ser divididos em dois tipos: (A) a estrutura da
revelação; (B) o seu conteúdo.

A- A estrutura da revelação:
a.1- Visionário: por quem a revelação é comunicada. Ela pode ser mediante uma visão ou
uma epifania.
As epifanias são sempre seguidas de revelação auditiva, elas podem ter a forma de: discurso
(discurso ininterrupto do mediador), ou diálogo (em que há conversa entre o mediador e o
destinatário, geralmente na forma de perguntas e respostas).
a.2- Jornada sobrenatural:
Quando o visionário viaja pelo céu, inferno ou regiões remotas além do mundo normalmente
acessível. A revelação no curso de uma jornada geralmente é predominantemente visual.
a.3- Escrita: quando a revelação está contida em um documento escrito, geralmente um
livro celestial.
a.4- Mediador de outro mundo:
Frequentemente, a mediação consiste em interpretar uma visão, mas também pode assumir a
forma de discurso direto ou simplesmente guiar o destinatário e direcionar sua atenção para a
revelação.
O mediador é mais frequentemente um anjo, ou em alguns textos cristãos, Cristo.
a.5- Um receptor humano da revelação:
Pseudônimo: o destinatário é geralmente identificado como uma figura venerável do
passado. Alguns apocalipses cristãos não são pseudônimos.
A disposição do destinatário observa as circunstâncias e o estado emocional em que a
revelação é recebida.
A reação do destinatário geralmente descreve a admiração e/ou perplexidade do destinatário
confrontado com a revelação.

B- O seu conteúdo:
b.1- Protologia:
Assuntos que tratam do início da história ou da pré-história.
Teogonia, em textos gnósticos, descrevendo a origem do pleroma e/ou cosmogonia
descrevendo a origem do mundo.
Eventos primordiais que têm um significado paradigmático para o restante da história (por
exemplo: o pecado de Adão).
A história pode ser vista como: recordação do passado (mera retomada do passado), ou Ex
Eventu (profecia em que a história passada é disfarçada de futuro e tão associada às profecias
escatológicas).
b.2- A salvação atual através do conhecimento:
É uma das principais formas de salvação nos textos gnósticos e os distingue
significativamente de outros apocalipses.
b.3- Crise escatológica: marcada por perseguições (mera retomada do passado...) e outros
transtornos escatológicos, que perturbam a ordem da natureza ou da história.
b.4- Julgamento escatológico e/ou destruição:
PECADORES O MUNDO SERES ESPIRITUAIS
Geralmente, opressores, mas As forças de satanás ou
Que perturbam a ordem da
nos textos gnósticos, os belial, ou outros poderes do
natureza ou da história.
ignorantes. mal.
b.5- Salvação escatológica: é a contrapartida positiva do julgamento escatológico. Como o
julgamento é sempre provocado por meios sobrenaturais.
Pode envolver: transformação cósmica (todo o mundo renovado) e salvação pessoal (que
pode fazer parte da transformação cósmica ou ser independente dela).
Por sua vez, isso pode assumir a forma de: a ressurreição do corpo, ou outro tipo de
forma depois da vida (arrebatamento, ascensão com os anjos).
b.6- Elementos sobrenaturais:
Podem ser pessoais ou impessoais e bons ou ruins. (Bem e Mal).
As regiões sobrenaturais são descritas especialmente nas jornadas sobrenaturais, mas
também em listas de coisas reveladas em outros contextos. Novamente, eles podem ser avaliados de
maneira positiva ou negativa. Os textos gnósticos avaliam os céus inferiores negativamente.
Anjos e demônios.
b.7- Parênese: uma exortação do mediador ao destinatário no decorrer da revelação é
relativamente rara e é proeminente apenas em alguns apocalipses cristãos.
b.8- Elementos de conclusão:
Instrução ao destinatário: estes são distintos da parênese e vêm após a revelação como
parte da estrutura final: por exemplo, eles dizem ao destinatário para ocultar ou publicar a
revelação.
Conclusão narrativa: isso pode descrever o despertara ou o retorno à terra do destinatário,
a partida do revelador ou as ações consequentes dos destinatários. Em alguns textos gnósticos,
encontramos referências à perseguição dos destinatários por causa da revelação.

