Marketing Político

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1 - RESUMO DO RESUMO (AINDA NÃO TEM)

2 - RESUMO
CAPÍTULO 1 – O QUE É O MARKETING POLÍTICO?
INTRODUÇÃO
Estudar o marketing político vai nos permitir compreender um pouco mais sobre o que está por trás de
tudo o que vemos nas campanhas eleitorais. Irá nos permitir, ainda, entender o papel das assessorias de
marketing político, os desafios dos candidatos e o papel da ética
dentro do marketing

O QUE É MARKETING POLÍTICO?


“um candidato político deve ser lapidado como um bom produto a ser vendido ao mercado”
BREVE HISTÓRIA
As constantes mudanças na maneira de se exercer a política fazem com que a empreitada
do marketing nesta atividade torne-se complexa e arriscada. Ao mesmo tempo, sua
presença torna-se cada vez mais necessária. Essas mudanças podem ocorrer no âmbito
social, cultural, político, econômico, governamental e psicológico, como também na
esfera da concorrência caracterizando o ambiente de marketing político .
Toda campanha política necessita de uma vasta equipe com profissionais preparados,
onde cada passo é uma nova criação.
Todo político deve ser muito bem assessorado. Um candidato preparado para as
maratonas eleitorais deve conseguir responder aos três principais questionamentos do
marketing político: Qual produto estou oferecendo? Quais ideias estou transmitindo?
Qual a percepção que meus possíveis eleitores estão tendo de minhas ações?

As campanhas de improviso perderam espaço para as campanhas planejadas, com a descentralização de


poder do candidato (Era Vargas e eleições de 1989)

“... um esforço planejado para se cultivar a atenção, o interesse e a preferência de um mercado de


eleitores, é o caminho seguro para o sucesso de quem deseja vencer na política”
“... marketing político como sendo o estudo de todas as variáveis que envolvem o mercado eleitoral e
que se constitui na ferramenta indispensável para a viabilização de uma prática política” (internet-
comunicação políticos/eleitores [americanização do MKT político])

O DISCURSO DA ÉTICA (conduta humana)


Os princípios éticos de uma sociedade evoluem (e assim deve ser), seguindo os valores
morais que sofrem mutação conforme as mudanças econômicas, tecnológicas e
sociais. (política-organização da vida)-atingir uma sociedade livre e justa respeitando a ética
marketing político ético:
é aquele que observa a verdade e a solução real para as necessidades e os conflitos dos diversos
conjuntos de pessoas que formam a nação.
A forma mais apropriada de ganhar a confiança de um eleitor é através da mensagem e esta deve ser
verdadeira, leal aos princípios do candidato, com projetos possíveis de serem executados, sem atingir a
honra e o caráter de outro candidato. (a ética envolve quem faz e quem paga a propaganda)

O CANDIDATO E SEUS DESAFIOS (carisma e capacidade de articulação)


É por meio do carisma e da sua capacidade de articulação que o candidato amplia o
alcance de sua influência na política eleitoral, sobretudo em seus contatos e aparições
pessoais e por intermédio dos aliados numa espécie de efeito cascata
É possível captar e conquistar eleitores de diversas formas como a utilização adequada
dos veículos de comunicação de massa e até mesmo com o oferecimento de favores
(clientelismo). Todavia, o contato pessoal do candidato ainda é imprescindível. É muito
importante também atrair lideranças e populares como forma de consolidar, proteger e
manter preenchidos os territórios (redutos), contra as investidas dos seus adversários.
O grande desafio de um candidato vai muito além de construir uma boa imagem, usando
seu carisma. É necessário que ele saiba falar o que o público quer ouvir (porém, com
verdade), se impor perante seus concorrentes, agradar às diversas classes sociais e se
fazer visível perante o público.
DESAFIOS:
• Definir, com base em pesquisa de mercado, um tema para o candidato em torno do
qual o interesse do eleitor será construído.
• Identificar os principais problemas e a maneira como são encarados e sentidos pelos eleitores.
• Excluir os conceitos não desejados em razão da personalidade e dos antecedentes
do candidato.
• Testar o conceito escolhido através de pesquisas periódicas.
• Decidir sobre a adoção de mais de um conceito, sendo um principal e outro, ou
outros, secundários, desde que plenamente compatíveis.
Responder anseios da classe média

AS ACESSORIAS DE MARKETING E SEUS CANDIDATOS


O marketing político tem como objetivo principal influenciar o comportamento mercadológico do
eleitor, ou seja, influenciar na escolha do candidato durante o período
eleitoral. Todo candidato precisa entender que seus eleitores são clientes. Assim, para se destacar, o
candidato precisa reter a atenção deste público, através de mensagens e ações criativas, chamativas e
verdadeiras
O candidato precisa criar canais de diálogo com o público e, acima de tudo, desenvolver uma
comunicação eficiente. Para que cada uma destas tarefas seja feita da melhor forma possível é que
entram em cena as assessorias de marketing político
Muitos candidatos se perdem em seus discursos ou não emitem confiabilidade através do olhar e das
palavras. Para isso as assessorias de marketing preparam seus clientes com auxílio das técnicas de
oratória, postura corporal apropriada para cada situação, usar o vocabulário apropriado para cada
público, a hora de falar sobre cada assunto, o uso correto da gramática. Outra ação das assessorias é a
formatação das propostas dos candidatos: boas ideias devem ser bem expressadas e muitas vezes, se
são expostas de forma errônea, geram efeito contrário e a proposta do candidato acaba sendo
desprezada pelos eleitores. Logo, é necessário que especialistas captem os projetos dos candidatos e os
transformem em propostas simples e objetivas, fáceis de serem comunicadas e capazes de atrair a
atenção de qualquer eleitor.
Durante o período eleitoral a vida de um candidato é exposta em seus mínimos detalhes, seja de forma
intencional ou através do ataque de um concorrente. Por isso, é necessário que toda a equipe envolvida
na eleição fique atenta à todas as informações que estão sendo divulgadas nas mídias sobre seu cliente.
Elaborar um Clipping (processo de agrupar informações de diversas mídias sobre determinado assunto
para maior domínio dos elementos) é a melhor forma de se controlar as informações, responder
dúvidas, reagir a ataques e manter o eleitor informado. Ainda neste pensamento, cabe ao assessor do
político gerenciar as redes sociais.

As redes sociais, hoje, são instrumentos capazes de influenciar opiniões, gerar simpatia
ou repúdio a determinado fato ou pessoa.
Nestas redes sociais é possível que o assessor interaja com os eleitores, responda a dúvidas, divulgue
eventos, intervenha em assuntos que envolvam o nome de seus clientes.
A assessoria de marketing político é responsável pela gestão total da imagem do político,
que envolve desde o corte de cabelo, passando pelo vestuário e cuidado de cada passo do
candidato. Todas estas ações visam gerar segurança, confiança, credibilidade e presença
ao cliente da assessoria.
Situações não previstas-contornar crises que envolvam o candidato
O que faz com que um eleitor decida por um ou outro candidato é a imagem deste, suas propostas e a
segurança que o público percebe em suas falas (mensagem-atuação)
A imagem planejada de um candidato deve conceituar adequadamente sua maneira de se vestir, seus
modos, suas declarações e o conjunto das suas ações. O objetivo é que o candidato tenha uma aparência
e um comportamento que correspondam à percepção e aos desejos do eleitor. Ter em conta o marketing
político é criar as condições para que as ideias naveguem e os objetivos sejam alcançados.

CAPÍTULO 2 – A PROPAGANDA ELEITORAL


INTRODUÇÃO
O objetivo da propaganda eleitoral é amplificar a mensagem do candidato e também sua projeção social.
O Marketing político se vale de todos os meios e instrumentos disponíveis para alavancar e maximizar a
comunicação do seu candidato. Seu único limitador é, obviamente, a verba disponível.
Ao longo do período eleitoral, todos os candidatos ganham um perfil de peso de autoridade. Mesmo que
não seja famoso ao entrar nas eleições, somente a projeção social da candidatura já é o suficiente para
lhe dar uma “força”. Obviamente que este efeito é circunstancial e efêmero, mas ainda sim, verdadeiro
por um determinado período de tempo.
Toda a parafernália que enriquece a mídia eleitoral serve para um objetivo - preencher os vácuos da
presença do candidato. Obviamente, aquele que tenta ser eleito não consegue apertar as mãos de todos
aqueles dos quais pretende ganhar votos. Quanto maior fica a quantidade de eleitores a serem
atingidos, maior é a necessidade de preencher este vácuo.

