APOSTO
APOSTO
APOSTO
É a palavra ou expressão que explica ou esclarece, desen- Ex: As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé
volve ou resume outro termo da oração. Geralmente é sep- de cores. (predicativo do sujeito)
arado por vírgula ou dois pontos.
CUIDADO!
Ex.: O cão, melhor amigo do homem, é sempre fiel. (ex-
Ex: Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. ( aposto)
plicativo)
Mensageira da ideia, a palavra é tudo. (aposto)
Só queria uma coisa: compreensão. (explicativo) Irmão do mar, do espaço, amei as solidões sobre os
rochedos. (aposto)
Glória, poder, dinheiro, tudo passa. (resumitivo ou recapit-
ulativo) Um aposto pode-se referir a outro aposto:
O rio Amazonas é muito extenso. (apelativo ou especifica- Ex: João casou-se com Maria, filha do Coronel Teodoro,
tivo) senhor de engenho.
Obs.: O aposto apelativo ou especificativo é o nome de al- O aposto pode vir precedido das expressões explicativas
guém ou alguma coisa. isto é, a saber, ou da preposição acidental como.
Estudou o dia todo, o que deixou a mãe feliz. (aposto refer- Ex: Dois países sul-americanos, isto é, Bolívia e Paraguai,
ente a toda uma oração). Nesse caso, o aposto é represen- não são banhados pelo mar.
tado por palavras como o, fato, coisa etc.
Este escritor, como romancista, nunca foi superado.
Agora, atente bem para a seguinte comparação:
O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento
Gosto de Petrópolis. (objeto indireto: complemento do verbo) nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição.
Vim de Petrópolis. (adj. adv. de lugar: vim é intransitivo) Ex: O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
Tive medo de Petrópolis. (compl. nominal: medo de quê?) De cobras, morcegos, bichos, de tudo ele tinha medo.
Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das coisas.
O clima de Petrópolis é bom. (adj. adn.: vale por petropol-
itano) ◊ VOCATIVO
A cidade de Petrópolis é linda. (aposto: é o nome da cidade) Termo com valor exclamativo que serve para interpelar al-
guém ou algo. Não pertence nem ao sujeito, nem ao predi-
Exemplos de apostos expressos por pronomes:
cado. Sempre com vírgula.
Ex: Foram os dois, ele e ela.
Ex.: Luís, empreste-me o martelo.
Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
Veja, meu filho, que linda lagoa!
O dia amanheceu chuvoso, o que me obrigou a ficar em casa.
Não faça isso, garoto!
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Logo: Voltem pra casa, seus antropófagos.
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EXERCÍCIOS
d) “Quando nasci um anjo esbelto/ desses que tocam c) Se eliminarmos a segunda vírgula, o termo meus amigos
trombeta, anunciou:/ Vai carregar bandeira.” (Adélia Prado) deixará de ser vocativo (ou aposto) e passará a sujeito.
d) Independente do contexto em que essa frase for em-
(EAGS – 2010) pregada, o termo destacado só pode ter a função sintática
de vocativo.
3) Assinale a única alternativa em que o
trecho em negrito não deve ser classificado (EAGS – 2013)
como vocativo.
a) — Eu tenho costume, meu amigo, de cumprimentar as
7) Assinale a alternativa em que o termo
pessoas quando chego. destacado não é aposto:
b) Foi isso o que sempre esperei de você, e que você não a) No fundo do mato virgem, nasceu Macunaíma, herói de
soube ser: meu amigo. nossa gente.”
c) Meu amigo, faça a prova com tranquilidade. b) “O velho José Paulino tinha esse gosto: o perder a vista
dos seus domínios.”
d) Tudo é resultado de esforço, meu amigo.
c) “Na penumbra, correu os olhos por toda a sala e perce-
beu, só e muda, a silhueta de uma mulher.”
d) “Olha para si (...), para a casa, para jardim, para a ensea-
da, para os morros e para o céu, tudo entra na mesma
sensação de propriedade.”
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EXERCÍCIOS
Nos versos acima, o termo em destaque exerce função d) “Somente a ingratidão – esta pantera – Foi tua compan-
sintática de heira inseparável!”
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