A Teoria Dos Dois Factores de Frederick Herzberg2222

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Índice

I. Introdução...............................................................................................................................2

1. Objectivos..............................................................................................................................3

1.1. Objectivo geral................................................................................................................3

1.2. Objectivos específicos.....................................................................................................3

2. Metodologia...........................................................................................................................3

3. A motivação...........................................................................................................................4

3.1. Conceito de motivação....................................................................................................4

3.2. Teorias da Motivação baseada na teoria dos dois factos.................................................5

4. A Teoria dos Dois Factores de Frederick Herzberg...............................................................5

4.1. Factores Higiénicos.........................................................................................................6

4.2. Factores Motivacionais....................................................................................................7

II. Conclusão..............................................................................................................................8

III. Bibliografia..........................................................................................................................9
I. Introdução
O presente intitulado ̋ Teoria dos dois factores baseando-se na motivação ̏ Herzberg define
que o factor higiénico é determinante para satisfazer os funcionários, quando eles são
atendidos, evitam a insatisfação no ambiente de trabalho evitando a desmotivação. Para os
factores motivacionais trás o conceito de promover a satisfação com o trabalho que os
funcionários realizam e, quando estão ausentes geram a não satisfação, a desmotivação.

A motivação é considerada o núcleo central da performance e havendo uma relação directa


com a eficácia organizacional, a motivação para o trabalho passa a ser uma preocupação
central nas organizações e torna-se uma questão prioritário para os gestores de recursos
humanos.

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1. Objectivos

1.1. Objectivo geral


Analisar a teoria dos factores de Frederick Herzberg.

1.2. Objectivos específicos


Identificar os factores higiénicos e motivacionais;

Identificar o nível de satisfação dos factores higiénicos e motivacionais numa organização

2. Metodologia
Este trabalho está fundamentado na Teoria dos Dois Factores, de Frederick Herzberg (1959),
e se limita a analisar o grau dos factores higiénicos e os factores motivacionais.

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3. A motivação

Após a leitura de vários trabalhos feitos no campo da motivação e satisfação no trabalho foi
possível constatar que não existe um consenso sobre à definição de motivação e satisfação. A
ambiguidade em torno dos dois conceitos parece reflectir-se nas definições e nas abordagens
teóricas que os autores propõem. Segundo Martinez e Paraguay (2003cit in Lopes, 2012) e
Peiró e Prieto (1996cit in Romão, 2011) esta falta de unanimidade em distinguir os dois
conceitos, reside nas metodologias utilizadas, nos instrumentos utilizados, para estudar os
mesmos e também na definição desenvolvida pelo autor que apenas a orienta para a sua
própria pesquisa.
Apesar da ambiguidade e falta de consenso, o presente trabalho adoptará como conceito
chave à motivação, ou seja, “relacionada com o sistema cognitivo, pois leva o indivíduo a ter
vontade para agir e fazer algo e bem feito, (Saavedra, 1998 cit in Lopes,2011:2).
No presente capítulo serão abordados os conceitos de motivação, procurando apresentar a
visão apresentada pelos autores. Seguidamente, efectua-se a revisão das teorias de motivação
(teoria de conteúdo e processo).
Para entender o raciocínio proposto por Herzberg (HERZBERG, MAUSNER e
SNYDERMAN,1959) é preciso ter claro que, dentro de sua linha de pensamento e com
perspectiva do comportamento humano, o antónimo de insatisfação não é necessariamente
satisfação. O inverso de insatisfação pode ser nenhuma insatisfação. O mesmo é válido para a
Satisfação que pode ter como oposto nenhuma satisfação.

3.1. Conceito de motivação

Como foi possível constatar através da revisão da literatura, definir o conceito de motivação,
acaba por ser uma tarefa difícil, visto que, a motivação é um campo teórico que permeia todas
as correntes psicológicas, convergindo assim, atenção de várias áreas da psicologia, e
sobretudo da psicologia das organizações (Lobato Neves, 2002). Contudo de um modo geral,
motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos,
que dá origem determinado comportamento específico. Esse impulso à acção pode ter origem
em estímulos externos (ambiente) e pode por sua vez, ser originado internamente nos

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processos mentais do indivíduo. Assim sendo, é possível aferir que a motivação encontra-se
associada a um processo cognitivo.
Segundo o autor Simpson (1993 cit in Lopes, 2012:2),“ a motivação é tudo aquilo que move
às pessoas a fazerem qualquer coisa. Por outras palavras, é o que as leva a empenharem-se
com dedicação, esforço e energia naquilo que fazem”. Para este autor “a motivação positiva
ocorre quando às pessoas visam satisfazer um impulso e termina quando se é «obrigado» a
cumprir algo que é imposto”.
Herzberg em seus estudos indicou que factores relacionados ao conteúdo do cargo ou com a
natureza das tarefas desenvolvidas pelo indivíduo são factores de satisfação (motivadores),
por outro lado, os factores determinados pelo ambiente que permeiam o indivíduo e ligados a
condições dentro das quais desempenha seu trabalho são factores que apenas previnem a
insatisfação (manutenção ou higiénicos).

