COLUNA LOMBAR e REGIÃO SACRAL

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COLUNA LOMBAR

REGIÃO SACRAL

Anatomia lombar – 5 vértebras – 4 típicas – L5 transição (adaptação com o sacro)

Ângulo lombossacral – linha traçadaao longo da inclinação de S1 e uma linha


horizontal.

Função: sustentação para o peso da parte superior do corpo – alteração na localização


do centro de gravidade, modifica as forças atuantes na coluna lombar.
Inclinação anterior da pelve resulta na inclinação de S1, aumento da lordose,
aumento das forças de cisalhamento, probabilidade de deslocamento anterior de L5.

Maior parte da flexão = articulação lombossacral


Ritmo lombopélvico = atividade coordenada entre flexão lombar e inclinação anterior
da pelve no plano sagital

Região sacral – 5 vértebras fundidas – articulação L5-S1 e articulação sacroilíaca

Espondilose –degeneração do disco intervertebral


Espondilolise – defeito na parte interarticular da lâmina ou arco vertebral
Espondilolistese – deslizamento de toda a vértebra ou parte dela, anteriormente

Diagnóstico comum, mas sem definição do diagnóstico diferencial e sem definição da


verdadeira patologia. Diagnóstico com base nos sintomas: tensão lombar; distensão
lombar; tensão lombossacral; distensão lombar com ciática; sacroileíte; espasmo
muscular; tensão muscular; patologia degenerativa discal; espondilites etc.
Acabam por definir sintomas comuns sem esclarecimento da causa verdadeira.
Mesmo se houver mesmo diagnóstico, ficar atento pois as características e
envolvimentos de outras articulações pode ser diferente.

Diagnóstico diferencial da dor lombar


Tensão musc. Hérnia discal Osteoartrose Estenose Espondilolist. Escoliose
Idade 20-40 30-50 Acima de 50 Acima de 60 20 30
Padrão da dor
Localização Poster. (uni) Post. (uni) Post. (uni) Pernas (bil) Posterior Posterior
Característica Aguda Aguda Incidiosa Incidiosa Incidiosa Incidiosa
Em pé Aumenta Diminui Aumenta Aumenta Aumenta Aumenta
Assentado Diminui Aumenta Diminui Diminui Diminui Diminui
Fl anterior Aumenta Aumenta Diminui Diminui Aumenta Aumenta
Ext MI dec. + +
Adaptado Magee, DJ.. Orthopedic Physical Assessment. 3ª ed. Saunders. 1997.
Herniação discal posterior de L4-L5, causada pela ruptura do anel fibroso posterior
Disco intervertebral normal Efeitos hipotéticos da lesão normal
Funcionamento Perda de função normal
1.absorção de choque 1.perda da capacidade de absorção
2.distribuição de forças 2.concentração anormal de forças
3.pivô para movimento 3.redução dos movimentos
4.estabilidade articular 4.redução inicial da estabilidade e
reposição por tecido fibrocartilaginoso
Estress Estress anorma
1. compressão 1. aumento da compressão pela perda da
2. tensão capacidade de absoção e distribuição
de forças
2. aumento de tensão no anel fibroso
posterior e ligamento longitudinal
posterior durante a flexão
Relações anatômicas Ruptura das relações anatômicas
1. longitudinal posterior 1. pressão sobre lig. Posterior pela
2. medula espinhal extrusão posterior
2. possível presão sobre a medula pelo
estreitamento do forame
Relações funcionais Ruptura das relações funcionais
1. articulações intervertebrais 1. espaço articular diminuído pode causar
2. processos espinhosos compressão no nível das facetas
durante a extensão
2. “pinçamento” dos processos
espinhosos

Adaptado de Norkin, CC. Articulações Estrutura e Função: Uma abordagem prática e


abrangente. 2ª edição Ed. Revinter. 2001.

Avaliação:
História
Caracterização da dor
Postura
Movimentos ativos – movimentos combinados
Testes:
1. sinal de Trendelenburg – apoio em uma perna, em flexão plantar. Quando
positivo, suspeitar de lesão na raiz de S1
º
2. teste de Lasegue – dor acima de 60 é de origem articular ou muscular. Dor antes
de 60º - teste positivo – compressão no trajeto do nervo ciático. Confirmação:
abaixa 5º, faz a dorsiflexão.
3. Slump test – flexão do tronco, cabeça, mãos atrás. Fazer a extensão do joelho e
dorsiflexão.
4. Teste do quadrante – em ortostatismo, realizar extensão com rotação o que vai
fechar o forame vertebral do lado da rotação. Detecta disfunção facetária através
do fechamento do forame.
5. Teste de Gillet – detectar se existe bloqueio da sacroilíaca. Polegar na EIPS, e
pede-se a flexão do joelho. O polegar deve deslizar inferiormente.
6. Manobra de Valsalva – dor com a pressão no caso de tumores ou hérnias

Tratamento:
Indicações: neurofisiológicas (normalmente associado à síndromes e mau
diagnóstico), mecânicas ( deformações mecânicas), alterações posturais, disfunções
(associado à má postura e inatividade),

Autores relacionados à história das mobilizações e manipulações: Still, Grieve,


Maitland, Paris, Kaltenborn, McKenzie, Cyriax, Sutherland.

