MAcapá Lei 2

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MUNICÍPIO DE MACAPÁ

PREFEITURA MUNICIPAL

LEI Nº 2.178/2015-PMM

APROVA O PLANO MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO, DE MACAPÁ (PME/MCP)
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ:

Faço saber que a Câmara Municipal de Macapá, aprovou e eu sanciono a


seguinte Lei:

Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação, de Macapá (PME/MCP),


para o decênio 2015-2025, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo único,
com vistas ao cumprimento do disposto no Art. 214 da Constituição Federal; na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996; no Art. 8º da Lei Federal nº
13.005, de 25 de junho de 2014; e nos Art. 310 e 311, da Lei Orgânica do Município de
Macapá.

Art. 2º São diretrizes do PME/MCP:

I – erradicação do analfabetismo, em conformidade com o Programa Macapá


Município Alfabetizado já instituído em 2013 pela Prefeitura de Macapá;

II – universalização do atendimento escolar;

III – melhoria da qualidade da educação;

IV – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

V – valorização dos profissionais da educação;

VI – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da


cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

VII – formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VIII – promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

IX – promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à


sustentabilidade socioambiental;

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X – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação


como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às
necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade.

Art. 3º As metas previstas no Anexo único desta Lei tem como referência a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o censo demográfico e os
censos nacionais da Educação Básica e Superior mais atualizados, e deverão ser
cumpridas no prazo de vigência do PME, desde que não haja prazo inferior definido
para Metas e Estratégias específicas.

Art. 4º O Município atuará em regime de colaboração com a União e o Estado,


visando ao alcance das Metas e à implementação das Estratégias objeto deste Plano,
não se excluindo a adoção de medidas ou de instrumentos jurídicos adicionais.

§ 1º Caberá ao gestor municipal a adoção das medidas necessárias ao alcance


das Metas previstas no Plano Municipal de Educação.

§ 2º Haverá regime de colaboração específico para a implementação de


modalidades de educação escolar que necessitem considerar territórios
etnicoeducacionais, bem como a utilização de Estratégias que respeitem as
especificidades socioculturais e linguísticas de cada comunidade envolvida,
assegurando-se-lhes a realização de consulta prévia e a comunicação dos resultados
obtidos.

§ 3º O sistema de ensino do Município criará mecanismos para o


acompanhamento local da consecução das Metas do PME.

Art. 5º O Plano Plurianual (PPA), as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento


Anual do Município serão formulados de maneira a assegurar a consignação de
dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, Metas e Estratégias do PME, a
fim de viabilizar sua plena execução.

Art. 6º O progressivo investimento público em educação, previsto na Meta 20,


será avaliado no terceiro ano de vigência do PME e poderá ser ampliado por meio de
Lei específica, para atender às necessidades financeiras ao cumprimento das demais
Metas.

Art. 7º O investimento público em educação a que se referem o inciso VI, do Art.


214 da Constituição Federal e a Meta 20, do Anexo Único desta Lei, engloba os
recursos aplicados na forma do Art. 212 da Constituição Federal e do Art. 60, do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, bem como os recursos aplicados nos
programas de expansão da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, inclusive os
subsídios concedidos em programas de financiamento de Creches, Pré-Escolas e de
Educação Especial, na forma do Art. 213 da Constituição Federal.

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Parágrafo único. Será destinada à manutenção e ao desenvolvimento do


ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do Art. 212 da Constituição
Federal, além de outros recursos previstos em Lei, a parcela da participação no
resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e de gás natural
já determinada na Lei nº. 2.047/2013 – PMM como aplicação exclusiva na Educação,
com a finalidade de assegurar o cumprimento do previsto no inciso VI, do Art. 214 da
Constituição Federal

Art. 8º A execução do PME e o cumprimento de suas Metas serão objeto de


acompanhamento contínuo e de avaliação periódica, realizados pelas seguintes
instâncias:

I – Secretaria Municipal de Educação (SEMED);

II – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/AP);

III – Conselho Municipal de Educação de Macapá (CMEM);

IV – Fórum Municipal de Educação de Macapá (FME);

V – Câmara Municipal de Macapá.

§ 1º Compete, ainda, às instâncias referidas no caput deste Artigo:

I – divulgar amplamente os resultados do acompanhamento e das avaliações


realizadas sobre o PME;

II – assegurar a implementação das Estratégias e o cumprimento das Metas do


PME;

III – propor a revisão do percentual de investimento público em educação, de


acordo com o desenvolvimento e as necessidades do sistema municipal de ensino.

Art. 9º O Município deverá promover, até 2025, pelo menos duas Conferências
Municipais de Educação, com intervalo de até quatro anos entre elas, objetivando
avaliar amplamente a execução do PME e subsidiar a elaboração do PME para o
decênio seguinte (2025-2035).

Parágrafo único. As Conferências Municipais de Educação, previstas no caput do


Art. 9º, deverão ser planejadas e coordenadas pelo Fórum Municipal de Educação
(FME), instituído pelo Decreto PMM nº 3.205, de 24 de junho de 2013.

Art. 10 No prazo máximo de 90 (noventa) dias contados da publicação desta Lei,


o Município deverá aprovar Lei específica para o seu sistema de ensino, disciplinando a
gestão democrática da educação pública, adequando, quando for o caso, a legislação
local já adotada com essa finalidade.
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Art. 11 Até o final do primeiro semestre do 9º (nono) ano de vigência deste PME,
o Poder Executivo encaminhará à Câmara de Vereadores, sem prejuízo de suas
prerrogativas, Projeto de Lei referente ao Plano Municipal de Educação a vigorar no
decênio 2025–2035, incluindo diagnóstico, diretrizes, Metas e Estratégias definidas com
ampla participação de representantes da comunidade educacional e da sociedade civil
macapaense.

Art. 12 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Palácio LAURINDO DOS SANTOS BANHA, em Macapá, 22 de junho de 2015.

CLÉCIO LUÍS VILHENA VIEIRA


PREFEITO MUNICIPAL DE MACAPÁ

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ANEXO ÚNICO DO PROJETO DE LEI Nº 004/2015 – PLANO MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO (PME)

METAS E ESTRATÉGIAS

Meta 1 – Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na Pré-Escola para as crianças


de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infantil em Creches,
de forma a atender no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) das crianças de até três
anos de idade, até o final da vigência do Plano Municipal de Educação.

Estratégias:

1.1) Definir, em regime de colaboração com União e Estado, as Metas de expansão das
respectivas redes públicas de Educação Infantil, segundo padrão nacional de qualidade,
considerando as peculiaridades das populações do campo, de assentamentos,
extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e ribeirinhas, dentre outras matrizes
populacionais;

1.2) Garantir que, ao final da vigência do PME, seja inferior a 10% (dez por cento) a
diferença entre as taxas de frequência à Educação Infantil das crianças de até três anos de
idade, oriundas do quinto de renda familiar per capita mais elevado e as do quinto de renda
familiar per capita mais baixo;

1.3) Realizar, periodicamente, em regime de colaboração com o Estado e os demais


órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGD)
levantamento da demanda por Creche, para a população de até três anos de idade, como
forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta;

1.4) Estabelecer, no 1º ano de vigência do PME, normas, procedimentos e prazos para


definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias, por Creches;

1.5) Manter e ampliar, em colaboração com a União, programa nacional de construção e


reestruturação de escolas, além de aquisição de equipamentos, para expansão e melhoria
da rede física de escolas públicas de Educação Infantil, até o final da vigência do PME;

1.6) Implantar, até o 3º ano de vigência do PME, avaliação da Educação Infantil, a ser
realizada a cada 2 anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, para aferir a
infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos
pedagógicos, a situação de acessibilidade, bem como o nível de Formação Inicial e
Continuada (FIC) dos profissionais da educação que considere as especificidades
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socioculturais advindas das populações do campo, de assentamentos, extrativistas,


indígenas, negras, quilombolas e ribeirinhas;

1.7) Articular a oferta de matrículas gratuitas em Creches certificadas como entidades


beneficentes de assistência social na área de educação com a expansão da oferta na rede
escolar pública, em regime de colaboração, por meio de cooperação técnica com estas
entidades;

1.8) Promover em parceria com a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), a


Universidade do Estado do Amapá (UEAP) e o Instituto Federal do Amapá (IFAP) a
Formação Inicial e Continuada de profissionais da Educação Infantil, garantindo,
progressivamente, o atendimento por profissionais com formação superior;

1.9) Estabelecer parceria com a UNIFAP, a UEAP e o IFAP, garantindo a elaboração de


currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao
processo de ensino-aprendizagem e às teorias educacionais no atendimento da população
de zero a cinco anos de idade;

1.10) Fomentar e garantir Educação Infantil às populações do campo, de assentamentos,


extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e ribeirinhas, por meio do redimensionamento
da distribuição territorial da oferta, limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de
crianças, de forma a atender às especificidades dessas comunidades, assegurando-se-lhes
a realização de consulta prévia e a comunicação dos resultados obtidos;

1.11) Priorizar o acesso à Educação Infantil e fomentar a oferta do Atendimento


Educacional Especializado (AEE) complementar e suplementar às crianças com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, e altas habilidades/superdotação,
assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação
especial na Educação Básica;

1.12) Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias,


por meio da articulação entre as Secretarias Estadual e Municipal de Educação
relacionadas às áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no
desenvolvimento integral das crianças de até três anos de idade;