3.2. Teorias da Motivação baseada na teoria dos dois factos

Para se explicar o comportamento dos trabalhadores em contexto laboral tem sido


desenvolvido um conjunto de teorias sobre a motivação sob diversas perspectivas (Lobato
Neves, 2002). As teorias da motivação evoluíram com o decorrer do tempo. As primeiras
centravam-se nalgumas necessidades elementares (inconscientes, instintivas, etc) inerentes ao
indivíduo, sem distinguir as necessidades relacionadas com a satisfação das relacionadas com
a motivação. Porém, as teorias de hoje interessam-se mais pelos factores, pela sua dinâmica e
pelos objectivos conscientes que se estabelecem aos trabalhadores para progredirem no plano
profissional (Sekiou et al., 2001).
Segundo Rocha (2010) é artificial organizar as teorias da motivação por categorias.
Contudo, os manuais costumam distinguir em teorias de conteúdo (contente theories) e
teorias de processo (process theories).

4. A Teoria dos Dois Factores de Frederick Herzberg


Herzberg foi um dos mais influentes psicólogos de todos os tempos, principalmente no
campo de gestão empresarial. Nasceu em 18 de Abril de 1923 e morreu em 18 de Janeiro de
2000.

Durante a década de 50, Frederick Herzberg desenvolveu a teoria dos dois factores como
motivação das atitudes de trabalho. Ele iniciou seu estudo realizando uma pesquisa com mais

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de 200 engenheiros e contadores, representando a indústria de Pittsburgh, que era na época
um centro de indústrias pesadas, principalmente a base de produção e fabricação de metais.

Herzberg formulou sua teoria após entrevistar profissionais da área industrial de Pittsburgh.
Essas entrevistas tinham como objectivo identificar os factores que determinavam, no
ambiente de trabalho, o grau de satisfação ou insatisfação dos trabalhadores. Hoje são
realizadas, em muitas empresas, as chamadas Pesquisas de Satisfação, na qual os directores
de Recursos Humanos aplicam nos colaboradores um questionário que vem a mensurar os
factores que agradam e que os desagradam, em sua visão, ou seja, os factores que os fazem
felizes ou infelizes no desempenho diário de suas funções.

Na entrevista, pedia-se aos colaboradores que pensassem num momento de suas vidas em que
se sentiram especialmente bem e, em outro momento, que descrevessem períodos de suas
vidas em que se sentiram especialmente mal com relação ao seu trabalho, e a partir destas
histórias, podia-se descobrir os tipos de situações conducentes a atitudes positivas ou
negativas em relação ao emprego e os efeitos destas atitudes.

Verificou-se, praticamente, que nenhum dos entrevistados teve alguma dificuldade em


responder estas questões.

Os primeiros factores foram classificados como “higiénicos” e os segundos como


“motivados” (Quadro1).

Quadro 1-Teoria de Herzberg – Factores Higiénicos versus Factores Motivadores

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4.1. Factores Higiénicos
Factores extrínsecos, ou seja, que não pertencem à essência de uma coisa ou pessoa
localizam-se no ambiente em que o indivíduo está inserido e trata das condições dos que vêm
a desempenhar suas funções. São administrados e decididos pela organização. Abrange
condições de trabalho, salário, benefícios, políticas internas da empresa, regulamentos, clima
organizacional, relacionamento interpessoal, segurança, status, etc.

Seguindo a visão de Herzberg, em um olhar mais simplista, esses factores higiénicos são o
que os colaboradores podem chamar de “o mínimo que a empresa pode oferecer para esperar
os mínimos resultados”, pois quando eles são excelentes apenas, têm o efeito de evitar que
haja insatisfação e, sendo assim, quando a empresa os melhora, dificilmente consegue manter
esse nível por um longo tempo. As pessoas ficam insatisfeitas em um ambiente de trabalho
ruim, mas dificilmente ficam plenamente satisfeitas em um bom ambiente de trabalho. Em
contrapartida, a insatisfação compromete todo o ambiente de trabalho se esses factores forem
insuficientes.

4.2. Factores Motivacionais


Factores intrínsecos, ou seja, que estão dentro de uma coisa ou pessoa, que lhe é próprio,
íntimo. Nesse caso, é relacionado com o que o colaborador faz e desempenha na organização,
com a natureza das acções que ele executa e o conteúdo de seu cargo. Isso traz a necessidade
de reconhecimento profissional, crescimento pessoal e profissional, dependendo das tarefas e
acções que esse colaborador realiza em sua rotina de trabalho.

Diferente dos Factores Higiénicos, não entendemos os Factores Motivacionais como “o


mínimo que a empresa pode oferecer”, pois estes se referem mais ao nosso íntimo. Nada é
mais prazeroso que o reconhecimento positivo de nossas funções profissionais e,
principalmente, o autor reconhecimento, quando sabemos de nossa real importância dentro da
empresa na realização de nossas funções e, sobretudo, sendo apreciado por colegas e
superiores.

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II. Conclusão
Os estudos de Herzberg levaram a conclusão que os factores que influíam na produção de
satisfação profissional eram desligados e distintos dos factores que levaram a insatisfação
profissional. Assim, os factores que causavam satisfação estão relacionados a própria tarefa,
relações com o que ele faz, reconhecimento pela realização da tarefa, natureza da tarefa,
responsabilidade, promoção profissional e capacidade de melhor executá-la.

Por outro lado, constatou-se que os factores causadores de insatisfação são factores
ambientais, isto é, externos à tarefa, tais como: tipo de supervisão recebida no serviço,
natureza das relações interpessoais, condição do ambiente onde o trabalho executado e
finalmente o próprio salário.

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III. Bibliografia
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 11ª ed. Rio de Janeiro: Pearson
Prentice Hall, 2005.

VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2005.

BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.

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