Documento de Especificações - Versão 5-0
Documento de Especificações - Versão 5-0
Documento de Especificações - Versão 5-0
do ecossistema de pagamentos
instantâneos brasileiro
Versão 5.0
1
SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................................................... 5
1. ESPECIFICAÇÃO DAS TRANSAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DO PIX ................................ 8
1.1. Processo de efetivação do PIX .......................................................................... 10
1.1.1. Fluxo de transações entre participantes diretos ....................................... 12
1.1.2. Fluxo de transações entre participantes indiretos.................................... 15
1.1.3. Fluxo de transações nos livros do PSP....................................................... 19
1.2. Processo de inserção dos dados para iniciação do PIX ..................................... 20
1.2.1. Inserção manual dos dados pelo pagador ................................................ 21
1.2.2. Envio prévio sistematizado de informações ............................................. 25
1.2.2.1. QR Code estático ............................................................................... 26
1.2.2.2. QR Code dinâmico ............................................................................. 29
1.2.2.3. QR Code gerado pelo pagador .......................................................... 32
1.2.2.4. Padrão do QR Code: layout das informações .................................... 35
1.3. Cenários de insucesso na liquidação do PIX ...................................................... 38
1.3.1. Validação da mensagem de pagamento pelo SPI ..................................... 39
1.3.1.1. Diferença entre as respostas via ADMI.002 e via PACS.002 ............. 41
1.3.2. Saldo insuficiente na Conta PI do PSP do pagador.................................... 42
1.3.3. Validações efetuadas pelo PSP do recebedor ........................................... 44
1.3.4. Controle de timeout no SPI ....................................................................... 45
1.3.5. Problemas após a transação ser considerada final e irrevogável ............. 47
1.4. Devolução do PIX............................................................................................... 48
1.4.1. Criação de ordem de devolução................................................................ 50
1.4.2. Devolução entre participantes diretos...................................................... 52
1.4.3. Devolução entre participantes indiretos ................................................... 54
2. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO PIX ........................................................................... 58
2.1. Participação no PIX ............................................................................................ 59
2.2. Padrão de comunicação .................................................................................... 59
2.2.1. Padrão de representação das mensagens ................................................ 60
2.3. Conectividade .................................................................................................... 61
2
2.3.1. Interface de comunicação ......................................................................... 62
2.4. Princípios de segurança..................................................................................... 62
2.5. Requisitos de segurança.................................................................................... 63
2.5.1. Criptografia e autenticação mútua na comunicação ................................ 63
2.5.2. Assinatura digital das mensagens ............................................................. 63
2.5.3. Certificados digitais a serem utilizados ..................................................... 64
2.5.4. Ativação e desativação de certificados digitais ......................................... 64
2.5.5. Manutenção de logs de segurança ........................................................... 64
2.6. Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) ........................... 65
2.6.1. Chaves para endereçamento .................................................................... 65
2.6.2. Regras de acesso ....................................................................................... 69
2.6.3. Fluxo de registro de chave ........................................................................ 69
2.6.4. Fluxo de exclusão de chave ....................................................................... 76
2.6.4.1. Exclusão por solicitação do usuário .................................................. 77
2.6.4.2. Exclusão comandada pelo PSP .......................................................... 80
2.6.5. Fluxo de portabilidade .............................................................................. 83
2.6.6. Fluxo de reivindicação de posse ................................................................ 93
2.6.7. Fluxo de consulta de chave ..................................................................... 104
2.6.8. Processo de pesquisa de chaves ............................................................. 109
2.6.8.1. Pesquisa de chaves pelos PSPs para conciliação de dados ............. 109
2.6.8.2. Pesquisa de chaves pelos usuários finais ........................................ 112
2.6.9. Disponibilidade das funcionalidades ....................................................... 112
2.6.10. Interface de comunicação ....................................................................... 112
2.6.11. Mecanismos de prevenção a ataques de leitura .................................... 113
2.7. Autenticação digital dos usuários ................................................................... 114
2.8. Idempotência .................................................................................................. 115
3. SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS .......................................................... 117
3.1. Arquitetura básica do SPI ................................................................................ 118
3.2. Participação no SPI .......................................................................................... 118
3.2.1. Participação direta no SPI ....................................................................... 119
3.2.2. Participação indireta no SPI .................................................................... 120
3.3. Mecanismos de liquidez providos pelo BC ...................................................... 120
3
3.3.1. Aportes e retiradas em Conta PI durante a grade regular de operações
dos participantes no STR ......................................................................................... 121
3.3.1.1. Aporte em Conta PI a partir de RB ou CL ........................................ 121
3.3.1.2. Aporte em Conta PI a partir de CCME ............................................. 124
3.3.1.3. Saque em Conta PI para crédito em RB ou CL ................................. 125
3.3.1.4. Saque em Conta PI para crédito em CCME ..................................... 127
3.3.2. Aportes na Conta PI após a grade regular de operações dos participantes
no STR 128
3.3.2.1. Janela adicional para aporte em Conta PI a partir de RB, CL e CCME
129
3.3.2.2. Aporte em Conta PI mediante operação com TPF no Selic para
Instituições Financeiras ....................................................................................... 132
3.4. Gestão da Conta PI .......................................................................................... 137
3.4.1. Consulta saldo da Conta PI ...................................................................... 138
3.4.2. Consulta relação de lançamentos ........................................................... 139
3.4.3. Consulta detalhes de um lançamento..................................................... 140
3.4.4. Atualização de responsáveis pela gestão da Conta PI............................. 142
3.4.5. Avisos sobre a operação do SPI ............................................................... 142
3.4.6. Resolução de pagamento não respondido.............................................. 144
3.4.6.1. Reenvio do estímulo pelo PSP do pagador ..................................... 144
3.4.6.2. Reenvio de estímulo pelo PSP do recebedor .................................. 146
3.4.6.3. Reenvio do estímulo pelo SPI .......................................................... 148
3.4.7. Registro de participante indireto para o qual o participante direto presta
serviço de liquidação no SPI .................................................................................... 148
3.4.7.1. Descontinuidade da prestação de serviço de liquidação no SPI ..... 150
3.4.8. Aviso de inclusão, de alteração ou de exclusão de Participante direto ou
indireto do SPI ......................................................................................................... 152
3.5. Contabilização da Conta PI .............................................................................. 154
3.6. Tarifas .............................................................................................................. 155
Glossário .......................................................................................................................... 156
Histórico de revisão......................................................................................................... 159
4
Apresentação
O objetivo deste documento é apresentar e detalhar as especificações técnicas e de
negócio do ecossistema de pagamentos instantâneos brasileiro. Ele está sendo
construído pelo Banco Central do Brasil (BC) com base em estudos internos que estão
sendo desenvolvidos e na interação com os agentes do mercado no âmbito do Fórum
Pagamentos Instantâneos. O ecossistema de pagamentos instantâneos brasileiro é o
ambiente formado pelo arranjo aberto que será instituído pelo BC, denominado PIX,
pelos prestadores de serviços de pagamento participantes do arranjo e pelo sistema
utilizado na liquidação das transações realizadas entre diferentes instituições
participantes do arranjo. Esse sistema, denominado Sistema de Pagamentos
Instantâneos (SPI), será construído, gerido e operado pelo BC.
A segunda seção trata das especificações técnicas do PIX. Nessa seção são abordadas
questões relacionadas (i) aos critérios de participação no PIX; (ii) ao padrão de
comunicação; (iii) à conectividade entre os participantes, incluindo a infraestrutura de
liquidação; (iv) aos princípios e aos requisitos de segurança no ecossistema; (v) ao
diretório de endereçamento para facilitar a iniciação dos pagamentos, incluindo as
possíveis chaves para endereçamento; e (vi) à forma de autenticação digital dos
usuários.
5
operando em um modelo de liquidação bruta em tempo real. Ou seja, as operações
serão liquidadas transação a transação. Essa seção apresenta (i) a arquitetura básica
do SPI; (ii) os critérios de participação no SPI, incluindo os critérios para titularidade da
conta Pagamentos Instantâneos (Conta PI); (iii) os mecanismos de liquidez disponíveis;
(iv) questões relativas à gestão da Conta PI; (v) a forma de contabilização da Conta PI,
tanto para o BC quanto para os participantes do SPI; e (vi) os princípios tarifários do
SPI.
6
Especificações do diretório de endereçamento Em andamento
Especificações de iniciação de pagamentos Em andamento
Interfaces de comunicação Em andamento
Experiência do cliente Em andamento
Especificações de segurança Em andamento
Tarifação no âmbito do PIX Não iniciada
Fazem parte deste documento os seguintes anexos, que, por ora, estão sendo
divulgados de forma independente:
7
1. ESPECIFICAÇÃO DAS TRANSAÇÕES DE
TRANSFERÊNCIA DO PIX
8
O objetivo desta seção é especificar as transações de transferência do PIX. As regras
gerais de funcionamento de cada um dos tipos de transferência especificados, bem
como seus fluxos de ponta a ponta, serão determinadas pelo BC. Os produtos para os
usuários finais, tanto pagadores quanto recebedores, deverão ser desenhados e
implantados pelos agentes de mercado de forma que os seus componentes
operacionais estejam em conformidade com as especificações aqui definidas.
Para a inserção dos dados para iniciação do pagamento, haverá quatro opções:
inserção manual dos dados pelo pagador; envio prévio sistematizado de informações
pelo recebedor, por meio de QR Code estático; envio prévio sistematizado de
informações pelo recebedor, por meio de QR Code dinâmico; ou envio prévio
sistematizado de informações pelo pagador, também por meio de QR Code dinâmico.
9
As características gerais e exemplos de transação para cada uma dessas opções estão
descritas nas seções 1.1 e 1.2 deste documento. É importante salientar que essa
organização das transferências resulta do entendimento de que as necessidades
específicas dos usuários pagadores e dos usuários recebedores não são relevantes
para os fluxos de iniciação e de efetivação do pagamento. Ou seja, os fluxos das
transferências são os mesmos independente de quem é o iniciador e de quem é o
beneficiário final do pagamento, sejam eles pessoas físicas, pessoas jurídicas ou entes
governamentais.
10
No caso de transferências enviadas para liquidação prioritária, a expectativa do
usuário pagador é de que o pagamento e a sua confirmação ocorram no menor tempo
possível. Para que essa expectativa seja cumprida e os usuários tenham a melhor
experiência possível, é necessário estabelecer limites de tempo para alguns dos
processos da transação, como também definir o momento no qual a transação é
considerada final e irrevogável.
A alternativa da liquidação não prioritária tem como objetivos: (i) diminuir o número
de transações processadas simultaneamente pelo SPI, o que minimiza a probabilidade
de timeouts nas transações em virtude de sobrecarga; e (ii) melhorar a experiência do
usuário pagador, que teria a opção de agendar seus pagamentos para liquidação em
um momento futuro. É importante salientar que a indicação de não prioridade da
transação, pelo usuário pagador ao seu prestador de serviços de pagamento (PSP),
será feita no momento da iniciação do pagamento. Cabe ao PSP do pagador enviar a
ordem de pagamento para o SPI apenas no dia indicado pelo pagador. Destaca-se que
a ordem de pagamento sujeita à liquidação não prioritária é apenas aquela agendada
pelo usuário pagador, não cabendo tratamento não prioritário de ordens não
agendadas ou agendamento de ordens por iniciativa do próprio PSP.
O usuário pagador, ao indicar que uma determinada transação pode ser liquidada em
momento futuro, demonstra que o tempo para processamento e para disponibilidade
dos recursos para o recebedor não são fatores essenciais. Nesse caso, o usuário
pagador está mais interessado na sua experiência de iniciação de pagamento e no
conjunto de informações que podem ser enviadas junto com a ordem de pagamento
do que na velocidade e na disponibilidade do sistema.
No caso das ordens para liquidação não prioritária, a transação será rejeitada caso ela
não seja liquidada até às 10 horas. O BC irá requerer que as ordens para liquidação
não prioritária sejam enviadas pelos PSPs para o SPI entre 0h e 8h do dia para o qual
as ordens de pagamento foram agendadas pelos usuários pagadores. Os PSPs dos
recebedores, por sua vez, terão até às 9h30 para validar a conta do usuário recebedor,
fazer a anotação de crédito e enviar a notificação ao SPI. Caberá ao SPI liquidar e enviar
as confirmações das ordens de pagamento aos PSPs até às 10 horas. Caso alguma
ordem não seja liquidada até essa hora, ela será rejeitada. O SPI também rejeitará
automaticamente as ordens de pagamento enviadas pelos PSPs dos pagadores e as
notificações enviadas pelos PSPs dos recebedores após os horários limites respectivos
1
Ver mais detalhes nos fluxos das seções 1.1.1 e 1.1.2.
11
estabelecidos acima. O estabelecimento desses limites tem como objetivo permitir a
organização das ordens de pagamento para liquidação não prioritária de forma a
incentivar os PSPs a enviarem suas ordens o mais cedo possível. Quanto mais cedo e
fora do horário de funcionamento do Sistema de Transferência de Reservas (STR) as
ordens para liquidação não prioritária forem enviadas, mais tempo o SPI terá para
processá-las, minimizando a quantidade de ordens processadas simultaneamente e a
probabilidade de timeouts.
Além desses limites que devem ser respeitados pelos PSPs e pelo SPI, também existem
restrições para os usuários pagadores. O agendamento pelo usuário pagador e o
cancelamento do agendamento junto a seu PSP poderão ser efetuados até às 23h30
do dia anterior. Essa restrição dá tempo suficiente para que os PSPs possam
operacionalizar de forma adequada eventuais cancelamentos de agendamento. Os
horários limites existentes para o agendamento de ordens de pagamento pelos
usuários pagadores e para o tratamento dessas ordens pelos PSPs e pelo SPI estão
sintetizados na figura abaixo.
SPI
Liquidação das transações
12
# Camada Tipo Descrição
1 PSP do pagador Comunicação Início do processo. PSP do pagador recebe ordem de pagamento.
Caso se trate de ordem de pagamento para liquidação não
prioritária, o PSP do pagador deve armazenar a ordem até a data
2 PSP do pagador Ação
agendada pelo usuário pagador. Nessa data, o PSP deverá
encaminhar a ordem para liquidação no SPI.
PSP do pagador realiza bloqueio do valor do pagamento na conta
3 PSP do pagador Ação
do usuário pagador.
PSP do pagador envia mensagem ao SPI solicitando troca de saldo
4 PSP do pagador Mensagem
na Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do pagador solicitando
5 SPI Mensagem
troca de saldo na Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI efetua o bloqueio na Conta PI do PSP do pagador no
6 SPI Ação
montante do pagamento em questão.
13
SPI envia mensagem ao PSP do recebedor informando os dados
7 SPI Mensagem
da transferência.
PSP do recebedor recebe mensagem com os dados da
8 PSP do recebedor Mensagem
transferência.
PSP do recebedor valida a conta do usuário recebedor. Caso o
9 PSP do recebedor Ação retorno da validação seja positivo, PSP do recebedor faz anotação
provisória de crédito nessa conta.
PSP do recebedor envia mensagem ao SPI, solicitando o
10 PSP do recebedor Mensagem
prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do recebedor, solicitando
11 SPI Mensagem
o prosseguimento do pagamento.
SPI efetiva a troca de saldos nas contas PI: diminui o saldo da
Conta PI do PSP do pagador no valor do pagamento em questão e
12 SPI Ação aumenta o saldo da Conta PI do PSP do recebedor no mesmo
montante. Nesse momento, considera-se que a transação é final e
irrevogável.
SPI envia confirmação de conclusão da transação ao PSP do
13 SPI Mensagem
recebedor e ao PSP do pagador.
PSP do recebedor recebe mensagem de confirmação de
14 PSP do recebedor Mensagem
conclusão da transação.
15 PSP do recebedor Ação PSP do recebedor efetiva o crédito na conta do usuário recebedor
PSP do recebedor envia comunicação de confirmação de
16 PSP do recebedor Comunicação
conclusão da transação ao usuário recebedor.
Usuário recebedor recebe a comunicação informando a
17 Usuário recebedor Comunicação
conclusão da transação.
PSP do pagador recebe mensagem de confirmação de conclusão
18 PSP do pagador Mensagem
da transação.
PSP do pagador efetiva o débito na conta do usuário pagador no
19 PSP do pagador Ação
valor do pagamento.
PSP do pagador envia comunicação de confirmação de conclusão
20 PSP do pagador Comunicação
da transação ao usuário pagador.
Usuário pagador recebe a comunicação informando a conclusão
21 Usuário pagador Comunicação
da transação.
Existem dois pontos que devem ser destacados no fluxo. O primeiro é o momento em
que a transação é considerada final e irrevogável. Esse momento se dá na etapa 12,
após o SPI efetivar a troca dos saldos nas contas PI dos PSPs do pagador e do
recebedor. Isso implica que, mesmo que ocorra algum tipo de erro nas etapas
subsequentes, está assegurado que a transação foi, de fato, efetivada e que o PSP do
pagador deve debitar os recursos da conta do pagador e o PSP do recebedor deve
creditar os recursos na conta do recebedor. A irrevogabilidade da transação implica
que uma determinada ordem de pagamento não está sujeita a cancelamento.
Portanto, qualquer problema existente entre os PSPs envolvidos em uma
14
determinada transação deve ser resolvido por meio de acordos bilaterais entre as
partes.
O segundo ponto se refere aos conjuntos de etapas que estarão sujeitos a acordos de
nível de serviço. Esses acordos se referem exclusivamente às ordens enviadas para
liquidação prioritária. O primeiro conjunto vai da etapa 1 à etapa 4. O SPI, ao receber
a mensagem de pagamento do PSP do pagador, consultará o intervalo de tempo
passado entre o momento em que o PSP do pagador recebeu a ordem de pagamento
até o momento em que o PSP do pagador envia a mensagem de pagamento ao SPI.
O segundo conjunto vai da etapa 5 à etapa 7 e se refere ao tempo esperado de
resposta do SPI para fazer o bloqueio na Conta PI e enviar mensagem ao PSP do
recebedor informando os dados da transferência. O terceiro conjunto vai da etapa 7
à etapa 11. Espera-se um determinado nível de serviço por parte do PSP do recebedor
para que ele valide a conta do recebedor, efetue a anotação de crédito e envie a
notificação para o SPI. Esse processo é contabilizado até o momento em que o SPI
recebe a mensagem de notificação do PSP do recebedor. Por fim, o quarto e último
conjunto se refere ao tempo decorrido entre as etapas 11 e 12. Mais uma vez, espera-
se que o SPI tenha um determinado limite de tempo a partir do recebimento da
notificação do PSP do recebedor para efetuar o ajuste nas contas PI dos PSPs
envolvidos.