5- EXEMPLOS DE OBRAS DO GÊNERO LITERÁRIO APOCALIPTICO


No Antigo Testamento: livro de Daniel, partes do livro de Malaquias e Zacarias. No Novo
Testamento, em quase todos os livros há presença da Literatura Apocalíptica.
Apócrifos: existem 14 livros apocalípticos datados do período do Antigo Testamento: livro
de Enoque, 2 Enoque, livro dos Jubileus, 4 Esdras, 2 Baruc, Apocalipse de Abraão, Testamento de
Abraão, Testamento de Levi, Apocalipse de Sofonias, Testamento de Moisés. E existem vários
livros que contém influência muito grande da literatura apocalíptica em apócrifos do Novo
Testamento: Apocalipse de Pedro, O pastor de Hermas, A ascensão de Isaías.

AULA 02- O CONTEXTO DO APOCALIPSE DE SÃO JOÃO


Na aula de hoje veremos:
1- Como o povo da Bíblia pensava a história e sua relação com Deus, antes da apocalíptica?
2- Quando a literatura apocalíptica começou a influenciar o povo da Bíblia?
3- A influência dos persas.
4- A violência da dominação helênica.
5- A perseguição no tempo dos primeiros cristãos.
6- A autoria do Apocalipse
7- Qual o propósito do Apocalipse de João?

1- COMO O POVO DA BÍBLIA PENSAVA A HISTÓRIA E SUA RELAÇÃO COM DEUS,


ANTES DA APOCALÍPTICA?
Nem sempre, a apocalíptica foi o modo de entender a história e a relação com Deus, para o
povo da Bíblia.
No princípio, para o homem bíblico, a vida era para ser vivida aqui na terra. Não havia a
noção de uma vida além dessa.
O sonho era ter uma terra, uma família fecunda, uma posteridade numerosa e prosperar.
Salmo 128 (127).
DEUS  ALIANÇA  ISRAEL
Juízes e Profetas
OBEDIÊNCIA  Bênção  Futuro Bom
DESOBEDIÊNCIA  Maldição  Futuro Ruim
A história era cíclica.

Mas isso começou a mudar...

2- QUANDO A LITERATURA APOCALÍPTICA COMEÇOU A INFLUENCIAR O POVO


DA BÍBLIA?
3- A INFLUÊNCIA DOS PERSAS.
A Religião Persa
Zaraustra, também conhecido na versão grega de seu nome Zoroastro foi
um “profeta” e poeta nascido na Pérsia (atual Irã) no século VII a.C.
O Zoroastrismo tinha uma perspectiva monoteísta, marcado por um
profundo dualismo cosmológico.
A religião fundada por Zoroastro foi a primeira grande religião mundial e
teve influência significativa em outros sistemas religiosos e filosóficos,
incluindo as religiões abraâmicas, o budismo, o gnosticismo e a filosofia
grega.
Alguns pontos básicos da visão apocalíptica do zoroastrismo sobre a
história:
 A história é uma luta entre um princípio do bem e um princípio do
mal;
 Haverá um juízo sobre essa história, esse juízo será um holocausto
cósmico;
 Haverá um julgamento individual após a morte e um julgamento universal do cosmo, após a
ressurreição;
 A doutrina de Zaraustra é apocalíptica. De acordo com os seus preceitos, o mundo duraria
doze mil anos.
Deste modo, os apocalipses EXCLUEM a colaboração direta do povo pois tudo está previsto de
antemão...
“Deus mediu as horas com uma medida e contou os tempos segundo suas cifras. Ele não as
modifica e não as desperta antes que a medida anunciada se realize” IV Esdras 4,37.
Esta é uma visão DETERMINISTA!

Quando esse modo de pensar e se


expressar influenciou o povo da
Bíblia? (Império Grego)

LIVRO DE DANIEL

A apocalíptica influenciou o Povo da


Bíblia, sobretudo, na faixa de tempo de
200 a.C até 200 d.C.
4- A AUTORIA DO APOCALIPSE
Apocalipse 1,1-2 identifica seu autor como João. (Apoc. 1,1-2.4.9).
Os pesquisadores observam que existem três possibilidades para o significado da
identificação do livro de João:
1- O livro tinha um autor que é João;
2- O livro teve vários autores, um dos quais é João;
3- O livro foi composto pela comunidade joanina e, portanto, é pseudo-epígrafo.

