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REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

JORNAL OFICIAL
Sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Série

Número 179

Suplemento

Sumário
SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS
Despacho n.º 143/2013
Dá nova redação ao Despacho n.º 87/2008, de 31 de outubro, que estabeleceu as
regras e os princípios orientadores a observar, em cada ano letivo, na organização do
horário semanal do pessoal docente em exercício de funções nos estabelecimentos
públicos de educação e dos ensinos básico e secundário.
2-S 27 de setembro de 2013
Número 179

SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E 2- ..............................................................................


RECURSOS HUMANOS
3- Os docentes podem, independentemente do
Despacho n.º 143/2013 grupo pelo qual foram recrutados, lecionar outra
disciplina ou unidade de formação do mesmo ou
O Estatuto da Carreira Docente da Região Autónoma da de diferente ciclo ou nível de ensino, desde que
Madeira aprovado pelo Decreto Legislativo Regional sejam titulares da adequada formação científica e
n.º 6/2008/M, de 25 de fevereiro, veio enquadrar a duração as necessidades da organização escola assim o
de trabalho dos docentes dos estabelecimentos de educação justifiquem.
e ensino da rede pública.
Nessa sequência, o Despacho n.º 87/2008, de 31 de 4- A distribuição do serviço docente concretiza-se
outubro, veio estabelecer regras e princípios orientadores a com a entrega de um horário semanal a cada
observar, em cada ano letivo, na organização do horário docente no início do ano letivo ou no início da
semanal do pessoal docente em exercício de funções nos sua atividade, sempre que esta não seja
estabelecimentos públicos de educação e dos ensinos básico coincidente com o início do ano letivo.
e secundário.
5- O serviço docente não deve ser distribuído por
Face ao novo regime legal que veio alterar o período normal mais de dois turnos por dia, à exceção da
de trabalho na Função Pública e às duas alterações legislativas participação em reuniões de natureza pedagógica
do Estatuto da Carreira Docente da Região Autónoma da convocadas nos termos legais, quando as
Madeira operadas pelos Decretos Legislativos Regionais n.ºs condições da escola assim o exigirem.
17/2010/M, de 18 de agosto e 20/2012/M, de 29 de agosto,
importa, pois, compaginar o estabelecido naquele despacho com 6- O órgão de gestão da escola deve garantir, desde
o atual enquadramento normativo. o primeiro dia do ano letivo, o controlo da
Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei pontualidade e da assiduidade de todo o serviço
n.º 23/98, de 26 de maio. docente registado no horário.
Assim:
7- Na organização da componente letiva do horário
Ao abrigo do artigo 72.º do Estatuto da Carreira
semanal do docente do ensino regular e do docente
Docente da Região Autónoma da Madeira, aprovado pelo da educação especial, dos 2.º e 3.º ciclos do ensino
Decreto Legislativo Regional n.º 6/2008/M, de 25 de básico e do ensino secundário é aplicável a tabela
fevereiro, alterado pelos Decretos Legislativos Regionais constante do n.º 1 do Despacho n.º 29/2001, de 17 de
n.os 17/2010/M, de 18 de agosto e 20/2012/M, de 29 de agosto, não sendo contabilizado para efeitos do
agosto, conjugado com as alíneas c) do artigo 7.º do crédito global de horas.
Decreto-Lei n.º 364/79, de 4 de setembro e d) do artigo 49.º
do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma 8- O tempo letivo resultante da aplicação do
da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, número anterior é utilizado preferencialmente
com a redação dada pelas Leis n.ºs 130/99, de 21 de agosto, para o desenvolvimento de atividades e medidas
e 12/2000, de 21 de junho, determino o seguinte: de apoio aos alunos e atividades de programação
conjunta no caso de alunos ao abrigo do Decreto
