Os 13 Grandes Inimigos Da Perda de Peso
Os 13 Grandes Inimigos Da Perda de Peso
Os 13 Grandes Inimigos Da Perda de Peso
Fialho
1ª Edição
Goiânia
LVL
2018
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Sumário
Nós sabemos como é difícil – por isso mesmo investimos tanto no desenvolvimento de um
sistema que realmente funciona. Contudo, antes de embarcar numa viagem definitiva para
perder aqueles quilos a mais e nunca mais ter de vê-los em seu corpo, é preciso conhecer um
pouco mais sobre os grandes vilões que nos impedem de ter um corpo saudável (e do qual
temos orgulho).
Neste livro, chegamos aos 13 grandes vilões da perda de peso. A grande maioria das pessoas
enfrenta, cara a cara, pelo menos seis deles durante qualquer tentativa de emagrecer. Alguns
desses vilões são velhos conhecidos nossos, mas outros passam praticamente despercebidos,
nos impedindo de alcançar nossos objetivos sem que sequer nos demos conta de que estão ali,
impedindo cada grama de gordura de ser queimada ou tornando nossos esforços
insignificantes.
Prometemos – ao longo deste livro você irá ficar surpreso com como algumas das coisas que
faz ou consome durante o seu cotidiano impedem você de perder os quilos de deseja. Mas
calma – para todo mal há uma cura e, felizmente, na maior parte dos casos essa cura está ao
seu alcance.
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Algumas dessas bebidas, como os sucos naturais e os chás, possuem princípios ativos e
nutrientes que são excelentes para o nosso corpo. Porém, isso não quer dizer que possamos
deixar de beber água – pura, cristalina e sem qualquer outra mistura.
Beber grande quantidade de água é uma das coisas mais importantes que você pode fazer
para se manter saudável, uma vez que isso ajudar a diluir e eliminar acúmulos de toxinas. É
talvez o mais importante desintoxicante. Ela ajuda a nos limpar por meio da pele e dos rins, e
melhora a eliminação de suor com exercícios. A água é como um caminhão de lixo; o corpo a
usa para transportas os resíduos para for a de nossas células. Quanto mais água no corpo, mais
fácil é para nossas células se manterem limpas e saudáveis – se não há caminhões disponíveis,
então nosso corpo acaba se tornando um aterro sanitário. É por isso que você deve beber
grandes quantidades de líquido quando está resfriado – assim seu corpo pode se desintoxicar
e limpar seu sistema imune.
Muitas pessoas acham que devem beber água apenas quando têm sede – mas a sede é na
verdade um aviso de alerta dizendo que você corre perigo de desidratação. Seria como comer
apenas quando você fica com fome extrema. Uma pessoa saudável nunca tem sede, porque
está sempre com o volume de água adequado no organismo. Outra coisa a ser lembrada é que
sucos, chás, leite e outras bebidas não contam, pois a água não está “livre”, ela traz outras
moléculas. Você precisa beber água pura e limpa, que seja “livre” e pronta para atuar
imediatamente em seu sistema. Você precisa beber água ainda que esteja bebendo
quantidades de outros líquidos.
Não, não é preciso necessariamente beber 2 litros de água por dia e, convenhamos, o volume
“mágico” não se aplica a todos. Pessoas de menor e estatura e crianças não têm de consumir
tanta água quanto adultos de maior estatura. Entretanto, se você está muito acima do peso,
pelo próprio volume do seu corpo é preciso beber mais. A água é essencial e deve ser
consumida mesmo por quem apenas bebe sucos e preparados naturais, isso porque ela, além
de ajudar na limpeza do organismo e na perda de peso pode:
Com pouca água no organismo, algumas substâncias nocivas acumulam-se. Como resultado, o
nosso organismo tende a reter mais nutrientes para lidar com elementos intoxicantes. Um
organismo desequilibrado consome mais e aproveita menos – o que não ajuda em nada na
perda de peso.
