Contribuicao Da Neurociencia
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Contribuicao Da Neurociencia
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ARTIGO ORIGINAL
RESUMO
Durante muito tempo, o insucesso escolar, frente aos aspectos da aprendizagem foi conduzido de maneira
frustrante e desanimadora tanto para os docentes envolvidos no processo, quanto para os próprios
educandos e familiares. Tendo em vista os avanços da neurociência no campo educacional, hoje, já é
possível trilhar novos caminhos que podem contribuir de maneira contundente na ressignificação da
aprendizagem, mediante à prática investigativa e interventiva do neuropsicopedagogo. Embasado em
referentes teóricos, este artigo irá refletir sobre o campo de estudo da Neuropsicopedagogia, que atrelada
à Neurociência, pode oferecer novas perspectivas para o processo de ensino-aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
Com os avanços da ciência e tecnologia, somos levados a conviver com mudanças e transformações em
várias esferas do conhecimento e da sociedade. Ao falarmos em avanços nos estudos educacionais, é
interessante pensar no estudo da Neurociência, que vem ganhando espaço no contexto escolar, haja vista
que, para o educador, é de fundamental importância compreender o funcionamento da atividade cerebral
do ser aprendente, de modo que esse conhecimento científico possa ser um respaldo para as possíveis
intervenções pedagógicas, frente aos diversos e inimagináveis obstáculos da aprendizagem.
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Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento - RC: 39016 - ISSN: 2448-0959
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A neurociência é um estudo do sistema nervoso, seja em estado normal ou patológico. Esse estudo visa
compreender suas funções, estruturas, processos e alterações que podem ocorrer ao longo do
desenvolvimento humano. Nessa perspectiva, a neurociência percorre não somente o campo fisiológico,
anatômico, como também psicológico e comportamental.
A educação e a neurociência coexistem numa relação de proximidade, uma vez que ambas trabalham com
a atividade cerebral que possibilita o acesso à aprendizagem. Aprender é uma das atividades mais
constantes de nossa vida, desde muito cedo, aprendemos a andar, a falar, a reconhecer rostos, objetos,
cores
e regras. Porém, há vários fatores que podem dificultar o processo de aprendizagem, limitando o acesso
ao conhecimento. Esses fatores podem ser físicos-mentais, emocionais ou mesmo profissionais, no que
diz respeito à atuação docente.
O estudo neurocientífico não propõe uma Pedagogia renovada, no entanto, fornece subsídios para a
reorientação da prática pedagógica atual, abrindo espaço para discussões e reflexões que abordem os
aspectos relacionados ao processo de aprendizagem.
Para que o processo de aprendizagem aconteça, nosso cérebro faz uso de exemplos, associações
(sinapses) a conhecimentos que já possuímos, de modo a construir um significado. O aprendizado ocorre
por meio de quatro estágios; dessa forma, pode-se dizer que primeiramente aprendemos através das
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A Neurociência tem apresentado diariamente novas descobertas que não era possível saber antes. Hoje,
talvez, a melhor e a mais importante descoberta da ciência que estuda o cérebro seja a questão da
plasticidade cerebral, ou seja, no passado, acreditava-se que quem não aprendia e ponto final. Seu cérebro
não dava conta e nunca poderia dar conta da aprendizagem, e, dessa forma, cabia ao indivíduo
desaparecer dos meios acadêmicos e sociais. Era uma exclusão fundamentada até mesmo pela ciência.
(ALMEIDA,2012, p.44).
A neurociência no campo educacional, amparada por estudiosos de diversas áreas do conhecimento, veio
para refletir os percalços do processo de aprendizagem e encontrar caminhos para atuar e intervir nos
obstáculos desse processo.
Para Beauclair (2014, p.23), o termo Neuropsicopedagogia é “um novo campo de especialização
profissional, de pesquisa, ação e intervenção, baseados nos avanços das Neurociências e suas
aplicabilidades no campo da Educação e Psicopedagogia”.
Sabendo que a neurociência significa, “conjunto de ciências fundamentais e clínicas que se ocupam da
anatomia, da fisiologia e da patologia do sistema nervoso (DINIZ; DAHER; SILVA, 2008, p. 154)”, é
fundamental que o neuropsicopedagogo se aproprie das bases da neurociência para intervir e pesquisar
sobre as particularidades cerebrais que podem interferir no processo de aprendizagem.
É preciso ter em mente que o neuropsicopedagogo, em posse dos seus referenciais teóricos, irá atuar de
maneira investigativa, descobrindo os mistérios e os desdobramentos da aprendizagem, os fatores inter-
relacionais e intrapessoais que podem ser chave ou ponto de partida para uma intervenção pedagógica
mais efetiva, para isso, deve-se levar em conta quem é esse sujeito, qual é a sua base familiar e qual o
contexto em que ele está inserido.
A perspectiva da metacognição surge como uma estratégia que auxilia no processo de aprendizagem,
proporcionando ao discente a motivação tanto pelo objeto de estudo quanto pelo ambiente escolar. A
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estratégia metacognitiva é definida por Kleiman (2008a, p.34) como: “a capacidade de estabelecer
objetivos na leitura [...], isto é uma estratégia de controle e regulamento do próprio conhecimento”.
Os estudos neurocientíficos apontam que para que a aprendizagem aconteça, é necessário criar memória
de longo prazo, direcionando o cérebro a aprender e relacionar o conhecimento, de maneira que as
informações sejam armazenadas plenamente. Desse modo, o neuropsicopedagogo pode contribuir para o
desenvolvimento da motivação pela aprendizagem, ajudando o educando a descobrir quais são as suas
habilidades e potencialidades e de que forma ele pode agregar isso à sua vida, numa atividade de
autoconhecimento e autoconfiança. Deve-se trabalhar com a ideia de que todos são capazes de aprender,
dentro de suas limitações e de seu próprio ritmo de aprendizagem.
3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G. P. Plasticidade cerebral e aprendizagem. In: RELVAS, M. P.(org.). Que cérebro é esse
que chegou à escola?: as bases neurocientíficas da aprendizagem. Rio de Janeiro: WAK, 2012.
DINIZ, D.F.; DAHER, J; SILVA, W.G. da. Neurociências: termos técnicos. Goiânia: AB, 2008.
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Mestranda em Ciências da Educação pela Universidad Autónoma de Asunción; Especialista em
Neuropsicopedagogia pela Faculdade São Luís; Especialista em Língua Portuguesa: Redação e Oratória
pela Faculdade São Luís;Licenciada e bacharela em Letras (Português/ Inglês) pelo Centro Universitário
FIEO.
[2]
Mestrado em Pós Graduação em Direito; Especialização em Direito Educacional. Especialização em A
Produção e a Interpretação do Texto Narrativo. Especialização em Estruturas Morfossintáticas.
Especialização em Língua e Literatura Inglesa. Graduação em Bacharel em Direito. Graduação em
Pedagogia Administração e Supervisão Escolar. Graduação em Letras Português/Inglês.
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