Proposta Final REFIS 2020
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Proposta - SEEC/GAB
MINUTA
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14/10/2020 SEI/GDF - 48893612 - Proposta
VI - ao Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis por Natureza ou Acessão Física e de Direitos
Reais sobre Imóveis – ITBI;
VII - ao Imposto sobre a Transmissão Causa Mor s ou Doação de Bens e Direitos – ITCD;
VIII - à Taxa de Limpeza Pública – TLP; e
IX - aos débitos não-tributários, na forma do regulamento.
Art. 3º Considera-se débito incen vado, para efeito do disposto nesta Lei Complementar, o montante ob do
pela soma dos valores referentes ao principal atualizado reduzido, quando for o caso, aos juros de mora
reduzidos, à multa reduzida, inclusive a de caráter moratório e por descumprimento de obrigação acessória e
principal, e aos demais acréscimos previstos na legislação específica.
§ 1º Os bene cios previstos na Lei nº 3.194, de 29 de setembro de 2003; na Lei nº 3.687, de 20 de outubro
de 2005; na Lei Complementar nº 781, de 1º de outubro de 2008, da Lei Complementar nº 811, de 28 de
julho de 2009; na Lei Complementar nº 833, de 27 de maio de 2011; na Lei nº 4.960, de 1º de novembro de
2012; na Lei nº 5.096, de 10 de abril de 2013; na Lei nº 5.211, de 6 de novembro de 2013; na Lei nº 5.365, de
3 de julho de 2014; na Lei nº 5.463, de 16 de março de 2015, e demais legislações correlatas, não são
cumula vos com os bene cios desta Lei Complementar.
§ 2º A redução do crédito tributário prevista no art. 4º é condicionada ao pagamento ou compensação do
débito incen vado, à vista ou parcelado, sem prejuízo do disposto no art. 9º.
Art. 4º O REFIS-DF 2020 consiste na adoção de medidas que obje vam incen var a regularização de débitos
tributários e não tributários de competência do Distrito Federal relacionados no art. 2º, § 4º, mediante:
I - redução do principal atualizado nas seguintes proporções:
a) 50% do seu valor para débitos inscritos em dívida a va até 31 de dezembro de 2002;
b) 40% do seu valor para débitos inscritos em dívida a va entre 1° de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de
2008; e
c) 30% do seu valor para débitos inscritos em dívida a va entre 1° de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de
2012;
II - redução de juros e multas, inclusive as de caráter moratório, nas seguintes proporções:
a) 95% do seu valor, para pagamento à vista ou em até 5 parcelas;
b) 90% do seu valor, para pagamento em 6 a 12 parcelas;
c) 80% do seu valor, para pagamento em 13 a 24 parcelas;
d) 70% do seu valor, para pagamento em 25 a 36 parcelas;
e) 60% do seu valor, para pagamento em 37 a 48 parcelas;
f) 55% do seu valor, para pagamento em 49 a 60 parcelas; e
g) 50% do seu valor, para pagamento em 61 a 120 parcelas.
§ 1º A redução do principal prevista no inciso I está limitada a débitos tributários atualizados de até R$
100.000.000,00 (cem milhões de reais), consolidados por CPF ou CNPJ.
§ 2º A consolidação de que trata o §1º deverá considerar todos os débitos inscritos em dívida a va até as
datas limites previstas no inciso I do caput.
§ 3º As reduções previstas neste ar go aplicam-se apenas a adesões efe vadas até a data prevista no art. 5º,
§ 1º.
Art. 5º A adesão ao REFIS-DF 2020 em qualquer das modalidades de ex nção do crédito tributário previstas
nesta Lei Complementar fica condicionada:
I - quando for o caso, ao recolhimento do valor constante de documento a ser emi do pela Secretaria de
Estado de Economia, que informará o débito incen vado, o desconto concedido e a data limite para o
pagamento;
II - à desistência e à renúncia expressas, nas esferas administra va e judicial, a qualquer direito de ação,
impugnação ou recurso rela vo ao débito a ser quitado, inclusive debate sobre os critérios prévios de
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atualização de débitos distritais, devendo o devedor arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários
advoca cios;
III - à aceitação plena e irrestrita de todas as condições estabelecidas nesta Lei Complementar e em
regulamento específico; e
IV - à apresentação, se for o caso, de procuração com poderes específicos do devedor.
§ 1º A adesão a que se refere o caput deve ser feita até 16 de dezembro de 2020.
§ 2º Considera-se formalizada a adesão ao REFIS-DF 2020:
I - com a apresentação do requerimento do devedor ou de seus sucessores, nos casos dos arts. 8º e 9º; e
II - com o pagamento à vista ou da primeira parcela, no caso de parcelamento.
§ 3º O devedor que não receber o documento de que trata o inciso I do caput deve requerê-lo junto à
Subsecretaria da Receita da Secretaria Execu va da Fazenda da Secretaria de Estado de Economia, na forma
fixada no regulamento.