Neste sentido, a mídia tem papel fundamental, e a campanha de sucesso é aquela que consegue
reproduzir melhor o impacto das relações interpessoais entre o candidato e
o eleitorado. As imagens de pessoas de diferentes raças, por exemplo, passam uma mensagem de que o
candidato não tem preconceito. Quando o candidato aparece na televisão abraçando uma empregada
doméstica, ou um motorista de ônibus, a mídia está tentando dizer que o candidato abraça todos os
indivíduos daquela categoria.

SIMBOLISMO: cores, conteúdo, mensagens, trilhas sonoras


Neste sentido, podemos afirmar que todos os gestos, expressões, o tom de voz e a
maneira de se posicionar, concorrem para atingir um objetivo - criar uma obra-prima,
que é a imagem do candidato ideal, digno e merecedor do voto.

O poder atribuído a cada veículo de imprensa, em situações normais, é proporcional


ao número de pessoas que consegue atingir, medido pela tiragem e circulação ( jornais,
revistas) ou pelos índices de audiência (televisão, rádio). Pela análise das faixas de público
onde tenham maiores índices de concentração de audiência, temos sua penetração, que
dá o aspecto qualitativo do poder que os veículos exercem.
O efeito da mídia é maior que o da mídia impressa

LEGISLAÇÃO BÁSICA VIGENTE PARA PROPAGANDA ELEITORAL


A propaganda eleitoral, inclusive pela Internet, somente será permitida a partir do dia 06 de julho e
será proibida desde quarenta e oito horas antes e até vinte e quatro horas depois do dia do pleito; quer
mediante rádio, televisão, comícios ou reuniões públicas.
OBRIGATÓRIO: Mencionar, sempre, a legenda partidária.
Ser feita em língua nacional. Na propaganda para eleição PROPORCIONAL cada partido usará apenas a
sua legenda sob o nome da coligação.
Permitido: inscrever nas fachadas das suas sedes e dependências, o nome da urna eletrônica,
Auto-falantes ou amplificadores de voz, comícios com som > propaganda eleitoral não depende de
licença da polícia
Faixas, placas, cartazes em bens com autorização do possuidor
Folhetos, volantes, impressos, cartazes, bonecos, bandeiras
Aos partidos e coligações é proibido:
• Realizar showmício ou evento assemelhado para promoção de candidato.
• A apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício
e reunião eleitoral. A veiculação de telão passando títulos de DVD’s.
• A confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização,
de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou qualquer outro
bem ou material que possa proporcionar vantagem ao eleitor;
• Empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública,
estados mentais, emocionais ou passionais.
• A realização de qualquer propaganda política mediante rádio, televisão, comícios ou
reuniões públicas, inclusive a realização de debates, desde as quarenta e oito horas
antes até vinte e quatro horas depois das eleições; .
• Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público, ou que a ele
pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização
de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos
urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza
• É proibida, ainda, a veiculação de propaganda eleitoral em: ônibus, táxi,
banca de jornal, orelhão, cabine telefônica, clubes, lojas, bares, restaurantes,
cinemas, centros comerciais, shoppings, ginásios, estádios, igrejas, hospitais,
entre outros. A proibição permanece, mesmo sendo os bens de propriedade privada.
• A fixação de propaganda com arames em locais de trânsito de pedestres
• Nos programas de rádio e televisão, destinados à propaganda eleitoral gratuita de
cada partido ou coligação, não poderão participar qualquer cidadão filiado a outro
partido ou a partido integrante de outra coligação, como também a participação de
qualquer pessoa mediante remuneração.
• Nos programas de rádio e televisão, destinados à propaganda eleitoral gratuita de
cada partido ou coligação, no segundo turno das eleições, será proibida a participação
de pessoas filiadas a partido que tenha formalizado apoio a outros candidatos.
• Não é permitida a instalação de propaganda eleitoral, mesmo que não
lhes cause dano, nas árvores e jardins localizados em áreas públicas;
Provedores da Internet são proibidos de veicular qualquer tipo de propaganda
eleitoral em qualquer período.
• A instalação e o uso de alto-falantes ou amplificadores de som em distância inferior
a 200 metros:
»» das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos Quartéis e
outros estabelecimentos militares;
»» dos hospitais e casas de saúde;
»» das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.
• A propaganda que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos
ou entidades que exerçam autoridade pública.
• A propaganda por meio de impressos ou de objetos que pessoa, inexperiente ou
rústica, possa confundir com moeda.
• A propaganda que utilize nomes, ou variação de nome cujo registro foi requerido por
outro candidato.
• A propaganda que desrespeite os símbolos nacionais.

PRINCÍPIOS QUE REGEM A PROPAGANDA


1º) Princípio da Simplificação: a mensagem é condensada e resumida para facilitar
sua captação pelo público, de modo que facilmente a mesma possa ser recordada.(Ex. Slogan)
2º) Princípio da Saturação: a mensagem é emitida uma ou duas vezes para que o público
seja exposto à propaganda e não deixe, de forma alguma, de receber a mensagem.
3º) Princípio da Prevalência do Grupo sobre o Individual: a mensagem é apresentada
como se refletisse a convicção unânime de uma população, quando na verdade reflete
apenas o pensamento da minoria. A propaganda tenta convencer o ouvinte ou leitor
a aderir às ideias que lhe são apresentadas, por meio do conformismo induzido por
pressões do grupo sobre o indivíduo isolado, mecanismo muito usado na psicologia social.
4º) Princípio da Deformação ou Parcialidade: a mensagem não é apresentada por
inteiro, contendo apenas um valor, o qual é ressaltado geralmente através de uma palavra
forte, ignorando todos os argumentos contrários.
Quanto aos princípios da propaganda política, temos:
1º) Princípio da Legalidade: Extrai-se desse princípio que somente a lei
federal pode regular a propaganda, estando o ordenamento jurídico composto por
normas cogentes, de ordem pública, indisponíveis e de incidência e acatamento erga
omnes. Todos os demais princípios se vinculam a esse.
2º) Princípio da Liberdade: a propaganda é livre para quem desejar produzi-la, desde
que respeite os limites que a lei impõe.
3º) Princípio da Responsabilidade: a responsabilidade pelos abusos e excessos
cometidos na produção e divulgação da propaganda é dos partidos políticos e das
coligações, solidariamente com os candidatos.
4º) Princípio Igualitário: o direito à propaganda, paga ou gratuita, é
assegurado a todos em igualdade de oportunidades.
5º) Princípio da Disponibilidade: este princípio decorre do Princípio da
Liberdade e garante aos partidos políticos, coligações, candidatos e adeptos, o poder de
dispor da propaganda lícita, a qual é garantida e estimulada pelo Estado, punindo a lei
com sanções penais, a propaganda criminosa e com sanções administrativas eleitorais, a
propaganda irregular.
6º) Princípio do Controle Judicial da Propaganda: cabe, somente à Justiça Eleitoral, a
aplicação das regras jurídicas sobre a propaganda e o exercício do Poder de Polícia.

PROPAGANDA ELEITORAL LÍCITA OU PERMITIDA


A propaganda eleitoral é regida pelo Princípio da Liberdade o qual estabelece limites que
devem ser respeitados, garantindo a sua produção de forma livre
Igualdade de oportunidades
Além dos atributos já citados não é permitida a desobidiência do horário de realização do comício/ até a
véspera é permitida carreata, passeata, etc
Propaganda nas sedes do poder Legislativo desde que não na véspera/ proibida propaganda em
outdoors/ rádio e tv – é proibida a emissão de opiniões favoráveis ou desfavoráveis aos
candidatos/debates e entrevistas com igualdade de oportunidades/internet-propaganda

PROPAGANDA ELEITORAL NO DIA DAS ELEIÇÕES


No dia da eleição é proibido: (Crime)
• Uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou
carreata.
• A distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e outros
impressos, ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir
na vontade do eleitor.
• Em qualquer local público ou aberto ao público, é proibida a aglomeração de pessoas
portando camisetas, bandeiras ou flâmulas, ou utilização de adesivos em veículos ou
adesivos em objetos de que tenha posse, de modo que caracterize manifestação
coletiva, com ou sem a utilização de veículos;
• Aos mesários e escrutinadores é proibido, no recinto das seções eleitorais e juntas
apuradoras, o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda
eleitoral de partido, coligação ou candidato.
• Aos fiscais partidários, nos trabalhos de votação, no uso das vestes utilizadas só é
permitido o nome da sigla do partido ou coligação a que sirvam.
É proibido influenciar o eleitor no momento da votação, mesmo que com mensagens
subliminares.