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Comer fora
A vida moderna é uma bela desculpa para que criemos hábitos que nos fazem mal. A onda do
“gourmet” nos criou a impressão de que é possível comer “bem” fora de casa, mas pensemos
direito: não é isso o que fazemos.
Por mais “saudável” que seja o sanduichinho que você come na padaria ao lado ou a maionese
de legumes do restaurante a quilo, a verdade é que todo restaurante, bar ou lanchonete nos
dias de hoje utiliza uma série de alimentos congelados, conservados e prontos.
Você nunca se perguntou como é possível que restaurantes sirvam pratos elaborados em
alguns poucos minutos? Exatamente, tudo hoje no ramo de food service é industrializado e
pré-preparado e, do ponto de vista de saúde, nada disso é lá muito bom.
Sejamos justos – há restaurantes de renome que de fato preparam tudo na hora e sempre com
ingredientes frescos. Mas, infelizmente, poucos de nós podemos arcar com o preço de sempre
comer neles.
Para emagrecer, temos a impressão de que basta eliminar aqueles snacks ou salgadinhos que
comemos fora de casa. Contudo, mesmo aquele que parece “comida caseira” possui
elementos que não ajudam em nada na perda de peso – como sódio em excesso, gorduras
hidrogenadas e outros venenos que a indústria do século XIX aperfeiçoou do ponto de vista
econômico, mas não nutricional.
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Pouco sono
Dormir pouco é algo que leva ao ganho de peso. Por senso comum, temos ainda a tendência
de acreditar no contrário. Como estamos acordados e em atividade mais tempo, acabamos por
supor que isso nos faz queimar mais calorias. Bem, isso é uma análise parcial.
Além das consequências todas à saúde física e mental, dormir mal ou pouco é algo que não
apenas destrói esforços para perder peso, mas que também pode fazer com que engordemos.
Sua mente e psiquê repousam entre 21h00min e 23h00min por isso, se você não descansar
dentro deste prazo, a sua inteligência e racionalidade sofrerão e diminuirão. A degradação
perceptível acontece lentamente ao longo do tempo, e aqueles que tendem a dormir tarde,
podem não notar os efeitos negativos de imediato.
Além disso, o regulamento do vaso sanguíneo sofre resultando em pressão alta, dores de
cabeça e outras doenças relacionadas com a pressão arterial. Estupor psicológico, fraqueza,
um olhar cansado, dores de cabeça - são todos os sintomas de uma mente fatigada.
A falta de sono é algo que cientificamente eleva o nosso impulso alimentar. Basta perceber:
quando ficamos acordados até tarde, todos nós temos uma imensa tendência a “assaltar a
geladeira”. Isso não ocorre por acaso. Estamos exigindo do nosso corpo mais do que ele está
disposto a dar, por sua própria natureza. Em troca, ele acaba por exigir o consumo de
alimentos que na verdade não precisamos.
Ter uma hora regular para dormir ajuda nosso corpo a regular uma série de “relógios” da nossa
fisiologia. Contudo, um horário rotineiro para a acordar é igualmente necessário. E, por favor:
acordar é algo que deve acontecer de dia. Sim, entendemos que há profissões que exigem que
troquemos o dia pela noite, mas há aí dois detalhes: poucos de nós temos profissões desse
tipo e, mesmo quando as temos, talvez seja a hora de procurar outra carreira.
O sol, além de seus efeitos físicos, também tem efeitos psicológicos e energéticos em todos os
seres vivos. Acordar antes do nascer do sol permite que se aceite os efeitos mais positivos e
benéficos do sol. Se você observar as pessoas que acordam antes do amanhecer, elas estão
sempre em um clima positivo, têm uma melhor perspectiva sobre a vida, têm mais energia, e
são geralmente muito mais felizes. Isto não é uma coincidência. É por isso que a maioria dos
corredores profissionais, fisiculturistas, atletas olímpicos, e os indivíduos conscientes da saúde
sempre acordam cedo - para serem saudáveis e cheios de energia.