O Império Romano:

A Judéia era dominada pelo Império


Romano na época de Jesus e da Igreja
Primitiva.

As perseguições:

Nero (37-68 d.C.);


Domiciano (81-96 d.C.), foi imperador
romano de 14 de setembro de 81 até a
sua morte a 18 de setembro de 96.

5- DESTINATÁRIOS:
As Igrejas da Ásia Menor.
1- Éfeso (Apoc. 2,1-7);
2- Esmirna (Apoc. 2,8-11);
3- Pérgamo (Apoc. 2,12-17);
4- Tiatira (Apoc. 2,18-29);
5- Sardes (Apoc. 3,1-6);
6- Filadélfia (Apoc. 3,7-13);
7- Laodicéia (Apoc. 3,14-22).

6- QUAL O PROPÓSITO DO APOCALIPSE DE JOÃO?


Seu propósito principal é confortar a igreja em seu conflito contra as forças do mal (Império
Romano).
O livro está cheio de consolações para os cristãos afligidos. A eles é dito:
a) Que Deus vê suas lágrimas (7,17; 21,4);
b) Suas orações produzem verdadeiras revoluções no mundo (8,3-4);
c) Sua morte é preciosa aos olhos de Deus (14,13);
d) Sua vitória é assegurada (15,2);
e) Seu sangue será vingado (6,9; 8,3);
f) Seu Cristo governa o mundo em seu favor (5,7-8);
g) Seu Cristo voltará em breve (22,17).

AULA 03- A ESTRUTURA DO APOCALIPSE DE SÃO JOÃO


Na aula de hoje veremos:
1- COMO É A ESTRUTURA DO APOCALIPSE?
2- CADA UMA DAS SETE SEÇÕES.

A ESTRUTURA

O livro de Apocalipse é dividido em 5 partes principais:


1 Prólogo, ou introdução 1,1-8
2 “As coisas que viste” fala do que estava acontecendo naquele momento 1,9-20
3 “As coisas que são” se refere às cartas que João começava a escrever 2,1-3,22
4 “As coisas que hão de acontecer depois destas”, ou seja, todo o restante do livro 4,1-22,5
5 Epílogo ou o final do livro 22,6-21

AS SETE SEÇÕES
Elas estão divididas em dois grandes períodos (1-11) e (12-22).
A primeira descreve a perseguição do mundo e ímpios e a segunda a perseguição do
dragão e seus agentes.

1ª seção (1-3) – Os sete candelabros.


Qual é a lição dessa seção?
 Cristo tem o controle da igreja em suas mãos.
 Existe aqui uma descrição do Cristo que morre, ressuscita e vai voltar (1,5-7).
 A morte e ressurreição de Cristo é entendida como começa da era cristã enquanto o
juízo final é o término.

2ª seção (4-7) – Os setes selos.


Qual é a mensagem dessa seção?
 Cristo tem o controle da história em suas mãos (5,5).
 Aparece aqui Sua morte (5,6), mas essa seção se encerra com uma cena da segunda
vinda de Cristo (6,6-12; 7,9-17).
Nessa parte, está presente a impressão produzida nos incrédulos pelo segunda vinda (6,16-
17). Depois a felicidade dos salvos (7,16-17).
A segunda seção é uma reiteração da primeira.
Sua revelação vai do princípio ao fim dos tempos, ao juízo final.
E é mostrada a diferença entre os remidos e os perdidos.

3ª seção (8-11) – As sete trombetas.


Nesta visão, aparece a igreja vingada, protegida e vitoriosa.
Tendo começado com o Senhor, como sumo sacerdote em 8,3-5, chega-se até o juízo final
em 10,7; 11,15-19.
Uma vez mais, aqui se trata das mesmas coisas:
 O Senhor e sua igreja e o que lhe sucede no mundo.
 O juízo final.
 Os redimidos e os perdidos.
As trombetas são avisos, antes do derramamento completo das taças da ira de Deus. Antes
da punição, o Senhor sempre avisa.

4ª seção (12-14) – A tríade do mal.


