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Workshop Online

Espiritualidade e Autoconhecimento a serviço do Ser


Uma introdução teórico-prática para mulheres
terapeutas

Trabalho com o Chackra


Cardíaco –
Um convite à integração

Vergonha, Culpa e
Brilho Pessoal
Semana 8
Olá, mulheres queridas!

Estamos iniciando a nossa oitava semana de trabalho.

Se vocês leram o material anterior e realizaram a meditação enviada,


vamos em frente. Caso contrário, sugiro que vocês retomem e só então,
avancem nesse conteúdo aqui. Tá bem?!

Então vamos lá: ainda estamos falando sobre vergonha, culpa e brilho
pessoal.

Lembrem-se que, ao falar de Espiritualidade Corporificada, como é o


nosso foco aqui, nós estamos trabalhando registros, memórias físicas,
sensoriais, trangeracionais e sutis não apenas no nível individual (nossa
história pessoal), mas também coletivo, estrutural.
Vale lembrar:

Esse é um tema muito – muito – amplo e complexo.


Por mais que o nosso workshop leve o nome de “introdutório”, a sua
composição nos permite aprofundar um tanto.

Há, entretanto, alguns recortes necessários – didática e terapeuticamente –


para possibilitar uma experiência mais consistente. Sendo assim, é muito
importante a ressalva: não nos propomos a esgotar – bem longe disso –
qualquer tema em que nos detemos a cada módulo.

Na verdade, o convite à reflexão, vivência e interlocução com o conteúdo é


um movimento de abertura, de toques sutis – as vezes nem tanto – para
mobilizar algumas camadas mais externas e favorecer o aprofundamento
processual. Há muito chão a ser percorrido.
E que bom que estamos juntas!
Muito bem, partindo desse ponto...
Trago algumas perguntas para reflexão e, em seguida, um texto para
aprofundamento.

-
De que situações na vida eu me lembro de sentir vergonha?
Vergonha de quê?

O que, no código social da minha família, é disparador de vergonha?

Como me sinto quando algo em mim destoa desse sistema de crenças?

O que, a meu respeito, me desperta culpa ou vergonha?


O que é difícil permitir que outras pessoas vejam, acessem?
Lembre-se: essas perguntas são para você.
Se você se sentir a vontade para compartilhar conosco, será uma verdadeira
honra a possibilidade de conhecer mais de você, de acolher e nos fortalecer
nesse processo.

Se não, registre o que vem, guarde para você, faça suas conexões.

Observe se é possível ficar com o que emerge.

O que em você é difícil reconhecer?

Que dons, talentos, belezas, habilidades você escondeu – e/ou ainda


esconde – de você mesma e do mundo por vergonha ou culpa?
Trecho retirado do livro de James Hollis: Assombrações – dissipando os fantasmas que
dirigem nossas vidas.

Assim como existem complexos pessoais, há também complexos sociais e


culturais que usurpam nossos estados egoicos e dirigem nossos
comportamentos. Não há nenhuma instituição religiosa, civil, educacional ou
social em nossa sociedade que, de alguma forma, não tenha constrangido
direitos, oportunidades e incentivos para elevar o potencial de somente uma
parcela de seus cidadãos. As práticas discriminatórias de gênero, raça,
sexualidade, etnia e definições culturais machucaram a todos nós. [...]
Nenhum de nós vive incólume dos fantasmas das instituições, a maioria delas
privilegiando uns e oprimindo outros.
[...]
Por que os temerosos ainda excluem aqueles de crença distinta de sua
comunidade?
A única resposta é o medo e a imaturidade, e todos nós temos um longo
caminho antes de sermos plenamente pós-modernos.
Ser pós-moderno implica compreender não só a crítica moderna da fixidez
antiga, mas ainda assombrosa, que encerrava pessoas em categorias, mas
também reconhecer que agora temos de nos aproximar uns dos outros. [...]

Para obtermos essa liberdade, temos que conceder também aos outros essa
mesma liberdade. Mas, para tanto, todos temos de começar a crescer – uma
proposta muito assustadora, de fato.
Outra assombração muito mais sutil é a recusa que todos nós
desenvolvemos, de alguma forma ou modo, do dom da vida, do convite a
assumirmos nós mesmos.
Quando Jung formulou o seu conceito de individuação, ele não quis se
referir à autoindulgência narcísica – muito pelo contrário. A individuação é
profundamente humilhante. Ela nos obriga a ficar nus diante do dom da
vida, da intimação à personalidade, e a aderir à demanda de nos mostrar e de
contribuir com nossa pequena parte para o contexto maior.
De longe, parece razoável, mesmo factível, mas na prática, todos nós somos
intimidados por aquilo que ela nos exige. Se nosso bem-estar depende da
nossa capacidade de nos encaixarmos, sermos adaptáveis, agradáveis,
eficientes, a individuação pede que nós realmente sirvamos à intimação
individual de nos diferenciarmos.
A diferença aqui requisitada não é a do adolescente que tão dolorosamente se
opõe aos pais ou às autoridades escolares e adota clichês contraculturais, mas
sim a de corrermos o risco de bancar quem somos, mesmo quando alguém,
talvez quase todo mundo, não goste de nós, se sinta desafiado ou mesmo
ameaçado por nós, e se oponha ao nosso ser. Quem de fato quer correr esse
risco? [...]
Todos nós caímos em tantas maneiras de nos mostrarmos, de entendermos a
grandeza da alma. Essa carência é bastante natural. As adaptações
necessárias às condições de vida apresentadas pelo destino, na maioria das
vezes no teatro da dinâmica familiar, obrigam-nos a adaptação, e os instintos
naturais da criança são rapidamente entendidos como custosos e
rapidamente esquecidos. Mas esses impulsos do destino não são esquecidos
pelo inconsciente.
A maior assombração com que todos nós sofremos é a relação perdida com a
alma, o modo original de ser que se provou muito caro para sustentarmos
além da idade de dois anos ou algo do tipo. Nós evoluímos em aparente
compatibilidade com o mundo ao nosso redor, tornando-nos camaleões à
medida que assumimos a coloração protetora dos ambientes de mudança.
[...]
Tornar-se uma pessoa é de fato um projeto muito difícil, mas ainda assim há
um propósito que transcende a necessidade de encaixar-se e o compreensível
desejo egoico de viver livre de conflitos, tanto quanto seja possível, até
mesmo quando esse mesmo ego admira figuras históricas que, convocadas ao
sacrifício e a essa mesma agenda de adaptação, escolheram diferentemente e
ganharam o respeito da história.
Quando observamos e servimos ao mistério na natureza, no outro, em nós
mesmos, fazendo um bom trabalho, estamos vivendo no limite e
inevitavelmente crescendo; somos, portanto, recompensados pela inerente
riqueza da viagem.
[...]

O que está em todos nós que nos permite persistir, atravessar obstáculos em
direção a algo real, a algo autêntico em nossas vidas?
Seguem aqui, para esse módulo, as sugestões de filmes e leituras.

*acréscimos com relação a semana anterior

Livros:
Hibisco Roxo – Chimammanda Ngozi Adichie

Filmes:
Moana (animação)
Dumplin
A tenda vermelha
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Uma introdução teórico-prática para mulheres
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Instagram: @carolinamaiapsi
E-mail: [email protected]
Wapp: (85) 9.97126-994
.
Fotografias originais feitas por:
@camilla.albano
Ilustrações e edições de imagens:
@tersertao

Conteúdo exclusivo. Proibida a


distribuição integral ou parcial.
Todos os direitos reservados.
Por Carolina Maia. 2020

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