1.13) Preservar as especificidades da Educação Infantil na organização das redes


escolares, garantindo o atendimento da criança de zero a cinco anos de idade em
estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade e à articulação com a
etapa escolar seguinte, visando ao ingresso da criança de seis anos de idade no Ensino
Fundamental;

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1.14) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das


crianças na Educação Infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência
de renda, bem como aquelas vítimas da violência sexual e das diversas formas de
discriminação e preconceito, em colaboração com as famílias e com os órgãos da
assistência social, saúde e do SGD;

1.15) Promover a busca sistemática de crianças em idade correspondente à Educação


Infantil, em parceria com órgãos públicos como as Secretarias de Assistência Social e de
Saúde do Município e do SGD, preservando o direito de opção da família em relação às
crianças de até três anos de idade;

1.16) Realizar e publicar anualmente, com a colaboração do Estado e da União,


levantamento da demanda manifesta por Educação Infantil (Creches e Pré-Escola), com
vista ao planejamento estratégico para o atendimento;

1.17) Garantir acesso e permanência às crianças matriculadas na Educação Infantil, sendo


em tempo integral para as de zero a três anos de idade e de tempo parcial para as de
quatro a cinco, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil;

1.18) Assegurar até 2018, a regularização das 10 escolas de Educação Infantil da rede
pública estadual, que se encontram em processo de municipalização;

1.19) Estabelecer parcerias e/ou adesão a programas federais para reforma e ampliação
das 10 escolas de Educação Infantil em processo de municipalização;

1.20) Criar e manter comissão, com representantes das secretarias municipais, para
legalizar as terras, que serão utilizadas para a construção de novas escolas de Educação
Infantil;

1.21) Promover concurso público para profissionais da Educação Infantil, visando à


melhoria na qualidade do atendimento, de forma a garantir a efetivação de professor do
AEE, auxiliar pedagógico e cuidador escolar;

1.22) Garantir anualmente a manutenção da estrutura física a todas as unidades escolares


de Educação Infantil, por meio do recurso do Tesouro da União;

1.23) Assegurar a cada biênio 0,7% (sete décimos percentuais) dos recursos do Poder
Público Municipal para a Educação Infantil, especificamente na construção e reforma de
escolas e ampliação do número de salas de aula, tanto na zona urbana quanto na rural, até
o término da vigência do PME;

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1.24) Assegurar acesso, permanência e qualidade do atendimento na Educação Infantil,


nas escolas da rede pública Municipal, em tempo parcial ou integral, em parcerias com
órgãos do SGD;

1.25) Estabelecer parceria com a instituição família, comunidade e instituições afins, para
execução do Projeto Político-Pedagógico (PPP) das escolas, fortalecendo o trabalho
coletivo, com vista à educação integral da criança;

1.26) Criar e manter comissão com representantes do Poder Público que fazem parte do
SGD, para a realização do acompanhamento de construção e reestruturação de
Instituições de Educação Infantil, segundo os padrões nacionais de qualidade e
acessibilidade, visando fomentar a ampliação da rede física de escolas que atendem a esta
etapa educacional;

1.27) Assegurar até 2016 a implantação de Conselho Escolar em todas as escolas de


Educação Infantil, visando a uma gestão compartilhada nas tomadas de decisões, que
garanta a participação de todos os envolvidos no processo educacional;

1.28) Garantir a emancipação das unidades de Educação Infantil existentes e transformar


os anexos escolares em escolas independentes, até 2025;

1.29) Assegurar por meio da adesão a Programas Federais, o transporte com


acessibilidade na Educação Infantil, às populações do campo, de assentamentos,
extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e ribeirinhas;

1.30) Assegurar, em regime de colaboração com União, alimentação nutritiva de qualidade


nas unidades de Educação Infantil, com acompanhamento periódico de nutricionista;

1.31) Criar um banco permanente de dados, em Macapá, vinculado à Secretaria Municipal


de Educação (SEMED), com informações referentes à demanda de crianças por Educação
Infantil.

Meta 2 – Universalizar o Ensino Fundamental de nove anos para toda a população de


seis a quatorze anos e garantir que pelo menos 80% (oitenta por cento) dos alunos
concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do Plano
Municipal de Educação.

Estratégias:

2.1) Participar em conjunto com Estado e União da elaboração de proposta de direitos e


objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para discentes do Ensino Fundamental e
encaminhar ao Conselho Municipal de Educação de Macapá (CMEM), para ser analisada
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em consulta pública, considerando dois anos, a partir da data de aprovação da proposta


pelo Conselho Nacional de Educação (CNE);

2.2) Pactuar com a União e Estado, no âmbito da instância permanente da qual se refere a
Lei n. 13.005/2014, Art. 7º, § 5º, para a implantação dos direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a Base Nacional Comum do Ensino
Fundamental;

2.3) Aprimorar, até o final do 2º ano de vigência do PME, mecanismos para o


acompanhamento individualizado de discentes do Ensino Fundamental, garantindo-lhes
permanência e aprendizagem;

2.4) Realizar o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do


aproveitamento escolar dos educandos beneficiários de programas de transferência de
renda, bem como daqueles que estejam em situações de discriminação e de preconceitos;
envolvimento com o trabalho infantil; vítimas de violência na Escola, abuso sexual, gravidez
precoce e uso de drogas, visando estabelecer condições adequadas ao sucesso Escolar
desses alunos, em colaboração com as famílias e com os órgãos da assistência social, da
saúde e do SGD;

2.5) Promover a busca contínua de crianças e adolescentes fora da Escola, em parceria


com os órgãos públicos das políticas de Assistência Social, saúde e os do SGD;

2.6) Desenvolver tecnologias pedagógicas, em parceria com as Universidades Federal e


Estadual e o Instituto Federal, que combinem de maneira articulada, a organização do
tempo e das atividades didáticas entre a Escola e o ambiente comunitário, considerando as
especificidades da Educação Especial, das escolas do campo e das comunidades
extrativistas, indígenas, negras, quilombolas, ribeirinhas e de assentamentos;

2.7) Disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino (Estadual, Municipal e Privado), a


organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar, de
acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região;

2.8) Articular, periodicamente, a relação das escolas com instituições públicas e privadas e
movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre
fruição dos discentes dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as
escolas se tornem polos de criação e difusão cultural;

2.9) Incentivar a participação efetiva dos pais ou responsáveis no acompanhamento das


atividades escolares dos filhos, por meio de encontros pedagógicos, discussões de
planejamento e em reuniões com a participação dos órgãos do SGD;

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2.10) Ampliar a oferta do Ensino Fundamental, em especial dos anos iniciais, para as
populações do campo, de assentamentos, extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e
ribeirinhas;

2.11) Desenvolver formas alternativas de oferta do Ensino Fundamental, garantindo


qualidade, para atender a filhos de profissionais que se dedicam a atividades de caráter
itinerante, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEED), UNIFAP, UEAP e
IFAP;

2.12) Oferecer atividades extracurriculares de incentivo a estudantes e de estímulo às suas


habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais, estadual e municipal;

2.13) Promover e garantir atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades


esportivas nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional
e de desenvolvimento esportivo municipal, garantindo espaço físico na escola para o
desenvolvimento das atividades esportivas, bem como o profissional graduado em
Educação Física;

2.14) Assegurar acesso e permanência com qualidade a estudantes que apresentem


Necessidades Educacionais Específicas, de acordo com o que preveem as legislações
para o atendimento desses educandos nas turmas regulares;

2.15) Assegurar a oferta de produtos regionais na merenda escolar, proporcionando uma


alimentação saudável e nutricional;

2.16) Aperfeiçoar mecanismos que garantam a organização pedagógica nas unidades


escolares municipais e o acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem dos
educandos;

2.17) Elaborar programas municipais que promovam a correção das distorções idade-série,
para que o discente tenha condições de inserção e acompanhamento nas séries
posteriores;

2.18) Aumentar, com o apoio técnico e financeiro dos três entes federados, em pelo menos
50% o quantitativo de escolas municipais para atender à demanda de alunos na rede
pública municipal, até o final da vigência do PME;

2.19) realizar concurso público, em até 2 anos a partir da data de publicação do PME, para
profissionais da educação do Ensino Fundamental I, de forma a atender a demanda
educacional.

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Meta 3 – Universalizar o atendimento escolar para toda a população de quinze a


dezessete anos e elevar para 100% (cem por cento), a taxa líquida de matrículas no
Ensino Médio, até o final do período de vigência do Plano Municipal de Educação.