O ORGANOGRAMA DA CAMPANHA
A organização de uma campanha é como montar uma empresa, pois requer profissionais preparados,
divisão de tarefas e um organograma bem definido. Um organograma determinado colabora para que
fique bem claro quem faz o quê, responde a quem e quando.

COORDENADOR GERAL: equivale ao presidente de uma empresa.


CONSELHO POLÍTICO: deve ser composto por membros de todos os partidos da
coligação do candidato
Este conselho deve ser pequeno, deliberador e capaz de agir sobre pressão com intensa habilidade em
analisar cenários e mercados eleitorais. Ele é responsável por analisar e interpretar pesquisas, bem como
sugerir ações com base nas informações obtidas. Deverá, ainda, trabalhar junto ao projeto de propostas,
ouvidoria da campanha e fornecer informações
para que toda a equipe possa agir favoravelmente ao candidato.
COORDENADOR FINANCEIRO: O coordenador financeiro é o administrador das finanças da campanha.
COORDENADOR JURÍDICO: a coordenação jurídica deve ficar atenta a legislação eleitoral,
a atuação do candidato, a atuação dos concorrentes, a legitimidade de informações e
aos discursos dos candidatos.
COMUNICAÇÂO/MARKETING: este setor ficará responsável por todo e qualquer
relacionamento do candidato com os eleitores, publicação de informações, assessoria
de imprensa, cuidará da agenda do político, será responsável pela gestão da imagem do
candidato e por gerir crises que envolvam o nome do político.
COORDENADOR OPERACIONAL: Esta parte cuida de toda a operacionalização
da campanha, tal como logística de pessoas e materiais, gestão da equipe de apoio,
operacionalização de pesquisas, montagem e desmontagem de palanques e outros. Após
as coordenações, existem as equipes de apoio operacional, que executam as estratégias
previamente definidas pelos gestores.

O PLANEJAMENTO DA CAMPANHA ELEITORAL (busca por votos)


Candidato bem apresentado, atraente e disponível – estratégia de campanha e calendário,
Metas, responsáveis
Elementos que compõe o quadro de planejamento de uma campanha de MKT político:
• o  meio ambiente  em que se realiza a campanha eleitoral e que vai proporcionar
oportunidades e ameaças ao sucesso de um candidato;
• a administração da campanha eleitoral, que é a sua principal força de vendas, formada
pelo próprio candidato, o seu partido político e os grupos de interesse alinhados
com a sua candidatura;
• o conceito de produto, que é a filosofia política do candidato, a escolha de temas
específicos a serem tratados e a definição de suas posições a propósito dos temas,
além da formulação e da adoção de um estilo pessoal que conserve e amplie suas
qualidades.
• canais de comunicação e distribuição, que envolvem decisões e ações a respeito da
utilização de mídia de massa e seletiva, aparições voluntárias, auxílio voluntário e
partidário;
• segmentos de eleitores diferenciados;
• acompanhamento e revisão contínua e sistemática de resultados que impliquem em
reorientação da campanha.
A Assessoria Política da campanha tem papel fundamental no sentido de fomentar
estímulos não somente nos eleitores, mas também em grupos de interesse alinhados à
candidatura como o partido político e os contribuintes da campanha eleitoral. Para isso,
a Assessoria Política da campanha deverá canalizar de maneira adequada o seu potencial

• Definir claramente os objetivos da campanha


Dar visibilidade a um movimento social, pensamentos, política
• Faça projeções de votos em todas as regiões da zona eleitoral
• Como manter os votos e conseguir os que faltam?
• Programa de campanha: o programa deve ser simples, direto e objetivo. Deve
fornecer ao candidato e apoiadores argumentos que justifiquem a candidatura na
hora de pedir votos. O eleitor tem que identificar, por meio do programa, o sentido da
candidatura e suas convicções. O programa tem que ser condizente com o mandato desejado.
• Identifique o perfil de sua candidatura: faça visitas às lideranças comunitárias
para realizar um levantamento dos problemas e necessidades de sua comunidade.
Promova reunião com moradores e peça as sugestões. A campanha só será valorizada
se realmente for entendido do que as pessoas precisam.
• A marca da campanha: slogan, logotipo: a divulgação
• Orçamento da campanha: fazer o orçamento é realizar a previsão das despesas
necessárias para conquistar os votos pretendidos.
• Planejar, preparar, acompanhar e revisar

A ESCOLHA DA PLATAFORMA POLÍTICA


Plataforma política é o conjunto de ideias, criticas propostas e posições assumidas por um candidato
durante uma campanha eleitoral. É o elemento fundamental na elaboração de um plano de campanha e
sua importância pode ser verificada por meio de três motivos básicos :
1. É responsável pela formação da imagem percebida do candidato pelos eleitores;
2. Caracteriza e dá personalidade à campanha e sua marca;
3. É o compromisso que o candidato assume com seus públicos.
Diagnóstico dos problemas da região/ consistência|coerência|membros|ideologia
é necessário que os temas sejam claros e objetivos, a linguagem empregada seja simples e que a
mensagem seja de fácil entendimento, para que possa ser rapidamente absorvida pelo receptor.
Desta mesma forma os temas que compõem a plataforma de um candidato devem
apresentar assuntos que despertem o interesse do público e que sejam suas reais
necessidades. Isso fará com que em um discurso, o político retenha a atenção dos
eleitores até o fim de sua fala.
Ainda falando sobre os temas de uma plataforma, é importante que eles tenham relação
com o cargo pretendido pelo candidato.
Simplicidade na abordagem/facilita o processo de transmissão e compreensão das mensagens e
conquista mais a confiança do eleitor, que não vê mensagens escondidas nas falas dos candidatos.

CAPÍTULO 3 – A PESQUISA NO MARKETING POLÍTICO


As pesquisas podem medir três tipos de levantamento para avaliação do eleitorado. As pesquisas de
opinião pública buscam determinar  o nível de conhecimento da população
sobre determinados assuntos como ecologia, privatização, aids, economia, política, área
social. As pesquisas de acompanhamento e desempenho administrativo levantam os
principais problemas da população, avaliam o desempenho dos governantes, aferem a
imagem administrativa, o grau de conhecimento dos projetos e das obras realizadas e o
grau de satisfação com os serviços públicos. Por sua vez, as pesquisas eleitorais procuram
detectar as intenções de voto do eleitor em vários momentos da campanha, estimando
o potencial de adesão ou rejeição a cada candidato.

Os fatores de maior relevância em uma pesquisa são: a imagem do candidato, sua


trajetória política, seu carisma e empatia com o eleitor, seu programa de governo, sua
principal meta de governo, a sua profissão, seu partido político, seus apoiadores e o
grupo social em que está inserido ou com o qual se se identifica.

A preparação para a campanha eleitoral deve ser iniciada com alguns diagnósticos: do
eleitorado, do próprio potencial do candidato e do levantamento de quais são os seus
prováveis inimigos. Isso significa dizer que a batalha das urnas começa a ser vencida
muito antes do início da contagem de votos.

Pesquisa – medida pelo povo (enquetes eleitorais-pesquisas de opinião)


As enquetes permitem conhecer onde um grupo político é forte, com quais candidatos a
população mais se identifica, qual a opinião do eleitorado sobre a administração pública
de um local, quais são as demandas da população de certa região etc. Normalmente
estas pesquisas não são publicadas pela imprensa. Elas servem principalmente como uma
poderosa ferramenta de marketing político. (instituto de pesquisas isento)
A primeira pesquisa busca levantar as expectativas, necessidades, interesses e valores
da comunidade, bem como conhecer a imagem pública que os candidatos ao pleito
desfrutam perante a população. As próximas pesquisas deverão mensurar a preferência
dos eleitores pelos candidatos, revelando o nível de aceitação dos mesmos nas diversas
classes socioeconômicas e áreas geográficas. A pesquisa eleitoral é o meio mais eficiente
descoberto até hoje para alcançar este conhecimento.