Legislativo Regional n.º 33/2009/M, de 31 de
Artigo 1.º dezembro, não sendo contabilizado para efeitos
do crédito global de horas.
Os artigos 2.º, 4.º e 5.º passam a ter a seguinte redação:
9- As faltas dadas a tempos registados no horário
“Artigo 2.º individual do docente são referenciadas a:
Disposições gerais a) Períodos de uma hora, tratando-se de
educadores de infância e de professores do
1- Incumbe às escolas, no âmbito das competências 1º ciclo do ensino básico;
legalmente cometidas aos órgãos de gestão e b) Períodos de 45 minutos, tratando-se de
administração respetivos, proceder à organização docentes dos 2º e 3º ciclos do ensino básico
e distribuição do serviço docente em sede das e do ensino secundário.
componentes letiva e não letiva, em quaisquer
das suas modalidades, nos termos do artigo 78.º 10 - Sem prejuízo do que vier a ser especialmente
do Estatuto da Carreira Docente da Região regulado em legislação própria, as horas de
Autónoma da Madeira e do artigo 4.º do presente redução da componente letiva do horário de
despacho, assim como ajustar pontualmente os trabalho a que o docente tenha direito, determina
horários dos docentes às necessidades escolares o acréscimo correspondente da componente não
que ocorram ao longo do ano letivo por forma a letiva de trabalho individual, mantendo-se a
se manter a totalidade da carga horária das obrigatoriedade da prestação pelo docente de
componente letiva e não letiva. quarenta horas de serviço semanal.
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11 - As horas de redução a que se refere o número 2- Para efeitos do disposto no número anterior,
anterior destinam-se à prestação de trabalho a devem ser consideradas, entre outras, as
nível individual nos termos do n.º 2 do artigo seguintes atividades educativas:
78.º do Estatuto da Carreira Docente da Região a) Atividades de enriquecimento e comple-
Autónoma da Madeira. mento curricular no âmbito da substituição
de docentes quando não for possível a
Artigo 4.º atividade letiva;
Organização das componentes letiva e não letiva b) Atividades em salas de estudo;
c) Atividades de uso de tecnologias de
1- Os docentes têm um horário de 40 horas informação e comunicação;
semanais com uma componente letiva e uma não d) Leitura orientada;
letiva, nos termos seguintes: e) Pesquisa bibliográfica orientada.
a) 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, ensino
secundário e educação especial: componen- 3- O plano anual a que se refere o n.º 1 deverá ser
te letiva de 22 horas semanais e 18 horas de submetido à Direção Regional de Educação até
componente não letiva, sendo 14 horas de 30 de outubro de cada ano, ficando esta obrigada
trabalho individual, 2 tempos para reuniões a apresentar ao membro do Governo competente
e 2 tempos para trabalho no estabeleci- um relatório síntese de avaliação das diversas
mento de ensino ou instituição, não sendo programações realizadas até 30 de novembro do
estes 4 tempos contabilizados para efeitos mesmo ano.
de crédito global de horas;
b) Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico: 4- .............................................................................
componente letiva de 25 horas semanais e
15 horas de componente não letiva, sendo 5- ............................................................................“
11 horas de trabalho individual, 2 tempos
para reuniões e 2 tempos para trabalho no Artigo 2.º
estabelecimento de educação ou ensino. Republicação
2- .............................................................................. É republicado na íntegra, em anexo ao presente diploma
o Despacho n.º 87/2008, de 31 de outubro, com a redação
3– Os titulares dos órgãos de gestão dos estabele- atual.
cimentos de educação ou ensino, com dispensa
total da componente letiva, têm um horário de 40 Artigo 3.º
horas semanais. Entrada em vigor

