A Relacao Direta Da Pratica de Musculacao
A Relacao Direta Da Pratica de Musculacao
A Relacao Direta Da Pratica de Musculacao
CAMPINAS
2007
RENATO OLIVEIRA MOCHIZUKI
PUC- CAMPINAS
2007
DEDICATÓRIA
Fernando Pessoa
(1888 - 1935)
RESUMO
Página
Figura 1.
Representação da Molécula de Colesterol, cuja
estrutura é a base de todos os Hormônios Esteróides.................................28
Figura 2.
Principais vias para a Biossíntese da Testosterona......................................29
8
GH = Growth Hormone
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................08
2 MUSCULAÇÃO................................................................................11
2.1 Os benefícios da Musculação ....................................................................13
2.2 Cuidados com a Musculação .....................................................................14
2.3 Tipos de Fibra e de Contração Muscular....................................................16
2.4 Adaptações fisiológicas ao Trabalho de Musculação................................17
2.5 Testes de Força..........................................................................................19
2.6 Como Trabalhar a Força na Musculação.................................................20
2.7 Culturismo..................................................................................................23
2.8 Considerações sobre Programas Masc. e Fem. de Musculação.............24
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................47
6 REFERÊNCIAS...............................................................................................49
10
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1. INTRODUÇÃO
2. MUSCULAÇÃO
Chiesa (2002), diz que a musculação é um dos assuntos mais
abordados e discutidos pela literatura cientifica, e que nunca irá se esgotar as
possibilidades de se dirigir a tal assunto. Conceitua a musculação como sendo uma
atividade contra a resistência, com o objetivo de aprimoramento da qualidade física
de força muscular, realizado através de aparelhos, máquinas e pesos livres.
O autor destaca também que o aprimoramento da força muscular
realizada através da musculação, só é possível graças a grande capacidade de
adaptação do sistema neuromuscular. Já que a musculação é um meio de se levar
tal sistema a uma situação de “Stress” induzido, para haver posteriores adaptações
a essa situação, e que essas adaptações ocorrem de diferentes modos variando de
pessoa para pessoa, devido as individualidades genéticas de cada individuo.
Segundo Fleck; Figueira Junior (2003), a supervisão e coordenação de
um profissional competente da área é muito importante quando se fala em
musculação, logo, ele deve ter consciência quanto a estrutura corporal e dos
potenciais fisiológicos dos alunos submetidos a programas sobre o seu controle, e
também deve conhecer os meios e métodos mais eficazes para desenvolve-los.
Eis algumas das considerações sobre a importância do profissional da
área na supervisão de um programa de musculação:
A conscientização e o conhecimento dos profissionais atuantes no
campo da atividade física, são imposições dos mecanismos
biológicos de seus educandos. Atualmente não basta apenas
executar rotinas de treino, deve-se controlar, conduzir o treinamento,
o mais perto possível dos princípios estabelecidos na teoria cientifica,
e coloca-los em pratica racionalmente (CHIESA, 2002, p. 27).
intervalos são o tempo de recuperação após o esforço, que devem ser específico
dentro da características do treinamento, para que se ocorram os benefícios e
efeitos desejados.
entre 1 a 2 minutos, com 4 a 5 séries e 48-72 horas de repouso entre uma sessão
para o mesmo agrupamento muscular.
Ainda com base em Platonov (2004), para que o treinamento de força
visando o aumento do diâmetro muscular (hipertrofia), tenha resultados expressivos.
A sua organização racional se torna um item bastante importante, ou seja, as
planilhas devem conter sessões de no máximo dois a três grupos musculares, o
número de exercícios por grupo muscular, depende particularmente do nível do
aluno, indo de 1 até 5 ou 6. Realizado-os através de exercícios localizados
específicos para a musculatura de todo o corpo, como os ombros (músculos
deltóides), braços (bíceps, tríceps, braquial), ante-braço (extensores e flexores do
punho), peitoral (maior e menor), dorsais (trapézio, grande dorsal, redondo maior e
menor, serráteis anteriores), coxas (quadríceps, bíceps femoral), pernas
(gastrocnêmico, sóleo, tríceps sural), glúteos, abdominais (retos e oblíquos). Está
comprovado que dois treinos semanais para cada grupo muscular é o suficiente para
gerar as adaptações esperadas, já que após um treino de hipertrofia, o grupo
muscular trabalhado necessita de 48-72 horas de repouso, para aumentar os níveis
de adaptação e super-compensação esperados.