Além das etapas cujos acordos de nível de serviço foram detalhados acima e que têm
relação direta com o limite de tempo que pode gerar timeout pelo SPI, também
existirão acordos de nível de serviço, exclusivos para as ordens enviadas para
liquidação prioritária, entre as etapas 1 e 4; 8 e 10; 14 e 16; e 18 e 20. Apesar de esses
conjuntos de tempo não serem controlados pelo SPI e, portanto, não afetarem a
existência de timeout, eles serão estabelecidos para garantir uma boa experiência para
os usuários finais, tanto pagadores quanto recebedores.
15
# Camada Tipo Descrição
1 PSP do pagador Comunicação Início do processo. PSP do pagador recebe ordem de pagamento.
Caso se trate de ordem de pagamento para liquidação não
prioritária, o PSP do pagador deve armazenar a ordem até a data
2 PSP do pagador Ação
agendada pelo usuário pagador. Nessa data, o PSP deverá
encaminhar a ordem para liquidação no SPI.
16
PSP do pagador realiza bloqueio do valor do pagamento na conta do
3 PSP do pagador Ação
usuário pagador.
PSP do pagador envia comunicação ao participante direto pagador,
4 PSP do pagador Comunicação solicitando troca de saldo na Conta PI para prosseguimento do
pagamento.
Participante Participante direto pagador recebe comunicação solicitando troca de
5 Comunicação
direto pagador saldo na Conta PI para prosseguimento do pagamento.
Participante Participante direto pagador envia mensagem ao SPI solicitando troca
6 Mensagem
direto pagador de saldo na Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo participante direto pagador
7 SPI Mensagem solicitando troca de saldo na Conta PI para prosseguimento do
pagamento.
SPI efetua o bloqueio na Conta PI do participante direto pagador no
8 SPI Ação
montante do pagamento em questão.
SPI envia mensagem ao participante direto recebedor informando os
9 SPI Mensagem
dados da transferência.
Participante Participante direto recebedor recebe mensagem com os dados da
10 Mensagem
direto recebedor transferência.
Participante Participante direto recebedor envia comunicação ao PSP do
11 Comunicação
direto recebedor recebedor com os dados da transferência.
PSP do recebedor recebe comunicação com os dados da
12 PSP do recebedor Comunicação
transferência.
PSP do recebedor valida a conta do usuário recebedor. Caso o
13 PSP do recebedor Ação retorno da validação seja positivo, PSP do recebedor faz anotação
provisória de crédito nessa conta.
PSP do recebedor envia comunicação ao participante direto
14 PSP do recebedor Comunicação
recebedor, solicitando o prosseguimento do pagamento.
Participante Participante direto recebedor recebe comunicação enviada pelo PSP
15 Comunicação
direto recebedor do recebedor, solicitando o prosseguimento do pagamento.
Participante Participante direto recebedor envia mensagem ao SPI, solicitando o
16 Mensagem
direto recebedor prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo participante direto recebedor,
17 SPI Mensagem
solicitando o prosseguimento do pagamento.
SPI efetiva a troca de saldos nas contas PI: diminui o saldo da Conta
PI do participante direto pagador no valor do pagamento em
18 SPI Ação questão e aumenta o saldo da Conta PI do participante direto
recebedor no mesmo montante. Nesse momento, considera-se que
a transação é final e irrevogável.
SPI envia confirmação de conclusão da transação ao participante
19 SPI Mensagem
direto recebedor e ao participante direto pagador.
Participante Participante direto recebedor recebe mensagem de confirmação de
20 Mensagem
direto recebedor conclusão da transação enviada pelo SPI.
Participante Participante direto recebedor envia comunicação de confirmação de
21 Comunicação
direto recebedor conclusão da transação ao PSP do recebedor.
17
PSP do recebedor recebe comunicação de confirmação de conclusão
22 PSP do recebedor Comunicação
da transação.
23 PSP do recebedor Ação PSP do recebedor efetiva o crédito na conta do usuário recebedor
PSP do recebedor envia comunicação de confirmação de conclusão
24 PSP do recebedor Comunicação
da transação ao usuário recebedor.
Usuário Usuário recebedor recebe a comunicação informando a conclusão
25 Comunicação
recebedor da transação.
Participante Participante direto pagador recebe mensagem de confirmação de
26 Mensagem
direto pagador conclusão da transação enviada pelo SPI.
Participante Participante direto pagador envia comunicação de confirmação de
27 Comunicação
direto pagador conclusão da transação ao PSP do pagador.
PSP do pagador recebe comunicação de confirmação de conclusão
28 PSP do pagador Comunicação
da transação.
PSP do pagador efetiva o débito na conta do usuário pagador no
29 PSP do pagador Ação
valor do pagamento.
PSP do pagador envia comunicação de confirmação de conclusão da
30 PSP do pagador Comunicação
transação ao usuário pagador.
Usuário pagador recebe a comunicação informando a conclusão da
31 Usuário pagador Comunicação
transação.
2
Ver seção 2.2 deste documento.
3
Ver seção 3.2 deste documento, sobre formas de participação no SPI.
18
1.1.3. Fluxo de transações nos livros do PSP
Nesta seção é apresentado o fluxo das transferências enviadas para liquidação
prioritária ou não prioritária, no caso em que o PSP do pagador e o PSP do recebedor
são a mesma instituição, independentemente de o PSP ser participante direto ou
indireto. A tabela após o fluxo detalha cada etapa do processo.
19
PSP envia comunicação de confirmação de conclusão da transação
5 PSP Comunicação
ao usuário recebedor e ao usuário pagador.
Usuário Usuário recebedor recebe a comunicação informando a conclusão da
6 Comunicação
recebedor transação.
Usuário pagador recebe a comunicação informando a conclusão da
7 Usuário pagador Comunicação
transação.
Note-se que, no caso em que os usuários pagador e recebedor são clientes do mesmo
PSP, a ordem de pagamento não é enviada para o SPI. Nesse caso, a liquidação ocorre
nos livros do próprio PSP. Apesar de a transação não passar pelo SPI, as regras do PIX
terão que ser cumpridas pelo PSP, como a obrigatoriedade de envio de notificação
para ambos os usuários e o cumprimento do limite máximo de tempo para
disponibilização dos recursos na conta do usuário recebedor, por exemplo. Nessas
transferências efetuadas nos livros do PSP, a transação é considerada final e
irrevogável após a etapa 4, em que o PSP debita a conta do usuário pagador e credita
a conta do usuário recebedor.
No caso da inserção manual dos dados, o pagador poderá enviar ao seu PSP alguma
chave específica que possibilite a identificação das informações completas do usuário
recebedor. Alternativamente, o pagador poderá inserir manualmente os dados
completos do usuário recebedor, similarmente ao processo executado atualmente
para a Transferência Eletrônica Disponível (TED).
4
Existe a possibilidade de o PIX aceitar futuramente outras formas de envio prévio sistematizado
de informações, além do QR Code. A tecnologia Near Field Communication (NFC) é um exemplo de
tecnologia que pode ser futuramente adotada.
20
com seus dados transacionais. A geração desse QR Code poderá ser realizada mesmo
sem acesso à rede de dados.
A decisão sobre a prioridade da liquidação deve ser tomada pelo usuário pagador no
processo de inserção dos dados para iniciação do pagamento.
A segunda alternativa será a inserção manual pelo pagador dos dados completos do
recebedor, similarmente ao modelo atualmente utilizado para a TED. Nesse caso,
como as informações do recebedor já estão disponíveis, não há necessidade de o PSP
consultar qualquer diretório de dados de endereçamento para conseguir enviar a
transação para o destinatário correto. Apesar de essa solução não facilitar a
experiência do usuário na iniciação do pagamento, prever essa possibilidade faz com
que seja possível o envio de pagamentos instantâneos para usuários que
eventualmente não estejam registrados no diretório de dados de endereçamento ou
no caso de indisponibilidade momentânea para consultas no diretório de dados de
endereçamento.
5
As possíveis formas de identificação dos usuários estão documentadas na seção 2.6.1.
21
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Usuário pagador acessa canal de pagamento
1 Usuário pagador Ação (tipicamente, um smartphone) para realização de transação de
pagamento.
Usuário pagador insere os dados necessários à realização do
2 Usuário pagador Ação
pagamento.
Usuário pagador escolhe entre as opções “Pagar” ou “Agendar”. A
opção “Pagar” gera uma ordem de pagamento para liquidação
prioritária. A opção “Agendar” gera uma ordem de pagamento
3 Usuário pagador Ação
para liquidação não prioritária. Caso o usuário pagador escolha a
opção “Agendar”, ele deverá escolher a data para efetivação do
pagamento.
Dados inseridos pelo usuário pagador são encaminhados ao seu
4 Usuário pagador Comunicação
PSP.
O PSP recebe os dados do pagamento inseridos pelo usuário
5 PSP do pagador Comunicação
pagador.
22
Caso o usuário pagador tenha inserido os dados completos do
recebedor, o PSP do usuário pagador não precisa consultar o
6 PSP do pagador Ação
DICT para validar os dados do recebedor. Nesse caso, a próxima
etapa do fluxo é a etapa 11.
Caso o usuário pagador tenha inserido apenas uma chave, o PSP
7 PSP do pagador Comunicação do usuário pagador encaminha mensagem ao DICT para
consulta das informações de identificação do usuário recebedor.
8 DICT Comunicação DICT recebe consulta de dados sobre usuário recebedor.
DICT consulta a chave recebida, faz a validação e retorna os
9 DICT Ação
dados de identificação encontrados.
DICT envia comunicação ao PSP do pagador com os dados de
10 DICT Comunicação
identificação do usuário recebedor.
PSP do pagador recebe comunicação do DICT com os dados de
11 PSP do pagador Comunicação
identificação do usuário recebedor.
PSP do pagador envia comunicação ao usuário pagador com os
12 PSP do pagador Comunicação
dados do usuário recebedor, solicitando confirmação.
Usuário pagador recebe comunicação com dados sobre o
usuário recebedor, solicitando confirmação para o início do
13 Usuário pagador Comunicação
processo de efetivação do pagamento. Caso o usuário pagador
confirme a transação, é gerada uma ordem de pagamento.
23
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Usuário pagador acessa canal de pagamento
1 Usuário pagador Ação (tipicamente, um smartphone) para realização de transação de
pagamento.
Usuário pagador insere os dados necessários à realização do
2 Usuário pagador Ação
pagamento.
24
Usuário pagador escolhe entre as opções “Pagar” ou “Agendar”. A
opção “Pagar” gera uma ordem de pagamento para liquidação
prioritária. A opção “Agendar” gera uma ordem de pagamento
3 Usuário pagador Ação
para liquidação não prioritária. Caso o usuário pagador escolha a
opção “Agendar”, ele deverá escolher a data para efetivação do
pagamento.
Dados inseridos pelo usuário pagador são encaminhados ao seu
4 Usuário pagador Comunicação
PSP.
PSP do pagador sem O PSP recebe os dados do pagamento inseridos pelo usuário
5 Comunicação
acesso direto ao DICT pagador.
Caso o usuário pagador tenha inserido os dados completos do
PSP do pagador sem recebedor, o PSP do usuário pagador não precisa consultar o
6 Ação
acesso direto ao DICT DICT para validar os dados do recebedor. Nesse caso, a próxima
etapa do fluxo é a etapa 15.
Caso o usuário pagador tenha inserido apenas uma chave, o PSP
PSP do pagador sem do usuário pagador se comunica com o participante com acesso
7 Comunicação
acesso direto ao DICT direto ao DICT para consulta das informações de identificação do
usuário recebedor.
Participante com O participante com acesso direto ao DICT recebe os dados do
8 Comunicação
Acesso direto ao DICT pagamento encaminhados pelo PSP do pagador.
Participante com O participante com acesso direto se comunica com o DICT para
9 Comunicação
Acesso direto ao DICT consulta das informações de identificação do usuário recebedor.
10 DICT Comunicação DICT recebe consulta de dados sobre usuário recebedor.
DICT consulta a chave recebida, faz a validação e retorna os
11 DICT Ação
dados de identificação encontrados.
DICT se comunica com o participante com acesso direto ao
12 DICT Comunicação diretório de endereçamento, informando os dados de
identificação do usuário recebedor.
Participante com acesso direto ao DICT recebe comunicação do
Participante com
13 Comunicação diretório de endereçamento com os dados de identificação do
Acesso direto ao DICT
usuário recebedor.
Participante com Participante com acesso direto ao DICT se comunica com o PSP
14 Comunicação
Acesso direto ao DICT do pagador, informando os dados do usuário recebedor.
PSP do pagador recebe comunicação do participante com acesso
15 PSP do pagador Comunicação direto ao DICT com os dados de identificação do usuário
recebedor.
PSP do pagador envia comunicação ao usuário pagador com os
16 PSP do pagador Comunicação
dados do usuário recebedor, solicitando confirmação.
Usuário pagador recebe comunicação com dados sobre o
usuário recebedor, solicitando confirmação para o início do
17 Usuário pagador Comunicação
processo de efetivação do pagamento. Caso o usuário pagador
confirme a transação, é gerada uma ordem de pagamento.
25
O envio prévio sistematizado de informações pode ser feito tanto pelo usuário
recebedor quanto pelo usuário pagador. Caso as informações prévias sejam geradas
pelo usuário recebedor, caberá ao usuário pagador realizar a leitura do QR Code e
iniciar a transação por meio do seu PSP. Nesse caso, o usuário pagador deve
necessariamente ter acesso à rede de dados.
Para o caso em que o pagador esteja sem acesso à rede de dados, é possível que ele
próprio gere, sem troca de informações por redes de comunicação, um QR Code com
suas informações transacionais. Nesse caso, o usuário recebedor deverá ler as
informações contidas no QR Code gerado pelo pagador e prosseguir com o processo
por meio de seu PSP. Nesse caso, o usuário recebedor deve necessariamente ter
acesso à rede de dados6.
6
Situações em que tanto o pagador quanto o recebedor estejam sem acesso à rede de dados não
estão contempladas no PIX.
7
Caso o usuário pagador não possua acesso à rede de dados, o usuário pagador deve seguir o fluxo
do QR Code gerado pelo pagador descrito na seção 1.2.2.3.
26
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Usuário recebedor acessa seu canal de
1 Usuário recebedor Ação
atendimento.
Usuário recebedor solicita, em seu canal de atendimento, a criação
2 Usuário recebedor Ação
de QR Code Estático.
Solicitação de QR Code Estático pelo usuário recebedor é
3 Usuário recebedor Comunicação
encaminhada ao PSP do recebedor.
Comunicação de solicitação de QR Code Estático pelo usuário
4 PSP do recebedor Comunicação
recebedor é recebida pelo PSP do recebedor.
5 PSP do recebedor Ação PSP do recebedor cria QR Code Estático.
6 PSP do recebedor Comunicação PSP do recebedor informa o QR Code gerado ao usuário recebedor.
Usuário recebedor recebe QR Code Estático em seu canal de
7 Usuário recebedor Comunicação atendimento e, da forma por ele escolhida, o disponibiliza ao
usuário pagador.
O fluxo de utilização do QR Code Estático pelo usuário pagador com acesso à rede de
dados é o seguinte:
27
# Camada Tipo Descrição
Usuário pagador identifica a disponibilização de QR Code para
1 Usuário pagador Comunicação
leitura.
Usuário pagador faz a leitura do QR Code disponibilizado pelo
2 Usuário pagador Ação
usuário recebedor.
3 Usuário pagador Comunicação Dados lidos do QR Code são encaminhados ao PSP do pagador.
28
PSP do pagador envia comunicação ao usuário pagador com os
10 PSP do pagador Comunicação
dados do usuário recebedor, solicitando confirmação.
Usuário pagador recebe comunicação com dados sobre o usuário
pagador, solicitando confirmação para o início do processo de
11 Usuário pagador Comunicação
efetivação do pagamento. Caso o usuário pagador confirme a
transação, é gerada uma ordem de pagamento.
29
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Usuário recebedor acessa seu canal
1 Usuário recebedor Ação
de atendimento.
Usuário recebedor solicita, em seu canal de
2 Usuário recebedor Ação
atendimento, a geração de QR Code dinâmico.
Solicitação de QR Code dinâmico pelo usuário recebedor
3 Usuário recebedor Comunicação
é encaminhada ao PSP do recebedor.
Comunicação de solicitação de QR Code dinâmico pelo
4 PSP do recebedor Comunicação
usuário recebedor é recebida pelo PSP do recebedor.
PSP do recebedor cria URL/URI e gera o QR Code
dinâmico. O QR Code dinâmico contém apenas a
5 PSP do recebedor Ação
URL/URI que aponta para o serviço web service
hospedado no PSP do recebedor.
PSP do recebedor envia o QR Code para o usuário
6 PSP do recebedor Comunicação
recebedor.
Usuário recebedor recebe QR Code dinâmico em seu
7 Usuário recebedor Comunicação canal de atendimento e, da forma por ele escolhida, o
disponibiliza ao usuário pagador.
30
Apresenta-se o fluxo de utilização do QR Code dinâmico pelo usuário pagador com
acesso à rede de dados8:
8
Caso o usuário pagador não possua acesso à rede de dados, o usuário pagador deve seguir o fluxo
do QR Code gerado pelo pagador descrito na seção 1.2.2.3.
9
A URL/URI está hospedada no domínio do PSP do Recebedor. As validações de segurança incluem
a verificação da validade do certificado apresentado no domínio e a verificação da presença do
domínio na lista dos domínios autorizados a gerarem QR Codes no âmbito do SFN. Caso as
validações sejam positivas, o aplicativo também recupera a chave pública do PSP/domínio em
questão.
31
chave pública obtida. Caso as verificações sejam positivas,
o aplicativo do PSP do pagador solicita confirmação para o
início do processo de efetivação do pagamento. Caso o
usuário pagador confirme a transação, é gerada uma
ordem de pagamento.
Por motivos de segurança, o QR Code gerado pelo aplicativo do PSP terá um tempo de
expiração, a critério de cada PSP. Entende-se que a autorização para efetivação do
pagamento é realizada pelo pagador no momento em que ele gera o QR Code por
meio do seu PSP. Dessa forma, é necessário que o identificador único do QR Code e a
sua assinatura contenham informações suficientes para garantir que o QR Code foi
realmente gerado pelo usuário pagador e que esse QR Code não será aceito em mais
de uma transação. Além desses controles sugeridos de segurança, outros elementos
também poderão ser inseridos, a critério de cada PSP. A leitura do QR Code e o início
da transmissão da ordem de pagamento são realizados pelo usuário recebedor,
conforme o seguinte fluxo:
32
# Camada Tipo Descrição
Usuário pagador identifica a disponibilização de QR Code para
1 Usuário pagador Comunicação
leitura.
