NBR 6122 Modificações
NBR 6122 Modificações
NBR 6122 Modificações
de fundações
Por
gustavocruz01
-
27/03/2020
21468
3
Esta norma foi criada em 1986, passando por modificações no ano de 2010 e
recentemente foi publicada sua mais nova revisão em 2019. A nova revisão da
norma compreende alterações e incrementos importantes para o avanço e
continuidade dos projetos de fundações.
Se você quer saber quais foram às alterações dessa nova revisão, como isso irá
afetar a execução de projetos e obras de fundações e como proceder com essas
mudanças em seus projetos, leia este artigo até o final.
A versão antiga especificava ainda que quando RP > 0,20 RT, o processo
executivo de limpeza da ponta deve ser especificado pelo projetista e ratificado
pelo executor.
Radm ≤ 1,25.RT
Onde:
Na nova revisão a norma admite que a resistência da ponta terá como limite
superior o valor da resistência por atrito lateral:
RP < RL e Padm = ( RP + RL ) / 2.
Caso o contato efetivo entre o concreto e o solo firme ou rocha não possa ser
assegurado pelo executor, o projeto deve ser revisto: os comprimentos das
estacas devem ser ajustados, na verificação do ELU (Estado Limite Último), à
condição de resistência nula na ponta:
Rp = 0 e Padm = RL / 2
O item 9.1 diz que o desempenho das fundações é verificado por meio de pelo
menos o monitoramento dos recalques medidos na estrutura, sendo obrigatório
nos seguintes casos:
a) estruturas nas quais a carga variável é significativa em relação à carga total,
tais como silos e reservatórios;
FUNDAÇÕES
Veja o que mudou na NBR 6122:
2019 – Norma de fundações
APL Engenharia, 12 meses atrás 3 61 min leitura 46613
COMPARAÇÃO ENTRE AS NORMAS DE FUNDAÇÃO NBR 6122:2010 e NBR
6122:2019 Urbano Rodriguez Alonso (30/09/2019)
1 – INTRODUÇÃO
A atualização das Normas Técnicas é um processo importante e necessário
para adequar as exigências às novas práticas e inovações desenvolvidas pelo
mercado. A última revisão da Norma de Fundações havia sido realizada em
2010 (ABNT NBR 6122:2010 – Projeto e Execução de Fundações) que passou
pelo processo de atualização mobilizando a comunidade geotécnica, desde
2016, sendo submetido à consulta pública e aprovada 30/09/2019.
3 – TERMOS E DEFINIÇÕES
3.1) ações variáveis efêmeras (ou transitórias, ou de curta duração)
NBR 6122:2019 – ações variáveis especiais que atuam por curtos intervalos de
tempo (duração máxima de um dia) e com baixa frequência de ocorrência
(menos de três dias por semana).
3.3) bloco
NBR 6122:2019 – bloco estrutural que transfere a carga dos pilares para os
elementos de fundação profunda.
3.5) broca
3.11) estaca
NBR 6122:2010 – elemento de fundação profunda executado inteiramente por
equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução,
haja descida de pessoas. Os materiais empregados podem ser: madeira, aço,
concreto prémoldado, concreto moldado in loco ou pela combinação dos
anteriores.
NBR 6122:2019 – máxima tensão que, aplicada ao terreno pela fundação rasa
ou pela base de tubulão, atende com fatoresde segurança predeterminados,
aos estados limites últimos (ruptura) e de serviço (recalques, vibrações etc.).
Nota: Esta grandeza é utilizada no projeto quando se trabalha com valores
característicos das ações.
3.49) tubulão
NBR 6122:2019 – valores que equivalem, no escopo desta norma aos valores
representativos das ações definidos na ABNT NBR 8681.
O que não ficou claro na Norma é qual o valor de atrito negativo a considerar:
se o máximo (que ocorre caso as estacas sejam instaladas imediatamente à
conclusão do aterro) ou aquele, menor, quando as estacas são instaladas após
decorrido um certo tempo após a conclusão do aterro, quando parte do
recalque por adensamento já terá ocorrido.
onde
onde
Pd + Pan x γf ≤ Rd
onde
8 – Fundações profundas
8.2.1.2 Métodos estáticos
NBR 6122:2019 – Em tubulões, quando o atrito lateral for considerado, deve ser
desprezado um comprimento de fuste igual ao diâmetro da base,
imediatamente acima do início do alargamento.
Caso o contato efetivo entre o concreto e o solo firme ou rocha não possa ser
assegurado pelo executor, o projeto deve ser revisto: os comprimentos das
estacas devem ser ajustados, na verificação do ELU, à condição de resistência
nula de ponta: RP = 0 e Padm = Rl /2.
NBR 6122:2019 – Neste caso a determinação pode ser feita por prova de carga
ou cálculo por método teórico ou semiempírico, sendo as propriedades do solo
obtidas em ensaios de laboratório, in loco ou por meio de correlações, levando-
se em consideração as modificações nessas propriedades causada pela
instalação do elemento de fundação.
A resistência de cálculo, fcd, deve ser calculada, deve ser calculada, conforme
previsto na ABNT NBR 6118, pela seguinte expressão:
fcd = fck / γ c
γs = 1,15
sendo:
Outros tipos de estacas podem ser empregados desde que sejam projetadas e
executadas respeitando as diretrizes e conceitos expressos nesta Norma,
acrescidos dos requisitos a seguir indicados.
Neste item apenas se mudou a altura das estruturas citadas no item (b) de 60
m para 55 m.
b) recalque na carga de trabalho deve ser admissível pela estrutura. Caso uma
prova de carga tenha apresentado resultado insatisfatório, deve-se elaborar um
programa de provas de carga adicionais que permita o reexame dos valores de
cargas admissíveis ou forças resistentes de cálculo, visando a aceitação dos
serviços sob condições especiais previamente definidas, ou readequação da
fundação e seu eventual reforço.