4- A componente não letiva de trabalho na escola O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao
pode ficar adstrita às funções dos docentes da sua publicação.
designados como avaliadores internos no
processo de avaliação do desempenho do pessoal Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos,
docente, nos termos do artigo 14.º do Decreto 20 de setembro de 2013.
Legislativo Regional n.º 26/2012/M, de 8 de
outubro, que regulamenta o sistema de avaliação O SECRETÁRIO REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS
do desempenho do pessoal docente. HUMANOS, Jaime Manuel Gonçalves de Freitas

Artigo 5.º
Ocupação de tempos escolares Anexo do Despacho n.º 143/2013
(a que se refere o artigo 2.º)
1- No âmbito da organização do ano escolar, deve o
órgão de gestão de cada escola proceder à Artigo 1.º
aprovação de um plano de distribuição de serviço Objeto
docente, de acordo com o projeto educativo e o
plano anual de escola ou plano anual de 1- O presente despacho estabelece regras e princípios
atividades, identificando detalhadamente os orientadores a observar, em cada ano letivo, na
recursos envolvidos, que assegure a ocupação organização do horário semanal do pessoal docente
plena dos alunos do ensino básico e ensino em exercício de funções nos estabelecimentos
secundário em atividades educativas, durante o públicos de educação e dos ensinos básico e
seu horário letivo, na situação de ausência secundário.
imprevista do respetivo docente a uma ou mais
aulas nos termos do n.º 6 do artigo 74.º do 2- O presente despacho define ainda, orientações
Estatuto da Carreira Docente da Região para a organização e programação das atividades
Autónoma da Madeira.
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educativas que proporcionem aos alunos do da educação especial, dos 2.º e 3.º ciclos do ensino
ensino básico o aproveitamento pleno dos básico e do ensino secundário é aplicável a tabela
tempos decorrentes de ausência imprevista do constante do n.º 1 do Despacho n.º 29/2001, de 17 de
respetivo docente. agosto, não sendo contabilizado para efeitos do
crédito global de horas.
Artigo 2.º
Disposições gerais 8- O tempo letivo resultante da aplicação do
número anterior é utilizado preferencialmente
1- Incumbe às escolas, no âmbito das competências para o desenvolvimento de atividades e medidas
legalmente cometidas aos órgãos de gestão e de apoio aos alunos e atividades de programação
administração respetivos, proceder à organização conjunta no caso de alunos ao abrigo do Decreto
e distribuição do serviço docente em sede das Legislativo Regional n.º 33/2009/M, de 31 de
componentes letiva e não letiva, em quaisquer dezembro, não sendo contabilizado para efeitos
das suas modalidades, nos termos do artigo 78.º do crédito global de horas.
do Estatuto da Carreira Docente da Região
Autónoma da Madeira e do artigo 4.º do presente 9- As faltas dadas a tempos registados no horário
despacho, assim como ajustar pontualmente os individual do docente são referenciadas a:
horários dos docentes às necessidades escolares a) Períodos de uma hora, tratando-se de
que ocorram ao longo do ano letivo por forma a educadores de infância e de professores do
se manter a totalidade da carga horária das 1º ciclo do ensino básico;
componente letiva e não letiva. b) Períodos de 45 minutos, tratando-se de
docentes dos 2º e 3º ciclos do ensino básico
2- No horário de trabalho do pessoal docente é e do ensino secundário.
obrigatoriamente registada a totalidade das horas
correspondentes à duração da respetiva prestação 10 - Sem prejuízo do que vier a ser especialmente
semanal de trabalho, com exceção da compo- regulado em legislação própria, as horas de
nente não letiva destinada a trabalho individual e redução da componente letiva do horário de
da participação em reuniões de natureza trabalho a que o docente tenha direito, determina
pedagógica convocadas nos termos legais. o acréscimo correspondente da componente não
letiva de trabalho individual, mantendo-se a
3- Os docentes podem, independentemente do obrigatoriedade da prestação pelo docente de
grupo pelo qual foram recrutados, lecionar outra quarenta horas de serviço semanal.
disciplina ou unidade de formação do mesmo ou
de diferente ciclo ou nível de ensino, desde que 11 - As horas de redução a que se refere o número
sejam titulares da adequada formação científica e anterior destinam-se à prestação de trabalho a
as necessidades da organização escola assim o nível individual nos termos do n.º 2 do artigo
justifiquem. 78.º do Estatuto da Carreira Docente da Região
Autónoma da Madeira.
4- A distribuição do serviço docente concretiza-se
com a entrega de um horário semanal a cada Artigo 3.º
docente no início do ano letivo ou no início da Redução da componente letiva
sua atividade, sempre que esta não seja
coincidente com o início do ano letivo. 1- A redução da componente letiva é a prevista no
artigo 75.º do Estatuto da Carreira Docente da
5- O serviço docente não deve ser distribuído por Região Autónoma da Madeira.
mais de dois turnos por dia, à exceção da
participação em reuniões de natureza pedagógica 2- O disposto no artigo 75.º do Estatuto da Carreira
convocadas nos termos legais, quando as Docente da Região Autónoma da Madeira não é
condições da escola assim o exigirem. considerado:
a) Para efeitos da dispensa parcial da
6- O órgão de gestão da escola deve garantir, desde componente letiva a que se refere o artigo
o primeiro dia do ano letivo, o controlo da 77.º do Estatuto da Carreira Docente da
pontualidade e da assiduidade de todo o serviço Região Autónoma da Madeira;
docente registado no horário. b) Para efeitos de prestação de serviço docente
em regime de tempo parcial a que se refere
7- Na organização da componente letiva do horário o artigo 81.º do Estatuto da Carreira
semanal do docente do ensino regular e do docente Docente da Região Autónoma da Madeira.
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3- A aplicação do disposto no artigo 75.º do aprovação de um plano de distribuição de serviço