33
Usuário pagador acessa o aplicativo do seu PSP e faz a leitura,
2 Usuário pagador Ação
por meio desse aplicativo, do QR Code gerado pelo recebedor.
Usuário pagador gera, no aplicativo de seu PSP, sem troca de
3 Usuário pagador Ação informações em rede de dados, um novo QR Code, com base em
dados colhidos do QR Code do usuário recebedor.
O QR Code gerado é apresentado pelo usuário pagador ao
usuário recebedor. Essa apresentação implica em autorização
4 Usuário pagador Ação para o recebimento do valor em questão pelo usuário
recebedor, uma vez que não haverá pedido posterior de
confirmação.
Usuário recebedor recebe informação de que há QR Code
disponibilizado pelo usuário pagador. Não há fluxo
5 Usuário recebedor Comunicação sistematizado de informações nessa etapa. Trata-se de mera
sinalização, verbal, visual ou qualquer outra forma, de que há
um QR Code disponível para ser lido.
QR Code disponibilizado pelo usuário pagador é lido pelo
6 Usuário recebedor Ação
usuário recebedor.
A fim de garantir que o QR Code do pagador foi gerado
corretamente, o aplicativo do usuário recebedor confere se os
campos de identificação do usuário recebedor desse QR Code
7 Usuário recebedor Ação contêm sua chave de endereçamento (caso o QR Code gerado
pelo recebedor seja estático) ou os dados de sua conta
transacional (caso o QR Code gerado pelo recebedor seja
dinâmico).
Informações do QR Code lidas são encaminhadas ao PSP do
8 Usuário recebedor Comunicação
recebedor.
PSP do recebedor recebe informações encaminhadas pelo
9 PSP do recebedor Comunicação
usuário recebedor.
PSP do recebedor encaminha informações de pagamento ao
SPI. Caso ambos os PSPs envolvidos na transação se conectem
ao SPI por meio do mesmo Provedor de Serviços de Tecnologia
10 PSP do recebedor Mensagem
da Informação (PSTI)10, o PSTI em questão poderá encaminhar a
mensagem de pagamento ao PSP do pagador sem a
necessidade de enviá-la ao SPI.
SPI ou PSTI recebe mensagem encaminhada pelo PSP do
11 SPI ou PSTI Mensagem
recebedor.
SPI ou PSTI encaminha informações do pagamento ao PSP do
12 SPI ou PSTI Mensagem
pagador.
10
Ver seção 2.3 deste documento, sobre conectividade.
34
PSP do pagador recebe informações do pagamento
13 PSP do pagador Mensagem
encaminhadas pelo SPI.
PSP faz validações de segurança do QR Code, a fim de
confirmar de que se trata de comando de pagamento
autêntico, encaminhado dentro do prazo e gerado
adequadamente pelo pagador.11 Caso o QR Code gerado pelo
14 PSP do pagador Ação
recebedor, o qual iniciou o processo na etapa 1, seja dinâmico
e a transação seja validada, o PSP do pagador gera uma ordem
de pagamento e, nesse caso, o processo do QR Code gerado
pelo pagador se encerra nesta etapa.
Caso o QR Code gerado pelo recebedor, o qual iniciou o
15 PSP do pagador Mensagem processo na etapa 1, seja estático, o PSP do pagador encaminha
consulta ao diretório de endereçamento.
11
As validações de segurança podem incluir a requisição de autenticação off-line no momento da
geração do QR Code, como a requisição de senha autenticada no dispositivo do usuário ou o uso
de biometria. Além disso, o risco de fraude pode ser mitigado por meio da definição, a critério de
cada PSP, de limites de valor para esse tipo de iniciação de pagamento. Também podem ser criados
mecanismos que evitem que o usuário recebedor possa, de alguma maneira, alterar os dados
gerados no QR Code.
12
EMV® é uma marca registrada nos EUA e em outros países e uma marca não registrada em outros
lugares. A marca comercial EMV é de propriedade da EMVCo, LLC.
35
pagamentos no mercado de pagamentos de varejo brasileiro. A adoção do padrão
permite a racionalização da aceitação de QR Codes pelos varejistas brasileiros,
evitando que o varejo tenha que ter um QR Code diferente para cada arranjo de
pagamento que seja aceito como meio de pagamento. Além disso, a adoção do padrão
facilita o entendimento da utilização dos QR Codes pelos consumidores.
O padrão EMV® para QR Codes é plenamente compatível com a solução por URL/URI.
Os endereços ficarão armazenados nos campos livres existentes no padrão.
13
É importante esclarecer que a adoção do padrão EMV® não se confunde com a utilização da
infraestrutura da indústria de cartões de pagamento. Pagamentos instantâneos iniciados por meio
de QR Codes utilizarão a infraestrutura do ecossistema de pagamentos instantâneos. Pagamentos
com cartão iniciados por meio de QR Codes utilizarão a infraestrutura da indústria de cartões. Ou
seja, cada arranjo cujo pagamento seja iniciado por meio de QR Codes que utilizem o padrão EMV®
irá utilizar suas infraestruturas correspondentes.
14
A URL/URI contida no QR Code dinâmico poderá, a critério do usuário recebedor, ser estável. As
informações contidas no payload json é que devem necessariamente ser diferentes para cada
transação.
36
A quantidade e o formato das informações contidas nos campos que compõem os QR
Codes estão vinculados a cada tipo de QR Code.
QR Code Estático
# Campo Tipo
1 Chave de endereçamento Obrigatório
2 Valor Opcional
3 Conjunto livre de caracteres, com limite de tamanho Opcional
QR Code Dinâmico
# Campo Tipo
1 Instituição do usuário recebedor Obrigatório
2 Tipo de conta do usuário recebedor Obrigatório
3 Número da agência do recebedor Obrigatório
4 Número da conta do recebedor Obrigatório
5 Link do URL/URI Obrigatório
Identificador único na origem (é o mesmo identificador contido na
Opcional
6 URL/URI)15
7 Valor Opcional
Link URL/URI
# Campo Tipo
1 Instituição do usuário recebedor Obrigatório
2 Tipo de conta do usuário recebedor Obrigatório
3 Número da agência do recebedor Obrigatório
4 Número da conta do recebedor Obrigatório
5 CPF/CNPJ do usuário recebedor Obrigatório
6 Nome do usuário recebedor Obrigatório
7 Valor do documento Obrigatório
8 Identificador único na origem Obrigatório
9 Assinatura Obrigatório
10 Conjunto livre de caracteres, com limite de tamanho Opcional
11 Tempo de expiração do QR Code Opcional
15
Identificador único na origem é o código alfanumérico utilizado pelo usuário recebedor para
rastrear um pagamento e efetuar a conciliação entre o produto vendido ou o serviço prestado e o
respectivo recebimento.
37
12 Data de vencimento do pagamento Opcional
13 Juros/Multa Opcional
14 Desconto/Abatimento Opcional
15 Valor Obrigatório
Por fim, o QR Code gerado pelo usuário pagador conterá as seguintes informações:
16
Identificador único do QR Code é o código gerado pelo aplicativo do usuário pagador, cujo
algoritmo de geração é determinado por seu PSP, para impedir que o pagamento de um
determinado QR Code seja efetivado mais do que uma vez.
17
Disponível em https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/forumpagamentosinstantaneos.
38
do SPI, em relação à liquidação prioritária de pagamentos instantâneos detalhada no
fluxo apresentado na seção 1.1.1 (fluxo de transações entre participantes diretos).
O SPI enviará resposta para todos os pagamentos recebidos (etapa #5 do fluxo 1.1.1),
sejam mensagens de sucesso ou de insucesso. Contudo, em uma situação excepcional
e imprevista na qual o PSP não receba resposta alguma do SPI até o limite de tempo
estabelecido para caracterização de timeout, o PSP deverá adotar as ações previstas
na seção 3.4.6, que trata especificamente da resolução de pagamentos que não foram
respondidos pelo SPI. Isso implica que o PSP nunca deve inferir sucesso ou insucesso
de uma transação sem antes receber alguma resposta do SPI ou executar as ações
previstas na seção 3.4.6.
39
# Camada Tipo Descrição
1 PSP do pagador Comunicação Início do processo. PSP do pagador recebe ordem de pagamento.
Caso se trate de um pagamento para liquidação não prioritária, o PSP do
2 PSP do pagador Ação pagador armazena a ordem para processamento na data escolhida pelo
usuário pagador.
PSP do pagador realiza bloqueio do valor do pagamento na conta do
3 PSP do pagador Ação
usuário pagador.
PSP do pagador envia mensagem ao SPI solicitando troca de saldo na
4 PSP do pagador Mensagem
Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do pagador solicitando troca de
5 SPI Mensagem
saldo na Conta PI para prosseguimento do pagamento.
40
• erro de sintaxe (inconsistência na mensagem): a mensagem
enviada foi construída incorretamente pelo PSP do pagador 18;
• pagamento para liquidação prioritária enviado após extrapolação
do limite de tempo definido para caracterização de timeout;
• pagamento para liquidação não prioritária enviado fora do
horário limite estabelecido; ou
• outros erros que impeçam a aceitação da mensagem, que devem
ser detectados e devidamente informados pelo SPI durante a
validação da mensagem.
SPI envia informação de insucesso ao PSP do pagador, indicando o
E2 SPI Mensagem
motivo do insucesso do pagamento.
E3 PSP do pagador Mensagem PSP do pagador recebe informação de insucesso da transação.
E4 PSP do pagador Ação PSP do pagador desbloqueia o valor na conta do usuário pagador.
PSP do pagador informa insucesso da transação e o motivo do insucesso
E5 PSP do pagador Comunicação
ao usuário pagador.
Quando o SPI responde a um estímulo utilizando uma ADMI.002, isso significa que o
sistema não registrou em sua base uma nova operação de pagamento ou não alterou
o estado de uma operação existente nem os saldos das Contas PI relacionadas a essa
operação, conforme o caso.
Portanto, o idFimAFim (EndToEndId) de uma nova operação que foi respondida com
ADMI.002 não poderá ser considerado como aceito nem rejeitado.
18
Uma mensagem com erro sintático não poderá ser consultada posteriormente pelo PSP junto ao
SPI, pois o erro de formação impede o seu armazenamento na base de dados do SPI.
41
• requisições de operações de pagamento diferentes com mesmo idFimAFim.
PACS.002
A mensagem do tipo PACS.002 se refere ao retorno de sucesso ou de rejeição após o
efetivo processamento, pelo SPI, de uma operação recebida pelo sistema.
Assim, uma rejeição indicada na PACS.002 reflete a violação de uma regra de negócio.
Nesse caso, uma vez que a operação foi processada pelo SPI, o idFimAFim
(EndToEndId) da operação será reconhecido pelo sistema para fins de controle e de
consultas posteriores, tanto no caso de sucesso quanto de rejeição. Ademais, a
resposta fornecida na PACS.002 será sempre repetida pelos mecanismos de
idempotência em tentativas subsequentes em que essa situação se configure.
42
# Camada Tipo Descrição
1 PSP do pagador Comunicação Início do processo. PSP do pagador recebe ordem de pagamento.
Caso se trate de um pagamento para liquidação não prioritária, o PSP do
2 PSP do pagador Ação pagador armazena a ordem para processamento na data escolhida pelo
usuário pagador.
PSP do pagador realiza bloqueio do valor do pagamento na conta do
3 PSP do pagador Ação
usuário pagador.
PSP do pagador envia mensagem ao SPI solicitando troca de saldo na
4 PSP do pagador Mensagem
Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do pagador solicitando troca de
5 SPI Mensagem
saldo na Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI tenta efetuar o bloqueio, na Conta PI do PSP do pagador, do
6 SPI Ação
montante correspondente ao pagamento instantâneo em questão.
Ao tentar efetuar o bloqueio descrito na etapa #6, o SPI identifica que o
E1 SPI Ação saldo da Conta PI do PSP do pagador é insuficiente para liquidar o
pagamento instantâneo.
SPI envia informação de insucesso ao PSP do pagador, indicando o
E2 SPI Mensagem
motivo do insucesso do pagamento.
43
E3 PSP do pagador Mensagem PSP do pagador recebe informação de insucesso da transação.
E4 PSP do pagador Ação PSP do pagador desbloqueia o valor na conta do usuário pagador.
PSP do pagador informa insucesso da transação e o motivo do insucesso
E5 PSP do pagador Comunicação
ao usuário pagador.
44
PSP do pagador realiza bloqueio do valor do pagamento na conta do
3 PSP do pagador Ação
usuário pagador.
PSP do pagador envia mensagem ao SPI solicitando troca de saldo na
4 PSP do pagador Mensagem
Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do pagador solicitando troca
5 SPI Mensagem
de saldo na Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI efetua o bloqueio, na Conta PI do PSP do pagador, do montante
6 SPI Ação
correspondente ao pagamento instantâneo em questão.
SPI envia mensagem ao PSP do recebedor informando os dados da
7 SPI Mensagem
transferência.
8 PSP do recebedor Mensagem PSP do recebedor recebe mensagem com os dados da transferência.
PSP do recebedor tenta validar a conta do usuário recebedor para fazer
9 PSP do recebedor Ação
anotação provisória de crédito.
Ao executar a etapa #9, o PSP do recebedor não faz a anotação
provisória de crédito. Isso pode ser ocasionado pela incapacidade de o
E1 PSP do recebedor Ação PSP do recebedor identificar o usuário recebedor, por razões
relacionadas à prevenção à lavagem de dinheiro ou por qualquer outro
motivo.
PSP do recebedor envia mensagem ao SPI informando insucesso e o
E2 PSP do recebedor Mensagem
motivo de ter recusado o recebimento do pagamento.
E3 SPI Mensagem SPI recebe informação de insucesso do pagamento.
SPI desbloqueia o montante do pagamento na Conta PI do PSP do
E4 SPI Ação
pagador19.
SPI envia mensagem ao PSP do pagador e ao PSP do recebedor
E5 SPI Mensagem
indicando o motivo do insucesso do pagamento.
E6 PSP do pagador Mensagem PSP do pagador recebe informação de insucesso do pagamento.
E7 PSP do pagador Ação PSP do pagador desbloqueia o valor na conta do usuário pagador.
PSP do pagador informa insucesso da transação e o motivo do
E8 PSP do pagador Comunicação
insucesso ao usuário pagador.
E9 PSP do recebedor Mensagem PSP do recebedor recebe confirmação de insucesso do pagamento.
19
O SPI irá realizar o desbloqueio no menor tempo possível. Isso é válido para todos os casos de
insucesso em que o SPI tenha que desbloquear os recursos na Conta PI.
45
vez que um pagamento seja considerado final e irrevogável, ele não estará mais
sujeito a rejeição.
46
SPI identifica extrapolação do limite de tempo para caracterização de
E1 SPI Ação
timeout20.
E2 SPI Ação SPI desbloqueia a Conta PI do PSP do pagador, se ocorreu o bloqueio.
SPI envia informação de insucesso ao PSP do pagador e ao PSP do
E3 SPI Mensagem
recebedor, indicando o motivo do insucesso.
E4 PSP do pagador Mensagem PSP do pagador recebe informação de insucesso da transação.
E5 PSP do pagador Ação PSP do pagador desbloqueia o valor na conta do usuário pagador.
PSP do pagador informa insucesso da transação e o motivo do
E6 PSP do pagador Comunicação
insucesso ao usuário pagador.
E7 PSP do recebedor Mensagem PSP do recebedor recebe informação de insucesso da transação.
PSP do recebedor desfaz anotação de crédito na conta do usuário
E8 PSP do recebedor Ação
recebedor, se a anotação tiver sido efetuada.
É possível, por exemplo, que os PSPs utilizem a função descrita na seção 3.4.6
(Resolução de pagamento não respondido pelo SPI), caso haja algum problema após
a transação ser considerada final e irrevogável que impeça os PSPs de receber a
confirmação enviada pelo SPI de que os saldos nas contas PI foram ajustados.
Recomenda-se que os PSPs utilizem a função descrita na seção 3.4.6 sempre que seus
usuários reenviem uma mesma ordem de pagamento, a fim de ter a informação
correta sobre a conclusão com sucesso ou insucesso de uma determinada transação.
Esse procedimento minimiza a probabilidade de pagamentos em duplicidade.
Problemas nas etapas #16, #17, #20 e #21 estão fora do controle do SPI, de forma que
são responsabilidade exclusiva dos PSPs.
20
Caso, na etapa #10, o PSP do Recebedor envie uma mensagem com erro de sintaxe, o SPI indicará
o erro ao PSP do Recebedor e continuará contando o tempo para efeitos de timeout.
47
1.4. Devolução do PIX
Podem haver várias devoluções para uma mesma transação original, desde que o
valor de cada transação, assim como a soma total do valor dessas devoluções, não
ultrapasse o montante da transação de pagamento original. Isso implica que é
possível devolver uma transação com um valor diferente do valor da transação
original.
21
Prevê-se que os PSPs ofertem a seus clientes extrato com todos os PIX enviados e recebidos
dentro de um determinado período. Esse extrato não deverá se restringir às operações passíveis
de devolução e deverá permitir que uma devolução seja iniciada de forma simples e rápida para
todas aquelas transações que podem ser devolvidas.
48
o usuário deseje devolver um valor que recebeu após o prazo limite para geração de
transações de devolução, ele deve realizar uma transação de transferência padrão
para o usuário pagador da transação original.
22
O EndToEndId e a data de pagamento são dados padronizados e informados pelo SPI.
49
g. somente o PSP recebedor da transação original pode iniciar uma ordem
de devolução solicitada pelo usuário remetente. O EndToEndId, portanto,
deve corresponder ao da mensagem PACS.008 objeto da devolução;
h. somente o PSP que originou, a pedido do usuário pagador, a ordem de
pagamento da transação original, pode dar curso à ordem de devolução
para usuário destinatário que seja seu cliente;
i. aplicam-se para as transações de devolução o timeout e, no que couber, os
acordos de nível de serviço das transações prioritárias usuais de
pagamento; e
j. é necessária a existência de fundos na conta transacional do usuário
remetente e na Conta PI de seu PSP.
Caso qualquer um desses parâmetros não sejam atendidos, deve haver a negação do
processamento e da liquidação da ordem de devolução. Não deve haver rejeição de
ordem de devolução por outro motivo que não a violação de um dos parâmetros
destacados acima. O usuário remetente deve ser informado, por seu PSP, sobre o erro
específico que eventualmente impeça o processamento da ordem de devolução.