Mais uma vez, a narrativa volta ao início, o nascimento de Cristo (12,5).
Depois aparece a perseguição do dragão a Cristo e a igreja (12,13).
A besta e o falso profeta emergem (13,11s).
Em 14,8.14-20, há uma cena clara do juízo final.

5ª seção (15-16) – As sete taças.


Uma descrição das sete taças é feita, representando a visitação final da ira de Deus sobre os
que permanecem impenitentes.
A cena começa no céu, relatando o Cordeiro com seu povo.
No capítulo 16 é elaborada uma descrição espantosa do juízo (16,15-20).
Aqui, a destruição é completa.

6ª seção (17-19) – A derrota dos agentes do dragão.


Aqui, há um relato da destruição dos aliados do dragão: a meretriz (18,2), a besta e o falso
profeta, os seguidores da besta; em contrapartida, a igreja é apresentada como esposa de
Cristo (19,20).
A grande festa das núpcias ocorre.
O juízo final achegou outra vez, é uma grande distinção entre redimidos e perdidos, ocorre
novamente.
Em Apocalipse 19, há uma descrição detalhada da gloriosa vinda de Cristo (19, 11-21).

7ª seção (20-22)
Essa seção mostra o Reinado de Cristo com as almas dos santos no céu e não o milênio na
terra depois da segunda vinda.
Apocalipse 20 começa na primeira vinda e não depois da segunda vinda.
Nesse momento, temos a descrição do juízo final (20,11-15). Após isso, vemos os novos
céus e a nova terra e a igreja reinando com Cristo para sempre.

O ESTUDO DAS ESTRUTURAS DOS LIVROS DA BÍBLIA É FUNDAMENTAL.

AULA 04- OS PRINCIPAIS SÍMBOLOS DO APOCALIPSE DE SÃO JOÃO: REVELADOS


Na aula de hoje veremos:
1- AS CORES
2- OS NÚMEROS
3- OS ELEMENTOS DA NATUREZA E DO UNIVERSO
4- ELEMENTOS DO MUNDO ANIMAL
5- OS SÍMBOLOS ORIUNDOS DE COISAS PERTENCENTES ÀS INSTITUIÇÕES
6- OS ELEMENTOS DO CORPO E DA VIDA HUMANA
7- OS ELEMENTOS DE JERUSALÉM E SEU TEMPLO
8- OS ELEMENTOS DO IMPÉRIO ROMANO

1- CORES
BRANCO (Ap. 6,2): vitória, glória, alegria, pureza.
VERMELHO (Ap. 6,4): sangue, fogo, guerra, perseguição.
AMARELO-ESVERDEADO OU BAIO (Ap. 6,7): cor de cadáver que se decompõe,
doença.
PÚRPURA E ESCARLATE, VERMELHO VIVO (Ap. 17,4): luxo e dignidade real.
PRETO (Ap. 6,5): fome, morte.

