Resumo Sobre Asma
Resumo Sobre Asma
Resumo Sobre Asma
A asma é uma síndrome que se caracteriza por obstrução das vias aéreas com evolução
bastante variável, tanto espontaneamente quanto em resposta ao tratamento. Os pacientes
asmáticos apresentam um tipo especial de inflamação das vias aéreas que os torna mais
responsivos que os indivíduos normais a uma ampla variedade de estímulos
desencadeantes; isso provoca estreitamento excessivo das vias aéreas, redução do fluxo
ventilatório e sinais e sintomas como sibilos e dispneia. Em geral, o estreitamento das vias
aéreas é reversível1.
Os SS mais comuns incluem sibilos, dispneia e tosse com intensidade variável, tanto
espontaneamente quanto depois do tratamento. Os sintomas podem piorar à noite ou nas
primeiras horas da manhã. Alguns pacientes têm produção exagerada de muco, que em
geral é espesso e difícil de expectorar. Pode haver hiperventilação e utilização dos
músculos acessórios da respiração. Os sintomas prodrômicos podem preceder uma crise e
incluem prurido sob o queixo, desconforto interescapular ou medo inexplicável (morte
iminente). Os sinais físicos característicos são principalmente expiratórios, roncos difusos
em todo o tórax e hiperinsuflação em alguns casos. Alguns pacientes, em especial as
crianças, podem ter predomínio de tosse seca. Quando a asma está controlada, o paciente
pode ter exame físico normal.1
Epidemiologia e prevalência
Atinge 300 milhões de pessoas no mundo, sendo responsável por 250 mil mortes
anualmente. Atinge cerca de 10 a 12% dos adultos e 15% das crianças. Na infância, a asma
é duas vezes mais comum no sexo masculino, mas a relação entre os dois sexos iguala-se
na idade adulta1.
Estudos de longo prazo que acompanharam crianças asmáticas até que completassem a
idade de 40 anos sugerem que muitos pacientes com asma tornam-se assintomáticos na
adolescência, mas que a asma retorna em alguns na vida adulta, principalmente naqueles
com sintomas persistentes e asma grave. Os adultos asmáticos, inclusive os que tiveram
início da doença na vida adulta, raramente se tornam assintomáticos permanentemente1.
As mortes causadas por asma são relativamente incomuns e têm diminuído. Durante os
anos de 1960, o aumento da mortalidade por asma observado em vários países foi
associado à ampliação da utilização dos agonistas β2-adrenérgicos de ação curta (como
tratamento de resgate), mas hoje existem evidências convincentes de que o uso mais
difundido de corticoides inalatórios (CIs) pelos pacientes com asma persistente seja
responsável pela queda da mortalidade nos últimos anos. Entre os principais fatores de
risco para mortalidade por asma estão doença mal controlada com utilização frequente de
broncodilatadores inalatórios; adesão baixa ou ausente ao tratamento com CI; e internações
hospitalares pregressas com um quadro quase letal de asma1.
Entre os fatores desencadeantes de crises estão os alérgenos, infecções virais das vias
aéreas superiores, exercício e hiperventilação, ar frio, dióxido de enxofre e gases irritantes,
fármacos (β-bloqueadores, ácido acetilsalicílico), estresse, irritantes (aerossóis de uso
doméstico, vapores de tintas)1.
Fisiopatologia
Algumas citocinas como IL-4, IL-5, IL-9 e IL-13 tem papel central na inflamação de
origem alérgica, enquanto IL-10 e IL-12, anti inflamatórias, podem estar diminuídas.1
Por ter muitas substâncias envolvidas, alguns tratamentos falham contra a asma. Os
anti alérgicos em geral não funcionam, enquanto corticoides inalatórios funcionam
bem.1
Habitualmente cursa com piora dos sintomas no período noturno e pela manhã, ao
acordar, ou aos exercícios. Esses sinais podem ser precipitados por diferentes
fatores, como infecções virais (gripes e resfriados), exposição a alergénios
ambientais, fumaça de cigarro, alterações climáticas, estresse ou emoções.1
4
Referências:
1. Medicina Interna de Harrison (Barnes);
2. Semiologia Médica (Porto);
3. Nota Técnica N° 42/2012
http://www.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/17/Tiotr--pio--atualizada-em-02-12-2013
-.pdf
4. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Asma. PORTARIA Nº 1.317, DE 25 DE
NOVEMBRO DE 2013.
5. RENAME 2020. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
6. Jesus JPV, Lima-Matos AS et al. Obesidade e asma: caracterização clínica e laboratorial
de uma associação frequente. J Bras Pneumol. 2018;44(3):207-212.
7. Rocha RG, Boni ACL, Boas WWV. Ventilação e dificuldades relacionadas à obesidade.
Rev Med Minas Gerais 2014; 24(Supl 8): S11-S18. DOI: 10.5935/2238-3182.20140122