Assim, negações de ordem pelo PSP do destinatário devem ser comunicadas ao SPI
por meio da mensagem PACS.002, o qual comunicará o PSP do remetente, para que o
usuário possa ser informado.
A ordem de devolução do PIX é feita por meio da mensagem PACS.004, cujos campos
e descrições dos campos serão oportunamente divulgados.
O fluxo abaixo trata do processo de criação de uma ordem de devolução pelo usuário
remetente:
50
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Usuário remetente acessa seu canal de
1 Usuário remetente Ação
atendimento.
Usuário remetente solicita, em seu canal de atendimento,
2 Usuário remetente Ação devolução de determinada transação da qual ele foi o usuário
recebedor.
Usuário remetente envia comunicação ao seu PSP solicitando a
3 Usuário remetente Comunicação
devolução de transação, informando o EndToEndId.
PSP do remetente recebe comunicação de devolução com
4 PSP do remetente Comunicação
EndToEndId.
O PSP do remetente da devolução recupera, com base no
EndToEndId, a data do pagamento, o PSP do destinatário da
devolução (ou seja, o PSP do usuário pagador da transação
original) e o valor da transação. O valor de devolução solicitado
pelo usuário remetente pode ser menor ou igual ao valor da
5 PSP do remetente Ação transação original. No caso de diversas devoluções, o PSP deve
considerar a soma dessas devoluções, a qual não pode ser
maior que o valor da transação original. Caso a mensagem de
devolução seja validada com sucesso, ou seja, caso o
EndToEndId seja válido e a ordem tenha sido enviada pelo
usuário recebedor da transação original dentro do prazo de 90
51
dias do recebimento, deve ser gerada uma ordem de
devolução.
PSP do remetente envia comunicação, informando o
6 PSP do remetente Comunicação
processamento da devolução ou sua rejeição.
Usuário remetente recebe comunicação do seu PSP a respeito
7 Usuário remetente Comunicação
do processamento ou da rejeição da devolução.
52
1 PSP do remetente Comunicação Início do processo. PSP do remetente recebe ordem de devolução.
PSP do remetente realiza bloqueio do valor da devolução na conta
2 PSP do remetente Ação
do usuário remetente.
PSP do remetente envia mensagem ao SPI solicitando troca de
3 PSP do remetente Mensagem
saldo na Conta PI para prosseguimento da devolução.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do remetente solicitando
4 SPI Mensagem
troca de saldo na Conta PI para prosseguimento da devolução.
SPI efetua o bloqueio na Conta PI do PSP do remetente no
5 SPI Ação
montante da devolução em questão.
SPI envia mensagem ao PSP do destinatário informando os dados
6 SPI Mensagem
da devolução.
PSP do destinatário recebe mensagem com os dados da
7 PSP do destinatário Mensagem
devolução.
O PSP do destinatário da devolução recupera, com base no
EndToEndId, a data do pagamento, o valor da transação e os
8 PSP do destinatário Ação
dados da conta transacional do destinatário da devolução (ou
seja, do usuário pagador da transação original).
Em seguida, o PSP do destinatário valida a devolução: verifica se
atende ao prazo de 90 dias, se o destinatário é seu cliente, se o
9 PSP do destinatário Ação
valor está adequado e se a conta do usuário destinatário está
ativa.
Caso o retorno da validação seja positivo, PSP do destinatário faz
10 PSP do destinatário Ação
anotação provisória de crédito na conta do usuário destinatário.
PSP do destinatário envia mensagem ao SPI, solicitando o
11 PSP do destinatário Mensagem
prosseguimento da devolução.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do destinatário,
12 SPI Mensagem
solicitando o prosseguimento da devolução.
SPI efetiva a troca de saldos nas contas PI: diminui o saldo da
Conta PI do PSP do remetente no valor da devolução em questão
13 SPI Ação e aumenta o saldo da Conta PI do PSP do destinatário no mesmo
montante. Nesse momento, considera-se que a transação de
devolução é final e irrevogável.
SPI envia confirmação de conclusão da transação ao PSP do
14 SPI Mensagem
destinatário e ao PSP do remetente.
PSP do destinatário recebe mensagem de confirmação de
15 PSP do destinatário Mensagem
conclusão da devolução.
PSP do destinatário efetiva o crédito na conta do usuário
16 PSP do destinatário Ação
destinatário
PSP do destinatário envia comunicação de confirmação de
17 PSP do destinatário Comunicação
conclusão da devolução ao usuário destinatário.
Usuário destinatário recebe a comunicação informando a
18 Usuário destinatário Comunicação
conclusão da devolução.
PSP do remetente recebe mensagem de confirmação de
19 PSP do remetente Mensagem
conclusão da devolução.
53
PSP do remetente efetiva o débito na conta do usuário remetente
20 PSP do remetente Ação
no valor da devolução.
PSP do remetente envia comunicação de confirmação de
21 PSP do remetente Comunicação
conclusão da devolução ao usuário remetente.
Usuário remetente recebe a comunicação informando a
22 Usuário remetente Comunicação
conclusão da devolução.
54
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. PSP do remetente recebe ordem de
1 PSP do remetente Comunicação
devolução.
PSP do remetente realiza bloqueio do valor da devolução na
2 PSP do remetente Ação
conta do usuário remetente.
55
PSP do remetente envia comunicação ao participante direto
3 PSP do remetente Comunicação remetente, solicitando troca de saldo na Conta PI para
prosseguimento da devolução.
Participante direto Participante direto remetente recebe comunicação solicitando
4 Comunicação
remetente troca de saldo na Conta PI para prosseguimento da devolução.
Participante direto remetente envia mensagem ao SPI
Participante direto
5 Mensagem solicitando troca de saldo na Conta PI para prosseguimento da
remetente
devolução.
SPI recebe mensagem enviada pelo participante direto
6 SPI Mensagem remetente solicitando troca de saldo na Conta PI para
prosseguimento da devolução.
SPI efetua o bloqueio na Conta PI do participante direto
7 SPI Ação
remetente no montante da devolução em questão.
SPI envia mensagem ao participante direto destinatário
8 SPI Mensagem
informando os dados da devolução.
Participante direto Participante direto destinatário recebe mensagem com os dados
9 Mensagem
destinatário da devolução.
Participante direto Participante direto destinatário envia comunicação ao PSP do
10 Comunicação
destinatário destinatário com os dados da devolução.
PSP do PSP do destinatário recebe comunicação com os dados da
11 Comunicação
destinatário devolução.
O PSP do destinatário da devolução recupera, com base no
PSP do EndToEndId, a data do pagamento, o valor da transação e os
12 Ação
destinatário dados da conta transacional do destinatário da devolução (ou
seja, o usuário pagador da transação original).
Em seguida, o PSP do destinatário valida a devolução: verifica se
PSP do atende ao prazo de 90 dias, se o destinatário é seu cliente, se o
13 Ação
destinatário valor está adequado e se a conta do usuário destinatário está
ativa.
PSP do Caso o retorno da validação seja positivo, PSP do destinatário faz
14 Ação
destinatário anotação provisória de crédito na conta do usuário destinatário.
PSP do PSP do destinatário envia comunicação ao participante direto
15 Comunicação
destinatário destinatário, solicitando o prosseguimento da devolução.
Participante direto destinatário recebe comunicação enviada
Participante direto
16 Comunicação pelo PSP do destinatário, solicitando o prosseguimento da
destinatário
devolução.
Participante direto Participante direto destinatário envia mensagem ao SPI,
17 Mensagem
destinatário solicitando o prosseguimento da devolução.
SPI recebe mensagem enviada pelo participante direto
18 SPI Mensagem
destinatário solicitando o prosseguimento da devolução
SPI efetiva a troca de saldos nas contas PI: diminui o saldo da
19 SPI Ação Conta PI do participante direto remetente no valor da devolução
em questão e aumenta o saldo da Conta PI do participante
56
direto destinatário no mesmo montante. Nesse momento,
considera-se que a transação de devolução é final e irrevogável.
SPI envia confirmação de conclusão da devolução ao
20 SPI Mensagem participante direto destinatário e ao participante direto
remetente.
Participante direto Participante direto destinatário recebe mensagem de
21 Mensagem
destinatário confirmação de conclusão da devolução enviada pelo SPI.
Participante direto Participante direto destinatário envia comunicação de
22 Comunicação
destinatário confirmação de conclusão da devolução ao PSP do recebedor.
PSP do PSP do destinatário recebe comunicação de confirmação de
23 Comunicação
destinatário conclusão da devolução.
PSP do PSP do destinatário efetiva o crédito na conta do usuário
24 Ação
destinatário destinatário
PSP do PSP do destinatário envia comunicação de confirmação de
25 Comunicação
destinatário conclusão da devolução ao usuário destinatário.
Usuário Usuário destinatário recebe a comunicação informando a
26 Comunicação
destinatário conclusão da devolução.
Participante direto Participante direto remetente recebe mensagem de confirmação
27 Mensagem
remetente de conclusão da devolução enviada pelo SPI.
Participante direto Participante direto remetente envia comunicação de
28 Comunicação
remetente confirmação de conclusão da devolução ao PSP do remetente.
PSP do remetente recebe comunicação de confirmação de
29 PSP do remetente Comunicação
conclusão da devolução.
PSP do remetente efetiva o débito na conta do usuário
30 PSP do remetente Ação
remetente no valor da devolução.
PSP do remetente envia comunicação de confirmação de
31 PSP do remetente Comunicação
conclusão da devolução ao usuário remetente.
Usuário remetente recebe a comunicação informando a
32 Usuário remetente Comunicação
conclusão da devolução.
57
2. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO PIX
58
O objetivo desta seção é apresentar as especificações técnicas do PIX. Nela serão
tratadas (i) as diferentes formas de participação dos PSPs no PIX; (ii) o padrão de
comunicação entre os diversos participantes do PIX e o SPI; (iii) as diferentes
possibilidades de conexão entre os participantes do PIX e o SPI; (iv) os princípios e
requisitos gerais de segurança do PIX, incluindo aspectos relacionados à autenticação
e à criptografia das transações e aos certificados digitais que devem ser utilizados; (v)
as características gerais e a forma de funcionamento do diretório de endereçamento,
que facilitará a identificação do beneficiário final do pagamento; (vi) os requisitos para
autenticação digital dos usuários pagadores; e (vii) questões relacionadas ao princípio
da idempotência.
23
A regulação dos prestadores de serviço de iniciação de pagamento será realizada no âmbito da
implementação, no Brasil, do Sistema Financeiro Aberto (Open Banking). Ver Comunicado nº
33.455, de 24 de abril de 2019, disponível em:
<https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibenormativo?tipo=Comunicado&numero=33
455>.
59
O padrão internacional de comunicação ISO 20022 é usado para desenvolvimento de
mensagens para a indústria financeira. O padrão ISO 20022 vem sendo adotado em
diversas iniciativas do setor financeiro ao redor do mundo, principalmente nos
sistemas de pagamentos instantâneos. As principais justificativas para sua utilização
são:
Com base em todos os benefícios advindos do uso do padrão que foram identificados
em pesquisa de benchmarking internacional e na interação com participantes do
mercado financeiro brasileiro, decidiu-se pela utilização do ISO 20022 como padrão
de comunicação do PIX.
Na avaliação de possíveis alternativas, foi descartado o padrão JSON (i) por exigir uma
conversão do catálogo da ISO, expresso no padrão XML; (ii) por exigir a geração de
JSON Schemas, derivados dos XSDs disponibilizados no catálogo; e (iii) por não
60
representar redução significativa no tamanho das mensagens, quando obedecidas as
regras de conversão estabelecidas pela norma.
2.3. Conectividade
No que concerne à conectividade ao SPI, o BC optou por adotar a Rede do Sistema
Financeiro Nacional (RSFN) para suportar o tráfego de comunicação dentro do
ecossistema de pagamentos instantâneos brasileiro. A RSFN é a estrutura de
comunicação de dados que tem por finalidade amparar o tráfego de informações no
âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) para serviços autorizados pelo Comitê
Gestor, conforme disposto na Circular nº 3.629, de 19 de fevereiro de 2013. Seu
objetivo principal é suportar o tráfego de dados diretamente relacionados a serviços
críticos, podendo, desde que não haja interferência em seu objetivo principal, suportar
o tráfego de dados de outra natureza.
24
Cabe salientar que não haverá acesso direto ao SPI por meio da Internet. O Manual de Redes
está disponível em
https://www.bcb.gov.br/content/estabilidadefinanceira/cedsfn/Manual_de_Redes_do_SFN_Ver
_9.pdf.
61
2.3.1. Interface de comunicação
A transmissão das mensagens ISO 20022 entre os PSPs e o SPI se dará através de
serviços HTTP disponibilizados pelo SPI.
Não haverá, portanto, serviços HTTP disponibilizados pelos PSPs para troca de
mensagens com o SPI.
62
a. disponibilidade: garantia de que as informações estejam acessíveis a pessoas
e a processos autorizados;
b. integridade: garantia de que a informação não foi modificada na origem, no
trânsito ou no destino;
c. confidencialidade: garantia de que a informação não esteja disponível ou não
seja revelada a pessoas e a processos não autorizados; e
d. autenticidade: garantia da veracidade da fonte das informações.
25
Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, que dispõe sobre a proteção de dados pessoais.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13709.htm>.
26
Manual de Segurança PI. Disponível em
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/forumpagamentosinstantaneos
27
Padrão XMLDSig. Disponível em: http://www.w3.org/Signature/.
63
A especificação detalhada do processo de geração e validação da assinatura digital
das mensagens, bem como a descrição dos algoritmos e padrões utilizados constam
no Manual de Segurança PI.
28
Manual de Segurança do SFN, versão 4.01. Disponível em:
https://www.bcb.gov.br/content/estabilidadefinanceira/cedsfn/Manual_Seguran%C3%A7a_SFN-
v4_01.pdf.
29
Sistema de Transferência de Arquivos do Banco Central. Disponível em: https://sta.bcb.gov.br.
64
dos registros será de 10 (dez) anos, contados da data da emissão e assinatura do
registro. Os certificados usados e identificação dos algoritmos utilizados para verificar
a assinatura das mensagens também deverão ser registrados. Os participantes devem
apresentar, havendo demanda da fiscalização do BC, seus arquivos de logs com os
dados em claro.
65
intuitivo, assim, que o número de telefone celular seja uma das chaves de
endereçamento. O usuário terá fácil acesso a essa informação, uma vez que, para
pessoas com quem o usuário tenha tido contato anteriormente, ela poderá estar
armazenada em sua lista de contatos, no mesmo aparelho que usualmente será
utilizado como instrumento de pagamento. Além de intuitivo, a utilização de número
de telefone celular como chave de endereçamento possui forte amparo na
experiência internacional.
Há, no entanto, usuários que possam preferir não serem identificados por seu número
de telefone celular. Supõe-se, por exemplo, que empresas de médio e de grande porte
não tenham interesse em utilizar esse tipo de chave, buscando algo mais fortemente
vinculado à sua marca. Em outros casos, usuários que troquem de número de telefone
celular com frequência ou que tenham o porte do aparelho celular, mas não a posse,
podem não se sentir confortáveis em utilizar o número de telefone celular como um
vínculo à sua conta transacional. Portanto, é razoável que outras opções de chave de
endereçamento estejam disponíveis para escolha dos usuários finais. Além do
número de telefone celular, optou-se por dois outros tipos de chave: CPF/CNPJ e
endereço de e-mail.
O CPF/CNPJ do usuário final é uma chave que pode ser utilizada com maior frequência
para pagamentos que envolvam formalidade. Em transações governamentais, por
exemplo, em que o órgão de governo já possui dados de CPF dos beneficiários, essa
chave pode facilitar os pagamentos, uma vez que será suficiente para identificar o
usuário recebedor, evitando a gestão de informações da conta transacional pela
instituição governamental. Empresas podem ter interesse em serem identificadas por
seu CNPJ quando tiverem fornecido ao usuário pagador documento de cobrança que
contenha essa informação, por exemplo.
66
dúvidas em relação a quais parâmetros seriam utilizados para evitar o uso abusivo de
um campo de preenchimento totalmente livre.
O PSP, portanto, deve fazer uma validação ativa das chaves de endereçamento no
momento de seu cadastro, além de verificar se a chave pretendida está disponível no
diretório de endereçamento. No caso do CPF/CNPJ, a chave informada deve ser o
CPF/CNPJ do titular da conta, que deve ser confirmada por meio da base de dados da
Receita Federal ou por meio do cadastro do usuário final no próprio PSP. Para
endereço de e-mail e número de telefone celular, deve haver o envio de um código
para o e-mail ou para o número de telefone celular informado, que deve ser retornado
pelo usuário para fins de confirmação.
Além desses três tipos de chave para endereçamento, que demandam algum tipo de
validação por parte do PSP, também será possível a utilização de um quarto tipo de
chave: o Endereço Virtual de Pagamento (EVP). O EVP é uma chave que poderá ser
utilizada principalmente para a geração de QR Code estático.
30
https://tools.ietf.org/html/rfc1750 - Randomness Recommendations for Security
31
https://tools.ietf.org/html/rfc4122#page-14
67
versão 432, e sempre gerada pelo DICT. O EVP só pode ser registrado ou excluído. Ele
não é passível de portabilidade nem de reivindicação de posse.
No caso do EVP, o PSP deve solicitar sua geração, de maneira online, para o DICT. O
DICT gerará um EVP que será necessariamente atrelado a uma conta que o PSP
conhece, de forma que não é necessário nenhum processo de validação. Cada EVP é
único dentro do PIX e só pode estar atrelado a uma única conta. Assim como nas
demais chaves, uma conta pode estar vinculada a mais de um EVP.
O quadro abaixo resume as chaves para endereçamento que serão utilizadas no PIX:
32
Segundo https://en.wikipedia.org/wiki/Universally_unique_identifier#Version_4_(random) a
possibilidade de colisão de um UUID versão 4 é muito baixa. Para obter 50% de chance de colisão,
é preciso 2,71 quintilhões de UUIDs gerados. Esse número é equivalente a gerar 1 bilhão de UUIDs
por segundo durante 85 anos. Um arquivo contendo todos esses UUIDs precisaria de 45 exabytes,
o que seria, atualmente, uma capacidade de armazenamento muito superior ao de todas as bases
de dados do mundo somadas.
33
https://www.itu.int/rec/T-REC-E.164-201011-I/en.
68
Deverá ser informado sem
pontos ou traços.
Endereço
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Número hexadecimal com
Virtual de
Exemplo: b6295ee1-f054-47d1-9e90- 32 posições. Deverá ser
Pagamento
ee57b74f60d9 34
informado sem pontuação.