ANEXOS DA NORMA
Houve um rearranjo na numeração doa anexos conforme será seguido. Iremos
apresentá-los na ordem em que estão na Norma, mas só comentaremos
aqueles que sofreram modificações.
Por isso transcrevo o que consta nas minha anotações durante as reuniões da
Comissão Técnica, que provavelmente serão incluídas na próxima revisão da
Norma.
Entretanto o acerto final do topo deve ser sempre efetuado com uso de
ponteiros ou ferramenta de corte apropriada de modo a não causar danos.
O item B.9 ficou confuso pois os itens B.9.1 está “embolado” ao item B.9.2 Em
minhas anotações por ocasião da discussão desse item me parecem que estão
mais claras, conforme transcrevo abaixo:
F) massa linear e comprimento (mm): a massa linear dos perfis podem variar
de +3 a -2,5% e o comprimento de 0 a + 100 mm;
E = (Bf1 – Bf2) / 2
Perfil metálico
e) soldabilidade: os materiais devem ser soldáveis a fim de evitar problemas
decorrentes das operações de solda comumente realizados em elementos de
fundações.
I.9 Controle do concreto
Deve-se utilizar caçamba com flap ou com fundo duplo rotativo a fim de extrair
material solto ou lama com percentual de areia superior à especificação aos
limites estabelecidos nesta Norma.
Deve-se utilizar caçamba com flap ou com fundo duplo rotativo a fim de extrair
material solto ou lama com percentual de areia superior à especificação aos
limites estabelecidos nesta Norma.
lama bentonítica
Comentário: Houve apenas mudança no teor de areia da Tabela J.2 que passou
de até 3% para até 4,5%. Os demais índices não se alteraram em relação á NBR
6122:2010.
J.9 Concreto
O item J.10 está confuso conforme já relatamos no item B.9 acima. Propomos
a redação ali exposta extraída de nossas anotações.
Uma vez que todo o fuste da estaca esteja completo, o conjunto de tubos é
levantado cerca de 15 cm e com auxílio de haste metálica se procede a
abertura da tampa da tubulação.
N.4 Perfuração
Antes da execução da primeira estaca de cada dia de trabalho (ou sempre que
houver necessidade de limpeza da tubulação) deve-se garantir que a tubulação
da concretagem, entre o cocho e o trado da hélice contínua, esteja totalmente
cheia de concreto. Para tanto, com a tampa metálica da haste interna do trado
removida, deve-se expurgar toda a calada de lubrificação que é lançada antes
do concreto. Após se constatar que toda essa calda foi expurgada e que a
tubulação está cheia de concreto, tampa-se a ponta da haste interna do trado e
se inicia a perfuração com a introdução do trado contínuo até se atingir a cota
de projeto. Nesta etapa a monitoração eletrônica, que é parte inerente ao
processo e indispensável, deve registrar ao menos a profundidade, a velocidade
de rotação do trado, a velocidade de avanço e a pressão do torque.
N.5 Concretagem
Atingida a cota de ponta prevista no projeto e com toda a tubulação cheia de
concreto, conforme acima, inicia-se a fase de concretagem da estaca. Nesta
operação deve existir perfeita coordenação entre os operadores do
equipamento da hélice contínua e o responsável pela bomba do concreto que
opera no cocho. O operador do equipamento avisa por sinal sonoro o operador
do cocho para que este comece o lançamento do concreto e
concomitantemente se inicie o levantamento do trado da hélice contínua para a
expulsão da tampa e início da concretagem. Desta forma, procura-se garantir o
contato efetivo do concreto da ponta da estaca com o solos competente. Não
se permite subir o trado da hélice contínua, para possibilitar a expulsão da
tampa antes do início do lançamento do concreto. A pressão do concreto deve
sempre ser positiva para evitar a interrupção do fuste e é controlada pelo
operador durante toda a concretagem.
N.9 Concreto
Deve ser realizada através de macaco hidráulico acionado por bomba elétrica
ou manual dotada de manômetro. Esse conjunto macaco hidráulico-bomba-
manômetro deve estar aferido com data inferior a um ano, contado do início da
obra. A escolha do macaco hidráulico e da escala do manômetro deve ser feia
de acordo com a carga de cravação especificada no projeto e peculiaridades do
local. O macaco hidráulico deve ter capacidade ao menos 20% maior que a
carga prevista de cravação.
Para a estaca ser aceita a mesma deverá ser submetida a dois tipos de carga:
uma até a carga máxima (uma e meia vez a carga de trabalho) mantida durante
5 minutos. Os recalques elástico e residual são medidos nesse estágio. A
estaca e, então, submetida ao segundo carregamento, igual à carga de trabalho,
mantida durante 10 minutos e o recalque residual é medido. A estaca é aceita
se os recalques residuais nestes carregamentos atendem o critério do
projetista.
A cravação pode ser auxiliada com processo executivos especiais, tais como:
inundação do solo, jatos de água pelo interior dos segmentos, retirada de solo
embuchado nas estacas metálicas tubulares, vibrações e outros. Quando os
segmentos forem de concreto, a emenda será feita por simples superposição
ou através de solidarização especificada em projeto. As emendas de
segmentos metálicos serão feitas por solda ou rosca.
Finalizada a cravação, é feito o encunhamento definitivo. Frequentemente com
colocação de cabeçote de concreto armado, tijolinhos e cunhas, coerente com
as cargas impostas. Com menor frequência o encunhamento pode ser feito
diretamente na estrutura por outros métodos que garantam a solidariedade
estrutural do sistema.
#6122