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Metabolismo lento
Antes que você argumente: sim, há determinadas síndromes e problemas clínicos que levam a
um metabolismo lento. Contudo, isso não corresponde a 100% dos indivíduos acima do peso
no mundo. Muito pelo contrário – das pessoas que hoje enfrentam a obesidade, menos de 7%
possuem de fato algum tipo de síndrome hereditária ou tem o ganho de peso ligado a algum
tipo de doença crônica.
Um metabolismo lento demais geralmente está ligado a hábitos que induzem esse tipo de
comportamento em nosso organismo. Comer apenas uma ou duas vezes ao dia é um desses
hábitos, porém há outros.
A grande maioria das pessoas que vivem em centros urbanos nos dias de hoje trabalham
sentadas ou em posição sedentária. Isso faz com que muitos órgãos no nosso corpo entrem
em módulo “lento”. Se estamos parados, para que correr?
Claro, isso não significa que você precisa correr 20 quilômetros todas as manhãs ou virar um
atleta olímpico do dia para a noite. Contudo, pode sempre fazer alguns pequenos exercícios no
próprio trabalho e criar pequenas rotinas que ajudem o seu metabolismo a correr mais
rapidamente.
Pegar impressões na outra sala. Ir a pé até outros edifícios da empresa. Subir e descer pelas
escadas. Almoçar em um restaurante um pouco mais longe do trabalho. Estacionar o carro a
alguns metros de distância a mais. Falar com as pessoas ao invés de mandar e-mails dentro do
trabalho.
Pequenos esforços que são capazes de tirar seus órgãos de um estado de adormecimento e
colocá-los para trabalhar.
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Impaciência
A impaciência é algo que, necessariamente, nos coloca em um estado de espírito no qual
precisamos fazer algo. Fumantes fumam, adolescentes do século XIX jogam videogames no
celular, pessoas mais idosas puxam conversa com tudo e todos... e nós... comemos.
A impaciência é aquilo que nos leva, durante a espera por um voo, uma reunião ou mesmo um
médico ou dentista, a comer “alguma coisinha na esquina”. Essa alguma coisinha, entretanto,
torna-se um hábito e, com o tempo, uma verdadeira necessidade.
Situações que levam à impaciência é algo que não podemos controlar. Contudo, há duas coisas
que podemos controlar: a primeira delas é a própria impaciência. Podemos nos tornar mais
calmos e tranquilos, aprender a lidar com a ansiedade e o estresse e saber esperar.
Mas, mesmo quando isso não é possível, sempre podemos ter à mão um livrinho de palavras-
cruzadas ou, como fazem as crianças, um joguinho interessante no celular. Parece uma dica
sem utilidade, mas pense em todas as vezes na qual você comeu uma coxinha ou um salgado
enquanto esperava por um exame médico e, imagine se em todas essas vezes tivesse feito
outra coisa que não comer.
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Comida “saudável”
Vivemos no século do marketing. Tudo é propaganda, benefícios, novidade e promessas. A
indústria de alimentos “diet” ganhou assim a década de 1990. Nos anos 2000, a comida
“gourmet” voltou com tudo e, finalmente, agora estamos na febre dos “saudáveis e
orgânicos”.
Antes de tudo, vale a pena saber. Um alimento orgânico é aquele que é produzido de forma
orgânica – e não aquele que emagrece, ou engorda menos, ou faz perder peso. São alimentos
saudáveis do ponto de vista de não possuir ou utilizar químicos em sua produção.
Consumir produtos orgânicos é uma boa prática que certamente poderá ajudar você a
controlar seu peso. Contudo, não se trata de uma resposta milagrosa ao problema. Coma
produtos orgânicos – mas preste atenção no que você está comendo.
