COLESTEATOMA

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

Ana Flávia Vasconcelos do Nascimento


Ana Victoria Vasconcelos do Nascimento
Dandara da Costa Homem Azevedo
Gabriela Trescastro Vasquez
Isabella Katrina Ribeiro Saavedra
Pamela da Silva Bastos

COLESTEATOMA

Belém-PA
2018

1
Ana Flávia Vasconcelos do Nascimento
Ana Victoria Vasconcelos do Nascimento
Dandara da Costa Homem Azevedo
Gabriela Trescastro Vasquez
Isabella Katrina Ribeiro Saavedra
Pamela da Silva Bastos

COLESTEATOMA

Trabalho de pesquisa sobre Colesteatoma,


apresentado à Universidade da Amazônia,
como parte das exigências para a
obtenção de pontuação na 1ª. avaliação da
disciplina Tópicos Integradores II,
ministrada pela Profa. Diolen Lobato.

Belém, 23 de agosto de 2018.

Belém-PA
2018

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................... 4

COLESTEATOMA .................................................................................... 5

HISTÓRIA CLÍNICA SUGESTIVA DA DOENÇA ..................................... 7

CASO CLÍNICO: AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA ...................................... 8

TESTE IMPORTANTE PARA O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ........... 11

CONCLUSÃO ........................................................................................... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 13

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INTRODUÇÃO

Este trabalho, intitulado colesteatoma, apresenta um estudo bibliográfico


sobre uma das principais patologias da Orelha Média, fundamentado em Aquino
et al (2011), Guimarães et al (2012) e Testa et al (2003). O Colesteatoma, tumor
benigno localizado na orelha média, pode ser classificado como congênito ou
adquirido, podendo causar diversos problemas que irão afetar de forma
permanente a qualidade de vida do paciente.

Na primeira parte, o trabalho busca conceituar colesteatoma, trazendo


informações sobre a patologia e seu tratamento. A segunda parte aborda um
caso clínico sobre a patologia, incluindo a história clínica sugestiva da doença e
a avaliação audiológica do paciente, bem como seus achados audiológicos.
Finalizando, o estudo discorre sobre exames para o diagnóstico diferencial do
Colesteatoma.

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COLESTEATOMA

O Colesteatoma é definido como um tumor localizado na orelha média.


Não se classifica como cancerígeno, porém requer grande atenção, já que a
patologia apresenta uma ampla capacidade de expansão para as estruturas
adjacentes à lesão cística, pois além de atingir a orelha média, outras estruturas
podem ser acometidas, como: osso temporal, ápice petroso, área do gânglio
geniculado, ângulo pontocerebelar, forâmen jugular, apófise mastoide, porção
escamosa do osso temporal, seio sigmoide, meato acústico interno e conduto
auditivo externo, além das meninges, causando sérios problemas. A sua
denominação deriva do grego chole (bilis) e steatoma (tumor gorduroso).

Conforme descrito na literatura, é possível classificá-los como de origem


congênita ou adquirida. Os congênitos representam uma pequena parte dentre
todos os colesteatomas, cerca de 2% a 5% das ocorrências, é frequentemente
mais observado no sexo masculino. Nessa classe não existem relatos de
constante otorreia, nenhuma cirurgia otológica anterior ao problema ou mesmo
perfuração da membrana timpânica e, embora sua etiologia ainda não tenha sido
definida, acredita-se que sua patogenia tenha relação com a migração de células
epiteliais, a metaplasia de mucosa ou a existência de resquícios embrionários.

Os colesteatomas adquiridos são classificados em primários, que são


desenvolvidos como consequência de uma compressão da membrana timpânica
resultante de disfunção tubária ou secundários, causados em decorrência de
migração epitelial em razão de uma perfuração anterior da membrana timpânica.

Registros anuais mostram uma incidência de três casos a cada 100.000


crianças e nove casos a cada 100.000 adultos, contudo alguns fatores podem
favorecer o início da doença, são eles: fatores genéticos, nível socioeconômico,
sexo, idade, além do uso inadequado de antibióticos. A ocorrência da patologia
na infância e adolescência, por exemplo, costuma estar associada à otite aguda,
à secretora e aos problemas rinofaringicos.

Para Guimarães et al (2012, p. 85), “o colesteatoma caracteriza-se por


uma lesão benigna,de comportamento destrutivo”. Os sintomas iniciais podem
ser silenciosos e assintomáticos. Ainda no começo da doença, o ouvido libera

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uma secreção fétida (otorreia) e o paciente também pode apresentar sintomas
como: febre, cefaleia, vertigens, dores no pescoço, além da perda auditiva,
entretanto se o tumor crescer de forma excessivamente rápida pode começar a
causar problemas mais graves.

De acordo com estudos de Testa et al (2003, p. 1), “a paralisia facial


causada pelo colesteatoma é pouco frequente. As porções do nervo mais
acometidas são a timpânica e a região do 2º joelho”. Em grande parte dos casos,
podem ocorrer múltiplas complicações como: meningite, a degeneração do
ouvido com o tempo, perda da audição (surdez) em grande parte dos pacientes,
podendo também levá-los a óbito. A paralisia facial periférica se apresenta
também como um dos problemas que mais debilita o paciente, deixando-o com
diversas sequelas irreversíveis. Com isso, é necessário que se tenha a dimensão
da extensão da lesão para determinar o melhor tratamento e assim diminuir as
sequelas.

Segundo Aquino et al (2011, p. 1), “o colesteatoma da orelha média é uma


doença relativamente comum, podendo ter sérias consequências”. O diagnóstico
respalda-se na avaliação clínica, achados otoscópicos e exames
complementares, sendo esses os exames de imagem que ajudam a obter a
localização e a extensão exata da lesão. É necessário também a realização de
exames audiológicos como: audiometria tonal, audiometria vocal,
Imitanciometria, PEATE e as Emissões Otoacústicas.

