Introdução
Introdução
Introdução
Objectivos
Objectivos específicos
Formulação de hipóteses
Importância do estudo
O presente estudo será realizado na empresa Angola Telecom, uma
empresa de telecomunicações e multimédia de Angola fundada em 1992, a
partir da fusão das empresas estatais Nacional de Telecomunicações
(ENATEL) e empresa pública de telecomunicações (EPTEL) que tem como
slogan ´´ Angola Telecom, um toque amigo´´
Actualmente, como ciência o conceito de Satisfação no Trabalho
envolve tanto aspectos físicos e ambientais como aspectos psicológicos do
local de trabalho.
No entanto falar sobre satisfação no trabalho poderá trazer um grande
interesse para a sociedade pois que todas as actividades visam a satisfação de
uma determinada necessidade; a satisfação no trabalho diz respeito a quão
bem uma pessoa se sente, ela está mais focada parcialmente no que o
indivíduo pensa e sente.
Para a Universidade e meio académico, poderá ser a qualquer
momento um material disponível em sala de aulas e não só para consulta e
esclarecimento sobre os mais variados aspectos em torno da satisfação no
trabalho, assim como os viésses inerentes ao tema;
Por último, também poderá ser de grande importância para a empresa
Angola Telecom, à medida que a mesma aproveitará a oportunidade para se
rever e perceber a forma como a satisfação é assimilada no seio de seus
trabalhadores.
Delimitação do estudo
1.2.8. Contexto
Nesta sala, havia um observador que tinha por função observar todos os
dados, tanto referentes a produção como também comentários ou o
posicionamento dos trabalhadores referentes ou não ao
trabalho( RODRIGUES,2008, p.37).As possíveis conclusões da primeira parte
da pesquisa realizada por MAYO foram: O trabalho e uma actividade grupal, a
necessidade de reconhecimento e segurança e senso de pertencer a algo são
mais importantes na determinação da moral do operário e da produtividade do
que as condições físicas sob as quais ele trabalha, os trabalhador são pessoas
cuja as atitudes e eficiência são condicionais pelas demandas sociais tanto
dentro como fora da fábrica (RODRIGUES, 2008,p.38).
A segunda parte da pesquisa foi a entrevista foi realizada com o intuito e
pretensões dos trabalhadores. De 1923 e 1930, foram entrevistados 21.126
servidores (TREWATH, NEWPORT, apud RODRIGUES, 2008,P.39).
Os entrevistados desenvolvem uma técnica chamada entrevista não dirigida
com pouca direcção dos entrevistadores, os empregados tinham permissão
para falar livremente, sem temor de represálias para si, colegas ou
supervisores. De facto, alguns entrevistados disseram que sentiam melhor
porque podiam falar a alguém que os escutava. Outros atribuíram melhores em
suas condições de trabalho as entrevistas.
Em 1932, por motivos económicos e psicológicos provocadas pela
recessão, os experimentos tiveram de ser paralisados, mas e incontestável a
grande relevância das contribuições de MAYO para o estudo do
comportamento humano e qualidade de vida no trabalho.
ABRAHAM MASLOW foi o primeiro a relacionar as necessidades humanas
num quadro teórico abrangente na sua teoria da motivação humana, baseada
numa hierarquia das necessidades humanas básicas (LOPES apud
RODRIGUES, 2008,p.40) A hierarquia das necessidades de MASLOW e
composta por cinco necessidades fundamentais, quais sejam: Fisiológicas,
segurança, auto-estima, e auto-realização, segundo (MASLOW apud
ROBBINS).
De acordo com MC.GREGOR (1980 apud RODRIGUES, 2008, p.42) o
trabalho oferece poucas oportunidades de satisfação das necessidades
egoístas, principalmente para as pessoas situadas nos níveis inferiores da
hierarquia. As necessidades egoístas são aquelas que englobam a auto-estima
(auto-respeito e confiança, autonomia, realização, competência e
conhecimento) e a própria reputação (´´ status´´, reconhecimento e aprovação).
Um dos maiores prelúdios do estudo da satisfação no trabalho foi a
experiência de Hawthorne. Estes estudos (1924-1933), acreditando
principalmente a ELTON MAYO da Harvard Business School, procuraram
encontrar os efeitos de diferentes condições, sobretudo de iluminação sobre a
produtividade dos trabalhadores. Estes estudos mostraram que, em ultima
instância, novas mudanças no trabalho condições temporariamente aumento
da produtividade (o chamado Hawtorne effect). Foi encontrado mais tarde que
este aumento resultou, não de novas condições, mais a partir do conhecimento
do ser observado. Este achado fornecido fortes evidências de que as pessoas
trabalham para outros fins e não pagam, que preparou o caminho para os
pesquisadores a investigar outros factores de satisfação no trabalho.
