Trabalho de DIP Interpretação e Integração de
Trabalho de DIP Interpretação e Integração de
Trabalho de DIP Interpretação e Integração de
Índice
Introdução........................................................................................................................2
Objectivos.........................................................................................................................3
Interpretação de lacunas.................................................................................................5
Aplicação no tempo.........................................................................................................6
Conclusão.........................................................................................................................8
Bibliográfica......................................................................................................................9
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
1. Introdução
O presente trabalho individual da cadeira de direito internacional privado tem como
tema principal abordar de foram clara em relação a interpretação e integração das regras
de conflito.
Se as relações humanas atravessam as fronteiras de um país, diferentemente não poderia
ocorrer com as relações jurídicas, dado que o Direito é fruto da sociedade humana. Cabe
ao direito, portanto, adequar-se a esta realidade.
“Há várias concepções sobre o objeto do Direito Internacional Privado. A mais ampla é
a francesa que entende abranger a disciplina quatro matérias distintas: a nacionalidade; a
condição jurídica do estrangeiro; o conflito das leis e o conflito de jurisdições…”.
(DOLINGER , 2003, p. 01)
“As relações jurídicas de direito privado, na maioria dos casos, estão vinculadas
estritamente ao território do Estado no qual os tribunais julgam uma eventual lide
corrente entre duas partes. Mas, no mundo inteiro, cada vez mais são frequentes as
relações jurídicas com conexão internacional”.
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
A grande maioria das lides que, por ventura, chegam à apreciação do poder judiciário,
são resolvidas pelo juízo competente segundo as normas gerais de competência,
comumente estudadas no processo civil. No entanto, o mundo globalizado tem trazido à
justiça relações jurídicas com conexão internacional, ou seja, aquelas que, por algum
motivo, como a nacionalidade ou o local de celebração, possuem um elemento
internacional.
1.1. Objectivos
Geral:
Específicos:
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
b) Princípio segundo o qual deve-se atender ao contexto geral dos tratados: âmbito ou
teor criativo consagrado no tratado; elemento teológico ou finalístico.
3. Interpretação de lacunas
O sistema de normas de conflitos português é de um sistema extremamente organizado,
o que não impede, no entanto, que hajam lacunas em matéria de Direito Internacional
Privado.
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
A lacuna: existe quando o legislador não regulou uma questão porque não a previne,
mas se a tivesse previsto, regularia por se tratar de um caso que deve cair sob a tutela da
ordem jurídica.
Caso omisso: é o caso posto à margem do direito que o legislador não regulou porque
entendeu que deveria ser excluída da tutela da ordem jurídica.
No direito português, o art. 10º CC diz que uma das saídas para integrar uma lacuna é a
analogia ou ainda a interpretação extensiva.
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
b) O problema complica-se quando existe uma sucessão no tempo de ordens jurídicas
aplicáveis em consequência de uma alteração no conteúdo concreto do elemento de
conexão utilizado na norma de conflitos do foro.
A e B, italianos casaram em Nova Iorque onde viveram, tendo A, mudado a sua
residência para Lisboa e aqui resolve intentar uma acção de anulação do casamento
(questão de capacidade).
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
A lei italiana considera este casamento inválido e a lei americana valida este mesmo
casamento. Várias soluções são possíveis:
Segundo a tese clássica, aplica-se a norma de conflito portuguesa. O art. 49º CC remete
para a lei pessoal dos nubentes que é a lei italiana (lei da nacionalidade, art. 31º/1 CC), a
qual considera o casamento como inválido.
Segundo a tese dos direitos, não se pode aplicar o art. 49º CC porque não existia à data
do casamento qualquer conexão com a nossa ordem jurídica.
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
4. Conclusão
Chegado aos trâmites finais do presente trabalho individua de caracter avaliativo da
cadeira de direito internacional privado com o tema a interpretação e integração de
regras de conflitos.
Entende-se que não se preconiza nem a tese clássica nem a tese dos direitos adquiridos,
tem-se um carácter territorial com vocação universalista, a qual pode sofrer as
limitações já referidas acima.
De salienta que o Direito Internacional Privado é importante disciplina jurídica no trato
das hodiernas relações jurídicas, cada vez mais ligadas entre diferentes pontos do globo.
Conquanto não resolva diretamente a lide, ele estabelece as regras gerais que definem
qual direito será aplicado ao caso, ou seja, a norma de qual Estado.
Persistem muitos debates sobre seu objeto de estudo e sua relação (ou mesmo
dependência) com outros ramos do direito. Mas deve prevalecer que guarda sua
autonomia própria e que seu conteúdo, ainda que tangencie objetos de outros ramos,
pode e deve conter tudo quanto necessário a sua finalidade de constituir norma de sobre
direito em relações jurídicas dotadas de elemento de conexão internacional.
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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE REGRAS DE CONFLITOS
5. Bibliográfica
ARAÚJO, Nadia de. Direito Internacional Privado. 4ª ed. amp. e atual. Renovar:
2008.
DOLINGER, Jacob. Direito Internacional Privado (Parte Geral). 7ª ed. amp. e atual.
Renovar: 2003.
Legislação