2- OS NUMEROS

3: três vezes é o superlativo hebraico: plenitude (Ap. 21,13) e santidade (Ap. 4,8): 3x Santo.
4: número cósmico: os 4 cantos da terra, toda a terra (Ap. 4,6; 7,1; 20,8); os 4 elementos do
universo (terra, fogo, água e ar); quadrangular (Ap. 21,16), sinal de plenitude e de perfeição.
7: composição de 3+4, indica plenitude, perfeita, totalidade (Ap. 1,4).
A metade de 7 é 3,5 (Ap. 11,9). As vezes se diz um tempo, dois tempos, meio tempo (Ap. 12,14;
Dn 7,25), isto é, três anos e meio.
É a duração limitada das perseguições. É o tempo controlado por Deus.
12: é 3x4, número de perfeição e de totalidade (Ap. 21,12-14).
24: é 2x12. Os 24 anciãos (Ap. 4,4), isto é, representantes do povo do AT (12 tribos) e do povo do
NT (12 apóstolos), ou seja, a totalidade do povo de Deus.
42: 42 meses (Ap.11,2) é igual a três anos e meio, e igual a 1260 dias (Ap. 12,6), isto é, a metade
de sete anos. Indica o tempo limitado por Deus.
144: é 12x12 (Ap. 21,17), sinal de grande perfeição e totalidade.
666: é o numero da besta (Ap.13,18). Em grego e em hebraico cada letra tinha um valor numérico.
O número de um nome era o total do valor numérico de suas letras.
O número 666 é do nome Cesar-Neron, conforme o valor das letras hebraicas, ou de César-Deus,
conforme o valor das letras gregas. E também o número de maior imperfeições: seis não alcança
sete, é a metade de doze, e isto por três vezes.
1000: designa um prazo de tempo cumprido e completo.
Reino de mil anos (Ap. 20,2). As combinações: 7x1000 (7000, Ap. 11,13); 12x1000 (12000, Ap.
7,5-8); 144x1000 (144000, Ap. 7,4).
3- OS ELEMENTOS DA NATUREZA
a) SOL E LUA: vestida com o sol, a lua debaixo dos pés (Ap. 12,1), criação servindo ao povo de
Deus;
b) ESTRELA (Ap. 1,16): anjo ou coordenador da comunidade (Ap. 1,20);
c) ESTRELA DA MANHÃ (Ap. 2,28): Jesus fonte de esperança (Ap. 22,16);
d) ARCO-ÍRIS (Ap. 10,1): símbolo da onipotência e da graça de Deus. Evoca a aliança de Deus
com Noé (Gn. 9,12-17).
e) MAR (Ap. 13,1): caos primitivo (Gn. 1,1-2), lugar de onde sai a besta fera, símbolo do mar.
f) ABISMO (Ap. 9,2): lugar debaixo da terra, onde os espíritos maus ficam presos.
g) ÁGUA DA BOCA DA SERPENTE, O VÔMITO (Ap. 12,15): império romano.
h) EUFRATES (Ap. 9,14): região de onde costumam vir os invasores Partos.
i) CRISTAL (Ap. 4,6; 22,1): clareza e esplendor, transparência, ausência do mal.
j) PEDRAS PRECIOSAS (Ap. 21,19-20): raridade, beleza, valor.
k) PEDRA BRANÇA (Ap. 2,17): usado pelo juiz no tribunal para declarar alguém inocente.
l) OURO (Ap. 1,13): riqueza.
m) FERRO, CETRO DE FERRO (Ap. 2,27): poder.
n) PALMA (Ap. 7,9): triunfo.
o) DUAS OLIVEIRAS (Ap. 11,4): personagens importantes. Evocam a visão de Zacarias (Zc 4,3-
14).

4- OS ELEMENTOS DO MUNDO ANIMAL


a) DRAGÃO (Ap. 12,3) ou antiga serpente (Ap. 12,9): poder do mal hostil a Deus e a seu povo.
b) BESTA FERA que sobe do abismo (Ap. 11,7) ou do mar (Ap. 13,1): Nero ou o império romano.
c) BESTA FERA QUE SAI DA TERRA (Ap. 13,11): o falso profeta que propaga o culto ao
imperador. O dragão, a besta fera do mar e a besta fera da terra são uma caricatura da Trindade. O
anti-Deus, o anticristo e o antiespírito (falso profeta).
d) PANTERA, LEÃO e URSO (Ap. 13,2): crueldade, sem misericórdia. Evoca a visão de Daniel
(7,4-6).
e) CAVALOS (Ap. 6,2-7): poder, exército que arrasa. Evocam a visão de Zacarias (Zc 1,8-10).
f) CORDEIRO (Ap. 5,6): indica Jesus. Evoca o cordeiro imolado na saída do Egito (Ex. 12,1-14).
g) LEÃO, TOURO, HOMEM, ÁGUIA, OS QUATRO SERES VIVOS, literalmente animais (Ap.
4,6-7): indicam os quatro seres mais fortes que presidem ao governo do mundo físico. Indicam
também os quatro elementos que formam o ser humano: touro (instinto), leão (sentimento), águia
(intelecto), homem (rosto).
Os quatro juntos formavam o ser mitológico da Babilônia, chamado Karibu ou Querubim, e a
esfinge do antigo Egito. Evoca as visões de Isaías (Is. 6,2) e sobretudo de Ezequiel (Ez. 10, 14 e
1,10).
h) ÁGUIA (Ap. 12,14): evoca a proteção do êxodo (Ex 19,4; Dt. 32,11).
i) GAFANHOTOS (Ap. 9,3): perfídia, traição. Evoca o êxodo descrito no livro da sabedoria (Sb.
16,9).
j) COBRA, SERPENTE (Ap. 9,19): poder mortífero.
k) SAPO (Ap. 16,13): animal impuro (Lv 11,10-12): símbolo persa da divindade das trevas. Evoca
as pragas das rãs (Ex. 7,6-8,11).
l) CHIFRE (Ap. 5,6): poder, particularmente a do rei.
m) ASAS (Ap. 4,8): mobilidade, velocidade em executar a vontade de Deus. Evoca Ez. 1,6-12.

