DD131 Relatorios de Auditoria

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ALUNO: FRANCISCO DOS REIS NASCIMENTO

CÓDIGO DO USUÁRIO: BRDDMIAGE3215396


DISCIPLINA: DD131 – RELATÓRIOS DE AUDITORIA
DATA: 20/03/2020

DD 131 – Relatórios de Auditoria.

Questão 01 – Marque todos aqueles aspectos que devam ser levados em


conta com relação aos temas anteriores, na redação do relatório de auditoria.

Segundo as Normas Internacionais de Contabilidade (NICs) de 1973 a 1999,


na elaboração dos relatórios de auditoria, deve-se ter em conta aspectos que devem
ser levados em conta com relação ao patrimônio líquido:
1. Quando do encerramento do exercício, o responsável pela empresa
(empresário) deverá formular as contas anuais da empresa, que compreende o
balanço, a conta de perdas e lucros, um estado que reflita as mudanças no
patrimônio líquido do exercício, um estado de fluxos de efetivo e o memorial. Estes
documentos formam uma unidade. O estado de fluxo de efetivo não será obrigatório
quando assim estabelecer uma posição legal.
2. A conta de perdas e lucros reunirá o resultado do exercício, separando
devidamente os ganhos e os gastos imputáveis ao mesmo e distinguindo os
resultados de exploração dos que não sejam. Figurará, de forma separada, pelo
menos a importância da cifra de negócio, o consumo de estoque, os gastos com
pessoal, as dotações à amortização, as correções avaliativas, as variações de valor
derivado da aplicação do critério do valor razoável, os ganhos e gastos financeiros,
as perdas e lucros originados na alienação de ativos fixos e o gasto por imposto
sobre benefícios.
3. Entretanto, o estado que mostra as mudanças no patrimônio líquido
terá duas partes. A primeira refletirá exclusivamente os ganhos e gastos gerados
pela atividade da empresa durante o exercício, distinguindo entre os reconhecidos
na conta de perdas e lucros e os registrados diretamente no patrimônio líquido. A
segunda conterá todos os movimentos ocorridos no patrimônio líquido, incluindo os
procedentes de transações realizadas com os sócios ou proprietários da empresa
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quando funcionarem como tal. Também se informará sobre os ajustes ao patrimônio


líquido devidos a mudanças nos critérios contábeis e correções de erros.

4. O memorial completará, ampliará a informação contida nos outros


documentos que integram as contas anuais.
5. Em cada uma das partidas das contas anuais deverão figurar, além das
cifras do exercício que se encerra as correspondentes ao exercício imediatamente
anterior.
6. Desta forma, quando isso for significativo para oferecer a imagem fiel
da empresa, nos capítulos do memorial, são oferecidos também dados qualitativos e
relativos à situação do exercício anterior:
• A estrutura e o conteúdo dos documentos que integram as contas
anuais se ajustarão aos modelos aprovados de forma regulamentar.