(EVP)
Destaca-se que o DICT será construído de forma a permitir qualquer tipo de chave
alfanumérica, limitada apenas a um número máximo de caracteres. Portanto, é
possível que, a qualquer momento e por decisão do BC, que será o gestor do diretório,
novos formatos de chave para endereçamento, além dos quatro tipos apontados no
quadro acima, sejam adotados posteriormente.
34
Apenas exemplo de formato. Número gerado em https://www.uuidgenerator.net/version4.
69
O registro de chaves inicia-se a partir de solicitação do usuário final. A inclusão da
chave será aceita pelo PSP desse usuário apenas após a confirmação de que o usuário
tem a posse dela, conforme detalhado na seção 2.6.1. No caso de CPF, CNPJ e EVP, não
é necessária a validação de posse pelo usuário final. Os PSPs podem ofertar a seus
clientes a possibilidade de inclusão de chaves no DICT. Contudo, essa inclusão só
poderá ser efetivada após o consentimento do usuário final.
O PSP do usuário final pode possuir acesso direto ao DICT ou realizar esse acesso por
meio de outro PSP que possua acesso direto ao diretório. Há, assim, dois fluxos de
35
Nessa situação, os mecanismos de segurança implementados pelos PSPs devem ser análogos aos
adotados pelo DICT para prevenção de ataques de leitura, conforme descrito na seção 2.6.10
36
Como detalhado na seção 2.6.1, não existe portabilidade nem reivindicação de posse para CPF,
CNPJ e EVP.
70
registro de chave: um para participantes com acesso direto e outro para participantes
com acesso indireto ao DICT.
71
PSP faz validação da posse da chave pelo usuário final. O objetivo é
impedir a fraude de criação de chave de endereçamento com dados
de outras pessoas. No caso de CPF/CNPJ, a conferência é feita com o
CPF/CNPJ cadastrado no PSP, que é um dos itens obrigatórios para
5 PSP do usuário final Ação abertura de contas transacionais. Para e-mail e número de telefone
celular, deve haver validação ativa. Exemplificando, o PSP poderia
enviar um código de confirmação para o e-mail ou número de
telefone celular (via SMS) informado pelo usuário. Esse código seria
então inserido e validado em algum canal de acesso do PSP.
6 PSP do usuário final Mensagem Solicitação de inclusão de chave é encaminhada ao DICT.
7 DICT Mensagem DICT recebe mensagem com a solicitação de inclusão de chave.
DICT realiza verificações de conformidade:
i) instituição que solicitou a inclusão, ou seja, o PSP com acesso direto,
deve possuir autorização para realizar a inclusão de chaves de
endereçamento; e
8 DICT Ação ii) PSP vinculado à chave deve ser o mesmo PSP do usuário final que
solicitou a inclusão da chave. Com esse passo, evita-se que um PSP
realize inclusão de chave de endereçamento vinculada a uma conta
de outro PSP, o que poderia gerar fraude ou dificuldade de gestão
dos bancos de dados internos dos PSPs.
DICT verifica se a chave de endereçamento solicitada já está
9 DICT Ação
registrada no diretório.
Caso a chave solicitada não esteja registrada no DICT, efetua-se seu
cadastro, vinculando a chave a um PSP, a uma agência, ao número da
10 DICT Ação conta transacional, ao tipo da conta transacional e ao nome e
CPF/CNPJ do usuário final, conforme dados encaminhados pelo PSP
do usuário.
Caso a chave solicitada já esteja registrada no DICT, é criada
11 DICT Ação mensagem indicando registro para aquela chave, com os dados da
chave existente.
DICT envia mensagem de resposta ao PSP do usuário final,
12 DICT Mensagem informando o sucesso da inclusão ou a existência de chave já
registrada.
13 PSP do usuário final Mensagem PSP do usuário final recebe mensagem de resposta do DICT.
No caso de sucesso na inclusão, o PSP do usuário final atualiza sua
14 PSP do usuário final Ação base de dados interna com a chave e os dados do usuário vinculados
a ela.
72
PSP do usuário final pode encaminhar três comunicações para o
usuário final:
i) caso a chave tenha sido registrada com sucesso, é enviada
comunicação confirmando o registro da chave;
ii) caso a chave não tenha sido registrada e a chave esteja de posse
do mesmo CPF/CNPJ que solicitou seu registro, é enviada
comunicação indicando os dados da chave já registrada e
15 PSP do usuário final Comunicação perguntando se o usuário deseja efetuar portabilidade da chave;
ou
iii) caso a chave não tenha sido registrada e a chave esteja de posse
de CPF/CNPJ diferente daquele que solicitou seu registro, é
enviada comunicação indicando os dados da chave já registrada e
perguntando se o usuário deseja efetuar reivindicação de posse
da chave.
73
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Usuário final acessa seu canal de
1 Usuário final Ação
atendimento.
Usuário final informa qual chave deseja cadastrar entre os
três tipos possíveis: CPF/CNPJ, e-mail e número de telefone
2 Usuário final Ação celular. Usuário final solicita inclusão da chave. O PSP pode
perguntar ao usuário final se ele deseja incluir alguma chave
no DICT.
Usuário final encaminha sua solicitação e os dados
3 Usuário final Comunicação
necessários a seu PSP.
PSP do usuário final recebe a solicitação de inclusão de chave
4 PSP do usuário final Comunicação
no DICT.
74
PSP faz validação da posse da chave pelo usuário final. O
objetivo é impedir a fraude de criação de chave de
endereçamento com dados de outras pessoas. No caso de
CPF/CNPJ, a conferência é feita com o CPF/CNPJ cadastrado
no PSP, que é um dos itens obrigatórios para abertura de
5 PSP do usuário final Ação contas transacionais. Para e-mail e número de telefone
celular, deve haver validação ativa. Exemplificando, o PSP
poderia enviar um código de confirmação para o e-mail ou
número de telefone celular (via SMS) informado pelo usuário.
Esse código seria então inserido e validado em algum canal
de acesso do PSP.
Solicitação de inclusão de chave é encaminhada a PSP com
6 PSP do usuário final Comunicação
acesso direto ao DICT.
PSP com acesso direto ao DICT recebe comunicação com a
7 PSP com acesso ao DICT Comunicação
solicitação de inclusão de chave.
PSP com acesso direto encaminha mensagem com a
8 PSP com acesso ao DICT Mensagem
solicitação de inclusão de chave ao DICT.
DICT recebe mensagem com a solicitação de inclusão de
9 DICT Mensagem
chave.
DICT realiza verificações de conformidade:
i) instituição que solicitou a inclusão, ou seja, o PSP com
acesso direto, deve possuir autorização para realizar a
inclusão de chaves de endereçamento. O DICT deve,
inclusive, verificar se o PSP com acesso direto ao DICT tem
autorização para incluir chaves para o PSP sem acesso direto;
ii) PSP vinculado à chave deve ser o mesmo PSP do usuário
10 DICT Ação
final que solicitou a inclusão da chave. Com esse passo, evita-
se que um PSP realize inclusão de chave de endereçamento
vinculado a uma conta de outro PSP, o que poderia gerar
fraude ou dificuldade de gestão dos bancos de dados
internos dos PSPs; e
iii) PSP com acesso ao DICT tem permissão para efetuar
registros em nome do PSP do usuário.
DICT verifica se a chave de endereçamento solicitada já está
11 DICT Ação
registrada no diretório.
Caso a chave solicitada não esteja registrada no DICT, efetua-
se seu cadastro, vinculando a chave a um PSP, a uma
12 DICT Ação agência, ao número da conta transacional, ao tipo da conta
transacional e ao nome e CPF/CNPJ do usuário final,
conforme dados encaminhados pelo PSP do usuário.
Caso a chave solicitada já esteja registrada no DICT, é criada
13 DICT Ação mensagem indicando registro para aquela chave, com os
dados da chave existente.
75
DICT envia mensagem de resposta a PSP com acesso direto,
14 DICT Mensagem informando o sucesso da inclusão ou a existência de chave já
registrada.
PSP com acesso direto ao DICT recebe mensagem de
15 PSP com acesso ao DICT Mensagem
resposta.
PSP com acesso direto ao DICT envia comunicação ao PSP do
16 PSP com acesso ao DICT Comunicação usuário final, informando a inclusão ou a existência de chave
já registrada.
17 PSP do usuário final Comunicação PSP do usuário final recebe comunicação.
No caso de sucesso na inclusão, o PSP do usuário final
18 PSP do usuário final Ação atualiza sua base de dados interna com a chave e os dados
do usuário vinculados a ela.
PSP do usuário final pode encaminhar três comunicações
para o usuário final:
i) caso a chave tenha sido registrada com sucesso, é
enviada comunicação confirmando o registro da chave;
ii) caso a chave não tenha sido registrada e a chave esteja
de posse do mesmo CPF/CNPJ que solicitou seu registro,
é enviada comunicação indicando os dados da chave já
19 PSP do usuário final Comunicação
registrada e perguntando se o usuário deseja efetuar
portabilidade da chave; ou
iii) caso a chave não tenha sido registrada e a chave esteja
de posse de CPF/CNPJ diferente daquele que solicitou seu
registro, é enviada comunicação indicando os dados da
chave já registrada e perguntando se o usuário deseja
efetuar reivindicação de posse da chave.
76
caso, assim que houver a efetivação do encerramento do vínculo, o PSP deve criar e
enviar solicitação de exclusão de chave. O PSP também pode iniciar o processo de
exclusão em caso de tentativa ou efetivação do uso fraudulento da chave.
Conforme destacado anteriormente, o PSP do usuário final pode possuir acesso direto
ao DICT ou realizar esse acesso por meio de outro PSP que possua acesso direto ao
diretório, gerando dois tipos de fluxos de exclusão. Além disso, para cada um desses
dois tipos de fluxo, há a possibilidade de exclusão por solicitação do usuário ou por
comando do PSP. Assim, há quatro fluxos de exclusão de chave de endereçamento,
conforme apresentado a seguir.
77
Usuário final encaminha sua solicitação e os dados necessários a seu
3 Usuário final Comunicação
PSP.
PSP do usuário final recebe a solicitação de exclusão de chave de
4 PSP do usuário final Comunicação
endereçamento.
PSP verifica se a chave pertence ao usuário. Uma vez que apenas o
PSP em que o usuário possui conta transacional pode solicitar a
exclusão de chave vinculada a essa conta, o PSP, nessa etapa,
identifica se a chave que o usuário final solicitou excluir está
5 PSP do usuário final Ação
vinculada a esse usuário em seu banco de dados interno. Não se
trata, portanto, de verificação ativa de chave nessa etapa, mas apenas
de verificação de que o usuário que está solicitando a exclusão
corresponde ao usuário que solicitou sua inclusão.
6 PSP do usuário final Mensagem Solicitação de exclusão de chave é encaminhada ao DICT.
7 DICT Mensagem DICT recebe mensagem com a solicitação de exclusão de chave.
DICT realiza verificações de conformidade:
i) instituição que solicitou a exclusão deve ser a mesma que efetuou a
inclusão. Não é permitido que uma instituição solicite a exclusão de
8 DICT Ação chave incluída por outra instituição (ou seja, que esteja vinculada à
conta de outro PSP); e
ii) chave deve pertencer ao usuário que solicitou a exclusão. Usuários
não podem solicitar a exclusão de chave vinculada a outro usuário.
9 DICT Ação DICT exclui a chave de endereçamento de seu banco de dados.
DICT envia mensagem de confirmação da exclusão ao PSP do usuário
10 DICT Mensagem
final.
PSP do usuário final recebe comunicação informando a exclusão da
11 PSP do usuário final Mensagem
chave.
PSP do usuário final atualiza sua base de dados interna, excluindo a
12 PSP do usuário final Ação
chave.
13 PSP do usuário final Comunicação PSP do usuário final envia confirmação de exclusão da chave.
14 Usuário final Comunicação Usuário final recebe confirmação de exclusão da chave solicitada.
78
# Camada Tipo Descrição
1 Usuário final Ação Início do processo. Usuário final acessa seu canal de atendimento.
2 Usuário final Ação Usuário final solicita a exclusão de chave de endereçamento.
Usuário final encaminha sua solicitação e os dados necessários a
3 Usuário final Comunicação
seu PSP.
PSP do usuário final recebe a solicitação de exclusão de chave de
4 PSP do usuário final Comunicação
endereçamento.
PSP verifica se a chave pertence ao usuário. Uma vez que apenas o
PSP em que o usuário possui conta transacional pode solicitar a
exclusão de chave vinculada a essa conta, o PSP, nessa etapa,
identifica se a chave que o usuário final solicitou excluir está
5 PSP do usuário final Ação
vinculada a esse usuário em seu banco de dados interno. Não se
trata, portanto, de verificação ativa de chave nessa etapa, mas
apenas de verificação de que o usuário que está solicitando a
exclusão corresponde ao usuário que solicitou sua inclusão.
79
Solicitação de exclusão de chave é encaminhada ao PSP com
6 PSP do usuário final Comunicação
acesso direto ao DICT.
PSP com acesso direto ao DICT recebe comunicação com a
7 PSP com acesso ao DICT Comunicação
solicitação de exclusão de chave.
PSP com acesso direto encaminha mensagem de solicitação de
8 PSP com acesso ao DICT Mensagem
exclusão de chave.
9 DICT Mensagem DICT recebe mensagem com a solicitação de exclusão de chave.
DICT realiza verificações de conformidade:
i) instituição que solicitou a exclusão deve ser a mesma que
efetuou a inclusão. Não é permitido que uma instituição solicite a
exclusão de chave incluída por outra instituição (ou seja, que
esteja vinculada à conta de outro PSP). O DICT deve inclusive
10 DICT Ação
verificar se o PSP com acesso direto tem autorização para excluir
chaves para o PSP sem acesso direto; e
ii) chave deve pertencer ao usuário que solicitou a exclusão.
Usuários não podem solicitar a exclusão de chave vinculada a
outro usuário.
11 DICT Ação DICT exclui a chave de endereçamento de seu banco de dados.
DICT envia mensagem de confirmação da exclusão ao PSP com
12 DICT Mensagem
acesso direto.
PSP com acesso direto ao DICT recebe resposta da exclusão da
13 PSP com acesso ao DICT Mensagem
chave.
PSP com acesso direto ao DICT encaminha comunicação ao PSP do
14 PSP com acesso ao DICT Comunicação
usuário final, informando a exclusão da chave.
PSP do usuário final recebe comunicação informando a exclusão
15 PSP do usuário final Comunicação
da chave.
PSP do usuário final atualiza sua base de dados interna, excluindo
16 PSP do usuário final Ação
a chave.
17 PSP do usuário final Comunicação PSP do usuário final envia confirmação de exclusão da chave.
18 Usuário final Comunicação Usuário final recebe confirmação de exclusão da chave solicitada.
80
# Camada Tipo Descrição
Vínculo do usuário com o PSP é encerrado ou uso (ou tentativa de
1 PSP do usuário final Ação
uso) fraudulento de conta transacional e/ou de chave é confirmado.
2 PSP do usuário final Mensagem Solicitação de exclusão de chave no diretório é enviada ao DICT.
81
# Camada Tipo Descrição
Vínculo do usuário com o PSP é encerrado ou uso (ou tentativa de
1 PSP do usuário final Ação uso) fraudulento de conta transacional e/ou de chave é
confirmado.
Solicitação de exclusão de chave é encaminhada a PSP com acesso
2 PSP do usuário final Comunicação
direto ao DICT.
PSP com acesso direto ao DICT recebe comunicação com a
3 PSP com acesso ao DICT Comunicação
solicitação de exclusão de chave.
PSP com acesso direto encaminha mensagem de solicitação de
4 PSP com acesso ao DICT Mensagem
exclusão de chave.
5 DICT Mensagem DICT recebe mensagem com a solicitação de exclusão de chave.
82
DICT realiza verificações de que a instituição que solicitou a
exclusão é a mesma que efetuou a inclusão. Não é permitido que
uma instituição solicite a exclusão de chave incluída por outra
6 DICT Ação
instituição (ou seja, que esteja vinculada à conta de outro PSP). O
DICT deve inclusive verificar se o PSP com acesso direto tem
autorização para excluir chaves para o PSP sem acesso direto;
7 DICT Ação DICT exclui a chave de endereçamento de seu banco de dados.
DICT envia mensagem de confirmação da exclusão ao PSP com
8 DICT Mensagem
acesso direto.
PSP com acesso direto ao DICT recebe resposta da exclusão da
9 PSP com acesso ao DICT Mensagem
chave.
PSP com acesso direto ao DICT encaminha comunicação ao PSP do
10 PSP com acesso ao DICT Comunicação
usuário final, informando a exclusão da chave.
PSP do usuário final recebe comunicação informando a exclusão
11 PSP do usuário final Comunicação
da chave.
PSP do usuário final atualiza sua base de dados interna, excluindo
12 PSP do usuário final Ação
a chave.
13 PSP do usuário final Comunicação PSP do usuário final envia confirmação de exclusão da chave.
14 Usuário final Comunicação Usuário final recebe confirmação de exclusão da chave solicitada.
Nos fluxos, identifica-se como PSP reivindicador aquele PSP no qual o usuário possui
conta transacional e solicita o registro da chave. O PSP doador é aquele PSP no qual a
chave está originalmente registrada. Os fluxos do PSP reivindicador e do PSP doador
são apresentados de forma separada a fim de facilitar o processo de entendimento.
37
Tanto a portabilidade quanto a reivindicação de posse estão restritas ao número de telefone
celular e ao e-mail. CPF, CNPJ e EVP não estão sujeitos a esses processos.
83
# Camada Tipo Descrição
O processo é iniciado, conforme fluxos da seção 2.6.3, após a
detecção de que já existe registro para a chave solicitada e depois
1 PSP reivindicador Mensagem
do pedido do usuário. O PSP reivindicador envia, então, pedido de
portabilidade ao DICT.
DICT recebe o pedido de portabilidade encaminhado pelo PSP
2 DICT Mensagem
reivindicador.
DICT cria um pedido de portabilidade com status “Aberto”, com os
3 DICT Ação dados da chave e do PSP reivindicador, e inicia a contagem da
quarentena.
84
Uma vez recebida a confirmação ou o cancelamento da
portabilidade do PSP doador, o DICT atualiza o status do pedido da
portabilidade para "Cancelado" ou para "Confirmado", conforme
ação do usuário. Caso o status seja "Cancelado", o DICT altera o
status do pedido para “Encerrado”.
4 DICT Ação
Caso tenha ocorrido a confirmação do PSP doador sobre a
portabilidade, a chave deve ser bloqueada pelo DICT até o
recebimento da confirmação pelo PSP reivindicador. O bloqueio da
chave significa que as consultas ao DICT com essa chave retornarão
mensagem de erro.