5- OS SÍMBOLOS ORIUNDOS DE COISAS PERTENCENTES ÀS INSTITUIÇÕES


a) TUNICA LONGA (Ap. 1,3): símbolo do sacerdócio (Ex. 18,4; Zc 3,4). A roupa evoca a
realidade profunda das pessoas.
b) LINHO PURO (Ap. 15,6): a conduta justa dos cristãos (Ap. 19,8).
c) ALFA E ÔMEGA (Ap. 1,8): primeiro e último, princípio e fim (Ap. 21,6; 22,13).
d) CHAVE (Ap. 3,7): poder.
e) LIVRO (Ap. 5,1): o plano de Deus para a história humana.
f) SELO (Ap. 5,1): segredo.
g) FOICE (Ap. 14,14): imagem de julgamento divino.
h) TROMBETA (Ap. 8,2): voz sobre-humana que anuncia os acontecimentos do fim dos tempos.
i) CARIMBO, SINAL, MARCA (Ap. 7,2; 13,16-17): marca de propriedade e proteção.
j) BALANÇA (Ap. 6,5): escassez de comida, custo de vida.

6- OS ELEMENTOS DO CORPO E DA VIDA HUMANA


a) CABELOS BRANCOS (Ap. 1,14): eternidade.
b) OLHOS BRILHANTES (Ap. 1,14): ciência divina, universal.
c) PÉS DE BRONZE (Ap. 1,15): firmeza invencível.
d) MÃO DIREITA (Ap. 1,16): poder. Evoca a ação de Deus no êxodo.
e) MULHER (Ap. 12,1): povo santo dos tempos messiânicos; as comunidades em luta.
f) FILHO DA MULHER (Ap. 12,4): messias, chefe do novo Israel. Evoca Gênesis 3,15.
g) PROSTITUIÇÃO (Ap. 2,14): a infidelidade da idolatria.
h) VIRGEM (Ap. 14,4): pessoa que rejeita a idolatria.
i) NOIVA, ESPOSA (Ap. 19,7): Igreja, povo de Deus (Ap. 21,2; 21,9-10).
j) CASAMENTO DO CORDEIRO COM A NOIVA (Ap. 19,7; 21,2): estabelecimento do Reino
(cf. Is. 62,5).

7- OS ELEMENTOS DE JERUSALÉM E SEU TEMPLO


a) CANDELABROS DE OURO (Ap. 1,12): o povo de Deus, as comunidades.
b) INCENSO (Ap. 5,8): oração dos Santos que sobe até Deus (Ap. 8,4).
c) COLUNA (Ap. 3,12): firmeza e lugar de honra. Evoca a coluna do Templo (1 Rs 7,15-22).
d) TEMPLO (Ap. 3,12): coração de Jerusalém, cidade santa, representa o Povo de Deus.
e) MONTE SIÃO (Ap. 14,1): lugar do templo; trono de Deus.
f) NOVA JERUSALÉM (Ap. 3,12; 21,2): o povo de Deus, finalmente reconciliado.

8- OS ELEMENTOS DO IMPERIO ROMANO


a) TRONO (Ap. 1,4): majestade, domínio. Evoca o julgamento divino anunciado por Daniel (Dn
7,9-14).
b) ESPADA AFIADA (Ap. 1,16): Palavra de Deus que julga e castiga (Ap. 19,15). Evoca a imagem
usada por Isaías (Is 49,2) e sobretudo, pelo livro da Sabedoria (Sb 18,15).
c) ARCO (Ap. 6,2): arma característica dos Partos; terror.
d) CINTO DE OURO (Ap. 1,13): realeza.
e) COROA (Ap. 4,4): poder de rei.
f) REI DOS REIS, SENHOR DOS SENHORES (Ap. 19,16; cf. 1,5): título do imperador romano
dado a Jesus.

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