Estratégias:

3.1) Incentivar práticas pedagógicas com abordagens inter e transdisciplinares estruturadas


pela relação teoria/prática, por meio de currículos escolares que organizem, de maneira
flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como
Ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de
equipamentos, laboratórios e a produção de material didático específico;

3.2) Articular e implementar junto à União e o Estado do Amapá propostas de direitos e


objetivos de aprendizagens e desenvolvimento para estudantes do Ensino Médio;

3.3) Garantir às unidades escolares que usufruam regularmente de bens e espaços


culturais alternativos, com vista à ampliação da prática desportiva integrada ao currículo
escolar;

3.4) Fomentar junto à SEED, discussões acerca de programas e ações de correção de


fluxo escolar no Ensino Fundamental, por meio do acompanhamento individualizado de
discentes com defasagem no rendimento escolar, bem como pela adoção de práticas como
aulas de nivelamento no turno complementar, estudos de recuperação e progressão
parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade;

3.5) Articular discussões junto às Instituições de Ensino Superior (IES) sobre a utilização do
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) promovido pela União, em prol da retomada do
objetivo pedagógico do Exame como avaliação da aprendizagem propriamente dita, e não
como processo seletivo;

3.6) Participar do processo de reordenamento anual de organização do sistema público de


ensino, visualizando a expansão das matrículas gratuitas de Ensino Médio integrado à
Educação Profissional, observando-se as peculiaridades das pessoas com deficiência, bem
como os setores desfavorecidos e historicamente excluídos da sociedade;

3.7) Firmar parcerias técnicas para superação das situações de discriminação,


preconceitos e violências, práticas de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez
precoce, em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social,
saúde e proteção à adolescência e juventude;

3.8) Fomentar programas de educação e de cultura para jovens, na faixa etária de quinze a
dezessete anos, e adultos, nas áreas urbana e do campo, com formação cidadã e
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qualificação profissional, tanto para alunos que apresentem distorção idade/série quanto
àqueles que estejam fora da Escola, visando ao seu retorno e à continuidade dos estudos;

3.9) Implantar política de formação continuada, considerando as múltiplas necessidades a


serem superadas no âmbito de cada escola;

3.10) Participar da revisão do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), com foco em
áreas do conhecimento e direitos de aprendizagem, caminhando progressivamente para
conteúdos digitais e incentivando a compra de livros, cujo conteúdo apresente uma
abordagem multidisciplinar.

Meta 4 – Universalizar, para a população de quatro a dezessete anos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, o acesso
à Educação Básica e ao Atendimento Educacional Especializado preferencialmente
na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de Salas
de Recursos Multifuncionais (SRM) e de classes, escolas ou serviços especializados,
públicos ou conveniados.

Estratégias:

4.1) Contabilizar para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da


Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), em banco
de dados online, as matrículas de estudantes da rede pública que recebam AEE
complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na Educação
Básica regular, e as matrículas efetivadas conforme o Censo Escolar mais atualizado, na
Educação Especial oferecida por meio de cooperação técnica em instituições comunitárias,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público e com
atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei n. 11.494/2007;

4.2) Promover, no prazo de vigência do PME, a universalização do atendimento escolar à


demanda manifesta pelas famílias de crianças de zero a três anos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, observando o
que dispõe a Lei n. 9.394/1996;

4.3) Implantar e manter ao longo do PME, em parceria com o Governo Federal,


financiamento para construção e estruturação das SRM, em 100% das escolas municipais,
com os recursos tecnológicos e pedagógicos que atendam à necessidade de alunos com
necessidades especiais, bem como garantir a formação continuada de docentes para o
AEE, tanto nas escolas urbanas quanto nas do campo, voltadas às populações de
assentamentos, extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e ribeirinhas;

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4.4) Garantir o AEE em SRM, em classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou


conveniados, nas formas complementar e suplementar, a discentes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, matriculados na
rede pública de Educação Básica, conforme necessidade identificada por meio de
avaliação, ouvindo-se a família e o aluno;

4.5) Assegurar recursos financeiros do Tesouro Municipal, em parceria com o Governo


Federal, para criação de Centro de Atendimento Multidisciplinar de apoio, pesquisa e
assessoria, em articulação com instituições acadêmicas e integradas por profissionais das
seguintes áreas: saúde (fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo clínico/escolar, terapeuta
ocupacional, neuropediatra, nutricionista, oftalmologista, odontólogo, dentre outros);
educacional (pedagogo, psicopedagogo, professor de Educação Física e professor do
AEE, além de sociólogo e assistente social, todos com Especialização em suas respectivas
áreas de atuação, para apoiar a atuação docente junto a discentes com deficiência,
transtorno globais do desenvolvimento e altas habilidade/superdotação;

4.6) Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas


instituições públicas, para garantir o acesso e permanência a estudantes com deficiência,
por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da
disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva,
assegurando ainda em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação
das pessoas com altas habilidades/superdotação;

4.7) Garantir em toda a Educação Básica e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), nos
termos do Decreto n. 5.626/2005 (Art. 22) e do Decreto Legislativo n. 186/2008 que aprova
o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Art. 24 e 30), oferta
de educação bilíngue em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), como primeira Língua, e na
modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda Língua, a alunos surdos ou com
deficiência auditiva, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura e escrita no caso de
alunos cegos, e da metodologia Tadoma para cegos e surdos-cegos, atentando-se para as
especificidades linguísticas e culturais do aluno indígena;

4.8) Garantir a inclusão de Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (PNEE)


na oferta do ensino regular, vedada a negação de matrícula sob qualquer alegação;

4.9) Fortalecer o acompanhamento e o acesso à Escola e ao AEE, bem como a


permanência e o desenvolvimento escolar de estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidade/superdotação beneficiários de programas de
transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação,
preconceito e violência, com vista ao estabelecimento de condições adequadas para o
sucesso educacional, em colaboração com a família e com órgãos públicos de assistência
social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;
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4.10) Fomentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais


didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vista à promoção do
ensino e da aprendizagem, bem como às condições de acessibilidade de estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;

4.11) Promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a


formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam a especificidades de discentes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação,
que requeiram medidas de atendimento especializados;

4.12) Promover a articulação intersetorial entre órgãos para garantir políticas públicas de
saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com a família, com o fim de
desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar na
EJA, para pessoas com deficiência e transtorno globais do desenvolvimento, com idade
superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção integral
ao longo da vida;

4.13) Ampliar as equipes de profissionais da educação para atender à demanda do


processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, garantindo a oferta de docentes do
AEE; profissionais de apoio ou auxiliares; tradutor e intérprete de LIBRAS; guia-intérprete
para cegos e surdos-cegos; docentes de LIBRAS, prioritariamente surdos; e professores
bilíngues;

4.14) Definir, no 2º ano de vigência do PME, indicadores de qualidades e políticas de


avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas ou privadas que
prestam atendimento a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação;

4.15) Promover, por iniciativa do Ministério da Educação MEC, nos órgãos competentes de
pesquisa demográfica e estatística, a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das
pessoas entre zero e dezessete anos, que apresentem deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;

4.16) Incentivar e promover discussões com as IES, observando o disposto no caput do


Art. 207 da CF/1988, para que sejam assegurados estudos nos Cursos de Graduação e
Pós-Graduação, abordando teorias da aprendizagem relacionadas ao ensino voltado às
pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação;

14
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4.17) Promover parceria técnica com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público, visando a ampliar as
condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, matriculadas nas
redes públicas de ensino;

4.18) Promover parceria técnica com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público, visando a ampliar a
oferta de formação continuada e a produção de material didático acessível, assim como os
serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem de
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, matriculados na rede pública de ensino;

4.19) Promover parcerias técnicas com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público, a fim de favorecer a
participação da família e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo;

4.20) Promover campanhas educativas em parcerias com órgãos e instituições


governamentais e não governamentais, que atuem em defesa dos direitos da pessoa com
necessidades específicas, abordando temas relacionados à saúde de pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;

4.21) Estabelecer parcerias técnicas entre órgãos e instituições governamentais e não


governamentais, com o objetivo de garantir à pessoa com deficiência o acesso ao
diagnóstico e tratamento médico (Laudo Médico do especialista/CID), orientação e
acompanhamento das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação;

4.22) Ofertar EJA no período diurno aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;

4.23) Criar no mínimo duas Escolas Municipais no padrão da Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT), garantindo acessibilidade e educação bilíngue, para usuários de
LIBRAS e às pessoas surdas ou com deficiências auditivas, até a vigência do PME;

4.24) Regulamentar a função do intérprete de LIBRAS, garantindo sua presença nas


classes de ensino regular, onde haja alunos alfabetizados em LIBRAS, surdos ou com
deficiência auditiva;

4.25) Incluir a disciplina LIBRAS, na parte diversificada da matriz curricular da Educação


Básica;

15
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4.26) Garantir que as salas de ensino regular ofereçam condições de permanência e


aprendizagem para todos, atendendo ao número máximo de 25 alunos, inclusos nesse
quantitativo, alunos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação;

4.27) Regularizar as funções de auxiliar pedagógico e cuidador escolar no Sistema


Municipal de Ensino, definindo direitos e deveres, de acordo com cada função, criando Lei
específica;

4.28) Garantir e ampliar o AEE na Educação Infantil na faixa de zero a três anos, por meio
de serviços de estimulação precoce;

4.29) Priorizar a formação continuada em tecnologia assistiva e outros recursos


pedagógicos adaptados, no âmbito do AEE, para docentes que atuam na Educação
Especial em Escolas Municipais, para melhoria do processo de ensino e aprendizagem;

4.30) Firmar parcerias técnicas com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas


sem fins lucrativos, conveniadas com o Poder Público, para ampliar as condições de apoio
e a produção de material didático específico de LIBRAS, Braille e ampliado a discentes
surdos e deficientes visuais;

4.31) Garantir os serviços especializados do auxiliar pedagógico e do cuidador escolar para


alunos com deficiência e/ou transtornos globais do desenvolvimento, com necessidade
comprovada por laudo médico ou, então, após avaliação pedagógica da equipe
multidisciplinar.

Meta 5 – Alfabetizar todas as crianças, até o final do 3º ano do Ensino Fundamental,


no máximo.