• A estrutura destes documentos não poderá modificar-se de um
exercício a outro, salvos em casos excepcionais, sempre que estiver devidamente
justificado e constar no memorial.
• Passivos: obrigações atuais surgidas como conseqüências de eventos
passados, cuja extinção é provável que de lugar a uma diminuição de recursos que
possam produzir benefícios econômicos. A estes efeitos, entendem-se incluídas as
provisões, ou seja, os passivos são as despesas feitas pela empresa que se
constituem por contas a pagar, para fornecedores ou ao governo etc.
• Patrimônio Líquido: Constituem a parte residual dos ativos da empresa,
uma vez deduzidos todos seus passivos. Inclui as contribuições realizadas, seja no
momento de sua constituição ou em outros posteriores, por seus sócios ou
proprietários, que não tenham a consideração de passivos, assim como os
resultados acumulados ou outras variações que os afetem. Assim pode-se afirmar
que o patrimônio líquido é o que representa a riqueza de uma determinada empresa.
7. Os elementos da conta de perdas e lucros e do estado que reflita as
mudanças no patrimônio líquido do exercício são:
• Ganhos: Incrementos no patrimônio líquido durante o exercício sejam
em forma de ingressos ou aumentos no valor dos ativos ou de diminuição dos
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passivos, sempre que não tenham sua origem em contribuições dos sócios ou
proprietários.
• Gastos: Decréscimos no patrimônio líquido durante o exercício sejam
em forma de saída ou diminuições no valor dos ativos ou de reconhecimento ou
aumento dos passivos, sempre que não tenham sua origem em distribuições aos
sócios ou proprietários.
8. Os ganhos e gastos do exercício se imputarão à conta de perdas e
lucros e farão parte do resultado, exceto quando proceder à sua imputação direta ao
patrimônio líquido, em cujo caso se apresentará no estado que mostre as mudanças
no patrimônio líquido, de acordo com o previsto nas NIIFs.
9. As contas anuais deverão ser assinadas pelas seguintes pessoas, que
responderão por sua veracidade:
• Pelo próprio empresário, se for de pessoa física.
• Por todos os sócios ilimitadamente responsáveis pelas dívidas sociais.
• Por todos os administradores das sociedades.
10. Portanto, Se faltar à assinatura de alguma das pessoas indicadas,
destaca-se nos documentos em que falte, com expressa menção da causa.
11. O registro e a avaliação dos elementos integrantes das diferentes
partidas que figuram nas contas anuais deverão realizar conforme os princípios de
contabilidade geralmente aceitos. Em particular, observam-se as seguintes regras:
• Salvo prova em contrário, presume-se que a empresa continua em
funcionamento.
• Não se variarão os critérios de avaliação de um exercício a outro.
• Segue-se o principio de prudência avaliativa. Este princípio obrigará a
contabilizar só os benefícios obtidos até a data de encerramento do exercício. Não
obstante, será necessário levar em consideração todos os riscos com origem no
exercício ou em outro anterior, inclusive se só se conhecerem entre a data de
encerramento do balanço e a data em que este se formule em cujo caso se dará
cumprida a informação no memorial, sem prejuízo de reflexo que possam originar-
nos outros documentos integrantes das contas anuais. Excepcionalmente, se tais
riscos se conhecessem entre a formulação e antes da aprovação das contas anuais
e afetarem de forma muito significativa à imagem fiel, as contas anuais deverão ser
reformuladas. Em qualquer caso, consideram-se as amortizações e correções de
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valor por deterioramento no valor dos ativos, tanto se o exercício se saldar com
benefício quanto com perda.
• Imputa-se, ao exercício ao quais as contas anuais se refiram os gastos
e os ganhos que afetem o mesmo, independentemente da data de seu pagamento
ou de sua cobrança.
• Salvo as exceções previstas de maneira regulamentar, não poderá
compensar-se as partidas do ativo e do passivo nem as de gastos e ganhos; e se
avaliarão separadamente os elementos integrantes das contas anuais.
• Sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes, os ativos se
contabilizarão pelo preço de aquisição ou pelo custo de produção; os passivos, pelo
valor da contrapartida recebida em troca de incorrer na dívida, mais os juros a
receber pendentes de pagamento; as provisões se contabilizarão pelo valor atual da
melhor estimativa do valor necessário para fazer frente à obrigação, na data de
encerramento do balanço.
• As operações se contabilizarão quando sua avaliação possa ser
efetuada com um adequado grau de contabilidade.
12. Portanto, se, dentro do prazo convencionado, algum sócio não
contribuir à massa comum a parcela de capital de que é obrigada, a companhia
poderá tornar efetiva a parcela de capital que tiver deixado de entregar ou rescindir o
contrato quanto ao sócio remisso, retendo as quantias que lhe correspondam na
massa social.
13. O sócio que, por qualquer causa, retarde a entrega total de seu capital,
transcorrido o prazo prefixado no contrato de sociedade ou, no caso de não haver
prefixado, desde que se estabeleça a caixa, pagará à massa comum o juro legal do
dinheiro que não tiver entregado ao seu devido tempo, bem como a importância dos
danos e prejuízos que tiver ocasionado com sua morosidade.
14. Quando o capital ou a parte dele que um sócio tenha de contribuir
consista em bens, faz-se sua avaliação na forma estabelecida no contrato de
sociedade; e, na falta de pacto especial sobre isso, faz-se por perito escolhidos por
ambas as partes e segundo os preços da praça, correndo seus aumentos ou
diminuições ulteriores por conta da companhia.
Em caso de divergência entre os peritos, designa-se um terceiro, ao acaso,
entre os de sua classe, que figurem como maiores contribuintes na localidade, para
que dirima a discórdia.
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15. As companhias de qualquer tipo que sejam, dissolvidas totalmente