Faça o seu cardápio e a lista de compras com base nos alimentos que são mais indicados para
que você tenha uma nutrição completa e balanceada e não apenas com base na existência de
um selo de “orgânico”.
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Metas absurdas
Pensemos do ponto de vista racional: por anos temos lutado para perder um grande excesso
de peso, sem obter sucesso mesmo ao reduzir cinco quilos. Quando nos condicionamos,
contudo, a uma nova prática ou hábito para reduzir a gordura, queremos de imediato
estabelecer metas ambiciosas e ridículas, como perder 40kg, 50kg ou até 100kg em períodos
curtíssimos de tempo.
Não estamos dizendo que você, quando inicia um protocolo ou tratamento, deve focar em
perder apenas “parte” do peso que precisa. O que queremos dizer é que o avanço precisa ser
medido em partes, de forma gradual: existem milhares de motivos pelos quais o seu ritmo de
perda de pesa é diferente do ritmo da sua amiga, irmã ou conhecida.
O mais engraçado é que a divisão de um grande objetivo em metas menores e mais facilmente
é executáveis é um procedimento que pode ser útil não apenas na perda de peso, mas em
tudo em nossa vida.
Como estamos sempre tendo vitórias – como acontece nas várias fases de um jogo de
videogame – conseguimos estar sempre felizes e satisfeitos com aquilo que conquistamos na
vida.
Atualmente, uma pessoa normal possui um horário de trabalho de 8 horas por dia, ao longo de
5 dias na semana. Se considerarmos 2 horas de deslocamento para e de volta do trabalho e
mais uma hora para outros movimentos, a verdade é que ainda temos 5 horas disponíveis por
dia (isso se de fato você é uma pessoa que dorme 8 horas ao dia).
Nos finais de semana, esse tempo é sempre muito maior. Isso significa que, em uma semana,
passamos em média 40 horas trabalhando, outras 10 ou 12 horas em deslocamento e
incluindo os finais de semana, temos pelo menos 45 a 50 horas livres a cada sete dias.
Bem, o trabalhador médio urbano tinha um expediente semanal de 40 a 48 horas nas décadas
de 1920 a 1950, enquanto para o trabalhador rural, esse expediente por semana podia
facilmente atingir 70 ou até 80 horas por semana.
Durante a Revolução Industrial, não eram raras as pessoas que passavam até 12 horas por dia
em fábricas e oficinas.
A nossa visão de falta de tempo está muito mais relacionada ao “tamanho” e “extensão” das
tarefas que queremos realizar do que propriamente a alguma escassez. Mas isso é muito fácil
de resolver: se ninguém pode passar uma hora e meia na academia todos os dias, todos
podem gastar 10 minutos fazendo exercícios no trabalho, mais 10 minutos de manhã e 10
minutos antes de dormir.
Ao dividir essas tarefas que nos ajudam a perder peso e distribuí-las ao longo do dia, não
apenas a ilusão da falta de tempo acaba, como também ganhamos tempo – a grande maioria
dos exercícios pode ser feita ENQUANTO estamos realizando outras tarefas.
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A rotina
Ter uma rotina é algo que é recomendado a todos nós, por médicos, especialistas e todo tipo
de profissional da área de saúde, principalmente para quem tem filhos também. Contudo,
vamos pensar de forma objetiva: se você NUNCA consegue perder peso, talvez a sua rotina
atual precise de algumas modificações.
Parece óbvio, e no entanto seguimos tentando as mesmas coisas, na mesma hora do dia, no
mesmo lugar e com a mesma frequência. Ainda que já tenhamos tido todas as provas de que
determinados esforços simplesmente não compensam, ou que algumas práticas costumeiras
propiciam o ganho de ainda mais peso, parecemos irredutíveis em relação a mudar qualquer
coisa.