Estratégias

5.1) Acompanhar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do Ensino


Fundamental, articulando-os com as Estratégias desenvolvidas na Pré-Escola, com
qualificação e valorização de docentes que estejam atuando na alfabetização e com apoio
pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena a todas as crianças;

5.2) Aplicar anualmente instrumentos de avaliação nacional e municipal, específicos para


aferir a alfabetização das crianças, bem como estimular as escolas a criar os respectivos
instrumentos de avaliação, implementando medidas pedagógicas para alfabetização plena,
até o final do 3º ano do Ensino Fundamental;

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5.3) Adquirir, com recursos do MEC/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação


(FNDE), tecnologias educacionais para a alfabetização de crianças, assegurada a
diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como acompanhar os resultados
nas escolas em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente,
como recursos educacionais;

5.4) Fomentar o desenvolvimento e o uso das tecnologias educacionais disponíveis nas


escolas da rede municipal de ensino, bem como práticas pedagógicas inovadoras que
assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem das
crianças, consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade, e assim,
potencializar o processo de leitura e escrita;

5.5) Acompanhar o processo de alfabetização de crianças do campo, de assentamentos,


extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e ribeirinhas, dentre outras matrizes
populacionais, desenvolvendo instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da
Língua materna, pelas comunidades indígenas, e a identidade cultural, por parte das
comunidades quilombolas;

5.6) Estimular a FIC de docentes para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de


novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a
articulação entre programas de Pós-Graduação stricto sensu e ações de formação
continuada para docentes que estejam atuando na alfabetização, estabelecendo parceria
com o MEC, UNIFAP, IFAP e UEAP;

5.7) Alfabetizar pessoas com deficiência, considerando suas especificidades, adotando,


inclusive, alfabetização bilíngue para pessoas surdas, sem estabelecimento de tempo para
terminalidade específica de estudos aos que não atingirem o nível estabelecido
convencionalmente;

5.8) Garantir reforço escolar para estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental,


considerando os resultados das avaliações que revelem dificuldades de aprendizagem, por
meio de jornada ampliada, com acompanhamento docente;

5.9) Orientar as escolas a inserir no Plano de ação do Programa Dinheiro Direto na Escola
(PDDE), oficinas de confecção de materiais didáticos, que auxiliem o processo ensino-
aprendizagem, de maneira que a criança seja alfabetizada no máximo até o final do 3º ano
do Ensino Fundamental;

5.10) Acompanhar a utilização efetiva dos recursos disponibilizados nos projetos e


programas federais e municipais que visam alfabetizar crianças, até o final do 3º ano do
Ensino Fundamental.

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Meta 6 – Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por
cento) de estudantes da Educação Básica.

Estratégias:

6.1) Instituir, por meio de Lei específica, regime de tempo integral para todas as etapas da
educação pública municipal, de forma que o período de permanência dos estudantes na
Escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7h diárias
ininterruptas durante o ano letivo, medida que deverá contar como apoio financeiro da
União, no sentido de garantir a extensão para toda a Educação Básica dos recursos
financeiros destinados pelo FNDE exclusivamente a alunos vinculados ao Programa Mais
Educação, extensivo às escolas do campo e às comunidades extrativistas, indígenas,
negras, quilombolas, ribeirinhas e de assentamentos, bem como às pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
assegurando AEE complementar e suplementar;

6.2) Orientar aos dirigentes das entidades beneficentes contempladas com isenção fiscal,
para que convertam a contrapartida devida ao Governo, em atividades de ampliação da
jornada escolar de alunos da rede pública de Educação Básica, desde que se atenda
especialmente ao Art. 13, da Lei n. 12.101/2009, que dispõe sobre a certificação
das entidades beneficentes de assistência social; regula os procedimentos de isenção de
contribuições para a seguridade social [...], alterada pela Lei n. 12.868/2013;

6.3) Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos educandos na Escola,
combinando o efetivo trabalho escolar com atividades recreativas, esportivas, culturais e
comunitárias, de modo a promover a expansão da jornada escolar diária;

6.4) Ampliar a parceria técnica com entidades comunitárias ou beneficentes de assistência


social, com vista a expandir a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar
de discentes matriculados nas escolas da rede pública de Educação Básica;

6.5) Instituir programa de construção de escolas com padrão arquitetônico regionalizado


adequado ao atendimento escolar em tempo integral, por meio da instalação de quadras
poliesportivas; laboratórios, inclusive de informática com acesso à Internet; espaços para
atividades culturais, tais como salas de artes, de dança, de música com acústica; piscinas;
bibliotecas; auditórios; cozinhas e refeitórios; banheiros e outros equipamentos; além de
produção de material didático e formação de recursos humanos para a educação em
tempo integral, contando para isso com a colaboração do MEC, por meio do FNDE e do
Plano de Ações Articuladas (PAR); do Governo do Estado do Amapá (GEA), com a doação
de terrenos, e a participação financeira do Tesouro Municipal;

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6.6) Adquirir, com recursos do Tesouro Municipal aliados aos do MEC, por meio do FNDE e
do PAR, infraestrutura adequada à educação em tempo integral, tal como: mobiliário
apropriado; kit de materiais didático e de expediente, a exemplo de jogos, mapas, globo
terrestre, esqueleto humano, livros; equipamentos tecnológico e esportivo, além de
atividades próprias à valorização da cultura, como práticas musicais, circenses, danças;

6.7) Fomentar a articulação da Escola não apenas com espaços educativos, culturais e
esportivos, mas também com equipamentos públicos a exemplo de centros comunitários,
bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários, com vista ao
desenvolvimento de atividades variadas nesses espaços, partindo do ideal da Cidade
Educadora;

6.8) Criar o Comitê Metropolitano integrado por órgãos e entidades envolvidos na


implantação da Educação Integral e legalizá-lo para dar suporte às ações que cabem a
seus representantes legais, no sentido de discutir, planejar e viabilizar atividades
concernentes.

Meta 7 – Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e


modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, para que o
Município de Macapá atinja as seguintes médias no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB), em relação ao IDEB Nacional.

2015 2017 2019 2021


IDEB
BR Mcp BR Mcp BR Mcp BR Mcp
Ensino Anos Iniciais 5,2 5,5 5,7 6,0
Fundamental Anos Finais 4,7 5,0 5,2 5,5
Fonte: BRASIL/PNE, 2014.

Estratégias:

7.1) Estruturar as diretrizes curriculares para a Educação Básica, conforme a Base


Nacional Comum, assegurando os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
de discentes, para cada ano do Ensino Fundamental, respeitadas as diversidades regional,
estadual e local;

7.2) Assegurar que:

a) em 2020 pelo menos 50% (cinquenta por cento) de docentes do Ensino Fundamental
tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 30% (trinta por cento), pelo
menos, o nível desejável;
19
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b) em 2025 todos os estudantes do Ensino Fundamental tenham alcançado nível suficiente


de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de
seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável.

7.3) Criar um perfil municipal de indicadores de avaliação institucional, com base no perfil
do alunado e do corpo de profissionais da educação, nas condições de infraestrutura das
escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras
dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino;

7.4) Aprimorar processo contínuo de autoavaliação institucional da rede municipal,


elaborando instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas,
com destaque ao planejamento estratégico, à melhoria contínua da qualidade educacional,
à formação continuada de profissionais da educação e ao aprimoramento da gestão
democrática;

7.5) Executar plano de ação de forma articulada aos Governos Federal e Estadual, dando
cumprimento às Metas de qualidade estabelecidas para a Educação Básica pública e às
Estratégias de apoio técnico-financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à
formação de profissionais da educação, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos
pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar;

7.6) Propugnar junto à União pela concessão de assistência técnico-financeira


diferenciada, visando ao cumprimento de Metas intermediárias a serem estabelecidas em
favor da elevação do IDEB das escolas municipais que tenham obtido média aquém da
nacional;

7.7) Desenvolver projetos específicos de estímulos à aprendizagem, visando diminuir a


discrepância de resultados das escolas municipais com menor IDEB em relação à média
nacional, de modo que até o último ano de vigência do PME tenha reduzido em 50%
(cinquenta por cento) a diferença entre os índices de desempenho dessas escolas;

7.8) Apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais, pelas escolas da rede de ensino
do município de Macapá, para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas;

7.9) Desenvolver indicadores locais de avaliação da qualidade da Educação Especial, bem


como da qualidade da educação bilíngue para surdos, em parceria com as Universidades e
Institutos Federais;

7.10) Acompanhar e divulgar bienalmente, os resultados pedagógicos dos indicadores do


sistema nacional de avaliação da Educação Básica e do IDEB, relativos às escolas da rede
municipal de ensino de Macapá, assegurando a contextualização desses resultados, com
20
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relação a indicadores sociais relevantes, nível socioeconômico das famílias de discentes, e


a transparência e acesso público às informações técnicas de concepção e operação do
sistema de avaliação;

7.11) Contribuir para que haja melhoria no desempenho dos alunos da Educação Básica
nas avaliações da aprendizagem, no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes
(PISA), em parceria com o Estado, as Universidades e Institutos Federais, tomando-o como
instrumento externo de referência, internacionalmente reconhecido, de acordo com as
seguintes projeções:

BRASIL 2015 2018 2021


Média dos resultados em Matemática, Leitura e
438 455 473
Ciências
Fonte: BRASIL/PNE, 2014.

