Ao Som Dos Teares

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1949.

Na pacata Brusque, na Villa Ida, localizada nos fundos da Fábrica de Tecidos Carlos
Renaux, o industrial Ivo Renaux foi morto. Ele era o rico herdeiro de uma potencia industrial
criada por seu avô. Era jovem, tinha apenas 32 anos. As circunstâncias de sua morte nunca
foram realmente esclarecidas, ficaram sempre dançando entre o assassinato e o suicídio. O
que se sabe é que depois de comemorar o aniversário, Ivo Renaux passou a noite num
prostíbulo, perto da praia. Ao chegar em casa, embriagado, discutiu com a esposa e ela foi
dormir num quarto de hóspedes. Naquela manhã mesmo, o corpo foi encontrado sobre a
cama. Estava coberto até acima do peito por um lençol. Havia um revolver caído no chão.
Nenhum vestígio de pólvora foi encontrado em suas mãos. Houve a evidente suspeita sobre
sua esposa, uma bela curitibana que, segundo contam, lembrava Evita Peron. Ela conseguiu
safar-se por causa de um excelente advogado, contratado a peso de ouro. A justiça, a polícia, a
imprensa, a família, a sociedade brusquense emitiram versões diferentes do fato. Tudo se
tornou um mistério que ainda hoje movimenta a já não tão pacata Brusque.

Em 2002, o escritor João Carlos Mosimann publicou no livro Tragédia e mistério na Villa
Renaux, uma minuciosa narrativa que aumentou ainda mais o interesse sobre o caso. O livro
serviu de base para a peça Ao Som dos Teares

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