A Vez Do Mestre Artigo
A Vez Do Mestre Artigo
A Vez Do Mestre Artigo
Niterói
Julho/2010
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
RESUMO
Introdução ...................................................................................................... 09
Conclusão ...................................................................................................... 52
Anexos ........................................................................................................... 58
Índice .............................................................................................................. 68
9
Introdução
2
(http://www.cerebronosso.bio.br/guia-bsico-de-neurocincia/. O cérebro nosso de cada dia:
descobertas da neurociência sobre a vida cotidiana. Acesso em: 27.dez.2009).
14
3
(AKERMAN, Sandra. Discovering the Brain,1992, p.x).
15
O Primeiro curso no Brasil começou na década de 1970, recebendo
influência direta da Psicopedagogia da Argentina e, esta da Psicopedagogia
Francesa. Os autores Argentinos que fundamentam o corpo teórico da
Psicopedagogia no Brasil são: Sara Pain, Jorge Visca e Alicia
Fernandez(BOSSA). E, da Francesa: Jacques Lacan, Maud Mannoni, Pichón-
Rivière, dentre outros. Bossa assinala de que “A Psicopedagogia não nasceu
aqui e tampouco na Argentina. Investigando a literatura sobre o tema, podemos
verificar que a preocupação com os problemas de aprendizagem teve origem
na Europa, ainda no século XIX”(2007, p.36).
4
(Anexo II. Entrevista com Ingrid Taricano. Entendendo a neurociência.Revista Direcional
Educador.Ed. 62, março/2010).
18
sistema nervoso na formação do educador”(ibidem, p.02). Talvez, o principal
motivo desta falta de capacitação seja a formação destes profissionais. De
acordo com Leonor Guerra
5
(Sistema nervoso. www.webciencia.com/11_29nervoso.htm. Acesso em: 02.maio.2010).
25
6
(Medula espinhal. http://www.psicanaliseesaude.com.br/raizes%20nervosas.jpg Acesso em
22.junho.2010.)
26
7
(corpo caloso. http://www.inglesnosupermercado.com.br/wp-content/uploads/2009/09/corpo-
caloso1.jpg. Acesso em 22.junho.2010).
27
8
(Cérebro.http://sites.google.com/site/kbjr12/_/rsrc/1252518235415/neurociencia/2.jpg. Acesso
em 22.junho.2010).
9
(http://vetneuro.files.wordpress.com/2009/06/c_rebro_005.jpg. Acesso em 12.junho.2010).
28
Na figura acima podemos observar o córtex cerebral(Figura 06), onde os
hemisférios esquerdo e direito, são divididos, em 4 lobos: frontal, parietal,
temporal e occiptal(CHIESA, 2007, p.24-41).
10
(http://pessoas.hsw.uol.com.br/palavroes-e-xingamentos4.htm. Acesso em 12.junho.2010).
30
11
(SPRENGER, Marilee, 1999, p.03. Learning and memory: the brain in action).
33
capacidade do cérebro de aprender não está somente ligada a quantidade de
neurônios mas também pela riqueza de conexões existentes entre eles”(2007,
p.36). Isso, nos leva a crer, que quanto mais estimulados formos pelo nosso
meio social, mais seremos capazes de assimilarmos novos conhecimentos.
Dale Purves assinala que “Os neurônios nunca atuam isoladamente,
eles se organizam em circuitos para processar as informações, que iram
originar as sensações, as percepções e, o comportamento”(2004, p.11). Todo
esse processo de comunicação é eletro-químico; a ação entre os neurônios é
elétrica e a mensagem se torna química e, passa a ser designada de
neurotransmissores(SPRENGER,1999,p.03). Existem três grupos de
neurotransmissores: aminoácidos, peptídios e monoaminas. Sim, a nossa
alimentação age diretamente no nosso processo de aprendizagem, atuando
através da química do nosso organismo. Alguns exemplos de monoaminas,
são: serotonina, dopamina, epinefrina(adrenalina) e, norepinefrina. E, em
relação aos peptídios temos a famosa endorfina. Segundo os neurocientistas,
manter um nível de bons neurotransmissores agindo irá desencadear uma
maior capacidade do cérebro de aprendizagem, pois nosso comportamento é
diretamente influenciado pela química do nosso organismo, fazendo com que
as mensagens sejam transmitidas mais fácil e rapidamente(SPRENGER,1999,
p.25).
Passando as células glias, podemos dizer que elas têm a função de
alimentar os neurônios. C.U.M Smith assinala que “A glia dá suporte aos
neurônios os mantendo juntos”(2002, p.18). No sistema nervoso existem
aproximadamente 100 bilhões de Neurônios e, dez vezes mais glias. Marilee
Sprenger(1999, p.04) conta que quando os cientistas dissecaram o cérebro do
Físico Albert Einstein, eles encontraram uma quantidade extraordinária de
células glias, numa área específica do cérebro; e, concluíram a partir disso, que
provavelmente essa área era muito mais usada por Einstein do que as outras.