§ 4º Tratando-se de débito objeto de execução fiscal ou de ação judicial:
I - havendo penhora ou arresto de bens efe vados nos autos, ou outra garan a, a concessão do
parcelamento de que trata esta Lei Complementar fica condicionada à manutenção da respec va garan a,
podendo, em relação a esses bens, ser aplicado o procedimento previsto no art. 9°; e
II - na hipótese de exis r depósito judicial, a adesão ao REFIS-DF 2020, para quitação do débito à vista, pode
dar-se mediante conversão do depósito em renda, desde que não haja determinação judicial a favor do
Distrito Federal anterior à adesão ao REFIS-DF 2020 para expedição de alvará de levantamento da quan a
depositada.
§ 5º A formalização da adesão, na forma do § 2º, cons tui confissão irretratável e irrevogável do débito fiscal
e importa aceitação plena e irrestrita das demais condições estabelecidas nesta Lei Complementar e em
regulamento.
§ 6º Nos casos em que a adesão for precedida de declaração ou requerimento do contribuinte, a
apresentação do documento correspondente ao fisco também cons tui confissão irretratável e irrevogável
do débito fiscal declarado, ainda que a adesão não se formalize.
Art. 6º Nas hipóteses de parcelamento previstas no art. 4º, o valor de cada parcela não pode ser inferior a
R$ 400,00 (quatrocentos reais), quando se tratar de débito de pessoa jurídica, e a R$ 100,00 (cem reais),
quando se tratar de débito de pessoa sica.
§ 1º As parcelas são mensais, iguais e sucessivas.
§ 2º O valor de cada parcela, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes a:
I - 50% da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para tulos federais,
acumulada mensalmente, calculados a par r do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao
do pagamento, e de 0,5% rela vamente ao mês em que o pagamento for efetuado, nas hipóteses de
parcelamento em até 60 parcelas, para os débitos inscritos em dívida a va até 31 de dezembro de 2002;
II - 50% da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para tulos federais,
acumulada mensalmente, calculados a par r do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao
do pagamento, e de 0,5% rela vamente ao mês em que o pagamento for efetuado, nas hipóteses de
parcelamento em até 36 parcelas, para os débitos inscritos em dívida a va no período entre 1º de janeiro de
2003 até 31 de dezembro de 2012; e
III - 100% da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para tulos federais,
acumulada mensalmente, calculados a par r do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao
do pagamento, e de 1% rela vamente ao mês em que o pagamento for efetuado, nas demais hipóteses.
§ 3º Na falta da taxa Selic, os juros de mora são calculados nos termos da legislação aplicável aos tributos
federais.
§ 4º A parcela não paga até o dia do vencimento é acrescida de multa de mora de:
I - 5%, se efetuado o pagamento em até 30 dias após a data do respec vo vencimento; e
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II - 10%, se efetuado o pagamento após o prazo de 30 dias contado da data do respec vo vencimento.
§ 5º As datas de vencimento das parcelas são fixadas em regulamento.
Art. 7º O devedor é excluído do parcelamento a que se refere esta Lei Complementar na hipótese de:
I - inobservância de quaisquer exigências previstas nesta Lei Complementar e em regulamento específico; e
II - falta de pagamento de 3 parcelas sucessivas ou não ou de qualquer parcela por mais de 90 dias contados
do vencimento.
§ 1º Ocorrendo a exclusão do devedor do parcelamento, o pagamento efetuado ex ngue o crédito de forma
proporcional a cada um dos elementos que originalmente o compõem, e implica a perda do direito aos
bene cios constantes desta Lei Complementar, inclusive aqueles incidentes sobre cada parcela paga.
§ 2º A exclusão do devedor do parcelamento independe de no ficação prévia e dá-se automa camente com
a ocorrência de uma das hipóteses descritas neste ar go.
§ 3º A exclusão do parcelamento implica exigibilidade imediata da totalidade do crédito confessado e não
pago, restabelecendo-se os encargos e acréscimos legais na forma da legislação aplicável à época da
ocorrência dos respec vos fatos geradores.
Art. 8º Os tulares ou cessionários de créditos líquidos e certos, de qualquer natureza, decorrentes de ações
judiciais contra o Distrito Federal, suas autarquias e fundações poderão u lizá-los, na forma do regulamento,
para a compensação com débitos tributários relacionados no art. 2, § 4º, com as reduções de juros e
multas de que trata o art. 4º, II, "a" e "b".
§ 1º Para efeito do caput, considera-se crédito líquido e certo aquele devidamente formalizado por meio de
precatório judicial.
§ 2º O disposto no caput aplica-se aos débitos oriundos de declarações espontâneas ou de lançamentos de
o cio cujos fatos geradores tenham ocorrido até 31 de dezembro de 2018.
