Testes para Anca, Fisioterapia

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FISIOTERAPIA

Quadril

O quadril é uma região muito afetada pela presença de artrose da articulação


coxofemoral que acomete mais frequentemente indivíduos a partir da 4º década e constitui-se
em fator limitante da qualidade de vida. Também é o local onde perpassa grupos musculares
importantes na sua função de manutenção do equilíbrio e gerador de força muscular, por isso
é o local sede de encurtamentos e inflamações.

Abaixo apresentamos os principais testes especiais dessa região:

Teste do quadrante ou residual do quadril

Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal com flexão do quadril de 90º.

Descrição do teste: o terapeuta posiciona-se ao lado da maca e segurando firmemente


o membro inferior em flexão de 90º e adução, o examinador aduzindo e girando o quadril
enquanto mantém uma pressão constante para baixo. Este movimento possibilitará ao
examinador perceber qualquer alteração em relação ao quadril como rangido ou solavancos.

Sinais e sintomas: o paciente poderá sentir rangidos dolorosos, bem como uma
sensação de apreensão e temor.

Teste de Ely

Posição do paciente: decúbito ventral com o joelho em flexão máxima.

Descrição do teste: o terapeuta irá passivamente conduzir o movimento de flexão


máxima do joelho até tentar encostar o calcanhar na nádega do paciente. Caso o paciente
apresente contratura da musculatura flexora do quadril (reto femoral especificamente) o
mesmo irá compensar realizando uma flexão do quadril, elevando a sua pelve, na tentativa de
reduzir a tração sobre o músculo reto femoral.

Sinais e sintomas: o paciente sentirá desconforto e alteração na face decorrente do


estiramento da musculatura anterior.

Teste de ober
Posição do paciente: deitado de lado e virado oposto ao examinador com os membros
inferiores em extensão completa.

Descrição do teste: O terapeuta, por trás do paciente, com uma mão segurando
firmemente na inserção dos abdutores do quadril na região da crista ilíaca e com a outra mão
elevando o membro inferior a ser testado, mantendo o joelho flexionado a 90º, abdução da
coxa de 40º e a perna em extensão máxima. O terapeuta então, deixa cair suavemente à coxa
do paciente em direção a maca. Caso o terapeuta observa que a adução não está ocorrendo
naturalmente, mas sim com alguma dificuldade, o teste será positivo para contratura do trato
iliotibial.

Sinais e sintomas: nesse teste o paciente não sentirá nenhuma dor, apenas sentirá um
leve desconforto causado pelo encurtamento muscular. O terapeuta deverá observar ou até
mesmo na palpação perceber a dificuldade do membro inferior ceder e realizar a adução.

Teste de Thomas

Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal e com flexão máxima de ambos os


joelhos trazendo-os até o peito.

Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que solte uma perna em extensão
enquanto segura firmemente uma das pernas junto ao peito. O terapeuta deverá verificar a
contratura em flexão apresentada pelo paciente utilizando-se de um goniômetro. O terapeuta
posiciona o fulcro do goniômetro no trocanter maior do fêmur e uma das hastes ficará fixa em
paralelo com a maca e a outra haste do goniômetro apontada para a face mediana da coxa.

Sinais e sintomas: O paciente que possuir um encurtamento da musculatura flexora do


quadril (reto femoral e íliopsoas), não conseguirá estender completamente a coxa sobre a
maca, permanecendo em leve grau de flexão do joelho.

Teste de Trendelenburg

Posição do paciente: paciente em pé com apoio unipodal.

Descrição do teste: O terapeuta instrui ao paciente para ficar sobre um apoio e


observa a báscula da pelve, que em caso positivo, confirma uma fraqueza muscular do grupo
abdutores do quadril, principalmente do músculo glúteo médio.
Sinais e sintomas: Verifica-se a integralidade e o tônus muscular do grupo muscular
abdutor do quadril do lado em que o paciente está sustentando o peso corporal, ou seja,
quando o paciente levanta o membro inferior esquerdo, estará testando o grupo muscular
abdutor do quadril do lado direito e quando levantar o membro inferior direito estará
testando o grupo muscular abdutor do quadril do lado esquerdo.

Teste do músculo piriforme

Posição do paciente: deitado de lado e de costas para o examinador com o joelho


flexionado a 90º e o pé repousando sobre a fossa poplítea do membro contra lateral.

Descrição do teste: O terapeuta deverá se posicionar junto à maca e com uma mão
fixa no quadril do paciente para estabilizar a pelve. Com a outra mão o terapeuta exerce uma
adução do membro inferior, levando o joelho do paciente até a maca. Nesse momento
questionar o paciente sobre o aparecimento ou exacerbação da dor.

Sinais e sintomas: o teste do piriforme servirá para identificar uma possível contratura
desse músculo, desencadeando sintomas de ciatalgia, ou seja, sensação de dor, queimação,
formigamento. A contratura do piriforme é uma manifestação não tão rara e que poderá ser a
causa de uma perturbação nervosa envolvendo o nervo ciático. Os sintomas também serão
exacerbados quando o paciente realizar a abdução e rotação externa resistida, movimentos
que aumentam a tensão sobre o músculo piriforme.

OBS: em torno de 15% da população mundial o nervo ciático cruza no meio do ventre
muscular do piriforme que em caso de contratura aumenta ainda mais os sintomas dolorosos.

Teste de Phelps

Posição do paciente: deitado em decúbito ventral com os membros inferiores em


extensão completa.

Descrição do teste: o terapeuta realiza uma abdução passiva máxima dos membros
inferiores em extensão. A seguir, os joelhos do paciente são flexionados, liberando, assim, a
tensão do músculo grácil. Procura-se então exercer um maior grau de abdução do quadril. Se
os quadris do paciente forem capazes de realizar uma maior abdução, agora com os joelhos
flexionados, significa que o grácil está contraturado prejudicando as ações de abdução do
membro inferior.
Sinais e sintomas: nesse teste o paciente não poderá ficar tenso e nem contrair os
músculos do membro inferior, pois o teste deverá ser realizado de forma passiva pelo
examinador para não causar dúvidas.

Teste para bursite Trocantérica

Posição do paciente: paciente em decúbito lateral e de costas para o examinador.

Descrição do teste: o terapeuta irá palpar com ambas as mãos sobre a região do
trocânter maior do fêmur a procura de uma hipersensibilidade do paciente. Após, o terapeuta
poderá realizar de forma passiva a flexoextensão do membro inferior a fim de perceber
qualquer crepitação sobre a mão espalmada sobre o trocânter.

Sinais e sintomas: o paciente no momento do teste irá identificar ou não a área


dolorida e, em caso de bursite crônica o terapeuta sentirá sob a sua mão uma crepitação
característica.

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