7.12) Aplicar recursos do Tesouro Municipal no desenvolvimento tecnologias educacionais


para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, adotando práticas pedagógicas
inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, com preferência
para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos
resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas, com apoio financeiro do
MEC/FNDE;

7.13) Garantir transporte escolar gratuito, em todas as etapas de ensino, para todos os
estudantes matriculados nas escolas públicas do campo, situadas em comunidades
indígenas, negras, quilombolas, extrativistas, ribeirinhas, e de assentamentos, mediante
renovação, ampliação e padronização da frota de veículos terrestres (em conformidade
com o Código Brasileiro de Trânsito) e fluviais (de acordo com as normas da Marinha),
devendo obedecer às definições do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (INMETRO) e contando com o financiamento compartilhado com o Programa
Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), no sentido de reduzir a evasão escolar
e o tempo médio de deslocamento dos estudantes;

7.14) Desenvolver pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a


população do campo, de assentamentos, extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e
ribeirinhas, que considerem as especificidades locais e o intercâmbio de práticas
pedagógicas exitosas, nacionais e internacionais, em parceria com as Universidades e
Institutos Federais;

7.15) Garantir a relação um computador por aluno, nas escolas da rede pública, com uso
de recursos do Tesouro Municipal e os do Programa Nacional de Tecnologia Educacional
(ProInfo), vinculado ao MEC, promovendo a utilização pedagógica das Tecnologias da

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Informação e Comunicação (TIC), para 40% das escolas do município de Macapá e


duplicar, durante a vigência deste Plano;

7.16) Apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar, com apoio dos recursos do FNDE,
mediante transferência direta de recursos financeiros à Escola, garantindo a participação
da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, com o propósito de
ampliação da transparência nas ações administrativas e do efetivo desenvolvimento da
gestão democrática;

7.17) Ampliar programas e aprofundar ações de atendimento a discentes da Educação


Infantil e do Ensino Fundamental do Município de Macapá, por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
com recursos do MEC/FNDE;

7.18) Assegurar que todas as escolas da rede municipal de Macapá tenham acesso à
energia elétrica, abastecimento de água tratada, esgoto sanitário e manejo dos resíduos
sólidos; com recursos do Tesouro Municipal e do MEC/FNDE;

7.19) Garantir com recursos do Tesouro municipal e do MEC/FNDE, o acesso de


estudantes a espaços para a prática esportiva; a bens culturais e artísticos; a
equipamentos e laboratórios de Ciências e, em cada edifício escolar, garantir a
acessibilidade às pessoas com deficiência;

7.20) Institucionalizar e manter, em regime de colaboração com o MEC, programa nacional


de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à
equalização regional das oportunidades educacionais;

7.21) Prover com recursos próprios do Tesouro Municipal aliado aos do


MEC/FNDE/ProInfo, equipamentos e recursos tecnológicos digitais, para a utilização
pedagógica no ambiente escolar, a todas as escolas públicas da rede de ensino de
Macapá;

7.22) Caberá ao Município de Macapá, em regime de colaboração com a União e o Estado


estabelecer, durante a vigência deste Plano, parâmetros mínimos de qualidade dos
serviços da Educação Básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das
escolas e recursos pedagógicos, dentre outros indicadores relevantes, bem como
instrumento para adoção de medidas visando à melhoria da qualidade do ensino;

7.23) Informatizar integralmente, com recursos do MEC/FNDE, as escolas públicas


municipais, interligando-as à SEMED, bem como manter programas nacionais de FIC para
o pessoal técnico da área de Educação, em parceria com as Universidades e Institutos
Federais;
22
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7.24) Aderir a políticas de combate à violência na Escola, inclusive pelo desenvolvimento


de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais correlatos
entre seus discentes, tais como violência doméstica e sexual; vítimas de preconceitos, uso
de drogas e de trabalho infantil, favorecendo a adoção das providências adequadas para
promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para
a comunidade, em parceria com o SGD;

7.25) Adotar em parceria com o SGD, políticas de inclusão e permanência na Escola, bem
como verificação de frequência e aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens que se
encontrem em regime de liberdade assistida, situação de vulnerabilidade ou de risco social,
assegurando-lhes os direitos conferidos pela Lei n. 8.069/1990, alusiva ao Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA);

7.26) Acompanhar a efetivação dos currículos escolares, relativos aos conteúdos sobre a
história, culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos
das Leis n. 10.639/2003 e n. 11.645/2008, assegurando-se a implementação das
respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns
de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e
a sociedade civil, em parceria com os demais órgãos e entidades públicas e privadas,
nacionais e internacionais;

7.27) Consolidar a educação escolar do campo, de assentamentos, extrativistas, indígenas,


negras, quilombolas e ribeirinhas, em respeito à articulação entre os ambientes escolares e
comunitários, como forma de garantir os seguintes aspectos: desenvolvimento sustentável
e preservação da identidade cultural; participação da comunidade na definição do modelo
de organização pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas
socioculturais e as formas particulares de organização do tempo; oferta bilíngue na
Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Língua materna das
comunidades indígenas e em Língua Portuguesa; reestruturação e aquisição de
equipamentos; oferta de programa para FIC de profissionais da educação; atendimento na
área da Educação Especial, em parceria com as Universidades públicas e os Institutos
Federais;

7.28) Elaborar currículos e propostas pedagógicas específicas para educação escolar, às


escolas do campo, de assentamentos, extrativistas, indígenas, negras, quilombolas e
ribeirinhas, incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades,
assim como o fortalecimento das práticas socioculturais e da Língua materna de cada
comunidade indígena, produzindo materiais didáticos específicos, inclusive para estudantes
com deficiência;

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7.29) Mobilizar a família e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com
experiências de educação popular e cidadã, com o propósito de que a educação seja
assumida como responsabilidade da família, do Estado e da sociedade, de modo a ampliar
o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais;

7.30) Promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local regional
e nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social,
esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como
condição para a melhoria da qualidade educacional, em parceria técnica com o SGD e
demais órgãos e entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais;

7.31) Universalizar, mediante articulação entre o SGD, o atendimento a estudantes da rede


escolar pública do ensino do municipal, por meio de ações de prevenção, promoção e
atenção à saúde;

7.32) Implantar ações efetivas, em parceria com o SGD, especificamente voltadas para a
promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e
emocional de profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade
educacional;

7.33) Fortalecer, com a colaboração técnica e financeira da União, em articulação com o


sistema nacional de avaliação, os sistemas estaduais de avaliação da Educação Básica,
com participação da rede municipal de ensino de Macapá, no sentido de orientar as
políticas públicas e as práticas pedagógicas, com o fornecimento das informações às
escolas e à sociedade;

7.34) Promover em consonância às diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura


(PNLL), a formação de leitores e a capacitação de docentes, bibliotecários e agentes da
comunidade, para atuarem como mediadores da leitura, segundo a especificidade das
diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem; em parceria com Universidades
públicas e Institutos Federais;

7.35) Instituir, em articulação com o MEC e com as Universidades públicas e Institutos


Federais, programa de formação de docentes e de discentes para promover e consolidar a
política de preservação da memória nacional;

7.36) Garantir a regularização de todas as Escolas Municipais junto ao CMEM, em parceria


com os demais órgãos competentes, até o 3º ano de vigência do PME;

7.37) Desenvolver ação conjunta com o CMEM, visando à regulamentação da oferta da


Educação Básica, pela iniciativa privada, para garantir qualidade e cumprimento da função
social da educação;
24
MUNICÍPIO DE MACAPÁ
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7.38) Aderir à políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no IDEB, de


modo a valorizar o mérito do corpo docente e discente, da direção e da comunidade
escolar;

7.39) Criar mecanismos para implementação das condições necessárias à universalização


das bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de
computadores, inclusive a Internet, com recursos do MEC/FNDE;

7.40) Garantir que a formulação ou a reformulação do PPP das escolas esteja


fundamentada no PME;

7.41) Criar no prazo de vigência do PME a Lei Municipal de Educação Ambiental, tomando
como referência a Lei n. 9.795/1999, de forma a assegurar que a Escola Municipal de
Ensino Fundamental Eliana Flexa Vilhena seja transformada em Escola-Modelo nesta
temática.

Meta 8 – Elevar, até o último ano de vigência do Plano Municipal de Educação, a


escolaridade média das pessoas de dezoito a vinte e nove anos de idade, de modo
que especialmente as populações do campo, do Município com menor nível de
escolaridade, e os 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres do Município, concluam
pelo menos o Ensino Fundamental, além de diminuir a discrepância de escolaridade
entre as diversas culturas étnicas declaradas ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

Estratégias:

8.1) Implementar políticas públicas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo


escolar, visando ao acompanhamento pedagógico individualizado e à recuperação e
progressão parcial, bem como à ênfase a estudantes com defasagem no rendimento
escolar.

8.2) Implementar programas de EJA às pessoas com baixo nível de renda e de


escolaridade, que estejam fora da Escola ou com distorção idade-série, associados a
outras Estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfabetização
inicial;

8.3) Regulamentar por meio do CMEM a oferta de exames para certificação de conclusão
do Ensino Fundamental, no máximo duas vezes por ano;

8.4) Promover em parceria com entes públicos das áreas de saúde, assistência social e
jurídica, a identificação das variáveis relacionadas ao absenteísmo, para garantir a
25
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frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento de


educandos da rede pública municipal de ensino;

8.5) Promover busca sistemática de jovens e adultos, especialmente os habitantes no


campo, as pessoas com baixo nível de renda e de escolaridade que se encontrem fora da
Escola, em parceria com órgãos da saúde, da assistência social e do SGD.