TIPOS DE PESQUISAS
População de pesquisa, tamanho da amostra e processo de amostragem
• Selecionar municípios e pessoas por sexo, idade, atividade etc.
• Determinar área geográfica no Estado: regiões metropolitanas ou rurais.
• Amostragem.
Planejamento da coleta de dados
• Perfil dos entrevistadores e dos supervisores.
• Número de entrevistadores, supervisores, de entrevistas etc.
• Prazo para realização do trabalho de campo.
• Remuneração dos entrevistadores.
• Material e treinamento dos entrevistadores.
• Procedimentos de coleta de dados
Como montar o questionário
• Não obrigar a fazer cálculos.
• Facilitar a memória.
• Não fazer perguntas embaraçosas.
• Não fazer uma pergunta que já contenha a resposta.
• Evitar erros de tempo.
• Evitar uso de respostas pré-formuladas.
• Evitar referências emotivas.
Análise dos resultados
• Orientar a campanha.
• Inferir para onde tendem os indecisos.
• Identificar regiões onde o candidato é mais fraco.
A metodologia a ser aplicada
• Pesquisa Qualitativa: entrevistas e discussões em grupo.
• Pesquisa Quantitativa: intenção de voto, tipo de eleitores, índice de rejeição, motivos
da escolha ou rejeição, problemas, canal ideal de comunicação.

PRINCIPAIS TIPOS DE PESQUISAS POLÍTICO-ELEITORAIS


• Pesquisas eleitorais: intenção de voto (espontânea e estimulada), simulações,
segunda opção, rejeição, expectativa de vitória, perfil socioeconômico e geográfico
do eleitor.
• Pesquisa de potencial e avaliação de imagem: permite uma avaliação do capital
simbólico do candidato e de seus concorrentes.
• Pesquisa de percepção e avaliação: este tipo de pesquisa permite expor sentimentos,
percepções e avaliações dos eleitores em relação a um candidato, a um partido, a
uma administração ou, ainda, a uma dada situação política. Pode-se testar a eficiência
de propagandas, discursos, imagens, peças publicitárias, slogans, jingles
• Sondagens de questões temáticas ou polêmicas: monitora os principais meios de
informação e de influência, institui os elementos e os argumentos de constituição do
discurso e instrumentaliza ações de desconstituição discursiva
• Avaliações de gestão/mandato (executivo e legislativo): estes estudos
podem ser gerais ou setorizados e segmentados por bases eleitorais.
Investigação de demandas sociais e de infraestrutura: este tipo de estudo indica as
principais necessidades e recorta as demandas sociais da população em estudo.
• Diagnóstico e caracterização de perfil socioeconômico-cultural: neste tipo de pesquisa realiza-se uma
investigação das condições materiais e culturais da população em estudo.

GESTÃO DE ORÇAMENTO EM CAMPANHA POLÍTICA


Gastos, como por exemplo com materiais, em especial no final da campanha

ITENS DE UM ORÇAMENTO
1. Veículos
2. Serviços especializados (EX. Jornalistas)
3. Despesas Operacionais Palanques, som, decoração.
4. Materiais de campanha
5. Mala direta
6. Comitê (diversos como aluguel)
A justiça eleitoral exige prestação de contas de toda a movimentação financeira da campanha.

ARRECADAÇÃO DE FUNDOS ELEITORAIS


Para começar a arrecadar o dinheiro, o partido ou o candidato deve solicitar o registro
da candidatura, abrir uma conta bancária para a campanha e obter os recibos eleitorais,
documentos numerados que devem ser emitidos a cada doação recebida (10%P.F 2%P.J.)

No Brasil, o tipo de financiamento adotado é o misto, e as doações podem ser privadas ou


públicas (por meio do fundo partidário). O fundo partidário é uma arrecadação de valores,
distribuídos proporcionalmente aos partidos políticos pelo Estado e com determinadas
naturezas: um percentual é para aplicação na publicidade ideológica, outro é para cursos
que envolvam a cidadania e a implementação política de sua ideologia. Certo percentual
é destinado para as campanhas dos candidatos do partido.
Outra forma de financiamento e que é muito importante no Brasil é a do palanque
eletrônico, o que chamamos de horário eleitoral gratuito - mas que na verdade não é
gratuito. Isso custa muito dinheiro aos cofres públicos. O que ocorre é que existe um
repasse para as emissoras de rádio e de televisão, com base em tabela de publicidade
Algumas entidades, como as religiosas, são proibidas de doar
Pela lei, os candidatos e comitês financeiros só poderão arrecadar recursos até o dia da eleição.

PRESTAÇÃO DE CONTAS
Todos os partidos políticos, candidatos (inclusive vices e suplentes) e comitês financeiros
estão obrigados a prestar contas à Justiça Eleitoral a respeito da movimentação financeiro
de suas campanhas eleitorais.
Mesmos aqueles que desistirem da candidatura ou que tiverem seus registros indeferidos,
deverão prestar contas, inclusive nos casos em que não tenham realizado campanha,
arrecadação e/ou gastos.
Os candidatos são responsáveis pelas suas contas (arrecadação e gastos), mas podem
indicar uma pessoa de sua confiança para realizar a administração financeira da
campanha. Este administrador será solidariamente responsável pela veracidade das
informações financeiras e contábeis apresentadas à Justiça Eleitoral, devendo ambos
assinar a prestação de contas.
Durante a campanha, são exigidas duas prestações de contas parciais. Quem não entregar
a prestação de contas final ficará impedido de obter a certidão de quitação eleitoral no
curso do mandato ao qual concorreu.
‘Sistema de Prestação de Contas Eleitorais - SPCE’ disponibilizado no site do TSE durante as
eleições
O SPCE é muito simples de ser utilizado, exigindo apenas que o contador ou responsável financeiro
da campanha tenham conhecimentos quanto à legislação eleitoral.
Fundo de caixa para despesas de pequeno valor
ARRECADANDO FUNDOS VIA INTERNET
A doação para campanhas políticas via internet foi regulamentada pelo TSE em 2010 e
pode ser feita via cartão de crédito, débito em conta. Este recurso é interessante porque
estimula o engajamento da sociedade em uma determinada campanha e facilita o
recebimento de verbas para um candidato desejado.

MATERIAIS E SERVIÇOS UTILIZÁVEIS


Materiais promocionais (ex. Santinhos, slogan, camisas)
Primeiramente, para a campanha poder ganhar ‘vida própria’ é necessário que sejam
criados a marca e o slogan do candidato. Estes elementos personificam o trabalho do
marketing político e contribuem para que a imagem do candidato fique na memória dos
eleitores.

O CANDIDATO E A OPINIÃO PÚBLICA


Na política, porém, a total concretização da “oferta” acaba acarretando transtornos para
o homem político no sentido de entregar os benefícios prometidos, visto que estes não
são imediatamente disponíveis e devem ser viabilizados
Com o declínio das ideologias, o Marketing Político passou a buscar conceitos que
traduzam esse tipo de benefício ou aspiração, nem tão concreto e individual quanto os
típicos do clientelismo, nem tão abstrato e coletivo como os prometidos pelo socialismo.
Trata-se, portanto, de atuar no terreno das ideias, mais especificamente, projeções e
projetos, pois não há um “produto” concreto para ser oferecido.
As Campanhas Eleitorais representam o auge para o Marketing Político, pois exigem uma
competência altíssima e, de forma dificilmente comparável a qualquer outro momento
profissional, demonstram ao seu final quem teve sucesso e quem fracassou.