38
A periodicidade dessas consultas será definida oportunamente.
85
# Camada Tipo Descrição
86
O processo é iniciado, conforme fluxos da seção 2.6.3, após a
detecção de que já existe registro para a chave solicitada e depois
1 PSP reivindicador Comunicação
do pedido do usuário. O PSP reivindicador envia, então, pedido de
portabilidade ao PSP com acesso direto ao DICT.
PSP com acesso Assim que identifica mudança no status do pedido, o PSP com
8 Comunicação
direto ao DICT acesso direto envia comunicação ao PSP reivindicador.
87
Após a atualização do banco de dados interno, o PSP reivindicador
11 PSP reivindicador Comunicação confirma ao PSP com acesso direto ao DICT a conclusão do
processo e a atualização da chave em seu banco de dados.
PSP com acesso PSP com acesso direto recebe confirmação de conclusão de
12 Comunicação
direto ao DICT atualização de chaves do PSP reivindicador.
PSP com acesso PSP com acesso direto encaminha confirmação de conclusão de
13 Mensagem
direto ao DICT atualização de chaves do PSP reivindicador.
88
# Camada Tipo Descrição
89
Periodicamente, o PSP doador faz consultas ao DICT a fim de verificar a
1 PSP doador Ação existência de portabilidade com status “Aberto” que se referem a chaves
registradas por ele39.
Assim que identifica portabilidade com status “Aberto”, PSP doador envia
Mensagem/
2 PSP doador mensagem ao DICT e notifica o usuário final40, explicando a necessidade
Comunicação
de confirmação da solicitação.
39
A periodicidade dessas consultas será definida oportunamente.
40
A fim de minimizar potenciais fraudes, como aquelas decorrentes da troca de chips por
fraudadores (SIM swap), recomenda-se que seja evitada a comunicação por meio de SMS ou de
chamadas telefônicas.
90
Subfluxo de portabilidade para o PSP doador sem acesso direto ao DICT:
91
Periodicamente, o PSP com acesso direto faz consultas ao DICT a fim de
PSP com acesso
1 Ação verificar a existência de portabilidade com status “Aberto” que se referem
direto ao DICT
a chaves registradas pelo PSP doador que ele presta serviços.
PSP com acesso Mensagem/ Assim que identifica portabilidade com status “Aberto”, PSP com acesso
2
direto ao DICT Comunicação direto envia mensagem ao DICT e comunicação ao PSP doador.
5 PSP doador Comunicação PSP doador recebe comunicação do PSP com acesso direto
41
A fim de minimizar potenciais fraudes, como aquelas decorrentes da troca de chips por
fraudadores (SIM swap), recomenda-se que seja evitada a comunicação por meio de SMS ou de
chamadas telefônicas.
92
PSP com acesso direto informa o DICT sobre a conclusão do processo,
PSP com acesso
16 Mensagem informando o cancelamento ou a confirmação da portabilidade, conforme
direto
o caso.
DICT recebe a informação de remoção da chave e continua o processo de
17 DICT Mensagem portabilidade (etapa 4 do fluxo de portabilidade do PSP reivindicador com
acesso direto)
Alternativamente à portabilidade, o usuário final pode optar por excluir a chave para
endereçamento vinculada a uma conta transacional em seu PSP original para depois
registrar essa mesma chave em um novo PSP. Nessa opção, o usuário final deve seguir
primeiro o fluxo de exclusão exposto na seção 2.6.4. e, em seguida, o fluxo de registro
explicado na seção 2.6.3. O efeito prático é o mesmo. A principal vantagem dessa
segunda opção é a maior velocidade para a mudança da conta transacional vinculada
a uma determinada chave, que depende apenas de ações do usuário final. A vantagem
do fluxo de portabilidade é permitir que o usuário final acione apenas o seu novo PSP,
não precisando acessar ativamente nenhum canal de atendimento do PSP original.
Nos fluxos, identifica-se como PSP reivindicador aquele PSP no qual o usuário possui
conta transacional e solicita o registro da chave. O PSP doador é aquele PSP no qual a
93
chave está originalmente registrada. Os fluxos do PSP reivindicador e do PSP doador
são apresentados de forma separada a fim de facilitar o processo de entendimento.
94
DICT cria um pedido de reivindicação de posse com status “Aberto”,
3 DICT Ação com os dados da chave e do PSP reivindicador, e inicia a contagem
da quarentena.
Uma vez recebida a confirmação ou o cancelamento da
reivindicação de posse do PSP doador, o DICT atualiza o status do
pedido da reivindicação de posse para "Cancelado" ou para
"Confirmado", conforme ação do usuário final que registrou a chave
originalmente. Caso o status seja "Cancelado", o DICT altera o status
4 DICT Ação do pedido para “Encerrado”.
Caso tenha ocorrido a confirmação do PSP doador sobre a
reivindicação de posse, a chave deve ser bloqueada pelo DICT até o
recebimento da confirmação pelo PSP reivindicador. O bloqueio da
chave significa que as consultas ao DICT com essa chave retornarão
mensagem de erro.
Após o envio do pedido de reivindicação de posse, o PSP
5 PSP reivindicador Ação reivindicador periodicamente consulta o DICT sobre o status do
pedido, até que ele seja igual a "Cancelado" ou "Confirmado
95
# Camada Tipo Descrição
96
O processo é iniciado, conforme fluxos da seção 2.6.3, após a
detecção de que já existe registro para a chave solicitada e depois
1 PSP reivindicador Comunicação
do pedido do usuário. O PSP reivindicador envia, então, pedido de
reivindicação de posse ao PSP com acesso direto ao DICT.
PSP com acesso PSP com acesso direto ao DICT recebe pedido de reivindicação de
2 Comunicação
direto ao DICT posse.
PSP com acesso PSP com acesso direto ao DICT encaminha pedido de reivindicação
3 Mensagem
direto ao DICT de posse.
PSP com acesso PSP com acesso direto envia comunicação ao PSP reivindicador
8 Comunicação
direto ao DICT informando status do pedido.
97
Após a atualização do banco de dados interno, o PSP reivindicador
11 PSP reivindicador Comunicação confirma ao PSP com acesso direto ao DICT a conclusão do
processo e a atualização da chave em seu banco de dados.
PSP com acesso PSP com acesso direto recebe confirmação de conclusão de
12 Comunicação
direto ao DICT atualização de chaves do PSP reivindicador.
PSP com acesso PSP com acesso direto encaminha confirmação de conclusão de
13 Mensagem
direto ao DICT atualização de chaves do PSP reivindicador.
Subfluxo de reivindicação de posse para o PSP doador com acesso direto ao DICT:
98
# Camada Tipo Descrição
42
A periodicidade dessas consultas será definida oportunamente.
43
A fim de minimizar potenciais fraudes, como aquelas decorrentes da troca de chips por
fraudadores (SIM swap), recomenda-se que seja evitada a comunicação por meio de SMS ou de
chamadas telefônicas.
99
3 DICT Mensagem DICT recebe mensagem do PSP doador.
100
Subfluxo de reivindicação de posse para o PSP doador sem acesso direto ao DICT:
101
Periodicamente, o PSP com acesso direto faz consultas ao DICT a fim
PSP com acesso
1 Ação de verificar a existência de reivindicação de posse com status
direto ao DICT
“Aberto” que se referem a chaves registradas pelo PSP doador44.
Assim que identifica reivindicação de posse com status “Aberto”, PSP
PSP com acesso Mensagem/
2 doador envia mensagem ao DICT e comunicação ao PSP doador,
direto ao DICT Comunicação
informando existência de reivindicação de posse.
44
Ou seja, além de verificar as chaves que foram registradas por ele, o PSP com acesso direto
também deve verificar as chaves vinculadas aos PSPs para os quais ele presta serviço de liquidação
e de acesso ao DICT.
45
A fim de minimizar potenciais fraudes, como aquelas decorrentes da troca de chips por
fraudadores (SIM swap), recomenda-se que seja evitada a comunicação por meio de SMS ou de
chamadas telefônicas.
102
chave de sua base interna, para garantir sincronia com o DICT e
evitar que sejam realizadas transações equivocadas dentro da
instituição.
Caso a chave tenha sido excluída da base interna, o PSP doador
comunica o usuário final sobre a exclusão de sua chave, a fim de que
12 PSP doador Comunicação
ele fique ciente de que não mais deverá utilizar essa identificação nos
pagamentos instantâneos.
Usuário final que
Usuário final recebe a informação de que sua chave foi excluída e
13 registrou a chave Comunicação
não mais apontará para sua conta transacional no PSP doador.
originalmente
PSP doador envia comunicação ao PSP com acesso direto,
14 PSP doador Comunicação
informando resultado do processo de reivindicação de posse.
PSP com acesso
15 Comunicação PSP com acesso direto recebe comunicação.
direto ao DICT
PSP com acesso direto informa o DICT sobre a conclusão do
processo:
i) em caso de sucesso na validação de posse, o PSP com acesso direto
PSP com acesso
16 Mensagem informa o cancelamento da reivindicação de posse; ou
direto ao DICT
ii) caso não obtenha sucesso na validação da posse da chave pelo
usuário que registrou a chave originalmente, o PSP com acesso direto
informa a confirmação da reivindicação de posse.
DICT recebe a informação de cancelamento ou de confirmação da
reivindicação de posse e continua o processo de reivindicação (etapa
17 DICT Mensagem
4 do fluxo de reivindicação de posse do PSP reivindicador com acesso
direto).
Assim como no caso da portabilidade, caso o PSP doador não informe o cancelamento
ou a confirmação da reivindicação de posse em até sete dias, que é o período
estabelecido para a quarentena, o DICT irá entrar em contato com o PSP doador (ou
com o PSP com acesso direto ao DICT), por meio de procedimento manual a ser
oportunamente definido, solicitando a atualização da base de dados interna e o envio
da informação. A falta de comunicação do PSP doador no período de quarentena
constitui infração do regulamento do PIX, estando a instituição infratora sujeita às
sanções previstas.
103
2.6.7. Fluxo de consulta de chave
Consultas ao DICT deverão ser feitas com o propósito único e exclusivo de iniciar
pagamentos. Ou seja, o processo se inicia após a leitura de QR Code estático ou a
inserção manual de chave de endereçamento pelo usuário pagador.
104
estático. Esses dados referem-se a algum dos três tipos de chave
de endereçamento existentes.
46
Esse identificador único corresponde ao campo EndToEndId, que é um campo obrigatório da
mensagem de liquidação PACS.008. Ele deverá ser gerado pelo PSP e transmitido durante a
operação de consulta e novamente na PACS.008. As regras de formação desse campo serão
definidas no âmbito do catálogo de mensagens ISO 20022 para o SPI.
47
Essa informação será utilizada pelo DICT como um mecanismo de segurança. Ver detalhes na
seção 2.6.10.
48
Caso o PSP que realiza a consulta seja o mesmo PSP para o qual a chave aponta, o DICT irá rejeitar
a consulta e retornar mensagem de erro, uma vez que consultas referentes a transações dentro de
uma mesma instituição devem ser resolvidas pelo próprio PSP.
105
Caso a chave não esteja cadastrada, o DICT cria mensagem
12 DICT Ação
informando a inexistência da chave consultada.
DICT envia mensagem de resposta à consulta, contendo os
13 DICT Mensagem dados vinculados à chave ou informação de sua inexistência no
diretório.
PSP do usuário final recebe mensagem com a resposta à
14 PSP do usuário pagador Mensagem
consulta.
PSP do usuário final encaminha resposta à consulta contendo
somente, e tão somente, a chave de endereçamento, o nome, o
15 PSP do usuário pagador Comunicação
CPF (com máscara49)/CNPJ e o PSP vinculados à chave ou a
informação de que a chave não existe no diretório.
16 Usuário pagador Comunicação Usuário final recebe mensagem de resposta à sua consulta.
49
A máscara do CPF deverá ser do tipo 111.***.***-11 (substitui os números do meio por
asteriscos).
106
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Usuário pagador acessa seu canal de
1 Usuário pagador Ação
atendimento.
Usuário pagador realiza input dos dados do pagamento, por
meio de sua inserção manual ou por meio de leitura de QR Code
2 Usuário pagador Ação
estático. Esses dados referem-se a algum dos três tipos de chave
de endereçamento existentes.
Usuário pagador encaminha sua solicitação e os dados
3 Usuário pagador Comunicação
necessários a seu PSP.
4 PSP do usuário pagador Comunicação PSP do usuário pagador recebe dados de pagamento.
PSP verifica se a chave está cadastrada em seu banco de dados
5 PSP do usuário pagador Ação
interno.
107
Caso a chave esteja cadastrada em seu banco de dados interno,
o PSP cria mensagem de resposta, contendo a chave consultada,
6 PSP do usuário pagador Ação o PSP, a agência, o número da conta transacional, o tipo da conta
transacional e o nome e CPF/CNPJ vinculados à chave. Após,
segue-se direto para a etapa 19.
Caso a chave não esteja em seu banco de dados interno, o PSP
do usuário pagador envia comunicação, ao PSP com acesso
7 PSP do usuário pagador Comunicação
direto ao DICT, solicitando consulta ao DICT, na qual deve
informar a chave de endereçamento.
PSP com acesso direto ao DICT recebe comunicação com a
8 PSP com acesso ao DICT Comunicação
solicitação de consulta à chave.
PSP com acesso direto ao DICT encaminha mensagem com
solicitação de consulta. A mensagem deve conter, além da chave
de endereçamento, o identificador único da transação que será
9 PSP com acesso ao DICT Mensagem
utilizado na mensagem de liquidação. Outra informação que
deverá ser enviada é um identificador pseudonimizado do
usuário pagador.
10 DICT Mensagem DICT recebe mensagem com solicitação de consulta.
DICT verifica se a instituição é autorizada a realizar consultas. O
11 DICT Ação DICT deve inclusive verificar se o PSP com acesso direto tem
autorização para consultar chaves para o PSP sem acesso direto.
12 DICT Ação DICT verifica se a chave está cadastrada em seu banco de dados.
Caso a chave esteja cadastrada, o DICT cria mensagem de
resposta contendo a chave consultada, o PSP, a agência, o
número da conta transacional, o tipo da conta transacional e o
13 DICT Ação nome e CPF/CNPJ vinculados à chave. Além disso, o DICT
também incluirá na resposta a data de criação do vínculo na
base de endereçamento e o tempo de validade do vínculo para
fins de cache.
Caso a chave não esteja cadastrada, o DICT cria mensagem
14 DICT Ação
informando a inexistência da chave consultada.
DICT envia mensagem de resposta à consulta, contendo os
15 DICT Mensagem dados vinculados à chave ou informação de sua inexistência no
diretório.
16 PSP com acesso ao DICT Mensagem PSP com acesso direto ao DICT recebe resposta da consulta.
PSP com acesso direto ao DICT comunica ao PSP do usuário final
17 PSP com acesso ao DICT Comunicação
a resposta da consulta.
PSP do usuário final recebe comunicação sobre a resposta à
18 PSP do usuário pagador Comunicação
consulta.
PSP do usuário final encaminha resposta à consulta contendo
somente, e tão somente, a chave de endereçamento, o nome, o
19 PSP do usuário pagador Comunicação
CPF (com máscara)/CNPJ e o PSP vinculados à chave ou a
informação de que a chave não existe no diretório.
108
20 Usuário pagador Comunicação Usuário final recebe mensagem de resposta à sua consulta.
O PSP deve possuir uma base de dados interna na qual armazena as chaves de seus
usuários, a fim de que, em transações liquidadas nos livros do próprio PSP, a consulta
da chave seja realizada sem necessidade de comunicação com o DICT.
109
# Camada Tipo Descrição
PSP com acesso direto
1 Ação PSP acessa canal de comunicação com o DICT.
ao DICT
PSP com acesso direto Solicitação de pesquisa das chaves do PSP no DICT é enviada ao
2 Mensagem
ao DICT DICT.
DICT recebe mensagem com a solicitação de pesquisa das chaves do
3 DICT Mensagem
PSP com acesso direto.
110
# Camada Tipo Descrição
PSP sem acesso direto acessa canal de comunicação
1 PSP sem acesso direto ao DICT Ação
com o PSP com acesso direto ao DICT.
PSP sem acesso direto solicita pesquisa de suas
2 PSP sem acesso direto ao DICT Comunicação
chaves no DICT.
PSP com acesso direto ao DICT recebe comunicação
3 PSP com acesso ao DICT Comunicação com a solicitação de pesquisa das chaves do PSP sem
acesso direto.
PSP com acesso direto encaminha mensagem de
4 PSP com acesso ao DICT Mensagem solicitação de pesquisa das chaves do PSP sem acesso
direto.
DICT recebe mensagem com a solicitação de pesquisa
5 DICT Mensagem
das chaves do PSP sem acesso direto.
111
O DICT deve verificar se o PSP com acesso direto tem
6 DICT Ação autorização para encaminhar solicitações para o PSP
sem acesso direto.
50
O Registrato é um sistema administrado pelo BC que permite aos cidadãos terem acesso pela
internet, de forma rápida e segura, a relatórios contendo informações sobre seus relacionamentos
com as instituições financeiras, suas operações de crédito e operações de câmbio. Informações
sobre o Registrato estão disponíveis em
<https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/perguntasfrequentes-
respostas/faq_registrato/false>.
112
Por razões de segurança e de economicidade, para aproveitamento da infraestrutura
já existente, a comunicação entre os participantes do PIX e o DICT será realizada, num
primeiro momento, exclusivamente por meio da RSFN 51.
Por não haver necessidade de não repúdio, as consultas ao DICT não precisarão de
assinatura digital. As operações de registro e de exclusão de vínculos deverão ser
assinadas.
Como o catálogo de mensagens da ISO 20022 não inclui mensagens para o propósito
de consulta e de manutenção de vínculos, será definido um schema específico para as
operações sobre o DICT. A estrutura das mensagens poderá usar elementos da ISO
20022, quando couber.
51
É possível que desenvolvimentos futuros do DICT contemplem acessos por outros meios, como
a internet, por exemplo.
52
https://en.wikipedia.org/wiki/Representational_state_transfer.
113
Para contabilizar esses indicadores, o PSP sempre deverá informar um identificador
pseudonimizado do usuário que está originando a consulta como parte da requisição.
Esse identificador será formado a partir de um HASH sobre os campos:
a. CPF/CNPJ do usuário;
b. identificador do PSP; e
Para prevenir ataques de leitura com origem na própria infraestrutura do PSP (por
exemplo, se o PSP for invadido ou iniciar um código malicioso), haverá o controle dos
mesmos indicadores de consultas inválidas ou sem transferência por PSP, sem levar
em conta o identificador do usuário final. O número agregado de consultas inválidas
do PSP será monitorado e, caso seja identificada alguma anormalidade, o PSP poderá
ser notificado ou, em último caso, ter as consultas suspensas.