Meta 9 – Elevar a taxa de alfabetização da população com quinze anos ou mais para
93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2016 e, até o final da
vigência deste Plano, superar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta
por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias:

9.1) Realizar diagnóstico sobre a demanda por EJA, na cidade e no campo, para subsidiar
a formulação de políticas públicas que garantam o acesso e a permanência a jovens,
adultos e idosos a esta modalidade da Educação Básica;

9.2) Assegurar a oferta gratuita da EJA a todos os que não tiveram acesso à Educação
Básica na idade própria no que dispõe o Programa Macapá Município Alfabetizado;

9.3) Realizar chamadas públicas sistemáticas para matrícula na EJA, em regime de


colaboração com a SEED/AP e em parceria com organizações da sociedade civil;

9.4) Implementar e fortalecer ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de


continuidade da escolarização básica;

9.5) Instrumentalizar as escolas municipais para a realização de exames específicos, que


permitam aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos
de idade visando à continuidade de estudos;

9.6) Executar ações de atendimento a estudante da EJA, por meio de programas


suplementares de transporte, alimentação e saúde, inclusive atendimento oftalmológico e
fornecimento gratuito de óculos e/ou de aparelhos auditivos, em articulação com a
Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA);

9.7) Assegurar, em regime de colaboração com os Munícipios, a oferta de EJA nas etapas
de Ensino Fundamental e Médio, a pessoas privadas de liberdade, em estabelecimentos
socioeducativos e penais sediados em Macapá, observando a Resolução n. 2/2010, do
Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica (CNE/CEB), que dispõe
sobre as Diretrizes Nacionais para a oferta de EJA em situação de privação de liberdade
estabelecimentos penais;
26
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9.8) Garantir formação específica a docentes da rede pública municipal que atuam na EJA,
em estabelecimentos socioeducativos e penais sediados em Macapá;

9.9) Apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na EJA, que visem ao


desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas dos educandos
desta modalidade de ensino;

9.10) Estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os empregadores, públicos e


privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada de
trabalho dos empregados com o horário de oferta de EJA;

9.11) Implementar programas de capacitação tecnológica para população jovem e adulta,


da cidade e do campo, com baixo nível de escolarização formal e para pessoas com
deficiência, articulando o sistema municipal de ensino ao IFAP, às Universidades públicas,
a cooperativas, associações e demais entidades da sociedade civil, adotando tecnologias
assistivas que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa população;

9.12) Incluir, na definição de políticas públicas educacionais voltadas para jovens e adultos,
temas relacionados à velhice e às necessidades dos idosos, com vista a promover, para
esse grupo social, a alfabetização; a valorização e o compartilhamento de conhecimentos e
experiências; o acesso a tecnologias educacionais; e a participação em atividades
recreativas, culturais e esportivas;

9.13) Implementar currículos adequados às especificidades da EJA para promover a


inserção no mundo do trabalho, inclusão digital e tecnológica;

9.14) Viabilizar a produção de material didático e o desenvolvimento de metodologias


específicas, bem como garantir o acesso dos estudantes da EJA aos diferentes ambiente
de aprendizagem.

Meta 10 – Promover, no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de EJA,
nos ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à Educação Profissional, em
regime de colaboração com o Governo do Estado.

Estratégias:

10.1) Aderir ao programa nacional de EJA voltado à conclusão do Ensino Fundamental e à


formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da Educação Básica;

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10.2) Garantir em regime de colaboração com o Estado e a União a expansão de


matrículas na EJA, estimulando a formação inicial e continuada de trabalhadores com a
Educação Profissional;

10.3) Fomentar a integração da EJA com a educação profissional, em cursos planejados,


de acordo com as características deste público, considerando as especificidades das
populações do campo, extrativistas, indígenas, negras, quilombolas, ribeirinhas, itinerantes,
e de assentamentos, inclusive na modalidade de educação à distância;

10.4) Aderir à programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos


escolares, voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam
na EJA integrada à educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa com
deficiência;

10.5) Viabilizar a diversificação curricular da EJA, nas escolas da zona urbana e rural,
articulando formação básica e a preparação para o mundo do trabalho, em interface com
os eixos da Ciência, do trabalho, da tecnologia, da cultura e da cidadania, de forma a
organizar o tempo-espaço pedagógico adequado às características desses educandos;

10.6) Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de metodologias de


ensino específicas e a elaboração de instrumentos de avaliação, garantindo o acesso a
equipamentos, laboratórios e a diferentes ambientes de aprendizagem;

10.7) Garantir a formação continuada de docentes da rede pública municipal que atuam na
EJA articulada à educação profissional;

10.8) Fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores da


EJA, em regime de colaboração com o Estado do Amapá e a União e os Municípios, e com
apoio técnico das entidades vinculadas ao sistema S, bem como daquelas sem fins
lucrativos que prestam atendimento a pessoas com deficiência;

10.9) Institucionalizar programas de apoio ao educando que compreendam ações de


assistência social, financeira e psicopedagógica, de modo a garantir o acesso, a
permanência, a aprendizagem e a conclusão da EJA articulada à Educação Profissional;

10.10) Contribuir com a expansão da oferta da EJA integrada à educação profissional, de


modo a atender às pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos socioeducativos e
penais sediados em Macapá, observando a Resolução n. 2/2010 – CNE, que dispõe sobre
as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de
privação de liberdade nos estabelecimentos penais;

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10.11) Garantir, em colaboração com a União, formação específica aos professores que
atender a pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos socioeducativos e penais
sediados em Macapá;

10.12) Incentivar a implementação de programas e mecanismos de reconhecimento de


saberes dos jovens e adultos trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular
dos cursos de educação inicial e continuada.

Meta 11 – Ampliar a oferta em 50% (cinquenta por cento) da modalidade de Educação


Profissional na estrutura FIC, em parceria técnica, financeira e pedagógica com a
União e o Estado.

Estratégias:

11.1) Garantir a integralização do município de Macapá aos programas federais de


educação profissional, a exemplo do PRONATEC, Brasil Profissionalizado, dentre outros;

11.2) Estruturar, em conformidade com a Classificação Brasileira de Ocupação, do


Ministério do Trabalho e Emprego (CBO/MTE), cursos no formato FIC, considerando o
Guia Nacional de Formação Iniciação e Continuada, de acordo com a demanda local;

11.3) Expandir as matrículas de Educação Profissional, por meio do Programa Nacional de


Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), na estrutura FIC, em parceria com o
GEA, IFAP e sistema S;

11.4) Garantir a entrega dos certificados dos concluintes dos cursos


profissionalizantes/estrutura FIC, no prazo máximo de 30 dias, e quanto aos cursos
técnicos, o prazo máximo de 60 dias;

11.5) Criar mecanismos de controle e acompanhamento de alunos e professores


vinculados aos cursos FIC, com vista à permanência e conclusão dos cursos;

11.6) Ofertar, em parceria com o Estado, Educação Profissional em formato FIC aos
educandos da EJA/Fundamental em conformidade à demanda, garantindo infraestrutura
necessária à execução dos cursos, nos três turnos, mediante convênio com a União;

11.7) Estimular a participação dos adolescentes nos cursos dos diversos eixos
tecnológicos, nas redes estadual e municipal, com ampla divulgação das vagas ociosas,
indicando a natureza, o perfil e os objetivos de tais cursos;

11.8) Apoiar o Estado na oferta de cursos nos diversos eixos tecnológicos, com a cessão
de espaço nas escolas municipais que se encontram ociosas no turno da noite;
29
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11.9) Articular parcerias entre os entes públicos e a iniciativa privada para efetivação de
programas de assistência estudantil, visando à permanência dos estudantes nos cursos
profissionalizantes e sua efetiva conclusão;

11.10) Pleitear junto aos órgãos administrativos e normativos do Estado a elevação do


Centro de Educação Profissional do Amapá Profa. Josinete Oliveira Barroso (CEPAJOB),
para o status de Instituto de Educação Profissional do Amapá Profa. Josinete Oliveira
Barroso (IEPAJOB).

Meta 12 – Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% (cinquenta
por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18
(dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento
público.

Estratégias:

12.1) Estimular a matrícula na Educação Superior, em regime de colaboração com as IES;

12.2) Fomentar a oferta de Educação Superior pública e gratuita para os profissionais da


educação atuantes na rede pública;

12.3) Instituir programas governamentais voltados à inclusão na Educação Superior


pública, de segmentos em vulnerabilidade social, bem como ampliar a assistência
estudantil;

12.4) Apoiar iniciativas destinadas a assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de
créditos curriculares exigidos para a Graduação em programas e projetos de extensão
universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência
social, sobretudo o combate a preconceitos e discriminação de qualquer natureza;

12.5) Colaborar para a ampliação da oferta de estágio nas unidades de ensino públicas,
particulares e outras instituições por meio de convênios e parcerias como parte da
formação na Educação Superior;

12.6) Apoiar a ampliação da participação proporcional de grupos historicamente


desfavorecidos na Educação Superior, inclusive mediante a adoção de políticas
afirmativas;

12.7) Articular, junto às IES, condições de acessibilidade para as pessoas com


necessidade educacional especial;
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12.8) Articular junto às IES sediadas em Macapá, a promoção da melhoria da qualidade


dos cursos de Graduação, adequando-os às necessidades da rede de Educação Básica;

12.9) Apoiar iniciativas públicas e/ou privadas para a expansão do atendimento específico
aos setores desfavorecidos e historicamente excluídos da sociedade em relação a
acesso, permanência, conclusão, bem como a formação de profissionais em nível de
Graduação e Pós-Graduação lato e stricto sensu para atuação nessas populações,
respeitando sua diversidade etnicocultural;

12.10) Exigir que as IES adotem acervo pedagógico nos vários suportes, para os Cursos
de Graduação, assegurando plena acessibilidade.