pelas causas que seguem:
• O cumprimento do prazo prefixado no contrato de sociedade ou a
conclusão da empresa que constitua seu objeto.
• A perda inteira do capital.

Questão 2 – Indique as explicações e/ou documentação que devem


figurar nos papéis de trabalho para dar suporte aos distintos parágrafos e
comentários do relatório.

A regra para todos os países, é que o balanço patrimonial, a conta de ganhos


e perdas e o memorial devem acompanhar o relatório de auditoria e em alguns
países, além desses, demonstrativo, o fluxo de caixa, o estado de alteração no
patrimônio e o memorial consolidado poderá fazer parte dos documentos suportes.
Sebovia & Herrador (2011).

Questão 3 – Redija o relatório de auditoria correspondente às contas


anuais do ano 20XX assumindo que a importância estabelecida como índice de
importância relativa para a redação do relatório é de 18.000 u.m.
Tenha em conta que:
O relatório de auditoria do ano anterior foi emitido com data de 10 de
abril de 20XX, que incluía condições.
O trabalho de campo foi concluído em 24 de março de 20XX+1.

Relatório de Auditoria.

Campo Grande - MS 20 de Março de 2010

Foi realizada a auditoria das contas anuais da Sociedade BBC S.A. que
compreendem o balanço de situação em 31 de Dezembro de 200X, a conta de
perdas e ganhos, o demonstrativo de fluxo de caixa, o estado de alteração no
patrimônio líquido e o memorial correspondente ao exercício anual terminado nessa
data, cuja formulação é de responsabilidade dos administradores da sociedade. A
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Responsabilidade da auditoria é expressar uma opinião sobre as contas anuais no