Confiar no elo entre a identidade real e a identidade digital exige que alguma
instituição valide essa identidade com requisitos de segurança. Ou seja, usar uma
identidade digital envolve algum tipo de autenticação para provar que o usuário que
está usando conexões digitais é ele mesmo.
114
Ressalta-se que é de suma importância a autenticação dos usuários de maneira
inequívoca, fazendo uso de mecanismos de autenticação por múltiplos fatores,
incluindo biometria sempre que possível, com vistas a minimizar o risco de fraudes.
Nos outros arranjos de pagamento, a autenticação já é um aspecto crítico de
segurança. Já no caso dos pagamentos instantâneos, uma falha de autenticação pode
ter consequências muito maiores e, por esse motivo, recomenda-se que os
participantes tenham constante preocupação com esse aspecto e aprimorem seus
mecanismos de autenticação sempre que for viável.
2.8. Idempotência
No SPI, este princípio será adotado no tratamento das transações que requerem
liquidação (notadamente as ordens de pagamento). Para isso, o sistema verificará os
identificadores únicos de cada transação (“EndtoEndId”).
115
(“InvalidEndToEndID”). A data e hora da criação da operação será aquela expressa no
próprio identificador único da transação (“EndtoEndId”)53.
53
O formato utilizado para o EndtoEndId inclui a informação de data e hora de criação. Maiores
informações sobre o seu formato podem ser encontradas no Catálogo de Mensagens do SPI (Anexo
II – ver Definições Detalhadas das Mensagens).
116
3. SISTEMA DE PAGAMENTOS
INSTANTÂNEOS
117
O objetivo desta seção é apresentar as caraterísticas operacionais da infraestrutura
centralizada e única de liquidação no ecossistema de pagamentos instantâneos,
denominada Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). Nela serão abordadas (i) as
definições acerca da arquitetura tecnológica básica do SPI; (ii) os critérios de
participação no SPI; (iii) os mecanismos para provimento de liquidez para a Conta PI;
(iv) as funcionalidades que estarão disponíveis para gestão da Conta PI por seus
titulares; (v) os critérios de contabilização das transações de pagamento instantâneo,
tanto para o SPI quanto para os seus participantes; e (vi) as diretrizes gerais para a
cobrança de tarifas no SPI.
A participação no SPI é:
b. indireta: a instituição não possui conexão direta ao SPI nem uma Conta PI. A
participação, neste caso, ocorre por intermédio de um participante direto do
SPI, responsável por registrar o participante indireto no sistema e por atuar
como liquidante no SPI para pagamentos instantâneos a ele relacionados.
118
a. é vedada a participação na modalidade indireta aos bancos comerciais, aos
bancos múltiplos com carteira comercial, às caixas econômicas e às
infraestruturas do mercado financeiro;
Ressalte-se que ser titular de conta Reservas Bancárias ou de Conta de Liquidação não
é um pré-requisito para ser titular de Conta PI.
54
Apesar de o BC poder ser participante direto do SPI, ele não será titular de Conta PI, da mesma
forma que ocorre no STR, em que o BC é participante do sistema, mas não é titular de Conta
Reservas Bancárias nem de Conta de Liquidação. BC e STN, enquanto participantes diretos do SPI,
poderão enviar e receber pagamentos instantâneos exclusivamente em transações em que
figurem como usuário pagador ou recebedor.
119
Demais implicações da titularidade de Conta PI:
Todo participante indireto do SPI, nos termos da seção 3.2, possuirá um registro ativo
no SPI, que será efetuado por um participante direto do sistema56. Nesse caso, o
participante direto atua como liquidante no SPI para o PSP que é participante indireto.
55
Esse é o mesmo número que identifica os participantes do STR, para o caso das instituições que
participem também desse sistema. Apesar de o ISPB ser o mesmo número, o SPI terá um cadastro
próprio de participantes, autônomo em relação ao cadastro de participantes das outras
infraestruturas operadas pelo BC, como o STR e o Selic.
56
Ver fluxo na seção 3.4.7.
57
Ver fluxo na seção 3.4.7.1.
120
Os mecanismos de liquidez para o SPI se destinam a prover fundos suficientes na
Conta PI dos participantes do sistema para viabilizar a liquidação de pagamentos
instantâneos dentro e fora do horário de funcionamento do STR, inclusive em dias não
úteis.
A solicitação ao STR deve ser feita pelo participante do STR por meio do evento
LPI0001 (IF requisita transferência de conta RB ou CL para depósito em Conta PI), do
Catálogo de Serviços do SFN.
58
Todos os dias úteis para o sistema financeiro, das 6h30 às 18h30, horário de Brasília, com
exceção do dia 24/12, se dia útil, e do último dia útil do ano, quando o horário de fechamento do
STR é 13h.
59
Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/comunicacaodados.
121
Quando do crédito na Conta PI, os recursos aportados estarão imediatamente
disponíveis para uso pelo PSP para liquidação de pagamentos instantâneos.
122
Quando da efetivação do aporte na Conta PI, o Liquidante no STR deve comunicar ao
PSP. Além disso, o próprio PSP será notificado diretamente pelo STR, via STR-Web.
123
Liquidante
7 Mensagem Liquidante no STR recebe mensagem de confirmação de aporte.
no STR
Liquidante
8 Comunicação Liquidante no STR encaminha confirmação ao participante direto do SPI.
no STR
Participante
9 Comunicação Participante direto do SPI recebe a confirmação de aporte na Conta PI.
direto do SPI
10 STR Mensagem STR envia mensagem de aviso de crédito.
Participante
11 Mensagem Participante direto do SPI recebe aviso de crédito, via STR-Web.
direto do SPI
A solicitação ao STR deve ser feita pelo titular da CCME por meio do evento LPI0002 (IF
requisita transferência de conta CCME para depósito em Conta PI), do Catálogo de
Serviços do SFN. Caso o titular da CCME não seja participante do STR, a solicitação
deve ser feita via STR-Web.
124
# Camada Tipo Descrição
Participante Início do processo. Participante direto do SPI envia mensagem de solicitação de
1 Mensagem
direto do SPI débito em sua CCME para aporte, no mesmo montante, em sua Conta PI.
2 STR Mensagem STR recebe mensagem de solicitação de transferência para aporte em Conta PI.
STR verifica se há fundos suficientes na CCME do participante direto do SPI e
3 STR Ação realiza a troca de saldos das contas: diminui a conta CCME e aumenta a Conta PI
do participante no mesmo montante.
4 STR Mensagem STR envia mensagem de confirmação de conclusão do aporte.
Participante Participante direto do SPI recebe confirmação de aporte na Conta PI.
5 Mensagem
direto do SPI
A solicitação ao STR deve ser feita pelo PSP titular da Conta PI, por meio do evento
LPI0003 (PSPI requisita transferência para saque em Conta PI e depósito em conta RB
ou CL), do Catálogo de Serviços do SFN.
125
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Participante direto do SPI envia mensagem de solicitação de
Participante Mensage
1 saque em sua Conta PI, mediante crédito no mesmo montante em sua conta
direto do SPI m
RB/CL.
Mensage
2 STR STR recebe a mensagem de solicitação de saque na Conta PI.
m
STR verifica se há fundos suficientes na Conta PI do participante direto do SPI e
3 STR Ação realiza a troca de saldos das contas: diminui a Conta PI do participante e aumenta
a sua conta RB/CL no mesmo montante.
Mensage
4 STR STR envia confirmação de conclusão do saque.
m
Participante Mensage Participante direto do SPI recebe confirmação de saque na Conta PI e depósito na
5
direto do SPI m RB/CL.
126
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Participante Direto do SPI solicita ao STR, por meio do STR-
Participante
1 Mensagem Web, saque de fundos da sua Conta PI, para crédito no mesmo montante na
Direto do SPI
conta RB/CL do Liquidante no STR.
2 STR Mensagem STR recebe mensagem de saque da Conta PI.
STR verifica se há fundos suficientes na Conta PI do Participante Direto do SPI e
3 STR Ação realiza a troca de saldos das contas: diminui a Conta PI do Participante Direto
do SPI e aumenta a conta RB/CL do Liquidante no STR, no mesmo montante.
4 STR Mensagem STR envia mensagem de confirmação ao Participante Direto do SPI.
Participante
5 Mensagem Participante Direto do SPI recebe a confirmação do saque em sua Conta PI.
Direto do SPI
6 STR Mensagem STR envia mensagem de aviso de crédito.
Liquidante no
7 Mensagem Liquidante no STR recebe mensagem de aviso de crédito em sua conta RB/CL.
STR
127
Nesta seção é apresentado o fluxo a partir do qual um PSP, que seja participante
direto do SPI e titular de Conta Correspondente a Moeda Eletrônica (CCME), solicita ao
STR o débito em sua Conta PI para crédito, no mesmo montante, em CCME própria.
A solicitação ao STR deve ser feita pelo PSP titular da Conta PI, por meio do evento
LPI0004 (PSPI requisita transferência para saque em Conta PI e depósito em CCME),
do Catálogo de Serviços do SFN. Caso o titular da Conta PI não seja participante do
STR, a solicitação deve ser feita via STR-Web.
128
A seguir são apresentadas as opções disponíveis para os prestadores de serviço de
pagamento (PSP) que sejam participantes diretos do SPI aportarem recursos em suas
Conta PI após a grade regular de operações dos participantes no STR.
Ao fim da janela adicional, o STR enviará uma segunda mensagem STR0016 (STR
informa Saldo fechamento), informando os saldos finais nas contas RB/CL após as
movimentações descritas nesta seção.
60
Entre o envio pelo STR da primeira mensagem STR0016 (STR informa Saldo fechamento) e as
19h, horário de Brasília, em todos os dias úteis para o sistema financeiro, com exceção do dia
24/12, se dia útil, e do último dia útil do ano, quando a grade adicional será encerrada às 13h30.
129
janela adicional após o fechamento da grade regular de operações no STR, uma parte
ou a totalidade dos valores existentes nas contas RB/CL e/ou CCME do PSP para a
Conta PI própria desse PSP.
Caso o PSP possua RB/CL mas não possua CCME, ou vice-versa, o campo referente ao
percentual ou valor do tipo de conta que o PSP não possui deverá ser informado com
valor zero.
Por exemplo, um PSP titular de RB e CCME pode optar por transferir automaticamente
apenas valores da RB, apenas valores da CCME, ou valores de ambas as contas.
Caso o PSP não seja participante do STR, a configuração para transferir valores da sua
CCME deve ser feita via STR-Web.
130
# Camada Tipo Descrição
Participante Início do processo. Participante direto do SPI envia mensagem de configuração
1 Mensagem
direto do SPI de uso de valores em sua(s) conta(s) RB/CL e/ou CCME.
2 STR Mensagem STR recebe mensagem de solicitação de configuração.
STR atualiza a configuração para uso de valores existentes em RB/CL e CCME do
3 STR Ação
Participante direto do SPI para aporte na Conta PI própria.
4 STR Mensagem STR envia a confirmação da configuração.
Participante
5 Mensagem Participante direto do SPI recebe mensagem de confirmação de configuração.
direto do SPI
Caso o PSP não seja participante do STR, o aviso da efetivação da transferência será
recebido pelo PSP via STR-Web.
131
# Camada Tipo Descrição
STR Ação Início do processo. Após o fechamento da grade regular de operação de
participantes no STR, o STR verifica configuração e realiza a troca de saldos das
1
contas: diminui a(s) conta(s) RB/CL e/ou CCME do Participante direto do SPI e
aumenta a sua Conta PI no montante do somatório.
STR Mensage STR envia mensagem de aviso de conclusão da operação de liquidez ao PSPI.
2
m
Participante Mensage Participante direto do SPI recebe o aviso de conclusão da operação de liquidez.
3
direto do SPI m
132
contratação de uma operação de liquidez com títulos públicos federais (TPF) para
crédito dos recursos financeiros diretamente na Conta PI própria da instituição.
Não serão aceitos títulos que possuam pagamento de eventos (resgate, juros ou
amortização) coincidente com o vencimento da operação.
A solicitação ao Selic deve ser feita pelo PSP participante do Selic por meio do evento
SEL1009 (IF requisita liquidez em Conta PI), disponível no Catálogo de Serviços do SFN.
O comando da operação SEL1009 deve ser transmitido com o PU divulgado pelo BCB
e vigente no dia (PU de lastro de D+0), ao longo da grade regular de operações com o
STR58. Ao receber a operação, o Selic realiza validação básica (que não inclui a custódia)
e, caso esteja tudo certo, o comando fica acumulado, sem que haja transferência de
custódia ou financeiro neste momento. Então, o Selic informa ao PSP que registrou a
solicitação.
Tanto no caso das operações SEL1009 acumuladas quanto das SEL1009 adicionais, se
o PSP não possuir títulos suficientes para liquidar a operação no momento da
verificação da custódia, o Selic rejeita imediatamente a operação, não havendo status
de pendência.
61
Operação de compra de TPF, pelo BCB, com compromisso de revenda, conjugadamente com a
venda de TPF, pela instituição financeira, com compromisso de recompra.
133
Fluxo para operações requisitadas durante a grade regular de operações com o STR
134
8 STR Mensagem STR recebe a operação de liquidez.
STR debita o BCB e credita a Conta PI do Participante direto do SPI
9 STR Ação
no mesmo montante.
10 STR Mensagem STR envia confirmação da parte financeira da operação ao Selic.
11 Selic Mensagem Selic recebe a confirmação da parte financeira da operação.
Selic transfere a custódia dos títulos do Participante direto do SPI
12 Selic Ação
para o BCB.
13 Selic Mensagem Selic envia mensagem de aviso de operação atualizada.
Participante direto do SPI recebe aviso de operação atualizada,
Participante
14 Mensagem confirmando a conclusão da operação de concessão de liquidez em
direto do SPI
sua Conta PI.
Obs.: Durante o offline, o Selic calcula e registra o PU de retorno, informando ao participante via SEL1611.
Fluxo para operações adicionais na grade complementar para operações com o STR
135
Selic verifica a custódia e, caso o participante direto do SPI possua títulos
3 Selic Ação
suficientes para liquidar a operação, o Selic realiza o bloqueio dos títulos.
Selic repassa a operação ao STR para movimentação financeira (com movimento
4 Selic Mensagem
e PU de D+0).
5 STR Mensagem STR recebe a operação de liquidez.
STR debita o BCB e credita a Conta PI do Participante direto do SPI, no mesmo
6 STR Ação
montante.
7 STR Mensagem STR envia confirmação da parte financeira da operação ao Selic.
8 Selic Mensagem Selic recebe a confirmação da parte financeira da operação.
9 Selic Ação Selic transfere a custódia dos títulos do Participante direto do SPI para o BCB.
10 Selic Mensagem Selic envia mensagem de aviso de operação atualizada.
Participante Participante direto do SPI recebe aviso de operação atualizada, confirmando a
11 Mensagem
direto do SPI conclusão da operação de concessão de liquidez em sua Conta PI.
Obs.: Durante o offline, o Selic calcula e registra o PU de retorno, informando ao participante via SEL1611.
Deve ser utilizado, para pagamento, PU de ida atualizado pela taxa a ser fixada pelo
BCB, a ser oportunamente divulgada.
A solicitação de pagamento da liquidez deve ser feita pelo PSP participante do Selic
por meio do evento SEL1016 (IF requisita pagamento de liquidez em Conta PI),
disponível no Catálogo de Serviços do SFN. O comando de pagamento da liquidez
pode ser integral ou parcial (até pagar-se a parte final).
136
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Participante direto do SPI envia mensagem de pagamento
Participante
1 Mensagem total ou parcial de operação com TPF, mediante fundos disponíveis em sua Conta
direto do SPI
PI.
2 Selic Mensagem Selic recebe mensagem de solicitação de pagamento.
3 Selic Ação Selic bloqueia títulos que estão na custódia do BCB.
4 Selic Mensagem Selic repassa a operação ao STR para movimentação financeira.
5 STR Mensagem STR recebe a operação de pagamento.
STR debita a Conta PI do Participante direto do SPI e credita o BCB, no mesmo
6 STR Ação
montante.
7 STR Mensagem STR envia confirmação do pagamento da operação ao Selic.
8 Selic Mensagem Selic recebe a confirmação do pagamento.
Selic transfere a custódia dos títulos, que estavam com o BCB, de volta para o
9 Selic Ação
Participante direto do SPI.
10 Selic Mensagem Selic envia mensagem de confirmação do pagamento.
Participante
11 Mensagem Participante direto do SPI recebe a confirmação do pagamento da operação.
direto do SPI
137
Esta seção apresenta as ações ordinárias que um PSP, que seja participante direto do
SPI, pode executar para gerir a Conta PI de sua titularidade.
Caso o filtro de consulta indique uma data passada, o SPI informará o saldo existente
no fechamento do dia consultado. Caso o PSP indique a data corrente, o SPI informará
o saldo atual, existente na Conta PI no momento do processamento da consulta pelo
SPI.
A consulta ao saldo deve ser feita por meio da mensagem CAMT.060 e será respondida
pela mensagem CAMT.053, ambas disponíveis no Anexo II – Catálogo de Mensagens
do SPI.
Ressalte-se que o prazo máximo dentro do qual o saldo de fechamento do dia de uma
data passada estará disponível para consulta via CAMT.053 é de cinco anos.
138
Participante Início do processo. Participante direto do SPI envia mensagem de consulta de
1 Mensagem
direto do SPI saldo da sua Conta PI, com filtro de “data”.
2 SPI Mensagem SPI recebe a mensagem de consulta.
SPI recupera o saldo da Conta PI, estratificado em dois componentes: a parcela
disponível e a parcela bloqueada.
• caso o filtro de consulta indique uma data passada, o SPI informará o
saldo existente no fechamento do dia consultado; e
3 SPI Ação
• caso o PSP indique a data corrente, o SPI informará o saldo atual,
existente na Conta PI no momento do processamento da consulta pelo
SPI.
139
# Camada Tipo Descrição
Participante Início do processo. Participante direto do SPI envia mensagem de consulta de
1 Mensagem
direto do SPI extrato da sua Conta PI, com o filtro de “período”.
2 SPI Mensagem SPI recebe a mensagem de consulta.
SPI recupera a relação de lançamentos. Cada lançamento contém:
• Número único da transação, PSP do pagador (participante direto), PSP
3 SPI Ação
do pagador (participante indireto), PSP do recebedor (participante
direto), PSP do recebedor (participante indireto), data, horário e valor.