Meta 13 – Elevar a qualidade da Educação Superior e ampliar a proporção de Mestres


e Doutores do corpo docente em efetivo exercício na rede de Educação Superior
para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco
por cento) Doutores.

Estratégias:

13.1) Apoiar o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior


(SINAES), de que trata a Lei n. 10.861/2004, fortalecendo as ações de avaliação,
regulação e supervisão;

13.2) Apoiar a ampliação da cobertura do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes


(ENADE), de modo a alcançar todos os Cursos de Graduação;

13.3) Apoiar o processo de autoavaliação das Instituições de Educação Superior, de modo


que tanto a IES quanto o Mantenedor fortaleçam a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e
promovam a efetiva melhoria das condições de oferta dos Cursos de Graduação;

13.4) Adotar instrumento próprio de avaliação para os Cursos de Licenciatura, de modo


que os indicadores a serem avaliados na dimensão didático-pedagógica estejam voltados
para verificar se a formação recebida na Graduação está consoante às demandas da
Educação Básica;

13.5) Regulamentar e garantir o afastamento, com remuneração integral, a profissionais da


educação aprovados em Programas de Pós-Graduação lato e stricto sensu, adstritos à sua
área de atuação, seja no Estado do Amapá, em outra Unidade da Federação, ou em outro
país, desde que atendam às recomendações da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES);

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13.6) Estimular a ampliação da participação da sociedade civil organizada e movimentos


sociais na gestão das Universidades públicas, inclusive nos Conselhos de Gestão Superior,
assegurando a democratização das políticas de expansão, de oferta de cursos e de
inclusão curricular de conteúdo-tema de interesse geral da sociedade macapaense;

13.7) Apoiar e até mesmo propor iniciativas voltadas para a exclusão definitiva da Lei do
SINAES e legislação correlata, dos dispositivos que vinculam compulsoriamente o aluno
ingressante nos Cursos de Graduação como público destinatário do ENADE, com o
propósito de simplificar a ação da IES, que atualmente é obrigada a inscrever o estudante
e, em seguida, isentá-lo de prestar o Exame;

13.8) Apoiar iniciativas voltadas à adoção, no âmbito da UEAP, de avaliação global que
substitua o ENADE, circunscrevendo-a a objetivos didático-pedagógicos e utilizando seus
resultados exclusivamente como indicadores para a promoção efetiva da melhoria das
condições de oferta dos Cursos de Graduação;

13.9) Exigir junto às IES, públicas e privadas, a inclusão e/ou manutenção das disciplinas
pedagógicas: Didática, Legislação Educacional, Psicologia da Educação, História da
Educação, Planejamento, Currículo e Avaliação, como componentes curriculares
obrigatórios de todos os Cursos de Licenciatura, articulando-as com as demandas e
necessidades da Educação Básica.

Meta 14 – Articular, junto às IES, a elevação gradual de matrículas na Pós Graduação


lato e stricto sensu com vista à formação de Especialistas (20%), Mestres (15%) e
Doutores (10%), até o final da vigência do Plano Municipal de Educação.

Estratégias:

14.1) Articular com o Governo Federal o financiamento da Pós-Graduação Lato e stricto


sensu por meio das agências oficiais de fomento;

14.2) Exigir que as IES adotem acervo pedagógico para os Cursos de Pós-Graduação, nos
vários suportes, assegurando plena acessibilidade a pessoas com necessidades de
atendimento educacional especializado;

14.3) Elevar quantitativa e qualitativamente o desempenho científico e tecnológico do


município de Macapá, ampliando a cooperação científica entre IES e Instituições Científicas
e Tecnológicas (ICT) com Empresas, no sentido de estimular a pesquisa aplicada e
incrementar a inovação, a produção e o registro de patentes, preferencialmente aquelas
que valorizem a diversidade regional e a biodiversidade da Região Amazônica.

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Meta 15 – Implementar, até 2016, políticas públicas afirmativas, compensatórias e


inclusivas, voltadas para os setores desfavorecidos e historicamente excluídos da
sociedade, com vistas à universalização, expansão e democratização da Educação
Básica de qualidade, garantindo acesso, permanência e formação para o trabalho e
para a vida, com respeito à diversidade.

Estratégias:

15.1) Criar e instituir, no âmbito da SEMED, a Divisão da Diversidade e Inclusão (DEDI)


para gerir o trabalho de assessoramento administrativo e técnico-pedagógico às escolas
que atendem aos setores desfavorecidos e historicamente excluídos da sociedade,

15.2) Estruturar a DEDI com equipe multiprofissional, de natureza permanente, organizada


em núcleos específicos, itinerantes, para acompanhar e orientar as escolas que atendem
aos setores desfavorecidos e historicamente excluídos da sociedade, na
implementação de políticas públicas e de programas afirmativos, compensatórios e
inclusivos;

15.3) Garantir a logística necessária para a realização do assessoramento administrativo e


técnico- pedagógico nas escolas do campo, visando à efetivação das políticas públicas e
programas educacionais afirmativos compensatórios e inclusivos;

15.4) Elaborar Diretrizes Curriculares próprias para o sistema de ensino municipal,


voltadas aos setores desfavorecidos e historicamente excluídos da sociedade,
assegurando alternativas pedagógicas que considerem a interlocução entre os processos
culturais, éticos e identitários, de gênero, raça, credo dos sujeitos, com a produção do
conhecimento necessário ao desenvolvimento humano, profissional e socioeconômico dos
alunos;

15.5) Criar mecanismos que assegurem a participação dos setores desfavorecidos e


historicamente excluídos da sociedade, nos diferentes espaços da gestão escolar;

15.6) Incluir nos formulários de matrícula quesitos de pertencimento tais como: grupo
etnicorracial, religiosidade e identidade de gênero, a partir da maioridade civil.

15.7) Estabelecer medidas que permitam o uso do nome social, a partir da maioridade civil,
nos registros escolares internos das escolas públicas e privadas da Educação..

Meta 16: Viabilizar, em regime de colaboração com a União e o Estado, no prazo de 5


(cinco) anos da vigência do PME, política de formação dos profissionais da educação
de que tratam os Incisos I, II e III, do Art. 61 da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN) n. 9.394/1996, assegurado que todos os docentes da
33
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Educação Básica possuam formação específica de nível superior, obtida em Curso


de Licenciatura, na área de conhecimento em que atuam.

Estratégias:

16.1) Efetuar levantamento, junto aos profissionais da educação, por demanda para
Educação Superior, bem como a capacidade de atendimento, por parte das IES existentes
no município de Macapá, de modo a construir, a médio prazo, um plano estratégico de
formação;

16.2) Atuar, em regime de colaboração com agências formadoras, para implantação de


programas específicos, visando à formação de profissionais da educação que atuem em
escolas de comunidades do campo, de assentamentos, extrativistas, indígenas, negras,
quilombolas e ribeirinhas;

16.3) Implantar política de formação continuada para profissionais da educação não-


docentes, em regime de colaboração com o Estado e a União, no prazo de 3 anos da
vigência do PME;

16.4) Participar de discussões voltadas à reforma curricular nas Licenciaturas, estimulando


a renovação pedagógica com a incorporação de modernas TIC aos itinerários formativos,
articuladas à base nacional comum dos currículos da Educação Básica;

16.5) Valorizar as práticas de pedagógicas e os estágios nos Cursos de formação dos


profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação
acadêmica e as demandas da Educação Básica;

16.6) Apoiar iniciativas das IES, por meio de parcerias, para ampliação do Programa de
Iniciação à Docência (PIBID), destinado a estudantes matriculados em Cursos de
Licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no magistério da
Educação Básica.

Meta 17 – Estabelecer parceria com as IES para o estabelecimento de formação, em


nível de Pós-Graduação, de 50% (cinquenta por cento) dos professores da
Educação Básica, até o último ano de vigência do PME, e possibilitar à totalidade de
profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação,
considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de
ensino.

Estratégias:

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17.1) Fortalecer, em regime de colaboração com o Estado e a União, o planejamento


estratégico para dimensionamento da demanda por formação continuada de profissionais
da Educação Básica, fomentando a oferta por parte das IES, de forma articulada às
políticas nacionais de formação;

17.2) Identificar demandas para oferta de cursos de Pós-Graduação, Lato e stricto sensu,
no sentido de atender às demandas dos profissionais da Educação Básica que atuam no
Município de Macapá;
17.3) Participar, em regime de colaboração, da consolidação de política de formação de
professores/as da Educação Básica, debatendo sobre as diretrizes nacionais, áreas
prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação das atividades formativas;

17.4) Apoiar a expansão de programa de composição de acervo de obras didáticas,


paradidáticas e de literatura e de dicionários, e programa específico de acesso a bens
culturais, incluindo obras e materiais produzidos em LIBRAS e em Braille, sem prejuízo de
outros, a serem disponibilizados para os professores e as professoras da rede pública de
Educação Básica, favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da
investigação;

17.5) Criar o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), no âmbito do Município, como


órgão responsável pela formação continuada dos profissionais da educação, na área de
TIC, dotando-o de recursos humanos, materiais e financeiros, para o efetivo funcionamento
em até quatro anos da vigência do PME;

17.6) Definir políticas públicas municipais na área de TIC voltadas à formação continuada
dos profissionais da educação;

17.7) Ampliar programas que assegurem aos profissionais da educação o acesso às TIC
nas escolas, com vista a elevar a qualidade da educação no município de Macapá.