O Taylorismo também teve um impacto significativo sobre o estudo de
satisfação no trabalho. O livro de Frederick Winslow Taylor, princípios de
gestão científica, argumentou que não havia uma única melhor maneira de
executar qualquer trabalho-tarefa.
Este livro contribuiu para uma mudança na produção industrial filosofia,
causando uma mudança de trabalhadores qualificados e peças para a mais
moderna abordagem de linha de montagem e hora-salário. A utilização inicial
de gestão cientifica de industriais fortemente o aumento da produtividade,
porque os trabalhadores eram obrigados a trabalhar em um ritmo mais rápido.
No entanto, os trabalhadores ficaram exaustos e insatisfeitos, deixando assim
com novos investigadores para responder a perguntas relativas a satisfação no
trabalho.
Segundo SIQUEIRA (2008, p.266) A satisfação no trabalho pode ser
entendida como um resultado do ambiente organizacional sobre a saúde do
trabalhador.
SPECTOR (2005) define a satisfação no trabalho como uma das
principais tarefas realizadas pelos psicólogos organizacionais e avaliar o nível
de satisfação dos trabalhadores e assim auxiliar as empresas a tomarem
medidas para optimizar esses níveis.
Na concepção de LOCKE (1976, p.1300) caracteriza a satisfação no trabalho
como estado emocional positivo ou de prazer resultante de um trabalho ou
experiência de trabalho.
De acordo com CONTE(2003), a busca mais antiga do ser humano e a
felicidade. Porém, para ser feliz e necessário ter saúde, sentir satisfação
própria com seu trabalho, e tudo isso corresponde a qualidade de vida.
Para FRASER(1983) satisfação no trabalho eum fenómeno complexo e de
difícil definição, não por tratar de um estado subjectivo, mais também por suas
variações entre os indivíduos e situações, e ao longo do tempo para a mesma
pessoa.
Na reflexão de CURA(1994) satisfação no trabalho e um comportamento
humano no ambiente de trabalho que vem amplamente estudado nos últimos
tempos destacando-se a satisfação no trabalho que ocorre da influência que a
mesma pode exercer sobre o trabalhador.
MARTINS (1984, p.42), defende que a satisfação no trabalho e uma atitude
relactiva a Filosofia do trabalhador acerca da cooperação com a gerência e de
sua visão de seus próprios.
CODAC (1986, p.10) considera a satisfação no trabalho como um estado
psicológico percebido pelo individuo sobre ate que ponto as actividades
desenvolvidas por ele no trabalho atendem, ou faltam entendimento de valores
que para ele são considerados como importantes.
“Satisfação no trabalho é um sentimento agradável que resulta da percepção
de que nosso trabalho realiza ou permite a realização de valores importantes
relativos ao próprio trabalho”, (WAGNER; HOLLENBECK, 1999, P.119) Sendo
os três componentes chaves em nossa definição no trabalho: valores,
importância e percepção.
Satisfação no trabalho também pode ser entendida como o acto ou
efeito de satisfazer, alegria ou seja, ocupação e obra bem executada,
pagamento e resoluções dos organismos a executar.
Em ênfase LOCKE (2006, apud ROBBINS, 2005), definiu estas três
chaves como sendo os valores em termos daquilo “que uma pessoa deseja
obter consciente ou inconscientemente”. Diferem-se assim os valores das
necessidades, sugerindo que esta última é mais bem concebida como
“exigências objectivas” do corpo, essenciais à manutenção da vida, como a
necessidade de oxigénio e água e que por outro lado, os valores são
“exigências subjectivas”, existentes na mente do ser humano.
O segundo componente da satisfação no trabalho é a importância. As
pessoas não diferem apenas valores que defendem, mas na importância que
atribuem a esses valores, e essas diferenças são cruciais na determinação de
seu grau de satisfação. Por exemplo, uma pessoa pode valorizar mais um
trabalho que permita viajar bastante, em contra partida, outro indivíduo se
interessa mais por um trabalho que seja mais rotineiro e sem fortes emoções.
O último componente importante de nossa definição de satisfação no trabalho é
a percepção.