SPI SPI envia mensagem informando que o arquivo com a relação de lançamentos
4 Mensagem
está pronto para download.
Participante direto do SPI recebe informação de que o download está
Participante
5 Mensagem disponível. As instruções para download são fornecidas junto com a
direto do SPI
informação.
Participante
6 Ação Participante direto do SPI efetua download conforme instruções recebidas.
direto do SPI
140
armazenamento na base de dados do sistema. Nesse caso, o PSP deve tratar a
resposta de erro recebida no momento da validação inicial efetuada pelo SPI.
Ressalte-se que pagamentos para os quais o PSP ainda não recebeu resposta alguma,
mesmo após transcorrido o tempo máximo definido para caracterização de timeout
no SPI, devem ser consultados por meio da função descrita no fluxo contido na seção
3.4.6. Para todos os demais casos, sejam de sucesso ou de insucesso, o PSP deve
utilizar a função descrita nesta seção para consultar os detalhes de um lançamento.
A consulta aos detalhes do lançamento deve ser feita por meio da mensagem
CAMT.060 e será respondida pela mensagem CAMT.054, ambas disponíveis no Anexo
II – Catálogo de Mensagens do SPI.
141
3.4.4. Atualização de responsáveis pela gestão da Conta PI
Nesta seção é apresentado o fluxo a partir do qual um PSP, que seja participante
direto do SPI, solicita a atualização dos funcionários responsáveis pela gestão e pela
operação da Conta PI junto ao SPI.
A atualização de responsáveis deve ser feita por meio da mensagem CAMT.015 e será
respondida pela mensagem CAMT.025, as quais serão oportunamente divulgadas.
142
Cabe aos participantes diretos do SPI que atuam como liquidante repassarem os
avisos aos participantes indiretos do SPI para os quais prestam serviço de liquidação
de pagamentos instantâneos, quando for o caso.
O aviso será feito por meio da mensagem ADMI.004, a ser oportunamente divulgada.
143
Participante
6 Comunicação Participante indireto do SPI recebe mensagem de aviso.
indireto do SPI
Participante
7 Ação Participante indireto do SPI adota as providências cabíveis.
indireto do SPI
Não obstante, podem ocorrer situações excepcionais e imprevistas que levem ao não
recebimento de uma resposta por um PSP participante direto do SPI. Exemplos dessas
situações incluem, de forma não exaustiva, uma perda da mensagem de resposta
pelos sistemas do PSP ou mesmo uma eventual falha momentânea da rede de
comunicação ou do próprio SPI. O procedimento descrito nesta seção destina-se a
tratar essas situações excepcionais e imprevistas.
A resolução de um pagamento não respondido pelo SPI se dá pelo reenvio, por parte
do PSP que não recebeu a resposta do SPI, da mesma mensagem de estímulo enviada
anteriormente, utilizando-se inclusive o mesmo número único da transação. Consiste,
portanto, no uso do princípio de idempotência descrito na seção 2.8.
Nesta seção é apresentado o fluxo a partir do qual o PSP do pagador, que seja
participante direto do SPI, reenvia a mensagem de pagamento, previamente
encaminhada (etapa #4 do fluxo 1.1.1), para a qual não obteve resposta do SPI até o
tempo máximo definido para caracterização de timeout.
144
# Camada Tipo Descrição
PSP do
1 Comunicação Início do processo. PSP do pagador recebe ordem de pagamento.
pagador
Caso se trate de um pagamento para liquidação não prioritária, o PSP do
PSP do
2 Ação pagador armazena a ordem para processamento na data escolhida pelo usuário
pagador
pagador.
PSP do PSP do pagador realiza bloqueio do valor do pagamento na conta do usuário
3 Ação
pagador pagador.
PSP do PSP do pagador envia mensagem ao SPI solicitando troca de saldo na Conta PI
4 Mensagem
pagador para prosseguimento do pagamento.
Enquanto aguarda receber a confirmação sobre o pagamento enviado ao SPI,
entre as etapas #4 (Envia msg pagamento) e #18 (Recebe confirmação), o PSP do
PSP do
C1 Ação pagador identifica lentidão excessiva para recebimento da resposta. A lentidão
pagador
excessiva é caracterizada pela extrapolação do limite de tempo para
caracterização de timeout.
PSP do PSP do pagador reenvia a mensagem de pagamento enviada ao SPI na etapa #4,
C2 Mensagem
pagador com os mesmos dados, incluindo o mesmo número único da transação.
C3 SPI Mensagem SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do pagador.
SPI efetua uma das seguintes possíveis ações:
• caso a mensagem reenviada na etapa #C2 já tenha sido recebida e
C4
processada (com sucesso ou insucesso), o SPI reenviará ao PSP a mesma
a SPI Ação
resposta gerada quando do processamento da mensagem original (ou o
C8
sucesso da etapa #18 do fluxo 1.1.1, ou um dos cenários de insucesso
previstos na seção 1.3); ou
145
• caso a mensagem reenviada na etapa #C2 não tenha sido recebida e
processada (isso é, o SPI não possui qualquer registro sobre ela), o SPI
prossegue a partir da etapa #6 do fluxo descrito na seção 1.1.1, como se
a mensagem fosse uma nova ordem de pagamento.
Nesta seção é apresentado o fluxo a partir do qual o PSP do recebedor, que seja
participante direto do SPI, reenvia a mensagem de notificação, previamente
encaminhada (etapa #10 do fluxo 1.1.1), para a qual não obteve resposta do SPI até o
tempo máximo definido para caracterização de timeout.
146
PSP do Início do processo. PSP do pagador recebe ordem de pagamento.
1 Comunicação
pagador
PSP do Caso se trate de um pagamento para liquidação não prioritária, o PSP do pagador
2 Ação
pagador armazena a ordem para processamento na data escolhida pelo usuário pagador.
PSP do PSP do pagador realiza bloqueio do valor do pagamento na conta do usuário
3 Ação
pagador pagador.
PSP do PSP do pagador envia mensagem ao SPI solicitando troca de saldo na Conta PI
4 Mensagem
pagador para prosseguimento do pagamento.
SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do pagador solicitando troca de saldo na
5 SPI Mensagem
Conta PI para prosseguimento do pagamento.
SPI efetua o bloqueio na Conta PI do PSP do pagador no montante do pagamento
6 SPI Ação
em questão.
7 SPI Mensagem SPI envia mensagem ao PSP do recebedor informando os dados da transferência.
PSP do
8 Mensagem PSP do recebedor recebe mensagem com os dados da transferência.
recebedor
PSP do PSP do recebedor valida a conta do usuário recebedor e faz anotação provisória
9 Ação
recebedor de crédito nessa conta.
PSP do PSP do recebedor envia notificação ao SPI, solicitando o prosseguimento do
10 Mensagem
recebedor pagamento.
Enquanto aguarda receber a confirmação sobre a notificação enviada ao SPI, o
PSP do PSP do recebedor identifica lentidão excessiva para recebimento da confirmação
C1 Ação
recebedor do SPI. A lentidão excessiva é caracterizada pela extrapolação do limite de tempo
para caracterização de timeout.
PSP do PSP do recebedor reenvia a mesma notificação enviada ao SPI na etapa #10, com
C2 Mensagem
recebedor os mesmos dados, incluindo o mesmo número único da transação.
C3 SPI Mensagem SPI recebe mensagem enviada pelo PSP do recebedor.
SPI efetua uma das seguintes possíveis ações:
• caso a notificação reenviada na etapa #C2 já tenha sido recebida e
processada, o SPI reenviará ao PSP a mesma resposta gerada quando do
C4 processamento da mensagem original (ou o sucesso da etapa #14 do
e SPI Ação fluxo 1.1.1, ou um dos cenários de insucesso previstos na seção 1.3); ou
C8 • caso a notificação reenviada na etapa #C2 não tenha sido recebida e
processada (isso é, o SPI não possui qualquer registro sobre ela), o SPI
prossegue a partir da etapa #11 do fluxo descrito na seção 1.1.1, como se
a notificação fosse nova.
C5 SPI Mensagem SPI envia informação sobre a situação do pagamento ao PSP do recebedor.
PSP do
C6 Mensagem PSP do recebedor recebe informação do SPI sobre a situação do pagamento.
recebedor
Caso o pagamento tenha sido concluído com sucesso, o PSP do recebedor deve
prosseguir a partir da etapa #15 (Credita conta) do fluxo 1.1.1.
PSP do Caso o pagamento tenha sido frustrado devido a alguma das situações de
C7 Ação
recebedor insucesso previstas na seção 1.3, o PSP do recebedor deve adotar as medidas
definidas no respectivo fluxo de tratamento da situação de insucesso, conforme o
caso.
147
3.4.6.3. REENVIO DO ESTÍMULO PELO SPI
Em situações de falha de comunicação entre o SPI e o PSP Recebedor, especialmente
quando o SPI não obtiver confirmação do recebimento da mensagem de crédito
(etapa #7 do fluxo 1.1.1), o SPI fará o reenvio da mensagem.
Por essa razão, é necessário que o PSP Recebedor assuma, também para essa
operação, um comportamento idempotente.
Nenhum liquidante poderá registrar um ISPB que já se encontre com registro ativo no
SPI. Caso haja essa tentativa, o SPI irá identificar a duplicidade e deixará o novo pedido
de registro em suspenso, até que o antigo liquidante no SPI encerre o seu
relacionamento com o participante indireto62. Registros que estão em suspenso serão
expirados se não forem confirmados dentro do prazo de vinte e quatro horas.
Portanto, em um dado momento, cada participante indireto no SPI pode ter apenas
um único liquidante.
O registro do participante indireto deve ser feito por meio da mensagem REDA.014 e
será respondido pela mensagem REDA.016, a serem divulgadas oportunamente.
62
Ver fluxo na seção 3.4.7.1.
148
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Participante indireto envia comunicação ao liquidante
Participante
1 Comunicação no SPI (participante direto), solicitando a prestação de serviço de
indireto do SPI
liquidação.
2 Liquidante no SPI Comunicação Liquidante no SPI recebe a solicitação do participante indireto.
Liquidante no SPI envia mensagem ao SPI solicitando o registro do
3 Liquidante no SPI Mensagem
participante indireto no SPI para o qual presta serviço de liquidação.
4 SPI Mensagem SPI recebe a mensagem de solicitação de registro.
SPI SPI registra o participante indireto do SPI e vincula o seu identificador
5 Ação
único ao participante direto no SPI que atuará como seu liquidante.
6 SPI Mensagem SPI envia confirmação de registro.
7 Liquidante no SPI Mensagem Liquidante no SPI recebe confirmação de registro.
8 Liquidante no SPI Comunicação Liquidante no SPI envia confirmação de registro ao participante indireto.
Participante
9 Comunicação Participante indireto do SPI recebe confirmação de registro.
indireto do SPI
149
3.4.7.1. DESCONTINUIDADE DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE
LIQUIDAÇÃO NO SPI
Nesta seção é apresentado o fluxo a partir do qual um PSP, que seja participante
direto do SPI e atue como liquidante, registra a descontinuidade da prestação de
serviço de liquidação. O registro de descontinuidade deve ser feito um a um, para cada
participante indireto do SPI.
150
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. Participante indireto envia comunicação ao liquidante
Participante
1 Comunicação no SPI (participante direto) solicitando a descontinuidade da prestação do
indireto do SPI
serviço de liquidação.
2 Liquidante no SPI Comunicação Liquidante no SPI recebe a solicitação.
Liquidante no SPI envia mensagem ao SPI solicitando a descontinuidade da
3 Liquidante no SPI Mensagem
prestação do serviço de liquidação.
4 SPI Mensagem SPI recebe a mensagem de solicitação.
SPI desvincula, do participante direto no SPI que atua como liquidante, o
identificador único do participante indireto do SPI. Se houver um pedido de
5 SPI Ação registro pendente por duplicidade, submetido por outro liquidante, o SPI
efetua a troca de liquidante de imediato, sem interromper a aceitação das
transações originadas ou endereçadas ao participante indireto.
SPI envia confirmação. Se estiver ocorrendo uma troca de liquidante, o SPI
6 SPI Mensagem envia também a confirmação de registro descrita na etapa #6 do fluxo
descrito na seção 3.4.7.
Liquidante no SPI recebe confirmação da descontinuidade do serviço. Se
7 Liquidante no SPI Mensagem estiver ocorrendo uma troca de liquidante, o novo liquidante recebe a
confirmação descrita na etapa #7 do fluxo descrito na seção 3.4.7.
151
Liquidante no SPI envia notificação de descontinuidade de serviço. Se
8 Liquidante no SPI Comunicação estiver ocorrendo uma troca de liquidante, o novo liquidante envia a
confirmação descrita na etapa #8 do fluxo descrito na seção 3.4.7.
Participante indireto recebe notificação da descontinuidade do serviço. Se
Participante estiver ocorrendo uma troca de liquidante, participante indireto recebe
9 Comunicação
indireto do SPI também a confirmação descrita na etapa #9 do fluxo descrito na seção
3.4.7.
Todos os participantes, diretos e indiretos, devem estar preparados para tratar esse
aviso tempestivamente, disponibilizando, ou inibindo, o PSP incluído, ou excluído,
conforme o caso, em seus respectivos canais de operação e de atendimento.
O aviso será feito por meio da mensagem CAMT.014, a ser oportunamente divulgada.
152
# Camada Tipo Descrição
Início do processo. SPI identifica participante direto do SPI ou participante
1 SPI Ação indireto do SPI que foi ou que será incluído ou excluído em determinada data,
ou que teve os seus dados alterados.
2 SPI Mensagem SPI envia aviso a todos os participantes diretos do SPI.
Participante
3 Mensagem Participante direto do SPI recebe mensagem de aviso.
direto do SPI
Participante direto do SPI adota as providências cabíveis, tempestivamente.
Participante
4 Ação Por exemplo, disponibilizando o PSP incluído, seja ele um participante direto
direto do SPI
ou indireto do SPI, em seus canais de operação e de atendimento.
Participante Participante direto do SPI repassa, tempestivamente, o aviso aos participantes
5 Comunicação
direto do SPI indiretos do SPI para os quais presta serviço de liquidante.
Participante
6 indireto do Comunicação Participante indireto do SPI recebe mensagem de aviso.
SPI
153
Participante Participante indireto do SPI adota as providências cabíveis, tempestivamente.
7 indireto do Ação Por exemplo, disponibilizando o PSP incluído, seja ele um participante direto
SPI ou indireto do SPI, em seus canais de operação e de atendimento.
Ao longo de um dia útil (a partir das 0h) e até o final desse dia útil (até as
23h59min59seg), a data-contábil utilizada para contabilização das operações cursadas
no SPI corresponderá à data-calendário do dia útil corrente (DU).
Sempre que ocorrer a virada da data-contábil, o SPI passará a utilizar a nova data-
contábil para liquidação das transações. Ademais, o SPI informará aos PSPs do
pagador e do recebedor a data do movimento contábil em todas as respostas às
operações liquidadas, atuando como ponto focal de referência para essa informação.
A data do movimento contábil é registrada no momento da troca de saldos nas contas
PI.
154
Alterações no Cosif a respeito dos critérios e dos procedimentos contábeis a serem
observados pelos participantes na contabilização dos eventos relacionados aos
pagamentos instantâneos serão oportunamente divulgadas pelo BC.
3.6. Tarifas
As tarifas cobradas pela utilização do SPI serão estabelecidas pelo BC com vistas,
exclusivamente, ao ressarcimento das despesas por ele incorridas na gestão e na
operação do SPI. A metodologia de cobrança dessas tarifas será detalhada
oportunamente63.
63
Questões tarifárias envolvendo outros aspectos do PIX serão oportunamente tratadas em seção
específica deste Documento.
155
Glossário
Chave para endereçamento
Conta transacional
Ambiente formado pelo arranjo aberto que será instituído pelo BC, denominado PIX,
pelos prestadores de serviços de pagamento participantes do arranjo, pelo Diretório
de Identificadores de Contas Transacionais e pelo Sistema de Pagamentos
Instantâneos, que será utilizado para a liquidação das transações realizadas entre
diferentes instituições participantes do arranjo.
Liquidante no SPI
Pagamento instantâneo
156
Transferência de fundos eletrônica na qual a transmissão da ordem de pagamento e
a disponibilidade de fundos para o usuário recebedor ocorre em tempo real e cujo
serviço está disponível durante 24 horas por dia, sete dias por semana e em todos os
dias no ano.
Participante direto
Instituição autorizada a funcionar pelo BC que oferta uma conta transacional para um
usuário final e que, para fins de liquidação de pagamentos instantâneos, é titular de
Conta PI.
Participante indireto
Instituição que oferta uma conta transacional para um usuário final, mas que não é
titular de Conta PI no BC nem possui conexão direta com o SPI. Utiliza os serviços de
um liquidante no SPI para fins de liquidação de pagamentos instantâneos.
PIX
Nome do arranjo de pagamentos instantâneos que será instituído pelo BC, que
também corresponde ao instrumento de pagamento.
PSP do pagador
PSP no qual o usuário pagador detém a conta transacional que será debitada para a
realização de um pagamento instantâneo.
PSP do recebedor
PSP no qual o usuário recebedor detém a conta transacional que será creditada em
decorrência de um pagamento instantâneo.
QR Code
157
QR Code Dinâmico
QR Code gerado pelo usuário recebedor, para ser utilizado uma única vez, para iniciar
um pagamento instantâneo.
QR Code Estático
QR Code gerado pelo usuário recebedor, que pode ser utilizado para iniciar mais de
um pagamento instantâneo.
QR Code gerado pelo usuário pagador, que pode ser gerado sem utilização de rede
de dados, para ser utilizado uma única vez, para iniciar um pagamento instantâneo.
Timeout
Usuário final
Usuário pagador
Usuário recebedor
158
Histórico de revisão
Data Versão Descrição das alterações
28/5/2019 1.0
22/7/2019 2.0 1 – Estrutura: introdução da seção “3. Sistema de
Pagamentos Instantâneos”, que apresenta tópicos
diretamente relacionados ao SPI.
159
9 – Seção 1.2: inseridas subseções relativas ao envio
prévio sistematizado de informações, que passam a ser
caracterizados como QR Code estático, QR Code
dinâmico e QR Code Gerado pelo pagador. Além disso,
questões relativas ao padrão e ao layout das
informações no QR Code foram transferidas da seção 2
para essa seção.
160
5 – Estrutura: inserção da seção 2.5. “Requisitos de
segurança”.
161
19 – Seção 3.4: ajustes no texto e nos fluxos para deixá-
los mais claros.
162
4 – Apresentação: atualização do status das discussões.
163
11 – Seção 2.5: ajustes e atualizações.
164