Estatuto da Carreira Docente da Região Autóno- docente, de acordo com o projeto educativo e o
ma da Madeira determina a impossibilidade de plano anual de escola ou plano anual de
prestação de serviço letivo extraordinário, salvo atividades, identificando detalhadamente os
nas situações em que tal se manifeste necessário recursos envolvidos, que assegure a ocupação
para completar o horário semanal do docente em plena dos alunos do ensino básico e ensino
função da carga horária letiva da disciplina que secundário em atividades educativas, durante o
ministra. seu horário letivo, na situação de ausência
imprevista do respetivo docente a uma ou mais
Artigo 4.º aulas nos termos do n.º 6 do artigo 74.º do
Organização das componentes letiva e não letiva Estatuto da Carreira Docente da Região
Autónoma da Madeira.
1- Os docentes têm um horário de 40 horas
semanais com uma componente letiva e uma não 2- Para efeitos do disposto no número anterior,
letiva, nos termos seguintes: devem ser consideradas, entre outras, as
a) 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, ensino seguintes atividades educativas:
secundário e educação especial: compo- a) Atividades de enriquecimento e
nente letiva de 22 horas semanais e 18 complemento curricular no âmbito da
horas de componente não letiva, sendo 14 substituição de docentes quando não for
horas de trabalho individual, 2 tempos para possível a atividade letiva;
reuniões e 2 tempos para trabalho no b) Atividades em salas de estudo;
estabelecimento de ensino ou instituição, c) Atividades de uso de tecnologias de
não sendo estes 4 tempos contabilizados informação e comunicação;
para efeitos de crédito global de horas; d) Leitura orientada;
b) Pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico: e) Pesquisa bibliográfica orientada.
componente letiva de 25 horas semanais e
15 horas de componente não letiva, sendo 3- O plano anual a que se refere o n.º 1 deverá ser
11 horas de trabalho individual, 2 tempos submetido à Direção Regional de Educação até 30 de
para reuniões e 2 tempos para trabalho no outubro de cada ano, ficando esta obrigada a
estabelecimento de educação ou ensino. apresentar ao membro do Governo competente um
relatório síntese de avaliação das diversas
2- A componente não letiva dos docentes dos 2.º e programações realizadas até 30 de novembro do
3.º ciclos dos ensinos básico, secundário e mesmo ano.
educação especial que beneficiam de redução ao
abrigo do artigo 75.º do Estatuto da Carreira 4- O mesmo plano deverá igualmente ser dado a
Docente da Região Autónoma da Madeira é de 2 conhecer pelo responsável de turma aos pais e
tempos para reuniões, 2 tempos para trabalho no encarregados de educação na primeira reunião
estabelecimento de ensino ou instituição e as
geral de turma.
horas remanescentes para trabalho individual.
5- O plano de cada escola constitui elemento a
3- Os titulares dos órgãos de gestão dos estabeleci-
considerar no processo de avaliação sistemática
mentos de educação ou ensino, com dispensa
da atividade desenvolvida em cada ano escolar.
total da componente letiva, têm um horário de 40
horas semanais.
Artigo 6.º
4- A componente não letiva de trabalho na escola
pode ficar adstrita às funções dos docentes É revogado o Despacho n.º 13/2006, de 29 de maio.
designados como avaliadores internos no
processo de avaliação do desempenho do pessoal Artigo 7.º
docente, nos termos do artigo 14.º do Decreto Entrada em vigor
Legislativo Regional n.º 26/2012/M, de 8 de
outubro, que regulamenta o sistema de avaliação O presente Despacho entra em vigor no dia seguinte ao
do desempenho do pessoal docente. da sua publicação.

Artigo 5.º Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos,


Ocupação de tempos escolares 20 de setembro de 2013.

1- No âmbito da organização do ano escolar, deve o O SECRETÁRIO REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS


órgão de gestão de cada escola proceder à HUMANOS, Jaime Manuel Gonçalves de Freitas
6-S 27 de setembro de 2013
Número 179

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EXECUÇÃO GRÁFICA Departamento do Jornal Oficial


IMPRESSÃO Departamento do Jornal Oficial
DEPÓSITO LEGAL
Número 181952/02

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