Outras considerações importantes relatadas por Platonov (2004), é
que quanto maior é o nível de adaptação, mais difícil é a obtenção de resultados,
por isso é conveniente depois de um determinado tempo, variar a estrutura do
treino, quanto aos exercícios e a magnitude das cargas. Para que o sistema
neuromuscular esteja em constante adaptação, e não se acomode perante os
exercícios. Logo, são as adaptações as responsáveis pelas melhoras nos níveis de
força e nas transformações corporais.
Badillo; Ayestarán (2001), relatam que a manifestação de força
explosiva, que é a possibilidade de se desenvolver força numa maior velocidade
possível, também pode ser aprimorada com a musculação. No entanto este tipo de
treinamento é remendado mais para atletas profissionais, que competem em
esportes que necessitam dessa variável de força bem desenvolvida. A magnitude
da carga é a seguinte:
Os autores recomendam que a intensidade deve ficar em torno do 60%
a 90%, com a observação de que os treinamentos de força explosiva com
intensidade próxima dos 90% é realizada apenas por atletas altamente qualificados
e de nível olímpico. O ritmo dos movimentos são máximo-explosivo, com 6 a 12
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2.7 Culturismo
a secreção de GH, como exemplo de uma sessão intensa, podemos citar um treino
de força através da Musculação.
Ainda dentro dessas reflexões, os autores ressaltam que o GH só
poderá cumprir a sua função adequadamente, se acompanhado de uma dieta rica
em proteínas e sono adequado. E que o seu uso exagerado por aplicações pode
causar um crescimento em demasia da espessura dos ossos, e também a secreção
extra de insulina, além de diversos efeitos colaterais que serão estudados mais
adiante.
Outro hormônio bastante importante para o metabolismo e também
com grandes propriedades Anabólicas é a Insulina. O conceito desta segundo
Guimarães Neto (2006), é o seguinte:
A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, sendo o hormônio
regulador do metabolismo energético mais importante do organismo.
Exerce múltiplas ações sobre o metabolismo e crescimento celular. A
insulina transporta proteínas (aminoácidos), e carboidratos (glicose)
para varias células do corpo (GUIMARÃES NETO, 2006, p. 57).
que elas causam na pessoa é outro fator extremamente preocupante que não pode
ser deixado de lado quando se explora esse tema.
O autor afirma que na grande maioria dos casos de aquisição de
Esteróides Anabolizantes Androgênicos, o futuro usuário busca informações com o
comerciante da droga, ou com os seus amigos que muitas vezes também estão
usando ou já fizeram uso destas. E pior ainda, muitas vezes o próprio “professor” de
Musculação é que recomenda ou faz o comércio dessas substâncias dentro da
Academia.
Araújo (2003), aponta que um profissional da área de Educação Física
não possui conhecimentos necessários para a prescrição desses medicamentos,
pois não se trata da sua área de atuação, que se resume em cuidar da avaliação,
prescrição, orientação e controle dos treinamentos, e não sobre ingestão de
substâncias ergogênicas e Anabólicas. Talvez a grande culpada por esses
acontecimentos seja a má formação profissional dessas pessoas ou a falta de ética
e respeito com a Educação Física, que é absolutamente contra essas drogas que
causam dependência, patologias a saúde e podem até levar uma pessoa ao óbito.
Novamente com base em Iriart; Andrade (2002), que comentam sobre
a falta de orientação e informação dos usuários, com base nos relatos das pessoas
entrevistadas em seus estudos sobre a relação da Musculação e o consumo de
Anabolizantes na cidade de Salvador-Ba.