A satisfação está baseada em nossa percepção da situação atual em
relação aos nossos valores. As percepções podem não reflectir com precisão
total a realidade objectiva, por isso, quando a mesma não ocorre deve-se dar
importância para a percepção que o indivíduo tem da situação e não para a
própria situação (LOCKE, 1984).
1.2.8.1. Motivação
Abraham Maslow Teoria da Hierarquia A Satisfação a partir das Cinco necessidades básicas:
(1954) das Necessidades necessidades humanas fisiológicas (fome, sede e sexo);
segurança (proteção); sociais (afeto,
amizade); estima (amor próprio,
autonomia) e autorealização.
Frederick Herzberg Teoria Motivação A Satisfação a partir do Dois fatores, um capaz de produzir
(1959) Higiene enriquecimento do insatisfação (higiênico) e outro que
cargo produz satisfação (motivacional).
Douglas McGregor Teoria X e Teoria Y Uma proposta de Duas visões sobre o ser humano em
(1960) Satisfação no Trabalho relação ao trabalho, uma negativa,
onde os empregados fariam de tudo
para evitar o trabalho (Teoria X) e
outra positiva, onde trabalho pode
ser associado a lazer (Teoria Y).
1.2.8.2. Satisfação
1.2.10. Agentes
1.2.12.1. Comportamento
1.2.15. Teorias
Da mesma forma que não existe uma única definição de satisfação no trabalho,
também nas teorias e modelos encontramos uma panóplia de ideias que se
complementam, cada autor tem a sua própria abordagem, tendo todas elas a
sua relevância no estudo da satisfação no trabalho:
A teoria clássica é das primordiais, foi defendida por Frederick W. Taylor (1911)
e de acordo com Abdulla J. M. (2009) este engenheiro mecânico destacava a
importância dos motivos materiais na satisfação do trabalho, relegando a
importância dos aspetos humanos. Segundo Taylor (1911), o homem age
racionalmente e toma as decisões que lhe permitam maximizar a recompensa
financeira. Esta teoria é comprovada por diversos estudos que se foram
Realizando ao longo dos anos, no entanto não pode ser considerada como
importância única na satisfação no trabalho. Daqui derivam outras teorias
defendidas por autores que abordaram diferentes perspectivas.
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CHIAVENATO, Idalberto.Introdução à teoria geral da administração. 2. ed. Compacta. Rio
de Janeiro: Campus, 2000. (Edição compacta).
Esta teoria, formulada por ARGYRIS nos anos 1960-1970, considera que o
desenvolvimento ou crescimento do indivíduo no trabalho depende das
condições que a organização lhe oferece e a organização cria papéis e
situações que mantêm a imaturidade dos empregados visando adaptá-los ao
trabalho, o que frustra seu desenvolvimento e os impede de alcançar plena
satisfação no trabalho (ARGYRIS, 1969). Esse autor propõe mudanças a
serem incorporadas nas organizações que possibilitem o desenvolvimento do
empregado, partindo da imaturidade para chegar à maturidade, onde esse
empregado seria mais participativo, independente, com interesses mais
profundos, comportamento mais complexo e consciência e controle sobre si
(ARGYRIS, 1969). Nesta proposta de mudanças organizacionais "está implícita
a ideia do homem valorizado e identificado com os objetivos da organização,
possibilitando, desta maneira, alto grau de satisfação no trabalho e maior
produtividade" (PEREZ-RAMOS, 1980, p. 61).
Este modelo, concebido e desenvolvido por LOCKE a partir dos anos 1970,
tem seu fundamento na concomitância dos "valores" (importância que a pessoa
atribui à meta que deseja alcançar) e das "metas" (o objectivo desejado), que
são os impulsores que levam o indivíduo a agir (desempenho), obtendo
resultados (satisfação) que irão servir como feedback (reforço) para a
atribuição dos valores (PEREZ-RAMOS, 1990).
Nesta perspectiva teórica, o trabalho não seria uma entidade, mas uma
interação complexa de tarefas, papéis, responsabilidades, relações, incentivos
e recompensas em determinado contexto físico e social. E, por isso, o
entendimento da satisfação no trabalho requer que o trabalho seja analisado
em termos de seus elementos constituintes, e onde satisfação no trabalho
global é o resultado da satisfação com diversos elementos do trabalho
(LOCKE, 1969, 1976). Embora existam diferenças individuais significativas em
relação ao que os trabalhadores querem de seus trabalhos, também existem
grandes semelhanças entre os fatores causais da satisfação no trabalho
(LOCKE, 1984).