Nos casos de otite media crônica colesteatomatosa, a intervenção


cirúrgica de mastoidectomia é a mais recomendada para o tratamento, pois, evita
que o paciente faça uso de altas doses de antibióticos por isso é importante que
ocorram avanços e estudos cada vez mais detalhados sobre a patologia,
principalmente com relação a criação e melhorias dos medicamentos e dos
exames de imagem, sendo possível reduzir as complicações e assim atuar para
preservar a qualidade de vida do paciente, por isso a necessidade de ser
consultado por um especialista, que poderá intervir o mais precocemente
minimizando as sequelas.

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HISTÓRIA CLÍNICA SUGESTIVA DA DOENÇA

M.O.F, 24 anos, com queixas de frequentes dores de ouvido, que o


acompanham desde a infância. Relata que estas têm ficado cada vez mais
presentes, com maior durabilidade e com presença de secreção fétida, causando
uma dificuldade para ouvir. Foi encaminhado pelo otorrinolaringologista para
realizar os exames audiológicos para conclusão de diagnóstico.

Como parte do caso clínico de Colesteatoma em estudo, apresentamos


na seção seguinte a avaliação diagnóstica do referido paciente.

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CASO CLÍNICO: AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA

AUDIOMETRIA TONAL

Orelha direita Orelha esquerda

Masc.mín: 20 dB

Masc.máx: 50dB

LOGOAUDIOMETRIA

Orelha direita Orelha esquerda

LDF: ―― LDF:――

LRF: 40dB LRF: 10

IRF:65dB Monossílabos: 92% IRF: 40 Monossílabos: 100%

Dissílabos: ―― Dissílabos: ――

PARECER AUDIOLÓGICO: Limiares auditivos compatíveis com perda do tipo


condutiva, de grau leve, com configuração ascendente em orelha direita e
normais em orelha esquerda.

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MEDIDAS DE IMITÂNCIA ACÚSTICA

OD OE

Pressão orelha média(daPa) ___ 0

Máxima complacência (ml) ___ 0.6

Posição Neutra (ml) ___ 1.0

Complacência +200 daPa (ml) 0.5 0.4

Reflexos Acústicos Estapedianos

Parecer audiológico: Timpanograma apresenta curva tipo B, com reflexos


estapedianos ipsilateral e contralaterais ausentes na orelha direita e curva tipo A
com reflexo ipsilateral presente e contralateral ausente na orelha esquerda.

PEATE

Os valores obtidos das latências absolutas das ondas I, III e IV estarão


aumentados, porém o intervalo dos interpicos entre as ondas I - III, III - V e, I - V
estarão normais.

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EMISSÕES OTOACÚSTICAS

Quando submetidas as emissões otoacústicas transientes não foram obtidas


respostas aos estímulos, apresentando respostas aos estímulos apenas nas
emissões otoacústicas por produto de distorção.

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EXAMES PARA O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Os exames de imagem são considerados os mais importantes para o


diagnóstico do Colesteatoma, pois através destes é possível ter imagens sobre
a dimensão e as delimitações da lesão.

A tomografia Computadorizada (TC) é o exame mais indicado durante o


pré-operatório uma vez que as imagens obtidas facilitam no diagnóstico precoce
da doença e auxiliam no tratamento adequado ao paciente, melhorando assim
seu prognóstico.

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CONCLUSÃO

Baseado na leitura de três artigos: Aquino et al (2011), Guimarães et al


(2012) e Testa et al (2003), procuramos apresentar um estudo sobre
colesteatoma, que é uma das principais patologias da orelha média.

Com o estudo, podemos constatar que o colesteatoma é uma causa rara


de paralisia facial periférica e o diagnóstico de outras patologias também deve
ser lembrado, principalmente nos colesteatomas congênitos, que podem ser
assintomáticos por anos.

Embora o tumor não seja classificado como cancerígeno, convém que seu
diagnóstico e tratamento seja feito o mais cedo possível, pois se trata de uma
doença que pode ocasionar sérias consequências, uma vez que a lesão acomete
as estruturas da orelha média.

Desta forma, os dados apresentados podem contribuir no sentido de


fornecer subsídios a possíveis atendimentos de pacientes com a patologia e
análises sobre a temática, em nossa atuação futura em fonoaudiologia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AQUINO, Jose Evandro Andrade Prudente de; CRUZ FILHO, Nelson Alvares;
AQUINO, Julia Negro Prudente de. Epidemiologia do colesteatoma da orelha
média e mastoide: estudo de 1146 casos. In: Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology (Impr.), vol.77, no.3. São Paulo, May/June 2011.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1808-


86942011000300012&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 18 ago. 2018.

GUIMARÃES, Valeriana de Castro; COSTA, Claudiney Candido; SIQUEIRA,


Paulo Humberto; VALENTE, Neide Maria de Lourdes de Morais. Mortalidade
por colesteatoma no Brasil: Série histórica (1996-2010). In: Rev. Bras. Cir.
Cabeça Pescoço, v.41, nº 2, p. 85-88, abril / maio / junho 2012.

Disponível em: https://www.sbccp.org.br/wp-content/uploads/2014/11/REVISTA-


SBCCP-41-2-artigo-07.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.

TESTA, José Ricardo Gurgel; VICENTE, Andy de Oliveira; ABREU, Carlos E.C.;
BENBASSAT, Simone F.; ANTUNES, Marcos L.; BARROS, Flávia A..
Colesteatoma causando paralisia facial- Cholesteatoma causing facial
paralysis. In: Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, vol.69, no.5. São Paulo,
Sept./Oct. 2003.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-


72992003000500011. Acesso em: 20 ago. 2018.

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