Claro, alguns tratamentos não exigirão de você mudanças brutais no seu comportamento e
rotina para gerar uma perda de peso rápida e eficaz. Mas ALGUMA COISA você tem que mudar
– afinal de contas, a sua própria incapacidade de perder peso e o fato de ser refém do tal
“efeito sanfona” são situações que, em grande parte, são resultado de algumas escolhas que
você faz em relação ao seu estilo de vida e seu cotidiano.
Um convite aqui: na próxima vez que decidir emagrecer temos certeza de que irá conseguir,
mas tente ao mesmo tempo, enquanto perder aqueles quilos que parecem sempre voltar,
identificar onde estão as práticas que fazem com que você torne a ganhar peso.
Apenas modificando-as e eliminando-as você irá conseguir se livrar do efeito sanfona, mesmo
em casos nos quais não leve o regime ou protocolo de perda de peso a ferro e fogo.
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Ignorar o cansaço
Muitos de nós ignoramos o cansaço. O cansaço, antes de tudo, é uma forma de comunicação
não verbal do seu organismo. Ele indica que as energias que estão à disposição em seu corpo
estão prestes a ser exauridas. Nesse ponto, muitos personal trainers e academias instigam os
alunos a ir ainda mais adiante, tentando ignorar o cansaço e criar novos limites.
Embora isso possa parecer algo benéfico, quando chegamos ao ponto de esgotamento acaba
por se revelar algo não muito positivo. Comemos e dormimos demais, nos sentimos cansados
em outras atividades que temos de cumprir e, pior de tudo, muitos chegam à conclusão de que
o esforço até o limite cria o sentido de recompensa e compensação.
Como treinei até quase desmaiar, posso ir no rodízio no final de semana. Como cheguei à
fadiga total nos últimos dois dias, hoje posso ficar em casa sem fazer nada.
O corpo humano precisa de uma rotina. Quando submetemos nossos corpos a uma rotina e
algo frequente, eles se adaptam. Picos e situações de esgotamento que apenas ocorrem de vez
em quando não ajustam nosso metabolismo – pelo contrário, no caso de algumas pessoas esse
tipo de comportamento leva, na verdade, a uma total desregulação do organismo.
Pouco todos os dias será sempre melhor do que demais uma vez ao mês. Lembre-se disso
quando se sentir tentado a correr uma maratona no final do ano, enquanto permanece
sentado numa cadeira de escritório ou poltrona da TV nos 364 dias restantes.
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Adoçantes
Criados em uma época na qual as calorias “pareciam” ser o único fator que levava à obesidade,
a grande maioria dos adoçantes artificiais são substâncias que sequer se adequam à visão
científica que prevalece hoje em termos de perda de peso.
As formulações, a despeito do fato de não funcionarem, são tão exóticas e agressivas do ponto
de vista de química fina quando alguns compostos plásticos, defensivos agrícolas e produtos
de limpeza.
Além dos enormes malefícios que adoçantes conhecidos, como o aspartame e a sucralose,
podem gerar, a verdade é que muitos deles apenas têm a função de reduzir o número de
calorias dos alimentos: mas elevam a nossa predisposição para os impulsos alimentares.
Em um estudo feito por psicólogos da Purdue University, em seu Ingestive Behavior Research
Center, ratos alimentados com iogurte com adoçantes acabavam consumindo mais calorias
posteriormente, ganhando mais peso, acumulando mais gordura que os ratos que ingeriam
iogurte adoçado com açúcar normal.
As circunstâncias nas quais muitos dos adoçantes que fizeram o sucesso da onda “diet” nas
décadas de 1980 e 1990 foram descobertas revela o quão equivocada pode ser a decisão de
consumi-los. A sacarina, por exemplo, o primeiro dos adoçantes artificiais livre de calorias, foi
descoberto em 1879, de forma acidental, quando um pesquisador buscava derivados do
carvão e do alcatrão.
Para simplificar a coisa e dar praticidade, tente evitar produtos dietéticos – principalmente
quando está cumprindo algum tratamento para a perda de peso. Parece estranho, não é?