geral, baseada no trabalho realizado de acordo com as normas internacionais de
auditoria, que requerem o exame, mediante a realização de provas seletivas da
evidência justificativa das contas anuais e a avaliação de sua apresentação, dos
princípios contábeis aplicados e das estimativas realizadas.
De acordo com a legislação em vigor e as normas internacionais de
contabilidade, os administradores apresentam os efeitos comparativos com cada
uma das partidas do balanço, da conta de perdas e ganhos, do demonstrativo de
fluxos de caixa e do estado de alteração do patrimônio líquido, além das cifras do
exercício 200X, correspondentes ao exercício anterior. Nossa opinião se refere,
exclusivamente, às contas anuais do exercício 200X, na data de 10 de Abril de
200X, dessa forma emitimos nosso relatório de auditoria sobre as contas anuais do
exercício 200X-1, no qual expressamos uma opinião parcialmente favorável de que
o patrimônio líquido da empresa é a imagem fiel das suas contas anuais.
Foi verificado que os ingressos decorrentes das vendas são menores que os
custos de produção. Segundo as NICs, ocorrem diferenças entre as entidades sem
fins lucrativos e as comerciais. As segundas têm o objetivo de gerar lucro vendendo
seus produtos a um custo superior ou pelo menos igual ao custo de produção; salvo
em casos excepcionais como de liquidação. Contudo, os preços internacionais das
matérias primas aumentaram e a entidade se viu numa situação de impossibilidade
de repercutir esses preços nas vendas.
Nosso parecer, exceto pelos efeitos da ressalva anterior, as contas anuais do
exercício 200X expressam, parcialmente uma imagem fiel do patrimônio e da
situação financeira da sociedade BBC, S.A. em 31 de Dezembro de 20XX e dos
resultados de suas operações e das alterações no patrimônio líquido
correspondentes ao exercício anual terminado em essa data.
A sociedade recebeu uma subvenção de capital de 20.000 u.m. pelos
investimentos efetuados em projetos no final do ano 200X-1 e que foi contabilizado
na conta de perdas e lucros do ano 200X, como ingressos por subvenção de capital.
O imobilizado subvencionado amortiza a razão de 10% anual e, também, devido ao
fato de que a sociedade considera por imobilizado material, basicamente, edifícios e
terrenos, sendo eles muito antigos e nunca foram atualizados segundo as
disposições legais que, em anos anteriores, eram aplicáveis. Por não ter
considerado oportuno, decidiu, no ano 200X, contabilizar terrenos, neste momento,
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não eram utilizados na sua totalidade e que poderiam desfazer-se deles com
facilidade, já que não estão em um polígono industrial, ao preço que, neste
momento, se esta pagando no terreno dentro do polígono. O aumento do valor se
contabilizou diretamente a uma conta do patrimônio, como se fosse uma
revalorização oficial e representou um valor de 105.000 u.m. segundo as normas
internacionais de contabilidade, as revalorizações são contabilizadas nas contas de
resultados.
O documento anexo a contas anuais do exercício 200X contém as
explicações que os administradores consideram oportunas sobre a redação do
relatório de auditoria que é de 18.000 u.m. Verificamos que a informação contábil
está de acordo com a das contas anuais do exercício 200X. A verificação de
documentos é de responsabilidade do auditor não se estendendo a veracidade da
informação obtida pelos registros contáveis da sociedade.
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Referências Bibliográficas

N.D. (2020). DD131 - Relatórios de Auditoria [Apostila do Curso de Mestrado


em Auditoria e Gestão Empresarial, Fundação Universitária Ibero Americana]. Brasil.

FUNIBER. 2020a. Relatórios de auditoria. Espanha.

FUNIBER. 2020b. Relatórios de auditoria. Espanha.

“Auditoria independente” web site acessado aos 20 de 03 de 2020


https://www.blbbrasil.com.br/servico/auditoria-das-demonstracoes-financeiras/

[1] Conteúdo programático da Disciplina: DD131 – Relatórios de auditoria do Curso


de Mestrado Internacional em Auditoria e Gestão Empresarial da FUNIBER.

[2] Comitê de Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway - Samuel


Alberto Mantilla (tradutor). Controle interno. Editorial da ECOE.

[3] DAUBER, Nick A.; Anique Ahmed Qureshi; LEVINE, Marc H. e SIEGEL, Joel G.
(2008) O Guia Completo de Normas de Auditoria e Outras Normas Profissionais para
Contabilistas 2008. Editorial Wiley.

[4] Escola de Auditoria do Instituto de Censores Juramentados de Contas da


Espanha (1996). Volume de auditoria I. Instituto de Auditores-Auditores Censores da
Espanha.

[5] Federação Internacional de Contadores / IFAC - Normas Internacionais de Relato


Financeiro (IFRS - IAS).

[6] LÓPEZ ALDEA, Javier (1992) Fundamentos básicos da auditoria de contas


(volume 1). Verdadeiro e justo, S.A.
International Federation of Accountants/IFAC – Normas Internacionais de
Informação Finaceira (NIIF – NIC).

Segovia San Juan A.I & Herrador Alcaide, T. (2011) Teoria de la Auditoria Financiera
Barcelona: Ediciones Académicas.

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