De maneira geral, os fisiculturistas entrevistados não demonstram
bom nível de informação sobre os danos causados à saúde pelos
Anabolizantes que utilizam. Os conhecimentos que possuem sobre
esses produtos, muitas vezes, não guardam relação com suas
propriedades farmacológicas. As informações sobre os efeitos
colaterais são sobretudo oriundas da experiência pessoal, da
observação de colegas na academia e dos relatos de casos
vivenciados por amigos ou conhecidos, nos quais o uso dessas
substâncias acarretou sintomas graves (IRIART; ANDRADE, 2002,
p. 1384).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através dessa pesquisa foi possível concluir que a Musculação é uma
atividade extremamente saudável que produz inúmeros benefícios aos seus
praticantes, porém pessoas inconseqüentes estão aliando o Treinamento de Força
com pesos ao consumo de drogas Anabólicas que causam diversos males à saúde.
Valendo-se o alerta de que no Brasil, há a necessidade de mais
estudos científicos sobre esse assunto, e mais conhecimento, bom senso, e
orientação por partes dos professores que trabalham com Musculação, que devem
repelir o uso dessas substâncias. Infelizmente hoje o mercado de trabalho na área
está tomado por pessoas sem conhecimento científico e clínico sobre os
Anabolizantes, e que ainda prescrevem essas drogas para os seus alunos. E
também para a imposição de leis mais rígidas sobre a aquisição dessas substâncias,
tanto no mercado negro como no legal, para que se possa amenizar ou até mesmo
eliminar essa problemática.
Sobre à presente temática, não foram encontradas dificuldades na
elaboração desse trabalho, devido a grande variedade de material bibliográfico
presente em livros, revistas cientificas, dissertações de Mestrado e Teses de
Doutorado, disponível para estudo e interpretação.
Em relação a minha formação acadêmica, posso afirmar que através
desse trabalho pude acumular muito conhecimento teórico e cientifico, que poderá
me auxiliar na minha carreira profissional. Acredito também que serei capaz de
auxiliar, informar e orientar as pessoas no meu convívio social e profissional sobre
os benefícios da Musculação e sobre os diversos efeitos e perigos do consumo
abusivo de Drogas Anabólicas dentro deste mundo.
Na minha opinião o que faltou em minha monografia foi uma pesquisa
de campo, que com certeza iria me ajudar a reforçar os resultados obtidos e
conhecer melhor o lado obscuro da prática de Musculação. Tenho um grande desejo
de continuar esse trabalho num mestrado, explorando mais a fundo o tema,
acrescentando tópicos sobre nutrição e suplementação na prática de Musculação, e
também uma pesquisa de campo.
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6. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, J.P. O uso de Esteróides Androgênicos Anabolizantes entre
Estudantes do Ensino Médio no Distrito Federal. 2003. 90f. Dissertação
(Mestrado em Educação Física) – Programa de Pós-Graduação em Educação
Física, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Pontifícia Universidade Católica de
Brasília, Brasília, 2003.
BUCCI, M.; VINAGRE, E.C.; CAMPOS, G.E.R.; CURI, R.; PITHON-CURI, T.C.
Efeitos do treinamento concomitante hipertrofia e endurance no músculo
esquelético. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Piracicaba, v. 13, n. 1, p.
17-28, 2005.
GUIMARÃES NETO, W.M. Musculação para mulheres. São Paulo: Phorte, 2003.
164p.
SIMÃO, R.; CÁCERES, M.S.; BURGUER, F.; KOVALCZYK, L.; LEMOS, A. Teste de
1-RM e prescrição de exercícios resistidos. Revista Eletrônica da Escola de
Educação Física e Desportos – UFRJ, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 55-63, 2006.
51
SOUSA, H.F.; ROSA, F.F.; BARBOSA JÚNIOR, J.; VIDAL, M.A.; CUNHA, C.E.F.;
RAMOS; C.B.; BALSAMO, S. A influência do treinamento de força feminino em
relação ao gênero, idade, força muscular e destreinamento. Disponível em
http://www.jvianna.com.br. Acesso em 28 de mar. 2007.