Segundo Begley
“o cérebro é o órgão do comportamento e o repositório do
aprendizado e da memória, quando adquirimos um novo
conhecimento ou uma nova capacidade, ou deixamos
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registradas lembranças, o cérebro muda de maneira real e
física para que isso aconteça” (2007, p.22).
Ned Herrmann, criador do HBDI e autor do livro ‘The creative brain’ era
coordenador de educação da General Electric, quando desenvolveu o método
de ensino/aprendizado chamado ‘Whole brain’(cérebro inteiro). Segundo
Coffield “Como muitos outros teoristas, Ned Herrmann tem razões para
assegurar que ‘cada classe representa um completo espectro de estilos de
aprendizagem diferentes’”(2004, p.92). De acordo com Coffield “Herrmann
assinala de que há cerca de 50% de perda entre os métodos de ensino e o
aprendizado retido pelos estudantes”(idem,ibidem). A solução recomendada
por Herrmann, é o seu método de ensino/aprendizagem ‘Whole brain’’, onde,
cada tópico de disciplina é ensinado de três ou quatro formas diferentes.
Coffield assinala de que o modelo de aprendizagem ‘Whole Brain’, não é
baseado na genética, é baseado no aprendizado obtido através do processo de
socialização do indivíduo com o meio, ou seja, o aprendizado que ocorre dentro
12
(http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/RenatoMaterial/neurociencia.htm.
Acesso em:02.maio.2010).
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do círculo social, como: família, escola, sociedade e, as experiências de vida e
culturais. Nas tabelas abaixo (tabela 01 e 02) os quatro estilos de
aprendizagem, de acordo com as habilidades específicas de cada lateralidade
cerebral, de acordo com o (HBDI- Herrmann Brain Dominance
Instrument)(COFFIELD, 2004,p.78).
Segundo Chiesa
13
CARNEIRO, Celeste. A Arte e o Cérebro no Processo da Aprendizagem.
http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/criatividade2.html. Acesso em: 20.maio.2010.
47
direciona automaticamente ao lado direito do cérebro, fazendo com que
as informações sejam gravadas na memória de longo prazo”.
14
tradução minha.
52
É de extrema importância, para o profissional de Psicopedagogia, estar
atento ao fato de que os indivíduos são muito mais do que um cérebro, ou, um
corpo separados. E, que tanto um quanto o outro, tem suas formas de assimilar
as informações a nosso redor e, gerar conhecimento; e que, ambos estão
intrinsecamente interligados.
Até muito pouco tempo, ainda era dogma acreditar que o cérebro não
muda após sua maturação que se dá na infância. E, de que a maneira como o
cérebro se forma e, se desenvolve depende da genética. A partir do presente
estudo pudemos verificar que a neurociência tem revelado o contrário, segundo
Begley “Não estamos presos ao cérebro com o qual nascemos e, sim temos
capacidade de direcionar deliberadamente as funções que vão florir e as que
vão fenecer”(1999, p.256).
Vendo por este prisma, podemos afirmar que o ser humano é dotado de
capacidades maiores das quais julgava possuir. É a partir destes novos
conhecimentos, que o Psicopedagogo poderá trilhar seu caminho de maneira
mais consciente. Ou seja, o Psicopedagogo, como profissional da educação,
tem como função ambientar os alunos para o afloramento de suas capacidades
e habilidades, portanto, o conhecimento da capacidade do cérebro de
mudança- a plasticidade, é um conhecimento crucial para o início das
atividades do profissional de Psicopedagogia.
BEGLEY, Sharon. Treine a mente mude o cérebro. Trad. Bruno Casotti. Rio:
Objetiva, 2008.
LIEBERMAN, Philipe. Human language and our reptilian brain: the subcortical
bases of speech, syntax, and thought. Massachusetts: Harvard University,
2000.
ROSE, Steven. O cérebro consciente. Trad. Raul Fiker. São Paulo: Alfa-
Omega, 1984.
Acesso: 02.maio.2010.
SCHANK, Roger, CLEARY, Chip. Engines for education. New Jersey: LEA,
1995.
SPRENGER, Marilee. Learning and memory: the brain in action. 1999. USA,
VA: ASCD.
VIGOTSKY,Lev;LURIA,Alexander;LEONTIEV,Aléxis. Linguagem,
desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: ícone, 1988.
15
(tradução minha).
61
dorsal, desordens depressivas e epilepsia. Novas descobertas da genética
molecular tem significado uma promessa de novos métodos para tratar e
prevenir a doenças de Huntington, distrofia muscular e, outras desordens.
Anexo II
Fonte:http://www.direcionaleducador.com.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=164&Itemid=143. Acesso em 29.abril.2010.
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68
Índice
Introdução ...................................................................................................... 09
Conclusão ....................................................................................................... 53
Anexos ........................................................................................................... 60
69
AVALIAÇÃO
DEPARTAMENTO
Avaliador(a):
Conceito
70