12-Histórias de Vida
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E
DUCAÇÃO
E FORMAÇÃO
DE ADULTOS
POLÍTICAS, PRÁTICAS E INVESTIGAÇÃO
E
DUCAÇÃO
E FORMAÇÃO
DE ADULTOS
POLÍTICAS, PRÁTICAS E INVESTIGAÇÃO
C onc e pç ão gr á f ic a
António Barros
P r é -I m pr e s s ão
SerSilito-Empresa Gráfica, Lda
E x ecuç ão gr á f ic a
ISBN
978-989-26-0136-6
D e pósito l eg a l
340309/12
© D e z e m bro 2011, I m pr e ns a da U n i v e r si da de de C oi m br a
Histórias de Vida: uma construção de competências
1. Introdução
Uma das questões que tem surgido e que nos movem para a realização desta investi-
gação diz respeito às Histórias de Vida e à evidenciação de competências. Se resulta muito
claro, de todos os normativos aplicáveis, que as competências devem ser ilustradas ao
longo do processo de RVCC, através de construções discursivas da acção, suportadas pelas
evidências necessárias a um reconhecimento rigososo e justo, torna-se muito pertinente,
do ponto de vista dos quadros teóricos que suportam estes processos, perceber como estas
ideias são transportadas para a prática. Sendo certo que a validação de adquiridos é uma
velha aspiração da educação e formação de adultos, também tem resultado muito claro
que estas soluções são complexas e muito difíceis de operacionalizar. Estando Portugal a
desenvolver experiências inovadoras neste domínio, constitui um desafio muito aliciante
fazer acompanhar estas práticas de trabalhos de investigação que as interroguem e ajudem a
tornar credíveis. Assim, saber como os adultos em processo de RVCC de nível secundário,
elaboram as suas histórias de vida, tomam consciência dos seus adquiridos e os organizam
num portefólio para fins de avaliação, validação e certificação, constitui o objectivo prin-
cipal que nos orientou na presente investigação. Para atingir este objectivo formulámos as
seguintes questões de investigação:
• Como é que os adultos elaboram a sua história de vida, a partir dos seus percursos
pessoal, profissional, social e de educação e formação?
• Quais as estratégias e recursos utilizados pelos adultos na identificação e evidenciação
das suas competências?
• De que forma é que os adultos constroem o seu portefólio, tendo como base a sua
história de vida e o referencial de competências-chave para o nível secundário?
Metodologia
Amostra
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Tendo como base os objectivos da nossa investigação e ao facto de haver necessidade
de se recorrer a uma população mais acessível, pareceu-nos importante que a amostra
fosse constituída por cinco pessoas, distrubuídas por três CNO distintos, todos da região
Centro do País. Considerando-se o estudo previsto, a selecção da amostra realizou-se ao
longo de três etapas: a) reunião com o director(a) de cada CNO, pedindo consentimento
para a investigação, explicando os objectivos da investigação e procedendo à entrega de
uma carta, explicando todos os procedimentos; b) selecção de dois adultos, por parte da
equipa técnico-pedagógica de cada CNO, segundo os critérios estabelecidos, que passare-
mos a descrever em seguida; c) contacto com os adultos para a realização de entrevistas e
recolha do PRA, para análise.
Foi para nós pertinente a escolha de adultos que reunissem as seguintes condições:
• Adultos que já terminaram o processo de RVCC de nível secundário;
• Adultos com idades compreendidas entre os 45 anos e os 65 anos de idade;
• Adultos de ambos os sexos;
• Adultos que segundo o parecer da equipa técnico-pedagógico revelaram ter efectuado
um bom processo de RVCC.
Não pretendemos através deste estudo generalizar as nossas conclusões, mas sim par-
ticularizar a realidade estudada, recorrendo aos documentos produzidos pelos adultos ao
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longo do Processo RVCC e a entrevistas semi-estruturadas. Na figura 1, apresentamos
sumariamente os instrumentos utilizados na recolha de dados.
Podemos verificar através da figura, que ao fazer recurso da análise documental e das
entrevistas semi-estruturadas para recolher os nossos dados, tivemos em consideração o
adulto, a sua História de Vida, o Portefólio Reflexivo de Aprendizagens e o referencial de
competências-chave.
Através da análise documental, pretendemos analisar a História de Vida e o Portefólio
Reflexivo de Aprendizagens construídos pelo adulto ao longo do Processo de RVCC, tendo
em consideração o referencial de competências-chave.
Com a entrevista semi-estruturada, pretendemos esclarecer qual a percepção do
adulto, relativamente à evidenciação das competências necessárias, referidas no referencial
de competências-chave, e à construção do seu Portefólio Reflexivo de Aprendizagens e
História de Vida.
A marcação das entrevistas e análise dos documentos foi efectuada mediante a dis-
ponibilidade dos adultos. Aquando a realização das entrevistas, e posterior transcrição,
foi pedida a devida autorização para a gravação das mesmas, tendo o gravador ficado em
local visível durante a realização das entrevistas. Foi explicado a cada adulto todos os seus
direitos, nomeadamente o cariz anónimo e confidencial de todos os dados disponibilizados.
A transcrição das entrevistas foi efectuada imediatamente após a sua realização, e a sua
identificação passou a ser feita através de códigos – E1, E2, E3, E4 e E5. Cada entrevista foi
enviada, via e-mail a cada um dos adultos, para poderem lê-la e verificarem a necessidade
de acrescentar alguns elementos. As entrevistas decorreram entre 22 de Janeiro de 2010
e 26 de Fevereiro de 2010 e tiveram lugar no respectivo CNO de conclusão do Processo
RVCC, com a excepção de um adulto, tendo sido efectuada num local combinado pre-
viamente pelo adulto. De forma a analisar os documentos, estabelecemos alguns critérios
que nos pareceram importantes para esta investigação, nomeadamente:
a) Aspectos Formais:
– Estrutura e organização do PRA.
b) Qualidade dos/da conteúdos/reflexão:
150 – Explicação das competências e saberes;
– Coerência dos conteúdos;
– Capacidade de auto-questionamento;
– Estratégias e recursos utilizados.
c) Apropriação das competências versus referencial de competências-chave
Estes critérios foram analisados tendo como base, uma grelha por nós construída.
Resultados
Referências Bibliográficas