Num primeiro momento, é preciso discutir profundamente com o “projetista” político, ou


seja, aquela pessoa ou grupo que tem hipóteses sobre o futuro que os seus eleitores aspiram
(na verdade sua própria visão de futuro forjada, idealmente, tanto na vivência política quanto
no seu conhecimento sobre a realidade em que pretende atuar). No momento seguinte,
essa visão ou projeto precisam ser adequados aos sentimentos e ideias dos eleitores.
A Campanha Eleitoral é essencialmente um diálogo intenso entre o “projetista” político
e os eleitores e cabe aos profissionais responsáveis ajudar a tornar esse diálogo o mais
produtivo possível. Muitos criticam o Marketing Político, responsabilizando-o por uma
suposta perda de conteúdo das Campanhas Eleitorais. Supondo que tal perda seja real,
a responsabilidade por ela é puramente dos interlocutores desse diálogo (candidatos/
partidos de um lado e eleitores do outro)

Os candidatos têm os meios de comunicação para transmitir seus projetos para os eleitores
junto ao eleitorado. Qualquer fonte de informação que possa ajudar a compreender as
aspirações dos eleitores, assim como avaliar suas reações potenciais ou reais às visões
de futuro que lhes são apresentadas na Campanha Eleitoral, representa uma “escuta”
valiosa, na medida em que ajuda a tornar esse diálogo mais profícuo e significativo.
Um candidato irá enfrentar durante toda a campanha e mandato a opinião pública.
Muitos serão a favor, outros irão criticar, e o político deverá trabalhar para fortalecer cada
vez mais sua imagem e a sua aceitação junto à sociedade.
Ter uma opinião pública favorável facilita na fixação da imagem do político, na facilidade de reeleição e
na simpatia dos eleitores.

CAPÍTULO 4 – VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA


INTRODUÇÃO
Mídias tradicionais - interatividade
Mídias off line apresentam mensagens em massa, para diversos públicos, com conteúdos
menos específicos, e por isso, menos invasivos. Já mídias on line tendem a ser mais
segmentadas, com contato direto entre as empresas e seus públicos. Porém, o excesso
de mensagem virtual tem sido considerado invasivo pelos usuários (TELLES, 2010).

As ações nas mídias sociais visam promover experiências e interações diretas entre o
candidato e o eleitor, marcando em mente conceitos ou reforços intangíveis que venham
à tona no momento de decisão. Percebe-se também que as mídias tradicionais geram
forte influência no comportamento de consumo. Tudo o que o receptor gera sobre
marcas, produtos e serviços, indiferente do meio pelo qual recebeu informação é bastante
valorizado pelas empresas e pode ser integrado como forma de estratégia empresarial.
Publicidade on line favorece a divulgação e o alcance de mídias interativas, principalmente
as via internet. Já a publicidade of line favorece a sensibilização do eleitor. Uma aumenta o
tráfego nos sites, outra aumenta e consolida vendas. O marketing via mídias tradicionais
visa o alcance. Por sua vez, o marketing via mídias interativas visa a rapidez na divulgação
e consistência das informações. A velocidade de propagação da informação em mídias
interativas é grande e não se tem controle sob a marca. O que resta fazer é influenciar os
diálogos e as informações que circulam na rede. Em mídias tradicionais, a vagarosidade
na divulgação facilita a correção de possíveis erros e problemas.
Porém, não é a quantidade e a velocidade a que o consumidor é submetido que consolida
o voto em um determinado candidato, e sim o uso das mídias certas e a credibilidade
das informações.
É necessário que formadores de opinião e pessoas influentes tenham acesso à mensagem
e que ela tenha veracidade e credibilidade. Para isso é fundamental que no processo
de comunicação de marketing a escolha do canal onde a mensagem será transmitida seja feita com foco
no receptor, para que a informação chegue da forma mais clara e objetiva, gerando uma reação. É
preciso saber utilizar a comunicação para criar signos e significados junto ao receptor. Sem a criação
destes elementos, a comunicação terá sido em vão.
CAMPANHA VIA REDES SOCIAIS
Interação – adesão do eleitor a determinada causa
Assim, uma campanha na internet quando bem realizada, pode atrair a atenção de
eleitores e simpatizantes, promovendo interação e uma comunicação mais direta e
segmentada que poderá gerar mais engajamento.
Veja algumas vantagens do marketing político em redes sociais:
• Interação: a troca de informações e opiniões entre candidatos e eleitores. Quanto
mais interação houver entre o eleitor e a campanha, maiores as chances de o voto
ser conquistado.
• Engajamento: a militância que a internet gera nos participantes de redes sociais é
capaz de alcançar proporções inimagináveis e expandir a divulgação da informação
por longas e longas distâncias.
• Capacidade rápida de resposta: nas redes sociais o eleitor pode esclarecer uma
dúvida de forma rápida e precisa;
• Interação com outros eleitores: o cidadão pode discutir a plataforma, a história e a
credibilidade do candidato junto aos outros eleitores.

MARKETING POLÍTICO E ASSESSORIA DE IMPRENSA


A assessoria de imprensa tem como objetivo utilizar os veículos de comunicação para
publicar as ações e atitudes de um candidato ou um político, de forma a atingir os
eleitores da maneira mais eficiente e eficaz possível.
(expor fatos e atitudes em prol da sociedade)
Acessoria- manter a imprensa informada sobre as ações desenvolvidas pelo político.
Por outro lado, o assessor deve esclarecer o político sobre as ações da imprensa, pois
embora o ator político já esteja acostumado com o meio em que atua, algumas vezes
pode não transitar com tanta tranquilidade no ambiente da comunicação.
Uma assessoria de imprensa bem feita e realizada com profissionalismo, abastece de
informações cabos eleitorais e militantes, seja através das notícias transmitidas, seja com
material impresso, eletrônico e/ou virtual, munindo-os de argumentos para o debate
com os opositores na hora certa.
A assessoria de imprensa política age no sentido de difundir informação, prestar contas
aos eleitores, podendo promover a satisfação e reconhecimento das ações e atitudes
realizadas nos mandatos políticos, além da possibilidade de lançar líderes e popularizar
candidatos.
Assim como no cenário corporativo a informação é útil para a venda de produtos e
serviços, no cenário político também ela é considerada vital para qualquer ator político,
pois é necessário conhecer e comunicar-se com o público com o qual se deseja interagir,
seja para angariar votos em campanhas eleitorais ou para fazer contato com as áreas de
jornalismo, relações públicas, rádio, TV e comunicação mercadológica.
Um atributo interessante da assessoria de imprensa com relação a personalidades públicas,
sejam políticos, analistas e/ou pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, é a
possibilidade de obter espaço nos canais de mídia por meio de artigos de qualidade,
desde que sua redação seja coerente, concisa e seu conteúdo seja representativo para
atingir segmentos específicos, isto é, públicos em potencial.
A assessoria de imprensa deve também se responsabilizar por implantar estratégias
juntamente com os consultores políticos a fim de neutralizar boatos e noticias sobre
o político assessorado. O assessor de imprensa no ambiente político deve ser o mais
polido possível para transitar nos diversos canais de comunicação.

Segundo Manhanelli (2001), além de redigir e administrar os textos e pré-pautas da


comunicação política, o profissional da área deve procurar manter abertos todos os
canais de comunicação, realizando um verdadeiro trabalho de relações públicas. No
cenário político, onde o clima de competitividade é intenso, o candidato ou o eleito deve
prioritariamente preocupar-se com a comunicação. Quanto mais elevada for a pretensão
política, tanto maior será a necessidade de uma boa assessoria de imprensa. O político
não deve se iludir: ninguém é autossuficiente, ou capaz de cuidar sozinho de todos
os pormenores. Uma assessoria de imprensa eficaz é, com certeza, um dos elementos
decisivos para o futuro de qualquer carreira política.
A assessoria de imprensa tem a função de selecionar e divulgar informações de interesse
do político, levando em consideração as vertentes de espaço/tempo, distribuindo-
as para os meios de comunicação internos e externos. Deve agir, ainda, no sentido de
acompanhar o político nas entrevistas e debates com os demais atores sociais, auxiliando
na preparação de papéis, documentos, discursos, palestras e conferências para o político.
No caso do surgimento de algum boato negativo ou acontecimento real, cabe à assessoria
separar imediatamente documentos e argumentos que contribuam para o combate às
acusações.