Dos diversos referenciais teóricos aqui resumidos, nem todos são exclusivos
ou específicos sobre satisfação no trabalho e alguns contemplam a satisfação
em suas relações com a motivação, identificação com o trabalho, produtividade
e/ou qualidade de vida. Alguns modelos detêm-se na experiência do indivíduo,
outros na avaliação da probabilidade de consequências, outros nas
características subjectivas e necessidades individuais, outros no meio ou
entorno social e outros na situação de trabalho, sendo que todos eles
contribuem para uma melhor compreensão da satisfação no trabalho. Porém,
como este fenómeno está situado no campo das subjectividades, seria muito
difícil, se não impossível, encontrar padrões universais para este fenómeno
(SILVA, 1998).
É importante enfatizar ainda que, embora as respostas sejam individuais, existe
uma semelhança entre o que o conjunto dos trabalhadores quer ou espera de
seu trabalho (HENNE&LOCKE, 1985), o que permite que um determinado
referencial teórico seja utilizado tanto para estudos com abordagem qualitativa,
como em estudos com abordagem quantitativa, epidemiológica.
Teoria da Equidade
Equidade: pode ser definida como relação entre a contribuição que o indivíduo
dá em seu trabalho( com o esforço ou a habilidade) e as que recebe (como o
pagamento ou a promoção) comparada com as recompensas que os outros
estão recebendo por contribuições semelhantes.(STONER E
FREEMAN,1999,p.330).
Teoria da discrepância
é o mesmo que discordância ou desigualdade, quando determinada coisa é
comparada com outra, por exemplo:
Quando se diz que há uma discrepância entre duas ou mais partes, significa
que estas não concordam entre si, apresentando pensamentos ou opiniões que
são diferentes e divergentes uma das outras. O mesmo acontece no ambiente
de trabalho, quando determinados colegas não chegam a um
acordo(CLARAARAUJO, 2005).
são eventos que acontecem no local de trabalho. Ser um bom profissional não
envolve apenas a maneira como o indivíduo age no seu ambiente de trabalho.
Seu comportamento nos eventos e festas da empresa também fará parte da
imagem que constroem do indivíduo. A seguir, confira certos aspectos sobre
como se comportar em eventos do trabalho e saiba exatamente qual é a forma
certa de se portar: INFO PESSOAL,2008.
As roupas que o funcionário costuma usar para ir a festas com seus amigos
provavelmente não são adequadas para um evento com colegas de trabalho.
Tentar não vestir nada que seja curto ou decotado demais. Se o funcionário
usa roupas sociais no trabalho, elas são uma boa opção. INFO PESSOAL,
2008.
Controlar a bebida
Já que trabalhador estará com colegas do trabalho e até com seu chefe, deve
estabelecer um limite para beber. Para não passar uma má imagem e o álcool
pode causar efeitos negativos no seu comportamento. Se possível, a melhor
opção é não beber. INFO PESSOAL, 2008.
Ser proativo
Apresente-se às pessoas e procure iniciar conversas. É normal e até
aconselhável que o indivíduo fale sobre assuntos que não envolvam o trabalho.
Atenção: mantenha distância de quaisquer conflitos.
Chegar cedo a eventos da empresa é uma ótima atitude para mostrar que o
indivíduo deseja interagir com seus colegas de trabalho. Mas tem de se tomar
cuidado para não ser o primeiro a ir embora, já que isso pode passar a
impressão de que a pessoa não está gostar de lá estar. Sair muito tarde
também não é recomendável. INFO PESSOAL, 2008.
Este estudo teve como base a pesquisa do tipo quantitativa que segundo
Richardson (1999,p.56), a pesquisa quantitativa é caracterizada pelo emprego
da quantificação, tanto nas modalidades de colecta de informações quanto no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas.
Optei por utilizar a pesquisa descritiva, sendo ela uma pesquisa que
tem por premissa buscar resolução de problemas, melhorando as práticas por
meio de observação, análise e descrição de objectivos, através de entrevistas
com peritos para padronização de técnicas e validação de conteúdo (THOMAS;
NELSON; SILVERMAN, 2009).
Escolhi esta pesquisa visto que a mesma permite fazer a observação
dos dados, registar e analisar os fenómenos que estão na base da colecta de
informação.
ELOVAINIO,M.KIVIMAKI,M.STEEN,N. e KALLIOMAKI-LEVANTO,T.
Organizational and individual factors affecting mental health and job
satisfaction: a multilevel analysis of job control personality. Journal of
occupational health Psychology, 2000.
LOCKE, E.A. What is the job satisfaction? Organizational behavior and human
performance,1976.