Mobilização – oscilações rítmicas, repetidas, dentro das amplitudes de movimento,


utilizando movimentos acessórios, mas sem desencadear dor.
Manipulação – movimento brusco, rápido, no final da amplitude de movimento e
normalmente acompanhada de barulho.
Tração – combinação de distração e movimentos de deslizamento entre duas
superfícies articulares.
Técnicas de mobilização tecidual – envolvem alongamentos e massagens teciduais.
Tensão e contratensão – através do sistema proprioceptivo utilizando do reflexo
neuromuscular.
Técnicas funcionais – semelhante a técnica acima atuando próxima da posição
anatômica neutra, com movimentos fáceis e confortáveis.
Técnicas craneo-sacrais – sintomas relacionados pelo sistema da membrana da
duramater.

Fase Inicial: exercícios que centralizem a dor – extensão – flexão – correção dos
desvios laterais (em pé, lateral ao paciente, do lado oposto ao desvio).

Indicação para os exercícios em extensão: dor diminui na posição deitada e aumenta


quando sentado; flexão anterior aumentada a dor e está limitada; extensão centraliza
ou diminui a dor, mesmo que limitada.
Efeitos do exercício de extensão: redução da tensão neural; redução da carga sobre o
disco; aumento da força e resistência dos músculos extensores e interferência
proprioceptiva pela possibilidade de movimento.
Indicação para os exercícios de flexão: dor diminui na posição sentada e aumenta na
posição deitada ou de pé; flexão anterior alivia a dor; a curva lordótica não inverte
quando realiza TFP; hiperextensão é dolorosa ou aumenta a dor; tônus abdominal
alterado e força diminuída.
Efeitos do exercício de flexão: redução do estresse nas articulações facetárias;
alongamento da fáscia e musculatura toracolombar; abertura dos forames
intervertebrais; alívio da estenose do canal espinhal; melhora do efeito de
estabilização da musculatura abdominal; aumento da pressão intra-abdominal;
propriocepção pela possibilidade de mobilização.

Evolui com exercícios de mobilização e auto mobilização

Exercícios de estabilização – de quatro; na bola; semi-agachamento; transferência de


peso; deslizamento na parede. Promover a co-contração de abdominais e glúteos, e
abdominais e extensores lombares.

ARTICULAÇÃO SACRO-ILÍACA

Características: pouca mobilidade; extremamente reforçada por estruturas


ligamentares; não possuem músculos motores primários que promovam movimento
ativo.
Absorve e distribui forças, reduzindo o impacto do choque do calcanhar no momento
da marcha.

Avaliação:
Postural – altura da EIAS e EIPS e crista ilíaca
Palpação – ligamento sacrotuberal
Testes: Gillet (normal polegar abaixa)
Tuberosidade isquiosacral (normal movimento lateral)
TFP
Aproximação – decúbito lateral
Teste de pressão no eixo sacral – decúbito ventral
Teste do piramidal (piriforme) – decúbito ventral

Tratamento:
Abordagem de todo conjunto lombo-pélvico-sacral
Técnicas de mobilização e manipulação
Alongamentos específicos
Técnicas de contração muscular
Reforço muscular específico
Abordagem postural global
Ilíaco anterior Ilíaco posterior
EIPS alta EIPS baixa
EIAS baixa EIAS alta
Crista ilíaca alta Crista ilíaca baixa
Pubis baixo Pubis alto
Sacro horizontal Sacro vertical
Aumento da lordose – L4-L5 avança Diminui lordose – L4-L5 recua
Quadrado lombar + reto femoral Reto abdominal + isquiotibial
TFP com recurvato Glúteo máximo
Encurtamento adutores, sartório TFP com flexão do joelho

Ilíaco em fechamento (inflare) Ilíaco em abertura (out flare)


Coxofemoral baixa Coxofemoral alta
Sacro horizontal Sacro vertical
Crista ilíaca baixa Crista ilíaca alta
MI + curto MI + longo
EIAS baixa EIAS alta
EIPS baixa EIPS alta
Teste de alongamento – Teste de alongamento +
Teste de encurtamento + Teste de encurtamento –
Joelho valgo ou falso varo Joelhos varo ou falso valgo
Concavidade lombar Convexidade lombar
Adutor + obturador externo Tensor do fascia lata + sartório
Glúteo médio

Falso MI curto = ilíaco posterior + em fechamento

Falso MI longo = ilíaco anterior + em abertura

Verdadeiro MI curto = ilíaco anterior + em abertura

Verdadeiro MI longo = ilíaco posterior + em fechamento

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