ESTRATÉGIAS DE CAMPANHA ELEITORAL


Durante uma campanha eleitoral cada movimento é visto como um tipo de
estratégia. A conquista eleitoral só acontece se cada ação da campanha, por
menor que seja, aconteça de forma planejada estrategicamente. Como já visto em
tópicos anteriores, amadorismo pode arruinar uma disputa por um cargo político.
Além disso, as boas estratégias não surtirão efeito se na campanha eleitoral não
houver uma equipe bastante profissional, que saiba acompanhar os rumores
do eleitorado, direcionando ações de marketing político eficientes e eficazes.
A estratégia é a soma de ações planejadas, estudadas: no caso do marketing político, as
estratégias visam movimentar o maior número possível de eleitores, buscando atingir a
maior votação possível.
Os cabos eleitorais (além dos profissionais de comunicação), representam peças
fundamentais em uma campanha, pois são eles que ficam o tempo todo no campo de
batalha. Podemos compará-los à infantaria de um exército; agem nas ruas, são treinados
para trazer informações de campanha sobre os concorrentes, ouvem as pessoas dentro
das comunidades e levam tais demandas para o estrategista e o candidato. Mais ainda:
os cabos eleitorais aprendem técnicas para conquistar o eleitorado dia a dia, convencem
pessoas a mudarem de opinião, tiram os votos dos concorrentes com argumentos
persuasivos, agendam visitas, levam o candidato para conhecer e ouvir as demandas
da localidade e região trazem informações precisas sobre as ações e atitudes dos
concorrentes.
Internet – cabos (banco de dados)
Surpreenda, obtenha um posicionamento entre os eleitores, chegue na frente dos seus concorrentes.
Adquira um posicionamento e seja lembrado como um político de história. Saiba utilizar os seus cabos
eleitorais da melhor maneira possível. Saiba agir com cada tipo de
público. Tenha um comportamento técnico, cordial, direto e que faça a diferença entre seus
concorrentes.

PASSOS PARA UM BOM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


DIAGNÓSTICO ELEITORAL
O primeiro passo para realização de qualquer campanha eleitoral é o diagnóstico, que
deverá prezar por informações extremamente confiáveis e sem romantismo. Saber
quantos prefeitos, vereadores, deputados e líderes comunitários um candidato tem é de
real importância. A partir daí, já se poderá esboçar o potencial eleitoral do mesmo.
O TSE e IBGE são importantes fontes para conseguir dados atualizados do eleitorado
dos estados, municípios ou regiões, os quais são fundamentais para calcular o potencial
eleitoral de cada candidato e o tamanho do público-alvo que se espera atingir.

POSICIONAMENTO DE CAMPANHA
O termo posicionar implica a ideia de espaço. Então, pode-se dizer que “posicionar”
significa ocupar um espaço favorável para atingir um objetivo e encontrar um espaço
potencial de crescimento, que a torne competitiva dentro do quadro político da eleição”.
(COMPOSTO:
• Foco: o foco de uma candidatura é, em última análise, o motivo mais forte e convincente,
a razão pela qual os eleitores devem eleger naquele candidato e não os outros.
• Imagem: a imagem do candidato é um dos elementos-chave no posicionamento
da sua candidatura. A imagem deve possuir um alto grau de coerência com o foco da
campanha e com sua propostas.
• Propostas: a proposta de um candidato (majoritário ou proporcional) deve condizer
com o foco e a imagem da candidatura.

ANÁLISE SWOT
a que avalia o ambiente interno (forças e fraquezas) e a que afere o ambiente externo (oportunidades e
ameaças). Vale lembrar que nesta última parte os
fatores não são controláveis, mas podem ser previstos.

SEGMENTAÇÃO DO ELEITORADO
O eleitorado pode ser dividido em três grupos. No primeiro, estão os eleitores cujo voto
pode ser dado como certo para o candidato. Este segmento requer menos tempo e
recursos. São aqueles eleitores que já conhecem o candidato e têm grande probabilidade
de votarem nele, pois não o rejeitam.
No segundo grupo, temos os eleitores que estão a não votar no candidato. O tempo e o
custo para persuadir este eleitor são inviáveis, levando em conta a pequena probabilidade
de sucesso. São os eleitores que rejeitam determinada candidatura e dificilmente
mudarão de opinião.
No terceiro e maior segmento, estão os eleitores indecisos, aqueles que podem vir a
votar no candidato. É justamente neste grupo que deve se concentrar o maior esforço da
campanha. O “target”, ou eleitorado-alvo, é aquele que quantitativamente pode eleger o
candidato, já que o primeiro segmento pode não ser muito expressivo.
Você precisa se diferenciar para ser lembrado, seja no marketing político, eleitoral ou
governamental. Ser diferente é fundamental, uma vez que a sociedade vive com excesso
de informações e é preciso destacar-se dos demais.

ETAPAS DA CAMPANHA ELEITORAL


Lançamento da candidatura - 5 dias
O objetivo aqui é tornar a candidatura conhecida e apresentá-la posicionada para a
disputa, com o máximo de divulgação na mídia. A inauguração do comitê central da
campanha deve ser construída com profissionalismo, fazendo disso um ato político, uma
oportunidade única, onde o candidato demonstrará a sua força e comunicará “ao que
veio”, qual o sentido da candidatura e porque os eleitores devem votar nele.
É preciso lembrar que o lançamento da candidatura não vai se resumir apenas ao dia
do evento. Uma semana de preparação é o tempo ideal para se buscar um resultado
positivo, bem como repercutir ao máximo a realização desse evento.
As atividades de preparação envolvem a logística de sua organização, os convites para o
ato, a informação aos veículos de comunicação, a produção de peças publicitárias para
decorar o ambiente e a preparação do discurso do candidato.
Após o lançamento, entram em campo as atividades de repercussão. Após filmar
e fotografar o ato para uso posterior, o trabalho da campanha vai se deslocar para
conquistar espaços nas mídias locais, setoriais e de bairros.
Início da campanha - 10 dias
O objetivo aqui ainda é repercutir o lançamento da campanha e tornar o candidato
e sua mensagem conhecidos. Nessa fase serão apresentados os principais apoios
do candidato, se possível um apoio por dia, para que esse momento de adesão seja
ampliado, mostrando ao eleitorado que ele tem chances de vitória.
Em seguida, o candidato vai partir para reuniões com moradores de bairros e segmentos
do eleitorado, demonstrando que sua candidatura também conta com o apoio da
população. Esse também é o momento ao qual o candidato vai visitar os principais
redutos eleitorais, as principais cidades.
Consolidação da candidatura - 15 dias
Esta fase antecede o período da propaganda eleitoral gratuita. O objetivo aqui é levar
a candidatura para a rua e fixar junto ao eleitorado uma organização que a sustente.
As atividades do candidato estarão condicionadas a sua agenda, que vai servir como
instrumento indispensável para aproveitar com o máximo de racionalidade o reduzido
tempo disponível do candidato.
Nesta fase é importante que se consolidem os apoios já conquistados, como os prefeitos,
os cabos eleitorais, os líderes sindicais, de associações etc. Em seguida o corpo-a-
corpo deve se intensificar. De preferência auxiliado pelos apoiadores, que criarão as
oportunidades. Vale lembrar que, em eleições proporcionais, o corpo-a-corpo tem muita
importância na decisão do voto.
Desenvolvimento da campanha - 55 dias
balanço, o objetivo desta fase será a intensificação do corpo-a-corpo. É nesta fase que a
candidatura deverá ganhar “corpo” e “movimento”. “Corpo” é a implantação da campanha
na sociedade, onde quem apoia precisa mostrar seu apoio e trabalhar para conseguir
outros. O “corpo” da candidatura será demonstrado por sua presença na rua e os eventos
realizados pelo candidato, como passeatas, carreatas e comícios. Já o “movimento” da
campanha significa o ritmo de atividades que vão ser criadas.
Reta final - 10 últimos dias
Esta última fase da campanha é o momento do tudo ou nada, onde o candidato deverá
investir todos os seus recursos, humanos ou financeiros. É o momento de conquistar os
eleitores indecisos e cooptar os votos das candidaturas sem viabilidade. É o momento
de criar uma “dinâmica vencedora”, mostrar para o eleitorado que a candidatura está
em ritmo acelerado e tem chances de vitória. O trabalho de campo, a distribuição do
material de propaganda, as carreatas, os comícios e o corpo-a-corpo do candidato terão
que ganhar uma atenção especial com o aumento quantitativo dessas ações. Se possível
for, todas as ações realizadas na fase anterior (desenvolvimento) terão de dobrar em
número.
Como é comum a indecisão no voto proporcional, a criação de uma peça publicitária de
boa qualidade, atraente e clara será de fundamental importância nos dois últimos dias
de campanha.
O objetivo principal desta fase é passar para o eleitor um clima de vitória, fazendo o
candidato percorrer os seus principais redutos eleitorais num curto espaço de tempo.