§ 3º Quando houver incorreção no valor no ficado para compensação, quando o precatório apresentado
ver valor passível de compensação inferior ao montante do débito, indicado por cálculo efetuado pela
Procuradoria-Geral do Distrito Federal - PGDF na forma da legislação, ou quando for do como ineficaz ou
inidôneo, o devedor será no ficado para complementar o valor em espécie ou subs tuir o precatório, no
prazo de 30 dias, contado da data da no ficação.
§ 4º A compensação de que trata o caput será requerida na forma do regulamento, no prazo de que trata o
art. 5º, § 1º.
§ 5º Os precatórios judiciais apresentados para compensação cuja data de atualização seja anterior à data
de opção de pagamento dos tributos serão atualizados automa camente pela Procuradoria-Geral do Distrito
Federal - PGDF, até a data da opção, u lizando-se para tanto os índices adotados pelo órgão de origem ou
sentença judicial do respec vo precatório.
§ 6º O precatório apresentado para compensação com tributos, quando for o caso, somente poderá ser
res tuído ao interessado após quitação do respec vo crédito.
§ 7º A opção, na forma deste ar go, é condicionada ao pagamento em espécie de 10% do valor do débito
incen vado, à vista ou parcelado em até 5 vezes, ressalvadas as hipóteses em que o tular originário do
precatório seja o devedor do crédito tributário.
§ 8º A liberação da cer dão posi va com efeitos de cer dão nega va, desde que não haja outros débitos em
atraso atribuído ao mesmo CPF ou CNPJ, e a exclusão de eventual restrição do devedor junto ao cartório de
notas e protestos de tulos, sem prejuízo do pagamento de eventuais taxas e emolumentos, somente será
autorizada após o pagamento do sinal previsto no § 7º, ou de sua primeira parcela, e desde que o montante
dos tulos ofertados seja suficiente para compensação com o débito remanescente.
§ 9º Na administração da compensação a que se refere este ar go aplicam-se suple vamente as disposições
da Lei Complementar nº 52, de 23 de dezembro de 1997, e da Lei Complementar nº 938, de 22 de dezembro
de 2017.
Art. 9º O devedor poderá, nos termos do art. 156, XI, da Lei federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 -
Código Tributário Nacional, quitar os débitos dos tributos relacionados no art. 2º, § 4º, mediante dação em
pagamento de bens imóveis, desde que:
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I - a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados, que devem estar livres e
desembaraçados de quaisquer ônus, nos termos de ato do Poder Execu vo;
II - a dação abranja a totalidade do débito a ser quitado, assegurando-se ao devedor a possibilidade de
complementação em dinheiro de eventual diferença entre o valor da totalidade da dívida e o valor do bem
ou dos bens ofertados em dação; e
III - o requerimento seja formulado no prazo de que trata o art. 5, § 1º.
§ 1º A avaliação administra va do imóvel ficará a cargo da Companhia Imobiliária de Brasília – TERRACAP.
§ 2º Em nenhuma hipótese o imóvel poderá ser aceito por valor superior ao que vier a ser fixado na
avaliação de que trata o § 1º.
§ 3º O devedor é responsável pela evicção em relação ao imóvel ofertado, nos termos do art. 359 da Lei
federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.
§ 4º Para fins do disposto neste ar go, aplicam-se na íntegra as reduções de que trata o art. 4º, II, e 50% das
reduções de que trata o inciso I do mesmo ar go.
Art. 10. Aplicam-se, na concessão de parcelamento do REFIS-DF 2020, no que não contrariem as disposições
desta Lei Complementar, as normas existentes na legislação tributária para outras modalidades de
parcelamento e compensação com precatórios.
Art. 11. Para fruição dos bene cios fiscais previstos no REFIS-DF 2020, os débitos cobrados em processos nos
quais existam bens penhorados e em alienação por hasta pública, leilão, ou por inicia va par cular, já
determinada pelo juízo, somente podem ser quitados à vista.
Art. 12. O descumprimento a qualquer momento dos requisitos desta Lei Complementar implica a perda dos
bene cios nela previstos, tornando imediatamente exigível o saldo existente, sem as reduções previstas no
art. 4º.
Art. 13. O recolhimento por qualquer das formas mencionadas nesta Lei Complementar não tem efeito
homologatório e não impede a cobrança de débitos apurados pelo fisco posteriormente.
Art. 14. O disposto nesta Lei Complementar não autoriza a res tuição ou a compensação de importâncias já
pagas.
Art. 15. O disposto nesta Lei Complementar não se aplica aos débitos decorrentes da opção pelo Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições previsto na Lei Complementar federal nº 123,
de 14 de dezembro de 2006.
Art. 16. A Secretaria de Estado de Economia e a Procuradoria-Geral do Distrito Federal, observadas as
respec vas competências, devem adotar as medidas necessárias à implementação desta Lei Complementar.
Art. 17. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Praça do Buri - Anexo do Palácio do Buri - 10º andar - Sala 1001 - Bairro Zona Cívico-Administra va - CEP 70075-900 - DF
3313-8106
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