Meta 18 – Valorizar, até o final do 4º ano de vigência deste Plano, profissionais da


educação da rede pública municipal, com equiparação proporcional de sua
remuneração às demais categorias de servidores com escolaridade equivalente,
respeitando os correspondentes Planos de Carreiras instituídos.

Estratégias:

18.1) Fortalecer e ampliar, até o primeiro ano de vigência do PME, o Fórum Municipal de
Educação (FME), dotando-o de infraestrutura para seu funcionamento, de modo a
assegurar a ação efetiva de seus membros no acompanhamento da atualização
progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais da Educação Básica;

35
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18.2) Proceder revisão no Regimento do FME para atribuir-lhe como tarefa o


acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD), periodicamente divulgados pelo IBGE, pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV);

18.3) Cumprir o plano de carreira dos profissionais da Educação Básica, do Município de


Macapá (Lei n. 065/2009 – PMM), respeitando o que estabelece a Lei do piso salarial
profissional nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica (Lei n.
11.738/2008);

18.4) Cumprir a Lei Complementar n. 065/2009 – PMM, que dispõe sobre o Plano de
Carreira e Remuneração dos Profissionais da Educação Pública do Município de Macapá,
bem como a de n. 014/2000 – PMM, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos
do Município de Macapá [...], no que concerne a todas as gratificações e progressões
previstas, garantindo para tal rubricas específicas na Lei Orçamentária Anual (LOA);

18.5) Propugnar, junto ao Governo Federal, pela ampliação da assistência financeira


específica da União aos demais entes federados, visando implementar políticas de
valorização de profissionais da educação, em particular o cumprimento do Piso Salarial
Nacional Profissional (PSNP), a partir da vigência deste Plano;

18.6) Criar e implementar, até 2017, piso salarial municipal aos Auxiliares Educacionais,
utilizando recurso do Tesouro Municipal, com complemento da União, por meio do
dispositivo Custo-Aluno Qualidade Inicial (CAQi), tendo como referência o PSNP;

18.7) Assegurar o cumprimento do reajuste anual do piso salarial, na integralidade,


respeitando a data-base dos profissionais da educação, garantida na Lei do Piso;

18.8) Assegurar, em até dois anos da aprovação do PME, a revisão e cumprimento do


Plano de Carreira dos Profissionais da Educação Básica Municipal, tomando como
referência o PSNP, contando para isso com ampla participação dos trabalhadores e
movimento sindical da educação, além da equipe gestora municipal;

18.9) Garantir, por meio da SEMED, infraestrutura para aprimorar o desenvolvimento das
ações da Comissão de Gestão do Plano de Carreira (CGPC);

18.10) Fortalecer a rede pública municipal de Educação Básica, com a realização de


concursos públicos para provimento efetivo dos cargos de docentes e não-docentes, em
pelo menos 90% (noventa por cento) para cada uma dessas categorias, devendo ser
efetivados de quatro em quatro anos, a contar da vigência do PME;

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18.11) Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo e das


comunidades indígenas e quilombolas, no provimento de cargos efetivos para as unidades
escolares;

18.12) Realizar na rede pública municipal de Educação Básica, avaliação dos profissionais
em estágio probatório, na forma descrita na seção III, Art. 16, 17 e 18, da Lei
Complementar n. 065/2009 – PMM.

Meta 19 – Assegurar, até o final da vigência do PME, condições para a plena


efetivação da gestão democrática nas Escolas Municipais, inclusive com eleição
direta para a equipe gestora, usufruindo tanto de recursos financeiros quanto de
apoio técnico disponibilizado pela União.

Estratégias:

19.1) Apresentar, por intermédio da SEMED, ao Sindicato dos Servidores Públicos em


Educação no Amapá (SINSEPEAP), proposta de regulamentação da gestão democrática
prevista na Lei n. 065/2009 – PMM, em até 30 dias da aprovação deste PME;
19.2) Deflagrar o processo de gestão democrática no âmbito do sistema municipal de
ensino, até o final do 2º semestre de 2015, realizando eleição direta para equipe gestora
em 5 escolas da rede municipal, sendo 2 da zona rural e 3 da zona urbana;

19.3) Desenvolver programas de formação da equipe gestora da educação, associado à


realização de avaliação periódica, visando o aprimoramento da gestão;

19.4) Instituir e fortalecer, imediatamente à aprovação do PME, os Conselhos Escolares


como instrumentos de participação e fiscalização da gestão escolar e educacional, no
âmbito do sistema municipal de ensino;

19.5) Ampliar programas de formação de conselheiros-membro de conselhos de


acompanhamento das políticas públicas, especialmente os do Conselho Escolar, do
Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, do Conselho de
Alimentação Escolar (CAE) e do CMEM, estendendo as ações de tais programas aos
integrantes do FME, com vista ao bom desempenho de suas funções;

19.6) Assegurar condições de funcionamento autônomo dos órgãos de acompanhamento


das políticas públicas, dotando-os de estrutura física adequada, recursos humanos,
materiais, equipamentos, dentre outros elementos de manutenção, com vista ao efetivo
cumprimento de suas competências, especialmente ao FME, no que concerne ao
acompanhamento da execução do PME e dos seus planos de ação;

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19.7) Promover articulação do Fórum Municipal de Educação com o Fórum Estadual de


Educação do Amapá (FEE/AP), com o propósito de acompanhar a execução de políticas
públicas educacionais, de maneira sistêmica e integrada;

19.8) Estimular, por meio da Gestão Democrática Escolar (GDE), a constituição e o


fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes, inclusive,
espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas, fomentando sua
articulação com os Conselhos Escolares;

19.9) Promover o envolvimento de profissionais da educação, educandos e familiares na


formulação dos PPP, currículos e regimentos escolares, planos de gestão escolar, dentre
outros documentos indispensáveis aos funcionamento das unidades de ensino;

19.10) Favorecer, por meio da GDE, processos de autonomia pedagógica e administrativa,


bem como de execução financeira dos recursos destinados aos estabelecimentos de
ensino, observando a legislação em vigor.

Meta 20 – Ampliar o investimento público na educação pública, de forma a aplicar até


2018 o percentual de 36% (trinta e seis por cento) e de forma progressiva atingir até
2025, no mínimo 38% (trinta e oito por cento), contando para isso com recursos do
Tesouro Municipal, com os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional, além dos
valores do Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi) e do Custo-Aluno Qualidade (CAQ).

Estratégias:

20.1) Buscar fontes de financiamento permanentes e sustentáveis, em articulação com o


Estado, a União e Instituições nacionais e internacionais;

20.2) Criar e implementar a partir do primeiro ano de vigência do PME, o Fundo Municipal
da Educação e o Centro de Custos da Educação do Município de Macapá, de forma a
garantir autonomia financeira e um melhor gerenciamento dos recursos destinados à
educação;

20.3) Estimular o aumento da receita do Município por meio de projetos de educação fiscal
voltados ao aprimoramento das formas de arrecadação, a ser desenvolvido pelos
profissionais de educação em parceria com Instituições governamentais e não-
governamentais.

20.4) Garantir a continuidade da aplicabilidade da Lei Municipal nº. 2.047/2013 PMM que
determina a aplicação de 100% dos royalties do petróleo para a manutenção e
desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos já consignados à educação,
conforme os termos deste Plano;

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20.5) Criar e implementar no prazo máximo de até 12 meses da promulgação do PME, à


luz da legislação federal vigente, portal eletrônico de transparência da educação municipal,
como veículo de divulgação dos recursos arrecadados, da dotação orçamentária e das
aplicações efetuadas na educação;

20.6) Garantir o controle social na aplicação dos recursos destinados à educação,


proporcionando ao Conselho do FUNDEB, ao CAE, ao CMEM, bem como ao FME, todas
as condições necessárias para seu efetivo funcionamento, tais como: estrutura física
adequada, recursos humanos, materiais, equipamentos, veículos para cumprimento de
diligências, dentre outros elementos de manutenção;

20.7) Articular junto à Bancada Federal do Amapá para que na regulamentação do Custo
Aluno-Qualidade (CAQ), seja estabelecida uma base diferenciada de valor para os
Municípios da Região Norte do País, em função das especificidades dos Estados que
integram a Amazônia brasileira;

20.8) Exigir da União, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros quando o


Município de Macapá não atingir o valor do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) e,
posteriormente, do Custo Aluno-Qualidade (CAQ);

20.9) Firmar, em regime de colaboração com a União e o GEA, Termos de Cooperação


Técnico-Financeira, com clareza na definição de responsabilidades e equilíbrio na
repartição dos recursos, tendo em vista o efetivo cumprimento das funções redistributiva e
supletiva previstas constitucionalmente, em favor do combate às desigualdades no âmbito
da educação, da equalização de oportunidades educacionais e do padrão mínimo de
qualidade do ensino;

20.10) Exigir do GEA a regulamentação do inciso II, Art. 10, da LDBEN/96, que trata das
formas de colaboração na oferta do Ensino Fundamental, de acordo com a população a ser
atendida e a proporcionalidade de recursos disponíveis;

20.11) Definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao
longo do decênio 2015–2025, que considerem a vulnerabilidade socioeconômica da
população carente e a necessidade de equalização das oportunidades educacionais;

20.12) Assegurar que no período de vigência do PEE suas Metas e Estratégias sejam
consideradas quando da elaboração do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual do Município de Macapá.

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MUNICÍPIO DE MACAPÁ
PREFEITURA MUNICIPAL

Obs.: Este documento está corrigido, de acordo com as Emendas aprovadas na Câmara
Municipal de Macapá.

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