Contudo, se buscarmos as pesquisas mais modernas na área de nutrição, os adoçantes
aparecem quase em todas elas como causadores do tal efeito sanfona.
Para que não pairem dúvidas, eis uma lista de alguns produtos que são sistematicamente
consumidos por pessoas que estão cumprindo regimes ou processos para a perda de peso, ou
mesmo aquelas que treinam com frequência:
• Refrigerante diet
• Bebidas esportivas
• Sobremesas e guloseimas diet
• Geleias e compotas diet
• Chiclete dietético
• Qualquer coisa que contenha os dizeres “sugar free” ou zero açúcar, o que é garantia
da presença de um adoçante artificial.
• Comidas congeladas e prontas
• A vida normal
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Nosso organismo, ao contrário do que muitos pensam, precisa de gorduras – há gorduras boas.
Os ácidos graxos, por exemplo, o que inclui compostos como o ômega 3, são essenciais para o
bom funcionamento do organismo. Os óleos vegetais que dão origem à margarina e óleos de
cozinha não possuem, por processo simples, essas gorduras boas – elas são posteriormente
adicionadas aos produtos, que passam a receber rótulos de “saudáveis”.
Embora alguns óleos e margarinas, no estado em que compramos, não contenham as tais
gorduras trans, elas são na verdade geradas durante o cozimento e uso dos mesmos óleos. Em
outras palavras: fabricamos a gordura trans em casa, por mais “saudável” que o produto
pareça na apresentação dada pelo fabricante.
Quando gorduras e óleos atingem essas temperaturas, as gorduras “boas” são convertidas em
gordura trans. A gordura trans interfere no uso do ômega 3 pelo corpo. Temperaturas muito
altas também destroem as proteínas e vitaminas. Temperaturas próximas de 400°C,
especialmente para óleo de reuso, em fast foods, quebra moléculas poli-insaturadas e surgem
radicais livres.
• Radicais livres
• Vitaminas sintéticas
• Hexanos e solventes
• Cândida
• Ésteres
• Proteínas de soja isoladas
• Conservantes e flavorizantes
• Mono e diglicérides
A preocupação com a margarina deve ser, além disso, mais abrangente. Uma série de massas,
biscoitos, pães, bolos e doces, em supermercados e comércios, utilizam a margarina em suas
receitas – uma opção barata à manteiga. Em todos esses casos, a margarina ainda foi aquecida
para gerar o produto final – o que extermina qualquer aspecto benéfico que esse item poderia
ter antes do preparo.
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Estresse
O estresse é um dos principais inimigos da perda de peso. Embora as reações de cada um
possam variar em relação ao stress, a verdade é que todos acabam por perder no caso de uma
rotina de emagrecimento.
Alguns comem demais por conta da ansiedade, outros dormem menos do que deveriam, a
pressa e a falta de ânimo nos levam a hábitos alimentares nada saudáveis e também
tendemos, quando estressados, a deixar toda e qualquer obrigação de lado.
O estresse não é o inimigo em si, mas ele pode levar a praticamente todos os grandes inimigos
que vimos neste breve livro. Quando estamos sob pressão, bebemos menos água, comemos
de qualquer jeito, protelamos exercícios físicos e rotineiros e dormimos menos e pior do que
antes.
O estresse ainda cria condições para que os fracassos em relação à perda de peso tornem-se
problemas ainda mais graves. Não são raros os quadros que aliam o estresse a obesidade,
quando juntos, à depressão e até a algumas condições psicológicas mais graves, como a
Síndrome do Pânico.
Sem um bom controle do estresse e um cotidiano mais agradável e feliz, mesmo evitando e
estando atento a todos os outros 12 inimigos que mencionamos aqui, seu processo de
emagrecimento sempre estará em risco.
Lembre-se: saúde física e mental têm de caminhar juntas – antes, durante e depois do seu
tratamento para a perda de peso.