CRIMES ELEITORAIS
Crimes eleitorais são ações praticadas tanto por eleitores quanto por candidatos e sua
equipe, que são descritas pela lei como ilegais. O Crime eleitoral pode acontecer em
qualquer fase da candidatura, desde a pré-candidatura, quando a propaganda eleitoral
ainda não foi autorizada, até o dia da eleição. Cometer crimes eleitorais resulta em multas,
detenção e reclusão.
Os crimes eleitorais mais comuns são:
• corrupção eleitoral ativa: doar, oferecer ou prometer dinheiro, presente ou qualquer
outra vantagem, inclusive emprego ou função pública, para o eleitor com o objetivo
de obter-lhe o voto, ainda que a oferta não seja aceita;
• corrupção eleitoral passiva: pedir ou receber dinheiro, presentes ou qualquer outra
vantagem em troca do voto; usar de meios violentos para angariar votos (ameaças,
força física, chantagem); fornecer alimentação ou transporte para eleitores 24 horas
antes e 24 horas depois das eleições também é crime. O transporte de eleitores
incapacitados de se locomoverem até sua zona eleitoral é uma responsabilidade
do Tribunal eleitoral; promover showmícios ou eventos sociais com fim de angariar
votos; utilizar prédios, salas, materiais e patrimônio público para reuniões de comitê
ou encontro com eleitores.

• divulgar fatos inverídicos em relação a candidatos e partidos, que sejam capazes de influenciar a
opinião do eleitorado;
• utilizar organização comercial, distribuição de prêmios e sorteios para fazer
propaganda ou aliciamento de eleitores;
• utilizar símbolos, frases ou imagens associadas ou semelhantes às empregadas
por órgão do governo, empresa pública ou sociedade de economia mista;
• divulgar pesquisa eleitoral fraudulenta; inutilizar, alterar ou perturbar a propaganda
eleitoral realizada em conformidade com a lei e caluniar, injuriar ou difamar alguém na
propaganda eleitoral.

A distribuição de camisas, bonés e outros brindes não pode caracterizar troca de favor entre candidato e
eleitor, por isso deve ser uma ação bem planejada e feita de forma correta.
Outro ponto a ser destacado é a calúnia a outros candidatos: elabore uma campanha baseada nas
qualidades e pontos fortes de seu cliente, e não tentando atacar o seu adversário.
Já no dia da eleição (considerando a partir da meia noite) é proibido rodar com carro
de som, dar brindes, realizar comício ou carreata, distribuir qualquer material eleitoral,
promover transporte de eleitores, fazer boca de urna.
Um dos crimes mais constantes nas eleições é a boca de urna. Boca de urna é ação de
distribuir propaganda  política  no dia da eleição, sendo considerado um crime eleitoral
no Brasil. Eleitores, candidatos ou cabos eleitorais que sejam flagrados fazendo boca
de urna são detidos em flagrante, ficam retidos durante todo o dia da eleição, além de
pagarem multa. Porém, existe um tipo de pesquisa, conhecida como boca de urna, que
não é considerada ilegal. Pesquisas de boca de urna lícitas são realizadas por empresas
profissionais, preparadas para tal função, imparciais quanto aos candidatos. Seu objetivo
é fazer uma prévia sobre quem será o candidato vitorioso.

BOCA DE URNA
Caso uma pessoa seja flagrada tentando convencer o eleitor a dar seu voto a alguém, denegrindo
imagem de algum candidato ou entregando material de propaganda eleitoral, essa ação é caracterizada
como boca de urna.
A equipe de marketing da campanha tem até quatro meses para conquistar votos para
seu candidato (campanhas políticas são permitidas a partir do dia 5 de julho do ano
da eleição), transmitir confiança, formatar a imagem do político, conquistar parcerias e
parceiros e desenvolver um bom trabalho. No dia das eleições, o que vale é esperar o
resultado do trabalho realizado neste período. Não há muito o que se fazer nesta hora:
tentar consertar algum erro, ou insistir em campanha de última hora pode prejudicar, e
muito, o político assessorado.

ERROS QUE NÃO PODEM SER COMETIDOS


1. Falta de um diagnóstico científico e estatístico do cenário político, redutos eleitorais
e perfil dos candidatos;
2. Declarações públicas desnecessárias e infundadas capazes de provocar polêmicas
negativas ou agredir algum segmento eleitoral;
3. Desconhecimento do público alvo com seus anseios, dúvidas e preferências;
4. Falta de estratégias e de visibilidade para se distinguir e se destacar dos concorrentes;
5. Proposta e discurso político sem clareza e objetividade;
6. Não levar em conta os aspectos históricos, culturais e a realidade regional da cidade
e do povo onde a campanha é veiculada;
7. Demorar e não responder a altura ataques e denúncias veiculadas na mídia e nos
programas eleitorais;
8. Menosprezar a capacidade dos candidatos concorrentes e deixar subir na “cabeça
o já ganhei”, pois um pequeno deslize, no “apagar das luzes”, pode destruir uma
campanha mal construída;
9. Não trabalhar com profissionais experientes com capacidade e conhecimento para
construir, reverter e mudar a opinião pública.

3 - TRABALHO
Diante das informações apresentadas no texto “Em Salvador candidatos disputam
imagem de ‘mudança’, produza um relatório de diagnóstico e intervenção contendo
proposta de soluções para a inserção da imagem do candidato no mercado político.
Através da utilização de anúncios nas redes sociais, explore a imagem dos candidatos de
acordo com o planejamento da campanha e encaminhamento para segundo turno.

TEXTO PARA LEITURA E REFLEXÃO

Extraído de: O Povo - 20 de Outubro de 2012


Em Salvador, candidatos disputam imagem de 'mudança'
ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) estão no segundo turno da capital baiana.

Mais do que ideias e propostas, a disputa eleitoral entre ACM Neto (DEM) e Nelson
Pelegrino (PT) pela Prefeitura de Salvador está marcada, neste segundo turno, pela discussão sobre
quem representa a "mudança" para a administração da cidade, hoje a
cargo do mal-avaliado João Henrique Carneiro (PP).
O democrata, que venceu o primeiro turno por pequena margem (pouco mais de 5 mil
votos), argumenta que representa a "verdadeira mudança", por não fazer parte nem da
atual administração municipal, nem da estadual - liderada pelo petista Jaques Wagner.
Em seus discursos e na propaganda eleitoral, o governo do Estado é o principal alvo, com
ataques à segurança pública, à educação e à (falta de) mobilidade urbana. Neto também
tem usado com frequência a questão "por que não fez?" ao ser referir às promessas de
campanha de Pelegrino, lembrando dos seis últimos anos de administração do PT no
Estado. Além disso, lembra que o PP apóia formalmente a candidatura petista - apesar de
João Henrique ter declarado neutralidade na disputa.
Pelegrino, por seu lado, tenta atrelar Neto à atual administração municipal para apresentar-
se como o "candidato de oposição" à prefeitura. Desde o anúncio do apoio do PMDB
baiano ao democrata, na semana passada, por exemplo, o petista passou a lembrar que foi
a mesma parceria a responsável pela vitória de João Henrique, então no PMDB, sobre o
petista Walter Pinheiro (atualmente senador), em 2008.
Pelegrino, porém, não quer repetir os erros de Pinheiro. Para isso, empenha-se, no
segundo turno, em conquistar votos nos bairros, de classe média e alta de Salvador, nos
quais foi amplamente derrotado por Neto.
O petista, que no primeiro turno aparecia na propaganda eleitoral sempre em bairros
periféricos, passou a gravar mais imagens em estúdio e a fazer promessas dirigidas
especificamente para os moradores das áreas mais nobres da cidade, em especial
intervenções na rede viária dos bairros para aliviar o trânsito. Além disso, tem promovido
encontros com empresários e comerciantes para tentar melhorar sua aceitação nesses
setores.
Pelegrino também reforça a atuação nos bairros periféricos em que venceu o democrata
por pequena margem. Um deles é Cajazeiras, um dos bairros mais populosos de Salvador,
para onde boa parte das promessas de campanha dos candidatos são dirigidas. Não por
acaso a campanha petista marcou o comício com a participação da presidente Dilma
Rousseff para o local.
Neto faz o caminho oposto. Derrotado na periferia da cidade, deixou as gravações em
estúdio, predominantes no primeiro turno, para mostrar na TV imagens de suas
caminhadas e conversas com moradores de bairros pobres. O peso de suas promessas
para essas áreas também cresceu, com destaque para a proposta de instalar
subprefeituras nas regiões carentes - e distantes dos centros administrativo e financeiro da
cidade.
O democrata também se dedica a desfazer um comentário frequente entre os moradores
de baixa renda da cidade, o de que é contra o Bolsa - Família. "Nem a presidente poderia
acabar com o Bolsa - Família, se quisesse", argumenta. "Foi meu avô (o senador Antônio
Carlos Magalhães) quem criou o Fundo de Combate à Pobreza, que deu origem ao
programa. Nosso projeto é ampliar o Bolsa - Família em Salvador, facilitando o cadastro
dos beneficiários."

GESTÃO DA INFORMAÇÃO E MARKETING POLÍTICO

No cenário político atual, os candidatos “suam a camisa” para adquirirem a confiança dos
eleitores, através de propostas que atingem o campo da saúde, educação, emprego, esporte,
economia, sociedade, gestão política, segurança, entre outras. Com essas propostas os candidatos
visam conquistar o maior número de votos e para isso constróem suas imagens tanto
profissionais quanto pessoais para angariar esses votos (imagem diz respeito à visão que o povo
tem do político, seja no campo pessoal quanto no profissional). A imagem é muito importante
nos momentos da campanha, e deve ser forte e solidificada para ensejar uma possível
recandidatura. Um político deve ser engajado (firme nas propostas) e ter boa capacidade de
articulação e carisma, além se ser sociável, pois terá que “abraçar” muitos eleitores para tentar
convencê-los que ele é o melhor. As redes sociais como o Orkut e Facebook são poderosas
ferramentas que prospectam milhares de eleitores, seja através de anúncios, ou para ser mais
abrangente a propaganda, seja através de slogans, banners, pop-ups ou até o conteúdo de sua
página de campanha eleitoral. Através do posicionamento, que no marketing político ganha a
configuração de “espaço”, é que o político constrói sua imagem com potencial de crescimento e
visa angariar muitos votos visando solidificar seu sucesso pessoal e profissional e entrar no
primeiro turno e se necessário no segundo turno com alto poder de competitividade para vencer a
eleição e ser reconhecido através de suas posteriores atitudes e obras.

Nesse desenvolvimento construirei um relatório de diagnóstico e intervenção contendo


propostas de soluções para a inserção da imagem do candidato no mercado político.
Para começar, o primeiro diagnóstico é ter uma conduta digna de aprovação (político), ter
uma conduta ética. A conduta ética é forte fator que contribui para a imagem do político.
Geralmente, um político ético é transparente nos seus projetos e toma atitudes com grau de
moralidade, não deixando atitudes que o prejudiquem atrapalharem o seu mandato e gerando a
confiança do eleitor. A intervenção é justamente levar adiante seus projetos de forma verdadeira,
sem “ferir” a conduta esperada por todos que lhe avaliam.
O segundo diagnóstico é ter carisma e capacidade de articulação. Fatores esses que
contribuem para sua imagem, já que essas duas características ampliam o seu grau de influência
na gestão política. Falar o que o eleitor quer ouvir, ter “voz” ante os concorrentes, agradar todas
as classes são variantes desses fatores. A intervenção é saber lidar com o público de maneira
verdadeira e com experiência.
O terceiro diagnóstico é ter um acessor de marketing político que o ajude a se expressar
desenvolvendo um bom diálogo com o público e emitindo confiabilidade nas suas propostas e
portanto confiança nas suas mensagens. A intervenção é fazer com que o político desenvolva
uma comunicação eficiente com o seu público e cuidar da aparência do político que envolve o
corte de cabelo, o vestuário, até cada passo do candidato. Para concluir esse diagnóstico e
intervenção, é necessário ressaltar que o objetivo “dessa ajuda” é fazer com que o candidato
tenha uma aparência e um comportamento que vão de encontro à percepção e aos desejos do
eleitor. Esses objetivos enriquecem sua imagem profissional como a pessoal. Portanto ter um
acessor está ligado a sua imagem já que as características desenvolvidas pelo político com essa
“ajuda” ensejão sua visibilidade e sucesso.
O quarto diagnóstico é a propaganda eleitoral, comumente associada a mídia televisiva, mas que
também pode envolver uma campanha pela internet através por exemplo de sites ou redes
sociais. O objetivo da propaganda é amplificar a mensagem do candidato, assim como sua
projeção social (Briza, 2012). A propaganda eleitoral está ligada a imagem do político pois o
projeta socialmente e faz com que suas propostas e projetos sejam ouvidos e assimilados pelos
eleitores. A propaganda eleitoral é constituída de um conteúdo, uma mensagem e pode conter
trilhas sonoras. Todos gestos, expressões, maneira de se posicionar possuem o objetivo de criar o
candidato perfeito, solidificando sua imagem e tornando-o merecedor do voto popular. Assim
como pela TV, a propaganda pode ser feita pela internet, em especial pelas redes sociais Orkut e
Facebook: anúncios da campanha política, conteúdo nos sites, propaganda nos banners e pop-ups
são características da rede e da internet que contribuem para solidificar a imagem do candidato
gerando visibilidade. Ainda existe a “propaganda corpo-a-corpo” que é realizada nas ruas
envolvendo folhetos, volantes, impressos, bandeiras, além dos momentos em que o candidato se
aproxima dos eleitores visando mais votos como comícios, passeatas e caminhadas. A
intervenção é justamente isso, as diversas maneiras de interagir com o público eleitor seja pela
TV, internet ou na propaganda corpo-a-corpo e rádio (citado adiante). Os debates com os
candidatos, assim como a propaganda, podem ser ouvidos no rádio, assim como na TV e
estimulam o eleitor a construir uma imagem do político através da visibilidade dos seus atos. A
campanha do primeiro, e se necessário segundo turno devem ser exploradas nesses meios de
comunicação.
O quinto diagnóstico são as pesquisas do marketing político feitas junto ao público
eleitorado. Elas interferem muito na imagem do candidato pois avaliam o grau de conhecimento
dos projetos e das obras realizadas e o grau de satisfação com os serviços públicos através de um
levantamento junto ao eleitorado (Briza, 2012). A opinião pública do eleitorado, é muito
importante pois facilita na fixação da imagem do político, ensejando a recandidatura e
reconhecimento público. A intervenção é a publicação dessas pesquisas nas mídias on-line ou
off-line visando tornar pública a imagem do candidato angariando mais votos para este.
O sexto diagnóstico é o posicionamento de campanha. Através dele o candidato busca o
reconhecimento junto ao público com o foco da sua campanha, sua imagem e propostas, ou seja,
ocupa um espaço favorável de potencial crescimento ao elevar o número de pessoas (eleitores)
que constróem um bom significado e imagem dele. A intervenção do posicionamento é
prospectar o maior número de eleitores através de um trabalho de reconhecimento dos feitos do
candidato.
Todos esses diagnósticos têm ligação com a gestão da informação, pois se referem a
como a mensagem é transmitida ao eleitor-alvo e atitudes do candidato que estão diretamente
ligadas à informação.

Portanto, no cenário político, o candidato constrói sua imagem atentando para diversos
valores como a ética, ter carisma e capacidade de articulação, ter um acessor de imprensa que o
ajude, utilizar da propaganda para sua projeção social, utilizar das pesquisas de marketing
político junto ao eleitorado, e posicionar-se adquirindo grande número de eleitores. A imagem do
candidato é muito importante e deve ser solidificada no momento da sua campanha de primeiro
turno e se necessário do segundo turno. O trabalho do político é um trabalho árduo que envolve
propostas em diversas áreas como: saúde, educação, emprego, esporte, economia, sociedade,
gestão política, segurança. A imagem dele (político) é construída a partir da visibilidade que o
público eleitorado desenvolve tendo em vista o reconhecimento das suas obras e propostas.
• BRIZA, Gabriela. [S.I.: s. N.] – Livro EAD Unijorge Marketing Político
• POLÍTICA [S.I.: s. N.] (http://www.politicaparapoliticos.com.br/glossario.php?
id_glossario=152)

4 - VÍDEOS (NÃO TEM)

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